plano municipal de arborização urbana de missal (pmam)

Transcrição

plano municipal de arborização urbana de missal (pmam)
PLANO MUNICIPAL DE
ARBORIZAÇÃO URBANA
DE MISSAL
(PMAM)
MISSAL
2015
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
PREFEITURA MUNICIPAL DE MISSAL
ADILTO LUIS FERRARI
Prefeito Municipal
HILÁRIO JACÓ WILLERS
Vice-Prefeito Municipal
PEDRO JUCELINO DA ROSA
Secretário de Agricultura e Meio Ambiente
RAFAEL MOGNOL
Diretor de Meio Ambiente
Coordenação Geral
PAMELA GALLAS BUCHE – Tecnóloga Ambiental
RAFAEL MOGNOL – Técnico em Meio Ambiente
Equipe Técnica Executiva do Plano
PAMELA GALLAS BUCHE – Tecnóloga Ambiental
RAFAEL MOGNOL – Técnico em Meio Ambiente
GUIDO JACÓ STEFFENS - Engenheiro Civil
ANOIR MENTZ - Jardineiro
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 9
1.1 HISTÓRICO DA ARBORIZAÇÃO NO MUNICÍPIO .................................... 10
1.2 IMPORTANCIA DA ARBORIZAÇÃO PARA O MUNICÍPIO ....................... 13
1.3 OBJETIVOS DO PMAM ............................................................................. 15
1.3.1 Objetivo Geral ......................................................................................... 15
1.3.2 Objetivos Específicos .............................................................................. 15
1.4 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO ........................................................ 16
1.4.1 Localização da Sede do Município .......................................................... 16
1.4.2 Altitude .................................................................................................... 17
1.4.3 Unidade Fitogeográfica ........................................................................... 18
1.4.4 Características Climáticas ....................................................................... 18
1.4.5 População ............................................................................................... 19
1.4.6 Características Socioeconômicas ........................................................... 19
1.4.7 Malha Urbana e Ruas Pavimentadas ...................................................... 21
1.4.8 Plano Diretor ........................................................................................... 23
2 DIAGNÓSTICO DE ARBORIZAÇAO URBANA DO MUNICÍPIO ................. 23
2.1 LEVANTAMENTO QUALI-QUANTITATIVO DA ARBORIZAÇÃO DAS
RUAS ............................................................................................................... 23
2.2 CARACTERÍSTICAS DA ARBORIZAÇÃO URBANA DO MUNICÍPIO ....... 24
2.2.1 Número total de Árvores.......................................................................... 24
2.2.2 Diversidades de espécies........................................................................ 26
2.2.3 Diâmetro médio ....................................................................................... 31
2.2.4 Porte ........................................................................................................ 32
2.2.5 Condições Fitossanitárias ....................................................................... 33
2.2.6 Presença de pragas ou doenças ............................................................. 33
2.2.7 Remoção Imediata de Árvores ................................................................ 34
2.2.8 Outras Remoções ................................................................................... 34
2.2.9 Tocos....................................................................................................... 35
2.2.10 Podas Drásticas .................................................................................... 36
2.2.11 Novos Plantios ...................................................................................... 39
2.2.12 Acessibilidade de Pedestres ................................................................. 41
2.3 ARBORIZAÇÃO ATUAL EM MISSAL ........................................................ 42
3 PLANEJAMENTO DA ARBORIZAÇÃO URBANA ...................................... 49
3.1 CRITERIOS PARA A ESCOLHA DE ESPÉCIES PARA A ARBORIZAÇÃO
......................................................................................................................... 49
3.2 CRITERIOS PARA DEFINIÇÃO DOS LOCAIS DE PLANTIO .................... 50
3.3 ESPAÇAMENTO E DISTANCIAS MÍNIMAS DE SEGURANÇA ENTRE
ÁRVORES E EQUIPAMENTOS URBANOS .................................................... 51
3.4 ESPÉCIES EXÓTICAS NÃO RECOMENDADAS PARA A ARBORIZAÇÃO
URBANA .......................................................................................................... 52
3.5 ESPÉCIES INDICADAS PARA A ARBORIZAÇÃO DE MISSAL ................ 52
3.5.1 Sibipiruna ................................................................................................ 53
3.5.2 Oiti ........................................................................................................... 55
3.5.3 Jacarandá Caroba ................................................................................... 57
3.5.4 Ipê Amarelo ............................................................................................. 58
3.5.5 Ipê Rosa .................................................................................................. 60
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
3.5.6 Ipê Roxo .................................................................................................. 61
3.5.7 Ipê Branco ............................................................................................... 63
3.5.8 Chapéu de Couro .................................................................................... 64
3.5.9 Magnólia .................................................................................................. 66
3.5.10 Guabiju .................................................................................................. 67
3.5.11 Cojoba ................................................................................................... 68
3.5.12 Araçá Vermelho ..................................................................................... 70
3.5.13 Resedá .................................................................................................. 71
3.5.14 Callistemon............................................................................................ 73
3.5.15 Manacá-da-serra ................................................................................... 74
3.4.16 Aroeira Salsa ......................................................................................... 76
3.4.17 Quaresmeira .......................................................................................... 78
3.5.18 Cerejeira ornamental ............................................................................. 79
3.5.19 Dilênia ................................................................................................... 81
3.5.20 Primavera .............................................................................................. 82
3.6 INDICAÇÃO DOS LOCAIS DE PLANTIO E DAS ESPÉCIES ESCOLHIDAS
......................................................................................................................... 84
4 IMPLANTAÇÃO DA ARBORIZAÇÃO URBANA ......................................... 86
4.1 CARACTERÍSTICAS DAS MUDAS ........................................................... 86
4.2 PRODUÇAO OU AQUISIÇÃO DE MUDAS................................................ 87
4.2.1 Viveiro Municipal ..................................................................................... 87
4.2.2 Equipe de Trabalho ................................................................................. 88
4.2.2.1 Responsáveis Técnicos........................................................................ 88
4.2.2.2 Funcionários do Viveiro Municipal ........................................................ 89
4.2.3 Aquisição de mudas para arborização urbana ........................................ 89
4.2.4 Experiência com mudas de arborização.................................................. 92
4.3 PROCEDIMENTOS DE PLANTIO E REPLANTIO ..................................... 95
4.4 FORMA DE PLANTO ................................................................................. 95
4.5 CAMPANHA DE CONSCIENTIZAÇAO AMBIENTAL ................................ 96
5 MANUTENÇÃO DE ARBORIZAÇÃO DAS RUAS ....................................... 96
5.1 PODA DE ÁRVORES ................................................................................. 96
5.1.1 Poda de Formação .................................................................................. 97
5.1.2 Poda de Condução .................................................................................. 97
5.1.3 Poda de Limpeza .................................................................................... 97
5.1.4 Poda de Correção ................................................................................... 98
5.1.5 Poda de Adequação ................................................................................ 98
5.1.6 Poda de Levantamento ........................................................................... 98
5.1.7 Poda de Emergência ............................................................................... 99
5.2 EPOCA DE PODA ...................................................................................... 99
5.3 EQUIPAMENTOS PARA PODA ................................................................. 99
5.4 DESTINAÇÃO FINAL DOS RESIDUOS DE PODA ................................. 100
5.5 REMOÇÃO E SUBSTITUIÇÃO DE ÁRVORES ........................................ 100
5.6 OUTRAS PRÁTICAS DE MANUTENÇÃO ............................................... 101
5.6.1 Adubação .............................................................................................. 101
5.6.2 Irrigação ................................................................................................ 102
5.6.3 Doenças e Pragas ................................................................................. 102
5.6.4 Fatores Estéticos ................................................................................... 102
6 MONITORAMENTO DAS ÁRVORES URBANAS ...................................... 102
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
7 GESTÃO DA ARBORIZAÇÃO URBANA ................................................... 103
8 INFORMAÇÕES FINAIS ............................................................................. 103
8.1 CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO ...................................................... 103
8.2 REFERENCIAS ........................................................................................ 105
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Desmatamento com fins de produção agrícola e agropecuária ...... 10
Figura 2 – Avenida Dom Geraldo Sigaud ......................................................... 11
Figura 3 – Primeira arborização na Avenida Dom Geraldo Sigaud .................. 11
Figura 4 – Avenida Dom Geraldo Sigaud ......................................................... 12
Figura 5 – Avenida Dom Geraldo Sigaud atualmente ...................................... 13
Figura 6 – Localização do Município de Missal no oeste do Paraná ................ 17
Figura 7 – Altitude do Município de Missal ....................................................... 17
Figura 8 – Unidade Fitogeográfica ................................................................... 18
Figura 9 – Mapa de ruas .................................................................................. 22
Figura 10 – Mapa de Zoneamento com a área da malha urbana..................... 22
Figura 11 - Espécies de maior ocorrência ........................................................ 28
Figura 12 - Oiti.................................................................................................. 29
Figura 13 – Alfeneiro ........................................................................................ 29
Figura 14 - Figueira Chilena ............................................................................. 29
Figura 15 – Murta ............................................................................................. 29
Figura 16 - Extremosa ...................................................................................... 30
Figura 17 – Mangueira ..................................................................................... 30
Figura 18 – Magnólia ........................................................................................ 30
Figura 19 - Chapéu de couro............................................................................ 30
Figura 20 - Sibipiruna ....................................................................................... 31
Figura 21 – Canela ........................................................................................... 31
Figura 22 - Árvore da espécie Murta plantada em passeio no Centro de Missal
......................................................................................................................... 35
Figura 23 – Mapeamento de tocos ................................................................... 37
Figura 24 - Tocos a serem removidos no passeio público ............................... 37
Figura 25 – Presença de tocos no passeio público .......................................... 38
Figura 26 – Toco sem necessidade de remoção.............................................. 38
Figura 27 – Local de novos plantios ................................................................. 40
Figura 28 – Rua com possibilidade de plantio .................................................. 41
Figura 29 – Acessibilidade ............................................................................... 42
Figura 30 – Passeio com falta de acessibilidade.............................................. 42
Figura 31 – Avenida Dom Geraldo Sigaud de arborização composta por
Sibipiruna ......................................................................................................... 43
Figura 32 – Árvores da espécie Mangifera indica na Avenida John Kennedy .. 44
Figura 33 – Mudas de Oiti na Avenida John Kennedy ..................................... 44
Figura 34 – Padronização da espécie Ligustrum vulgare em um trecho da Rua
7 de Setembro .................................................................................................. 45
Figura 35 – Padronização da espécie Licania tomentosa no outro lado do
trecho da Rua 7 de Setembro .......................................................................... 45
Figura 36 – Árvores da espécie Ligustrum vulgare na rua Flores da Cunha .... 46
Figura 37 – Árvores da espécie Murraya paniculata Sin. na Rua Flores da
Cunha ............................................................................................................... 46
Figura 38 – Arborização composta por Extremosa na Rua Paraná ................. 47
Figura 39 - Arborização composta pela Espécie Magnolia champaca na Rua
Nossa Senhora da Conceição .......................................................................... 47
Figura 40 – Raízes de Ficus............................................................................. 48
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
Figura 41 – Árvore da espécie Ficus benjamina no passeio ............................ 48
Figura 42 - Sibipiruna ...................................................................................... 53
Figura 43 – Oiti ................................................................................................. 55
Figura 44 - Jacarandá Caroba......................................................................... 57
Figura 45 – Ipê Amarelo ................................................................................... 59
Figura 46 – Ipê Rosa ........................................................................................ 60
Figura 47 - Ipê Roxo ........................................................................................ 62
Figura 48 – Ipê Branco ..................................................................................... 63
Figura 49 - Chapéu de Couro .......................................................................... 65
Figura 50 – Magnólia ........................................................................................ 66
Figura 51 – Guabiju .......................................................................................... 68
Figura 52 – Cojoba ........................................................................................... 69
Figura 53 - Araçá Vermelho ............................................................................ 70
Figura 54 – Resedá .......................................................................................... 72
Figura 55 – Escova-de-garrafa ......................................................................... 73
Figura 56 - Manacá-da-serra ........................................................................... 75
Figura 57 – Chorão .......................................................................................... 77
Figura 58 – Quaresmeira ................................................................................. 78
Figura 59 – Cerejeira ornamental ..................................................................... 80
Figura 60 - Dilênia ........................................................................................... 82
Figura 61 – Primavera ...................................................................................... 83
Figura 62 – Localização do Viveiro Municipal .................................................. 87
Figura 63 – Vista frontal do Viveiro Municipal .................................................. 87
Figura 64 – Canteiros do Viveiro Municipal ...................................................... 88
Figura 65 – Acondicionamento das mudas para transporte ............................. 90
Figura 66 – Produção de mudas em tubetes ................................................... 90
Figura 67 – Porte ideal de muda e coveamento ............................................... 93
Figura 68 – Detalhes do plantio da muda ......................................................... 94
Figura 69 – Árvores com área impermeabilizada (certo) e não impermeabilizada
(errado) ............................................................................................................ 94
Figura 70 – Forma correta de canteiro ............................................................. 95
Figura 71 – Forma incorreta de plantio com mureta......................................... 95
Figura 72 – Área de destinação de resíduos de podas .................................. 100
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Posição Geográfica do Município de Missal ................................... 17
Tabela 2 - Evolução Populacional de Missal .................................................... 19
Tabela 3 – Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) ................................ 19
Tabela 4 – Taxa bruta de natalidade ................................................................ 20
Tabela 5 – Taxa de analfabetismo ................................................................... 20
Tabela 6 – Taxa de rendimento educacional.................................................... 20
Tabela 7 – Taxa de crescimento geométrico populacional .............................. 20
Tabela 8 – Renda Média Domiciliar per capita ................................................. 21
Tabela 9 – Valor bruto nominal da produção agrícola ...................................... 21
Tabela 10 – Descrição dos pontos cadastrados............................................... 24
Tabela 11 – Descrição das Árvores cadastradas por ruas ............................... 25
Tabela 12 - Relação de todas as espécies arbóreas encontradas e
diagnosticadas no Centro de Missal com as respectivas quantidades
frequências ....................................................................................................... 26
Tabela 13 - Relação das principais espécies e suas características fenológicas
......................................................................................................................... 28
Tabela 14 - Relação dos diâmetros das Árvores com as respectivas
quantidades e frequências ............................................................................... 31
Tabela 15 - Relação de todas as espécies arbóreas de Missal classificadas
quanto ao seu porte ......................................................................................... 32
Tabela 16 - Relação das dez espécies mais ocorrentes de Missal classificadas
quanto ao seu porte ......................................................................................... 32
Tabela 17 - Relação de todas as espécies arbóreas de Missal classificadas
quanto as suas condições fitossanitária ........................................................... 33
Tabela 18 - Relação de todas as espécies arbóreas de Missal classificadas
quanto a presença de pragas ........................................................................... 33
Tabela 19 – Frequência de espécies a serem removidas ................................ 34
Tabela 20 – Tocos encontrados no passeio público ........................................ 36
Tabela 21 – Árvores a serem plantadas ........................................................... 39
Tabela 22 – Espécies arbóreas exóticas não recomendadas para a arborização
urbana .............................................................................................................. 52
Tabela 23 – Locais de plantio e espécies escolhidas....................................... 84
Tabela 24 – Mudas produzidas no viveiro municipal ........................................ 91
Tabela 25 – Gestão do PMAM ....................................................................... 103
Tabela 26 – Execução das atividades pertinentes ao PMAM ........................ 104
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
9
1 INTRODUÇÃO
A arborização urbana é um quesito importante para proporcionar um
ambiente físico saudável e está relacionada com a presença de espécies
vegetais em espaços públicos como parques, ruas, avenidas, jardins e praças.
Atua sobre o conforto humano no ambiente por meio das características
naturais das espécies, sendo desta maneira, um tema que vem se destacando
nas discussões sobre os problemas das cidades, na busca de maior qualidade
de vida para a população (WESTPHAL, 2000).
O processo de evolução da ocupação e uso do solo urbano, sem um
planejamento adequado, utilizando os recursos sem se preocupar com sua
manutenção ocorreu na grande maioria das cidades brasileiras. Para Pivetta &
Silva Filho (2002) um desses fatores foi o êxodo rural, a troca do meio rural
pelo urbano.
Essa falta de planejamento na formação das cidades acarretou no
crescimento sem a infraestrutura adequada em diversos setores, entre eles a
arborização urbana, objeto desse Plano, de onde serão definidas medidas
mitigadoras e compensatórias do ambiente urbano no reestabelecimento da
relação entre o homem e o meio natural, além de um planejamento adequado
que deverá ser revisto considerando diversos fatores do espaço que está
inserido.
Dessa forma, o Plano Municipal de Arborização Urbana de Missal
(PMAM) pode ser entendido como o conjunto de métodos e medidas adotados
para a preservação, manejo e expansão das árvores nas cidades, de acordo
com as demandas técnicas pertinentes e as manifestações de interesse das
comunidades locais.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
10
1.1 HISTÓRICO DA ARBORIZAÇÃO NO MUNICÍPIO
A região onde se encontra o Município de Missal era originalmente
coberta pela mata pluvial subtropical. Conforme a Escritora Gisela Lunkes,
Missal teve sua área florestada reduzida em grande parte a partir da segunda
metade do Século XX, com o desmatamento destinado a possibilitar o uso da
terra para a exploração agrícola e pecuária.
Figura 1 – Desmatamento com fins de produção agrícola e agropecuária
Fonte: LUNKES (2015)
Em relação à vegetação na área urbana de Missal, no que se refere à
arborização dos logradouros públicos, a mesma se restringe às vias da área do
projeto original de Missal abertas quando da fundação da Cidade. A Avenida
Dom Geraldo Sigaud e as ruas foram planejadas, traçadas e aos poucos
executadas conforme plano da Sipal Colonizadora.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
11
Figura 2 – Avenida Dom Geraldo Sigaud
Fonte: LUNKES (2015)
Na segunda metade da década de 60, quando Missal era distrito de
Medianeira foram plantadas mudas de Alfeneiro e Primavera na Avenida Dom
Geraldo Sigaud. Nas demais ruas ou passeios, não houve planejamento
quanto à arborização e os donos dos lotes plantavam árvores de forma
desordenada, sem cuidado quanto à fiação da energia elétrica que foi
implantada em 1972. A avenida e ruas aos poucos foram cascalhadas e anos
mais tarde asfaltadas. As árvores cresceram e muitas tiveram que ser podadas,
devido aos postes e iluminação da rede pública.
Figura 3 – Primeira arborização na Avenida Dom Geraldo Sigaud
Fonte: Museu Municipal
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
12
Missal se emancipou do Município de Medianeira, no ano de 1983. Na
primeira Administração, do Prefeito Luciano Kreutz, decidiu-se tirar todas as
árvores da Avenida Dom Geraldo Sigaud, o que gerou muita polêmica, uns a
favor, outros contra.
No passeio central da Avenida foram plantadas Sibipiruna e grama. O
plantio contou com a participação de Bonifácio Hendges, Rudi Schwarzer,
Anoir Mentz e Adão Motta.
No passeio os moradores plantavam árvores a seu critério, sem
orientação. Alguns das árvores plantadas foram ipê, manga e plantas
ornamentais.
Figura 4 – Avenida Dom Geraldo Sigaud
Fonte: Museu Municipal
Com relação à praça Eugênio Schneiders, situada defronte à igreja
matriz, na qual a cobertura vegetal pode ser considerada satisfatória, levando
em conta o fato de se tratar de um espaço público destinado sobretudo à
recreação infantil, nos passeios foram plantadas grama e árvores diversas, nas
quais o Lions Club colocou placa com o nome da referida árvore.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
13
Segundo a Secretaria de Planejamento, a praça foi projetada em 1987
pela arquiteta Carmen Lúcia Pezzette Loro. A execução e as marcações das
árvores e plantio estiveram sob responsabilidade do Engenheiro Civil Guido
Jacó Steffens e do Diretor de Serviços Urbanos da época, Claudino
Chalmanchlager.
Atualmente as árvores da Avenida Dom Geraldo Sigaud, Sibipirunas,
estão muito altas, necessitando de podas, pois além de algumas estarem
danificadas, elas também atingem a rede elétrica.
Figura 5 – Avenida Dom Geraldo Sigaud atualmente
1.2 IMPORTANCIA DA ARBORIZAÇÃO PARA O MUNICÍPIO
Loboda e De Angelis (2005) apresenta inúmeros benefícios de uma
arborização urbana bem planejada e implantada, sendo eles:
Composição atmosférica urbana:

Redução da poluição por meio de processos de oxigenação - introdução
de excesso de oxigênio na atmosfera;
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
14

Purificação do ar por depuração bacteriana e de outros microrganismos;

Ação purificadora por reciclagem de gases em processos fotossintéticos;

Ação purificadora por fixação de gases tóxicos;

Ação purificadora por fixação de poeiras e materiais residuais.
Equilíbrio solo-clima-vegetação:

Luminosidade e temperatura: a vegetação, ao filtrar a radiação solar,
suaviza as temperaturas extremas;

Enriquecimento da umidade por meio da transpiração da fitomassa (300
- 450 ml de água/metro quadrado de área);

A estabilidade microclimática, isto e, uma cidade adequadamente
arborizada apresenta um clima mais ameno, sem grandes variações de
temperatura;

Umidade e temperatura: a vegetação contribui para conservar a
umidade dos solos, atenuando sua temperatura;

Redução na velocidade dos ventos;

Mantém a permeabilidade e a fertilidade do solo;

Embora
somente
parte
da
pluviosidade
precipitada
possa
ser
interceptada e retida pela vegetação em ambientes urbanos, esta
diminui o escoamento superficial de áreas impermeabilizadas;

Abrigo à fauna existente;

Influencia no balanço hídrico.
Atenuante dos níveis de ruído:

A redução da poluição sonora através do amortecimento das ondas de
som por barreiras verdes e pelas copas das Árvores;
Melhoria da estética urbana:

Transmite bem estar psicológico, em calçadas e passeios;

Quebra da monotonia da paisagem das cidades, causada pelos grandes
complexos de edificações, criando diferentes sensações durante as
épocas do ano devido as épocas de floração multicores.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
15

Valorização visual e ornamental do espaço urbano;

Caracterização e sinalização de espaços, constituindo-se em um
elemento de interação entre as atividades humanas e o meio ambiente.
1.3 OBJETIVOS DO PMAM
1.3.1 Objetivo Geral
Planejar e replanejar a arborização do Município de Missal, a partir do
diagnóstico de situação atual, com posterior implantação de sistema de
monitoramento mensal através de vistoria nas ruas do Município.
1.3.2 Objetivos Específicos

Cadastrar todas as árvores localizadas nos Logradouros Públicos em
calçadas de Ruas, Avenidas, Praças e canteiros centrais;

Diagnosticar a arborização de todos os bairros do Município;

Identificar as Árvores que necessitam de tratamento ou providencias
imediatas de conservação;

Buscar informações sobre as comunidades locais visando o apoio das
mesmas no plantio, conservação e manutenção de novas mudas a
serem plantadas defronte seus imóveis, a fim de compatibilizar e
harmonizar a implementação da arborização;

Realizar levantamento das características físicas dos bairros a serem
arborizados;

Definir a forma de arborização de novos parcelamentos realizados no
Município;
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
16

Treinar e capacitar mão-de-obra especializada responsável pelas
atividades de poda do Município;

Implantar a arborização das ruas de acordo com normas técnicas
adequadas de forma a assegurar o pleno desenvolvimento das mudas;

Estabelecer um ambiente agradável do ponto de vista ecológico e
paisagístico;

Determinar espécies adequadas para plantio e definir cronograma de
ação;

Fortalecer o programa de produção de mudas no viveiro compatível com
a expansão da arborização urbana;

Desenvolver programas e projetos em parceria com escolas e
associações com vistas na coleta de mudas, plantio, manutenção,
proteção, monitoramento e cadastramento;

Criar equipe especializada a fim de monitorar continuamente os plantios,
podas e retiradas e elaboração de programas de educação ambiental a
fim de conscientizar a comunidade em geral da importância da
arborização do meio urbano.
1.4 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
1.4.1 Localização da Sede do Município
O Município de Missal fica localizado no Oeste do Estado do Paraná, e
faz divisa com os Municípios de Santa Helena, a Norte, Itaipulandia, Sul e
Oeste, Medianeira, Sul e Leste e Ramilandia a Leste.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
17
Figura 6 – Localização do Município de Missal no oeste do Paraná
Fonte: Wikipédia (2015)
1.4.2 Altitude
Podemos observar a Posição geográfica do Município na Tabela 1 e na
Figura 7.
Posição Geográfica
Altitude (m)
Latitude
Longitude
Informação
328
25º 05’ 31’’ S
54º 14’ 51” W
Tabela 1 – Posição Geográfica do Município de Missal
Fonte: IPARDES (2015)
Figura 7 – Altitude do Município de Missal
Fonte: Google (2015)
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
18
1.4.3 Unidade Fitogeográfica
Missal
pertence
a
unidade
fitogeográfica
Floresta
Estacional
Semidecidual – Submontana, conforme Figura 8.
Figura 8 – Unidade Fitogeográfica
Fonte: Instituto de Terras Cartografia e Geociências (2015)
1.4.4 Características Climáticas
O Município de Missal tem o clima subtropical úmido mesotérmico. Seus
verões são quentes com tendência a concentração das chuvas e com
temperatura média superior a 22° C. O inverno, com geadas pouco frequentes,
apresenta temperatura média inferior a 18° C. Não há estação seca definida. O
índice pluviométrico médio anual é 1.788 milímetros (WIKIPEDIA, 2015).
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
19
1.4.5 População
A população estimada em 2014 para Missal foi de 10.830 habitantes,
segundo IBGE (2014).
MISSAL
População Sede Urbana
Taxa de Crescimento Geom. Populacional Urbana
(%)
População Distritos
População Rural
Taxa de Crescimento Geom. Populacional (%)
TOTAL
Taxa de Crescimento Geom. Populacional (%)
IDM-M
1991
3.679
n.d
2000
4.248
1,61
2010
4.498
0,58
2043
5.966
0,81
6.693
n.d
10.372
n.d
0,487
724
5.461
-7,07
10.433
0,05
0,658
922
5.054
-1,73
10.474
0,03
0,711
1.206
4.658
-0,24
11.830
0,45
-
Tabela 2 - Evolução Populacional de Missal
Fonte: IBGE (2010); Sanepar (2014); IPARDES (2015)
1.4.6 Características Socioeconômicas
Segundo IPARDES (2015), a economia municipal é baseada no setor
primário, representado principalmente pela produção de soja, milho e pela
criação de gado e aves para corte.
O índice de Desenvolvimento Humano do Município (IDH-M) de Missal
era de 0,711 em 2010. O Produto Interno Bruto (PIB) per capita do Município,
em 2012, era de R$ 17,191,00 (IPARDES, 2015).
Informação
Índice de desenvolvimento humano (IDH-M)
IDHM - Longevidade
Esperança de vida ao nascer
IDHM – Educação
Escolaridade da população adulta
Fluxo escolar da população jovem (Frequência
escolar)
IDHM – Renda
Renda per capita
Classificação na unidade da federação
Classificação nacional
Tabela 3 – Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M)
Fonte: IBGE (2010); IPARDES (2015)
Índice
0,711
0,828
74,66
0,608
0,42
0,714
678,96
174
1.574
Unidade
Anos
R$ 1,00
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
20
A taxa bruta de natalidade de Missal está apresentada na Tabela 4.
Taxa Bruta de Natalidade
12,39
Mil habitantes
Tabela 4 – Taxa bruta de natalidade
Fonte: IBGE (2013); SESA-PR (2013), IPARDES (2015)
Na Tabela 5 podemos observar a taxa de analfabetismo segundo a faixa
etária.
Faixa Etária (anos)
De 15 ou menos
De 15 a 19
De 20 a 24
De 25 a 29
De 30 a 39
De 40 a 49
De 50 e mais
Taxa (%)
5,60
1,07
1,59
1,95
3,28
4,44
10,83
Tabela 5 – Taxa de analfabetismo
Fonte: IBGE (2010); IPARDES (2015)
E ainda, na Tabela 6, temos a taxa de rendimento educacional nos
Ensinos Fundamental e Médio.
Tipo de Ensino
Fundamental
Anos iniciais (1° a 5° ano)
Anos finais (6° a 9° ano)
Médio
Aprovação (%)
90,9
97,7
83,1
84,4
Reprovação (%)
8,7
2,3
16,0
6,9
Abandono (%)
0,4
0,9
8,7
Tabela 6 – Taxa de rendimento educacional
Fonte: MEC/INEP (2014); SEED-PR (2014); IPARDES (2015)
A taxa de crescimento geométrico populacional segundo tipo de
domicilio pode ser observada na Tabela 7.
Tipo de Domicílio
Urbano
Rural
Total
Taxa de Crescimento (%)
0,87
-0,77
0,04
Tabela 7 – Taxa de crescimento geométrico populacional
Fonte: IBGE (2010); IPARDES (2015)
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
21
A média das rendas domiciliares per capita das pessoas residentes em
Missal do ano de 2010 pode ser observado na Tabela 8.
Renda Média Domiciliar per capita
641,34
R$ 1,00
Tabela 8 – Renda Média Domiciliar per capita
Fonte: IBGE (2010); IPARDES (2015)
Podemos observar também, na Tabela 9, o valor bruto nominal da
produção agrícola.
Tipo de Produção
Agrícola
Florestais
Pecuária
TOTAL
Valor Nominal (R$ 1,00)
101.322.644,81
346.129,00
153.316.037,58
254.984.811,39
Tabela 9 – Valor bruto nominal da produção agrícola
Fonte: SEAB/DERAL (2013); IPARDES (2015)
1.4.7 Malha Urbana e Ruas Pavimentadas
A área urbana compreendida no estudo apresenta 2 ruas de terra, 14
ruas inteiras e mais trechos de outras 7 ruas pavimentadas com pedra irregular
e as demais ruas pavimentadas com asfalto, conforme Figura 9. Em vermelho
temos as ruas de terra, em azul as ruas pavimentadas com pedra irregular e
em amarelo as ruas pavimentadas com asfalto.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
22
Figura 9 – Mapa de ruas
A Figura 10 apresenta o Mapa de Zoneamento da área urbana do
Município tendo em vermelho a Zona Comercial, em laranja a Zona Residencial
1, em amarelo a Zona Residencial 2, em verde a Zona de Expansão, em azul
Celeste a Zona Especial e em azul a Zona Industrial.
Figura 10 – Mapa de Zoneamento com a área da malha urbana
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
23
1.4.8 Plano Diretor
O Plano Diretor do Município de Missal foi instituído em 2005 e envolveu
numerosos levantamentos e estudos voltados à caracterização do território,
através de uma abordagem de caráter estrutural, da mesma forma
investigações sobre os processos de desenvolvimento do município e de
evolução das condições de vida da população, constituiu-se também uma
abordagem de cunho histórico. O Plano Diretor é composto por um conjunto
de leis conforme segue:
728/2005 - Plano Diretor de Uso e Ocupação do Solo;
729/2005 - Dos Perímetros Urbanos de Missal;
730/2005 - Do Uso e Ocupação do Solo;
731/2005 - Sistema Viário;
732/2005 - Parcelamento do Solo;
733/2005 - Edificações;
734/2005 - Código de Posturas.
Em 2009 e 2015 foram feitas revisões do Plano Diretor para adequação
de inconsistências detectadas.
2 DIAGNÓSTICO DE ARBORIZAÇAO URBANA DO MUNICÍPIO
2.1 LEVANTAMENTO QUALI-QUANTITATIVO DA ARBORIZAÇÃO DAS
RUAS
Para a realização do Plano Municipal de Arborização Urbana de Missal
(PMAM) foi realizado um diagnostico quali-quantitativo das Árvores urbanas
existentes no Município.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
24
O inventario para Missal foi total, pois o Município apresenta pequena
malha urbana. Os resultados foram analisados através de gráficos e tabelas
totais e das dez espécies mais frequentes.
As informações foram coletadas através de ficha de inventário, conforme
Anexo I. O modelo seguido foi o proposto pelo Manual para Elaboração do
Plano Municipal de Arborização Urbana organizado pelo Ministério Público do
Estado do Paraná (MP-PR). Cada Árvore possui uma numeração própria
associada a uma foto e ao inventario da mesma.
Após a realização do levantamento a campo no Município de Missal foi
possível analisar as informações obtidas do cadastramento, a fim de visualizar
aquelas de maior relevância. Os resultados foram agrupados, quantificados e
analisados baseados em estatística básica, de forma a elaborar tabelas e
gráficos tornando-os passíveis de interpretação e posterior discussão.
2.2 CARACTERÍSTICAS DA ARBORIZAÇÃO URBANA DO MUNICÍPIO
2.2.1 Número total de Árvores
O cadastramento abordou apenas o Centro do Município. Os bairros
serão abordados na primeira revisão do Plano previsto para 2016. Foram
identificados 3532 pontos. Os pontos são diferenciados em: árvores, tocos e
novos plantios, caracterizando-se em: 2698 árvores (77%), 292 tocos a serem
removidos (8%) e 542 novos plantios (15%), conforme Tabela 10.
Dados
Pontos cadastrados
Árvores
Necessidade de Manejo
Remoções de tocos
Novos plantios
Tabela 10 – Descrição dos pontos cadastrados
Quantidade
3532
2250
448
292
542
Percentual
100
64
13
8
15
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
25
Dentro do número de árvores encontradas (2698), verificamos a
necessidade de manejo de 448 árvores, o que perfaz um percentual de 17%
das árvores existentes. Nesse item “Necessidade de manejo” estão as árvores
com necessidade de substituição imediata, outras que necessitam de podas e
aquelas que necessitam de tratamento.
Das remoções se justificam pela situação que as mesmas se encontram,
podendo cair naturalmente, trazendo riscos aos pedestres e veículos que
circulam por estes locais, por estarem senescentes ou mortas.
Rua
Paraná
Nossa Senhora da Luz
Av. John Kennedy
Leopoldo Hennemann
Marechal Deodoro
1° Abril
Marechal Floriano Peixoto
Travessa Prof. Valesca
Do Sossego
Rio Branco
Da Providencia
Justino Graeff
Av. Dom Geraldo Sigaud
Brasil
Santo Cristo
Santa Cruz
Flores da Cunha
13 de Maio
Rui Barbosa
Do Imigrante
25 de Julho
Do Bosque
Nossa Senhora da Conceição
Dom Pedro I
7 de Setembro
Marechal Castelo Branco
Cerro Largo
Itapiranga
Tiradentes
Brasília
Total
Tabela 11 – Descrição das Árvores cadastradas por ruas
Árvores Cadastradas
223
105
144
43
34
6
54
5
3
20
9
8
166
39
58
236
222
40
50
119
59
54
157
230
142
154
132
65
50
71
2698
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
26
2.2.2 Diversidades de espécies
No cadastramento foram catalogadas 2698 árvores, totalizando 68
diversas espécies arbóreas (Tabela 12).
Espécie encontrada
Alfeneiro - Ligustrum
japonicum
Sibipiruna - Caesalpinia pluviosa
var. peltophoroides
Oiti - Licania tomentosa
Murta - Murraya paniculata
Dilênia - Dilenia indica
Canela - Nectandra sp.
Chapéu de Couro
Jambo Amarelo - Syzygium jambos (L.) Alston
Pingo de Ouro - Duranta repens L.
Limão - Citrus lemon (L.) Burm. f.
Tipuana - Tipuana tipu (Benth.) Kuntze
Flamboyant - Delonix regia Rafin
Figueira Chilena
Mangueira - Mangifera indica
Cinamomo - Melia azedarach
Brinco de Indio Sete Copas - Terminalia catappa
Escova de Garrafa - Callistemon citrinus (Curtis)
Skeels
Extremosa - Lagerstroemia indica L.
Jasmim Manga - Plumeria rubra L.
Carambola - Averrhoa carambola L.
Goiabeira - Psidium guajava L.
Brasileirinha
Hibisco Amarelo - Malvaviscus rosa-sinensis L.
Hibisco Vermelho - Malvaviscus rosa-sinensis L.
Fruta de Conde - Annona squamosa L.
Camélia
Ficus - Ficus benjamina L.
Palmeira Cica
Magnólia - Michelia champaca L.
Cipreste tuia - Cupressus sp.
Pitanga - Eugenia uniflora L.
Palmeira Triangular - Dypsis decary (Jum.)
Beentje & J. Dransf.
Ipê Verde
Amora
Três Marias
Quantidade
207
Frequência (%)
7,67
634
23,51
642
146
16
60
45
1
6
3
26
1
83
410
3
28
25
23,83
5,41
0,59
2,25
1,68
0,03
0,22
0,11
1,02
0,03
3,07
15,19
0,11
1,03
0,96
9
0,33
79
3
3
4
3
2
8
2
3
16
2
54
4
6
17
2,96
0,11
0,11
0,14
0,11
0,07
0,29
0,07
0,11
0,62
0,07
2,03
0,14
0,22
0,63
4
3
2
0,14
0,11
0,07
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
27
Cedro - Cedrela fissilis Vell.
Abacate - Persea americana
Palmeira Real - Roystonea borinqueana
Aroeira Salsa - Schinus molle L.
Manacá-da-Serra - Tibouchina mutabilis (Vell.)
Cogn.
Ipê Amarelo - Tabebuia vellosoi Tol.
Palmeira leque da china
Coqueiro - Cocos nucifera L.
Jaca - Artocarpus heterophylla L.f.
Palmeira Areca - Dypsis lutescens (H. Wendl.)
Palmeira Fênix - Phoenix roebelenii O’Brien
Ingá - Inga sp.
Nêspera - Eriobotrya japonica
(Thumb.) Lindl.
Jabuticaba
Cravo
Flor-do-deserto
Açoca
Pata-de-Vaca - Bauhinia variegata L.
Pêssego
Sete Capotes
Peroba - Aspidosperma polyneuron Müll. Arg.
Cipreste - Cupressus sp.
Maracujá-de-flor-vermelha
Acácia Amarela
Jamelão - Syzygium cumini (L.) Skeels
Quaresmeira - Tibouchina granulosa (Desr.)
Cogn.
Cajarana
Ipê Roxo - Tabebuia impetiginosa (Mart. ex DC.)
Standl.
Chuva-de-Ouro - Cassia fistula L.
Hibisco Rosa - Malvaviscus rosa-sinensis L.
Primavera
Algodoeiro - Heliocarpus americanus L.
Total
1
2
7
8
12
0,03
0,07
0,25
0,29
0,44
19
2
17
2
3
2
4
7
0,70
0,07
0,63
0,07
0,11
0,07
0,14
0,25
13
1
2
1
2
1
1
2
3
1
2
1
3
0,48
0,03
0,07
0,03
0,07
0,03
0,03
0,07
0,11
0,03
0,07
0,03
0,11
1
9
0,03
0,34
1
1
6
1
2698
0,03
0,03
0,22
0,03
100,00
Tabela 12 - Relação de todas as espécies arbóreas encontradas e diagnosticadas no Centro
de Missal com as respectivas quantidades e frequências.
No Figura 11 podemos observar as 10 (dez) espécies de maior
ocorrência em Missal.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
28
700
600
500
400
300
200
100
Magnólia
Extremosa
Mangueira
Figueira Chilena
Chapéu de Couro
Canela
Murta
Oiti
Sibipiruna
Alfeneiro
0
Figura 11 - Espécies de maior ocorrência
As 10 espécies mais frequentes encontradas em Missal foram estudadas
quanto às suas características fenológicas. Abordou-se os aspectos de caráter
qualitativo onde foram levantadas as épocas onde ocorrem as fenofases.
Estudou-se a fenologia através da floração, cor da flor, frutificação e cor dos
frutos das espécies citadas na tabela 13.
Espécie
Sibipiruna –
Caesalpina pluviosa
var. peltophoroides
Oiti – Licania
tomentosa
Alfeneiro - Ligustrum
japonicum Thunb.
Murta - Myrtus
paniculata L.
Canela- Nectandra
saligna
Chapéu de Couro
Figueira Chilena
Mangueira - Mangifera
indica L.
Extremosa Lagerstroemia indica
Magnólia - Michelia
champaca
Época de
floração
ago. –
nov.
Cor da flor
Época de maturação
dos frutos
jul. – set
Cor do
fruto
Castanho
jul. – ago
jan. – mar
Amarelo
-
Amarelorosada
-
-
-
Out - jan
Branca
Mar - jun
-
Out - dez
Branca
Nov - jan
Preta
jun-set
Róseas ou
esverdeadas
Branca ou
rosa
Amarela
nov-fev
Verde
-
-
fev-mai
-
out-mar
nov-fev
Amarelo e
marrom
Tabela 13 - Relação das principais espécies e suas características fenológicas.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
29
Abaixo, podemos verificar as imagens das dez espécies mais
encontradas no Município de Missal.
Mut
Figura 12 - Oiti
Figura 13 - Alfeneiro
Figura 14 - Figueira Chilena
Figura 15 – Murta
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
30
Figura 16 - Extremosa
Figura 18 - Magnólia
Figura 17 - Mangueira
Figura 19 - Chapéu de couro
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
31
Figura 20 - Sibipiruna
Figura 21 - Canela
2.2.3 Diâmetro médio
Conforme Tabela 14 podemos observar que a maior frequência de
diâmetros médios encontrados no diagnóstico foi para diâmetros entre um e
dois metros, seguido de diâmetro de meio a um metro.
Diâmetro
Muda
< 0,5
0,5 a 1
< 1 a <2
>2
Quantidade
395
359
838
1022
84
Frequência
14,65
13,30
31,06
37,88
3,11
Tabela 14 - Relação dos diâmetros das Árvores com as respectivas quantidades e frequências.
Com o diagnostico podemos observar também que a parcela de mudas
no passeio é grande, representando 14,65% ou 395 mudas. Esse valor mostra
que está havendo uma intensa troca de Árvores velhas e inadequadas por
espécies adequadas para o plantio no passeio urbano.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
32
2.2.4 Porte
Para a classificação das árvores quanto ao porte, considerou-se como
referência a altura das fiações aéreas de energia elétrica, sendo as árvores de
Baixo Porte aquelas com altura máxima de 4 metros, que não atingiram a altura
que possa interferir na rede elétrica de baixa tensão. Para o Porte Médio,
considerou-se a altura entre 5 e 7 metros de altura, sendo aquelas que podem
atingir a rede elétrica de baixa tensão, mas que ainda não atingem a rede de
alta tensão. Para o Porte Alto, considerou-se a altura acima de 7 metros, altura
esta em que a árvore está próxima ou acima da rede aérea de alta tensão.
Na tabela 15 foram relacionados os dados para toda a arborização em
relação ao porte das Árvores encontradas. Podemos observar que 53,79%
delas são de Porte Alto.
Porte
Pequeno
Médio
Grande
Quantidade
264
983
1451
Frequência
9,78
36,43
53,79
Tabela 15 - Relação de todas as espécies arbóreas de Missal classificadas quanto ao seu
porte
Para as 10 (dez) espécies mais ocorrentes, foi realizada um estudo
separado, onde podemos verificar um equilíbrio em sua frequência em relação
as espécies, porém se levar em conta a quantidade de Árvores de cada
espécie, temos uma maior frequência de Árvores de porte alto, somando um
total de 55% das 10 (dez) espécies mais ocorrentes.
Espécie
Alfeneiro
Sibipiruna
Oiti
Murta
Canela
Chapéu de Couro
Figueira Chilena
Mangueira
Extremosa
Magnólia
Porte
Alto
Alto
Médio
Pequeno
Médio
Médio
Médio
Alto
Pequeno
Alto
Tabela 16 - Relação das dez espécies mais ocorrentes de Missal classificadas quanto ao seu
porte
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
33
2.2.5 Condições Fitossanitárias
Para classificarmos as árvores quanto às Condições Fitossanitárias, as
mesmas foram classificadas em boa, regular e ruim, sendo:
Árvore boa: Vigorosa, que não apresenta sinais de pragas, doenças ou
injúrias mecânicas e não requer trabalhos de correção;
Árvore regular: Podendo apresentar pequenos problemas de praga, doenças
ou danos físicos;
Árvore ruim: Que apresenta estado geral em declínio e pode apresentar
severos danos por pragas, doenças ou danos físicos.
Condição Fitossanitária
Boa
Regular
Ruim
Quantidade
2367
110
221*
Frequência
87,73
4,08
8,19*
Tabela 17 - Relação de todas as espécies arbóreas de Missal classificadas quanto as suas
condições fitossanitária
*As Árvores mortas encontram-se nessa classificação.
Na tabela 17, relacionaram-se os dados para toda a arborização onde se
verifica que a maioria das árvores são classificadas como árvores boas (87,73),
seguida por Árvores ruins (8,19) e regulares (4,08).
As árvores cujas remoções imediatas foram recomendadas estão
classificadas
como
Ruim.
As
árvores
classificadas
como
Condição
Fitossanitária Regular não tem indicação de remoção. Entretanto, a
classificação nos dá um indicativo de um monitoramento frequente na árvore a
fim de verificar a sua situação e necessidade de qualquer tipo de intervenção.
2.2.6 Presença de pragas ou doenças
Presença de Pragas
Sim
Não
Quantidade
45
2653
Frequência
1,66
98,34
Tabela 18 - Relação de todas as espécies arbóreas de Missal classificadas quanto a presença
de pragas
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
34
Podemos observar na Tabela 18 que 45 Árvores foram encontradas com
pragas e necessitam de intervenção. Esse número representa apenas 1,66%
do total, mas é necessário um monitoramento dessas Árvores pois elas podem
estar ocas e causarem prejuízos se não forem tratadas com antecedência.
2.2.7 Remoção Imediata de Árvores
Com o cadastramento, constatou-se a necessidade de manejo de 448
árvores, que apresentavam condições biológicas debilitadas, necessidade de
poda, senescência ou Árvores mortas.
Espécie a ser removida
Quantidade
Frequência (%)
Murta
146
5,41
Tabela 19 – Frequência de espécies a serem removidas
Verificou-se que 24%, ou 146 árvores, apresentavam condições
biológicas debilitadas, pois são da espécie Murta – Murraya paniculata L. A Lei
7823 de 08/10/2008 dispõe:
Art. 1º Fica proibida, em todo o território do Estado do Paraná, o
plantio, comércio, transporte e produção da planta Murta (Murraya
paniculata), por ser este vegetal um dos principais hospedeiros da
bactéria Candidatus liberibacter ssp., disseminada pelo inseto vetor
Diaphorina citri, transmissor da praga denominada Huanglongbing
(HLB - Greening).
A bactéria encontrada na murta é transmitida por um pequeno inseto que
leva a seiva contaminada até as Árvores frutíferas. Quando contaminadas as
árvores cítricas ficam com os ramos amarelados, apresentando sintomas
semelhantes à deficiência de minerais. Uma vez com a doença, a árvore sofre
desfolha intensa, queda dos frutos e seca dos ponteiros. Suas folhas
apresentam manchas amarelas e engrossamento das nervuras que tendem a
clarear.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
35
Já os frutos ficam com manchas e formas assimétricas. Por dentro
podem ser observadas sementes abortadas e má formação. A única solução
para a planta cítrica contaminada é o corte, uma vez que, não existe nenhuma
poda ou enxerto resistente à doença (ADAPAR, 2015).
Figura 22 - Árvore da espécie Murta plantada em passeio no Centro de Missal
2.2.8 Outras Remoções
Foram identificadas também outras remoções por diversos motivos,
entre eles Árvores secas, Árvores senescentes, Árvores com ocamento
aparente, Árvores com sistema radicular superficial exposto causando danos
significativos ao passeio público, Árvores plantadas em locais inadequados e
Árvores inadequadas para plantio em passeio público.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
36
2.2.9 Tocos
Foram identificados 292 tocos com necessidade de remoção em
algumas ruas do Centro do Município, conforme observadas na Tabela 20. As
demais ruas não apresentaram tocos.
Rua
Paraná
Nossa Senhora da Luz
Av. John Kennedy
Leopoldo Hennemann
Av. Dom Geraldo Sigaud
Brasil
Santo Cristo
Santa Cruz
Flores da Cunha
13 de Maio
Rui Barbosa
Do Imigrante
25 de Julho
Do Bosque
Nossa Senhora da Conceição
Dom Pedro I
7 de Setembro
Marechal Castelo Branco
Cerro Largo
Itapiranga
Brasília
Total
Quantidade de tocos
25
16
4
1
6
14
12
42
5
2
2
14
9
4
13
38
20
18
30
7
10
292
Tabela 20 – Tocos encontrados no passeio público
O resultado do diagnóstico foi mapeado em vermelho no Mapa do
Município em AutoCad conforme exemplo da Figura 23.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
37
Figura 23 – Mapeamento de tocos
Podemos observar nas Figuras 24 e 25 um exemplo de tocos a serem
removidos em uma das ruas do Centro do Município.
Figura 24 - Tocos a serem removidos no passeio público
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
38
Figura 25 – Presença de tocos no passeio público
Os tocos com corte regular, de maneira correta não foram mapeados.
Podemos observar um exemplo na Figura 26.
Figura 26 – Toco sem necessidade de remoção
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
39
2.2.10 Podas Drásticas
É considerada poda drástica aquela que apresenta uma das seguintes
características:

Remoção total da copa, permanecendo acima do tronco os ramos
principais com menos de 1,0 metro de comprimento nas árvores adultas;

Remoção total de um ou mais ramos principais, resultando no
desequilíbrio irreversível da árvore e;

Remoção total da copa de árvores jovens e adultas, resultando apenas o
tronco.
As podas drásticas deverão ser evitadas, sendo a sua utilização
permitida apenas em situações emergenciais ou quando precedida de parecer
técnico de profissional habilitado.
2.2.11 Novos Plantios
Durante o diagnostico a campo foram também levantados os valores de
novos plantios, conforme Tabela 21.
Rua
Paraná
1° Abril
Av. John Kennedy
Horizontina
Av. Dom Geraldo Sigaud
Brasil
Santo Cristo
Santa Cruz
Flores da Cunha
13 de Maio
Rui Barbosa
Do Imigrante
25 de Julho
Do Bosque
Nossa Senhora da Conceição
Nossa Senhora da Luz
Árvores a serem plantadas
62
12
27
10
24
8
21
47
47
6
11
25
8
10
23
35
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
40
Dom Pedro I
Tiradentes
7 de Setembro
Marechal Castelo Branco
Cerro Largo
Itapiranga
Marechal Deodoro
Rio Branco
Leopoldo Buss
Itaipu
Providencia
Brasília
Total
16
7
14
21
29
15
16
22
8
8
3
7
542
Tabela 21 – Árvores a serem plantadas
Obs: Pode haver inconsistência nas informações de novos plantios devido a lotes baldios em
que não se tem certeza do local da construção de garagens.
Esses valores podem estar inconsistentes devido ao desconhecimento
acerca de novas edificações pois a maioria são lotes baldios e não pode se
afirmar com total garantia do local de construção de garagens.
Na Figura 27 temos um lote baldio sem passeio e portanto sem Árvores.
O local é passivo de novo plantio.
Figura 27 – Local de novos plantios
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
41
Na Figura 28 podemos analisar uma rua onde a arborização foi removida
e não reposta havendo, nesse caso, a necessidade de replantio de mudas
conforme a determinação do plano para essa rua.
Figura 28 – Rua com possibilidade de plantio
2.2.12 Acessibilidade de Pedestres
A acessibilidade do passeio no Município de Missal está em processo de
adequação a NBR 9050 que dispõe sobre “Acessibilidade a edificações,
mobiliário, espaços e equipamentos urbanos”. Alguns locais foram adequados
e outros serão conforme novas obras.
Na Figura 29 podemos observar um local que se adequou a Legislação
e na Figura 30 outro que ainda não possui acessibilidade.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
42
Figura 29 – Acessibilidade
Figura 30 – Passeio com falta de acessibilidade
2.3 ARBORIZAÇÃO ATUAL EM MISSAL
O Município de Missal nunca passou por reestruturação em sua
arborização na área urbana, portanto não há padronização de ruas e nem certa
regularidade de plantios, de espécies ou de passeio.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
43
A principal avenida do Município, Avenida Dom Geraldo Sigaud é
composta
em
sua
totalidade
por
Árvores
Sibipirunas
-
Caesalpinia
peltophoroides. Podemos observar que por elas passam a rede de energia
elétrica, e as mesmas sofrem constante manutenção pela empresa de energia
Companhia Paranaense de Energia (COPEL), conforme Figura 31.
Figura 31 – Avenida Dom Geraldo Sigaud de arborização composta por Sibipiruna
Na Avenida John Kennedy, a espécie predominante é a Mangueira Mangifera indica. A Avenida possui canteiro central com duas fileiras de
Árvores, separadas ao meio pela rede de energia elétrica. A disposição de
plantio dessas Árvores não dispensa as mesmas de podas constantes, pois
conforme Figura 32, através da poda, essas Árvores foram conduzidas para
fora do canteiro central para que não atingissem a rede.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
44
Figura 32 – Árvores da espécie Mangifera indica na Avenida John Kennedy
Ainda na Avenida John Kennedy em quase toda a sua extensão em um
de seus lados, houve reforma no passeio e plantio de mudas. Nesse local
foram plantadas Árvores de excelente condições biológicas da espécie Licania
tomentosa, o Oiti, (Figura 33) Árvore de frondosa copa e muito utilizada para
sombra de ruas, avenidas, praças, parques e jardins.
Figura 33 – Mudas de Oiti na Avenida John Kennedy
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
45
O Município possui poucas ruas padronizadas por espécies, uma delas é
a Rua 7 de Setembro, entre Ruas Flores da Cunha e Floriano Maldaner, que
possui um dos lados de toda sua extensão Árvores da espécie Licania
tomentosa (Oiti) e no outro a espécie Ligustrum vulgare (Alfeneiro), conforme
Figuras 34 e 35.
Figura 34 – Padronização da espécie Ligustrum vulgare em um trecho da Rua 7 de
Setembro.
Figura 35 – Padronização da espécie Licania tomentosa no outro lado do trecho da
Rua 7 de Setembro.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
46
A Rua Flores da Cunha possui no seu trecho compreendido entre a Rua
Nossa Senhora da Conceição e Rua 7 de Setembro Árvores da mesma
espécie Ligustrum vulgare (Alfeneiro), exótica invasora da flora no Estado do
Paraná, portanto, seu plantio não é recomendado.
Figura 36 – Árvores da espécie Ligustrum vulgare na rua Flores da Cunha
Na mesma rua podemos encontrar várias árvores da espécie Murraya
paniculata Sin. (falsa murta), Figura 37, que está proibida pela Secretaria de
Agricultura do Paraná por atrair pragas ligadas a produção de laranja e limão.
Figura 37 – Árvores da espécie Murraya paniculata Sin. na Rua Flores da Cunha
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
47
Na Rua Paraná, compreendida entre a Rua 25 de Julho e Rua Nossa
Senhora da Conceição, encontramos a espécie Lagerstroemia indica
(Extremosa), que no período de floração traz cor e embeleza a rua, conforme
Figura 38.
Figura 38 – Arborização composta por Extremosa na Rua Paraná
Na Rua Nossa Senhora da Conceição, em frente a Creche Divina
Providencia, podemos encontrar muitas Árvores da espécie Magnolia
champaca (Magnólia), ornamental, originaria do Sudeste asiático e conhecida
em todo o mundo pelo perfume das suas flores.
Figura 39 - Arborização composta pela Espécie Magnolia champaca na Rua Nossa
Senhora da Conceição
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
48
O passeio do Centro do Município conta também com umas poucas
Árvores da espécie Ficus benjamina (Ficus). Sua diminuição no espaço público
deve-se ao fato de suas raízes serem agressivas e sua seiva tóxica. No Estado
do Paraná, seu plantio em passeio público está proibido (Figura 40).
Figura 40 – Raízes de Ficus
Figura 41 – Árvore da espécie Ficus benjamina no passeio
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
49
3 PLANEJAMENTO DA ARBORIZAÇÃO URBANA
A paisagem urbana é composta por áreas verdes, comércios, industriais,
residências,
sistema
viário,
sistema
de
energia
elétrica,
água
e
telecomunicação. Para que ocorra um crescimento adequado da cidade deve
haver um planejamento estruturado e tecnicamente bem executado resultando
em conservação paisagística, qualidade de vida e inter-relação dos
componentes urbanos com os habitantes.
3.1 CRITERIOS PARA A ESCOLHA DE ESPÉCIES PARA A ARBORIZAÇÃO
O Manual para Elaboração do Plano Municipal de Arborização Urbana
do Paraná apresenta alguns critérios para o bom planejamento da arborização
que serão descritos a seguir.

Na composição da arborização deve-se escolher uma só espécie para
cada rua ou para cada lado da rua, conforme sua extensão. Isso facilita
o acompanhamento de seu desenvolvimento e a manutenção destas
Árvores, como as podas de formação e contenção, quando necessárias,
além de maximizar os benefícios estéticos.

Considerar a recomendação de que uma única espécie não deve
ultrapassar o limite de 10 a 15% do total de quantidade de Árvores
existentes em um mesmo bairro ou região. Em geral recomenda-se um
número mínimo entre 10 a 20 espécies para utilização em um plano de
arborização.

Na composição de espécies deve-se buscar o equilibro entre espécies
nativas e exóticas devendo-se dar preferência as mudas de espécies
nativas de ocorrência do Município promovendo sua conservação,
recuperação e reintrodução de pássaros nativos.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
50

Para espécies nativas com potencial de uso na arborização de ruas,
mas para as quais não há informação do seu comportamento no meio
urano, sugere-se que sejam postos plantios experimentais para
monitoramento dessas espécies para futuro uso em larga escala.

O formato e a dimensão da copa devem ser compatíveis com o espaço
físico tridimensional disponível, permitindo livre transito de veículos e
pedestres, evitando danos as fachadas e conflito com a sinalização,
iluminação e placas indicativas.

Nos passeios, deve-se plantar apenas espécies com sistema radicial
pivotante, as raízes devem possuir sistema de enraizamento profundo
para evitar o levantamento e a destruição de calçadas, asfaltos, muros
de alicerces profundos.

Dar preferência as espécies que não deem flores ou frutos muito
grandes.

Selecionar espécies rusticas e resistentes a pragas e doenças, pois não
é permitido o uso de fungicidas e inseticidas no meio urbano.

Deve-se selecionar espécies de galhadas resistentes para evitar galhos
que se quebrem com facilidade.
3.2 CRITERIOS PARA DEFINIÇÃO DOS LOCAIS DE PLANTIO
Os locais para plantio devem obedecer aos seguintes critérios:

Deve-se evitar plantio nas calçadas onde ocorram redes sanitárias (água
e esgoto), telefônicas, pluviais e elétricas, devido aos possíveis conflitos
com estas estruturas.

As árvores devem ser plantadas na calçada do lado oposto à rede de
energia (postes). Em caso de plantios sob as redes de energia, utilizar
árvores de pequeno porte (altura total de até 6 m), plantadas fora do
alinhamento da rede.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
51

Na calçada onde não existe a rede elétrica, pode-se utilizar espécies de
médio porte, se o espaço físico disponível permitir.

Em casos onde as árvores existentes sob as redes de energia são
inadequadas, é preciso providenciar a substituição das árvores
existentes por espécies de porte adequado. Quando possível isto deverá
ser efetuado intercalando-se as novas às velhas, até que as árvores
atinjam um porte que visualmente consigam mitigar a falta das árvores
velhas. A escolha das espécies para substituição deve considerar os
aspectos já elencados.

Em avenidas com canteiro central, se não houver presença de rede de
energia e a largura do canteiro permitir, o mesmo poderá ser arborizado
com espécies de médio e grande porte.

Em ruas com passeio de largura inferior a 1,50 m não é recomendável o
plantio de árvores.
3.3 ESPAÇAMENTO E DISTANCIAS MÍNIMAS DE SEGURANÇA ENTRE
ÁRVORES E EQUIPAMENTOS URBANOS
Segundo a Serie de Cadernos Técnicos do CREA (ARAÚJO e ARAÚJO,
2011), existe certa tendência de que as Árvores sejam plantadas muito
próximas umas das outras para dar um impacto visual imediato. Isso acarreta
vários problemas como a transmissão de doenças por meio de raízes ou
copas, custo na manutenção futura, galhos mortos, Árvores com estresse
tornando-se mais suscetíveis a doenças e ataques de insetos e fungos.
O espaçamento entre Árvores deve considerar o tamanho adulto da
espécie a ser plantada, da largura da calçada, entrada de carros em
residências, distanciamento de Árvores de ruas de esquinas, postes e
hidrantes (ARAÚJO e ARAÚJO, 2011).
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
52
3.4 ESPÉCIES EXÓTICAS NÃO RECOMENDADAS PARA A ARBORIZAÇÃO
URBANA
A Tabela 22 apresenta uma lista de espécies arbóreas exóticas não
recomendadas para a arborização urbana e portanto essas espécies não farão
parte da lista de espécies indicadas para a arborização de Missal.
Nome Comum
Acácia Mimosa
Acácia negra
Alfeneiro, ligustro
Amarelinho
Casuarina
Fedegoso
Goiabeira
Leucena
Nespereira,
Ameixeira amarela
Pau incenso
Santa Bárbara,
Cinamomo
Uva do Japão
Nome Científico
Acacia podalyriifolia
A. Cunn. Ex G. Don.
Acacia mearnsii Willd.
Ligustrum lucidum
W. T. Aiton
Tecoma stans
(L.) Kunth
Casuarina equisetifolia
J.R. & G. Forst.
Senna macranthera
(DC. ex Collad.) H. S. Irwin & Barneb
Psidium guajava L.
Leucaena leucocephala
(Lam.) de Wit.
Eriobotrya japonica
(Thumb.) Lindl.
Pittosporum undulatum Vent.
Melia azedarach L.
Hovenia dulcis Thumb.
Família
Fabaceae
Fabaceae
Oleaceae
Bignoniaceae
Casuarinaceae
Caesalpineaceae
Myrtaceae
Fabaceae
Rosaceae
Pittosporaceae
Meliaceae
Rhamnaceae
Tabela 22 – Espécies arbóreas exóticas não recomendadas para a arborização urbana
Fonte: Portaria IAP nº 125/09.
3.5 ESPÉCIES INDICADAS PARA A ARBORIZAÇÃO DE MISSAL
A escolha da espécie é de fundamental importância no planejamento da
arborização urbano. Ela deve ser realizada de maneira adequada devendo-se
conhecer as características locais e de cada espécie a ser plantada. Foram
relacionadas 20 espécies de Árvores para plantio na área urbana do Município
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
53
de Missal, contendo características de produção, plantio, cultivo e manejo
adequado de cada espécie.
Devemos salientar que a escolha da espécie é por rua e quadra
cabendo ao Munícipe requerer ao Departamento de Meio Ambiente Secretaria
de Agricultura e Meio Ambiente sobre as informações acerca da espécie a ser
plantada em determinada rua.
3.5.1 Sibipiruna

Nome Científico: Caesalpinia peltophoroides

Nomes Populares: Sibipiruna, Coração-de-negro, Sebipira, Sibipira

Família: Fabaceae

Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais

Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical

Origem: América do Sul, Brasil

Altura: 6.0 a 9.0 metros, 9.0 a 12 metros, acima de 12 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene
Figura 42 - Sibipiruna
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
54
A sibipiruna é uma árvore semidecídua, de rápido crescimento e
florescimento ornamental. Nativa da mata atlântica, ela é uma espécie pioneira
ou secundária inicial, ou seja é uma das primeiras espécies a surgir em uma
área degradada. Seu porte é alto, podendo atingir de 8 a 25 m de altura. O
tronco é cinzento e se torna escamoso com o tempo, seu diâmetro é de 30 a 40
cm. A copa é arredondada, ampla, com cerca de 15 m de diâmetro. Suas
folhas são compostas, bipinadas, com folíolos elípticos e verdes. No inverno
ocorre uma queda quase total das folhas, que voltam a brotar na primavera
(JARDINEIRO, 2015).
A floração ocorre de setembro a novembro, despontando inflorescências
eretas e cônicas, do tipo espiga e com numerosas flores amarelas que abrem
gradativamente da base em direção ao ápice. Os frutos que se seguem são do
tipo legume, achatados, pretos quando maduros e contêm cerca de 3 a 5
sementes beges, também achatadas, em forma de gota ou elípticas. A
dispersão ocorre pela ação do vento.
De excelente efeito paisagístico, a sibipiruna fornece uma sombra fresca
e floração exuberante. Apesar do porte grande e desenvolvimento rápido, ela é
comportada e não produz raízes agressivas, desta forma é boa opção para
arborização urbana, na ornamentação de vias públicas, praças e até mesmo
em calçamentos. Por suas características ecológicas e facilidade de
germinação
a
sibipiruna
também
é
uma
espécie
de
eleição
para
reflorestamentos. Devido às semelhanças físicas é por vezes confundida com o
pau-ferro e com o pau-brasil.
Segundo Jardineiro (2015), deve ser cultivada sob sol pleno, em
qualquer tipo de solo, enriquecido com matéria orgânica e irrigado
regularmente no primeiro ano após o plantio. É uma espécie longeva, se
comparada a outras espécies pioneiras. Se bem cuidada e em ambiente
propício pode chegar aos 100 anos. Multiplica-se facilmente por sementes. As
mudas destinadas para arborização urbana devem ser plantadas em covas
bem preparadas e quando já estiverem bem desenvolvidas.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
55
3.5.2 Oiti

Nome Científico: Licania tomentosa

Sinonímia: Moquilea tomentosa, Pleragina odorata

Nomes Populares: Oiti, Goiti, Oitizeiro, Oiti-da-praia, Oiti-cagão, Guali,
Oiti-mirim,
Oiticica,
Manga-da-praia,
Milho-cozido,
Fruta-cabeluda,
Guailí, Guití, Uiti

Família: Chrysobalanaceae

Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais

Clima: Equatorial, Oceânico, Tropical

Origem: América do Sul, Brasil

Altura: 6.0 a 9.0 metros, 9.0 a 12 metros, acima de 12 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene
Figura 43 - Oiti
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
56
O oiti ou oitizeiro é uma árvore perenifólia, frutífera, originária das
restingas costeiras do nordeste do Brasil e muito utilizada na arborização
urbana. Sua copa é globosa, bem formada e cheia, produzindo excelente
sombra e efeito ornamental. Suas raízes são profundas, não agressivas. O
tronco é ereto e geralmente apresenta casca cinzenta e fuste curto, ramificando
em seguida (JARDINEIRO, 2015).
As folhas são simples, alternas, elípticas a oblongas, acuminadas,
brilhantes, tomentosas, de margens inteiras e nervura central bem marcada.
Elas são amarelo claras quando novas e tornam-se verdes escuras com a
maturação. Floresce no inverno, e suas inflorescências tem pouca ou nenhuma
importância ornamental. Elas são do tipo rácemo, axilares, com flores
pequenas, de cor creme ou branca. Frutifica no verão. O fruto é uma drupa
carnosa, elipsóide, perfumada, de casca amarela quando madura e polpa
pegajosa e fibrosa, com semente grande e dura.
Por sua sombra farta e bela copa, o oiti é uma escolha frequente na
arborização urbana. Seu uso ajuda a refrescar o ambiente e reduz os ruídos. É
também muito tolerante à poluição dos grandes centros urbanos. Não obstante,
é interessante seu plantio também em áreas de reflorestamento, sombreando e
protegendo espécies de sucessão secundária e fornecendo alimento para a
fauna silvestre.
Segundo Jardineiro (2015), deve ser cultivada sob sol pleno, em solo
fértil, drenável, profundo, enriquecido com matéria orgânica e irrigado
regularmente no primeiro ano de implantação. Prefere clima ameno a quente.
Não tolera encharcamentos por períodos prolongados. Após bem estabelecidos
tornar-se resistente à estiagem. Em locais de frio subtropical ou temperado,
sofre com as geadas e raramente frutifica. Multiplica-se facilmente por
sementes. Estas devem ser obtidas de frutos maduros, recém colhidos,
preferencialmente após a queda, despolpados e postos a secar à sombra.
Plantar as sementes em saquinhos contendo substrato drenável e mantido
úmido. Germina em cerca de 10 dias.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
57
3.5.3 Jacarandá Caroba

Nome Científico: Jacaranda macrantha

Nomes Populares: Caroba, carobinha, caroba-roxa, caroba-miúda

Família: Bignoniaceae

Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais

Origem: América do Sul, Brasil

Altura: 5.0 a 10.0 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene

Fenologia: floresce durante os meses de agosto-setembro junto com o
surgimento das novas folhas e a maturação dos frutos que ocorre de
fevereiro-março.
Figura 44 - Jacarandá Caroba
A Caroba é uma espécie típica da Mata Atlântica, existente naturalmente
do Rio Grande do Sul a Minas Gerais, principalmente no litoral, pois aceita
solos úmidos e alagados. Produz belas flores rosas e roxas, que além de
produzirem um efeito ornamental na planta, ainda atraem beija-flores, que
contribuem para a beleza da espécie. Podem ser plantadas em calçadas e
locais abertos, pois produz sombra durante todo o ano (IBF, 2015).
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
58
Os frutos devem ser colhidos diretamente da árvore quanto iniciarem
sua abertura espontânea. Em seguida levá-los ao sol para completar a abertura
e liberação das sementes. Devido à baixa densidade das sementes, cobrir o
fruto com tela para evitar a sua perda pelo vento. Um quilograma contém
aproximadamente 165.000 sementes. Não é viável armazenar as sementes por
mais de três meses.
Suas flores são tubulosas e roxas com 4 a 7 cm de comprimento,
dispostas em inflorescências nas extremidades dos ramos. A floração é muito
ornamental e ocorre nos meses de agosto e setembro. Os frutos são secos do
tipo síliqua arredondada ou ovalada, lenhosos com comprimento variando entre
5 e 7 cm. Sua maturação ocorre entre fevereiro e março. As sementes são
aladas (LORENZI, 1992).
Para a produção de mudas devem se colocar as sementes para a
germinação logo após a colheita em canteiros semi-sombredos contendo
substrato organo-argiloso; cobrir levemente as sementes com substrato
peneirado e irrigar delicadamente duas vezes ao dia. A emergência das mudas
ocorre entre 8-15 dias, e a taxa de germinação é superior a 80%. O
desenvolvimento das mudas, bem como das plantas no campo é médio,
dificilmente não ultrapassando 3m aos dois anos (CORREIA, 2009).
Árvore
bastante
ornamental,
indicada
para
arborização
urbana
especialmente de ruas estreitas e sob redes elétricas, devido ao seu pequeno
porte. Também pode ser usada para paisagismo em jardins e chácaras.
3.5.4 Ipê Amarelo

Nome Científico: Tabebuia alba

Nomes Populares: Ipê-amarelo, ipê, aipê, ipê-branco, ipê mamono, ipêmandioca, ipê-ouro, ipê-pardo, ipê-vacaariano, ipê-tabaco, ipê-docerrado,
ipê-dourado,
taipoca.

Família: Bignoniaceae
ipê-da-serra,
ipezeiro,
pau-dárco-amarelo,
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
59

Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais

Clima: Tropical úmido e subúmimdo

Origem: Argentina e Paráguai

Altura: 30.0 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene
Figura 45 – Ipê Amarelo
De forma geral os ipês ocorrem principalmente em florestas tropicais,
mas também podem aparecem de forma exuberante no Cerrado e na Caatinga.
A Tabebuia chrysotricha é uma das espécies nativas de ipê-amarelo que ocorre
na Mata Atlântica, desde o Espírito Santo até Santa Catarina. Este nome
científico (chrysotricha) é devido à presença de densos pêlos cor de ouro nos
ramos
novos.
Tem
como
sinonímias
Botânicas: Tecoma
chrysotricha e Handroantus chrysotrichus (JARDINEIRO, 2015).
Sendo uma espécie caducifólia, o período da queda das folhas coincide
com a floração que se inicia no final do inverno. Quanto mais frio e seco for o
inverno, maior será a intensidade da florada do ipê amarelo. As flores desta
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
60
espécie atraem abelhas e pássaros, principalmente beija-flores que são
importantes agentes polinizadores.
As variedades de pequeno e médio porte (8 a 10 metros) são ideais para
o paisagismo e a arborização urbana. A coloração das flores produz um
belíssimo efeito tanto na copa da árvore como no chão das ruas, formando um
tapete de flores contrastantes com o cinza das cidades.
3.5.5 Ipê Rosa

Nome Científico: Tabebuia pentaphylla

Nomes Populares: Ipê-rosa, ipê-preto, ipê-comum, ipe-cavatã, lapacho,
peúva, piúva.

Família: Bignoniaceae

Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais

Clima: Tropical úmido e subúmimdo

Origem: América do Sul, entre México e Argentina

Altura: 25.0 a 30.0 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene
Figura 46 – Ipê Rosa
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
61
De crescimento bem rápido em regiões livres de geadas (em 2 anos ela
atinge 3,5 metros), pode atingir até 35 metros. É originária da Bacia do Paraná,
conhecida também por piúva. Floresce abundantemente de Junho a Agosto, e
prefere climas mais quentes, porém num inverno seco e ameno, ela oferece
também uma linda florada no começo da Primavera. Ideal para áreas isoladas,
ou paisagismo de grandes avenidas, o Ipê Rosa prefere solos férteis e bem
drenados (IBF, 2010).
É largamente empregada no paisagismo em geral por apresentar
belíssimas inflorescências de cor rosa. É uma espécie recomendada para
recuperação de ecossistemas degradados, sendo considerada promissora para
revegetação de áreas contaminadas com metais pesados.
3.5.6 Ipê Roxo

Nome Científico: Tabebuia impetiginosa

Nomes Populares: Ipê-roxo, Cabroe, Casquinho, Ipê, Ipê-de-flor-roxa,
Ipê-mirim, Ipê-preto, Ipê-rosa, Ipê-roxo-da-mata, Ipê-tabaco, Ipê-una,
Ipê-uva-roxa, Ipeúva-roxa, Pau-d'arco, Pau-d'arco-roxo, Peúva, Peúvaroxa

Família: Bignoniaceae

Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais, Medicinal

Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical

Origem: América do Sul

Altura: 6.0 a 9.0 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
62
Figura 47 - Ipê Roxo
Ocorre naturalmente do Maranhão até o Rio Grande do Sul. É
particularmente frequente nos estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo até
o Rio Grande do Sul, na floresta latifoliada semidecídua da bacia do Paraná.
Planta decídua característica de formações abertas da floresta pluvial do
alto da encosta atlântica. Floresce durante os meses de agosto e setembro e a
maturação dos frutos ocorre a partir do final de setembro até meados de
outubro. Além disso, produz, anualmente, grande quantidade de sementes.
Entre Agosto e Outubro) ocorre a queda das folhas, a floração e após alguns
dias as folhas voltam a brotar. O IBF recomenda uma adubação (adubo
orgânico ou químico) para fortalecer a muda.
O ipê-roxo é uma ótima árvore ornamental para arborização urbana, de
crescimento moderado a rápido, que não possui raízes agressivas. Pode
tornar-se inconveniente durante a quedas das folhas ou flores, provocando
sujeira na via pública ou ao alcançar a fiação elétrica ou de telefone, devido a
sua altura, que podem ultrapassar 12 metros. Sua floração é maravilhosa e
recompensadora
e
atrai
polinizadores,
como
beija-flores
e
abelhas
(JARDINEIRO, 2015).
Devem ser plantadas sob sol pleno ou meia-sombra, em covas amplas,
bem preparadas com esterco de curral curtido e NPK. Irrigações periódicas
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
63
durante o primeiro ano de implantação são importantes. As árvores adultas são
muito tolerantes à períodos de seca. O ipê-roxo aprecia climas quentes, mas
pode ser cultivada em regiões subtropicais, tendo nestes casos uma redução
na velocidade de crescimento. Multiplica-se por sementes e estaquia.
3.5.7 Ipê Branco

Nome Científico: Tabebuia roseo-alba

Nomes Populares: Ipê-branco, Ipê-branco-do-cerrado, Ipê-do-cerrado,
Pau-d'arco, Planta-do-mel

Família: Bignoniaceae

Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais

Clima: Subtropical, Tropical

Origem: América do Sul

Altura: 6.0 a 9.0 metros, 9.0 a 12 metros, acima de 12 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene
Figura 48 – Ipê Branco
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
64
O Ipê-branco é uma Árvores de beleza exuberante, tanto por suas flores
relativamente grandes e albas, quanto por sua folhagem de coloração verde
azulada. Além de suas qualidades ornamentais, sua copa alongada e seu porte
não tão grande faz com que seja muito utilizada no paisagismo em ruas
estreitas ou largas, parques, bosques ou jardins residenciais.
É uma Árvore nativa dos biomas Cerrado e Pantanal, e apresenta boa
adaptação a terrenos secos e pedregosos, apresentando grande utilidade na
recuperação de áreas degradadas (LORENZI, 1992).
3.5.8 Chapéu de Couro

Nome Científico: Terminalia catappa

Nomes
Populares: Chapéu-de-sol,
Amêndoa,
Amendocira,
Amendoeira, Amendoeira-brava, Amendoeira-da-índia, Amendoeira-dapraia, Amendoeira-do-pará, Amendoeira-tropical, Anoz, Árvore-de-anoz,
Árvore-de-noz, Castanhola, Chapéu-de-praia, Cuca, Guarda-chuva,
Guarda-sol, Noz-da-praia, Sete-copas, Terminália.

Família: Combretaceae

Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais, Medicinal

Clima: Equatorial, Oceânico, Subtropical, Tropical

Origem: Ásia

Altura: 9.0 a 12 metros, acima de 12 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
65
Figura 49 - Chapéu de Couro
O chapéu-de-couro é uma árvore indicada para as condições adversas
do litoral. Sua copa ampla e cheia, fornece sombra farta no escaldante verão
dos trópicos. No seu manejo, há que se ter cuidado apenas com as podas, que
podem descaracterizar a copa. Apenas os ramos doentes, secos e
malformados devem ser removidos. Pode ser plantada isolada ou em grupos,
como em renques ao londo de caminhos à beira-mar. Só não são indicadas
para estacionamentos, pois os frutos ricos em ácidos podem manchar os
automóveis. Esta espécie pode se tornar invasiva em algumas situações.
Além de suas qualidades ornamentais, tanto seus frutos como
amêndoas são comestíveis. Das amêndoas ainda se extrai um óleo fino,
utilizado na preparação de pratos especiais e na fabricação de remédios
caseiros. As folhas ricas em taninos, flavonóides, fitosteróis e outros princípios
ativos são aproveitadas em medicamentos fitoterápicos e no tratamento da
água de criação de peixes. A árvore ainda produz madeira de boa qualidade,
dura, avermelhada e resistente à água, que é utilizada no fabrico de móveis,
canoas, moirões e caixotes.
Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo leve, aerado e arenoso, bem
drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente no primeiro
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
66
ano de implantação da muda. Planta excelente para regiões litorâneas, a
amendoeira é tolerante à salinidade no ar e no solo, assim como ventos fortes
e estiagem. No entanto, seu cultivo é restrito às regiões tropicais e subtropicais,
pois necessita de calor para o seu pleno desenvolvimento. Multiplica-se por
sementes, colhidas de frutos maduros e posteriormente despolpados para
germinarem mais rapidamente (JARDINEIRO, 2015).
3.5.9 Magnólia

Nome Científico: Magnolia liliflora

Nomes
Populares:
magnólia-amarela,
magnólia-de-petrópolis,
champá.

Família: Magnoliaceae

Categoria: Arbustos, Árvores, Árvores Ornamentais

Clima: Subtropical, Tropical de altitude

Origem: Índia

Altura: 15 metros

Luminosidade: Meia sombra, Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene
Figura 50 – Magnólia
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
67
Arbusto ou Árvoreta de efeito espetacular, a magnólia é conhecida por
emitir flores muito grandes, na maioria das vezes quando a planta já não
apresenta mais folhas, em pleno inverno. O contraste formado por suas belas
flores e o caule cinzento é esplendoroso. No paisagismo é utilizada isolada ou
em grupos, se integrando muito bem a jardins de estilo oriental ou europeu.
Deve ser cultivada sempre sob sol pleno, em solos férteis e permeáveis.
A irrigação regular é indicada no primeiro ano de implantação e em estações
secas. Aprecia o clima ameno, sendo indicada para os locais mais frios, da
serra dos estados do sul e do sudeste, onde a sua floração é mais abundante.
Multiplica-se por estacas (JARDINEIRO, 2015).
3.5.10 Guabiju

Nome Científico: Myrcianthes pungens

Nomes
Populares:
Guabiroba-Açú,
Guabiju-Açu,
Guajaraí-da-Várzea, Guavira-Guaçú.

Família: Myrtaceae

Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais

Clima: Subtropical

Origem: Brasil

Altura: de 15 a 25 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene
Guabira-Guaçu,
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
68
Figura 51 - Guabiju
O Guabijuzeiro tem copa perenifólia e arredondada podendo atingir de
15 a 25 metros de altura, com tronco normalmente tortuoso e nodoso. As folhas
são simples, glabras, de 3-7 cm de comprimento, com ápice cuspidado
pungente (espinhoso), coloração verde brilhante e com nervura principal
impressa na face adaxial. Possui flores tetrâmeras, solitárias ou em grupos de
três, de cor branca. Seus frutos são do tipo baga globosa, com polpa carnosa e
comestível, coloração roxo-escura e providos de cálice persistente (Lorenzi,
2002).
3.5.11 Cojoba

Nome Científico: Cojoba arborea

Nomes Populares: brinco-de-índio

Família: Fabaceae

Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais

Clima: Tropical, Subtropical
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
69

Origem: América Central, Antilhas, México, Colômbia e Brasil.

Altura: 8 a 15 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene
Figura 52 – Cojoba
Árvore de cerca de 6 metros de altura, de tronco marrom, copa fechada,
ramos cilíndricos, rugosos, inermes. Suas folhas são triangulares, caducas..
Flores pequenas, sésseis e monoicas. Seu cálice é campanulado, curto. Fruto
legume típico, avermelhado. Semente globoide, monocromada.

Características: Árvore com caule bem ramificado.

Fenologia: Setembro até novembro.

Cor da flor: Creme, formando pompom. Os frutos são espiralados e
muito atraentes.

Cor da folhagem: Verde médio. Folhas compostas, bipinadas.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
70
3.5.12 Araçá Vermelho

Nome Científico: Psidium cattleyanum

Nomes Populares: Araçá, Araçá-amarelo, Araçá-comum, Araçá-dapraia, Araçá-de-comer, Araçá-de-coroa, Araçá-do-campo, Araçá-rosa,
Araçá-vermelho

Família: Myrtaceae

Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais, Árvores, Árvores Frutíferas

Clima: Equatorial, Oceânico, Subtropical, Tropical

Origem: América do Sul, Brasil

Altura: 1.2 a 1.8 metros, 1.8 a 2.4 metros, 2.4 a 3.0 metros, 3.0 a 3.6
metros, 3.6 a 4.7 metros, 4.7 a 6.0 metros, 6.0 a 9.0 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene
Figura 53 - Araçá Vermelho
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
71
O araçazeiro, cujo fruto é o araçá, é uma árvore ou Árvoreta, de copa
esparsa, muitas vezes com porte arbustivo, alcançando de 1 a 9 metros de
altura. Ocorre naturalmente da Bahia ao Rio Grande do Sul, na Mata Altlântica.
Seu tronco é tortuoso e apresenta casca lisa, escamosa, na cor cinza a marrom
avermelhada, com ramos pubescentes quando jovens. As folhas são opostas,
coriáceas, glabras, simples, inteiras, com forma elíptica a oblonga, e 5 a 10 cm
de comprimento. As flores são solitárias, axilares e brancas, com longos
estames. O período de florescimento é longo, estendendo-se de junho a
dezembro.
O araçazeiro é uma árvore ideal para pomares domésticos. Por ser de
pequeno porte, não exige muito espaço para crescer e dar os frutos que toda
família poderá apreciar. Também possui o poder de atrair uma infinidade de
passarinhos silvestres, que vem degustar seus deliciosos frutos. Por este entre
outros motivos, ele não deve faltar em programas de recuperação de áreas
degradadas da mata atlântica.
Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo fértil, profundo, enriquecido
com matéria orgânica e irrigado regularmente. O araçazeiro aprecia o clima
tropical, com o calor e a umidade, no entanto, é capaz de tolerar as geadas do
clima subtropical. Apesar de preferir sol pleno, tolera sombreamento parcial.
Como outras mirtáceas, o araçá é sensível à galhas e moscas-das-frutas.
Multiplica-se por sementes (JARDINEIRO, 2015).
3.5.13 Resedá

Nome Científico: Lagerstroemia indica

Nomes Populares: Resedá, Árvore-de-júpiter, Extremosa, Flor-demerenda, Suspiros

Família: Lythraceae

Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais

Clima: Continental, Mediterrâneo, Oceânico, Subtropical,
Tropical
Temperado,
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
72

Origem: Ásia, China, Coréia do Norte, Coréia do Sul, Índia

Altura: 3.6 a 4.7 metros, 4.7 a 6.0 metros, 6.0 a 9.0 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene
Perfeita para as calçadas, o Resedá é uma Árvoreta que não possui
raízes agressivas, além de ter um belo florescimento. Suas folhas são elípticas,
com bordas onduladas. O tronco é muito belo, liso, de tons claros,
marmorizado. Seu porte chega a 6 metros de altura. As inflorescências,
formadas ainda no inverno, contém inúmeras flores crespas de coloração rosa,
branca, roxa ou vermelha, de acordo com a variedade.
Devem ser cultivadas sob sol pleno em solo fértil, drenável, enriquecido
com matéria orgânica e regada a intervalos regulares. Apesar de bastante
rústica, é interessante realizar podas de limpeza, removendo ramos
emaranhados e doentes, além das flores murchas. A forma natural da planta é
bonita, mas é frequente o uso de podas de formação, para transformá-la em
arbusto ou Árvoreta com copa redonda e compacta. Resistente à poluição
urbana. Multiplica-se por estacas e sementes (JARDINEIRO, 2015).
Figura 54 – Resedá
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
73
3.5.14 Callistemon

Nome Científico: Callistemon spp

Nomes Populares: Escova-de-garrafa, Calistemo, Lava-garrafas

Família: Myrtaceae

Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais, Árvores, Árvores Ornamentais

Clima: Mediterrâneo, Subtropical, Temperado, Tropical

Origem: Austrália, Oceania

Altura: 2.4 a 3.0 metros, 3.0 a 3.6 metros, 3.6 a 4.7 metros, 4.7 a 6.0
metros, 6.0 a 9.0 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene
Figura 55 – Escova-de-garrafa
Escova-de-garrafa é o nome popular das plantas do gênero Callistemon.
Este gênero possui 34 espécies catalogadas, sendo que a grande maioria
delas é originária da Austrália. As escovas-de-garrafa apresentam porte
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
74
arbustivo ou de Árvoreta, alcançando de 3 a 7 metros de altura. Suas folhas
são em geral pequenas, lanceoladas a lineares, verdes, sésseis, perenes e
aromáticas, que vão se tornando bronzeadas com o tempo.
No entanto é nas inflorescências que reside o encanto desta árvore, elas
tem um formato cilíndrico com numerosos estames, semelhantes às escovas
utilizadas para lavar garrafas. Muito atrativas para os beija-flores, as flores
surgem esparsas durante todo o ano e abundantes na primavera. No verão,
elas dão lugar aos frutos, pequenos, lenhosos e bem aderidos aos ramos.
No paisagismo, a escova-de-garrafa se destaca como árvore isolada,
principalmente na borda de lagos, onde seus ramos pendentes podem tocar a
água graciosamente. Também presta-se para a formação de cercas-vivas, não
compactas, mas muito vistosas se podadas regularmente. Outras composições
podem ser feitas, dada a versatilidade desta planta de aspecto exótico e beleza
singular.
Sua rusticidade e baixa manutenção, aliados ao seu crescimento
moderado, fazem da escova-de-garrafa a árvore de eleição em muitos projetos
paisagísticos. As espécies mais populares no paisagismo são a C. viminalis e
a C. citrinus, mas há muitas variedades e híbridos com flores de coloração
vermelha e algumas róseas e brancas também.
Devem ser cultivadas sob sol pleno, não sendo exigentes quanto à
fertilidade do solo. Em geral adaptam-se muito bem a solos encharcados ou
secos. Apreciam o frio subtropical ou mediterrâneo e toleram as geadas e o
clima tropical. Podas radicais não são toleradas. Adubações anuais estimulam
uma intensa floração. Multiplicam-se por sementes e por estaquia de ramos
semilenhosos. Os pequenos frutos devem ser colhidos e armazenados em
sacos de papel, em estufa morna e seca até a liberação das sementes
(JARDINEIRO, 2015).
3.5.15 Manacá-da-serra

Nome Científico: Tibouchina mutabilis
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
75

Nomes Populares: Manacá-da-serra, Cuipeúna, Jacatirão, Manacá-daserra-anão

Família: Melastomataceae

Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais

Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical

Origem: América do Sul, Brasil

Altura: 2.4 a 3.0 metros, 3.0 a 3.6 metros, 3.6 a 4.7 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene
Figura 56 - Manacá-da-serra
O manacá-da-serra é uma árvore semi-decídua nativa da mata atlântica,
que se popularizou rapidamente no paisagismo devido ao seu florescimento
espetacular. Seu porte é baixo a médio, atingindo de 6 a 12 m de altura e cerca
de 25 cm de diâmetro de tronco. As folhas são lanceoladas, pilosas, verdeescuras e com nervuras longitudinais paralelas. As flores apresentam-se
solitárias e são grandes, vistosas e duráveis. Elas desabrocham com a cor
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
76
branca e gradativamente vão tornando-se violáceas, passando pelo rosa. Esta
particularidade faz com que na mesma planta sejam observadas flores de três
cores. A floração ocorre no verão e a frutificação no outono.
É uma excelente opção para o paisagismo urbano, pois não apresenta
raízes agressivas, permitindo seu plantio em diversos espaços, desde isolado
em calçadas, até em pequenos bosques em grandes parques públicos. Seu
crescimento é rápido e além da árvore, encontra-se disponível no mercado
uma variedade anã, o manacá-da-serra-anão. Esta variedade, conhecida
como ‘Nana’, alcança de 2 a 3 m de altura e é mais precoce, iniciando a
floração com menos de meio metro. Com seu porte arbustivo, ela é apropriada
para o uso isolado ou em grupos e renques. Sua floração ocorre no inverno, ao
contrário da forma arbórea típica. Também pode ser conduzida em vasos.
O manacá deve ser cultivado sob sol pleno, em solo fértil, drenável,
enriquecido com matéria orgânica e irrigado periodicamente por pelo menos
um ano após o plantio no local definitivo. Planta característica de clima tropical
úmido, é tolerante ao clima ameno das regiões subtropicais. Multiplica-se por
sementes, estacas e alporques. A variedade ‘Nana’ (manacá-da-serra-anão) só
pode ser multiplicada por estaquia e alporquia, pois os descendentes oriundos
de sementes, podem não apresentar as características típicas desta variedade
e atingir o porte arbóreo (JARDINEIRO, 2015).
3.5.16 Aroeira Salsa

Nome Científico: Shcinus molle

Nomes Populares: Chorão, aroeira salso, aroeira, corbeiba, corneita,
anacauíta, fruto de sabiá, pimenteiro, terebinto, bálsamo, molhe.

Família: Anacardiaceare

Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais

Clima: Subtropical, Tropical

Origem: Brasil
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
77

Altura: 4 e 8 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene
Figura 57 – Chorão
Espécie arbórea nativa do Brasil, com altura entre 4 e 8 metros e tronco
com 25 a 35 cm de diâmetro, revestido por casca grossa e escamosa. Suas
folhas são compostas, sem estípulas. As flores amareladas e vistosas são
reunidas em inflorescências e os frutos são drupas globosas e de coloração
marrom. Pioneira e perenifólia capaz de suportar sombreamento mediano.
Considerada uma espécie bem rústica e se desenvolve bem em solos
pedregosos e drenados. Além disso, é altamente tolerante à secas, resiste à
geadas e apresenta boa capacidade de regeneração natural. Floresce entre os
meses de agosto e novembro. Por ser uma árvore ornamental e de pequeno
porte, é amplamente empregada no paisagismo em geral e na arborização,
principalmente sob fiação e de calçadas estreitas.
Espécie muito ornamental, vem sendo muito empregada e indicada para
arborização urbana, por ser rústica, por aceitar podas e não destruir calçadas e
estruturas com suas raízes. Se cultiva em pleno Sol, atinge rapidamente altura
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
78
de 4 metros e não necessita de solos férteis, porém devem ser bem drenados
(JARDINEIRO, 2015).
3.5.17 Quaresmeira

Nome Científico: Tibouchina granulosa

Nomes Populares: Quaresmeira, flor de quaresma, quaresmeira-roxa.

Família: Melastomataceae

Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais

Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical

Origem: América do Sul, Brasil

Altura: 9.0 a 12 metros

Luminosidade: Sol Pleno

Ciclo de Vida: Perene
Figura 58 – Quaresmeira
A quaresmeira é uma árvore de beleza notável, que encanta por sua
elegância e exuberante floração. Seu porte geralmente é pequeno a médio,
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
79
podendo atingir de 8 a 12 metros de altura. O tronco pode ser simples ou
múltiplo, com diâmetro de 30 a 40 cm. As folhas são simples, elípticas,
pubescentes, coriáceas, com nervuras longitudinais bem marcadas e margens
inteiras. A floração ocorre duas vezes por ano, no outono e na primavera,
despontando abundantes flores pentâmeras, simples, com estames longos e
corola arroxeada.
Mesmo quando não está em flor, a quaresmeira é ornamental. Sua copa
é de cor verde escura, com formato arredondado, e sua folhagem pode ser
perene ou semi-decídua, dependendo da variação natural da espécie e do
clima em que se encontra. Por suas qualidades, ela é uma das principais
árvores utilizadas na arborização urbana no Brasil, podendo ornamentar
calçadas, avenidas, praças, parques e jardins em geral. Seu único
inconveniente é a relativa fragilidade dos ramos, que podem se quebrar com
ventos fortes, provocando acidentes. Com podas de formação e controle, podese estimular seu adensamento e mantê-la com porte arbustivo.
Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo fértil, profundo, drenável,
enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente no primeiro ano após
o plantio ou transplante. Apesar de preferir esses cuidados, a quaresmeira é
uma árvore pioneira, rústica e simples de cultivar, vegetando mesmo em solos
pobres. Originária da mata atlântica, esta espécie aprecia o clima tropical e
subtropical, tolerando bem o frio moderado. Multiplica-se por sementes, com
baixa taxa de germinação, e por estaquia de ramos semi-lenhosos
(JARDINEIRO, 2015).
3.5.18 Cerejeira ornamental

Nome Científico: Prunus serrulata

Nomes Populares: Cerejeira-ornamental, Cerejeira, Cerejeira-branca,
Cerejeira-do-japão, Cerejeira-japonesa, Cerejeira-ornamental-do-japão,
Sakura
Família: Rosaceae
Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais, Bonsai


_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
80





Clima: Mediterrâneo, Subtropical, Temperado
Origem: Ásia, Japão
Altura: 3.0 a 3.6 metros, 3.6 a 4.7 metros, 4.7 a 6.0 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
Figura 59 – Cerejeira ornamental
A cerejeira-ornamental é uma árvore decídua, de médio porte e floração
decorativa, largamente utilizada no paisagismo. Seu tronco é cilíndrico,
delgado, simples e curto, com casca rugosa, de cor marrom-acinzentada e
lenticelas horizontais proeminentes. A árvore apresenta altura de 4 a 10
metros, com copa mais ou menos densa, em forma de vaso e 3 a 4 metros de
diâmetro. As folhas são alternas, ovaladas, acuminadas, com margens
serrilhadas e nervuras bem marcadas. Elas surgem com uma tonalidade
bronzeada, se tornam verdes e mudam para o amarelo ou vermelho no outono,
antes de cair.
As flores desabrocham no fim do inverno e primavera, unidas em grupos
de duas a cinco em inflorescências do tipo rácemo. Elas não têm perfume e
podem ser simples ou dobradas, de cor branca ou em diversas tonalidades de
rosa, de acordo com a cultivar. As cerejas surgem no verão atraindo muitos
passarinhos. Elas são frutos do tipo drupa, com forma globosa a ovóide, casca
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
81
brilhante, de cor vermelha escura a preta, polpa carnosa e adocicada,
envolvendo uma única semente. As cultivares desta espécie raramente
frutificam.
A cerejeira-ornamental é uma árvore de beleza incomparável, que se
modifica a cada estação. O melhor efeito se obtém com a planta isolada, em
destaque, mas também pode ser utilizada em renques, ao longo de alamedas
ou em grupos, formando pequenos bosques. De baixa manutenção,
praticamente não requer podas, necessitando apenas a remoção de ramos
doentes, mal-formados e secos.
Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia-sombra, em solo fértil, neutro,
bem drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente.
Planta de clima temperado, necessita de estações bem marcadas para
florescer de forma satisfatória. Por este motivo não é indicada para regiões
equatoriais e tropicais, salvo em regiões de altitude elevada. Seu crescimento é
moderado e a floração é precoce. Não tolera encharcamento e podas drásticas.
Resiste ao frio, geadas e curtos períodos de estiagem. Multiplica-se por
enxertia, estaquia e mais facilmente por sementes (JARDINEIRO, 2015).
3.5.19 Dilênia

Nome Científico: Dillenia indica




Nomes Populares: Maçã-de-elefante, árvore-do-dinheiro, árvore
pataca, bolsa-de-pastor, dilênia ou flor-de-abril
Família: Dilleniaceae
Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais, Medicinal
Origem: Índia



Altura: 8 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
da
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
82
Figura 60 - Dilênia
Uma árvore que alcança até 40 metros de altura, formando uma copa
muito abundante de forma piramidal. Suas folhas são verde-claras, com
nervuras bem marcadas e medem de 15 a 20 centímetros de comprimento. As
flores são solitárias, brancas e se parecem muito com as flores da magnóliabranca. Já os frutos têm formato globoso, alcançando até 20 centímetros de
diâmetro, envoltos por gomos carnosos (como se fossem calotas) com cinco
sementes. O florescimento da flor-de-abril ocorre de janeiro a outubro e a
frutificação de abril a agosto.
Sua propagação é feita pelas sementes e necessita de solo fértil,
argiloso e levemente ácido. Recomenda-se apenas poda de condução
(JARDINEIRO, 2015).
3.5.20 Primavera

Nome Científico: Bougainvillea glabra

Nomes Populares: Primavera, Buganvile, Buganvília, Ceboleiro, Florde-papel, Pataguinha, Pau-de-roseira, Roseiro, Roseta, Santa-rita,
Sempre-lustrosa, Três-marias
Família: Nyctaginaceae

_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
83






Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais, Trepadeiras
Clima: Equatorial, Oceânico, Subtropical, Tropical
Origem: América do Sul, Brasil
Altura: 4.7 a 6.0 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
Figura 61 – Primavera
Trepadeira lenhosa, de florescimento abundante e espetacular. Suas
folhas são pequenas, lisas, levemente alongadas e brilhantes. As flores são
pequenas e projetadas, de coloração amarelo creme, envolvidas por brácteas
róseas. Pode ser conduzida com arbusto, Árvoreta, cerca-viva e como
trepadeira, enfeitando com majestade pérgolas e caramanchões de estrutura
forte.
Devem ser cultivadas em solo fértil, previamente preparado com adubos
químicos ou orgânicos, sempre a pleno sol. Oriunda de sul do Brasil, de
característica subtropical, ela suporta muito bem o frio e às geadas, vegetando
bem em áreas de altitude também. Requer podas de formação e de
manutenção anuais, para estimular o florescimento e renovar parte da
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
84
folhagem. Multiplica-se por sementes, alporquia e estaquia (JARDINEIRO,
2015).
3.6 INDICAÇÃO DOS LOCAIS DE PLANTIO E DAS ESPÉCIES ESCOLHIDAS
Após escolhidas as espécies que irão compor a cortina vegetal da área
urbana do Município de Missal, realizou-se uma pesquisa a campo em todas as
ruas para a definição dos melhores locais para cada espécie.
A indicação dos locais de plantio se deu por rua para que a manutenção
das mudas e o monitoramento fosse facilitado. Houve um equilíbrio na
distribuição das espécies e levou-se em consideração a rede pública de
energia para a escolha de Árvores de grande/médio e pequeno porte, conforme
Tabela 23.
Rua
Paraná
Paraná
Paraná
Horizontina
Horizontina
Nossa Sra. da Luz
Nossa Sra. Da Luz
Marechal Deodoro
Marechal Deodoro
Av. John Kennedy
Av. John Kennedy
Av. John Kennedy
Av. Dom Geraldo Sigaud
Av. Dom Geraldo Sigaud
Av. Dom Geraldo Sigaud
Mal. Floriano Peixoto
Mal. Floriano Peixoto
Santo Cristo
Santo Cristo
Brasil
Brasil
Quadra
01, 05, 09, 15, 21, 25, 29, 33, 37
34, 38A, 38
02, 06, 10, 16, 22, 26, 30
38 (à direita)
38 (à esquerda)
02,06,10, 26, 22, 26
03, 07, 11, 17, 22A, 58
30, 34
35A
38, 38A
39
Canteiro central
03, 07, 11, 17, 22A
04, 08, 12, 18, 22A
Canteiro central
35A
31, 35
39
40, 42, 43, 54
04, 08, 12, 18, 22A, 58
27, 23, 19, 13, 48, 49
Espécie
Resedá
Chapéu de Couro
Sibipiruna
Quaresmeira
Manacá da Serra
Primavera
Magnólia
Aroeira Salsa
Ipê Amarelo
Oiti
Ipê Rosa
Quaresmeira
Cojoba
Chapéu de Couro
Manacá da Serra
Oiti
Manacá da Serra
Cerejeira Ornam.
Ipê Branco
Ipê Roxo
Guabiju
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
85
Santa Cruz
Santa Cruz
Flores da Cunha
Flores da Cunha
Leopoldo Buss
Leopoldo Buss
Itaipu
Itaipu
Rio Branco
Rio Branco
Dona Olivia
Dona Olivia
Padre Theodor Amstad
Padre Theodor Amstad
Joao XXIII
Joao XXIII
Rua das Rosas
Rua das Rosas
Tiradentes
Tiradentes
Brasilia
Brasilia
Itapiranga
Itapiranga
Cerro Largo
Cerro Largo
Marechal Castelo Branco
Marechal Castelo Branco
7 de Setembro
7 de Setembro
Dom Pedro I
Dom Pedro I
N. Sra Conceição
N. Sra Conceição
N. Sra Conceição
N. Sra Conceição
N. Sra Conceição
25 de Julho
25 de Julho
Do Bosque
Do Bosque
Do Imigrante
Do Imigrante
Do Imigrante
49, 48, 13, 19, 23, 27, 31, 35, 40, 42, 43
51, 50, 14, 20, 24, 28, 32, 36, 41, 52, 53
51, 50, 14, 20, 24, 28, 32, 36, 41, 52
76, 75 - Rua sem rede de energia
Rua com rede de energia
Rua sem rede de energia
Rua com rede de energia
75, 77
76, 78
Rua sem rede de energia
Rua com rede de energia
46
01, 02, 03
44
04, 49, 51
Rua sem rede de energia
Rua com rede de energia
75, 76
77, 78
04, 49, 51
08, 48, 50
01, 02, 03
05, 06, 07
05, 06, 07, 08, 48, 50
09, 10, 11, 12, 13, 14
09, 10, 11, 12, 13, 14
15, 16, 17, 18, 19, 20
15, 16, 17, 18, 19, 20
21, 22, 22A, 22A, 24
21, 22, 22A, 22A, 23, 24
25, 26, 58, 27, 28
25, 26
58
27, 28 29, 30, 35A
31, 32 29, 30
33, 34
32, 32
35, 36
33, 34, 35A, 35, 36
37, 38A
39, 40, 41
Jacarandá Caroba
Aroeira Salsa
Ipê Amarelo
Cerejeira Ornam.
Aroeira Salsa
Resedá
Aroeira Salsa
Resedá
Ipe Roxo
Primavera
Oiti
Araçá vermelho
Cojoba
Dilênia
Ipê Rosa
Cojoba
Oiti
Araçá vermelho
Dilênia
Primavera
Guabiju
Jacarandá Caroba
Sibipiruna
Manacá da Serra
Escova de garrafa
Oiti
Resedá
Ipê Branco
Quaresmeira
Chapéu de couro
Primavera
Chorão
Sibipiruna
Magnólia
Dilênia
Oiti
Araçá vermelho
Chapéu de couro
Quaresmeira
Guabiju
Oiti
Resedá
Magnólia
Jacarandá Caroba
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
86
Reinoldo Schommer
Reinoldo Schommer
Leopoldo Henemann
Leopoldo Hennemann
1° de Abril
1° de Abril
Travessa Prof. Valesca
Justino Graeff
Rui Barbosa
Rui Barbosa
13 de Maio
13 de Maio
Da Providencia
Da providencia
37
37
38 A
38
38 (à esquerda)
38 (à direita)
38
38
40, 41
42, 52
42, 52
43, 53
43
54
Araçá vermelho
Quaresmeira
Oiti
Chorão
Manacá da Serra
Quaresmeira
Oiti
Oiti
Escova de garrafa
Oiti
Chorão
Ipê Amarelo
Cojoba
Ipê Roxo
Tabela 23 – Locais de plantio e espécies escolhidas
O mapa que contém especificado as quadras e ruas onde cada árvore
deverá ser plantada encontra-se no Departamento de Meio Ambiente para
melhor visualização dos munícipes.
4 IMPLANTAÇÃO DA ARBORIZAÇÃO URBANA
4.1 CARACTERÍSTICAS DAS MUDAS
a) Estarem adaptadas ao clima do local destinado;
b) Apresentarem tronco único, retilíneo, com altura mínima de 2,00 m e copa
bem definida;
c) Altura da primeira bifurcação acima de 1,80 m;
d) Diâmetro a altura do peito (DAP=1,30 m) de no mínimo 0,03 m;
e) Forma e perfil trabalhados com tratos silviculturais específicos (podas de
formação);
f) Muda já em forma de árvore.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
87
4.2 PRODUÇAO OU AQUISIÇÃO DE MUDAS
4.2.1 Viveiro Municipal
O viveiro Municipal fica localizado na Rua Flores da Cunha, n° 1225,
Centro, com uma área total de 2682,19 m² e área útil de 2037,52 m².
Figura 62 – Localização do Viveiro Municipal
Figura 63 – Vista frontal do Viveiro Municipal
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
88
No momento o viveiro dispõe de doze canteiros sendo utilizados para
produção de mudas e seis canteiros vagos. Cada canteiro tem 8 x 1,2 m
totalizando 9,60 m² conforme figura abaixo.
Figura 64 – Canteiros do Viveiro Municipal
A área do viveiro é própria do Município e atualmente são produzidas 63
espécies de mudas. No terreno estão estufas, canteiros, barracão com sala,
banheiro e depósito.
As mudas são saudáveis e atendem a necessidade da população. Há
previsão de troca de local do viveiro para um espaço maior onde será ampliada
também a produção das mudas.
No viveiro, trabalham em tempo integral três funcionários que exercem o
plantio e a manutenção dos canteiros e mudas.
4.2.2 Equipe de Trabalho
4.2.2.1 Responsáveis Técnicos

Pâmela Gallas Buche, Tecnóloga Ambiental, CREA PR 117.424/D

Rafael Mognol, Técnico em Meio Ambiente, CREA 100.299/TD
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
89
4.2.2.2 Funcionários do Viveiro Municipal
O viveiro possui um quadro de 3 funcionários, sendo:

Jose Dilmar Tem Caten – Viveirista Florestal/Dedicação exclusiva

Moacir Antonio heckler – Viveirista Florestal/Dedicação exclusiva

Adilson Jose Engel dos Santos – Auxiliar de Serviços Gerais
Os viveiristas tem dedicação exclusiva ao viveiro municipal. O auxiliar de
serviços gerais pode, em caso de necessidade, realizar outras atividades fora
do viveiro. Todos são vinculados a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente.
4.2.3 Aquisição de mudas para arborização urbana
A produção das mudas se dá por espécie, sendo produzidas através de
plantio de suas sementes, utilizando a sementeira, e depois de já nascidas, as
mudas são replantadas para os tubetes.
As mudas são produzidas em tubetes e permanecem nos mesmos até
sua doação ou plantio. Quando transportadas, as mudas são acondicionadas
em plásticos rocambole, que permite seu transporte sem a necessidade de
levar os tubetes plásticos a campo. Nesse sistema as mudas são
acondicionadas em plástico, que após suas acomodação ficam em formato de
um rocambole.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
90
Figura 65 – Acondicionamento das mudas para transporte
Fonte: BENTEC (2015)
Figura 66 – Produção de mudas em tubetes
Fonte: Viveiro Municipal de Missal (2015)
Todas as mudas produzidas no viveiro municipal de Missal são
fornecidas gratuitamente.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
91
4.2.4 Experiência com mudas de arborização
Foram listadas todas as espécies produzidas atualmente no viveiro
Municipal conforme Tabela 24.
Nome da Espécie
Oiti
Sibipiruna
Ipê Amarelo
Ipê Roxo
Ipê Branco
Ipê Rosa
Brinco de Índio
Amora Preta
Cedro
Primavera
Acácia
Palmeira Real
Palmito
Farinha seca
Alecrim (tempero)
Guapuruvu
Alfeneiro
Bacupari
Árvore da Fortuna
Uva do Japão
Canela
Graviola
Fruta-do-conde
Aroeira Salsa
Noni
Acrocarpus
Cinamomo
Goiaba
Arruda
Jabuticaba
Jatobá
Três Marias
Camu-camu
Gmelina
Amendoim
Flamboyant
Manga
Manjerona
Malvavisco
Hibisco
Mogno
Romã
Quantidade
800
100
300
500
30
35
90
200
300
200
70
130
15
200
30
450
3000
100
30
70
70
10
400
200
100
20
110
10
50
40
180
20
7
15
20
10
10
20
20
Coleta de sementes
Dezembro/Janeiro
Setembro
Setembro e Outubro
Setembro e Outubro
Outubro
Setembro e Outubro
Novembro
Ano todo (estaca)
Agosto e Setembro
Março
Junho a Outubro
Ano todo
Março
Setembro
Ano todo (estaca)
Setembro e Outubro
Dezembro a Fevereiro
Maio
Setembro
Março e Abril
Fevereiro
Outubro
Dezembro e Janeiro
Ano todo
Fevereiro
Novembro
Dezembro
Fevereiro e Março
Ano todo (estaca)
Dezembro
Novembro
Ano todo (estaca)
Janeiro
Abril
Fevereiro e Março
Março e Abril
Janeiro e Fevereiro
Ano todo
Ano todo
Ano todo
Setembro
Janeiro
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
92
Bumba
Tarumã
Cica
Sabugueiro
Sucará
Angico
Pitanga
Fênix
Carqueja
Paineira
Maracujá
Abricó de macaco
Alecrim
Olho de cabra
Astrapéia
Copaíba
Sete Copas
Jambo
Plátano
Buxinho
Inhame chinês
7
10
20
7
12
15
10
15
40
5
50
10
10
7
5
100
5
5
2
5
10
Abril
dezembro
Ano todo
Setembro e Outubro
Janeiro e Fevereiro
Ano todo
Outubro a Dezembro
Ano todo
Ano todo (estaca)
Agosto
Agosto e Setembro
Dezembro a Março
Novembro
Novembro
Ano todo (estaca)
Setembro e Outubro
Setembro e Outubro
Janeiro e Fevereiro
Julho e Agosto
Ano todo (estaca)
Ano todo
Tabela 24 – Mudas produzidas no viveiro municipal
Segundo os funcionários do viveiro, das espécies indicadas para a
arborização na área urbana de Missal, manacá-da-serra, quaresmeira, chapéu
de couro e cerejeira ornamental são de difícil produção, devendo ser realizado
testes para sua produção.
4.3 PROCEDIMENTOS DE PLANTIO E REPLANTIO

Não se recomenda efetuar plantios em períodos de estiagem prolongada
e em período de inverno.

As mudas com porte ideal apresentam altura de 1,80m até a primeira
bifurcação,
sendo
o
mínimo
de
1,30m,
fuste
único
pleno
desenvolvimento não apresentando raízes defeituosas que poderão
prejudicar sua segurança quando adultas.

O primeiro procedimento de plantio é o coveamento, com as dimensões
mínimas de 0,60 m x 0,60 m x 0,60 m devendo conter, com folga, o
torrão.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
93
Figura 67 – Porte ideal de muda e coveamento
Fonte: MTAU/São Paulo (2015)

A muda deve ser colocada na região central da cova, preenchendo os
espaços vazios com o solo de preenchimento (terra preta ou solo de boa
qualidade).

A adubação e correção do solo devem acontecer conforme necessidade,
possibilitando um solo com as melhores condições físico-químicas,
viabilizando um bom desenvolvimento da muda.

A área livre de pavimentação ao redor da muda deve ser de, no mínimo,
1,00 m2. No entanto, deve-se proporcionar canteiros maiores para evitar
futuros conflitos de raízes, muros e calçadas.

Deve-se retirar a embalagem (saco plástico, tubete, etc.) e realizar, se
necessário, uma poda leve nas raízes.

Para garantir um crescimento vertical à muda, deve-se colocar
temporariamente um tutor (haste de madeira, bambu, metal ou plástico).
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
94
Figura 68 – Detalhes do plantio da muda
Fonte: MTAU/São Paulo (2015)

A muda deve ser imediatamente irrigada com água limpa logo após o
plantio. A irrigação deve ser frequente, em conformidade com as
condições climáticas.
Figura 69 – Árvores com área impermeabilizada (certo) e não impermeabilizada
(errado)
Fonte: MTAU/São Paulo (2015)
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
95
4.4 FORMA DE PLANTO
O canteiro deve ser do mesmo nível da calçada para que as águas das
chuvas que escorrem pela calçada alcancem o espaço destinado a árvore,
conforme Figura 70.
Figura 70 – Forma correta de canteiro
A confecção de mureta inviabiliza a infiltração das águas da chuva para
o reabastecimento do lençol freático contribuindo para alagamentos, já que a
água vai para guia e não para a terra onde seria absorvida além de prejudicar a
planta contida nesse canteiro por falta de água e nutrientes.
Figura 71 – Forma incorreta de plantio com mureta
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
96
4.5 CAMPANHA DE CONSCIENTIZAÇAO AMBIENTAL
Será dado continuidade no Programas de Educação Ambiental com o
objetivo de:

Conscientizar e informar a população da importância da preservação e
manutenção da arborização urbana;

Redução do número de depredação e infrações administrativas em
relação ao danos à vegetação;

Conscientizar a população da importância da construção de canteiros
em torno de cada árvore, vegetando-os com grama ou forração, bem
como nos locais em que haja impedimento do plantio de árvores;

Conscientizar a comunidade da importância do plantio de espécies
nativas, visando a preservação e a manutenção do equilíbrio ecológico;

Campanhas nas escolas municipais sobre a importância de uma cidade
arborizada.
5 MANUTENÇÃO DE ARBORIZAÇÃO DAS RUAS
5.1 PODA DE ÁRVORES
Em árvores urbanas, poda é a eliminação oportuna de ramos de uma
planta, com vistas a compatibilizá-la com o espaço físico existente no entorno e
deve ser feita com critério, de maneira a preservar, o máximo possível, seu
formato original e natural.
Alguns dos objetivos da poda são: reduzir riscos de quedas, oferecer
desobstrução, manter a saúde, influenciar na produção de flores e frutos,
melhorar a vista, melhorar a estética.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
97
O acompanhamento da planta desde a fase de muda é fundamental
para evitar podas severas na fase adulta. Ao longo do ciclo de vida de uma
árvore são realizadas alguns tipos de podas, especificas para cada fase.
5.1.1 Poda de Formação
A
poda
de
formação
é
essencial,
pois
condiciona
todo
o
desenvolvimento da árvore e sua adaptação às condições em que vai ser
plantada definitivamente. É realizada no viveiro onde as mudas são produzidas
dentro de padrões técnicos, sendo conduzidas no sistema denominado “haste
única”, que consiste na desbrota permanente num caule único e ereto, até
atingir a altura mínima de 2,0 metros.
5.1.2 Poda de Condução
Quando a muda já está plantada no local definitivo, a intervenção deve
ser feita com precocidade, aplicando nela a poda de condução. O objetivo é
conduzir a planta em seu eixo de crescimento, retirando-se dela ramos
indesejáveis e ramificações baixas, direcionando o desenvolvimento da copa
para os espaços disponíveis, sempre levando em consideração o modelo
arquitetônico da espécie. É um método útil para compatibilização das árvores
com os fios da rede aérea e demais equipamentos urbanos, prevenindo futuros
conflitos.
5.1.3 Poda de Limpeza
É realizada para eliminação de ramos secos e mortos, que perderam
sua função na copa da árvore e representam riscos devido a possibilidade de
queda e por serem foco de problemas fitossanitários. Também devem ser
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
98
eliminados ramos ladrões e brotos de raiz, doentes, praguejados ou infestados
por parasitas, além da retirada de tocos e remanescentes de poda mal
executadas. Estes galhos podem em algumas circunstâncias ter dimensões
consideráveis, tornando o trabalho mais difícil do que na poda de formação.
5.1.4 Poda de Correção
Visa eliminar problemas estruturais, removendo partes da árvore em
desarmonia ou que comprometam a estabilidade do indivíduo, como ramos
cruzados e aqueles com bifurcação em V, que mantém a casca inclusa e
formam pontos de ruptura. Também é realizada com o objetivo de equilibrar a
copa.
5.1.5 Poda de Adequação
É empregada para solucionar ou amenizar conflitos entre equipamentos
urbanos e a arborização, como por exemplo, rede de fiação aérea, sinalização
de trânsito e iluminação pública. É utilizada para remover ramos que crescem
em direção a áreas edificadas, causando danos ao patrimônio público ou
particular.
5.1.6 Poda de Levantamento
Consiste na remoção dos ramos mais baixos da copa. Geralmente é
utilizada para remover partes da árvore que impeçam a livre circulação de
pessoas e veículos. É importante restringir a remoção de ramos ao mínimo
necessário, evitando a retirada de galhos de diâmetro maior do que um terço
do ramo no qual se origina, bem como o levantamento excessivo que prejudica
a estabilidade da árvore e pode provocar o declínio de indivíduos adultos.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
99
5.1.7 Poda de Emergência
É realizada para remover partes da árvore como ramos que se quebram
durante a ocorrência de chuva, tempestades ou ventos fortes, que apresentam
risco iminente de queda podendo comprometer a integridade física das
pessoas, do patrimônio público ou particular.
5.2 EPOCA DE PODA
Segundo CREA-PR (2011), quanto mais jovem for a Árvore, menores
serão as lesos e mais fáceis de cicatrizarem. Recomenda-se que se faça a
poda preferencialmente no inverno, pelos motivos abaixo:

Facilita o desenvolvimento dos calos nas cicatrizes de poda na
estação de crescimento, seguinte ao inverno;

Baixa atividade de insetos e doenças;

As Árvores estão dormentes, não afetando a capacidade de
produção de seiva;

A ausência de folhas pode facilitar a visão geral da Árvore.
5.3 EQUIPAMENTOS PARA PODA
Os equipamentos utilizados para o serviço de poda pela Secretaria de
Obras, Urbanismo e Transporte (SOUT) encontram-se listados abaixo:
 Motosserra Husqwarna Modelo 445 – Série 2015200048;
 Podador de galhos Husqwarna modelo 3275 PX – Série 2014270072;
 Cinto de segurança;
 Capacete;
 Serra de cabo podão.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
100
5.4 DESTINAÇÃO FINAL DOS RESIDUOS DE PODA
Os resíduos de podas são destinados atualmente para um terreno
especifico para receber esse material, que pode ser visualizado na Figura 72.
Figura 72 – Área de destinação de resíduos de podas
Para 2016, o Município de Missal tem projeto de aquisição de máquina
trituradora de galhos, dessa forma os resíduos terão menor volume e o local de
destino final terá maior vida útil.
5.5 REMOÇÃO E SUBSTITUIÇÃO DE ÁRVORES
As Árvores com problemas fitossanitários e aquelas que estejam
causando algum tipo de prejuízo ou risco ao patrimônio público ou privado, são
substituídas por mudas adequadas para cada local. No Município de Missal,
para cada árvore retirada é plantada outra no seu lugar, ou em local adequado.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
101
Para a remoção e substituição de árvores, é realizado um requerimento
que após protocolado é analisado pela Comissão Especial de Arborização
Urbana de Missal considerando os seguintes casos:

Em terreno a ser edificado, quando o corte for indispensável à realização
da obra, a critério da SEMA;

Quando o estado fitossanitário for precário, sem condições de
recuperação da árvore, mediante justificativa;

Nos casos em que a árvore esteja causando comprováveis danos
permanentes ao patrimônio público ou privado;

Nos
casos
em
que
a
árvore
constitua
obstáculo
fisicamente
incontornável ao acesso de veículos;

Quando o plantio irregular ou a propagação espontânea de espécimes
arbóreos impossibilitar o desenvolvimento adequado de árvores
vizinhas;

Quando se tratar de espécies invasoras, com propagação prejudicial
comprovada;

Total incompatibilidade da espécie com o espaço disponível.
Junto à resposta do pedido de substituição e remoção da Árvore é
firmada o compromisso do proprietário de remover os tocos e plantar uma
muda de Árvore adequada para cada caso, conforme indicação do
Departamento de Meio Ambiente, além da adequação do passeio.
Para caso de espécies invasoras a remoção é realizada em etapas para
não haver grande impacto ambiental e visual.
5.6 OUTRAS PRÁTICAS DE MANUTENÇÃO
5.6.1 Adubação
A adubação deverá ser realizada conforme a necessidade da planta e o
local onde a mesma será inserida.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
102
5.6.2 Irrigação
As plantas devem ser irrigadas nos períodos de estiagem e/ou quando
se fizer necessário.
5.6.3 Doenças e Pragas
O tratamento fitossanitário deverá ser efetuado sempre que necessário,
de acordo com o diagnóstico técnico e orientado pela legislação vigente.
5.6.4 Fatores Estéticos
Não é recomendado, em nenhuma circunstância, a caiação ou pintura
das árvores. Também fica proibida a utilização das Árvores para a fixação de
publicidade por prejudicar o desenvolvimento da mesma.
6 MONITORAMENTO DAS ÁRVORES URBANAS
O monitoramento visa manter acompanhar o desenvolvimento das
árvores existentes e das mudas plantadas nas vias públicas de Missal,
observando todas as alterações ocorridas e obtendo informações essenciais
para posterior replanejamento.
É de extrema importância que todo o processo de plantio, replantio e
manutenção seja devidamente acompanhado por um técnico habilitado, de
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
103
modo a atualizar as informações contidas no banco de dados da arborização
urbana, tanto no aspecto quantitativo como no aspecto qualitativo.
Para que este processo seja rotineiro e eficiente, deverão ser
monitorados através de inventários a campo e registro fotográfico que
possibilitarão determinar o índice de mortalidade das mudas após o plantio,
através dos funcionários do Departamento de Meio Ambiente.
7 GESTÃO DA ARBORIZAÇÃO URBANA
A gestão da arborização urbana no Município de Missal será executada
por profissionais da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, Secretaria de
Finanças e Secretaria de Obras, Urbanismo e Transporte, conforme Tabela 25.
Etapa
Planejamento
Manejo
Profissionais
Tecnólogo Ambiental
Tecnólogo Ambiental, jardineiro,
Viveiristas
Jardineiro, funcionários de poda
Fiscalização
Tecnólogo Ambiental e fiscais
Implantação
Lotação em Secretaria
SAMA
SAMA
SAMA e SOUT
SAMA e Secretaria de
Finanças
Tabela 25 – Gestão do PMAM
8 INFORMAÇÕES FINAIS
8.1 CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO
O cronograma de implantação pode ser observado na Tabela 26, que
apresenta as ações e etapas planejadas com seus respectivos prazos e
responsáveis.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
104
Ações Planejadas/Etapas
Inventário das árvores
Levantamento do número de espécies a
ser plantadas
Remoção dos tocos
Período/Prazos
Setembro a Dezembro 2015
Responsável
SAMA
Dezembro de 2015
SAMA
2016/2017
Aquisição das mudas para plantio
2016
Preparo das covas para plantio
Plantio das mudas
Podas
2016
2016
Junho a Setembro
SOUT
Viveiro
Municipal
Jardineiro
SAMA
SOUT
Tabela 26 – Execução das atividades pertinentes ao PMAM
8.2 REFERENCIAS
ADAPAR. Agência de Defesa Agropecuária do Paraná. 2015.
ARAUJO, Michiko Nakai de; ARAUJO, Antônio Jose de. Arborização Urbana.
CREA-PR. Serie de Cadernos Técnicos. Paraná, 2011.
GOOGLE. Google Brasil. Altitude Município de Missal. 2015.
IAP. Instituto Ambiental do Paraná. Portaria n° 125, de 07 de agosto de 2009
– Reconhece a Lista Oficial de espécies invasoras para o Estado do Paraná,
estabelece normas de controle e dá outras providencias. 2009. Disponível em:
<http://www.iap.pr.gov.br/arquivos/File/Legislacao_ambiental/Legislacao_estad
ual/PORTARIAS/PORTARIA_IAP_125_2009_ESPECIES_EXOTICAS.pdf
>
Acesso: Nov., 2015.
IBF. Instituto Brasileiro de Florestas. 2015.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Missal. 2014. Disponível
em: < http://cidades.ibge.gov.br/painel/painel.php?codmun=411605 > Acesso:
Out., 2015.
IPARDES. Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social.
Caderno Estatístico Município de Missal. 2015. Disponível em: <
http://www.ipardes.gov.br/cadernos/MontaCadPdf1.php?Municipio=85890
>
Acesso: Out., 2015.
ITCG. Instituto De Terras Cartografia e Geociências. Unidade Fitogeográfica
de Missal, 2015.
JARDINEIRO. Artigos. Disponível em <http://www.jardineiro.net/plantas>
Acesso: Nov., 2015.
_____________________________________________________________
PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
MUNICÍPIO DE MISSAL - PARANÁ
105
LORENZI, H. Árvores Brasileiras: Manual de identificação e cultivo de plantas
arbóreas nativas do Brasil. V. 2. Nova Odessa: Plantarum, 2002. 352 p.
LOBODA, C. R.; DE ANGELIS, B. L. D. Áreas Verdes Públicas Urbanas:
Conceitos, Usos e Funções. Revista Ambiência - Revista do Centro de
Ciências Agrárias e Ambientais. V. 1 nº1 2005. Pag. 125 a 138.
PIVETTA, K. F. L; SILVA FILHO, D. F. Arborização urbana. Jaboticabal:
UNESP, FCAV, FUNEP, 2002. 69p. (Boletim Acadêmico).
WESTPHAL, M. F. O Movimento Cidades/Municípios Saudáveis: um
compromisso com a qualidade de vida. Ciência e saúde coletiva, v.5, n.1,
p.39-51, 2000.
WIKIPÉDIA.
A
Enciclopédia
Livre.
Disponível
em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal
Acesso: Nov., 2015.
<
>
8.3 ANEXOS
FICHA DE INVENTÁRIO
Data da coleta dos dados
Nome dos responsáveis pela coleta:
_______________________________________________
Localização da árvore
N° da
Bairro
amostra
Nome da Rua
Obs:
Características da Árvore
Id da
Ø tronco
Espécie
Altura
árvore
Obs:
Características do Meio
Largura
Tráfego
calçada
Eletricidade/
telefonia
Obs:
N°
da
casa
N°
Árvore
Condição
fitossanitária
Marquises
Coordenada da
árvore
Presença Necessidade
de
de manejo
pragas
Distancia
de postes
Distancia
de
esquinas

Documentos relacionados