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Março/Abril 2016
Ano 3
Nº 17
AVATAR INSPIRA IMPLANTAÇÃO DA
MINA DO FUTURO EM CARAJÁS
TECNOLOGIA E MERCADO
CIDADES MAGNÉTICAS SÃO
SEGURAS, AGRADÁVEIS
DE SE VIVER E CRESCEM
ORDENADAMENTE Pág. 3
ACONTECE NA POLI
PROGRAMA PRÉ-IC
PLANEJA OFICINAS DE
ROBÓTICA Pág. 4
PROJETOS
O DIFERENCIAL DA FDTE
EM CONTROVÉRSIAS
CONTRATUAIS Pág. 5
Professor Giorgio de Tomi: projeto visa aumentar a eficiência da gestão de minas
BIOGRAFIA
FRANCISCO ROMEU LANDI:
UM LÍDER FORMADOR DE
LÍDERES Pág. 6
TIME LINE
MOBILIDADE
URBANA
Pág. 7
Pesquisadores do Núcleo de Apoio à Pesquisa da Poli - NAP
Mineração - desenvolvem projeto de automação para a
Vale visando aumentar a eficiência da gestão de minas.
A concepção do projeto Min_AO² - Gestão Sistêmica do
Planejamento e Operação da Mina do Futuro – Carajás, no
Pará, foi inspirada no filme de ficção científica Avatar, de
2009, escrito e dirigido por James Cameron, cujo enredo
é baseado em um conflito em Pandora, em 2154, quando
colonizadores humanos e nativos entram em guerra pelos
recursos naturais do planeta fictício.
O QUE ESTOU LENDOPág. 8
CURTAS
POLI ATLAS ENTRE
OS PRIMEIROS
VI SETEC SERÁ EM
AGOSTO
Pág. 8
O professor Giorgio de Tomi, chefe do Departamento de
Minas e Petróleo da Poli, faz um paralelo entre o filme e o
projeto que desenvolve. “O Avatar é a Mina do Futuro, onde
o recurso mineral, importante para a sociedade, estava
numa região remota, de difícil acesso, sem infraestrutura e
com uma população nativa. Na visão do filme, para resolver
o problema todos os equipamentos eram autônomos, havia uma central de controle em 3D que unia todas as diversas partes envolvidas na operação da mina, decidindo para
qual frente de lavra iriam enviar o equipamento. O filme é
uma visão do futuro que enxergamos para a mineração, de
que devemos desenvolver essa automação. No nosso caso,
o desafio é como fazer isso com o mínimo impacto social,
ambiental e econômico para a sociedade”, explica Tomi.
O Min_AO² (Mining Asset Otimization) busca a otimização
de ativos para a mineração. “Para transformar uma empresa
de mineração num sucesso é preciso obter o melhor aproveitamento da jazida, que é seu principal ativo”. O projeto
busca soluções para que a indústria mineral aproveite ao
máximo seus recursos naturais pensando no contexto do
futuro, avaliando como se faz hoje, o que se pretende fazer
no futuro e como chegar ao resultado.
O primeiro projeto, o Min_AO¹, foi desenvolvido por meio
de edital da Fapesp. O estudo demonstrou que o principal
desafio está em aumentar o nível de automação, pois a mineração depende de operações não automatizadas. “Diante
do panorama geral fomos estreitando o funil para ver qual
o real obstáculo que impede de chegarmos à Mina do Futuro. O que chamou a atenção foi uma lacuna na comunicação entre o planejamento e a operação de mina, pois
nem sempre o que é planejado é cumprido na operação”.
Tomi explica que a mineração é um mundo de incertezas
e que é muito difícil o planejamento levar em conta todas
as variáveis existentes na operação. “Enquanto não se aproximar o planejamento da operação haverá dificuldade para
implantar a mina com a visão de futuro que existe na comunidade mineral”.
Continua na página 2.
EDITORIAL
MENSAGEM DE ESTÍMULO
AOS ALUNOS JOVENS
Assistimos preocupados à polarização política que
toma conta do ambiente nacional. Há, como é usual,
gente sincera e de princípios defendendo as duas
principais teses em debate e, como também é comum, buscando convencer outros em favor de suas
crenças a qualquer custo.
Existem professores que entendem ser parte de seu
papel promover o debate entre os alunos, e eles têm
razão. Ao mesmo tempo em que tal debate promove
o amadurecimento dos jovens, entretanto, quando
malconduzido, tem o demérito de torná-los simples
partidários cegos de um dos dois grupos. Não surpreenderia assistirmos em curto tempo o despertar, nestes jovens, do desânimo com a classe política, com o
futuro do Brasil e, por fim, com a própria engenharia.
Que tal oferecermos uma visão alternativa aos jovens
estudantes?
Pensemos que o momento é, também, uma oportunidade única de mudar as coisas para melhor. Se
soubermos aproveitá-lo, podemos observar uma
transição rumo a práticas de engenharia mais saudáveis e ao mesmo tempo mais humanas. Não é a
engenharia com que todos sonhamos?
E, uma vez que isso ocorra, há forte possibilidade dos
futuros engenheiros serem justamente os protagonistas
desta nova engenharia. E o Brasil, seu maior beneficiário.
Estimular estes alunos é uma obrigação de todos nós,
profissionais mais antigos, e um privilégio todo especial
André Steagall Gertsenchtein
do professor, grande responsável por sua formação técnica e humana. E é dele, professor, a melhor condição
de transmitir esta visão positiva e de estímulo de que
trata o título deste editorial aos alunos jovens.
Continuação da matéria de capa: AVATAR INSPIRA IMPLANTAÇÃO DA MINA DO
FUTURO EM CARAJÁS
Min_AO²
O projeto Min_AO² foi desenhado com foco específico de estudar processos, metodologias e
tecnologias para aproximar esses dois mundos
– planejamento e operação de minas. A Mina do
Sossego, da Vale, que produz cobre em Carajás,
aceitou ser o laboratório de estudos. A operação
de cobre é separada da operação principal que é
o ferro. Portanto, precisam encontrar suas próprias
soluções, pois a inteligência das operações de ferro não se aproveita na mina de cobre. “Com essa
congruência de objetivos desenhamos o projeto
Min_AO² focado no cobre, como um projeto da
Escola Politécnica, tendo a FDTE como interveniente”.
Para que se desenvolva uma tecnologia de comunicação entre o planejamento e operação
o desafio não é tecnológico e sim cultural e de
processo. Os estudos estão programados para
ser concluídos em quatro anos. No ano passado a
equipe se preocupou com a estruturação e neste
ano trabalha no desenvolvimento. O terceiro ano
será de aplicação e o quarto de avaliação. O objetivo é envolver os líderes, gestores e o pessoal
operacional, realizando ajuste cultural nos três níveis. “Precisamos mudar a cultura dos envolvidos,
o que não será difícil porque eles querem mudar
mais do que a gente. A mudança cultural, de processo e tecnologia está sendo sistematizada em
parceria com o pessoal da Vale para que o conjunto funcione”.
2
O ambiente mais automatizado vai permitir que,
antes de definir a frente de lavra, seja verificado
automaticamente, por meio de alarmes no sis-
tema, se o equipamento não está na janela de
manutenção. Existem casos em que a operação
programa uma frente de lavra, mas o trabalho não
pode ser executado porque o equipamento foi
para manutenção, gerando custos extras e atrasando o processo. O problema é de comunicação,
mas não é algo simples que se resolve facilmente.
“São várias frentes de lavra, vários equipamentos, vários operadores, vários vetores de metas. A
gestão entre a operação e o planejamento é um
malabarismo constante na cabeça de uma única pessoa, que toma decisões juntando todas as
informações. Queremos que essa pessoa vire um
gestor e que o sistema faça o controle automaticamente”.
De acordo com Giorgio de Tomi o projeto gerou
interesse interno na Vale, que colocou um doutorando na equipe de pesquisa. Duas equipes trabalham no desenvolvimento do Min_AO²: uma do
laboratório da Poli e outra da Vale. “Na equipe da
Poli atuam um engenheiro, que está iniciando o
doutorado, e três engenheiros iniciando o mestrado, e a Vale pediu para incluir um doutorando da
área de ferro, que será o ponto de ligação entre o
nosso projeto e a Vale para buscar oportunidade de
desenvolvimento e, provavelmente, criar uma linha
de pesquisa para o ferro. Minha expectativa é que
não precisemos esperar terminar o Min_AO² para
envolver as operações da mina de ferro”, afirma.
TECNOLOGIA E MERCADO
CIDADES MAGNÉTICAS
Cyro Laurenza*
Ao final do século passado, o mundo acadêmico
insistia no término do “small is beatifull” julgando,
pelo conceito de mercado e pelos investimentos
em infraestrutura, que isso tinha acabado. Erraram.
O mundo compreendeu que verticalização urbana
para aproveitar a infraestrutura implantada complicou a maneira de administrar, viver, conviver e
transitar em uma cidade. Os custos passaram a ser
insustentáveis.
Administradores das cidades vêem somente a sua.
Não compreendem que imersos em um mundo de
cidades vizinhas, com elas crescem e se tornam muitas vezes conurbados, e quando isso acontece passam a transferir a responsabilidade desse núcleo para
Regiões Metropolitanas ou para o Estado, pensando
seu município sem levar em conta seus vizinhos.
Erram muito e persistem no erro. Não descobriram
que em pouco tempo as comunicações terrestres e
de ondas magnéticas superaram imensos problemas
na comunicação.
Planejamento é o único instrumento que constrói o
futuro. Para existir deve ter como objetivo o tempo
de muitos mandatos. Os eleitos podem pensar em
planejamento, no futuro da cidades, encorajando
rotas do futuro próximo e do mais distante possível.
As cidades que crescem de forma ordenada visam
se tornar uma cidade bonita, agradável, daquelas
que ao visitarmos, lá gostaríamos de viver. Não somos mais, como no passado, desejosos de viver no
torrão natal. Além de bela, a cidade deve responder
aos anseios do ser humano, que são o da segurança, da possibilidade de se locomover tranquilo pelas
calçadas, pelo privilégio de se deslocar pela cidade
em tempos admissíveis, em boa e confortável mobilidade urbana.
Quem opta por continuar vivendo próximo ao torrão
natal, pois ali deixou coisas importantes, parentes
e amigos, precisa ter como se comunicar com facilidade em todos os níveis. Em atendimento a estas
necessidades passou a surgir o transporte regional
ferroviário de alta qualidade, com altas taxas de retorno social, integrando cidades e regiões. Alguém
que reside em Milão pode trabalhar em uma pequena cidade a 200 quilômetros, onde possam existir
escritórios e indústrias que congreguem técnicos de
todo o norte da Itália.
Deve existir ainda a manutenção das leis econômicas, financeiras, de taxas, tarifas e impostos, e
que toda e qualquer mudança seja discutida com
a sociedade. Com esses fatores desenvolvidos,
estaríamos abrindo portas para absorver melhor
Cyro Laurenza: muitas cidade brasileiras estão se magnetizando
“refugiados” de outras cidades que podem trazer
também outras riquezas. Grupos econômicos se
encontrarão melhor assistidos em cidades construídas assim, e haverá crescimento ordenado nas
melhores condições ambientais e de conforto humano. O prazer de viver ali e saber que o amanhã é
mais ou menos previsível.
Planejamento é o
único instrumento que
constrói o futuro
tornar uma cidade bonita, agradável, daquelas que
ao visitarmos, lá gostaríamos de viver; responder
aos anseios maiores do ser humano, que são o da
segurança, da boa e confortável mobilidade urbana;
a manutenção das leis econômicas, financeiras, de
taxas, tarifas e impostos, e que toda e qualquer mudança seja discutida com a sociedade.
Muitas cidades brasileiras estão se magnetizando,
mas é possível que nenhuma reúna esses requisitos
e então possa entrar no conceito final de magnéticas atrativas. O Instituto ENDEAVOR destacou 14
em 2014 e 32 em 2015. Em reportagem na revista
Exame, n.23, 2015, o jornalista Mauricio Oliveira conclui: “cidades de porte médio podem ser excelentes
lugares para empreender – melhores até que muitas
metrópoles”.
As Cidades Magnéticas são as que possuem magnetismo de atração construído com muita dedicação, inteligência e planejamento na busca dessas
três soluções “conforto visual, mobilidade excelente
e segurança econômica”. Caroline Haynes, diretora
de estudos sobre Cidades Magnéticas, da consultoria KPMG, desenvolveu extensa análise em nove
cidades mundiais. Cada qual teve seu desenvolvimento seguindo táticas ou intuição, em um processo gradativo para se desenvolverem como imãs,
não se tornando e, evitando até, se transformarem
em Cidades Globais
Renasce no Brasil a consciência da necessidade de
pesquisarmos novas abordagens de planejamento
de cidades, regiões e macrorregiões. Por que não
discutir respostas a essas questões: Como criar condições para que haja disseminação de cidades magnéticas no Brasil? Como tornar cidades como Campinas, Uberlândia, São José dos Campos, magnéticas?
O que fazer com Regiões Metropolitanas imersas em
intensa diversidade política? Por que o Brasil restringe a ampliação do Sistema Ferroviário de passageiros de longo percurso?
Para sua dissertação Caroline escolheu Bilbao, Changwon, Christchurch, Denver, Songdo, Incheon, Malmo, Oklahoma City, Pittsburgh e Tel Aviv. O trabalho
mostra que as coisas só acontecem se tivermos esses
três momentos no desenvolvimento de uma cidade
a partir do estado-da-arte em que se encontram: se
Cyro Laurenza* Engenheiro civil pelo Mackenzie.
Presidente do Conselho do Instituto para o Desenvolvimento dos Sistemas de Transporte –IDESTRA-; ex-presidente nacional do Sindicato Nacional das Empresas
de Arquitetura e Engenharia Consultiva – SINAENCO e
ex-presidente da FEPASA.
3
ACONTECE NA POLI
PROGRAMA PRÉ-IC PLANEJA OFICINAS DE
ROBÓTICA NA ESCOLA PÚBLICA
do a área na qual pretendem atuar. Diolino explica
que os alunos da Escola Estadual Anecondes Alves
Ferreira, por exemplo, pretendem fazer mecatrônica.
“Isto permite que eles trabalhem dentro da área que
mais gostam”. Além da Anecondes participam o Colégio Marupiara, a Escola Estadual Professor José Fernando Abbud e Escola Estadual Santo Dias da Silva,
totalizando 28 alunos.
Professor José Roberto Castilho Piqueira: sejam
os melhores, aproveitem a Escola Politécnica
O Programa Pré-IC da Poli de 2016 começou no dia
19 de fevereiro com algumas novidades. O professor
Diolino José dos Santos Filho, membro da Comissão
do Pré-IC explicou que neste ano foi implantada
uma nova estrutura modular. “Primeiro iremos trabalhar com os princípios de criação e da metodologia
científica para os alunos desenvolverem seus trabalhos. Depois virão os conhecimentos teóricos básicos
sobre cada uma das quatro áreas de engenharia em
que irão atuar. O segundo semestre será voltado para
o desenvolvimento do projeto de pesquisa específico”. Além disso, os alunos serão inseridos em grupos
de pesquisas dos professores da Poli e poderão atuar em projetos da FAPESP, tendo a oportunidade de
trabalhar na estrutura que as entidades de fomento
oferecem para pesquisas.
Com as mudanças o Pré-IC será mais consistente.
Os estudantes terão quatro meses para desenvolver
projetos de pesquisa e, neste ano, já entraram visan-
4
Robótica
Com o Colégio Renascença e apoio da FDTE a Poli
planeja organizar oficinas de robótica nas quais os
alunos do Pré-IC irão praticar algo que será multiplicado nas escolas. “O Programa de Educação Tutorial
PET Automação e Sistemas faz projetos com duração
de um ano e o projeto com o Renascença diz respeito a uma oficina de robótica, que será desenvolvida
exclusivamente para as escolas públicas”. O professor
Diolino explica que estas oficinas serão um agente
motivador e mostrará aos alunos que eles podem
ingressar na universidade. Cada oficina terá a duração de um ano e os alunos que não estão no Pré-IC
também participam do projeto. “Isso amplia bastante a atuação do programa e podemos beneficiar os
alunos por meio da parceria com o Renascença. Esta
é a grande novidade, estamos ampliando para a rede
pública de ensino o que somos capazes de fazer na
Poli”.
Reforço escolar
Outra novidade apresentada pelo professor Diolino
é a parceria iniciada no ano passado com a participação na feira científica do Colégio Renascença, que
teve a Escola Anecondes como vencedora. A parceria
envolve o Pré-IC, a Sociedade Hebraico Brasileira Renascença e o PET Automação e Sistemas, que é patrocinado pelo MEC. Os alunos poderão participar de
programas na Escola Renascença, onde terão aulas
Alunos do Pré-IC 2016
de reforço de matemática, física, química, português,
história e geografia em dois encontros semanais.
Formação Humana
O professor Diolino comenta que está sendo criado
um curso de aprimoramento para os professores da
rede pública de ensino, com 108 horas de duração e
que deve ser oficializado na Secretaria da Educação.
O objetivo é discutir aspectos da formação humana
dos alunos pensando no processo de aprendizagem
que ele percorre ao longo dos anos. “Este é um
trabalho da Poli na formação do professor da rede
pública. No Pré-IC trabalhamos com a mudança da
mentalidade do aluno, mas se não fizermos o mesmo com o professor o processo fica incompleto e
estanca no aluno. Pretendemos ter professores que
tenham uma visão diferenciada. Os professores que
acompanham os alunos do programa também precisam ter outra visão”. Segundo o professor Diolino
poderão participar deste curso os supervisores que
são responsáveis pelos alunos das quatro escolas
que estão no Pré-IC, os coordenadores de curso e os
diretores destas escolas.
Recepção
Os alunos do Pré-IC de 2016 foram recepcionados
pelo diretor da Poli, José Roberto Castilho Piqueira,
por diretores da FDTE e pelos professores que atuam
no programa. O objetivo do programa é despertar e
incentivar a vocação científica entre estudantes do
ensino médio das escolas da rede pública. Os alunos
têm desde aulas de conceitos de metodologia científica até o desenvolvimento de projeto de engenharia, orientados por professores da Poli.
Na abertura da solenidade o professor José Roberto
Castilho Piqueira fez um breve histórico sobre a Poli
e de sua importância para o desenvolvimento de São
Paulo e do país. Agradeceu o apoio da Secretaria da
Educação e da FDTE para a realização do programa
e convidou os alunos a tomarem posse do conhecimento oferecido pelos professores. “O programa Pré-IC quer ajudar vocês a conhecer a Poli e a adquirir
condições de ingressar nesta escola. Sejam os melhores, aproveitem a amizade de seus colegas, dos
professores e principalmente aproveitem a Escola
Politécnica”, estimulou. A professora Edith Ranzini,
diretora de Assuntos Especiais da FDTE lembrou que
para a fundação o programa Pré-IC é prioridade, pois
ele dá a oportunidade de os estudantes verificarem
que a universidade está ao alcance de todos. “Uma
das nossas missões como professores universitários
é cuidar para que o país tenha futuro e o futuro do
Brasil são vocês”, afirmou.
PROJETOS
O DIFERENCIAL DA FDTE EM
CONTROVÉRSIAS CONTRATUAIS
A fundação atua para apoiar escritórios de advocacia e clientes com documentação
técnica desenvolvida por engenheiros especializados
Em controvérsias contratuais a FDTE
- Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia atua
para apoiar escritórios de advocacia
e clientes com documentos técnicos, identificando os fatos geradores de disputas, de modo a evitar
interpretações equivocadas sobre
tais ocorrências e se foram registradas de forma adequada a retratar o
estabelecido em contratos no setor
da construção civil.
tos para a elaboração ou prevenção de
reivindicações; identificação de pontos
técnicos de sucesso provável; elaboração
de estratégias de interesse dos clientes;
análise dos impactos físicos e financeiros decorrentes de indefinições, atrasos,
retrabalhos, ociosidades, deficiências de
qualidade e de produtividade; identificação dos pontos de ruptura contratual;
análise crítica de métodos construtivos
e de soluções técnicas; orientação na
coleta de dados e organização de informações relevantes; preparação, análise e
conceituação de quesitos, depoimentos,
testemunhos e pareceres técnicos, sempre voltados à manutenção da equação
do equilíbrio econômico-financeiro contratual.
De acordo com o engenheiro Claudio Dall’Acqua, o criterioso trabalho
da FDTE em tratar as evidências
Claudio Dall’Acqua: identificamos os fatos de modo a evitar interpretações equivocadas
geradoras das controvérsias contratuais visa oferecer a advogados, assistentes técnicos e árbitros de câmaras de conciliação te treinados para analisar os fatos constantes no coninformações que possibilitem a tomada de decisões trato, estudar as ocorrências perturbadoras durante Cláudio Dall’Acqua comenta que além dos mebaseada em fatos reais. “Benefícios e Despesas Indire- a realização do trabalho e oferecer documentação canismos oferecidos pela FDTE aos clientes que
tas (BDI) constituem um tema que fascina, desafia e técnica compatível e imparcial sobre o que está ge- buscam soluções negociadas, seus técnicos estão
estimula os profissionais envolvidos em custos, orça- rando controvérsia, possibilitando a comprovação aptos a participarem dos Dispute Boards, que funmentos e planejamento de obras, além de interessar do dano ocorrido e permitindo o cálculo justo das cionam de modo preventivo ou corretivo, mas com
muito à alta administração de empresas executoras eventuais indenizações. Este procedimento é funda- o objetivo de evitar que desajustes contratuais, sade obras públicas e privadas. Mas, tais características, mental para que toda disputa seja solucionada com náveis no transcorrer do próprio contrato, possam
se transformar em conflitos entre as partes. Neste
previsões e estimativas que o proponente pôde reali- fundamentação técnica”.
caso, a FDTE presta assistência técnica, tanto no suzar ao seu inteiro arbítrio, alicerçadas em parâmetros
porte de engenharia aos pleitos elaborados pelas
internos de custos e histórico de experiências antepartes, quanto em comitês de acompanhamento
riores do tema, se esgotam no momento em que a
A FDTE oferece
da execução de contratos, visando orientar sobre
proposta de preços é apresentada ao cliente ou o cona melhor solução de eventuais questões, evitando
trato é assinado. Daí em diante, o que vale é a prova
fundamentação técnica sobre
assim, possíveis controvérsias.
inequívoca de que tais previsões se confirmaram ou
o que está estabelecido nos
foram afetadas pelo curso dos acontecimentos. Cessa
Equipe
a variabilidade das previsões para em seu lugar entrar
contratos comparando com
O Grupo de Controvérsias Contratuais da FDTE está
o demonstrativo do realmente ocorrido.
o que foi realizado, de modo
assim constituído: André S. Gertsenchtein, diretor
superintendente da FDTE, Engenheiro Civil pela
Quando no decorrer do contrato, ou em seu término,
que não haja interpretações
Poli-USP em 1989; Claudio A. Dall’Acqua, Engenheiro
surgem questionamentos sobre os resultados, é norequivocadas
Civil pela Poli-USP em 1966, empresário do setor da
mal que a busca de entendimento se dê por meio
construção civil, coordenador de gestão de emprede dos diversos mecanismos de solução de conflitos.
endimentos e vice-presidente do Conselho Curador
Visando oferecer aos advogados informações que
auxiliem na busca da solução da controvérsia con- O Grupo de Controvérsias Contratuais criado pela da FDTE; Bertram C. Shayer, Engenheiro Civil pela
tratual, a FDTE oferece fundamentação técnica sobre FDTE há quatro anos conta com amplo histórico de Poli-USP em 1964, diretor de empresas de construa realidade estabelecida nos contratos comparando negociações bem sucedidas no setor da engenharia, ção pesada e empresário da área de gerenciamento
com o que foi realizado, de modo que não haja inter- motivo pelo qual tem crescido muito a procura de de empreendimentos e atual Coordenador Técnico
pretações equivocadas que possam prejudicar uma seus serviços por escritórios de advocacia que atuam do Grupo de Controvérsias Contratuais da FDTE; João
possível solução. Dall’Acqua explica que é um equí- neste setor e desejam oferecer qualidade de traba- A. Machado Neto, Engenheiro Civil pela Escola de Envoco conceitual interpretar o passado com base em lho e segurança técnica aos seus clientes.
genharia da Universidade Mackenzie em 1972, direalusões ou ilações do que poderia ter ocorrido e a
tor de empresas de engenharia e empresário da área
partir de base instável fazer afirmações sem a devida A assistência técnica prestada pela FDTE aos seus de gerenciamento de empreendimentos há mais de
comprovação. “Nossos engenheiros são amplamen- clientes abrange suporte à preparação de documen- 15 anos e atual diretor de Operações da FDTE.
5
FRANCISCO ROMEU LANDI:
UM LÍDER FORMADOR DE LÍDERES
A vida do professor Francisco Romeu Landi está
ligada à história da modernização da Escola Politécnica da USP (Poli) e do ensino de Engenharia
no país. Engenheiro Mecânico-Eletricista estudou
na Poli (Poli-USP), onde também atuou como professor e diretor. Fez pós-doutorado no Laboratório
Nacional de Engenharia Civil, em Portugal, e no
Building Research Establishment, na Inglaterra.
Ocupou diversos cargos de comando. Foi presidente do conselho do Instituto de Eletrotécnica
e Energia da USP, vice-presidente do Instituto de
Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), presidente do conselho deliberativo do
Centro de Desenvolvimento e Documentação da
Indústria de Plástico para a Construção Civil, membro do conselho de administração do Centro de
Gestão e Estudos Estratégicos, do Ministério da
Ciência e Tecnologia, diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da FAPESP e presidente
do Fórum Nacional das Fundações de Amparo à
Pesquisa. Trabalhou na DKW-VEMAG e participou
do Grupo Executivo da Indústria Automobilística Geia, coordenado por Antonio Delfim Neto e instituído no governo Juscelino Kubitschek.
Filho de Lourenço Landi e Luzia Romeu Landi,
Francisco Romeu Landi nasceu em 22 de março
de 1933. Estudou no Ginásio do Estado Presidente Roosevelt e na Poli. Teve aulas de graduação na
Velha Poli, no centro de São Paulo, e práticas laboratoriais no prédio do Laboratório de Máquinas
Hidráulicas, onde hoje se localiza o IPT. Em 1966
passou a dar aulas de Sistemas Prediais. O Departamento de Construção Civil, criado em 15 de janeiro
de 1970, foi chefiado por ele em dois períodos: de
1987 a 1989 e de 2002 a 2003. Faleceu aos 71 anos,
vítima de um infarto no dia 22 de abril de 2004,
em São Paulo, enquanto se dirigia da FAPESP a sua
casa. Deixou a esposa, Marisia Del Nero Landi e os
filhos Paula, Francisco e Fernando, os três engenheiros.
6
Vahan Agopyan, vice-reitor da USP, afirma que o
professor Landi foi uma pessoa importante no desenvolvimento da pesquisa científica. Depois de
concluir o pós-doutorado na Europa, retornou ao
Brasil com ideias bem definidas, e no final da década de 1970 e na década de 1980 conseguiu formar
uma geração de pesquisadores em todas as áreas
da Construção Civil. “Formou equipes de pesquisas
na Poli e no IPT e isso se propagou para todo o país,
mudando conceitos empíricos para conceitos científicos. Teve papel importante no desenvolvimento
do PCC da Poli e na área de Construção Civil do IPT
sempenho na Construção Civil, que virou prática
apenas a partir 2010”.
O professor Orestes conta que seu contato com
Landi começou na década de 70 com a estruturação do PCC, cujo crescimento teve início com
a contratação de quatro professores: Vahan Agopyan, Hermes Fajersztajn, Moacir Eduardo Alves da
Graça e Orestes Marracini Gonçalves. “Em seu retorno da Europa trouxe uma série de ideias novas,
como a questão do Desempenho, a necessidade
de trabalhar com a demanda de água e com a
proteção contra incêndios”. O professor Orestes e o
professor Landi chegaram a firmar uma sociedade,
cujo sentido era também o de levar para a prática
o conhecimento que tinham na Poli e ao mesmo
tempo alimentar a Escola do que a prática oferece.
Professor Francisco Romeu Landi
e brasileira em geral”. Na presidência da FAPESP
trabalhou para que todos os estados brasileiros tivessem uma fundação de apoio à pesquisa. Vahan
conta que Landi foi seu professor em 1973, tendo-o
incentivado a fazer mestrado, doutorado e a livre
docência. “Landi era generoso, seu prazer era ver
todo mundo progredir. Foi o grande reformador
da escola. Enviou professores da Poli para conhecer as melhores escolas de Engenharia do país e do
mundo, visando reformular o ensino. O que a Poli é
hoje deve muito a essa visão dele. Quando assumi
a direção da Poli, em 2002, ele coordenou o projeto
2015, uma de suas ideias. Era um amigo, um líder
inovador que criou uma escola, uma linha de pensamento na Poli e no país”, afirma.
Para Orestes Marracini Gonçalves, falar do Landi
demandaria muitas horas. “Trilhamos muitos caminhos, tem coisas do Landi que ainda estão aqui,
ele está no DNA do departamento, é uma pessoa
inesquecível, que marcou seu tempo e deixou legado. Era um grande amigo e faz muita falta até
hoje”. Define o professor Landi como uma pessoa
generosa, justa, um líder moderno que criou outros líderes. “Era um construtor de ideias. Sabia da
importância do Engenheiro e de como este profissional deveria ser, vislumbrava uma engenharia
que se moderniza e se adapta à sociedade. Conseguia enxergar as necessidades a ponto de trazer
para estudos, na década de 1970, a questão do De-
O atual chefe do PCC, professor Francisco Ferreira
Cardoso, fez parte das primeiras equipes formadas
por Landi. “Estava no terceiro ano, isso em 1978,
quando me convidou para ser bolsista de iniciação
científica e, em seguida, monitor. Logo que me formei, comecei a dar aulas de desenho técnico. Ele estava iniciando a reformulação da disciplina, que em
seu modo de ver, é de formação e por ela o departamento interage com todos os alunos da escola”. Para
Cardoso, o professor Landi tinha duas características:
liderança e inovação. “Em 1981 já previa o uso do
computador. Nos meus 40 anos de Poli ele foi, sem
dúvida alguma, a pessoa mais marcante para mim e
para a escola”. Cardoso lembra que em meados dos
anos 1980 Landi valorizou no departamento a implantação do regime de dedicação integral, possibilitando que a também escola passasse a ter professores engenheiros dedicados às suas outras atividades
fins. Outra transformação foi valorizar e consolidar os
cursos de pós-graduação e pesquisa.
Segundo o professor Alex Abiko, uma das características do professor Landi era sua capacidade de
agregar e motivar pessoas a trabalhar em torno de
uma ideia de Universidade e de Departamento de
Construção muito avançado à sua época. “Ele tinha
uma característica pessoal de gerente, de liderança,
de conseguir trazer as pessoas para trabalhar pela
ideia que tinha de como devia ser uma universidade.
Em Construção Civil ele teve importância capital no
trabalho que foi desenvolvido na Poli e que permanece até hoje”. Segundo Alex Abiko, o professor Landi trouxe uma série de jovens pesquisadores e jovens
docentes para trabalhar com ele e buscava esse pessoal no movimento estudantil, tanto no grêmio da
Poli, como no centro acadêmico da Engenharia Civil.
BIOGRAFIA
O professor Ubiraci Espinelli Lemes de Souza diz
que ainda lembra-se do dia em que foi convidado por Landi a ingressar em sua equipe. “Eu era
um Engenheiro Civil recém formado e ele estava
apostando em mim para ajudá-lo nesta tarefa”.
Conta que durante sua formação teve o amparo técnico e emocional do professor Landi. “Seu
exemplo de competência, esforço e amor em
lidar com o que fazíamos, e sua coordenação e
amparo a todos os integrantes do Departamento
fizeram com que o PCC passasse de colaborador a líder do aperfeiçoamento acadêmico e da
transferência das inovações para a sociedade”,
afirma.
A secretária Sueli Carneiro Leão Rossetti diz que
já trabalhava na diretoria da Poli quando o professor Landi entrou como diretor. Lembra-se que por
ocasião do centenário da Poli percebia o quanto
ele se sentia privilegiado por estar na função de
diretor num momento tão importante para a Escola. “Seu maior empenho como diretor foi instigar os docentes à reflexão sobre o perfil do Enge-
“Ele sempre teve o mesmo
olhar para todos e praticava
o amor ao próximo com
naturalidade”
nheiro que iria se formar no século XXI. Na busca
de um ensino de excelência dedicou-se ao projeto
Poli 2015, visando estratégias de transformações”.
Sueli destaca ainda que o professor Landi foi um
grande estimulador da inovação e empreendedor,
um líder natural pela sua capacidade de articulação e modéstia, que tinha como objetivo manter
a Poli como referência nacional e internacional.
“Culto e apreciador de leituras nas áreas de medicina, direito, administração e economia, também
era alegre e espirituoso e fazia, às vezes, algumas
citações de Juó Bananère em La Divina Increnca.
Era exigente, justo, solidário, humano, digno e seguidor dos princípios éticos. Sinto-me orgulhosa
Asseque prae cum nos aborepudaes max
e privilegiada pela oportunidade de ter convivido
por oito anos com profissional tão brilhante e pela
amizade, da qual terei sempre avivada as boas recordações”, afirma.
Paula Landi, filha do professor e também politécnica diz que a Poli sempre fez parte da vida
da família. “Quando os prédios da Poli estavam
em construção na Cidade Universitária íamos fazer piquenique nos finais de semana no entorno
do Biênio porque meu pai queria acompanhar as
obras. A Poli era a casa dele, assim foi a vida inteira”. Afirmou ainda que além do relato dos amigos,
gostaria de ressaltar, na personalidade de seu pai,
o grande ser humano que ele era. “Ele sempre teve
o mesmo olhar para todos e praticava o amor ao
próximo com naturalidade”, concluiu.
Fontes: Poli http://www3.poli.usp.br/a-poli/historia/galeria-de-diretores/214-prof-dr-francisco-romeu-landi.html , FAPESP http://www.fapesp.
br/1606, Wikipédia https://pt.wikipedia.org/wiki/
Francisco_Romeu_Landi e depoimentos.
TIME LINE
que eventualmente entrassem nas baias exclusivas dos ônibus. Um sistema computadorizado de
controle de semáforos de saída das baias liberava
os ônibus na sequência correta, repetindo a letra,
dependendo do número de ônibus detectados em
cada baia.
Em novembro de 1978 a FDTE começou a desenvolver para a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), um sistema automatizado de formação
de comboios de ônibus com o objetivo de solucionar o congestionamento que se formava no
corredor formado pelas avenidas Nove de Julho,
São Gabriel e Santo Amaro, devido a falta de capacidade de embarque dos pontos de ônibus. Criada
dois anos antes, a CET começava a implantar os
primeiros corredores exclusivos de ônibus da cidade de São Paulo.
O projeto denominado Comboio de Ônibus Ordenados (Comonor), coordenado pelo professor
Antonio Marcos de Aguirra Massola, foi implantado em um ano e quatro meses e implicou na reorganização do ponto inicial da faixa exclusiva de
ônibus. Para reduzir o tempo de parada nos pontos
as linhas foram divididas por cores, o que implicava
em uma mudança para usuários e motoristas. Os
ônibus foram divididos em três séries, A, B e C, que
paravam em pontos específicos deslocados, na
mesma sequência.
Para que um ônibus parado em um dos pontos
não bloqueasse a passagem de outro, cujo ponto
estava mais adiante, o sistema concebido compunha comboios de dois, três ou mais ônibus,
sempre em sequências respeitando a ordem alfabética, com repetição das letras, se necessário,
dependendo do número de ônibus à espera no
local de formação dos comboios, mas, nunca invertendo a ordem alfabética.
O Comonor foi considerado um sucesso. Aumentou
a velocidade média dos ônibus em 90%, reduziu as
filas nos pontos e resultou em grande economia de
combustível. Em seguida o sistema foi implantado
nas avenidas Celso Garcia e Rangel Pestana. Em uma
segunda etapa o mesmo sistema foi desenvolvido
para a prefeitura de Porto Alegre e implantado nas
avenidas Farrapos, Bento Gonçalves e Assis Brasil.
Ao chegar ao ponto de formação dos comboios, os
ônibus entravam em baias específicas e tinham sua
presença detectada por meio de sistema de “loops”
magnéticos enterrados, que foi desenvolvido pela
FDTE. Ele era formado por um conjunto de equipamentos – detectores, circuito, sensores de veículos
e controlador (sistema de contagem de veículo,
unidade lógica, programação de tempo, relógio,
fonte de alimentação e relês de acionamento de
semáforos) – destinados ao acionamento automático dos semáforos das estações formadoras de
comboios de ônibus dos corredores. O programa
descartava a presença de outros tipos de veículos
Antonio Marcos de Aguirra Massola: Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Escola Politécnica
da Universidade de São Paulo (1967), mestrado em
Engenharia Elétrica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (1970) e doutorado em Engenharia Elétrica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (1974). Atualmente é professor
titular da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em
Engenharia Eletrônica, atuando principalmente nos
seguintes temas: agricultura de precisão, automação de sistemas elétricos, sistema de informação,
impacto ambiental e automação agrícola.
7
O QUE ESTOU LENDO
O MAPA CULTURAL
Giorgio de Tomi - Atualmente estou lendo o livro “O MAPA CULTURAL: Como
decodificar a maneira que as pessoas
pensam, lideram e obtém resultados
em ambientes multiculturais”, de Erin
Meyer. A autora apresenta os desafios de atuar no ambiente globalizado
de negócios, as habilidades necessárias para navegar entre as diferenças culturais e as atitudes típicas
de profissionais de diferentes origens, sejam elas
explícitas ou subliminares. Trata-se de um tema
fascinante, pois cada vez mais temos que atuar
em ambientes internacionalizados junto à equipes
multiculturais e de diferentes nacionalidades. A
obra está recheada de discussões sobre exemplos
práticos, mostrando interações profissionais e as
armadilhas potenciais que podem
prejudicar tanto a atuação profissional quanto situações de negociação.
Inclui casos diversos, por exemplo,
comparando as percepções de executivos russos em contato com empresas
israelenses, ou o exemplo de um gerente
brasileiro tentando entender como lidar
com um grupo de fornecedores chineses. O livro foi recomendado por Cordelia Lins, uma
empreendedora e empresária de sucesso canadense, em função de suas experiências internacionais
de negócios. Estou lendo por meio digital (Kindle)
devido à portabilidade e a facilidade de acesso em
qualquer situação (por exemplo, durante férias, fins
de semana, ou até mesmo, durante as viagens de
Metro). Além disso, a aquisição das obras é simples
e instantânea. O sistema de compras tem até uma
opção “Buy with 1 click”, o que torna a experiência
muito mais ágil.
Prof. Dr. GIORGIO DE TOMI - Engenheiro de Minas
doutorado pelo Imperial College (UK), mestrado pela
Southern Illinois University (EUA) e graduado em Engenharia de Minas pela USP. Atualmente é Diretor do Núcleo de Pesquisa para a Pequena Mineração. É “Chartered Engineer” pelo Engineering Councilda, Inglaterra;
membro do Institute of Materials, Minerals and Mining
da Inglaterra; Assessor Internacional do Programa
Global de Mercúrio da ONU. Tem ampla atuação em
Engenharia de Minas nos temas de planejamento de
lavra, software de mineração, automação na mineração, cadeia de produção mineral, governança de lavra
e gestão de produção na indústria mineral.
CURTAS
ques Fantini da Mecatrônica, Gabriel Kim Rocha e
Cláudia Chi Delgado Lira - Elétrica/Sistemas Eletrônicos; Adrian D’Lucas Cardoso Gonçalves e Daniel Nery
Silva de Oliveira da Elétrica; Vitor Patrezze Nunes da
Mecânica; Tiago Koji Castro Shibata da Computação
e Matheus Vitti Santos da Elétrica/Telecomunicações.
Thunderatz é ouro nos EUA - A equipe de robótica da Poli conquistou duas medalhas de ouro
e uma de bronze na RoboGames 2016, realizada
entre os dias 08 e 10 de abril, em Pleasanton na
Califórnia. As medalhas de ouro foram conquistadas nas categorias Hockey e Middleweight e a de
bronze no Trekking (Robomagellan nos EUA). A RoboGames é considerada a Olimpíada da Robótica,
com a participação de mais de cem países. Cauê Cimorelli Muriano, o capitão da ThundeRatz comenta
que dos 35 membros da equipe 17 participaram
da prova neste ano. São eles: Cauê Cimorelli Muriano, Kevin Eiji Pasqualini, Marco Enrique dos Santos
Abensur, Lucas Eder Alves, Lucas Rebelo Dal’Belo,
Vitor Kenji Fukuda, Guilherme Almeida Silis, Gabriel
Ribeiro Reis, Samanta Allis da Silva, e Douglas Mar-
Equipe de Baja conquista o quarto lugar com
o projeto Poli Atlas - A Equipe Poli de Baja conquistou o quarto lugar na colocação geral da 22ª Competição Baja SAE Brasil-Petrobras, realizada em São José
dos Campos (SP), entre os dias 31 de março e 03 de
abril. Segundo o professor Marcelo Alves, orientador
do projeto Baja, o resultado deste ano foi muito bom,
comparando com o ano passado. “Ganhamos as provas de aceleração e velocidade máxima e na colocação
geral ficamos em 4º lugar. Mais uma vez o carro ficou
entre os seis finalistas da prova de projeto. Além disso, o fato de competir com apenas um veículo, que
foi batizado de Poli Atlas, fez com que o time fosse
bastante cuidadoso, evitando cometer os erros do
ano passado”. Participaram da prova 74 equipes de
68 instituições de ensino superior e 1.460 estudantes
de engenharia das cinco regiões brasileiras.
VI SeTEC será em agosto
- A Semana Temática de Engenharia Civil e Ambiental de 2016 (VI SeTEC) será realizada entre os dias 15
e 19 de agosto. O tema deste ano será “A Transposição de Limites da Engenharia”. O evento acadêmico é composto por palestras, mesas-redondas,
workshops, visitas técnicas e estudos de caso organizado por alunos da Escola Politécnica da USP (POLI).
O evento aproxima o aluno do mercado de trabalho
e cria oportunidades de conhecer professores e alunos das áreas de atuação da Engenharia Civil e Ambiental. Na edição realizada no ano passado houve
aumento no número de eventos, inauguração de
uma mostra dos trabalhos de Iniciação Científica
e um workshop com as empresas patrocinadoras,
consolidando a SeTEC como uma das maiores semanas de engenharia.
Expediente
FDTE
Diretor-Superintendente: André Steagall Gertsenchtein
Diretor de Operações: João Antonio Machado Neto
Diretor Administrativo e Financeiro:
Antonio Carlos Fonseca
Diretora de Assuntos Especiais: Edith Ranzini
CONSELHO CURADOR
Presidente: Nelson Zuanella
Vice-Presidente: Claudio Amaury Dall’Acqua
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Membros: Antonio Hélio Guerra Vieira, Claudio Amaury Dall’Acqua,
Ivan Gilberto Sandoval Falleiros, João Cyro André, José Roberto Cardoso, José Roberto Castilho Piqueira, Lucas Moscato
Endereço: Av. Eusébio Matoso, 1375 – 6º andar Pinheiros
São Paulo / SP - CEP: 05423-180 - Telefone: (11) 3132 - 4000
Jornalista responsável: Luiz Voltolini (MTb - 11.095)
Revisão: Maria Aparecida Masucci
Fotos: Zé Barretta - [email protected]
Diagramação: Samuel Coelho - [email protected]
Tiragem: 2.000 exemplares
Periodicidade: bimestral
A reprodução do conteúdo desta publicação é permitida
mediante autorização prévia e citada a fonte.
FDTE Informa é uma publicação da FDTE - Fundação
para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia.
Disponível no site da entidade (www.fdte.org.br) e
distribuída gratuitamente. Os textos e artigos assinados
são de inteira responsabilidade de seus autores.

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