Anfíbios - Escolovar

Transcrição

Anfíbios - Escolovar
ANFÍBIOS E RÉPTEIS
Este documento está dividido em três partes. Na primeira faz-se uma abordagem geral e simples ao
que é um anfíbio e um réptil, na segunda apresenta-se algumas curiosidades acerca de anfíbios e
répteis portugueses e na última são incluídas brincadeiras educativas para os mais novos. Note-se
que as duas primeiras pretendem dar informações para os mais velhos explicarem aos mais novos
alguns aspectos básicos acerca destes animais. Aliás, antes de fazerem as brincadeiras, é essencial
que eles aprendam algo sobre estes animais tão injustamente mal amados e tão ameaçados.
Porquê falar acerca dos Anfíbios e Répteis?
A maioria da população portuguesa tem ideias erradas acerca destes animais, estando rodeados por
mitos e superstições que têm contribuído para a sua rarefacção. Com efeito, são muitos os seres
destes grupos que são mortos pelo Homem, apesar de serem extremamente úteis p. ex. no controle
das populações de insectos e de roedores.
Porque a ignorância mata, há que divulgar o importante papel que estes animais desempenham nos
ecossistemas, afastando de vez as ideias erradas acerca deles. Não são peçonhentos, não são
“maus”, a maioria nem sequer é perigosa e são muito úteis.
Vítimas da perseguição, de atropelamento, de fogos, da destruição das zonas húmidas, da poluição
das águas, da destruição dos seus habitats naturais e de muitos outros factores relacionados com a
nossa espécie, estes animais encontram-se cada vez mais ameaçados.
Com efeito, 500 cientistas de mais de 60 países examinaram a distribuição e estatuto de
conservação das 5.743 espécies de anfíbios conhecidas e cerca de 2/3 estão em perigo de extinção
(ver http://www.globalamphibians.org/). Como têm a pele altamente permeável, os anfíbios são
sensíveis às mudanças ambientais e servem como bons indicadores da qualidade ambiental. A causa
deste declínio é em parte devido a uma doença altamente infecciosa provocada por um fungo, que
impede os anfíbios de respirar pela pele e que parece estar relacionada com as secas devido às
alterações climáticas. Outras causas são a destruição do habitat, poluição do ar e da água e
perseguição.
Esperamos que este despretensioso documento contribua para aumentar o grau de sensibilização e
de informação acerca destes animais para que eles possam vir a ser “bem-amados”!
Aconselha-se a que sejam adquiridos livros contendo fotos dos animais aqui referidos e que se
tente fazer um registo fotográfico dos anfíbios e répteis existentes na região onde moram, sempre
com o máximo de cuidado para não se colocar em perigo as pessoas e esses seres.
Na página do ICN, nas publicações, há um glossário, pelo que quando encontrar uma palavra que não
saiba o significado pode descobri-la ali.
As ilustrações aqui presentes foram retiradas ou transformadas a partir de imagens do Clipart.
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ICN – DID – Cristina Girão Vieira
O que é um anfíbio?
Que giro!
Estão a falar de mim!
A palavra “anfíbio” vem do grego “amphíbios” que significa que vive em
dois elementos – terra e água. As salamandras, as rãs, os sapos, as
relas e os tritões são animais anfíbios, pois vivem parte da sua vida na
água e outra em terra. São bastante dependentes do meio aquático,
pois respiram também através da pele e precisam de a ter húmida.
São também conhecidos como batráquios (a palavra vem do grego
“batrácheios” que significa relacionado com a rã).
Os anfíbios podem dividir-se em:
θ Anuros – são as rãs e sapos. Eles têm as patas de trás mais desenvolvidas do que as da frente e o
corpo adaptado para saltar. Não têm cauda quando são adultos, aliás “anuro” quer dizer “sem cauda”.
Os machos “cantam” e possuem estruturas, chamadas “sacos vocais”, para fazer ressoar o som (alguns
parece que ficam com umas grandes bochechas quando cantam);
θ Urodelos – são os tritões e salamandras que têm o corpo mais alongado que os anuros e quando são
adultos têm cauda, aliás “uro” quer dizer “cauda” e “–delo” significa que ela é “visível”, ou seja os
urodelos têm cauda bem visível. Têm as patas de trás e da frente mais ou menos do mesmo tamanho e
deslocam-se lentamente com movimentos ondulantes do corpo em vez de saltarem; e
θ Ápodes – “a” significa “sem” e “podes” quer dizer “pés”, ou seja os ápodes não têm patas. Em Portugal
não temos animais deste grupo, mas estes, para além de não terem patas, também não têm cauda
(coitados!).
Os anfíbios não têm escamas, mas têm a pele muito porosa, pois a respiração através da pele é muito
importante. Alguns nem sequer respiram pelos pulmões. Possuem glândulas na pele que produzem substâncias
tóxicas que lhes servem de defesa para evitarem ser comidos.
Depois de saírem do ovo, as larvas são aquáticas. Por isso, os anfíbios precisam de água para colocar os seus
ovos ou larvas. Nos anuros as larvas são muito diferentes dos adultos, mas nos urodelos são parecidas. As
larvas dos anuros são principalmente herbívoras, enquanto as dos urodelos são carnívoras. As larvas dos
anfíbios passam por um processo chamado metamorfose, ou seja, sofrem uma mudança não só externa (de
forma e aspecto) mas também interna. Depois da metamorfose a maioria dos anfíbios passa a viver em terra.
Os anfíbios adultos são carnívoros comendo principalmente insectos, minhocas, moluscos (caracóis e lesmas) e
aranhas. Os anfíbios mudam de pele.
Os anfíbios servem também de presas a peixes, répteis, aves e mamíferos representando um importante
papel nos ecossistemas. Para além disso, dado que comem muitos insectos, ajudam os agricultores que assim
não precisam de usar insecticidas e evitam a poluição do solo, da água e problemas à saúde humana.
Como dependem em parte da energia solar, têm taxas de crescimento relativamente baixas e atingem tarde a
maturação sexual. Não têm uma capacidade de dispersão muito grande e tanto os anfíbios como os répteis são
muito sensíveis à destruição de habitat, pois, ao contrário das aves, não podem “migrar” para outros locais
distantes.
Neste texto quando falarmos das espécies colocamos também os nomes científicos (2 palavras escritas em
latim) para tu as ires conhecendo.
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ICN – DID – Cristina Girão Vieira
O que é um réptil?
Eu sou um réptil,
Eu, Eu!
O nome “réptil” vem do latim “repĭtle” que significa que rasteja.
Entre os répteis contam-se as osgas, as lagartixas, as cobras e
víboras, os camaleões, os lagartos, os cágados e as tartarugas.
Os répteis têm o corpo coberto de escamas, mas não são peixes!
Nas lagartixas, osgas, lagartos,
cobras e víboras as escamas são
geralmente pequenas, mas nos
cágados e tartarugas algumas
escamas são grandes e grossas, por isso chamam-se placas. As placas
revestem a carapaça das tartarugas que é formada por ossos dérmicos para
lhes dar mais protecção. A parte de baixo da carapaça chama-se plastrão e
plastrão
protege o “peito” das tartarugas e o mesmo nome era dado à parte da
armadura que protegia o peito dos cavaleiros. As tartarugas não têm
dentes, mas têm um bico! Quando se sentem em perigo podem esconder as patas, a cabeça e a cauda na
carapaça.
Ofídio quer dizer “serpente” – répteis que não têm membros. Estes têm um grande número de vértebras e,
por isso, podem-se torcer muito. Nas serpentes a boca pode abrir imenso o que lhes permite engolir as presas
inteiras. Nalgumas existem dentes que têm um canal por onde escorre o veneno quando elas mordem as presas
e que é produzido numas glândulas especiais.
Às osgas, lagartos e camaleões também se lhes chama “sáurios”. A palavra “dinossáurio” vem do grego
“deinós” que significa medonho (e também poderoso) e “sáurio” que significa “lagarto” ou seja os dinossáurios
eram “lagartos medonhos”!!!
Saiam da frente
que eu sou
medonho!!! RRR!!!
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ICN – DID – Cristina Girão Vieira
Curiosidades
θ
Os herpetologistas são os cientistas que estudam os répteis.
θ
Várias lagartixas e lagartos podem largar a cauda para assim distraírem os
predadores. Enquanto estes ficam entretidos com a cauda, que se continua
a mexer, aqueles fogem para bem longe. A cauda volta a crescer.
θ
50% da população de Salamandra-lusitânica Chioglossa lusitanica existe
em Portugal numa área inferior a 1.000 km2. É endémica da Península Ibérica (ou seja só existe nesta
região) e vive em zonas montanhosas nas margens de ribeiros. Respira essencialmente pela pele, pois
os pulmões não funcionam. O corpo é negro e tem 2 barras cor de cobre na parte de cima (dorso). A
cauda é muito grande (quase 2/3 do seu comprimento total) e parece servir como local de reserva de
gordura, mudando assim de aspecto conforme a altura do ano e a disponibilidade de alimento. É a única
salamandra em Portugal que consegue largar a cauda como fazem alguns répteis. A destruição da
vegetação típica das margens dos cursos de água e a poluição são as principais ameaças a esta espécie.
θ
Os embriões da Salamandra-de-costelas-salientes Pleurodeles waltl são muito usados em
experiências de laboratório. É a maior salamandra existente na Península ibérica, conhecida nalguns
sítios como “sulipampo”. Quando é ameaçada, achata o corpo e os extremos pontiagudos das costelas
ficam salientes. Se for apanhada contorce-se para cravar as saliências na boca do animal que a quer
comer. Por isso, a única solução é cuspi-la!
θ
A Salamandra-de-pintas-amarelas Salamandra salamandra pode ser encontrada desde a Europa
Central e do Sul, Argélia e Marrocos, Ásia Menor, Curdistão, Líbano e Israel. Tem o corpo muito
escuro com pintas amarelas e, por vezes, vermelhas. Os ovos desenvolvem-se dentro do corpo da mãe
e saem já larvas.
θ
O Tritão-de-ventre-laranja Triturus boscai tem esse nome, pois a barriga é laranja. Apenas existe
na parte ocidental da Península Ibérica. Uma fêmea pode pôr ovos ao longo de vários meses. Durante a
noite fixam os ovos às folhas das plantas aquáticas ou a pedras.
θ
Na época de reprodução, os machos do Tritão-marmorado Triturus marmoratus têm uma crista
ondulada ao longo do dorso.
θ
Na época de reprodução os machos do Tritão-palmado Triturus helveticus ficam com uma membrana
entre os dedos das patas traseiras, daí chamar-se “palmado”. Tem geralmente uma linha escura desde
o focinho até ao olho.
θ
O nome do género “Alytes” vem do facto de estes sapos libertarem um forte
cheiro a alho (em latim diz-se “Allium”), quando são incomodados.
θ
Os machos do Sapo-parteiro-comum Alytes obstetricans e do Sapo-parteiroibérico Alytes cisternasii transportam os ovos às costas, daí o seu nome. Um
macho pode carregar as posturas de várias fêmeas e, quando os girinos eclodem, liberta-os na água
movimentando as patas traseiras. Mudam de cor consoante a humidade!
θ
O macho do Sapo-comum Bufo bufo pode ficar agarrado à fêmea
durante várias semanas para tentar fecundá-la. Como há mais machos
do que fêmeas é natural que não as queiram largar!
θ
O Sapo-comum Bufo bufo é o maior sapo português, com as fêmeas a
atingirem 22 cm (os machos são mais pequenos). Apesar de preferir os
insectos (escaravelhos, gafanhotos, borboletas e formigas), aranhas,
caracóis e minhocas pode comer também pequenos roedores. Come
Os sapos
ajudam-me
muito!
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ICN – DID – Cristina Girão Vieira
muitos animais que causam prejuízos nas culturas ajudando assim os agricultores e jardineiros. Evita
também o uso de insecticidas que causam problemas ao ambiente e à nossa saúde.
θ
A fêmea do Sapo-corredor Bufo calamita põe entre 3 a 10 mil ovos. Chama-se Sapo-corredor, porque
se desloca fazendo pequenas corridas (em vez de aos saltos como os outros sapos).
θ
Tocar num sapo, numa rã ou numa salamandra pode provocar alguma irritação se levarmos as mãos aos
olhos, à boca, ao nariz ou se tivermos alguma ferida, mas nada mais do que isso! Assim, não se devem
beijar os sapos, até porque não se vão transformar em príncipes encantados (apenas os sapos fêmeas
é que pensam isso!).
Faz uma festinha!
Moça esperta!
Nem penses!
θ
A Rela Hyla arborea possui discos adesivos nas pontas dos dedos que a ajudam a
trepar, pois funcionam como ventosas (parecem a parte de borracha dos
desentupidores, mas são mais pequenas). Pode variar de cor consoante a
temperatura, a humidade e o local onde está, o que lhe permite camuflar-se e
escapar aos seus predadores!
θ
A Rela-meridional Hyla meridionalis é parecida com a Rela, mas distingue-se por ter
cor e “cantos” diferentes. Apesar de geralmente serem verdes, alguns animais podem ser azuis,
acinzentados, acastanhados e até esbranquiçados!
θ
O Sapinho-de-verrugas-verdes Pelodytes punctatus tem entre 3 a 4 cm e olhos grandes.
θ
O sapo-de-unha-negra Pelobates cultripes enterra-se durante o dia e nas alturas
de maior calor e falta de humidade. Tem esse nome porque nas patas traseiras
possui uma unha negra em forma de esporão que usa para escavar e se enterrar. Os
machos cantam de uma forma que lembra o cacarejar fraco de uma galinha!
θ
Entre os predadores que comem os Sapos-de-unha-negra contam-se milhafres, cobras-de-água,
estorninhos, rapinas nocturnas (como a Coruja-das-torres e o Mocho-galego)
e até ratazanas.
θ
A Rã-ibérica Rana iberica só existe na Península Ibérica, na zona noroeste
junto a ribeiros e zonas encharcadas. Geralmente é acastanhada.
θ
A Rã-verde Rana perezi está activa tanto de dia como de noite e salta para
longe ao nos aproximarmos. As suas coxas são usadas em gastronomia (para
grande pena da rã). Note-se que é uma espécie protegida, pelo que não pode ser apanhada na
natureza.
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ICN – DID – Cristina Girão Vieira
θ
No mundo existem tartarugas terrestres, semi-aquáticas e aquáticas e aparecem em locais tão
diferentes como no mar, nas florestas tropicais, nas zonas húmidas e até nos desertos! Já existiam
tartarugas antes de haver dinossáurios.
θ
Na Europa, há apenas três espécies de tartarugas de água doce conhecidas vulgarmente como
cágados. Em Portugal, existem duas espécies que estão protegidas e é proibido fazer-lhes mal,
capturá-las ou tê-las em cativeiro.
θ
As fêmeas das espécies de cágados portuguesas são geralmente maiores do que os machos.
θ
Existem cágados que atingem os 35 anos de idade e sabe-se de alguns que chegaram aos 100 anos!
θ
Os cágados podem estar activos durante todo o ano, mas podem estivar no Verão (quando não têm
água e há demasiado calor) e hibernar no Inverno quando arrefece demasiado. É frequente vê-los ao
sol e os cientistas não sabem se é só para se aquecerem ou se assim eles conseguem livrar-se das
algas e dos fungos que crescem nas suas carapaças, das sanguessugas, das bactérias ou até se assim,
e tal como nós, conseguem produzir vitamina D (vit. do crescimento).
O Cágado-de-carapaça-estriada Emys orbicularis tem esse nome porque a
carapaça parece ter estrias, mas não tem quilha na parte de cima. É
principalmente carnívoro, comendo insectos, anfíbios, crustáceos e moluscos
aquáticos. Prefere águas paradas ou onde a corrente seja lenta. Quando são
apanhados escondem a cabeça e as patas na carapaça e deitam mau cheiro! Puf!!
Entre as causas para a diminuição desta espécie, que se encontra Em Perigo,
contam-se a destruição das zonas húmidas e a poluição das águas. Os machos
adultos pesam em média 400 g e as fêmeas 500 g. O Cágado-mediterrânico
Mauremys leprosa é omnívoro (come animais e plantas) e chega a comer animais
mortos e fezes (que grande porcaria!! Mas, enfim... Eles gostam e sempre limpam!). São comidos por
cegonhas, aves de rapina, garças, corvos e até por alguns mamíferos. Hibernam e gostam de se
aquecer ao sol colocando o pescoço para cima e afastando as patas para apanharem o máximo de calor
possível. Os machos adultos pesam em média 450 g e as fêmeas 700 g. Possuem uma quilha na parte
dorsal da carapaça.
θ
θ
As duas espécies de cágados portugueses têm cinco dedos nas patas dianteiras e quatro nas
traseiras. Ambas as espécies atingem a maturação sexual relativamente tarde (ou seja só se podem
reproduzir quando têm alguma idade). As fêmeas escavam o ninho no solo, colocam os ovos, tapam-nos
e vão à sua vida.
θ
A Tartaruga da Florida Trachemys scripta veio dos EUA. A sua introdução em habitats naturais de
Portugal, assim como a destruição da
vegetação ribeirinha, a poluição e os
pesticidas têm provocado problemas aos
Tu és uma
Não se vê logo
nossos cágados. Por isso, não libertes
minhoca ou
que eu sou uma
animais de outros países.
uma cobraminhoca?!
A Cobra-cega Blanus cinereus vive
cega?
Não tenho
debaixo do solo (o que lhe permite resistir
escamas!
a alguns incêndios) e parece uma minhoca,
mas ao contrário desta tem escamas, pois
é um réptil.
θ
θ
A Osga-turca Hemidactylus turcicus vive em zonas com pedras, muros velhos, ruínas, debaixo de
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cascas de árvores ou troncos apodrecidos. Aparece no Algarve, no interior do Alentejo e na zona de
Évora. Emite sons.
θ
A Osga Tarentola mauritanica encontra-se frequentemente nas zonas urbanas onde come sobretudo
formigas e mosquitos. Como possui lâminas nos dedos consegue trepar paredes lisas, como as das
casas. Emite sons. Pode perder a cauda e mudar de cor. É frequente vê-la perto de luzes que atraem
insectos para os comer.
θ
As osgas não são peçonhentas, como algumas pessoas pensam, pois têm a pele seca (são répteis) e não
produzem venenos. Algumas pessoas matam-nas devido a crenças tontas e superstições, mas elas são
amigas dos agricultores e de quem gosta de passar uma noite sossegada sem picadas de insectos.
θ
A Osga das Selvagens Tarentola bischoffi apenas existe nas Selvagens (é endémica). São comidas
por murganhos (pequenos ratinhos) que foram introduzidos nessas ilhas, pelo que se está a tentar
controlar a população destes animais.
θ
O Camaleão Chamaleo chamaleo come principalmente borboletas e
gafanhotos. Consegue mudar de cor consoante o local onde está, para
se camuflar. Os olhos podem mexer-se independentemente um do
outro, p. ex. um pode estar virado para cima e o outro para baixo.
Consegue projectar a língua para a frente e assim apanhar insectos
que ficam colados nela.
θ
A Cobra-de-vidro Anguis fragilis perdeu os membros devido a habitar debaixo da terra. Alimenta-se
sobretudo de caracóis e lesmas, minhocas e insectos. Pode comer pequenas cobras.
θ
A Cobra-de-pernas-pentadáctila Chalcides bedriagai é um lagarto com patas pequenas com 5 dedos,
pois está adaptado a viver debaixo de terra. Para escaparem aos predadores fingem estar mortas,
ficando quietinhas! Não põe ovos, eles desenvolvem-se dentro do corpo da mãe e saem já juvenis. É
uma espécie endémica.
θ
O Fura-pastos ou Cobra-de-pernas-de-três-dedos Chalcides striatus tem patas muito reduzidas
com... três dedos, claro! É um lagarto e não uma cobra, mas tem o corpo alongado
devido ao facto de abrir buracos. Come escaravelhos, gafanhotos, moscas,
formigas, aranhas, centopeias e minhocas. Pode perder a cauda para assim fugir.
Esta espécie é muito ágil e é conhecida como “fura-pastos”, pois habita em
pastos, lameiro e prados. Têm um aspecto muito brilhante, pois as escamas são pequenas.
θ
O Lagarto ou Sardão Lacerta lepida é o maior lagarto da Europa, podendo atingir 1 metro. Come
insectos e até pequenas lagartixas, aves e roedores (ratos e outros), plantas e frutos maduros.
θ
A Lagartixa-da-montanha Lacerta monticola é um lagarto parecido com uma lagartixa que só
aparece em zonas de montanha (claro!) da Península Ibérica. Em Portugal só existe na Serra da
Estrela numa zona de cerca de 57 km2. Quando o clima era mais frio existiriam Lagartixas-damontanha em muitos outros sítios, mas à medida que foi aquecendo (até chegarmos ao clima
mediterrânico que temos hoje na maior parte de Portugal) esta espécie refugiou-se em montanhas. No
nosso país existe a subespécie Lacerta monticola monticola. Vivem no máximo 10 anos (o que é muito
bom!). Quanto maiores são as fêmeas mais ovos põem, mas só uma vez por ano. Estão inactivas mais de
5 a 6 meses por ano (rica vida!).
θ
O Lagarto-de-água Lacerta schreiberi existe apenas na parte ocidental da Península Ibérica. As
fêmeas e os machos são muito diferentes (elas são maiores e mais acastanhadas) e, na altura da
reprodução, os machos esverdeados e verde-amarelados têm a cabeça azulada. Trepam a árvores e
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ICN – DID – Cristina Girão Vieira
arbustos, mas podem mergulhar quando são ameaçados. Vivem em zonas húmidas
perto de cursos de água com vegetação nas margens. Para além de insectos gosta
de caracóis e até de amoras silvestres.
θ
A Lagartixa de Bocage Podarcis bocagei põe 1 a 5 ovos de cada vez, 2 a 3 vezes durante o ano. É uma
espécie endémica. Não é dedicada ao poeta Bocage mas sim a um investigador português José Vicente
Barbosa du Bocage. Há mesmo um museu em Lisboa com o nome deste zoólogo e faz parte do Museu
Nacional de História Natural.
θ
A Lagartixa-ibérica Podarcis hispanica vive em carvalhais, olivais, sobreirais, prados e em muros,
montes de pedras e casas abandonadas. Só existe na Península Ibérica. Quando é apanhada emite
sons.
θ
Eu sou uma ratazana
do ar. Como desde
lixo a ovos e jovens
de outras espécies.
A Lagartixa de Carbonell Podarcis
carbonelli é endémica da parte ocidental da
Península Ibérica a sul do Douro. Nas
Berlengas existe uma sub-espécie Podarcis
carbonelli berlengensis que está a diminuir,
devido ao aumento enorme das Gaivotas-depatas-amarelas que as comem e à
destruição da vegetação natural.
θ
A Lagartixa-de-dedos-denteados Acanthodactylus erythrurus tem unhas grandes. Acanthodactylus
significa “com espinhos nos dedos” e erythrurus significa “vermelho”, pois na parte de baixo da cauda
são avermelhadas e na época da reprodução as fêmeas ficam também com zonas avermelhadas. É
muito rápida e corre com a cauda levantada.
θ
A Lagartixa-do-mato Psammodromus algirus é capaz de dar saltos para capturar insectos voadores e
trepa com muita agilidade.
θ
A Lagartixa-do-mato-ibérica Psammodromus hispanicus pode hibernar, enterrando-se no solo, nas
zonas mais frias. Os machos defendem os seus territórios, portanto passam muito tempo a correr
atrás uns dos outros e a mordiscarem-se!
θ
A Cobra-de-ferradura Coluber hippocrepis tem esse nome porque tem uma mancha
escura na parte de cima da cabeça que parece uma ferradura. Come principalmente
pequenos ratos, aves e lagartos e não tem veneno. Trepa bem e é uma das maiores
cobras portuguesas.
θ
A Cobra-lisa-europeia Coronella austriaca é rara no nosso país (existe apenas nas regiões
montanhosas do Norte e Centro). Come pequenos répteis, ratos e cobras jovens. Não gosta nada de
ser incomodada! (Afinal quem é que gosta!).
θ
A Cobra-lisa-meridional Coronella girondica é uma cobra pouco agressiva mas não quer dizer que lhe
devas mexer, pelo contrário! Quando é descoberta, enrola-se toda e esconde a cabeça no corpo.
Produz um líquido malcheiroso para afugentar os predadores (boa defesa, hem!).
θ
θ
A Cobra-de-escada Elaphe scalaris tem esse nome porque o desenho da
parte de cima do seu corpo faz lembrar uma escada. Gosta de sol e é uma
excelente trepadora. Não tem veneno. Come principalmente roedores, mas,
como trepa, também apanha crias de aves nos ninhos. Como outras cobras
pode enrolar-se à volta das presas para as sufocar.
A Cobra-de-capuz Macroprotodon cuculattus é venenosa, mas, como tem um pequeno tamanho e os
dentes que injectam o veneno estão na parte de trás da boca, não é perigosa para o Homem (mas, pelo
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ICN – DID – Cristina Girão Vieira
sim pelo não, não te metas com ela!). Come pequenos lagartos, osgas e ratinhos, mas prefere as
lagartixas. Tem um colar castanho a seguir à cabeça.
θ
A Cobra-rateira Malpolon monspessulanus é a maior cobra portuguesa podendo ultrapassar os 2 m de
comprimento. É venenosa, mas não é perigosa para o Homem, pois os dentes que inoculam o veneno
estão situados na parte posterior da boca Trepa às árvores e nada bem. Apesar de não ter patas
consegue espalhar pelo corpo uma secreção produzida pelas glândulas nasais que faz com que perca
menos água. Para se defender, tanto pode elevar o corpo no ar cerca de 0,5 m, como enterrar a
cabeça no solo e dar chicotadas com a cauda. Para se aquecer vai para as estradas alcatroadas onde,
infelizmente, pode morrer atropelada. Se tiver sorte, pode viver mais de 25 anos.
θ
A Cobra-de-água-viperina Natrix maura tem esse nome porque vive na água ou perto dela e parece
uma víbora, mas não tem veneno. É uma óptima nadadora e come anfíbios, peixes, minhocas e
sanguessugas. Há animais muito escuros e outros muito claros (albinos). Quando é capturada às vezes
vomita a última presa que comeu.
θ
Os juvenis da Cobra-de-água-de-colar Natrix natrix têm um colar branco ou amarelado, daí o seu
nome. Os adultos podem ter mais de 2 m. Come sobretudo anfíbios e peixes.
Como é que eu não vi
aquela cobra!??!!
θ
A Víbora-cornuda Vipera latastei tem esse nome porque as escamas do focinho parecem formar um
“corninho”. A palavra “latastei” é porque foi dedicada a um herpetologista (alguém que estuda répteis)
chamado F. Lataste. Geralmente, não tem mais de 0,7 m. Na parte de cima do corpo (dorso) tem um
desenho em zig-zag. A sua mordedura pode ser mortal, mas, felizmente, há poucos casos em Portugal,
até porque preferem fugir a atacar, apenas mordendo quando as pessoas as pisam ou as tentam
apanhar (portanto, não faças nem uma coisa nem outra!). Os dentes que injectam o veneno estão
situados na parte da frente da boca. Pode trepar às árvores para fugir ao calor.
De certeza que não anda
por aí nenhuma cobra?
Nã! Os homens são tão
tolos que as matam!
Melhor para nós!!
θ
A Víbora de Seoane Vipera seoanei é venenosa, mas em Portugal só aparece no Minho e Trás-osMontes. Come pequenos ratos, lagartos, aves e anfíbios.
θ
A pele das salamandras é brilhante devido às secreções que a cobrem, pois são terrestres e precisam
de ter a pele húmida. Se forem ameaçadas projectam um jacto de líquido irritante produzido nas
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glândulas da região dorsal. Na Idade Média pensava-se que as salamandras conseguiam sobreviver ao
fogo e que envenenavam os frutos se tocassem na árvore. Claro que tudo isto são superstições (mitos
em que as pessoas acreditavam e que são mentira).
θ
Uma das principais ameaças às cobras portuguesas é a perseguição feita pelo Homem.
θ
Os anfíbios e répteis são animais de “sangue frio” porque não têm um sistema interno que lhes
permita manter a temperatura mais ou menos constante (como nós que somos animais de sangue
quente). Por isso, a sua temperatura está dependente da temperatura do ambiente onde vivem
(Ectotermia) e têm de se abrigar em sítios mais quentes nas alturas mais frias (alguns até hibernam,
ou seja entram numa espécie de sono que lhes permite poupar energia), durante as horas de Verão e
de maior calor abrigam-se em sítios frescos. Entendes agora porque é que eles gostam de se aquecer
ao sol e não gostam lá muito do frio. É essa também uma das razões porque muitos são sedentários e
ocupam territórios relativamente pequenos.
θ
Às vezes os anfíbios e os répteis vão para a estrada para se aquecerem e comerem, pois como o
alcatrão é escuro conserva o calor e atrai os insectos.
Infelizmente, muitos morrem atropelados.
θ
Os juvenis das rãs chamam-se girinos, também conhecidos como
peixes-cabeçudos (mas não são peixes!).
θ
A Rã-de-focinho-pontiagudo Discoglossus galganoi é muito
dependente da água, sofrendo com a poluição e até com os
incêndios florestais. A pupila dos seus olhos é arredondada ou
em forma de coração (mesmo quando ela não está apaixonada!).
O Lagostim-vermelho da Lousiana, que é uma espécie exótica e
invasora, come os ovos e as larvas desta rã, o que é um problema.
θ
A Rã-verde e a Rã-ibérica têm membranas entre os dedos nas patas posteriores. Diz-se que são
membranas interdigitais.
θ
As rãs e os sapos não têm orelhas, mas têm os tímpanos (uma membrana graças à qual ouvem) atrás
dos olhos. São umas manchas arredondadas que, nalguns casos, se podem ver muito bem.
θ
A Tartaruga-comum Caretta caretta está
Em perigo nos mares dos Açores e Madeira
(só aparecem aí juvenis que nascem nas
costas da Florida e na península do Yucatán,
no México). O lixo nos mares, a destruição
das praias arenosas onde põem os ovos e a
pesca são algumas das causas da diminuição
desta espécie.
θ
Nos nossos mares existem outras espécies
de tartarugas como a Tartaruga-verde
Chelonias mydas, a Tartaruga-imbricada Eretmochelys imbricata, a Tartaruga de Kemp Lepidochelys
kempii e a Tartaruga-de-couro Dermochelys coriaceae.
θ
A Tartaruga de Kemp Lepidochelys kempii é a mais pequena das tartarugas marinhas. Os adultos
podem pesar 45 kg e ter um comprimento de 65 cm. Nesta espécie as tartarugas fêmeas saem da
água quase todas ao mesmo tempo para porem os ovos na areia, demorando 1 a 3 horas. As pequenas
tartarugas saem dos ovos à noite e, às vezes, em vez de irem para o mar, seguem as luzes das casas e
dos automóveis acabando por morrer.
Não há direito! Passam a vida a
destruir os locais onde pomos os ovos!
10
ICN – DID – Cristina Girão Vieira
θ
A Tartaruga-de-couro Dermochelys coriaceae é a maior das tartarugas marinhas e tem esse nome
porque a sua carapaça está coberta por uma pele que parece couro. Em média a carapaça mede entre
1,3 a 1,8 m, mas há animais com quase 2,5m. Pesam entre 300 a 500 kg, mas há exemplares com quase
uma tonelada. As patas dianteiras parecem barbatanas e as patas traseiras parecem pequenos remos.
Gostam de medusas, lulas, polvos e pequenos peixes. Chegam a mergulhar mil metros, o que é notável!
Apesar de ser a espécie de réptil com maior distribuição tem diminuído muito e a União Internacional
para a Conservação da Natureza considera que ela está criticamente em perigo de extinção.
θ
Os machos das tartarugas marinhas praticamente não saem da água e as fêmeas só saem para
desovar. Respiram por pulmões, mas algumas conseguem mergulhar bem fundo. Ainda não se descobriu
como é que elas conseguem aguentar a pressão da água a grandes profundidades.
θ
As tartarugas marinhas chegam a nadar a 24 km por hora e sabe-se que algumas nadaram distâncias
de mais de 4.000 km!
θ
As alterações climáticas parecem estar a provocar uma diminuição das espécies de anfíbios, pois as
zonas húmidas diminuem e aumentam as doenças que atingem estes seres vivos.
θ
Os crocodilos são répteis mas não existem em Portugal. Porém, há milhões de anos atrás existiam aqui
grandes crocodilos.
θ
Ofídio significa “serpente”.
θ
Os verbos “serpear”, “serpejar” ou “serpentear” relacionam-se com o modo como as serpentes se
movem. Às vezes diz-se que “os rios serpenteiam por entre os montes”, mas isso não quer dizer que lá
existam serpentes!
θ
As serpentes que pertencem à família dos Colubrídeos chamam-se cobras, as que pertencem à família
dos Víperídeos chamam-se víboras.
θ
As víboras são répteis com escamas que têm geralmente a cabeça com formato triangular, a pupila do
olho é vertical (nas cobras a pupila do olho é redonda) e produzem veneno, daí serem também
conhecidas como serpentes venenosas. Conseguem detectar o calor das presas.
θ
Em várias civilizações as serpentes eram adoradas, sendo símbolo da sabedoria e da fertilidade.
“Uraeus”
θ
Os faraós egípcios usavam a serpente “uraeus” em todas as coroas. Ela personificava a deusa Ísis e
protegia o faraó dos perigos. Eles acreditavam que se alguém se aproximasse do faraó com más
intenções ela transformaria o maldoso em cinzas. No Egipto havia também uma deusa Apófis que era
uma serpente. Nos hieróglifos o desenho de uma serpente tinha o som aproximado de “dj”.
θ
À medida que crescem, as serpentes mudam de pele, pelo que se podem encontrar restos dessa pele e
às vezes até peles velhas inteiras.
11
ICN – DID – Cristina Girão Vieira
θ
As serpentes não bebem leite, pois não são mamíferos e não conseguem chupar os líquidos. As
histórias que se contam de elas irem chupar o leite das tetas das vacas são pura invenção!
θ
As maçãs reinetas têm esse nome porque a sua casca parece a pele de uma rã (“reineta” vem da
palavra latina para rã que é “rana”). Alguns anfíbios são também chamados reineta.
θ
Os antepassados das serpentes eram lagartos aquáticos que perderam as patas e foram alongando o
corpo. As serpentes não mastigam as presas, pois os dentes só servem para as prender. As serpentes
que produzem veneno são mais evoluídas do que as cobras que matam as presas enrolando-se à volta
delas. O veneno, para além de matar as presas, ajuda a digeri-las internamente.
θ
Todos os anfíbios e répteis existentes em Portugal estão protegidos pela lei.
12
ICN – DID – Cristina Girão Vieira
VERDADEIRO OU FALSO?
Coloca um V nas frases que são verdadeiras e um F nas que são Falsas.
______ 1 – As cobras só passam nas passadeiras
para não serem atropeladas
______ 3 – Os sapos, as rãs e as
salamandras são peçonhentos
______ 5 – O camaleão tem uma língua
grande com que apanha os insectos
______ 2 – As rãs são anfíbios
______ 4 - As cobras e as rãs gostam de ir para a estrada
porque é quente e atrai minhocas e insectos
______ 6 – Os camaleões conseguem ter os olhos
virados para lados diferentes
13
ICN – DID – Cristina Girão Vieira
______ 7 – As cobras gostam de se
aquecer ao sol
______ 8 – O almoço das cobras é pão
com sumo e fruta
______ 9 – Algumas cobras trepam
às árvores
______ 10 – Devemos levar para casa
animais selvagens
______ 11 – As cobras pequenas bebem leite
______ 12 – As rãs comem insectos
14
ICN – DID – Cristina Girão Vieira
______ 13 – Os lagartos, cobras e tartarugas
são répteis
______ 14 – Em Portugal não há víboras
______ 15 – Os crocodilos são répteis
______ 16 – Em Portugal há serpentes marinhas
______ 17 – Devemos comprar produtos feitos
de marfim, de carapaça de tartaruga
e de pele de crocodilo
______ 18 – Devemos fazer campismo selvagem
15
ICN – DID – Cristina Girão Vieira
______ 19 – As cobras adoram a neve e o frio
______ 21 – Os sapos têm dentes
______ 20 – Alguns répteis enterram-se
______ 22 – As alterações climáticas
causam problemas aos anfíbios
16
ICN – DID – Cristina Girão Vieira
Labirinto da rã
A rã está cheia de fome e precisa de ajuda para chegar ao seu alimento (a mosca). Ajuda a rã a encontrar o
caminho mais curto.
Tenho tanta
fome!
17
ICN – DID – Cristina Girão Vieira
Quem come o quê?
Ajuda os animais a descobrirem o seu alimento.
A
1
B
C
2
3
18
ICN – DID – Cristina Girão Vieira
Quem sou eu?
Descobre os nomes de anfíbios e répteis existentes em Portugal
1 - Sapo-parteiro
2 - Lagarto-de-água
3 - Cobra-de-capuz
4 - Cobra-rateira
5 – Cobra-cega
6 - Sapo-de-unha-negra
7 - Salamandra-de-pintas-amarelas
8 – Fura-pastos
9 - Cobra-de-escada
10 – Rã-ibérica
11 – Rã-verde
12 – Cobra-de-ferradura
13 - Osga
14 – Sapo-corredor
15 – Cobra-de-pernas-pentadáctila
(significa com cinco dedos)
16 – Víbora-cornuda
17 - Cobra-de-água-de-colar
A – Salamandra-de-____________-_________________
B – Sapo-________________________
C – Lagarto-de-______________________
E – Cobra-de-_____________________________
D – Cobra-______________________________
F – Cobra-de-________________________
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ICN – DID – Cristina Girão Vieira
1 - Sapo-parteiro
2 - Lagarto-de-água
3 - Cobra-de-capuz
4 - Cobra-rateira
5 – Cobra-cega
6 - Sapo-de-unha-negra
7 - Salamandra-de-pintas-amarelas
8 –Fura-pastos
9 - Cobra-de-escada
10 – Rã-ibérica
11 – Rã-verde
12 – Cobra-de-ferradura
13 - Osga
14 – Sapo-corredor
15 – Cobra-de-pernas-pentadáctila
(significa com 5 dedos)
16 – Víbora-cornuda
17 - Cobra-de-água-de-colar
G – Sapo-de-________________-_______________
H – Cobra-de-_________________-de-_________________
Eu não vejo,
sou...
I – Cobra-_______________________
J – Rã-___________________________
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ICN – DID – Cristina Girão Vieira
1 - Sapo-parteiro
2 - Lagarto-de-água
3 - Cobra-de-capuz
4 - Cobra-rateira
5 – Cobra-cega
6 - Sapo-de-unha-negra
7 - Salamandra-de-pintas-amarelas
8 – Fura-pastos
9 - Cobra-de-escada
10 – Rã-ibérica
11 – Rã-verde
12 – Cobra-de-ferradura
13 - Osga
14 – Sapo-corredor
15 – Cobra-de-pernas-pentadáctila
(significa com 5 dedos)
16 – Víbora-cornuda
17 - Cobra-de-água-de-colar
K – Rã-__________________________
L – Cobra-de-_____________________
- Dor
M – __________________-_____________________
N – Sapo – ______________________________
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ICN – DID – Cristina Girão Vieira
1 - Sapo-parteiro
2 - Lagarto-de-água
3 - Cobra-de-capuz
4 - Cobra-rateira
5 – Cobra-cega
6 - Sapo-de-unha-negra
7 - Salamandra-de-pintas-amarelas
8 – Fura-pastos
9 - Cobra-de-escada
10 – Rã-ibérica
11 – Rã-verde
12 – Cobra-de-ferradura
13 - Osga
14 – Sapo-corredor
15 – Cobra-de-pernas-pentadáctila
(significa com 5 dedos)
16 – Víbora-cornuda
17 - Cobra-de-água-de-colar
O – Víbora-___________________________________
10-5=
P – Cobra-de-___________-___________________________
-M–C+G
Q – ____________________________
22
ICN – DID – Cristina Girão Vieira
CERTO OU ERRADO?
Para tua segurança e para protegeres os anfíbios e répteis escolhe o que deves fazer.
Coloca um S de Sim no que está certo e um N de Não no que está errado
______ A – Pegar em anfíbios e répteis
que encontras na natureza
______ C – Ter rãs em cativeiro
______ E – Saber que as cobras e lagartos
não têm nada a ver com bruxarias
______ B –Deixar as lagartixas em casa ou
apanhá-las com cuidado
e pô-las fora de casa
______ D - Matar as osgas à vassourada
______ F - Apanhar as lagartixas e osgas
com o aspirador
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ICN – DID – Cristina Girão Vieira
______ G – Matar as cobras com
o que estiver à mão
______ I – Saber mais acerca dos
anfíbios e répteis
______ K – Não mexer em sítios
onde as cobras se abriguem
______ H - Usar uma enxada ou outro instrumento
para ver se está algum animal debaixo
das pedras antes de as levantares
______ J - Caminhar com cuidado para
não pisar nenhuma cobra
______ L - Usar a fisga para matar rãs
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ICN – DID – Cristina Girão Vieira
______ M – Levar o dedo ao nariz depois de
tocar numa rã
______ O – Proteger as rãs e osgas
para elas comerem os mosquitos
______ Q – Libertar produtos tóxicos
no campo e na água
______ N - Só fazer campismo nos locais
permitidos
______ P - Andar sempre calçado(a) quando
estás no campo
______ R - Apanhar rãs para lhes comer as pernas
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ICN – DID – Cristina Girão Vieira
______ S – Destruir os habitats
______ U – Devolver ao mar as tartarugas marinhas
que ficam presas nas redes
______ X – Construir desordenadamente
______ T - Poupar água
______ V - Libertar espécies
que não são portuguesas
______ W – Conduzir com muita velocidade para
atropelar o máximo possível de animais
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ICN – DID – Cristina Girão Vieira
______ Y – Não fazer fogo.
______ Z – Manter as zonas húmidas
A rã saltarica!
Em cada salto a rã avança 2 quadrados Quantos saltos é que a rã tem de dar para chegar à outra margem?
27
ICN – DID – Cristina Girão Vieira
Sopa de nomes
Descobre as seguintes palavras sabendo que estão escritas na horizontal (da esquerda para a direita) e na
vertical (de cima para baixo), mas sem acentos.
Coloca um √ nos quadradinhos à medida que fores encontrando as palavras.
θ
θ
θ
θ
θ
θ
θ
θ
Anuro
Anfíbio
Cágado
Camaleão
Cobra
Gafanhoto
Girino
Escamas
θ
θ
θ
θ
θ
θ
θ
θ
S
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S
Insectos
Lagartixa
Lagarto
Licranço
Língua
Ofídio
Osga
Ratos
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Rela
Répteis
Salamandra
Sardão
Sulipampo
Tritão
Tartaruga
A
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G
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O
X
S
O
S
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ICN – DID – Cristina Girão Vieira
A rã que salta de página em página
Quando estás a ler ou a estudar, dá sempre jeito ter um marcador para saberes onde vais. Por isso, vamos
ensinar-te a fazeres um marcador com restos de materiais.
Material necessário:
θ Tesoura de pontas arredondadas;
θ Cola-tudo;
θ Régua e lápis;
θ Papel escrito de um dos lados;
θ fitas coloridas ou restos de cartolina; e
θ pedaços de cartão não muito grosso (pacotes de flocos, de leite...).
Imprime as rãs que estão mais em baixo em papel escrito de um dos lados para poupares e ajudares o
ambiente.
Arranja uma fita de cor (pode ser uma fita de embrulhar presentes, uma fita de pano ou uma simples tira de
cartolina. Mede a fita de modo a que ela seja um pouco maior do que a altura do livro que andas a ler. P. ex. se
o livro tiver 22 cm a fita deve ter pelo menos 24 cm. Mede a fita e corta-a do tamanho que precisas.
Marca um cm em cima e outro cm em baixo
Recorta um dos desenhos da rã e cola-o num pedaço de cartão não muito grosso (p. ex. o das embalagens de
flocos é muito bom, mas também serve o cartão composto das embalagens de leite desde que esteja bem
lavado.
Aperta com força de modo a que a imagem da rã fique bem colada. Espera um pouco para deixar secar.
Do outro lado do cartão cola o topo da fita (1 cm) e por cima cola a outra imagem da rã, de modo a que fiques
com a rã de um lado e do outro do cartão. Aperta com força para que fique tudo bem colado.
Dobra a ponta de baixo da fita (0,5 cm) e cola-a de modo a que fique com uma voltinha em baixo.
Deixa secar e está pronto a usar!
Boas leituras!
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ICN – DID – Cristina Girão Vieira
Origamis
Se sabes inglês e gostas de fazer dobragens há várias páginas na internet que ensinam a fazer rãs, crocodilos
e outros animais. Aqui fica uma ajuda nas tuas pesquisas. Procura em “origami” que significa em japonês
“dobrar papel” (oru – dobrar e gami – papel).
http://www.origami-usa.org/models/jumping-frog.pdf uma rã que salta mesmo (pouco, mas salta)
http://www.tammyyee.com/origamifrog.html mais uma rã
http://dev.origami.com/images_pdf/trad_page1.pdf aqui podes aprender a fazer uma rã e um grou.
http://dev.origami.com/images_pdf/frogonlilypad.pdf uma rã numa folha de nenúfar.
http://www.fishgoth.com/origami/index.html nesta página encontras desde crocodilos, tartarugas rãs e até
flores.
http://www.paperfolding.com/diagrams/ imensos diagramas de animais e não só.
Aqui fica uma rã saltadora, bastante fácil, adaptada de
http://www.tuvy.com/resource/orgami/animals/jumping_frog.html.
Arranja uma folha que seja diferente de um lado e do outro para treinares. Decide qual vai ser para ti a parte
que corresponde à parte verde do exemplo, para não te enganares. Agora, dobra-a de acordo com as figuras,
mas sem pressas.
3
Vira a folha e
dobra-a.
Abre a folha, vira-a e
dobra assim.
Dobra sempre o papel com muito cuidado e, se te enganares, não te preocupes e recomeça.
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ICN – DID – Cristina Girão Vieira
Abre um pouco as
pernas da rã e
carrega com o dedo
para ela saltar
Podes desenhar-lhe uns olhos e umas manchas na pele e está pronta! Bons saltos!
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ICN – DID – Cristina Girão Vieira
Soluções das Brincadeiras
Verdadeiro ou Falso?
Verdadeiro – 2, 4, 5, 6, 7, 9, 12, 13, 15, 20, 22.
Falso – 1, 3, 8, 10, 11, 14, 16, 17, 18, 19, 21.
Labirinto da rã
Quem come o quê?
A – 2; B – 3; C – 1.
Quem sou eu? Soluções: 1 – B; 2 – C; 3 – F; 4 – D; 5 – I; 6 – G; 7 – A; 8 – M; 9 – E; 10 – K; 11 – J; 12 – L; 13 –
Q; 14 – N; 15 – P; 16 – O; 17 – H.
Certo ou errado?
Certas (S) – E, H, I, J, K, N, O, P, T, U, Y, Z.
Erradas (N) - A, C, D, F, G, L, M, Q, R, S, V, X, W.
A rã saltarica
Tem de dar 9 saltos.
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ICN – DID – Cristina Girão Vieira
Sopa de nomes
S A L A
U V A L
L A G A
I S A R
P O R V
A X T A
M C O B
P A Y C
O G K A
K A I M
V D U A
E O X L
R E P E
D S R A
E M I O
M
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Bibliografia
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Lisboa, ICN.
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ICN – DID – Cristina Girão Vieira
Desdobráveis
Cágados, lagartos e afins – Répteis I - ed. ICN – Parque Nacional da Peneda-Gerês, 2002.
Rãs e Sapos – Anfíbios II – ed. ICN – Parque Nacional da Peneda-Gerês, 2002.
Salamandras e Tritões – Anfíbios I – ed. ICN – Parque Nacional da Peneda-Gerês, 2002.
Serpentes – Répteis II - ed. ICN – Parque Nacional da Peneda-Gerês, 2002.
Víboras – Répteis III - ed. ICN – Parque Nacional da Peneda-Gerês, 2002.
Agradecemos as sugestões da Dra. Ana Paula Rito (ICN)
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