Ignia Fund avalia investimentos em saúde e educação no mercado

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Ignia Fund avalia investimentos em saúde e educação no mercado
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Brasília, 21 de Fevereiro de 2011
Valor Econômico - 17/02/2011
Um dos gurus no mundo dos negócios para baixa renda, o professor da Universidade de Harvard
Michael Chu avalia oportunidades de investimento no Brasil com recursos do seu fundo, o Ignia
Fund, especializado em empreendimentos para as classes C-, D e E.
Setores como saúde, educação e habitação estão entre os que mais chamam a atenção de Chu, que
administra um patrimônio de US$ 100 milhões levantado junto a investidores como JP Morgan e o
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Por enquanto, o Ignia só anunciou investimentos
no México.
Segundo Chu, a população de baixa renda no Brasil e outra partes da América Latina já paga, de
uma forma ou de outra, por serviços de saude e educação, mesmo quando são oferecidos pelo
governo. "Os pobres estão recebendo produtos e serviços muito ruins por seu dinheiro, mesmo
quando eles supostamente são de graça."
"A saúde é garantida pela Constituição no Brasil, mas os mais pobres perdem de seis a oito horas de
trabalho na fila para receber o atendimento público", diz Chu. "Eles certamente estão dispostos a
pagar pelo menos cinco horas de trabalho para receber o atendimento."
Um dos investimentos do Ignia Fund foi feito na Primedic, uma rede com quatro clínicas que atende
a população de baixa renda em Monterrey, México. Seu público alvo são famílias cujos membros
ganham em média menos de US$ 3,5 mil por ano e estão dispostos a pagar US$ 90 anualmente para
ter acesso a uma cesta de serviços básicos de saúde e descontos em serviços mais complexos.
"Cerca de 80% das intervenções médicas representa só 20% dos custos de saúde", diz Chu.
"Diagnosticar se uma mulher tem câncer de colo de útero não é tão caro, o que é caro é a operação."
Segundo ele, o setor privado pode encontrar soluções criativas para dar diagnósticos rápidos e o
setor público pode entrar apenas para fazer as cirurgias.
"Mesmo em cirurgia é possível ter soluções diferenciadas", afirma Chu. "Na Índia, existe um hospital
especializado em cirurgia cardíacas com custo de US$ 800 dólares por operação." Cirurgias para
correção de catarata, afirma ele, são viáveis economicamente na Índia com preços a partir de US$
18.
Na área de saúde, afirma Chu, outro bom exemplo mexicano são as Farmácias Populares, com 4 mil
unidades e faturamento de US$ 80 milhões de dólares por ano vendendo remédios. "É altamente
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lucrativo", afirma.
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