Padrão nas abduções por ETs

Transcrição

Padrão nas abduções por ETs
Investigando Ufologia com e sem Hipnose
Introdução
Padrão nas abduções por ETs
“Há muito mais coisas entre o céu e a terra do
que permite sonhar nossa vã filosofia”.
— William Shakespeare
N
o dia 13 de maio de 1979 hipnotizei em meu apartamento, em São
Paulo (SP), o frentista Antônio. Durante a sessão, ele descreveu um avistamento de disco voador. Apesar de já ter lido muita coisa sobre Ufologia, era a primeira vez que um episódio ufológico aparecia em um trabalho
de hipnose, que já, há anos, fazia gratuitamente e sem finalidade clínica.
Dez meses depois, em 09 de março de 1980, a estudante Bárbara, também
residente na capital paulista, foi hipnotizada. Ela queria recordar-se de aulas que tivera. Durante a regressão hipnótica, descreveu um avistamento
ufológico, ocorrido quando fora acampar com amigos em uma praia. Por
consenso do grupo, decidiram esquecer o episódio e não comentar nada,
evitando serem considerados loucos.
Ao final da hipnose pedi que desenhasse o OVNI, mas ela disse ser inábil
para isso. Refleti bastante sobre o assunto e imaginei uma solução que foi útil
muitas vezes, com diferentes pessoas. Seis dias depois levei um gravador e
fiz uma segunda sessão em Bárbara, para obter outras informações. Quando
ela estava regredida ao momento do avistamento, disse-lhe que tinha sido
batida uma fotografia do OVNI, e esta teria ficado excelente. Bárbara estava
profundamente hipnotizada. Entreguei-lhe, então, uma prancheta que levara
especialmente para isso. Disse-lhe que ali estava a fotografia, e ela completou: “A foto está ótima”. O que ocorreu com Bárbara é o que chamamos de
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Mário Nogueira Rangel
alucinação visual positiva. O hipnotizado é capaz de ver o que não existe, ao
contrário da alucinação visual negativa em que passa a não ver o que existe.
Essa é uma das razões pela qual todas as pesquisas com hipnose necessitam
do máximo cuidado, para que não sejam introduzidas falsas lembranças. Se o
hipnotizado está vendo uma foto preta e branca, por exemplo, e o hipnotizador
diz que esta é colorida, automaticamente se altera a parte do cérebro especializada na interpretação da imagem, para se ajustar à ordem hipnótica.
Perguntei a Bárbara, então, se a imagem
Cortesia do Autor
que estava na foto era exatamente o que ela e
seus colegas tinham visto e ela respondeu que
sim. “Quando cursava o primário e o colegial
você decalcava mapas?”, indaguei. Com a
resposta afirmativa, pedi que Bárbara decalcasse a imagem da fotografia. O resultado
foi ótimo. As anotações sobre o caso foram
arquivadas. Cinco meses depois, em agosto
de 1980, estava assistindo tevê num hotel em
Curitiba (PR), juntamente com outros hóspeMax Berezovsky, médico, foi des, quando entrou Beatriz, uma senhora grápresidente da APEX, que promo- vida, extremamente nervosa, dizendo que não
veu muitos eventos ufológicos
conseguia dormir e que precisava acalmar-se.
Levada até um salão ao lado, vazio, ela aceitou
ser hipnotizada. Novamente, durante a regressão, surgiu um evento ufológico. Contudo, desta vez, foi descrito um caso de
abdução, um seqüestro ufológico. Um relatório sobre o episódio foi enviado
a vários ufólogos brasileiros, que não conhecia pessoalmente.
Dias depois, recebi um telefonema do doutor Max Berezovsky,
médico e hipnólogo de São Paulo, que na época era presidente da
Associação de Pesquisas Exológicas (APEX). Marcamos um encontro e
fomos juntos a Santos pesquisar um possível caso de seqüestro ufológico, mas não conseguimos apurar. Desde então, o companheirismo e
a amizade surgiram entre nós e permanecem até hoje. O doutor Max e
sua esposa, dona Esther, freqüentemente reúnem em sua casa grande
número de pessoas interessadas em Ufologia e, sempre que possível,
me pede para realizar hipnoses, tanto para reavivar a memória sobre
acontecimentos, como para recuperar casos de amnésia, o famoso
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Investigando Ufologia com e sem Hipnose
“tempo perdido” [Missing time], sobre o qual há vários livros publicados.
As histórias ouvidas são geralmente muito interessantes – com destaque
para um genial padre da Amazônia. Max tem registros de relatos em
fitas cassete, vídeo e fotos, o que constitui um material riquíssimo e
de grande importância, ainda mais se for publicado. Algumas pessoas
até afirmaram que escreveriam livros sobre tal conteúdo, mas até hoje
isso não ocorreu. Sendo assim, decidi contar parte disso tudo, ou seja,
selecionei alguns casos de Ufologia em que utilizei a hipnose.
Também incluí pessoas pesquisadas por outros ufólogos, nas quais
apliquei a técnica sem a participação do doutor Max. Mas, nas ocasiões em
que ele esteve presente, fez uma completa anamnese prévia [Entrevista]
nas pessoas. Além disso, participou das pesquisas com os hipnotizados e fez importantes considerações posteriores. Pesquisamos também
ocorrências envolvendo outras áreas, como a Parapsicologia, e casos
ufológicos sem a utilização da hipnose. Neste livro, sempre que possível,
os fatos foram organizados em ordem cronológica, como um diário.
Há ainda casos que consideramos extraordinários, como um de visão
à distância e outro em que ocorreu uma retrocognição1 sobre um avião
desaparecido há dias, na véspera de ter sido encontrado. Neste último, soubemos com absoluta precisão e riqueza de detalhes como o avião do então
Banco Bamerindus, atual HSBC, tinha caído. No acidente, morreram todos:
o presidente do banco, quatro familiares dele e o piloto, coincidentemente
meu contemporâneo do Aeroclube do Paraná.
Um dos presentes, professor da Universidade de São Paulo (USP),
elaborou uma ata do caso. Quase todas as circunstâncias que apuramos
foram confirmadas pela Imprensa nos dias seguintes, com impressionante
exatidão. Porém, há outras não divulgadas pela mídia, que exigem comparação com o inquérito aeronáutico, o que ainda não fizemos. Soubemos,
por exemplo, que quem fez a comunicação por rádio com a torre, pouco
antes da colisão com uma árvore, foi alguém que se sentava atrás do piloto, o que se tornou plausível quando confirmamos que se tratava de um
segundo piloto – e isso não foi divulgado pela Imprensa.
Retrocognição é a faculdade que permite a alguns sensitivos retornar
paranormalmente no passado e narrar o sucedido. É o contrário de precognição,
que é predizer o futuro.
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Mário Nogueira Rangel
Minhas entrevistas e hipnoses em Ufologia
Não chegou ao meu conhecimento, até o momento, que qualquer
uma das pessoas que entrevistei e hipnotizei tenha obtido vantagem
pecuniária decorrente do evento ufológico. Quase a totalidade dos
que tiveram avistamentos e dos hipnotizados pediu sigilo e, por essa
razão, utilizarei pseudônimos, como fazem muitos autores no mundo
todo. Com um número muito reduzido delas o fato foi amplamente divulgado, mas quase sempre se manteve o anonimato. Jornalistas, alguns
com alto poder de persuasão, desejam entrevistar esses hipnotizados,
principalmente os abduzidos, e um dia conseguirão seus intentos. Neste
livro haverá, inclusive, algumas exceções devidamente autorizadas. Espero que os identificados sejam protagonistas de filmes brasileiros ou
de Hollywood e ganhem muito com isso.
De todas as pessoas que figuram neste livro e com quem estive
pessoalmente, apenas uma possui algo que teria ganhado dos extraterrestres. Nenhuma outra trouxe comprovante da veracidade de sua
abdução, nem mesmo um alfinete, um pedaço de papel, um botão, uma
equação matemática ou uma semente. O presente que teria recebido
de ETs é um anel de ouro, com um curioso desenho. O doutor Max
e eu percorremos vários ourives da cidadezinha onde mora a suposta
abduzida, até que um deles o reconheceu e contou que o fez sob desenho dessa pessoa, cujo nome lembrava.
Supõe-se que mais de um abduzido dos que hipnotizei receberam implantes, os quais não foram extraídos para tentar descobrir sua
utilidade ou constituição, como ocorreu nos Estados Unidos com hipnotizados por Derrel Sims, que se aliou ao cirurgião doutor Roger K.
Leir para isso. No Brasil, o ufólogo e engenheiro Ricardo Varela Corrêa
também faz uma pesquisa dessa natureza. Iolanda Kmiecik, que não
conheço pessoalmente, diz ter recebido um estranho triângulo de um
ET. Espero um dia poder hipnotizá-la e mandar examinar essa peça em
laboratório. Em outro caso, houve a extraordinária recuperação total da
visão de uma menina, que, segundo atestados de médicos respeitáveis,
estava ficando cega. Em mais de uma ocasião, pessoas que hipnotizei
declararam que tempos depois tiveram nova abdução, lembrando-se
do fato em vigília ou sob nova hipnose.
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Investigando Ufologia com e sem Hipnose
Tipos sangüíneos
Editoria de Arte
Um dado extremamente curioso é a desproporcional freqüência
de pessoas de sangue do tipo O, tanto com Rh positivo quanto negativo,
entre abduzidos e observadores de episódios ufológicos. Infelizmente,
comecei muito tarde a fazer essa verificação e acrescentar esse novo dado
aos capítulos que já estavam escritos, mas o resultado é impressionante,
como mostra o quadro abaixo:
Resumo das estatísticas
Num grupo de pessoas tomado ao acaso deve haver 45% com sangue O positivo e negativo, segundo a Enciclopédia Barsa, edição 1997.
Esse tipo de sangue não possui antígenos, mas apresenta anticorpos
anti-A e anti-B, fazendo de seus portadores doadores universais. Consegui até agora informações do tipo sanguíneo de apenas 22 dos abduzidos
e envolvidos com Ufologia, cujos casos são narrados neste livro. Entre eles,
os portadores de sangue O positivo e negativo são 72,73%, o que sugere
fortemente que, pelo menos nesta região do Brasil, os ETs abduzem preferencialmente pessoas com esse tipo sangüíneo. Também é possível pensar
na remota hipótese dos ETs estarem alterando os tipos sangüíneos. Para
constatar isso, no episódio narrado por Ulisséia, que é recente, pedi que fosse
feito um novo exame de sangue. Em 24 de março de 2000 o laboratório
confirmou que o tipo permanecia o mesmo: A positivo.
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Uma notícia muito auspiciosa para a Ufologia é que o importante pesquisador e engenheiro Claudeir Covo é um novo hipnólogo desde dezembro
de 1999. A primeira regressão de idade que fez foi em uma jovem e hipnoticamente sonambúlica, abduzida próximo ao radar de Congonhas, em São
Paulo. A meu pedido verificou que é portadora de sangue O positivo. Se a
considerarmos, nossa estatística se altera, totalizando 73,91% de sangue O,
o que ultrapassa, em muito, a média de 45 %. No capítulo Cronologia dos
Avistamentos e Abduções, ao final do livro, há resumo dos tipos sangüíneos
individuais que foi possível verificar.
Cromossomos desconhecidos
Em 21 de abril de 2000 Claudeir Covo enviou-me uma carta que recebeu via Internet informando sobre pessoas que possuem cromossomos
desconhecidos, o que a remetente considera ser freqüente. Ela indaga
ainda, se o fato prova a existência de experiências genéticas realizadas
por ETs em humanos. Segundo a Enciclopédia Mirador Internacional,
edição 1975, “cromossomos são estruturas celulares, portadoras do material genético responsável pela hereditariedade da célula e do organismo.
Um dos 23 pares de cromossomos das células somáticas é responsável
pela determinação do sexo. Nos indivíduos do sexo masculino, esse par
é formado por um cromossomo X e um Y e nos de sexo feminino por
um par XX”. Está aí uma idéia para nova pesquisa. Ficarei muito feliz se
abduzidos, conhecidos ou não, me escreverem informando seus tipos
sangüíneos, Rh e o resultado dos exames laboratoriais sobre seus cromossomos. Procurarei tão breve quanto possível verificar esses assuntos
em profundidade junto aos que já hipnotizei.
Endereço do autor:
Caixa Postal 28.204,
01234-990 São Paulo (SP),
[email protected]
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Investigando Ufologia com e sem Hipnose
Capítulo 1
Os OVNIs e a Aeronáutica
“E um dia os homens descobrirão que esses discos voadores
estavam apenas estudando a vidas dos insetos...”
— Mário Quintana
N
a totalidade dos casos ufológicos ocorridos no Brasil, supostamente
houve uma violação das normas internacionais da Aeronáutica e de
relações exteriores. Penso que nunca foi expedido visto de entrada para
um ET em nosso espaço aéreo, nem tampouco concedida permissão para um
disco voador penetrar em nosso céu. Isso ficou evidente, por exemplo, durante a
grande invasão ufológica de 19 de maio de 1986, quando o coronel e engenheiro
aeronáutico Ozires Silva1, nascido em Bauru (SP) em janeiro de 1931, estava
pilotando ao lado do comandante Alcir Pereira da Silva. Ele viu estranhas luzes
nas proximidades de São José dos Campos (SP). Vários tripulantes de outras
aeronaves, na mesma ocasião, afirmaram ter visto OVNIs, que, inclusive, foram
registrados por radares [Veja Revista UFO 49, fevereiro de 1997].
Ozires, que foi ministro de Estado da Infra-Estrutura, de 1990 a 1991,
contou esse episódio em seu livro A Decolagem de um Sonho, e em entrevista concedida a Boris Casoy no programa Passando a Limpo, em 17
Ozires Silva publicou a obra A Decolagem de um Sonho, em que descreve
fatos e passagens que conduziram à criação e ao desenvolvimento dos primeiros
aviões nacionais de transporte aéreo que foram vendidos ao mercado comercial
e exportado para mais de 40 países. Ele teve importante papel nesse processo,
pois através de seu projeto conseguiu transformar em realidade um segmento de
construção aeronáutica nacional, em termos modernos e competitivos.
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Mário Nogueira Rangel
Divulgação
de dezembro de 2000. Contudo, o coronel não afirmou ter visto um OVNI
naquela data, o que já era de se esperar. Mas a violação aérea foi tão ostensiva que a Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Centro de Operações
Militares de Defesa Aérea (COMDA) acionou sua aviação de caça e seis jatos
supersônicos Mirage e F-5, obrigatoriamente monitorados pelos radares do
COMDA. Eles decolaram armados de Anápolis (GO) e da Base de Santa Cruz
(RJ) em perseguição aos 21 OVNIs invasores, que eram incomparavelmente
mais rápidos. Os tripulantes dos caças e o próprio Ministro da Aeronáutica,
na época, brigadeiro Octávio Júlio Moreira Lima, nascido no Rio em 1926,
concederam entrevistas às televisões e demais meios de comunicação,
tornando o fato conhecido e comentado em todo o planeta – e quem sabe
até em outros locais da galáxia. Depois, para diminuir o temor, amenizaram
as informações, mas já era tarde.
Hoje já são produzidos na Terra os Stealth, chamados de aviões invisíveis,
que supostamente não são detectados por radares. Isso nos faz supor que os
ETs, com tecnologia incrivelmente superior, possam também fazer o mesmo
com mais competência – mas há quem diga que os radares captam qualquer
aeronave, seja o Stealth ou um disco voador. Os OVNIs não precisam se esconder de nossos radares, pois não temem nossas defesas. É sabido, inclusive, que
o Comando de Defesa
Revista Ícaro
Aeroespacial Brasileira (Comdabra) guarda as gravações em
vídeo do aparecimentos de discos voadores registrados por
radares, para estudá-los. O Comdabra
foi criado em 1980,
A Decolagem de um So- está sediado em Branho, livro do ex-minis- sília e é subordinatro e atual presidente do ao Comando de
da Varig Ozires Silva sobre a criação e o desenvolvimento Operações de Defesa
dos primeiros aviões nacionais de transporte aéreo, ex- Aérea (CODA).
No Brasil, as torportados para mais de 40 países. Silva teve momentos de
res controlam uma
forte envolvimento com OVNIs no Brasil, em 1986
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Investigando Ufologia com e sem Hipnose
pequena área circunvizinha. Os centros de controle monitoram tanto as aerovias, que são os caminhos aéreos, como o espaço entre elas. Em outras
palavras, os operadores das torres controlam o movimento aéreo próximo ao
aeródromo (raio de cinco quilômetros e altura de 450 m). Quando a aeronave
está à maior distância e altitude, seja se aproximando ou afastando, passa a ser
acompanhada pelos controles de aproximação (raio de 100 km e altitude de
até 6.000 m). Em nosso país, o Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle
de Tráfego Aéreo (Cindacta) faz esse trabalho. Já o controle de aproximação
de São Paulo, por exemplo, é responsável pelo movimento dos aeroportos de
Congonhas e Campo de Marte, na capital paulista, Cumbica, em Guarulhos e
Santos. Além de São José dos Campos, Campinas e em todos os heliportos
dessa área onde ocorreram muitos dos casos registrados nesta obra.
Mas o grande e até agora insolúvel problema é que não há como controlar os incontáveis ovniportos não autorizados nem registrados, onde discos
voadores descem ou simplesmente tocam o solo ou as janelas dos prédios.
Neste último caso, o fazem com seu cone ou cilindro de luz com poder
de sucção, sem qualquer pedido de autorização, o que obrigatoriamente
deixa atônitos os operadores e responsáveis pelo tráfego aéreo, que desconhecem suas intenções. Certamente, Seqüestros Alienígenas: Investigando
Ufologia com e sem Hipnose responderá apenas algumas das inúmeras
dúvidas desses técnicos. Mas fará com que eles literalmente corram para
seus registros confidenciais, sejam em filmes ou documentos, para confirmar
datas, horários e locais onde os desrespeitosos extraterrestres pousaram
sem autorização e seqüestraram brasileiros.
Tenho absoluta certeza de que a grande maioria das pessoas que hipnotizei não mentiu. Somente um ator excepcional, merecedor do Oscar, poderia
se emocionar tanto relatando suas experiências, com choros, lágrimas, sustos, surpresas, dúvidas, certezas, etc, como ocorreu diversas vezes durante as
regressões de idade. O curioso é que muitos dos contatados se perguntam
se isso é realmente possível. “Será que isso é um sonho, ou estou ficando
louco? O que eles querem comigo? Por que eu?”, são algumas das indagações. Para confortar essas pessoas, e auxiliá-las a lidar com as revelações
dessas ocorrências, um convênio entre a Aeronáutica e o Ministério da Saúde
seria importante. Principalmente no sentido de suspender o tratamento psiquiátrico de pessoas tidas como loucas por declararem que estiveram em
discos voadores ou que são amigas de Deus e dos anjos, como em O Caso
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Mário Nogueira Rangel
Cortesia Claudeir Covo
Beatriz e em O
Caso Délio. O consultor da Revista
UFO e mestre em
História Cláudio
Suenaga, em edição 49 da publicação, escreveu
sobre o tema. Há
pessoas que foram seqüestradas
a pouquíssima dis- A Fortaleza de Itaipu, em Praia Grande (SP), onde sentinelas
tância dos radares foram atacadas por um OVNI em 04 de novembro de 1957 e...
interligados de
Congonhas e Cumbica – com alcance de 64 à 96 km cada um deles – e
dentro da área de cinco quilômetros de raio da torre, permitindo observação
visual com binóculos. Outras foram abduzidas dentro da área de 100 km e
muito abaixo dos 6.000 m de altitude.
Neste livro, o leitor acompanhará as regressões de dez mulheres
brancas, jovens, que atingem o estado sonambúlico na hipnose, a maioria
com sangue tipo O. Elas foram abduzidas em São Paulo, perto da Hípica
Paulista, localizada próxima à reta final de Congonhas, na Penha, na
Vila Matilde, no Ibirapuera, na Vila Mariana e em outros locais próximos
aos radares, cujo único consolo está em Congonhas. Estes pontos ficam,
quase sempre, em locais de grande movimento e, algumas vezes, as
abduções ocorreram à luz do dia. Imagino que um mentiroso escolheria
um cenário ermo para inventar tal seqüestro.
Há um caso em Curitiba (PR) de seqüestro alienígena ocorrido no Centro Cívico, à frente do Palácio do Governador do Estado, a menos de 150 m da Assembléia
Legislativa, do Tribunal de Justiça, do Fórum e da Prefeitura Municipal. Menos de
quatro quilômetros dali fica o bairro Bacacheri, onde hoje se localiza o Cindacta
II, que faz o controle aéreo de todo o sul do Brasil, considerado tecnicamente
avançadíssimo – mas não para os extraterrestres. Se os radares registraram, por
exemplo, discos voadores no centro de Curitiba, no período de 31 de dezembro de 1980 a 02 de janeiro de 1981, será um gesto humanitário nos contar
isso em detalhes. Relato, também, abduções em outros estados, como o de
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Investigando Ufologia com e sem Hipnose
Cortesia Serviço de Relações Públicas da Marinha
duas pessoas próximo a Brasília
(DF), três em Minas Gerais, outras
três em Curitiba, e
um caso único, ou
pelo menos muito
raro, em que dois
discos voadores
vieram para seqüestrar uma jo...o Posto Oceanográfico da Ilha de Trindade (POIT), que
vem de 19 anos
também é alvo de visitas extraterrestres há décadas
numa fazenda em
Três Lagoas (MS).
No capítulo OVNI em Niterói, há a descrição de um filme em que
aparece um curioso OVNI, que pode ser visto de binóculos por operadores
das torres dos aeroportos Santos Dumont e Galeão, no Rio de Janeiro (RJ).
As violações narradas no capítulo O coronel Uyrangê Hollanda também
devem ser muito incômodas para as autoridades aeronáuticas, inclusive,
porque algumas delas foram perpetradas no Maranhão, em 1977, muito
próximas ao local onde hoje fica o Centro de Lançamento de Alcântara,
criado logo depois pelo decreto 88136, de 1º de março de 1983, uma
das áreas estratégicas de nosso país. A Aeronáutica inclui os OVNIs na
regulamentação sobre assuntos sigilosos RMA 205-1, e considera o tema
reservado, confidencial, secreto ou ultra-secreto. A Diretriz Específica 4/89
regulamenta os relatórios sobre seus avistamentos, bem como a Norma de
Procedimentos Aeronáuticos, de 09 de setembro de 1990 (NPA-09-C).
O Relatório Cometa
Em julho de 1999, foi publicado na França um relatório com 90 páginas,
elaborado pelo Comité d’Etudes Avancés (Comitê de Estudos Avançados
– Cometa) denominado Os UFOs e a Defesa - para o que devemos nos preparar?, que divulga registros até então sigilosos sobre a ameaçadora atuação
dos OVNIs. O Cometa é constituído por militares na ativa e reformados,
notáveis franceses e cientistas de alto escalão, como o físico Jean-Jacques
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Mário Nogueira Rangel
Vélasco, diretor do Serviço de Análise de Fenômenos de Reentradas Atmosféricas (SEPRA), e é presidido pelo general do Exército do Ar Denis Letty [Veja
Revista UFO 73, agosto de 2000]. Talvez tenha chegado o momento de
o Brasil também prestar sua colaboração, revelando o que sabe sobre
o assunto. É bastante curioso ler sobre os esforços de países ricos em
“procurar” vida em outros locais do Universo. A NASA, por exemplo, “tem
certeza” da existência de outras civilizações inteligentes, e já filmou várias
vezes OVNIs vistos por astronautas de diferentes nacionalidades, que
acompanharam seus lançamentos. No Brasil, os pilotos da Esquadrilha
da Fumaça também sabem que algumas de suas demonstrações são
acompanhadas por sondas extraterrestres, que, inclusive, já testemunharam bem de perto a perda da asa e queda de um Tucano em festa aérea
em São Vicente, litoral de São Paulo, em 16 de novembro de 1996 [Veja
Revista UFO 60, outubro de 1998].
Um dos casos clássicos de violação à autoridade militar ocorreu na Fortaleza de Itaipu, em Praia Grande (SP), às 02:00 h da manhã de 04 de novembro
de 1957, quando houve um apagão e duas sentinelas armadas foram atacadas
e seriamente queimadas por um OVNI – veja APRO Bulletin, setembro de 1959.
Em seu livro Na Pista dos UFOs [Biblioteca UFO], o advogado e co-editor da
Revista UFO Ubirajara Franco Rodrigues, nascido em 11 de setembro de 1955,
conta que o militar Geraldo Simão Bichara, em 26 de agosto de 1962, aos 18
anos de idade, foi abduzido quando estava de guarda na 13º Circunscrição
Militar de Três Corações (MG), na Escola de Sargentos das Armas (ESA).
Anos depois, em 20 de janeiro de 1996, teria sido levada para a ESA uma
das criaturas capturadas na cidade de Varginha (MG), que ficou conhecida
internacionalmente sob o nome de ET de Varginha. Nos próximos capítulos
serão apresentados dois eventos nos quais supostamente ocorreram novas
violações a militares em serviço, no Caso Cecílio e Caso Tito. E algo muito
anormal pode ter ocorrido também no Caso Valmir.
OVNIs nas ilhas de Trindade e Martim Vaz
Em 1999, o jornalista Ernesto Paglia, no programa Globo Repórter,
apresentou interessantíssimo documentário sobre as Ilhas de Trindade e
Martim Vaz, analisando, entre outras coisas, o tipo de vida dos militares que
lá trabalham. Como era obrigatório, relembrou o show aéreo privativo para
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Investigando Ufologia com e sem Hipnose
tripulantes e passageiros do navio-escola Almirante Saldanha, já desativado,
realizado por um disco voador em 16 de janeiro de 1958 e fotografado
pelo civil Almiro Baraúna, falecido em 29 de setembro de 2000. O evento foi
assistido por 48 pessoas, incluindo Fotos Cecomsaer
o almirante Paulo Moreira da Silva,
o capitão da FAB José Teobaldo
Viegas e o comandante da Marinha
Amilcar Vieira Filho. Ocorreram
efeitos supostamente magnéticos
que paralisaram máquinas e equipamentos do navio [Veja revista
Planeta, novembro de 1982].
Em seu relatório oficial, o
comandante da Ilha de Trindade, capitão de corveta Alberto
Ferreira Bacellar, informou que
discos voadores já tinham sido
observados em 05 e 31 de dezembro de 1957 e 1º de janeiro
de 1958. As fotos foram vistas
por jornalistas sobre a mesa do
então presidente Juscelino Ku- O jato norte-americano F-5 (acima) é um caça
bitschek e publicadas em todo tático de defesa aérea e ataque ao solo, exo mundo, inclusive em enciclo- tremamente manobrável. Já o T-27 Tucano
pédias. Da mesma maneira que é turbohélice para treinamento básico e
ocorreu com a Operação Prato, ataque ao solo, fabricado pela Embraer
os ETs exibiram sua tecnologia
ostensivamente, como se estivessem numa feira de Aeronáutica (para
completa informação ilustrada consulte o site www.cufos.org/trindade_index.html). Na reportagem da Rede Globo, sargentos da Marinha Brasileira
contaram que, em duas noites seguidas, puderam observar no céu uma
luz, como uma estrela muito brilhante, descendo vertiginosamente sobre
o mar, próximo de onde estavam. Essa foi a última lembrança de alguns
antes da abdução, como no Caso Valmir. Seria válido investigar se algum
militar do Posto Oceanográfico da Ilha de Trindade (POIT) sofreu abdução, já
que os OVNIs freqüentam o local há mais de quatro décadas.
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Mário Nogueira Rangel
Interesse dos militares por Ufologia
Há militares que se interessam muito por Ufologia, como se verá
nesta obra. No passado, pude conversar várias vezes com o hipnólogo
e major do Exército Leib Leibovitch, com quem aprendi muita coisa. Ele
não pesquisava Ufologia, mas acreditava, pois um amigo hipnólogo tinha
visto um OVNI e mantido contato telepático com seus tripulantes numa
praia de Salvador (BA). Adiante será falado ainda sobre Derrel W. Sims,
que foi agente da Agência Central de Inteligência (CIA), militar no Oriente
e é perito na realização de hipnose em pessoas com implantes. Não conheço militares hipnólogos em casos de Ufologia no Brasil, mas gostaria
muito de poder citá-los nas próximas edições deste livro. É sabido que
psiquiatras do Hospital da Aeronáutica praticaram hipnoses regressivas em
abduzidos. Diante de todas essas ocorrências, questiono: quantas sentinelas
e militares em locais com ou sem movimento já foram seqüestradas por
OVNIs? Será possível ação preventiva anti-ETs? Os extraterrestres dispõem
Biblioteca UFO
de algum tipo de implante para anular a reação
de pessoas durante uma invasão, possibilitando
ganhar uma guerra sem tiros ou raios mortais?
Quantos implantes já foram retirados e analisados no Brasil? Como o leitor vê, temos mais
perguntas do que respostas.
A obra de Ubirajara
Rodrigues, co-editor da
Revista UFO, que destaca
importantes casos ufológicos
em todo o sul de Minas Gerais
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