do Livro - Dr Celso Batello

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do Livro - Dr Celso Batello
Copyright© Celso Fernandes Batello
4205/1 – 1000 – 172 – 2006
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Batello, Celso
Comendo sol / Celso Batello. -São Paulo : Scortecci, 2006.
ISBN 85-366-0781-5
1. Alimentos funcionais 2. Nutrição 3. Saúde Promoção I. Título.
06-8029
CDD-613.2
Índices para catálogo sistemático:
1. Nutrição aplicada : Promoção da saúde :
Ciências médicas
613.2
Grupo Editorial Scortecci
Scortecci Editora
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Telefax: (11) 3032-1179 e 3032-6501
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I – Introdução
A alimentação faz parte, juntamente com o instinto sexual, da preservação da espécie, desta forma,
desde sempre o Homem, bem como os animais se prepararam e se adaptaram através dos tempos para esta
coisa maravilhosa e prazerosa que é o alimentar-se segundo o seu apetite instintivo, sem deturpação que é
comer sol, sem aspas, isto mesmo comer sol através da fotossíntese, este presente que somente o SENHOR
DEUS, poderia proporcionar à Sua criação.
Este autor defende a idéia dos apetites filo e ontogenéticos como se verá no decorrer desta singela
obra. Defende ainda a necessidade de se comer o que faz bem em pequenas quantidades, baseado nos dizeres
abaixo discriminados:
“Em matéria de alimento, nada faz mal, nada faz bem, depende da quantidade”.
(Hipócrates)
(460-377 aC)
“A mesma carne que alimenta um homem,
pode envenenar outro.”Lucrécio
(Filósofo d.C.)
(98-55 a.C.)
Este autor encontra fundamentação empírica e filosófica para os Nutracêuticos e ou alimentos funcionais também no dizer de Hipocrates de Thomaz Alves Edson a seguir:
“Teu alimento, teu remédio”.
(Hipócrates-a.C.)
(460-377 aC)
“O médico do futuro não receitará remédios e sim alimentos”.
Thomaz Alves Edson
(1847 – 1931)
Ainda citando Hipócrates, Pai da Medicina: “O homem sadio deveria considerar a saúde a maior benção humana”.
Somente para corroborar o mestre, tive um paciente bilhardário que antes de sarar de sua enfermidade,
invejava os funcionários das suas empresas, quando estavam batendo “aquele prato de arroz, feijão e bife”,
prato de pedreiro, segundo o querido paciente bilhardário.
Neste sentido esta obra pretende ajudar na recuperação da saúde e na manutenção, daqueles que a
possuem e que são sadios.
Celso Battello
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II – NOÇÕES DE NUTRIÇÃO
Antes de se dizer qualquer coisa sobre alimentação, deve-se tecer algumas considerações sobre o apetite,
que para este autor pode ser tanto Filogenético e Ontogenético, simultaneamente. Sabe-se que a Filogênese
se refere à evolução da espécie mais simples até a supostamente mais evoluída que é o ser humano. Ao passo
que a Ontogênese se refere à evolução da espécie em relação à própria espécie.
Esquematicamente a Filogênese pode ser representada por um eixo vertical, como a seguir:
Espécie mais evoluída
Espécie mais simples
Esquematicamente a Ontogênese pode ser representada por um eixo horizontal como a seguir: Espécie em relação à própria Espécie Como se sabe a Ontogênese repete e espelha a Filogênese de tal sorte que mesmo a espécie mais evoluída, em algum momento da sua embriogênese passa por estágios semelhantes àqueles situados numa escala
filogenética inferior.
A Filogênese e a Ontogênese podem ser esquematizadas da seguinte maneira:
ONTOGÊNESE
F
I
L
O
G
Ê
N
E
S
E
Veja que o apetite filogenético é considerado como sendo o apetite instintivo, que se desenvolveu ao
longo do desenvolvimento das espécies, portanto o mais fidedigno. Já o apetite ontogenético é aquele apetite
desenvolvido pela espécie em relação à própria espécie, como por exemplo, as diferenças de apetite entre os
diversos povos do planeta, com os seus diferentes cardápios.
Neste apetite estão situados os apetites para aquilo que deixou de ser alimento como, por exemplo, os
refrigerantes e outros sintéticos, tais como o aspartame, por deixarem de vir da fotossíntese, isto é, pode ser
um apetite deturpável, uma vez o organismo ao longo da sua evolução deixar de reconhecê-los como alimentos, uma vez os alimentos serem o veículo para o organismo absorver todos os nutrientes que necessita para
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a sua homeostase. Por isso se ingere alimento desvitalizado, igualmente este mesmo organismo fica sem vida.
Outro fato que ainda se pode depreender em decorrência destes conhecimentos é que se deve levar em
consideração, antes de se proceder a qualquer orientação alimentar, o apetite filogenético e, principalmente, o
ontogenético de cada pessoa ou de cada povo, evitando-se desta maneira, impor algo que vá contra os hábitos
e costumes do indivíduo.
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III – ALERGIA
Palavra grega que etmologicamente significa força diferente ou alterada (all=diferente ou alterada;
ergon=força).
A alergia faz parte dos mecanismos defensivos do organismo e a sua compreensão é a base para o
entendimento de toda a Medicina.
Este fenômeno foi introduzido na Patologia pelo pediatra vienense Clemen Von Pirquet (1874-1929),
quando observava reações variáveis em indivíduos submetidos a soroterapia específica.
Entretanto este fato já havia sido observado pelo filósofo Lucrécio, no século I antes de Cristo, através
dos dizeres: “a mesma carne que alimenta um homem pode envenenar outro”, dando importância à individualidade de cada um.
Esta força alterada pode ser para mais, caracterizando a Hipergia ou Hiperalergia, manifestada pela
rinite, asma, eczema, edemas de Quincke e outros.
No caso de estar alterada para menos, caracteriza-se a Hipoalergia ou Hipoergia, manifestada, por exemplo, na ausência de febre diante de uma infecção que deveria cursar com febre, como numa pneumonia, que
sendo diagnosticada e confirmada por raio X, o indivíduo deixar de apresentar febre, uma vez saber-se que a
febre é o produto do choque antígeno x anticorpos, que formam um complexo imunológico que estimula os
centros cerebrais a produzir mais febre e em decorrência disto ocorre uma maior produção de imunoglobinas,
conforme esquema a seguir:
bactéria x anticorpos = febre
Se houver febre baixa ou ausência de febre significa que um dos componentes deste produto está baixo, ora se está presente a pneumonia, por exemplo, significa que os anticorpos estão reduzidos ou ausentes,
resultando num produto final baixo ou zero.
É muito importante compreender a relação dos fenômenos de Alergia e de Imunidade, como se fossem
pratos de uma balança, conforme esquema a seguir:
Alergia (A)
Imunidade (I)
Se a alergia estiver alta significa que a imunidade está baixa, por exemplo:
(A)
(I)
E vice-versa:
(I)
(A)
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O ideal para a homeostase é que ambas estejam em equilíbrio.
Um fato, por exemplo, que demonstra o relatado é a vacinação antivariolica quando nos primeiros 14
dias podem ocorrer reações intensas e febre alta, para somente, depois disto, ocorrer a “pega da vacina”,
sinalizando que o organismo ficou imunizado contra a varíola.
Entretanto uma outra alteração pode ocorrer que é a Anergia (an=ausência; ergon=força), ou seja,
ausência de forças para reagir, seja porque ocorreu um estímulo por demais forte, seja porque as suas forças
foram consumidas, por exemplo, numa tuberculose crônica, onde o organismo deixa de produzir mais anticorpos ou reagir a qualquer estímulo. Inexistente a alergia ou imunidade, e caracteriza a anergia negativa que
significa indício de piora ou de morte. No esquema da balança ou da gangorra, a representação é a ruptura
da haste, ou seja, a queda da alergia e da imunidade, conforme esquema:
A
I
A anergia pode ser positiva, por exemplo, no caso de pneumonia, quando da luta entre o microorganismo e o anticorpo resultou a neutralização do primeiro, que por isso se tornou inócuo, sendo desnecessário,
portanto, ao organismo a produção de anticorpos neste órgão. Caindo desta maneira a alergia está reestabelecida a homeostase. Nesta circunstância torna-se desnecessário a produção de anticorpos, isto é, entra em
Anergia positiva, porque indica a cura do doente, sobrevindo então a imunidade.
Veja que um organismo que tem uma alta alergia pode num segundo momento levar à imunidade.
Em casos extremos de hipergia podem ocorrer as doenças auto imunes, que é uma contrapartida deste
excesso de resposta imunológica.
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IV – A CONSTITUIÇÃO E OS BIÓTIPOS
“Ninguém fica doente do que quer, sim do que pode”.
Ditado de Medicina Organista
O ditado supracitado, embora aparentemente frio, “nú e crú” fala à respeito das Leis de Mendel, ou
seja, da herança genética, enfim do genótipo de cada indivíduo.
Isto, claro, sem se esquecer da influência do meio sobre a pessoa humana, ou mesmo sobre os vegetais
e, por que não sobre os minerais, uma vez que sob o ponto de vista da Hipótese Gaia, proposta por Margullis
e Lovelock, a terra é um ser vivo e que até os minerais têm vida.
Alguma dúvida sobre a suposta vida dos minerais?
Ora se se imaginar um indivíduo depressivo, desanimado, sem vida, por falta de lítio, por exemplo,
quando se administra este metal, pode se melhorar toda esta sintomatologia. Portanto, este mineral devolveu
a vitalidade para este enfermo. No mínimo, pode-se dizer que os metais podem modular a vida.
Pode parecer, também, que este conceito deixa de levar em consideração os fatores psíquicos na gênese
de doenças, no entanto, mesmo as doenças psicossomáticas parecem afetar os órgãos de choque ou os órgãos
sensíveis, que como será visto nasceram mais fracos, justificando o referido dizer.
Tudo parece indicar que trata-se de uma estrada de duplo sentido, onde o físico influi no psíquico e vice-versa, ou melhor, as enfermidades ocorrem nos sentidos somatopsíquico e psicossomático. Veja, há indivíduos que
diante de um stress “fazem” uma úlcera peptica e há outros que “fazem” um infarto do miocárdio, por exemplo.
Aliás, o ser humano paga um tributo muito alto pelo fato de ter na escala filogénetica um Sistema Límbico
relacionado as emoções, bem desenvolvido, de tal sorte que as emoções desempenham um papel preponderante
na gênese das enfermidades em geral.
Tudo isso foi colocado como preâmbulo para justificar o ditado de que “ninguém fica doente do que
quer, mas do que pode”, porém sem deixar de se levar em conta a individualidade juntamente com a totalidade
do sujeito que se apresenta para um consulta, cumprindo os preceitos do Holismo, palavra grega (holo=todo),
que diz que o todo é a soma das partes, que as partes representam o todo e que o todo é maior que a soma
das partes.
Para que se melhor compreenda o explanado é conveniente que se rememore algo sobre constituição
geral, constituição parcial, homeostase, auto regulação e biotipologia. Como se verá, também, o conhecimento
das diáteses é de fundamental importância para se compreender o indivíduo.
Constituição é o conjunto de caracteres morfológicos e funcionais
de um indivíduo num dado momento de sua vida.
Prof. Walter Edgard Maffei
Assim compreendida, a constituição é fundamentalmente determinada pela hereditariedade, mais ou menos
modificada pelos fatores modificadores quer endógenos, quer ambientais, por conseguinte, a constituição é a
manifestação fenotípica do genótipo individual.
O fator genotípico determina a forma do indivíduo se adaptar ao meio, que constitui a Homeostasia
(homeo=igual; stasis=parada), definida pelo fisiologista Walter Bradford Cannon em 1916, como sendo a propriedade hereditária do ser vivo de perdurar no tempo, mantendo o equilíbrio morfológico e funcional das suas células e
tecidos, a Homeostase por sua vez, é mantida por outra propriedade hereditária que é a auto regulação. Por exemplo,
se a temperatura do ambiente for alta, os capilares superficiais se dilatam, facilitando a dissipação do calor e, além
disso, há a produção de suor, de cuja evaporação resulta o abaixamento da temperatura corporal. A Homeostase
e a auto regulação do genótipo constituem os mecanismos de adaptação e compensação do organismo, influindo
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assim não só na época da manifestação de uma moléstia, como também no modo de evolução e ação terapêutica.
Pende aventou, também, a possibilidade de se estudar a constituição com bases endócrinas, levando-se
em consideração a sinergia das suas funções que ele denominou de “constelações endócrinas”, uma de função
anabólica (anaballein=construir), que estimula os processos assimilativos e funções vegetativas, composta pelo
Timo, Pineal, Pâncreas e Paratireóide, que determina o tipo anabólico.
A outra constelação, por sua vez, teria uma função oposta, porém complementar a anterior, isto é, há
uma predominância da função catabólica (kata=abaixo de; ballein=lançar), onde ocorre a predominância dos
processos desintegrativos, cujas glândulas envolvidas são a Tireóide, as Supra renais, Glândulas Sexuais e Lobo
Anterior da Hipófise, caracterizando o Tipo Catabólico.
O anabolismo e o catabolismo constituem o Metabolismo, palavra grega (metabollem=transformar),
que significa uma série de reações bioquímicas, através das quais o organismo dos seres vivos transformam
determinadas substâncias obtidas do meio externo em energia para a manutenção das suas células.
O grande leque de ação dos oligoelementos, principalmente os que atuam na Síndrome de Desadaptação,
como se verá adiante, talvez se explique pela sua ação catalítica em função da constituição geral, constituição
parcial, biotipos e, sobretudo, levando-se em consideração a “constelação endócrina” de cada indivíduo.
É importante ter presente o real significado do conceito de constituição para que se entenda o verdadeiro porquê das diferentes reaçòes do organismo frente à um estímulo nocivo, principalmente porque a
IrisDiagnose, como nenhuma outra técnica, viabiliza estes conhecimentos.
O termo biótipo está intimamente ligado à idéia de constituição. É em função do biótipo que o médico
detecta os órgãos de choque do paciente delineando a sua constituição. Conhecendo os órgãos “críticos”
do paciente, o médico tem condições de proceder ao seu fortalecimento através de uma suplementação
vitamínico-mineral específica.
“Não é possível estabelecer o tipo constitucional de um recém nascido
porque este se delineia durante a evolução do indivíduo”.
Prof. Walter Edgard Maffei
Para melhor compreensão desta matéria, passa-se a transcrever um esquema da obra “Compêndio de
Psiquiatria” da autoria de Theodor Spoerri. Por ser um livro de Psiquiatria, as considerações feitas às diferentes
constituições levam em conta somente os aspectos psíquicos, porém elas também podem ser estendidas aos
aspectos orgânicos do indivíduo.
A constituição atlética, por exemplo, pode responder a uma queda da taxa do “açúcar” no sangue (hipoglicemia), com sintomas epilépticos, tais como: ausência – fuga momentânea da consciência – ou mesmo
com uma convulsão generalizada.
Já na pícnica pode desencadear uma crise de euforia ou de depressão ou ambas, primeiro a euforia
seguida de depressão.
A seguir irá se detalhar o significado de órgão ou órgãos de choque e relacioná-lo(os) à constituição
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V – ÓRGÃOS DE CHOQUE
A compreensão do significado de Órgãos de Choque, Órgãos de Menor Resistência ou Órgãos
Meioprágicos é de vital importância para se entender o percurso de uma doença no organismo.
O(os) órgão(os) de menor resistência é/são aquele(s) que nasceu(ram) mais fraco(s). Por analogia
pode-se compará-lo(s) a uma corrente que pode ser muito resistente no seu todo, porém, dividida em
partes, apresenta um ou mais elos fracos parafraseando o adágio “a corda arrebenta no lado mais fraco”.
Desenho de um corrente compacta
elo mais fraco
No organismo, os órgãos de choque são aqueles que primeiro sofrem as consequencias frente a uma
agressão como: estresse, desnutrição, vida sedentária etc., justificando o axioma da medicina organicista,
“ninguém fica doente do que quer mas do que pode”.
Estes órgãos são os mesmos que durante o desenvolvimento do embrião deixaram de completar o seu
crescimento intra-uterino. Um exemplo concreto é o rim lobulado que permaneceu lobulado por ter deixado
ter completado o seu desenvolvimento embriológico, predispondo-o a infecções urinárias repetidas. Através
de uma vida sadia e principalmente de uma alimentação equilibrada, que evite sobrecarregar, porém que forneça os nutrientes indispensáveis aos órgãos mais fracos melhorando o seu funcionamento, eles se tornarão
mais resistentes às enfermidades.
Já na mitologia grega se encontra a concepção do órgão sensível na conhecida História de Aquiles:
“Quando este herói da Guerra de Tróia nasceu, sua mãe Tetis mergulhou-o nas águas da lagoa Estígia, o que
o tornou invulnerável, exceto no calcanhar que não foi banhado. Mais tarde foi morto por uma seta lançada
por Páris, que o acertou neste ponto”. Como se vê, trata-se de um simbolismo, significando que todo o indivíduo possui o seu ponto sensível.
Os órgãos de choque são também chamados de Constituição Parcial do indivíduo.
O conhecimento dos órgãos sensíveis possibilita uma abordagem terapêutica, beneficiando o organismo
como um todo, dentro do conceito holístico de que o organismo é a soma das partes; ao melhorar as partes
melhora-se o todo e vice-versa, tão imprescindíveis para se compreender qualquer terapia.
A maior prova de holismo, independente de qualquer juízo ético e moral, dos últimos tempos, foi o
fato da clonagem da ovelha Dolly, ocorrido no início deste ano, onde células somáticas produziram todo o
organismo de modo idêntico daquele que cedeu tais células. Esta experiência veio demonstrar que mesmo
não sendo um gameta estas células contém as informações do todo. Isto é irrefutável!
A íris mostra claramente, através da densidade de suas fibras, a constituição geral, bem como os órgãos
de choque do indivíduo.
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VI – O METABOLISMO
Metabolismo, palavra grega (metabollein = transformar) significa uma série de reações bioquímicas,
através das quais os organismos dos seres vivos transformam determinadas substâncias obtidas do meio externo em energia para a manutenção das suas células.
É através da alimentação que os seres vivos transformam a matéria-prima dos alimentos em substâncias
necessárias ao seu funcionamento, seja suprindo a energia necessária a ele, seja reparando a matéria gasta
neste incessante metabolismo.
O metabolismo por sua vez divide-se em:
CATABOLISMO: (cata = abaixo + ballein = lançar) é fenômeno que consiste na eliminação das
substâncias tóxicas resultantes do metabolismo.
ANABOLISMO: (anabollein = construir), consiste no processo de construir as células e os tecidos,
por meio de nutrientes obtidos dos alimentos.
Vimos por conseguinte que o metabolismo por definição é o resultado do anabolismo e do catabolismo.
Alimentos são substâncias necessárias à vida e são divididas em:
* Princípios imediatos
* Água e minerais
* Substâncias indispensáveis
Os princípios imediatos são substâncias usadas na alimentação diária, classificadas como sua estrutura
química em: protídeos ou proteínas; lipídeos ou gorduras e glicídeos ou hidratos de carbono.
Não vamos entrar em detalhes neste trabalho sobre a importância de água e minerais. Só vamos nos
referir a água, dizendo que todas as reações biológicas só ocorrem na presença dela.
Com relação aos minerais,parece que o zinco desempenha um papel importante na manutenção da
glicemia.
Substâncias indispensáveis: alguns autores perceberam, através de experimentações, que mesmo recebendo protídeos, glicídeos, hidratos de carbono, água e minerais, os animais necessitavam de outra substância para
não adoecerem. Esta substância recebeu o nome de vitamina (vita = vida), isto é, aminas indispensáveis à vida.
A levulose também é denominada frutose, por ser encontrada nas frutas e no mel.
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VII – DIETAS
“O médico do futuro não receitará remédios e sim alimentos”.
Thomaz Alves Edson
(1847 – 1931)
Nunca se viu tantos modelos de dietas como hoje em dia. Isto só vem demonstrar que não existe um
regime alimentar que supra ou cubra as necessidades das pessoas no planeta.
Na realidade existe uma desinformação enorme à respeito, porque está se perdendo os usos e costumes
da alimentação ideal de cada povo e/ou sociedade, ao longo de sua história.
O alimento é o veículo dos nutrientes, que por sua vez são indispensáveis para a vida saudável. O grande
problema hoje, é que os alimentos estão cada vez mais desvitalizados devido a pobreza dos solos; daí cada
vez mais a necessidade de se utilizar os suplementos alimentares.
Isto sem contar com o uso de agrotóxicos que além de lesarem as células, dificultam a absorção de
microelementos fundamentais à vida como Zinco, por exemplo.
Modernamente, se observa que os povos que mantiveram e preservaram sua cultura, entre eles os seus
hábitos alimentares vão para posição de destaque no cenário mundial, haja vista, a China.
A sabedoria tradicional
As tradições dos povos, através das suas respectivas religiões científica-espiritualmente, elaboram regras
que seguramente redundam em benefício da saúde das pessoas.
O Sistema Kosher, adotado pelos judeus mostra claramente esta sabedoria, quando por motivos espirituais
não misturam por exemplo numa mesma refeição o leite e a carne. Contudo esta prática pode resultar em benefício
para a saúde, posto que ambos tem tempos de digestão diferentes, que mesmo a pessoa com pouca produção de
ácido clorídrico (Hipocloridria), que é a grande parte da população, poderia trazer prejuízos à digestão, se absorvendo
moléculas de grande tamanho, que ensejam transtornos, tais como a alergia alimentar, entre outros.
Ao contrário de outros costumes na Medicina Chinesa se recomenda o uso de carne de porco, no sentido
de se fortalecer o nível energético do meridiano do rim.
No cristianismo se preconiza o jejum como meio de purificação do corpo e da alma.
Os pediatras resistiram
Houve um tempo em que os médicos entendiam de nutrição, entretanto este conhecimento foi se perdendo ao longo do tempo. Todavia felizmente os pediatras de uma forma ou de outra preservaram os seus
conhecimentos na sua respectiva área e, hoje felizmente o médico retomou estes conhecimentos através da
Nutrologia, que é hoje especialidade médica.
Penso que a união entre os nutrologistas e os nutricionistas resultará em algo muito bom para as pessoas.
Requisitos básicos
Em qualquer dieta os hábitos alimentares devem satisfazer pelo menos três requisitos básicos, que todo
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alimento deve contemplar, isto é, deve ser:
– puros, produzidos e cultivados através da agricultura orgânica, isto é, sem adubo químico ou agrotóxicos.
– Integrais e obtidos na maneira dos vegetais, sem se beneficiar o alimento, porque pode se perder
muitos nutrientes.
– Frescos e colhidos na época certa, amadurecido na própria planta, afim de se conservar as suas propriedades.
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VIII – COMO MONTAR UMA DIETA
Agora que já se tem alguma noção de nutrição, pode-se começar a montar uma dieta. A primeira coisa
a definir é a quantidade de calorias que vai se ingerir por dia.
Quantas calorias?
Os alimentos, através dos seus nutrientes, têm como função preservar a massa corporal ideal, bem como
atender os gastos energéticos tanto da vida ativa como da vida vegetativa, ou seja, tanto da energia que se gasta
para realizar uma ação quanto daquela que o organismo consome apenas para continuar vivo.
Conforme a sua função os alimentos podem ser classificados em:
• plásticos – vão servir na reparação dos tecidos, no crescimento e na produção de secreções glandulares (ex.: proteínas e sais minerais, como o cálcio).
• energéticos – fornecem energia ao organismo (ex.: carboidratos).
• reguladores – mantêm a constância da composição química dos tecidos e dos sistemas enzimáticos
(ex.: vitaminas e sais minerais).
Embora, como foi dito, inexiste uma dieta ideal, há alguns conceitos básicos que servem de referencial
para sua elaboração.
Uma dieta adequada deve conservar um peso corporal ideal, manter plena capacidade de trabalho
e proporcionar sensação de bem-estar. Isso vai ocorrer quando o suprimento nutritivo diário estiver
de acordo com a idade, o sexo e a atividade física da pessoa, além de fatores como gravidez e fase de
crescimento.
Essa dieta básica deve fornecer 1.300 calorias diárias e ser capaz de impedir a desnutrição calórico-proteica, vitamínica e mineral. Então, a primeira coisa que se deve saber é:
carboidratos – fornecem 4 calorias por grama ingerido;
proteínas – fornecem 4 calorias por grama ingerido;
gorduras – fornecem 9 calorias por grama ingerido
A partir desses conhecimentos, pode se montar uma dieta básica, que será modificada de acordo com
as necessidades de cada um. Basicamente, a necessidade diária alimentar pode ser assim esquematizada:
Calorias. A necessidade de calorias de uma pessoa depende do seu peso e da sua atividade física. Com
relação ao peso, um organismo adulto requer 25 calorias por quilo que peso corporal quando em repouso
absoluto; quando em atividade leve, consome de 35 a 45 calorias por quilo; quando em atividade moderada
consome de 45 a 55 calorias, também por quilo. Finalmente, quando o organismo exerce atividade física pesada, são necessárias de 55 a 75 calorias por quilo de peso corporal.
Proteínas. O organismo adulto requer de 0,8 a 1,0 gramo de proteínas por quilo de peso corporal.
Já na gravidez, lactação e adolescência, são necessários dois gramos de proteína por quilo de peso corporal. 16
Carboidratos e gorduras. De uma maneira geral, de 50 a 60% das calorias totais da dieta devem provir
dos carboidratos; de 25 a 35% das gorduras; e 15% das proteínas. Vitaminas e sais minerais: uma vez satisfeitas as necessidades acima, para que se obtenha uma reserva
adequada de sais minerais e vitaminas, é preciso que se comam cereais integrais e alimentos com farinha integral.
Vai se agora calcular a título de exemplo, as necessidades calóricas de uma pessoa que pesa 70 quilos e
exerça atividades leves.
Calorias Necessárias: 70 x 40 = 2800 calorias por dia
(média de 40 por quilo)
Quota protéica: 70 gramos (média de 1 gramo por quilo; portanto, como cada gramo corresponde a 4 calorias, temos 280 calorias por dia a cargo das proteínas)
Carboidratos: devem fornecer 1400 calorias por dia (50% do total de calorias) ou 350 gramos (cada
gramo tem 4 calorias)
Gorduras: devem fornecer aproximadamente 124 gramos correspondentes à 1120 calorias restantes
(cada gramo de gordura contém 9 calorias)
Assim, está definida sua necessidade calórica diária:
280 calorias de proteínas
1400 calorias de carboidratos
1120 calorias de gorduras
2800 calorias (total)
Arroz e feijão, um casamento perfeito!
O arroz e feijão, são alimentos riquíssimos em nutrientes, podendo ser consumidos separadamente,
porém quando consumidos juntos, tornam-se uma combinação perfeita.
Combinação comum na dieta brasileiro, é um prato que para muitos não pode faltar todos os dias.
Vejamos por que?
O arroz possui várias vitaminas do complexo B, carboidratos, cálcio, folato e ferro, o feijão por sua vez
é um alimento rico em proteína vegetal, também sendo fonte de ferro, vitaminas do complexo B e demais
minerais fundamentais para o bom funcionamento do organismo, assim a sua combinação é perfeita porque
os aminoácidos que faltam em um alimento, você encontra em outro.
Por exemplo: o arroz é pobre no aminoácido lisina, que por sua vez é encontrado em abundância no
feijão, já o aminoácido metionina é pobre no feijão, mas tem em abundância no arroz, por este motivo que eles
se completam, tornando-se um par perfeito. A proporção ideal é de 3 porções de arroz para 1 porção de feijão.
Veja abaixo a informação nutricional destes dois alimentos:
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Mesmo consumidos separadamente, pode-se observar que são alimentos nutritivos, razão pela qual, é
importante que estejam no seu prato diariamente.
Outros tipos de arroz, além do arroz branco, como o arroz parbolizado, selvagem, malekizado, azuki,
arbóreo e integral, também são bastante saudáveis.
O feijão, você também pode consumir de diferentes tipos, o preto, marrom, branco, fradinho, feijão-de-corda, etc.
De acordo com os dados da pesquisa de orçamento familiar (POF) realizada pelo IBGE de 2002/2003,
houve uma redução de 23% no consumo de arroz e 30% no consumo do feijão comparando com a mesma
pesquisa em 1974/1975.
Muitas pessoas, quando desejam emagrecer, param de comer o arroz e feijão, optando por consumir
somente saladas e grelhados. Isto é um erro! Para eliminar peso de forma saudável, não é preciso excluir nenhum grupo alimentar das refeições, apenas é necessário comer na quantidade adequada.
A combinação de arroz com feijão é, a combinação de cereais mais perfeita que existe no planeta!
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IX – CARBOIDRATOS
Carboidratos, carbohidratos, hidratos de carbono, glicídios, glícidos, glucídeos, glúcidos, glúcides, sacarídios ou açúcares são substâncias, sintetizadas pelos organismos vivos, de função mista poliálcool-aldeído
ou poliálcool-cetona.
Também chamados hidratos de carbono, glicídios, ou mais comumente, açúcares, os carboidratos são
compostos ternários formados de carbono, hidrogênio e oxigênio em geral, na proporção de um carbono
para dois hidrogênio para um oxigênio ou seja: C(H2O).
Os nomes carboidratos e hidratos de carbono explicam-se pelo fato de serem substâncias constituídas,
basicamente de carbono e água. Em alguns casos, podem também apresentar nitrogênio (N) ou enxofre (S)
na sua composição.
Quimicamente, os carboidratos são definidos como poli-hidroxi-aldeídos ou poli-hidroxi-cetonas.
• Glicose (C6H12O6) – é um poli-hidroxi-aldeído porque possui muitos radicais hidroxila (-OH) e um
radical aldeído (-CHO).
• Frutose (C6H12O6) – é um poli-hidroxi-cetona porque possui muitos radicais hidroxila (-OH) e um
radical cetona (-CO).
Os carboidratos podem ser classificados em três categorias básicas: monossacarídeos, oligossacarídeos
e polissacarídeos.
Monossacarídeos
Os monossacarídeos ou açúcares simples constituem as moléculas dos carboidratos, as quais são relativamente pequenas, insolúveis em água e não hidrolisáveis.
Em geral, eles obedecem à fórmula básica dos carboidratos: (CnH2nOn). Assim, de acordo com o valor
de n que varia de 3 a 7, temos os seguintes tipos de monossacarídeos:
• Triose: C3H6O3
• Tetrose: C4H8O4
• Pentose: C5H10O5
• Hexoses: C6H12O6
• Heptoses: C7H14O7
Pentoses são monossacarídeos de 5 carbonos. Para os seres vivos, as pentoses mais importantes são
a ribose e a desoxirribose, que entram na composição química dos ácidos nucleícos, os quais comandam e
coordenam as funções celulares.
Ribose é a pentose que entra na composição química do ácido ribo-nucléico (RNA). Obedece a fórmula
geral das pentoses – C5H10O5.
Desoxirribose é a pentose que entra na composição química do ácido desoxirribonucléico (DNA). Não
obedece à fórmula geral das pentoses, possuindo um oxigênio a menos que a ribose – C5H10O4.
Hexoses são monossacarídeos de 6 carbonos, que obedecem à fórmula geral – C6H12O6. As hexoses
mais importantes são a glicose, a frutose e a galactose, principais fontes de energia para os seres vivos. Ricas
em energia, as hexoses constituem os principais combustíveis das células. São naturalmente sintetizadas por
fotossíntese, processo de absorção de energia da luz.
6 CO2 + 6 H2O -> C6H12O6 + 6O2
19
Oligossacarídeos
(Dissacarídeos).
Os oligossacarídeos ou açúcares pequenos são carboidratos constituídos de duas a dez moléculas
de monossacarídeos. Interessa-nos, aqui, apenas aqueles formados por duas unidades de monossacarídeos,
também chamados dissacarídeos.
Dissacarídeos são açúcares constituídos, por ligação glicossídica, de dois monossacarídeos com desprendimento de uma molécula de água (síntese de desidratação). Dissacarídeos têm moléculas relativamente
pequenas, solúveis em água, razão por que interferem, assim como os monossacarídeos, no equilíbrio osmótico
das células. São também a principal forma de transporte dos carboidratos.
A sacarose, o “açúcar de cana” ou de beterraba, é constituído por uma molécula de glicose ligada a uma
frutose. A maltose é um dissacarídeo, pois é formada por duas moléculas de glicose. A lactose é encontrada
somente no leite. Resulta da união de uma glicose com uma galactose.
Polissacarídeos
Os polissacarídeos ou açúcares múltiplos são carboidratos formados pela união de mais de dez moléculas
monossacarídeas, constituindo, assim, um polímero de monossacarídeos, geralmente de hexoses.
Ao contrário dos mono e dos dissacarídeos, os polissacarídeos são insolúveis em água; não alteram,
portanto, o equilíbrio osmótico das células e se prestam muito bem à função de armazenamento ou reserva
nutritiva.
De acordo com a função que exercem os polissacarídeos classificam-se em energéticos e estruturais.
Polissacarídeos energéticos têm função de reserva nutritiva. Os mais importantes são o amido e o glicogênio.
• Amido – principal produto de reserva nutritiva vegetal, o amido é geralmente encontrado em órgão de
reserva nutritiva, como raízes do tipo tuberosa (mandioca, batata doce, cará), caules do tipo tubérculo
(batatinha), frutos e sementes. Constitui um polímero de glicose (mais ou menos 1.400 unidades de
glicose) com ligação glicossídica.
O amido constitui-se de dois tipos diferentes de polissacarídeos: a amilose com cerca de 1.000 unidades de glicose numa longa cadeia não ramificada enrolada em hélice e a amilopectina com cerca de 48 a 60
unidades de glicose dispostas em cadeias mais curtas e ramificadas.
Espiral helicoidal da amilose
• Glicogênio – polissacarídeo de reserva nutritiva dos animais, o glicogênio é encontrado, principalmente,
nos músculos. Também é produto de reserva dos fungos. Constitui um polímero de glicose (mais ou
menos 30.000 resíduos de glicose) com ligação glicossídica e várias ramificações.
Polissacarídeos estruturais entram na formação de algumas estruturas do corpo dos seres vivos. Os
mais importantes são a celulose e a quitina.
• Quitina – é um polissacarídeo que possui nitrogênio em suas unidades de acetilglicosamina. Constitui
o exoesqueleto dos artrópodes e é também encontrada na parede celular dos fungos. A quitina é um
polímero de acetilglicosamina com ligações β.
Deve-se observar que existem outros tipos de polissacarídeos denominados hetropolissacarídeos que
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originam, por hidrólise, vários tipos diferentes de monossacarídeos. Como por exemplo o ácido hialurônico,
condroitinsulfato e a heparina.
Conforme ficou demonstrado, para os hidratos de carbono serem absorvidos pelos intestinos, devem ser
quebrados em monossacarídeos, como a glicose, frutose e galactose pela ação das amilases salivares pancreáticas. Estas últimas que são enzimas ou substâncias responsáveis pelo processo de quebra dos polissacarídeos e
dissacarídeos em frações mais simples através de dissacaridases a serem absorvidos que são os monossacarídeos.
Vale a pena salientar que a glicose absorvida nos intestinos segue três caminhos básicos que explicaremos a seguir:
1 – Pelo sangue, para o fígado onde será armazenada em forma de glicogênio através de um processo
de polimerização, que já foi explicado anteriormente.
Este armazenamento se constitui num processo de reserva de glicose no organismo, para uma eventual
necessidade deste mesmo organismo.
O processo de armazenamento recebe o nome de glicogenogênese (Glicose; neo = nova; genese = criar).
2 – Outra parte da glicose é levada aos músculos, onde é armazenada em forma de glicogênio, resultando
na principal fonte de energia para a consecução do trabalho muscular.
3 – O fígado é o principal local de armazenamento de glicose, em seguida vêm os músculos, porém
outros tecidos do nosso organismo contêm glicose ou glicogênio.
O tecido nervoso, particularmente, recebe diretamente a glicose da circulação sanguínea sem a participação da insulina, bem como certos órgãos, como os rins e glóbulos vermelhos.
O excesso de glicose no sangue que se denomina hiperglicemia (hiper = elevado; glicemia = taxa de
glicose no sangue). A hiperglicemia é encontrada na maioria das vezes nos portadores de Diabetes Mellitus.
E o contrário da hiperglicemia, a hipoglicemia (hipo = baixa; glicemia = taxa de açúcar no sangue),
significa baixo teor de açúcar no sangue.
A glicose é um dos alimentos mais importantes e indispensáveis para o metabolismo das células. Só para
efeito didático e para facilitar a compreensão, usaremos as palavras glicose e açúcar, como sendo sinônimos
entre si.
21
X – PROTEÍNAS
Aproximadamente 75% da matéria sólida do corpo é constituída por proteína ou possui proteínas
como componentes importantes. Isto inclui proteínas estruturais, enzimas, genes, proteínas transportadoras
de oxigênio, proteínas musculares entre outros que realizam funções específicas no corpo.
Uma molécula de proteína não pode ser manufaturada pelo corpo, até que todos os aminoácidos necessários estejam presentes.
Na realidade, todos os aminoácidos nutricionalmente essenciais devem estar disponíveis no local da
síntese de proteína antes que qualquer um deles possa atuar. Isso significa que a cada refeição ingerida deve-se conter todos esses aminoácidos essenciais em quantidade suficiente para efetuar a síntese de proteína.
Se alguns deles não estiverem presentes, quando necessário, os outros poderão ser: estocados nas células
até que venham a ser utilizados, degradados pelo fígado e utilizado como energia ou estocados na forma de
gordura branca.
As proteínas têm papel fundamental no organismo. Agindo na reparação e construção de tecidos, elas
são essenciais em dietas para perder gordura e em exercícios físicos.
A molécula de proteína é construída a partir de seus aminoácidos. São cerca de 200 presentes na natureza, entretanto, apenas 21 são metabolizados pelo organismo humano.
Aminoácidos
Os Aminoácidos são ácidos orgânicos que encerram em sua molécula um ou mais grupamentos Amina.
Existem vários tipos de aminoácidos, sendo os mais importantes os alfa-aminoácidos.
Fórmula geral de um alfa-aminoácido:
Qualquer molécula de aminoácido tem um grupo carboxila (COOH) e um grupo amina ligado a um
átomo de carbono. Nesse mesmo carbono ficam ligados ainda um átomo de hidrogênio e um radical (R).
O radical (R) representa um radical orgânico, diferente em cada molécula de aminoácido encontrado
na matéria viva.
Observe que os aminoácidos possuem caráter anfótero, ou seja, quando em solução podem funcionar
como ácidos ou como bases.
Existem na natureza, vinte aminoácidos diferentes, que fazem parte das proteínas e peptídeos.
Os vegetais têm a capacidade de fabricar os vinte aminoácidos necessários para a produção de suas proteínas, já as células animais não sintetizam todos eles, sendo que alguns devem ser ingeridos com o alimento.
Assim, os aminoácidos podem ser classificados em dois tipos:
– Essenciais: são aqueles que não podem ser sintetizados pelos animais.
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– Não essenciais: são aqueles que podem ser sintetizados pelos animais.
Cumpre esclarecer que, para os vegetais, todos os aminoácidos são não essenciais.
Fica claro que classificar um aminoácido em não essencial ou essencial depende da espécie estudada;
assim um determinado aminoácido pode ser essencial para um animal e não essencial para outro.
Importância dos aminoácidos
São unidades estruturais dos peptídeos e das proteínas.
Funcionam como sistema tampão, ou seja, atuam no controle do pH das células, para evitar que o
organismo fique demasiadamente ácido, ou pelo contrário básico.
Aminoácidos essenciais: Leucina, isoleucina, valina, triptofano, metionina, fenilalanina, treonina e
lisina (a histidina é um aminoácido essencial na infância).
Os aminoácidos essenciais contribuem consideravelmente para o aumento da resistência física, porque
durante as atividades de longa duração são utilizados pelos músculos para fornecimento de energia.
Dentre as fontes de proteínas completas – aquelas que contém todos os aminoácidos essenciais em
quantidades e proporções ideais para atender às necessidades orgânicas – estão os ovos, o leite e derivados,
a carne, o peixe e as aves. Os alimentos de alta qualidade protéica são essencialmente de origem animal, enquanto a maioria das proteínas vegetais (lentilhas, feijões, ervilhas, soja, etc) são incompletas em termos de
conteúdo protéico e, portanto, possuem um valor biológico relativamente menor.
Entretanto, convém compreender que todos os aminoácidos essenciais podem ser obtidos diversificando
o consumo de alimentos vegetais, cada um dos quais com uma qualidade e quantidade diferentes de aminoácidos.
Aminoácidos não-essenciais: Alanina, arginina, ácido aspártico, aspargina, ácido glutâmico, cistina,
cisteína, glicina, glutamina, hidroxiprolina, prolina, serina e tirosina.
Como os aminoácidos agem no corpo
Uma vez penetrados na corrente sanguínea, os aminoácidos são rapidamente transportados através do
corpo. Um pequeno número deles é utilizado imediatamente, dependendo das necessidades dos vários tecidos
nessa ocasião. Num intervalo de tempo equivalente a 10 minutos, todos os aminoácidos são usados na síntese
de proteína ou são armazenados.
O excesso de aminoácidos é utilizado como parte de energia ou estocado na forma de gordura branca.
Os aminoácidos são estocados principalmente no fígado, mucosa intestinal, sangue ou no interior das células
na forma de proteínas intracelulares.
Imediatamente após os aminoácidos terem penetrado na corrente sanguínea, suas concentrações se
elevam discretamente, devido à rapidez com que são utilizados ou estocados. Durante o período de um
dia, os aminoácidos são sistematicamente reconvocados e transportados pelo sangue até os locais onde
são requisitados.
Vários gramos de proteínas são transportados a cada hora na forma de aminoácidos circulantes. O crescimento muscular depende da eficiência com que os aminoácidos atingem os tecidos que necessitam deles.
Valina
ajuda no metabolismo muscular e no balanço nitrogenado, assim como a leucina e a isoleucina pode
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ser usado no tratamento de neuropatias desmielinizantes.
Dosagem: 100 a 500 mg, 3 vezes por dia
Metionina
estimula a síntese do glutation peroxidase (antioxidante), diminui o pH urinário, é hepatQprotetor, atua
na depressão, na esquizofrenia e na doença de Parkinson.
Dosagem: 100 a 300 mg, 3 vezes por dia
Fenilalanina
é precursora da tirosina e das catecolaminas, ~umenta a produção de neurotransmissores e está indicada
no tratamento da depressão, da dor e para melhorar a memória. Estimula a produção de colecistoquinina, que
inibe o centro da fome. A fenilcetonúria está associada a um defeito genético no metabolismo da fenilalanina
(ausência da enzima fenilalaninahidroxilase). A doença está relacionada a retardamento mental e os níveis de
fenilalanina na urina dos pacientes é muito superior ao normal; além disso, estes pacientes têm drástica perda
de vitamina B6.
Dosagem: 100 a 500 mg, 3 vezes por dia
Treonina
atua no sistema imunitário, no controle aos ataques de epilepsia, no parkinsonismo, na síntese do colágeno e elastina, ajuda a manter o equilíbrio proteico no organismo, atua na depressão.
Triptofano
usado para tratamento de stress, depressão, distúrbios do sono, hiperatividade em crianças, dores de diflcil
controle (enxaquecas, dores crônicas, dores de processos neoplásicos), precursor da serotonina e da melatonina.
Dosagem: 200 mg a 2 g, 1 a 2.. vezes por dia
Glicina
toma parte na síntese da hemoglobina, atua na hiperacidez gástrica diminuindo os efeitos colaterais do
uso de aspirina, indicada na gota, na hiperlipidemia, na miastenia gravis, na psicose maníaco-depressiva.
Dosagem: 100 a 500 mg, 1 a 3 vezes por dia.
Alanina
ajuda no metabolismo energético da glicose, atua na hipoglicemia e no sistema imunitário (reprodução
linfocitária), indicada no tratamento de cálculos renais em conjunto com a vitamina B6.
Dosagem: 100 a 500 mg, vezes por dia
Serina
atua na formação das esfingomielinas do cérebro, estimula o sistema imunitário aumentando a produção
de anticorpos, importante no metabolismo das gorduras e ácidos graxos, para o aumento da massa muscular
e no tratamento da dor.
Dosagem: 100 a 500 mg, 3 vezes por dia
Glutamato
representaa principal via de biossíntese do GABA, que é um neurotransmissor inibidor que atua como
ansiolítico relacionado com os benzodiazepínicos.
Aspartato
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indicado nos casos de fadiga crônica para remover o execesso de amônia do organismo, é um hepato
protetor.
Dosagem: 100 a 500 mg, 3 vezes por dia
Prolina
Forma o colágeno junto com a hidroxiprolina, a glicina e a hidroxilisina; é parte da substância P (um
tetrapep\ídeo: arginina-prolina-lisina-prolina)
Cisteína
atua na eliminação do excesso de radicais livres junto com o selênio e a vitamina E (glutation peroxidase),
protege as células hepáticas e cerebrais das toxinas do fumo e do álcool, fluidifica o muco do trato respiratório,
remove o excesso de cobre do organismo, atua na perda de cabelo e na psoríase.
Dosagem: 600 mg a 1,2 g, até 3 vezes por dia..
Taurina
é ansiolítica, tem ação sobre o aparelho cardiovascular(aumenta a contratilidade a excreção de sódio
e água), atua nas retinopatias e nas renites, na hipertensão arterial, na epilepsia, na acloridria e hipocloridria.
Dosagem: 100 a 500 n1g, 1 a 3 vezes por dia
Tirosina
atua na ansiedade, nos distúrbios do sono, na depressão, na abstinência ao uso de drogas, age no músculo cardíaco, controle de apetite, melhora a atividade sexual, participa da síntese da epinefrina, dopamina e
melanina, nas funções da tireóide, adrenal e hipófise.
Dosagem: 100 a 500 rng, 3 vezes por dia
Carnitina
atua no metabolismo da musculatura lisa periférica e do músculo estriado cardíaco, usada como coadjuvante no tratamento da insuficiência cardíaca e hipertensão arterial, geralmente associada com a CoQ 10 e
ubiquinona.
Dosagem: 100 a 500 l11g,3 vezes por dia
Omitina
age na síntese do horrnônio de crescimento, melhora a resposta ao stress e a
libido, indicada para tratamento de fadiga crônica em associação com a lisina e a arginina.
Dosagem:200 a 50Qmg,2 a 3 vezes por dia
Arginina
estimula a ação do hormônio de crescimento, atua no metabolismo hepático (reações de desintoxicação),
melhora as respostas do sistema imunitário, é essencial no metabolismo muscular, é importante espermatogênese, atua em distúrbios renais, é precursora do óxido nítrico (fator de relaxamento endotelial). Cautela em
pacientes herpéticos.
Dosagem: 100 a 500 mg, 3 vezes por dia.
Histidina
dá origem à histamina, é essencial para o crescimento principalmente de neonatos e prematuros que
têm deficiência de cisteína pela imaturidade do t1gadoem converter metionina, é coadjuvante no tratamento
das alergias e da artrite reumatóide, melhora a hiperacidez gástrica.
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Dosagem: 100 a 500 mg, 1 a 3 vezes por dia
Leucina
aumenta a capacidade de cicatrização óssea, da pele e do tecido muscular, indicada no tratamento de
doenças desmielinizantes.
Dosagem: 100 a 500 mg, 3 vezes por dia
Isoleucina
aumenta a síntese da hemoglobina, ajuda a estabilizar e a regular a glicemia, pode ser usada no tratamento
de neuropatias associado à leucina e valina.
Dosagem: 100 a 500 rng, 3 vezes por dia
Lisina
aumenta a imunidade aos resfriados e ao herpes pela formação de inúmeros anticorpos, é importante
para o crescimento e desenvolvimento dos ossos em crianças, ajuda na absorção do cálcio e a manter o balanço
nitrogenado em adultos, usada na profilaxia do herpes.
Dosagem: 100 a 5OOmg, 3 vezes por dia
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XI – GORDURAS
As gorduras fazem parte de um grupo amplo de nutrientes chamado lipídeos que têm em comum a
propriedade de serem insolúveis em água. Como os lipídeos estão presentes em alimentos geralmente mais
calóricos, eles devem aparecer em menor quantidade na alimentação, especialmente na dos que buscam o
emagrecimento.
O consumo excessivo desses nutrientes é um dos fatores que contribuem para o desenvolvimento de
várias doenças crônicas, inclusive a obesidade. No entanto, é bom ressaltar que, se os lipídeos forem consumidos na quantidade certa, não trazem prejuízos e ainda auxiliam no bom funcionamento do organismo,
desempenhando funções como:
Fornecer energia;
Ser precursores de hormônios;
Auxiliar na absorção e no transporte das vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K);
Melhorar a textura e sabor dos alimentos;
Manter a temperatura corporal, reduzindo a perda de calor.
Em relação à quantidade calórica, 1 grama de lipídeo possui 9 Kcal, ou seja, mais que o dobro do que a
mesma quantidade de proteína ou carboidrato (4 Kcal). Dessa forma, ao contrário do que muitos pensam, não
são os alimentos fonte de carboidratos (arroz, batata, mandioca, farinha, pão, macarrão) que devem aparecer
em menor quantidade na alimentação e sim, os fonte de lipídeos (frituras, maionese, manteiga, margarina,
entre outros).
Um outro fator importante em relação aos lipídeos, é que eles são facilmente armazenados e dificilmente
consumidos. Isso significa que, quando ingeridos, os lipídeos são absorvidos e, se não houver gasto energético,
são armazenados no tecido adiposo contribuindo para a formação dos famosos “pneuzinhos” nas regiões da
cintura e do quadril. Para complicar a situação, durante a atividade física, os lipídeos são os últimos a serem
utilizados como fonte energética. Além disso, a capacidade do organismo de armazenar esses nutrientes é
aparentemente ilimitada.
Colesterol
Pode ser obtido por duas fontes: interna, mediante a produção do fígado, a partir de ácidos graxos
saturados ou externa, através de alimentos que o contenham. É encontrado apenas em produtos de origem
animal, como em: gema de ovo, leite integral, queijos gordurosos, manteiga, creme de leite, chantilly, vísceras
(fígado, miolo), gorduras de carnes e pele de aves.
Quanto à atuação no organismo, o colesterol é precursor de componentes dos sais biliares, que auxiliam na digestão dos lipídeos, e também serve de matéria prima para a produção de hormônios (estrógeno,
progesterona). Portanto, deve estar presente na alimentação, só que na quantidade certa, para não aumentar
na circulação e trazer prejuízos à saúde.
Triglicérides ou Triglicerídeos
A principal maneira de armazenar os lipídeos no tecido adiposo, é sob a forma de triglicérides. São
também os tipos de lipídeos mais abundantes na alimentação. Podem ser definidos como compostos formados
pela união de três ácidos graxos com glicerol. Os triglicérides sólidos em temperatura ambiente são conhecidos
como gorduras, enquanto os líquidos são os óleos.
As gorduras geralmente possuem uma alta proporção de ácidos graxos saturados de cadeia longa, já os
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óleos normalmente contêm mais ácidos graxos insaturados de cadeia curta.
A gordura marrom
A fabulosa
Por favor, não confundir gordura marrom com imprensa marrom, porque a gordura marrom é ótima!
A gordura marrom também chamada Depósito Adiposo Marrom (DAM), é fartamente distribuída no
organismo das crianças, porém, vai diminuindo progressivamente com o passar da idade. A sua distribuição se
faz predominantemente ao longo do pescoço, da coluna vertebral e, em torno dos principais órgãos internos,
das artérias.
A gordura marrom é riquíssima em mitocôndrias (centrais energéticas), que produzem energia que se
transforma em calor para as reações orgânicas (A Usina Atômica de Angra dos Reis comparativamente, perde
feito para o DAM).
Ora se o DAM produz calor, logicamente é importante para o emagrecimento, bem como no controle
de diversas doenças crônicas degenerativas.
Ao contrário da gordura marrom, a gordura branca não produz energia, o seu papel é fundamentalmente
agir como isolante térmico. Praticamente são antagônicas.
A quantidade do DAM varia de pessoa para pessoa, variando de 1 a 10% do peso corporal. A sua quantidade bem como a localização de sua distribuição parece determinar os diversos tipos e graus de obesidade.
Muitas substâncias parecem estimular a gordura marrom, por exemplo:
a) → ácido Omega 3;
b) → L.Carnitina;
c) → Ácido gama linolêico;
d) → Antioxidantes;
e) → Substâncias que produzem calor:
Cafeína;
DL Carnitina;
L Tirosina;
DL Fenilalamina.
Que agem e/ou aumentam o metabolismo basal ou inibindo o apetite
f) → substâncias que reduzem as gorduras, tais como colina e metionina, entre outras;
g) → substâncias que estimulam a tireóide, como o iodo e tirosina;
h) → triglicérides de cadeia médio que não necessitam de ação de sais biliares para serem absorvidos,
aumentando assim a queima de calorias, uma vez a sua absorção ocorrer diretamente na parede
intestinal, e, posteriormente transportados até o fígado onde serão oxidados.
i) → Coenzimas (Q10 ou Ubiquinina)
Como visto a gordura marrom é boa como o bombom, até porque o chocolate contém teobromina,
(Teo=Deus), alimento dos deuses.
Que comparação esquisita não é? Desculpe foi só um recurso mnemônico (facilidade de gravação na
memória).
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XII – VITAMINAS
As vitaminas são compostos orgânicos indispensáveis ao bom funcionamento do organismo. Podem
ser obtidas através de alimentos ou de outras fontes, como a irradiação ultravioleta, por exemplo.
As vitaminas atuam como catalisadores, isto é, desencadeiam as reações orgânicas, sem participar diretamente delas. Na sua ausência, essas reações deixam de ocorrer, comprometendo o equilíbrio orgânico.
São ultra-específicas, isto é, a falta de determinada vitamina compromete determinados sistemas. A falta
de vitamina C, por exemplo, pode levar ao escorbuto; já a falta de vitamina B1 (tiamina) pode levar ao berebéri.
Todavia, como as vitaminas regulam o metabolismo, através do sistema enzimático, uma única deficiência pode comprometer o organismo inteiro. A vida torna-se sem qualidade sem a presença de todas as
vitaminas essenciais.
É muito importante destacar que, através de uma alimentação equilibrada, podem-se obter as vitaminas
indispensáveis à vida. Os suplementos vitamínicos são necessários apenas em casos especiais, porque o excesso de vitaminas (hipervitaminose) pode causar graves prejuízos ao organismo. Algumas pessoas, entretanto,
acreditam que as vitaminas podem substituir os alimentos, contudo isto é incorreto, porque é necessária a
ingestão de alimentos para que a vitamina seja assimilada pelo organismo. Portanto:
• Vitaminas são destituídas de valor energético e nem têm valor calórico ou energético próprio.
• Vitaminas nem substituem as proteínas, gorduras, carboidratos, sais minerais, água ou até mesmo
outras vitaminas.
• Por isso, em hipótese alguma, se pode parar de comer e pretender continuar saudável ingerindo somente vitaminas.
• Vitaminas por si próprias nem fazem parte da estrutura do organismo.
Vitamina A
Chamada de “vitamina da vista”, a vitamina A foi descoberta pelos gregos há aproximadamente dois
mil anos, quando verificaram que o fígado dos animais continha algo que curava certas afecções dos olhos.
Era a vitamina A.
A deficiência dessa vitamina pode levar à cegueira noturna (xeroftalmia). Funções
• Aumenta a resistência orgânica contra as infecções, principalmente as de pele e mucosas.
• Diminui a duração das enfermidades.
• Melhora a visão.
• Atua como coadjuvante do crescimento, propicia ossos fortes, pele, cabelo, dentes e gengivas saudáveis.
Fontes
• Óleo de Fígado de peixe
• Fígado
• Cenoura
• Vegetais verdes e amarelos
• Ovos
• Leite e derivados
• Frutas amarelas
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Vitamina B1 (tiamina)
A tiamina é indispensável ao bom funcionamento do sistema nervoso, além de outras funções, porém
a superdosagem pode causar tremores, herpes, edema, irritabilidade, taquicardia (aumento dos batimentos
cardíacos) e alergia, embora isto ocorra muito raramente.
Algumas situações exigem uma quantidade maior de vitaminas B1: tabagismo, ingestão de álcool, ingestão de açúcar branco, gravidez e uso de anticoncepcional.
Funções
• Mantém a integridade do sistema nervoso, dos músculos e do coração.
• É antiberibérica e antineurítica.
• Incrementa o crescimento.
• Regula a manutenção do apetite e o metabolismo.
• É antiestafa.
• Combate as náuseas.
• É coadjuvante no tratamento do Herpes zoster.
• Favorece a digestão, principalmente dos carboidratos.
Fontes
• Levedura seca
• Farelo de arroz
• Trigo integral
• Cereais
• Amendoim
• Vegetais (a maioria)
• Farelo de trigo
• Leite
Vitamina B2 (riboflavina)
Também conhecida como vitamina G, a riboflavina ou vitamina B2 é indispensável à normalidade das
funções orgânicas.
Da mesma forma que as demais vitaminas B, não é armazenada no organismo e por isso, deve ser ingerida, através de alimentos integrais.
Desconhecem-se efeitos tóxicos provocados pela superdosagem dessa vitamina, porém podem surgir
efeitos como pruridos, herpes e parestesias (adormecimento). Em caso de amamentação, dietas para úlcera
péptica ou diabetes e uso de anticoncepcional, entretanto, é necessário ingerir maior quantidade de riboflavina
por dia.
Funções
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• Atua no metabolismo dos carboidratos, gorduras e proteínas.
• Atua na síntese dos fâneros (pele, unhas e cabelos).
• Age nos órgãos reprodutores e no crescimento.
• Previne a pelagra (avitaminose – falta de vitamina – que atinge os sistemas digestivos, nervoso e mental).
• Favorece o processo visual.
Fontes
• Leite
• Fígado
• Rim
• Levedura
• Queijo
• Verduras
• Peixe
• Ovos
Vitamina B3 (Niacina)
Funções
• metabolismo do colesterol: importante no controle dos níveis sangüíneos de colesterol.
• regulação do apetite.
• glândulas adrenais: necessária para o bom funcionamento das glândulas adrenais
Enfermidades relacionadas à sua carência:
• anorexia (perda de apetite), náuseas, diarréias e úlceras gastro-intestinais.
• cefaléia (dores de cabeça).
• insônia, irritabilidade e depressão.
• pelagra (nas deficiências graves): inflamação da pele + demência.
Onde encontrar:
• carne, fígado, rins e peixe.
• ovos.
• feijão, ervilha, arroz.
• amêndoas e castanhas.
• levedura de cerveja.
• frutas secas.
Vitamina B5 (ácido pantotênico)
É também uma vitamina que previne contra a pelagra. Quando ingerida em quantidade insuficiente,
ocorrem distúrbios metabólicos em muitos tecidos, o que pode causar danos ao sistema nervoso. A super
dosagem, entretanto, pode gerar eritema (vermelhidão na pele). Quem usa anticoncepcionais ou soníferos
deve ingerir mais niacina do que os outros.
Funções
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• Regulariza as funções digestivas.
• Ajuda a diminuir as taxas de colesterol e triglicérides.
• Reduz as vertigens na Síndrome de Meniére.
• Contribui para o tratamento da hipertensão arterial (pressão alta).
• Previne e alivia a enxaqueca.
• Melhora a pele.
• Atua no metabolismo das proteínas e dos carboidratos.
Fontes:
• Fígado
• Carne negra
• Trigo integral
• Levedo de cerveja
• Rim
• Peixe
• Ovos
• Amendoim torrado
• Carne branca de frango
• Abacate
• Figo
• Ameixa
Vitamina B6 (adermina)
A vitamina B6 é composta por um grupo de três substâncias, a piridoxina, a piridoxal e a piridoxamina,
que atuam em conjunto.
Quem usa anticoncepcional e ingere muitas proteínas precisa de uma quantidade maior de vitamina B6.
Funções
• Atua na transformação de outras vitaminas (converte triptofano em niacina).
• Promove a formação de ácidos nucléicos, que são elementos ligados à hereditariedade.
• É um diurético natural.
• Ajuda a assimilação de proteínas e gorduras.
• Beneficia o sistema nervoso.
• Ajuda a curar neurites (inflamações de nervos).
• É indispensável para a produção de anticorpos e células vermelhas do sangue (hemácias), que transportam oxigênio e gás carbônico.
• É fundamental para a absorção de vitaminas B12.
• É indispensável à produção de ácido clorídrico.
• Previne contra a pelagra.
Fontes
• Levedo de cerveja
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• Farelo de trigo
• Germe de trigo
• Fígado
• Rim
• Coração
• Melão
• Repolho
• Melado
• Leite
• Ovos
• Carne
Vitamina B8
Da biotina existem 3 variantes que são a biocitina, a lisina e o dextro e levo sulfoxido de biocitina. Metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas.
Incrementa o crescimento da queratina, desempenha papel primordial na integridade da pele, unha e
cabelos, além de estimular a multiplicação celular.
Principais fontes: carnes, gema de ovos, leite, peixes e nozes. A biotina é estável ao cozimento.
Principais funções: função importante no metabolismo de açúcares e gorduras.
Manifestações de carência: muito raras e praticamente só aparecem se houver destruição das bactérias
intestinais, administração de antimetabólicos da biotina para que aconteça a carência de biotina. Nestes casos
surgem glossite atrófica, dores musculares, falta de apetite, flacidez, dermatite e alterações do eletrocardiograma. Pessoas que se alimentam por longo tempo somente de ovos crus têm apresentado estas manifestações.
Pessoas alimentadas por via parenteral também podem apresentar sinais e sintomas de carência de biotina.
As lesões da pele caraterizam-se por dermatite esfoliativa severa e queda de cabelos que são reversíveis com
a administração de biotina.
Crianças com seborréia infantil e pessoas com defeitos genéticos são tratados com doses de 5 a 10 mg/
dia de biotina.
Manifestações de excessos: grandes doses de biotina podem provocar diarréia.
Fontes
• Soja, grãos, gema de ovo, rapadura.
A vitamina B8 é boa para queda de cabelos, metabolismo de proteínas e gorduras, malária.
Vitamina B9 (Ácido Fólico)
Atua na formação dos glóbulos vermelhos.
Carência: anemia; alteração na medula óssea; distúrbios intestinais; lesões nas mucosas.
Fontes
• carnes,
• fígado,
33
• leguminosas,
• vegetais de folhas escuras,
• banana,
• melão.
Vitamina B12 (cobalamina)
Em 1934, o cientista W. Castle e seus colaboradores demonstraram que pacientes com anemia careciam
de uma substância encontrada normalmente no organismo (chamada de fator intrínseco) e de outras substância
existente nos alimentos (fator extrínseco), que depois se descobriu ser a vitamina B12, também conhecida
como cianocobalamina ou vitamina vermelha, devido à sua coloração, conferida pelo cobalto.
É uma vitamina muito, potente, que atua em doses reduzidas, e é a única que contém elementos minerais essenciais.
Vale lembrar que uma dieta rica em ácido fólico – substância encontrada no fígado, rim e folhas verdes
–, porém pobre em vitamina B1, como a vegetariana, muito comumente mascara uma deficiência de vitamina
B12. E uma deficiência de B12 pode levar vários anos para se manifestar, mesmo após se esgotarem todas as
reservas do organismo. Por isso, quem opta pelo regime vegetariano, excluindo ovos e laticínios de sua dieta,
precisa de uma suplementação de vitaminas B12.
Paradoxalmente, por mais estranho que pareça, grandes consumidores de proteínas também podem
precisar de doses extras dessa vitamina, que funciona em conjunto com quase todas as outras vitaminas do
complexo B, assim como as vitaminas A, E e C.
Funções
• É o mais poderoso antianêmico que existe.
• Alguns estudos indicam que atua como coenzima na conversão de aminoácidos em proteínas (timina
em timidina).
• É a única substância até hoje conhecida que atua favoravelmente sobre as degenerações nervosas
decorrentes da chamada anemia perniciosa.
• Atua no aproveitamento de gorduras, proteínas e carboidratos pelo organismo.
• Beneficia o organismo de uma forma geral, melhorando o apetite e o vigor físico e mental.
• Promove o crescimento e estimula o apetite das crianças.
Fontes
• Fígado
• Carnes bovina e suína
• Ovos
• Leite
• Queijo
• Rim
• Levedo de cerveja: tomar cuidado, porque é altamente alergeno.
Vitamina C
Sensível às altas temperaturas, vitamina C é fundamental para o bom funcionamento do organismo.
34
Quem fuma ou toma anticoncepcional deve ingerir doses ainda maiores do que as recomendadas numa dieta
normal. As doses excessivas, entretanto, podem causar diarréia a erupções de pele.
É bom destacar que a vitamina C sintética ou o ácido ascórbico deixa de conter os bioflavonóides, que
são substância que ajudam o organismo a assimilar a vitamina C.
Funções
• Acelera os processos de cicatrização, como ferimentos, queimaduras e hemorragias de gengiva.
• Previne contra o escorbuto.
• Colabora com o ferro na formação da hemoglobina, que transporta oxigênio e gás carbônico.
• Contribui para um bom funcionamento das glândulas, principalmente a adrenal.
• Atua contra as infecções de um modo geral.
• Contribui para o desenvolvimento dos ossos.
• É um elemento importante no tecido conjuntivo.
• Ajuda a manter a boa dentição.
• Ajuda a baixar os níveis de colesterol no sangue.
• Protege contra o câncer, através da melhoria do sistema imunológico (segundo o Dr. Linnus Pauling,
Prêmio Nobel de Química).
• Facilita a circulação sangüínea.
Fontes
• Frutas cítricas (laranja, limão, caju e uvaia), além da goiabada, mamão, kiwi e manga
• Frutas silvestres
• Verduras
• Tomate
• Couve-flor
• Batata
• Batata-doce
• Pimentão
Vitamina D
Composta de vitaminas (D1, D2, e D3), a vitamina D, é obtida principalmente através da ação dos raios
ultravioletas do sol sobre a pele. O horário mais saudável para se tomar sol, portanto, é o horário da radiação
ultravioleta, que ocorre no início da manhã, até aproximadamente 10 horas, e à tarde, a partir das 15 horas.
A ausência dessa vitamina pode levar ao raquitismo. E o excesso pode causar lesões e prurido de pele
e vômitos, além de dor e ardor nos olhos.
Há médicos que contra-indicam o uso prolongado de produtos que concentram vitamina D, mesmo
o óleo de fígado de bacalhau. Eles acham que podem ocorrer efeitos secundários, como a supercalcificação
dos ossos, o que os torna frágeis, e a deposição de cálcio nas paredes das artérias, dificultando a circulação
sangüíneo. A melhor fonte, portanto, continua sendo a absorção dos raios solares ultravioletas.
Funções
• Atua no metabolismo do cálcio e fósforo, indispensáveis para a formação de ossos e dentes.
• Atua na absorção de vitaminas A.
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Fontes
• Óleo de fígado de peixe
• Sardinha
• Arenque
• Salmão
• Leite e derivados
• Ovos
Vitamina E (tocoferrol)
É constituída por um grupo de outras vitaminas e se armazena no fígado, nos tecidos adiposos, no
coração, nos músculos, testículos, útero, tecido sangüíneo, glândulas supra-renais e hipófise, exercendo nesses
locais diversas funções importantes.
Também neste caso, a mulher que toma anticoncepcionais deve aumentar a ingestão de alimentos que
contêm vitamina E.
Funções
• Atua em conjunto com a vitamina A.
• Impede a destruição dos glóbulos vermelhos em caso de infecção.
• Beneficia o tecido muscular.
• Previne a anemia.
• Regula as funções reprodutivas (fertilidade).
Fontes
• Germe de trigo
• Soja
• Óleos vegetais
• Verduras (principalmente brócolis, couve-de-bruxelas e espinafre)
• Trigo vegetal
• Cereais integrais
• Ovos
Vitamina K
Formada por um grupo de vitaminas – K1, K2, e K3 –, a vitamina K, com exceção da K3, é produzida
no próprio organismo, através de bactérias intestinais. Por isso, geralmente o ser humano não precisa ingerir
a vitamina K, a não ser em caso de icterícia.
Função
• Evita hemorragias, através de uma adequada coagulação sangüínea.
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Fontes
• Iogurte
• Alfafa
• Gema de ovo
• Óleo de açafrão
• Óleo de fígado de peixe
• Algas
• Verduras
Vitamina E
Antioxidante; favorece o metabolismo muscular e auxilia a fertilidade.
Carência: Kwashiorkor (desnutrição grave com edema e despigmentação da pele e cabelo).
Fonte
• Germe de trigo, nozes, carnes, amendoim, óleo, gema de ovo.
Vitamina K
Essencial para que o organismo produza protrombina, uma substância indispensável para a coagulação
do sangue.
Carência: aumento no tempo de coagulação do sangue; hemorragia.
Fonte
• Fígado, verdura, ovo.
Ácido pantotênico
Auxilia o metabolismo em geral.
Carência: fadiga; fraqueza muscular; perturbações nervosas; anorexia; diminuição da pressão sanguínea.
Fontes
• Fígado, rim, gema de ovo, carnes, brócolis, trigo integral, batata.
Ácido paraminobenzóico
Estimula o crescimento dos cabelos.
Carência: Irritabilidade, falta de memória e apatia.
37
Fontes
• Carnes, fígado, leguminosas, vegetais de folhas escuras.
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XIII – MINERAIS
Dentre os nutrientes necessários à saúde, assim como existem as proteínas, gorduras, carboidratos e
vitaminas, há um grupo de elementos chamados minerais.
Os minerais, como também as vitaminas, não podem ser sintetizados pelo organismo e, por isso, devem
ser obtidos através da alimentação. Não fornecem calorias, mas se encontram no organismo desempenhando
diversas funções.
Os minerais possuem papéis essenciais, como constituintes estruturais dos tecidos corpóreos, por
exemplo, o cálcio e o fósforo que formam os ossos e dentes; como reguladores orgânicos que controlam os
impulsos nervosos, atividade muscular e o balanço àcido-base do organismo; como componentes ou ativadores/reguladores de muitas enzimas.
Além disso, muitos minerais estão envolvidos no processo de crescimento e desenvolvimento corporal.
Como componentes dos alimentos, os minerais participam no sabor, ativam ou inibem as enzimas e outras
reações que influem na textura dos alimentos.
Eles são divididos em macrominerais (necessários em quantidades de 100 mg ou mais por dia) que são:
cálcio, fósforo, sódio, potássio, cloro, magnésio e enxofre, microminerais (necessários em pequenas quantidades – miligramas ou microgramas por dia) que são: ferro, cobre, cobalto, zinco, manganês, iodo, molibidênio,
selênio, flúor e cromo.
Há ainda outros minerais que são tóxicos como chumbo, cádmio, mercúrio, arsênio, bário, estrôncio,
alumínio, lítio, berílio e rubídio.
Cada mineral é requerido em quantidades específicas, numa faixa que varia de microgramas a gramas
por dia. Por exemplo, a absorção de zinco pode ser afetada por suplementação de ferro, enquanto a ingestão
em excesso de zinco pode reduzir a absorção de cobre.
Em geral, o consumo de uma alimentação balanceada, com o fornecimento adequado de alimentos,
tanto de origem animal quanto vegetal, normalmente é suficiente para suprir as necessidades nutricionais de
minerais.
Teoricamente, todos os alimentos deveriam conter sais minerais, porém a industrialização e outros
métodos modernos de produção de alimentos podem altera-los.
Este autor acredita na necessidade de suplementação alimentar, posto que são colhidos verdes, antes da
maturação ideal. A laranja, por exemplo, chega ao consumidor final com apenas 30% de vitamina C.
Os minerais também são importantes na prática esportiva, porque durante o exercício físico a perda de
água pelo suor é sempre acompanhada pela perda de eletrólitos, de sais, especialmente sódio, cloreto, potássio,
magnésio e cálcio. Assim, a falta destes pode levar ao aparecimento de cãibras musculares.
Os sais minerais, principalmente os oligoelementos, como o zinco, serão os medicamentos do futuro.
O artigo, extraído do jornal Diário do Grande ABC, em sua edição de 8.11.1987, dá uma idéia da importância
desse elemento.
O zinco ajuda a transmissão nervosa
(Estados Unidos) É possível que os cientista tenham descoberto porque o cérebro dos animais superiores contém grandes quantidades de zinco, achado que poderia explicar como essa substância metálica
ajuda a regular as comunicações entre as células cerebrais. “É uma descoberta muito básica que se acredita
ter amplas implicações”, afirmou o cientista da Universidade de Stanford, Dr. Dennis Choi.
Segundo o Dr. Choi, os resultados preliminares das pesquisas estão oferecendo as primeiras pistas a
respeito do papel do zinco, um nutriente vital, na base química da aprendizagem, assim como em ajudar na
39
proteção do cérebro contra as lesões. A sinalização neuronal, comunicação entre as células cerebrais, pode
ser auxiliada pelo zinco, descoberta que, segundo Choi, está fornecendo nova luz sobre o papel biológico do
metal. Os cientistas já sabiam que o zinco está presente virtualmente em todos os órgãos do corpo e é a chave
de muito outros processos biológicos.
No passado, porém, os sais minerais, como o zinco, nem eram tão valorizados. Acreditava-se que somente as proteínas, carboidratos e gorduras, combinados com água, eram suficientes para a manutenção do
equilíbrio orgânico.
Posteriormente, verificou-se a existência de outras substância que merecem o mesmo grau de importância que aquelas, entre elas os sais minerais, e hoje se sabe o quanto eles são importantes para o organismo.
Estas são algumas das funções genéricas dos sais minerais:
• constituem os ossos e os dentes;
• entram na constituição de certos tecidos moles do organismo, como os músculos;
• agem como cofatores de certas enzimas;
• desempenham papel importante na vasodilatação e vasoconstrição;
• controlam os movimentos dos fluidos do corpo;
• desempenham papel importante na manutenção do equilíbrio do sistema nervoso, evitando a irritabilidade nervosa, que ocorre quando há carência de sais minerais;
• desempenham papel fundamental no mecanismo da coagulação do sangue;
• regulam a respiração, a digestão e o ritmo cardíaco;
• atuam nas funções do equilíbrio ácido-básico do organismo; atuam no transporte do oxigênio dos
pulmões para os tecidos e de gás carbônico dos tecidos para os pulmões.
Como se verá na tabela analítica dos minerais e elementos químicos, em cada órgão ou tecido predomina
um ou mais sal mineral. Esses dados servem para a elaboração do tratamento de órgãos debilitados, que, no
desenvolvimento embriológico, deixaram de atingir o seu desenvolvimento completo. Serão, durante toda a
vida, os órgãos de menor resistência, aqueles que sofrerão primeiro e mais intensamente os efeitos de qualquer desequilíbrio no organismo, causados por fatores como fatores estresse, desnutrição e vida sedentária,
por exemplo.
Uma vez detectada essa debilidade, o tratamento consiste em reforçar a quantidade dos sais minerais
correspondentes e das vitaminas na dieta do paciente, a fim de tornar os órgãos debilitados mais resistentes
às enfermidades.
O professor Maffei faz uma analogia com a mitologia grega:
“Já na mitologia grega encontra-se a concepção de órgão sensível, na conhecida história de Aquiles.
Quando esse herói da Guerra de Tróia nasceu, sua mãe, Tetis, mergulhou-o nas águas da lagoa Estígia,
o que o tornou invulnerável, exceto no calcanhar, por onde sua mãe segurou. Portanto, esse ponto que
deixou de ser banhado, mais tarde, foi morto por uma seta lançada por aria, que o acertou nesse ponto”.
Como se vê, trata-se de um simbolismo, significando que todo indivíduo possui o seu ponto sensível
(o famoso calcanhar-de-aquiles).
Para efetuar o tratamento do chamado “órgão de menor resistência”, é preciso ter sempre em mente o
processo básico de evolução das doenças:
Para efetuar o tratamento do chamado “órgão de menor resistência”, é preciso ter sempre em mente o
processo básico de evolução das doenças:
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Para reverter este processo, é necessário um retorno de sintomas, porque, segundo o homeopata europeu Constantine Hering, “a cura deve ocorrer de cima para baixo, de dentro para fora e na ordem inversa
do aparecimento dos sintomas”.
O alimento é fundamental nesse retorno, porque fornece matéria-prima – nutrientes – que, à semelhança
do tijolo, cimento e areia, colocam a “casa em pé”:
A seguir, transcreve-se uma tabela de Bernard Jensen, incrementada pelo autor, correlacionando os
diferentes minerais e elementos químicos com os tecidos orgânicos nos quais predominam, bem como seus
modos particulares de ação, oferecendo ao leitor múltiplas opções no sentido de fortalecer um ou outro órgão
ou o corpo como um todo.
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Ainda a respeito dos sais minerais, um pesquisador escocês, certa feita, observou que cabras de uma ilha
pertencente a Glasgow passaram a atacar filhotes de pássaros que faziam seus ninhos na encosta dos montes,
comendo-lhes somente as asas e pernas. Intrigado com tal fato, o pesquisador veio a constatar que o solo da
ilha se tornou pobre em minerais indispensáveis a esses animais, levando a essa alteração de comportamento,
transformando animais herbívoros em virtuais predadores.
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XIV – INTESTINO: O SEGUNDO CÉREBRO
Querendo ou não, emoções como insegurança, medo e ansiedade fazem parte do nosso dia-a-dia e levam,
silenciosamente, ao desequilíbrio bioquímico do Sistema Nervoso Central.
Ofereça o que seu CORPO e seu CÉREBRO precisam e despreze o desnecessário.
São várias as pesquisas científicas que vem demonstrando a estreita relação entre o equilíbrio de nutrientes
e as complexas reações cerebrais. Alguns alimentos fornecem nutrientes importantes que participam da produção
dos neurotransmissores, mensageiros químicos que favorecem a comunicação entre as células do Sistema Nervoso.
Três desses neurotransmissores estão diretamente relacionados ao humor: a serotonina, a dopamina e a
noradrenalina.
A serotonina é uma substância sedativa e calmante. É também conhecida como a substância “mágica” que
melhora o humor de um modo geral, principalmente em pessoas com depressão. Artéria
Cérebro
Serotonina
Glóbulos vermelhos
Já, a dopamina e a noradrenalina proporcionam energia e disposição.
Os níveis cerebrais de serotonina são dependentes da ingestão de alimentos fontes do aminoácido triptofano
e de carboidratos.
A ingestão de carboidratos leva ao aumento nos níveis de insulina, que auxiliam na “limpeza” dos aminoácidos
circulantes no sangue e facilitam a passagem do triptofano para o cérebro. O triptofano, uma vez no cérebro, induz
à produção de serotonina que reduz a sensação de dor, relaxa e até induz e melhora o sono. Uma alimentação pobre em carboidratos, assim como uma alimentação com excesso de proteínas, por vários
dias, pode levar a alterações de humor e depressão. O caminho é o equilíbrio! Fontes de Triptofano: leite e iogurte desnatados, queijos brancos e magros, carnes magras, peixes, nozes,
banana, arroz, batata, feijão, lentilha, castanhas, abacate, soja e derivados.
Fontes de Carboidratos: pães e cereais integrais, biscoitos integrais, massas integrais, arroz integral e selvagem,
legumes, frutas e mel.
Função Gastrointestinal
O trato gastrointestinal (TGI) também é conhecido como sistema digestório, no entanto as funções desempenhadas pelo mesmo são bem mais abrangentes do que somente a digestão propriamente dita. Sete são as
funções: digestão, absorção, excreção, função imune, detoxificação, síntese de hormônios e de neurotransmissores.
São funções bastante específicas, porque o intestino está exposto diariamente a uma imensa gama de estímulos
físico-químicos, principalmente originados do meio externo, através da ingestão dos alimentos.
No que se refere à produção de neurotransmissores, o intestino ganha papel de destaque, através do
funcionamento do sistema nervoso entérico (SNE).
O SNE é formado por uma série de circuitos neuronais complexos, presentes ao longo do TGI, no
tecido que reveste o esôfago, estômago, intestino delgado e o cólon. Desde sua identificação passou a exer43
cer juntamente com o sistema nervoso simpático e parassimpático, uma terceira divisão do sistema nervoso
autônomo.
Quase todos os mensageiros neuroendócrinos (neurotransmissores e hormônios) encontrados no cérebro
já foram identificados também no SNE, que comporta mais células nervosas ao longo do TGI – em especial
no intestino delgado – do que no restante do sistema nervoso periférico. Tal circuito complexo permite que o
sistema nervoso entérico funcione de maneira independente do sistema nervoso central sendo, por isso, denominado atualmente pequeno ou segundo cérebro.
O intestino constitui o órgão imune primário do organismo, uma vez conter aproximadamente 60% do
total de imunoglobulinas e mais de 10 linfócitos/g de tecido. O tecido linfóide associado ao intestino contém
a maior reserva de células imunocompetentes do organismo humano.
O intestino possui, além de diferentes tipos neuronais, as células enterocromafins que possuem aproximadamente 95% da serotonina encontrada no organismo, tornando o intestino, e não o cérebro, o principal
local deste neurotransmissor.
Os níveis de serotonina também podem ser reequilibrados a partir da alimentação; contudo os efeitos
da manipulação dietética podem variar entre os diferentes indivíduos.
Deve haver uma boa proporção entre proteínas e carboidratos na dieta, para facilitar a síntese de serotonina. O triptofano é um aminoácido essencial precursor da serotonina, porém para desempenhar tal função
necessita competir com outros aminoácidos (tirosina, fenilalanina, valina, leucina e isoleucina) pela entrada
no cérebro; entretanto a simples ingestão de triptofano não garante sua eficiência.
Quando se ingere um alimento rico em carboidratos complexos há estímulo à produção de insulina que age
reduzindo os níveis plasmáticos dos aminoácidos, exceto do triptofano, deixando-o livre para atingir o cérebro.
As refeições ricas em proteínas, ao contrário, reduzem os níveis plasmáticos de triptofano, porque elas
contribuem com menos triptofano do que outros aminoácidos à circulação. As vitaminas do complexo B (em
especial da niacina, piridoxina e o ácido fólico) são importantes também neste processo, uma vez que aumentam
a biodisponibilidade de vários neurotransmissores cerebrais como a serotonina, dopamina e norepinefrina.
A última década foi importante para o maior entendimento do SNE no funcionamento intestinal em estados
de saúde e de doença, por estar envolvido na maior parte (senão na totalidade) das desordens do TGI. Por isso, este
sistema nervoso se tornou um promissor foco no tratamento de vários sintomas e desordens intestinais.
A alimentação tem um papel primordial neste aspecto. A restrição calórica é a única intervenção conhecida
que tem a capacidade de retardar o envelhecimento do sistema nervoso entérico.
44
XV – ALERGIA E INTOLERÂNCIA
A Alergia base de todas as reações orgânicas já foi estudada, contudo é mister estabelecer a diferença
entre este fenômeno e a Intolerância Alimentar. A intolerância até pode fazer parte da Alergia, porém aquela
se deve geralmente a falta de um fator que impede que algumas reações químicas de desdobramento ocorram,
quase sempre são enzimas.
As enzimas têm várias funções, entre elas a de catalisadores, isto é são fundamnetais para que certas
reações químicas ocorram, por exemplo, uma reação:
A+B → C
↑
ENZIMA
A + B resultando em C, a enzima desdobra esta reação, na falta dela a reação não ocorre, gerando acúmulo de substância que vão lesar o organismo, por exemplo, a enzima lactose desdobra a lactose (do leite), na
sua ausência esta reação não ocorre podendo promover diarréia e outros danos. A intolerância quase sempre
é congênita e pode ser devastadora, haja vista a necessidade do “exame do pezinho”, onde se procura detectar
a “fenilcetonuria”e o hipotireoidismo.
A Fenilcetonuria
A Fenilcetonúria (PKU) é o mais comum dos erros congênitos do metabolismo de aminoácidos e afeta
aproximadamente 1 em cada 12.000 recém-nascidos no Brasil. Por enquanto, não é curável por via medicamentosa, mas é possível tratá-la desde que o diagnóstico seja feito precocemente, evitando assim as graves
conseqüências sobre o desenvolvimento do Sistema Nervoso Central. A doença resulta da deficiência da enzima
fenilalanina hidroxilase hepática, que converte a fenilalanina em tirosina, sendo o acúmulo de fenilalanina no
sangue, o responsável pelos danos no cérebro.
Por meio de testes de triagem realizados nos recém-nascidos, o chamado “Teste do Pezinho”, os bebês
acometidos são diagnosticados e submetidos imediatamente a uma dieta especial, pobre em fenilalanina. Com
o programa de triagem, obrigatório em todo Brasil, desde 1990, (Lei 8069 de 13/07/90 - Estatuto da Criança
e do Adolescente), a PKU pode ser diagnosticada e tratada, possibilitando às crianças ter um desenvolvimento
normal, sem as seqüelas neurológicas graves causadas por esta doença.
As crianças fenilcetonúricas não podem ser diferenciadas de outras, nos primeiros meses de vida. No
entanto, se não forem tratadas, começam a perder o interesse por tudo que as cerca e se tornam apáticas
ao redor do 3° - 6° mês de vida. Até o final do 1° ano de vida, já se verifica o retardo mental. A doença se
manifesta, ainda, através de outros sintomas, tais como, irritação, ansiedade, e até, por convulsões, embora o
retardo mental seja, sem dúvida a conseqüência mais grave. O aparecimento de descamação da pele e eczemas
também são comuns, mas o desenvolvimento físico costuma ser normal.
As crianças fenilcetonúricas não submetidas a uma dieta especial costumam apresentar níveis de fenilalanina plasmáticos iguais ou superiores a 20 mg/100mL de plasma sanguíneo (1200 mmols/L) enquanto
a concentração em crianças sadias se situa ao redor de 1 a 3 mg/100 mL de plasma (60 a 80 mmols/L). O
início do tratamento, no primeiro mês de vida, ou preferencialmente entre o 7° e 10° dia de vida, se reflete
num desenvolvimento neuro-psico-motor normal.
Diversas pesquisas confirmam a necessidade de haver um controle rigoro da dieta até no mínimo a adolescência. Porém, atualmente, recomenda-se a continuidade do tratamento pela vida inteira, conforme documento
elaborado por um grupo dos mais renomados especialistas, baseado exclusivamente em evidências científicas,
45
publicado em outubro de 2000 pelo NIH (National Institute of Health)
Neste documento, recomenda-se a manutenção dos níveis de fenilalanina entre 2-6 mg/100 mL até a
criança atingir 12 anos de idade. Após essa idade, e baseado nos resultados de inúmeras pesquisas científicas,
sugere-se níveis de fenilalanina plasmáticos entre 2-10 mg/100mL durante toda a vida..
A alergia alimentar
É comum encontrar pessoas alérgicas a mofo, poeira, cigarro e poluição.
Entretanto, esses fatores não são os únicos responsáveis por desencadear alergia no organismo.
Você sabia que os alimentos também podem provocar alergia. Para a maioria das pessoas, ingerir amendoim, camarão ou chocolate não é problema, contudo para algumas pessoas pode significar ter que enfrentar
sintomas desagradáveis, decorrentes dos processos alérgicos.
A alergia alimentar é uma doença caracterizada pelo aparecimento de reações adversas após o consumo
de um determinado alimento, tendo como mediador o sistema imune.
Nesse caso, o organismo identifica parte do alimento como substância estranha ou ameaçadora que
precisa ser eliminada através dos mecanismos de defesa, de maneira semelhante de quando é invadido por
agentes causadores de doenças (bactérias ou vírus).
Para que uma reação alérgica a um alimento ocorra, proteínas ou outras moléculas grandes do alimento
devem ser absorvidas pelo trato gastrointestinal, interagir com o sistema imune e produzir uma resposta.
46
XVI – ALIMENTOS PRÉ-BIÓTICOS
Alimentos pré-bióticos como o próprio nome indicasão alimentos não digeríveis que beneficiam o organismo, no sentido de estimular seletivamente o crescimento ou também a atividade das bactérias que colonizam.
A ingestão de pré-bióticos aumenta a quantidade de bífidobactérias presentes no organismo, produzem
ácidos graxos de cadeia curta (ácido acético, láctico, etc.), diminui o pH intestinal, reduz o tempo em que o
alimento fica no intestino, reduzindo a produção de substâncias putrefativas no intestino. Como conseqüência
atuam melhorando as condições gerais do organismo, aumentando o aproveitamento alimentar e ganho de peso.
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XVII – ALIMENTOS PRO-BIÓTICOS
Os probióticos foram descritos por Havenaar et al. Como: “uma monocultura ou uma mistura de culturas
de microorganismos viáveis, a qual, quando aplicada à homem ou animal, afeta o hospedeiro beneficamente
melhorando as propriedades da microflora nativa no trato gastrointestinal” (Holzapfel et al, 1998).
Bactérias Lácticas e Pró-bióticas
Há atualmente um grande interesse, por parte de pesquisadores, comerciantes e consumidores, nos
efeitos benéficos à saúde proporcionada pelas bactérias ácido lácticas. A designação “bactérias ácido lácticas”
se aplica a um grupo de bactérias gram positivas, não patogênicas, que tem o ácido láctico como produto
metabólico principal e que são tradicionalmente usadas na fermentação de alimentos. Nestas bactérias estão
incluídas as espécies Lactococcus, Lactobacillus, Streptococcus, Leuconostoc e Pediococcus. As espécies Bifidobacterium
e Enterococcus também estão incluídas neste grupo no que diz respeito a bactérias inoculadas com finalidade
funcional (Goldberg, 1994).
COOH
COOH
H
C
OH
OH
C
H
CH2OH
CH2OH
Ácido láctico (enantiómeros)
As bactérias ácido lácticas de origem intestinal são especialmente interligadas em algumas aplicações na
promoção da saúde. Isto inclui espécies de Lactobacillus de origem intestinal, todas as espécies de Bifidobacterium
e Enterococcus faecalis. As pesquisas estão sendo conduzidas tanto para os benefícios que as próprias cepas de
bactérias proporcionam, como para os produtos alimentícios que estas bactérias produzem.
Geralmente os produtos a base de leite, incluindo leites fermentados, manteiga e leites não fermentados
com culturas adicionadas. Cepas de Lactobacillus acidophilus e espécies de Bifidobacterium são classificados probióticas, e são utilizadas para suplementar culturas tradicionais de S. thermophilus e L. delbrueckii subsp bulgaricus
(Goldberg, 1994).
Benefícios à saúde promovidos por bactérias ácido láctica
1. Digestão de lactose
2. Diarréia: atenuação dos sintomas ou redução da duração da doença
3. Diminuição de riscos de câncer de colo
4. Constipação ou prisão de ventre: promovem maior regularidade intestinal
5. Controle da Vaginite
6. Controle do colesterol
7. Supressão de patogênicos intestinais
48
XVIII – OS RADICAIS LIVRES E ANTIOXIDANTES
As células do organismo estão constantemente sujeitas a danos tóxicos pela formação de radicais livres.
Esses radicais livres são provenientes da oxidação da membrana celular, responsável pela ocorrência de
diversas enfermidades e processos degenerativos do organismo humano.
O termo antioxidante é utilizado para denominar a função de proteção celular contra os efeitos danosos dos radicais livres. Sendo que alguns nutrientes, naturalmente presentes ou adicionados nos alimentos,
possuem propriedade antioxidante.
Segundo Linus Pauling, Prêmio Nobel de Química (1954) e Prêmio Nobel da Paz, Medicina Ortomolecular significa conservar a saúde ótima e tratar das enfermidades variando as concentrações das substâncias
que normalmente estão presentes no organismo e que são necessárias para uma boa saúde.
Ortomolecular (orto=justo; molecular=moléculas) do grego, que significa certo, reto e justo, que
preconiza o uso das substâncias certas, no lugar certo e na quantidade certa e no local certo de substâncias
indispensáveis ao equilíbrio orgânico.
Na realidade o certo é dizer-se terapêutica ortomolecular, porque a Medicina é um só, o que variam são,
tão somente, as técnicas e os métodos terapêuticos, em nada excludentes.
A sua estratégia é fundamentada, num conjunto de investigações terapêuticas fundamentais, técnicas
terapêuticas e práticas de prevenção de doenças.
Como visto deve-se primar por uma melhor qualidade de vida através de uma dieta inteligente, exercícios
aeróbicos moderados, administrar problemas do cotidiano, abandono de hábitos suicidas como fumo, álcool
em excesso, eliminar metais pesados, como chumbo, mercúrio, bem como neutralizar a ação de radicais livres.
O combate aos radicais livres, que em excesso podem oxidar (“enferrujar”) as células levando ao
envelhecimento precoce e doenças crônico degenerativas, tais como aterosclerose entre outras é de suma
importância.
O oxigênio é um grande paradoxo, ao mesmo tempo em que é fundamental para vida, pode, em algumas
circunstâncias produzir radicais livres, conforme gráfico a seguir:
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Como visto 97% do oxigênio é transformado em água, porém 3% forma os Radicais Livres, que num
primeiro momento devem ser neutralizados por enzimas ou substâncias que necessitam dos metais zinco,
cobre e manganês, para uma ótima defesa, daí a necessidade desses elementos na dieta do dia a dia, atuando
desta forma de maneira preventiva, que é o ideal.
Caso esta barreira seja ineficaz deve-se deve atuar numa etapa posterior, através dos Varredores de
Radicais Livres, que são as vitaminas, minerais, aminoácidos entre outros, detectáveis através de exames
especializados.
O Radical Livre, longe de ser um vilão, é extremamente necessário para a saúde, uma vez que atua nos
mecanismos de defesa do organismo, por exemplo, diante de um ataque por bactérias, o glóbulo branco, célula
de defesa, despeja estes radicais livres no agente agressor, destruindo-a através de um mecanismo chamado
oxidação, que será explicado mais adiante.
O problema consiste quando este mesmo radical livre é produzido em excesso fugindo ao controle
do organismo, como já visto no artigo anterior.
O que é o Radical Livre?
Imagine a estrutura do átomo que pode singelamente ser explicado a seguir:
No geral na última camada de átomo existem cargas negativas que são parecidas, casadas entre si, portanto
tranqüilas, pouco reativas. Entretanto pode acontecer de existir uma carga negativa solteira (Radical Livre),
que fica ávida para roubar a carga negativa casada do outro átomo, quando consegue gera uma confusão no
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outro átomo ou molécula. Esta confusão tem um nome, chama-se Oxidação, que é o mesmo fenômeno que
acontece no processo de ferrugem.
É isto mesmo como na ferrugem, a célula começa a envelhecer, isto é, se deteriorar, promovendo o envelhecimento precoce, doenças crônicas, degenerativas, tipo diabetes, câncer, mal de Alzheimer, entre outras.
Mostrou-se como isto pode e deve ser evitado, porque é melhor prevenir do que remediar, contudo,
mesmo com a doença instalada, é possível atuar de maneira inteligente com a varredura de radicais livres, que
são como “ sujeiras” de uma casa, que devem ser removidas com vassourinhas especiais, que são as vitaminas,
minerais, aminoácidos, entre outros, usados de maneira inteligente e racional com dosagem adequada, que na
maioria das vezes, já nem são as megadoses usadas arbitrariamente no início da “Medicina Ortomolecular”.
São vários os nutrientes que têm essa ação no organismo. Entre eles estão as vitaminas C e E, carotenóides e isoflavona. A eficiência da função dos antioxidantes derivados da alimentação depende da sua
biodisponibilidade e da ingestão de quantidades adequadas do nutriente. Entretanto, o consumo excessivo
de algumas vitaminas antioxidantes pode causar hipervitaminose, que nada mais é do que uma quantidade
exagerada de vitamina no organismo.
Alguns estudos provaram que alimentação rica em hortaliças e frutas está associada com a baixa incidência de doenças crônico-degenerativas, como alguns tipos de câncer (pulmão, mama, próstata) e doenças
cardiovasculares, efeitos fotoprotetores, como também efeitos de substituição hormonal.
Um exemplo: o consumo de soja fermentada é eficaz na redução do risco de doença cardíaca coronariana
e na redução dos níveis de LDL (mau colesterol) e aumento de HDL (o bom colesterol). Embora ainda não
se tenha certeza dos quais componentes bioativos presentes na soja fermentada sejam responsáveis por essa
função antioxidante, acredita-se que a isoflavona, que também tem similaridade com o hormônio estrogênico,
entre outros compostos presentes no alimento são responsáveis por esse efeito protetor.
Para que você saiba um pouco mais sobre antioxidantes, varredores de radicais livre, veja no quadro
abaixo os nutrientes e alguns de seus efeitos protetores:
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Alimentos como carnes, leite, ovos, peixes, nozes e frutos do mar podem conter enzimas com função
antioxidante (Coenzima Q 10) que tem a função de proteger as membranas celulares.
Vale lembrar que o consumo de alimentos como aveia, linhaça, chá verde, peixes, chamados alimentos
funcionais, mostram também benefícios potenciais para prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares,
pois encontra-se neles alguns compostos antioxidantes.
Uma alimentação balanceada, rica em diferentes tipos de hortaliças, cereais, leguminosas e frutas, tendo
quantidades adequadas de produtos fonte de proteína animal, com o uso de óleos vegetais, gérmen de trigo
e oleaginosas, podem atingir as necessidades de ingestão diária sem a necessidade de suplementação.
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XIX – A CARNE DEVE FAZER PARTE DE UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
Passando pelas civilizações da humanidade, a carne tem papel significativo na alimentação do homem
desde os tempos pré-históricos.
Ultimamente tem se falado muito sobre os efeitos prejudiciais que a carne vermelha traz à saúde, como
por exemplo, o risco de doenças cardiovasculares. Ao mesmo tempo, a inclusão da carne bovina na nossa
alimentação é importante porque ela é uma excelente fonte de proteínas (nutriente relacionado à construção
e regeneração celular) de alta qualidade.
Além disso, é fonte de minerais como ferro (que previne a anemia) e zinco (importante para o crescimento,
cicatrização e função imunológica); de ácidos graxos essenciais e de vitaminas do complexo B, principalmente
a B12, indispensáveis ao organismo saudável.
Para algumas pessoas preocupadas com sua saúde, essas informações contraditórias acabam formando
dúvidas e atitudes radicais em relação ao consumo deste alimento. Daí surgem as perguntas: qual é o melhor
tipo de carne para o consumo? Quanto posso comer?
Prefira as carnes magras
Estamos sempre dizendo que uma alimentação adequada e saudável deve ser nutricionalmente balanceada, variada, caloricamente moderada e, em relação à ingestão de carne vermelha, estes conceitos permanecem.
Por isso também, com o intuito de promover a saúde da população no Brasil, alguns criadores estão
adicionando na ração dos animais ingredientes com baixo teor de gordura saturada e colesterol – o que aumenta o risco de doenças cardiovasculares. Assim, eles conseguem produzir uma carne mais magra e saudável,
porém sem prejuízo no sabor.
Quanto comer?
O segredo é moderar o consumo das carnes, não ultrapassando a quantidade de 170 gramas/dia, dando
preferência à carne magra.
Na hora da compra você também deve pedir para que se retire a gordura aparente da peça e optar pelas
preparações assadas, grelhadas ou refogadas para não aumentar o teor de gordura e o valor calórico da receita.
É importante também dizer que os indivíduos que possuem alguma doença no fígado, renal ou já
possuem níveis sanguíneos de colesterol elevados devem consumir carnes com orientação médica ou de um
nutricionista.
Valor calórico
Está diretamente ligado ao tipo de corte que é consumido. Se você optar por um churrasco de filé mignon
de 100 g que possui cerca de 285 calorias estará ingerindo um número maior de calorias do que se consumisse
um bife de patinho, alcatra ou lagarto que possuem menos calorias. No caso do frango este número pode ser
maior se for escolhido uma sobrecoxa que contém 130 calorias.
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Informação Nutricional de alguns cortes bovinos em 100 gramas:
Classificação das carnes
Carnes muito magras:
– aves: frango, peru e chester (as carnes brancas e sem pele) carne de caça: pato (removendo-se a pele)
Carnes magras:
– carne bovina: lombo, lagarto (sendo a gordura aparente removida) – carne de porco: pernil, filé de
lombo central
– carne de cordeiro assada
– carne de coelho
– vitela:
– aves: frango, peru e chester (carne escura e sem pele); pato ou ganso (removendo-se bem a gordura
e sem pele)
Carnes com teor médio de gordura
– carne bovina: a maioria dos produtos de carne bovina encontram-se nesta categoria
– carne de porco: lombo (parte de cima)
– aves: carne de frango (escura e com pele)
Há cientistas que acreditam que o cérebro humano só chegou ao estágio atual após iniciar o consumo
de carne.
Como já dito, não existe uma dieta “standart” ideal, o que existem são apenas aproximações, no entanto
a dietoterapia chinesa, na opinião deste autor possui uma abordagem tanto qualitativa, como quantitativa dos
alimentos, principalmente das carnes, onde cada uma delas, além do aporte protéico, possuem qualidades
e características que beneficiam determinadas funções dos órgãos e vísceras contempladas pela Medicina
Tradicional Chinesa, como por exemplo, a carne de cavalo e o cereal arroz, beneficiam o elemento METAL
(Pulmão – Intestino Grosso); carne de porco e o cereal ervilha, beneficiam o elemento ÁGUA (Rim-Bexiga);
a carne de carneiro e o cereal milho beneficiam o elemento MADEIRA (Fígado-Vesícula Bilair); a carne de
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frango e o cereal trigo, beneficiam o elemento FOGO (Coração-Intestino Delgado); e finalmente a carne de
boi e o cereal centeio beneficiam o elemento TERRA (Estômago-Baço Pâncreas). Como já abordado cada
um destes elementos, regem características físicas, mentais e psíquicas, que são “agradadas” ou beneficiadas
como querem os chineses. Se alguém duvidar disto, basta observar a longevidade e a qualidade de vida do povo
chinês. Será que estão errados? Para aprofundar no tema recomendo a leitura do livro “Manual do Herói” de
Sonia Hirsch, Editora Correcotia.
Veja que interessante como a Sabedoria Tradicional dos Povos e a Ciência, em determinado momento
se cruzam para confirmar um fato.
Se não vejamos:
Sabe-se na Medicina Tradicional Chinesa o elemento MADEIRA, rege o sentido da visão. Interessante
notar, que recentemente descobriu-se que o milho que beneficia o elemento MADEIRA, ou seja, o milho e
a vesícula, contêm luteína que é um dos principais nutrientes para os olhos e a visão. Coincidência?
Coincidência ou não, o acaso não existe, o que existe é o sinergismo. Sinergismo este que cada vez mais,
encontra concordância entre a ciência e a Sabedoria Tradicional dos Povos.
Ainda com relação as gorduras, a carne de frango criado com hormônios é maior do que a de porco.
Durma-se com um barulho deste!
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XX – O COLÁGENO
O colágeno é constituído do tecido conectivo, que é responsável pela arquitetura do organismo.
O colágeno ou gelatina, como conhecemos, é a classe mais abundante de proteínas do organismo
humano e representa mais de 30% de sua proteína total. Estas proteínas são formadas por diversos tipos de
aminoácidos, provenientes da origem animal, onde é obtido através dos bovinos.
No corpo humano o colágeno está presente em várias funções, como, por exemplo, unindo e fortalecendo
os tecidos. Com o passar do tempo, o corpo pode sofrer algumas privações desta substância, principalmente
na alimentação atual, muitas vezes carente de vitaminas e proteínas.
Durante os primeiros anos, até a puberdade, essas deficiências não são visíveis e nem mostram suas
evidências. A falta de colágeno vai se tornar mais visível e notável, quando o homem entra na fase da maturidade em diante, quando há uma possibilidade maior de sofre fraturas com freqüência. Também é nessa etapa
que começam a aparecer as rugas, devido a pele não ter mais a mesma elasticidade de antes.
A partir deste momento é interessante fazer uma análise para examinar o que está danificado ou gasto
pelo tempo, para fazer mudanças que possibilitem que seu corpo siga em frente e continue a operar seus
shows de transformações. Praticar exercícios físicos, reforçar a alimentação saudável, levar uma vida regrada
e saudável, tem uma grande colaboração.
A deficiência de colágeno no organismo denomina-se colagenoses, acarretando alguns problemas como
má formação óssea, rigidez muscular, problemas com o crescimento, inflamação nas juntas musculares, doenças cutâneas, entre outros.
Não apenas o corpo humano, como todos os mamíferos fabricam o colágeno e seu uso se estende em
diversas áreas de aplicação. No setor alimentício, ele é usado na fabricação de iogurtes, embutidos (salsichas,
presunto, rosbife) e pós para sobremesas de fácil preparação (gelatinas, pudins, maria-mole, porém, seu uso
não anda em alta, sendo também utilizado na área de cosméticos e produtos fármacos.
O indicado é ter uma dieta rica em colágenos, além de vitaminas, proteínas, carboidratos e lipídeos,
jamais esquecendo dos líquidos (água, sucos, água de coco).
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XXI – A IMPORTÂNCIA DAS FIBRAS NA ALIMENTAÇÃO
1º – Gera saciedade: as fibras solúveis absorvem água e formam um gel, permanecendo mais tempo no
estômago. Com isso, a sensação de saciedade é mais duradoura.
2º – Reduz o colesterol: diversos estudos indicam que, quando combinadas com uma dieta pobre em
gorduras, as fibras ajudam a reduzir a taxa de LDL (o colesterol de baixa densidade, que é prejudicial ao
organismo). No trato intestinal, as fibras absorvem as moléculas de gordura e produzem compostos que
normalizam a síntese de colesterol pelo fígado.
3º – Controla a glicose: as fibras promovem a liberação mais lenta e constante de glicose, ajudando a
regular os níveis de açúcar no sangue. Esse efeito é particularmente benéfico para os diabéticos.
4º – Facilita a digestão: refeições ricas em fibras exigem uma melhor mastigação, o que torna a digestão
mais fácil. Por outro lado, o processo digestivo como um todo fica mais lento e, por isso, os nutrientes são
melhor aproveitados.
5º – Faz o intestino funcionar melhor: as fibras aceleram a passagem do bolo fecal pelo intestino, evitando prisão de ventre e outras doenças. Essa aceleração também previne o câncer. Em alguns casos, as fibras
destroem as bactérias nocivas que estão alojadas no intestino grosso.
6º – Combate mau hálito: as fibras de certos alimentos ajudam a limpar a cavidade bucal, impedindo a
formação de uma crosta sobre a língua, chamada de saburrosa, que é o principal responsável pelo mau hálito.
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XXII – SAL MARINHO
substitua o sal refinado pelo sal marinho
O sal marinho contém cerca de 84 elementos que são, não obstante, eliminados ou extraídos para a comercialização durante o processo industrial para a produção do sal refinado. Perde-se então enxofre, bromo, magnésio,
cálcio e outros menos importantes.
O sal marinho tem cristais maiores que o sal refinado, portanto, utilize a mesma quantidade de sal marinho
(somente aguarde mais tempo para experimentar a comida – para que os cristais de sal se dissolvam adequadamente).
Qual o problema do sal?
O sal de mesa é também conhecido como cloreto de sódio e o problema está no sódio e não no cloreto.
Sabe-se que o sal de mesa tem 40% de sódio, contudo ele está presente também em vários produtos industrializados que consumimos diariamente, como pães, queijos, cereais, bolachas, enlatados, etc.
Diminuir o sal nas preparações não é sinônimo de comida sem gosto. Para isto, as ervas são excelentes
aliadas, pois são aromáticas e saborosas. Basta variar as ervas adicionadas como: estragão, orégano, sálvia,
alecrim, tomilho, manjericão, salsinha e cebolinha.
Como evitar o consumo excessivo de sal
Além de não exagerar no sal no preparo dos alimentos, é preciso cuidado com os alimentos industrializados (até os doces, balas, bolos e biscoitos) que incluem esse tempero de forma camuflada. O melhor é
conferir a composição na embalagem e preferir alimentos e temperos naturais.
Não acrescente sal aos alimentos já prontos Nunca tenha um saleiro à mesa.
Evite conservas e enlatados como picles, azeitona, aspargo, patês e palmito.
Prefira alimentos frescos em vez dos processados.
Evite o aditivo glutamato monossódico utilizado em alguns condimentos e nas sopas pré-preparadas.
Dê preferência ao queijo branco ou ricota sem sal a outros tipos de queijo.
Evite salgadinhos para aperitivo com adição de sal, como batata frita, amendoim e tantos outros.
Evite embutidos (lingüiça, salsicha, mortadela, presunto, salame).
Substitutos do sal ou sal diet podem ser úteis para algumas pessoas, mas só devem ser consumidos sob
orientação médica ou de nutricionistas.
Recentemente o Prof.Dr.Geraldo Medeiros da USP concluiu um trabalho demonstrando os malefícios
ocasionados pelos técnicos de plantão governamentais, que colocaram uma superdosagem de iodo no sal sobre
a Itróide, psoto que além da sueprdosagem o Iodo em questão era absolutamente inorgânico, isto é, não estava
acoplado ao átomo de carbono, como sói acontecer nos vegetais, como as algas marinhas por exemplo, que são
sabiamente consumidas pelos orientais.
Defendo a tese de que deve-se ingerir o sal marinho desprovido de iodo e consumir este mineral através de algas às refeições, ou mesmo recebe-lo através de suplementação alimentar como a Kelp ou o Fuccus
Vesculosus, por exemplo.
Logicamernte para quem dispõe de recursos financeiros e intelectuais para tanto, única forma de se
proteger de eventuais técnicos de plantão despreparados.
É melhor prevenir!
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XXIII – A ÁGUA
A água é indispensável para a manutenção de uma boa saúde. Deve-se tomar no mínimo quatro copos
por dia, sendo um copo em jejum e outro ao se deitar. As pessoas idosas, principalmente, devem tomar o primeiro copo de água em jejum, devido à diminuição da elasticidade da bexiga. Isso pode ocasionar
um depósito residual de urina altamente tóxico, difícil de ser eliminado, mas que pode ser diluído por essa
ingestão diária de água.
Quanto à água que se bebe, ela deve ser preferencialmente de poço comum, artesiano ou de uma fonte
natural pura, como águas minerais com baixo teor de minerais. A água com altos teores de flúor e cloro, que
são elementos químicos inorgânicos, pode trazer danos irreparáveis ao nosso organismo, principalmente ao
fígado e aos rins.
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XXIV – ALIMENTOS FUNCIONAIS OU NUTRACÊUTICOS
“Teu alimento, teu remédio”.
Hipocrátes
O termo alimento funcional foi introduzido no Japão nos anos 80 e se refere a alimentos processados
contendo ingredientes que ajudam no funcionamento de partes específicas do organismo, além de serem
nutritivos.
Entre as muitas definições de diversos autores e Instituições, estão a do Instituto de Medicina de Alimentos e Nutrição: “algum alimento ou ingrediente alimentício que pode proporcionar um benefício à saúde,
além dos nutrientes tradicionais que contém” (Hasler,1998) e a de Scott e Lee, para o Setor de Proteção à
Saúde Canadense: “alimento similar a alimento convencional em aparência, consumido como parte de uma
dieta comum, e que tem demonstrado benefícios fisiológicos e/ou redução de riscos de doenças crônicas,
além de funções básicas nutricionais” (Clydesdale, 1997).
Os nutracêuticos são alimentos, ou parte deles, que têm a capacidade comprovada de proporcionar benefícios à saúde, como a prevenção e tratamento de doenças. O termo nutracêutico vem de “nutri”, nutriente e
“cêutico”, de farmacêutico, ou seja, alimentos que nutrem e trazem saúde.
É a medicina natural tratando da saúde das pessoas e prevenindo as suas doenças.
Na verdade, todo alimento natural (aquele que não foi processado industrialmente) pode ser classificado
como “funcional” já que contém, em doses variáveis, componentes essenciais à nossa saúde, como vitaminas,
minerais, enzimas, fibras, etc. Porém, certos alimentos contém, além destes, outros componentes com grande
capacidade protetora da saúde.
Desde de o “tempo das cavernas”, o homem procurava os seus alimentos na natureza e aprendeu com
os animais (através da observação e da experimentação) a comer os alimentos que poderiam curar as suas
doenças, apetite filogenético. Daí, surgiu a fitoterapia, onde foi utilizada por pagés, magos, alquimistas, padres,
terapeutas e médicos.
O homem cria e transforma as suas idéias, porém sempre volta as suas origens. Os antigos tinham
toda a sabedoria do mundo porque estavam em contato direto com a natureza. Hoje, o chamado “homem
civilizado” vive estressado, se alimentando muito mal com alimentos cada vez mais industrializados e com
menos nutrientes. É a grande e bonita fruta na feira que impressiona os olhos, mas não tem gosto e não tem
os seus nutrientes essenciais. E os agrotóxicos estão cada vez mais poderosos e muito mais prejudiciais à
saúde do ser humano.
Há muito tempo sabe-se que uma alimentação balanceada, pode prevenir e tratar muitas doenças. A
comunidade científica atenta para este fato descobriu que alguns alimentos apresentam além do aspecto nutricional comum, nutrientes que agem na melhora e redução de doenças. O efeito terapêutico inclui alteração
na composição de gorduras corporais, redução na absorção do colesterol, regulação da coagulação do sangue,
influência nas atividades digestivas entre outras.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária visando regulamentar esta nova prática no Brasil publicou a
portaria nº 398 que estabelece as diretrizes básicas para a análise e comprovação de propriedades funcionais
e/ou de saúde alegadas em rotulagem de alimentos. Esta atitude visa proteger o consumidor, e estimular os
investimentos em pesquisas científicas.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), alimentos funcionais são aqueles que
produzem efeitos metabólicos ou fisiológicos através da atuação de um nutriente ou não nutriente no crescimento, desenvolvimento, manutenção e em outras funções normais do organismo humano
De acordo com a ANVISA, o alimento ou ingrediente que alegar propriedades funcionais, além de
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atuar em funções nutricionais básicas, irá desencadear efeitos benéficos à saúde e deverá ser também seguro
para o consumo sem supervisão médica.
As propriedades relacionadas à saúde dos alimentos funcionais podem ser provenientes de constituintes
normais desses alimentos como no caso das fibras e dos antioxidantes (vitamina E, C, betacaroteno) presentes
em frutas, verduras, legumes e cereais integrais ou através da adição de ingredientes que modifiquem suas
propriedades originais exemplificada por vários produtos industrializados, tais como: leite fermentado, biscoitos vitaminados, cereais matinais ricos em fibras, leites enriquecidos com minerais ou ácido graxo ômega 3.
Na tabela a seguir, estão descritos alguns exemplos de compostos presentes nos alimentos funcionais
e seus respectivos benefícios à saúde:
Atualmente existem alguns alimentos que já tem suas propriedades funcionais comprovadas. Por exemplo:
– As fibras diminuem o colesterol sangüíneo, a glicemia em pacientes diabéticos e previne o câncer de
cólon.
– O tomate possui um pigmento chamado licopeno, que age contra os cânceres de próstrata, cólon,
pâncreas e pulmão.
– O alho e a cebola possuem a aleína que é um excelente antiinflamatório, que previne o risco de câncer.
Os brócolis pertencem ao time dos vegetais crucíferos, são parentes do repolho e da couve-flor, porém
com alguns diferenciais, são ricos em cálcio e vitaminas, e fitoquímicos como sulforafano, que evita úlceras e
gastrites, além de componentes que impedem mutações malignas nas células.
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XXV – FITOQUÍMICOS
Vários compostos químicos encontrados em plantas (carotenóides, licopenos, xantenos, isotiocianatos,
entre outros) são agrupados sob o termo fitoquímicos. A palavra vem da justaposição do radical grego phyto,
que significa planta, e da palavra químico. Alimentos tais como tomate, aveia, soja e brócolis, para citar apenas alguns, contêm centenas de compostos biologicamente ativos, sendo que alguns deles têm demonstrado
possuir propriedades funcionais.
A maneira exata na qual os compostos de plantas ajudam a combater as doenças ainda está sendo estudada, posto que os mecanismos são tão diversos quanto os compostos. Alguns destes compostos trabalham
como antioxidantes, outros como inibidores de enzimas, sendo que um mesmo composto pode atuar por
vários mecanismos diferentes.
Os fitoquímicos parecem atuar inibindo os mecanismos formadores de cânceres
Embora o câncer seja um conjunto de doenças complexas, que podem ter causas diversas, os diversos
tipos compartilham características comuns. Muitos são iniciados e seguem os seguintes passos ou tem as seguintes propriedades: a) ativação do carcinógeno; b) iniciação / transformação; c) promoção; d) progressão;
e) capacidade de angiogênesis; f) capacidade de imune evasão e g) capacidade de migração, adesão e invasão.
As células cancerígenas podem migrar através dos vasos sanguíneos ou dos dutos linfáticos, aderir na
superfície dos vasos e invadir tecidos que muitos tipos de células normais não podem. Os fito-químicos que
podem inibir alguns desses passos ou neutralizar estas propriedades podem ter um efeito anticancerígeno.
Carotenóides
Os carotenóides são classificados em carotenos, compostos constituídos apenas por carbono e hidrogênio, e seus derivados oxigenados, as xantofilas. Os carotenos são compostos antioxidantes e alguns, como
o a - caroteno e o b - caroteno são precursores da vitamina A. São corantes naturais, distribuídos largamente
na natureza, que conferem cores do amarelo ao vermelho a frutas e vegetais.
Licopeno
O licopeno é um tipo de caroteno, encontrado em algumas frutas e vegetais, conferindo a coloração
vermelha. Está geralmente presente em grande quantidade, tal como no tomate. Vários estudos indicam a
eficiência do licopeno como antioxidante, e há estudos que relacionam essa função com a prevenção de câncer,
principalmente de próstata. Outros cânceres cujo risco está inversamente associado com o nível de licopeno
no sangue e nos tecidos incluem: mama, trato digestivo, bexiga e pele.
Betaglucana
Na forma de fibra solúvel, está presente em legumes, aveia e alguns outros grãos. Pode ajudar no controle de diabete pelo esvaziamento do estômago e absorção de glicose no intestino.
Monoterpos
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São hidrocarbonetos insaturados, derivados do isopreno, contendo 10 moléculas de carbono, tais como
D-limoneno (em casca da laranja e óleos cítricos), e compostos similares presentes em cereja, podem ter
propriedades antitumor.
Compostos sulfurosos
Alho e outros vegetais, tais como cebola, alho-poró e cebolinha contêm sulfitos, que podem estimular
enzimas que inibem o crescimento bacteriano. A mais de um século atrás, Louis Pasteur sugeriu que o alho
poderia matar bactéria e, durante a Primeira Guerra Mundial, a Inglaterra usava alho como anti-séptico local.
Estudos na Grécia, China e Hawaii, têm sugerido que um grande consumo de alho pode reduzir os riscos de
câncer de estômago; outros estudos dizem que o alho diminui pressão sanguínea e aumenta a defesa imunológica. Entretanto; os prováveis benefícios do alho continuam sendo estudados.
Saponinas
São moléculas de carboidratos, abundantes em plantas tais como espinafre, batata, tomate e aveia.
Acredita-se que reprimam o crescimento de câncer e sejam benéficas ao coração. Algumas saponinas são
capazes de formar espuma como a do sabão.
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XXVI – FRUTOOLIGOSSACARÍDEOS (FOS)
São produzidos por biotecnologia, utilizando a enzima b-frutofuranosidase, que é sintetizada por alguns
microrganismos. Não apresenta sabor residual (after taste) e tem solubilidade próxima à da sacarose. Este
sacarídeo não é metabolizado pelo organismo e apresenta de 40 a 60% do sabor doce da sacarose. Recomenda-se o seu uso para pães, doces, cereais, bebidas e outros alimentos. Possui ação pré-biótica por beneficiar o
hospedeiro estimulando o seu crescimento ou também atividade das bactérias residentes no cólon intestinal.
Utilize os frutooligossacarídeos (FOS), que são encontrados na banana, no feijão, na cebola, no alho e
na chicória. Sua função é ajudar a absorver nutrientes como o cobre, o zinco e o selênio. Esses três minerais
combatem o envelhecimento, dão uma força ao sistema imunológico e afastam o risco de tumores.
Os FOS preservam as paredes intestinais e, melhorando a absorção de nutrientes.
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XXVII – QUITOSANA
É um polissacarídeo natural extraído da casca ou exoesqueleto de crustáceos como camarão, caranguejo,
lagosta e de plantas como as algas marinhas.
Cada grama deste composto teria no organismo mecanismo peculiar de absorver, como uma esponja,
cerca de 8g de gordura, que passa sem ser absorvido pelo intestino e a gordura seria eliminada sem maiores
problemas ou efeitos colaterais, impedindo o organismo de aproveitar esse nutriente.
Atualmente, as sobras de carapaças e cabeças dos crustáceos que poluíam rios e mares, são industrializadas e utilizadas para diminuir o LDL, o mau colesterol, no organismo, entretanto, deve-se ter cautela no
consumo de carne do camarão, que é rica em colesterol.
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XXVIII – ALCACHOFRAS
A alcachofra pertence à família Asteraceae, porém existem inúmeras variedades desta flor, dependendo
do tamanho e da cor. Grande parte deste alimento é constituída por tecidos rígidos, com sabor e textura não
agradáveis para o consumo, assim, apenas o ‘coração’, fundo da alcachofra, e a parte carnuda das pétalas,
folhas, são comestíveis.
A alcachofra e o seu baixo teor calórico.
Além de saborosa, a alcachofra é muito recomendada em programas de emagrecimento, devido ao baixo
valor calórico que ela fornece: cada unidade cozida (140 g) fornece apenas 62kcal.
O alto teor de vitaminas do complexo B que existe neste alimento é responsável por desencadear várias
reações do organismo e por regular a construção dos tecidos do corpo. Os minerais também estão presentes
na composição da alcachofra, dentre eles, temos o ferro, o cálcio e o fósforo.
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XXIX – ADITIVO ALIMENTAR
Com o desenvolvimento tecnológico da indústria dos alimentos, algumas substâncias, como vitaminas
e sais minerais, passaram a ser adicionadas aos produtos para melhorar o seu valor nutritivo.
Além disso, surgiu a necessidade de adicionar outras substâncias com o objetivo de conservar ou melhorar o aspecto, cheiro e sabor dos alimentos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) define aditivo alimentar como sendo “qualquer
ingrediente adicionado intencionalmente aos alimentos, sem o propósito de nutrir, com o objetivo de modificar
as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, durante a fabricação, processamento, preparação,
tratamento, embalagem, acondicionamento, armazenagem, transporte ou manipulação de um alimento”.
Assim, de acordo com essa definição, aquelas substâncias incluídas nos alimentos visando o melhoramento do seu valor nutricional não podem ser chamadas de aditivos alimentares.
Existem normas regulamentadoras para o uso de aditivos.
A ANVISA descreve 23 tipos de aditivos alimentares e suas funções, alguns deles são apresentados abaixo:
1. Antiumectante: substância responsável por diminuir a retenção, a absorção de água e a tendência de
adesão das partículas de alimentos.
2. Umectante: substância que protege os alimentos da perda de umidade ou que facilita a dissolução
de uma substância seca.
3. Antioxidante: substância que retarda o aparecimento de alterações oxidativas nos alimentos que
causam deterioração de sabor e cheiro tornando-o impróprio para consumo.
4. Conservador: substância que retarda ou impede a alteração dos alimentos.
5. Edulcorantes: substâncias que confere sabor adocicado aos alimentos sem que sejam açúcares.
6. Espessantes: substância que aumenta a viscosidade de um alimento.
7. Estabilizante: substância que torna possível uma dispersão umiforme de substâncias de não se misturam em um alimento.
8. Aromatizantes: substâncias que dão ou reforçam o aroma e/ou sabor dos alimentos.
9. Acidulante: substância que aumenta a acidez ou confere um sabor ácido aos alimentos.
10. Estabilizante de cor: substância que estabiliza, mantém ou intensifica a cor de um alimento.
A despeito dos aditivos serem necessários para conservar os alimentos de prateleira, essas substâncias
podem causar alergias em pessoas propensas. Por isso, ao se consumir alimentos industrializados e aparecer
alguns sintomas como coceira e rubor, procure um especialista que fará alguns testes para encontrar a substância causadora da alergia.
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XXX – QUAL A REAL NECESSIDADE DE UMA SUPLEMENTAÇÃO
A maioria das pessoas tem utilizado a suplementação como uma forma de melhorar o desempenho nas
atividades físicas e mentais, retardar o envelhecimento ou até mesmo na prevenção de doenças. No entanto,
está havendo um consumo desenfreado destes produtos, já que, por vezes, não há um acompanhamento
médico, e são, em sua grande maioria, indicados por amigos.
Mas qual será a real necessidade de uma suplementação?
Todas as pessoas têm necessidades nutricionais, ou seja, devem ingerir diariamente uma certa quantidade de nutrientes para que seu organismo funcione adequadamente. Estas quantidades variam de indivíduo
para indivíduo. Entretanto, a partir de muitos estudos em populações saudáveis, foi elaborada pelo ‘Food
and Nutrition Board (FNB)’ uma tabela de recomendações nutricionais, chamada de RDA, a qual estabelece
valores capazes de cobrir as necessidades da maior parte da população. Estes valores são, então, utilizados
como base para a adequação de nutrientes na dieta, sendo que isto pode ser obtido somente a partir de uma
alimentação saudável e variada. Ou seja, um indivíduo normal que se alimenta corretamente, sem restrições
alimentares, é capaz de obter todos os nutrientes necessários para um bom funcionamento do organismo.
Entretanto, também se sabe que existem algumas doenças ou alterações no metabolismo que podem
alterar a absorção de alguns nutrientes, como a anemia e a osteoporose, exigindo assim a suplementação. Porém,
deve-se lembrar que esta ingestão aumentada é considerada como um tratamento medicamentoso, mediante
recomendação e acompanhamento médico ou nutricionista, já que o uso indiscriminado destes suplementos
pode levar ao aparecimento de efeitos colaterais.
Daí vem uma dúvida...e no caso de praticantes de academia ou esportista? Os esportistas que mantêm
uma alimentação adequada, também não precisam se preocupar. As deficiências dietéticas de vitaminas e
minerais são comuns naqueles que limitam a ingestão de alimentos, visando a manutenção do peso corporal
sem um acompanhamento profissional. Neste caso, a suplementação se faz necessária para que se atinja um
melhor desempenho na atividade física, assim como um bom funcionamento do organismo. Para tanto, são
feitos vários exames clínicos e laboratoriais que determinam as reais deficiências do indivíduo.
E o que seria uma alimentação saudável e balanceada? Alimentar-se corretamente é basicamente:
– Consumir alimentos variados, incluindo frutas, verduras e legumes das mais diversas cores e variedades;
– Diminuir a ingestão de gorduras e frituras, em geral;
– Preferir as carnes magras, como peixes, frango, chester, peito de peru;
– Tomar cuidado com a ‘gordura oculta’, ou seja, que comemos sem perceber. Dentre elas, podemos
citar: os embutidos, como salame e presunto; algumas carnes, como, por exemplo, o ‘cupim’; creme de leite,
leite integral, entre outros;
– Dar preferência aos produtos ‘light’; à margarina ao invés da manteiga; aos queijos brancos ao invés
dos amarelos; ao leite desnatado ao invés do integral;
– Harmonizar nutrientes como carboidratos, proteínas e lipídeos, respeitando suas proporções ideais
(porcentagem dos nutrientes em relação ao valor calórico total: 60% de carboidratos, 20 a 30% de lipídios e
10 a 15% de proteínas)
– Aumentar o consumo de fibras, aliado a um alto consumo água;
– Diminuir o consumo de doces gordurosos, a base de cremes, ovos, chantilly;
– Fracionar ao máximo as refeições diárias.
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XXXI – TABELA IRIDOLÓGICA DE RECONSTRUÇÃO NUTRICIONAL
A seguir apresenta-se a Tabela de Reconstrução Nutricional na qual se relaciona os diferentes órgãos
com vitaminas e sais minerais neles presentes, e que consequentemente os alimentam, com as ervas medicinais
que contêm os nutrientes indispensáveis para que tal intento ocorra.
A técnica consiste em se observar qual ou quais os órgãos de choque e fornecer para os mesmos, através
de nutrientes, na maioria provenientes da fotossíntese, com finalidades tanto preventiva como terapeuticamente.
O autor defende a idéia de que se deve “comer sol”, ingerindo os nutrientes provenientes da fotossíntese, porque o organismo ao longo da filogênese se adaptou ao mesmo, posto reconhecê-lo como nutriente,
o mesmo deixando de ocorrer com os sintéticos, que tem o seu valor temporário quando se quer corrigir uma
situação muito rapidamente, o que é, em muitas circunstâncias, plenamente válido e exeqüível.
Esta tabela desenvolvida por Jensen, fornece subsídios ímpares para o iridologista atingir as suas finalidades profiláticas e curativas.
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XXXII – ALIMENTOS ALCALINOS E ÁCIDOS
O organismo necesita estar em equilíbrio entre o elemento ácido e o alcalino, devendo estar levemente
destacado para o ácido, fato este que depende de vários fatores, entre eles a alimentação.
Entre esses fatores, os mais evidentes são o estresse, a vida sedentária e a falta de descanso, embora a maioria
das pessoas deixe de perceber como o modo de vida pode deslocar esses parâmetros. No estresse, por exemplo,
existe uma liberação maior de adrenalina, que promove um consumo maior de oxigênio por parte das células. Nessa
situação, as células produzem determinadas substâncias que vão atuar na formação de substâncias ácidas.
Outro fator, tão grave quanto aqueles, é uma alimentação inadequada. E se aqueles fatores – estresse,
poluição etc. – são mais difíceis de serem controlados, deve-se ao menos cuidar da alimentação, para se acidificar
o menos possível o organismo.
Mas por que o estado ácido é tão prejudicial? No estado ácido, o organismo fica mais predisposto a todo
tipo de afecções, porque está menos resistente, já que elimina mais vitaminas e sais minerais do que o normal.
A seguir, algumas tabelas dão uma idéia dos alimentos mais ácidos e dos mais alcalinos. Convém lembrar que alguns alimentos classificados como ácidos tornam-se alcalinos no processo de digestão. Por isso, as
tabelas são apenas um guia e, mais uma vez, deve-se evitar ser tomadas radicalmente.
HORTALIÇAS
AcelgaDente-de-leão
AgriãoEscarola
AlcachofraEspinafre
Alface crespaFolhas de beterraba
Alface romanaFolhas de cenoura
AlmeirãoFolhas de nabo
BrócolisFolhas de rabanete
CatalonhaMostarda
CebolinhaRepolho
ChicóriaRepolho roxo
CoentroRúcula
ConfreiSalsão (aipo)
CouveSalsinha
Couve-de-bruxelasSerralha
alfafa Brotos de linhaça
Brotos de bambu Brotos de soja
Brotos de feijão moyashi Brotos de trigo
Brotos de girassol
FRUTOS DE HORTALIÇAS
Abóbora Hokaido Jiló
Abóbora-moranga Pepino
Abóbora-pescoço Pimentão amarelo
Abobrinha Pimentão verde
Berinjela Pimentão vermelho
Chuchu Quiabo
71
Couve-flor Tomate
RAÍZES E HORTALIÇAS
Alho-poró Gengibre
Bardana (gobo) Lótus fresca ou seca
Beterraba Nabo
Cebola Rabanete
Cebola roxa Rábano
Cenoura Raiz de dente-de-leão
RAÍZES FECULENTAS
Batata-doce Inhame
Batata inglesa com casca Mandioca
Cará Mandioquinha
CAULESTALOS
Aspargo Talo de beterraba
Cana-de-açúcar Talo de couve
Palmito Talo de erva-doce
Talo de salsão
PLANTAS MEDICINAIS
Beldroega Funcho
Camomila Hortelã
Caruru Louro
Cerefólio Ruibarbo
Erva-doce Segurelha
TEMPEROS
Creme de gergelim (tahine) Sal marinho*
Creme de girassol Semente de abóbora
Gersal Semente de girassol
Missô Shoyo
Pimenta cayene Vinagre de maçã e de arroz
• Como o sal marinho e o gersal é isento de iodo, quem os utiliza deve ingerir algas marinhas, ricas
em iodo. Vale a pena a troca do sal refinado, principalmente por gersal, pois o sal refinado em excesso pode
sobrecarregar os rins.
CONDIMENTOS
Açafrão Manjericão
Alecrim Noz-moscada
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Anis-estrelado Orégano
Canela Pimenta-do-reino
Cominho Tomilho
Curry Raiz-forte
Erva-doce CEREAIS
Arroz integral Milho
Arroz motti Painço
Aveia Sorgo
Centeio Trigo
Cevada Trigo sarraceno
Ervilha seca Feijão-preto
Ervilha verde Feijão-soja
Favas Grão-de-bico
Feijão azuki Lentilha
Feijão-branco Vagem
Feijão-fradinho ALGAS MARINHAS
Hiziki Nori
Kanten (agar-agar) Wakame
Kombu
COGUMELOS
Cogumelos comestíveis
FRUTAS
Classe Ácida*
Abacaxi Lima-da-pérsia
Carambola Limão
Damasco Maracujá
Groselha Morango
Laranja Tamarindo
Lima Toranja (grapefruit)
* Usar em fatias, evitar em sucos.
Classe Doce
Banana cozida Figo-da-índia
Banana maçã Fruta-do-conde
Banana-nanina Jaca
Banana-prata Mamão caipira
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Banana-são-tomé Manga
Banana-terra Pinha
Caqui Tâmara
Figo
Classe Semi-Ácida
Ameixa Pêra
Amora Pêssego
Caju Pitanga
Cereja Nectarina
Framboesa Romã
Goiaba Sapoti
Jaboticaba Uva-itália
Maçã verde Uva moscatel
Maçã vermelha Uva-niágara
Classe Monofágica**
Melancia Melão
** Evitar misturá-las entre si ou com outras frutas.
Classe Neutra*
Abacate Coco-verde
Coco desidratado
* Podem ser combinadas com outras classes de alimentos, moderadamente.
Frutas Secas**
Abacaxi seco Figo seco
Ameixa-preta Pêra seca
Banana-passa Pêssego seco
Caqui seco Tâmara seca
Damasco seco Uva-passa
** Devem ser reconstituídas: coloque-as para ferver; deixe-as na mesma água da fervura durante a noite;
caso contrário, passarão pelo tubo digestivo “roubando” água.
Frutos Oleaginosos
Amêndoa Coco
Avelã Noz
Azeitona Noz-peçã
Castanha-de-caju Pinhão
Castanha-do-pará
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Sementes
Semente de abóbora Semente de gergelim Semente de girassol
Semente de linhaça
Flores (Pétalas)***
Flor de dente-de-leão Margarida
Flor de girassol Rosa
*** Deverão ser cultivadas sem adubos químicos. Podem ser usadas para colorir saladas ou frutas.
MEL
Mel de abacate Mel de cipó-uva
Mel de alecrim Mel de eucalipto
Mel de assa-peixe Mel de girassol
Mel de bracatinga Mel de laranja
Mel de cana Mel silvestre
AÇÚCARES
Açúcar de cereais (malte em pó) Garapa (suco de cana-de-açúcar)
Açúcar mascavo Melado de cana
Rapadura
FARINHAS
De arroz De grão-de-bico
De aveia De milho
De centeio De trigo
De cevada De trigo sarraceno
De ervilha Fubá
LATICÍNIOS*
Coalhada Requeijão
Iogurte Ricota
Kefir Soro de leite de cabra
Leite de cabra Soro de leite de vaca
Leite de vaca Soro de manteiga
Queijo fresco
* Todos os laticínios, idealmente, deveriam ser de procedência doméstica, sem aditivos químicos.
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XXXIII – ALIMENTO CONFORME A LATERALIDADE
O organismo sempre tenta o equilíbrio das partes em função do todo e vice-versa no sentido de atingir
a unidade, e o iridologista pode ajudar muito nesta tarefa pois dispões de recursos que lhe permitem colaborar
com a busca incessante do indivíduo para se sentir bem consigo próprio e com o universo que o circunda.
É comum um paciente se queixar de problemas num determinado lado do seu corpo, inclusive da mudança da dor da direita para a esquerda, ou vice-versa.
Para o Homeopata estes dados se revestem de uma importância muito grande, posto que, podem servir como
um elemento a mais para se escolher o medicamento específico para aquele doente.
O Iridologista atento, ao examinar os olhos do indivíduo, percebe claramente que nestes casos uma íris
é diferente da outra, quase sempre denotando uma constituição geral e parcial mais débil daquele lado que o
paciente refere ser o mais problemático.
O motivo se deve ao fato do ser humano resultar da junção dos gametas masculinos e femininos, trazendo consigo as cargas genéticas de ambos os pais.
O Dr. Jensen coloca que o lado direito do corpo representa o lado mais influenciado pela herança paterna, cuja polaridade é predominantemente positiva. O inverso também é verdadeiro, ou seja, o lado esquerdo
do organismo é predominantemente negativo e representa o lado feminino, qual seja o lado que reflete a
herança materna.
Isto explica por exemplo o porque de alguns possuírem um membro inferior maior do que o outro, isto
porque um pai que tenha um biotipo longelinio com as pernas compridas se casa com uma mulher brevilínea
de pernas curtas, pode gerar uma criança com um membro inferior direito maior do que o membro inferior
esquerdo, podendo provocar, a destarte um desequilíbrio no esqueleto desta pessoa.
O mesmo raciocínio vale para as demais estruturas, tais como implante de orelhas e de sobrancelhas, assim
como a rima bucal, etc., fatos estes que também servem como referencial para se poder avaliar conjuntamente
com o exame iridológico, qual é o lado predominante mais débil daquele indivíduo.
Quem pratica a Quiropaxia observa que a imensa maioria dos pacientes apresentam um encurtamento do
membro inferior direito, seja porque o membro em questão é realmente mais curto do que o outro ou porque
existe uma báscula de bacia contralateral.
Os fatos citados se revertem de uma importância capital para toda uma orientação geral de vida, assim como
para a instituição de uma terapêutica alimentar, climática, psíquica etc., como se verá no decorrer deste capítulo.
A eletropositividade do ser humano é representada da seguinte maneira:
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Ambos os lados são completamente distintos entre si, tanto é clássico em anatomia que se juntar as hemi
faces de uma mesma pessoa, e também as esquerdas de um mesmo rosto resultará em uma face totalmente
distinta do indivíduo original.
A diferença dos pés, por exemplo, é algo corriqueiro principalmente para as mulheres que tem a perspicácia de escolher o número de seus sapatos em função do seu pé maior.
É interessante também notar que a maioria dos acidentes vasculares cerebrais afetam mais o lado direito
do organismo.
Segundo a observação de Jensen, o lado direito do corpo é mais afetado em cerca de 90% do que o
lado direito, porque é o lado onde se metaboliza, através do fígado, as toxinas orgânicas.
Por outro lado o AVC que compromete mais o lado D do corpo se deve ao fato da relação iridológica
existentes entre os hemisférios E as toxinas que são elevadas no cólon descendente.
Pelo mesmo motivo diz Jensen, se o hemisfério do cérebro E for mais desenvolvido que o D, a mama
direita do indivíduo será maior e mais desenvolvida e vice-versa.
Esta observação tem também, aplicações na parte psíquica das pessoas, uma vez que houver predominância de um lado pode gerar alterações de humor, ora se comporta alegremente como um dos pais, ora se
comporta tristemente como o outro dos pais.
Quem já ouviu falar das histórias de Maffei, quanto ao examinar um Rx simples de crânio dos próprios
colegas e em função da assimetria da calota craniana, preconizava: ²Você é epilético² e ia embora em tom
jocoso, mas profundamente científico, porque a referida diferença falava a favor de uma predominância visual
até no RX simples, fato este que revela uma desarmonia de integração de ambos os hemisférios cerebrais,
podendo ocasionar comportamentos distímicos.
Denny Johson através do método Rayid dá conhecer de uma maneira relativamente fácil qual é a predominância cerebral da pessoa examinando a sua íris.
Pelo exposto pode parecer que já está subordinado e escravizado as leis genéticas, entretanto é possível
atuar de várias maneiras beneficiando esta ou aquela lateralidade.
Em se diagnosticando a lateralidade débil deve-se proceder ao fortalecimento desta debilidade porque o
lado supostamente mais forte deixa de necessitar de maiores cuidados em relação ao outro. A coisa funciona
como uma gravidez gemelar, onde um dos gêmeos mais débil absorve mais os nutrientes do que o outro feto.
Seguramente o recém nascido vai requerer mais cuidados do que aquele que nasceu em melhores condições.
Quando se fala em eletropositividade se estabelece uma comparação como se o organismo se comportasse como uma bateria elétrica com pólos positivos e negativos, porém na soma total deve resultar neutra,
porque são antagônicos porém complementares.
Por isso se se come em excesso um alimento que fortalece o lado resistente, só se agrava o desequilíbrio
pré existente, porque os alimentos também estão enquadrado nesta classificação eletropositiva.
De um modo geral as proteínas e as frutas cítricas são positivas ao passo que os carboidratos como os
doces e amidos são eletronegativas.
Seguindo a linha do raciocínio em questão as proteínas beneficiam o lado direito e os carboidratos
colaboram com o lado esquerdo do organismo, no entanto existem alimentos exclusivamente eletropositivos
ou eletro negativos. Para ambos os lados os vegetais neutros com pouco amido são sempre solutares.
Pensando no lado climático sabe-se que as altitudes elevadas beneficiam o lado direito do corpo e locais
próximos a orla marítima favorece o lado esquerdo do organismo, principalmente os banhos de mar.
Uma regra que deve ser observada é que durante o tratamento de recuperação do lado mais débil, deve
ocorrer uma estimulação através dos fatores de melhora deste lado de uma maneira forte e de uma única vez,
como se fosse um esforço concentrado.
Após o desequilíbrio estabelecer uma dieta predominantemente negativa ou positiva conforme o lado
débil, levando-se sempre em considerações que o vegetal que cresce acima do solo é mais positivo e o inverso
é verdadeiro e que nas fases iniciais de vida deve-se usar mais alimentos negativos do tipo amido para constituir os ossos e os músculos, acrescentando paulatinamente proteínas para constituir o cérebro e os demais
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tecidos nervosos já na meia idade deve-se balancear os alimentos da capacidade contrária e na fase final, dar
ênfase à dieta negativa.
De um modo geral todos alimentos positivos requerem ácidos por isso o Dr. Jensen recomenda o uso
de sucos de tomates e cítricos, juntamente com a ingestão de proteínas, diferentemente dos alimentos negativos que requerem alcalinos.
As pessoas de vida sedentárias com atividades mental necessitam de alimento do lado D.
Passa-se a descrever uma lista de classificação dos alimentos conforme a polaridade:
CLASSIFICAÇÃO DOS ALIMENTOS SEGUNDO
A POLARIDADE ALIMENTOS PREDOMINANTEMENTE
Eletro-PositivosNeutrosEletro-Negativos
ProteínasSem AmidoCarboidratos e Lipídeos
Carnes MagrasAlcachofrasLegumes
Pescado AspargosFeijão
seco
OvosCouveLentilhas
Queijo
Couve flor
Feijão de soja
Germe de trigoAipoFrutas
Doce
NozesAcelgasTâmaras
LeitePepinosFigos
IogurteDente de leãoPassa
BerinjelaOutras
Frutas
EscarolaAzeitona
AlhoBanana
Pimentão verdeUvas
Couve fusadaMelão
Alho poro
Outros
Doces
CogumelosAçúcar
Folhas de mostarda Caramelos
CebolasGeléia
Rabanetes
Xaropes
NabosMel
EspinafrePastilhas
Folhas de naboLipídeos
AgriãoManteiga
Frutas ÁcidasMargarina
LaranjaAzeite
LimãoGordura da
carne
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Lima
Tomate (enlatado)
Morango
Framboesa
Groselha
NOTA:
Ainda que estas frutas sejam neutras do ponto de vista de sua polaridade deverão combinar com alimentos eletro-positivos ou proteínas.
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XXXIV – ALIMENTOS ERGOGÊNICOS
A Nutrição desempenha um papel crítico na performance atlética, porém muitas pessoas fisicamente
ativas não têm uma dieta que as ajuda a desempenhar o seu máximo. Sem uma compreensão básica da nutrição, engolir um comprimido parece mais fácil do que planejar um menu. Na realidade, não há comprimido
ou porção que possa melhorar sua performance como a ingestão apropriada de alimentos e fluídos.
A Dieta Energética
Para ter energia suficiente, há necessidade consumir energia suficiente. Ingerir a quantidade adequada
de calorias é um dos pontos chave para uma dieta ergogênica, ou que melhora a performance. Com poucas
calorias se poderá sentir fraco e cansado, e estará mais susceptível a traumas. A dieta ergogênica está baseada na amplamente divulgada Guia da Pirâmide Alimentar publicada pelo
Departamento da Agricultura dos Estados Unidos, a qual inclui cinco grupos básicos: frutas, vegetais, lacticínios, e alimentos ricos em proteínas. Açúcares e gorduras provêem calorias extra depois que as necessidades
de alimentação dos outros grupos já tiverem sido atendidas.
Ao ingerir as quantidade adequadas de calorias de uma variedade de alimentos, poder-se-á satisfazer as
necessidades de macro-nutrientes (carboidratos, proteínas, gorduras) e micro-nutrientes (vitaminas, minerais).
Os alimentos ergogênicos estão sendo cada vez mais pesquisados, afim de serem utilizados de forma
mais inteligente.
80
XXXV – ÍNDICE GLICÊMICO
Diferentes alimentos ricos em carboidratos podem afetar o seu nível de energia de forma variada. A taxa de
digestão é expressa como “índice glicêmico”. Alimentos com alto índice glicêmico liberam energia rapidamente na
corrente sangüínea, enquanto os com moderado ou baixo índice glicêmico liberam sua energia mais lentamente.
(Entretanto, tenha cuidado com a velha idéia que açúcares simples sempre são digeridos rapidamente e causam
largas flutuações no açúcar no sangue, e que todos os carboidratos complexos, como pão, são digeridos mais
lentamente e não causam flutuações no nível de açúcar no sangue. Isso parece estar errado.)
Se você se exercita por um período maior do que uma hora, começará a esvaziar seus músculos de
glicogênio. Ao consumir de 30 a 75 gramas por hora de carboidratos com alto índice glicêmico em forma
líquida ou sólida enquanto se exercita, você pode minimizar esse efeito.
Depois de uma competição ou treino longo, suas reservas esvaziadas de glicogênio nos músculos devem
ser reabastecidas, especialmente se você irá se exercitar novamente dentro das próximas 8 horas. Coma pelo
menos 50 gramas de carboidratos com alto índice glicêmico logo após a atividade física, e consuma o total
de pelo menos 100 gramas de carboidratos com alto índice glicêmico nas primeiras 4 horas. Alimentos com
moderado índice glicêmico podem ser adicionados nas próximas 18 a 20 horas com o objetivo de consumir
pelo menos 600 gramas de carboidratos durantes as 24 horas seguintes ao treino intenso ou competição.
TABELA DE ÍNDICE GLICÊMICO
IG ALTO – Maior que 70: se consumir, preferencialmente pela manhã.
IG INTERMEDIÁRIO: entre 56 e 69: consumir até 17hs.
IG BAIXO: até 55, pode ser consumido o dia todo.
OBS: Mesmo os alimentos com baixo índice glicêmico devem ser consumidos em quantidades moderadas e de forma
criteriosa devido ao seu valor nutritivo e volume calórico.
Abacaxi94
Abóbora107
Abricots desidratados
44
Abricots em conserva
91
Abricots frescos
82
Allbran, cereal para o café da manhã
60
Ameixa55
Ameixa seca, sem caroço, 6 unidades
40
Amendoim, torrado, salgado
21
Arroz branco
83
Arroz branco instantâneo, cozido por 6 minutos
121
Arroz integral
79
Atum0
Aveia em flocos
59
Baguel, branco
100
Banana77
Barra de Muesli
87
Batata assada
121
Batata cozida
104
Batata Crisps
77
Batata doce
77
Batata frita
107
Batata frita congelada, reaquecida no microondas
117
Beterraba em conserva
89
Bife (carne de boi)
0
Biscoitos amanteigados
89
Biscoitos de água
109
Biscoitos de aveia
79
Bolo com fio de ovos
95
Creme de leite, feito em casa com fécula de milho e açúcar
60
Melão catalupo
91
Milho miúdo, cozido
99
Milho verde
78
Mingau de Maisena não refinado
101
Mingau de Maisena refinado
106
Muesli
80
81
Muffins
88
Nabo sueco
70
Nesquik, de chocolate, dissolvido em leite com 1,5 de gordura
57
Nesquik, de morango, dissolvido em leite com 1,5 de gordura
49
Nhoque95
Nuggets de frango, congelados, preparados no microondas por 5 minutos
65
Nuggets de peixe
53
Nutella (chocolate creme a base de avelã, Ferrero)
46
Oat bran, cereal para café da manhã
78
Ovo0
Pão baguete, branco
103
Pão branco de trigo
101
Pão com grãos de aveia e farelo de trigo
68
Pão com grãos variados
69
Pão de centeio
92
Pão de trigo com alto teor de fibras
97
Pão de trigo sem glúten
129
Pão integral com grãos de aveia
93
Pão integral de centeio
66
Pão sírio, branco
80
Pão-de-ló comum 64
Pãozinho doce de hambúrguer
87
Passas91
Peixe0
Pêras em conserva
63
Pêras frescas
53
Pêssegos em conserva
67
Pêssegos frescos
60
Pipoca79
Pipoca Chips
105
Pizza de queijo
86
Porco0
Power bar
81
Pretzels, assado no forno, de farinha de trigo, tradicional
116
Pudim91
Pudim de baunilha, instantâneo, feito com leite em pó integral
56
Purê de batata
104
Queijo0
Queijo Torteline
70
Quick, chocolate (Nestlé), dissolvido em leite com 1,5% de gordura
57
Quick, morango (Nestlé), dissolvido em leite com 1,5% de gordura
49
Ravioli, farinha de trigo duro, recheada com carne, cozido
56
Refrigerante Coca-cola
74
Refrigerante Fanta laranja
97
Sacarina92
Salame0
Salsisha frita
39
Skittles, confeitos doces
98
Sopa de ervilha verde industrializada
94
Sopa de feijão
92
Sopa de lentilha
63
Sopa de tomate
54
Sorvete87
Sorvete de baunilha, com baixo teor de gordura (light)
71
Sorvete, comum com gordura
85
Suco de abacaxi
66
Suco de grapefruit
69
Suco de laranja
74
Suco de maçã
58
Sushi, salmão
67
Tablete de Muesli com fruta seca
85
Taco à base de fubá, cozido
97
Tâmara seca
144
Tapioca, cozida com leite
115
Torrada salgada Melba
100
Tortelline de queijo
71
Trigo búlgaro, cozido por 20 minutos
67
Trigo sarraceno
75
Uva66
Vitela0
Wafles
109
Yakult64
82
XXXVI – LISADOS
O termo lisado palavra latina (lise = quebrar, romper, desintegrar), que etimologicamente significa material produzido pelo processo de lise. Processo este que pode ocorrer tanto em células animais como vegetais.
A lise está presente nos processos digestivos onde as moléculas dos alimentos são quebradas em frações
menores a fim de serem absorvidas pelo tubo digestivo como nutriente.
Alimentos são veículos dos nutrientes, que como o próprio nome indica nutre as células e, consequentemente o organismo.
Os lisados de proteínas são quebrados às unidades fundamentais de proteínas, que são os aminoácidos,
que possuem um peso molecular que macroscopicamente podem ser em gramas, por exemplo, porém neste
caso é medida em Daltons, melhor ainda numa faixa de 6400 daltons, que lhes confere propriedade de, além
de serem nutrientes, tornam-se nutracêuticos, isto é, alimentos que possuem propriedades funcionais, quase
“farmacológicas” sobre os órgãos, que lhe deram origem. Por exemplo, o lisado de Tireóide se presta a beneficiar nutraceuticamente a tireóide, suprindo-a com os elementos indispensáveis ao seu bom funcionamento.
Isto é o lisado tem uma atração especial, um verdadeiro tropismo pelo órgão que lhe deu origem.
Trata-se de técnica bastante útil na Medicina Biológica.
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XXXVII – NUTRIÇÃO E ATIVIDADE FÍSICA
Os músculos contêm três tipos principais de fibras:
– Tipo I (vermelhas): consideradas de contração lenta, usam como substratos energéticos os carboidratos e as gorduras.
– Tipo II A: de contração rápida, utilizam como substratos a creatina e os carboidratos; são fibras que
se hipertrofiam preferencialmente nos exercícios de força.
– Tipo II B (brancas): de contração rápida, também utilizam creatina e carboidratos como substratos;
são adaptadas para a realização de esforços de alta intensidade e curta duração.
Durante atividades físicas que duram mais de 60 minutos, deve-se ingerir bebidas isotônicas com
carboidratos, na mesma taxa para repor os fluídos e poupar o glicogênio nos músculos. Consumir bebidas
isotônicas com carboidratos durante atividades físicas de alta intensidade, como futebol ou basquete, também
pode elevar a performance. Depois do exercício, reponha cada 1/2 kg perdido durante a atividade física com
pelo menos 2 copos de líquidos.
Mexa-se
Veja a tabela abaixo, quantas calorias são queimadas ao praticarmos uma hora dos seguintes esportes.
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Atividades domésticas
Atividades domésticas também são um bom exercício. Duas horas de um jogo de cartas equivalem a
uma hora de surf.
Atividades corriqueiras
Atividades corriqueiras mesmo fora de casa, queimam calorias. Fazer a compra do supermercado, traz
mais resultados que uma prova de arco e flecha.
O corpo queima, em média, 63 calorias por hora só para se manter vivo. Um pãozinho francês, portanto,
pode ser eliminado em duas horas de sono.
O organismo também gasta calorias. São quase duas calorias por hora. Em oito horas, perde-se a mesma
quantidade presente numa bala.
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XXXVIII – EUPLASIA TECIDUAL
Após a fertilização, isto é, a fusão dos gametas masculino e feminino, o ovócito fecundado, se duplica em
duas células. Este processo de duplicação continua até uma fase onde existem de 12 a 16 células, que agregam
de tal maneira que ficam parecendo uma amora, daí o nome de mórula para este agrupamento de células.
Admite-se que a mórula atinja a cavidade uterina na fase de 12 a 16 células, num tempo de aproximadamente 16 a 60 horas após a fecundação.
Num outro momento a mórula passa por um processo se transformando num blastócito, devido a um
líquido existente na cavidade interna passar para o interior desta mesma célula, ocasionando uma cavidade
única e o desaparecimento de algumas estruturas. Nesta fase o zigoto recebe o nome de blastocisto.
Durante a Segunda semana o blastocisto implanta-se na mucosa interna e sofre mais algumas modificações que irão dar origem ao ectoderma, endoderma e mesoderma, que são os três folhetos embrionários.
Embriologia é a Ciência que lida com a origem e desenvolvimento de um organismo individual. Do
grego embryo significa “o estudo do”. O Dr. Jensen e o Donald Bodeen têm demonstrado como a estrutura
do embrião humano se harmoniza com o explanado no mapa iridológico.
Aqui se verá como as estruturas embriológicas humanas dos órgãos e parte do corpo se originaram e
se desenvolveram a partir da união germinativa básica, que dão origem à todos os tecidos.
A grosso modo pode-se esquematizar, num corte dorsal, as três camadas da seguinte maneira:
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Endoderm
Mesoderm
Ectoderm
Na 4ª a 8ª semana de desenvolvimento, período este chamado de Embrionário, a partir daí inicia-se
o período fetal. A forma do embrião modifica-se consideravelmente atingindo, no fim do segundo mês, as
principais características externas reconhecíveis.
Nesta fase cada uma das camadas germinativas segue o seu processo de diferenciação, dando origem à
vários tecidos e órgãos específicos de modo que ao fim desta etapa todos os sistemas tenham se estabelecido.
O ectoderma dá origem ao Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico e o Epitélio Sensorial
dos órgãos sensitivos. Interessante no que tange a Iridologia, é que aparece um outro derivado ectodérmico
que é o Placódio ótico, proveniente da estrutura que forma o cérebro anterior, de tal sorte formar o olho que
é uma extensão do cérebro, ou seja, a parte mais visível, mais externa do cérebro.
Outras estruturas, também são derivados do ectoderma, quais sejam, o epiderme, incluindo pele e glândulas sub cutâneas. A Hipófise, esmalte do dente e o revestimento de uma série de órgãos, cristalino, retina,
medula da supra-renal.
Por sua vez o mesoderme dá origem ao derme, músculos, tecido conectivo, ossos, cartilagens, articulações,
coração, sistema cardiovascular, células sangüíneas e linfáticas, bem como para coração e vasos sangüíneos e
linfáticos, membranas serosas, rins, gonadas, ductos correspondentes, porção cortical de glândula supra-renal,
baço e tecido muscular liso e estriado.
Já a endoderma dá origem ao trato gastrointestinal, revestimento epitelial do aparelho respiratório, da
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cavidade timpânica e da tuba auditiva, da bexiga e da uretra. Parênquima das tonsilas, tireóide, paratireóide,
timo, fígado, vesícula biliar e pâncreas, isto é, tubo digestivo e seus derivados, Sistema Urogenital e Ouvido.
Como pode ser verificado, todos os tecidos e órgãos provém destes 3 folhetos embrionários, por isso
o que chama mais atenção é o fato da interelação que o endoderma possui com todos os demais órgãos e
sistemas, principalmente com o ectoderma, formando, desta maneira, um verdadeiro arco reflexo, onde diferentes órgãos, mantém uma relação com determinadas áreas intestinais, devido à esta origem de interelação
embriológica.
Como exposto, sabe-se, também, que a inervação dos intestinos provem do ectoderma e que os vasos
sangüíneos do intestino provem do mesoderma, que demonstra ainda mais a relação que o mesmo mantém
com o restante do organismo
O tubo digestivo mantém uma interelação singular entre os três folhetos embrionários, fato este que
permite a existência de um verdadeiro arco reflexo proveniente do intestino, até porque como já visto o tubo
digestivo funciona como um segundo cérebro.
O esquema seguinte, demonstra de maneira inequívoca a relação do tubo digestivo com o sistema nervoso do embrião, assim como os órgãos e sistemas provenientes do mesoderma.
Por exemplo, a vitamina E é indispensável para os tecidos de origem mesodermal como os músculos,
sistema cardiovascular e gonadas, que por sua vez, também necessitam de minerais como o sódio, cloro,
potássio e magnésio entre outros.
Os primeiros sinais de desenvolvimento do olho aparecem no embrião de 18 dias, quando do cérebro
anterior, que vai formar o hipotálamo, surgem as vesículas ópticas, que se invaginam formando os cálices
ópticos que sofrem uma abertura e formam as pupilas, enquanto outras células formam o placódio do cristalino. A seguir forma-se a retina.
Hipófise
Epitélio
Ouvido Interno
Uma vez apresentada, sumariamente estas noções de embriologia e da suas aplicações práticas se expõe
o mapa embriológico e um esquema desenvolvido por Jensen, onde o autor acrescenta as vitaminas específicas
para o bom funcionamento das diferentes estruturas provenientes das diversas origens embriológicas.
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Esta abordagem permite ao iridologista, mormente se praticar a Medicina Ortomolecular, identificar a
origem embriológica dos órgãos de choque e, tratá-los com vitaminas e minerais, de uma forma direcionada
em função do tecido embriológico que lhes deu origem, amplamente exposto no quadro sinótico em questão.
Trata-se, portanto, de mais um valiosíssimo recurso que a Iridologia põe à mão de quem a compreende.
Convém ressaltar ainda, que a vitamina E é fundamental para a síntese de ácidos nucléicos, bem como
dos hormônios hipofisários como o ACTH, gonatrofinas e TSH.
Logicamente esta exposição deve e vai ser ampliada acrescendo-se também os aminoácidos. Longe de
estar pronto, requer ainda muito estudo. Este capítulo mostra claramente o quanto “a Iridologia é o mundo”
e constitui-se por si só, um sistema terapêutico único, onde sim, quanto mais se sabe e se conhece, tanto mais
se torna amplo o seu uso em benefício do ser humano e dos animais.
A Embriologia fornece subsídios para o embasamento científico da Iridologia, bem como dá uma
aplicabilidade terapêutica ímpar e singular, como nenhuma outra pode proporcionar.
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XXXIX – MAPA DE IRISDIAGNOSE E NUTRIENTES
Este mapa fruto de estudos do autor com Jorge Meneghello, procura sistematizar de maneira didática
as relações das diversas áreas topográficas com as diversas vitaminas e minerais, inovando quando se acresce
às mesma também os aminoácidos.
Os mapas em questão são resultado de anos a fio de trabalho de observação, descrição e comprovação
dos fatos que sem a menor dúvida enriquece sobremaneira a Iridologia e a IrisDiagnose no Brasil como nos
outros países. São trabalhos pioneiros!
A Iridologia e a Irisdiagnose proporcionam abordagem ímpar do indivíduo, dando conhecer a sua
constituição geral e quais são os seus “órgãos minoris resistentiae”, possibilitando proceder a terapêutica de
restituição direcionada, calcada nos conhecimentos nutricionais clássicos.
O Dr. Bernard Jensen, o maior iridologista de todos os tempos, é o responsável por este enfoque, talvez
único, dentre tudo que existe neste campo, dada a sua especificidade.
O interessante disto tudo é que cada vez mais a Medicina Ortomolecular se utiliza destes conceitos.
Por estes motivos os autores procuraram aplicar de maneira prática e didática estes conhecimentos ao mapa
iridológico setorizado, bem como inovaram acrescentando os aminoácidos à tais áreas, além de demonstrar a
combinação de alimentos que contém as proporções ideais de vitaminas, minerais e aminoácidos.
Estabelecendo correlação entre a constituição e as vitaminas, minerais e aminoácidos, o iridologista
dispõe de recurso terapêutico que proporciona infinitas alternativas para tratar o indivíduo, levando em consideração, desde a sua lateralidade, passando pelos órgãos de choque até os aspectos embriológicos.
O presente trabalho visa justamente sistematizar esta técnica desenvolvida por Bernard Jensen, ampliada
e inovada pelos autores em vários aspectos.
Definição dos termos:
Aminoácidos: de origem orgânica, desempenham função principalmente estrutural. São as unidades
básicas das proteínas.
Constituição Geral: é o conjunto de caracteres anatomo-fisiológicos de um indivíduo num dado
momento de sua vida.
Constituição Parcial: é formada pelos “órgãos de choque” ou “minoris resistentiae”.
Homeostase: é a capacidade do ser vivo de perdurar no tempo e no espaço, mantendo íntegras as
suas funções.
Minerais: são substâncias inorgânicas que têm funções estruturais do organismo, bem como catalisadores e outras inúmeras funções.
Vitaminas: são compostos orgânicos indispensáveis ao bom funcionamento do organismo. Atuam
como catalisadores e são ultra específicos.
Hipócrates disse: “Teu alimento, teu remédio”. Thomaz Edson referiu: “O médico do futuro não receitará remédios, e sim alimentos”. Logicamente que há exageros nestas afirmações, mesmo porque, naquela
época inexistia tantas radiações como hoje, por exemplo. Entretanto, deixar de levar em consideração tais
assertivas é atitude por demais reducionista, principalmente tendo em vista a individualidade do sujeito, sem
perder de vista os conhecimentos ortodoxos da nutrição. Somente a Iridologia pode chegar a tanta precisão
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neste e em outros campos do saber humano.
Portanto este mapa amplia formidavelmente esta visão de tratar o Homem holisticamente e, por que
não, de forma complexista, em função das suas reações metabólicas que são singulares para cada pessoa.
Há muitas escolas de alimentação, porém nenhuma parece preencher todos os quesitos indispensáveis
para ver a pessoa como um todo e ao mesmo tempo individualmente. A Iridologia, com seu método próprio
de análise, fornece subsídios por si própria, posto que possui um método próprio de tratar, indo mais além,
uma vez poder servir de ponte para todas as técnicas existentes.
O organismo em função das suas complexas reações, necessita da matéria-prima, ou seja, dos substratos
que proporcionam condições ideais de manter a sua homeostase, neste sentido aporte de nutrientes adequados
é de vital importância para a consecução deste fim.
Poucas técnicas alimentares atingem este desiderato. Talvez a Medicina Chinesa e a Medicina Ayurvedica
tenham paralelo com a Iridologia neste sentido, entretanto, talvez sem a especificidade da mesma.
Este mapa pode ser aproveitado por toda e qualquer técnica alimentar, por mais ortodoxa ou mais
alternativa que seja, uma vez possibilitar a individualização buscada por todos no que concerne a saúde.
A alimentação é um tema extremamente controverso. Inexiste modelo standart ideal de alimentação,
contudo baseado no que há de sobejamente conhecido pode se agregar os conhecimentos iridológicos sobre
nutrientes desenvolvidos por Bernard Jensen, ampliado e inovado pelos autores para complementar os diferentes modelos alimentares que visam uma saúde adequada para o ser humano.
As diferentes técnicas alimentares:
Ortodoxa: procura suprir os nutrientes criteriosamente estudados, tais como carboidratos, proteínas,
lipídeos, vitaminas e minerais, idade, sexo, lactância, gestação e crescimento.
Chinesa: os alimentos devem atender às constituições biotípicas, bem como corrigir os desequilíbrios
In e Iang dos diferentes meridianos de energia.
Ayurvedica: aqui os biotipos também são levados em consideração, assim como a intercambialidade
entre os biotipos Vata, Pita e Kapha.
Ray Id: neste modelo os arquetipos iridológicos servem como referência alimentar.
Dr. Hay: preconiza a combinação dos alimentos não se misturando, por exemplo, proteínas e carboidratos numa mesma refeição.
Kasher: é todo um sistema religioso judáico que guarda profundas relações fisiológicas relativas à alimentação e combinação de alimentos. Evita, por exemplo, misturar a carne com o leite, o que é salutar, devido
serem proteínas de tempos diferentes de digestão.
Iridologia Clássica: neste método que se adeqüa a qualquer orientação alimentar, pode se fazer restituição de nutrientes, baseada, por exemplo, na lateralidade física do indivíduo e, principalmente, sugerir de
uma maneira criteriosa e direcionada os órgãos mais sensíveis, “órgãos de choque”, tanto profilática como
terapeuticamente. Os autores ampliaram e inovaram os conhecimentos legados por Bernard Jensen.
Como procurou-se demonstrar para cada povo ou técnica nutricional existe sabedoria embutida em
cada uma delas. Mesmo porque sabe-se que a Sabedoria está se encontrando com a Ciência.
A Iridologia serve como verdadeiro “meio de campo”, interface entre todas estas aplicações sem perder
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as suas características próprias.
Os autores ampliaram e inovaram técnicas iridológicas de suprir os nutrientes, tentando contribuir para
melhor entendimento do ser humano. Os autores todavia sabem que sequer passaram perto de esgotar o
fascinante tema, deixando-o em aberto para maiores discussões e principalmente, para que sirva de ponto de
partida para os colegas iridologistas ampliarem este desafio, que é lidar com um dos direitos mais sagrados
do ser vivente que é alimentar-se com alegria, mantendo a sua saúde!
Mapa de Irisdiagnose e Nutrientes
Jorge Meneghello
Celso Batello
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XL – COITADO DO OVO
Se eu fosse o ovo, abriria um processo por calúnia, difamação e danos morais! Onde já se viu tanta
ignomínia, contra este presente do Criador, o seu valor biológico é tanto que serve como referência para os
demais alimentos, tudo por conta da guerra sem trincheira que fizeram contra o colesterol. Tadinho do colesterol ou do ovo? Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha? Já sei! Foram as empresas de margarina com
as suas gorduras TRANS, de transviadas.
Desabafo: “Se não tiver colesterol, não se produz hormônios, inclusive os sexuais! Caramba! Além de
adoecer querem “diminuir a libido”de todo mundo, homens e mulheres.
Existem evidências de que, meninas que ingerem ovo desde cedo, parece haver uma proteção ao câncer
de mama.
Também pudera a gema de ovo quente ou crua é riquíssima em minerais com zinco e selênio que aumentam a imunidade.
O colesterol da gema do ovo vai servir de matéria prima que protegem as células cerebrais. A MARGARINA, definitivamente, NÃO!
Segue só para dar uma idéia da composiçaozinha básica do ovo, em 100 gramas:
Tabela retirada do livro “Repertório Geral dos Alimentos” – Ed. Roca, que recomendo para quem
realmente tiver interesse real em conhecer sobre alimentos.
Vê-se portanto, que o ovo é um injustiçado!
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XLI – YIN E YANG
Desde os tempos mais remotos, os chineses têm atribuídos a origem de todo o movimento da matéria
e da força vital à atração constante e compensadora da polaridade energética positiva e negativa do Yang e do
Yin. O Yin e o Yang são pólos opostos, porém complementares. O Yin é considerado “negativo”. A filosofia
oriental é predominante Yin.
O Yang representa o dia, o sol, o homem. O Yin a noite, a lua, a mulher.
Qualquer desequilíbrio que afete o Yang ou o Yin pode gerar doenças e distúrbio vários. O que acaba
de ser descrito pode ser resumido no símbolo do TAO:
Repare que o Yin existe dentro do Yang e que o Yang existe dentro do Yin.
O Yang à semelhança do extrovertido significa expansão e o Yin à semelhança do introvertido significa
contração. Um inexiste sem o outro e os dois são importantes na ordem das coisas.
O extrovertido é social e o introvertido circunspecto. O extrovertido gosta de gratificações externas, ao
passo que o introvertido vive de alegrias interiores, por isso possui uma sensibilidade maior.
Em hipótese alguma se deve confundir introversão com timidez pois são coisas distintas.
O mundo ocidental vive uma fase Yang gerando desequilíbrio ecológico, já o oriental comumente respeita os ritmos da natureza.
Toda Medicina Chinesa baseia-se no TAO e os chineses há aproximadamente 5000 anos, elaboraram
um sistema terapêutico embasado num raciocínio que denominaram os “5 ELEMENTOS”. Estes elementos
eram o que desempava e observava na época, tais como Metal, Água, Madeira, Fogo e Terra, relacionando o
Homem não só consigo mesmo, como também com o Cosmos.
Alimentos e suas ações nos 5 movimentos
Órgãos e vísceras
Os alimentos na Acupuntura (MTC) além de fornecerem os nutrientes como se conhece de forma ortodoxa, constituem também a fonte orgânica do Chi ou Qi, adquirido de tal sorte poder ocorrer o crescimento e
a perpetuação da espécie, sem eles não há vida. Idealmente os alimentos devem possuir ações energéticas nos
órgãos e vísceras para exercerem a contento as suas funções e manter a estrutura orgânica, onde o equilíbrio
de ingestão deve ser respeitado, de forma balanceada, de tal maneira contemplar a harmonia yin-yang, posto
que a falta ou excesso de um ou de outro gera desarmonia do corpo e da mente.
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A seguir transcrevemos a tabela do Dr. Ysao Yamamura do seu livro “Alimentos-Aspectos Energéticos” – Editora Triom.
Pulmão (Fei)
A) VEGETAIS: Alho, agrião, alga, amendoim, bardana, cenoura, café, canela, chá, espinafre, girassol,
gengibre, manjericão, menta, pimentão, pepino, repolho e soja.
B) FRUTOS: Amêndoa de damasco, banana, caqui, laranja, maçã, casca de laranja e tangerina, nozes,
pêra, tangerina e uva.
C) PRODUTOS ANIMAIS: Camarão, carpa, ganso, gema de ovo, leite de vaca, mel, pato, ovo de
pata, queijo, rã, vesícula biliar e pâncreas de porco.
Intestino grosso (Da Chang)
A) VEGETAIS: amendoim, berinjela, beterraba, cenoura, espinafre, girassol, milho, nabo, pepino,
repolho e tomate.
B) FRUTOS: Amêndoa de damasco, caqui e figo.
C) PRODUTOS ANIMAIS: Carnes de vaca, carneiro, galinha, intestino de porco, mel, polvo, queijo
e vesícula biliar de porco.
Baço/pâncreas (Pi)
A) VEGETAIS: Alho, alga, abóbora-moranga, arroz, amendoim, berinjela, batata doce, batatinha,
camomila, coentro, cascas de canela, de laranja e de tangerina, cana de açúcar, castanha, cebola, cenoura,
ervilha, espinafre, feijão preto, gengibre, manjericão, pepino, pimentão, queijo de soja, pimenta, raiz de lótus,
sementes de lótus, tomate e trigo.
B) FRUTOS: Banana, figo, jujuba, maçã, melão, tangerina, uva.
C) PRODUTOS ANIMAIS: Carnes de vaca, faisão, carneiro, frango, porco, pato, cação, carpa, camarão
e enguia, estômago de vaca, porco, moela de frango, mel, ovo de pata, pâncreas e baço de porco.
Estômago (Wei)
A) VEGETAIS: Alho, abóbora-moranga, alface, amendoim, arroz integral, berinjela, batatinha, beterraba, chá, cebola, cenoura, cevada, cebolinha, ervilha, espinafre, feijão preto, gengibre, grãos de soja, girassol,
milho, manjericão, nabo, pepino, pimentão, queijo de soja, repolho, salsa e tomate.
B) FRUTOS: Cana de açúcar, castanha, jujuba, melão, melancia e pêra.
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C) PRODUTOS ANIMAIS: Carne de vaca, galinha, carneiro, pato, estômago de boi, porco, moela
de galinha, caranguejo, escargot, baço e sangue de porco, leite de vaca, pé de porco e tainha.
Coração (Xin)
A) VEGETAIS: Abóbora-moranga, cebolinha, café, casca e córtes de canela, chá, grão de soja, pimenta,
raiz e semente de lótus, trigo.
B) FRUTOS: Caqui, melão, melancia.
C) PRODUTOS ANIMAIS: Camarão, carneiro, coração de porco, faisão e leite de vaca.
Rins (Shen)
A) VEGETAIS: Amendoim, alho-porró, alga, arroz, bardana, batata doce, cevada, cebola, cebolinha,
cogumelo shiitake, erva-doce, feijão preto, gergelim, girassol, nabo, pepino, raiz de lótus, salsa e sementes de
lótus, trigo.
B) FRUTOS: Castanha, lichia, nozes e uva.
C) PRODUTOS ANIMAIS: Camarão, carpa, carnes de carneiro e de porgo, enguia, fígado de galinha,
pé de porco, rim de porco, de boi e de carneiro.
Fígado (gan)
A) VEGETAIS: Alho-porró, arroz, cebola, cogumelo shiitake, cana de açúcar, canela, coentro, feno
grego, gergelim, girassol, repolho, salsa, valeriana e verbena.
B) FRUTOS: Líchia.
D) PRODUTOS ANIMAIS: Camarão, carpa, caranguejo, enguia, escargot, carnes de porco, fígado
de boi, carneiro, porco, galinha, moela de galinha, ostra, rã, vesícula biliar de boi e de porco.
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TABELA DE AÇÕES NOS 5 MOVIMENTOS
ÓRGÃOS E VÍSCERAS
Como pode se observar o pensamento que norteia a Acupuntura é infinitamente abrangente do macro
ao microcosmos quando considera por exemplo que o excesso de alegria, produz sintonia, como por exemplo,
quem não se lembra quando a criança estava alegre e hiperativa a noite, se lhe dizia: “se aquiete senão você vai
fazer xixi na cama ao dormir”. Quem diria que o excesso de alegria pode trazer problema! No que tange ao
macrocosmos as doenças de primavera, verão, inverno entre outras. Quem diria, há mais de 5 mil anos! Que
quando se está com problema nos ombros é o elemento madeira que está comprometido!
Porisso que sugiro que levem em consideração todos os aspectos, para se escolher onde colocar as
agulhas, tipo de dieta, bem como as fitoterapias, conforme o que estiver alterado.
Indo um pouco mais para o sutil a MTC diz: “que o fígado é a sede da alma etérea, e que o pulmão é
a sede da alma corpórea”. Que lindo!
Parece fantasioso! Então leiam o que escreveu Platão, um dos maiores filósofos gregos:
“O fígado foi criado porque senão o Homem teria sonhos perturbadores e horríveis e não conseguiria
dormir”.
Filosofia por filosofia, ambos estão corretos, basta ter bom senso e perceber a verdade que ambas
encerram!
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XLII – A DIETA AYUVERDA
A palavra AYURVEDA (AYUR = VIDA e VEDI = conehcimento ou crença), palavra em sânscrito,
que significa ciência da vida, que pode-se traduzir ainda, como conhecimento do “ciclo da vida”.
A Ayurveda é fruto da Sabedoria Tradicional Hindu, que data há mais de 6000 anos, ou seja, antes
mesmo da construção das pirâmides. A física moderna é baseada nos princípios da Ayuvérda, bem como o
computador.
A Ayuvérda antecede a imensa maioria de outras sabedorias dos povos, fato este que sugere que a
Ayuvérda serviu de base para as demais culturas, senão vejamos, parece que todas as artes marciais existentes
derivam parcial ou totalmente da Ayurveda.
A finalidade da Ayurveda é ensinar como poder intervir, moldar e atingir mais longevidade, com qualidade de vida. Já era a ISSO 9000 de 6000 anos atrás, não é verdade? Neste sentido a mente representa papel
vital para se atingir a saúde ótima.
A Ayurveda está fundamentada na existência de 5 ELEMENTOS FUNDAMENTAIS, que interagem
entre si, formando toda a matéria e toda a criação do mundo físico de tal forma que todo o UNIVERSO, e
todos os seres animados ou inanimados são formados por estes 5 elementos, cuja manifestação primeira é o
UNUS FISIO, constituindo o UNIVERSO SUTIL, principalmente que coaduna com a física moderna atual.
Estes 5 elementos são:
1) Éter e o Espaço Sideral;
2) Ar;
3) Fogo;
4) Água;
5) Terra.
Não há que causar estranheza posto que Hipócrates, o pai da Medicina, também utilizava dos elementos
da natureza, para explicar a Medicina Ocidental.
A Ayurveda através da observação da natureza e destes 5 elementos refere a existência dos 3 tipos
constitucionais básicos que são VATA, PITTA E KAPHA, onde:
– AVATA é seco;
– PITTA é quente;
– KAPHA é pesado.
Trata-se de uma verdadeira biopatologia que em muito antecedeu os conhecimentos atuais sobre o
assunto.
VATTA tem constituição de espaço e ar.
PITTA tem constituição de fogo e água.
KAPHA tem constituição de água e terra.
A Ayurveda refere que há uma alimentação adequada para cada tipo, porém a principal recomendação
às pessoas comuns quando têm fome é fazer intervalos de 3h-6h entre as refeições. Com base nos 5 elementos recomenda-se consumir aleatoriamente para conhecimentos os sabores, quais sejam: doce, ácido, salgado,
picante, amargo e adstringente, como a seguir:
– Doces: o trigo, o arroz, o leite e frutas doces.
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– Ácido: limão, yogurte e tomate.
– Salgado: sal.
– Picante: pimante do reino em pó, gengibre, cominho.
– Amargo: jiló e espinafre.
– Adstringente: feijão, lentilha, banana, mel e maçã.
Por exemplo:
Vatta deve se restringir aos adstringentes.
Pitta evitar o salgado e o picante.
Kapha reduzir os sabore doce e salgado, e preferir os sabores picante, amargo e adstringente.
Segundo Bokkulla Riddy seguir as principais características físicas e mentais dos três biótipos.
Claro que é difícil existir um tipo puro, entretanto pode-se ter uma idéia do indivíduo e poder ajuda-lo
a recuperar e muito a saúde ótima.
Este comparativo visa de maneira sumária mostrar que existe a AYURVEDA, que pode ser útil para todos.
Segue esquematicamente a dieta recomendada pelo Dr. Aderson Moreira da Rocha e Dra. Maria Stela
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De Simone, Diretor Presidente e Diretora da Associação Brasileira de Ayurveda.
Dieta Ayurvédica para Kappa
Alimentos Certos e Errados
O indivíduo kapha (água)
As pessoas com constituição kapha possuem corpo bem desenvolvido, porém com tendência a ganhar
peso e se tornarem obesos. O tórax é largo e possuem uma boa massa muscular e óssea. A pele é macia com
tendência ao frio e a palidez; já os cabelos são grossos escuros e ondulados, os olhos são escuros e com muitos
cílios. Têm apetite regular e digestão tendendo a lenta, bom sono e boa capacidade vital. Psicologicamente
são tolerantes e calmos, porém tendem a ser invejosos, apegados e possessivos. Possuem compreensão lenta,
mas quando absorvem o conhecimento, este é retido por um longo. O indivíduo kapha deve ter uma dieta
amornante, leve e seca. Deve-se evitar alimentos frios, oleosos e pesados, assim como os sabores doce, salgado
e ácido, porque favorecem o acúmulo de muco e gordura. Os sabores indicados para estas pessoas são: picante, amargo e adstringente. Deve-se ingerir menos quantidade de alimentos e fazer uso de plantas medicinais,
como o gengibre e a erva-doce. Neste caso, o jejum uma vez na semana ou de 15 em 15 dias é aconselhado.
Dieta para equilibrar kapha
Alimentos Recomendados
Frutas: maçã, romã e frutas secas
Vegetais: batata, salsa, espinafre, couve-flor, cenoura, cogumelo, beterraba, aspargos, alface, nabo
agrião, brotos, brócolis, aipo, repolho
Cereais e Feijões: Milho, painço, centeio, trigo sarraceno, tofu, feijões, ervilhas, lentilhas.
Oleaginosas e Sementes: semente de girassol, semente de abóbora
Óleos: óleo de mostarda, óleo de milho, óleo de girassol
Laticínios: leite de cabra e leite de soja
Alimentos de origem animal: frango e peru
Adoçantes: mel (moderadamente)
Condimentos: noz moscada, hortelã, erva doce, canela, coentro, cominho, assafétida, feno grego,
gengibre, pimenta do reino, mostarda, raiz forte, alho, açafrão, cravo, cardamomo
Alimentos a Serem Evitados:
Frutas: pera, banana, melão, figo, manga, morango, abacaxi, limão
Vegetais: tomate, beringela, abóbora, quiabo, algas, pepino, batata doce
Cereais e Feijões: arroz, aveia, trigo
Oleaginosas e Sementes: gergelim, côco, amêndoas, nozes, amendoim, avelã
Óleos: óleo de soja, ghee (manteiga clarificada), óleo de gergelim, azeite de oliva
Laticínios: ghee, iogurte, leite de vaca, queijo, sorvete e manteiga.
Alimentos de origem animal: peixes, ovos, porco, carne de vaca
Adoçantes: açúcar, melado e frutose
Condimentos: nenhum
Sugestão de cardápio para kapha em excesso
Café da Manhã: Pão de milho ou centeio, leite de soja ou de cabra, pasta de tofu (queijo de soja), mel
(moderadamente), uma maçã.
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Almoço: Milho, 2 legumes (dos recomendados), feijão, carne branca (frango ou peru), chá de hortelã,
erva doce, canela ou camomila.
Lanche: Biscoito de milho ou centeio, chá de plantas.
Jantar: Sopa de ervilhas.
Dieta do mediterrâneo
A região do Mediterrâneo é formada por países de três diferentes Continentes, quais sejam:
Europeu: Itália, Espanha, Grécia e Iuguslávia.
Africano: Egito, Líbia, Tunísia, Angola e Marrocos.
Asiático: Turquia, Israel, Síria e Líbano.
Estes Continentes têm em comum o fato de serem banhados pelo Mar Mediterrâneo.
Sabe-se que o solo do Mediterrâneo é riquíssimo em nutrientes, que fazem a dieta mediterrânea ser
uma das mais saudáveis do Planeta, caracterizada pelo alto consumo de frutas, hortaliças (verduras e legumes), cereais, leguminosas (grão de bico e lentilha), oleoginosas (amêndoas, azeitonas e nozes), peixes, leite e
derivados, azeite de oliva e vinho.
A combinação destes alimentos ricos em nutrientes, proporciona saúde ótima de tal sorte que o índice
de enfarto do miocárdio e derrames são os menores do Mundo, propiciando vida longa com qualidade de vida.
Este fato decorre do baixo consumo, porém, não abstenção de carne vermelha, gordura de origem animal,
bem como de produtos industrializados e doces, que são ricos em açúcar branco.
A maior fonte de gordura provêm do azeite de oliva, que trata a gordura marrom, fato que agrada ao
coração, artérias e cérebro. Esta dieta é rica em carboidratos não refinados, fibras, dieta esta que pode ser
resumidamente colocada como a seguir:
– Rica em cereais e fibras, como por exemplo, a polenta, massa, pães;
Pobre em gordura saturada;
Rica em gordura monoinsaturada, proveniente do azeite de oliva;
Rica em verdura, legumes e frutas frias e secas, como o damasco, ameixa, uva seca,.
As frutas secas devem ser reidratadas antes do consumo, deixando-a em água algumas horas antes de
serem consumidas.
Felizmente nas grandes centrais do país, atualmente estão cada vez mais disponíveis. Este autor deseja,
sinceramente, que o Brasil um dia possa proporcionar aos seus filhos esta possibilidade de alimentar, ao invés
de se ficar “quebrando o galho” com dieta de “farinha disto ou daquilo”, que tem um mérito momentâneo,
quando o nosso país atingir este desiderato, seremos verdadeiramente uma Nação.
101
XLIII – O CAFÉ
O café tem sido vilão de muitas histórias, contudo estudos recentes tem demonstrado que se tomado
moderadamente estimula os centros psíquicos, aliás a sua descoberta como alimento aconteceu quando um
pastor árabe de ovelhas observou que suas cabras ficavam mais excitadas, após comer o fruto de determinada
planta. Pronto! Foi descoberto o café, que hoje é utilizado no mundo inteiro.
Diz o pessoal da Antroposofia que após começar a ingerir, o ser humano deu um salto quântico nas
funções psíquicas.
A crítica que se faz ao consumo exagerado de café, é que ele espolui cálcio, sendo contra indicado em
homens e mulheres com osteoporose. Entretanto, mesmo nestes caos, penso que é permitido duas xícaras de
café ao dia, sem prejuízo significante de massa óssea.
O café é rico em magnésio, que juntamente com a cafeína incrementa a produção de serotonina, apelidado de “hormônio da alegria”.
Transcrevo a seguir a tabela de composição do café, retirada do “Repertório Geral de Alimentos”, que
reitero deve fazer parte da biblioteca daqueles que se interessam por nutrição, em 100g:
Note a elevada quantidade de potássio e de niacina, este último promove a vasodilataçao, fato este que
melhora a perfusão sanguínea.
O café assim como o ovo, outro injustiçado!
102
XLIV – A HIPOCLORIDRIA
Mais importante do que o que se come, é como se digere, neste sentido a falta ou diminuição da secreção
do ácido clorídrico que é por exemplo, um dos primeiros que caem de uma carreira de dominós se “não caí
ou caí torto”compromete toda a cadeia digestiva, nestes casos, pode-se “comer ouro, que não se absorve”.
O Prof. Maffei e equipe, nas referidas 100 mil autópsias realizadas, observou e constatou a diminuição
de secreção do ácido clorídrico, fato este que receitava, para os seus pacientes o Ácido Clorídrico via oral, porque caso a digestão dos alimentos não fosse completada eles entrariam nas vilosidades intestinais sem “pedir
licença”, gerando o fenômeno da alergia com liberação de cininas, histaminas, entre outras, substâncias estas
que agridem o organismo. Com o passar da idade, mesmo aqueles que possuem uma cloridria normal, passam
a secreta-la em menor quantidade, fato este que enseja a reposição do Ácido Clorídrico. Hoje felizmente no
mercado existe a Betaine Hidro Chloride que supre eventuais deficiências.
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XLV – HIPOGLICEMIA
Lendo a Revista No. 01 da Sociedade Brasileira de Medicina Biomolecular e Radicais Livres, achei de
extrema valia transcrever o texto “Tema Especial”, no sentido de chamar a atenção para o assunto, conforme
abaixo discriminado:
Hipoglicemia Reativa: Uma Verdadeira Epidemia
A hipoglicemia reativa ou funcional está atingindo proporções epidêmicas nos EUA, onde o consumo de
carboidratos refinados como o açúcar e a farinha branca, juntamente com os alimentos processados, também
são alarmantes. Em recente entrevista envolvendo 134.000 pessoas da população norte-americana, cerca de
50% apresentaram respostas espontâneas de alguma manifestação hipoglicêmica.
O tecido cerebral depende primariamente de glicose para produzir energia e sabe-se, há muito tempo, da
consistente associação entre os sintomas de neurose e os de hipoglicemia reativa. Podemos encontrar depressão,
ansiedade, insônia, irritabilidade, fobias, pânico, falta de concentração e confusão mental. Acompanhando esses
sintomas estão: fadiga, sudorese, taquicardia, indigestão crônica e diminuição do apetite. Muito importantes são
a dor de cabeça, a tontura, a sensação de desmaio, as dores musculares e as dores lombares.
Alguns autores chegam a afirmar que 1/3 das pessoas que procuram seu médico sofrem de hipoglicemia
não diagnosticada.
Roberts, em 1971, analisando 421 pacientes com enxaqueca severa e outros tipos de cefaléia de origem
vascular refratários à terapia habitual constatou que:
1-) 226 pacientes (54%) apresentavam hipoglicemia no teste de tolerância à glicose (TTG) de 5 horas
de duração.
2-) 155 pacientes (37%) apresentavam sinais e sintomas de hipoglicemia reativa, porém com TTG normal. Os sintomas clínicos eram típica crise de hipoglicemia, 2 a 5 horas após a alimentação e pronto alívio
com a ingestão de açúcar.
3-) 40 pacientes (9%) não apresentavam hipoglicemia.
Isso quer dizer que 91% desse grupo de pacientes com cefaléia, de origem vascular de difícil tratamento,
apresentavam hipoglicemia reativa.
Os pacientes com hipoglicemia estudados por Roberts apresentaram os seguintes sinais e sintomas:
90% — Narcolepsia: sono irresistível ou sono inapropriado
56% — Edema recorrente
50% — Cãibras espontâneas e dores nas pernas
46% — Obesidade
32% — Neuropatia Periférica: formigamento dos dedos das mãos e dos pés, etc.
30% — Ansiedade, depressão, ou ambos, não responsivos a psicotrópicos ou a tratamento psiquiátrico.
15% — Angina pectoris e arritmias.
12% — Úlcera péptica.
7% — Alcoolismo.
Comentário
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É interessante notar neste estudo a necessidade de prolongar-se o teste de tolerância à glicose até à 5a.
hora e que este teste pode ser normal mesmo na presença de sintomas típicos e hipoglicemia, isto é, ele pode
dar falsos negativos: 155 em 381 pacientes (41%).
Os pacientes que nos procuram com essa disfunção, geralmente mulheres, não sabem por onde começar
a contar as suas queixas. Dizem possuir todas as doenças e que já procuraram vários médicos, sem nenhum
resultado. Uma anamnese dirigida e um alto grau de suspeição em muito nos serão útil. No Brasil, nas classes
média-alta, também é elevada a incidência de hipoglicemia reativa. Muitas vezes as pessoas contam espontaneamente que não podem viver sem o açúcar e que possuem verdadeira compulsão para doces e alimentos
açucarados. É muito freqüente encontrarmos dores de cabeça de madrugada ou ao acordar pela manhã; sudorese
inexplicada; palpitação e tremores de madrugada ou no cair da tarde, isto é, longe da última refeição. A queda
do rendimento intelectual e o sono fora de propósito no horário vespertino, tonturas inexplicadas, sensação
de desmaio ou de “apagamento” da consciência também são achados comuns. A paciente refere que está com
a pilha fraca ou está trabalhando com a energia em meia fase. Não é raro encontrarmos diabéticos da família.
Devemos estar atentos e alerta para não deixar passar despercebido este diagnóstico, que apesar de
muito freqüente nas consultas de medicina interna, nós médicos não estamos lhe dando o merecido valor.
No tratamento, além das clássicas 6 refeições ao dia, ricas em proteínas e pobres em carboidratos refinados.
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XLVI – REGIMES ALIMENTARES
Não existe um regime modelo, que sirva para todas as pessoas. Existem, sim, dietas que tentam se aproximar de uma alimentação ideal e, como cada organismo é diferente dos demais, as pessoas devem adaptar
os regimes às respostas do seu corpo e ao seu mode de vida. Hoipócrates, o “Pai da Medicina”, já dizia: “Teu
alimento, teu remédio”.
O próprio Hahnemann, “Pai da Homeopatia”, no Organon da arte de curar, dá ênfase muito especial
à alimentação adequada.
Mas o que é, exatamente, alimento? São as substâncias através das quais recebemos os nutrientes
indispensáveis à manutenção, senão da nossa saúde, pelo menos da nossa vida. E alimento não precisa ser
necessariamente comida. Os raios solares e o oxigênio que respiramos também nos alimentam.
A humanidade nunca teve tanta necessidade de aprender a se alimentar como hoje, porque os problemas
ligados à comida se multiplicam. Um dos mais graves é o fato de os alimentos estarem desvitalizados, proque
crescem em solos pobres em sais minerais. Os adubos utilizados atualmente são baseados na composição
NPK (sódio, potássio e nitrogênio), como se o organismo humano só precisasse desses três elementos.
Além disso, há o conhecido problema dos agrotóxicos, que causam efeitos cumulativos no organismo
e impedem a absorção dos microelementos primordiais, como o zinco.
Os cereais, como o arroz, quando são refinados perdem os sais minerais e as vitaminas, principalmente
as do complexo B. Essa carência de vitaminas é a causa de doenças como beribéri e pelagra, entre outras.
Para suprir essas deficiências, a Medicina alopática utiliza vitaminas e sais minerais sintéticos que, entretanto,
o organismo não está apto a assimilar.
Mas, como dizia Thomaz Alva Edson, o inventor da lâmpada: “ O médico do futuro não receitará remédios e sim alimentos”. Essa máxima não pode ser levada ao pe´da letra, mas também na deve ser desprezada.
Afinal, é claro que o organismo de uma pessoa bem alimentada está mais apto a responder aos estímulos de
um medicamento do que um organismo debilitado e mal nutrido.
Aqui vale lembrar que o conceito de nutrição está diretamente relacionado à quantidade. Hipócrates
traduziu bem essa idèia: “Em matéria de alimento, nada faz bem, nada faz mal, depende da quantidade”. E a
quantidade ideal de alimento varia de pessoa para pessoa, de acordo com a constituição de cada um.
Existe ainda a possibilidade de o indivíduo necessitar de uma suplementação alimentar. Através de
um exame iridológico – da íris –, por exemplo, pode-se detectar os órgãos de menor resistência e repor os
nutrientes que predominam nesses órgãos, evitando que adoeçam.
A sabedoria milenar dos povos
A religião muitas vezes está correlacionada com a política e porque não com a saúde de quem a segue?
É fato comum que as diversas religiões elaborem códigos alimentares, enfatizando este ou condenando
aquele alimento e em que quantidade deve ser ingerida.
Na Índia, como exemplo, existem seitas que acreditam que o homem vem predestinado a ingerir determinada quantidade de alimentos e se consumi-los antes do tempo abreviará a sua existência.
Superstição ou crendice, se transportarmos o fato acima para os nossos conhecimentos técnicos e
científicos atuais veremos que a maioria das doenças da vida moderna como diabetes, excesso de gordura no
sangue (hiperlipidemia), pressão alta (hipertensão arterial), ácido úrico (hiperucemia) são devidas a excessos
alimentares e que se não equilibrarmos nossa dieta viveremos menos.
Os povos judeu e muçulmano na sua sabedoria não comem carne de porco, por motivos óbvios. Sabe-se que devido ao consumo em excesso correm o risco de aumentar o colesterol sanguíneo, isto sem falar, na
época, na possibilidade de se contrair a cistercose. Por outro lado, na Medicina Chinesa se preconiza o seu
106
uso, nos sentido de fortalecer o nível energético do meridiano do Rim.
A Igreja Católica, até há algum tempo preconizava o jejum em determinadas ocasiões. A meu ver uma
purificação do corpo e da alma, em conformidade com o preceito “mente sã em corpo são”.
Há também a citação de alguns alimentos, todos importantes como, por exemplo, o trigo na Bíblia. Hoje
sabe-se que o trigo é um alimento quase que completo, contendo microelementos como o zinco, o magnésio,
manganês, entre outros.
Réu confesso: as mães tinham razão
Devo admitir que quando na Faculdade, achava exagerada a importância que as ma~es e os pediatras
davam à parte alimentar. Esta fase foi breve graças ao trabalho que fizemos no livro “Saúde da Comunidade”.
Hoje, principalmente devido ao conhecimento da Iridologia e sua relação com os nutrientes, devo reconhecer que com intuição de mãe não se brinca.
Todavia, devo sustentar minha crença de que a criança não deve comer tudo o que o adulto come. Nem
o próprio adulto deve comer de tudo, posto que isso é um erro crasso.
Por mais perfeito que seja o organismo humano, ele é uma máquina que deve ser cuidada, preservada
e limpa periodicamente.
Quem trabalha em indústria sabe o cuidado que deve-se ter em relação às máquinas. Só os seres humanos não fazem uma manutenção periódica. Os animais quando doentes jejuam, favorecendo os processos
curativos do seu organismo.
Vegetariano ou carnívoro?
À luz da Medicina Chinesa, sabemos que demos manter o equilíbrio yin-yang (os pólos do taoísmo; yin,
feminino – frio e obscuro; yang, masculino – quente e luminoso). Grosso modo, essas energias são opostas,
porém complementares. Acredita-se que a doença seja o resultado do desequilíbrio dessas dus energias no
organismo.
Sabemos que a carne vermelha é o alimento mais yang que existe; por isso, quando se ingere carne,
deve-se comer sete vezes mais vegetais, de preferência crus, para que o organismo se equilibre. Quando recebe bastante verde, nosso organismo reaprende a sintetizar as proteínas a partir dos vegetais, como fazem
os herbívoros, ao contrário do que aconte quando ingerimos muita carne, que já traz as proteínas prontas
– portanto, mortas.
Mas nada é tão rígido. Os apreciados de carne devem, ao menos, diminuir a carne vermelha (preferindo
as brancas, como o peixe e as aves) e as aves criadas em granjas, que ingerem um alto grau de hormônios para
que cresçam rapidamente e possam ser logo abatidas. Os chamados “frangos caipiras” são uma opção nesses
casos. Quanto aos peixes, os de pequeno porte são uma excelente opção para um aporte protéico.
Quem está em busca de uma alimentação saudável, deve conhecer as linhas existentes e escolher a sua,
de acordo com as suas preferências e carências alimentares. O clima e a região em que vive, os hábitos raciais
e a hereditariedade.
Existem hoje várias correntes alimentares:
Carnivorismo ou Carniceirismo. Aqui a alimentação é constiuída somente de carnos. No Carnivorismo,
o animal mata a presa e come a carne quente, no Carniceirismo, a carne é devorada no estado de putrefação.
Onivorismo: Admite todos os tipos de alimentos, como carnes, vegetais e até o que não é alimento,
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como os adoçantes artificiais, ou alimentos químicos industrializados.
Vegetarianismo: Exclui a carne, ficando a alimentação constituída de frutas, hortaliças, cereais, produtos lácteos e ovos.
Vegetalianismo: Admite frutas, hortaliças, cereais e produtos lácteos, excluindo o ovo.
Vegetarismo: Não utiliza qualquer produto animal, nem os seus derivados.
Naturismo: É composto apenas de hortaliças, cereais e frutas em sua forma natural, sem cozimento
ou sal.
Naturalismo: Utiliza alimentos integrais, livres de qualquer agente químico, mas nem sempre segue a
linha vegetariana, uma vez que admite peixes e “ frango caipira”.
Frugivorismo:Somente frutas.
Macrobiótica: Arte culinária baseada no equilíbrio das polaridades yin-yang, utilizando-se de cereais,
folhas, raízes e leguminosas. Não inclui laticínios; os peixes são ingeridos apenas sem escamas.
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XLVII – POR QUE NÃO
Uma vez dando aula num curso de pós-graduaçao, falei da necesidade de ingerir alimentos livres de
agrotóxicos, sem hormônios e metais pesados, fato este que gerou indignação de um aluno, que disse que
isto era utopia.
De fato pode ser difícil, porém não utópico, haja vista por exemplo o Sistema Kosher dos Judeus que
conseguem se alimentar segundo as suas sagradas tradições.
Há muito tempo referi que quem dita as normas é a “pessoa”do mercado, hoje em dia nas grandes
redes de supermercados consegue-se alimentos orgânicos em larga escala, que começou palidamente, graças
a coragem de algumas pessoas, como por exemplo, na Fazenda Demetrius, bem como na terra dos meus
saudosos e queridos pais, a Cidade de Casa Branca, no interior do Estado de São Paulo, não é aquela, mas
não menos famosa!
Hoje em dia já se encontra carnes orgânicas, boi verde, ovos e frangos caipira, entre outras, que dádiva!
Creio que em algum momento todos terão acesso a esses produtos.
Quando disse isto a primeira vez, fui taxado de ingênuo, todavia diz a sabedoria judaica, que Deus
protege aos ingênuos!
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XLVIII – PIRÂMIDE DOS ALIMENTOS
Com a finalidade de preservar a saúde, bem como procurar restabelece-la pode-se seguir a orientação da
camada Pirâmide Alimentar, reformulada pela Escola de Saúde Pública de Harvard (EUA), onde se distribui
os alimentos de tal maneira a evitar excessos e faltas de determinados grupos de nutrientes, vitais para o bom
funcionamento do organismo.
Os alimentos classicamente são divididos em Energéticos, Reguladores, Construtores e Energéticos Extras.
Energéticos
Como o próprio nome indica fornece o combustível e matéria prima necessários para manter o organismo funcionando de forma eficaz. Neste grupo encontram-se os cereais integrais e os óleos vegetais, que
devem ser consumidos na maioria das refeições, por isso mesmo constituem a base da pirâmide.
Neste grupo inclui-se, por exemplo, os cereais integrais, trigo, arroz integral, aveia, farelos, germe de
trigo, centeio, gergelim, assim como, pão integral e óleos vegetais, principalmente o azeite de oliva extra virgem, canola ou milho, ou óleo de soja quando aquecido é deletério ao organismo.
Reguladores
Neste grupo, encontram-se as frutas, verduras, legumes, que são ricos em vitaminas e minerais, que
atuam modulando as funções orgânicas. Constituem os 2º e 3º patamares da pirâmide.
Devem ser consumidos 2 a 3 porções por dia, sem restrição para os vegetais, devendo-se moderar a
ingestão de leguminosas, nozes e castanhas.
Construtores
Os alimentos construtores são indispensáveis para a estrutura de crescimento e construção dos tecidos,
onde as proteínas e os sais minerais são indispensáveis. Como se fossem tijolos, cimentos e argamassa de uma
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casa, que são encontrados nas carnes, aves, peixes, ovos, leite e derivados. Devem ser consumidos de uma a
duas porções por dia.
Energéticos extras
Nesta categoria encontram-se os alimentos refinados e processados, que devido a isto perdem nutrientes,
tais como: farinha de trigo branca, açúcar branco, comprometendo a sua qualidade nutritiva. Neste grupo
encontram-se ainda as batatas e as carnes vermelhas que devem ser utilizadas com moderação, uma porção
1X semana.
Particularmente penso que a carne vermelha não deve ser abolida, porém consumida 2 vezes por semana.
Segundo a Medicina Chinesa, cada tipo de carne agrada a um órgão específico, assim sendo, o ideal é
que se tenha uma variedade também nas carnes, variando entre as espécies, por exemplo: pato, carneiro, porco,
javali, coelho, frango, peixe, entre outras.
Em assim procedendo, isto é, comendo-se variadamente, de maneira diversificada, consegue-se suprir
as necessidades do organismo de tal sorte conservar uma saúde ótima.
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XLIX – NEM TANTO AO MAR, NEM....
“Nem tanto ao mar, nem tanto a terra, melhor o céu”.
Celso Battello
O ser humano foi projetado pelo Criador para atingir os mais altos pícaros da existência, neste sentido é
necessário que esteja saudável. Como pensador cristão que sou, acredito na Santíssima e Misteriosa Trindade,
PAI, FILHO, ESPÍRITO SANTO, bem como na trindade Espírito, Corpo e Alma, que deve ser saudável
como a Santíssima Trindade, espelhado no ditado romano “mens sana, in corpore sano”, entretanto penso,
pode-se ir mais longe ainda, se se considerar que deve-se ter um corpo saudável, não no sentido que se lhe
atribui hodiernamente, é muito mais, porque pode-se buscar ao SENHOR DEUS, com mais veemência e
vontade, para se atingir os mais altos e elevados fins da existência.
Se não, vejamos o esquema abaixo:
O referido esquema poderia ser feito em qualquer ordem, porém o Corpo interagindo entre o Espírito
e a Alma, quando se morre o corpo se degrada, ambos ficam sem o seu veículo, daí a importância de mantê-lo sadio, de tal forma que a sua arquitetura seja mantida com os alimentos (vão formar a sua estrutura (tijolo,
cimento, argamassa...).
A alma pode ser acessada pela psicologia, psiquiatria, homeopatia entre outras..
O Espírito este sim, somente se estiver em DEUS, através da Palavra.
Um corpo enfraquecido, doente pode não ser o veículo ideal para a manifestação do Espírito, muito
menos do Espírito de Deus (Espírito Santo), já que o corpo é o Templo do Espírito Santo.
Melhor é o Céu!. O SENHOR JESUS disse: “Procurai primeiro as coisas do céu, depois tudo lhe será
acrescentado”.
Melhor é começar a cuidar do Santuário do ESPÍRITO SANTO, para atingir o Céu!
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L – ALEGRIA E SATISFAÇÃO NA HORA DAS REFEIÇÕES
Todos sabemos que o ser humano come primeiro com os olhos. Mesmo não estando com aquela fome,
a forma como é apresentado um alimento é determinante para sentir vontade de saboreá-lo ou não. Portanto,
dizer que beleza não se põe na mesa não combina nada com este poder visual gastronômico. Vinícius de
Moraes tinha absoluta razão!
Quanto mais belo e harmônico estiverem os pratos, maiores são as chances de querer experimentar tal
preparação.
Estas combinações harmônicas de cores, cortes e tipos de alimentos são chamadas de características
organolépticas, um nome estranho que faz muita diferença na hora de preparar, montar e apresentar as refeições, respeitando que tipo de público terá como alvo, sejam adultos, crianças ou idosos. Cada um requer
um tipo de atenção especial.
Não só os adultos são influenciados por este tipo de conduta visual. As crianças, principalmente as em
idade pré-escolar, são as mais seletivas na hora de escolher seus pratos. Os idosos requerem maiores cuidados
devido as suas dificuldades de dentição, deglutição e digestão.
A composição da refeição pode ser a mais simples, com alimentos do cotidiano, porém, se tiver uma
apresentação colorida e divertida, sua aceitação será melhor e com maior facilidade.
O ideal é que a montagem e elaboração das refeições de adultos e crianças sejam focadas nessas divertidas combinações de cores.
Talvez seja por esta razão que os macarrões coloridos e sopa de letrinhas, fazem tanto sucesso junto a
criançada.
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LI – O PREPARO DOS ALIMENTOS
Segredos da Cozinha Natural
Uma alimentação natural não depende apenas do que se come, mas também de como o prato foi preparado. Porisso, é importante saber alguns “segredos” da cozinha natural.
Panelas: As panelas de ferro, alumínio e outras devem ser evitadas, pois estes metais se soltam e podem
se depositar nos tecidos nobres, causando danos irreversíveis. As melhores são as panelas de barro, ágata e as
de vidro cerâmico (“vision”) – também as mais práticas.
Microondas: O forno de microondas deveria ser abolido do uso doméstico, pois emite radiações ionizantes, que aumentam os índices de radioatividade dos alimentos e de que os utiliza – conforme o Jornal da
Imagem, nº 114, órgão informativo da Sociedade Paulista de Radiologia.
Óleo: Deve-se evitar o óleo ou azeite aquecido, que tornam-se mais facilmente saturáveis, assemelhando-se a gordura animal, o que leva sua deposição nas paredes das artérias, além de se tornarem substâncias
pré-cancerigênas.
Vinagre: Os melhores tipos de vinagre são os de maçã e arroz, porque constituem uma fonte riquíssima
de potássio. O vinagre de arroz parece agir significativamente sobre a elasticidade do corpo.
Congelados: Sempre que possível, os alimentos devem ser consumidos frescos, todavia quando preciso,
o descongelamento deve ser feito gradualmente: passa-se primeiro o congelado para o refrigerador. Dessa
maneira, preservam-se os seus nutrientes.
Ovos: O ovo, quando na geladeira, deve ser mantido com a parte mais fina para baixo, para conservar
melhor as proteínas.
Dieta do Mediterrâneo
A região do Mediterrâneo é formada por países de três diferentes Continentes, quais sejam:
Europeu: Itália, Espanha, Grécia e Iuguslávia.
Africano: Egito, Líbia, Tunísia, Angola e Marrocos.
Asiático: Turquia, Israel, Síria e Líbano.
Estes Continentes têm em comum o fato de serem banhados pelo Mar Mediterrâneo.
Sabe-se que o solo do Mediterrâneo é riquíssimo em nutrientes, que fazem a dieta mediterrânea ser
uma das mais saudáveis do Planeta, caracterizada pelo alto consumo de frutas, hortaliças (verduras e legumes), cereais, leguminosas (grão de bico e lentilha), oleoginosas (amêndoas, azeitonas e nozes), peixes, leite e
derivados, azeite de oliva e vinho.
A combinação destes alimentos ricos em nutrientes, proporciona saúde ótima de tal sorte que o índice
de enfarto do miocárdio e derrames são os menores do Mundo, propiciando vida longa com qualidade de vida.
Este fato decorre do baixo consumo, porém, não abstenção de carne vermelha, gordura de origem animal,
bem como de produtos industrializados e doces, que são ricos em açúcar branco.
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A maior fonte de gordura provêm do azeite de oliva, que trata a gordura marrom, fato que agrada ao
coração, artérias e cérebro. Esta dieta é rica em carboidratos não refinados, fibras, dieta esta que pode ser
resumidamente colocada como a seguir:
– Rica em cereais e fibras, como por exemplo, a polenta, massa, pães;
– Pobre em gordura saturada;
– Rica em gordura monoinsaturada, proveniente do azeite de oliva;
– Rica em verdura, legumes e frutas frias e secas, como o damasco, ameixa, uva seca,.
– As frutas secas devem ser reidratadas antes do consumo, deixando-a em água algumas horas antes
de serem consumidas.
Felizmente nas grandes centrais do país, atualmente estão cada vez mais disponíveis. Este autor deseja,
sinceramente, que o Brasil um dia possa proporcionar aos seus filhos esta possibilidade de alimentar, ao invés
de se ficar “quebrando o galho” com dieta de “farinha disto ou daquilo”, que tem um mérito momentâneo,
quando o nosso país atingir este desiderato, seremos verdadeiramente uma Nação.
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LII – BIODISPONIBILIDADE
A biodisponibilidade (bio=vida; disponível à) é alguma coisa disponível .a vida.
Em termos alimentares, biodisponibilidade é a proporção de nutriententes liberada a partir dos alimentos
ingeridos que se torna disponível no organismo, para produzir os efeitos bioquímicos a fim de se manter a vida.
Se não houver biodisponibilidade pode-se “comer ouro” que não se absorve; por exemplo, o cálcio que
se absorve da casca de ovo é pobremente digerido e absorvido, isto é, possue pouca disponibilidade, ou ainda,
com relação ao ovo há a necessidade de cozinhar a clara para torna-la mais absorvível, o mesmo acontece
com o leite, que quando fervido aumenta a sua biodisponibilidade.
O interessante é que a sabedoria popular, intuitivamente, talvez pelo apetite filogenético, tem conhecimento deste fato, quando utiliza o processo de cozimento, por exemplo, para o espinafre, fato este que melhora
a sua biodisponibilidade. O mesmo ocorre com a cenoura que quando cozida acentua a sua biodisponibilidade,
o que quebra o mito de que tudo que é cru é melhor.
Nem tanto mar, nem tanto terra!
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LIII – DIET OU LIGHT?
Existe muita confusão a respeito do que realmente seja um produto light ou diet. A maior parte das
pessoas imaginam que o light são menos calóricos do que os diet, fato este que pode não ser verdadeiro, posto
que dependendo do produto, o light pode ter mais calorias que o diet.
O produto light pela legislação deve ter uma redução mínima de 25% dos seus ingredientes.
No produto diet por sua vez, há a eliminação total de determinado ingrediente, como o açúcar, no caso
de consumo pelos diabéticos, a lactose para quem tem intolerância ao leite, ou mesmo, sem glúten quando da
mesma forma, há intolerância ao glúten.
Veja que a diferença crucial é que no produto light há redução de ingredientes, tais como açúcar e colesterol, por exemplo. Os light são dirigidos aqueles que desejam ingerir menos calorias ou mesmo, para aqueles
que tem doença cardíaca. Por sua vez os diet são voltados para as pessoas portadoras de doenças específicas,
como o esprú que é a intolerância ao glúten, entre outras.
A coisa pode se misturar, por exemplo uma bebida light em que há a eliminação total de açúcar, ele se
comporta como se fosse um diet, podendo desta forma ser consumido por um indivíduo diabético.
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LIV – OS SHAKES
Este autor discorreu sobre algumas dietas, dentre as infinidades existentes, afim de melhorar situar
neste universo fantástico e maravilhoso que é a alimentação que em muito excede os conhecimentos dos nutricionistas e médicos nutrólogos, entre as quais se inclui entre outros, quanto tratar-se de algo da Sabedoria
Tradicional dos Povos (STP), que a ciência tenta explicar.
Este autor para errar o menos possível, porém, vai do que se conhece da maneira ortodoxa clássica-científica, tentando agregar valores da STP de elevado valor agregado.
Os chamados shakes são preparados nutricionais que visam o controle de peso, bem como das formas
do indivíduo, partindo do princípio da nutrição celular que os shakes promovem, nutrição celular esta que
se equilibrada produz saciedade.
Neste sentido cita-se o fenômeno que aconteceu em Glasgow, Escócia, quando as cabras montanhesas,
começaram a atacar e a comer os filhotes de pássaros, que faziam os seus ninhos nas encostas das montanhas,
numa clara mudança do seu apetite filogenético, uma vez que sabe-se que as cabras são herbívoras.
O que se constatou foi que o solo de Glasgow se tornou pobre de nutrientes, especialmente de sais
minerais, por isso que as cabras passaram a ter esta conduta, quando comiam somente os ossos dos filhotes
de aves, na tentativa de alguma maneira, compensar esta carência nutricional.
Veja que fato forte!
O surgimento dos shakes e sua aceitação pelo mercado, pergunta este autor, não pode ser explicado,
pelo excessivo processamento dos alimentos levando-se a perder nutrientes, levando as pessoas a comer em
demasia, ou de forma inadequada alterando tanto seu apetite onto como filogenético, levando-as a obesidade,
senão como se explica esta verdadeira epidemia de obesos, quando no entanto apresentam carências nutricionais gravíssimas, que está ocorrendo aqui no Brasil, algo semelhante aos norte americanos, que apresentam
aquele tipo de obesidade flácida que todos conhecem. Para reforçar este raciocínio basta lembrar que, a não
ser quando “orgânicos”, os vegetais são destituídos dos seus principais nutrientes, porque o solo esta empobrecido de tais elementos, ou ainda, que a vitamina C de uma laranja chega ao consumidor final com somente
30% do seu valor da Vitamina C.
Que há necessidade de suplementação alimentar este autor não tem dúvida, porém como faze-la, esta
é a pergunta crucial.
Assim como os alimentos orgânicos, o boi de campo, o ovo caipira, a galinha caipira, estão ganhando
força no mercado, o mesmo está ocorrendo com os shakes que podem funcionar como suplemento alimentar, suprindo os nutrientes de tal sorte, poder ajudar a controlar o apetite com controle de peso e manter a
forma do indivíduo.
Não é uma panacéia, porém ignora-los seguramente, não é uma atitude inteligente!
118
LV – O JEJUM
Jejuar significa abster-se parcial ou totalmente de alimentos, ou seja, água e comida por determinado
tempo.
O jejum, prática milenar em todas as Sabedorias dos Povos, que visa benefícios físicos, mentais e espirituais.
Físico: quando se jejua se proporciona ao organismo o descanso e o repouso para a manutenção da saúde,
bem como proporciona melhor eliminação de toxinas orgânicas pela pele, sistema linfático, bem como pelos
aparelhos respiratório, digestivo e urinário. Ocorre também, maior metabolização de gorduras e glicogênio
“velhos”, muitas vezes por muito tempo armazenados, que podem gerar doenças.
Mental: quando se jejua acalma a mente, tornando os pensamentos mais claros, até porque o cérebro
fica menos envolvido com questões físicas e metabólicas, podendo desta maneira igualmente descansar desta
atividade, direcionando o pensamento para questões mais sutis do psiquismo.
Espiritual: é sobejamente conhecida a indicação do jejum em quase todas as religiões, como forma de
fortalecer a ligação com DEUS, daí quando quer se atingir este objetivo deve-se antes de iniciar entrega-lo à
DEUS, assim como ao termina-lo da mesma maneira ao encerra-lo diante do CRIADOR DO UNIVERSO,
devendo se estipular qual o tipo de jejum que se irá realizar, o seu propósito, se houver, bem como por quanto
tempo durará o referido jejum.
Quando se jejua inevitavelmente pensa-se naqueles que passam fome, aumentando-se a empatia que
se deve ter frente aos nossos irmãos, que vivem nesta situação seja por questões econômicas sociais, seja por
doenças por exemplo.
Esta empatia aumenta a solidariedade entre aqueles que tem e aqueles que nada tem, fato este que torna
a humanidade mais irmanada, onde se busca solução mais justa e menos egoísta frente ao próximo.
O SENHOR JESUS jejuou por 40 dias e por 40 noites.
Dizem as Sagradas Escrituras que quando se pratica o jejum, nenhuma casta de demônios pode se
aproximar daqueles que jejuam.
Idealmente ao se praticar o jejum, deve-se buscar todos estes aspectos e propósitos, quais sejam, o
físico, o mental e o espiritual.
O tempo de jejum não pode ser igual para todos em propósito e tempo. A AYURVEDA, por exemplo,
refere que o jejum prolongado, mais de 3 dias, pode prejudicar o elemento vata, gerando medo, ansiedade,
nervosismo e fraquza. O mesmo sucede com o tipo Pitta, que pode gerar reações psicofísicas de raiva, ódio e
perturbação mental. Entretanto, o tipo kapha pode enfrentar jejum prolongado, onde pode ocorrer sensação
de leveza, maior percepção e abertura de consciência, ocorrendo clareza e compreensão mental.
Pode-se escolher sucos durante o jejum, porém, é imperioso se determinar qual é a constituição do
indivíduo, se é vata, Pitta ou kapha, onde se preconizam os sucos:
– Vata: suco de uva;
– Pitta: suco de romã;
– Kappha: suco de maçã.
Entretanto como para o leigo é difícil estabelecer os tipos, até porque na imensa maioria é difícil encontrar um tipo puro, este autor recomenda, principalmente ao iniciante nesta prática, o uso de shakes idôneos
que existem no mercado, porque são fórmulas equilibradas de nutrientes, provenientes da fotossíntese, porém
facilmente absorvíveis possibilitando o referido descanso ao organismo.
119
A Ayurveda recomenda o uso de chás de ervas, tais como gengibre, pimenta de caiena, curry e pimenta
do reino, devido as suas propriedades picantes e condimentadas que ajudam a eliminar e neutralizar as toxinas
orgânicas.
Ainda no que tange ao jejum prolongado, em Iridologia-IrisDiagnose, existem alguns tipos de íris, à
semelhança do vata, deve-se abster de faze-lo sob pena de se desmineralizarem ainda mais.
Há que se ter critério, paciente depauperados na sua saúde, devem consultar seu médico, caso por
qualquer motivo resolvam jejuar.
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LVI – SUGESTÕES DE ALIMENTAÇÃO
Açúcar Natural
Substitua o açúcar refinado pelo açúcar natural (garapa, melado, rapadura, açúcar mascavo). O melado
é um dos alimentos que mais contém ferro na natureza. A cana de açúcar é originária da Índia. Uma planta
selvagem que começou a ser cultivada em jardins e dela tirava-se a água de açúcar, que depois foi se transformando no próprio açúcar, considerado então um remédio, que aparecia nas receitas dos médicos orientais.
Dicas: Fáceis de usar. Importantes para a saúde.
1. Evitar dietas milagrosas em que há uma grande eliminação de peso em um curto período de tempo.
2. Evitar uma alimentação baseada em somente um tipo de alimento ou nutriente.
3. Ainda que tenha exagerado nos dias anteriores, faça, pelo menos, 5 refeições por dia.
4. Pequenos lanches entre as refeições principais irão evitar a vontade de devorar o primeiro prato que
encontrar pela frente.
5. Evite consumir guloseimas entre as refeições.
6. Evitar consumir os snaks (salgadinhos) e da bolacha recheada.
7. Ter na gaveta do escritório barrinha de cereais, bolacha integral (ingira, no máximo, 3 unidades).
8. Frutas e iogurtes light são excelentes lanches.
9. Se tiver vontade de comer um doce, coma-o. Mas lembre-se: somente um pedaço ou unidade. Isso
é melhor do que devorar uma caixa de bombom no final do dia.
10. Começar sempre as refeições por um caprichado prato de saladas.
11. Evitar o uso de óleos para temperar as saladas. Use vinagre ou suco de limão.
12. Macarrão é permitido, mas cuidado com o molho.
13. Molho branco, quatro queijos, bolonhesa são muito mais calóricos quando comparados com o ao
sugo. Portanto..
14. Não repita a refeição.
15. Evitar beber refrigerantes, mesmo os light ou diet.
16. Evitar água gaseificada. Bebidas com gás dilatam o estômago dando uma falsa sensação de saciedade.
17. Bebidas energéticas devem ser evitadas. São calóricas e, para não atletas, a água ainda é o melhor
hidratante.
18. Prefe rir sucos naturais.
19. Utilizar frutose nos sucos e no cafezinho.
20. Beber, no máximo, 4 xícaras pequenas de café por dia.
21. Ingerir bastante água durante o dia. No mínimo, 1,5 litro ou 8 copos.
22. Levar sempre uma barrinha de cereais na bolsa.
23. Consumir legumes diariamente.
24. Comer diariamente 2 frutas.
25. Dar preferência a ameixa, melancia, melão, morango que são menos calóricas.
26. Cuidado com as frutas secas. Por serem desidratadas é fácil ingerir mais calorias do que as naturais.
27. Preferir as carnes menos calóricas como peixe, frango (peito), peru, patinho, contra-filé.
28. Prefira outros peixes no lugar do salmão, porque ele apresenta mais calorias..
29. Retirar a pele das aves. Ela contém basicamente gordura.
30. Evitar atum e sardinha conservados em óleo, opte pela versão light.
31. Miúdos e vísceras são ricos em gorduras saturadas, portanto, é interessante exclui-las da alimentação.
121
fatia.
32. Retirar a gordura visível das carnes, como por exemplo, a da picanha.
33. Evitar alimentos fritos. Dê preferência ao grelhados ou cozidos.
34. Embutidos (mortadela, presunto, salame) devem ser evitados.
35. Enlatados são ricos em sódio, por isso, prefira os alimentos naturais.
36. Manteiga, creme de leite, chantilly, massa podre são ricos em calorias e colesterol. Evite-os.
37. Queijos amarelos (mussarela, provolone, prato, parmesão) devem ser evitados.
38. Dê preferência aos queijos brancos como o de minas, frescal, ricota e cottage.
39. Evitar as preparações gratinadas.
40. Dar preferência aos alimentos desnatados como leite e iogurtes.
41. Se não tem boa aceitação ao leite desnatado, fique com o semi-desnatado.
42. Evitar chocolates, inclusive o diet.
43. Ingerir alimentos ricos em fibras como legumes, verduras e frutas.
44. Consumir maçã, pêra, uva com a casca.
45. Pizza prefira as menos calóricas como de escarola, rúcula, mussarela. Mas fique somente na primeira
46. Tomate seco, por ser conservado em óleo, deve ser evitado.
47. Bebidas alcoólicas são calóricas. Consuma esporadicamente e em pequena quantidade.
48. Uma taça de vinho diariamente faz bem para a saúde. Mas nada adiantará se não tem o hábito da
boa alimentação e é sedentário.
49. Em barzinhos evite os petiscos como amendoim, batata frita, castanha de caju, carne seca ou salgadinhos.
50. Evite os fast-food. Os alimentos servidos são normalmente ricos em gorduras.
51. Se não tiver saída, prefira uma unidade de cheeseburguer, refrigerante light e batata frita pequena.
Dispense a sobremesa.
52. Em restaurantes por quilo, passe primeiro por todas as opções antes de escolher os alimentos. Isso
evitará exageros.
53. Para a sobremesa, prefira frutas da época.
54. Evite sorvetes de massa. Opte pelo picolé de fruta.
55. Em sorveteria por quilo, prefira os sorvetes de frutas. Passe reto nas coberturas e chantilly.
56. Nunca vá ao supermercado com fome. Vá sempre após uma refeição. Isso evitará pegar balas,
chocolates e salgadinhos.
57. Não compre alimentos que devem ser evitados.
58. Comparar os rótulos dos alimentos e verifique se os light e diet são menos calóricos. Nem sempre
isso é verdade.
59. Nunca acumule a fome. Por isso deixe na geladeira legumes picados (cenoura, pepino, salsão) e
gelatina diet. Eles não prejudicarão o seu emagrecimento.
E, por fim, vale essa dica:
60. Movimente-se!! Você não precisa ir à academia! Caminhar 3 vezes por semana pelo bairro, por 40
minutos cada sessão, irá ajudá-lo a ter mais saúde!
Dieta Esperta
Confira os alimentos que favoreçam o cérebro
Peixes com ômega-3: os ácidos graxos são os “lubrificantes” da cabeça. Peixes como salmão, truta e
atum fazem as células ficar mais rígidas e aumentam a produção dos neurotransmissores responsáveis pela
disposição e pelo bom humor
Frutas e óleos vegetais: o cérebro produz grande quantidade de energia e, dessa forma, gera também
muitos radicais livres. Por serem antioxidantes, as vitaminas C e E atuam como neuroprotetores. A vitamina
122
B12 e o ácido fólico melhoram a memória.
Carboidratos: a glicose é a energia exclusiva do cérebro. Por isso, ficar muito tempo sem comer carboidratos diminui a atividade mental. Carboidratos complexos (pão, batata, grãos) são absorvidos mais lentamente,
fornecendo energia de forma regular. Já o açúcar dos doces é absorvido tão rapidamente que é armazenado
como gordura, sem fornecer energia de modo constante.
Café: a cafeína é um potente estimulante do sistema nervoso central. Tem efeitos positivos, como aumento da disposição física e diminuição do sono. Em excesso, causa danos à memória.
Proteínas: são formadas por aminoácidos como o triptofano, que atua no sono e na performance cerebral. Ex.: leite, queijo branco, carnes magras e nozes
Morango e mirtilo (blueberry): essas frutas tendem a produzir melhora considerável na concentração,
coordenação motora e memória.
TPM
VITAMINA B6: Além de diminuir a irritabilidade, alivia a dor de cabeça. Está no feijão.
MAGNÉSIO: Reduz a ansiedade, a irritabilidade e a retenção de líquido. Está no abacate e nos cereais
integrais.
VITAMINA D: Ajuda na absorção do cálcio. Está na sardinha.
CÁLCIO: Entre outros benefícios, ameniza contrações musculares e cólicas. Está no queijo.
123
LVII – LEGISLAÇÃO
Antes de colocar este capítulo no livro, não sabia se devia colocar no início ou no final, dada a sua
complexidade, contudo opteu-se por inseri-lá no final, após entender a importância do assunto, para ressaltar
e dimensionar como o assunto alimento, além do aspecto fisiológico, abrange os 3 Poderes da República, haja
vista a importância que o FDA tem em todo o planeta.
Todavia se o leitor achar enfadonho sugiro deixar para um segundo momento a leitura deste texto de
interpretação das letras dura e fria das leis.
Apresenta-se, de forma resumida e objetiva, como o sistema legislativo na área de alimentos está estruturada no Brasil.
Hierarquicamente, três níveis estão presentes:
Federal
Estadual
Municipal
Órgãos Federais
Os Órgãos Federais que regulamentam a área de alimentos são os seguintes:
MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Compete ao MAPA regulamentar sobre:
• Produtos de origem animal: carnes, leites, ovos, pescados, incluindo de todos eles os seus derivados.
Mel e outros produtos apícolas, margarinas.
• Bebidas: alcoólicas ou não, dietéticas e de baixa calorias.
• Vinagres (fermentados acéticos)
• Vegetais “in natura”
• Produtos destinados à alimentação animal
• MS – Ministério da Saúde
Compete ao MS regulamentar sobre:
• Embalagens
• Contaminações por materiais microscópicos
• Contaminações microbiológicos
• Alimentos para fins específicos (dietéticos)
• Informação nutricional complementar (alimentos light)
• Alimentos funcionais
• Novos alimentos e ingredientes
• Contaminantes
• Aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia
• Irradiação de alimentos
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• Produtos industrializados (Padrões de Identidade e Qualidade / Resolução Técnica)
• Advertências
• Rotulagem nutricional
• Rotulagem nutricional complementar
• Organismos geneticamente modificados
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC
Áreas de competência:
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO
Instituto de Pesos e Medidas – IPEM
Secretaria de Comércio Exterior – SECEX
Ministério das Minas e Energia – MME
Regulamenta sobre as águas minerais:
• Denominação
• Características de composição e propriedades
• Classificação química das águas minerais
• Controle e fiscalização sanitária de águas minerais
• Rotulagem de água mineral e potável de mes
Ministério da Justiça – MJ
Regulamenta sobre proteção e defesa do consumidor:
• Código Civil
• Código Penal
• Código de Defesa do Consumidor
• Redução de Peso de Produtos
A fiscalização nos estabelecimentos que trabalham com alimentos são realizadas pelos seguintes órgãos:
• Nível Federal: ANVISA
• Nível Estadual: VISA e CVS
• Nível Municipal: VISA
As ações realizadas são:
• Fiscalizar empresas e supermercados
• Termo para coleta de material suspeito
• Multa
• Interdição
• Fechamento da empresa ou comércio.
125
LVIII – CONCLUSÃO
Este livro destina-se ao público em geral, uma vez ser escrito em linguagem coloquial, entretanto sem
perder a profundidade sobre este empolgante assunto que é a alimentação humana.
Esta obra contempla o leigo, como também os iniciantes em nutrição, bem como os médicos que
principiantes na nutrologia, posto fornecer de forma concisa as informações básicas sobre a alimentação,
descrevendo as mais importantes abordagens alimentares, para que o leitor possa se situar no espaço e no
tempo a respeito deste tema maravilhoso desde que o “Homem é Homem”.
Este autor inova quando aborda os apetites onto e filogenéticos, que devem ser respeitados a fim de
que o indivíduo possa se alimentar de forma nutritiva, porém prazerosa, de tal maneira feliz.
Esta obra surgiu no coração e mente deste autor, desejoso de servir aos seus semelhantes e espera de
alguma maneira, te-lo conseguido, embora tendo consciência que muito há ainda que ser abordado.
Embora, sem falsa modéstia, este autor queria, quando começou o seu estudo sobre alimentos, ter
encontrado algo semelhante neste sentido, porisso na pior das hipóteses, sente-se profundamente feliz por
ter intentado este desafio.
A Paz do Senhor a todos!
Que este livro traga saúde a todos!
Celso Battello
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Sobre o autor
Celso Femandes Battello formou-se na Faculdade de Medicina do ABC, cursou Residência Médica
em Anestesiologia no CET-ABC do Hospital Beneficente São Caetano, serviço do Dr. Deoclécio Tonelli.
Exerceu a Anestesiologia no Hospital e Maternidade Brasil, serviço do Dr. Rubens Awada.
É pós-graduado em Homeopatia pela Associação Paulista de Homeopatia, com título de Especialista
expedido pelo Conselho Federal de Medicina. Fez curso de Medicina Ortomolecular e Radicais Livres promovido pela Associação Médica Biomolecular em 1993. Cursou Acupuntura Básica e Avançada pela Associação
Brasileira de Acupuntura em 19801982. Fez curso Básico de lridologia ministrado pelo Dr. Bernard Jensen
no I Congresso Brasileiro de lridologia.
Cursou lridologia, Nutrição e Cura Integrada, curso promovido pelo Humanities Research Hidden Valley Health Ranch ministrado pelo Dr. Bernard Jensen. Fez curso de Nutrição para Saúde Perfeita e Filosofia,
Técnicas Analíticas e Prática de lridologia, promovido pelo Humanities Research Hidden Valley Health Ranch
ministrado pelo Dr. Bemard Jensen. É titulado em Nutrologia pela Associação Médica Brasileira.
Trabalhos Publicados
1 – Os Problemas Nutricionais no Brasil, publicado no Livro Saúde da Comunidade – Ed.Mac Graw
– Publ.1976
2 – Função Hepática de Pacientes Anestesiados com Mistura Azeotrópica Halotano-Eter (Haloeter),
publicado na Revista Brasileira de Anestesiologia, volume 32 – número 4 – Junho/ Agosto de 1982.
3 – Lei de Hering – Casos Clínicos, publicado nos Anais do I Congresso Holístico Internacional.
4 – Iridologia o que é? Publicado na Revista de Homeopatia número 175, da Associação Paulista de Homeopatia.
5 – Mioma Uterino – Cura ou Regressão e Ultra-sonografia, publicado na seção Temas Livres do XII
Congresso Médico Universitário do ABC, em 1988.
6 – Livro “Homeopatia para Pacientes e Interessados”, Uma abordagem séria sobre o assunto. Editora
Desein 1988.
7 – Livro “Iridologia - O que os olhos podem revelar”. Editora Ground, 1988.
8 – Livro “Alimentação – Um segredo da saúde”. Editora Ground, 1991.
9 – Livro “Hipoglicemia” – Saiba porque a Hipoglicemia pode provocar a Síndrome do Pânico. Editora
Razão Social – 1993.
10 – Homeopatia – Uma terapia multidisciplinar, apresentado na Jornada de Homeopatia em 1989.
11 – Psora = Alergia, publicada nos Anais do LIV Congresso Panamericano de Homeopatia 1993 e
XXII Congresso Brasileiro de Homeopatia.
12 – Livro “Homeopatia x Alopatia”? Editora Typus – 1995.
13 – Iridologia e Medicina Ortomolecular, publicado na revista de Oxidologia – março/abril 1996.
14 – Livro Iridologia Total – Editora Ground – 1996.
15 – Livro “A Síndrome do Pânico e a Hipoglicemia”, Editora Typus – 1996.
16 – Livro “Pressão Alta e Pressão baixa”, Ed.Typus (1998).
17 – Livro “O que deixei de dizer e escrevi”Typus Editora – 1997.
18 – Livro “Terapêutica com Oligoelementos em Medicina Ortomolecular”.
19 – Mapa de Irisdiagnose, 1997 – Ed.Ground.
20 – Livro “Iridologia e Irisdiagnose”, 1999, Ed.Ground.
21 – Tese: “Efeito Antioxidante in vitro dos Medicamentos Homeopáticos Arsenicum Álbum, Cuprum
Metallicum, Manganum e Zincum Metallicum” – 2002.
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Atividades Exercidas
Ex-Anestesiologista do Hospital e Maternidade Brasil, Santo André, no serviço do Dr. Rubens Awoda.
Responsável pelo Setor de Homeopatia e Medicina não Convencional do Centro de Atenção Integral
à Saúde da Mulher da Faculdade de Medicina do ABC.
Chefe não remunerado do Setor de Homeopatia e Medicina não Convencional do Centro de Atenção
Integral à Saúde da Mulher da Disciplina de Ginecologia e Obstetrícia do Departamento de Saúde Materno
Infantil da Faculdade de Medicina do ABC.
Diretor de Saúde Coletiva da Cidade de Santo André, 1994 - 1995.
Orientador de Trabalho sobre Radicais Livres apresentado por residentes de Ginecologia e Obstetrícia
da Faculdade de Medicina do ABC, 1994.
Coordenador do II Curso de Homeopatia e Medicinas Alternativas do ABC, promovido pela Faculdade
de Medicina do ABC.
Primeiro Secretário da Associação dos Ex-Alunos da Faculdade de Medicina do ABC - Biênio 1994-1995.
Membro Titular do Conselho Municipal de Saúde de Santo André, 1995.
Membro da Comissão designada para efetuar mudanças no Pronto Socorro Municipal de Santo André,
1995.
Representante designado pelo Conselho Municipal de Saúde para representar a Secretaria da Saúde de
Santo André junto ao Ersa-09.
Membro da Comissão Elaboradora do Plano Diretor de Saúde de Santo André.
Na sua gestão como Diretor de Saúde de Santo André, foram implantados:
a) O Serviço Odonto Bebê;
b) O Centro de Referência do Adolescente de Santo André;
c) O Ambulatório de Homeopatia;
d) A Clínica de Dor, que é formada por uma equipe multidisciplinar;
e) O Serviço de Prevenção do Câncer Bucal;
f) O Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (CAISM) de Santo André;
g) Reforma na Unidade Básica de Saúde de Santa Teresinha;
h) Centro de Diagnóstico Cardio-Pulmonar, Ambulatório e Treinamento em Implantação;
i) Centro de Reabilitação Física em Implantação;
j) Central de Esterilização em Implantação;
k) 2 módulos odontológicos;
l) Centro de Atenção Integral à Saúde do Idoso.
Ex-Responsável pelo Ambulatório de Homeopatia da Faculdade de Medicina do ABC.
Diretor Editorial da Revista MEDICAL UPDATE, publicação de origem inglesa, traduzida e adaptada
para o português.
Se quiser saber mais sobre o autor e seus trabalhos publicados acesse.
www.battello.med.br
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Índice
I – Introdução........................................................................................................................................................................................................ 5
II – Noções de nutrição....................................................................................................................................................................................... 7
III – Alergia............................................................................................................................................................................................................ 9
IV – A constituição e os biótipos..................................................................................................................................................................... 11
V – Órgãos de choque....................................................................................................................................................................................... 15
VI – O metabolismo........................................................................................................................................................................................... 17
VII – Dietas......................................................................................................................................................................................................... 19
VIII – Como montar uma dieta........................................................................................................................................................................ 23
IX – Carboidratos............................................................................................................................................................................................... 27
X – Proteínas....................................................................................................................................................................................................... 31
XI – Gorduras..................................................................................................................................................................................................... 37
XII – Vitaminas................................................................................................................................................................................................... 39
XIII – Minerais.................................................................................................................................................................................................... 49
XIV – Intestino: O segundo cérebro............................................................................................................................................................... 53
XV – Alergia e intolerância............................................................................................................................................................................... 55
XVI – Alimentos pré-bióticos.......................................................................................................................................................................... 57
XVII – Alimentos pro-bióticos........................................................................................................................................................................ 59
XVIII – Os radicais livres e antioxidantes...................................................................................................................................................... 61
XIX – A carne deve fazer parte de uma alimentação saudável................................................................................................................... 65
XX – O colágeno................................................................................................................................................................................................ 69
XXI – A importância das fibras na alimentação............................................................................................................................................ 71
XXII – Sal marinho............................................................................................................................................................................................ 73
XXIII – A água................................................................................................................................................................................................... 75
XXIV – Alimentos funcionais ou nutracêuticos............................................................................................................................................ 77
XXV – Fitoquímicos.......................................................................................................................................................................................... 79
XXVI – Frutooligossacarídeos (fos)................................................................................................................................................................ 81
XXVII – Quitosana............................................................................................................................................................................................ 83
XXVIII – Alcachofras........................................................................................................................................................................................ 85
XXIX – Aditivo alimentar................................................................................................................................................................................. 87
XXX – Qual a real necessidade de uma suplementação............................................................................................................................... 89
XXXI – Tabela iridológica de reconstrução nutricional............................................................................................................................... 91
XXXII – Alimentos alcalinos e ácidos............................................................................................................................................................ 93
XXXIII – Alimento conforme a lateralidade................................................................................................................................................. 99
XXXIV – Alimentos ergogênicos..................................................................................................................................................................103
XXXV – Índice glicêmico...............................................................................................................................................................................105
XXXVI – Lisados.............................................................................................................................................................................................107
XXXVII – Nutrição e atividade física........................................................................................................................................................... 109
XXXVIII – Euplasia tecidual..........................................................................................................................................................................111
XXXIX – Mapa de irisdiagnose e nutrientes................................................................................................................................................ 115
XL – Coitado do ovo.......................................................................................................................................................................................119
XLI – Yin e yang...............................................................................................................................................................................................121
XLII – A dieta ayuverda...................................................................................................................................................................................125
XLIII – O café..................................................................................................................................................................................................129
XLIV – A hipocloridria....................................................................................................................................................................................131
XLV – Hipoglicemia.........................................................................................................................................................................................133
XLVI – Regimes alimentares...........................................................................................................................................................................135
XLVII – Por que não.......................................................................................................................................................................................139
XLVIII – Pirâmide dos alimentos..................................................................................................................................................................141
XLIX – Nem tanto ao mar, nem....................................................................................................................................................................143
L – Alegria e satisfação na hora das refeições.............................................................................................................................................. 145
LI – O preparo dos alimentos........................................................................................................................................................................147
LII – Biodisponibilidade..................................................................................................................................................................................149
LIII – Diet ou light?.........................................................................................................................................................................................151
LIV – Os shakes................................................................................................................................................................................................153
LV – O jejum.....................................................................................................................................................................................................155
LVI – Sugestões de alimentação.....................................................................................................................................................................157
LVII – Legislação..............................................................................................................................................................................................161
LVIII – Conclusão............................................................................................................................................................................................163
LIX – Bibliografia.............................................................................................................................................................................................165
Sobre o autor.....................................................................................................................................................................................................169

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