ficha informativa
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FICHA INFORMATIVA O Rolex Mentor and Protégé Arts Initiative é um programa filantrópico internacional criado pela Rolex e coordenado na sede da empresa, em Genebra, por uma equipe dedicada. Sua missão é buscar jovens artistas que demonstrem um talento excepcional e, em seguida, reuni-los com grandes mestres para que, durante um ano, estabeleçam uma colaboração criativa por meio de uma relação de tutoria individual. História e objetivos O programa Rolex Mentor and Protégé Arts Initiative foi criado em junho de 2002. Organizado a cada dois anos, ele está atualmente na quinta edição (2010-2011) e tem como principal objetivo contribuir para perpetuar a herança artística mundial. Ao promover a tradição de excelência individual, a Rolex deseja oferecer a artistas iniciantes um tempo para que possam aprender, criar e crescer. Organização do programa O ponto de partida do programa é um convite, feito pela Rolex, a artistas consagrados nas áreas de dança, cinema, literatura, música, teatro e artes visuais, para que forneçam orientação individual a jovens talentos. Em seis disciplinas, um artista mais experiente (o mentor, ou mestre) compromete-se a incentivar e orientar um jovem artista (o protégé, ou discípulo) durante um ano. Cada dupla decide de que forma a interação é mais eficiente. A seleção de mestres A cada dois anos, um novo Comitê Consultivo de artistas consagrados e profissionais ligados ao setor de artes sugere e aprova o nome de potenciais mestres. Uma vez que esses grandes artistas tenham sido consultados e aceitem participar, a Rolex define com eles o perfil dos discípulos com os quais gostariam de trabalhar. Cada mestre recebe honorários no valor de US$ 50.000. A seleção de discípulos Para selecionar os discípulos, a Rolex constitui seis comissões, sendo uma para cada disciplina artística. Essas comissões são formadas por especialistas qualificados cuja missão é identificar potenciais discípulos que correspondam aos critérios definidos. Para garantir a imparcialidade do processo, os nomes dos membros das comissões não são divulgados durante a fase de seleção. Os jovens artistas não podem se candidatar diretamente ao programa: cada comissão de seleção indica potenciais discípulos que, em seguida, são convidados a apresentarem um dossiê de candidatura à Rolex. Os discípulos são geralmente artistas profissionais, jovens e brilhantes, que ainda não tiveram oportunidades à altura de seu excepcional talento. A comissão de seleção examina as candidaturas e indica três finalistas. O processo gera benefícios que vão muito além dos objetivos do programa, visto que o trabalho de cerca de 20 jovens talentos ganha notoriedade junto aos membros da comissão especializados em suas respectivas disciplinas artísticas. No final do processo, a Rolex organiza encontros para que o mestre conheça os finalistas e possa escolher seu discípulo. T H E RO L E X M E N T O R A N D P RO T É G É A R T S I N I T I AT I V E P.O. Box 1311 – 1211 Geneva 26 – Switzerland – Tel. +41 (0)22 302 22 00 – Fax +41 (0)22 302 25 85 – Email [email protected] rolexmentorprotege.com O ano de tutoria Os mestres e seus discípulos convivem durante pelo menos seis semanas, mas muitos passam um tempo consideravelmente maior juntos, compartilhando conhecimentos e experiência. Fica também a cargo de cada dupla decidir onde e quando esses intercâmbios são realizados. A forma como a interação entre os dois se desenvolve é flexível: por exemplo, o discípulo pode acompanhar de perto o trabalho do mestre ou ambos podem estabelecer uma colaboração com vista a realizar um trabalho conjunto. Cada dupla conta com o apoio de um funcionário da Rolex, encarregado de fornecer toda a assistência logística necessária. O programa incentiva projetos que contribuam para estabelecer laços sólidos e fomentem a colaboração criativa entre o mestre e discípulo, graças a períodos de intensa interação durante o ano de tutoria. Ao final da experiência, os participantes são convidados pela Rolex a um evento no qual são apresentados os trabalhos de criação realizados durante o ano. O evento presta homenagem às realizações dos jovens artistas e divulga seu trabalho junto ao público. Subsídio concedido aos discípulos Cada jovem artista recebe um subsídio de US$ 25 mil durante o ano de tutoria, além de uma soma em dinheiro para financiar viagens e outras despesas. Uma verba adicional de US$ 25 mil é oferecida a cada discípulo ao final do ano de trabalho. Essa verba destina-se especificamente a financiar a publicação de uma obra ou a criação de um novo trabalho, espetáculo ou evento público. Documentos Para dar mais visibilidade tanto para os discípulos como para o próprio programa, a Rolex documenta os intercâmbios durante o ano de tutoria. Uma equipe de filmagem, um fotógrafo e um redator, trabalhando sob a orientação da equipe de documentação da Rolex, registram a colaboração entre o mestre e discípulo. Paralelamente, o site rolexmentorprotege.com fornece informações sobre o programa. Repercussão Depois do ano de tutoria, a Rolex continua mantendo contato com os discípulos, acompanhando com interesse suas carreiras. Os resultados para os discípulos variam: a publicação de um novo romance, a montagem de uma peça de teatro, o ingresso na companhia de dança do mestre ou uma obra de arte realizada em parceria são alguns exemplos do que o discípulo pode produzir graças ao programa. No entanto, a Rolex acredita que, para muitos dos jovens artistas, os benefícios do programa possam ser muito mais amplos. Comunidade mundial de criatividade Desde o lançamento do Rolex Mentor and Protégé Arts Initiative, em 2002, 265 artistas e grandes personalidades do mundo artístico e cultural participaram do programa, entre os quais 80 consultores que colaboraram para a seleção dos mestres e 146 especialistas que participaram do processo de seleção dos discípulos. O programa conta com a contribuição de pessoas originárias de mais de 40 países. A cada edição, a comunidade Rolex ganha maior abrangência e densidade. MENTORS AND PROTÉGÉS 2010-2011 Dança Trisha Brown, mestre á mais de 40 anos, a lendária coreógrafa americana Trisha Brown vem ampliando as H fronteiras da dança contemporânea, transformando-a de maneira radical graças a uma abordagem inédita de elementos como luz, espaço, gravidade, geometria, tecnologia e percepção. “Minha busca é pela dança perfeita. É isso que me leva adiante”, explica ela. propensão de Trisha Brown para explorar a natureza do movimento pode ser parcialmente A atribuída ao hábito que tinha de subir em árvores na infância, quando vivia na zona rural do estado de Washington, nos Estados Unidos. De lá, partiu para estudar dança na universidade e, posteriormente, estagiar com os principais bailarinos e coreógrafos da época. Em 1962, foi uma das fundadoras do vanguardista Judson Dance Theater. Oito anos mais tarde, criou a Trisha Brown Company, grupo nova-iorquino mundialmente conhecido que ainda hoje ela dirige. Entre os trabalhos pioneiros dessa coreógrafa destacam-se Man Walking Down the Side of a Building (1970), em que o dançarino atuava amarrado a uma corda de alpinismo, e Set and Reset (1983), espetáculo que até hoje é sucesso, com música de Laurie Anderson, além de figurinos e cenário de Robert Rauschenberg, com quem Trisha Brown trabalha regularmente. Em 1998, coreografou sua primeira ópera, Orfeu de Monteverdi, elogiada pelo the New York Times por sua “visão e audácia”. Trisha Brown continua revolucionando a dança moderna com suas obras, entre as quais I love my robots (2007). Em outubro de 2011, apresentou, no teatro Chaillot, em Paris, um espetáculo que reunia trabalhos recentes e antigos. A Trisha Brown Company continua mostrando seu trabalho nos principais palcos do mundo, como o Dance Theater Workshop, de Nova York, e a Opéra Théâtre de Avignon, na França. Conhecida por sua capacidade multidisciplinar e inovadora, Brown é também uma conceituada artista visual. Em 2007, o Walker Art Center, de Minneapolis, apresentou The Year of Trisha, que associava de maneira harmoniosa suas obras de arte visual e dança. Dois anos mais tarde, em 2009, sua primeira exposição individual foi apresentada em Nova York. Primeira coreógrafa a conquistar o cobiçado título MacArthur Foundation Fellowship, Trisha Brown foi condecorada com o título de Oficial das Artes e Letras, concedido pelo governo francês em 2004. Mais recentemente, recebeu o Capezio Dance Award, atribuído a artistas que contribuem para levar maior respeito, vulto e relevo para a dança. Sua obra encontra-se registrada em diversos livros, relatos e filmes. Lee Serle, discípulo Dançarino de grande talento e coreógrafo iniciante, Lee Serle, que nasceu em 1981, é um astro em seu país de origem, a Austrália. Desde que se formou em dança, em 2003, pelo prestigioso Victorian College of the Arts, de Melbourne, contribuiu para o trabalho de diversas companhias, principalmente de Melbourne, destacando-se os grupos Lucy Guerin Inc e Chunky Move, com os quais se apresentou tanto na Austrália como em outros países. Entre as coreografias que criou, estão I’m in Love, apresentada no Next Wave Festival de Melbourne, e A Little Murky, “peça para espaço reduzido” que evidencia a sutileza de sua interpretação e revela um estilo possante e teatral. Para Serle, o programa de tutoria da Rolex constitui “uma oportunidade única” de crescer como dançarino e coreógrafo, graças à orientação e à “influência seminal” de Trisha Brown. “Já tinha ouvido falar muito do trabalho dela e foi emocionante saber que eu poderia fazer parte de sua história”, conta. “Fui trazido de volta para um ‘movimento puro’, para a inteligência e a beleza do movimento – e pude ver o quanto a dança é algo incrível”. Depois do ano de tutoria, Serle pretende continuar se focalizando em seu trabalho como coreógrafo. Cinema Zhang Yimou, mestre Há duas décadas, Zhang Yimou, um dos mais influentes diretores do cinema contemporâneo, vem atraindo um público numeroso na China e em outros países, com uma obra prolífica que abrange um amplo leque de gêneros (desde dramas históricos até épicos de artes marciais) e celebra a resiliência do povo chinês diante da adversidade. Zhang atravessou períodos difíceis em sua juventude, quando foi obrigado a trabalhar em uma fazenda isolada na zona rural e numa fábrica de tecidos chinesa. Graças a essas experiências, conheceu de perto a vida do povo chinês. Na época, jovem aspirante a fotógrafo e cineasta, chegou a vender o próprio sangue, durante vários meses, para comprar sua primeira câmera. Mais tarde, ingressou na Academia de Cinema de Pequim, onde se formou com louvor em 1982. Foi lá que conheceu outros jovens talentosos, que com ele formaram o núcleo da celebrada Quinta Geração de cineastas chineses. Desafiando as convenções do cinema chinês, Zhang usou imagens exuberantes, cores suntuosas e personagens femininas fortes em sua trilogia amplamente aclamada pela crítica: O Sorgo Vermelho (1988), sua estreia como diretor; Amor e Sedução (1990); e Lanternas Vermelhas (1991), sem dúvida sua obra-prima. Outros grandes filmes se seguiram, entre os quais A História de Qiu Ju (1992), Herói (2002), O Clã das Adagas Voadoras (2004) e A Maldição da Flor Dourada (2006). Zhang recebeu inúmeras recompensas por seus filmes, entre as quais várias indicações para o Oscar e prêmios nos festivais de cinema de Veneza e Berlim. Em 2008, ficou entre os quatro finalistas do concurso Personalidade do Ano organizado pela revista Time. Zhang dirigiu também produções teatrais e líricas e ganhou reconhecimento internacional ao dirigir as espetaculares cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos de Verão, realizados em Pequim em 2008. Entre suas obras mais recentes destacam-se Uma Mulher, uma Arma e uma Loja de Macarrão (2009), remake de Blood Simple, um dos primeiros filmes dos irmãos Coen; e a comovente história de amor A Árvore do Amor (2010). Zhang lançará em breve um novo filme sobre uma heroína chinesa que viveu na cidade de Nankin, em 1937. Em 2010, Zhang foi condecorado com o título de Doctor of Fine Arts pela Yale University. Para o cineasta Steven Spielberg, Zhang Yimou, “é um gênio de criatividade; com sua visão cinematográfica, ele alimentou a fascinação que a China exerce sobre o mundo”. Annemarie Jacir, discípula Annemarie Jacir, nascida em 1974, é palestina e vive na Jordânia. Cineasta e poeta de vanguarda, ela foi considerada pela revista Filmmaker como uma das 25 Novas Personalidades do Cinema Independente em 2004, um ano depois de se formar em Belas Artes pela Columbia University, em Nova York. Uma das fundadoras do projeto Dreams of a Nation, cujo objetivo é promover o cinema palestino, Annemarie Jacir integra em seus filmes uma análise hábil e multifacetada de questões políticas e culturais. Um bom exemplo é like twenty impossibles (2003), que fez parte da seleção oficial da Cinéfondation Cannes. Seu aplaudido filme Salt of this Sea (2008), apresentado em Cannes, foi o primeiro longa-metragem da história dirigido por uma mulher palestina. Além de ter sido indicado para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, o filme obteve o prêmio FIPRESCI da Crítica Internacional. Atualmente concluindo a pós-produção de um novo longa metragem (When I Saw You, que conta a história da passagem para a vida adulta de um menino de 12 anos), Annemarie Jacir revela que uma das fontes de inspiração para seu trabalho foi Lanternas Vermelhas, de Zhang Yimou. “Os filmes que mais me inspiram são os que falam da alma humana”, diz ela. “Zhang Yimou tem um estilo peculiar. Um estilo muito diferente do meu – e é isso que me deixa tão entusiasmada com o ano de tutoria com ele”. Sites: whenisawyou.com philistinefilms.org Literatura Hans Magnus Enzensberger, mestre Ao longo dos últimos 50 anos, Hans Magnus Enzensberger, o mais importante poeta contemporâneo da Alemanha e autor de mais de 50 obras, ficou conhecido por seus textos provocadores e se tornou um dos principais intelectuais europeus na área política. Através de um impressionante leque de poemas, romances, peças e discursos variados, esse prolífico escritor, editor, tradutor e filósofo expõe temas recorrentes, entre os quais o combate à opressão e à injustiça social. Enzensberger estudou literatura e filosofia em diversas universidades alemãs, bem como em Paris, na Sorbonne, tendo obtido um doutorado em 1955. Em seguida, viveu longos períodos no exterior, até os anos 1960, quando voltou definitivamente para a Alemanha. Durante esse tempo, fez sua estreia na literatura com uma coletânea de poemas, seguida, pouco tempo depois, por outras publicações que marcaram o início de sua carreira, como Museum der modernen Poesie (1960), antologia que reúne 350 poemas em 16 idiomas, editados e traduzidos por ele. Blindenschrift, a terceira coletânea de poemas de Enzensberger, obteve o prestigioso prêmio Georg Büchner em 1963. Depois de publicar, durante dez anos, o jornal político Kursbuch (1965-1975), Enzensberger retomou o caminho da poesia lírica com a obra Mausoleum: 37 Balladen aus der Geschichte des Fortschritts (Mausoleum: 37 Baladas da História do Progresso) e com o aclamado Der Untergang der Titanic (1978), imenso poema do tamanho de um livro, mais tarde traduzido por ele como O Naufrágio do Titanic. Nos anos 1980, fundou a revista mensal TransAtlantik e lançou seu próprio selo editorial, Die Andere Bibliothek, que oferece atualmente mais de 250 títulos. Desde então, Enzensberger, um autêntico erudito com obras traduzidas em 40 idiomas, tem se mostrado à vontade nos mais variados gêneros, sendo capaz de escrever um ensaio sobre o Iraque com a mesma naturalidade com que redige uma aventura matemática para crianças. Seus mais recentes trabalhos publicados em inglês são a biografia The Silences of Hammerstein (2009), a coletânea de poemas A History of Clouds (2010) e a não ficção Fatal Numbers: Why Count on Chance (2011). Aplaudido por sua “indefectível capacidade de confrontar as questões mais críticas de nossa época”, em 2009 Enzensberger ganhou o Prêmio Sonning pela promoção da cultura europeia, além do Prêmio Griffin Poetry Prize pelo conjunto de sua obra. Entre as muitas condecorações que recebeu, foi agraciado pela Espanha com o Prêmio Príncipe de Asturias de Comunicação e Ciências Humanas. Tracy K. Smith, discípula Nova e empolgante voz no universo da poesia, a americana Tracy K. Smith, nascida em 1972, conquistou renome pela força extraordinária de seus poemas, que exploram temas como perda, paixão e política. Tracy Smith formou-se pelas universidades de Harvard e Columbia. Mais tarde, foi titular de uma bolsa de estudos em Stanford e ocupou diversas cadeiras de ensino. Desde 2005, é professora adjunta de Escrita Criativa em Princeton. Tracy K. Smith publicou duas coletâneas de poesia muito bem acolhidas pela crítica: The Body’s Question (2003), que obteve o Prêmio Cave Canem pelo melhor primeiro livro de uma poeta afro-americana, e Duende (2007), que recebeu o James Laughlin Award da Academy of American Poets. Essas duas obras foram seguidas por Life on Mars, terceira coletânea “acentuadamente elegíaca”, publicada em maio de 2011. Tracy Smith, que redigiu uma monografia durante o ano de tutoria, diz o seguinte de seu mestre Hans Magnus Enzensberger: “Ele mudou minha forma de pensar, fazendo com que eu deixasse de refletir como poeta para pensar em personagens. Isso vai ficar gravado em mim, como uma ponte que precisei atravessar para dar um sentido mais amplo a meu trabalho de escritora. Conviver com uma pessoa que tem uma vida inteira de experiências a compartilhar é um grande privilégio – uma experiência que transformou a minha vida”. Música Brian Eno, mestre Embora descreva a si mesmo como um “não músico”, Brian Eno teve uma influência significativa no universo da música, em particular no rock e na música tecno. Nos últimos 40 anos, colaborou com alguns dos maiores artistas internacionais, entre os quais Bowie e Bono. Nesse período, o visionário e bem-sucedido produtor, compositor, cantor, estudioso de música, artista multimídia e pioneiro da tecnologia criou o que ele costuma chamar de “ambientes com auras inabituais”. “Sou um pintor de sons”, define ele. Fascinado pelos acordes de doo-wop e rock’n’roll que, escapando por sobre os muros do quartel da U.S. Air Force, chegavam à casa em que morava quando criança, em Suffolk, Inglaterra, Eno matriculou-se numa escola de belas artes, onde os professores estimularam sua criatividade e o incitaram a revolucionar as soluções existentes. Na escola, começou a fazer experiências com toca-fitas, seu primeiro instrumento musical. Brian Eno ganhou destaque no início dos anos 1970 ao teclado e sintetizador do revolucionário grupo de glam-rock Roxy Music, época em que se apresentava ornado de penas de pavão e maquiagem com cores gritantes. Depois do segundo disco, decidiu deixar o grupo para se dedicar a suas próprias “paisagens acústicas”. As principais obras que marcaram o início de sua carreira foram No Pussyfooting (1973), que integra um sistema de delay de fita cassete, e seu primeiro projeto solo, Here Come the Warm Jets, sucesso em 1974. A contribuição mais significativa e inovadora de Brian Eno foi, sem dúvida, a música ambiental, criada para modificar a percepção do ouvinte em relação ao ambiente que o cerca. Esse princípio foi apresentado em Discreet Music (1975), lançado com seu selo Obscure Records, e aprimorado em Music for Airports (1978). Entre seus trabalhos mais recentes, destacam-se parcerias com Paul Simon, U2, Coldplay e outros grandes músicos. Além de compor para diversas produções, entre as quais a trilha sonora de The Lovely Bones, filme de Peter Jackson, Brian Eno realizou instalações extremamente criativas, como 77 Million Paintings. Esse trabalho, que utiliza software automático para manipular seus desenhos, iluminou em 2009 as velas que se tornaram o símbolo da Ópera de Sydney. Em 2010, foi curador convidado do Festival de Brighton, na Inglaterra. Lançou também um novo álbum solo, Small Craft on a Milk Sea, seguido, recentemente, de Drums Between the Bells, realizado em colaboração com o poeta Rick Holland. Fundador e diretor da Long Now Foundation, Brian Eno vem educando a população para o futuro da sociedade. Ben Frost, discípulo Nascido em 1980, o compositor, produtor e músico australiano Ben Frost conquistou renome com um trabalho belo, fascinante, surpreendente e perturbador. Em 2005, depois de se formar em Belas Artes em Melbourne, Ben Frost decidiu mudar-se para o outro lado do mundo, partindo para Reykjavik, na Islândia, onde foi um dos fundadores da gravadora Bedroom Community. Seu trabalho, que dificilmente pode ser classificado em um gênero preciso, tem influências tanto do minimalismo clássico como dos movimentos punk rock e heavy metal. Seus três discos, muito bem acolhidos pela crítica, revelam uma incontestável força emocional: Steel Wound (2003), Theory of Machines (2007) e BY THE THROAT (2009). Frost desenvolveu diversas parcerias multidisciplinares com renomados coreógrafos, como Gideon Obarzanek, Erna Ómarsdottír e Wayne McGregor, e com artistas de diversos horizontes, como Amiina, Tim Hecker, Nico Muhly e Björk. Recentemente, concluiu a música do espetáculo Flesh in the Age of Reason, produzido pela Random Dance Company, e compôs uma nova trilha sonora para o clássico do cinema Solaris, de Tarkovsky. “Compartilhamos um imenso fascínio pelo mundo que se estende para além das fronteiras da música e da arte”, explica Ben Frost sobre o trabalho com seu mestre. “Sinto que entre Brian e eu existe uma conexão. É como se já tivéssemos nos encontrado antes”. Ben Frost compôs também a música do filme A Bela Adormecida (2011), escrito e dirigido por Julia Leigh, que participou, como discípula, de uma edição anterior do programa Rolex. Site: ethermachines.com Teatro Peter Sellars, mestre Peter Sellars, diretor de teatro, óperas e festivais, conquistou renome por suas interpretações originais de obras-primas bem conhecidas e pelos projetos de colaboração desenvolvidos com uma grande variedade de artistas ao longo de três décadas. “No século XXI, as soluções devem ser criativas e colaborativas”, afirma esse artista americano. Aluno, aos dez anos, do Lovelace Marionette Theater, de Pittsburgh, Peter Sellars estudou em Andover e Harvard e viveu em Paris, no Japão, na China e na Índia. Desde o início da carreira, seu trabalho abolia as fronteiras entre gêneros e oferecia uma viagem pelo tempo, com versões marcantes e contemporâneas de obras de Shakespeare, Brecht, Gershwin, Mozart, Handel e Bach. Aos 25 anos, foi agraciado com o MacArthur Prize Fellowship. Um ano mais tarde, foi nomeado diretor do American National Theater (Kennedy Center, Washington D.C.). Algumas parcerias foram decisivas para o rumo que seu trabalho tomou posteriormente, em particular com The Wooster Group, Jean-Luc Godard (O Rei Leão), o National Theatre of the Deaf e Emmanuel Music, de Boston. Em 1987, o espetáculo Nixon in China, em parceria com o compositor John Adams, a poeta Alice Goodman e o coreógrafo Mark Morris, posicionou a ópera contemporânea como uma força vital para a nova geração. Sellars desenvolveu outros projetos com John Adams, entre os quais as óperas Doctor Atomic e The Death of Klinghoffer. Novas montagens de óperas compostas por Kaija Saariaho e Amin Maalouf, por Osvaldo Golijov e David Henry Hwang e por Tan Dun somaram-se à produção de obras de Messiaen, Ligeti, Hindemith e Kurtág. No teatro, seu trabalho faz uso de obras de Shakespeare e textos clássicos em grego, sânscrito e chinês, para descrever de maneira incisiva e humana questões como injustiça econômica, orgulho militar, conflitos entre gerações e raças, direitos femininos, escravidão contemporânea e a situação de imigrantes e refugiados. Peter Sellars dirigiu festivais pioneiros de âmbito internacional em Los Angeles, Adelaide, Veneza e Viena. Curador residente do Telluride Film Festival e professor da cadeira de Artes e Culturas do Mundo na UCLA, ele recebeu, em 1998, o Prêmio Erasmus por sua contribuição para a cultura europeia. Peter Sellars é também membro da American Academy of Arts and Sciences. Em 2011, Peter Sellars dirigiu Nixon in China, na Metropolitan Opera de Nova York, espetáculo transmitido para vários teatros do mundo. Na Lyric Opera de Chicago, estreou uma nova interpretação de Hércules, de Handel, ambientada na América contemporânea. Peter Sellars prepara atualmente um trabalho inspirado na heroína Desdêmona, de Shakespeare, que será apresentado no Festival Cultural Olympiad de 2012, em Londres. A obra está sendo desenvolvida em colaboração com a escritora Toni Morrison (vencedora do Prêmio Nobel, ela participou, como mestre, de uma edição anterior do programa da Rolex) e com o cantor maliano Rokia Traoré. Maya Zbib, discípula Há mais de uma década, a atriz, escritora e jovem diretora Maya Zbib, nascida em 1981, vem surpreendendo críticos com a sutileza de sua interpretação em papéis extremamente variados. Ignorando as fronteiras entre gêneros, seu trabalho associa teatro e performance e mobiliza uma pluralidade de técnicas. Depois de obter um Master em Artes Cênicas, em 2007, pela Goldsmiths, Universidade de Londres, Maya Zbib criou e interpretou espetáculos solo, entre os quais The Music Box, performance-instalação realizada em residências particulares e apresentada em festivais internacionais. Atualmente, é codiretora da Zoukak Theatre Company and Cultural Association de Beirute, da qual foi uma das fundadoras em 2006. Além disso, leciona no Instituto de Belas Artes da Universidade do Líbano. Em 2009, foi convidada a participar do programa internacional Cultural Leadership, organizado pelo British Council. Focalizando seu trabalho no impacto que o teatro tem para a sociedade, Maya Zbib declara: “A filosofia defendida por Peter Sellars de que o teatro é um impulso para a mudança representa, para mim, uma fonte de inspiração”. Durante o ano de tutoria, Maya Zbib e Peter Sellars se encontraram na República Democrática do Congo, em Chicago e em Beirute para observar o trabalho teatral um do outro (bem como o trabalho de outros artistas) e desenvolveram uma relação profissional sólida e duradoura. Site: zoukak.org Artes visuais Anish Kapoor, mestre “Os artistas não criam objetos. Eles criam mitos”, afirma Anish Kapoor, um dos mais versáteis e aplaudidos artistas plásticos de sua geração. Espalhadas pelos quatro cantos do globo, as obras sublimes e provocadoras de Kapoor podem ser admiradas nos principais museus, galerias e espaços artísticos externos. Residente em Londres desde a década de 1970, Anish Kapoor nasceu em Bombaim (hoje Mumbai). “Voltei à Índia no início de 1979 e me dei conta, de repente, de que todo o trabalho que eu vinha desenvolvendo na escola de artes [Chelsea School of Art] e no meu ateliê estava relacionado com o que eu estava vendo ali”, explica Kapoor, referindo-se, em particular, a suas primeiras e impressionantes obras com pigmentos, 1000 Names (1979-1980). Kapoor, que se associou ao grupo de jovens artistas New British Sculpture, ganhou projeção internacional com uma exposição individual em Paris organizada em 1980. Ao longo dos anos, apresentou suas obras em inúmeras exposições individuais e coletivas, evidenciando, em suas enigmáticas formas esculturais, a evolução de suas técnicas e a crescente exploração de opostos – como presença e ausência, luz e escuridão. Vencedor do Prêmio Duemila na Bienal de Veneza de 1990 e do prestigioso Prêmio Turner (1991), Kapoor é hoje conhecido sobretudo por suas grandiosas instalações, bem como por obras realizadas a pedido de autoridades públicas – obras que geralmente se situam entre a arquitetura e a arte. Entre elas, destacam-se Marsyas (2002), no Turbine Hall do Tate Modern de Londres; Cloud Gate (2004), no Millennium Park de Chicago; Sky Mirror (2006), no Rockefeller Center, em Manhattan; e Temenos (2006), primeiro de uma série de cinco Giants, em Tees Valley, Grã-Bretanha. Uma retrospectiva da obra de Kapoor foi apresentada na Royal Academy de Londres em 2009 e, em 2010/2011, pela primeira vez, em seu país de origem, a Índia. Nos últimos dois anos, suas esculturas foram também exibidas em diversos museus, entre os quais em Jerusalém e Nova York. Em 2011, suas obras mais recentes foram apresentadas na Serpentine Gallery (Londres), na exposição Monumenta (Grand Palais de Paris) e na Bienal de Veneza. Sua escultura em espiral, com 115 metros, representando as argolas olímpicas, foi designada como o monumento símbolo dos Jogos Olímpicos de Londres em 2012. Quando for concluída, será a obra de arte pública de maior dimensão no Reino Unido. Nicholas Hlobo, discípulo “Em meu trabalho, celebro o fato de ser sul-africano. Reflito sobre minha identidade étnica, minha identidade de gênero e minha herança colonial”, diz Nicholas Hlobo, artista visual nascido em 1975. Desde que se formou, em 2002, pela Technikon Witwatersrand, de Johanesburgo, Hlobo vem mostrando a singularidade de sua visão artística em exposições individuais e coletivas organizadas em diversos pontos do globo, como Cidade do Cabo, Roma e Boston. “As ideias que ele explora são tão ponderadas e densas quanto as suturas que ele usa para unir os materiais com os quais costuma trabalhar – borracha, gaze e papel”, observa Kerryn Greenberg, curador assistente do Tate Modern de Londres, onde, em 2008, Hlobo exibiu quatro obras intituladas Uhambo na Level 2 Gallery, reservada a artistas internacionais emergentes. Uma das características marcantes das instalações esculturais e performances de Hlobo é o uso original de materiais evocativos, cujas raízes estão fincadas na cultura e na língua xhosa. Entre suas recentes conquistas, Nicholas Hlobo recebeu, em 2009, o prestigioso Standard Bank Young Artist Award for Visual Arts. Além disso, foi um dos finalistas do Future Generation Art Prize 2010 e expôs suas obras na Bienal de Liverpool em 2010. Uma grande retrospectiva de seus trabalhos foi recentemente organizada no National Museum of Art, Architecture and Design, em Oslo, Noruega. Suas obras foram também apresentadas em três exposições na Bienal de Veneza de 2011. Para Hlobo, o objetivo global do trabalho desenvolvido com Anish Kapoor é o crescimento. “É um trabalho que me perturba e me deixa assustado – no bom sentido”. O IMPACTO DO PROGRAMA ROLEX ARTS INITIATIVE Dez anos de criatividade e colaboração artística Em 2002, a Rolex criou o Rolex Mentor and Protégé Arts Initiative com o objetivo de oferecer apoio a jovens artistas que demonstrem grande potencial. O programa destina-se particularmente a jovens artistas em início de carreira, seja qual for a origem geográfica. Em vez de conceder a esses artistas simplesmente uma ajuda financeira ou um prêmio, o Rolex Arts Initiative percebeu o inestimável valor de oferecer um programa de parcerias entre esses artistas iniciantes e grandes mestres de cada disciplina artística, promovendo uma colaboração criativa com duração de um ano. Nos últimos dez anos, o programa Rolex Arts Initiative reuniu 58 mestres e jovens artistas em início de carreira nas áreas de dança, cinema, literatura, música, teatro e artes visuais. Esse intercâmbio “interculturas e intergerações” tem amplo impacto na comunidade artística, uma vez que esses jovens artistas, estimulados por seus mestres, adquirem mais confiança em suas visões criativas e continuam a produzir novas obras. Catalisador de carreiras O Rolex Arts Initiative incentiva artistas jovens e promissores, levando-os para o centro das atenções da comunidade artística internacional. Graças ao programa e à influência de seus mestres, esses jovens têm uma oportunidade única para desenvolver suas carreiras e alcançar um público mais amplo. • O artista conceitual uruguaio Alejandro Cesarco, que teve como mestre o artista americano John Baldessari (2006-2007), recebeu o prestigioso prêmio Baloise na Feira Internacional Art 42 Basel e representou o Uruguai, em 2011, na Bienal de Veneza. • A diretora de teatro Lara Foot, que teve como mestre o diretor britânico Sir Peter Hall (2004-2005), vem trabalhando com textos de dramaturgos de seu país de origem, a África do Sul. Primeira mulher a ocupar a presidência e direção artística do Baxter Theatre Centre da Cidade do Cabo, ela lançou programas inovadores para atrair um público maior para o teatro. • O dançarino togolês Anani Dodji Sanouvi, que teve como mestra a coreógrafa belga Anne Teresa de Keersmaeker (2006-2007), criou um centro de dança experimental no Togo e está desenvolvendo um novo método de dança que associa dança ocidental contemporânea com elementos da identidade africana. • O maestro espanhol Josep Caballé-Domenech, que teve como mestre o maestro inglês Sir Colin Davis (2002-2003), foi nomeado diretor musical da Filarmônica de Colorado Springs, em maio de 2011. Sólidas relações Embora, formalmente, a Rolex reúna as duplas de artistas apenas por um ano, muitos mestres e discípulos continuam a trocar ideias sobre seus trabalhos, acompanham o lançamento de novas obras e compartilham projetos ao término do período oficial de tutoria. • A cineasta argentina Celina Murga, que teve como mestre o diretor Martin Scorsese (2008-2009), trabalha atualmente em seu terceiro longa-metragem. Scorsese forneceu feedback sobre as primeiras versões do script e assumiu a produção executiva do filme da discípula, obtendo financiamentos em diversas partes do globo. • A mezzo-soprano canadense Susan Platts, que teve como mestra Jessye Norman (2004-2005), voltou a trabalhar com a soprano americana em 2010 para aprimorar o seu desempenho em Under the Watchful Sky, uma nova peça lírica que Susan Platts financiou com o subsídio de US$ 25 mil que recebeu do programa Rolex Arts Initiative. Colaboração Com dezenas de artistas que participaram diretamente como mestres ou discípulos, além de centenas de pessoas ligadas ao universo artístico que atuaram como consultores, o programa Rolex Arts Initiative construiu uma vasta comunidade de artistas de âmbito internacional. Juntos, os mestres e seus discípulos criaram novos trabalhos durante e após o ano de tutoria. Paralelamente, mestres e discípulos que participaram do programa em ciclos diferentes se associaram para desenvolver projetos conjuntos e multidisciplinares. • Originário dos Estados Unidos, o dançarino/coreógrafo/artista multimídia Jason Akira Somma, que teve como mestre o coreógrafo tcheco Jiří Kylián (2008-2009), conheceu, por meio da rede Arts Initiative, o diretor de teatro Robert Wilson, que participou como mestre do programa da Rolex em 2002-2003 (categoria teatro). Wilson convidou Somma para uma colaboração durante o verão no Watermill Center, que resultou na apresentação de quatro curtas-metragens que Somma coreografou, dirigiu e editou no Guggenheim de Nova York. • A roteirista e cineasta australiana Julia Leigh, que teve como mestra a escritora americana Toni Morrison (2002-2003), chamou Ben Frost, que atualmente participa do programa como discípulo na categoria música, para compor a trilha sonora de seu primeiro longa-metragem, A Bela Adormecida, apresentado pela primeira vez em 2011 na Seleção Oficial do Festival de Cannes. • O cantor e compositor hondurenho Aurelio Martínez, que teve como mestre o cantor, compositor e produtor senegalês Youssou N’Dour (2008-2009), lançou seu segundo disco, Laru Beya, em 2011. O disco apresenta muitas canções tradicionais Garifuna que Aurelio Martínez conhecia quando criança ou que aprendeu no Senegal, país de seu mestre. Youssou N’Dour participa de duas músicas do disco. E o ciclo continua Na maioria das vezes, os artistas que participam como discípulos do programa Rolex Arts Initiative expressam gratidão pela oportunidade de aprender e trabalhar com um mestre em sua área de atuação. Atualmente, os antigos discípulos começam a oferecer tutoria para outros jovens artistas, compartilhando a experiência de colaboração e intercâmbio entre gerações que o programa Arts Initiative proporcionou a eles. • A diretora de teatro britânica Selina Cartmell (discípula da diretora americana Julie Taymor em 2006-2007) atuou como tutora da jovem diretora irlandesa Rosemary McKenna, no âmbito de um programa de residência artística no teatro Samuel Beckett de Dublin. Selina Cartmell fala sobre esse trabalho: “Foi uma experiência muito rica para Rosemary e senti muito orgulho ao ver uma produção que ela apresentou recentemente. A tutoria foi muito útil para mim também, já que tive alguém com quem testar novas ideias durante os ensaios”. • O dançarino e coreógrafo etíope Junaid Jemal Sendi, que teve como mestre o coreógrafo japonês Saburo Teshigawara (2004-2005), oferece atualmente tutoria a outros jovens dançarinos, no âmbito de seu trabalho como codiretor da companhia etíope Adugna Dance, da qual é membro desde 1996. Para obter mais informações, visite rolexmentorprotege.com MENTORS AND PROTÉGÉS 2002-2011 Dança Trisha Brown (Estados Unidos) Lee Serle (Austrália) (2010-2011) Jiří Kylián (República Tcheca) Jason Akira Somma (Estados Unidos) (2008-2009) Anne Teresa De Keersmaeker (Bélgica) Anani Dodji Sanouvi (Togo) (2006-2007) Saburo Teshigawara (Japão) Junaid Jemal Sendi (Etiópia) (2004-2005) William Forsythe (Estados Unidos) Sang Jijia (China) (2002-2003) Cinema (O programa de tutoria em cinema teve início em 2004) Zhang Yimou (China) Annemarie Jacir (Território Palestino) (2010-2011) Martin Scorsese (Estados Unidos) Celina Murga (Argentina) (2008-2009) Stephen Frears (Reino Unido) Josué Méndez (Peru) (2006-2007) Mira Nair (Índia) Aditya Assarat (Tailândia) (2004-2005) Hans Magnus Enzensberger (Alemanha) Tracy K. Smith (Estados Unidos) (2010-2011) Wole Soyinka (Nigéria) Tara June Winch (Austrália) (2008-2009) Tahar Ben Jelloun (Marrocos) Edem Awumey (Togo) (2006-2007) Mario Vargas Llosa (Peru) Antonio García Ángel (Colômbia) (2004-2005) Toni Morrison (Estados Unidos) Julia Leigh (Austrália) (2002-2003) Literatura Música Brian Eno (Reino Unido) Ben Frost (Austrália) (2010-2011) Youssou N’Dour (Senegal) Aurelio Martínez (Honduras) (2008-2009) Pinchas Zukerman (Israel) David Aaron Carpenter (Estados Unidos) (2006-2007) Jessye Norman (Estados Unidos) Susan Platts (Canadá) (2004-2005) Sir Colin Davis (Reino Unido) Josep Caballé-Domenech (Espanha) (2002-2003) Peter Sellars (Estados Unidos) Maya Zbib (Líbano) (2010-2011) Kate Valk (Estados Unidos) Nahuel Perez Biscayart (Argentina) (2008-2009) Julie Taymor (Estados Unidos) Selina Cartmell (Reino Unido) (2006-2007) Sir Peter Hall (Reino Unido) Lara Foot (África do Sul) (2004-2005) Robert Wilson (Estados Unidos) Federico León (Argentina) (2002-2003) Anish Kapoor (Reino Unido) Nicholas Hlobo (África do Sul) (2010-2011) Rebecca Horn (Alemanha) Masanori Handa (Japão) (2008-2009) John Baldessari (Estados Unidos) Alejandro Cesarco (Uruguai) (2006-2007) David Hockney (Reino Unido) Matthias Weischer (Alemanha) (2004-2005) Álvaro Siza (Portugal) Sahel Al-Hiyari (Jordânia) (2002-2003) Teatro Artes Visuais CONSULTORES Nina Ananiashvili Alfonso Cuarón Paul Gottlieb (falecido) Pierre Audi Guy Darmet Gary Graffman Pina Bausch (falecida) Ariel Dorfman Cynthia Gregory Tahar Ben Jelloun Martin T:son Engstroem Agnes Gund Manuel Borja-Villel Nuruddin Farah Cai Guo-Qiang André Brink Gian Arturo Ferrari Sir Peter Hall Trisha Brown William Forsythe Geraldine James Jonathan Burrows Jane Friedman Joseph Kalichstein Dame Antonia S. Byatt Jonathan Galassi Anish Kapoor Frank Gehry Alex Katz Amitav Ghosh Marthe Keller Gilberto Gil Angélique Kidjo Charlie Gillett (falecido) Jiří Kylián Osvaldo Golijov Elizabeth LeCompte bailarina diretor de artes cênicas coreógrafa e dançarina autor, poeta, ensaísta historiador de arte e diretor de museu escritor coreógrafa e dançarina coreógrafo e performer autora de romances e contos, crítica literária Peter Carey autor Carolyn Carlson coreógrafa e dançarina Christo e Jeanne-Claude (falecida) artistas visuais Alain Coblence advogado e filantropo María de Corral curadora e crítica de artes visuais diretor cinematográfico produtor cultural (dança) autor produtor cultural (música) autor literário e teatral, tradutor editor coreógrafo editora editor, tradutor, poeta arquiteto autor de romances e ensaios cantor, compositor e violonista radialista, autor e produtor musical compositor editor pianista e educador primeira-bailarina colecionadora e filantropa artista visual diretor de teatro e ópera atriz de cinema, televisão e teatro pianista artista visual artista visual atriz e diretora de ópera cantora e compositora coreógrafo diretora de teatro Reynold Levy Jessye Norman Alistair Spalding Harvey Lichtenstein Michael Ondaatje Thomas Struth Cho-Liang Lin Gabriel Orozco Hiroshi Sugimoto Lin Zhaohua Giuseppe Penone Julie Taymor Sir Neville Marriner Julia Peyton-Jones Jennifer Tipton Frances McDormand Aidan Quinn José van Dam Sonny Mehta Lynn Redgrave (falecida) Robert Wilson Joseph V. Melillo Eve Ruggieri Anthony Minghella (falecido) Carlos Saura Yoko Morishita Peter Sellars Elizabeth Murray (falecida) Sir Nicholas Serota Ivan Nabokov Fiona Shaw Mira Nair Anna Deavere Smith Claude Nobs Valerie Solti Cees Nooteboom Wole Soyinka filantropo e produtor produtor cultural (artes cênicas) violinista diretor de teatro maestro atriz editor produtor cultural soprano poeta e autor de romances artista visual artista visual curadora ator de cinema, televisão e teatro atriz de cinema, televisão e teatro produtora cultural (música) roteirista, produtor e diretor de cinema roteirista e diretor de cinema primeira-bailarina pintor editor produtor de cinema diretor de festivais de música poeta e autor de romances diretor de teatro e ópera diretor de museu e curador atriz artista de teatro autora e filantropa autor produtor cultural (dança) fotógrafo fotógrafo diretora de teatro, cinema e ópera diretora de iluminação baixo-barítono artista de teatro O ROLEX INSTITUTE Promover a excelência individual por meio de projetos filantrópicos e educacionais Movida por uma insaciável sede de pioneirismo, a Rolex SA conquistou um sólido renome pelas muitas inovações técnicas disponíveis em seus relógios, que se tornaram um símbolo de excelência no mundo todo. Os valores defendidos pela marca – qualidade, know-how e realizações individuais – estão presentes em todas as iniciativas da empresa. A Rolex cultiva estreitas relações com personalidades que estão à frente de grandes conquistas e, desde que foi fundada, vem dando apoio a empreendedores e pioneiros em diversas áreas. Essa é a filosofia que norteia a ação do Rolex Institute. Reunindo programas filantrópicos, patrocínios e iniciativas educacionais desenvolvidos pela empresa, a entidade tem como objetivo valorizar a excelência e contribuir de maneira significativa para a sociedade. Na sede da empresa, em Genebra, uma equipe dedicada coordena as atividades do instituto, que abrangem os seguintes programas: O Rolex Awards for Enterprise foi criado em 1976 para marcar o cinquentenário do Rolex Oyster, primeiro relógio à prova d’água do mundo. O programa oferece apoio a indivíduos pioneiros que buscam respostas aos grandes desafios do mundo atual, com o objetivo de proporcionar benefícios para toda a humanidade. O Rolex Awards ajuda empreendedores visionários, onde quer que estejam, a desenvolver projetos inovadores que contribuam para a ampliação do saber e o bem-estar nas área de ciências e saúde, tecnologia, exploração, meio ambiente e herança cultural. Em 2010, a Rolex ampliou o Rolex Awards, lançando o programa Young Laureates, que oferece apoio a jovens pioneiros com idade entre 18 e 30 anos. As duas versões do Rolex Awards for Enterprise alternam, sendo cada uma organizada a cada dois anos. O programa Rolex Mentor and Protégé Arts Initiative reúne jovens talentos promissores e grandes mestres em seis disciplinas artísticas, para que desenvolvam uma colaboração individualizada durante um ano. Desde que foi lançado, em 2002, o programa constituiu uma impressionante comunidade artística internacional. O Rolex Institute promove atividades educacionais de altíssimo nível no setor de relojoaria e tecnologia. A título de ilustração, a empresa foi a principal entidade privada no financiamento do novo Rolex Learning Center da École Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL), na Suíça. As escolas de relojoaria financiadas pela Rolex na Pensilvânia (Estados Unidos), em Tóquio e em Mumbai são destinadas a relojoeiros profissionais e objetivam prepará-los para as mais rigorosas exigências da indústria de relógios. Ao se formarem, os alunos não são obrigados a trabalhar para a Rolex. INFORMAÇÕES ADICIONAIS: FOTOGRAFIAS, VÍDEOS E TEXTOS Para obter informações adicionais ou solicitar fotografias, vídeos e textos sobre o programa Rolex Arts Initiative, consulte: O site Rolex Arts Initiative: rolexmentorprotege.com Esse site fornece amplas informações sobre o programa, bem como biografias e entrevistas com todos os mestres e discípulos. A sala de imprensa do programa Rolex Arts Initiative: rolexmentorprotege.com/en/pressroom/index.jsp A sala de imprensa coloca à disposição: • uma ampla coleção de fotografias de alta resolução, com legendas incorporadas • vídeos (quicktime, windows media) • textos dos dossiês de imprensa (pdf) em alemão, árabe, chinês, espanhol, francês, inglês, italiano, japonês e português do Brasil The Rolex Mentor and Protégé Arts Initiative PO Box 1311 1211 Geneva 26 Switzerland Tel: +41 22 302 22 00 Fax: +41 22 302 25 85 E-mail: [email protected]
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