RPMO - Dr Resumo
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RPMO - Dr Resumo
RPMO Ruptura das membranas ovulares (cório e âmnio) que ocorre antes de iniciado o trabalho de parto, independente da idade gestacional (RPM) Antes de 37 semanas – ruptura prematura pré termo das membranas (RPPM) As membranas são fortemente aderidas e constituídas de córion e âmnion com células epiteliais, mesenquimais e trofoblásticas permeadas por uma matriz de colágeno (Parry & Stauss, 1998). Sua integridade está diretamente relacionada ao equilíbrio entre a concentração de seus componentes, principalmente das metaloproteinases (MP, formada por colágeno e a elastina) e dos inibidores tissulares específicos (TIMP). A amniorrexe parece estar associada a um processo natural de amadurecimento, onde a quantidade de colágeno do córion diminui progressivamente com o avançar da gravidez. Ocorre a diminuição das concentrações de fosfatidilinositol nas membranas. O fosfatidilinositol tem papel lubrificante na interface entre o córion e o âmnio e sua diminuição leva a menor distensibilidade das membranas, favorecendo a rotura. Principal causa: infecção (bactérias infectantes produzem enzimas (proteases, colagenases e elastases) que atuam sobre as membranas, levando ao enfraquecimento e à ruptura das mesmas) citocinas e prostaglandinas, responsáveis pela irritabilidade uterina, diminuição da síntese e aumento da degradação do colágeno. Outro fator que parece estar envolvido na gênese da RPM é a apoptose na estrutura da membrana. Período de latência: • • • • Período que vai da ruptura das membranas ao inicio do trabalho de parto Varia em razão inversa à idade gestacional em que ocorre a ruptura, na ausência de infecção intra uterina menor a IG, maior tende a ser o período de latência >34 sem 24 à 72 hs <34 sem abaixo de 24 sem 1 sem (40%) RPPM + Corioamnionite 24hs RPPM + Infecções ascendentes >1 sem Fatores de risco Remediávais o Cervicovaginites, Coito o IIC , Exames cervicais repetidos o Tabagismo, Deficiência de vit C e minerais o Amniocentese/Biópsia de vilo corial Irremediáveis o Antecedentes de cirurgias prévias, Antecedentes de RPM o Sangramento vaginal o Distensão uterina (polidrâmnio, gemelaridade, macrossomia) o Mecônio o Placenta prévia / DPP/Inserção marginal do cordão umbilical o Sexo fetal masculino o Doenças maternas def. alfa 1 antitripsina, anemia falciforme Infecção do trato genital: Principal causa da RPPM e TPP (cervicovaginites). 40% infecção clínica e 70% infecção histológica Microorganismos no líquido amniótico e conteúdo vaginal e endocervical Comprovação histológica de corioamnionite associada ao parto prematuro Patógenos identificados: E. coli, Neisseria gonorrhoeae, Streptococcus do grupo B, Chlamydia trachomatis , Mycoplasma hominis , Trichomonas vaginalis , Gardnerella vaginalis , Bacteróides spp, Haemophilus spp Biossíntese de prostaglandinas/ citocinas Bacteria Produção de colagenases/ elastase Redução da elasticidade e resistência das membranas amnióticas Clínica Anamnese: Perda de líquido: Momento da perda, Quantidade, Aspecto, Odor , Coloração Dor em baixo ventre Secreção vaginal fétida Febre, Taquicardia Exame físico: Inspeção da vulva: saída de líquido pela rima vulvar Exame especular: saída de liquido amniótico pelo orifício cervical – claro, com ou sem grumos, mecônio Teste de esforço Manobra de Tarnier: Elevação da apresentação através da palpação abd e compressão do fundo uterino Forro vaginal Diagnóstico laboratorial 1. Medida do Ph vaginal ( normal=4,5-6,0), pH do LA: 7,1 e 7,3 Fenol vermelho (solução de fenolftaleína a 0,1% -ponto de viragem entre 6,4-8,2): laranja rosa. [conteúdo vaginal coletado será disposto sobre uma gaze, a qual acrescido o corante - falso-negativos e positivos podem ocorrer quando o conteúdo vaginal é escasso e está na presença de sangue, sêmen, anti-sépticos alcalinos ou vaginose bacteriana] Papel de nitrazina pH > 6,0 (coloração azul) 2. Teste do azul de Nilo 0,1% (ou de Kittrich) lâmina com esfregaço vaginal e a substância - Pesquisa de células fetais: orangiófilas (à partir de 32 semanas) sensibilidade de 98,5% (3º trimestre) 3. Teste de Ianneta material do fundo de saco vaginal lâmina aquece : • secreção amarronzada ausência de líquido • secreção incolor líquido amniótico 4. Cristalização do conteúdo vaginal Material da vagina microscópio óptico • formação arboriforme (folha de samambaia) = líquido amniótico • Conteúdo vaginal e muco não cristalizam 5. Pesquisa de alfafetoproteína e fibronectina fetal no conteúdo vaginal sensibilidade e especificidade em torno de 95% alto custo USG: • • • • • • Avaliação do ILA: pode estar nl ou reduzido. Idade gestacional Grau da placenta Perfil biofísico fetal Deformidades esqueléticas Hipoplasia pulmonar Riscos: prolapso e compressão de cordão umbilical, descolamento placentário, oligodramnia, infecção e prematuridade. Corioamnionite: perda do efeito bacteriostático protetor do líquido o aumento da corioamnionite e da sepse neonatal com o decréscimo da idade gestacional e com o aumento do período de latência relacionada com: freqüência de exames vaginais, TP, microorganismos patogênicos na vagina e falha da atividade antimicrobiana do líquido amniótico, que habitualmente é observado após a 30ª semana de gestação, aumentando até o termo caracterizada pela presença e proliferação microbiana na cavidade amniótica e ou anexos fetais, pode ser clínica, subclínica e histopatológica. complicações são: morbidade febril pós-parto, septicemia materna e neonatal e óbito fetal. Hipertermia > 37,8º C Sensibilidade ou dor à mobilização uterina Taquicardia materna e/ou fetal Odor fétido no LA Leucocitose materna ascendente Tto: a interrupção da gestação e o uso de antibioticoterapia, com início precoce, de preferência aminoglicosídeo e anaerobicida. Contraindicação corticoesteróides Conduta: varia em função da idade gestacional, da presença de maturidade pulmonar, de infecção, de sofrimento fetal e de recursos técnicos neonatais Conduta expectante • • • Entre 24 – 34 sem o Mortalidade perinatal elevada o Risco de prematuridade e Risco de sepse neonatal o Risco de: banda amniótica, pé torto congênito, hipoplasia pulmonar o Sobrevida: 2-3% a cada dia adicional in utero entre 23-30 sem o conduta conservadora deve ser a priorizada porque permite um tempo maior para o amadurecimento fetal e ganho de peso, salvo os casos de maturidade pulmonar comprovada, presença de sofrimento fetal ou corioamnionite Ausência de infecção, trabalho de parto avançado e sofrimento fetal Objetivos o Aumentar o período de latência –maturidade funcional • • o Trabalho de parto espontâneo Avaliação fetal intensiva o CTB a cada 48h o Mobilograma o USG semanal ILA movimentos respiratórios fetais crescimento fetal restrito peso fetal inferior ao percentil 10 e assimetria fetal relevante (CC/CA e CF/CA) Parâmetros maternos • leucograma e VHS/PCR a cada 48 hs – corticóide pode alterar • controle de temperatura e pulso a cada 4 hs (corioamnionite – hipertermia > 37,8º C sem outros focos) • Cultura de secreção vaginal • Toque vaginal : padrão contrátil regular Hiperhidratação • • • ILA < 5 Ringer lactato 4000 ml EV ILA a cada 3 dias se >6 hidratação VO 3-4 l em 24 hs Corticoterapia • • betamtasona 12mg IM de 24/24h por 2 dias OU dexametasona 6 mg IM de 12/12 h por 2 dias aceleração da maturação pulmonar fetal (diminui SARA), reduz risco de hemorragia intraventricular, enterocolite necrozante Antibioticoterapia • • • • • Reduz risco o parto pré termo em 1 sem o Infecções maternas e neonatal Infecções associadas (clamydia, mycoplasma, ureaplasma) – o estearato de eritromicina 500mg VO 6/6hs 7 dias o azitromicina 1g VO dose única Ampicilina - redução de corioamnionite e aumento do período de latência Não é utilizado de maneira profilática ??? Pode prolongar o período de latência por mais de 7 dias, reduzir a freqüência de corioamnionite clínica e de hemorragia intraventricular, no entanto, não altera a ocorrência de enterocolite necrotizante, sepse neonatal e morte perinatal Conduta ativa: • • • • • Corioamnionite clínica Sofrimento fetal e peso > 2500g Trabalho de parto espontâneo (aguarda-se de 12 a 24 hs > 34 semanas) <24sem ou > 32sem resolve > 36sem: ausência de corioamnionite e sofrimento fetal o TP espontâneo pode ser aguardado por 24 a 48 h, e após este período deve-se iniciar a indução (Febrasgo)
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