Relatório Geral 2010 - Frontex
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Relatório Geral 2010 - Frontex
Relatório Geral 2010 Frontex Agência Europeia para a Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas dos Estados-Membros da União Europeia Rondo ONZ 1, 00-124 Varsóvia, Polónia Tel: +48(22)544 95 00 Correio electrónico: [email protected] Internet: www.frontex.europa.eu Reprodução sob qualquer forma ou por qualquer meio autorizada apenas mediante autorização prévia da Frontex. Todos os direitos reservados © Frontex, 2011 2 Índice Prefácio pelo Presidente do Conselho de Administração da FrontexError! Bookmark not defined. Prefácio pelo Director Executivo ..................................................................................... 6 1. Introdução................................................................................................................ 7 1.1 1.2 2. Desenvolvimentos................................................................................................... 9 2.1 2.2 2.3 3. 3.5 Desenvolvimentos orçamentais .................................................................... 19 Execução final do orçamento de 2009 ......................................................... 19 Dotações 2010 .............................................................................................. 20 Outros aspectos de gestão financeira .......................................................... 20 3.4.1 Orçamento geral ............................................................................ 20 3.4.2 Orçamento operacional ................................................................. 21 3.4.3 Pagamentos................................................................................... 22 Sumário sobre questões de recursos humanos ........................................... 22 3.5.1 Recrutamento ................................................................................ 22 Histórias de sucesso ............................................................................................ 23 4.1 4.2 4.3 4.4 4.5 5. Situação nas fronteiras externas da UE ......................................................... 9 Desenvolvimentos a nível político................................................................. 10 Desenvolvimentos a nível da Agência.......................................................... 13 2.3.1 Operações ..................................................................................... 13 2.3.2 Reforço das capacidades .............................................................. 15 2.3.3 Divisão Administrativa ................................................................... 16 2.3.4 Transparência................................................................................ 17 2.3.5 Direitos Fundamentais................................................................... 18 Sumário sobre questões orçamentais ................................................................ 19 3.1 3.2 3.3 3.4 4. Frontex em geral ............................................................................................. 7 Objectivo do relatório ...................................................................................... 8 Operações Conjuntas ................................................................................... 23 Investigação e Desenvolvimento .................................................................. 24 Formação ...................................................................................................... 25 Recursos Comuns – Apoio essencial à primeira operação RABIT .............. 26 Comunicação ................................................................................................ 26 Anexos ................................................................................................................... 30 Anexo A : Lista de membros do Conselho de Administração................................. 30 Anexo B : Actividades operacionais 2010............................................................... 32 Anexo C : Análise Comparativa das Operações Conjuntas ................................... 35 Anexo D : Lista de cursos de formação .................................................................. 37 Anexo E : Dotações................................................................................................. 39 Anexo F : Discriminação de funcionários recrutados por unidade ......................... 40 Anexo G : Discriminação de Agentes Temporários ................................................ 41 3 Prefácio pelo Presidente do Conselho de Administração da Frontex O ano de 2010 representa mais um período memorável para a Agência Frontex. Os tópicos essenciais são, cronologicamente, a alteração do Regulamento Frontex, o Dia Europeu dos Guardas de Fronteira, o Gabinete Operacional Frontex (FOO) e as equipas de intervenção rápida nas fronteiras (RABIT), assim como os direitos fundamentais. Em Fevereiro, a Comissão publicou a sua proposta de alteração do Regulamento Frontex. A alteração tem como objectivo garantir a disponibilidade de equipamento técnico para operações conjuntas, a disponibilidade de guardas de fronteira para operações conjuntas, a coordenação, execução e avaliação eficientes das operações conjuntas, a cooperação eficiente entre a Frontex e países terceiros em matéria de gestão de fronteiras, assim como a melhoria da análise de risco da Frontex através do acesso a novas fontes de dados, da eficiência das operações conjuntas de repatriação e da avaliação do desempenho dos Estados-Membros no domínio da gestão de fronteiras. Além disso, o regulamento revisto da Frontex visa também o reforço do quadro jurídico para o respeito dos direitos fundamentais nas actividades da Frontex. Tendo em conta que as negociações da proposta no Conselho e no Parlamento Europeu se mantiveram ao longo do ano, a adopção do regulamento está prevista para 2011. Para a Frontex, 2010 será recordado como o ano de algumas estreias: a primeira secção especializada da Frontex, o primeiro destacamento RABIT e o primeiro Dia Europeu dos Guardas de Fronteira. Um dos pontos altos do trabalho do Conselho de Administração foi a criação da primeira secção especializada sob a forma de um Gabinete Operacional Frontex (FOO) piloto no Pireu, na Grécia. O FOO, que se tornou operacional em 1 de Outubro de 2010, destina-se a melhorar a eficiência operacional da Agência no Mediterrâneo Central e Oriental. O projecto-piloto será alvo de uma avaliação que condicionará a decisão da continuidade do seu desenvolvimento pelo Conselho de Administração no início de 2012. Efectuado com base no pedido da Grécia de restrição da migração ilegal na fronteira terrestre entre a Grécia e a Turquia, o primeiro destacamento RABIT será celebrado como o acontecimento mais importante para a Frontex em 2010. No decurso da sua acção, a Agência e os Estados-Membros destacaram-se pela forma como demonstraram a sua capacidade de prestar apoio operacional com celeridade e organização. No que diz respeito aos direitos fundamentais, o período em análise foi igualmente marcado por um conjunto de actividades realizadas pela Agência. Em Abril, o Conselho adoptou orientações para operações marítimas conjuntas, estabelecendo normas e orientações para que as disposições em matéria de refugiados internacionais e de direitos humanos sejam aplicadas com uniformidade por todos os Estados-Membros que participem em operações conjuntas Frontex. Assim, o primeiro Dia Europeu dos Guardas de Fronteira, em 25 de Maio, incluiu um painel específico sobre direitos fundamentais na gestão de fronteiras. Por fim, na sua última reunião do ano, o Conselho de Administração lançou as bases para a elaboração de uma Estratégia Frontex para os Direitos Fundamentais. Além disso, gostaria de recordar que, após o prolongamento do mandato do Director Executivo IIkka Laitinen, em 2009, o Conselho de Administração decidiu prolongar igualmente o mandato do Director Executivo Adjunto Gil Arias por mais cinco anos, o que significa um mandato até Dezembro de 2015. 4 Gostaria igualmente de manifestar um agradecimento especial aos membros do Conselho de Administração pela sua participação activa e construtiva, aos membros do Conselho de Administração que representam a Espanha e a Bélgica por informarem com regularidade o Conselho da União Europeia das actividades da Agência e, por último, ao Director Executivo, ao Director Executivo Adjunto e à sua equipa pelo excelente apoio que prestaram aos Estados-Membros no que respeita à gestão de fronteiras da UE e pela qualidade superior da cooperação e preparação das reuniões do Conselho de Administração em 2010. Graças ao trabalho que desenvolve na prestação de serviços, a Frontex é considerada pelos Estados-Membros um actor indispensável ao nível da UE. Robert Strondl Presidente 5 Prefácio pelo Director Executivo O ano de 2010 foi histórico para a Frontex. Para além de representar o quinto ano de existência da Agência – um acontecimento marcado pelo primeiro Dia Europeu dos Guardas de Fronteira – 2010 registou outros marcos significativos. A salientar, o primeiro destacamento de equipas de intervenção rápida nas fronteiras (RABIT). Esta vertente importante da missão da Frontex, destinada a acrescentar valor às disposições dos Estados-Membros em matéria de gestão de fronteiras, existe desde que foi mandatada pela Comissão Europeia, em 2007. Este mecanismo específico de resposta rápida para situações de emergência na fronteira externa da UE foi mantido num estado de prontidão através de exercícios regulares e do ajustamento do mecanismo de destacamento. No entanto, só foi solicitado em Outubro de 2010 por um Estado-Membro sujeito a uma pressão migratória grave e imprevisível. Congratulo-me por informar que o destacamento foi mais rápido e regular na prática do que nos melhores exercícios. Além disso, a Operação Conjunta RABIT 2010 obteve resultados quantificáveis e gerou um novo parâmetro de referência de desempenho para o actual compromisso de excelência da Frontex no domínio da gestão de fronteiras. A necessidade do destacamento RABIT foi, por sua vez, originada por outra alteração essencial em 2010. Pela primeira vez desde a criação da Agência em 2005, a rota dominante da migração ilegal para a UE transferiu-se do mar para terra. Este facto deveu-se em grande medida à forte presença marítima da Frontex. A criação de um valor acrescentado nas actividades operacionais de fronteiras dos Estados-Membros até 2010 exigiu uma presença predominantemente marítima, e o salvamento de vidas no mar constituiu o pilar central do trabalho operacional da Agência. Com a transferência da rota do Mediterrâneo Oriental de mar para terra, uma operação terrestre, a Operação Conjunta Poseidon Land, foi pela primeira vez a maior da Frontex. Mais uma vez, o respeito dos direitos fundamentais e o papel da Frontex enquanto repositório e referência para as melhores práticas esteve no cerne dos nossos esforços. Os direitos humanos foram um foco de concentração do trabalho da Agência em 2010, com a entrada em vigor do Tratado de Lisboa. Este documento importante redefine a evolução do trabalho da Agência, destacando as prioridades duplas da liberdade e da segurança. No que respeita à liberdade, a Frontex tem agora, mais do que nunca, o dever explícito de consagrar os direitos fundamentais no centro da sua agenda. Quanto à segurança, a missão da Agência passa a contemplar a tarefa igualmente difícil do combate ao crime transfronteiras. Uma vez mais, a Frontex adaptou-se ao seu novo ambiente operacional, ao realizar a sua primeira operação de apuramento de factos sobre as ameaças da migração ilegal para as crianças, e ao elaborar um relatório de investigação de análise de risco sobre menores não acompanhados no processo de imigração da UE. As novas responsabilidades foram assumidas igualmente pela Unidade de Formação no âmbito do projecto em curso de harmonização das disposições em matéria da formação dos serviços de guardas de fronteira ao nível da Europa. O ano passado estabeleceu em grande medida novos padrões para a Frontex enquanto Agência e criou uma base sólida para futuros ganhos no ano seguinte. Contudo, como afirmei publicamente várias vezes, a gestão de fronteiras representa apenas uma vertente de um quadro mais amplo. No contexto mais vasto, os domínios da migração, do controlo de fronteiras e do asilo na UE serão igualmente aperfeiçoados e redefinidos. Cabe à Frontex responder ao desafio de assumir estas novas responsabilidades e de se adaptar ao ambiente em constante mutação – político, jurídico, técnico e inclusivamente geográfico – que determinará o nosso papel em 2011 e nos anos seguintes. Ilkka Laitinen Director Executivo 6 1. Introdução 1.1 Frontex em geral A Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas dos EstadosMembros da União Europeia foi criada pelo Regulamento (CE) n.º 2007/2004 do Conselho.[1] A Frontex realiza análises de risco e avalia ameaças associadas às fronteiras externas; coordena a cooperação operacional entre Estados-Membros no âmbito da gestão de fronteiras externas; apoia os Estados-Membros confrontados com circunstâncias que exijam uma assistência operacional e técnica reforçada nas fronteiras externas; faculta aos Estados-Membros o apoio necessário no âmbito da organização de operações conjuntas de repatriação; apoia os Estados-Membros na formação dos guardas de fronteira nacionais, incluindo a definição de normas de formação comuns, e acompanha a evolução da investigação em matéria de controlo e vigilância das fronteiras externas. A Frontex fortalece a segurança fronteiriça assumindo a coordenação das acções dos EstadosMembros na execução das medidas comunitárias relacionadas com a gestão de fronteiras externas. O Regulamento (CE) n.º 2007/2004 estipula um objectivo para a Frontex: “facilitará e tornará mais eficaz a aplicação das disposições comunitárias actuais e futuras em matéria de gestão das fronteiras externas”. A Frontex concretizará esse objectivo ao assegurar a coordenação das acções dos EstadosMembros na aplicação dessas disposições, contribuindo assim para a eficácia, qualidade e uniformização do controlo de pessoas e da vigilância das fronteiras externas dos EstadosMembros. A visão da Frontex é assumir-se como a pedra basilar do conceito europeu de Gestão Integrada de Fronteiras, promovendo o mais alto nível de profissionalismo, interoperabilidade, integridade e respeito mútuo entre todos os parceiros envolvidos. Com o intuito de concretizar esta visão, a Frontex pretende alcançar quatro objectivos, em conformidade com a sua Declaração de Missão e valores: Sensibilização O objectivo da Frontex consiste em recolher imagens situacionais disponibilizadas por serviços de informação ou por análise da situação para avaliação de alterações, de riscos e de ameaças com potencial impacto na segurança das fronteiras externas da UE. A Agência deverá ainda acompanhar o desenvolvimento das tecnologias e as soluções de reforço da segurança fronteiriça, a fim de desenvolver iniciativas e de executar actividades operacionais, assim como de prestar apoio técnico a nível europeu para a promoção de um tráfego de fronteira legítimo. Resposta O objectivo da Frontex é desempenhar um papel central na execução do conceito europeu de Gestão Integrada de Fronteiras, em particular no âmbito das medidas de controlo fronteiriço, organizando operações conjuntas e, com regularidade, coordenando medidas operacionais de segurança fronteiriça a nível da UE com máxima eficiência, estando preparada para prestar assistência aos Estados-Membros na gestão de situações de emergência e para garantir a segurança das fronteiras externas da UE em casos excepcionais. [1] Regulamento (CE) n.º 2007/2004 do Conselho, de 26 de Outubro de 2004, que cria uma Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas dos Estados-Membros da União Europeia (Regulamento Frontex), JO L 349 de 25.11.2004, p. 1. 7 Interoperabilidade A interoperabilidade a nível nacional, europeu e internacional é essencial para a gestão eficaz das fronteiras externas. A Frontex tem como objectivo ser um actor central na promoção da harmonização de doutrinas, de necessidades, de procedimentos operacionais e administrativos, e de soluções técnicas que apoiem a gestão eficaz das fronteiras externas da UE. Desempenho A Frontex procurará alcançar resultados que cumpram as expectativas constantes dos programas de trabalho, através de uma utilização mais eficiente dos seus recursos, da melhoria dos processos de trabalho e da consecução dos objectivos definidos. A Frontex reconhece a benevolência, a comunicação aberta, o profissionalismo, o trabalho de equipa e a honestidade como valores a defender, partilhar, viver e praticar por cada membro da sua equipa e a respeitar pelos parceiros da Frontex. Estes cinco valores constituem a pedra basilar das actividades da Frontex a todos os níveis. O pleno e sincero respeito dos direitos fundamentais constitui uma opção estratégica e firme da Frontex. Este facto é demonstrado pelos valores da Agência em todas as suas actividades operacionais e administrativas, assim como no desenvolvimento das capacidades dos EstadosMembros. 1.2 Objectivo do relatório O Relatório Geral da Frontex de 2010 terá como referência o Programa de Trabalho de 2010, não pretendendo, porém, ser exaustivo na discriminação dos resultados de cada um dos objectivos nele propostos. Dará ao leitor uma visão ampla das actividades desenvolvidas no ano de 2010 e destacará igualmente algumas actividades operacionais e histórias de sucesso específicas. Esta informação será ainda complementada por dados financeiros genéricos. O Regulamento Frontex prevê a integração de uma análise comparativa global das actividades operacionais desenvolvidas no decorrer do ano a que o Relatório Geral diz respeito. Trata-se de um projecto iniciado no Relatório Geral de 2009, que foi continuado no corrente ano. O principal desafio não consistiu na avaliação de actividades individuais, desenvolvidas de forma regular e obrigatória, mas na sua comparação e na formulação de hipóteses com base nessa informação. A criação de um sistema normalizado de análise e avaliação das actividades operacionais é um projecto em curso, e o desenvolvimento deste sistema prosseguiu em 2010. 8 2. Desenvolvimentos 2.1 Situação nas fronteiras externas da UE Calcula-se que em 2010, à semelhança de anos anteriores, os cidadãos da UE representaram cerca de três quartos do fluxo de passageiros que atravessaram as fronteiras externas da UE. Não existem estatísticas exactas sobre o número total de passageiros que atravessaram as fronteiras externas, mas a Comissão Europeia calculou que o número de travessias (entrada e saída) em 2008 foi de 710 milhões, com as fronteiras aéreas a representarem a maior proporção (392 milhões). É de salientar que, após uma redução em 2009, o fluxo anual de passageiros aéreos aumentou em 2010. [2] Em Abril de 2010, entrou em vigor o Código de Vistos da UE , estabelecendo normas para a emissão de um visto uniformizado. É muito provável que se tenha mantido uma tendência geral decrescente de 2009 para 2010, tendo em conta o início das viagens com isenção de visto para os detentores dos novos passaportes biométricos da Sérvia, do Montenegro, da Antiga República Jugoslava da Macedónia, da Albânia, e da Bósnia e Herzegovina. Neste momento ainda existem mais de 100 nacionalidades que necessitam de visto para entrar na UE, o que representa mais de 80% da população não pertencente à UE, enquanto cerca de mil milhões de cidadãos de 37 países não necessitam de visto. No que respeita à migração ilegal, a acentuada tendência decrescente registada em 2009 deteve[3] se em 2010 . A migração ilegal através das rotas da África Ocidental, do Mediterrâneo Ocidental e do Mediterrâneo Central continuou a decrescer, reduzindo assim a migração ilegal de cidadãos da África Ocidental que, no passado, eram normalmente detectados nestas rotas. Em contraste, ocorreu um aumento abrupto da travessia ilegal de fronteiras na fronteira terrestre entre a Turquia e a Grécia. Por conseguinte, em 2010 a Grécia tornou-se o principal ponto de entrada da migração ilegal na UE, e a Turquia o principal país de trânsito para os migrantes ilegais. O aumento das detecções de travessias ilegais de fronteiras na fronteira terrestre entre a Grécia e a Turquia teve início em 2010 e atingiu o seu auge em Novembro desse ano, com o registo de cerca de 350 detecções por dia na cidade grega de Orestiada. As nacionalidades mais detectadas diziam respeito a cidadãos de países asiáticos (Afeganistão e Iraque), mas houve igualmente um número crescente de detecções de migrantes ilegais oriundos do Norte de África. A maioria dos africanos detectados na fronteira terrestre entre a Grécia e a Turquia tinham inicialmente viajado de avião para Istambul, tirando partido de tarifas reduzidas e da liberalização de vistos da Turquia. O aumento repentino de travessias ilegais de fronteiras numa pequena porção da fronteira grega deveu-se a passadores de migrantes ilegais que exploraram vulnerabilidades locais da fronteira externa da UE, sobretudo um troço de 12,5 km não delimitado pelo rio Evros, que em geral marca a fronteira terrestre entre a Grécia e a Turquia. Esta situação desencadeou o primeiro destacamento de uma equipa de intervenção rápida nas fronteiras (RABIT), em Novembro de 2010. Mais de 500 mil funcionários de 26 Estados-Membros e de países associados de Schengen (SAC) participaram neste destacamento, que se deverá prolongar até 2 de Março de 2011. A emissão de falsas declarações de nacionalidade e a insuficiente capacidade de detenção na Grécia permanecem obstáculos significativos aos procedimentos de repatriação de migrantes ilegais. Poucos dos migrantes detectados a atravessar a fronteira ilegalmente requerem asilo na Grécia e a maioria tem como destino final outros Estados-Membros da UE. Atravessam frequentemente os Balcãs Ocidentais, como revelaram detecções na fronteira terrestre entre a Eslovénia e a Croácia, assim como entre a Hungria e a Sérvia. [2] Regulamento (CE) n.º 810/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de Julho de 2009, que estabelece o Código Comunitário de Vistos (Código de Vistos), JO L 243 de 15.9.2009, p.1 [3] Dados relativos a 2010 não disponíveis à data da publicação. 9 A migração ilegal circular entre a Grécia e a Albânia, que constituiu durante anos um dos mais importantes fluxos de migração ilegal nas fronteiras externas, diminuiu em 2010, em comparação com 2009, e o seu número foi, pela primeira vez, superado pelas detecções efectuadas na fronteira entre a Grécia e a Turquia. Esta tendência de diminuição pode dever-se a menos oportunidades de emprego para os albaneses na Grécia em resultado da crise económica, a par da liberalização de vistos para os detentores de passaportes biométricos, em vigor a partir de Dezembro de 2010. No que respeita às fronteiras terrestres externas orientais da UE, em 2009 entrou em vigor um conjunto de acordos sobre o pequeno tráfego fronteiriço entre a Ucrânia e a maioria dos seus vizinhos da UE (Polónia, Hungria e Eslováquia). Em Março de 2010, entrou igualmente em vigor um acordo de pequeno tráfego fronteiriço entre a Roménia e a Moldávia. Além disso, foram assinados acordos em matéria de pequeno tráfego fronteiriço entre a Polónia e a Bielorrússia e entre a Noruega e a Rússia, que deverão entrar em vigor em meados de 2001. Apesar destes acordos sobre o pequeno tráfego fronteiriço, os ucranianos continuaram a ser a principal nacionalidade a quem foi recusada a entrada nas fronteiras externas da UE em 2010, sobretudo na fronteira terrestre com a Polónia, um dos troços mais movimentados das fronteiras externas da UE. Em geral, as recusas de entrada diminuíram marginalmente em 2010, mas as tendências diferem amplamente consoante as diferentes nacionalidades. Nomeadamente, nas fronteiras externas aéreas, os cidadãos brasileiros mantiveram-se os mais recusados, apesar de uma diminuição de 20% em comparação com 2009. Por outro lado, com um aumento de mais de 80%, os cidadãos sérvios são agora a segunda nacionalidade mais recusada nas fronteiras externas terrestres (um facto associado à liberalização de vistos). A utilização de documentos falsificados para entrar ilegalmente na UE foi particularmente preocupante em 2010, uma vez que o nível elevado de perícia necessário para a falsificação de documentos modernos indica que os documentos falsificados estão cada vez mais associados ao crime organizado. Além disso, em 2010 as taxas de detecção de documentos falsificados destinados à entrada ilegal na UE atingiram o seu nível mais elevado desde que se iniciou a recolha de dados no início de 2009. A par deste aumento, existem informações de um uso abusivo mais generalizado de documentos autênticos por utilizadores não autorizados, designados “impostores”. Ao nível da UE, o número de requerentes de asilo permaneceu relativamente estável entre 2009 e 2010. Contudo, alguns Estados-Membros, designadamente a Alemanha, a Bélgica e a Suécia, registaram grandes aumentos, resultantes de dois processos distintos – um aumento do número de cidadãos afegãos que atravessam ilegalmente a fronteira terrestre entre a Grécia e a Turquia, e da liberalização de vistos para os detentores de passaportes biométricos do Montenegro, da Sérvia e da Antiga República Jugoslava da Macedónia. No caso da liberalização de vistos, vários Estados-Membros registaram um aumento de pedidos de asilo por cidadãos sérvios. As autoridades dos Estados-Membros em matéria de asilo consideraram posteriormente que a maioria destes pedidos não tinha fundamento. Este abuso aparente dos processos de asilo com vista à entrada na UE prejudica inevitavelmente a concessão célere de protecção aos cidadãos de países terceiros com pedidos legítimos, e levou a Comissão Europeia a propor, em Novembro de 2010, um sistema de supervisão no âmbito do prolongamento do regime de isenção de vistos para a Albânia e a Bósnia e Herzegovina. 2.2 Desenvolvimentos a nível político No domínio das relações externas com as autoridades competentes de países terceiros, 2010 foi um ano de constante consolidação de acordos de trabalho existentes, e da sua execução operacional, sobretudo no que respeita ao desenvolvimento continuado das Redes de Análise de Risco dos Balcãs Ocidentais e das Fronteiras Orientais, e a actividades operacionais conjuntas e de formação. No âmbito da coordenação regional de actividades de migração e de gestão de fronteiras na região dos Balcãs Ocidentais, foram realizadas com sucesso negociações sobre a elaboração de um 10 acordo de trabalho com o Director do Centro Regional da Iniciativa Regional para a Migração, o Asilo e os Refugiados (MARRI), em Skopje. Foram concluídos três novos acordos de trabalho, com o Serviço de Coordenação do Conselho de Comandos de Fronteira da Comunidade de Estados Independentes (CEI), com a Agência de Serviços de Fronteira do Canadá e com a Polícia Nacional de Cabo Verde, sendo o último importante por representar o primeiro acordo de trabalho celebrado com as autoridades de um país africano. Realizaram-se visitas da Frontex à Mauritânia e à Nigéria, onde após reuniões positivas com os altos representantes competentes foram preparadas propostas de acordos de trabalho e apresentadas aos governos centrais para apreciação interna. Em Abril de 2010, representantes de 17 países africanos designados participaram na reunião de lançamento da Comunidade de Serviços de Informação África-Frontex (AFIC) em Madrid, que analisou as possibilidades e a disposição destes países para procederem, à margem dos acordos formalizados, ao intercâmbio de dados relevantes e à realização conjunta de avaliações de risco em matéria de migrações, entre outros aspectos. A actividade da AFIC iniciar-se-á em 2011. Foram mantidos e desenvolvidos contactos com as autoridades de países terceiros vizinhos do Mediterrâneo e realizaram-se esforços continuados para estabelecer uma cooperação operacional formalizada, sobretudo com países já mandatados pelo Conselho de Administração da Frontex. Até à data, as autoridades dos países em questão demonstraram poucos sinais de pretenderem celebrar acordos de trabalho formalizados com a Agência. Porém, em resposta a sinais positivos das autoridades libanesas, a Frontex visitou Beirute no final de 2010. Ao mesmo tempo que continuava o processo de negociação do texto de um acordo de trabalho com as autoridades turcas, a Agência manteve contactos operacionais informais em ambos os lados das fronteiras terrestres entre a UE e a Turquia. As autoridades turcas foram informadas da situação urgente que conduziu ao primeiro destacamento de equipas RABIT, no final de 2010, para operações nessa fronteira terrestre. Foram recebidas duas delegações turcas na sede da Frontex em 2010 – uma visita de estudo da Guarda Costeira turca no âmbito do programa TAIEX (instrumento de assistência técnica e intercâmbio de informações gerido pela Direcção-Geral “Alargamento” da Comissão Europeia), e outra visita no âmbito de uma parceria de Gestão Integrada de Fronteiras da UE. A nível mais geral, a Frontex manteve um envolvimento crescente em iniciativas essenciais em matéria de migrações e de gestão de fronteiras na UE, nomeadamente as parcerias de mobilidade, a Parceria Oriental, o projecto “Construir Parcerias de Migração”, assim como reuniões JAIEX (um grupo de informação e de cooperação para reforço das relações externas entre o Conselho “Justiça e Assuntos Internos” e as relações externas a todos os níveis) e outras reuniões da UE sobre cooperação em matéria de migrações com países terceiros, como os EUA, a Federação Russa e os Balcãs Ocidentais. Foram igualmente mantidos contactos e fornecidas informações a programas regionais e missões da UE em países terceiros (designadamente EUROMED, EUSBSR, EUBAM, BSRBCC, BSCF). No âmbito do processo geral de reforço de cooperação com os serviços pertinentes de cooperação internacional dos Estados-Membros, foram fornecidas informações afins da Frontex a iniciativas dos Estados-Membros financiadas pela UE, como as unidades de coordenação policial internacional (ILECU) e o projecto de Gestão Integrada de Fronteiras na Sérvia. Em 2010, o Conselho “Justiça e Assuntos Internos” testemunhou vários aspectos importantes no que respeita a evoluções ao nível político com pertinência e impacto no trabalho da Frontex. [4] Em Fevereiro de 2010, a Comissão Europeia publicou uma proposta de regulamento que altera o regulamento de base da Frontex.[5] Esta alteração, que tem como objectivo clarificar o mandato da Agência, potenciar a sua eficiência e ampliar o seu papel operacional, deverá ser adoptada pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho no âmbito do processo de co-decisão. O novo regulamento [4] COM(2010) 61 final de 24 de Fevereiro de 2010. [5] Regulamento (CE) n.º 2007/2004 do Conselho, de 26 de Outubro de 2004, que cria uma Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas dos Estados-Membros da União Europeia (Frontex). 11 reforçará a consideração de questões de direitos humanos nas operações conjuntas da Frontex, como demonstrou a assinatura de acordos de trabalho com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR, Junho de 2008) e com a Agência dos Direitos Fundamentais (ADF, Maio de 2010). Posteriormente, em Abril de 2010, o Conselho adoptou orientações para operações marítimas [6] , que estabelecem normas e orientações para que as conjuntas coordenadas pela Frontex disposições internacionais sejam aplicadas uniformemente por todos os Estados-Membros que participem em Operações Conjuntas Frontex, em particular no domínio do direito internacional em matéria de refugiados e de direitos humanos. Este instrumento cria orientações que promovem o respeito destes requisitos internacionais nos planos operacionais da Agência no que diz respeito a cidadãos desembarcados e interceptados no contexto de operações de fronteiras marítimas. Além disso, em Maio de 2010, foi adoptado o regulamento de base do Gabinete Europeu em matéria de Asilo [7] (GEAA). O GEAA tem como objectivo desenvolver uma cooperação prática entre os Estados-Membros no domínio do asilo, facilitando o intercâmbio de informações sobre países de origem, apoiando os Estados-Membros considerados sob “pressão extraordinária” e contribuindo para a execução do Sistema Europeu Comum de Asilo (SECA). Trata-se de uma questão de interesse em particular no que respeita à cooperação entre agências e a complementaridade entre as duas agências. Ainda em Maio de 2010, a Comissão Europeia adoptou um Plano de Acção relativo a menores não [8] acompanhados (2010–2014) com o objectivo de melhorar a protecção das crianças que entram na UE e de reafirmar a defesa dos interesses das crianças como uma preocupação comum essencial da União. O Plano de Acção abrange questões fundamentais como o reagrupamento familiar, os procedimentos de repatriamento, as medidas de acolhimento e as garantias processuais a aplicar a partir do momento em que um menor não acompanhado é detectado nas fronteiras externas ou no território da UE. Este compromisso, reiterado pelo Conselho da União Europeia, [9] é importante para as actividades de formação da Frontex neste domínio. Em Julho de 2010, a Direcção-Geral “Justiça, Liberdade e Segurança” (DG JLS) da Comissão Europeia foi dividida em duas secções, nomeadamente Justiça, Direitos Fundamentais e Cidadania, e Assuntos Internos. A última, sob a alçada da Comissária Cecilia Malmström, é responsável pelas fronteiras, imigração e asilo, pelo combate ao crime económico, ao crime financeiro, ao cibercrime, à criminalidade organizada, à corrupção e ao tráfico de seres humanos e de drogas; pela luta contra o terrorismo, e pela cooperação policial e judiciária, sendo, portanto, a nova Direcção-Geral responsável pela Frontex. A divisão em duas Direcções deve-se à importância crescente das políticas nestes domínios para o trabalho da UE, sobretudo em matéria de migrações, onde o objectivo é consolidar uma política comum de imigração e de asilo equilibrada, baseada na solidariedade e no respeito dos direitos humanos. Além disso, em Novembro de 2010, o Conselho adoptou conclusões sobre a criação e execução [10] , de um ciclo político da UE para a criminalidade internacional grave e organizada (2011-2013) salientando que este primeiro ciclo político abreviado servirá de base a um ciclo político pleno para os anos de 2013 a 2017. Para a Frontex, este facto implica a participação da Agência em actividades que têm como alvo ameaças criminosas com impacto na UE, particularmente com base em Avaliações da Ameaça da Criminalidade Grave e Organizada realizadas pela União Europeia (EU SOCTA), no desenvolvimento de um Plano Estratégico Plurianual e na execução e acompanhamento dos Planos de Acção Operacional anuais. [6] Decisão do Conselho de 26 de Abril de 2010 que completa o Código de Fronteiras Schengen no que diz respeito à vigilância das fronteiras marítimas externas no contexto da cooperação operacional coordenada pela Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas dos Estados-Membros da União Europeia (2010/252/UE). [7] Regulamento (UE) n.º 439/2010 de 19 de Maio de 2010 que cria um Gabinete Europeu de Apoio em matéria de Asilo. [8] COM(2010)213 final, de 6 de Maio de 2010. [9] Conclusões do Conselho sobre menores não acompanhados, 3018.ª reunião do Conselho, Justiça e Assuntos Internos, Luxemburgo, 3 de Junho de 2010. [10] Doc. 15358/10, conclusões do Conselho sobre a criação e execução de um ciclo político da UE para a criminalidade internacional grave e organizada, 3043.ª reunião do Conselho, Justiça e Assuntos Internos, Bruxelas, 8 e 9 de Novembro de 2010. 12 Em linha com o Ciclo Político da UE, ainda em Novembro de 2010, a Comissão publicou uma [11] . Esta estratégia cria a base para comunicação sobre a Estratégia de Segurança Interna da UE o reforço da cooperação entre agências, sobretudo entre a Europol, a Eurojust e a Frontex, a fim de obter mais resultados no domínio da segurança interna. A cooperação inclui o desenvolvimento de uma avaliação de risco comum e a criação de padrões mínimos e de melhores práticas para a cooperação entre agências. A elaboração de relatórios conjuntos sobre o tráfico de seres humanos e o tráfico de mercadorias ilícitas deverá também servir de base para operações conjuntas aplicadas a análises de risco conjuntas, investigações conjuntas, operações conjuntas e intercâmbio de informações. No que respeita à Frontex, será assim melhorada a partilha de informações associadas à vigilância das fronteiras aos níveis táctico, operacional e estratégico, e serão exploradas sinergias na análise de risco e de dados de vigilância em domínios comuns de interesse respeitantes a diferentes tipos de ameaças. 2.3 Desenvolvimentos a nível da Agência 2.3.1 Operações No que respeita à produtividade operacional, em 2010 verificou-se um aumento da intensidade operacional, apesar de um orçamento operacional reduzido. O orçamento geral da Agência aumentou em 2010, mas o montante líquido atribuído a actividades operacionais (projectos-piloto (PP) e operações conjuntas (JO)) diminuiu ligeiramente de 48,2 milhões de euros para 47,4 milhões de euros. Não obstante, o número de horas de trabalho cresceu 27% até 6,411, bastante acima do dobro do objectivo declarado de aumentar a produtividade em 11%. Esta eficácia elevada foi possível devido ao reforço de recursos humanos e técnicos atribuídos pelos Estados-Membros e pelos países associados de Schengen que participam em actividades operacionais, um total de 28 países em 2010. Figura 1: Intensidade Operacional 2009 – 2010 Com a entrada em vigor do Tratado de Lisboa em Dezembro de 2009, além dos múltiplos benefícios para os cidadãos da UE, uma das consequências foi uma cooperação mais estreita no domínio da segurança interna, com vista à melhoria da eficiência e da eficácia orientada para o consumidor. O Programa de Estocolmo, que contém o capítulo “Uma Europa que protege”, continuou a deslocar o combate à criminalidade grave e organizada, assim como a prevenção da criminalidade, para o centro das respectivas acções de cooperação a nível da UE, reforçando igualmente o papel e as responsabilidades das agências da UE. A adopção da Estratégia de Segurança Interna em Fevereiro de 2010 colocou uma maior tónica numa visão holística da criminalidade que ameaça os cidadãos da UE, destacando a necessidade de melhorar a cooperação entre agências como uma medida recomendável para combater essas ameaças. [11] Comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu e ao Conselho, de 22 de Novembro de 2010 “Estratégia de segurança interna da UE: cinco etapas para uma Europa mais segura”, COM(2010) 673 final. 13 Dadas as circunstâncias, o modelo empresarial da Frontex teve de ser adaptado para se concentrar no desenvolvimento de actividades operacionais orientadas para a detecção da criminalidade transfronteiras e, além disso, para dedicar especial atenção à coordenação reforçada e eficaz do controlo de fronteiras, inclusivamente do combate à criminalidade enquanto medida secundária, sobretudo da detecção de grupos vulneráveis e do tráfico de seres humanos. Os produtos e serviços da Unidade de Análise de Risco (RAU) em consonância com a alteração de tónica tiveram de ser ainda mais elaborados e respeitam agora as estruturas de trabalho alteradas resultantes da entrada em vigor do Tratado de Lisboa e da Estratégia de Segurança Interna. Neste contexto, é pertinente referir o facto de a Frontex ter assumido as funções do Centro de Informação, Reflexão e Intercâmbio em matéria de Passagem das Fronteiras e Imigração (CIREFI) e a criação de uma avaliação conjunta da ameaça da criminalidade grave e organizada em parceria com a Europol e a Eurojust. Em anos recentes, a Rede de Análise de Risco da Frontex (FRAN) estabeleceu e manteve um fórum eficaz para o intercâmbio de informações sobre migração ilegal entre Estados-Membros da UE/Países Associados de Schengen (SAC) e a Frontex, assim como um quadro para a formação de analistas de risco. O sucesso desta parceria conduziu a que se tornasse o protótipo para o desenvolvimento de redes de análise de risco semelhantes para os Balcãs Ocidentais e para os países da fronteira oriental. Durante 2010, a estrutura de informações recebidas foi alterada através de modificações no formato dos relatórios bimensais, aumentando assim as possibilidades de análise de modi operandi em toda a Europa. Além disso, o Modelo de Avaliação Comum e Integrada dos Riscos (CIRAM), o principal instrumento das actividades de análise de risco da Frontex, foi alvo de um maior desenvolvimento. A Frontex manteve o desenvolvimento de produtos de análise de risco rigorosos e de alta qualidade e o reforço do trabalho de redes de análise. Pela primeira vez, foi realizada uma Avaliação Anual de Risco (ARA) sobre a migração ilegal nos Balcãs Ocidentais em cooperação com os países da região, seguida de uma conferência sobre a criação de uma Comunidade de Serviços de Informação para África. A Unidade de Análise de Risco preparou a base para as actividades operacionais dedicadas aos menores e ao tráfico de seres humanos, a fim de identificar as vítimas e de desmantelar as redes criminosas. Durante operações desenvolvidas nas fronteiras aéreas, no quadro do programa PULSAR, foram efectuados esforços específicos para combater este tipo de crime, estabelecendo assim a primeira cooperação operacional com o ACNUR e a OIM, com o objectivo de melhorar a protecção das vítimas. Com o desenvolvimento de programas operacionais e a realização de actividades operacionais direccionadas e baseadas em análises de risco, a Frontex ampliou o seu portfolio de assistência e apoio aos Estados-Membros da UE no reforço da eficácia das medidas de controlo de fronteiras nas fronteiras externas. Nas fronteiras aéreas, foram aplicados mais elementos de flexibilidade para melhor resolver fenómenos emergentes de migração ilegal. Em todos os domínios operacionais foram intensificados esforços para reforçar as plataformas e as redes operacionais, sobretudo através do modelo eficaz de Pontos Focais e da criação da Rede Europeia de Patrulhas (REP), a par de projectos-piloto para melhorar as operações marítimas coordenadas. A Frontex apoiou igualmente a criação do Fórum de Chefes da Guarda Costeira da UE, assim como a Conferência Internacional de Polícias de Fronteiras, além de ter apoiado mecanismos de coordenação regional como o projecto de cooperação em matéria de fronteiras na região do Mar Báltico (BSRBCC) e promovido a criação de redes como a dos Chefes Operacionais de Aeroportos. A Frontex demonstrou competência e flexibilidade na resolução do problema significativo colocado pela migração ilegal em 2010 – o aumento drástico da pressão migratória para a UE através da fronteira terrestre entre a Grécia e a Turquia. Esta situação exigiu uma transferência eficaz de recursos da fronteira marítima para a fronteira terrestre, um reforço das actividades de vigilância, a passagem da Operação Conjunta Poseidon Land a operação permanente, e finalmente o lançamento da primeira operação de intervenção rápida nas fronteiras (RABIT), que implicou a primeira aplicação do mecanismo RABIT. Para isso foi necessária uma cooperação reforçada entre o Estado-Membro anfitrião e várias entidades na sede da Frontex, a fim de executar no prazo de sete dias úteis uma operação que envolvia uma média diária de 170 peritos e uma gama de equipamento técnico. A 14 Agência demonstrou a capacidade de trabalhar com eficácia num contexto de gestão de migrações de importância elevada para a segurança das fronteiras da UE. No entanto, devemos ter presente que em todas as operações conjuntas o Estado-Membro anfitrião desempenha o papel principal, enquanto a Frontex tem uma função de coordenação entre o anfitrião e os outros EstadosMembros participantes. A zona fronteiriça externa do sudeste da Europa foi o centro de gravidade das actividades operacionais da Frontex em 2010. Por conseguinte, com base numa decisão do Conselho de Administração de Fevereiro de 2010, foi aí executado o primeiro projecto-piloto sobre descentralização com o objectivo de obter uma melhoria de eficácia. A Frontex desenvolveu o projecto e o modelo empresarial para o primeiro Gabinete Operacional Frontex (FOO), em funções desde 1 de Outubro de 2010 no Pireu, na Grécia. O desenvolvimento e a aplicação do modelo empresarial do FOO correram de forma regular, mas ainda constituem um desafio, uma vez que afectam as estruturas e os fluxos de trabalho da Agência no seu todo. As vertentes de gestão operacional e de informação funcionam à distância, mas com uma ligação empresarial próxima com a sede e com apoio administrativo. O projectopiloto do FOO está sujeito a avaliação e a uma decisão sobre a continuidade do seu desenvolvimento. No entanto, com o contributo considerável que prestou para a execução da operação RABIT, o projecto-piloto passou o seu primeiro teste de eficácia. Com maior operabilidade, o Centro de Situação da Frontex (FSC) desempenhou igualmente um papel importante de apoio. Em 2010, o FSC consolidou os processos atribuídos a esta unidade, nomeadamente a supervisão situacional e de meios de comunicação, o intercâmbio de informações, a gestão de informações e o apoio à gestão de crises/emergências. O novo centro de operações concedeu uma maior eficiência ao apoio das operações conjuntas, sobretudo no domínio do tratamento de dados. Aumentou igualmente a capacidade de supervisão situacional do FSC através de uma utilização mais ampla de ferramentas de informação e de visualização, acompanhada em pleno sete dias por semana por oficiais de serviço. Além disso, ao nível prático, as ferramentas de gestão de crises e os processos da Agência foram testados durante a operação RABIT 2010, tendo o FSC desempenhado um papel central na gestão de informações operacionais e na prestação regular de informações às partes interessadas sobre a evolução operacional. O portal do balcão único da Frontex (FOSS) reforçou o seu papel de ferramenta básica para intercâmbio de informações e é agora geralmente utilizado na maioria das operações da Frontex. Simultaneamente, com o objectivo de conceder aplicações automáticas para o tratamento de informações, o FSC criou um Programa de Sistemas, que iniciou o desenvolvimento de uma aplicação de informação para operações conjuntas (JORA), a execução de um sistema de gestão de correspondência, o aperfeiçoamento de características e do desempenho do FOSS e a concepção de uma ferramenta de supervisão situacional que interagirá intimamente com as outras ferramentas e processos associados ao projecto europeu de vigilância EUROSUR. 2.3.2 Reforço das capacidades A missão da Frontex em matéria de reforço das capacidades consiste no apoio aos Estados-Membros na criação de capacidades elevadas e uniformes no domínio da gestão de fronteiras e em ser uma força motriz para o desenvolvimento de capacidades europeias, a fim de reforçar a segurança nas fronteiras. As responsabilidades da Agência incluem a prestação de apoio ao desenvolvimento de políticas – ou seja, à Comissão Europeia e aos vários grupos de trabalho do Conselho – que promovam o desenvolvimento das capacidades próprias da Frontex e apoiem as operações conjuntas. Todo este processo ocorre através da coordenação de actividades no que respeita à formação, à investigação e desenvolvimento, e à gestão e desenvolvimento de recursos comuns. Durante 2010, foram tomadas medidas para aumentar a interacção com as partes interessadas da Frontex, sobretudo quanto ao planeamento de actividades futuras. Uma medida essencial foi a organização de uma conferência sobre reforço de capacidades para as partes interessadas como 15 plataforma para a divulgação dos sucessos obtidos e para o fornecimento de dados para o desenvolvimento do portfolio da Agência no ano seguinte. A conferência foi organizada em Outubro e reuniu mais de 50 participantes de autoridades, organizações parceiras e do meio académico dos Estados-Membros. No domínio da formação, a Frontex manteve o desenvolvimento e a harmonização de actividades de formação e de curricula de formação/ensino. A criação de curricula comuns europeus para o ensino superior (bacharelatos e mestrados) foi iniciada em colaboração estreita com os Estados-Membros e com o contributo de universidades. Um dos objectivos dos curricula comuns é facilitar um intercâmbio de formadores e de estudantes entre as diferentes academias nacionais (semelhante ao Programa Erasmus), e a primeira actividade ocorreu em 2010 através de um intercâmbio limitado de formadores de guardas de fronteira, que incluiu visitas de estudo a Pontos Focais operacionais. As acções de formação especializada incluíram actividades como o treino de cães, a instrução de pilotos de helicóptero e a avaliação Schengen e representaram um total de 11 500 dias de formação, em comparação com 9 500 em 2009. O manual “Normas Comuns para o Treino de Cães de Serviço” constitui um bom exemplo do impacto da Frontex e foi traduzido para 26 línguas, com 35 Estados interessados na aplicação das normas comuns nele definidas. Além disso, foi criado um vídeo de orientação para treinadores de cães como “Ferramenta Comum de Formação para Formadores da Frontex”. No domínio da investigação e desenvolvimento, a Frontex continuou a desempenhar um papel importante na investigação de segurança europeia, em estreita colaboração com a Comissão Europeia, designadamente através da participação no Grupo Consultivo de Segurança da DG Empresas e Indústria. Foi igualmente estabelecido um maior intercâmbio com a Europol no domínio da investigação e desenvolvimento destinado à obtenção mais coerente de informações a partir de autoridades responsáveis pela aplicação da lei. Os principais domínios de concentração da investigação e desenvolvimento são a passagem automatizada nas fronteiras (ABC) e a biometria, assim como a vigilância de fronteiras e o desenvolvimento do EUROSUR. No primeiro domínio registou-se o desenvolvimento de orientações para a utilização de tecnologia de ABC e uma demonstração de entrevistas automatizadas com avaliação da veracidade das respostas. Um resultado interessante dessa demonstração foi que o equipamento demonstrou ser significativamente mais eficaz na detecção de mentiras do que os guardas de fronteira envolvidos. No domínio da gestão e desenvolvimento de recursos comuns, o destacamento operacional RABIT 2010 na Grécia mereceu maior atenção. Outras actividades importantes incluíram um Estudo de Viabilidade de Equipamento Técnico para Actividades Coordenadas da Frontex que contém uma análise de necessidades e a apresentação de diferentes opções para o acesso da Frontex a equipamentos, incluindo um mecanismo baseado na solidariedade reforçada (CRATE) e medidas para o aluguer de equipamento ou para a adjudicação de serviços. 2.3.3 Divisão Administrativa A Divisão Administrativa continuou a apoiar a actividade central da Frontex de forma dinâmica. A Frontex, que conta agora cinco anos de existência, conseguiu aplicar as políticas e os procedimentos administrativos exigidos a uma agência no contexto da Comissão Europeia. O Departamento de Recursos Humanos assegurou as necessidades de pessoal para 2010. O Departamento Financeiro garantiu a atribuição de meios financeiros suficientes aos programas, projectos e serviços. Foram adquiridas instalações em resposta a necessidades internas e deu-se início à elaboração de requisitos empresariais para uma nova sede, a inaugurar em 2014. O Departamento de Segurança contratou pessoal interno de segurança, reforçando a protecção dos funcionários, dos visitantes e de dados. O Departamento de TIC adquiriu equipamentos para actualizar a infra-estrutura de TIC, criando a possibilidade de execução de quinze projectos em 2011. A Divisão Administrativa não está imune às influências do ambiente. O sucesso dos domínios operacionais e a solicitação dos níveis políticos chegam ao nível dos serviços e requerem respostas flexíveis e pró-activas aos inúmeros desafios apresentados. O lançamento do novo 16 Gabinete Operacional Frontex no Pireu, a operação RABIT na Grécia e os avanços no domínio da gestão de informações levaram a uma maior pressão sobre os serviços de apoio. Ao nível das agências da UE, a Frontex, já considerada uma agência plenamente funcional após a fase necessária de construção, respondeu à necessidade de medidas eficazes em 2010 através da criação de estratégias de melhoria de qualidade que incluem a descrição dos processos empresariais e uma maior automatização dos sistemas, num esforço de utilização eficiente do pessoal e dos recursos financeiros. 2.3.4 Transparência A Frontex, estando empenhada no conceito de transparência e tendo como um dos seus valores a comunicação aberta, continuou a fornecer activamente informações a respeito das suas actividades e a promover a ideia da transparência no contexto das autoridades fronteiriças. A equipa de Informação e Transparência organizou um terceiro encontro consecutivo com o título “Cooperação no domínio das Relações Públicas e Comunicação nas operações marítimas conjuntas coordenadas pela Frontex”, formações de um dia sobre a produção de conteúdos audiovisuais a fim de aumentar as oportunidades de partilha de vídeos entre a Frontex e as instituições parceiras, assim como formação para funcionários gregos seleccionados que participam nas operações conjuntas coordenadas pela Frontex. As autoridades nacionais tiveram igualmente oportunidade de apresentar o seu trabalho durante o primeiro Dia Europeu dos Guardas de Fronteira, um evento destinado à promoção da vigilância de fronteiras e da interoperabilidade na gestão de fronteiras. Imprensa A comunicação eficaz com os cidadãos da UE requer, além da disponibilização de informações, o envolvimento de diferentes multiplicadores de informação como os meios de comunicação ou o mundo académico. Durante o ano passado, a Frontex organizou vários eventos de imprensa com o objectivo de sensibilizar o público a respeito das actividades da Frontex e da cooperação das autoridades de fronteira dos Estados-Membros. Foi concedido especial destaque aos países que enfrentam as maiores pressões migratórias. Durante estas reuniões, a imprensa teve acesso a materiais informativos de contextualização, a dados estatísticos recentes e a fichas de dados, assim como a outros materiais informativos pertinentes. No ano passado, durante o trabalho quotidiano com representantes dos meios de comunicação social, foram tratados mais de 1 500 pedidos de informação de jornalistas. Para além de informações e entrevistas disponibilizadas pela Equipa de Informação e Transparência, foram organizadas várias entrevistas ao Director Executivo e ao Director Executivo Adjunto da Frontex. A Frontex continuou a estimular a eficácia das operações conjuntas com actividades de comunicação adequadas e normas a aplicar por todas as autoridades e funcionários envolvidos. Uma abordagem harmonizada à comunicação durante as operações conjuntas revelou-se essencial para a boa execução das actividades operacionais. O maior desafio de comunicação para a Agência foi a gestão de grandes volumes de solicitações dos meios de comunicação durante o destacamento RABIT na Grécia. Para responder a todas as solicitações da comunicação social, a Frontex criou um gabinete de imprensa temporário na cidade de Orestiada, na fronteira entre a Grécia e a Turquia. Os pedidos dos jornalistas foram respondidos de imediato numa cooperação estreita com as autoridades gregas. Publicações e Filmes Com o objectivo de aumentar o seu fluxo de comunicação, a Frontex deu início à publicação de uma revista mensal – “O Posto de Fronteira”. Esta publicação é um fórum que reúne informações sobre episódios relacionados com a Frontex, assim como todas as notícias referentes a temas, políticas e evolução política no domínio das fronteiras na UE e a nível mundial. Tendo em conta que 2010 foi o ano do quinto aniversário da Frontex, foi publicado um livro intitulado Beyond the Frontiers; Frontex: the first five years. O lançamento desta obra teve lugar 17 durante o Dia Europeu dos Guardas de Fronteira. Esta publicação de 95 páginas destaca alguns dos marcos e sucessos mais importantes da Frontex nos seus cinco primeiros anos. Em 2010 a Frontex aumentou a sua produção audiovisual com pequenos filmes que apresentam o trabalho dos guardas de fronteira, exemplos de investigação e desenvolvimento, e acções de formação especializada. Além disso, a Frontex reuniu imagens reais de actividades operacionais para transmissão em canais de televisão e produziu um documentário sobre a rota migratória do Egeu Oriental. Solicitações dos cidadãos Em 2010, a Frontex recebeu e tratou 13 pedidos oficiais de documentação Frontex (Regulamento (CE) n.º 1049/2001 relativo ao acesso do público aos documentos do Parlamento Europeu, do Conselho e da Comissão). A Equipa de Informação e Transparência tratou mais de 250 pedidos de informação de investigadores, estudantes e do público em geral. Foram igualmente organizadas múltiplas visitas de investigadores e de grupos de estudantes à sede da Frontex. 2.3.5 Direitos Fundamentais Um dos domínios mais importantes em que a Frontex começou a realizar ganhos substanciais em 2010 foi o dos direitos fundamentais. Desde a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, este domínio tem vindo a ganhar preponderância em todos os esforços da Agência e em 2010 foi lançada uma iniciativa de formação para funcionários da Frontex dedicada especificamente a manter o tema dos direitos fundamentais no cerne das actividades da Frontex a todos os níveis, e não apenas durante as operações. Este novo conceito de formação, com execução agendada para 2011, está a ser desenvolvido pela Agência dos Direitos Fundamentais (ADF) com apoio constante do gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). Enquanto precursores desta nova tónica, os funcionários que participaram no projecto-piloto do Gabinete Operacional da Frontex no Pireu, na Grécia, receberam formação específica sobre direitos fundamentais na fase inicial do lançamento deste projecto. A importância dos direitos humanos reflectiu-se igualmente no projecto do departamento de investigação e desenvolvimento sobre “A Ética da Segurança de Fronteiras”. Este estudo exaustivo, realizado pela Universidade de Birmingham, procurou reunir e analisar códigos de conduta utilizados por autoridades de controlo de fronteiras em toda a UE com vista a criar um Código de Conduta definitivo e amplamente unificado que combinasse as melhores práticas europeias. Mais uma vez, prevê-se que os resultados deste projecto sejam obtidos ao longo deste ano. O empenho da Agência em matéria de direitos humanos está patente em todas as actividades da Frontex, desde eventos como o Dia Europeu dos Guardas de Fronteira, a conferências e eventos de comunicação social e às operações conjuntas no terreno. A dignidade humana e os direitos do indivíduo tornaram-se ainda mais centrais para os esforços da Agência em 2010, que deu resposta a solicitações da Human Rights Watch em matéria de informação e de entrevistas com os altos funcionários da Frontex, manteve contactos com a sociedade civil e as ONG, e participou no debate público. O primeiro relatório de análise de risco da Agência sobre “Menores Não Acompanhados no Processo de Migração”, assim como o seu terceiro relatório anual sobre o tráfico de seres humanos, constituem ainda exemplos práticos do empenho da Frontex na protecção dos cidadãos e dos seus direitos. Na operação conjunta Agelaus – um autêntico marco, uma vez que representou a primeira medida exploratória a nível da UE sobre o fenómeno das crianças na migração ilegal – o ACNUR e a Organização Internacional para as Migrações (OIM) estiveram envolvidos em todas as etapas, do planeamento à execução e à avaliação final. A Agência está convicta de que esta cooperação marca apenas o início de uma parceria profissional proveitosa com estes organismos. 18 3. Sumário sobre questões orçamentais 3.1 Desenvolvimentos orçamentais Na vertente financeira, 2010 pode ser descrito como um ano de crescimento constante e estável. O orçamento aumentou 5,2% em relação ao orçamento de 2009, para 92,8 milhões de euros, em grande medida devido a fundos adicionais atribuídos pela Comissão Europeia para a operação RABIT na Grécia. Sem estes fundos adicionais, o aumento do orçamento teria sido de apenas 1,2%. Quando comparamos os orçamentos finais de 2006 a 2009, podemos notar que o aumento percentual do orçamento ascende a 360%. Este aumento rápido provocou problemas de consumo, uma vez que o ciclo financeiro anual difere do operacional. O aumento de 5,2% no orçamento para 2010 foi modesto e, devido à abordagem concertada dos diferentes departamentos da Agência, a utilização de fundos até 31 de Dezembro de 2010 aumentou significativamente, para 69%, apesar de a utilização final efectiva vir a ser muito superior por a Frontex ter a possibilidade de efectuar pagamentos de dotações transitadas até 31 de Dezembro. As dotações de autorização em 31 de Dezembro de 2010 ascendiam a 95%, com um valor transitado de mais 4% aprovado na reunião do Conselho de Administração da Frontex de 9 e 10 de Fevereiro de 2011. Figura 2: Evolução orçamental 3.2 Execução final do orçamento de 2009 O encerramento do exercício orçamental de 2010 colocou a Frontex em posição de garantir a utilização total das dotações de pagamento recebidas em 2009 e que transitaram para 2010. Estas dotações tinham de ser utilizadas antes de 31 de Dezembro de 2010. A Agência conseguiu utilizar 18,2 milhões de euros (20,86% do orçamento total de 2009), tendo sido devolvidos à Comissão 6,8 milhões de euros (7,7% do orçamento total de 2009). Este facto resultou numa execução orçamental para 2009 de 72,4 milhões de euros (82% do total de dotações de pagamento disponibilizado em 2009). Dessas dotações, 15,8 milhões de euros (18%) não foram utilizados e foram devolvidos à Comissão Europeia. 19 Figura 3: Execução orçamental Título / Artigo (montantes em milhares de euros) Orçamento 2009 Pago 2009 2010 15106 235 Total % 15341 96% Não utilizado Título 1 15956 615 Título 2 10044 4773 1517 6290 63% 3754 Título 3 62250 34290 16464 50754 82% 11496 Unidade de Operações Conjuntas 48250 31280 12539 43819 91% 4431 Fronteiras Terrestres 5780 3288 1967 5255 91% 525 Fronteiras Marítimas 34350 23088 8197 31285 91% 3065 Fronteiras Aéreas 2624 1040 936 1976 75% 648 Repatriação Conjunta 5496 3864 1439 5303 96% 193 Análise de Risco 2200 560 986 1546 70% 654 Centro Situacional 1650 108 1331 1439 87% 211 Formação 6800 1499 941 2440 36% 4360 Investigação e Desenvolvimento 1400 105 445 550 39% 850 Recursos Comuns 1400 598 212 810 58% 590 550 140 10 150 27% 400 88250 54169 18216 72385 82% 15885 Outras actividades operacionais Total *Formação: previsão irrealista dos pagamentos previstos; os fundos transitados não foram devidamente analisados face às necessidades de reembolso **Investigação e Desenvolvimento: os contratos de estudos externos foram celebrados mais tarde do que o previsto devido a processos de adjudicação morosos (ausência de propostas conformes, relançamento de concursos) e à complexidade dos contratos ***Outras actividades operacionais: atrasos na execução do Sistema de Informação da Frontex (o processo de adjudicação demorou mais tempo do que o previsto) 3.3 Dotações 2010 * Tabela: ver Anexo E A afectação de fundos originalmente prevista para 2010 foi alterada durante o ano por transferências da responsabilidade do Director Executivo da Frontex. As transferências reflectiram a mudança de prioridades que ocorreu durante 2010, sobretudo para a Operação RABIT na Grécia, que teve início em Outubro e exigiu recursos imediatos. Em 2010, a Frontex consumiu 95% do seu orçamento disponível para dotações de autorização. As diferenças entre os títulos foram limitadas, com o Título 1 (Equipa) em 99%, o Título 2 (Outras despesas administrativas) em 80% e o Título 3 (Actividades operacionais) em 97%. Para além dos montantes atribuídos no final de 2010, a Frontex solicitou ao Conselho de Administração, em Fevereiro de 2011, uma “transição não automática de dotações” para casos em que o processo de adjudicação estava avançado. Quando recebeu a decisão positiva do Conselho de Administração, o gestor orçamental pôde subscrever os compromissos jurídicos e financeiros, que levaram à atribuição de 99% das dotações disponíveis da Frontex para 2010 (Título 1: 99%; Título 2: 97%; Título 3: 99%). 3.4 Outros aspectos de gestão financeira 3.4.1 Orçamento geral No gráfico seguinte, a distribuição do orçamento de 2010 demonstra a importância atribuída às actividades operacionais: um rácio de distribuição de 70:30. Dos fundos disponibilizados no 20 orçamento de 2010, 70% foram atribuídos a actividades operacionais. Este nível de distribuição é equivalente ao de 2009. Figura 4: Distribuição Orçamental Final Pessoal Outras Despesas Administrativas Actividades Operacionais 3.4.2 Orçamento operacional Do orçamento operacional para 2010 de 64,9 milhões de euros, 46% dos fundos disponíveis foram atribuídos a Operações Marítimas. Esta percentagem deve-se aos elevados custos de funcionamento do equipamento utilizado, nomeadamente embarcações de alto-mar ou aeronaves de patrulha. A segunda maior percentagem do orçamento operacional de 2010 foi atribuída a Actividades de Cooperação de Repatriação (14%), seguida de Fronteiras Terrestres e Formação (10% cada). Figura 5: Distribuição Orçamental Operacional Final Fronteiras terrestres Fronteiras marítimas Fronteiras aéreas Cooperação de repatriação Análise de risco Centro Situacional da Frontex Formação Investigação e Desenvolvimento Recursos comuns Outras actividades operacionais 21 3.4.3 Pagamentos Os níveis de pagamento do orçamento operacional de 2010 demonstram um aumento significativo em relação a 2009 (Anexo E – Dotações 2010) – por exemplo, na Unidade de Operações Conjuntas, foram pagos 79%, em comparação com 65% em 2009. Outras unidades/sectores referentes ao Título 3 revelaram igualmente uma melhoria, ainda que a um nível inferior. Foram identificados alguns atrasos no processo de adjudicação e foram tomadas medidas para os colmatar em 2011. 3.5 Sumário sobre questões de recursos humanos 3.5.1 Recrutamento O ano de 2010 foi bem-sucedido em matéria de recrutamento de pessoal. Todo o recrutamento teve como base a aplicação das normas adoptadas pelo Director Executivo, que normalizaram e harmonizaram os processos de recrutamento face a outras agências e à Comissão Europeia. No total, realizaram-se 74 processos de recrutamento em 2010. Decorrem neste momento processos de recrutamento iniciados em 2010 para quatro novos lugares, prevendo-se que estejam concluídos no primeiro trimestre de 2011. O número de funcionários no final de 2010 era 294, de um total de 298 aprovado no Quadro de Pessoal. Figura 6: Recrutamento 2010 Total recrutado por Novos lugares Novos lugares Novos lugares 2008 2009 2010 recrutados recrutados recrutados 2010 2010 2010 Vagas 2010 Substituições Total (2009-2010) recrutados recrutado por 2010 Quadro de Pessoal 2010 TA 100 1 11 22 -1 6 139 143 CA 60 0 5 8 -3 9 79 79 SNE 65 0 0 6 -10 15 76 76 Total 225 1 16 36 -14 30 294 298 Recrutamento 2010: O Anexo F e Anexo G mostram a distribuição de funcionários por Unidade da Frontex e o número de Agentes Temporários. 22 4. Histórias de sucesso 4.1 Operações Conjuntas Primeiro destacamento de Equipas de Intervenção Rápida nas Fronteiras (RABIT) Em final de Outubro de 2010, a Frontex recebeu a sua primeira solicitação de um Estado-Membro para o destacamento de equipas de intervenção rápida nas fronteiras (RABIT). Apesar de vários exercícios de preparação para testar e melhorar o mecanismo de destacamento, os procedimentos necessários nunca tinham sido testados num cenário real. Um dos maiores sucessos da Agência em 2010 foi a rapidez e a diligência com que todos os envolvidos responderam a esta situação. Os primeiros agentes convidados começaram a chegar quatro dias após o pedido do Governo grego. A subsequente operação de quatro meses gerou resultados evidentes na redução da migração ilegal na fronteira terrestre entre a Grécia e a Turquia. Em matéria da média diária de migrantes ilegais que atravessaram a fronteira, entre os primeiros destacamentos em Novembro de 2010 e o final da operação em Março de 2011, registou-se uma redução de 76%. Além disso, foram reunidas informações úteis sobre os modi operandi dos passadores de migrantes da região e foram efectuadas várias detenções por facilitação. No âmbito da sensibilização situacional, vigilância e informação, o primeiro destacamento RABIT pode ser considerado um sucesso evidente. A cooperação entre agências foi igualmente testada pela primeira vez no terreno e revelou-se exemplar. O sucesso na vertente do controlo das fronteiras não foi acompanhado de resultados favoráveis na vertente humanitária. Ocorreram muitos problemas no acolhimento de detidos e no tratamento dos seus processos. Cooperação Reforçada com Organizações Internacionais A Operação Conjunta Agelaus 2010 realizou-se em Novembro de 2010, sob a égide do programa Pulsar. A operação foi iniciada para fazer face à migração ilegal que envolve crianças nas fronteiras aéreas externas da UE, a fim de melhorar o combate ao tráfico de seres humanos e a outros tipos de criminalidade transfronteiras. Esta operação concentrou-se na identificação de vítimas e na sensibilização neste domínio. A criação e a execução desta operação conjunta a nível da UE destinavam-se a obter uma maior sensibilização, melhorar a cooperação e elaborar, em conjunto com os Estados-Membros, políticas e procedimentos pró-activos mais coerentes para fazer face à migração ilegal que envolve crianças que desembarcam nos aeroportos da UE. A operação procurou igualmente fornecer a base para uma resposta mais flexível às capacidades adaptáveis dos passadores de migrantes e da criminalidade organizada envolvida em actividades de tráfico de crianças. Em resultado desta operação conjunta, foi detectado um total de 174 casos de crianças que imigravam ilegalmente para a UE (90 rapazes e 84 raparigas) – 143 acompanhadas por adultos e 31 não acompanhadas. Um dos principais objectivos da Frontex foi manter o desenvolvimento da cooperação com organizações internacionais através de um convite para participarem pela primeira vez numa operação conjunta. O papel dos membros do gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e da Organização Internacional para as Migrações (OIM) que participaram na operação consistiu no apoio aos guardas de fronteira dos Estados-Membros anfitriões nos procedimentos estabelecidos para a identificação de vítimas de tráfico em aeroportos europeus seleccionados. A participação das organizações internacionais após a operação envolveu igualmente a discussão de possibilidades para aperfeiçoamentos e a definição de melhores práticas para futuras actividades. 23 Maior participação de observadores de países terceiros nas actividades operacionais conjuntas nas fronteiras terrestres A maior cooperação com o Serviço de Guardas de Fronteira da Federação Russa pode ser considerada um dos maiores sucessos no domínio das operações conjuntas nas fronteiras terrestres. Pela primeira vez, foram destacados observadores do Serviço de Guardas de Fronteira russo durante um período de um mês na fronteira entre a Grécia e a Turquia, no quadro da Operação Conjunta Poseidon 2010 Land. Os observadores foram destacados para pontos de passagem de fronteira e para unidades de controlo de fronteira, de acordo com a sua experiência e perfil. Além disso, a participação activa de observadores sérvios durante a Operação Conjunta Neptune 2010 foi importante pela maior oportunidade de intercâmbio de informações operacionais e pelas decisões necessárias tomadas no terreno. Durante três fases operacionais da operação conjunta, foram destacados observadores sérvios para a fronteira entre a Hungria e a Sérvia, a fim de apoiarem controlos fronteiriços e a vigilância de fronteiras. Além disso, há a registar o desempenho de tarefas permanentes por funcionários sérvios no Centro de Coordenação Local da Frontex em Kiskunhalas. Estes funcionários apoiaram o coordenador da Frontex na supervisão permanente da situação na zona operacional do lado sérvio e organizaram directamente as acções tácticas das unidades de polícia de fronteira sérvia, fornecendo recomendações sobre possíveis alterações nas patrulhas móveis sérvias. O destacamento de oficiais de polícia de fronteira sérvios no centro de vigilância de uma torre de observação termográfica na Hungria durante o período nocturno também se revelou muito eficaz. Os observadores sérvios estavam em contacto permanente com as suas patrulhas móveis a fim de impedirem travessias ilegais de fronteira da Sérvia para a Hungria. A participação da polícia de fronteira sérvia na Operação Conjunta Neptune está igualmente prevista para 2011, o que permitirá uma maior cooperação no domínio da segurança fronteiriça. Primeira aeronave fretada pela Frontex para uma operação conjunta de repatriação Em 28 de Setembro de 2010, a Frontex realizou com sucesso uma operação conjunta de repatriação (OCR) para a Geórgia, em parceria com a Polónia. Esta operação foi pela primeira vez realizada com recurso a uma aeronave fretada directamente pela Frontex, após um amplo processo de concurso. A Frontex, enquanto coordenadora e organizadora conjunta desta OCR, colaborou em proximidade com a Guarda de Fronteiras polaca, que desenvolveu um trabalho competente durante as fases de preparação e de realização da operação. A OCR contou com a participação de três Estados-Membros: Áustria, França e Alemanha. Durante a OCR foram repatriados 59 cidadãos georgianos sem quaisquer obstáculos. 4.2 Investigação e Desenvolvimento Um dos domínios de concentração da Frontex são os sistemas automáticos de passagem das fronteiras, que utilizam tecnologias biométricas para facilitar a passagem dos viajantes com passaportes electrónicos nos pórticos electrónicos. Os sistemas automáticos de controlo representam o primeiro domínio em que a Frontex desenvolveu melhores práticas e orientações destinadas à consecução de uma harmonização em toda a UE no âmbito de aspectos técnicos, operacionais e do bem-estar dos passageiros. Os Estados-Membros com sistemas automáticos de controlo plenamente funcionais ou em fase de teste participaram num grupo de trabalho liderado pela Frontex com o objectivo de elaborar um documento prático abrangendo questões técnicas essenciais, orientações operacionais sobre como gerir um sistema automático de controlo de fronteiras e conselhos úteis sobre como criar uma experiência positiva para os passageiros. Os Estados-Membros participantes desenvolveram análises e discussões extremamente proveitosas, seguindo sempre o princípio de “um espaço Schengen – uma fronteira”. O relatório resultante (Orientações de Melhores Práticas para Sistemas Automáticos de Controlo das Fronteiras) constitui uma referência sólida para operadores actuais e futuros destes sistemas, assim como para os 24 decisores e os fornecedores do sector, que dispõem agora de uma visão unificada dos benefícios, desafios e oportunidades reais que estes sistemas podem trazer à gestão de fronteiras na UE. O desenvolvimento do Sistema Europeu de Vigilância das Fronteiras (EUROSUR) prossegue, sendo um esforço conjunto dos Estados-Membros, da Comissão e da Frontex. A Frontex dá continuidade ao projecto-piloto EUROSUR destinado a criar uma rede de base EUROSUR que ligue os Centros de Coordenação Nacionais e a Frontex. Para concretizar esta rede de base EUROSUR, no final de 2009 a Frontex criou um grupo de trabalho de representantes dos Estados-Membros e da Comissão. Este grupo de trabalho atingiu três objectivos importantes em 2010: a definição e a contratação em concurso público do projectopiloto EUROSUR; o acordo de um modelo de dados inicial EUROSUR e de uma política de visualização para a rede EUROSUR; e consenso quanto a um Memorando de Entendimento que atribui tarefas na execução do projecto-piloto aos participantes, já assinado no início de 2011. 4.3 Formação Quadro Comum de Formação para Equipas Caninas de Guardas de Fronteira da UE Em Junho de 2010, a Frontex realizou um seminário prático para equipas caninas de Guardas de Fronteira europeias. No total, participaram 82 treinadores de cães e os respectivos animais neste evento de formação único. Os participantes contribuíram para a criação da primeira ferramenta audiovisual comum de formação para formadores de treinadores de cães de guarda de fronteiras. O número total de treinadores de cães de 26 Estados-Membros que participaram no seminário confirma a aceitação e a credibilidade da formação de equipas caninas de guardas de fronteira da Frontex. O desenvolvimento de um quadro comum de formação neste domínio teve início em 2006, com a participação de cinco países no início da criação de um manual comum para a formação de treinadores de cães. O facto de 35 países – Estados-Membros, países associados de Schengen e países com um acordo de trabalho – terem em curso o processo de aplicação do manual das “Normas comuns para a formação de treinadores de cães” demonstra a qualidade e a aceitação desta ferramenta comum. A Frontex prestou apoio à execução nacional das normas comuns através da sua tradução para 30 línguas e do desenvolvimento da ferramenta audiovisual de formação para formadores. A criação de um conselho de peritos e de uma colaboração em rede entre os centros europeus de treino de cães constitui mais um elemento do quadro comum de formação para equipas caninas de guardas de fronteira da UE pela Frontex. O ano de 2011 é dedicado ao desenvolvimento de módulos de formação especializada e a um sistema de certificação. Programa de Mobilidade de Professores CCC A Frontex organizou a fase-piloto do programa de mobilidade curricular comum de professores (CCC) em 2010, que obteve um resultado positivo claro: o programa terá continuidade porque contribui para a interoperabilidade dos guardas fronteiriços e representa a primeira medida no sentido da execução de programas de intercâmbio do “tipo Erasmus” para professores e estudantes dos cursos de guardas fronteiriços. Este programa é concebido especificamente para professores de cursos de guardas fronteiriços ao nível básico de formação. Os formadores têm assim a possibilidade de presenciarem o mecanismo de cooperação durante operações conjuntas nas fronteiras externas da UE. Os professores são destacados na operação conjunta como observadores, o que lhes permite transferir as informações recolhidas e as suas experiências pessoais para o sistema nacional de formação, no âmbito da abordagem holística da Frontex à execução do programa CCC. Desde que desenvolveu o programa de mobilidade curricular comum de professores para a formação de base de guardas de fronteira na UE (CCC) em 2007, a Frontex tem prestado apoio à 25 sua execução nacional. O CCC está agora traduzido em todas as línguas nacionais necessárias e foi implantado em todos os Estados-Membros e países associados de Schengen. A cooperação a nível da UE na formação de base de guardas de fronteira é ainda apoiada pela Frontex no âmbito do programa de mobilidade de professores CCC. A fase-piloto do programa de mobilidade de professores CCC foi desenvolvida em consonância com as recomendações de um estudo externo [12] . No seguimento dos resultados da sobre o sistema de quantificação e de avaliação do CCC avaliação da fase-piloto, o programa de mobilidade de professores CCC prosseguirá em 2011. 4.4 Recursos Comuns – Apoio essencial à primeira operação RABIT Em final de Outubro de 2010, a Frontex recebeu o seu primeiro pedido de destacamento de equipas de intervenção rápida nas fronteiras (RABIT) por parte de um Estado-Membro. Apesar de vários exercícios de preparação destinados a testar e a melhorar o mecanismo de destacamento, os procedimentos necessários nunca tinham sido testados num cenário real, e foram activados pela primeira vez. A Unidade de Recursos Comuns (PRU) foi chamada a coordenar e a gerir o destacamento urgente e extraordinário para a fronteira externa terrestre entre a Grécia e a Turquia de 170 guardas de fronteira (média diária) e de equipamento técnico pesado de 26 Estados-Membros participantes. Este destacamento de recursos operacionais para o controlo de fronteiras a uma escala sem precedentes implicou múltiplas tarefas, designadamente a coordenação de preparativos de viagem para todos os guardas de fronteira, de automóvel, de carro-patrulha, em autocarros policiais, em voos comerciais ou estatais; a gestão da sua chegada à zona operacional em Orestiada e Alexandroupolis; além da organização no teatro de operações de equipamento técnico, aparelhos de telecomunicações e de gabinetes móveis para actividades de informação e fiscalização. Um dos maiores sucessos da Agência em 2010 foi a celeridade e a diligência com que todos os envolvidos responderam ao desafio. Os primeiros oficiais convidados começaram a chegar ao terreno apenas quatro dias após a recepção do pedido do Governo grego. A subsequente operação de quatro meses obteve resultados visíveis na redução da migração ilegal na fronteira terrestre entre a Grécia e a Turquia. Durante a operação, foi gerido um destacamento total de 337 pessoas, fornecendo uma força de trabalho total de 11 971 dias/homem à operação, 1 aeronave de asa fixa, 1 helicóptero, 9 autocarros, 27 carros-patrulha, 10 veículos termográficos e 2 “autocarros Schengen” para uso operacional. O sucesso do destacamento foi facilitado por um programa de preparação que se encontrava em desenvolvimento desde a criação do mecanismo RABIT em 2007. Foram realizados treinos de formação inicial, seminários e exercícios de destacamento em cooperação com as autoridades nacionais responsáveis pela gestão dos peritos e de equipamentos comuns – a Rede de Recursos Comuns. Estes instrumentos testaram e desenvolveram gradualmente processos internos na Frontex e identificaram melhores práticas a nível nacional, contribuindo assim para a preparação da Agência e dos Estados-Membros para uma operação desta escala e natureza. No que respeita aos números médios diários de migrantes ilegais que atravessam a fronteira, entre os primeiros destacamentos em Novembro de 2010 e o final da operação em Março de 2011, registou-se uma redução de 76%. Além disso, mais de 90% de todos os migrantes detectados foram fiscalizados para identificação da sua nacionalidade, foi reunida informação útil sobre os modi operandi dos passadores de migrantes da região, e foram efectuadas investigações e detenções pelas autoridades gregas. Em matéria de consciência, fiscalização e informação situacional, o primeiro destacamento RABIT pode ser considerado um sucesso inquestionável. A cooperação entre agências foi igualmente testada no terreno pela primeira vez e demonstrou-se exemplar. 4.5 Comunicação [12] [“Common Core Curriculum / Interoperability Assessment Program” realizado pela Universidade de Jyväskylä / The Finnish Institute for Educational Research (JU / FIER) 26 Dia Europeu dos Guardas de Fronteira (ED4BG) A Frontex criou o Dia Europeu dos Guardas de Fronteira (ED4BG), um evento destinado ao desenvolvimento da fiscalização de fronteiras e da interoperabilidade na gestão de fronteiras. Este evento destinado aos guardas de fronteira pode tornar-se um marco anual neste domínio, ao promover uma identidade comum para os guardas de fronteira europeus e ao criar uma plataforma para o intercâmbio de informações entre um leque amplo de peritos do sector da segurança de fronteiras. A jornada destina-se a reforçar e a melhorar a comunidade de 400 000 guardas de fronteira europeus, através da divulgação do seu trabalho e da criação de um fórum para a discussão e intercâmbio de melhores práticas. O primeiro ED4BG teve lugar em Varsóvia, na Polónia, em 25 de Maio de 2010. Este evento incluiu uma conferência principal, seguida de pequenos painéis de discussão e de exposições da indústria, da autoridade nacional de Guarda de Fronteiras e de instituições de formação, uma exposição de fotografias e a exibição de filmes sobre fronteiras. No total, participaram mais de 900 pessoas neste evento, que trocaram opiniões e experiências e discutiram possibilidades de cooperação futura. Além da conferência principal, dedicada ao futuro da Frontex, decorreram quatro debates especializados sobre temas tão diversos como os direitos humanos, os futuros aperfeiçoamentos dos guardas de fronteira e as tecnologias utilizadas no controlo de fronteiras, ou a cooperação entre agências. Estiveram presentes no evento 23 oradores em representação da Comissão Europeia, do Parlamento Europeu, dos governos nacionais, de várias autoridades de Estados-Membros e de especialistas e peritos de alto nível em matéria de gestão de fronteiras. Além disso, as apresentações dos departamentos de Fronteiras Marítimas e Aéreas, da Unidade de Formação da Frontex e do Centro Situacional da Frontex proporcionaram uma visão geral das actividades da Agência. O evento incluiu igualmente: • A presença de 27 autoridades nacionais de 23 Estados-Membros, que estabeleceram normas de apresentação e de partilha de conhecimentos com colegas de diferentes países. • A exibição de um filme com 14 documentários sobre temas de migração ilegal, tráfico de seres humanos e do trabalho efectivo dos guardas de fronteira. • Uma exposição de fotografias com os melhores exemplares de um concurso entre gabinetes de guardas de fronteira de toda a Europa. O espírito competitivo foi muito elevado e foram propostas a concurso mais de 100 fotografias que demonstraram os contextos muito distintos em que trabalham quotidianamente os funcionários das fronteiras. Foi igualmente concebido, desenvolvido e aplicado todo um pacote de identidade empresarial para o evento, que incluiu um logótipo, a concepção gráfica de artigos de escritório, publicações, bancas e comunicações internas, brindes, materiais audiovisuais e um sítio Web específico. A Equipa de Informação e Transparência foi responsável pelo conteúdo do evento e por todas as actividades de comunicação, assim como pelos aspectos organizativos e logísticos. Gestão de comunicação RABIT 2010 A Equipa de Informação e Transparência esteve profundamente envolvida no destacamento RABIT na Grécia, no desenvolvimento de normas de imprensa para a operação, na criação de um gabinete de imprensa temporário em Orestiada e na gestão de jornalistas no terreno em colaboração com as autoridades gregas. Esta equipa realizou igualmente sessões de sensibilização sobre a comunicação social destinadas aos funcionários destacados nesta operação. Além disso, a equipa reuniu fotografias e materiais audiovisuais para utilização dos jornalistas. Tendo em conta que o interesse da comunicação social era muito elevado, a Equipa de Informação e Transparência geriu esta vertente durante a operação através da disponibilização de sessões de esclarecimento e de materiais informativos, de entrevistas, da organização de 27 entrevistas com as equipas RABIT e com funcionários gregos, e de visitas à zona operacional para mostrar o trabalho dos guardas de fronteira à comunicação social. A equipa criou igualmente uma página de Internet no sítio Web da Frontex dedicada especificamente à operação RABIT, contendo inclusivamente informações de contextualização, mapas e comunicados de imprensa. Os meios de comunicação social que visitaram a zona operacional incluíram: Agence France Press, Europe by Satellite, SR EkotNews, Swedish Broadcasting Coor-poration, Associated Press, Kathemerini, Makedonia, NRC Handelsblad, News (verlags-gruppe.news), de Volkskrant, NRK, The Washington Post, APE, SVT, Reuters TV, TV 5, Europe 1, London Time, ARD, ZDF, Premiere Nouvelle, Deutche Welle, BBC Panorama, National Public Radio, TIME, Sveriges Radio, Handelsblatt, Al Jazeera, Sabah, Nitro, KRO TV, De Groene Amsterdamer, TV 2 Denmark, KRO Radio, France 24, France 2,TV5, MTV3, RTL, Panos Picture, Financieel Dagblad, Liberation, Le Nouvel Observateur, Le Figaro, KMAR Magazine, Svenska Dagbladet, BBC TV, Radio Suisse Romande, La Croix, La Province, Deutsche Welle, Radio France International, Die Tageszeitung, TF1, ERT, JYLLAND-POSTEN, Der Spiegel, Hamburger Abendblatt, Die Welt, Berliner Morgenpost, Helsingin Sanomat, DK Public Service TV DR, RTL. 28 29 5. Anexos Anexo A : Lista de membros do Conselho de Administração País Nome Cargo Instituição Áustria Sr. Robert Strondl Presidente do Conselho de Administração da Frontex, Major-General, Responsável pelo Departamento de “Questões Operacionais” Ministério do Interior Bélgica Sr. Marc Van Den Broeck Comissário Geral, Director Polícia Federal Sr. Zaharin Penov Comissário, Director Direcção-Geral da “Polícia Fronteiriça” Sr. Theodoros Achilleos Chefe Superintendente Comandante da Unidade de Estrangeiros e Imigração Comissariado-Geral da Polícia Chipre Sr. Emilios Lambrou (a partir de 29 Jan. 2010) Superintendente, Comandante da Unidade de Estrangeiros e Imigração Polícia de Chipre Rep. Checa Sr. Vladislav Husak Director Direcção dos Estrangeiros e Polícia Fronteiriça da República Checa Sr. Hans-Viggo Jensen Comissário Adjunto Nacional Polícia Nacional da Dinamarca Sr. Ole Andersen (a partir de 14 Junho 2010) Comissário Adjunto Nacional Polícia Nacional da Dinamarca, Serviço de Estrangeiros Sr. Roland Peets Director-Geral Conselho da Guarda Fronteiriça Sr. Tönu Hunt (a partir de 10 Jan. 2010) Director-Geral Adjunto da Guarda Fronteiriça Polícia e Conselho da Guarda Fronteiriça Sr. Jaakko Kaukanen Chefe da Guarda Fronteiriça Finlandesa, Tenente-General Guarda Fronteiriça Finlandesa Sr. Francis Etienne Director de Imigração Ministério da Imigração, da Integração, Identidade Nacional e Desenvolvimento Solidário França Sr. François Lucas (a partir de 22 Outubro 2010) Director de Imigração Alemanha Sr. Peter Christensen Director-Geral Adjunto Sr. Ralf Göbel (a partir de 18 Jan. 2010) Director-Geral Adjunto Departamento da Polícia Federal Grécia Sr. Vasileios Kousoutis Brigadeiro-General da Polícia Ministério do Interior, Comissariado-Geral da Polícia Helénica, Divisão de Estrangeiros Hungria Sr. József Bencze Comissário-Chefe do Comissariado-Geral da Polícia Nacional Polícia Nacional Húngara Sr. József Hatala (a partir de 04 Nov. 2010) Comissário-Chefe do Comissariado-Geral da Polícia Nacional Sr. Felice Addonizio Director da Polícia Fronteiriça e Serviço de Estrangeiros Ministério do Interior Sr. Normunds Gar-bars Coronel/Chefe da Guarda Fronteiriça do Estado Guarda Fronteiriça Sr. Saulius Stripeika Comandante/General Bulgária Dinamarca Estónia Finlândia Itália Letónia 30 Ministério Federal do Interior País Nome Cargo Instituição Lituânia Sr. Vainius Butinas (a partir de 18 Março 2010) Comandante do Serviço de Guarda Fronteiriça do Estado Serviço de Guarda Fronteiriça do Estado do Ministério do Interior da República da Lituânia Luxemburgo Sr. Pascal Schumacher Conselheiro do JAI Representação do Luxemburgo junto da União Europeia Malta Sr. Neville Xuereb Superintendente Secção Especial da Força Policial de Malta Países Baixos Sr. Dick Van Putten Tenente-General CINC Royal Marechausse Polónia Sr. Leszek Elas Brigadeiro-General, ComandanteChefe da Guarda Fronteiriça Guarda Fronteiriça Polaca Portugal Sr. Manuel Jarmela Palos Presidente Adjunto do Conselho de Administração da Frontex, Director Nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras Serviço de Estrangeiros e Fronteiras Sr. Ioan Buda Inspector-Geral Inspecção-Geral da Polícia Fronteiriça Romena Sr. Tibor Mako Director-Geral, Coronel Sr. Robert Zaplatlek (a partir de 07 Abril 2010) Director da Polícia Fronteiriça e Estrangeiros Sr. Lúdovit Biro (a partir de 01 Outubro 2010) Director da Polícia Fronteiriça e Estrangeiros Eslovénia Sr. Marko Gasperlin Director Adjunto, Superintendente da Polícia Ministério do Interior, Direcção-Geral da Polícia Espanha Sr. Juan Enrique Taborda Alvarez Comissário Geral de Estrangeiros e Fronteiras Força Policial Nacional Sra. Therese Mattsson Comissária Chefe da Polícia Criminal Nacional Roménia Eslováquia Suécia Comissão Europeia Sr. Jonathan Faull Director-Geral Sr. Stefano Manservisi (a partir de 01 Julho 2010) Director-Geral Sr. Jean-Louis De Brouwer Director-Geral Adjunto Gabinete da Polícia Fronteiriça e Estrangeiros, Ministério do Interior da República Eslovaca Comissão Europeia Representantes do Conselho de Administração País Nome Cargo Instituição Suíça Sr. Héribert Wider Chefe da Secção de Operações Guarda Fronteiriça Suíça Islândia Sra. Sigrídur Björk Gudjónsdóttir Comissária Distrital Distrito Policial de Sudurnes Noruega Sr. Stein Ulrich Consultor Sénior do Comissário Nacional de Polícia – Consultor de Direcção Nacional de Polícia Assuntos Internacionais Participantes Convidados País Nome Cargo Instituição Irlanda Sr. John O’Driscoll Chefe de Gabinete Gabinete Nacional de Imigração de Garda Reino Unido Sr. Tom Dowdall Director, Operações Europeias Agência de Fronteiras e Imigração 31 Anexo B : Actividades operacionais 2010 Fronteiras Marítimas Nome Área Operacional Duração (dias) Países Participantes EPN-Hera 2010 Águas do Oceano Atlântico entre os países do Noroeste Africano e as Ilhas Canárias 365 Espanha (anfitrião), Islândia, Itália, Luxemburgo EPN-Indalo 2010 Mediterrâneo Ocidental 150 Espanha (anfitrião), Bélgica, Islândia, Itália, França, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal, Eslováquia EPN-Minerva 2010 Mediterrâneo Ocidental (portos marítimos) 36 Espanha (anfitrião), Áustria, Bélgica, França, Itália, Lituânia, Países Baixos, Noruega, Portugal, Roménia, Eslovénia, Eslováquia EPN-Hermes 2010 Mediterrâneo Central 138 Itália (anfitrião), França, Luxemburgo, Letónia, Eslováquia, Espanha 365 Grécia (anfitrião), Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Dinamarca, Estónia, Finlândia, França, Hungria, Islândia, Itália, Lituânia, Letónia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Noruega, Polónia, Portugal, Roménia, Suécia, Eslovénia, Eslováquia, Reino Unido JO Poseidon 2010 Sea Mediterrâneo Oriental Fronteiras Terrestres Nome Área Operacional Duração (dias) Países Participantes JO Poseidon 2010 Land Fronteiras terrestres externas do Sudeste da UE (Grécia, Bulgária) 185 Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, República Checa, Dinamarca, Estónia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Itália, Letónia, Lituânia, Malta, Países Baixos, Noruega, Polónia, Roménia, Portugal, Eslováquia, Espanha, Eslovénia, Reino Unido JO Focal Points 2010 Land Fronteiras terrestres do Leste e Sul (Finlândia, Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia, Eslováquia, Hungria, Roménia, Bulgária, Eslovénia, Grécia) 306 Áustria, Alemanha, Roménia, Eslováquia, Letónia, Estónia, Eslovénia, Bulgária, Hungria, Polónia, Itália, Lituânia, Finlândia, Grécia, Países Baixos, Ucrânia, Bielorrússia, Federação Russa, Sérvia JO Jupiter 2010 Fronteiras terrestres externas do Leste da UE (Polónia, Eslováquia, Hungria, Roménia) 112 Áustria, Bélgica, Bulgária, República Checa, França, Alemanha, Polónia, Roménia, Finlândia, Grécia, Hungria, Letónia, Lituânia, Países Baixos, Eslovénia, Eslováquia, Portugal, Estónia, Espanha, Noruega, Suécia, Moldávia, Ucrânia JO Neptune 2010 Fronteiras terrestres dos Balcãs Ocidentais (Eslovénia, Hungria, Roménia) 84 Áustria, Bélgica, Bulgária, República Checa, Alemanha, Dinamarca, Estónia, França, Grécia, Hungria, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Países Baixos, Noruega, Polónia, Roménia, Eslovénia, Eslováquia, Espanha, Reino Unido, Croácia, Sérvia JO Mars 2010 Fronteiras terrestres Orientais com a Federação Russa e a República da Bielorrússia (Polónia, Lituânia, Letónia, Estónia, Finlândia e Noruega) 15 Áustria, Polónia, Lituânia, Letónia, Estónia, Finlândia, Noruega, Alemanha, Eslováquia, Espanha, Federação Russa, República da Bielorrússia Fronteiras Aéreas Nome Área Operacional Duração (dias) Países Participantes JO Focal Point 12 aeroportos Todo o ano Áustria, Bélgica, República Checa, Dinamarca, Estónia 32 Nome 2010 Área Operacional Duração (dias) Países Participantes Finlândia França, Alemanha, Grécia Hungria, Itália, Letónia, Lituânia, Malta, Países Baixos, Polónia, Portugal, Roménia, Eslováquia, Suécia Espanha JO Hammer 2009 Estónia, Finlândia, Islândia, Letónia, Lituânia, Suécia, Noruega, Polónia, República Checa, Alemanha, França, Países Baixos, Portugal, Roménia, Espanha Quarta fase operacional: 21 Quinta fase operacional: 21 Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, República Checa, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Itália, Islândia, Irlanda, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Países Baixos, Noruega, Polónia, Portugal, Roménia, Eslováquia, Espanha, Eslovénia, Suécia, Reino Unido JO Hubble 2010 28 aeroportos de 20 países envolvidos (9 anfitriões) 28 dias (784 dias/homem) Áustria, Bélgica, República Checa, Dinamarca, Estónia, Finlândia, França, Alemanha, Hungria, Letónia, Luxemburgo, Países Baixos, Noruega, Polónia, Portugal, Roménia, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Suécia e Reino Unido. JO Hydra prolongada 2010 30 aeroportos 27 (702 dias/homem) Áustria, Bélgica, República Checa, Estónia, Finlândia, França, Alemanha, Letónia, Países Baixos, Polónia, Roménia, Eslováquia, Suécia e Reino Unido JO Agelaus 2010 42 aeroportos de 15 países 28 (840 dias/homem) Áustria, Bélgica, Bulgária, República Checa, Dinamarca, Estónia, Finlândia, França, Alemanha, Itália, Letónia, Países Baixos, Noruega, Polónia, Roménia, Eslovénia e Espanha JO Meteor 2010 18 funcionários destacados no aeroporto OTP 13 (234 dias/homem) Áustria, Bulgária, Estónia, Finlândia, Alemanha, Itália, Países Baixos, Portugal, Roménia, Eslováquia, Eslovénia e Espanha Operações de Repatriação Nome Área Operacional Duração (dias) Países Participantes ATTICA 2010 (desenvolvimento de capacidades de repatriação) Grécia 393 Áustria, Bélgica, Chipre, Dinamarca, França, Alemanha, Hungria, Letónia, Polónia, Roménia, Eslovénia, Espanha, Suécia, Reino Unido MELITA 2010 Malta 303 Operações Conjuntas de Repatriação Destino EstadoMembro Organizador Estados-Membros Participantes Número de Repatriados Kosovo e Albânia Áustria Áustria, Reino Unido, França, Alemanha, Suécia 53 Nigéria Áustria Áustria, República Checa, França, Alemanha, Hungria, Noruega, Polónia, Espanha, Grécia, Malta 63 Colômbia e Equador Espanha Espanha, França, Itália 118 Burundi Suécia Suécia, Noruega, Países Baixos 21 Nigéria Reino Unido Reino Unido, França, Irlanda, Espanha 77 Kosovo e Albânia Áustria Áustria, Alemanha, Polónia, Eslováquia 54 Geórgia Espanha Espanha, Grécia, Suíça, Noruega, Polónia, França 35 Iraque Suécia Suécia, Noruega 44 Nigéria e Gâmbia Áustria Áustria, Irlanda, Chipre, Polónia, Suécia, Alemanha, Finlândia, Grécia, Noruega 48 Nigéria França França, Países Baixos, Suécia, Espanha, 46 33 Destino EstadoMembro Organizador Estados-Membros Participantes Kosovo e Albânia Áustria Áustria, França, Islândia 31 Nigéria Itália Itália, Alemanha, Grécia, Áustria, Noruega 51 Geórgia e Arménia Áustria Áustria, Polónia, Espanha, Suécia, França 40 Geórgia Alemanha Alemanha, Polónia 27 Kosovo Finlândia Finlândia, Áustria, Alemanha, França 85 Nigéria e Camarões Países Baixos Países Baixos, Bélgica, Reino Unido, Alemanha 31 Nigéria Irlanda Irlanda, Luxemburgo 28 Geórgia e Arménia Áustria Áustria, Polónia, Alemanha, Suécia 28 Nigéria Áustria Áustria, Alemanha, Hungria, Suécia, Grécia 45 Colômbia e Equador Espanha Espanha, França, Itália, Países Baixos 97 Kosovo Áustria Áustria, Alemanha, Suécia 54 Ucrânia Espanha Espanha, França, Itália 22 Iraque Suécia Suécia, Noruega, Países Baixos, Reino Unido 56 Nigéria Áustria Áustria, Alemanha, França, Hungria, Polónia, Grécia 43 Nigéria Itália Itália, Noruega, França, Espanha 45 Número de Repatriados Hungria, Noruega Kosovo Alemanha Alemanha, Áustria, França, Suécia 60 Geórgia Espanha Espanha, Grécia, França, Chipre 36 Kosovo e Albânia Áustria Áustria, Alemanha, Eslováquia, Reino Unido 61 Nigéria Áustria Áustria, Grécia, Malta, Polónia, Eslovénia 57 Iraque Suécia Suécia, Países Baixos, Noruega, Reino Unido 54 Kosovo Alemanha Alemanha, Áustria, França 65 Geórgia Frontex / Polónia Polónia, Áustria, França, Alemanha 59 Nigéria e Camarões Países Baixos Países Baixos, Áustria, Reino Unido, Espanha, Bélgica, Noruega, Suécia, Alemanha, França 48 34 Nigéria Itália Itália, Noruega, Malta 36 Ucrânia Espanha Espanha, Itália, França 24 Nigéria Irlanda Irlanda, Áustria Reino Unido, Alemanha, Hungria 94 Nigéria Reino Unido Reino Unido, Áustria, Suécia, Noruega, Finlândia, Eslovénia, França 60 Kosovo Alemanha Alemanha, Áustria, Hungria, Suécia 75 Síria Chipre Chipre, Grécia 67 Anexo C : Análise Comparativa das Operações Conjuntas * Valores entre parênteses: 2010/2009 Fronteiras terrestres Em geral, a intensidade das actividades nas fronteiras terrestres externas aumentou a par do incremento da dotação orçamental (6 702 000 euros em 2010 face a 5 780 000 em 2009). A fronteira terrestre entre a Grécia e a Turquia tornou-se o centro de gravidade de todas as actividades de fronteira terrestre. A Operação Conjunta Poseidon Land foi prolongada e tornou-se uma operação permanente até ter sido suspensa provisoriamente e substituída pelo destacamento RABIT nessa secção da fronteira terrestre. O prolongamento da Operação Conjunta Poseidon Land e o destacamento RABIT resultaram num aumento significativo de recursos humanos e técnicos. O número de Estados-Membros/SAC que participaram nas operações conjuntas na fronteira terrestre em 2010 aumentou em relação a 2009 (27/26), enquanto o número de Estados-Membros anfitriões permaneceu inalterado. Simultaneamente, o número de dias operacionais aumentou em 18% (4 880/4 003 dias/homem). Devido a uma intensa actividade operacional na fronteira entre a Grécia e a Turquia, o número total de peritos em controlo de fronteiras destacados em todas as operações conjuntas de fronteira terrestre aumentou em 25% no ano de 2010 (931/747), enquanto o número de dias/homem duplicou (35 710 em 2010 face a 17 310 em 2009). Os recursos humanos foram apoiados activamente pelo destacamento de meios técnicos, sobretudo meios aéreos (17/16), assim como equipamento móvel e portátil de visão nocturna, carros-patrulha e detectores de batimentos cardíacos. No total, foram utilizados 20 cães de serviço nas operações conjuntas de fronteira terrestre, o que representou um grande aumento em comparação com 2009 (quatro). Ao referir as operações conjuntas nas fronteiras terrestres em 2010, deve destacar-se a cooperação reforçada com países terceiros vizinhos. Sete países vizinhos estiveram envolvidos activamente nas actividades operacionais da Frontex nas fronteiras terrestres (6 em 2009), de que se destaca a participação activa da Federação Russa e da Sérvia nas actividades conjuntas. A preparação eficaz dos destacamentos de peritos no domínio dos veículos furtados nos Pontos Focais resultou na detecção de um número elevado de veículos furtados (365), que pode ser considerada um dos resultados mais positivos das actividades conjuntas nas fronteiras terrestres em 2010. Os peritos de informação (debriefing) destacados na fronteira terrestre entre a Grécia e a Turquia no quadro da Operação Conjunta Poseidon Land e da Operação RABIT contribuíram significativamente para a recolha de informações em matéria das rotas e dos modi operandi utilizados, com um destaque específico atribuído à obtenção de informações sobre as redes de passadores de migrantes envolvidas. A informação reunida contribuiu para um melhor planeamento operacional e táctico, apoiando assim as actividades operacionais. Em resumo, a execução de actividades operacionais conjuntas coordenadas nas fronteiras terrestres externas da UE demonstrou uma eficácia muito superior. Em 2011 será obtida uma maior coordenação e harmonização entre os diferentes tipos de actividades operacionais através da criação do Programa Plurianual Pluto. Apesar desta evolução positiva, sobretudo no quadro das operações Poseidon Land e RABIT, este programa destina-se, entre outros aspectos, a melhorar as competências e o perfil dos peritos. Fronteiras aéreas O número de dias operacionais no âmbito das operações conjuntas nas fronteiras aéreas aumentou 81% (3 712 em 2010 face a 2 040 em 2009) devido a um destacamento estável mas mais prolongado de funcionários (489 em 2010 face a 456 em 2009). Esta actividade operacional foi intensificada, apesar de uma dotação orçamental inferior para as operações conjuntas nas fronteiras aéreas – menos 21% do que no ano anterior (2 078 632 euros em 2010 em comparação com 2 623 732 euros em 2009). O número de Estados-Membros/SAC participantes permaneceu muito elevado (30 EM/SAC face a 28 em 2009). O Programa Plurianual Pulsar reuniu todas as operações conjuntas e projectos-piloto no domínio das fronteiras aéreas de forma estruturada e flexível com base numa perspectiva de análise de risco. Um dos novos elementos deste quadro foi a Operação Conjunta Meteor, que ocorreu pela primeira vez no Aeroporto Otopeni de Bucareste (foram destacados 18 funcionários de 11 EM/SAC), onde o número de incidentes detectados aumentou 75% em comparação com períodos médios que antecederam a operação conjunta. A Frontex manteve o desenvolvimento da capacidade de informação/reacção, o que permitiu uma resposta rápida a novas tendências e fenómenos. Este desenvolvimento deve-se, em particular, a um mecanismo para a análise semanal de dados de 124 aeroportos em EM/SAC com ligações extra-Schengen. O Plano de Cooperação da Europol foi executado com o destacamento de Gabinetes Móveis da Europol no terreno (Aeroporto de Praga). O conhecimento obtido conduziu a uma maior cooperação com o Centro de Operações e a Unidade de Cooperação. 35 Em suma, os maiores períodos de destacamento nos aeroportos e a cooperação direccionada com organizações internacionais, entre outros aspectos, conduziram a uma maior eficácia das actividades de operações conjuntas nas fronteiras aéreas externas da UE. Fronteiras marítimas A situação operacional mais estável na fronteira marítima externa resultou num aumento moderado do número de dias operacionais (1 419 em 2010 face a 1 322 em 2009). Simultaneamente, ocorreu um aumento significativo (50%) no domínio do desempenho operacional (o número de horas de patrulha em 2010 foi de 41 007 face a 27 376 em 2009). As actividades operacionais foram intensificadas, apesar de uma redução significativa do orçamento (29 554 000 euros em 2010 em comparação com 34 350 300 euros em 2009). Além disso, foi necessário reduzir o orçamento atribuído ao co-financiamento das actividades operacionais adicionais dos Estados-Membros anfitriões (34% face a 52%). O número de EM/SAC que participaram em operações conjuntas marítimas manteve-se inalterado em relação a 2009 (26). O número total de meios destacados aumentou em 2010 (94 em 2010 face a 81 em 2009). O número superior de peritos destacados (386/322) resultou igualmente em mais dias/homem (12 260/11 440). A duração média do destacamento de cada perito foi de 31 dias em 2010, uma redução face aos 36 dias em 2009. No total, foram detidos 6 890 imigrantes nas operações conjuntas marítimas em 2010 – menos 73% do que em 2009 (25 536 migrantes). Graças à execução bem-sucedida do conceito operacional das operações conjuntas Poseidon 2010 Sea e EPN-Hera 2010, a redução dos fluxos de migração ilegal ascendeu a 80%. Quanto à Operação Conjunta Poseidon 2010 Sea, obteve-se um grande resultado através da combinação de actividades de controlo de fronteiras marítimas com o apoio das autoridades anfitriãs em matéria de recolha de informações, identificação de passadores de imigrantes, identificação das nacionalidades dos imigrantes, logística e prevenção de outros tipos de criminalidade transfronteiriça. No que respeita à Operação Conjunta EPN-Hera 2010, a cooperação bilateral entre Espanha e países terceiros – Senegal e Mauritânia – constituiu um factor essencial de sucesso. O respeito dos direitos fundamentais e o salvamento de pessoas em dificuldades no mar estiveram sempre entre os elementos essenciais valorizados nas operações conjuntas marítimas em 2010. Durante as operações conjuntas marítimas foram detectados outros tipos de criminalidade transfronteiriça. Nomeadamente, foram detectados e comunicados às autoridades nacionais os seguintes casos: EPN Indalo: nove casos de tráfico de droga e um de poluição ambiental, EPN Minerva: 119 casos de tráfico de droga/163 pessoas, seis veículos furtados/6 pessoas; Poseidon Sea: um caso de poluição petrolífera, um caso de armamento ilegal e 80 kg de cocaína; EPN Hera: vários casos de utilização simultânea de embarcações para tráfico de imigrantes e de drogas oriundos de Marrocos. Durante a operação EPN Hermes, foram detectadas duas embarcações/46 imigrantes em dificuldades por meios envolvidos na zona tunisina de Busca e Salvamento (SAR). A operação SAR foi coordenada pelo MRCC de Roma e pelo ICC de Cagliari em colaboração com as respectivas autoridades tunisinas. Os imigrantes acabaram por ser salvos por um petroleiro argelino. Na globalidade, a manutenção da execução eficaz das operações conjuntas marítimas resultou na redução significativa dos fluxos de migrantes ilegais e evitou números elevados de migrantes em dificuldades no mar; este contributo para o salvamento de vidas é o factor de eficácia mais valorizado. 36 Anexo D : Lista de cursos de formação Em 2010, A Unidade de Formação da Frontex organizou 176 actividades, designadamente reuniões de desenvolvimento de projectos, conferências, seminários para tradutores, reuniões do Conselho de Peritos, avaliações de formadores, reuniões de desenvolvimento de manuais e de ferramentas de formação, reuniões de desenvolvimento de planos curriculares e outras actividades de formação. A tabela seguinte representa uma visão geral das actividades de formação directa no âmbito dos respectivos projectos. Nome Descrição de actividades EM envolvidos Formação de pessoal aéreo 37 cursos/actividades de formação diferentes (Formação sobre o Sistema FLIR, Gestão de Recursos de Tripulação, Sobrevivência no Mar, Coordenação Aérea Naval, Sobrevivência em Montanha, Óculos e Visão Nocturna e Intercâmbio de Tripulações) 20 EM Normas comuns para o treino de cães de serviço 2 acções de formação: 45 peritos formados como multiplicadores. 35 EM/SAC/ WAC Programa de mobilidade de professores CCC 8 exercícios de mobilidade de professores: 16 professores destacados 9 EM Cursos Frontex para guardas de fronteira de nível médio 4 cursos: 64 formandos 22 EM/SAC Formação sobre detecção de documentos falsificados 4 cursos especializados: formação de 60 especialistas Mostra itinerante: formação de funcionários de primeira linha 25 EM/SAC/ WAC Detecção de viaturas roubadas 4 acções de formação de multiplicadores: formação de 80 multiplicadores 9 EM/WAC 143 acções de formação nacionais (supervisionadas pela Unidade de Formação) Avaliadores Schengen 1 formação de avaliadores Schengen: curso básico 17 EM/SAC 1 formação de avaliadores Schengen: peritos de alto nível Formação em operações de informação 1 formação-piloto 8 EM Formação para responsáveis de repatriação conjunta 7 acções de formação 18 EM Formação de oficiais convidados em Pontos Focais de operações conjuntas 4 acções de formação em 4 Pontos Focais 8 EM Formação em idiomas 1 formação de multiplicadores 5 EM Formações e seminários RABIT 4 formações de iniciação RABIT 19 EM 16 EM 37 4 seminários RABIT 38 Anexo E : Dotações Item do Orçamento (valores em milhares de euros) Orçamento Original 2010 (A) Orçamento Orçamento Alterado Alterado 2010 n1 2010 n2 (B) Transferência de Dotações Dotações Disponíveis (D) (Е)[ ] (C) 15 A Transitar Autorizações Pagamentos 13 Não Utilizadas 14 (C2) [ ] (C8) [ ] (F) (F)/(E) (G) (G)/(E) (H) (J)= (H)+(I) (I) (J)/(E) 16 (К)[ ] Título 1 Equipa 20085 0 0 -4350 -22% 15735 15513 99% 15064 96% 0 449 449 3% 222 1% Título 2 Outras despesas administrativas 10894 0 256 1050 10% 12200 9755 80% 5953 49% 2100 3802 5902 48% 345 3% Título 3 Actividades operacionais 56938 374 4300 3300 6% 64912 63252 97% 42761 66% 1292 20492 21784 34% 367 1% 30 Operações 42738 374 1000 3337 8% 47449 47449 100% 37500 79% 0 9948 9948 21% 0 0% 3000 Fronteiras terrestres 4250 0 1000 1452 34% 6702 6702 100% 4648 69% 0 2054 2054 31% 0 0% 3010 Fronteiras marítimas 26497 374 0 2683 10% 29554 29554 100% 23539 80% 0 6015 6015 20% 0 0% 3020 Fronteiras aéreas 2650 0 0 -498 -19% 2152 2079 97% 1469 68% 0 609 609 28% 73 3% 3050 Cooperação de repatriação 9341 0 0 -300 -3% 9041 9114 101% 7844 87% 0 1270 1270 14% -73 -1% 310 Análise de risco 1800 0 0 -232 -13% 1568 1039 66% 590 38% 425 449 874 56% 104 7% 311 Centro Situacional da Frontex 450 0 0 -180 -40% 270 266 99% 197 73% 0 69 69 26% 4 1% 320 Formação 7200 0 0 -1330 -18% 5870 5539 94% 3026 52% 0 2513 2513 43% 331 6% 330 Investigação e Desenvolvimento 1400 0 0 0 0% 1400 1367 98% 261 19% 0 1106 1106 79% 33 2% 340 Recursos comuns 1400 0 2500 2876 205% 6776 6769 100% 903 13% 0 5865 5865 87% 7 0% 350 Outras actividades operacionais 1950 0 800 -1171 -60% 1579 824 52% 283 18% 867 541 1408 89% -112 -7% 87917 374 4556 0 92847 88520 95% 63777 69% 3392 24743 28135 30% 935 1% Total geral do orçamento corrente [13] (C2) Não automaticamente [14] (C8) Automaticamente [15] (E) = (A) + (B) + (C) +(D) [16] (K) = (E) – (F) – (H) 39 Anexo F : Discriminação de funcionários recrutados por unidade 2007 2008 2009 2010 Nome da Unidade AA CA Operações Conjuntas 0 1 Serviços Administrativos 3 Análise de Risco SNE Total 2010 23 35 69 33 25 0 58 0 6 17 18 41 5 0 6 14 4 24 9 0 0 6 13 0 19 2 5 4 0 3 8 7 18 0 4 6 3 0 5 11 3 19 3 0 1 2 4 0 1 5 5 11 1 3 0 1 7 2 0 1 12 2 15 1 2 2 0 1 3 0 0 1 3 1 5 0 2 1 0 0 1 2 0 0 3 2 0 5 0 0 0 5 0 0 3 5 1 0 3 6 1 10 61 0 44 76 67 0 60 100 66 0 79 139 76 294 SNE AA CA SNE AA CA SNE AA CA 8 33 0 7 12 32 0 10 19 33 0 11 7 10 0 0 20 18 0 0 26 20 0 0 1 1 5 12 0 2 13 17 0 3 12 14 Apoio Executivo 0 2 6 3 0 3 8 3 0 3 10 Financiamento e Aquisições 1 3 7 0 0 3 9 0 0 5 Formação 0 1 2 6 0 2 4 5 0 Centro Situacional 0 0 1 0 0 3 1 2 Recursos Comuns 0 0 2 3 0 0 2 I&D 0 1 2 4 0 1 Assuntos Jurídicos 0 1 1 0 0 Auditorias Internas / Gestão de Qualidade 0 0 1 0 Direcção 0 0 2 Total 5 17 47 * em 31/12/2010 TA TA TA TA Anexo G : Discriminação de Agentes Temporários Categoria e Nível Quadro de Pessoal 2009 Lugares preenchidos em 30.12.2009 Quadro de Pessoal 2010 Lugares preenchidos em 30.12.2010 Permanente Temporário Permanente Temporário Permanente Temporário Permanente AD16 0 0 0 0 0 0 0 Temporário - AD15 0 1 0 1 0 1 0 1 AD14 0 1 0 1 0 1 0 1 AD13 0 6 0 3 0 3 0 3 AD12 0 3 0 6 0 8 0 8 AD11 0 9 0 9 0 9 0 8 AD10 0 8 0 7 0 8 0 7 AD9 0 1 0 1 0 1 0 1 AD8 0 36 0 25 0 45 0 43 AD7 0 2 0 2 0 2 0 2 AD6 0 4 0 3 0 6 0 6 AD5 0 2 0 2 0 3 0 3 - 73 - 60 - 87 - 83 AST 11 0 0 0 0 0 0 0 0 AST 10 0 0 0 0 0 0 0 0 AST 9 0 0 0 0 0 0 0 0 AST 8 0 5 0 5 0 5 0 5 AST 7 0 9 0 9 0 12 0 12 AST 6 0 7 0 5 0 10 0 10 AST 5 0 15 0 15 0 20 0 20 AST 4 0 3 0 3 0 5 0 5 AST 3 0 5 0 3 0 4 0 4 AST 2 0 0 0 0 0 0 0 0 AST 1 0 0 0 0 0 0 0 0 Total AST - 44 - 40 - 56 - 56 Total - 117 - 100 - 143 - 139 Total AD * em 31/12/2010 __________________________________________________________________________________ 41 42__________________________________________________________________________________ TT-31-11-117-EN-C FRONTEX LIBERTAS SECURITAS JUSTIłIA Agência Europeia para a Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas dos Estados-Membros da União Europeia Rondo ONZ 1, 00-124 Varsóvia, Polónia Telefone: +48 22 544 95 00, Fax +48 22 544 95 01 ISBN 978-92-95033-33-7 __________________________________________________________________________________ 43