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FACULDADE MARECHAL RONDON COORDENAÇÃO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO A NECESSIDADE DOS PROGRAMAS DE QUALIDADE NAS EMPRESAS DE REPARAÇÃO AUTOMOTIVA ALEXANDRE POLO Trabalho de conclusão de Curso apresentado à Faculdade Marechal Rondon – São Manoel, para obtenção do título de Bacharel em Administração Geral. SÃO MANOEL – SP Novembro – 2004 FACULDADE MARECHAL RONDON COORDENAÇÃO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO A NECESSIDADE DOS PROGRAMAS DE QUALIDADE NAS EMPRESAS DE REPARAÇÃO AUTOMOTIVA ALEXANDRE POLO Orientador: Profª MSc Rosana Amador Ramos Trabalho de conclusão de Curso apresentado à Faculdade Marechal Rondon – São Manoel, para obtenção do título de Bacharel em Administração Geral. SÃO MANOEL – SP Novembro – 2004 AGRADECIMENTOS Agradeço em primeiro lugar a Deus, pelo dom da vida, base da essência da sabedoria humana para que enfim tudo possa ser possível e acontecer nesse mundo, aos meus pais que muito amo e torcem por mim a todo o tempo e instante, a eles os meus singelos agradecimentos. A minha orientadora MSc Rosana Amador Ramos, por todo o auxilio e acompanhamento para a realização desse trabalho que se mostrou motivada, nos transmitindo alegria e perseverança nas inúmeras orientações que tivemos, ao meu amigo Marco Antonio, pelo total apoio a mim dedicado desde o inicio até o final desse trabalho, ao meu amigo de sala de classe João pelo apoio dedicado em seu auxilio de grande importância para que as condições de montagem finais desse trabalho pudessem ser realizadas em tempo hábil para a entrega, a todos meus amigos da primeira turma de Administração Geral, em especial da Cristiane, Adriana, Edílson, Tião, Bene, DeCara, Isabel, Maraya, Márcia Tineu, Márcia, aos meus professores Francisco Nadalletto, Marluci, Maria de Lourdes, que tanto contribuíram como excelentes professores e amigos acima de tudo, e ao Orientador Paulo André, pela paciência que teve comigo em todos os momentos na execução desse trabalho. Obrigado a todos. OFERECIMENTOS Ofereço esse trabalho aos meus pais Sr. Ulisses e Sra Thereza, que sem o carinho, afeto, cuidado e o amor a mim dedicado jamais estaria aqui, ao meu amigo Marco Antonio, que em inúmeras vezes me motivou a não desistir e a continuar a concluir esse trabalho até o final, Marcão, como o chamo, o meu muito obrigado, aos meus irmãos André, Jaqueline e Sueli, colegas da faculdade em especial a primeira turma de Administração Geral de Empresas da Faculdade Marechal Rondon e a minha terapeuta Solange Guimarães, que muito tem me auxiliado na conquista de meus objetivos. Obrigado a todos. SUMÀRIO Página Resumo.................................................................................................................................... I Abstract................................................................................................................................... II 1- Introdução.......................................................................................................................... 1 2- Objetivos............................................................................................................................ 3 2.1- Objetivo geral................................................................................................................. 3 2.2- Objetivos específicos....................................................................................................... 3 3- Justificativa........................................................................................................................ 4 4- Revisão literária................................................................................................................ 5 4.1- Objetivo da administração focada no cliente.................................................................. 5 4.2- Definição de serviços...................................................................................................... 5 4.3- Formação do nível de satisfação do cliente..................................................................... 6 4.4- Qualidade total................................................................................................................. 6 4.5- Conceito de qualidade...................................................................................................... 7 4.6- Cliente.............................................................................................................................. 7 4.7- Total satisfação do cliente............................................................................................... 7 4.8- Organizações.................................................................................................................. 8 4.9- Orientação para a qualidade............................................................................................ 8 4.10- Planejamento para a qualidade...................................................................................... 8 5- Metodologia....................................................................................................................... 9 6- Programas de qualidade..................................................................................................... 10 6.1-Programas de qualidades e suas necessidades.................................................................. 10 6.2-Conceituação da qualidade.............................................................................................. 10 6.3-A necessidade de ser exemplo da qualidade.................................................................... 12 6.4-Qualidade......................................................................................................................... 14 6.5- Treinamento para a qualidade e suas múltiplas funções..............................………...... 16 6.6- Gerenciando os programas de qualidade....................................................................... 17 6.7- Melhoria contínua: uma necessidade para a qualidade................................................... 19 6.8- Just in time...................................................................................................................… 20 6.9- Kanban............................................................................................................................ 21 Página 6.10-Programa 5 S.................................................................................................................. 22 6.10.1- Senso de utilização.................................................................................................... 23 6.10.2- Senso de ordenação................................................................................................... 23 6.10.3- Senso de limpeza....................................................................................................... 24 6.10.4- Senso de saúde........................................................................................................... 24 6.10.5-Senso de auto disciplina.............................................................................................. 24 6.11 - Prática do 5S................................................................................................................. 25 6.12 -Planejamento................................................................................................................. 26 6.13 -Criando estratégias orientadas para o cliente................................................................ 27 6.14 -As três faces da administração orientada para o cliente................................................ 28 6.15 -Agilizando a demanda................................................................................................... 30 6.16 -Aperfeiçoando a tecnologia.......................................................................................... 31 6.17-Tornando-se um defensor dos clientes.......................................................................... 32 6.18- Porque as empresas não melhoram seus serviços......................................................... 33 6.19- Teoria do sistema dinâmico......................................................................................... 35 6.20-As diferenças entre o processo de prestação de serviços e o processo de manufatura................................................................................................................... 38 6.21- Reparação automotiva................................................................................................... 42 6.22-Os programas de qualidade na reparação automotiva e suas necessidades................ 42 6.23-Método 5S nas empresas de reparação automotiva...................................................... 42 6.24-Encantar clientes............................................................................................................ 44 6.25-Realizar, satisfazer e encantar........................................................................................ 45 6.26-A importância de atender bem o cliente......................................................................... 46 6.27-Serviço de qualidade...................................................................................................... 46 6.28-Qualidade Total: A base para o aperfeiçoamento na reparação automotiva.................. 47 6.29-Padrão de atendimento: agilidade e qualidade no serviço............................................. 48 6.30-Atendimento por telefone............................................................................................... 49 6.31-As vantagens da organização dos setores da oficina...................................................... 51 6.32-As empresas................................................................................................................... 51 6.33-Conceito de organizações............................................................................................... 52 Página 6.34-Os objetivos das empresas........................................................................................... 54 7- Conclusão.......................................................................................................................... 56 8- Referências bibliográficas.................................................................................................. 59 I RESUMO Optou-se em fazer o trabalho baseado em referências bibliográficas de várias obras especializadas em programas de qualidade e atendimento a clientes, focando a excelência na prestação de serviços no ramo de reparação automotiva. Dessa forma o presente trabalho demonstra ser importante para que uma empresa de reparação automotiva possa garantir o sucesso no trabalho desenvolvido, sendo necessário que os programas de qualidade nela inseridos em sua rotina visando ao atendimento de todas as necessidades organizacionais, devam ser cumpridos fielmente por todos os seus colaboradores. Cabe lembrar que os mesmos colaboradores devem estar motivados social e economicamente, no sentido do progresso e crescimento da empresa em especial visando o objetivo fixado de qualidade. O presente trabalho estuda os conceitos de empresa e organização, pois é de grande importância identificar as necessidades que a empresa possui, através de seus investimentos em tecnologia e aperfeiçoamento dos métodos de trabalho nos serviços oferecidos a seus clientes com o objetivo de conquistar a máxima satisfação dos mesmos. Ao demonstrar as modernas técnicas de atendimento aos clientes de uma oficina de reparação automotiva e a eficiência conquistada pelos programas de qualidade, através de apontamentos próprios e com base em referencias bibliográficas, o autor demonstra que todo o esforço de nada valerá se não tiver como foco principal o cliente que é a razão da existência da empresa. II ABSTRACT It opted in doing the work based on bibliographical references of several works specialized in quality programs and attendance to customers, to focalize the excellence in the installment of services in the branch of repair automotive. In that way the present work demonstrates to be important that, for a company of repair automotive it can guarantee the success in the developed work, be necessary that the quality programs in her inserted in its routine seeking the attendance of all the needs of the organizations, they should be executed faithfully by all its employees. He/she fits to remind that the same collaborators should be motivated social and economically, in the sense of the progress and growth of the company especially seeking the fastened objective of quality. The present work studies the company concepts and organization, because it is of great importance to identify the needs that the company possesses, through its investments in technology and improvement of the work methods in the services offered to its customers with the objective of conquering the maxim of the satisfaction of the same ones. When demonstrating the modern attendance techniques to the customers of a shop of repair automotive, and the efficiency conquered by the quality programs, through own notes with base in bibliographical references, the author demonstrates that all the effort of anything will be worth if it doesn't have as main focus the customer that is the reason of the existence of the company. 1 1 INTRODUÇÃO O ramo de prestação de serviços no Brasil é o que mais tem crescido em relação a outros setores da economia, como exemplo os setores da agricultura e da indústria e por esse motivo, é que as empresas em todos os seguimentos do setor de serviços têm investido boa parte de suas receitas no atendimento ao cliente, pois a concorrência intensiva tem mostrado que o cliente é a sua principal fonte geradora de receitas para manterem-se em funcionamento. Para que as empresas de prestação de serviços tenham suas atividades funcionando de maneira sadia é necessário que seus funcionários, sejam eles da simples função de limpeza até o seu mais graduado representante, tenham o foco de seus esforços nas necessidades e desejos do cliente. Em comparação com a indústria, a prestação de serviços difere na maneira em que é realizado o trabalho, visto que a execução do mesmo é em linha direta com o cliente. Sendo assim é necessário que o prestador de serviços conheça as particularidades de seu cliente, considerando-se que duas pessoas diferentes não julgam sob a mesma óptica um mesmo serviço a eles apresentado. Face ao exposto, cabe ao prestador de serviços investir na qualidade total de atendimento, objetivando garantir a satisfação de seus clientes. Com isto terá a empresa continuidade de seus negócios através das receitas geradas em resposta ao bom atendimento aos seus clientes. 2 A indústria tem por objetivo a produção de manufaturados que venham a atender a demanda de seus mercados específicos. A vantagem da indústria em relação ao setor de serviços é a capacidade de poder selecionar antes de sua entrega ao mercado, os produtos não adequados. Para que isso possa ser factível, lança ela mão dos processos de inspeção de qualidade que objetivam eliminar os produtos em desacordo com as características finais exigidas pelo mercado de consumo. Por ser um trabalho racional, todo o processo de fabricação deve ser realizado com o máximo padrão de qualidade, não descuidando de sua meta primordial que em outras palavras visa à plena satisfação do consumidor final, evitando que a influência do ambiente externo faça com que ele reprove o produto objeto de suas necessidades. No ramo de reparação automotiva, com as necessidades e exigências do mercado, para se manter competitivo em relação à concorrência é imprescindível oferecer serviços de qualidade que atendam os anseios de seus clientes. Para que isso se torne possível, os esforços das empresas devem estar focados no investimento constante em treinamento de seus funcionários, proporcionando assim transparência nos serviços executados, mantendo-se atualizadas com as inovações tecnológicas que o mercado coloca a disposição das empresas do setor automotivo. Trabalhando dessa maneira, os clientes tornam-se fiéis e cativos, garantindo assim o sucesso nos negócios da empresa que tem por objetivo a total satisfação dos clientes. De conformidade com o acima exposto, é importante pesquisar os programas de qualidade já existentes e as novas formas que vêm sendo apresentadas no mercado, com o objetivo de sanar possíveis irregularidades que possam distorcer a meta empresarial final que é, em outras palavras, a satisfação do cliente. 3 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral: A proposta desse trabalho é verificar a necessidade da execução dos programas de qualidade total nas empresas do setor de reparação automotiva. 2.2 Objetivos Específicos: - Definir qualidade em empresas no setor de reparação automotiva. - Mostrar os resultados obtidos após a implantação dos programas de qualidade total nestas empresas. - Identificar as falhas da empresa no atendimento ao cliente. - Mensurar satisfação do cliente em relação ao serviço a ele - Mostrar a eficácia da qualidade total em todos os setores de uma prestado. empresa de reparação automotiva. - Destacar a importância do cliente dentro de uma empresa de serviços na reparação automotiva. 4 3 JUSTIFICATIVA Contribuir com a melhoria no atendimento aos clientes nas empresas de reparação automotiva, através da implantação de programas de qualidade total. Este trabalho será realizado para avaliar o impacto causado pelos programas de qualidade nas empresas de reparação automotiva: através do aperfeiçoamento das técnicas de reparação e manutenção nos automóveis e conseqüentes melhoras nos procedimentos adotados pela empresa trazendo resultados significativos na correta maneira de atendimento ao cliente. 5 4 REVISÃO LITERÁRIA 4.1 Objetivos da Administração Focada ao Cliente: A importância em administrar uma empresa para atender as necessidades do cliente tem como objetivo: Surpreender, encantar os clientes deve ser objetivo de todas as pessoas envolvidas no processo de atendimento ao cliente. Diferenciar a empresa de seus concorrentes, aumentar a participação no mercado e tornar-se um herói aos olhos de seus clientes de forma a mantê-los para sempre CANNIE, (1991). 4.2 Definição de Serviços Serviços podem ser considerados um desempenho que pode apresentar-se de várias formas, muitos serviços estão associados à transferência de um bem. Ao alugar um imóvel, por exemplo, um corretor transfere além de um bem físico, serviços de assessoria e cobrança, porém um advogado pode prestar serviços de conhecimentos profissionais, sem que haja transferência de um bem. Portanto considerando essas situações, definir serviços como atos e ações caracteriza a parte intangível presente a qualquer das 6 situações mencionadas. Serviço é a parte que deve ser vivenciada, é uma experiência vivida, é o desempenho LAS CASAS, (2002). 4.3 Formação do Nível de Satisfação do Cliente: Conforme escreve Correa (2002), numa primeira abordagem, clientes cujas expectativas não são atendidas tornar-se-iam clientes insatisfeitos, enquanto clientes que têm suas expectativas atendidas tornar-se-iam clientes satisfeitos. Um cliente que tem suas expectativas atendidas de modo que sua satisfação seja garantida pelo serviço prestado, esse cliente será um propagador da boa imagem da empresa que a ele prestou o serviço para as pessoas que ele tem contato, pode-se concluir conforme opinião do autor, que quanto maior for o nível de satisfação do cliente maior será sua vontade em propagar o bom serviço que ele recebeu a quem ela quiser. As pessoas que são responsáveis pelo primeiro contato com o cliente é que têm a responsabilidade em passar a imagem positiva da empresa, que posteriormente será firmada com o resultado do serviço prestado ao cliente. 4.4 Qualidade Total: Segundo o autor Las Casas (2002), um produto ou serviço de qualidade é aquele que atende perfeitamente, de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo entrega no prazo certo, no local certo e na quantidade certa às necessidades do cliente. Conforme relata Sampaio (2002), qualidade implica uma noção de custo, de reprodutividade e de comparação. Pode-se dizer que é aquela que permite a realização do objetivo real de uma empresa (rentabilidade) e desenvolvimento, e caracteriza o resultado, da sua atividade, produto ou serviço. É fácil o produtor, clientes e fornecedores perceberem porque é que a qualidade é importante. Basta apenas que nos lembremos de todas as nossas experiências da insatisfação causada pela falta de qualidade de muitos produtos e serviços, ou até mesmo das 7 atitudes que tomamos em relação a esses produtos e serviços e das pessoas com quem falamos e que passaram por experiências semelhantes FACCON, (1999). Segundo opinião do autor, qualidade total é uma estratégia de mobilização em que todos (sem exceção) participam do desafio constante de satisfazer clientes D’ARTAGNAN, (1999). 4.5 Conceito de Qualidade Conforme a opinião do autor, qualidade é um conjunto de características de desempenho de um produto ou serviço que, em conformidade com as especificações, atende e, por vezes, supera as expectativas e anseios do consumidor cliente D’ARTAGNAN, (1999). 4.6 Cliente Conforme escreve Casas (2002), cliente é a razão de existir de qualquer empresa, sem ele nada acontece, pois a receita gerada nas empresas provém do cliente e a ele é que devemos procurar atender com o máximo de qualidade para que suas necessidades e desejos sejam alcançados e superados. 4.7 Total Satisfação do Cliente Conforme escreve Hallgren (2004), segundo a opinião do autor, a total satisfação do cliente é a mola mestra da gestão pela qualidade, os clientes são a própria razão de existência de uma organização. A empresa busca qualidade para estabelecer um processo sistemático e permanente de troca de informações e mútuo aprendizado com seus clientes. 8 4.8 Organizações Conforme escreve CHIAVENATO (2000), as organizações são unidades sociais ou agrupamentos humanos, intencionalmente construídas e reconstruídas, a fim de atingir objetivos específicos, isto significa que as organizações são propositada e planejadamente construídas e elaboradas para atingir determinados objetivos. 4.9 Orientação para Qualidade Conforme escreve MIRANDA (1995), a orientação para a qualidade é o compromisso inequívoco e irretratável, assumido pela cúpula da empresa e acordado em todos os níveis de fazer da qualidade total o foco das atenções da empresa, de perseguir, dia após dia, semana após semana, mês após mês, ano após ano, a perfeição no desempenho de todas as funções e processos empresariais. 4.10 Planejamento da Qualidade Segundo a opinião do autor Paladini (2004), a atividade de planejamento é considerada fundamental no esforço de produzir qualidade, essa área inclusive tem recebido grande atenção no modelo atual de gestão da qualidade, parte por sua importância natural, parte porque foi um área considerada de pouca relevância em passado recente. 9 5 METODOLOGIA Segundo GIL (1999), a metodologia científica depende de um conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos, para que os objetivos possam ser atingidos.A pesquisa bibliográfica é a avaliação de uma situação concreta desconhecida, em um dado local; alguém ou grupo, em algum lugar poderá ter feito pesquisas iguais ou semelhantes ou mesmo complementares da pesquisa pretendida.Uma procura de tais fontes, documentais ou bibliográficas, torna-se imprescindível para a não duplicação de esforços a não descoberta de idéia já expressas, a não inclusão de lugares comuns no trabalho.A citação das principais conclusões a que outros autores chegaram permitem salientar a contribuição da pesquisa realizada, demonstrar contradições ou reafirmar comportamentos e atitudes.Tanto a confirmação, em dada comunidade, de resultados obtidos em outra sociedade quanto à enumeração das discrepâncias são de grande importância. Referencia bibliográfica é maneira de mencionar as idéias publicadas dos autores em livros, artigos e meios eletrônicos, com o objetivo de aprofundar o conhecimento dos assuntos discutidos nos trabalhos de caráter cientifico, segundo GIL, (1999). 10 6 PROGRAMAS DE QUALIDADE 6.1 Programas de Qualidade e suas necessidades. Para que uma empresa, prestadora de serviço ou indústria de manufatura tenha bons resultados em seus processos de trabalho, se faz necessário que os mesmos sejam realizados dentro de padrões de qualidade com altos níveis de aceitação pelos seus clientes, e para se conseguir atingir os níveis desejados de qualidade, a mesma deverá ser produzida dentro de padrões específicos para cada tipo de trabalho.Para que se possa então alcançar a aceitação dos níveis de qualidade de um produto ou serviço utiliza-se de métodos que chamamos de Programas de Qualidade, que podem ser utilizados por qualquer tipo de empresa nos ramos de prestação de serviços ou indústria. Os Programas de Qualidade que serão apresentados nesse trabalho de conclusão de curso enfatizará a necessidade de sua implantação nas empresas de prestação de serviço mais especificamente no ramo de reparação automotiva. 6.2 Conceituação da Qualidade Pode-se conceituar qualidade como sendo a característica superior ou atributo distintivo positivo de excelência que faz algo ou alguém se sobressair em relação aos outros, a adequação ao uso, onde as necessidades básicas sejam atendidas de maneira esperada. 11 Conforme MIRANDA (1994), Qualidade e melhoria da qualidade refere-se adequação ao uso e ausência de defeitos. As organizações precisam gerar produtos e serviços em condições de satisfazer as demandas dos usuários finais – consumidores - sob todos os aspectos. A expressão “bom, bonito, barato” reflete honestamente essa necessidade. Essa é uma exigência gerada muito mais pelas condições de competição no mercado do que pela capacidade do consumidor de impor ao conjunto da indústria, suas pretensões. Muitos produtores imaginam e continuarão a imaginar que a maior demanda do mercado é para preço, procurando competir com produtos baratos e de desempenho duvidoso. Seu sucesso só será possível enquanto algum competidor não conseguir gerar, pelo mesmo preço, produtos melhores. O mesmo raciocínio se aplica à qualidade superlativa. Muitos produtores perceberão que sempre existem nichos de mercado dispostos a pagar mais por produtos e serviços de primeiríssima linha. Verdade enquanto não surgir um competidor em condições de gerar a mesma excelência e status a preços menores. Assim, e por isso, a tendência dos negócios será a geração de produtos finais em condições de maximizar a satisfação do consumidor para assegurar a repetição e a expansão dos negócios e, em muitos casos, a liderança de preferências. Esse, no entanto, é um desafio crucial em um mercado competitivo. Durante muitos anos a maximização da qualidade foi associada à maximização de custos e preços. O que se persegue e consegue, hoje, é maximizar a qualidade ao mesmo tempo em que se minimizam os custos. A experiência japonesa e a das empresas ocidentais que compraram a briga têm demonstrado isso. Produtos e serviços com desempenho crescente e custos declinantes têm sido a forma de maximizar a satisfação do consumidor para assegurar a repetição e a expansão dos negócios, tanto quanto a satisfação da empresa, de seus acionistas, fornecedores e funcionários, para assegurar sobrevivência e crescimento, além de reinvestimentos no processo de melhoria. Já se aprendeu que esse não pode ser um processo setorial. Os conceitos de qualidade e controle da qualidade costumavam estar restrito ao desempenho e acabamento do produto final e, por isso, alocados exclusivamente junto à manufatura e à inspeção final. 12 A má qualidade dos processos de pesquisa e avaliação das necessidades e dos desejos dos consumidores; a interpretação dessas necessidades em termos de especificações para projetos, a inadequada documentação dos projetos; as conseqüentes distorções no planejamento de processos; a ausência de informação precisa para os fornecedores e para a manufatura; o precário entrosamento Produção/Marketing/Vendas, tudo gerava desconformidades e altos custos na geração dos produtos e serviços finais e no seu processo de vendas e entrega aos consumidores. Dessa forma conclui-se que a qualidade de um produto ou serviço deverá ser realizada do inicio ao fim do processo, onde cada colaborador deva se sentir responsável pela sua tarefa, executando-a com o máximo de competência, atendo a qualquer não conformidade para que se possa de imediato já resolver qualquer problema, não permitindo que se passe para a próxima parte do processo qualquer tipo de erro, assim, todos se tornam inspetores da qualidade, poupando tempo e garantindo a qualidade do serviço prestado visando sempre a total satisfação do cliente. 6.3 A Necessidade de Ser Exemplo de Qualidade. Os subordinados de qualquer organização olham para seus superiores como um exemplo a ser seguido e imitado, diante disso, os gerentes, líderes e supervisores necessitam ter a consciência de que suas atitudes estão sendo analisadas a todo o instante por seus subordinados fazendo-se necessário que suas ações estejam voltadas para o exemplo de qualidade, dessa forma, os colaboradores se sentirão motivados e engajados na busca pela excelência dos serviços prestados, pois vêem que seus superiores assim o fazem. É necessário que a qualidade seja realizada na prática pelos dirigentes de uma organização, pois o instrumento mais eficaz que se conhece no processo educativo é o exemplo de cima, esta máxima diz, em outras palavras, que um supervisor que joga um cigarro no chão jamais terá moral para exigir que os seus funcionários se preocupem com limpeza e higiene.O exemplo de Qualidade, através de postura, atitudes, ações e relações interpessoais, é uma arma poderosa para a fixação de conceitos, induzindo as pessoas a procederem da mesma forma, segundo BARROS (1999). Um fato que exemplifica é a compreensão do nível de exigência de um gerente comercial de um departamento de vendas, quanto à forma dos seus vendedores se 13 trajarem. Se ele mantém um padrão considerado formal, fino, elegante e profissionalmente apropriado, naturalmente terá maior poder de exigência no cumprimento da sua solicitação junto aos subordinados, dessa forma reforça a possibilidade de os subordinados agirem, também naturalmente, no sentido de estarem bem apresentados. É importante salientar que a qualidade só começa a acontecer quando as necessidades básicas do individuo estão, pelo menos, no nível de “relativamente satisfeitas”. Se a situação do “status quo” do funcionário é de insatisfação total no atendimento das suas necessidades (fome, frio, segurança etc.) é completamente impossível fazê-lo compreender e preocupar-se com Qualidade. Para que a qualidade dos serviços de uma empresa possa sair da teoria para a prática se faz necessário que programas específicos sejam aplicados na organização, para conseguir o máximo de qualidade em todos os setores da organização, será citado os programas de qualidade principais para alcançar o máximo de satisfação dos clientes nas empresas de reparação automotiva. 14 6.4 Qualidade Qualidade é dote, dom e virtude, sendo que no mundo científico da administração de empresas, qualidade é sinônimo de melhoria contínua, conformidade com os requisitos e adequação ao uso, observados critérios como custos, controles internos e prazos, dentre outros. Definir qualidade, portanto, é tarefa árdua, pois se conjugam numa mesma noção elementos objetivos e subjetivos. No entanto se conceituar a qualidade é difícil, vivenciá-la é extremamente simples: sempre que o ser humano sente que satisfez plenamente seus anseios, aí houve qualidade. Historicamente, a partir da segunda metade dos anos 80, até a primeira metade dos anos 90, passou-se a usar a expressão Qualidade Total, essa denominação originou-se no Japão, sendo adotada para deixar bem claro que, numa organização, todos devem se preocupar com tudo, ou seja, pressupõe-se envolvimento irrestrito e recusa de qualquer nível de defeito. Segundo Hallgren (2004), em pouco tempo o modismo da Qualidade Total passou a ser a chave do sucesso das organizações, todavia esse modismo veio acompanhado de um modelo administrativo muito distante da cultura ocidental, latina, brasileira. Qualidade Total, era a busca orquestrada da perfeição. O problema era que a orquestra era japonesa. Hoje, com o aprendizado gerado pelos erros, os "Programas de Qualidade Total" são denominados apenas como "Programas de Qualidade". Os Programas de Qualidade permanecem associados a ações internas e ao aumento da produtividade e eficiência. Cada vez mais, porém, direciona o seu foco para o lado humano das organizações. Nesse sentido, só devem ser deflagrados com o claro comprometimento dos gestores, complementado pelo engajamento do pessoal da empresa. Diz-se que a mudança é uma porta que se abre por fora, ao passo que a transformação é a mesma porta, quando aberta por dentro, dessa forma, Programas de Qualidade são acima de tudo, programas de transformações, e não de mudanças e, portanto, devem ser conduzidos sob uma gestão não-traumática. Um processo de transformação leva em conta as características da cultura da organização e tem um horizonte de médio cinco anos em longo prazo dez anos para ser implantado. No fundo, tais prazos são apenas referenciais, pois o processo de melhoria é contínuo e inesgotável. 15 Finalmente, Programas de Qualidade, buscam desenvolver um ambiente no qual as pessoas possam crescer e se desenvolver, expandindo sua capacidade criativa. Esse objetivo concretiza-se na medida em que as necessidades pessoais, de ampliar e transformar em realidade seus potenciais possam ser atingidas, significativamente, no seu espaço de trabalho, assegurando, dessa forma, a própria sobrevivência da instituição. 16 6.5 Treinamento para Qualidade e Múltiplas Funções Segundo OISHI (1995), para o plano de implementação de qualquer nova sistemática na empresa, é fundamental que a cúpula e todos os funcionários estejam conscientizados das necessidades e vantagens que o plano traz, conhecendo e estando aptos a utilizar as metodologias e técnicas adequadas ao desempenho das funções atribuídas. Para tal objetivo, é necessário: a) Planejamento do objetivo a alcançar, no presente caso: a qualidade: o papel da qualidade na missão da empresa. b) Determinação do conteúdo de treinamento para diferentes níveis hierárquicos. c) Preparação de facilitadores (colaboradores) para possibilitar a execução plena do treinamento. d) Estabelecimento do sistema de avaliação, e conferência do certificado de conclusão do treinamento. A educação profissional é um pré-requisito fundamental no processo de desenvolvimento das pessoas. Um conceito clássico do processo educativo diz: Como afirma: OISHI, (1995). “Educar é fazer com que as pessoas entendam os princípios do que fazem, a importância de seu trabalho, os fundamentos de sua tarefa e a responsabilidade de suas ações”. Já o conceito treinar é mais especifico: “Treinar é basicamente desenvolver habilidades” segundo OISHI, (1995). Relacionando os dois conceitos, por exemplo, fica difícil imaginar um profissional na área de serviços adquirir habilidades no trato com o cliente, se ele não tem idéia para que ou por que executá-las. Não é possível que alguém possa ser hábil numa tarefa, quando não conhece seus princípios, fundamentos, importância ou responsabilidade. É bem verdade que as coisas não são tão simples assim. A dificuldade na adoção do procedimento Educar-Treinar está basicamente na sua logística. Treinar é nitidamente mais fácil. Contrata-se um profissional com alto nível de conhecimento sobre determinado assunto e convocam-se os funcionários para um seminário de capacitação e procede-se à transmissão dos conhecimentos pela via instrutor-aluno. Já o processo educativo não se limita a um conteúdo programático em 17 sala de aula, nem pode ser realizado por um instrutor (mesmo que competente em habilidades) que não esteja envolvido na gestão das pessoas e em seu processo de trabalho. Em suma: quem deve ser o instrutor do processo educativo é a própria chefia imediata daquele que será educado, o qual, por sua vez, deve também repassar o mesmo tratamento de seu superior imediato, e assim sucessivamente. A educação profissional nas empresas deve seguir o chamado efeito cascata, ou top-down: cada gestor deveria planejar pequenas e rápidas sessões diárias de educação do seu pessoal. Nestas oportunidades, seriam abordados com sutileza aspectos voltados à importância de determinada tarefa, destacando-se os efeitos negativos dos processos posteriores; seria ressaltada a responsabilidade de cada funcionário, mesmo os que executam tarefas simples e braçais. Com esta rotina incorporada à administração, os resultados do treinamento em habilidades alcançarão certamente novos patamares de desempenho. 6.6 Gerenciando os Programas de Qualidade. O sucesso da concepção da Gestão da Qualidade deve-se fundamentalmente, à simplicidade e à coerência de seus conceitos básicos. Entretanto, sua implantação, via programas bem estruturados, deve-se com idêntica intensidade, às estratégias e às ferramentas desenvolvidas ao longo do tempo, que em termos práticos, viabilizaram a aplicação efetiva da Gestão da Qualidade na forma como é conhecida hoje. A variedade de conceitos interfere diretamente nos processos de implantação por razões compreensíveis, afinal, as ações, práticas da empresa decorrem de políticas, decisões e métodos que, por sua vez, refletem o entendimento que se tenha acerca do funcionamento da organização e do direcionamento que se pretende dar a ela, segundo PALADINI (2000). Nesse sentido, pode-se listar um conjunto de definições que reflete as várias faces que a Gestão da Qualidade adquire no dia-a-dia das empresas. Dessas noções deriva um rol considerável de estratégias bem definidas para suma implantação efetiva. Uma seleção desses conceitos permite que se classifiquem muitas dessas estratégias 18 Analisando-os, observa-se que a Gestão da Qualidade é encarada, como: Uma Filosofia. Exemplos: a) “A Gestão da Qualidade é uma filosofia empresarial que procura melhorar resultados, inclusive financeiros, de sistemas de gestão empresarial; garantir sua sobrevivência de longo prazo através de um foco consistente no aumento da satisfação de consumidores, empregados, acionistas ou fornecedores” DOBBINS (1995). b) “A Gestão da Qualidade é uma filosofia gerencial que constrói uma organização direcionada para os clientes, dedicada a satisfazê-los através da melhoria permanente em termos de eficácia e eficiência da organização e de seus processos” CORRIGAN (1995). Um Conjunto de métodos. Exemplos: a) “A Gestão da Qualidade é o conjunto de métodos, processos e sistemas que as organizações empregam para maravilhar seus consumidores e, ao mesmo tempo, reduzir custos, recuperar investimentos e envolver seus funcionários, Tais métodos evoluem com o tempo” EARLY (1995). b) “A Gestão da Qualidade é a extensão do planejamento dos negócios da empresa para incluir o planejamento da qualidade” JURAN (1991) Melhoria Contínua. Exemplos: a) “A Gestão da Qualidade é a melhoria contínua de todas as atividades” RAU (1995). b) “A Gestão da Qualidade é um processo de melhoria contínua, que busca a contínua redução das variações do processo produtivo” CULLEN (1987). 19 Um Serviço ao Consumidor e aos Clientes. Exemplos: a) “A Gestão da Qualidade é um serviço responsável prestado ao consumidor através de um processo de trabalho continuamente melhorado” BUCH (1995). b) “A Gestão da Qualidade é um de serviços prestado ao consumidor não apenas para satisfazê-lo, mas antes de tudo, para seduzi-lo” PETERS (1992). Envolvimento da mão-de-obra. Exemplos: a) “A Gestão da Qualidade é um processo que envolve toda mão-de-obra de forma sistemática para melhorar o atendimento aos clientes” FEINBERG (1995). b) “A Gestão da Qualidade é um processo gerencial de melhoria contínua que utiliza o envolvimento da mão-de-obra e a aplicação de estratégias técnicas da qualidade” HOOVER (1995). Podemos concluir que são muitas as noções utilizadas para definir Gestão da Qualidade, elas sugerem algumas estratégias que a prática tem consagrado, e outras tantas, que não se mostraram viáveis, em sua implantação, ou não geraram os resultados esperados. 6.7 Melhoria Contínua: Uma necessidade na conquista da Qualidade. Para garantir a melhoria contínua das atividades produtivas, a Gestão da Qualidade tem utilizado Programas que organizam os processos, otimizam seu funcionamento e procuram sua evolução permanente. Segundo PALADINI (2000), as empresas pequenas têm características de flexibilidade e facilidade organizacional que as empresas maiores não conseguem reproduzir. A partir dessa constatação, surgiu a idéia de organizar o processo produtivo em pequenas fábricas ou centros de produção. Há dupla vantagem nesse procedimento: ganham-se os benefícios que as empresas pequenas têm por serem mais ágeis e transformam-se setores da empresa em clientes e fornecedores uns dos outros, criando-se 20 compromissos da qualidade entre eles. Como exemplo podemos citar dentro de uma oficina de reparação automotiva o Setor de abertura de Ordens de Serviço encaminhando os serviços para serem executados pelo setor de funilaria e pintura, primeiramente o funileiro executa seu trabalho e encaminha para a pintura que sucessivamente encaminha para o setor de montagem até a conclusão dos serviços. Neste novo cenário interno, ficam mais bem definidas as funções e as especificidades de cada setor da empresa, e, principalmente sua relação com os outros setores. Criam-se assim as células de produção, que possibilitam processos flexíveis de produção e minimizam os problemas que as linhas seqüenciais e de grande porte traziam. Portanto a noção de cliente interno seja a idéia mais útil aqui gerada, em função do fato de que reproduz no ambiente produtivo as mesmas preocupações e prioridades da Gestão da Qualidade em suas relações com o mercado. Criam-se assim, formas de organização do processo, tanto em termos físicos, quanto conceituais. 6.8 Just In Time. O ambiente Just-In-Time, ou a correta utilização dos recursos proporcionais ao tempo utilizado é a racionalização das atividades produtivas com um direcionamento claramente definido, por isso, o just-in-time envolve posturas gerenciais que exigem objetividade e visão racional de processo; ações voltadas para a produção da qualidade no processo. Segundo Paladin (2000), a ênfase ao melhor aproveitamento de todos os recursos da organização (mão-de-obra, inclusive, e com especial ênfase); novas estruturas de processo e novas técnicas de produção (mais ágeis e flexíveis) são claramente visíveis no programa de qualidade just-in-time. As relações entre o just-in-time e Gestão da Qualidade são evidentes. As mais relevantes referem-se à identidade de conceitos e operação que ambas apresentam, como, por exemplo: Quanto às operações: a) Ações voltadas para a eliminação de desperdícios. b) Ações voltadas para o aumento da eficiência do processo produtivo. c) Ações que envolvem melhoramento contínuo. 21 d) Ações que tendem a envolver todos os recursos do processo produtivo. e) Ações de longo alcance, planejadas e organizadamente executadas. Quanto aos agentes: a) Operadores que desenvolvem múltiplas funções b) Operadores com visão horizontal de empresa. c) Operadores responsáveis pela qualidade. d) Operadores que atuam de forma cooperativa e em equipe. Quanto aos processos: a) Processos que envolvem lotes menores de produção b) Processos sem elementos tradicionais de custos, como os estoques e a movimentação. c) Processos que utilizam só os recursos necessários e de forma otimizada. Dessa forma pode-se concluir que o Programa de Qualidade com ênfase no just-in-time é uma ferramenta de grande importância para que as empresas consigam prestar seus serviços de maneira otimizada, eliminando os desperdícios, pois com o processo em funcionamento consegue-se obter os resultados esperados na quantidade e no tempo adequando. 6.9 Kanban. O Kanban ou a maneira de visualizar as atividades de um determinado evento e a sua necessidade de execução em escala de prioridades, é um esquema típico do ambiente just-in-time, utilizando dispositivo em forma de cartões ou placas, sinaliza elementos de operação que, às vezes, não são percebidos rapidamente, como quantidades e tipos de materiais e serviços em produção, em deslocamento, em espera ou em processos complementares de montagem, acabamento ou transformação. Segundo PALADINI (2000), o Kanban utiliza-se de mecanismos para viabilizar cada operação, no momento exato em que ela deve ser executada. Demanda é o elemento que regula e gerencia todo o sistema (logo, os estoques tendem a desaparecer). 22 O Kanban não é simplesmente uma técnica de produção. É igualmente um sistema que prioriza a produtividade e requer a reorganização de processos, de serviços e de toda a empresa. Num ambiente evolutivo, à semelhança da Qualidade, o Kanban exige que se acompanhe o desenvolvimento de cada atividade, de forma que seja possível identificar as formas de melhorá-la.Nesse sentido, o Kanban, é bem mais do que uma simples técnica que visa controlar materiais em processamento. Dois aspectos muitos destacados na literatura técnicos sobre o assunto são os seguintes: a) O Kanban tem requisitos bem definidos e particulares, por exemplo: um padrão para os contêineres, áreas especifica onde operam de forma mais adequada; estruturas ordenadas de produção, que identifiquem demandas por tipo ou período de ocorrência; ordem, limpeza, organização, rigorosa e disciplina na produção etc. ). b) Os princípios do Just-in-Time são visíveis no Kanban, por exemplo: eliminar perdas; evitar o transporte de materiais, desenvolver apenas atividades associadas a sua necessidade efetiva, flexibilizar a produção, processo pronto para agir quando necessário, enfim racionalizar as atividades em geral. As menores células da organização são as pessoas. Investir em sua melhoria significa, obviamente, melhorar o desempenho de elementos básicos da organização, (elementos que têm forte impacto em toda a organização). Pela importância que possuem, as pessoas, assim, oferecem contribuições fundamentais à organização. Essas contribuições serão mais relevantes se as próprias pessoas começarem a organizar suas atividades e seus locais de trabalho. 6.10 Programa 5 S. O programa 5 S foi desenvolvido na década de 50 no Japão, tem seu nome relacionado a cinco palavras começadas pela letra S em japonês (seiri, seiton, seisou, seiketsu e shitsuke). 23 Como o programa investe em mudanças de hábitos e pensamentos, adotou-se a palavra “senso” para expressar, genericamente, esses termos. A idéia é que é necessário “sentir” cada elemento e, daí, definir a necessidade de mudar atitudes e concepções. Parece tratar-se de “senso” comum o emprego dos seguintes termos para cada “S” respectivamente: utilização, ordenação, limpeza, saúde e autodisciplina, segundo PALADINI (2000). O senso de utilização envolve organização, arrumação ou seleção, o senso de ordenação está associado à arrumação, racionalização e sistematização, o senso de limpeza inclui higiene, asseio, padronização, o senso de saúde envolve o bem-estar das pessoas e sua segurança e o senso de autodisciplina abrange educação e comprometimento. A seguir, uma breve descrição de cada um dos “sensos”: 6.10.1 Senso de Utilização Refere-se à melhor utilização dos recursos da organização, evitando excessos, desperdícios ou emprego inadequado. Na prática, esse senso tem sido associado a descartar tudo o que não atende à finalidade específica a que se destina e eliminar quaisquer fontes de desperdício. Por extensão, ele busca otimizar atividades e operações, eliminar ações puramente burocráticas, determinar o melhor uso de equipamentos, métodos, processos e sistemas. 6.10.2 Senso de Ordenação: Refere-se à organização física da empresa, com a definição de processos de alocação de bens tangíveis (layout) e intangíveis (informações). Na prática, este senso envolve itens como transporte interno, disposição de equipamentos e postos de trabalho, melhoria do fluxo de pessoas, bens ou dados e ordens, comunicação rápida e fácil. Por extensão, ele otimiza a ação humana (reduz o cansaço) da movimentação, produz economia de tempo e agiliza processos. 24 6.10.3 Senso de Limpeza. Refere-se à conservação de ambientes de trabalho. Na pratica, incluise aqui a atribuição, a cada operador, da limpeza de seus postos de atividade, bem como a conscientização de que é melhor não sujar. Por extensão, este senso investe em ambientes físicos adequados, na manutenção de equipamentos, na eliminação de fontes de quaisquer tipos de poluição, seja ambiental, seja sonora, seja meramente visual. 6.10.4 Senso de Saúde Refere-se à conservação da saúde dos recursos humanos da organização. Na prática, envolve a melhoria constante das condições de trabalho, de certa forma, este senso integra os anteriores,visando proporcionar conforto, segurança e proteção ao trabalhador. Por extensão, atenta para as condições físicas, mentais e emocionais das pessoas, zelando por toda a sua integridade. 6.10.5 Senso de Autodisciplina. Refere-se à definição e à manutenção de valores em geral, éticos ou morais, de caráter individual ou coletivo e à atenção permanente a eles. Na prática, este senso sugere a ausência de controles e fiscalizações externas às pessoas, já que o comportamento é definido por valores individuais. Por extensão, invoca o autodesenvolvimento contínuo das pessoas, a delegação de decisões e, sobretudo, a disciplina global na empresa. Todos esses elementos têm relação íntima com princípios e métodos da Gestão da Qualidade. No primeiro caso – princípios – pode-se observar a ênfase à produtividade, por meio, por exemplo, da eliminação de desperdícios, no segundo – métodos – situam-se os processos de envolvimento dos recursos humanos na organização, com estratégias direcionadas para o desenvolvimento integral das pessoas. A simplicidade do programa 5 S e a facilidade de obtenção de resultados práticos, visíveis e valiosos tornam-no uma importante estratégia da Gestão da Qualidade. E sugere, inclusive, um processo prático, 25 útil para come; ar um programa de grande porte para a produção da qualidade nas organizações. 6.11 A Prática dos 5 S Há quem diga que praticar o 5 S é praticar bons hábitos ou bom senso. Apesar da simplicidade dos conceitos e da facilidade de aplicação na prática, a sua implantação efetiva não constitui uma tarefa simples. Isto porque a essência dos conceitos é a promoção de mudança de atitudes e hábitos das pessoas. Hábitos e atitudes essas, construídos e incorporados pela convivência e experiência dessas pessoas ao longo de suas vidas. Ao tomarmos conhecimento destes conceitos tão óbvios, nos sentimos seduzidos a iniciar já a sua implantação. Mas certamente, as atitudes e hábitos decorrentes da prática do 5 S vão se chocar com os nossos hábitos e atitudes incorporados na nossa maneira de ser e agir segundo LAPA (2004). Este constitui um aspecto crítico da implantação. É a dificuldade de "romper" com os conceitos e pré-conceitos arraigados em nós. É preciso que sejam criados clima adequado e condições de alavancagem desta mudança. É preciso dar suporte àqueles que estão conseguindo "romper" e ajudar àqueles que ainda não o fizeram, para que possam seguir a mesma direção dos outros. Este rompimento precisa ser espontâneo para que tenha condições de se perpetuar, removendo de forma definitiva velhos hábitos e atitudes e substituindo-os por outros. A prática destes conceitos de maneira forçada pode promover uma mudança apenas aparente, existente até que cesse a força que o impeliu a adotar aquela atitude e falsa mudança. Portanto, a Implantação do Programa 5 S precisa ser sistematizada e planejada em todos os passos, se quisermos garantir a longevidade da mudança incorporada pela adoção daqueles conceitos simples. Quanto maior e mais complexa a organização, maior será a necessidade desta estruturação e mais detalhada ela deverá ser. No ambiente familiar, a implantação é muito mais simples, não somente pelo número de pessoas envolvidas, mas principalmente pela natureza das relações entre estas pessoas, onde a credibilidade, a confiança, o respeito mútuo e a união estão fortemente sendo exercitados, construídos e 26 compartilhados entre os seus membros. Da mesma forma, a natureza e intensidade das relações presentes no ambiente organizacional vão influenciar fortemente e podem constituir fator de sucesso ou insucesso na implantação dos 5 S. A implantação será tão mais facilitada quanto mais o clima organizacional se aproximar do modelo das relações familiares. 6.12 Planejamento. A ação de planejamento é essencial à Gestão da Qualidade, pois é nesse momento em que serão definidas as medidas necessárias para o sucesso do Programa de Qualidade na empresa, como as pessoas que irão desenvolver o programa, a alocação de recursos físicos e financeiros e tempo necessário para a implantação do programa na empresa. Segundo PALADINI (2000), a importância do planejamento na Gestão da Qualidade, não é questão que se possa colocar em dúvida. O que se poderia discutir é como implementá-lo. Em geral, o planejamento é executado pela Alta Administração, embora muitas ações da qualidade sejam projetadas e desenvolvidas nas áreas de gestão operacional. As estratégias para o primeiro caso costumam inserir-se no âmbito do planejamento estratégico, envolvem diagnóstico de itens básicos, como as potencialidades e as fragilidades da empresa ou as ameaças e as oportunidades externas. São, por isso, estratégias definidas que dependem muito da cultura empresarial. Por isso, nesse caso, essas estratégias tendem mais a criar hábitos de planejamento direcionados para questões fundamentais e metodologia para viabilizá-los. Exemplo da estratégia a ser utilizada aqui é o conhecido ciclo PDCA, Shewhart e Deming, (1981). Essa estratégia sugere que o planejamento seja aplicado de forma cíclica – envolvendo planejamento P – plan, execução D –do controle C – check e Ação – act. Parte-se, assim, de objetivos expressos no planejamento que são implantados – inicialmente, em escala experimental ou restrita a determinadas áreas ou situações. O processo prevê o acompanhamento dessas ações de forma permanente e garante, portanto, um processo organizado de melhoria. Portanto em termos estratégicos, o PDCA compreende um ciclo que inclui toda a companhia, pode-se, porém, aplicá-lo a cada atividade específica, criando-se um hábito de planejamento associado a cada ação executada na empresa, em qualquer nível. 27 6.13 Criando Estratégias Orientadas para o Cliente. Numa empresa de prestação de serviços é necessário que todos os envolvidos pelo processo de realização dos serviços tenham seu foco de trabalho voltado para o cliente, nisso se faz importante que toda a política da empresa em seus diversos setores venham em primeiro lugar atender às necessidades e anseios dos clientes. Segundo CANNIE (1991), a estratégia no contexto da administração orientada para o cliente, é o método diferenciado e exclusivo de fornecer serviços de qualidade que o distingue de seus concorrentes. Para examinar a estratégia se inicia preparando um fluxograma do ciclo de serviços do ponto de vista dos clientes. Pense onde eles começam e terminam e o que o cliente tem de fazer para receber seus produtos. Em um serviço de entregas, por exemplo, o ciclo não começa no momento em que o pacote é preparado, mas quando o cliente ouve falar pela primeira vez na empresa ou vê seu anúncio nas Páginas Amarelas, por exemplo. E não termina quando o pacote é entregue, mas quando o cliente remetente é informado que a outra pessoa recebeu a encomenda. Considere o insumo fornecido por cada pessoa envolvida no processo.Em um serviço de entregas, os insumos são a resposta ao telefonema do cliente, a anotação do pedido, o envio da mercadoria e a caminhonete de entregas. Em seguida, considere as opções escolhidas pelas pessoas do sistema e as principais opções de que dispunham. Em um serviço de entregas, isso incluiria o peso do pacote, se excedesse a um quilo, haveria uma taxa extra. Depois de estudar seu processo e listar cada componente do ciclo de serviços, você estará pronto para representá-lo em fluxograma. Primeiramente, é necessário descrever como as coisas devem funcionar e, depois, o que poderia dar errado, resultando na perda do cliente. Pode-se, então verificar que não consegue atingir os objetivos da empresa se as estratégias não estiverem orientadas para o cliente, como exemplo, de nada valerá os esforços de redução de custos, otimização de layout e aperfeiçoamento na logística do recebimento de insumos para a realização dos serviços, se os mesmos não estiverem alinhados às necessidades dos clientes da empresa. 28 6.14 As Três Faces da Administração Orientada Para o Cliente. Tendo a empresa já direcionado suas estratégias para o cliente, iniciase a administração dessas estratégias de maneira que se consiga atingir os objetivos das metas traçadas, que são atender plenamente às necessidades do cliente,garantindo assim a sua satisfação. Para sobreviver e progredir, toda organização precisa que seus gerentes assumam os seguintes papéis, segundo CANNIE (1991): Primeiro: Defensor dos Clientes. Investiga o que os clientes querem e certifica-se de que sejam atendidos. a) Atua como os olhos, os ouvidos e a voz do cliente em sua organização. b) Encontra-se com os clientes para saber o que estão pensando. c) “Pensa como o cliente”, ativamente, para atender a suas exigências. Segundo: Conselheiro – Consultor. Delega poderes aos subordinados para fornecer serviços orientados para o cliente. a) Atribui aos subordinados a responsabilidade pela satisfação das exigências dos clientes. b) Satisfaz as necessidades de conhecimento e de recursos dos funcionários, de maneira que possam assumir responsabilidades. c) Motiva e recompensa. Terceiro: Integrador. Desenvolve uma rede interna para atender às exigências dos clientes. a) Trabalha em diversos departamentos, níveis e funções para integrar e avaliar processo e desempenho. b) Monta uma equipe concentrada no cliente – chefes, correspondentes e subordinados. c) Providencia motivação, implementa e improvisa o que for necessário para manter o processo funcionando. É importante então que os gerentes da organização que tem o papel de liderar suas equipes de trabalho consigam defender os clientes da empresa, passando a seus 29 subordinados a visão, as vontades e os pensamentos dos clientes para que o serviço final possa sair de acordo com o esperado pelo cliente, sendo assim, se faz necessário que os subordinados saibam o porque e para quem o seu trabalho é realizado, necessitando que a equipe seja reconhecida pelo bom desempenho através de motivação e recompensa interagindo os colaboradores com os clientes da empresa. 30 6.15 Agilizando a Demanda. Tendo os dirigentes da empresa conseguido interagir sua equipe de trabalho com as necessidades do cliente se faz necessário que a demanda de serviço seja agilizada para que o cliente possa ser atendido sempre de maneira confortável e tranqüila. Segundo CANNIE (1991), os clientes parecem chegar sempre ao mesmo tempo, como na hora do almoço, nos fins de semana ou nas férias de Natal, dependendo do setor em que atua. Você quer ser capaz de atender esse pico de demanda, mas, como não se podem estocar serviços, qualquer tempo gasto na espera de clientes está irremediavelmente perdido. A melhor saída para esse dilema é agilizar a demanda dos clientes, o que exige que ele colabore. Uma maneira de conseguir isso é oferecer hora marcada e reservas.Por exemplo, suponha que um revendedor de carros usados queira montar uma oficina de funilaria. Se a política adotada for “o primeiro a chegar é o primeiro a ser atendido” muitos clientes tentarão trazer o carro mais cedo, gerando caos, atrasos e emoções negativas. Mas, se o revendedor atender com hora marcada, o trabalho será mais uniforme e as pessoas ficarão mais felizes ao saber quando seu carro ficará pronto. Os incentivos de preço são outra maneira de desviar a demanda dos horários de pico. As companhias telefônicas fazem isso reduzindo as tarifas para ligações noturnas e em fins de semana. No setor governamental, os clientes “pagam” com tempo. O público aprende que chegar em determinados horários como início da manhã, hora do almoço, fim da tarde implica esperas mais longas. Conseqüentemente, aqueles que podem vêm nos horários que não são de pico (no meio da manhã ou da tarde).Com os clientes sendo atendidos de maneira tranqüila através da conciliação da demanda com o tempo de atendimento de maneira adequada, passa-se a imagem de uma empresa organizada e transparência no tempo de execução dos serviços para os clientes, resultando assim como num dos fatores essenciais na fidelização do cliente junto a empresa. 31 6.16 Aperfeiçoando a Tecnologia. Com a rapidez e o acesso facilitado das informações conquistadas através do desenvolvimento tecnológico, o setor de serviços através de investimentos em tecnologia que visam aprimorar a qualidade no atendimento ao cliente, se faz diferenciar dos outros setores, pois necessita do contato direto com o cliente para que o serviço possa ser executado. Os aperfeiçoamentos tecnológicos abrangem sistemas como transferência eletrônica de fundos, hardwares e caixas automáticos dos bancos que atendem seus clientes 24 horas por dia, segundo CANNIE (1991). São tantas as formas de utilizar as novas tecnologias que poderíamos dedicar um livro inteiro ao assunto. Assim, vamos analisar apenas uma das possíveis inovações: o caixa automático. Um caixa automático efetua transações por um custo 60% inferior ao de um caixa comum. Embora os bancos tenham investido mais de 1 bilhão de dólares nesses caixas, nem todos os correntistas gostam deles. E não é por falta de empenho, os bancos já tentaram quase tudo para fazer os clientes usarem os caixas automáticos, como sorteios de viagens e televisores em cores e doações em dinheiro para pesquisas sobre o câncer infantil. Eles tentaram da sedução à ameaça para convencer os clientes a usar os cartões automáticos em vez de recorrer aos caixas de carne e osso. Por que os caixas automáticos não fizeram um sucesso estrondoso? Uma inovação tecnológica como essa só funciona quando é desejada pelos clientes, pois eles participam diretamente do processo do serviço. Se os clientes não desejarem uma inovação, você enfrentará dificuldades para que eles a aceitem. No caso dos caixas automáticos, a grande maioria das pessoas prefere o contato pessoal à simples conveniência e rapidez do serviço automatizado. Novamente insistimos: mantenha-se atento às necessidades de seus clientes. Então se torna como sendo um dos principais fatores e aliados para o serviço de qualidade prestado ao cliente o acompanhamento das inovações tecnológicas em todas as áreas de prestação de serviços para que os serviços possam ser prestados de acordo com as necessidades dos clientes. 32 6.17 Tornando-se Um Defensor dos Clientes. Nas empresas de prestação de serviços é comum notar que padrões de atendimento nem sempre tem como prioridade satisfazer os desejos, necessidades e anseios dos clientes, dando atenção especial em olhar para aquilo que julga ser bom para empresa, enganando-se, pois o que é bom para o cliente é bom para empresa. Como defensor dos clientes, o primeiro dos novos papéis administrativos, deve-se atuar com os olhos, ouvidos e voz dos clientes. Embora possa nunca vê-los pessoalmente, precisa representá-los em sua organização. Você “pensa como cliente” sempre que toma uma decisão ou estabelece uma política, e usa sua influência como gerente para descobrir o que eles querem e fazer com que suas exigências sejam atendidas, segundo CANNIE (1991). Repetimos: excelência em serviços – como quer que a avalie – é uma questão de atender às exigências de seus clientes. E você não pode atendê-las se não souber quais são. Não quais esperam que sejam, mas as que são de fato. Atualmente, não se pode prever o que o cliente quer. Como diz o consultor de empresas americano especializado no ramo de serviços Regis McKenna, (1999): “Quando vemos pessoas de posse dirigindo fuscas e caminhonetes, torna-se claro que esta é uma sociedade em que os gestos individuais já não são previsíveis, as profissionais de marketing não podem definir, fáceis e claramente, a base de sua clientela”. Neste ponto, seu sistema de informação sobre os clientes já está funcionando. O que mais você, o Defensor dos Clientes, pode fazer? Bem, é claro que pode procurar os clientes, falar com eles nos postos de serviços e saber o que pensam.Pode vivenciar o que eles vivenciam, percorrendo pessoalmente o ciclo de serviços. Pode visitar os clientes regularmente para saber o que estão pensando e como qualificam seus serviços. Ponha-se no lugar deles: o que você acharia de seus serviços se fosse eles? . Assim como atua com os olhos e ouvidos dos clientes, sendo um Defensor dos Clientes, você atua com sua voz. Algumas organizações possuem um departamento de atendimento ao cliente que na realidade, é um departamento de reclamações. As pessoas que trabalham nesse departamento supostamente funcionam como defensores dos clientes – e não apenas ouvintes 33 do lado negativo das coisas. Mas não estamos falando apenas em reagir aos clientes; estamos falando de ação ativa – considerar a voz do cliente em todas as suas decisões, descobrir o que eles querem, fornecer isso a eles e solucionar problemas antes que o procurem para reclamar. Portanto, todos os gerentes precisam insistir em tudo o que for melhor para o cliente, pois, sem ele, a organização deixa de existir. 6.18 Porque as Empresas Não Melhoram Seus Serviços. Porque mudar? Sempre fizemos assim e sempre deu certo, essa frase infelizmente é dita com freqüência por vários empresários, que de maneira errada julgam-se estar no caminho correto do sucesso pois seus serviços estão sendo aceitos por seus clientes,porém se não diferenciarem de seus concorrentes na atualização e desenvolvimento constante com aprimoramento em tecnologia e investimento em seus colaboradores, poderão num futuro não muito distante amargar perdas na fatia do mercado em que atuam. Segundo CANNIE (1991), são consideráveis as vantagens econômicas para as empresas que oferecem serviços de qualidade e são consideráveis também os custos da perda da fatia do mercado para aquelas empresas que não o fazem. Então, qual é o mistério? Por que as empresas não adotam, rotineiramente, a satisfação completa do cliente como prioridade número um? Não que as empresas não tentem resolver o problema. Elas o fazem. De fato, gerentes de alto escalão já gastaram milhares de dólares em pesquisas de mercado, com consultores de todo tipo, em treinamento de toda espécie e, mais recentemente, na melhoria global da qualidade (na tentativa de imitar os japoneses). Todas essas estratégias realmente ajudam – isto é, a melhoria da qualidade em geral melhora a qualidade; o treinamento realmente treina pessoas para novas tarefas; as pesquisas realmente fornecem informações nas quais basear decisões; os consultores realmente fornecem estudos cuidadosos e relatórios detalhados sobre o problema. Mas nenhuma dessas estratégias garante, por si mesmas, 100 % de satisfação ao cliente. O treinamento tem ajudado tantas empresas a solucionar tantos problemas que é difícil explicar por que o treinamento do pessoal da linha de frente no atendimento aos clientes não melhora, de forma definitiva, a qualidade dos serviços. Os 34 treinamentos realmente ajudam a equipe da linha de frente e proporcionam também soluções seletivas. Por outro lado, mesmo a equipe de atendimento melhor treinada, mais dedicada e altamente habilitada não podem, sem ajuda, enfrentar políticas hostis, resolver problemas sobre os quais não tem autoridade, quebrar as regras da empresa em favor dos clientes ou mudar uma cultura corporativa que desconsidera os clientes. Assim embora os treinamentos possam perfeitamente fornecer ao pessoal da linha de frente as aptidões necessárias, se a administração de alto escalão não der prioridade aos clientes, muito do treinamento será desperdiçado. Pior ainda, as pessoas que receberam treinamento de atendimento aos clientes freqüentemente se tornarão desmotivadas. Elas aprendem como agir corretamente e como colocar o cliente em primeiro lugar, mas as políticas e os gerentes das empresas não permitem que o façam. Não é de surpreender que muitos representantes de atendimento aos clientes sofram de estafa, tornem-se rudes com os clientes e, eventualmente, desistam da função. A maioria das pesquisas de mercado baseiam-se em pretendentes – e não clientes – para definir a aceitação do mercado quanto a novos produtos ou serviços. Além disso, as pesquisas, de qualquer tipo, raramente são utilizadas pelos gerentes para tomar decisões focalizadas no cliente, e muito menos incorporadas ao desenvolvimento, produção e marketing de produtos e serviços (outro segredo do “milagre” japonês). Finalmente, se os clientes têm a oportunidade de dizer o que desejam – e isso não reflete o ponto de vista dos gerentes – em geral suas respostas são ignoradas: Afinal, o que é que os clientes sabem? Incontáveis consultores têm sido convocados para estudar o problema.Atualmente, tantos relatórios já foram escritos e tantos dólares gastos – sem resultado – que a maioria das empresas estabeleceu um teto, até mesmo para os executivos de alto escalão, para a quantia a ser gasta com esses serviços. Se os executivos lessem e aplicassem as informações e recomendações desses relatórios, provavelmente obteriam resultados. No entanto, como as pesquisas, esses relatórios em geral não são distribuídos aos tomadores de decisões e muito menos transformados em ações. Por isso se faz importante que os projetos na melhoria da prestação de serviços saiam do papel e partam para a ação, através da conscientização dos dirigentes da empresa, influenciando assim toda equipe de trabalho, resultando em serviço de qualidade prestado aos clientes. 35 6.19 Teoria do Sistema Dinâmico. Para que uma empresa tenha sucesso obtido na execução de seus serviços é necessário que exista uma real interação entre a empresa e seus clientes, que dessa forma conseguirá desenvolver seu trabalho totalmente voltado para as necessidades dos clientes. Para facilitar a compreensão da interação entre uma organização e seus clientes, vamos analisar a Teoria do Sistema Dinâmico. A Teoria do Sistema Dinâmico foi criada em 1940, pelo ilustre cientista Ludwig Von Bertalanffy (1901-1972), biólogo, filósofo e fundador da Teoria do Sistema Geral. Ela revolucionou o campo de estudo do comportamento humano, por representar uma nova maneira de observar as pessoas e seu meio.Segundo essa teoria, nós, os humanos, não somos apenas vítimas passivas de nosso ambiente e de nosso condicionamento, mas na realidade temos a capacidade de criar e controlar nosso mundo. Esse controle – e a responsabilidade correspondente – também se aplica às organizações. O sistema é composto de três partes: insumo, retorno e realidade. Ele funciona nas organizações da seguinte maneira: primeiramente temos o insumo para o sistema, nesse caso: Os Insumos Negativos são: a) Não há preocupação em concentrar-se no cliente ou assumir compromissos com ele (retórica e slogans promocionais não contam). b) Desconhecimento das necessidades dos clientes. c) Não há padrões ou metas na avaliação do desempenho. d) As estratégias e sistemas atendem a empresa – não os clientes. e) Os empregados não são treinados nem têm autoridade para cuidar dos interesses dos clientes. f) Não é feita nenhuma tentativa para resolver problemas ou evoluir. É quase certo que esses insumos resultem em: Retorno Obtido a) Imagem pública ruim e publicidade contrária. b) Clientes insatisfeitos e que comentam seus problemas com outros. 36 c) Dificuldades na produtividade, nos lucros e nos rendimentos. d) Altos custos com desperdícios, erros e retrabalhos. e) Alta rotatividade e baixo moral do pessoal da linha de frente. f) Perda da fatia do mercado e da margem competitiva. Finalmente, temos a realidade, que se divide em duas partes. Primeiramente, ela é a maneira como você e as outras pessoas de sua empresa vêem as coisas. No caso negativo, a satisfação do cliente na melhor das hipóteses vem por último. Essa visão determina a cultura da empresa insumo e garante a insatisfação implícita do cliente. Em segundo lugar, realidade é aquilo que é real, quer você encare dessa forma ou não. E a realidade é a seguinte: os clientes ditam as regras. Se você os trata mal ou com indiferença, eles têm outros a quem procurar. Agora, analisaremos este outro caminho possível, neste caso Insumo Positivo, pode ser: a) A administração esta comprometida e focalizada nos clientes. b) As exigências dos clientes são conhecidas e atendidas. c) As avaliações de desempenho são conhecidas e públicas. d) Os sistemas e estratégias são favoráveis ao cliente. e) Todos os membros da empresa, incluindo gerentes, recebem treinamento e autoridade para cuidar dos interesses dos clientes. f) O aprimoramento contínuo é reconhecido e recompensado. Vejamos o retorno produzido pelo insumo positivo: Retorno Obtido a) Uma imagem positiva da empresa. b) Clientes fiéis. c) Aumento de receitas e lucros. d) Redução do custo com desperdícios. e) Pessoal motivado e responsável. f) Aumento dos negócios com clientes antigos e participação no mercado E nas duas partes em que a realidade se divide, temos: 1. O compromisso da organização quanto ao atendimento de seus clientes. 37 2. Sucesso e crescimento nos aspectos econômicos da prestação de serviços. O aspecto singular mais importante do sistema dinâmico é que qualquer mudança modifica todo o sistema. Por exemplo, se você mudar sua visão da realidade, mudará tanto o insumo quanto o retorno. Mude seus insumos e estará mudando seu retorno. Essa é outra maneira de dizer que os executivos que estão no controle são responsáveis pelo que acontece com a empresa. Aí estão incluídos sua forma de tratar os clientes, sua posição competitiva no mercado sua imagem e seus lucros, seu sucesso ou fracasso. Agora vamos nos aprofundar na teoria da realidade. Hoje, a maioria dos executivos – embora dirija as operações de serviços – está administrando com modelos ultrapassados (insumo). Eles utilizam técnicas desenvolvidas por e para corporações industriais que no passado representavam a maioria dos negócios realizados nos EUA. Podemos concluir que tudo aquilo que for aplicado na empresa, como os processos de produção, os meios utilizados para a realização dos serviços e a maneira de atender o cliente resultarão em benefícios para toda a organização se todos os envolvidos pelo processo estiverem atendendo seus clientes de maneira correta, que é nada mais que atender as suas necessidades e expectativas, como a entrega de um serviço no prazo combinado, preço justo, presteza dos colaboradores de linha de frente e a competência dos colaboradores em executar seus trabalhos da maneira certa, sem retrabalhos, porém se forem aplicados métodos ultrapassados, apenas visando o lucro da empresa a todo custo, nem que para isso seja necessário sacrificar as necessidades e expectativas dos clientes, o fracasso da empresa será com certeza concretizado e todos os envolvidos pelo processo perderão com essa triste realidade. 38 6.20 As diferenças Entre o Processo de Prestação de Serviços e o Processo de Manufatura Existem diferenças marcantes de insumo entre a administração de um processo de prestação de serviços e a de um processo de manufatura. A realidade dos serviços orientados para o cliente propõe um modelo de administração voltado para a qualidade dos serviços. Realidade 1: Prioridade O modelo industrial define serviços como um bem dispensável ou um mal necessário. Mas os serviços orientados para o cliente exigem uma abordagem integral – da organização como um todo – que quase sempre envolve uma mudança na cultura corporativa A alta qualidade dos serviços e uma arma competitiva tão poderosa que a Federal Express, a Nordstrom, a Disney e outras empresas líderes a consideram parte essencial da estratégia empresarial – e não um “bem dispensável”ou um “mal necessário”.A Federal Express, que baseia todo seu negócio nos serviços, fará o que for necessário para manter seus clientes como prioridade absoluta. Se a entrega não pode ser feita pelas vias normais (por exemplo, suprimentos médicos necessários para uma operação), ela freta um jato da Lear para fazer a entrega. E isso ocorre várias vezes por ano: a FedEx perde dinheiro com esses contratos específicos, mas mantém o compromisso de efetuar entregas dia e noite. A Schlitz (cerveja), por outro lado, é um triste exemplo de uma empresa que coloca o corte nos custos e ao reduzir em 50% o processo de fermentação, ela obteve, de fato, um retorno maior em curto prazo. No entanto, em poucos anos a posição da empresa no mercado caiu do segundo para o sétimo lugar e o valor de suas ações despencou de US$ 69 para US$ 5 por cota. Não é exagero dizer que as organizações que não podem ou não querem colocar seus clientes em primeiro plano ficarão cada vez mais para trás. Os líderes competitivos do mercado sabem disso e fazem da qualidade dos serviços a principal prioridade administrativa. 39 Realidade 2: Método No modelo industrial, os serviços são uma reação: “Encaminhe-os ao setor de reclamações”. No modelo de serviços, a qualidade dos serviços é ativa.Requer um entendimento claro e atualizado das exigências dos clientes, uma estratégia de serviços centralizada em metas, gerentes comprometidos e treinados para “pensar nos clientes sistemas de prestação de serviços favoráveis ao cliente”. Além disso, como as relações com os clientes refletem as relações com os funcionários, ele requer também pessoal cuidadosamente selecionado,motivado e treinado. Os serviços são, primeiramente e acima de tudo, um relacionamento não entre o cliente e a organização, mas entre o cliente e o funcionário da organização. Portanto, se você espera que seus clientes sejam bem atendidos, precisa primeiro cuidar muito bem daqueles que os atendem. Realidade 3: Exigências do Cliente Quase todas as descrições aprimoramento da qualidade usam a frase “atender às necessidades do cliente. Contudo, pouquíssimos gerentes (ou mesmo executivos) sabem quais são realmente as necessidades dos clientes, sem falar em como atendê-las. Na verdade o que fazem é atender aos padrões técnicos – um processo chamado adequação às exigências” Para fornecer serviços de qualidade genuína, você precisa perguntar ao cliente do que ele precisa, quais suas expectativas e o que considera um bom serviços. Além disso, precisa repetir essa pergunta num intervalo de poucos meses; os clientes são alvos móveis. Depois, precisa compartilhar o que aprendeu com seus gerentes e tornar obrigatório o uso dessas informações em todos os aspectos e meandros do processo de tomada de decisão de seu grupo. Realidade 4: Estratégias e Sistemas. Usando o modelo industrial, os gerentes de hoje definem padrões que atendem às necessidades da organização e do sistema. Atender os clientes é, em geral, uma consideração secundária. Os gerentes raramente encaram a qualidade dos serviços como um 40 impulso estratégico importante e praticamente nunca vêem como uma arma competitiva poderosa. (Isso se aplica, em particular, aos setores em que é preciso diferenciar-se dos outros.). Não que as empresas tenham deliberadamente criado sistemas de serviços miseravelmente ruins; elas têm sido simplesmente negligentes, permitindo que se desenvolvessem por si mesmas. No ano de 1985, Jan Carlzon levou a Scandinavian Airlines System (Sistema das Linhas Aéreas Escandinavas) de um prejuízo de US$ 8 milhões para um lucro de US$ 71 milhões, instituindo uma filosofia de qualidade de serviços. Ele infundiu em todos os 20 mil funcionários da SAS um comprometimento obsessivo com o atendimento ao cliente. Para dar um único exemplo dessa dedicação total, a empresa decidiu treinar os funcionários da linha de frente para assumir a responsabilidade de fazer tudo o que pudessem para manter os clientes satisfeitos. Quando um problema no equipamento de um aeroporto atrasou um vôo e os passageiros começaram a ficar irritados, a assistente de embarque decidiu servir-lhes café e rosquinhas grátis. O pessoal da cozinha da empresa, evidentemente ainda não adaptado à nova política, alegou que aquilo não era permitido. Então, a assistente dirigiu-se a um concorrente e comprou, por conta própria, os cafés e as rosquinhas. Ela foi reembolsada e elogiada. Realidade 5: Estilo Administrativo. Uma característica dos executivos que criam os sistemas – e que tomam as decisões sobre normas, políticas e procedimentos – é nunca verem os clientes e, portanto, não é de surpreender que nunca pensem neles ao tomar suas decisões. Conseqüentemente, a maioria dos gerentes concentra-se nas necessidades e conveniências da organização, e não dos clientes. Exemplos conhecidos por todos são as empresas aéreas que aceitam reservas de passagens em excesso, hospitais que exigem todas as informações antes de fornecer o tratamento, bancos que dificultam a retirada de dinheiro e lojas de veículos automotores ineficientes que exigem uma espera de três horas. Nas empresas conhecidas por serviços exemplares, todos os gerentes concentram-se nos clientes e em “fazer a coisa certa da forma certa” para garantir em 100% sua satisfação. 41 Concluímos que fornecer serviços orientados para os clientes é necessário primeiramente descobrir o que eles querem, perguntando-lhes, e a partir dessas informações estabelecer sistemas de avaliação da qualidade dos serviços e da satisfação dos clientes com base nos próprios clientes. Em segundo lugar, depois de definido esse sistema de avaliação precisa transmiti-lo à sua organização através de metas. Em terceiro lugar, é necessário investir em treinamento, especialmente para os gerentes, para que avaliem o impacto de suas decisões sobre os clientes. Em quarto lugar, deve estabelecer recompensas. Por exemplo, usar o sistema de avaliação da satisfação dos clientes para avaliar o desempenho dos funcionários e como base para promoções e aumentos de salário. Por fim, não esquecer que esse é um processo constante. Acompanhar o desenvolvimento e aprimorar-se sempre, fazendo com que todos na organização participem, a mudança de pequenos gestos orientados para o cliente, resultará no progresso da melhoria dos serviços prestados trazendo lucro para empresa fortalecendo sua posição no mercado, colhendo sempre os bons frutos de um bom serviço prestado e claro comemorar sempre. 42 6.21 Reparação Automotiva Pode-se conceituar reparação automotiva como sendo a capacidade de reparar um dano causado em veículos através de um acidente ou panes de caráter mecânico e para que essa reparação possa ser executada de maneira correta, onde possa atingir a total satisfação dos clientes, é necessário que utilize mão-de-obra qualificada e acompanhamento das inovações tecnológicas dos equipamentos que facilitam e contribuem para a melhoria da qualidade nas reparações executadas nos veículos. 6.22 Os Programas de Qualidade na Reparação Automotiva e suas Necessidades. As empresas de reparação automotiva, assim como qualquer outra no seguimento de serviços na economia, para obter sucesso, crescimento e se manterem funcionando no mercado, se faz necessário que os serviços prestados estejam dentro de padrões de qualidade que garantam a total satisfação de seus clientes e para alcançar a excelência na prestação de serviços em reparação automotiva é necessário que programas de qualidade venham a fazer parte na rotina das oficinas, pois o mercado já não aceita mais aquela oficina com características de chão sujo, ferramentas desorganizadas, profissionais desonestos e despreparados para atender seus clientes. Os programas de qualidade são necessários para auxiliarem as empresas a se organizarem, garantindo a redução de custos nas operações dos serviços e a satisfação dos clientes que recebem os serviços, porém para que se possa ter o sucesso de retorno das ações dos programas de qualidade é importante que todos na empresa estejam conscientes da necessidade e de sua eficácia na organização, pois estará nas mãos dos funcionários a correta execução do programas de qualidade na empresa. 6.23 Método 5 S nas Empresas de Reparação Automotiva. A redução de custos fixos é uma meta cada vez mais aplicada em empresas dos mais variados setores a fim de se manterem competitivas perante um mercado de concorrência acirrada. Mas ao contrário do que muitos imaginam, para se obter sucesso e 43 alcançar este objetivo, na maioria dos casos, não é preciso substituir os procedimentos utilizados, mas sim apenas reestruturá-los.CATÁLOGO BOSCH (abril, 2004). Trabalhar em um ambiente organizado traz benefícios não só à empresa, mas principalmente a todos os colaboradores que lá trabalham, onde, através de uma simples reorganização consegue aumentar a sua produtividade com total segurança. Primeiro S – Senso de Utilização: Separar o útil do inútil, jogando fora o que não serve mais. Só o que tem utilidade deve estar disponível.Assim poderá se concentrar apenas no que é útil, logo após é necessário classificar e organizar os objetos de forma que os mais usados fiquem próximos das pessoas para a sua fácil utilização. Exemplo: Jogar fora as latas amassadas, peças de veiculo sem utilização. Segundo S – Senso de Arrumação. Identificar e arrumar tudo, para que todos possam localizar o que procuram facilmente, colocando etiquetas coloridas de acordo com o tipo de objeto, pois assim o trabalho se tornará ágil. Exemplo: Identificando as soldas, separando-as por tipo , como a Solda de Oxigênio e Solda Mig, Pistolas de pintura para aplicação de tinta , das pistolas de aplicação de fundo. Terceiros S – Senso de Limpeza. Manter o ambiente de trabalho sempre limpo e criar disciplina para não voltar a sujar, sempre limpar as ferramentas e os objetos após o uso.Exemplo: Varrer o local de trabalho após o linchamento dos acabamentos, manter limpo os banheiros após o uso, usar capas de proteção nos bancos dos carros dos clientes. Quarto S – Senso de Saúde e Higiene. Manter a qualidade de vida no trabalho, pois se não cuidar da limpeza, da aparência e da segurança, não será capaz de vender serviços de qualidade. Exemplo: Cuidados com a vida pessoal, como a prática de atividades físicas, cuidados com a aparência física. 44 6.24 Encantar Clientes Atender bem os clientes, já é um procedimento básico e largamente adotado por empresas do mundo todo, devido ao aumento da concorrência, hoje é preciso centralizar esforços para conhecer as particularidades de cada um dos clientes. Segundo HALLGREN (2004), é necessário criar condições não só, de satisfazer as necessidades dos clientes, mas sim de surpreendê-los com serviços que não irão encontrar na concorrência ou em qualquer outro lugar, ou seja, encantar os clientes é atualmente a forma mais econômica eficaz de se manter competitivo. Hoje, todas as empresas de prestígio, qualquer que seja o setor de atuação, já não podem se dar ao luxo de oferecer apenas um produto ou serviço de qualidade. É preciso ir além, investir em treinamento, definir os procedimentos a serem adotados, delegar responsabilidades, estipular metas e premiar os que as alcançarem, ouvir atentamente o que clientes, fornecedores e funcionários têm a dizer a respeito dos produtos ou serviços. 45 6.25 Realizar, Satisfazer e Encantar. Nos dias atuais, é necessário que se realize os serviços de maneira que venham a atingir os objetivos do trabalho executado, satisfazendo e encantando os clientes. Para manter um atendimento diferenciado é recomendável que se tenha três procedimentos básicos, segundo HALLGREN (2004). a) Fazer o esperado: resume-se em atender o cliente, realizando apenas o serviço acordado entre as duas partes. Exemplo: O cliente solicita um reparo em seu veículo, a oficina faz a entrega exatamente no prazo desejado. b) Satisfazer o cliente: mais do que apenas atender, a oficina passa a oferecer vantagens extras que facilita a vida do cliente. Exemplo: A oficina tem um cliente que trabalha o dia todo, não podendo ir buscar o veículo no horário comercial. Para suprir esta necessidade, a oficina dispõe a atendê-lo em um horário alternativo, assim estará satisfazendo o cliente por manter um atendimento personalizado. c) Superar as Expectativas: Oferecer aos clientes vantagens e benefícios que superem suas expectativas, surpreendendo-os e encantando-os. Exemplo: A oficina entrega o veículo antes do prazo acordado, em um horário alternativo e mais: com uma lavagem do carro. Tomando estas atitudes a oficina estará dando importantes passos para manter clientes encantados e fidelizados com a empresa garantindo assim o sucesso de todos os envolvidos pelo trabalho de atendimento ao cliente. É necessário que se faça o possível para desenvolver diferenciais que não são encontrados na concorrência, nunca terminando o relacionamento com o cliente após a venda, pois os serviços que a oficina oferecer depois são tão importante quanto um atendimento diferenciado, mantendo a equipe da oficina sempre motivada em ouvir e atender as necessidades dos clientes. 46 6.26 A importância de atender bem o cliente. Segundo CATÁLOGO BOSCH (2005), o mau atendimento é o principal motivo das perdas de clientes, onde pesquisas realizadas mostram que 65% dos clientes deixam de fazer negócios com uma empresa por causa do atendimento.A insatisfação com os produtos levam 14 % dos clientes a não comprarem ou contratarem um serviço, 9% deixam de ser clientes por causa de melhores ofertas dos concorrentes e 8 % preferem negociar com empresas de conhecidos, amigos ou familiares. A hora do atendimento é fundamental que o cliente tenha sempre uma percepção positiva. Enfim um atendimento indiferente pode fazer com que o cliente deixe de contratar um serviço, se faz necessário analisar atentamente e priorizar sempre o interesse do cliente. 6.27 Serviço de Qualidade Serviço de qualidade é aquele que atinge a toda as expectativas e necessidades dos clientes, onde o que interessa é a satisfação total do cliente. Segundo o CATÁLOGO BOSCH (2005), a qualidade nos serviços é quando os prazos são respeitados e os reparos são executados dentro dos padrões de qualidade que garantam a segurança do veículo do cliente, onde todas as especificações do orçamento são seguidas à risca, garantindo assim a conquista da confiança do cliente em relação à idoneidade da empresa. É importante que as empresas de reparação automotiva, tenham a capacidade de sensibilizar os colaboradores da empresa, através de seus gerentes da importância de quando estiver executando o reparo no veículo, mesmo o cliente não esteja ali presente é como se ele estivesse, pois o reparo no veículo tem como objetivo final a satisfação de seu proprietário, aquele que irá julgar a qualidade dos serviços prestados, desde seu início quando telefona na empresa, até a sua entrega , observando detalhes nos reparos executados. 47 6.28 Qualidade Total: A base para o Aperfeiçoamento na Reparação Automotiva. A palavra de ordem atualmente em qualquer empresa seja ela grande ou pequena, é padrão de qualidade, apesar dessa definição depender da percepção de cada uma ter qualidade no serviço basicamente é atender as necessidades dos clientes. Segundo o CATÁLOGO BOSCH (2005), satisfazer às necessidades do cliente em termos de funcionalidade, custo prazo entre outros fatores garante a confiança do cliente para com a oficina em que repara o seu veículo, anular falhas para que o cliente não precise voltar à oficina, por conta do problema que já deveria estar resolvido. O conceito de Qualidade Total vai ainda além, fazendo com que o aperfeiçoamento dos processos de trabalho seja sempre observado e revisto, surgindo no Japão, em 1950 mais tarde em 1960 no EUA, a Qualidade Total busca a melhoria utilizando ações, técnicas e treinamentos.Ao ser aplicado por uma oficina o beneficio alcançado, com em demais normas e padrões, é de se garantir o crescimento da empresa. Em fim a qualidade na oficina se aplica no objetivo de satisfazer os clientes, não apresentando falhas, realizar com qualidade mais serviços em menor tempo, destacando-se em relação concorrência, atraindo e fidelizando os clientes, garantindo assim o sucesso da empresa. 48 6.29 Padrão de Atendimento: Agilidade e Qualidade no Serviço. Oficinas reparadoras de automóveis precisam se preocupar em criar padrões de atendimento para melhor atender os seus clientes, esses padrões são importantes porque transmitem muita segurança aos clientes. Segundo o CATÁLOGO BOSCH (2005), é necessário que padrões de qualidade nos serviços sejam adaptados à realidade da oficina. Exemplos: a) Pronta Recepção: Cuidar para que o cliente seja recepcionado assim que chega à oficina, oferecendo a oportunidade do cliente em agendar o reparo em seu veículo quando possível, no caso das reparações preventivas, o que se torna um diferencial importante. b) Orçamento: Oferecer ao cliente um diagnóstico e um orçamento preciso e dentro de um prazo, o normal que seja em até 24 horas. c) Rápida Entrega: Quando o cliente chega na oficina para retirar o carro, garantir que a entrega seja rápida, o normal que seja em até 15 minutos. d) Serviço Ágil: Com exceção dos reparos mais complexos, como nos casos de funilaria e pintura, ou o reparo de um motor fundido, estipular um prazo para a entrega do automóvel. Em fim, é importante que o cliente esteja informado de tudo a todo o tempo sobre o posicionamento do reparo de seu veículo na oficina para que ele possa se sentir confortável e seguro em relação à oficina que esta trabalhando em seu veículo. 49 6.30 Atendimento por Telefone. A qualidade dos serviços deve ser mensurada desde o primeiro contato do cliente com a empresa, e um dos contatos mais comum e quase nenhuma empresa dá a atenção necessária, é o atendimento por telefone, por isso, é importante que os atendentes de telefone da empresa estejam treinados para que o atendimento seja oferecido ao cliente da maneira correta. Segundo o CATÁLOGO BOSCH (2005), atender uma ligação telefônica pode parecer algo que não exige um cuidado especial, afinal, é normal fazermos isso em casa, porem, se observarmos direito, veremos como é importante para a empresa um correto e eficiente uso do telefone. Quem liga para uma oficina de reparação automotiva, está em busca de soluções e informações. Então é importante que a relação com o cliente no atendimento ao telefone seja realizado de maneira harmoniosa transmitindo confiança e a atenção que o cliente deseja receber. a) Pense como cliente: Quem liga para uma oficina reparadora de automóveis busca informações e, principalmente, soluções. Ao sentir que do outro lado há alguém disposto a ajudar e com boa vontade, toda a empresa ganha, pois o cliente com certeza se sentirá tranqüilo com a oficina em que deixou seu veículo. b) Seja ágil ao telefone: É muito importante ser organizado para facilitar o trabalho e não irritar o cliente, assim que atender a ligação, o correto é dizer o nome e o nome da oficina.Aproveitar para obter informações sobre o problema ou dúvida e, se necessário, transfira para o responsável ou diga que vai retornar com uma solução. c) Ser educado: Ser amigável, gentil e com bom humor evita que sentimentos negativos piorem. Tratar o cliente pelo nome, dando a oportunidade para ele falar, mostra que a empresa se preocupa com a situação dele e pretende ajudar. 50 d) Manter uma boa comunicação: Informar corretamente o cliente faz com que ele confie na oficina. E boa comunicação também significa falar de uma forma clara, bem disposta, evitando tratamentos íntimos e gírias. 6.31 As vantagens da organização dos setores da oficina. Planejar o layout, ou seja, adequar o espaço físico às necessidades da oficina beneficia a produtividade e atrai clientes para a oficina, pois transmite a sensação de bem estar e segurança ao cliente quando entrega seu veículo na oficina para efetuar os reparos. Segundo o CATÁLOGO BOSCH (2005), para ser competitiva, uma oficina deve ser produtiva. E um cuidado que se deve ter para melhorar a produtividade diz respeito à organização e o layout do estabelecimento, ou seja, a disposição dos setores da oficina facilita ao trabalho diário além de satisfazer as exigências dos clientes. Para que o trabalho como um todo seja eficiente, é importante que os setores da oficina estejam dispostos de forma a ter um melhor aproveitamento dos recursos e mão-de-obra disponíveis. Sendo assim, todas as tarefas que dizem respeito ao reparo e à manutenção ganharão em tempo, segurança e também qualidade. Logicamente, o tamanho e o espaço do estabelecimento influenciam para se determinar o layout ideal a ser adotado, mesmo assim, o mais importante é levar em conta: a) A seqüência lógica do trabalho: Pensar nas etapas que envolvem os trabalhos (chegada do veículo, desmontagem, manutenção, pintura, etc.). Se elas estiverem dispostas dentro de uma seqüência lógica, o deslocamento de materiais e pessoas vai ser menor, aumentando a segurança e facilita o controle sobre a produção. b) A interferência entre setores: Quando possível, é importante ter os setores da oficina separados e com módulos comportando apenas uma especialidade. A razão é simples: evitar que uma tarefa interfira em outra. Por exemplo, a poeira do lixamento chegando até a recepção.Ou veículos sendo manobrados atrapalhando os mecânicos, funileiros ou pintores. Tudo tem o seu lugar. 51 c) O ambiente: Um ambiente limpo, bem iluminado, com poucos ruídos e bem organizado traz benefícios para funcionários e clientes de uma oficina. A segurança aumenta e as ocorrências de falhas diminuem. O proprietário de um veículo que busca o estabelecimento se sente mais confortável e com maior percepção de qualidade. Em fim os benefícios de uma oficina bem planejada são: a) Processos de manutenção e reparo otimizados. b) Oficina mais limpa, segura e organizada. c) Ambiente mais agradável e convidativo ao cliente. d) Serviço mais produtivo com menor tempo para entregar um serviço e com maior qualidade. e) Uma oficina mais competitiva e lucrativa. Podendo dessa forma concluir que a oficina com o planejamento adequado as necessidades de demanda dos serviços que ela recebe diariamente, tornará a empresa com os processos de execução dos serviços mais ágeis, entregando o veiculo do cliente no prazo combinado e conseqüentemente maior rapidez na entrada de dinheiro na empresa. 6.31 As Empresas. As empresas constituem uma das mais complexas e admiráveis instituições sociais que a criatividade e engenhosidade humana construíram. As empresas de hoje são diferentes das de ontem e, provavelmente, amanhã e no futuro distante apresentarão diferenças ainda maiores. De acordo com CHIAVENATO (2000), não existem duas empresas semelhantes, pois a principal característica das empresas é a sua enorme diversidade, as empresas podem assumir diferentes tamanhos e estruturas organizacionais.Existem empresas dos mais diversos ramos de atividade utilizando diferentes tecnologias para produzir bens ou 52 serviços dos mais variados tipos de mercados, a fim de serem utilizados pelos mais diversos consumidores. Ademais, as empresas operam em diferentes ambientes, sofrendo as mais variadas coações e contingências que se modificam no tempo e no espaço, reagindo a elas dentro de estratégias e comportamentos diferentes alcançando resultados extremamente diferentes. Tudo isso faz com que as empresas - além da sua enorme diversidade – apresentem uma incrível complexidade, pois além de serem diferentes entre si elas enfrentam uma variedade de impactos e influencias. 6.33 Conceito de Organizações. Dentro de uma abordagem mais ampla, as organizações são unidades sociais ou agrupamentos humanos intencionalmente construídas e reconstruídas, a fim de atingir objetivos específicos. Isto significa que as organizações são propositada e planejamente construídas e elaboradas para atingir determinados objetivos, e também são reconstruídas, isto é, reestruturadas e redefinidas, na medida em que os objetivos são atingidos ou na medida em que se descobrem meios melhores para atingi-los com menor custo e menor esforço. Segundo CHIAVENATO (2000), uma organização nunca constitui uma unidade pronta e acabada, mas um organismo social vivo e sujeito a mudanças. Dá-se o nome de organizações formais às organizações caracterizadas por regras e regulamentos formalizados por escrito e por estruturas de posições e hierarquia que ordenam as relações entre os indivíduos ou órgãos componentes. Através da organização forma, procura-se remover algumas incertezas e limitações da situação humana, tirar vantagens da especialização de atividades, facilitar o processo de tomada de decisões e assegurar o cumprimento e execução dessas decisões pelos indivíduos participantes. Dentre as organizações existem aquelas moldadas explicitamente para atingir objetivos de lucro,como meio de se auto-sustentarem pelo excedente de resultados financeiros e de proporcionarem retorno de investimento ou de capital, como também existem organizações que não incluem obrigatoriamente o lucro como um de seus objetivos principais. Assim as organizações podem perseguir objetivos lucrativos ou não lucrativos. As empresas constituem exemplos típicos de organizações lucrativas. Qualquer definição de empresa deve 53 considerar necessariamente o objetivo de lucro. Empresa é todo empreendimento humano que procurar reunir e integrar recursos humanos e não humanos como os recursos financeiros, físicos, tecnológicos mercadológicos, etc. no sentido de alcançar objetivos de auto-sustentação e de lucratividade, pela produção e comercialização de bens ou de serviços. A autosustentação é um objetivo óbvio, pois se trata de dar continuidade e permanência ao empreendimento. Enfim a lucratividade representa a remuneração do empreendimento em si, e é a lucratividade o estimulo básico capaz de assegurar a livre iniciativa de manter ou aumentar o empreendimento. 54 6.34 Os Objetivos das Empresas. As empresas são classes de organizações, isto é, são unidades sociais que procuram atingir objetivos específicos; a sua razão de ser é servir a esses objetivos. Segundo CHIAVENATO (2000), um objetivo da empresa é uma situação desejada que ela pretende alcançar, dentro dessa colocação, os objetivos empresariais têm muitas funções, a saber: a) Ao apresentarem uma situação futura, os objetivos indicam uma orientação que a empresa procurar seguir e estabelecem linhasmestra para a atividade dos participantes. b) Os objetivos constituem uma fonte de legitimidade que justifica as atividades de uma empresa e até a sua própria existência. c) Os objetivos servem como padrões, pelos quais os participantes e os estranhos a ela podem comparar e avaliar o êxito da empresa, ou seja, a sua eficiência e o seu rendimento. d) Os objetivos servem como unidade de medida para se verificar e comparar a produtividade da empresa ou de seus órgãos ou ainda de seus participantes. Há uma variedade de palavras que geralmente expressam objetivos como metas, fins, missões, propósitos, padrões, linhas mestras, alvos, cotas, etc. Geralmente, todas estas palavras significam um estado de coisas que alguns membros julgam desejáveis para sua empresa. E procuram dotá-las dos meios e recursos necessários para alcançá-las por meio de determinadas estratégias, táticas, ou operações. Os objetivos oficialmente aceitos pelas empresas são em geral apresentados ou comunicados por documentos oficiais da empresa, como os estatutos, atas de assembléias, relatórios anuais etc, ou por meio de pronunciamentos públicos de dirigentes que ajudam a compreender o comportamento e as decisões tomadas pelos membros da empresa. Os objetivos naturais de uma empresa geralmente são: a) Proporcionar satisfação das necessidades de bens e serviços da sociedade. 55 b) Proporcionar emprego produtivo para todos os fatores de produção. c) Aumentar o bem-estar da sociedade por meio de uso econômico dos fatores de recursos. d) Proporcionar um retorno justo aos fatores de entrada. e) Proporcionar um clima em que as pessoas possam satisfazer uma porção de necessidades humanas normais. Assim, as empresas podem ser estudadas do ponto de vista de seus objetivos. São os objetivos que estabelecem a base para a relação entre a empresa e o seu ambiente. A empresa não busca unicamente um só objetivo, pois precisa satisfazer uma enorme quantidade de requisitos e exigências que são impostos a ela não somente pelo ambiente externo, mas também pelos seus participantes. Estes objetivos não são estáticos, mas dinâmicos e em contínua evolução alterando as relações externas da empresa com o seu ambiente e internas com os seus participantes, sendo continuamente reavaliados e modificados em função das mudanças do ambiente e da sua organização interna. 56 7 CONCLUSÃO As empresas de reparação automotiva no Brasil, onde a sua maioria é dirigida em grande parte pela administração familiar, a intuição é maneira mais usada para dirigir os caminhos da empresa, deixando de utilizar os métodos corretos e necessários para a boa administração da empresa que conduzem para o sucesso a organização como um todo. Diante da falta de profissionalismo da administração das empresas desse setor é que o trabalho se realiza com o objetivo de mostrar e avaliar através dos conceitos dos programas de qualidade que é possível alcançar a excelência na prestação dos serviços em reparação automotiva. Como foi demonstrado nesse trabalho, a conquista da excelência nos serviços de reparação automotiva deve ter como base o conceito de qualidade e a sua importância na maneira de trabalhar de todos os colaboradores da empresa,pois dessa forma o objetivo da satisfação total dos clientes será não só alcançado mas mantido dia-após-dia na empresa. Tendo verificado através de levantamentos bibliográficos que os programas de qualidade quando inseridos na rotina da empresa e aplicados da maneira correta os objetivos serão alcançados dependendo da organização em médio e a longo prazo e os resultados positivos trará benefícios para a organização como um todo,como exemplo, layout adequado às necessidades da empresa, bem estar dos colaboradores por executarem seu trabalho em um ambiente limpo e organizado, clientes bem atendidos desde uma ligação 57 telefônica até a sua recepção pelos colaboradores de linha de frente na empresa. Também foi demonstrado na execução desse trabalho a importância da identificação das falhas do atendimento ao cliente e a solução das mesmas através do correto atendimento telefônico, que na maioria das vezes é o primeiro contato do cliente com a empresa e respeitando os prazos de entrega através da organização do tempo de maneira adequada com a demanda dos serviços. Com os programas de qualidade já inseridos na empresa de reparação automotiva, pode-se verificar que a sua eficácia é comprovada pelos benefícios a ela trazidos, o programa dos 5 S, citado nesse trabalho,mostra-se como uma ferramenta eficaz de organização de espaço, correta utilização dos recursos físicos da empresa, disciplina em manter a ordem e bem estar dos colaboradores conciliando de maneira harmônica a vida profissional e pessoal de cada um. Em fim a execução desse trabalho mostrou através dos exemplos práticos que toda a aplicação dos programas de qualidade nas empresas de reparação automotiva objetivou a satisfação total do cliente e a sua real importância dentro da empresa de reparação automotiva, pois todos os tópicos aqui apresentados como conceituação de qualidade, empresa e organização, além da eficiência na execução dos reparos automotivos somente terá seu real valor e seus objetivos alcançados se as necessidades e anseios dos clientes forem atendidos de acordo com as suas expectativas. Sugestões. Para que os programas de qualidade nas empresas de reparação automotiva possam ter sucesso garantido através de sua execução, é necessário que treinamentos em todos os seus colaboradores, desde a alta administração até o colaborador que executa as mais simples funções, possam ser aplicados constantemente, para que a busca pela qualidade não passe a ser percebida como modismo, algo que com o tempo se acaba, mas como bandeira a ser carregada todos os dias na empresa. Manter canais de comunicações eficazes na empresa, como os cartazes fixados nos murais, fornecendo aos colaboradores informações necessárias e de interesse coletivo,como exemplo: a divulgação de cursos de aperfeiçoamento, os investimentos que a empresa tem realizado, a conquista de um cliente potencial e reuniões periódicas objetivando a 58 integração dos colaboradores, ações simples como essas valorizam a equipe, transmitindo um sentimento de que o colaborador, não é apenas um simples executador de tarefas, mas um profissional que tem a sua importância necessária para o crescimento da empresa. 59 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARROS, Claudius. Excelência em Serviços. 2 ed. Rio de Janeiro: QualityMark,1999. 152 p. CANNIE, J.K; CAPLIN, D. Mantendo Clientes Fiéis e para Sempre. 3. ed. São Paulo: Madron, 1994. 135 p CASAS, Alexandre. Marketing de Serviços. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2002. 175 p CATALOGO, Bosch. Qualidade na Reparação Automotiva. 4 ed. Campinas. 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