Filo Apicomplexa, continuação da aula anterior...
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Filo Apicomplexa, continuação da aula anterior...
Filo Apicomplexa, continuação da aula anterior...... (Aves e anfíbios) (Cachorro e gato) (Gado) (Gado e galinha) (Ungulados) Taxonomia Reino Filo Classe Ordem Família Gênero Espécie Protozoa Apicomplexa Sporozoa (Sub.classe Coccidia) Eucoccidiida Sarcocystidae Caracterizados pela presença de um complexo apical em algum dos estágios do seu ciclo de vida Toxoplasma T. gondii Patogenia da toxoplasmose 1) Histórico 2) Biologia do Parasita 3) Aspectos Clínicos 4) Mecanismos de Patogênese 5) Epidemiologia 6) Diagnóstico & Tratamento 7) Prevenção & Controle Toxoplasma gondii ●Primeiramente isolado na Tunísia em 1908 Charles Nicolle (1866-1936) Alfonso Splendore (1871-1953) Louis Hubert Manceaux (1865-1943) •Em 1923 a transmissão congênita foi descrita, e um teste diagnóstico estabelecido por A. Sabin e H. Feldmann •Em 1956 foi postulado que a infecção seria por ingestão de carne crua infectada com cistos, comprovado em 1965. •O ciclo de vida completo foi descoberto somente em 1970. Ctenodatylus gondi Roedor do Norte da África denominado “gundi“ Patogenia da toxoplasmose 1) Histórico 2) Biologia do Parasita 3) Aspectos Clínicos 4) Mecanismos de Patogênese 5) Epidemiologia 6) Diagnóstico & Tratamento 7) Prevenção & Controle Ciclo de Vida Ciclo de vida Heteroxênico Hospedeiro definitivo (felídeos) Reprodução sexuada (Gametogonia) e assexuada (Esquizogonia) Epitélio intestinal Hospedeiro intermediário (outros mamíferos, aves e homem) Reprodução assexuada (Esquizogonia) Linfonodos e outros tecidos Esquizogonia Gametogonia merozoítos 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. micro bradizoítos mega cisto Esquizonte Merozoíto Microgametócitos Macrogametócitos Fusão de gametas Oocisto (Não esporulado – fezes) Oocisto esporulado (Forma infectante) Oocisto → fezes dos felinos Esporogonia Oocisto esporulado (Solo) Oocisto esporulados (Solo) Cistos contendo bradizoítos (Carne crua) bradizoítos Ciclo Assexuado (Endodiogenia) Endodiogenia =processo de reprodução assexuada que resulta na formação de duas células filhas no interior de uma célula mãe que posteriormente se degenera. (Ferreira MU, 2003) A locomoção e invasão é ativa e depende de um “motor“ actina-miosina e proteinas parecidas com trombospondina na superfície (Opitz e Soldati, 2002) (Opitz e Soldati, 2002) Penetração Meio intracelular membrana célula hospedeira Taquizoítos: SAG1 SAG3 vacúolo parasitóforo Revestimento com proteínas do micronema (inibição da fusão dos lisossomas) adesão Bradizoítos: SAG2c SAG2d SAG3 reconhecimento SAG4 penetração Exocitose do conteúdo das roptrias Revestimento com Laminina + receptor p/ laminina Meio extracelular Toxoplasma impede a fusão de lisossomos ao vacúolo parasitóforo “Provavelmente devido a proteinas do micronema” Semelhante: Mycobacterium, Listeria, Salmonella, Legionella e Clhamydia, Patogenia da toxoplasmose 1) Histórico 2) Biologia do Parasita 3) Aspectos Clínicos 4) Mecanismos de Patogênese 5) Epidemiologia 6) Diagnóstico & Tratamento 7) Prevenção & Controle Aspectos clínicos Depende da cepa do parasito, sistema imune do hospedeiro e modo de infecção assintomática Infecção aguda na criança ou adulto infecção crônica quadro febril com adenopatia (-1% dos casos) quadros graves com retinocoroidite, encefalite, miocardite e hepatite (Pacientes imunocomprometidos) Toxoplasmose congênita Uma das formas mais graves da doença com sintomas variados: -Primeiro trimestre – chance 10x maior de aborto -Segundo trimestre – aborto, nascimento prematuro com ou sem sequelas -Terceiro trimestre- A criança pode nascer normal e apresentar sintomas posteriores. Grande número de casos fatais. Sintomas da Toxoplasmose congênita Coriorretinite (90%) - Calcificações cerebrais (69%) - Perturbações neurológicas (60%) - Alterações do volume craniano micro ou macrocefalia (50%) Patogenia da toxoplasmose 1) Histórico 2) Biologia do Parasita 3) Aspectos Clínicos 4) Mecanismos de Patogênese 5) Epidemiologia 6) Diagnóstico & Tratamento 7) Prevenção & Controle Mecanismos de patogênese Bradizoítos alojados em cisto em célula do SNC O que leva o desligamento do estágio replicativo de taquizoíto, permitindo a sobrevivência do hospedeiro? Resposta imune celular à infecção por T. gondii Por causa de sua virulência intrínseca, T. gondii induz uma potente resposta imune mediada por célula dependente de inteleucina 12 (IL-12). (Cyclophilin-18) As células dendríticas (DCs) tem um papel principal no início da resposta de resistência do hospedeiro desencadeada por IL-12. Aliberti, 2005 . O superóxido (O 2) e o óxido nítrico (NO) são capazes de destruir parasitas dentro dos macrófagos. - IFNg + IFNg Resposta imune celular à infecção por T. gondii + IFNg - IFNg Gazzinelli, 2005 •Em imuno-suprimidos infecções latentes são reativadas e levam em 25-50% dos casos a encefalite (90% letal se não tratado), convulsões, efeitos neurologicos, as vezes miocardite. Epidemiologia • Parasita quase perfeito: Aprox. 70% dos seres humanos tiveram contato com T. gondii • Alta incidência em paises com hábitos de comer carne crua: França 96%, Alemanha 70%, no Brasil, 50-80% (L. Rey) • Gatos domésticos são uma fonte importante de oocistos: 220 milhões de oocistos por gato infectado são eliminados diariamente! A infecção do gato pode durar até um ano. • Esporadicamente ocorrem contaminações com oocistos pela água que podem levar a epidemias locais 7 dias mais tarde... Patogenia da toxoplasmose 1) Histórico 2) Biologia do Parasita 3) Aspectos Clínicos 4) Mecanismos de Patogênese 5) Epidemiologia 6) Diagnóstico & Tratamento 7) Prevenção & Controle Diagnóstico • Diagnóstico parasitológico – demonstração do organismo em biópsia ou necropsia – inoculação intraperitoneal em camundongo de biópsia de gânglio linfático, fígado ou baço – cultura dos parasitos em fibroblastos. – PCR para detecção de DNA ribossômico do parasito em amostras de tecido e líquido amniótico. Diagnóstico • Diagnóstico sorológico – detecção de anticorpos • IgM - fase aguda • IgG - fase crônica – ELISA, imunofluorescência e hemaglutinação Tratamento - Indicado somente para casos graves e mulheres grávidas, a infecção de adultos imunocompetentes não necessita terapia - O objetivo do tratamento é duplo: - Eliminar o parasita - Abrandar reações adversas da resposta imunológica para conter destruição de tecidos nobres Tratamento • Pirimetamina e Sulfonamidas em forma combinada • atuam em forma sinérgica bloqueando, respectivamente – as vias do ácido p-aminobenzoico – o ciclo do ácido fólico (vertebrados podem utilizar ácido fólico pré-sintetizado, Toxoplasma não) • Alternativamente : Clindamicina e Tetraciclina Tratamento Tratamento imunossupressivo - Esteróides: 20-80 mg por dia após o começo da terapia com antibióticos - Não aplicar esteróides perioculares - NUNCA aplicar esteróides SEM terapia com antibióticos Patogenia da toxoplasmose 1) Histórico 2) Biologia do Parasita 3) Aspectos Clínicos 4) Mecanismos de Patogênese 5) Epidemiologia 6) Diagnóstico & Tratamento 7) Prevenção & Controle Prevenção e controle • Cozimento adequado das carnes. • Lavar as mãos com água e sabão depois de manusear carnes cruas. • Evitar contato com as fezes dos gatos. • Limpar diariamente os ambientes domésticos contaminados com fezes de gatos com H2O fervente e lavar bem as mãos após essas tarefas. • Tanques de areia devem ser cobertos. • Sorologia no início da gestação para diferenciar as gestantes com infecção crônica das que podem contrair a infecção aguda. • Tratamento das gestantes.
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