Yuloloh? 2010 – ed. 3

Jornal do DI - CAFB/USP - edição III ano XI maio 2010
Edição e Diagramação: Reno 09N e Cacs 09D
Realização: Alex 09N, Flávia Bartô 07D,
Giulia 010D, Jéssica 010D, Marcelo Xú 08D,
Marcos Nona 010D, Mayara 08N, Natascha
010N, Rabito 09D, Thaiane 09N
Colaboração: Maria Isabel
Arte por Maria Isabel
Grandes (Pseudo) Farmacêuticos!
Que mês, hein? Afinal, quem
não viu nossa querida faculdade nas
manchetes dos jornais mais populares e, infelizmente, por um péssimo
motivo mesmo com tantas coisas
boas que temos para mostrar?
Problemas a parte, a edição veio
para animar todo mundo! Para mostrar que a propaganda é realmente a
alma do negócio, vamos apresentar
um pouco de como o Marketing
Farmacêutico sabe marcar com
imagens e frases, ou você vai dizer
que nunca ouviu um “Tomou Doril,
a dor Sumiu!”?
Aproveitando a proximidade
da Copa e a febre do álbum de figurinhas, nada melhor do que um
apanhado com algumas das milha-
EDITORIAL
res de curiosidades que as edições
desse importante evento acumulou
com o passar dos anos... cada uma
que chega a ser difícil de acreditar!
Continuando nossa saga, temos
mais um “É xarope ser Farmacêutico?”, afinal não é tão fácil assim
definir o que passamos, o que somos e como nos formamos. Alguém ai sabe do que somos feitos
de verdade?
Já que o assunto é saga, um esclarecimento sobre o texto “Fluoxetina” da última edição, para mostrar
que a Farma é uma grande família
e zelamos por essa união! Como o
assunto é Farmácia, nada melhor do
que entender nossa própria história
e simbologia, certo? Vocês poderão
conferir uma breve explicação sobre os símbolos que os representam
e o que de fato significam.
Apreciem sem moderação, porque nesse caso a overdose não fará
mal a ninguém e, se fizer nada como
um texto pra lá de Xarope para fazer refletir um pouco mais sobre o
mundo que nos cerca, aquele que
vai além do nosso encantado mundo chamado FCF-USP!
Boa Leitura e até mais!
Y? - [email protected]
Órgão oficial do Departamento de Imprensa do
Centro Acadêmico de
Farmácia e Bioquímica da
FCF/USP
Centro de Vivência das Químicas, sala 16
Avenida Prof. Lineu Prestes, 580
Cidade Universitária - São Paulo-SP
CEP05508-000
[email protected]
CAFB ADVERTE
RECEITA
Curiosidades sobre a
Copa do Mundo
CA entre nós
Caramba, passamos por um mês
abril turbulento! Acho que nunca a
Farma USP ficou tão na mira da mídia assim, nunca tantas mães, tias,
avós, ligaram pra você e perguntaram o que tava acontecendo na
faculdade. A galera saindo na TV,
dando depoimento, saindo no Jornal
Nacional... Aliás, meu telefone nunca foi tão requisitado, to com trauma de números sem identificação...
Mas enfim, bora continuar com
nossa rotina! E pra voltar, nada melhor do que nosso querido Yuloloh?,
sempre com matérias bacanas.
Aproveitem!
Marcelo Xú 08D
Propagandas de Medicamentos
Superga, acidente aéreo que matou todo o time do Torino (base da
Azzurra) em 1949.
- Na copa de 1954 A Turquia
levou à Copa, como mascote de
sua delegação, um garoto cego italiano, como gratidão pela vaga na
competição, cedida pelo menino
através de um sorteio, já que nas
Eliminatórias, Turquia e Espanha
empataram nos jogos que decidiam
- O maior público presente em o acesso.
uma partida de Copa do Mundo
foi registrado na final da Copa de
- A única Seleção que participou
1950, no jogo entre Brasil e Uruguai: 199.854 torcedores acompa- de todas as Copas do Mundo foi a
nharam a inimaginável derrota dos Brasileira.
brasileiros.
- A única vez na história da Copa
do
Mundo que uma partida da fi- Na Copa de 1950 a Itália tennal
foi decidida nos pênaltis foi na
tou defender seu título com uma
Copa
de 1994.
equipe fraca devido ao desastre que
ficou conhecido como Tragédia de
Marcelo Xú 08D
TARJA PRETA
Propagandas de medicamentos
são bastante comuns. Quem não
lembra que Tomou Doril, a dor
sumiu! ou Dor de cabeça? Chama a Neusa!? Tem a até musica
do Bioootônico Fontoouraaa! que
mostrava deixar as crianças fortes,
animadas e famintas! São muitos
os exemplos de propaganda que visam aumentar as vendas mostrando como o exemplo do Prozac “venos benefícios que o medicamento dem” a felicidade a partir de um
pode oferecer.
medicamento que possui uma série
de implicações e efeitos colaterais
(além de não ser permitida comercialização sem prescrição médica
controlada). Até onde seria correta
esta publicidade?
As diretrizes para a publicidade de medicamentos é ditada pela
ANVISA (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária), cuja primeira
regulamentação se deu pela RDC
102/2000, que vai muito além da
telinha azul que diz “Consulte um
médico ou farmacêutico”. As exigências são claras. Não é permitiPorém, induzindo o consumo do, por exemplo, a publicidade de
chega-se em uma situação em que medicamentos não aprovados pela
de um lado há a propaganda e a Agência ou daqueles que só podem
publicidade de medicamentos e do ser vendidos mediante apresentação
outro, uma grande preocupação em de receita (vulgo tarja vermelha),
relação à automedicação e intoxica- fazer comparações e afirmações
ção medicamentosa. Propagandas não comprovadas cientificamente
também estão fora de cogitação.
Um medicamento não pode ser
divulgado como normalmente são
os cremes dentais e outros materiais
odontológicos, cujas propagandas
sempre possuem mensagens como:
“Aprovado”, “Recomendado por
especialista”, “Demonstrado em
ensaios clínicos” e etc. Também
não é permitido dizer que é “seguro” e “sem contra-indicações”, porque nenhum medicamento é 100%,
muito menos que tenha características sensoriais tais como “saboroso”, “gostoso” ou “delicioso”, um
perigo para crianças!
O parágrafo
VII do 9º artigo
da Resolução cita
outras citações
graves e proibidas na propaganda de medicamentos: explorar
enfermidades,
lesões ou deficiências de forma
grotesca, abusiva
ou enganosa, sejam ou não decorrentes do uso de
medicamentos. Talvez por isso que
são feitas as citações bem lights a
respeito dos sintomas, afinal, que
uma ressaca não é apenas um “exagero no fim-de-semana”.
Barto 07D e Nathi 010N
ESPECIAL - É Xarope ser Farmacêutico?
Na edição de abril, esse especial
publicou a receita do que faz um
bom profissional de farmácia, e explicou como a profissão foi executada no decorrer da história. Nesta
edição, o especial conta quais são
Liberdade Limitada
as qualidades de um bom farma“Liberdade, essa palavra/Que o
cêutico, e quais são suas principais sonho humano alimenta/Que não há
áreas de atuação. Prepare seu cal- ninguém que explique/E ninguém que
deirão místico e continue a receita! não entenda” - Cecília Meireles
Receita do dia: Xarope de Farmacêutico
1º) Em um caldeirão místico, despeje 5000 anos de história;
2º) Dissolva cuidadosamente alguns livros do Vogel e
Paula Bruice em água. Use o mínimo dela possível, pois
seu farmacêutico deve ser muito concentrado. Adicione a
solução ao caldeirão;
3º) Acrescente uma maçã, uma cartela de aspirinas completa, um rato de laboratório e uma caneca de cerveja;
4º) Cozinhe em fogo baixo por 5 anos ou mais. Não deixe
passar dos 9!
5º) Atenção: Todas as quantidades devem ser exatas, ou
seu farmacêutico pode desandar, virando um químico, biomédico, veterinário, engenheiro químico, nutricionista ou
até mesmo um agrônomo! Cuidado!
2º) Dissolva cuidadosamente
alguns livros do Vogel e Paula
Bruice em água. Use o mínimo
dela possível, pois seu farmacêutico deve ser muito concentrado. Adicione a solução ao
caldeirão;
Ser farmacêutico na prática
requer muito mais do que se pode
aprender nos livros de química orgânica. Enquanto profissional da
saúde, conforme divulgado em documento oficial da OMS (Organização Mundial da Saúde), esperase que seja: prestador de serviços
farmacêuticos em uma equipe de
saúde, capaz de tomar decisões,
comunicador, líder, gerente, atualizado permanentemente e educador.
De acordo com esse mesmo documento, aquele que atende a todos
esse itens é classificado como “profissional 7 estrelas”.
Mas não é só! Enquanto pesquisador, também são esperados do
farmacêutico o espírito investigativo, a atenção aos detalhes, a boa
concentração, a habilidade manual, o senso de responsabilidade, o
método e a curiosidade. Além disso, cada uma das áreas de atuação
requer outras capacidades, como
o bom raciocínio matemático ou a
habilidade nas relações interpessoais.
XAROPE
3º) Acrescente uma maçã, uma
cartela de aspirinas completa,
um rato de laboratório e uma
caneca de cerveja;
Apesar de o farmacêutico ser
um profissional da saúde, seu campo de atuação vai muito além das
farmácias e drogarias tradicionais.
O profissional está apto para atuar
com alto desempenho em diversas
outras áreas. A Universidade de
São Paulo as divide em 4 departamentos: alimentos, análises clínicas, farmácia e tecnologia. Além
das áreas que nomeiam os departamentos, estão subentendidas neles
a cosmetologia, a toxicologia, a administração farmacêutica, a saúde
pública e outras.
Além disso, o conhecimento obtido na graduação permite ao farmacêutico atuar em algumas funções normalmente ocupadas por
outros profissionais. A preparação
e dispensação de medicamentos,
por outro lado, são atribuições únicas e exclusivas do farmacêutico,
tanto do ponto de vista legal quanto
do histórico. Isso reserva a ele uma
parcela do mercado de trabalho
que independe da oferta de outros
profissionais e que permanece significativa mesmo em momentos de
crise.
Marcos Nona 010D e Giulia 010D
Liberdade é como aquela linha preta em volta dos desenhos, a qual não
podemos ultrapassar o lápis quando
pintamos. As pessoas são contornadas
por angústias, medos, consciência, responsabilidade, culpa, imprevisibilidade e padrões estabelecidos. Sem essas
linhas, as pessoas são um tipo de pintura sem definição, desfocadas... Talvez,
então, livres. Quem sabe? Liberdade
talvez seja conseguir se desprender
de tudo o que nos define, talvez seja
apagar os contornos... E seja por isso
que liberdade, no seu sentido mais utópico, nunca me interessou, pois assim
como para Sartre, o homem é a sua liberdade e está condenado a ser livre;
condenado uma vez que foi lançado
ao mundo, é responsável por tudo que
faz. E o que são os limites, senão nossa
família, nossos amigos, nossos pilares,
sonhos e expectativas, sem os quais
não poderíamos nos sustentar? Assim,
por mais paradoxo que seja, o homem
parece submetido à liberdade e por ser
limitada, se faz simplesmente real.
Jéssica 010D
Experimentação poética
De um túnel na Paulista, “O som
do silêncio me ensurdece”.
Silenciar o mundo a nossa volta,
em certos dias, pode ser bom. Fugir da
música das ruas, do batuque do cotidiano e daqueles gritos de liberdade.
Esconder-se dos passos nas calçadas,
tampar os ouvidos pros acordes do
amanhã. Tem dias em que nada é mais
difícil do que abrir nossos ouvidos
para o mundo. Cansa ouvir mentiras,
boatos, histórias, fofocas, até a verdade desse mundo às vezes cansa. Ouvir
apenas a si mesmo, nesses certos dias,
pode ser bom. Escutar o som do vento
que bate em nosso rosto, atentar aos
toques ritmados dentro de nosso peito. E por que não dar voz, ao menos
uma vez, a nossos pensamentos? Mas
uma voz irrestrita, sem o tilintar dos
ecos do passado, do futuro, do mundano, do não-eu. Deixar-se navegar
nos sussurros de nossos desejos, nossas aspirações, nossas loucuras. Porque o que está fora de nosso ser, por
mais estridente que seja, pode nos ser
silêncio. E esse silêncio sim, pode nos
ensurdecer.
Alex 09N
Especial
A Cobra e a Taça
Todos já viram por aí, nos blocos da Farma, nos adesivos e jaquetas, o belo e internacionalmente
reconhecido símbolo da Farmácia:
a cobra enrolada numa taça. Porém,
embora todos de familiarizem com
o emblema, poucos sabem sua história.
Sua origem remonta à antiguidade, sendo parte da mitologia grega.
Segundo as escritas antigas, tudo
começou com um centauro, Chiron,
que ao contrário dos de sua raça,
se dedicou aos conhecimentos de
cura. Teve como seu principal discípulo o semideus Asclépio.
Porém, o heroi não usava seus
dons apenas para curar. Tamanha sua habilidade, era capaz de
até mesmo ressuscitar os mortos.
Descontentes com a quebra do ciclo natural, os deuses entraram em
batalha e Zeus acabou matando
Asclépio com um raio.
Com sua morte, a filha, Hígia,
passou a ser responsável pela saúde dos homens. Ela tinha como
símbolo uma taça que, com sua
promoção, adicionou-se uma serpente nela enrolada, obviamente,
uma representação do legado de
seu pai. Assim o símbolo de Hígia, a taça com a cobra, se tornou,
posteriormente, o símbolo oficial
da farmácia. Segundo as lendas, a
insígnia ilustra o poder (cobra) da
cura (taça).
Juliana 09N
PRÓXIMA EDIÇÃO:
- Receita para ser um bom farmacêutico (partes
4 e 5)
- Curiosidades sobre a Copa (parte 2)
e mais!
CAbula
Fluoxetina
A Fluoxetina aqui ,vem por meio
deste, pedir desculpas pelo mal-entendido do texto passado,... seguindo
a febre atual, eu gostaria de ressaltar
que as analogias feitas são de inteira responsabilidade minha, a autora! Ao relacionar as entidades com
as casas, nada mais pretendi do que
causar humor. Algo que eu gostaria
de lembrar é que somos indivíduos
únicos e nenhum grupo que faremos
parte na vida definirá quem somos!
Sejamos nós nerds, atletas, geeks,
viciados em musicais, estranhos,
punks, góticos, descolaaaaados, chatos da sala, pops da sala... nada que
é realidade agora, será para sempre!
O mundo está em extrema mudança
e nós mudamos ainda mais rápido
para se adaptar a ele!
Você se lembra de quem era
no colegial? O que aconteceu com
aquele menininho, ou menininha que
tinha o sonho de entrar na melhor
faculdade do mundo, como diriam
alguns? Como você era na escola,
qual era o seu grupinho? Porque é
impressionante o fato das pessoas
SEMPRE andarem em grupinhos!
Vou usar um exemplo. Existia
um grupinho misto: Tinha uma porra loka que a cada semana tinha um
sonho diferente, mais instável do que
óleo fervente, uma menina que queria matemática e era meio mística e
estilo Luna Lovegood, tinha a nerd
pop que não sabia bem o que eu queria, mas queria ser a melhor aluna
da sala a todo custo e ficava muito
brava por não ser reconhecida, tinha
uma que era tão extremamente paty e
rica que deveria fazer moda, mas foi
para engenharia, tinha outra que sonhava em casar e ter filhos e acabou
engravidando e trabalhando no Mc
Donald’s.
Ou seja, nada define as pessoas,
quem as define são elas mesmas,
personalidades únicas! O que junta
um grupo, uma comunidade, é o objetivo em comum, são afinidades. Se
no grupinho hipotético eram todas
diferentes, era porque não se encaixavam em nenhum outro lugar, não
tinham um padrão!
Como as pessoas serão amanhã?
No futuro? Ninguém pode saber! As
generalizações são só rótulos, as
pessoas se inventam e reinventam,
devem ser as protagonistas de suas
vidas e atrizes e atores dos seu sentimentos e pensamentos!
Mayara 08N