Patagônia - Nomads of the seas

Patagônia
em
Texto Jum Tabata
Fotos Fernando Monteiro
Grande
Estilo
Ignorando o significado da
palavra limite, a audaciosa
operação Nomads of the
seas traz um conceito único
no turismo de pesca e
aventura mundial
06 pesca esportiva
N
as docas da marina em Puerto
Montt, no Chile, um sofisticado trowler de 150 pés aguarda
a chegada de mais um seletíssimo
grupo de viajantes. É o Atmosphere, principal meio de transporte da
operação de pesca e ecoturismo
Nomads of the Seas. Trazendo
um conceito único na pesca com
mosca mundial através do programa
“Ultimate Fly-Fishing”, a operação
já levou, em duas temporadas desde
sua inauguração, pescadores e aventureiros de diversas partes do mundo
aos mais inóspitos e (antes) inatingíveis pontos de pesca da Patagônia
chilena. Como? De todas as formas
imagináveis. Por ar, terra ou água,
a palavra “limite” parece não existir
entre os tripulantes dessa verdadeira
viagem de sonhos.
Classe A++
A primeira notícia, boa ou má,
é referente ao valor dos pacotes
de pesca ou ecoturismo, ambos
com duração de uma semana. Sem
dúvida, uma viagem para ser realizada por poucos, mas que, por suas
características peculiares, merece
ser vista por todos que gostam de
aventura. A segunda informação
importante é saber que, durante os 6
dias de atividades, a pescaria é feita
DESTINO: AVENTURA
Partindo de Puerto Montt,
o Atmosphere singra o
Pacífico em busca dos
pontos mais isolados e
piscosos do Chile
pesca esportiva 07
Divulgação
GRAND CLASS
Requinte, exclusividade e
paisagens de encher os olhos
estão presentes o tempo
todo na operação Nomads
of the Seas, que está rumo à
sua terceira temporada
exclusivamente com equipamento
de mosca. As principais espécies
almejadas, como se pode imaginar,
são as diversas variedades de trutas
e salmões encontradas no Chile, das
conhecidas trutas arco-íris e marrom
aos cobiçados salmões prateado
(coho), rei (chinook) e do Atlântico.
Os salmonídeos foram introduzidos
no país no fim do século 19, encontrando condições excepcionais para
se reproduzirem e se estabelecerem,
transformando arroios, rios, lagos
e lagoas chilenos na Meca mundial
dos “mosqueiros”.
08 pesca esportiva
A proposta do grupo Nomads é
ousada e assaz sedutora aos ávidos
por aventura e exclusividade, sem
abrir mão do conforto. E que conforto. No Atmosphere, a sensação de
transitar entre a natureza selvagem e
o interior de um hotel cinco estrelas
é constante. A cozinha tem o toque
de luxúria e delicadeza do renomado
chef chileno Guillermo Rodríguez.
Cada prato servido no requintado
ambiente interno do navio é apresentado pelas consierges de bordo como
prenúncio de uma grande experiência
gastronômica, mesclando sabores
marcantes e típicos da Patagônia.
Do renomado centolla (king crab
ou caranguejo-gigante) ao delicado
fruto calafate, passando por vinhos,
queijos e carnes de caça, o preciosismo culinário mostra um dos grandes
prazeres da viagem. Melhor ainda é
presenciar o mesmo toque gourmet
nas aventuras outdoor. Seja na beira
de um rio ou no sopé de um glaciar,
a mesa montada caprichosamente no
almoço pelos guias de campo com
vinhos, frios e pratos diversos sempre
faz um belo par com a paisagem
inebriante do entorno.
Divulgação
SEM RESTRIÇÕES
Capaz de pousar em
praticamente qualquer tipo
de terreno, o helicóptero
Bell leva os pescadores
a lugares inatingíveis de
outras formas
Heli-fishing
Uma das peças-chave e também
uma maiores sensações dessa viagem é o meio de transporte usado
em grande parte dos traslados de
pesca e ecoturismo. O charmoso
helicóptero Bell 407, com lugar
para até 6 passageiros, pode voar
em diferentes condições de tempo e
aterrissar em praticamente qualquer
tipo de terreno. “Basta ter espaço
suficiente para a aeronave”, garante
o piloto Francisco Esquivel, ex-oficial da Força Aérea Chilena. Além
de ampliar de maneira excepcional a
área de abrangência das expedições,
os vôos são oportunidades formidáveis para observar a paisagem e tirar
fotografias com a mesma perspectiva
do condor-dos-andes, a lendária
ave de rapina conhecida por atingir
envergadura superior a três metros.
Baías, rios, lagoas, picos nevados,
vulcões e geleiras, nada escapa ao
alcance do bravo Bell.
Roteiro e programação
Partindo por volta de 18 horas, o
Atmosphere singra as águas do Oceano Pacífico durante toda a primeira
noite de viagem. O rumo escolhido é
sul, passando pela baía de Cochomó,
o vilarejo de Chaitén e a baía TicToc, em Puerto Escondido. O limite
para os deslocamentos costuma ser
a península de Titao, a cerca de 750
quilômetros de Puerto Montt. Com
planejamento prévio de 12 a 24 horas
de antecedência, os passeios levam
em consideração fatores como clima,
marés e informações sobre os pontos
com maior atividade da vida selvagem.
Uma vez definidos os locais e respectivos grupos, estabelece-se o horário de
partida para o dia seguinte.
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HABITAT PERFEITO
Introduzidas no Chile
no fim do século 19, as
diversas espécies de
salmonídeos encontraram
no Chile condições ideais
para se desenvolverem.
Abaixo, um dos guias da
operação exibe uma bela
truta marrom
Após um café-da-manhã reforçado, os passageiros devem se apresentar pontualmente no horário combinado. Antes, porém, a passagem por
um grande closet com equipamentos
e vestimentas de pesca e aventura é
quase obrigatória. Embora seja permitido levar equipo próprio, todos
os itens essenciais para garantir o
conforto e a segurança das atividades outdoor são fornecidos pela
embarcação: equipamento de fly,
roupas impermeáveis, waders e botas
para waders, entre outros. Devidamente trajados e preparados, os
10 pesca esportiva
o que levar
Pesca com mosca: conjuntos de varas de ação
rápida de números 4 e 6, embora a segunda seja,
virtualmente, a mais usada. Um equipamento mais
pesado (7 ou 8) também pode ser útil em algumas
situações. Atenção: as varas devem ser de 4 partes,
em virtude do transporte de helicóptero.
Linhas: dos tipos weight-forward, sink-tip e
shooting taper, com densidade de 150 a 250
grains, e backings com 20 libras de resistência e
pelo menos 100 metros armazenados nas carretilhas. O afilamento dos líderes pode variar entre 0X
e 6X, com 4 a 9 pés de comprimento.
Iscas: streamers de diversos tamanhos
e cores, o mesmo valendo para attractors,
ninfas, larvas, pupas e insetos na fase adulta
(por exemplo, dragonflies, Ephemeropteras e
Trichopteras, entre outros)
Vestimentas: waders e impermeáveis “respiráveis”, com tecnologia gore-tex ou similar. Os
calçados para caminhada em rios (wading shoes)
devem ter uma espessa camada de feltro na sola.
Outros: bloqueador solar fator 30, óculos polarizados, bolsa impermeável, cajado para facilitar
as caminhadas, passaguá pequeno, repelente
contra insetos.
aventureiros dirigem-se ao heliponto
do navio, imprescindivelmente com
5 a 10 minutos de antecedência. Aí,
é só voar para mais um dia repleto
de descobertas.
frota especializada
Uma pequena frota de embarcações
voltadas à realização das mais específicas atividades, desde a observação de baleias à navegação em locais
muito rasos, integra a operação
Nomads. Alguns desses barcos são
guardados no próprio navio, como
um bote inflável Zodiac para 16
passageiros, seis jet boats e alguns
caiaques destinados a passeios em
rios ou no mar. Outros permanecem
à espera dos pescadores nos próprios pontos de pesca. É o caso de
botes a remo do tipo “drift boats” e
chatas de alumínio com motores a
jato (“jet skiffs”). Os números impressionam: ao todo, são mais de quarenta embarcações desses dois tipos
espalhados em dezenas de pontos
estrategicamente escolhidos pelos
guias durante a pré-temporada.
Com tudo isso, o pescador só tem a
se deliciar com a navegação e a pesca
nos diversos cursos d’água da Patagônia. Um misto de pequenez diante
da imensidão da paisagem funde-se à
sensação grandiosa de exclusivismo e
desbravamento num ambiente completamente isolado. Se a preferência
for pela pescaria vadeada, caminhando
ao longo ou dentro de rios e lagos de
águas frias, também não há problema.
O helicóptero deixa os pescadores
num ponto do rio e os busca onde
estiverem no final do dia. Há sempre
pelo menos um guia para cada dois
pescadores, responsabilizando-se pela
segurança e conforto dos clientes.
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Divulgação
DRIFT BOAT
Nos lagos, é a embarcação
mais usada para chegar aos
pontos de pesca, sempre
de forma lenta e silenciosa.
Abaixo, exemplares de trutas
arco-íris e marrom
Técnicas de pesca
Não há como negar que o programa Ultimate Fly-Fishing é dirigido
a mais do que simples amantes da
pesca com mosca. Tamanha infraestrutura em locais tão privilegiados
deve ser aproveitada em sua plenitude pelos aficionados. É claro que
o encontro com peixes sadios, não
estressados e, não raro, numerosos e
grandes, é bastante favorecido pelo
isolamento. Mas, como em qualquer
lugar do mundo, o peixe também
pode ter o seu dia. Assim, é importante ser eclético: a técnica pode
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variar radicalmente dependendo
de onde e o que se pesca, exigindo
pouco ou muito do pescador.
A pesca é realizada em locais com
água salobra (em barras de rios ou
nas regiões com influência de marés)
e em pontos com água totalmente
doce. É o caso das seções intermediárias e superiores dos rios, além
de lagos e lagoas e os pequenos
riachos formados durante a primavera (“spring creeks”). As marés têm
grande amplitude na porção centrosul do Chile, chegando a variações
A Patagônia como você nunca viu
O jeito foi vê-lo de sobrevôo panorâmico, que
não deixou de propiciar um visual magnífico.
Visitação a parque: saímos de helicótero até o vilarejo de Chaitén, de onde seguimos
de van para Pumalin, o maior parque privado
do Chile. As estrelas do local são os alerces,
árvores milenares que chegam ultrapassam
dez metros de diâmetro. O almoço aconteceu
nas dependências do aconchegante restaurante
Galeta Gonzalo.
Passeio de caiaque: desfrutamos de um
passeio deslumbrante nas corredeiras do rio
Corcovado, com trechos mais bravios e que merecem cuidado por parte dos turistas. Um casal
de italianos perdeu o controle do caiaque, e ele
acabou virando. Resultado: um pequeno susto e
roupas encharcadas, com atuação impecável dos
guias para normalizar a situação. Almoço com
toalhas brancas, guardanapos de linho, talheres
de prata, vinhos e salada com truta e salmão
defumados, no melhor estilo Nomads.
Termas de Porcelana: situadas ao
fundo do fiorde de Comau, são alcançadas
após uma curta caminhada numa floresta
fechada, dentro de uma propriedade privada.
Com tanto frio, a vontade de tirar as várias
camadas de roupas para tomar banho era
mínima. No entanto, uma vez que você sente
aquela água cristalina envolver seu corpo a
uma temperatura agradabilíssima, não dá mais
vontade de sair.
Cavalgada: chegamos num vilarejo
muito simpático e fomos direto a uma
fazenda, no intuito de fazer uma cavalgada
pela floresta. Atravessamos um rio cristalino
com fundo repleto de pedras, e seguimos
contemplando a natureza local. Sem dúvida,
um passeio para ser feito por todos, sabendo
ou não andar a cavalo.
Mônica Sobral
Divulgação
Além do Ultimate Fly-Fishing, a operação
Nomads of the Seas oferece o programa
Wildlife Adventures, atendendo simultaneamente pescadores de fly e amantes da vida
selvagem, complementando a proposta de criar
uma oferta exclusiva no segmento de luxo. Nos
programas de ecoturismo da companhia, os
passageiros têm a oportunidade de explorar
lugares incomuns do Chile, sempre em alto
estilo, às vezes aliando a atividade turística com
métodos de pesquisa científica. É o caso do
programa de observação de baleias (“Whalewatching Program”), criado levando-se em
consideração que 50% das espécies de cetáceos do mundo visitam as águas da região. De
acordo com a época, é possível avistar espécies
como orcas, baleias-corcundas e a gigantesca
baleia-azul. Já os amantes da observação
de aves (birdwatching) podem se deleitar
com aproximadamente 450 espécies delas, a
maioria nativas, compostas por vários tipos de
pica-paus, pingüins, albatrozes e petréis, entre
muitas outras.
Dentre as atividades consideradas “soft”,
em que o principal objetivo é interagir com a
natureza da Patagônia sob a perspectiva de um
verdadeiro “nomad”, descrevo as seguintes,
que experimentei pessoalmente:
Passeio de barco: feito no enorme bote
Zodiac de 10 metros e capacidade para até
16 pessoas, na baía de Tic-Toc. Mesmo com o
vento gelado e a chuva que caía na ocasião,
foi possível avistar pingüins, algumas variedades de gansos selvagens e uma colônia de
ruidosos leões-marinhos.
Trekking: o objetivo era chegar a um glaciar. O grupo voou de helicóptero até o ponto
de partida para a caminhada, que transcorreu
entre grandes tapetes verdes, muitas pedras e
pequenas nascentes. Mas o tempo mudou e
tivemos que adiar o trekking até o glaciar.
pesca esportiva 13
Informações e
dicas de viagem
• Como chegar: o caminho mais curto é pegar
o vôo da Lanchile com destino a Puerto Montt,
com conexão em Santiago. A Lan Chile tem
vôos regulares para as duas cidades;
• Temporada: de outubro a abril (primavera,
verão e parte do outono);
• Antes do horário de partida do barco, às 18
horas, os passageiros são encaminhados a um
charmoso lounge da empresa. Lá, encontrará
restaurante, lojinha e sala de estar com acesso
à internet, além de inúmeros livros sobre a
Patagônia. O clima é perfeito para se ambientar à viagem;
• A bordo do Atmosphere, só é permitido
andar de meias. Leve alguns pares grossos,
com anti-derrapante se possível;
• A moeda local é o peso chileno. Faça o câmbio previamente, no Brasil ou no aeroporto
de Santiago;
• O porto pesqueiro Angelmó é uma atração
interessante em Puerto Montt, onde iguarias
como o caranguejo centolla e salmões defumados dividem espaço com vestimentas
e artesanato local, todos comercializados a
bons preços;
• Há captação de sinal de celular em alguns
trechos da viagem. Em todo caso, pode-se
usar o telefone via satélite do barco, comprando cartões pré-pagos a bordo;
• A voltagem padrão no Chile é de 220 volts.
Os plugues (tomadas) têm formato cilíndrico,
e não achatado. Portanto, leve adaptadores
para seus aparelhos eletro-eletrônicos caso
sejam do segundo tipo;
• Aproveite o spa no deck superior do navio
para relaxar. Além da sauna, vale a pena
experimentar a relaxante “thalassoterapia”
nas jacuzzis com água do mar. Massagens são
cobrada como serviço à parte.
• Consultas: www.nomadsoftheseas.com
14 pesca esportiva
verticais de até 6 metros por dia. Em
pontos sob sua influência, os peixes
se movem e se alimentam seguindo o movimento das águas. Trutas
arco-íris costeiras, trutas marrons
(também conhecidas como “farios”)
e até salmões prateados (“silver salmon”) perseguem peixes pequenos,
crustáceos e trutas menores, entre
outras presas, durante os movimentos de marés.
Entre o encontro com o mar, nos
fiordes, e as seções mais avançadas a
montante dos rios, o pescador tem
a chance de colocar em prática
todo o seu conhecimento em pesca
com fly. Nas grandes “bocas”, deve
estar preparado para arremessos
do tipo double haul com grandes
e pesados streamers. Nas porções
com interferência de maré, iscas
volumosas continuam sendo a
pedida: streamers, ninfas e grandes
“attractors” na superfície. À medida
que se sobe, a pesca tende a ficar
mais técnica. O tamanho das iscas
diminui, com maiores possibilidades dos peixes mostrarem-se
seletivos em relação à apresentação das moscas. No interior
de lagos e lagoas, ninfas do tipo
“dragonflies” e reproduções de inse-
ENTRE PEDRAS E PEIXES
Não dá nem para pensar
em caminhar nos rios frios
e pedregosos da Patagônia
sem wader e calçado com
solado de feltro
pesca esportiva 15
Empreendedorismo
no limite
Andrés Ergas, idealizador e presidente do
grupo Nomads, é um grande apaixonado
pela pesca esportiva e pela Patagônia Chilena. Considerado um dos maiores empresários e empreendedores do país, passou pelo
menos 20 anos explorando o sul do Chile a
bordo de helicópteros e jetboats, sempre em
busca do lugar perfeito para a prática da pesca esportiva. Há alguns anos, surgiu a determinação de tornar comercial sua visão única
e profunda sobre o turismo na Patagônia.
Surgia o empreendimento Nomads, cuja primeira realização é a operação Nomads of the
Seas, com investimentos iniciais de cerca de
US$ 22 milhões. Participando ativamente de
todas as etapas de construção e implementação do projeto, Ergas continua dirigindo a
empresa e fortalecendo sua marca ao redor
do mundo. Entre os projetos previstos para
a próxima temporada estão a aquisição de
um segundo helicóptero para o Atmosphere
e a construção de um hotel nos Andes para a
realização de esportes radicais.
16 pesca esportiva
tos dos gêneros Ephemeroptera e
Trichoptera em seus mais diversos
estágios, além dos sempre versáteis
streamers, não podem faltar. Nos
pequenos e delicados riachos de
primavera, a especificidade tornase ainda maior, colocando à prova
a expertise e o conhecimento da
entomologia local por parte do
pescador.
Se você é iniciante, não há
motivo para desespero. Guias
com ampla experiência estarão
sempre a seu lado para orientálo da melhor forma até que você
“pegue a mão” e consiga capturar,
sozinho, seus primeiros peixes.
Após seis dias de pesca, é altamente improvável voltar para casa
sem o retrato de uma bela truta
chilena nas mãos. E simplesmente
impossível ficar sem recordações
eternas desse grande paraíso sulamericano. Os que têm espírito
aventureiro sabem: poder adentrar
tão a fundo um ambiente inóspito
e desbravado como a Patagônia
é uma verdadeira bênção. Algo
que pode ser feito todos os dias
numa das viagens mais extremas
e envolventes já concebidas pelo
homem ao “Sul do Mundo”.