UM ESBOÇO DE NOVOS CONCEITOS E PARADIGMAS
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UM ESBOÇO DE NOVOS CONCEITOS E PARADIGMAS
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA – MEC UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO – PRPPG Coordenadoria Geral de Pesquisa – CGP Campus Universitário Ministro Petrônio Portela, Bloco 06 – Bairro Ininga Cep: 64049-550 – Teresina-PI – Brasil – Fone (86) 215-5564 – Fone/Fax (86) 215-5560 E-mail: [email protected] UM ESBOÇO DE NOVOS CONCEITOS E PARADIGMAS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DA OCLUSÃO Ákila Emanuela Rocha Mauriz (Orientanda de ICV/CAPES); Gláuber Campos Vale (Professor DPOR- UFPI); Vera Lúcia Gomes Prado (Professora orientadora DPORUFPI. INTRODUÇÃO Embora o curso de odontologia tenha propiciado uma sólida formação teórica ao longo do tempo, a maioria dos profissionais, segundo os estudos de COSTA et al.(1992), considerou necessário o aumento da carga horária curricular destinada ao treinamento prático. A cirurgia periodontal, a oclusão e a ortodontia foram citadas como as matérias de ensino mais deficitárias. A oclusão dental mostra-se como uma importante área da odontologia, sendo indispensável o seu conhecimento à qualquer cirurgião-dentista. Considerando o seu ensino, puramente, teórico na graduação, faz-se necessário o estudo de novas formas mais modernas e didáticas de ensino, dos contatos cêntricos interdentais, através, da utilização de um manequim acessível aos alunos de odontologia, com o objetivo de diminuir os problemas oclusais recorrentes e/ou iatrogênicos, promovendo o entendimento, diminuindo, de forma absoluta, dúvidas dos discentes e os preparando para lhe dar com tais problemas práticos, ainda, tão frequentes em nosso meio. METODOLOGIA CONSIDERAÇÕES ÉTICAS O estudo foi realizado seguindo as normas que regulamentam a pesquisa em seres humanos contidas na resolução nº196/96 do Conselho Nacional de Saúde (Brasil,1996), tendo sido aprovado pelo mesmo antes da sua execução. DELINEAMENTO DO ESTUDO Esta pesquisa tem uma abordagem observacional do tipo analítico transversal, por descrever a ocorrência de um fato na população estudada, serão coletados em um só momento. A coleta dos dados foi realizada no período de abril de 2015. LOCAL DE ESTUDO E SELEÇÃO DAS AMOSTRAS O estudo foi realizado na Universidade Federal do Piauí-UFPI, no curso de odontologia. A amostra foi composta por alunos de ambos os sexos que estavam cursando a disciplina de oclusão, na instituição de ensino superior anteriormente mencionada, e que aceitaram participar da pesquisa por meio da assinatura de um termo de consentimento livre e esclarecido. MATERIAIS UTILIZADOS Manequim didático desenvolvido pela Prof. Dra. Vera Lúcia Gomes Prado replicado em gesso e montado em articulador semi-ajustável da marca bioart, pincéis nas cores azul, preto e vermelho. PROCEDIMENTOS PARA A PRÁTICA Os 22 alunos da turma foram divididos em dois grupos de 11, grupos A e B, onde todos receberam a aula teórica em slide, e apenas o grupo A recebeu a aula prática com os modelos didáticos seguindo um roteiro QUESTIONÁRIO DIRIGIDO O questionário dirigido foi aplicado aos alunos do grupo B, logo após a exposição teórica da matéria, e também aos alunos do grupo A, que assistiram à mesma aula, e tiveram a prática laboratorial em seguida. O referido questionário foi elaborado com base em CERVEIRA NETTO & ZANATTA e em SHILLINBURG et al. (1998), constando de 26 questões diretas, com uma única resposta possível para cada pergunta. ANÁLISE DE DADOS Os dados apresentaram igualdade de variâncias e distribuição normal dos erros. Para observar as diferenças entre os dois grupos, o teste t não pareado foi utilizado respeitando-se o nível de significância de 5%. A análise estatística foi realizada com o software SAS (versão 9.0). RESULTADOS E DISCUSSÃO Entre os alunos avaliados, foram observados o total de 174 acertos sem o uso do Modelo Didático, e 227 acertos no grupo que recebeu orientação a partir do modelo proposto. Considerando um total de 26 questões elencadas no questionário, a porcentagem de acertos no grupo que recebeu aula com modelo didático e do que teve apenas a aula teórica foi respectivamente, 79,38% e 60,85%. Pôde-se observar que o grupo que recebeu a aula com o modelo didático acertou mais questões (20,64 ± 4,30) do que o grupo que teve apenas a aula teórica (15,82 ± 3,28) e esta diferença foi estatisticamente significativa (p = 0,007). Segundo Maseto, o ensino com o uso de novas tecnologias na sala de aula é proposta de tornar o estudante universitário sujeito do processo de aprendizagem. E para Zanetti (2006), a proposta de integração curricular para os cursos de odontologia deveria vir acompanhada de profunda interação entre teoria e prática, para que o rearranjo curricular não configurasse apenas agrupamento de conteúdo, mas construção coletiva e democrática do conhecimento. O manequim didático proposto por essa pesquisa é um bom exemplo de ferramenta tecnológica para melhorar o ensino da disciplina nos cursos de odontologia, pois pode-se observar que houve uma diferença significativa entre os resultados dos alunos que receberam apenas a aula teórica e os que receberam a aula prática, confirmando desta forma a necessidade de desenvolver cada vez mais meios para melhorar o aprendizado dos alunos e a eficácia das aulas práticas no ensino universitário. CONCLUSÃO A proposta do manequim didático mostrou-se bastante positiva na fixação do conteúdo de oclusão. Os alunos que receberam aula utilizando-se deste recurso mostraram uma melhor capacidade de assimilação entre a teoria e a prática, e obtiveram um resultado significativamente superior ao dos demais que receberam somente a aula teórica. PALAVRAS- CHAVE Ensino. Paradigmas didáticos. Oclusão REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOTTINO, MA; BRUNETTI RF. Manual de prótese parcial fixa. 2. Ed. São Paulo: Santos; 1987. Cap4: ajuste oclusal, p.47 CAMAPUM, Larissa Alessandra da Costa; FILHO, Reinaldo da Costa Lima. Pesquisa sobre o Nível de Entendimento dos Discentes sobre Contatos Oclusais, sob orientação da Dra. Vera Lúcia Gomes Prado. Teresina-PI, 2010. CERVEIRA, NH; ZANATTA EC. Mnual simplificado de enceramento progressivo. São Paulo: Artes médicas; 1998. COSTA, B; SETEGUN RC; TODESCAN R. Do ensino à prática odontológica: um levantamento Da realidade na grande São Paulo. Rev assoc Pau. Cir Dent 1992; 46(6): 909-13. LAZZARIN, Helen Cristina; NAKAMA, Luiza; JÚNIOR, Luiz Cordoni. 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