proposta pedagógica curricular história

Transcrição

proposta pedagógica curricular história
ROBERTO REQUIÃO DE MELLO E SILVA
Governador do Paraná
ORLANDO PESSUTI
Secretário de Estado da Educação
RICARDO FERNANDES BEZERRA
Diretor Geral
YVELISE DE FREITAS SOUZA ARCO-VERDE
Superintendente da Educação
JOÃO LUIZ CONRADO
Chefe do NRE de Campo mourão
ANA CAROLINE CASALVARA DOS SANTOS
Diretora
ELIANE CÂNDIDO
Diretora Auxiliar
GILCÉLIA FIDELIS DE SOUZA PEREIRA
Secretária
DINALVA MARIA DE AZEVEDO KAUST
NADIR JOSÉ CORREIA RAMOS
RIDAMAR CANDIDO
ROSILENE CANDIDO DE AZEVEDO
Professoras Pedagogas
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO.................................................................................................05
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................07
1.1.Identificação do Estabelecimento....................................................................07
1.2. Organização da Entidade da Escola...............................................................08
1.3. Aspectos Históricos da Escola........................................................................08
1.4. Característica da Comunidade.............. .........................................................09
2. OBJETIVOS.......................................................................................................09
2.1. Objetivos Gerais..............................................................................................09
2.2. Objetivos Específicos......................................................................................10
3. PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR...............................10
4. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO.............................................12
5. ATO SITUACIONAL..........................................................................................13
6. ATO CONCEITUAL...........................................................................................30
7. ATO OPERACIONAL........................................................................................62
8. AVALIAÇÃO......................................................................................................69
9. RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS.......................................................................74
10. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL......................................................................74
11. FORMAÇÃO CONTINUADA...........................................................................75
12. ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO...................................................................77
13. ATIVIDADES INTEGRADORAS DO CURRÍCULO........................................80
14. PLANO DE AÇÃO...........................................................................................85
15.
ACOMPANHAMENTO
E
AVALIAÇÃO
DO
PROJETO
POLÍTICO
PEDAGÓGICO......................................................................................................90
16. REFERÊNCIAS...............................................................................................92
17. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRI CULAR.................................................95
PARECER DA PROPOSTA CURRICULAR.......................................................552
ATA DE APROVAÇÃO.......................................................................................553
ATO DE APROVAÇÃO DO NRE........................................................................554
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APRESENTAÇÃO
O Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola – Ensino Fundamental, Médio e
Normal apresenta seu Projeto Político Pedagógico que é
organizado a partir de
um documento
efetiva participação da comunidade escolar, sendo,
portanto, um trabalho coletivo de reflexão. Este projeto é entendido como um
instrumento de intervenção não somente pedagógica, mas também político, pois
trata-se de um conjunto de definições doutrinárias e de estratégias de ação,
tendo uma definição pedagógica e político-administrativa, baseado na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação.
A preocupação central é de assegurar e fundamentar todo o funcionamento
do Colégio, sua estrutura física funcional e pedagógica, assim como dar garantia
e legitimidade para que
...a escola seja palco de inovações,investigações e grandes ações
fundamentadas num referencial teórico metodológico que permita a
construção de sua identidade e exerça seu direito à diferença, à
singularidade, à transparência, à solidariedade e à participação” (VEIGA,
p. 31,1996).
A Escola é vista como um espaço social que deve contribuir no processo de
democratização da sociedade. Dessa forma evidencia-se neste projeto a busca
da qualidade na educação e o desejo de se prestar um serviço eficiente,
comprometido com a formação de homens e mulheres capazes de compreender
a sociedade em que vivem com vistas à transformação da realidade. Assim o
projeto está alicerçado a uma pedagogia crítica capaz de desafiar o educando a
pensar criticamente a realidade social, política e histórica, tendo um aprendizado
com sentido real de vida a ser praticado imediatamente. Portanto envolver os
diversos segmentos na elaboração e no acompanhamento do mesmo constitui um
grande desafio para a construção da gestão democrática e participativa. Toda
essa dinâmica se efetiva como um processo de aprendizado político fundamental
para a construção de uma cultura de participação e de gestão democrática na
escola.
Este Projeto Político Pedagógico constitui o norte orientador das
atividades curriculares e da organização da escola e se expressa nas práticas
cotidianas, traduzindo os compromissos institucionais relativos ao direito,
consagrado nas leis brasileiras e garantindo a todos, sem distinção de qualquer
4
natureza, de acesso à educação pública, e gratuita e de qualidade referenciada
pelo social.
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Este Projeto Político Pedagógico é fruto de um trabalho coletivo:
Fortalecimento
da
participação
estudantil
Garantia de
financiamento
público da educação
e da escola nos
diferentes níveis e
modalidades de
ensino
Provimento ao
cargo do diretor
Decisão
Partilhada
Discussão e
implementação de
novas formas de
organização e de
gestão escolar
Construção
coletiva do
Projeto Político
Pedagógico da
escola
Luta pela
progressiva
autonomia da
escola
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1. INTRODUÇÃO
1.1 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO.
Escola: 00224– Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola- Ensino Fundamental,
Médio e Normal – Fone: (44) 3272-1322
Município: 0770 – Fênix.
Dependência Administrativa: Estadual
NRE: 05 – Campo Mourão
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Ato de Autorização do Estabelecimento: Decreto 4. 635 /78 DOE de 20/02/78
Ato de Reconhecimento do Estabelecimento: Res. 7.097/84 de 20/02/78
Ato da Renovação de Reconhecimento do Colégio (Ensino Fundamental):
Res. Nº 2.742/02 de 09-08-02; (Ensino Médio): Res.2.022/03 de 01/08/03
Parecer do NRE de Aprovação do Regimento Escolar: Nº Distância da Escola
do NRE: 58 KM.
Local: ( X ) Urbana
(
) Rural
Endereço Eletrônico: e-mail: [email protected]
1.2 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR:
MODALIDADES DE ENSINO:
( X ) Ensino Fundamental (5ª a 8ª série)
( X ) Ensino Médio
( X ) Normal
( X ) Educação Especial (Sala de Recursos)
( X ) CELEM
NÚMERO DE TURMAS:23 turmas
ENSINO FUNDAMENTAL: 04 turmas (matutino), 04 turmas (vespertino)
ENSINO MÉDIO: 03 turmas (matutino), 03 turmas (vespertino), 03 turmas
(noturno)
ENSINO NORMAL: 06 turmas
NÚMERO DE ALUNOS (Fund., Médio e Normal): 621alunos
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CELEM: 04 turmas
NÚMERO DE ALUNOS: 109 alunos
NÚMERO DE PROFESSORES EM REGÊNCIA: 63 professores
NÚMERO DE PEDAGOGOS: 04
NÚMERO DE SALAS DE AULA: 08 salas
TURNOS DE FUNCIONAMENTO:
( X ) Matutino
( X ) Vespertino
( X ) Noturno
AMBIENTES PEDAGÓGICOS:
( X ) Biblioteca
( X ) Sala de Apoio Pedagógico
( X ) 02 Laboratórios de Informática
( X ) Laboratório de Ciências, Físicas e Biológicas
1.3. ASPECTOS HISTÓRICOS DA ESCOLA
Tendo a Escola iniciado suas atividades em 15 de fevereiro de 1962 nas
salas do antigo Grupo Escolar Santo Inácio de Loyola, que atualmente está
situado o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Fênix. Em 1967 passou a
funcionar em prédio próprio na Avenida São Vicente de Paula, nº 10.
Em 1976 entrou em vigor a Reforma de Ensino na 1ª e 2ª série, através da
lei nº 5.692/71 e no ano seguinte entrando também na reforma a 3ª e 4ª série.
Em 1978 houve uma reorganização no nome do Estabelecimento
passando a ser Escola Santo Inácio de Loyola – Ensino de 1º Grau, e hoje possui
nova denominação: Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola – Ensino
Fundamental, Médio e Profissionalizante, e tem como órgão mantenedor o
Governo do Estado do Paraná. A Escola está organizada de modo a atender a
sua comunidade escolar, composta de alunos da Zona Rural e Urbana oferta as
seguintes modalidades de ensino: Ensino Fundamental 5ª à 8ª séries, Ensino
Médio, Educação Profissional e Educação Especial (Sala de Recursos). Possui 18
turmas, sendo 08 turmas de Ensino Fundamental, 09 de Ensino Médio e 06 de
Educação Profissional, com um total de 621 alunos. Dispõe de 27 professores, 04
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professores - pedagogos e 12 funcionários. Os turnos de funcionamento são:
manhã, tarde e noite. A escola possui os seguintes ambientes pedagógicos: Sala
de Recursos, Sala de Apoio Pedagógico, Laboratório de Ciências Físicas e
Biológicas, 02 Laboratórios de Informática e Biblioteca.
No que se refere à organização pedagógica nossa escola favorece o
desenvolvimento do trabalho dos profissionais, pois são promovidas atividades
escolares que visam a integração entre os mesmos, os alunos e a comunidade,
todos têm oportunidade de participação e liberdade para expressar diferentes
pontos de vista, independentemente da função que exercem.
1.4. CARACTERÍSTICA DA COMUNIDADE
A comunidade fenixense é de nível sócio-econômico variando de médio a
baixo. Apesar dos integrantes adultos das famílias trabalharem a renda per capita
é baixa. A maioria dos pais dos alunos trabalham nas lavouras de cana-de-açúcar
para as firmas SABARAÁCOOL, IVAÍCANA e FRANGOS CANÇÃO. Os poucos
empregos diferentes estão no comércio, na COAMO, CAMPAGRO, Prefeitura e
Estado (funcionários públicos).
A população demonstra ter preocupação com a formação da cidadania e a
preparação para a vida, desejando que seus filhos possam ser conscientizados
sobre essas questões, os quais dão incentivo para que seus filhos estudem.
2. OBJETIVOS
2.1. OBJETIVOS GERAIS:
•
Compreender a trajetória que o educando realiza em seu processo de
constituição como indivíduo, criando possibilidades para o seu crescimento
como cidadão crítico e sujeito de sua própria história;
•
Valorizar o papel determinante da interação com o meio social;
•
Construir possibilidades de ação e de conhecimento coletivos a partir da
interpretação da realidade vivenciada pela comunidade escolar, a fim de
transformá-la para que esta atenda às necessidades locais;
9
•
Formar cidadãos capacitados para compreender e utilizar as novas
tecnologias empregando-as na melhoria do mundo em que vive.
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
• Desenvolver a capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno
domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
• Compreender o ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia,
das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
• Desenvolver a capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimentos e a formação de atitudes e valores;
• Estabelecer o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de
solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida
social” (art. 32 – LDB).
3. PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR
As pessoas se educam no cotidiano de suas vidas, em sociedade, e é
pela educação, nas relações sociais que nós nos tornamos quem somos.
De acordo com a concepção sócio-interacionista e tendo como base as
formulações de Vygotsky, o Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola – Ensino
Fundamental, Médio e Normal, apresenta uma linha filosófica sócio-histórica a
qual traz em seu bojo a concepção de que todo Homem se constitui como ser
humano pelas relações que estabelece com os outros. Desde o nosso nascimento
somos socialmente dependentes dos outros e entramos em um processo histórico
que de um lado, nos oferece os dados sobre o mundo e visões sobre ele e, de
outro lado, permite a construção de uma visão pessoal sobre este mesmo mundo.
O ponto de partida desta nossa reflexão encontra-se no grande valor
que a teoria Vygotskyana dá ao processo de interação e, em nosso caso
específico, como educadores, às intervenções pedagógicas e ao ensino na
construção do conhecimento. Nesse referencial, o processo ensino-aprendizagem
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também se constitui dentro de interações que vão se dando nos diversos
contextos sociais.
Sendo assim, acreditamos que a sala de aula deve ser considerada
como um lugar privilegiado de sitematização do conhecimento e o professor
articulador na construção do saber, o qual tem o papel explícito de interferir no
processo ensino-aprendizagem e provocar avanços nos alunos.
Deste modo a relação educador–educando não deve ser uma relação de
imposição, mas sim, uma relação de cooperação, de respeito e de crescimento. O
aluno deve ser considerado como um sujeito interativo e ativo no processo de
construção do conhecimento e o educador deve assumir papel fundamental nesse
processo, como indivíduo não passivo, mas atuante. Por essa razão cabe ao
mesmo considerar também, o que o aluno já sabe, sua bagagem cultural e
intelectual, para a construção da aprendizagem, num processo dinâmico, onde o
professor, enquanto detentor dos fundamentos do conhecimento científico deve
ser o mediador,ou seja, desenvolver procedimentos adequados para viabilizar a
apropriação desse conhecimento pelos alunos.
Portanto neste contexto é fundamental ressaltar que a escola, está
compreendida com base no desenvolvimento histórico da sociedade; e dessa
forma entendemos que a escola deve estar voltada para a formação de um ser
humano crítico e auto–crítico, pautado em princípios éticos, de valorização da
dignidade e dos direitos humanos, bem como de respeito às diferenças individuais
e à diversidade, cujo fator predominante é a conscientização sobre as diversas
manifestações religiosas, o multiculturalismo étnico racial e social, o qual dever
ser entendido como o processo e modo de educar valorizando as diversas
heranças culturais e sociais de uma nação e suas relações umas com as outras,
na construção da convivência pacífica dentro e fora do país, em que se respeitem
os direitos humanos e a diversidade, e se promovam a identidade cultural, a
cidadania e a melhoria da qualidade de vida.
No que se refere ao mundo do trabalho, sabemos que o mesmo é uma
atividade humana de transformação da natureza e do próprio Ser Humano, sendo
assim ter o trabalho como princípio educativo implica, através do conhecimento,
possibilitar a compreensão das contradições da sociedade capitalista, seus
processos de exclusão e exploração das relações de trabalho e instrumentalizar o
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aluno para agir de forma consciente sobre sua prática social no sentido de
cumprir e fazer cumprir seus direitos. Compreender a natureza da relação que os
homens estabelecem com o meio natural e social, bem como as relações sociais.
Desta forma caberá à escola promover aos alunos horizontes e captação do
mundo além das rotinas escolares, dos limites do estabelecido e do normatizado,
para que ele se aproprie da teoria e da prática que tornam o trabalho uma
atividade criadora, fundamental ao ser humano.
Sendo assim, visamos formar o educando um cidadão político, capaz de
conhecer e lutar pelos seus direitos, dentro e fora da escola e que todos que
fazem parte do ambiente escolar, devem ser sujeitos da ação educativa,
caminhando na direção da democracia participativa e da superação das
desigualdades sociais.
4. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO
A Constituição Federal procurando dar conta dos diferentes planos de
inserção do ser humano através dos princípios norteadores da educação que
estão presentes no Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Santo Inácio
de Loyola- Ensino Fundamental, Médio e Normal, excetuando-se o que compete
unicamente ao Estado.
O artigo 206 da Constituição Federal deixa claro o seguinte:
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I –Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II- Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a
arte e o saber;
III- Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas e coexistência de
instituições públicas e privadas do ensino;
IV- Gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais;
V- Valorização dos profissionais do ensino garantido na forma da lei,
planos de carreira para o magistério público com piso salarial profissional
e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos,
assegurado regime jurídico único para todas as instituições mantidas pelo
Estado;
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VI- Gestão democrática do ensino público em forma da lei;
VII- Garantia de padrão de qualidade.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB (Lei 9.394/96), coloca
em seu artigo 3o que o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II- Liberdade de aprender , ensinar, pesquisar e divulgar a cultura,o
pensamento, a arte e o saber;
III- Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV- Respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V- Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI- Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais
VII- Valorização do profissional da educação escolar;
VIII- Gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da
legislação dos sistemas de ensino;
IX- Garantia de padrão de qualidade;
X- Valorização da experiência extra-escolar;
XI- Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais;
Todos esses planos devem ser considerados pelo currículo escolar,
contemplando a práxis pedagógica, implementando a interdisciplinaridade e
transdisciplinaridade.
Tendo em vista a importância desta proposta, faz-se necessário que todos
os segmentos da escola reflitam, analisem, avaliem e assumam juntos esta
reformulação, a fim de assegurar a eficiência e a eficácia do ensino que venham
garantir a formação do cidadão crítico, ativo e participativo na sociedade em que
vive, pois deverão ser coerentes com os valores estéticos, políticos e éticos que
inspiram a Constituição e a LDB.
5. ATO SITUACIONAL
O ensino brasileiro tem sido muito criticado e por isto devemos levar em
consideração a equidade ao qual todos têm direito, devemos nos inserir nos
contextos políticos imbuídos de uma necessidade de melhora. É importante nos
conscientizarmos que o professor do ensino básico é vetor primordial, e na prática
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escolar cotidiana devemos respaldar, justificar e por em prática as leis do ensino.
Portanto este é o motivo que nos leva acreditar que a LDB tem a legislação mais
democrática e aberta, além de ter um método elaborativo completo, e que, apesar
de distintos, as leis concernentes à educação têm finalidade e direito de levar
educação, liberdade de ensino, administração ao ensino e o funcionamento das
instituições de ensino.
Apesar da LDB ser a lei do ensino, também seguimos as Diretrizes
Curriculares do Estado do Paraná, que não são estanques e podem ser moldadas
a critério do professor e de acordo com a identificação dos alunos.
No estado do Paraná percebe-se uma preocupação com o aspecto
educativo, com o fortalecimento do estado e consequentemente da educação
pública. Tem havido vários investimentos em recursos humanos e materiais para
as instituições de ensino, tentando recuperar seu quadro de docentes e
funcionários que foi muito defasado em administrações anteriores, a implantação
de cursos profissionalizantes nas redes de ensino, com o intuito de garantir uma
profissionalização aos alunos que saem do ensino médio, a descentralização do
poder na tomada de decisões que envolvem a educação, como exemplo a
construção das Diretrizes Curriculares que envolveram a participação de todos os
docentes na discussão e elaboração, a implantação da educação especial na
rede estadual. Sabe-se que isso não é suficiente para garantir uma educação de
qualidade a todos, e nem todas as necessidades da escola pública e também dos
servidores públicos foram atendidas, mas partes de alguns dos requisitos
essenciais, são necessárias continuar lutando e fazendo cada um a sua parte
com bastante compromisso, a fim de construir uma escola de qualidade para
todos buscando uma nova sociedade, não mais comprometida com os ideais
capitalistas.
Compreende-se, assim que, apenas a formalização das leis não bastam,
pois será justamente na escola, que o aluno aprenderá a ser cidadão quando se
encontra num ambiente em que são dadas as oportunidades de viver
democraticamente.
Isto
implica
mudanças
nos
sistemas
educacionais
convencionais, necessário é que revejamos os objetivos deste sistema e
adotemos técnicas que atendam a formação do cidadão determinando assim o
trabalho docente em prol de formar as bases da personalidade do futuro adulto. A
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qualidade do ensino apesar de todas as transformações ainda deixa muito a
desejar, a importância do desenvolvimento infantil é indiscutível, cabe aos
governantes modificar a realidade estudantil em todo país.
Ao professor, comporta o empenho de desenvolver valores, atitudes e
posturas éticas.
Na Atualidade devemos formalizar a educação continuada, seja para
alunos, seja para professores, tomando por base temas atuais que valorizam, os
temas transversais.
Cabe ao professor tornar-se um idealizador, um realizador, contribuindo
assim para a educação brasileira, dando-lhe forma bem como concretude as
idéias que brotam de nossos pensamentos.
Conforme Gerhardt (2001), a educação libertadora ou transformadora, é
aquela que trabalha com uma visão de sujeitos potencialmente autônomos,
capazes de praticar a solidariedade, instruindo-se de forma a promover a autoreflexão. Neste sentido, a educação é entendida como uma prática de libertação,
que desperta no sujeito a sua capacidade de promover a humanização,
esforçando-se em uma perspectiva conjunta para mudar o sistema escolar, social
e político. Para Steinberg, Paulo Freire aponta dois estágios da pedagogia, como
prática de libertação:
[...] o primeiro permite ao oprimido que perceba a condição de opressão
em que se encontra e engajar-se em sua transformação, o segundo,
reconhece que uma vez transformada a opressão, todas as pessoas
tornar-se-ão libertas, estarão permanentemente livres [...] (STEINBERG,
2001, p.271).
Desta forma Steinberg (2001), afirma que dentro desta perspectiva
libertadora, Paulo Freire considera o poder político como essencial para a
libertação, a qual está fora do alcance do oprimido. Portanto, observa-se que as
respostas a este dilema podem ser encontradas na educação, a qual deve ser
realizada por e com o oprimido. Por essa razão deve-se conhecer o contexto em
que a escola está inserida para que a educação esteja voltada aos interesses
desta clientela.
O município de Fênix é uma região de pouco desenvolvimento e nos
últimos anos não apresentou um avanço considerável na economia e na
educação. Por ser essencialmente agrícola tem galgado alguns investimentos
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nessa área, mas, sobressai o plantio de cana – de – açúcar, o que ajuda no
enfrentamento do desemprego. No que diz respeito à educação o município já
conta com três escolas estaduais e três municipais oferecendo a comunidade aos
alunos da Educação Infantil, Educação Básica e Profissionalizante (Formação de
Docentes) a oportunidade de uma educação preocupada com a qualidade.
Percebe-se nitidamente que o ensino passa por um período de transição, que
começou há alguns anos, mas que os efeitos estão sendo percebidos agora.
CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLAQUANTO AO
AMBIENTE FÍSICO ESCOLAR:
• Salas de Aula: O colégio dispõe de 14 salas de aula com capacidade média
para 35 alunos, mas devido à demanda, a ocupação média é maior.
As salas de aula permitem a organização do mobiliário de acordo com as
atividades diversas (rodas, trabalhos em grupo, etc.), são arejadas e iluminadas,
possui carteiras disponíveis para o uso de todos os alunos, há mesas e cadeiras
para o professor;
• Salas da Direção, Equipe Pedagógica e Professores: A sala de Professores é
bem localizada, com espaço suficiente para todos os docentes, com móveis,
armários, mesas que possibilitam a realização da hora atividade, reuniões e
acomodação de material.
O colégio disponibiliza também uma sala para a Direção e outra para a
Equipe Pedagógica ambas em bom estado, porém com espaço e equipamentos
insuficientes.
• Sala de Recursos: A Sala de Recursos é um espaço arejado com
disponibilidade de carteiras e cadeiras para o número de alunos que frequentam a
mesma, com cartazes que trazem informações referentes aos conteúdos
trabalhados, há armários, os quais contém todos os trabalhos realizados pelos
alunos e diversos tipos de jogos educativos;
• Cozinha: A cozinha é limpa e arejada, a merenda é preparada na própria
escola, é balanceada e nutritiva, todos alunos têm acesso à mesma. Os alunos
são orientados sobre como se alimentar, escovar os dentes, etc;
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• Pátio Escolar: O pátio é bonito e seguro, é aproveitado para atividades
pedagógicas quando necessário;
• Laboratório de Ciências Físicas e Biológicas: O laboratório de Ciências,
Química, Física e Biologia encontra-se ativado, é limpo e arejado, os materiais as
serem utilizados estão em boas condições. No entanto, sofre-se com a falta de
materiais e equipamentos, assim como, com o espaço insuficiente, dificultando o
atendimento de uma turma completa, tendo-se que organizar o trabalho em
grupos de observação ou experimentação.
Para aulas experimentais o Agente de Execução é avisado com
antecedência a fim de preparar os materiais pertinentes às experiências;
• Laboratório de Informática: O Laboratório de Informática (Paraná Digital) está
instalado num local adequado e dispõe de 20 computadores acessados à internet.
Vale ressaltar de que o número de computadores disponíveis é insuficiente para
atender ao número de alunos por série dificultando desta forma o trabalho do
professor.
O Curso de Formação de Docentes possui um Laboratório de Informática
próprio (Proinfo). O laboratório é bem equipado, possui 20 computadores para
utilização de alunos e professores, acesso à Internet por rede óptica e ainda
impressão a laser.
• Biblioteca: A biblioteca funciona num espaço adequado devido ao fato de ser
de tamanho suficiente para atender a demanda nos diferentes períodos, mas
sofre com a poluição sonora, pelo fato de estar ao lado da quadra de esporte. Há,
neste local, um computador com internet para garantir uma melhor organização
no empréstimo e retorno de livros. O acervo bibliográfico é organizado, qualquer
pessoa (aluno, professor, funcionário e pais) pode frequentar a biblioteca ou ter
acesso aos livros da escola, há um funcionário responsável pelo acervo e que
apóia aos usuários no acesso aos livros que necessitam;
• Quadra de Esportes: O espaço para o ensino e a prática de esportes,
responde às necessidades da escola,pois temos uma quadra coberta, a qual é
bem aproveitada por todos os alunos;
• Banheiros: A disponibilidade de banheiros na escola é suficiente para o
número de alunos, professores e funcionários, são limpos e estão em boas
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condições de uso, porém os mesmos não dispõem de adaptações físicas
adequadas para atendimento a portadores de necessidades especiais.
• Lavabos: Há lavabos disponíveis para o uso de todos, são limpos e estão em
boas condições;
• Água filtrada ou tratada: Há bebedouros, os quais estão em boas condições,
todas as pessoas que freqüentam a escola (alunos, professores, pais, etc.)
tomam água filtrada ou tratada;
• Tratamento do Lixo: Há lixeiras na escola, as quais estão espalhadas em toda
a escola para facilitar o seu uso. Há um trabalho pedagógico sobre a destinação
adequada do mesmo, separando-o para reciclagem;
• Rede de Esgoto: A escola está ligada a um sistema de esgotamento sanitário,
as instalações de água e esgoto estão em boas condições de funcionamento. As
questões relativas ao saneamento básico são discutidas pedagogicamente com a
comunidade escolar.
Avalia-se que falta ainda uma sala de recursos audiovisuais, espaço
adequado para a utilização dos recursos disponíveis.
QUANTO À ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS MATERIAIS
E PEDAGÓGICOS:
• Materiais para uso do professor, como giz, quadro, livros, jogos e mapas:
Há giz, quadro, livros, jogos, mapas, etc., disponíveis para o uso do professor.
Esses materiais respondem às necessidades da prática pedagógica, estão em
boas condições de uso, seu conteúdo respeita a diversidade humana e a
igualdade entre todos, os mesmos chegam até a sala de aula para apoiar a
prática pedagógica;
• Equipamentos: Televisão, Computador, Videocassete, DVD, Aparelho de
Som, Retro-projetor, TV Multimídia/Pendrive, Data Show, Duplicador a
Álcool, Acesso à Internet: Esses equipamentos estão em boas condições e
respondem à prática pedagógica. O conteúdo de vídeos, DVD’s, os programas
da TV Escola, outros programas, acesso à Internet e músicas, os aparelhos de
retro-projetor e mimeógrafo são utilizados na escola respeitando a diversidade
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humana e a igualdade entre todos. Os membros da comunidade (alunos, pais,
professores, funcionários,etc.), têm acesso a esses equipamentos.
QUANTO À ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS:
Procuramos organizar as turmas de forma heterogênea, pois acreditamos
que é na diversidade que se efetiva a construção do conhecimento, respeitando o
que prevê a LDB nos dispositivos da lei n.9.394/96 (art. 23).
PERFIL DA POPULAÇÃO ATENDIDA PELA ESCOLA
A comunidade atendida pelo Colégio é bastante diversificada tanto nas
características sociais e econômicas, quanto culturais e educacionais.
Fala-se em características sociais e econômicas quando se constata que o
público assistido pela instituição pertence a diferentes classes sociais, que vão
desde as classes menos favorecidas economicamente até as classes mais
abastadas do município. Percebe-se também as diferentes estruturas familiares
que caracterizam a clientela do colégio, parte dos alunos moram com os avós, ou
só com um dos genitores, o que interfere diretamente na vida do educando,
considerando-se a infância e a adolescência como momentos cruciais na
formação humana. Outro fator relevante que influencia indiretamente no trabalho
pedagógico é o fato dos responsáveis, não terem condições de acompanhar a
vida escolar dos educandos, fazendo com que a escola se sinta a principal
responsável pela educação afetiva, cognitiva e moral dos mesmos, e isso é uma
questão séria, pois a instituição não tem condições de realizar um trabalho
eficiente sem o auxilio da família.
Quanto às características culturais e educacionais, refere-se a alunos
oriundos de diferentes regiões do município, incluindo aí alunos do espaço rural,
com habilidades e necessidades relativas a conhecimento de sua realidade
diferente de um aluno do espaço urbano; ressalta-se também a diversidade,
quanto ao grau de escolaridade dos responsáveis pelos alunos havendo um
percentual considerável de pais analfabetos e com baixa escolaridade, bem como
alguns com Ensino Superior.
Essa diversidade sem dúvida constitui numa riqueza para o trabalho
pedagógico, muito embora os docentes e equipe pedagógica encontrem em
19
momentos de suas práticas, dificuldades em contemplar um campo tão diverso,
visto que muitos são frutos de uma prática pedagógica homogeneizadora, que se
procura superar através de estudos contínuos.
Na questão de trabalho também há uma diversidade grande, com uma
parcela considerável de familiares desempregados ou em subempregos, muitos
são agricultores ou donos do seu próprio negócio.
O curso profissionalizante (Formação de Docentes) apresenta algumas
dificuldades importantes. Os alunos não apresentam uma dificuldade de
aprendizagem muito alarmante. Algo realmente difícil para a realidade deles está
em conciliar trabalho e estudo, pois a grande maioria enfrenta uma jornada de
trabalho que muitas vezes não permite que cheguem no horário previsto para
início das aulas. Outra dificuldade é conseguir tempo para fazer os trabalhos que
os professores solicitam, sendo necessário que seja dado um certo tempo para
realizá-los em sala de aula. A escola oferece uma vasta bibliografia para
pesquisa, bem como um laboratório de informática com internet o que favorece
para um melhor desempenho no processo de aprendizagem dos alunos.
O Curso de Formação, ofertado no Colégio Estadual Santo Inácio de
Loyola trata-se de um curso integrado a nível médio na modalidade normal.
Diante destas informações enfatizamos que um ensino de qualidade para
todos é um dos princípios norteadores da prática educativa, previsto na
Constituição Federal, na LDB 9394/96 e nas Diretrizes Curriculares, e que no
Colégio a aprendizagem de qualidade tem sido um compromisso de todos. O
meio de se verificar a aprendizagem é a avaliação, esta se dá de diferentes
formas, através de testes escritos, trabalhos, apresentações e debates, estes
instrumentos demonstram o quanto e o quê os educandos aprenderam e o
professor quantifica essa aprendizagem através de números.
As notas, a
avaliação através da observação dos professores e a auto-avaliação dos alunos
são os indicadores de aprendizagem.
A formação continuada dos profissionais desta instituição não se restringe
aos cursos oferecidos pela Secretaria de Estado da Educação, além da formação
continuada oferecida pela SEED, (Grupos de Estudos, Semana Pedagógica,
PDE) muitos funcionários tem formação a nível superior e pós-graduação, bem
como participam do Curso Profuncionário.
20
Nas relações de trabalho percebe-se que uma quantia considerável dos
profissionais são muito comprometidos, em se tratando de professores nota-se
grande criatividade e dinamismo, a que oferecem ao processo de ensino
aprendizagem, por outro lado percebe-se a dificuldade em relação a domínio da
turma
por parte de alguns professores o que impulsiona o problema de
indisciplina.
A metodologia de trabalho utilizada pelos docentes varia de professor para
professor, bem como de disciplina para disciplina. Percebe-se que alguns
professores procuram variar suas práticas em sala de aula visando a motivação
do aluno para a aprendizagem, incrementando com rodas de leitura, teatros,
jogos, atividades práticas, enquanto que outros preferem usar sempre as mesmas
estratégias, ás vezes usando o livro didático como o único instrumento de
trabalho.
Em
relação
vislumbrando
em
aos
sua
funcionários,
prática
nota-se
educativa,
a
que
são
superação
comprometidos
de
obstáculos
historicamente construídos na relação entre professores e funcionários. A
qualidade da educação passa necessariamente pela construção coletiva e pela
valorização pessoal e profissional de todos os agentes educativos (professores,
funcionários, pais e alunos). Assim percebe-se que a participação nos encontros
de formação continuada é um fator relevante no crescimento pessoal e
profissional, sendo que muitos já concluíram o curso de formação continuada
(PROFUNCIONÁRIO) e a atuação como educadores está cada vez mais
presentes em suas ações e práticas educativas.
O Grêmio Estudantil que também estava desativado, já está sendo
reorganizado. Acreditamos que uma maior formação faz-se necessária para que o
grupo desenvolva com afinco todas as suas possibilidades de ação.
Observa-se que a participação dos pais é relativamente boa em termos de
presença em reuniões quando são convidados ou convocados, porém percebe-se
que a presença dos mesmos acontece de forma passiva por grande maioria, a
presença voluntária de pais que comparecem à escola e procuram acompanhar
seus filhos é muito pequena.
Todo o direcionamento de um trabalho é influenciado por uma série de
fatores que facilitam ou dificultam o desenvolvimento das mesmas, principalmente
21
no que se refere a organização de horas atividades por disciplina, o que
acreditamos ser uma oportunidade para troca de experiências entre professores
da mesma disciplina, não ser por vontade dos profissionais, mas pela
necessidade do professor ter aulas em mais de uma escola ou até mesmo a
carga horária ou deslocamento dos profissionais não aconteceu a contento as
horas atividades no colégio, entendemos que isso vem prejudicar o processo de
construção do conhecimento, pois o professor ficou de certa forma quase sozinho,
pois até mesmo a participação do professor pedagogo em acompanhar e trocar
idéias com os professores ficou quase impossível.
O Pré Conselho (realizado com alunos e com professores), o Conselho de
Classe (direção, equipe pedagógica e professores) e o Pós Conselho de Classe
(equipe pedagógica, professores e pais), são realizados bimestralmente, para
verificar o andamento do processo ensino-aprendizagem. Percebe-se que o maior
objetivo dessas ações, é o de avaliar a prática desenvolvida, tendo como ponto de
partida os resultados apresentados e buscar coletivamente encaminhamentos que
venham de encontro com as necessidades apresentadas.
ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR:
O Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola -EFMN utiliza o modelo seriado
para organizar o seu tempo escolar. Não existe um critério definido para a
organização das turmas.
RELAÇÃO AVALIAÇÃO E APRENDIZAGEM
O processo avaliativo ocorre de forma em que expressa a aprendizagem
do aluno, avaliando também as ações desenvolvidas pelo professor, a avaliação
está a serviço da aprendizagem, para o aluno verificar os avanços, para o
professor refletir sobre suas ações desenvolvidas e tanto para o aluno quanto
para o professor retomar os conteúdos caso a aprendizagem não tenha ocorrido.
O professor utiliza-se de instrumentos de avaliação, de acordo com a
especificidade de cada disciplina, e segue a proposta de avaliação contida no
regimento interno para verificar quais conhecimentos o aluno já apropriou, e
garantir recuperação daqueles dos quais ainda não possui domínio.
22
COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS
A comunicação dos resultados acontece bimestralmente, onde os pais são
convocados a comparecem na escola para pegar os boletins, bem como os
trabalhos e avaliações feitas pelos alunos no decorrer do bimestre, as quais ficam
arquivadas para acompanhamento dos pais ou responsáveis. A família também é
comunicada quando se faz necessário para encaminhamento do aluno para sala
de recursos, projetos desenvolvidos pela escola, faltas, problemas de indisciplina
ou baixo rendimento escolar e outras necessidades que possam ocorrer.
A fim de promover um ensino de qualidade, contemplamos em nosso
Projeto Político Pedagógico:
A DIVERSIDADE NA ESCOLA E O RECONHECIMENTO DO
MULTICULTURALISMO
Discutir a escola e a diversidade cultural significa compreendê-la na ótica
da cultura, sob um olhar mais denso, que leva em conta a dimensão do
dinamismo, do fazer-se cotidiano, levado a efeito por homens e mulheres,
trabalhadores e trabalhadoras, diversas raças, adultos e adolescentes, enfim
alunos e professores, seres humanos concretos, sujeitos sociais e históricos,
presentes na história. Pensar a escola na sua dimensão sócio-cultural implica,
assim, resgatar o papel dos sujeitos na trama social que constitui, enquanto
instituição. Portanto quando falamos em diversidade estamos falando em aceitar
a heterogeneidade em nossa sala de aula e não podemos nos referir respeito da
mesma sem citarmos o multiculturalismo, portanto o nosso currículo deverá se
constituir numa fonte de valores que permite aos educandos uma participação
política mais ativa, na medida em que começam a experimentar o sentido de se
adotar posturas que tem como base a solidariedade, e a mobilização coletiva,
combatendo uma visão etnocêntrica valorizando um complexo de modos de viver
e trabalhar, enfrentando também o desafio de manter o equilíbrio entre a cultura
local, regional, própria de um grupo social com suas diversidades, e uma cultura
universal,
patrimônio
hoje
da
humanidade.
Sendo
assim,
adotaremos
procedimentos que remetem à compreensão e culminem a revisão de nossas
práticas pedagógicas, pois a escola priorizará os valores que permitem aos
23
educandos uma participação política mais ativa, com o reconhecimento às
relações sociais em suas especificidades, pois a democracia e a cidadania
fundamentam-se no respeito à diversidade e originalidade.
INCLUSÃO
A inclusão educacional requer uma revolução de paradigmas. Não significa
apenas colocar pessoas com necessidades especiais num lugar em que não
costumavam estar, não mais perceber a deficiência e sim, suas possibilidades de
superação, significa rever a função social da escola. Inclusão significa dar
oportunidades diferentes, considerando a semelhança de direitos e a capacitação
da cidadania. Sendo assim, o processo de inclusão educacional exige
planejamento
mudanças
sistêmicas
político-administrativas
na
gestão
educacional, que envolvem desde a alocação de recursos governamentais até a
flexibilização curricular que ocorre em sala de aula. O mundo necessita
urgentemente de cidadãos éticos, dotados de espírito crítico e cooperativo,
qualidades que só brotam do convívio com a diversidade, além disso sabemos
que a inclusão escolar de alunos que apresentam necessidades educacionais
especiais na rede regular de ensino não consiste apenas em sua permanência
física junto aos demais educandos, portanto consideramos de suma importância
implementarmos no Projeto Político- Pedagógico o compromisso de nossa escola
com uma educação de qualidade para todos os alunos, favorecendo a
acessibilidade, a flexibilização curricular, a adoção de adaptações curriculares,
que caracterizam sua opção por práticas heterogêneas e inclusivas, sabendo que
nossa realidade não condiz com sonho de uma escola inclusiva. Falta uma
transformação no espaço físico da escola e um melhor preparo da Comunidade
Escolar.
EDUCAÇÃO DO CAMPO
Ao contemplarmos a Educação do Campo em nosso Projeto Político –
Pedagógico consideramos importante salientar que valorizar a cultura dos povos
do campo significa criar vínculos com a comunidade, gerando um sentimento de
24
pertença de onde se vive. Isto possibilita a criação de uma identidade cultural que
leve o aluno a compreender o mundo e transformá-lo. Para que estas ações se
concretizem é necessário repensar a organização dos saberes escolares, isto é,
os conteúdos a serem trabalhados e as formas de encaminhamento
metodológico, utilizando alternativas de como encaminhá-las. Ainda há que se
considerar toda a dinâmica da vida do campo com seus ciclos produtivos, período
de pesca e turismo, épocas de chuva, entre outros, que devem ser considerados
na elaboração do calendário escolar, evitando assim, a evasão ou um número
excessivo de falta de alunos em determinados períodos do ano.
A valorização do campo nas propostas educacionais depende de cada um
de nós. As questões do campo podem ser compreendidas mediante a atitude
coletiva e de indagação sobre a trajetória da institucionalização dos tempos
escolares e da escola como lugar de aquisição do conhecimento. A superação de
uma realidade pressupõe conhecimento e apreensão dos elementos que a
compõem, portanto, capacidade de argumentação.
Para concluir, a educação do campo só tem sentido quando pensada
atrelada à questão agrária que a muito inquieta os trabalhadores de todos os
campos.
CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA
A educação constitui-se um dos principais ativos e mecanismos de
transformação de um povo e é papel da escola, de forma democrática e
comprometida com a promoção do ser humano na sua integralidade, estimular a
formação de valores, hábitos e comportamentos que respeitem as diferenças e as
características próprias de grupos e minorias. Assim, a educação é essencial no
processo de formação de qualquer sociedade e abre caminhos para a ampliação
da cidadania de um povo.
A obrigatoriedade de inclusão de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana nos currículos da Educação Básica trata-se de decisão política, com
fortes repercussões pedagógicas, inclusive na formação de professores. Com
esta medida, reconhece-se que, além de garantir cotas sociais nos bancos
escolares, é preciso valorizar devidamente a história e cultura de seu povo,
25
buscando reparar danos, que se repetem a cinco séculos, à sua identidade e a
seus direitos. A relevância do estudo de temas decorrentes da história e cultura
afro- brasileira e africana não se restringe à população negra, ao contrário, diz
respeito a todos os brasileiros, uma vez que devem educar-se enquanto cidadãos
atuantes no seio de uma sociedade multicultural e pluriétnica, capazes de
construir uma nação democrática.
Combater o racismo, trabalhar pelo fim da desigualdade social e racial,
empreender reeducação das relações étnico-raciais não são tarefas exclusivas da
escola. As formas de discriminação de qualquer natureza não têm o seu
nascedouro na escola, porém o racismo, as desigualdades e as discriminações
correntes na sociedade perpassam por ela. Constatamos que, para que nossa
escola, desempenhe a contento o papel de educar, é necessário que se constitua
em espaço democrático de produção e divulgação de conhecimentos e de
posturas que visa a uma sociedade justa. Sendo assim, sabemos que a escola
tem papel preponderante para a eliminação das discriminações e para
emancipação
dos
grupos
discriminados,
ao
proporcionar
acesso
aos
conhecimentos científicos, a registros culturais diferenciados, à conquista de
racionalidade que rege as relações sociais e raciais, a conhecimentos avançados,
indispensáveis para consolidação e concerto das nações como espaços
democráticos e igualitários.
Assim sendo, a educação das relações étnico-raciais impõe aprendizagens
entre brancos e negros, trocas de conhecimentos, quebra de desconfianças,
projeto conjunto para construção de uma sociedade justa, igual, equânime.
Para obter êxito, nossa escola e professores não podem improvisar. Temos
que desfazer a mentalidade racista e discriminadora secular, superando o
etnocentrismo
europeu,
reestruturando
relações
étnico-raciais
e
sociais,
desalienando processos pedagógicos. Isto não pode ficar reduzido a palavras e a
raciocínios desvinculados da experiência de ser inferiorizados vivida pelos negros,
tão pouco das baixas classificações que lhes são atribuídas nas escalas de
desigualdades sociais, econômicas, educativas e políticas.
26
EDUCAÇÃO FISCAL
A principal característica desse início de século é a velocidade das
mudanças que ocorrem em todas as áreas: econômicas, sociais, culturais,
tecnológicas, institucionais e do capital humano. Podem-se identificar alguns
fenômenos mundiais responsáveis pela aceleração dessas transformações que
impactaram de forma profunda a economia e as sociedades: globalização,
abertura do mercado, transnacionalização da produção, consciência ecológica,
reconhecimento dos direitos humanos e aprimoramento da cidadania.
Desta forma para que haja mudança de comportamento na sociedade, com
despertar da consciência de cidadania, é necessária uma ação educativa
permanente e sistemática, voltada para o desenvolvimento de hábitos, atitudes e
valores. A Educação Fiscal é um trabalho de sensibilização da sociedade para a
função socioeconômica do tributo. Nesta função, o aspecto econômico, refere-se
a otimização da receita pública, e o aspecto social, diz respeito à aplicação dos
recursos em benefício da população.
A proposta deixa de lado, portanto, o objetivo imediato de aumento da
arrecadação, passando a focalizar o interesse social. O Programa Nacional de
Educação Fiscal tem escopo muito amplo; busca o entendimento, pelo cidadão,
da necessidade e da função social do tributo, assim como dos aspectos relativos
à administração dos recursos públicos.
Com o envolvimento do cidadão no acompanhamento da qualidade e dos
gastos públicos, estabelece-se controle social sobre
o desempenho dos
administradores públicos e asseguram-se melhores resultados sociais. O
aumento da cumplicidade do cidadão em relação às finanças públicas torna mais
harmônica sua relação com o estado. Este é o estágio de convivência desejável e
esperado.
Desta maneira a implementação do Programa Nacional de Educação Fiscal
deverá ocorrer de forma contextualizada contemplada em todas as disciplinas na
forma de projetos.
27
TECNOLOGIA NO COTIDIANO ESCOLAR
“As tecnologias invadem nosso cotidiano”. Essa é uma das frases mais
utilizadas hoje em dia para se referir aos equipamentos com os quais lidamos nas
atividades rotineiras. Pensadores contemporâneos e a mídia em geral afirmam
que vivemos em uma sociedade tecnológica. Essas referências encaminham para
um pensamento a oposição entre a nossa natureza humana e a “máquina”, forma
concreta com que a tecnologia é reconhecida.
A democratização do acesso aos novos produtos tecnológicos, como
computadores e Internet, é um desafio para a sociedade atual, que demanda
esforços e mudanças nas esferas econômicas e educacionais. Para que todos
possam ter informações e utilizar de modo confortável as novas tecnologias, é
preciso um grande esforço educacional. Como elas estão em permanente
evolução, a aprendizagem contínua é consequência natural do momento social e
tecnológico que se vive, a ponto de poder se afirmar que essa é uma “sociedade
da aprendizagem”. Diante dessa realidade, o papel do professor também se
altera. Em nossa escola muitos professores já sentiram que precisam mudar sua
maneira de ensinar – querem se adaptar ao ritmo e as exigências educacionais
dos novos tempos e anseiam por oferecer um ensino de qualidade, adequado às
novas exigências e profissionais. Colocam-se como mestres e aprendizes, com a
expectativa de que por meio da interação estabelecida na comunicação didática
com os alunos, a aprendizagem aconteça para ambos.
É bom lembrar que as dificuldades relativas à mudança são inerentes a
qualquer sistema permanente- indivíduos, grupos ou organizações. Ao longo do
funcionamento de uma organização escolar surgem e cristalizam-se estruturas de
poder e focos de cultura que resistem a mudanças, principalmente tecnológicas.
Sabemos que o uso das tecnologias trará vários benefícios para o trabalho
pedagógico com o aluno, sendo assim a partir da visão dos processos mais gerais
do contexto escolar, o gestor pode se utilizar do conflito estabelecido para
potencializar um momento de aprendizagem coletiva de forma colaborativa. Ou
seja, pode ser um agente de promoção da aprendizagem organizacional.
28
INTEGRAÇÃO COMUNIDADE E ESCOLA
No Brasil, a própria Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB) determinam a participação dos pais para a efetivação
do processo da gestão democrática nas escolas. Entretanto, mais do que o
cumprimento de uma determinação legal, a busca pelo fortalecimento dessa
parceria colaborativa se apresenta, no atual contexto social, como um dos poucos
caminhos viáveis para que as escolas e famílias consigam superar as dificuldades
que vêm enfrentando na educação de seus filhos/alunos. Pode-se assim traduzir
a busca pela promoção de uma parceria permanente entre família e escola como
um esforço com interesses mútuos envolvidos – um caminho de colaboração de
mão dupla. Para que isto aconteça o passo mais importante é que a escola seja
receptiva e convidativa a todas as famílias. É necessário que haja um elo de
ligação por meio de encontros e reuniões periódicas e atividades que envolvam
os mesmos.
A participação de todos no processo decisório das políticas educacionais é
de grande relevância para se promover o sucesso das ações escolares. Na
perspectiva da escola há atualmente um reconhecimento de que a educação de
uma criança ou adolescente é tarefa árdua e complexa que requer um esforço
conjunto com a família; e já não se concebe, como há alguns anos, a
transferência de responsabilidade ou atribuição de culpa pelo fracasso nesta
tarefa da escola para a família, ou da família para a escola.
29
6. ATO CONCEITUAL
O Marco Conceitual tem como objetivo deixar claro para a comunidade
escolar quais são as concepções da escola. O que a instituição escolar tem como
princípio, qual educação, qual homem e qual sociedade tem o objetivo de
construir.
A escola precisa ter essas informações claras, pois toda ação dentro do
processo ensino-aprendizagem deve ter como objetivo o que queremos construir.
CONCEPÇÃO FILOSÓFICA
Em Reunião Pedagógica, o coletivo do Colégio Santo Inácio de LoyolaEFMN, refletiu sobre as grandes Linhas Filosóficas existentes O Liberalismo e o
Materialismo Histórico. Concluíram que diante da sociedade atual e das
necessidades existentes, o Materialismo Histórico vem de encontro com o que
almejamos para o modelo de sociedade que queremos construir e também para a
escola que sonhamos. A metodologia que vem de encontro com essa concepção,
é a histórico- crítica, que parte de uma prática social existente, de conhecimentos
do senso comum, a problematiza utilizando conceitos científicos que serão
buscados coletivamente, tendo como resultado final uma nova prática social, que
não será o ponto final do processo ensino/aprendizagem, mas o ponto inicial de
uma nova problematização.
A seguir vamos expor o que se entende por homem, Educação,
conhecimento, trabalho e avaliação dentro da concepção escolhida.
CONCEPÇÃO DE HOMEM
É importante considerarmos o homem não somente como natural, mas um
ser social e principalmente histórico capaz de agir na natureza transformando-a
pelo seu trabalho. Segundo Santoro, o homem “... é aquele que na sua
convivência coletiva, compreende suas condições existenciais transcende-as e
reorganiza-as, superando a condição de objeto, caminhando na direção de sua
emancipação participante da história coletiva”.
30
Por esta razão devemos compreender o homem em suas relações, pois é
através delas que se constrói sua existência material. De acordo com Paro
(2004,) é na existência material que o homem produz conhecimentos, técnicas,
valores,comportamentos,atitudes
bem
como
acumula
saberes
produzidos
historicamente.
Todavia no relacionamento que o homem estabelece com o seu
semelhante e com a natureza, não deve fugir do caráter humano, prevalecendo a
solidariedade, a cooperação, o respeito a individualidade, á liberdade, evitando
qualquer relação de dominação, pois essa seria a negação da condição humana.
CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
O Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola EFMN entende a educação
como uma prática social, uma atividade específica dos homens.
“Educação é um fenômeno próprio dos seres humanos, significa afirmar
que ela é, ao mesmo tempo, uma exigência do e para o processo de
trabalho, bem como é ele próprio, um processo de trabalho.” (SAVIANI,
1992, p. 19).
Vista como processo de desenvolvimento da natureza humana, a educação
tem suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem, que dela
necessita para constituir-se e transformar a realidade. Portanto o colégio
compreende que pode realizar um projeto de sociedade, trabalhando pela
democratização desta sociedade com seus determinantes e condicionantes e pela
sua transformação política, social e econômica.
Numa perspectiva Progressista Histórico-Crítica a educação deve ser
responsável pela apropriação do saber universal, pela socialização do saber
elaborado às camadas populares. Assim deve-se entender a apropriação crítica e
histórica do conhecimento enquanto instrumento de compreensão da realidade
social e atuação crítica e democrática para a transformação desta realidade
contribuindo para diminuir a seletividade social.
Tendo em vista a desigualdade social, este estabelecimento tem como
visão diminuir essas desigualdades através do acesso e permanência a todos os
alunos à escola, inclusive os portadores de necessidades especiais. “Educação é
31
um fenômeno próprio dos seres humanos, significa afirmar que ela é, ao mesmo
tempo, uma exigência do e para o processo de trabalho, bem como é ela própria,
um processo de trabalho”.(SAVIANI, 1992, p.19)
CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO
Compreende-se que o conhecimento é produzido nas relações sociais
mediadas pelo trabalho, sendo assim, tem-se claro que o conhecimento não
ocorre individualmente e por acaso. Ele acontece no social gerando mudanças
internas e externas ao cidadão e nas relações sociais, nas ações intencionais do
homem nas suas práticas sociais.
Segundo Leonardo Boff:
“Conhecer implica pois, fazer uma experiência e a partir dela ganhar
consciência e capacidade de conceptualização. O ato de conhecer,
portanto, representa um caminho privilegiado para a compreensão da
realidade, o conhecimento sozinho não transforma a realidade;
transforma a realidade somente a conversão do conhecimento em ação.
(2000, p.82).
CONCEPÇÃO DE TRABALHO
O trabalho deve ser entendido como uma ação transformadora do homem
sobre a natureza, modifica também a maneira de pensar agir e sentir de modo
que nunca permanecemos os mesmos ao fim de uma atividade, qualquer que ela
seja. É nesse sentido que dizemos que pelo trabalho o homem se auto produz e
ao mesmo tempo, que produz sua própria cultura.
CONCEPÇÃO ENSINO/APRENDIZAGEM
A metodologia que vem de encontro com a concepção filosófica da escola
e que precisa ser consolidada pelos professores do Ensino Fundamental, Médio e
Normal é a Histórico Crítica valorizando os conhecimentos prévios que os alunos
tem sobre os assuntos abordados. Em consonância com esse conhecimento são
trabalhados conhecimentos historicamente construídos pela humanidade, através
de aulas expositivas, pesquisas, relatórios, seminários, confecção de materiais,
32
transformando
o
conhecimento
antes
baseado
no
senso
comum
em
conhecimento cientifico.
CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
Avaliar é uma atividade complexa e requer especial atenção,
reflexão e tomada de decisão consciente e legal. Precisa ser entendida como
ajuste de conduta durante o processo de ensino aprendizagem. Cabe ao
professor reavaliar sua prática de trabalho constantemente, verificando assim se a
aprendizagem de todos está sendo garantida, ao aluno fazer uma tomada de
consciência e saber dos seus avanços e que caminhos tomar para superar suas
dificuldades, á escola perceber onde precisa investir para que o conhecimento se
concretize.
“Há que se distinguir, inicialmente, ‘avaliação’ e ‘nota’, avaliação é um
processo abrangente da existência humana, que implica uma reflexão
crítica sobre a prática, no sentido de captar seus avanços, suas
resistências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão
sobre o que fazer para superar obstáculos.”(Vasconcellos 2005, p. 33).
Nesse sentido a avaliação se distancia da função classificatória
e passa a assumir a função emancipadora, e desse modo orientar todo o
processo de ensino aprendizagem. Entendendo a avaliação dessa maneira
o Colégio tem como proposta que a mesma garanta igualdade de
oportunidade e aprendizagem a todos, utilizando-se da avaliação
diagnóstica, contínua e formativa.
A avaliação Diagnostica tem dois objetivos básicos: identificar
os conhecimentos do aluno e adequar ao nível de aprendizagem. A partir
do momento que o professor está ciente do que o seu aluno realmente
sabe, ou o que ainda não aprendeu, tem condições de planejar, organizar o
seu trabalho tendo como base os conhecimentos prévios do aluno.
A avaliação formativa é um meio pedagógico que contribui para o
desenvolvimento das capacidades melhorando a aprendizagem do aluno e a
qualidade do ensino. Quando se opta por esta modalidade de avaliação pode-se
fazer uso de várias técnicas e métodos como auto-avaliação, observação
33
sistemática por parte dos professores, trabalhos em grupo, avaliação escrita,
relatórios e debates que permitirão recolher dados relativos aos vários domínios
da aprendizagem que revelam os conhecimentos adquiridos, as capacidades e
atitudes desenvolvidas. A Avaliação Formativa é a forma de avaliação em que a
preocupação central reside em coletar dados para reorientação do processo de
ensino-aprendizagem. Trata-se de uma "bússola orientadora" do processo de
ensino-aprendizagem. A avaliação formativa não deve assim exprimir-se através
de uma nota, mas sim por meio de dados concretos.
A avaliação contínua precisa fazer parte do planejamento diário do
professor: o que nos coloca que ela deve ser realizada sempre que possível em
situações normais, evitando a exclusividade da rotina artificial das situações de
provas, na qual o aluno é medido somente naquela situação específica,
abandonando-se tudo aquilo que foi realizado em sala de aula antes da prova. A
observação, registrada, é de grande ajuda para o professor na realização de um
processo de avaliação contínua.
A avaliação emancipadora, encerra a compreensão de que esta é
mais uma etapa do processo de aprendizagem. Avaliar é diagnosticar a realidade,
verificar o que foi aprendido e a partir desta constatação “tomar uma decisão”, ou
seja repensar a prática pedagógica para que o educando possa efetivamente
atingir as aprendizagens necessárias para o seu desenvolvimento. Assim a
avaliação é um processo que emancipa alunos e professores, todos precisam ser
avaliados e avaliar seus processos e comprometerem-se na busca para superar
as dificuldades encontradas no percurso de aprender e ensinar.
Na avaliação do aluno deverão ser considerados os resultados durante
todo
o
período
letivo,
num
processo
contínuo,
expressando
o
seu
desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do
nível de apropriação dos conhecimentos básicos.A recuperação de estudos darse-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem. A
recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados.
34
A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos e
os conteúdos da disciplina em que o aproveitamento do aluno foi considerado
insuficiente.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressas em
uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
PRINCÍPIO DE GESTÃO DEMOCRÁTICA E INSTRUMENTOS DE AÇÃO
COLEGIADA
CONCEPÇÃO DE GESTÃO
A gestão da escola é entendida como um ato político, pois implica sempre
uma tomada de posição dos participantes no processo educativo. Mas também
estamos, através da prática da gestão, mostrando que modelos de sociedade
defendem e têm como objetivo construir.
Se defendermos uma sociedade democrática e participativa, é necessário
que o modelo de gestão da escola rompa com os modelos de administração
empresarial e busque no dia-a-dia, nas relações, a construção de uma Gestão
Democrática participativa.
Segundo Vitor Paro (1997) quando falamos “gestão democrática da escola”
parece já estar necessariamente implícita a participação da população em tal
processo, no entanto observamos como essa participação é limitada. O autor
ainda afirma que a participação da comunidade na escola, como todo processo
democrático se faz ao caminhar, e podemos acrescentar que os instrumentos de
ação colegiada devem ser a estrada para esse caminhar.
A gestão democrática para efetivar-se nas práticas dentro da escola, além
de primar pela participação da comunidade nas decisões de âmbito pedagógico e
administrativo, também deve, segundo PARO (1997), romper com práticas
autoritárias no processo de ensino/aprendizagem.
Diante dos princípios de gestão democrática, o aluno deve ser afirmado
constantemente como sujeito do ato de aprender, e não responsabilizado pelo
seu fracasso escolar. Por esta razão, a escola, que tem como princípio a gestão
35
democrática, deve garantir o acesso, a permanência e qualidade do processo
educacional para todos os alunos que a frequentam.
Para isso, é necessário a efetiva participação das instâncias colegiadas. A
seguir estaremos expondo as atividades e objetivos de cada instância colegiada
dentro da instituição escolar.
CONSELHO ESCOLAR
Entendemos que o Conselho Escolar é um órgão colegiado composto por
representantes da comunidade escolar e local, que tem como atribuição deliberar
sobre questões políticos-pedagógicas, administrativas, financeiras, no âmbito da
escola. Cabe ao Conselho, também, analisar as ações a empreender e os meios
a utilizar para o cumprimento das finalidades da escola, possibilitando a
participação social e promovendo a gestão democrática.
Conselho Escolar deve atuar na escola como sustentáculo do Projeto
Político Pedagógico e também na sua construção e avaliação constante.
Além disso, o Conselho Escolar deve contribuir decisivamente para a
criação de um novo cotidiano escolar, no qual a escola e comunidade se
identificam no enfrentamento não só dos desafios escolares imediatos, mas dos
graves problemas sociais vividos na realidade brasileira.
É importante destacar que o Conselho Escolar deve desenvolver na escola
as seguintes funções:
Deliberativas: Quando decidem sobre o Projeto Político Pedagógico e
outros assuntos da escola, aprovam encaminhamentos de problemas, garantem a
elaboração de normas internas e o cumprimento das normas dos sistemas de
ensino e decidem sobre a organização e o funcionamento geral das escolas,
propondo à direção as ações a serem desenvolvidas. Devem participar da
elaboração das normas internas da escola sobre questões referentes ao seu
funcionamento nos aspectos pedagógicos, administrativo ou financeiro.
Consultivas: Pois tem um caráter de assessoramento, analisando as
questões encaminhadas pelos diversos segmentos da escola e apresentando
sugestões ou soluções, que poderão ou não ser acatadas pela direção escolar.
36
Fiscais: Devem acompanhar a execução das ações pedagógicas,
principalmente no que se refere ao Projeto Político Pedagógico. Também as
ações administrativas e financeiras, avaliando e garantindo o cumprimento das
normas da escola e qualidade social do cotidiano escolar.
Mobilizadoras: No sentido de promover a participação, de forma
integrada, dos segmentos representativos da escola e da comunidade local em
diversas atividades, contribuindo assim para a efetivação da democracia
participativa e para a melhoria da qualidade social da educação.
APMF – ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS
A APMF (pessoa jurídica de direito privado) é um órgão de representação
dos pais, mestres e funcionários do estabelecimento de ensino, não tendo caráter
político-partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos.
Tem como objetivo segundo estatuto, discutir no seu âmbito de ação, sobre
ações de assistência ao educando, de aprimoramento de ensino e integração da
família – escola – comunidade, enviando sugestões, em consonância com o
Projeto Político Pedagógico, para apreciação do Conselho Escolar e Equipepedagógica- administrativa.
Essa instituição também deve prestar assistência aos educandos,
professores e funcionários, assegurando-lhes melhores condições de trabalho, e
integração dos segmentos da sociedade organizada. Discutindo a política
educacional, visando sempre a realidade da comunidade para proporcionar
oportunidades ao educando em participar do processo como um todo, incentivar
sua participação em grêmio estudantil e ainda, promover o entrosamento entre
pais, alunos, professores, funcionários e toda a comunidade escolar.
A APMF deve gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que
lhes forem repassados através de convênios, conforme prioridades estabelecidas
em coletividade e também, colaborar com a manutenção e
conservação do
prédio escolar e suas instalações. Sobre as demais atribuições da APMF deve-se
verificar o estatuto da APMF do Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola EFMN.
37
GRÊMIO ESTUDANTIL
O movimento estudantil historicamente teve e tem uma função social
importantíssima
para
a
democratização
da
sociedade
(Diretas
Já,
Impeachment...) e também para a democratização da escola.
A participação do Corpo Discente, representados pela Instituição Grêmio
Estudantil, deve garantir autonomia e espaço de atuação direta nas decisões em
relação a defesa dos interesses individuais e coletivos dos alunos do Colégio,
lutando pela democracia permanente na escola, através do direito de participação
nos fóruns internos de deliberação da Escola. Além disso, o grêmio poderá
contribuir para a promoção em relação à cooperação entre administradores,
funcionários, professores e alunos no trabalho escolar buscando seus
aprimoramentos. Poderá também, buscar intercâmbios e colaboração de caráter
cultural e educacional com outras instituições de caráter educacional, e estar em
contato com entidades como: UBES (União Brasileira dos Estudantes
Secundaristas e UPES (União Paranaense dos Estudantes Secundaristas).
ATRIBUIÇÕES DO DIRETOR
Art. 19 - Compete ao diretor (a) :
I – cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;
II – coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do
Projeto Político-Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo
Conselho Escolar;
III - coordenar e incentivar a qualificação permanente dos
profissionais da Educação;
IV – implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de
ensino em observância as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
V- Coordenar a elaboração do plano de ação do estabelecimento
de ensino e submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;
VI - convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando
encaminhamento às decisões tomadas coletivamente;
38
VII - elaborar os planos de aplicação financeira sob sua
responsabilidade, consultando a comunidade e colocando em edital público;
VIII - prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à
aprovação do Conselho Escolar e fixando em edital público;
IX - coordenar a construção coletiva do regimento escolar, em
consonância com a legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho
Escolar e após encaminhá-lo ao NRE para a devida aprovação;
X – garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino
e deste com os órgãos da administração estadual;
XI - encaminhar aos órgãos competentes
as propostas de
modificações no ambiente escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho
Escolar;
XII – elaborar o calendário escolar de acordo com às orientações
da mantenedora e submeter à apreciação do Conselho Escolar, encaminhando
ao NRE para homologação;
XIII - assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula
e
horas-atividades estabelecidos;
XIV – promover grupos de trabalho e estudos ou comissões
encarregadas de estudar e propor alternativas para atender aos problemas de
natureza pedagógica- administrativa no âmbito escolar;
XV- propor à Secretaria de Estado da Educação, após aprovação
do Conselho Escolar, alterações na oferta de serviços de ensino prestados pela
escola, propondo abertura ou fechamento de cursos;
XVI - analisar os regulamento internos e encaminhá-los ao
Conselho Escolar para aprovação;
XVII - presidir o Conselho de Classe , dando encaminhamento às
decisões tomadas coletivamente;
XVIII – definir horário e escalas de trabalho da equipe técnicoadministrativa e equipe auxiliar operacional;
XIX - criar processos de integração da escola com a comunidade;
XX – solicitar ao NRE, suprimento e cancelamento de demanda
de funcionários e professores do estabelecimento, observando as instruções
emanadas da SEED;
39
XXI – participar com o(s) pedagogo(s) da análise e definição de
projetos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de
ensino;
XXII – cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de
vigilância sanitária e epidemiológica;
XXIII – assegurar a realização do processo de avaliação
institucional do estabelecimento de ensino;
XXIV– cumprir e fazer cumprir o disposto no presente regimento
escolar;
XXV– Cabe à Direção do estabelecimento viabilizar ao educando
a preparação básica para o trabalho e a cidadania para continuar aprendendo, de
modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de
ocupação ou aperfeiçoamento posteriores. Desta forma contribuir dando
subsídios para a educação profissional;
ATRIBUIÇÕES DO DIRETOR AUXILIAR
Art.20 – Compete ao Diretor Auxiliar assessorar o Diretor em
todas as suas atribuições e substituí-lo na sua falta ou por algum impedimento.
ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE PEDAGÓGICA
Art. 33- A equipe pedagógica é responsável pela coordenação,
implantação e implementação no estabelecimento de ensino das diretrizes
pedagógicas definidas no Projeto Político-Pedagógico e no Regimento Escolar,
em consonância com a Política Educacional e orientações emanadas da
Secretaria de Estado da Educação.
Art.34 - A equipe pedagógica, mencionada no artigo anterior, é
composta por professor graduado em Pedagogia, conforme Artigo 5º, § 4º da Lei
Complementar nº 103/2004, que dispõe sobre o Plano de Carreira do Professor
da Rede Estadual Básica do Paraná.
Art.35 - Compete a Equipe Pedagógica:
40
I - coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do
projeto político-pedagógico e do plano de ação do estabelecimento de ensino;
II - orientar a comunidade escolar na construção de um processo
pedagógico numa perspectiva democrática;
III - participar e intervir, junto à direção, da organização do
trabalho pedagógico escolar no sentido de realizar a função social e a
especificidade da educação escolar;
IV - coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta
pedagógica da escola, a partir das políticas educacionais da SEED/PR e das
Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
V - orientar o processo de elaboração dos planejamentos de
ensino junto ao coletivo de professores da escola;
VI - promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de
estudo para reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho
pedagógico visando a elaboração de propostas de intervenção para a qualidade
de ensino para todos;
VII - participar da elaboração do projeto de formação continuada
dos profissionais da escola, que tenham como finalidade a realização e o
aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;
VIII - atuar, junto ao coletivo de professores, na elaboração de
planos de recuperação de estudos, a partir das necessidades de aprendizagem
identificadas em sala de aula;
IX - organizar a realização dos conselhos de classe, de forma a
garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico
desenvolvido no estabelecimento de ensino;
X- coordenar a elaboração de propostas de intervenção
decorrentes dos resultados do conselho de classe;
XI - subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo
de professores da escola, promovendo estudos sistemáticos, trocas de
experiência, debates, oficinas pedagógicas;
XII - organizar a hora-atividade dos professores da escola, de
maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de reflexão-ação sobre o
processo pedagógico desenvolvido em sala de aula;
41
XIII – proceder a análise dos dados do aproveitamento escolar de
forma a desencadear um processo de reflexão sobre os mesmos, junto à
comunidade escolar, com vistas à promover a aprendizagem de todos os alunos;
XIV-
coordenar
o
processo
coletivo
de
elaboração
e
aprimoramento do Regimento Escolar da escola, garantindo a participação
democrática de toda a comunidade escolar;
XV- participar do Conselho Escolar, quando representante do seu
segmento, subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões
acerca da organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;
XVI- coordenar a elaboração de critérios para aquisição,
empréstimo e seleção de materiais, equipamentos e/ou livros de uso didáticopedagógico, a partir do projeto político-pedagógico do estabelecimento de ensino;
XVII- participar da organização pedagógica da biblioteca da
escola, assim como do processo de aquisição de livros, revistas, fomentando
ações e projetos de incentivo à leitura;
XVIII- propiciar o desenvolvimento da representatividade dos
alunos e sua participação nos diversos momentos e órgãos Colegiados da escola;
XIX- coordenar o processo democrático de representação
docente de cada turma;
XX - coordenar a organização do espaço-tempo escolar a partir
do projeto político-pedagógico do estabelecimento de ensino, na definição e
distribuição do horário semanal das aulas e disciplinas;
XXI - coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de
aulas e disciplinas a partir de critérios legais, pedagógico-didáticos e da proposta
pedagógica do estabelecimento de ensino;
XXII - promover a construção de estratégias pedagógicas de
superação de todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social;
XXIII- coordenar a análise de projetos a serem inseridos no
projeto político-pedagógico do estabelecimento de ensino;
XXIV- acompanhar o processo de avaliação institucional do
estabelecimento de ensino;
XXV- participar na elaboração do regulamento de uso dos
espaços pedagógicos;
42
XXVI- orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de
procedimentos didático-pedagógicos referentes à avaliação processual e dos
processos
de
classificação,
reclassificação,
aproveitamento
de
estudos,
adaptação e progressão parcial;
XXVII- organizar registros de acompanhamento da vida escolar
do aluno;
XXVIII- organizar registros para o acompanhamento da prática
pedagógica dos profissionais do estabelecimento de ensino;
XIX - coordenar e acompanhar o processo de avaliação
educacional no contexto escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de
aprendizagem, visando encaminhamento aos serviços e apoios especializados da
Educação Especial, se necessário.
XXX- acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem
dos alunos, realizando contato com a família com o intuito de promover ações que
visem o desenvolvimento integral, inclusive na sala de recursos, e atividades
extra-escolares;
XXXI - acompanhar a freqüência escolar dos alunos, contatando
as famílias e encaminhando para os órgãos competentes quando necessário;
XXXII- acionar serviços de proteção à criança e adolescente,
sempre que houver necessidade de encaminhamentos;
XXXIII - acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com
necessidades educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações
físicas e curriculares e no processo de integração e inclusão na escola;
XXXIV- manter contato com os professores dos serviços e apoios
especializados , dos alunos com necessidades educativas especiais, para
intercâmbio de informações e trocas de experiências, visando a articulação do
trabalho pedagógico entre Educação Especial e Ensino Regular;
XXXV- assessorar a direção da escola em questões disciplinares
com alunos, professores e funcionários;
XXXVI- zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos,
professores, funcionários e famílias;
43
XXXVII - acompanhar as coordenações do Curso de Formação de
Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível
Médio, na Modalidade Normal.
ATRIBUIÇÕES DAS COORDENAÇÕES DO CURSO DE FORMAÇÃO DE
DOCENTES
Art. 36 – Na Educação profissional (Curso de Formação de
Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível
Médio, na Modalidade Normal) as coordenações Pedagógicas
atendem as
seguintes especificidades:
I - Coordenação do Curso;
II - Coordenação de Estágio Supervisionado ( Prática de Formação).
ATRIBUIÇÕES DO COORDENADOR DO CURSO
Art.37- Cabe ao Coordenador do Curso na Educação Profissional:
I - orientar os professores quanto à elaboração da proposta
pedagógica, plano de curso, e a articulação da mesma com a prática social e o
mundo do trabalho, mediada pelos conteúdos relativos a sua área de atuação;
II -orientar os alunos quanto às dúvidas em relação a conteúdos,
horários de aula, aproveitamento de estudos, etc.
III -definir necessidades de materiais de consumo e de
equipamentos de laboratório pertinentes a sua área de atuação;
IV -controlar a necessidade de manutenção e/ou conserto de
equipamentos danificados;
V -supervisionar o cumprimento do horário das aulas para as
turmas do curso sob sua coordenação;
VI -analisar pedidos de aproveitamento de estudos e adaptações
em conjunto com os professores e equipe pedagógica – administrativa;
VII -acompanhar o plano de trabalho dos professores, quanto ao
desenvolvimento dos conteúdos estabelecidos para a disciplina e carga horária;
44
VIII -providenciar e divulgar material didático necessário para o
desenvolvimento do trabalho pedagógico;
IX -coordenar reuniões sistemáticas com professores e técnicos
da Unidade Didático-Pedagógica para a avaliação do processo de ensino e
prática pedagógica;
X- organizar grupos de estudos para aprofundar temas que
contribuam para a atualização docente;
XI- promover a articulação com a equipe pedagógica da escola
para a discussão e avaliação do curso;
XII- sugerir procedimentos metodológicos inovadores,
acompanhando a evolução dos conhecimentos técnicos e tecnológicos, próprio do
curso;
XIII -acompanhar as atividades de estágio dos alunos em conjunto
com a coordenação de estágio.
ATRIBUIÇÕES DO COORDENADOR DE PRÁTICA DE FORMAÃO (ESTÁGIO)
Art.38-
Cabe
ao
Coordenador
de
Estágio
na
Educação
Profissional:
elaborar e coordenar o Plano de Estágio, segundo as orientações da
Secretaria de Estado da Educação;
acompanhar e coordenar o desenvolvimento do aluno no local de estágio;
orientar os alunos estagiários quanto à importância da articulação dos conteúdos
apreendidos com a prática, no local de estágio;
acompanhar as atividades do(s) Professor(es) Orientador(es);
organizar a Banca de Avaliação de Estágio;
manter o coordenador do curso e os professores informados quanto ao processo
de articulação teoria-prática;
acompanhar as atividades de estágio dos alunos em conjunto com a coordenação
de curso.
ATRIBUIÇÕES DO CORPO DOCENTE
45
Art. 39– É constituída de professores regentes conforme Artigo 5º,
§ 1º da Lei Complementar nº 103/2004, que dispõe sobre o Plano de Carreira do
Professor da Rede Estadual de Educação Básica do Paraná.
Art. 40- Compete aos docentes:
I – participar da elaboração e implementação do Projeto PolíticoPedagógico do estabelecimento de ensino, construído
de forma coletiva e
aprovado pelo Conselho Escolar;
II - elaborar com a equipe pedagógica a proposta pedagógica do
Estabelecimento de Ensino , em consonância com o projeto político-pedagógico e
Diretrizes Curriculares Estaduais;
III– participar do processo de escolha, juntamente com a equipe
pedagógica, dos livros e materiais didáticos
em consonância com
o projeto
político-pedagógico do estabelecimento de ensino;
IV - desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a
apreensão crítica do conhecimento pelo aluno;
V - proceder a reposição dos conteúdos aos alunos, em casos
de faltas, na forma da lei;
VI- proceder a avaliação contínua, utilizando-se de instrumentos e
formas diversificados de avaliação, previstos no projeto político-pedagógico do
estabelecimento de ensino;
VII– promover processo de recuperação paralela
de estudos,
para todos os alunos que demostrem necessidade, estabelecendo estratégias
diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer do período letivo;
VIII – proceder a avaliação educacional no contexto escolar, sob
coordenação e acompanhamento do pedagogo, dos alunos com dificuldades
acentuadas de aprendizagem, com vistas ao encaminhamento aos serviços e
apoios especializados da Educação Especial, se necessário;
IX– participar de processos coletivos de
avaliação do próprio
trabalho e da escola com vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e
aprendizagem;
X - participar de reuniões, grupos de estudos, encontros, cursos,
seminários e outros eventos, ofertados pela mantenedora e pelo próprio
46
estabelecimento de ensino, tendo em vista o seu constante aperfeiçoamento
profissional;
XI - assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento
discriminatório em decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e
orientação sexual, de credo, ideologia, condição sócio-cultural, entre outras;
XII– contribuir para a igualdade de condições para a permanência
do aluno na escola, respeitando a diversidade, a pluralidade cultural, e as
peculiaridades de cada aluno, no processo de ensino e aprendizagem;
XIII – participar de reuniões e encontros com o professor de
Serviços e Apoios Especializados, com a finalidade de realizar ajustes ou
modificações no processo de intervenção educativa;
XIV - manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho,
com seus colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade
escolar;
XV – estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino,
cultura, pesquisa e criação artística;
XVI– participar ativamente dos Conselhos de Classe, na busca de
alternativas pedagógicas que visem o aprimoramento do processo educacional,
responsabilizando-se pelas informações prestadas e decisões tomadas, as quais
serão registradas e assinadas em ata;
XVII – propiciar ao aluno, formação ética e o desenvolvimento da
autonomia intelectual e do pensamento crítico, visando o exercício consciente da
cidadania;
XVIIII - zelar pela freqüência do aluno à escola, comunicando
qualquer irregularidade a equipe pedagógica;
XIX - cumprir o calendário escolar, ministrando os dias letivos,
horas-aula e horas/atividades estabelecidos, além de participar integralmente dos
períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento
profissional;
XX– cumprir suas horas/atividades no âmbito escolar, dedicandoas a estudos e planejamentos de atividades docentes sob orientação da equipe
pedagógica, conforme instrução normativa da SEED;
47
XXI – proceder os registros escolares de sua responsabilidade,
conforme orientação da equipe pedagógica e secretaria escolar;
XXII – participar do planejamento e da realização das atividades
de articulação da escola com as famílias e a comunidade;
XXIII – dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à
legislação educacional em vigor e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como
princípios da prática profissional e educativa;
XXIV – participar com a equipe pedagógica da análise e definição
de projetos a serem inseridos no projeto político-pedagógico do estabelecimento
de ensino;
XXV – comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de
trabalho ordinário que lhe forem atribuídas e as de extraordinário quando
convocado;
XXVI - exercer as demais atribuições decorrentes deste regimento
e aquelas que concernem à especificidade de sua função.
XXVII – executar a Avaliação Institucional conforme orientação da
mantenedora.
ATRIBUIÇÕES DO CORPO DISCENTE
Dos Direitos
Art.183 – Constituem-se direitos dos alunos, com observância aos
dispositivos constitucionais do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei
Federal nº 8069/90 e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN
nº 9394/96 em vigor:
I - tomar conhecimento das disposições deste Regimento Escolar,
e do(s) Regulamento(s) Interno(s) do estabelecimento de ensino , no ato da
matrícula;
II - ter a garantia de que o estabelecimento de ensino cumpra a
sua função de efetivar o processo de construção e assimilação do conhecimento;
III - ter assegurado o princípio constitucional de igualdade de
condições para o acesso e permanência no estabelecimento de ensino;
48
IV - ser respeitado, sem qualquer forma de discriminação;
V - solicitar orientação dos diversos setores do estabelecimento
de ensino;
VI - utilizar os serviços, as dependências escolares e os recursos
materiais da escola, de acordo com as normas estabelecidas no Regulamento
Interno;
VII – participar das aulas e das demais atividades escolares;
VIII – ter assegurada a prática da educação física facultativa nos
casos previstos em lei.
IX - ter ensino de qualidade ministrado por profissionais
capacitados para o exercício de suas funções e atualizados em suas áreas de
conhecimento;
X – ter acesso a todos os conteúdos previstos na proposta
pedagógica do estabelecimento de ensino;
XI - participar da elaboração, acompanhamento e avaliação do
projeto político-pedagógico da escola e na definição de normas sócio educativas;
XII
-
ser
informado
sobre
o
sistema
de
avaliação
do
estabelecimento de ensino;
XIII - tomar conhecimento do seu aproveitamento escolar e de
sua freqüência, no decorrer do processo de ensino e aprendizagem;
XIV - solicitar revisão do aproveitamento escolar dentro do prazo
de 72 (setenta e duas) horas, a partir da divulgação do mesmo;
XV - ter assegurado o direito a recuperação de estudos, no
decorrer do ano letivo, mediante metodologias diferenciadas possibilitando sua
aprendizagem;
XVI – direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer
em primeira instância ao estabelecimento de ensino, em segundo ao NRE e em
terceiro a SEED;
XVII - requerer transferência ou cancelamento de matrícula por si,
quando maior de idade, ou através do pai ou responsável, quando menor;
XVIII - ter reposição das aulas quando da ausência do professor
responsável pela disciplina;
49
XIX- sugerir, aos diversos setores de serviços do estabelecimento
de ensino, medidas que viabilizem melhor funcionamento das atividades;
XX- ter assegurado o direito de escolher e/ou ser escolhido
representante no Conselho Escolar e na APMF;
XXI - participar de associações e/ou organizar agremiações afins;
XXII - fazer-se representar, através do aluno representante de
turma, nas reuniões de Conselho de Classe;
Art.183 –A A utilização do nome social de alunos(as) travestis ou
transexuais está garantido, mediante solicitação por escrito, no ato da matrícula
pelo Parecer 001/2009 do CEE e a Instrução Conjunta nº
02/2010 –
SEED/SUED/DAE.
Seção II
Dos Deveres
Art.184 -
São deveres dos alunos:
I - manter e promover relações de cooperação no ambiente
escolar;
II – realizar as tarefas escolares definidas pelos docentes;
III - atender às determinações dos diversos setores do
estabelecimento de ensino, nos respectivos âmbitos de competência;
IV - participar de todas as atividades curriculares programadas e
desenvolvidas pelo estabelecimento de ensino;
V - cooperar na manutenção da higiene e na conservação das
instalações escolares, responsabilizando-se por danos ao patrimônio da escola
que vier a causar, comprovadamente ou de forma proposital;
VI - cumprir as
medidas disciplinares do estabelecimento de
ensino;
VII - providenciar e dispor, sempre que possível, do material
solicitado e necessário ao desenvolvimento das atividades escolares;
VIII - tratar com respeito e sem discriminação à professores,
funcionários e colegas;
50
IX - comunicar aos pais ou responsáveis sobre reuniões,
convocações e avisos gerais, sempre que lhe for solicitado;
X - comparecer pontualmente às aulas e demais atividades
escolares;
XI - manter-se em sala durante o período das aulas;
XII - apresentar os trabalhos e tarefas nas datas previstas;
XIII
-
comunicar
qualquer
irregularidade
de
que
tiver
conhecimento ao setor competente;
XIV – Justificar-se junto à equipe pedagógica ao entrar após o
horário de início das aulas;
XV- o aluno que faltar às aulas deverá apresentar justificativa dos
pais ou responsáveis e/ou atestado médico;
XVI- em caso de falta do aluno, com perda de atividades
avaliativas, ele só terá direito a outra oportunidade mediante justificativa dos pais
ou responsáveis, e/ou atestado médico;
XVII - o aluno ficará responsável pelo zelo e devolução dos livros
didáticos recebidos e os pertencentes ao acervo da biblioteca escolar;
XVIII –
observar os critérios estabelecidos na organização do
horário semanal, deslocando-se para as atividades e locais determinados, dentro
do prazo estabelecido para o seu deslocamento;
XIX – respeitar o professor como autoridade máxima em sala de
aula, observando as normas e critérios estabelecidos;
XX - cumprir as disposições deste regimento escolar no que lhe
couber.
Seção III
Das Proibições
Art. 185 - É vedado:
I - tomar atitudes que venham a prejudicar o processo pedagógico
e o andamento das atividades escolares;
II - ocupar-se durante o período de aula com atividades contrárias
ao processo pedagógico;
51
III - retirar e utilizar, sem a devida permissão do órgão
competente, qualquer documento ou material pertencente ao estabelecimento de
ensino
IV - trazer para o estabelecimento de ensino material de natureza
estranha ao estudo;
V - ausentar-se do estabelecimento de ensino sem prévia
autorização do órgão competente;
VI - receber, durante o período de aula, sem a prévia autorização
do órgão competente, pessoas estranhas ao funcionamento do estabelecimento
de ensino
VII - agredir fisicamente e/ou verbalmente colegas, professores e
demais funcionários do estabelecimento de ensino
VIII - expor colegas, funcionários, professores ou qualquer pessoa
da comunidade a situações vexatórias;
IX - entrar e sair da sala durante a aula, sem a prévia autorização
do respectivo professor;
X - utilizar-se de bebidas alcoólicas, cigarros ou qualquer tipo de
drogas nas dependências do estabelecimento de ensino;
XI – comparecer às
aulas embriagado ou com sintomas de
ingestão e/ou uso de substâncias químicas tóxicas;
XII – utilizar-se de celulares ligados em sala de aula;
XIII – danificar os bens patrimoniais do estabelecimento de ensino
ou de pertences de seus colegas, funcionários e professores;
XIV - portar armas brancas ou de fogo, bem como instrumentos
que possam colocar em risco a vida das pessoas;
XV - não portar material que represente perigo para sua saúde,
segurança e integridade física ou de outrem;
XVI - ausentar-se do estabelecimento de ensino e da sala de aula
sem autorização prévia;
XVI - divulgar, por qualquer meio de publicidade, assuntos que
envolvam direta ou indiretamente o nome da escola , sem prévia autorização da
direção e/ou do Conselho Escolar;
52
XVII -
promover
excursões, jogos, coletas, lista de pedidos,
vendas ou campanhas de qualquer natureza sem a prévia autorização da direção.
Seção IV
Das Medidas Disciplinares
Art.186 O aluno que deixar de cumprir ou transgredir de alguma
forma as disposições contidas neste Regimento,
ficará sujeito às seguintes
medidas disciplinares:
I - orientação disciplinar ;
II- registro dos fatos ocorridos envolvendo o aluno, com
assinatura;
III - comunicado por escrito, com ciência e assinatura dos pais ou
responsáveis,
IV- convocação dos pais ou responsáveis, com registro e
assinatura;
V- esgotadas as possibilidades no âmbito do estabelecimento de
ensino,
encaminhar ao Conselho Tutelar, para a tomada de providências
cabíveis.
Parágrafo Único- Nos casos de recusa de assinatura dos
registros, por parte da pessoa envolvida, as mesmas serão validadas por
assinaturas de testemunhas.
Art.187 - O aluno, bem como seus pais ou responsáveis têm
pleno direito de defesa junto ao Conselho Escolar.
§ 1º O recurso pode ser requerido no prazo de 72 (setenta e
duas) horas, dias úteis, a partir da comunicação dos resultados decisórios do
Conselho Escolar.
§ 2º Os casos que ultrapassem os limites do Conselho Escolar
deverão ser encaminhados ao Conselho Tutelar ou Ministério Público, nos moldes
do artigo 13 do ECA.
53
Art.188- Todas as medidas disciplinares contidas neste regimento
serão devidamente registradas em atas e apresentadas aos responsáveis e
demais órgãos competentes para ciência das medidas tomadas.
ATRIBUIÇÕES DOS AGENTES EDUCACIONAIS I E II
DESCRIÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES DO CARGO DE AGENTE EDUCACIONAL I
DO QUADRO DOS FUNCIONÁRIOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA DA
REDE PÚBLICA ESTADUAL DO PARANÁ
DENOMINAÇÃO DO CARGO:
- AGENTE EDUCACIONAL I
ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO:
- MANUTENÇÃO DE INFRA-ESTRUTURA ESCOLAR E PRESERVAÇÃO
DO MEIO AMBIENTTE
- ALIMENTAÇÃO ESCOLAR
- INTERAÇÃO COM O EDUCANDO
REQUISITO DE ESCOLARIDADE PARA O INGRESSO
- ENSINO FUNDAMENTAL COMPLETO.
ATRIBUIÇÕES
Zelar pelo ambiente escolar, preservando, valorizando e integrando o ambiente
físico escolar; executar atividades de manutenção e limpeza, tais como: varrer,
encerar, lavar salas, banheiros, corredores, pátios, quadras e outros espaços
utilizados pelos estudantes, profissionais docentes e não docentes da educação,
conforme a necessidade de cada espaço; lavar, passar
e realizar pequenos
consertos em roupas e materiais; utilizar aspirador ou similares e aplicar produtos
para limpeza e conservação do mobiliário escolar; abastecer máquinas e
54
equipamentos, efetuando limpeza periódica para garantir a segurança e
funcionamento dos equipamentos existentes na escola; efetuar serviços de
embalagem,
arrumação,
remoção
de mobiliário,
garantindo
acomodação
necessária aos turnos existentes na escola; disponibilizar lixeiras em todos os
espaços da escola, preferencialmente, garantindo a coleta seletiva de lixo,
orientando os usuários – alunos ou outras pessoas que estejam na escola para
tal; coletar o lixo diariamente, dando ao mesmo o destino correto; executar
serviços internos e externos, conforme demanda apresentada pela escola;
racionalizar o uso de produtos de limpeza, bem como zelar pelos materiais como
vassouras, baldes, panos, espanadores, etc.; comunicar com antecedência à
direção da escola sobre a falta de material de limpeza, para que a compra seja
providenciada; abrir, fechar portas e janelas nos horários estabelecidos para tal,
garantindo o bom andamento do estabelecimento de ensino e o cumprimento do
horário de aulas ou outras atividades da escola; guardar sob sua responsabilidade
as chaves da instituição, quando for o caso, ou deixar as chaves nos locais
previamente estabelecidos; zelar pela segurança das pessoas e do patrimônio,
realizando rondas nas dependências da instituição, atentando para eventuais
anormalidades, bem como identificando avarias nas instalações e solicitando,
quando necessário, atendimento policial, do corpo de bombeiros, atendimento
médico de emergência devendo, obrigatoriamente, comunicar as ocorrências à
chefia imediata; controlar o movimento de pessoas nas dependências do
estabelecimento de ensino, cooperando com a organização das atividades
desenvolvidas na unidade escolar; encaminhar ou acompanhar o público aos
diversos setores da escola, conforme necessidade; acompanhar os alunos em
atividades extra classe quando solicitado; preencher relatórios relativos a sua
rotina de trabalho; participar de cursos, capacitações, reuniões, seminários ou
outros encontros correlatos às funções exercidas ou sempre que convocado; agir
como educador na construção de hábitos de preservação e manutenção do
ambiente físico , do meio-ambiente e do patrimônio escolar; efetuar outras tarefas
correlatas às ora descritas; preparar a alimentação escolar sólida e líquida
observando os princípios de higiene, valorizando a cultura alimentar local,
programando e diversificando a
merenda escolar; responsabilizar-se pelo
acondicionamento e conservação dos insumos recebidos para a preparação da
55
alimentação escolar; verificar a data de validade dos alimentos estocados,
utilizando-os em data própria, a fim de evitar o desperdício e a inutilização dos
mesmos; atuar
como educador junto à comunidade escolar, mediando e
dialogando sobre as questões de higiene, lixo e poluição, do uso da água como
recurso natural esgotável, de forma a contribuir na construção de bons hábitos
alimentares e ambientais; organizar espaços para distribuição da alimentação
escolar e fazer a distribuição da mesma, incentivando os alunos a evitar o
desperdício; acompanhar os educandos em atividades extracurriculares e
extraclasse quando solicitado; realizar chamamento de emergência de médicos,
bombeiros, policiais, quando necessário, comunicando o procedimento à chefia
imediata; preencher relatórios relativos a sua rotina de trabalho; comunicar ao(à)
diretor(a) , com antecedência, a falta de algum componente necessário à
preparação da alimentação escolar, para que o mesmo seja adquirido; efetuar
outras tarefas correlatas às ora descritas.
56
DESCRIÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES DO CARGO DE AGENTE EDUCACIONAL II
DO QUADRO DOS FUNCIONÁRIOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA DA
REDE PÚBLICA ESTADUAL DO PARANÁ
DENOMINAÇÃO DO CARGO:
- AGENTE EDUCACIONAL II
ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO:
- ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR
- OPERAÇÃO DE MULTIMEIOS ESCOLARES
REQUISITO DE ESCOLARIDADE PARA O INGRESSO
- ENSINO MÉDIO COMPLETO.
ATRIBUIÇÕES
Realizar atividades administrativas e de secretaria da instituição escolar onde
trabalha; auxiliar na administração do estabelecimento de ensino, atuando como
educador e gestor dos espaços e ambientes de comunicação e tecnologia; manter
em dia a escrituração escolar: boletins estatísticos; redigir e digitar documentos
em geral e redigir e assinar atas; receber e expedir correspondências em geral,
juntamente com a direção da escola; emitir e assinar, juntamente com o diretor,
históricos
e
transferências
escolares;
classificar,
protocolar
e
arquivar
documentos; prestar atendimento ao público, de forma pronta e cordial; atender
ao telefone; prestar orientações e esclarecimentos ao público em relação aos
procedimentos e atividades desenvolvidas na unidade escolar; lavrar termos de
abertura e encerramento de livros de escrituração; manter atualizados dados
funcionais de profissionais docentes e não docentes do estabelecimento de
ensino; manter atualizada lista telefônica com os números mais utilizados no
contexto da escola; comunicar à direção fatos relevantes no dia-a-dia da escola;
manter organizado e em local acessível o conjunto de legislação atinente ao
estabelecimento de ensino; executar trabalho de mecanografia e de reprografia;
57
acompanhar os alunos, quando solicitado, em atividades extraclasse ou
extracurriculares; participar de reuniões escolares sempre que necessário;
participar de eventos de capacitação sempre que solicitado; manter organizado o
material de expediente da escola; comunicar antecipadamente à direção sobre a
falta de material de expediente para que os procedimentos de aquisição dos
mesmos sejam realizados; executar outras atividades correlatas às ora descritas;
catalogar e registrar livros, fitas, DVD, fotos, textos, CD; registrar todo material
didático existente na biblioteca, nos laboratórios de ciências e de informática;
manter a organização da biblioteca, laboratório de ciências e informática;
restaurar e conservar livros e outros materiais de leitura; atender aos alunos e
professores, administrando o acervo e a manutenção do banco de dados; zelar
pelo controle e conservação
conservar,
conforme
dos documentos e equipamentos da Biblioteca;
orientação
do
fabricante,
materiais
existentes
nos
laboratórios de informática e de ciências; reproduzir material didático através de
cópias reprográficas ou arquivos de imagem e som em vídeos, “slides”, CD e
DVD; registrar empréstimo de livros e materiais didáticos; organizar agenda para
utilização de espaços de uso comum; zelar pelas boas condições de uso de
televisores e outros aparelhos disponíveis nas salas de aula; zelar pelo bom uso
de murais, auxiliando na sua organização, agir como educador, buscando a
ampliação do conhecimento do educando, facilitada pelo uso dos recursos
disponíveis na escola; quando solicitado; participar das capacitações propostas
pela SEED ou outras de interesse da unidade escolar; decodificar e mediar o uso
dos recursos pedagógicos e tecnológicos na prática escolar; executar outras
atividades correlatas às ora descritas.
A fim de promover um ensino de qualidade, contemplamos em nosso
Projeto Político Pedagógico:
PRINCÍPIOS DE INCLUSÃO E ADAPTAÇÃO CURRICULAR
A escola pública de acordo com os princípios legais deve garantir não
apenas a matrícula e a permanência do aluno na escola, mas sim garantir a
58
aprendizagem de todos independente das diferenças individuais inerentes a todo
ser humano.
Ocorre ai, um fenômeno chamado inclusão, dando ênfase ao absoluto
respeito e reconhecimento as diferenças individuais, se demonstram tal respeito
através de atendimento apropriado aos alunos com necessidades educacionais
especiais nas instituições de ensino.
Para CARVALHO (2000), é importante destacar que “especiais” devem ser
consideradas as alternativas e as estratégias que a pratica pedagógica deve
assumir para remover barreiras para a aprendizagem e participação.
Com este objetivo, busca-se que o processo de inclusão educacional seja
efetivo, assegurando o direito a igualdade com equidade de oportunidades. Isso
não significa um modo igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os
apoios e serviços especializados para que cada um aprenda, resguardando-se
suas singularidades.
Todos os educadores, das diferentes disciplinas devem garantir a
flexibilização curricular e o atendimento pedagógico especializado para atender as
necessidades educacionais especiais de seus alunos.
PRINCÍPIOS DE EDUCAÇÃO DO CAMPO
A Educação do Campo, mais do que uma política pública do estado do
Paraná, é o resultado de uma luta histórica dos povos do campo representados
pelos diferentes Movimentos Sociais, que tem como objetivo pensar a Educação
do Campo como processo de construção de um Projeto de Educação dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Campo, ou seja, pensar o homem e a mulher
do campo, o aluno e aluna como sujeitos concretos que se movimentam dentro de
determinadas condições sociais de existência em um dado tempo histórico.
E importante a escola ter claro, que quando se fala de educação do campo,
não estamos falando de um modelo pedagógico, mas sim de uma construção
coletiva de referências pedagógicas.
Alguns aspectos são importantes para o trabalho desenvolvido na escola:
• Socialização: Tarefa especifica da escola, pois a escola socializa a partir das
práticas que desenvolve, pelo tipo de organização do trabalho pedagógico que
59
seus sujeitos vivenciam, pelas formas de participação que constituem seu
cotidiano. Nesse ponto e importante a escola ter claro que socializar não e
adequar os alunos num modelo de sociedade pré-estabelecida, mas compreender
que e na escola que a criança experimenta, as relações sociais mais amplas, por
isso a instituição escolar interfere diretamente na formação de valores do sujeito
participante. Dessa maneira, se pensamos na construção de uma sociedade mais
justa e democrática, é importante, que esses valores e princípios estejam
presentes nas relações sociais dentro da escola.
• Construção de uma visão de mundo: Segundo CALDART ( 2005), “ ajudar a
construir uma visão de mundo significa em primeiro lugar, fazer o inventario das
concepções
que educandos e educadores carregam em si, significa também
enraizar as pessoas na historia, para que se compreendam como parte de um
processo histórico. Para que isso se cumpra, é necessário repensar a escolha
dos conteúdos, de modo que não seja aleatório, mas dentro de uma estratégia
mais ampla de formação humana. Um bom critério para a escolha dos conteúdos
pode ser analisar em que medida o conteúdo escolhido se relaciona ou se
constituem ferramentas para a construção de uma visão de mundo, um ideário
de vida. Também se os conteúdos permitem aos educandos aprenderem como
pensar sobre o que fazem, sobre o que estudam, sobre o que pensam.
• Cultivo de Identidades: É papel da escola ajudar o aluno a construir uma
identidade pessoal e coletiva. Saber quem e quais memórias, culturas, modo de
vida e valores e a que grupo pertence, qual organização social. Para trabalhar
bem o aspecto da identidade, segundo CALDART, é necessário considera três
aspectos
• Auto–estima: Questão importante para a educação do campo, já que em
muitas comunidades camponesas existe um traço cultural de baixa auto-estima,
frutos de processos de dominação e alienação cultural muito forte, que precisa ser
superado em uma formação emancipatória dos sujeitos do campo. Para isso,
além de todo um trabalho ligado a memória, a cultura, aos valores do grupo, é
preciso pensar especialmente na postura dos professores, e também na
transformação didática, do jeito de conduzir as atividades escolares
• Memória e resistência cultural: Esse item trata especificamente de ajudar os
educandos a valorizarem seu local de origem, a história de seus antepassados,
60
tendo uma visão crítica sobre ela, aprender do passado para saber projetar o
futuro. Um bom jeito de trabalhar isso na escola, é, por exemplo, contar histórias
que tenham a memória do grupo como referência, assim como trabalhar com
diferentes linguagens artísticas que expressem a cultura
camponesa e a
coloquem em dialogo com outras culturas.
• Militância Social: Quando falamos de militância, falamos em um sentido amplo,
de engajamento em torno de grandes causas, ações pelo bem de outras pessoas,
envolvimento em processos de transformação social, que também podem
desembocar na militância política ou na participação direta em organizações,
movimentos sociais, partidos políticos. Certamente a escola não consegue
realizar por si mesma e isoladamente um tipo de aprendizado como este, mas se
ela
entrar neste movimento pedagógico e ajudar
a construir
este tipo de
convicção e de sentimento, desde a infância, certamente prestara um grande
serviço a humanidade, tão carente hoje de pessoas dispostas a solidariedade e a
militância.
É importante destacar, que esses são alguns indicativos de um trabalho
que deve ser realizado com afinco e comprometimento pelos educadores e
educadoras. Maiores informações podem ser encontradas no Caderno Temático
Educação do Campo, Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas
Escolas do Campo e outras bibliografias.
DIVERSIDADE CULTURAL (CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA)
Para Ana Lucia Valente (1999), o conhecimento da Diversidade das
culturas existentes e o caminho necessário para a superação de conflitos
ancorados na percepção das diferenças étnicas, raciais, de gênero, nacionais,
visando a construção e consolidação de uma sociedade democrática.
Em busca dessa sociedade mais justa e igualitária, o Colégio Estadual
Santo Inácio de Loyola EFMN tem como princípio norteador de sua prática
pedagógica, o respeito à Diversidade Cultural. Alem de estar cumprindo com a Lei
10.639 – 2003, que estabelece a obrigatoriedade do trabalho, especificamente da
cultura Afro-Brasileira e Africana na Educação Básica, com o objetivo de
reconhecer, valorizar a identidade da cultura e da historia dos negros brasileiros,
61
permitindo o intercambio de aprendizagens, troca de experiências, quebra de
desconfianças, projeto conjunto para a construção de uma sociedade mais igual.
7. ATO OPERACIONAL
Buscando a melhoria da qualidade do ensino e do desenvolvimento
pessoal dos educandos do Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola EFMN, os
membros integrantes da Comunidade Escolar, a partir da prática desenvolvida na
elaboração do Projeto Político Pedagógico, analisa os dados coletados e propõe
um plano de trabalho e encaminhamento das atividades da escola para um
período indeterminado. Pode-se afirmar que o mesmo poderá sofrer modificações
de acordo com as necessidades da escola, e as mudanças que possam vir
ocorrer na sociedade e na política.
A partir da análise da situação da escola sugere-se alguns projetos a curto
e longo prazo que serão expostos a seguir bem como as linhas de ações as quais
já foram fundamentadas teoricamente no marco conceitual, e que durante as
discussões para a elaboração do Projeto Político Pedagógico foram pautadas
como eixos norteadores da gestão escolar.
ORGANIZAÇÃO E FINALIDADE DA GESTÃO
Entendemos por gestão democrática a garantia de mecanismos e
condições para que espaços de participação, partilhamento e descentralização do
poder ocorram.
A LDB dispõe que:
Art.14
Os sistemas de Ensino definirão as normas de gestão
democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas
peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I – Participação dos profissionais da educação na elaboração
do Projeto Político –Pedagógico da escola;
II – Participação das comunidades escolar e local em
Conselhos Escolares ou equivalentes.
62
Deste modo concluímos que a elaboração deste Projeto PolíticoPedagógico ocupa um papel central na construção de processos de participação
e, portanto, na implementação de uma gestão democrática. Envolver os diversos
segmentos na elaboração e no acompanhamento do projeto pedagógico constitui
um grande desafio para construção da gestão democrática e participativa.
Em nossa escola a direção procura compartilhar decisões envolvendo
pais, alunos, professores, funcionários, os órgãos colegiados e outras pessoas da
comunidade na administração escolar. O nosso Conselho Escolar participa
orientando, opinando e decidindo sobre tudo o que tem a ver com a qualidade da
escola, como a participação que tiveram na construção do Projeto PolíticoPedagógico e dos Planejamentos Anuais, sempre avaliando os resultados da
administração e ajudando na busca de meios para solucionar os problemas
administrativos e pedagógicos, decidindo sobre os investimentos prioritários.
Mas não é só nos conselhos que a comunidade participa da escola.
Reuniões pedagógicas, festas, exposições e apresentações dos alunos são
momentos em que familiares, representantes de serviços públicos da região e
associações locais estão sempre presentes. Como a democracia também se
aprende na escola, a participação se estende a todos os alunos. Como cidadãos,
eles têm direito de opinar sobre o que é melhor para eles e se organizar em
colegiados próprios, como os grêmios.
Por fim, é importante saber que, numa gestão democrática, é preciso lidar
com conflitos e opiniões diferentes. O conflito faz parte da vida. Mas precisamos
sempre dialogar com os que pensam diferente de nós e, juntos, negociar. Para
direcionar este compartilhamento de decisões a escola possui o seu Plano de
Ação e as atividades pedagógicas estão organizadas da seguinte maneira:
INCLUSÃO
A escola trabalha a questão da inclusão com muito esforço e
responsabilidade, pois sabemos que inclusão escolar é um processo de
perspectiva transformadora e de ajustes flexíveis. Sendo assim, nossa
comunidade escolar procura lidar com as diferenças individuais.
63
Mantemos um trabalho de conscientização e acolhimento permanente,
procurando sempre em reuniões e encontros com os pais, responsáveis, alunos,
profissionais e funcionários mostrar que o desafio é que faz a diferença.
Para alcançar tais objetivos é necessário um enfoque intersetorial e
políticas de apoio que integrem áreas e fortaleça parcerias com os segmentos da
saúde, formação social e trabalho, a fim de que sejam melhorados os aspectos
globais que atuam sobre a aprendizagem dos alunos, garantindo as condições
objetivas e subjetivas básicas de que os mesmos necessitam para aprender.
Um outro grande pilar que a escola procura oportunizar é a construção de
práticas mais inclusivas tais como: debates, estudos e reflexões por parte de
todos os segmentos da escola com vistas à intervenção no fazer pedagógico. Os
projetos implantados na escola têm feito com que o processo todo melhore e
ocorra um crescimento natural dos valores colocados como necessários para que
se realize a inclusão.
Desta forma concluímos que todos os profissionais da educação são
fundamentais na trama que constitui a rede que sustenta o processo inclusivo.
EDUCAÇÃO DO CAMPO
Como vimos anteriormente a afirmação do campo enquanto espaço de
vida contribui para auto afirmação da identidade dos povos do campo, no sentido
da valorização do seu trabalho, da sua história, da sua cultura, dos seus
conhecimentos.
Afim de compreender a educação a partir dessa diversidade presente no
campo, a escola além de desenvolver projetos, realizará outra forma de trabalho
que são temas geradores, que possibilitam uma articulação das diferentes
disciplinas entre si e com a realidade do campo. Também deve-se observar as
contribuições que o trabalho através da pesquisa - observação, experimentação,
reflexão - oferece às práticas pedagógicas. Ir a “campo no campo”! Muitas vezes
esquecemos de aproveitar a rica diversidade encontrada no entorno da escola,
ficando apenas no espaço da sala de aula.
Tendo em vista as considerações relatadas a valorização da cultura dos
povos do campo é sem dúvida, o eixo central das Diretrizes Curriculares, sendo
64
assim caberá à nossa escola reconhecer a especificidade do campo e respeitar a
sua diversidade sócio-cultural.
CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA
Para que a escola desempenhe a contento o papel de educar, é
necessário que se constitua um espaço democrático de produção e divulgação de
conhecimentos e de posturas que visam uma sociedade justa. A escola tem papel
preponderante para eliminação das discriminações e para emancipação dos
grupos discriminados, ao proporcionar acesso aos conhecimentos científicos, a
registros cultuais diferenciados, à conquista de racionalidade que rege as
relações sociais e raciais, e a conhecimentos avançados. Pensando assim
consideramos de suma importância desenvolvermos o Projeto “Reconhecimento e
a Valorização da Diversidade Cultural”, o qual trata-se de um projeto
interdisciplinar que visa promover oportunidades de diálogo e buscar formas de
convivência e respeito mútuo, pois respeitar as diversidades é viver num país sem
discriminação. O projeto será desenvolvido durante o ano letivo.
EDUCAÇÃO FISCAL
A educação é o processo pelo qual o individuo constrói o seu
conhecimento, transformando-o em ações concretas, que evidenciarão o seu
modo de ser. Os direitos que constituem a cidadania são sempre conquistas,
resultado de um processo histórico no qual indivíduos, grupos e nações lutam
para adquiri-los e fazê-los valer.
A Educação Fiscal tem por missão "Conscientizar a sociedade, através da
escola a respeito da função sócio-econômica do tributo. Além disso, busca o
despertar do cidadão para acompanhar a aplicação dos recursos postos à
disposição da Administração Pública, tendo em vista o benefício de toda a
população".
Propicia
a
participação
do
cidadão
no
funcionamento
e
aperfeiçoamento dos instrumentos de controles social e fiscal do Estado. O tributo
é um instrumento que pode e deve ser utilizado para promover as mudanças e
reduzir as desigualdades sociais. O cidadão, consciente da função social do
65
tributo como forma de redistribuição da Renda Nacional e elemento de justiça
social, é capaz de participar do processo de arrecadação, aplicação e fiscalização
do dinheiro público, transformando nossa realidade e diminuindo assim o foco de
desigualdades sociais existentes.
A Educação Fiscal será trabalhada no cotidiano escolar de acordo com a
realidade brasileira através de projetos que serão desenvolvidos durante o ano
letivo.
TECNOLOGIA NO COTIDIANO ESCOLAR
Sabemos que transformar a escola em um espaço de aprender a aprender
passou a ser um dos grandes desafios para a educação desse novo século. Para
isso, vale repensar nos modelos pedagógicos até então utilizados e acreditar em
novos métodos com a integração das várias tecnologias, pois é inegável que a
escola precisa acompanhar a evolução tecnológica e tirar o máximo de proveito
dos benefícios que esta é capaz de proporcionar. Desta forma serão traçadas
algumas estratégias a fim de viabilizar um trabalho contextualizado, o qual
ocorrerá por meio de inúmeras ações, as quais estarão inseridas no projeto
“Tecnologia ao Alcance de Todos”. Será desenvolvido durante o ano letivo.
INTEGRAÇÃO COMUNIDADE E ESCOLA
O lema de nossa escola é “Comunidade e Escola, a União que dá Certo”.
Vale lembrar que o envolvimento da comunidade nas ações realizadas pela
escola é muito importante, por isso faz-se necessário que todos os segmentos da
mesma sejam convidados a participar, não somente aqueles mais atuantes no
dia-a-dia. Para isso utilizamos algumas estratégias a fim de mobilizar pais, alunos,
professores e funcionários para debates referentes à qualidade do desempenho
educacional, tais como: cartas para os pais, faixa na frente da escola, divulgação
de eventos no jornal ou na rádio local, parcerias efetivas entre família e escola
(APMF), Conselhos Escolares, círculo de mães ou pais, trabalho voluntário de
pais e mães, promoção de seminários, cursos e palestras para os pais e
66
realização de atividades culturais que envolvam a família e comunidade, como
celebrações do Dia dos Pais e Dia das Mães, festas juninas, e outras.
Para que estes trabalhos possam transcorrer bem com a participação de
todos, divulgamos as atividades propostas, providenciamos com antecedência os
materiais necessários e disponibilizamos um espaço para receber a todos.
CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR:
O Calendário Escolar é um documento oficial da instituição educacional
com a finalidade de estabelecer as atividades e ações a serem desenvolvidas no
decorrer do ano letivo , nele contempla, o início das atividades escolares para os
professores, início e término das aulas, formação continuada, planejamento,
período de férias e recessos para alunos e professores, perfazendo 200 dias
letivos.
Art.154- O Calendário Escolar será elaborado, anualmente, pelo
estabelecimento de ensino, apreciado e aprovado pelo Conselho
Escolar e após, enviado ao órgão competente para análise e
homologação, ao final de cada ano letivo, anterior à sua vigência.
Art.155- O calendário escolar atenderá ao disposto na legislação
vigente, garantindo o mínimo de 200 (duzentos) dias letivos e de 800
(oitocentas) horas no ensino regular, e as normas
emanadas pela
Secretaria de Estado da Educação.
ORGANIZAÇÃO DA HORA – ATIVIDADE
A Hora-Atividade é o tempo reservado ao professor em exercício de
docência, para estudos, avaliação e planejamento.
Cabe à Equipe Pedagógica coordenar as atividades coletivas e
acompanhar as atividades individuais a serem desenvolvidas, durante a hora –
atividade.
67
Cabe à Direção além de outras tarefas o acompanhamento e informação à
comunidade escolar da disponibilidade de horário de atendimento do professor
aos alunos e pais.
Cabe aos Professores, sob a orientação e coordenação da Equipe
Pedagógica ou Direção do estabelecimento, planejar, executar e avaliar as ações
a serem desenvolvidas durante o cumprimento da hora – atividade.
A organização se dá da seguinte forma:
Correção de atividades discentes;
Estudos e reflexões a respeito de atividades que envolvam a elaboração
e implementação de projetos e ações que visem a melhoria da qualidade
de ensino;
Atendimento de alunos, pais e outros assuntos da comunidade escolar.
ACESSO, PERMANÊNCIA E SUCESSO NA ESCOLA
Um dos principais desafios atuais de nossa escola é fazer com que as
crianças e adolescentes nela permaneçam e consigam concluir os níveis de
ensino em idade adequada, e que jovens e adultos também tenham os seus
direitos educativos atendidos.
Para que se tenha eficácia quanto ao acesso e permanência dos alunos
no ambiente escolar, fazemos um levantamento e quem são os alunos que, na
escola, apresentam maior dificuldade no processo de aprendizagem, quem são os
mais faltosos, onde vivem, quais as suas dificuldades, quais são os que
abandonaram ou se evadiram, procurando saber o motivo, o que estão fazendo,
nos esforçamos tentando trazê-los de volta, utilizando Conselho Tutelar, as ações
do Projeto Fica, tratando com cuidado e carinho todas as situações.
Após os dados encontrados, a comunidade escolar verifica se o que
aparece com mais freqüência como causa do abandono é a necessidade de
trabalhar, a escola entra em contato com a Prefeitura e Câmara Municipal,
solicitando por Programas de Bolsa Família que cheguem até aos que necessitam
deste benefício e que se evadiram ou abandonaram a escola pelo motivo citado.
Se há casos de trabalho infantil, procuramos o Conselho Tutelar ou o
Poder Judiciário, pois isso é crime previsto em lei. Além disso, entre 7 e 14 anos
68
as crianças obrigatoriamente têm de frequentar a escolar. Se forem problemas de
conflitos pessoais entre alunos, com professores etc., desenvolvemos a questão
do diálogo e da negociação dentro da escola. Várias são as razões possíveis, por
isso estamos sempre tentando identificar quais ações trarão bons resultados.
CONSELHO DE CLASSE
Entendemos Conselho de Classe como um órgão colegiado, que permite o
debate permanente e a geração de idéias relativa a questões pertinentes ao
processo ensino/aprendizagem. A Dimensão dos espaços coletivos é essencial
para o estabelecimento de uma relação social transformadora e democrática.
Segundo DALBEN (1995, p. 56)
“Conselho de Classe é um dos poucos organismos na escola, talvez o
único, que permite a discussão do trabalho pedagógico em sua
especificidade, de forma espontânea e natural, já que discute o próprio
resultado do aluno, a própria relação que tem sido estabelecida entre
aluno, professor e conteúdo, no momento de análise e decisão para a
tomada de novos rumos desse mesmo processo. É uma relação
imediata, direta que orienta novas relações próximas e futuras”.
Segundo Zilah (1994) o Conselho de Classe é uma instância colegiada
contraditória, pois, é nesse espaço que as contradições e conflitos aparecem,
além de reforçar uma estrutura de fragmentação e burocratização do processo do
trabalho pedagógico. No entanto, quando busca superar essas limitações,
assume um papel de preocupar-se com processos avaliativos capazes de reconfigurar o conhecimento, de rever as relações pedagógicas alternativas e
contribuir para alterar a própria organização do trabalho pedagógico.
8. AVALIAÇÃO
Dentro da perspectiva histórico-crítica as práticas avaliativas ocorrerão
durante o transcorrer de todas as atividades e no momento da expressão prática
da nova síntese para que o professor a confirme, retifique ou amplie.
Neste momento a avaliação traduz o crescimento do aluno, que deve
expressar como se apropriou do conteúdo, como resolveu as questões propostas,
como reconstituiu seu processo de concepção da realidade social, enfim como
69
passou da síncrese para a síntese.
Para que avaliar? É uma pergunta que se faz no Colégio. Tudo o que
fazemos na vida está em constante avaliação e ela deve verificar se os objetivos
propostos estão ou não sendo atingidos. O erro mais comum que a escola incorre
é fazer uso da avaliação como forma de punição. Logicamente sabe-se que o
resultado
de
uma
avaliação
é
consequência
do
aproveitamento
das
responsabilidades que os alunos e os professores devem ter no dia-a-dia da sala
de aula e não com a finalidade de verificar o nível de aprendizagem escolar e do
desempenho do aluno em determinado conteúdo e classificá-lo em termos de
aprovação e reprovação.
Assim, a avaliação na perspectiva da construção do conhecimento, deverá
partir de duas premissas básicas: confiança na possibilidade de dos educandos
construírem suas próprias verdades e a valorização de suas manifestações e
interesses.
O que avaliar? É outra questão que dever ser refletida no âmbito escolar,
visto que o trabalho do professor deve ser de maneira a criar situações que
busquem garantir aos alunos o desenvolvimento das capacidades necessárias à
construção progressiva do conhecimento para uma atuação pautada por
princípios da ética democrática; verificando seus avanços e suas dificuldades,
orientando os mesmos sobre o que deverão fazer no seu processo de construção
de aprendizagens.
Como avaliar? Talvez esta seja a mais importante pergunta a ser feita, uma
vez que os alunos podem e devem ser avaliados:
- Através do acompanhamento do processo de desenvolvimento do aluno;
- Por meio de uma observação fundamentada no conhecimento de suas etapas
de desenvolvimento;
- Registrando as manifestações dos alunos e dos aspectos significativos de seu
desenvolvimento;
- De modo coletivo e consensual, com consciência crítica e responsável de todos,
sobre o cotidiano;
- Através de portifólios;
- Auto-avaliação.
O quando avaliar? É uma questão que pode ser assim respondida:
70
A avaliação deveria (mas não é) ser feita a cada nova aula, a cada contato
com os alunos, observando-se seu procedimento frente à problemas, suas
tentativas de acerto e as saídas alternativas por ele encontradas. No entanto,
para alcançar o êxito esperado, o professor deverá trabalhar com o número
reduzido de alunos, porque precisa conhecê-los individualmente, para saber onde
ele quer chegar e avaliar se está apto, se suas opções são sólidas e refletidas.
Esta deve ser de forma diária e de todos as atividades trabalhadas para
realimentação da aprendizagem e aproveitamento do tempo disponível, bem
como servindo auto-avaliação para o próprio professor.
Indicadores da Aprendizagem:
A avaliação sendo um espaço caracterizado pela multiplicidade, tem a
polissemia como um traço marcante das interações estabelecidas.
Frequentemente a avaliação se fundamenta, segundo Esteban (1999, p.6),
“na fragmentação do processo de ensino e aprendizagem e na classificação das
respostas dos alunos a partir de um padrão predeterminado, relacionando a
diferença ao erro e a semelhança ao acerto”.
A avaliação escolar, nesta perspectiva excludente, silencia as pessoas,
suas
culturas
e
seus
processos
de
construção
de
conhecimentos
e,
desvalorizando saberes, fortalece a hierarquia que está posta.
Diante disso, o que se pretende no Colégio Estadual Santo Inácio de
Loyola-EFMN é a realização de uma prática avaliativa que coloque o diálogo no
centro do processo de ensino e aprendizagem que jogue luz sobre as pontes que
conectam os territórios artificialmente isolados, substituindo a interpretação
unívoca, de natureza excludente que propõe a avaliação como um processo
articulado pela distinção entre o erro e o acerto, por uma orientação dialógica, que
pressupõe inclusão da multiplicidade de saberes, eliminando a classificação.
Lei 9394/96 - Inciso V, traz que a verificação do rendimento escolar deverá
observar os seguintes critérios:
- Avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período
sobre os de eventuais provas finais.
A Deliberação 007/99 do Conselho Estadual de Educação do Estado do Paraná
também destaca que a avaliação deve representar:
71
- Instrumento de diagnóstico que permite ao professor interpretar dados do seu
próprio trabalho, aperfeiçoar o processo, diagnosticar resultados e atribuir valor.
- Acompanhamento do aluno em diversas situações de aprendizagem.
- Um trabalho com técnicas e instrumentos diversificados.
- Uma maneira de dar relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à
elaboração pessoal sobre a memorização.
- Uma forma contínua, permanente e cumulativa e perceber os avanços,
retrocessos ou estagnação na aprendizagem dos alunos.
Assim, o resultado final deve expressar a totalidade do aproveitamento
escolar "tomado na sua melhor forma".
Critérios de Promoção
Para a promoção dos alunos ainda se faz uso das notas, mas atingidas nas
mais diferentes modalidades de avaliação, tendo como média mínima por
disciplina para aprovação o referencial 6,0 (seis). Isto após a apuração do
rendimento final de aproveitamento (média 6,0) e frequência que deverá ser igual
ou superior a 75% (setenta e cinco por cento).
Periodicidade de Registro da Avaliação
A periodicidade de registro da avaliação é bimestral, isto é, após a soma de
todas as atividades realizadas pelos alunos.
Resultado da Avaliação
O resultado da avaliação é utilizado como forma de promover a
reformulação do Currículo com adequação dos conteúdos e métodos e como
possibilidade de novas alternativas para o planejamento do ensino, sempre
visando a melhoria do processo ensino-aprendizagem.
Encaminhamentos e Ações Concretas
Após detectadas as dificuldades de aprendizagem por intermédio de
conversas particulares com os professores, pelo Pré-Conselho e pelo Conselho
de Classe e decididas as ações a serem tomadas, de imediato são chamados os
pais para conversa com a Equipe Pedagógica e os professores, os alunos para
conversa particular com a Equipe, são colocadas em prática as ações
vislumbradas para melhoria da aprendizagem dos alunos.
A Equipe Pedagógica também tem uma ficha para acompanhamento dos
alunos que foram detectadas as dificuldades e sempre procura incentivá-los e
72
vislumbrar formas para sanar ou pelo menos minimizar o problema. Após todas
estas medidas é realizado o Pós-Conselho.
Planos de Avaliação
Adaptação Curricular
Para os alunos com dificuldades de aprendizagem e com necessidades
educacionais especiais são realizadas adaptações curriculares para que estes
possam aprender de uma forma diferenciada os mesmos conteúdos da turma.
Dependência/Progressão Parcial
A Dependência tornou-se uma forma de aprovação dos alunos, mas na
realidade deixa muito a desejar, devido ao fato de que na referida escola, os
alunos que ficam em Dependência são os advindos da zona rural e que
apresentam sérias dificuldades com meios de transporte para que compareçam à
escola em período contrário ao de suas aulas, não havendo aproveitamento de
estudos pelo fato de tais alunos apenas fazerem trabalhos para conseguirem
notas.
Assim sendo, a visão sobre a dependência será mais ampla,pois trata-se
antes de tudo, de questionar os procedimentos e critérios que a escola e
professores adotam para a avaliação. Portanto, é chegado o momento da escola
rever sua atuação e junto com os professores, numa forma coletiva, encontrar a
solução para a situação levantada.
Nesse sentido, muito mais importante que a Progressão Parcial é a
Avaliação contínua e diagnóstica; a recuperação imediata, paralela. Os alunos
que apresentam dificuldades de aprendizagem são analisados individualmente
pelo Conselho de Classe, levando em consideração suas possibilidades e
limitações.
Classificação
De acordo com a Deliberação nº 01/99 – CDE/SEED, a Classificação tem
caráter pedagógico e exige as medidas administrativas que resguardem o direito
dos alunos, das escolas e dos profissionais. Para isso no Colégio serão feitas
avaliações diagnósticas documentadas pela Equipe Pedagógica ou pelo
professor, comunicação ao aluno ou responsável para consentimento do
73
processo;organização de uma comissão para efetivação do mesmo; arquivo das
atas,trabalhos, provas ou outros instrumentos avaliativos utilizados e registro dos
resultados no histórico escolar do aluno.
Reclassificação
Conforme a Deliberação nº 01/99 – CDE/SEED, para a Reclassificação, o
aluno deverá estar matriculado no estabelecimento de ensino, levando em conta
as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo ao período de estudo
compatível com sua experiência e desempenho, independentemente do que
registre o seu histórico escolar.
O resultado da reclassificação será registrado em ata, devendo integrar a
Pasta Individual do aluno e ser registrado no Relatório Final e no seu Histórico
Escolar.
Avaliação Final
No Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola não há uma avaliação final,
devido ao fato de que os alunos são avaliados constantemente e recuperados de
forma concomitante ao processo ensino-aprendizagem.
Procedimento de Informações aos Pais
Para informação aos pais sobre os resultados escolares dos alunos são
adotadas como medidas: reuniões, conversas particulares, boletins informativos,
etc. Mas vale salientar que tais medidas servem também para informar qualquer
outro assunto de interesse dos mesmos.
9. RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS:
A proposta de recuperação de estudos deve incidir sobre a área de estudos
e os conteúdos da disciplina em que o aproveitamento do aluno foi considerado
insuficiente, preferencialmente concomitante ao período letivo,constituindo-se um
conjunto integrado ao processo de ensino além de se adequar às dificuldades dos
alunos.
A recuperação de estudos, portanto, tem por lógica pedagógica recuperar
os conteúdos não apropriados e não os instrumentos de avaliação. Ou seja, os
diferentes instrumentos de avaliação serão vias para perceber os conteúdos que
não foram apreendidos e que deverão ser retomados no processo de recuperação
de estudos.
74
A recuperação ocorre de duas formas:
1. Pela retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos instrumentos
de avaliação.
2. Pela reavaliação do conteúdo já "reexplicado" em sala de aula.
A recuperação não precisa preceder cada instrumento, uma vez que todos os
instrumentos
serão
usados
metodologicamente
como
via
de
ensino
e
aprendizagem, portanto, de diagnóstico dos mesmos e não como fins de aferir
valores. Cabe ao professor perceber, através destes, em que dimensões os
conteúdos devem ser retomados e reavaliados.
É preciso, assim, estabelecer estratégias de recuperação concomitante ao
processo ensino-aprendizagem sempre que se constatar a necessidade da
mesma para que o aluno atinja os objetivos propostos pelos professores no Plano
de Trabalho Docente e se aproprie dos conteúdos necessários ao seu rendimento
escolar.
A recuperação, assim sendo, não recupera os instrumentos e sim os
conteúdos, cujos instrumentos foram utilizados como via para aprender e como
diagnóstico para autorregular o processo.
O peso da recuperação de estudos deve ser proporcional aos valores das
avaliações (como um todo), ou seja, se o processo vai de 0 a 100% de
apreensão,diagnóstico e retomada dos conteúdos, a recuperação não é um
"adendo" à nota, tem peso de 0 a 100%.
Os alunos que se constatam dificuldades acentuadas na aprendizagem,são
encaminhados à avaliação pedagógica e psicológica e, se for o caso,
encaminhados à Sala de Recursos.
Sendo assim, a recuperação de estudos é realizada de forma concomitante
ao processo ensino-aprendizagem, sempre que se fizer necessário, sendo os
alunos de 5ª série quando apresentarem dificuldade em Língua Portuguesa e
Matemática, encaminhados à Sala de Recursos.
10. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
A qualidade da educação não é algo predefinido e sim um processo de
construção que leva em conta as necessidades e objetivos do grupo social, isto é,
75
da comunidade imediata e dos valores sociais mais amplos, e é um compromisso
institucional e pessoal com a democratização da educação.
Portanto, a Avaliação Institucional interna constitui-se um processo
sistemático de discussão permanente sobre as várias práticas vivenciadas na
escola, intrínseco à construção da sua autonomia, já que fornece subsídios para a
melhoria e o aperfeiçoamento da qualidade do seu trabalho. Essa autonomia não
desvincula a escola das demais instâncias do sistema, uma vez que a Avaliação
Institucional articula as demais avaliações, possibilitando uma leitura da totalidade
das instituições e do sistema.
A Avaliação Institucional externa e interna e externa são maneiras
de estimular a melhoria do desempenho e de evitar que a rotina descaracterize os
objetivos fundamentais. A avaliação institucional preocupa-se essencialmente
com os resultados das ações educativas da escola, em particular, os relativos a
ensinar e aprender. No Colégio traduz-se por um processo contínuo e aberto, no
qual os setores da escola - pedagógicos e administrativos – refletem sobre seus
modos de atuação e os resultados de suas atividades em busca da melhoria da
escola como um todo.
A Escola participa da Prova Brasil, do Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Básica (Saeb), que são avaliações para diagnóstico, em larga escala,
desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep/MEC). Têm o objetivo de avaliar a qualidade do ensino
oferecido pelo sistema educacional brasileiro a partir de testes padronizados e
questionários socioeconômicos. Também participa do ENEM e Olimpíadas de
Português e Matemática
Desta forma a Avaliação Institucional é utilizada em nossa escola a fim de
auxiliar a compreensão da realidade escolar/educacional e mobilizar para
mudanças necessárias e trazer subsídios para a política educacional, para a
gestão escolar e para a prática pedagógica, contribuindo para melhoria da
qualidade do ensino.
DESEMPENHO DA ESCOLA NAS AVALIAÇÕES EXTERNAS
76
Em busca de uma educação de qualidade, o Ministério da Educação aplica
o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) para que possamos encontrar juntos
os caminhos da melhoria do quadro educacional do País, tendo como objetivo
melhorar a qualidade do ensino nas escolas brasileiras. Como nossa escola
também tem desafio e é responsável pela formação escolar das cidadãs e
cidadãos brasileiros, preparamos, apoiamos e divulgamos o ENEM a todos os
alunos. Nossos alunos têm obtido bons resultados no Exame Nacional do Ensino
Médio.
11. FORMAÇÃO CONTINUADA
A Escola tem por objetivo a formação integral do aluno, para que isto
ocorra com sucesso, é fundamental que a mesma viabilize a Capacitação
continuada de seus profissionais, para que os mesmos possam desta forma
inovar suas práticas. Propiciar também momentos para estudos, a fim de debater
temas educativos, disponibilizar a participação de professores e funcionários em
eventos promovidos pela SEED , NRE e outras Instituições. Organizar palestras,
seminários, painéis e oficinas com a participação dos pais, alunos, professores e
conselheiros. Na Formação Continuada dos professores a SEED oferta:
PDE – PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
O Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, integrado às
atividades da Formação Continuada em Educação – FOCO, disciplina a
promoção do professor no Nível III da Carreira, conforme previsto no Plano de
Carreira do Magistério Estadual, Lei Complementar nº 103, de 15 de março de
2004.
O PDE objetiva a Formação Continuada do professor da rede pública
estadual de ensino, para aprimorar a qualidade da Educação Básica no Estado,
de acordo com as necessidades educacionais e socioculturais da comunidade
escolar.
77
Sob a coordenação do professor orientador, contratado junto às IES, o professor
aprovado para ingresso no PDE terá três tarefas principais:
•
Cumprir um programa de estudos definido pela SEED, em parceria com
as Instituições de Ensino Superior – IES, inscrevendo-se em disciplinas
acadêmicas e participando de simpósios, encontros e eventos de
capacitação.
•
Acompanhar os grupos de professores formados na base do sistema,
desenvolvendo com eles atividades previstas no Programa. Esse
acompanhamento visa estabelecer diálogo sistemático com os grupos de
grupos de professores da rede, reunidos em torno das áreas contempladas
no Programa.
•
Produzir material didático-pedagógico como resultado da participação
no PDE, de forma colaborativa com os grupos de professores da rede. Este
trabalho será apresentado e defendido perante Banca Examinadora, sendo
requisito fundamental para a obtenção da certificação do PDE.
GRUPOS DE ESTUDOS
Os grupos de estudos têm como objetivo propiciar subsídios teóricos e
metodológicos para os professores aprofundarem seus conhecimentos e
aprimorarem a prática pedagógica.
Constituindo-se como tempo/espaço de formação continuada, os grupos de
estudos do ensino médio trabalharão com a leitura, reflexão e discussão de idéias
a partir de textos selecionados pelos técnicos pedagógicos das disciplinas com
tradição curricular.
De acordo com o artigo 17, da lei complementar nº 103/2003, o grupo
de estudos tem como objetivos:
•
valorização do professor e a melhoria da qualidade do serviço público, com
base no levantamento prévio das necessidades, de acordo com o processo
de qualificação profissional da secretaria de estado da educação ou por
solicitação dos professores, atendendo com prioridade a sua integração,
atualização e aperfeiçoamento;
•
o processo de elaboração das diretrizes curriculares para o ensino médio e
78
implementação
inicial
das
diretrizes
curriculares
para
o
ensino
fundamental;
•
a necessidade de avaliar a implantação da reformulação curricular dos
cursos de formação de docentes, na modalidade normal;
•
a necessidade de aperfeiçoamento contínuo do professor e atualização
curricular,
tendo
em
vista
as
implicações
históricas
sociais
na
contemporaneidade;
•
a importância do processo dialógico resultante do grupo de estudo, na
medida em que as propostas de trabalho se articulam a partir de diferentes
instâncias: escola, NRE, SEED e de estudos específicos nas diversas
áreas de conhecimento bem como favorecem a troca e o registro de
experiências significativas entre os profissionais da educação;
•
a necessidade de oportunizar a descentralização das atividades de
formação
continuada
abrangendo,
assim,
um
número
maior
de
professores.
12. ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO
O estágio pode e deve permitir ao estagiário que as ações desnvolvidas
no ambiente de trabalho sejam trazidas para a escola e vice-versa, relacionandoas aos conhecimentos universais necessários para compreendê-las a partir das
relações de trabalho.
Assim cabe ao pedagogo acompanhar as práticas de estágio
desenvolvidas pelo aluno, ainda que em via não presencial, para que este possa
mediar a natureza do estágio e as contribuições do aluno estagiário com o plano
de trabalho docente, de forma que os conhecimentos transmitidos sejam
instrumentos para se compreender de que forma tais relações se estabelecem
histórica, econômica, política, cultural e socialmente. Cabe ao pedagogo, também,
manter os professores das turmas, cujos alunos desenvolvem atividades de
estágio, informados sobre as atividades desenvolvidas, de modo que estes
possam contribuir para esta relação práxica.
79
13. ATIVIDADES INTEGRADORAS DO CURRÍCULO
FÓRUM DA AGENDA 21 ESCOLAR
Através de dados levantados no Fórum da Agenda 21 Escolar, os eixos
norteadores dos trabalhos são a ÁGUA e o LIXO que serão trabalhados da
seguinte forma:
PROBLEMAS E AÇÕES DA AGENDA 21 ESCOLAR
EIXO NORTEADOR: Água
PROBLEMA: Como concretizar o uso da caixa de captação de água da
chuva do Município de Fênix?
AÇÕES:
Conscientizar as famílias sobre os benefícios financeiros desta forma de
captação;
Transformar em Lei e fazer com que a mesma entre em vigor;
Cada morador construir pelo menos calhas (método barato) para coletar
água;
Realizar palestras com os alunos e seus familiares, de orientação quanto a
qualidade, consumo e desperdício da água;
Pesquisas sobre a forma como é feita a contaminação do lençol freático;
Visitas à estação de tratamento de água, visita a uma fazenda para
verificar a nascente de um rio para observar o sistema de armazenamentos
de água da chuva;
Leitura da conta de água, identificando cada um dos campos presentes e
seus respectivos significados;
Coletar dados sobre o consumo de água em diferentes países, bem como
das reservas mundiais de água;
Confecção de maquetes.
EIXO NORTEADOR: Lixo
PROBLEMA: Como iniciar no município a Coleta Seletiva do Lixo?
AÇÕES:
Criação de uma Lei;
Conscientização da comunidade;
80
Fazer a separação do lixo;
Prefeitura fazer a coleta com aterro sanitário;
Estímulo por parte das autoridades;
Palestras com o representante da EMATER da nossa comunidade;
Passeatas;
Confecção de cartazes;
Pesquisas através da Internet, jornais, revistas sobre o tema abordado;
Produção de Histórias em Quadrinhos pelos alunos, músicas;
Trabalho de conscientização a toda a comunidade da seleção dos
materiais recicláveis para facilitar a coleta;
Coleta dos resíduos recicláveis e venda dos mesmos e a aplicação dos
recursos na aquisição de materiais pedagógicos;
Viagem aos alunos que colaboraram na coleta dos materiais recicláveis;
Envio de ofício aos agricultores e comerciantes solicitando a doação de
ferro-velho e outros materiais recicláveis;
Participação de funcionários e professores como colaboradores das
turmas;
Controle de recebimento do material feito através de fichas contendo: série,
turma, turno, nome dos alunos, data e o peso dos materiais coletados.
VIVA A ESCOLA
O Programa Viva a Escola visa a expansão de atividades pedagógicas
realizadas na escola como complementação curricular, vinculadas ao Projeto
Político Pedagógico, a fim de atender às especificidades da formação do aluno e
de sua realidade. As Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular têm
os seguintes objetivos:
• Dar condições para que os profissionais da educação, os educandos da
Rede Pública Estadual e a comunidade escolar, desenvolvam diferentes
atividades pedagógicas no estabelecimento de ensino no qual estão vinculados,
além do turno escolar;
• Viabilizar o acesso, permanência e participação dos educandos em
atividades pedagógicas de seu interesse;
81
• Possibilitar aos educandos maior integração na comunidade escolar,
fazendo a interação com colegas, professores e comunidade.
O Programa compreende quatro núcleos de conhecimento: ExpressivoCorporal: esportes, jogos, brinquedos e brincadeiras, ginástica, lutas, teatros,
danças; Científico-Cultural: história e memória, cultura regional, atividades
literárias, artes visuais, músicas, investigação científica, divulgação científica e
mídias.
• Apoio à Aprendizagem: Centro de Línguas Estrangeiras Modernas; Sala de
Apoio à Aprendizagem; Ciclo de Básico de Alfabetização; Sala de Recursos; Sala
de Apoio da Educação Escolar Indígena;
• Integração Comunidade e Escola: Fórum de estudos e Discussões; Preparatório
para o Vestibular.
O Projeto Viva a Escola do Colégio Santo Inácio de Loyola, contempla o
teatro a fim de promover desta forma o ensino aprendizagem dos alunos.
PROPOSTAS DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES CULTURAIS, SOCIAIS,
AMBIENTAIS E CÍVICAS PARA O ANO DE 2011
Feira Cultural
FACESI (Feira Arte Cultural do Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola)
Festival da Canção
FERA COM CIÊNCIA (VOU PEGAR DA ESCOLA)
Olimpíadas de Matemática, Física e Biologia
Jogos Colegiais
Maratonas Culturais
Programa Viva Escola: Mídia (VOU PEGAR DA ESCOLA)
CELEM (Centro de Línguas Estrangeiras Modernas)
SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS, ATIVIDADES RECREATIVAS, SOCIAIS E
AMBIENTAIS
82
Drogas, tô fora!;
Inclusão é responsabilidade de todos;
Tecnologia ao alcance de todos:
Reconhecimento e a valorização da diversidade cultural:
Não basta ser pai, tem que participar;
Folclore: Buscando resgatar a Identidade e Cultura do Povo Brasileiro;
Em ação contra a evasão;
Viajando pela leitura;
Passeios Pedagógicos;
Programa Saúde na escola;
SOS Água Doce.
Viajando no Túnel do Tempo
EIXOS TEMÁTICOS
Agenda 21, Ética e Cidadania, Educação Afro, Educação Fiscal, Educação do
Campo, Meio Ambiente, Solidariedade, Paz, Direitos Humanos.
OBJETIVOS DAS ATIVIDADES CULTURAIS, SOCIAIS, AMBIENTAIS E
CÍVICAS
Despertar o interesse dos alunos para temas sociais, ambientais e culturais
Auxiliar o aluno na identificação e resolução de problemas, com uma visão
ética e humanista;
Incentivar a aprendizagem dos valores tendo como finalidades o
desenvolvimento pleno do educando, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o mundo, estimulando o desenvolvimento
de atitudes necessárias para a vida em sociedade.
CELEM
O Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola – Ensino Fundamental, Médio e
Normal insere-se em um contexto social de uma comunidade com nível sócioeconômico variando de médio a baixo. A maioria dos pais e jovens trabalham no
83
corte de cana, uma das únicas possibilidades de emprego na região. As famílias
demonstram ter preocupação com os valores morais e éticos desejando que seus
filhos possam ser conscientizados sobre estas questões, como também almejam
que tenham oportunidades diferentes de ensino/aprendizagem que eles não
tiveram.
A comunidade, devido à carência econômica e impossibilidades de acesso
aos bens culturais, necessitam de oportunidades para a superação da
desigualdade de acesso ao conhecimento, que é um aspecto relevante quando
falamos de uma realidade tão excludente quanto à desta cidade.
Os professores e funcionários da escola estão sempre em busca de
formação, o que nem sempre é possível e, para eles o aprendizado de uma outra
língua da comunidade global torna-se uma qualificação básica, tanto para sua
carreira acadêmica quanto profissional.
Nesta perspectiva pretende-se, ao oferecer o curso de Língua Espanhola,
superar esta falta de oportunidade para educandos, professores, funcionários e
membros da comunidade, bem como ampliar o universo de ofertas e
possibilidades, oferecendo-lhes condições para que isso seja efetivado.
Sendo assim, é importante destacar que o Ensino de Espanhol deve ser
articulado a partir dos seguintes objetivos:
- Usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;
- Vivenciar, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe
possibilite
estabelecer
relações
entre
ações
individuais
e
coletivas;
- Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto,passíveis
de
transformações
na
prática
social;
- Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
- Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural, bem como seus
benefícios para o desenvolvimento cultural do país
- Fazer uso da língua alvo em situações significativas e relevantes, de modo a
promover a inclusão social do aluno na sociedade.
84
14. PLANO DE AÇÃO
PLANO DE AÇÃO
Tópicos
Problemas levantados
Discutidos
Gestão
Democrática
Ações da escola
Grêmio Estudantil- Pouca
participação e desinteresse dos
alunos
- Formação do Grêmio
Estudantil
-
Promover
Período
Responsável
Fevereiro a
Direção e
março de
Equipe
2011
Pedagógica
atividades
recreativas para os pais a
-
Falta
da
participação
da
família no cotidiano escolar;
-
- Evasão;
-Prática
Pedagógica
indisciplina
contribui
para
envolvê-los
no
Realizar
um
trabalho
diferenciado;
- Recuperação de Estudos;
Pedagógico
de
cotidiano escolar;
-
- Inclusão;
Projeto-Político
fim
(a
o
fracasso da prática pedagógica
do professor).
Rever
a
utilizando
metodologia
uma
Pedagógica
que
Prática
venha
Durante
o
ano letivo
Direção,
Equipe
Pedagógica
atender a necessidade do
e
Professores
aluno;
- Usar positivamente as
tecnologias e desenvolver
projetos para combater a
indisciplina.
-
Encontrar
para
alternativas
solucionar
os
problemas de cada turma;
- Para Recuperação de
Regimento escolar
- Recuperação de Estudos;
-
Ações
Educativas,
Pedagógicas e Disciplinares.
Estudos
novas
Direção,
buscaremos
estratégias
para
atender
as
melhor
dificuldades dos alunos e Durante
Equipe
Pedagógica
o
dentro das possibilidades ano letivo
os
mesmos
atendidos
e
Professores
serão
na
hora
atividade do professor.
Instâncias
- Disponibilidade de horário.
- Promover eventos em Durante
85
o
Direção ,
Colegiadas:
horários compatíveis.
ano letivo
Equipe
APMF/ Conselho
Pedagógica
Escolar
e
Professores
- Planejaremos da melhor
Cumprimento do
Calendário
Escolar em dias
letivos e horas-
forma nossas atividades
- Não encontramos dificuldades de
em
cumprir
acordo
com
calendário calendário
o
escolar.
Direção,
o
escolar Durante
o
ressaltando as datas em ano letivo
destaque
aula
que
Equipe
Pedagógica
e
dizem
Professores
respeito à nossa cultura.
- Utilizar meios que visem
contribuir
para
a
Direção,
- Alguns pais não comparecem participação dos pais do
Relação EscolaComunidade
quando são requisitados pela cotidiano
escola.
escolar Durante
(gincanas,
o
reuniões, ano letivo
festividades
escolares
Equipe
Pedagógica
e
e
Professores
outros).
- As vezes não conseguimos
desenvolver
o
que
está
proposto em nossa Proposta
Pedagógica Curricular e em
nosso
Plano
de
Trabalho
Docente, pois ainda estamos
procurando
Proposta
Pedagógica
Curricular/Plano
de Trabalho
Docente
para
encontrar
trabalhar
da
meios
melhor
maneira a diversidade em sala
de
aula;
indisciplina
em
e
lidar
a
com
falta
a
de
- Trabalhar de maneira
diferenciada
inovar
procurando
a
Prática
Pedagógica, respeitando a
Direção,
diversidade encontrada em Durante
sala de aula.
o
ano letivo
Pedagógica
e
interesse dos alunos. Talvez a
Professores
falta de interesse ocorra por não
estarmos
utilizando
Equipe
uma
metodologia adequada.
- Apesar de termos consciência
de que a mesma deva ser - Adotar estratégias que
realizada de forma contínua e venham de encontro com a
diagnóstica, muitas vezes nos realidade da turma;
Direção,
sentimos inseguros quanto às - Conscientizar aos pais
estratégias
Avaliação Escolar encontrar
adequados
utilizadas
e
de para
que
tenham
os
instrumentos compromisso
que
atendam
mais
com
a aprendizagem dos filhos.
diversidade.
86
a
Equipe
Durante
ano letivo
o
Pedagógica
e
Professores
- É um momento crucial para Conselho de
Classe
nossas
refelxões.
encontramos
problemas
atividade
pois
era
um
a
hora
fragmentada,
isolamento
da
disciplina.
Embora
seja
Recuperação
realizada
de
a
Estudos,
Recuperação de consideramos que a mesma
Estudos
não
buscando
soluções.
dificuldades,
-
forma
em sempre refletir para buscar
realizá-lo.
havia
de
Não parcipativa,
- No ano de 2007 encontramos
Hora-Atividade
Realizá-lo
surte
o
efeito
que
desejamos.
-
Para
2008
proposta
do
temos
NRE
Direção e
Durante
o
ano letivo
a
Direção e
para
Equipe
realizarmos a mesma por Durante
disciplina afim.
Equipe
Pedagógica
o Pedagógica
ano letivo
- O aluno será atendido
individualmente
conforme
Direção e
a necessidade do mesmo
no momento em que se Durante
o
fizer necessário; através ano letivo
Equipe
Pedagógica
de metodologias variadas.
- Tem trazido bons resultados,
porém nem todos os alunos
podem ser atentidos devido ao
horário que a mesma funciona
para atender a maior demanda
Sala de Recursos de alunos, deste modo o horário
não é oportuno para os alunos
- Tentaremos resolver o
problema dos alunos da
zona
rural
através
de
parcerias com a prefeitura
Durante
o
ano letivo
Direção e
Equipe
Pedagógica
do município.
da zona rural.
Registro e
Acompanhamento
de Alunos
Incluídos
-
Os
professores
não
têm
formação adequada e não estão
capacitados para trabalharem
com os alunos inclusos.
- Buscar meios para o
aperfeiçoamento
do
trabalho pedagógico.
Direção e
Durante
o
ano letivo
Equipe
Pedagógica
- As Reuniões Pedagógicas são
satisfatórias,
Reuniões
Pedagógicas/
Semanas
pedagógicas
porém
gostaríamos que
Pedagógica
fosse
a Semana - Requisitar ao NRE e à
Direção e
ministrada SEED, palestrantes para a
Equipe
por um profissional para dar Semana de Capacitação.
Durante
palestras
ano letivo
e
que
a
SEED
o Pedagógica
ofertasse cursos.
- É no período noturno que - Desenvolver um Projeto
encontramos o maior índice de contra
Enfrentamento à
Evasão
a
Evasão
Direção ,
para
Equipe
evasão, pois os alunos são tentar resgatar os alunos
trabalhadores e muitas vezes se evadidos
e
utilizar Durante
ausentar para trabalharem em metodologias
outras localidades.
diferenciadas para que os
87
ano letivo
o
Pedagógica
e
Professores
mesmos permaneçam.
Direção ,
Jornadas
Pedagógicas
- A Jornada Pedagógica sempre -
Reivindicar
ao
NRE Durante
ocorreu de maneira satisfatória. vagas para professores.
o
ano letivo
Equipe
Pedagógica
e
Professores
Direção ,
Grupos de
Estudos
-
- Muito complexo;
Requisitar
revisão
- Pontuação baixa.
à
SEED
dos
pontos
destacados.
Durante
o
ano letivo
Equipe
Pedagógica
e
Professores
Direção ,
Simpósios/Seminá
rios/Encontros/
Cursos
- Poucas oportunidades para os professores
(insuficiência
Requisitar
de revisão
vagas).
à
SEED
dos
pontos
destacados.
Durante
o
ano letivo
Equipe
Pedagógica
e
Professores
Direção ,
PDE/GTR
- Não encontramos problemas.
- Requisitar à SEED que o Durante
PDE/GTR continue.
o
ano letivo
Equipe
Pedagógica
e
Professores
- Encontramos dificuldades de Produção de
Material
(Folhas/OAC)
Requisitar
ao
desenvolver os mesmos, são capacitação
NRE
Direção ,
para
Equipe
complexos e gostaríamos que desenvolver os mesmos e
os
mesmos
não
fossem que
realizado no perído de aulas.
a
mesma
seja
realizada nas escolas.
Durante
o
ano letivo
Pedagógica
e
Professores
- Tentaremos através de
visitas
-
As
Específicos da
Escola
com
um
encontramos representante da escola
vezes
dificuldades em fazer parcerias em
Projetos
de
entidades
localidades
de
de
Direção ,
localidades,
Equipe
outras buscarmos parcerias com
falta entidades diferentes das Durante
e
disponibilidade
outras
recursos existentes
em
o
nosso ano letivo
e
Professores
município e que venham
financeiros.
Pedagógica
de encontro com nossos
projetos.
-
Falta
melhorias
esportes.
de
recursos
para
quadra
para -
Requisitar
recursos
de financeiros para melhoria
de
nossa
quadra
de
Semana Cultural e - Os alunos que participam dos esportes;
Esportiva
jogos colegiais não participam - Requisitar ao NRE a
88
Durante
ano letivo
o
Direção e
Equipe
Pedagógica
da Semana Cultural.
possibilidade da Semana
Cultural
ser
diferente
em
dos
data
Jogos
Colegiais para que todos
alunos participem.
Programas
Institucionais da
SEED:
FERA/ComCiênci
- São programas ótimos, porém faltam recursos financeiros.
Requisitar
recursos Durante
financeiros.
o
ano letivo
Direção
a/JOCOPs)
Educação do
Campo
Necessitamos
orientações
e
de
materiais
mais -
Requisitar
recursos
de pedagógicos junto ao NRE
apoio para trabalhar a mesma.
e à SEED.
Durante
o
ano letivo
Direção e
Equipe
Pedagógica
Desafios
educacionais
contemporâneos:
educação
ambiental,
sexualidade,
enfrentamento à
- Não encontramos dificuldades
violência nas
nestes desafios, pois a escola
escolas,
tem desenvolvido projetos cujos
prevenção ao uso resultados foram satisfatórios.
indevido de
Direção ,
- Continuaremos a realizar
os referidos projetos de
forma
coletiva,
tentando
sempre
inovar
as
Equipe
Durante
o Pedagógica,
ano letivo
Professores
e
metodologias aplicadas.
Funcionários
drogas, educação
fiscal, História e
Cultura Afrobrasileira e
Africana
Materiais e
ambientes
didáticopedagógicos:
Laboratório de
Informática/TV
Paulo Freire, TV
Pendrive, acervo
- Falta um instrutor para o
Laboratório de Informática;
-
Professores
despreparados
para trabalharem nos referidos
ambientes.
- Requisitar um profissional
capacitado para atender às Durante
o
necessidades e sanar a ano letivo
Direção
dificuldades encontradas.
da biblioteca, Livro
Didático Público
Recursos
Financeiros:
- Insuficiente
- Requisitar ampliação dos Durante
recursos financeiros.
89
ano letivo
o
Direção
Fundo
Rotativo/PDE
A escola organizará seu currículo de forma a favorecer o desenvolvimento
de valores e práticas democráticas onde tolerância, igualdade, equidade,
responsabilidade e liberdade são imprescindíveis assim como uma Educação de
qualidade para todos. Assim o reconhecimento e valorização da diversidade,
como elemento enriquecedor do processo de ensino e aprendizagem, a
valorização do processo sobre o produto da aprendizagem e enfoques
curriculares, metodológicos e estratégias pedagógicas que possibilitam a
construção coletiva do conhecimento serão fundamentais para a implementação
do Plano de Ação de 2010.
15.
ACOMPANHAMENTO
E
AVALIAÇÃO
DO
PROJETO
POLÍTICO
PEDAGÓGICO
A avaliação do PPP, realizar-se-á periodicamente visando não apenas o
cumprimento das ações previstas, mas os resultados que poderão apresentar e a
necessidade de novas ações, a fim de concretizar melhoria no processo de
ensino aprendizagem no colégio, bem como a satisfação de professores,
funcionários, pais e alunos, cuja intencionalidade prioriza garantir um Ensino
público de qualidade conforme prevê a Lei de Diretrizes Base Educação.
Acontecerá sempre que possível no coletivo da Escola considerando que a
efetivação do PPP depende da participação de todos: professores
equipe
pedagógica, Conselho Escolar, APMF e Grêmio Estudantil. Deste modo ele nunca
estará pronto e acabado pois, sendo flexível. estará sujeito a mudanças de acordo
com a realidade da escola e do momento histórico vivenciado pela comunidade,
pelo país ou pelo mundo.
A avaliação do Projeto Político Pedagógico, sendo um processo
democrático de decisões, levará sempre em consideração, por todas as
instâncias envolvidas, se ele está instaurando uma forma de organização do
trabalho pedagógico que desvele os conflitos e as contradições, se contém
opções explícitas na direção da superação de problemas no decorrer do trabalho
90
educativo, voltado à realidade desta comunidade. Sua construção, assim, será
contínua, pois, enquanto produto é também processo, incorporando ambos numa
interação possível.
91
16. REFERÊNCIAS
ARCO-VERDE, Y. F. de S. Diretrizes Curriculares da Educação Básica para a
Rede Pública Estadual de Ensino. Curitiba: SEED-PR, 2003-06.
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MEC/SEF, 1997.
______.
Conselho
Nacional
de
Educação.
Diretrizes
Curriculares
Nacionais.Educação Básica. Brasília: Câmara da Educação Básica, 2008.
______. Resolução nº 305/2004 – SEED – Lei Estadual nº 13.807 de 30/09/2002.
______. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares
Nacionais – Introdução. Brasília: MEC/SEF, 1998.
______. APMF. Lei n. 8.069/90. Brasília: MEC/SEF, 1990.
______. Resolução nº 1 de 17/06/2004. Diretrizes Curriculares Nacionais para
a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e
Cultura
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político-pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 1998.
94
17. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRI CULAR
95
APRESENTAÇÃO
A presente Proposta Curricular apresenta a produção coletiva dos vários
segmentos escolares envolvidos, na perspectiva de um repensar sobre a escola
de um modo geral. Trata-se de rever tanto suas funções, quanto sua organização
didático-pedagógica.
Assim a proposta foi organizada a partir de reuniões, grupos de estudo,
reflexões individuais e coletivas acerca da prática nas diferentes disciplinas, as
quais estão organizadas segundo a matriz curricular da escola e em consonância
com os princípios das diretrizes curriculares da educação fundamental da rede de
educação básica do estado do Paraná.
É com esta perspectiva que esta Proposta Curricular é apresentada. Ela
consolida tanto a participação dos envolvidos nos debates e reflexões, quanto a
própria prática de ensino e de trabalho pedagógico. A Proposta oferece
alternativas que se assentam em uma Filosofia inovadora que procura equilibrar a
teoria e a prática de forma a garantir uma compreensão dos conteúdos
sistematizados mas trazendo-os para a realidade estrutural na qual vivem os
diversos seguimentos da escola e os alunos.
As reflexões acerca da proposta curricular articulam os conhecimentos a
uma prática pedagógica comprometida com a concretização do processo ensinoaprendizagem com qualidade e para que esse processo se fundamente na
formação humana partimos do princípio de que o homem é um ser de valores,
que diferencia dos demais seres por sua capacidade de criar cultura e que cabe à
escola possibilitar e contribuir em sua formação como cidadão crítico e inovador.
Por isso esta proposta curricular tem perspectivas inclusivas e relações éticas e
democráticas, contemplando os conteúdos estruturantes de cada disciplina e
respeitando a diversidade, pois quando se trata de inclusão, entende-se que a
escola tem que respeitar o direito constitucional da pessoa com necessidades
educacionais especiais e de sua família na escolha da forma de educação que
melhor
se
ajuste
às
suas
necessidades,
circunstâncias
e
aspirações,
promovendo, dessa forma, um processo de inclusão responsável e cidadã. Deste
modo, a escola regular deve estar preparada para receber o aluno com
necessidades especiais. No que se refere à diversidade, os critérios utilizados
96
para seleção dos conteúdos foram os seguintes: a relevância sociocultural e
política, considerando a necessidade e importância da atuação da escola em
fornecer informações básicas que permitam conhecer a ampla diversidade
sociocultural brasileira, a fim de divulgar as contribuições dessas diferentes
culturas
presentes em
território
nacional e
eliminar conceitos
errados,
culturalmente disseminados, acerca de povos e grupos humanos que constituem
o Brasil. Sendo assim, contemplou-se nesta Proposta Curricular a Educação do
Campo, pois compreende-se que a partir da diversidade presente no campo,
pode-se construir políticas públicas que assegurem o direito à igualdade com
respeito as diferenças. Inclui-se também a Cultura-Afro, visando a adoção de
políticas educacionais e de estratégias pedagógicas de valorização da
diversidade, a fim de superar a desigualdade étnico-racial presente na educação ,
valorizar , divulgar e respeitar os processos históricos de resistência negra,
desencadeados pelos africanos escravizados no Brasil e por seus descendentes
na contemporaneidade, desde as formas individuais até as coletivas.
Por ser uma proposta aberta sempre que se fizer necessário a escola e seu
seguimentos deverão rever o que foi proposto para se acrescentar o que for
necessário e também para modificar o que não estiver indo de encontro aos
verdadeiros interesses e necessidades dos educandos.
97
NRE: 05 -CAMPO MOURÃO
MUNICÍPIO: 0770 - FÊNIX
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
CURSO: 4000 – ENSINO FUND. 5/8 SER.
TURNO: MANHÃ
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 – SIMULTÂNEA
BASE
NACIONAL
COMUM
PARTE
DIVERSIFICADA
MÓDULO: 40 SEMANAS
Arte
Ciências
Educação Física
Ensino Religioso *
Geografia
História
Língua Portuguesa
Matemática
SUB – TOTAL
5ª série
2
3
3
1
3
3
4
4
22
6ª série
2
3
3
1
3
3
4
4
22
7ª série
2
3
3
0
3
4
4
4
23
8ª série
2
4
3
0
3
3
4
4
23
L.E.M – Inglês **
SUB – TOTAL
2
2
2
2
2
2
2
2
TOTAL GERAL
24
24
25
25
NOTA: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.
* Oferta obrigatória e de matrícula facultativa, não computada nas 800 horas.
** Idioma definido pelo estabelecimento de ensino.
DATA DA EMISSÃO: 17 de outubro de 2006.
98
NRE: 05 -CAMPO MOURÃO
MUNICÍPIO: 0770 - FÊNIX
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
CURSO: 4000 – ENSINO FUND. 5/8 SER.
TURNO: TARDE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 – SIMULTÂNEA
BASE
NACIONAL
COMUM
PARTE
DIVERSIFICADA
MÓDULO: 40 SEMANAS
Arte
Ciências
Educação Física
Ensino Religioso *
Geografia
História
Língua Portuguesa
Matemática
SUB – TOTAL
5ª série
2
3
3
1
3
3
4
4
22
6ª série
2
3
3
1
3
3
4
4
22
7ª série
2
3
3
0
3
4
4
4
23
8ª série
2
4
3
0
3
3
4
4
23
L.E.M – Inglês **
SUB – TOTAL
2
2
2
2
2
2
2
2
TOTAL GERAL
24
24
25
25
NOTA: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.
* Oferta obrigatória e de matrícula facultativa, não computada nas 800 horas.
** Idioma definido pelo estabelecimento de ensino.
DATA DA EMISSÃO: 17 de outubro de 2006.
99
NRE: 05 -CAMPO MOURÃO
MUNICÍPIO: 0770 - FÊNIX
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
CURSO: 4000 – ENSINO MÉDIO
TURNO: MANHÃ
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 – SIMULTÂNEA
BASE
NACIONAL
COMUM
PARTE
DIVERSIFICADA
MÓDULO: 40 SEMANAS
Arte
Biologia
Educação Física
Filosofia
Física
Geografia
História
Língua Portuguesa
Matemática
Química
Sociologia
SUB – TOTAL
1ª série
2
2
2
2
2
2
2
3
2
2
2
23
2ª série
2
2
2
0
2
2
2
3
4
2
2
23
3ª série
0
2
2
2
3
2
2
4
4
2
0
23
L.E.M – Inglês *
SUB – TOTAL
2
2
2
2
2
2
TOTAL GERAL
25
25
25
NOTA: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.
* Idioma definido pelo estabelecimento de ensino.
DATA DA EMISSÃO: 12 de dezembro de 2006.
100
NRE: 05 -CAMPO MOURÃO
MUNICÍPIO: 0770 - FÊNIX
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
CURSO: 4000 – ENSINO MÉDIO
TURNO: TARDE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA
BASE
NACIONAL
COMUM
PARTE
DIVERSIFICADA
MÓDULO: 40 SEMANAS
Arte
Biologia
Educação Física
Filosofia
Física
Geografia
História
Língua Portuguesa
Matemática
Química
Sociologia
SUB – TOTAL
1ª série
2
2
2
2
2
2
2
3
2
2
2
23
2ª série
2
2
2
0
2
2
2
3
4
2
2
23
3ª série
0
2
2
2
3
2
2
4
4
2
0
23
L.E.M – Inglês *
SUB – TOTAL
2
2
2
2
2
2
TOTAL GERAL
25
25
25
NOTA: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.
* Idioma definido pelo estabelecimento de ensino.
DATA DA EMISSÃO: 12 de dezembro de 2006.
101
NRE: 05 -CAMPO MOURÃO
MUNICÍPIO: 0770 - FÊNIX
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
CURSO: 4000 – ENSINO MÉDIO
TURNO: NOITE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA
BASE
NACIONAL
COMUM
PARTE
DIVERSIFICADA
MÓDULO: 40 SEMANAS
Arte
Biologia
Educação Física
Filosofia
Física
Geografia
História
Língua Portuguesa
Matemática
Química
Sociologia
SUB – TOTAL
1ª série
2
2
2
2
2
2
2
3
2
2
2
23
2ª série
2
2
2
0
2
2
2
3
4
2
2
23
3ª série
0
2
2
2
3
2
2
4
4
2
0
23
L.E.M – Inglês *
SUB – TOTAL
2
2
2
2
2
2
TOTAL GERAL
25
25
25
NOTA: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.
* Idioma definido pelo estabelecimento de ensino.
DATA DA EMISSÃO: 12 de dezembro de 2006.
102
INTEGRADO
CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES DA EDUC. INF. E DOS ANOS INICIAIS DO ENS.FUND.NORMAL, EM NÍVEL MÉDIO
Ano de Implantação: 2010
Turnos: Diurno e Noturno
Módulo: 40 - Carga Horária Total = 4.800h
Implantação GRADATIVA
DISCIPLINAS
BASE NACIONAL
COMUM
PD
FORMAÇÃO
ESPECÍFICA
Língua Portuguesa e Literatura
Arte
Educação Física
Matemática
Física
Química
Biologia
História
Geografia
Sociologia
Filosofia
Sub-total
Língua Estrangeira Moderna
Sub-total
Fundamentos Históricos da Educação
Fundamentos Filosóficos da Educação
Fundamentos Sociológicos da Educação
Fundamentos Psicológicos da Educação
Fundamentos Históricos e Políticos da Educação
Infantil
Concepções Norteadoras da Educação Especial
Trabalho Pedagógico na Educação Infantil
Organização do Trabalho Pedagógico
Literatura Infantil
Metodologia do Ensino de Português /
Alfabetização
Metodologia do Ensino de Matemática
Metodologia do Ensino de História
Metodologia do Ensino de Geografia
Metodologia do Ensino de Ciências
Metodologia do Ensino de Arte
Metodologia do Ensino de Educação Física
Sub - total
PRÁTICA DE FORMAÇÃO (Estágio
Supervisionado)
Total
TOTAL GERAL
103
Hora
Aula
1ª
2
2
2
2
2ª
3
2
2
3ª 4ª
2 3
2
4
3
2
2
2
2
2
2 2
2 2
3
2 2
2 2
19 15 13 11
2 2
2 2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
6 10 10 12
25 25 25 25
5 5
5 5
30 30 30 30
Hora
Relógio
400
80
320
400
200
160
160
160
120
160
160
2320
160
160
80
80
80
80
80
333
67
267
333
167
133
133
133
100
134
134
1934
133
133
67
67
67
67
67
80
160
160
80
160
67
133
133
67
133
80
80
80
80
80
80
1520
4000
67
67
67
67
67
67
1266
3333
800
4800
667
4000
17.1. PROPOSTAS CURRICULARES
DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
104
COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA EFMN
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
ARTE
FÊNIX/2010
105
A) APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Durante o período colonial, incluindo onde hoje é o Estado do Paraná ocorreu,
nas vilas e reduções jesuíticas, a primeira forma registrada de arte na educação.
A congregação católica denominada Companhia de Jesus veio ao Brasil e
desenvolveu uma educação de tradição religiosa, para grupos de origem
portuguesa, indígena e africana.
Nas reduções jesuíticas, realizaram um trabalho de catequização dos
indígenas com os ensinamentos de artes e ofícios, através da retórica, literatura,
música, teatro, dança, pintura, escultura e artes manuais. Em todo os lugares
onde a Companhia de Jesus radicou, promoveu essas forma artísticas.
Esse trabalho educacional jesuítico perdurou aproximadamente por 250 anos, de
1500 a 1759 e foi importante, pois influenciou na constituição da matriz cultural
brasileira. Essa influência manisfesta-se na cultura popular paranaense, como por
exemplo, na música caipira em sua forma de cantar e tocar viola (guitarra
espanhola), no folclore, com as Cavalhadas em Guarapuava; a Folia de Reis no
litoral e segundo planalto; a Congada da Lapa, entre outras, que permanecem
com algumas variações.
Por volta do século XVIII, busca-se a efetiva superação do modelo teocêntrico
medieval, voltando-se ao projeto conhecido como iluminista, que tinha como
caracrterística marcante a convicção de que tudo pode ser explicado pela razão
do homem e pela ciência. O governo do Marquês de Pombal expulsa os jesuítas
do território do Brasil Colônia e estabelece uma reforma na educação colonial e
em outras instituições, conhecida como Reforma Pombalina, fundamentada nos
padrões da Universidade de Coimbra, com ênfase ao ensino das ciências naturais
e dos estudos literários.
No século XIX destacam-se os Colégios-Seminários o de Olinda e o
Franciscano do Rio de Janeiro, os quais incluíram em seus currículos,
diferentemente dos demais, estudos do desenho associado à matemática e da
harmonia na música, características da arte na sociedade burguesa européia do
século XVIII e fundamentadas nos princípios do iluminismo.
106
Em 1808 com a vinda da família real de Portugal para o Brasil, fugindo da
invasão de Napoleão Bonaparte, inicia-se uma série de obras e ações para
acomodar em termos materiais e culturais, a corte portuguesa.
Entre essas ações destaca-se a chegada ao Brasil de um grupo de artistas
franceses encarregados da fundação da Academia de Belas-Artes, na qual os
alunos poderiam aprender as artes e ofícios artísticos.
Esse grupo ficou conhecido como Missão Francesa e obedecia ao estilo
neoclássico. Esse padrão estético entra em conflito com a arte colonial
de
características brasileiras, como o Barroco na arquitetura, escultura, entalhe e
pintura presentes nas obras de Antônio Francisco Lisboa ( Aleijadinho), na música
do Padre José Maurício, e em outros artistas em sua maioria de origem humilde e
mestiços, que não recebiam uma proteção remunerada como os estrangeiros.
Em 1890 surge a primeira reforma educacional no Brasil. Entre conflitos
positivistas e liberais, os positivistas, inspirados em Augusto Comte, valorizavam
em Arte, o ensino do desenho geométrico.
Em 1922 um marco considerado importante para a arte brasileira e os
movimentos nacionalistas foi a Semana da Arte Moderna. Os artistas
valorizavam a expressão individual e rompiam os modos de representação
realista.
No Paraná, observa-se reflexos desses vários processos pelos quais
passou o Ensino de Arte até tornar-se disciplina obrigatória.
Em 1971 foi promulgada a Lei Federal 5692/71 que no seu artigo 7º,
determina a obrigatoriedade do Ensino de Arte nos currículos do Ensino
Fundamental (a partir da 5ª série) e do Ensino Médio.
Em 1996 foi promulgada a nova LDB 9394/96 que mantém a
obrigatoriedade do Ensino de Arte nas escolas de Educação Básica. Nesse
período também houve mudanças nos cursos de graduação em Educação
Artística que passaram a ser licenciatura plena e uma habilitação específica.
Portanto é importante ressaltar que desde a época em que habitava as
cavernas, antes mesmo de saber escrever, o ser humano vem manipulando
cores, formas, gestos, espaços, sons, silêncios, superfícies, movimentos, luzes,
107
etc., com o intenção de dar sentido a algo, de comunicar-se com os outros pela
linguagem da arte. Deste modo a Arte é criação e manifestação do poder criador
do homem. Criar é transformar e nesse processo o sujeito também se recria. A
Arte, quando cria uma nova realidade, reflete a essência do real. O sujeito, por
meio de suas criações artísticas, amplia e enriquece a realidade já humanizada
pelo trabalho. Portanto pensar o ensino de arte é também pensar o processo de
poetizar, fruir e conhecer arte. Percebendo e analisando seus percursos e
resultados e compreendendo os seus conceitos e contextos, visualizamos o
processo de ensinar e aprender na perspectiva de seu próprio universo.
Para que o ensino da Arte possa estar articulado na escola de maneira a
propiciar ao aluno, o acesso democrático aos bens culturais presentes na
sociedade é importante que se considere a identidade do aluno a partir de sua
própria história, respeitando sua pertença e suas diferenças, pois diferenciar não
equivale a discriminar. Sendo assim um grande desafio lançado à sociedade
atualmente é o de articular, da melhor maneira possível, os valores da
solidariedade e da igualdade.
Desta forma o professor de Artes deve estar revendo o seu papel no processo
de ensino - aprendizagem, no que diz respeito à linguagens artísticas e aos
conhecimentos presentes nos bens culturais de maneira que ele
seja um
mediador para que os alunos se apropriem que o patrimônio cultural pode ser
entendido como tudo que está à nossa volta. Tudo o que aconteceu, desde
milhares de anos, e que continua acontecendo, faz parte da dinâmica de cada
cultura. E que não diz respeito somente aos grandes monumentos históricos, aos
vestígios arqueológicos, aos quadros dos pintores famosos, às obras clássicas da
literatura. Refere-se também a tudo aquilo que nos cerca, a todas as atividades
que realizamos em nosso dia-a-dia, à forma pela qual entendemos o mundo e
nele interferimos.
Sendo assim, é importante destacar que o ensino de Arte deverá ser
articulado a partir dos seguintes objetivos:
108
•
Visar a abordagem dos elementos básicos das linguagens artísticas como
matéria-prima para a construção do conhecimento estético;
•
Ampliar e aprofundar a contextualização histórica social, política, econômica e
cultural, autores/artistas, os gêneros, os estilos, as técnicas, as várias
correntes artísticas e relações identitárias (local/regional/global) tanto do autor,
como do aluno com a obra;
•
Explorar as linguagens artísticas reconhecendo os elementos comuns
presentes nas diversas representações culturais determinadas pelos seus
contextos.
•
Propiciar o acesso aos conhecimentos presentes nos bens culturais, por meio
de um conjunto de saberes em Arte que lhe permitam utilizar-se desses
conhecimentos na compreensão das realidades e amplia o seu modo de vêlas.
B) CONTEÚDOS
5ª SÉRIE/ 6º Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Movimentos e Períodos
Elementos Formais
Composição
CONTEÚDOS BÁSICOS/ESPECÍFICOS
ÁREA MÚSICA
ALTURA
Ritmo
Greco-Romana
DURAÇÃO
Melodia
Oriental
TIMBRE
Escalas: diatônica
Ocidental
INTENSIDADE
pentatônica
Cultura- Afro e Cultura
DENSIDADE
cromática
Indígena
Improvisação
109
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Movimentos e Períodos
Elementos Formais
Composição
CONTEÚDOS BÁSICO-ESPECÍFICOS
ÁREA ARTES VISUAIS
PONTO
Bidimensional
Arte Greco-Romana
LINHA
Figurativa
Arte Africana
TEXTURA
Geométrica, simetria
Arte Indígena
FORMA
Técnicas:
SUPERFÍCIE
escultura, arquitetura
VOLUME
Gêneros:
COR
mitologia
pintura, Arte Oriental
cenas
Arte Pré-Histórica
da
LUZ
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Movimentos e Períodos
Elementos Formais
Composição
CONTEÚDOS BÁSICO-ESPECÍFICOS
ÁREA TEATRO
PERSONAGEM:
Enredo, roteiro
Greco-Romana
EXPRESSÕES
Espaço Cênico,
Teatro Oriental
CORPORAIS, VOCAIS, adereços
Teatro Medieval
GESTUAIS E FACIAIS
Técnicas: jogos teatrais, Renascimento
AÇÃO
teatro indireto e direto,
110
ESPAÇO
improvisação,
manipulação, máscara
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Movimentos e Períodos
Elementos Formais
Composição
CONTEÚDOS BÁSICO-ESPECÍFICOS
ÁREA DANÇA
MOVIMENTO
Kinesfera
Pré-História
CORPORAL
Eixo
Greco-Romana
Ponto de apoio
Renascimento
TEMPO
Movimentos articulares
Dança Clássica
ESPAÇO
Fluxo
(livre
e Africana e Indígena
interrompido)
Rápido e lento
Formação
Níveis (alto, médio e
baixo)
Deslocamento (direto e
indireto)
Dimensões (pequeno e
grande)
Técnica: Improvisação
Gênero: Circular
111
6ª SÉRIE/ 7ºANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Movimentos e Períodos
Elementos Formais
Composição
CONTEÚDOS BÁSICOS/ESPECÍFICOS
ÁREA MÚSICA
ALTURA
Ritmo
Música popular e étnica
DURAÇÃO
Melodia
(ocidental e oriental)
TIMBRE
Escalas
Africana e Indígena
INTENSIDADE
Gêneros:folclórico,
DENSIDADE
indígena,
popular
e
étnico
Técnicas:
vocal,
instrumental e mista
Improvisação
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Movimentos e Períodos
Elementos Formais
Composição
CONTEÚDOS BÁSICO-ESPECÍFICOS
ÁREA ARTES VISUAIS
PONTO
Proporção
Arte Indígena
LINHA
Tridimensional
Arte Africana
112
TEXTURA
Figura e fundo
Arte Popular
FORMA
Abstrata
Brasileira e
SUPERFÍCIE
Perspectiva
Paranaense
VOLUME
Técnicas:
COR
escultura,
LUZ
gravura
pintura, Renascimento
modelagem, Barroco
Gêneros:paisagem,
retrato, natureza morta
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Movimentos e Períodos
Elementos Formais
Composição
CONTEÚDOS BÁSICO-ESPECÍFICOS
ÁREA TEATRO
PERSONAGEM:
Representação,
Comédia dell’ arte
EXPRESSÕES
Leitura dramática.
Teatro Popular
CORPORAIS,
Técnicas: jogos teatrais, Brasileiro e Paranaense
VOCAIS, GESTUAIS E mímica,
improvisação, Teatro Africano
FACIAIS
formas animadas
AÇÃO
Gêneros: Rua e arena,
ESPAÇO
caracterização
113
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Movimentos e Períodos
Elementos Formais
Composição
CONTEÚDOS BÁSICO-ESPECÍFICOS
ÁREA DANÇA
MOVIMENTO
Ponto de apoio
Dança Popular
CORPORAL
Rotação
Brasileira
Coreografia
Paranaense
TEMPO
Salto e queda
Africana
ESPAÇO
Peso ( leve e pesado)
Indígena
Fluxo (livre, interrompido
e conduzido)
Lento,
rápido
e
moderado
Níveis (alto, médio e
baixo)
Formação
Direção
Gênero:
Folclórica,
popular e étnica
7ª SÉRIE/ 8º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Movimentos e Períodos
Elementos Formais
Composição
CONTEÚDOS BÁSICOS/ESPECÍFICOS
ÁREA MÚSICA
114
ALTURA
Ritmo
Africana e Indígena
DURAÇÃO
Melodia
Indústria Cultural
TIMBRE
Harmonia
Eletrônica
INTENSIDADE
Tonal, modal e a fusão Minimalista
DENSIDADE
de ambos
Rap, Rock, Tecno
Técnicas:vocal,
instrumental e mista
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Movimentos e Períodos
Elementos Formais
Composição
CONTEÚDOS BÁSICOS/ESPECÍFICOS
ÁREA ARTES VISUAIS
LINHA
Semelhanças
Cultura-Afro
TEXTURA
Contrastes
Indígena
FORMA
Ritmo Visual
Indústria Cultural
SUPERFÍCIE
Estilização
Arte no Séc. XX
VOLUME
Deformação
Arte Contemporânea
COR
Técnicas:
LUZ
fotografia, áudio-visual e
e
CuItura
desenho,
mista
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Movimentos e Períodos
Elementos Formais
Composição
CONTEÚDOS BÁSICO-ESPECÍFICOS
ÁREA TEATRO
115
PERSONAGEM:
Representação
EXPRESSÕES
Cinema e Mídias
no Indústria Cultural
Realismo
Expressionismo
CORPORAIS, VOCAIS, Texto dramático
GESTUAIS E FACIAIS
Maquiagem
AÇÃO
Sonoplastia
ESPAÇO
Roteiro
Cinema Novo
Técnicas: jogos teatrais,
sombra,
adaptação
cênica
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Movimentos e Períodos
Elementos Formais
Composição
CONTEÚDOS BÁSICO-ESPECÍFICOS
ÁREA DANÇA
Giro
MOVIMENTO
Rolamento
Africana
CORPORAL
Saltos
Indígena
Aceleração
e Hip Hop
TEMPO
desaceleração
Musicais
ESPAÇO
Direções (frente, atrás, Expressionismo
direita e esquerda)
Indústria Cultural
Improvisação
Dança Moderna
Coreografia
Sonoplastia
Gênero:Indústria
Cultural e espetáculo
116
8ª SÉRIE / 9º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Movimentos e Períodos
Elementos Formais
Composição
CONTEÚDOS BÁSICO-ESPECÍFICOS
ÁREA MÚSICA
ALTURA
DURAÇÃO
Ritmo
Música Engajada
TIMBRE
Melodia
Música
INTENSIDADE
Harmonia
Brasileira
DENSIDADE
Técnicas:
Popular
vocal, Africana
instrumental e mista
Gêneros:
Indígena
popular, Música Contemporânea
folclórico e étnico
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Movimentos e Períodos
Elementos Formais
Composição
CONTEÚDOS BÁSICO-ESPECÍFICOS
ÀREA ARTES VISUAIS
LINHA
Bidimensional
Realismo
TEXTURA
Tridimensional
Vanguardas
FORMA
Figura-fundo
Muralismo e Arte Latino-
SUPERFÍCIE
Ritmo Visual
Americana
VOLUME
Técnica: pintura, grafitte, Hip Hop
COR
performance
LUZ
Gêneros:
Paisagem
117
Urbana,
Cenas
do
Cotidiano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Movimentos e Períodos
Elementos Formais
Composição
CONTEÚDOS BÁSICOS/ESPECÍFICOS
ÁREA TEATRO
PERSONAGEM:
Técnicas:
Monólogo, Teatro Engajado
EXPRESSÕES
jogos teatrais, direção, Teatro do Oprimido
CORPORAIS, VOCAIS, ensaio, Teatro-Fórum
Teatro Pobre
GESTUAIS E FACIAIS
Dramaturgia
Teatro do Absurdo
AÇÃO
Cenografia
Vanguardas
ESPAÇO
Sonoplastia
Iluminação
Figurino
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Movimentos e Períodos
Elementos Formais
Composição
CONTEÚDOS BÁSICOS/ESPECÍFICOS
ÁREA DANÇA
MOVIMENTO
Kinesfera
Dança Africana
CORPORAL
Ponto de apoio
Dança Indígena
Peso
Vanguardas
Fluxo
Dança Moderna
TEMPO
118
ESPAÇO
Dança Contemporânea
Quedas
Saltos
Giros
Rolamentos
Extensão (perto e longe)
Coreografia
Deslocamento
Gênero: Performance e
Moderna
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Movimentos e Períodos
Elementos Formais
Composição
CONTEÚDOS BÁSICO-ESPECÍFICOS
ÀREA MÚSICA
ALTURA
Ritmo
Música Engajada
DURAÇÃO
Melodia
Música
TIMBRE
Harmonia
Brasileira
INTENSIDADE
Técnicas:
DENSIDADE
instrumental e mista
Popular
vocal, Música Contemporânea
Gêneros:
popular,
folclórico e étnico
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Movimentos e Períodos
119
Elementos Formais
Composição
CONTEÚDOS BÁSICO-ESPECÍFICOS
ÀREA ARTES VISUAIS
LINHA
Bidimensional
Realismo
TEXTURA
Tridimensional
Vanguardas
FORMA
Figura-fundo
Muralismo e Arte Latino-
SUPERFÍCIE
Ritmo Visual
Americana
VOLUME
Técnica: pintura, grafitte, Hip Hop
COR
performance
LUZ
Gêneros:
Urbana,
Paisagem
Cenas
do
Cotidiano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Movimentos e Períodos
Elementos Formais
Composição
CONTEÚDOS BÁSICOS/ESPECÍFICOS
ÀREA TEATRO
PERSONAGEM:
Técnicas:
Monólogo, Teatro Engajado
EXPRESSÕES
jogos teatrais, direção, Teatro do Oprimido
CORPORAIS,
ensaio, Teatro-Fórum
Teatro Pobre
VOCAIS, GESTUAIS E Dramaturgia
Teatro do Absurdo
FACIAIS
Cenografia
Vanguardas
AÇÃO
Sonoplastia
ESPAÇO
Iluminação
Figurino
120
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Movimentos e Períodos
Elementos Formais
Composição
CONTEÚDOS BÁSICOS/ESPECÍFICOS
ÀREA DANÇA
MOVIMENTO
Kinesfera
Vanguardas
CORPORAL
Ponto de apoio
Dança Moderna
Peso
Dança Contemporânea
TEMPO
Fluxo
ESPAÇO
Quedas
Saltos
Giros
Rolamentos
Extensão (perto e longe)
Coreografia
Deslocamento
Gênero: Performance e
Moderna
C) METODOLOGIA
Toda sala de aula é retrato de uma história pedagógica construída numa
concepção de educação, sendo assim é importante oferecer ricas oportunidades
de aprendizagem. Para isso, é preciso selecionar meios acessíveis os quais nós
professores de Arte devemos trilhar para poetizar, fruir e conhecer arte, pois
nossos alunos devem ser capacitados a realizar e analisar manifestações
artísticas, compreendendo-as em sua diversidade histórico - cultural, respeitando
as identidades e as pertenças de cada um (estilos de vida, diferenças de gênero,
121
divisão de trabalho, hierarquias sociais, sistemas de valores, mecanismos de
participação política,etc).
Nessa perspectiva podemos considerar que a arte não é uma produção
fragmentada ou fruto de modelos aleatórios ou apartados do contexto social nem
tampouco mera contemplação; e sim, uma área de conhecimento que interage
nas diferentes instâncias intelectuais, culturais, políticas e econômicas. Dessa
maneira, o professor deverá criar condições de aprendizagem para o aluno
ampliando as possibilidades de análise das linguagens artísticas, a partir da idéia
de que as mesmas são constituídas de produções culturais.
Durante as aulas os conteúdos serão trabalhados de forma dinâmica e
contextualizada com o ambiente escolar e o cotidiano do aluno e também de
forma inclusiva buscando um trabalho efetivo, de uma vivência para a construção
do conhecimento, respeitando o ritmo da aprendizagem e interesse de cada
aluno, bem como trabalhar a diversidade e respeitar as especificidades de cada
cultura, pelo que prevê a Lei nº11.645, a qual altera a Lei no 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo
oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura AfroBrasileira e Indígena”.
D) AVALIAÇÃO
Para se de tratar da avaliação em Artes, é necessário referir-se ao
conhecimento específico das linguagens artísticas, tanto em seus aspectos
experienciais (práticos) quanto conceituais (teóricos), pois a avaliação consistente
e fundamentada, permite ao aluno posicionar-se em relação aos trabalhos
artísticos estudados e produzidos. Cada linguagem artística possui um conjunto
de significados anteriores, historicamente construídos pelo homem, composto de
sentidos que podem ser entendidos e reorganizados para se construir novas
significações sobre a realidade.
Deste modo, avaliar exige acima de tudo, que se defina aonde queremos
chegar, e estabelecermos os critérios a serem seguidos. Para que se promova
um processo de aprendizagem, que permita ao aluno desenvolver aspectos
122
cognitivos
através
de:
atividades
lúdicas,
produções/manifestações/locais/regionais/globais
pesquisas,
das
trabalho
diversas
coletivo,
linguagens
artísticas, peculiaridades culturais, respeitando o ritmo de aprendizagem dos
alunos inclusos e não inclusos através de exposições, relatórios, etc. A partir
desses apontamentos pretendemos viabilizar ao aluno o acesso sistematizado
aos conhecimentos em Arte por meio das diferentes linguagens artísticas. Desta
forma a avaliação em Artes supera o papel de mero instrumento de mediação da
apreensão de conteúdos, pois busca propiciar aprendizagens socialmente
significativas para o aluno. Sendo processual e sem estabelecer parâmetros
comparativos entre os alunos, discutindo dificuldades e progressos de cada um a
partir de sua própria produção. Assim sendo, considerará o desenvolvimento do
pensamento estético, levando em conta a sistematização dos conhecimentos
para a leitura da realidade.
123
E) REFERÊNCIAS
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares para a
Educação Básica de Arte. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008
124
COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA –
EFMN
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
CIÊNCIAS
FÊNIX/2010
125
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS
A disciplina de ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico
que resulta de investigação da natureza. Do ponto de vista científico, entende-se
por natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em
toda sua complexidade. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os
fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos
fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e
vida.
A
Disciplina
de
Ciências,
no
Ensino
Fundamental,
se
constitui
historicamente por um conjunto de ciências que se somam numa mesma
disciplina escolar para compreender os fenômenos naturais, nesta etapa da
escolarização. A historia da ciência está relacionada e integrada aos processos
que constituem a própria historia da sociedade humana. Todas as diferentes
visões de mundo e suas teorias correspondem a diferentes abordagens do
fenômeno científico da produção cientifica e do que é ser cientista. Hoje, vários
significados são aceitos para o termo Ciência, portanto se faz necessário deixar
clara a concepção da Disciplina de Ciência adotada.
A Disciplina de Ciência deve estar embasada em uma construção humana
coletiva da qual participam a imaginação, a intuição e a emoção. A comunidade
cientifica sofre a influencia do contexto social, histórico e econômico em que está
inserida. Sendo assim, não existem neutralidade e objetividade absolutas: fazer
Ciência exige escolhas e responsabilidades humanas. O conhecimento cientifico
está em permanente transformação, as afirmações cientificas são provisórias e
nunca podem ser aceitas como completas e definitivas.
Para compreender e explicar os fenômenos da natureza e suas
interferências no mundo, à disciplina deve possibilitar a articulação entre os
diferentes conhecimentos físicos, químicos e biológicos, dentre outros, o
cotidiano, entendido aqui como sendo os problemas reais socialmente
importantes que afetam direta e indiretamente a vida das pessoas. O processo
ensino/aprendizagem da Disciplina de Ciências decorre da valorização da dúvida,
126
da contradição, da diversidade, da divergência e do questionamento das certezas
e incertezas, superando o tratamento curricular dos conteúdos por eles mesmos,
priorizando a sua função de formação social.
O mundo atual, com tantas mudanças e novas demandas, exige, dos
indivíduos, habilidades e atitudes diferentes das observadas em épocas
anteriores.
As tecnologias da informação e comunicação favorecem uma nova
postura frente ao processo ensino-aprendizagem, que já não se satisfaz mais com
a informação transmitida pelo professor, mas prioriza o conhecimento construído
pelos alunos.
As facilidades e a rapidez com que hoje é possível ter acesso à informação
criaram a necessidade de se trabalhar na formação de um sujeito crítico e
consciente de seu papel na sociedade em constante transformação. O cidadão
deste século não pode ter o mesmo perfil de habilidades do século passado. Não
pode mais ignorar o que se passa no mundo, necessita se inserir de maneira
adequada no meio social. Esse cidadão precisa, antes de tudo, ser crítico, ativo,
pensar e agir muito mais do que falar. Necessita saber pensar sobre tudo o que
chega até ele através das novas tecnologias de informação e comunicação.
CONTEÚDOS 5ª Série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ASTRONOMIA
MATÉRIA
127
CONTEÚDOS BÁSICOS
Universo
Sistema solar
Movimentos terrestres
Movimentos celestes
Astros
Constituição da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Níveis de organização
ENERGIA
Formas de energia
Conversão de energia
Transmissão de energia
I-
Organização dos Seres vivos
II-
Ecossistemas
III-
Evolução dos seres vivos
BIODIVERSIDADE
CONTEÚDOS 6ª Série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ASTRONOMIA
CONTEÚDOS BÁSICOS
Astros
Movimentos terrestres
Movimentos celestes
MATÉRIA
Constituição da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Célula
Morfologia e fisiologia dos
seres vivos
ENERGIA
128
Formas de energia
Transmissão de energia
Origem da vida
Organização dos Seres vivos
Sistemática
BIODIVERSIDADE
CONTEÚDOS 7ª Série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ASTRONOMIA
Origem
e
Evolução
do
Universo
MATÉRIA
Constituição da matéria
Célula
Morfologia e fisiologia dos
SISTEMAS BIOLÓGICOS
seres vivos
ENERGIA
Formas de energia
Evolução dos seres vivos
BIODIVERSIDADE
129
CONTEÚDOS 8ª Série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ASTRONOMIA
CONTEÚDOS BÁSICOS
Astros
Gravitação universal
MATÉRIA
Propriedades da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Morfologia e fisiologia dos
seres vivos
Mecanismo
de
herança
genética
ENERGIA
Formas de energia
Conservação de energia
BIODIVERSIDADE
Interações ecológicas
METODOLOGIA
Favorecer o uso de simulações para atividades que envolvam diversos
temas, desde dramatizações até o uso de computadores para analise de
processos complexos. Assim, ao utilizar-se destas estratégias metodológicas e
130
retomando as metodologias que favoreceram a determinação dos marcos
conceituais apresentados na Diretriz Curricular para o ensino de Biologia,
propõem-se a utilização das estratégias acima apresentadas e considerar os
princípios metodológicos utilizados naqueles momentos históricos, porém
adequados ao ensino neste momento histórico.
Dependendo do assunto, a aula poderá ser complementada com leituras
complementares; debates entre os alunos; palestras de especialistas convidados;
entrevistas com parentes, vizinhos, funcionários e professores; leitura de textos
sobre avanços tecnológicos; projeções de transparências em retro projetor e
consulta a CD – ROMS; excursões; confecções de quadros murais; organização
do ambiente escolar. Obviamente tudo vai depender das condições oferecidas
pela escola e dos objetivos a serem atingidos.
Altera a Lei n.º 9.394, de 20 de Dezembro de 1996, modificada pela lei n.º
10.639, de 09 de Janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional, para
incluir no currículo oficial da rede de ensino a
obrigatoriedade da temática “ História e Cultura-Brasileira e Indígena”.
Em ciências no que se refere a História e Cultura Afro Brasileira e
Indígena, será desenvolvida atividades como dramatização, cartazes, exposições,
leitura e uso do laboratório de informática para pesquisas, danças, filmes, quadros
murais, abrangendo os conceitos de alimentação, costumes, vestuários e
organização sócio cultural.
Para tanto deverão ser trabalhados o assunto de modo contextualizado e
intertextualizados.
Todas as atividades visando valorizar a identidade, historia e cultura dos
afro brasileira e indígenas, bem como a garantia do reconhecimento a igualdade
da nação brasileira, europeia e asiática.
AVALIAÇÃO
A avaliação é um processo natural que acontece para que o professor
tenha uma noção dos conteúdos assimilados pelos alunos, bem como saber se as
metodologias de ensino adotadas por ele estão surtindo efeito na aprendizagem
131
dos alunos.
Avaliação não deve ser somente o momento da realização das
provas e testes, mas um processo contínuo e que ocorre dia após dia, visando a
correção de erros e encaminhando o aluno para aquisição dos objetivos previstos.
Nesse sentido, a forma avaliativa funciona como um elemento de integração e
motivação para o processo de ensino-aprendizagem.
A avaliação é um processo atualmente entendido não só como o resultado
dos testes e provas, mas também os resultados dos trabalhos e/ou pesquisas que
os alunos realizam. Existem inúmeras técnicas avaliativas como, por exemplo, a
prova de consulta, trabalhos e pesquisas, resolução de soluções problemas, entre
muitas outras técnicas, as quais permitem ao professor avaliar o desempenho dos
alunos e fugir da tradicional prova escrita, essas técnicas apresentam algumas
características como:
1.
Possibilidade de professor e aluno dialogarem buscado encontrar e corrigir
possíveis erros, redirecionando o aluno para a aprendizagem;
2.
A motivação para a correção e o progresso do educando, sugerindo a ele
novas formas de estudo para melhor compreensão dos assuntos abordados
dentro da classe.
O importante é entender que avaliar não consiste somente em fazer provas
e dar nota, avaliar é um processo pedagógico contínuo, que ocorre dia após dia,
buscando corrigir erros e construir novos conhecimentos. Para tanto os seguintes
critérios devem ser utilizados:
EXPRESSÃO
Correção e clareza na expressão oral e escrita para comunicar ideias
científicas.
Compreende as ideias presentes nos textos científicos e interage com o
texto por meio de questionamentos
TRABALHOS
•
Individuais/grupo
•
Pesquisa/investigação
•
Questões de aula ou
132
•
Mini-fichas.
•
O aluno deve interagir com o grupo, compartilhar conhecimentos e
demonstrar conhecimentos formais da ciência.
PRODUÇÃO DE TEXTO
•
Considera-se a característica dialógica e interativa da linguagem,
relacionando-o ao que se escreve fora da escola.
•
Verificar se o aluno produz textos atendendo às circunstancias de produção
e concordância com o que esta sendo estudado.
ATIVIDADES EXPERIMENTAIS
•
Proporcionar ao aluno a formação de hipóteses sobre o fenômeno que está
sendo estudado.
•
Observar se o aluno registra as hipóteses e os passos seguidos
compreendem o experimento, sabe usar o ambiente e os instrumentos
necessários.
133
REFERÊNCIAS
Andrade, Maria Hilda de Paiva. Ciência e Vida: (5ª a 8ª série do Ensino
Fundamental – Ciências). Belo Horizonte: Dimensão, 2006.
BARROS, Carlos & PAULINO, Wilson Roberto Ciência Química e Física. São
Paulo Ática 2006.
GEWANDESZNAJDER, Fernando. Ciências (5ª a 8ª séries – E.F.). São Paulo:
Ática, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação
Básica: Química. Curitiba, 2008.
SANTANA, Olga. Ciência Natural, 5ª a 8ª série. 1ª ed. São Paulo: Saraiva 2007.
VALE, Cecília. Ciências da 5ª, 6ª, 7ª e 8ª Curitiba Editora Positivo 2007.
134
COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA- EFMN
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
EDUCAÇÃO FÍSICA
FÊNIX/2010
135
1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A História da Educação física atravessou muitas mudanças, iniciando no
século XIX onde a partir daí tornou-se componente obrigatório nos currículos
escolares, onde a burguesia brasileira depositou na ginástica a responsabilidade
de promover, através dos exercícios físicos, a saúde do corpo, o pudor e os
hábitos condizentes com a vida humana.
Logo após a influência militar e pela medicina com objetivo de adquirir,
conservar, promover e restabelecer a saúde por meio dos exercícios físicos,
importante e fundamental para incorporação da Educação Física brasileira nos
currículos escolares.
A Educação Física se consolidou especificamente no contexto escolar a
partir da Constituição de 1937, com objetivo de doutrinação, dominação e
contenção dos ímpetos da classe popular, enaltecendo o patriotismo, a hierarquia
e a ordem. As atividades dirigidas à mulher deveriam desenvolver harmonia de
sua forma feminis e as exigências da maternidade futura.
A Educação Física continuou tendo caráter obrigatório na escola, com a
promulgação da lei 5692/71 através de seu artigo 7º e pelo Decreto 69450/71, a
disciplina passou a ter legislação específica.
Instituiu-se assim, a integração da disciplina como atividade escolar regular
e obrigatório no currículo de todos os cursos e níveis dos sistemas de ensino.
Na área pedagógica a primeira referência ganhou destaque na área
profissional psicomotricidade, que surgiu com a finalidade de valorizar a formação
integral da criança.
Em meados dos anos 80, surgiram propostas sobre denominação
progressista onde dirigiam suas críticas aos paradigmas da aptidão física e da
esportivização.
Dentro as correntes ou tendências progressistas destacam-se as
abordagens: Desenvolvimentista e Construtivista.
Essas abordagens não se vinculam a uma teoria crítica da Educação.
A proposta crítico superadora e crítico emancipatória estas sim mais
vinculadas às discussões da pedagogia brasileira, passando a incorporar
discussões nas ciências humanas, principalmente a partir das contribuições da
Sociologia e da Filosofia da Educação.
Já no início da década de 90, um momento significativo para o Estado do
Paraná, foi a elaboração do Currículo Básico, este embasado na pedagogia
histórico - crítica da educação.
O Currículo Básico se caracterizou por uma proposta avançada onde a
instrumentação do corpo deveria dar lugar a formação humana do aluno em todas
suas dimensões.
No mesmo período, foi elaborado também o documento de Reestruturação
da Proposta Curricular do Ensino de Segundo Grau para a disciplina de Educação
Física. A proposta também fundamentou-se na concepção histórico – crítica de
educação e, naquele momento, pretendia-se o resgate do compromisso social da
ação pedagógica da Educação Física. Vislumbra a perspectiva de mudança e
transformação de uma sociedade fundamentada em valores individuais para uma
sociedade mais igualitária, esta proposta representou um marco para a disciplina,
destacando a importância da dimensão social da Educação Física, possibilitando
a consolidação de um novo entendimento em relação ao movimento humano
como expressão da identidade corporal, como prática social e como uma forma
do homem se relacionar com o mundo, apontando a produção histórica cultural
dos povos, relativos à ginástica, à dança, aos desportos, bem como, às atividades
que correspondem às características regionais.
De acordo com as Diretrizes Curriculares de Educação Física no Estado do
Paraná, a disciplina busca superar formas anteriores de concepção e atuação na
escola pública sendo que a superação é entendida como ir além considerando
objeto de análise, de crítica, de reorientação e transformação daquelas formas.
Nesse sentido, o que se procura é possibilitar aos alunos o acesso ao
conhecimento produzido pela humanidade, relacionando-os às práticas corporais,
ao contexto histórico, político, econômico e social, indo além da preocupação com
a aptidão física, a aprendizagem motora, a performance esportiva, etc.
A educação física tem o compromisso de contribuir para que os alunos se
tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma
expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre os conteúdos
trabalhados. Os alunos precisam conhecer, vivenciar, transformar e ser capaz de
julgar os conhecimentos associados às práticas corporais, para que tenham uma
aprendizagem mais significativa. Portanto, a educação física está comprometida
com a aquisição do conhecimento de forma crítica, contribuindo dessa forma,
para o processo de emancipação social.
2- CONTEÚDOS DA DISCIPLINA
5ª SÉRIE/ 6º ANO
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Esporte
Coletivos
Individuais
Jogos e brincadeiras
- Jogos e brincadeiras populares
- Brincadeiras e cantigas de roda
- Jogos de tabuleiro
- Jogos cooperativos
Dança
- Danças folclóricas
- Danças de rua
- Danças criativas
Ginástica
- Ginástica rítmica
- Ginástica circense
- Ginástica geral
Lutas
- Lutas de aproximação
- Capoeira
6ª SÉRIE/ 7º ANO
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Esporte
- Coletivos
- Individuais
Jogos e brincadeiras
- Jogos e brincadeiras populares
- Brincadeiras e cantigas de roda
- Jogos de tabuleiro
- Jogos cooperativos
Dança
- Danças folclóricas
- Danças de rua
- Danças criativas
- Danças circulares
Ginástica
- Ginástica rítmica
- Ginástica circense
- Ginástica geral
Lutas
- Lutas de aproximação.
- Capoeira
7ª SÉRIE/ 8º ANO
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Esporte
- Coletivos
- Jogos e brincadeiras populares.
Jogos e brincadeiras
- Jogos de tabuleiro
- Jogos dramáticos
- Jogos cooperativos
Dança
- Danças criativas
- Danças circulares
Ginástica
- Ginástica rítmica
- Ginástica geral
Lutas
- Lutas com instrumento mediador.
- Capoeira
8ª SÉRIE / 9º ANO
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Esporte
- Coletivos
- Jogos de tabuleiro
Jogos e brincadeiras
- Jogos dramáticos
- Jogos cooperativos
Dança
- Danças criativas
- Danças circulares
Ginástica
- Ginástica rítmica
- Ginástica geral
Lutas
- Lutas com instrumento mediador
- Capoeira
1º ANO – ENSINO MÉDIO
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
- Coletivos
Esporte
- Individuais
Jogos e brincadeiras
- Jogos de tabuleiro
- Jogos dramáticos
- Jogos cooperativos
Dança
- Danças folclóricas
- Danças de salão
- Danças de rua
Ginástica
- Ginástica de condicionamento físico
-Ginástica geral
Lutas
- Lutas com aproximação
- Capoeira
2º ANO – ENSINO MÉDIO
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
- Coletivos
Esporte
- Individuais
Jogos e brincadeiras
- Jogos de tabuleiro
- Jogos dramáticos
- Jogos cooperativos
Dança
- Danças folclóricas
- Danças de salão
- Danças de rua
Ginástica
- Ginástica de condicionamento físico
- Ginástica geral
Lutas
- Lutas que mantêm à distância
- Capoeira
3º ANO – ENSINO MÉDIO
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
- Coletivos
Esporte
- Individuais
- Radicais
Jogos e brincadeiras
- Jogos de tabuleiro
- Jogos dramáticos
- Jogos cooperativos
Dança
- Danças folclóricas
- Danças de salão
- Danças de rua
Ginástica
- Ginástica de condicionamento físico
Lutas
- Lutas com instrumento mediador
- Capoeira
3- METODOLOGIA:
A teoria da cultura corporal está vinculada à pedagogia histórico-crítica,
onde ressalta-se a importância da compreensão do movimento humano de
maneira contextualizada no âmbito da cultura geral, ou seja, nos conteúdos
trabalhados é necessário incluir todas as dimensões do movimento humano,
sejam elas, biológicas, fisiológicas, sociais, históricas e culturais, assim a
aprendizagem acontecerá de forma mais significativa para os alunos.
De acordo com as Diretrizes Curriculares de Educação física no Estado do
Paraná, os conteúdos deverão ser organizados em ordem de complexidade
crescente, oportunizando o desenvolvimento de uma visão ampliada dos
conhecimentos. É preciso preparar o aluno para a construção do conhecimento,
considerando inicialmente os conhecimentos que o aluno traz sobre o conteúdo
que será trabalhado, ou seja, isto representa uma primeira leitura da realidade.
Após esse momento, o professor irá problematizar o assunto propondo desafios
de forma que o aluno se sinta motivado pela aprendizagem. Na sequência o
professor apresentará aos alunos o conteúdo sistematizado para que possam
assimilá-lo e recriá-lo, realizando as intervenções pedagógicas necessárias. Após
esses encaminhamentos de trabalho, também poderá ser proposto um diálogo, de
modo que o aluno possa avaliar o processo de ensino- aprendizagem e a
transformação intelectual ocorrida.
O professor deverá utilizar- se de várias dinâmicas de trabalho como: aulas
teóricas e práticas, aulas expositivas e demonstrativas, atividades individuais,
atividades em pequenos e grandes grupos, participação e envolvimento em
torneios e gincanas, atividade com e sem material, utilizando material reciclável,
incentivando a respeitar o meio ambiente, exposição de trabalhos escritos ,
confecção de materiais com sucata, utilização de murais e cartazes, utilização de
recursos audiovisuais: vídeos, retroprojetor, jornais, revistas, internet e etc.
No ensino de Educação Física se faz necessário valorizar e fazer conhecer
a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não
esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também
os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na
construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente, pelo que
prevê a Lei nº11.645, a qual altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede
de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena”.
4- AVALIAÇÃO
A avaliação no ensino de Educação Física deverá favorecer a busca da
coerência entre práticas avaliativas que integram o processo de ensino e
aprendizagem. A avaliação visará a progressão do aluno na construção do
conhecimento e, portanto, será utilizada como parte integrante do processo de
ensino e aprendizagem, como forma de promoção e não de exclusão.
Será um processo contínuo, permanente e cumulativo no transcorrer do ano
letivo, onde o professor organizará e reorganizará o seu trabalho, objetivando as
variadas manifestações corporais, evidenciadas nas formas da ginástica, do
esporte, dos jogos, da dança e das lutas. A partir da avaliação diagnóstica outros
encaminhamentos serão planejados com a finalidade de superar as dificuldades
constatadas.
Os instrumentos de avaliação devem possuir caráter diagnóstico e formativo,
de forma que permita observar o ponto em que o educando se encontra, os
avanços atingidos e as potencialidades. Exemplifica-se sugestões, tais como:
pesquisas, seminários, debates, avaliação escrita, (re)criação de jogos, dinâmicas
em grupo, debates e etc.
5- REFERÊNCIAS :
ADORNO, Theodor W. Educação e emancipação. São Paulo: Paz e Terra,
1995.
VAGO, Tarcísio Mauro. Intervenção e conhecimento na escola: por uma
cultura escolar de Educação Física. In: GOELLNER, Silvana Vilodre (org.).
Educação Física/Ciências do Esporte: intervenção e conhecimento. Florianópolis:
CBCE, 1999.
BRASIL, Ministério da Educação. Diretrizes operacionais para Educação
Básica nas escolas do campo. Brasília: MEC/Secretaria de Inclusão
Educacional, 2002.
CASTELLANI FILHO, Lino. Educação física no Brasil: a história que não se
conta. 2. ed. Campinas: Papirus, 1991.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2. ed. São Paulo: Cortez,
1995.
VAGO, Tarcísio Mauro. Início e fim do século XX: maneiras de fazer educação
física na escola. Caderno CEDES. Campinas, n. 48, p. 30-51, 1999.
CAMARGO, Marilene Jorge Guedes de. Coisas velhas: um percurso de
investigação sobre cultura escolar (1928-1958). São Paulo: Editora da Unesp,
1999.
PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Educação Física,
Curitiba, SEED,2008.
COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA – EFMN
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
ENSINO RELIGIOSO
FÊNIX/2010
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele,
por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as
pessoas precisam aprender; e, se podem aprender a
odiar,
podem ser ensinadas a amar.”
Nelson Mandela
Falar em Ensino Religioso no Brasil é voltar aos tempos do início da
colonização, amparado pelos trabalhos realizados com os nativos pelos jesuítas, “
a meta da educação como um todo, e não só das aulas exclusivamente voltadas
para o ensino das sagradas escrituras e da doutrina católica, era conduzir os
indígenas ao abandono de suas crenças e costumes e a sua consequente
submissão ao conjunto de preceitos e sacramentos da Igreja Católica Apostólica
Romana.” ( DCE- Ensino Religioso, 2008, p. 38). Com o início da República,
houve grandes embates sobre a forma do Ensino Religioso,
“iniciou-se um
período de intensa disputa entre os defensores da manutenção do ensino
confessional e os partidários do princípio republicano de educação laica. ” (DCEEnsino Religioso, 2008, p. 38). No Estado Novo, a Constituição Federal procurou
apaziguar ambos os lados, “para atender tanto as demandas republicanas quanto
as demandas confessionais, ele apresentou, em forma de lei, uma proposta de
ensino da temática religiosa que, por um lado, garantisse a existência de uma
disciplina desse teor na educação pública e que, por outro lado, mantivesse um
caráter facultativo para os estudantes não católicos. ” ( (DCE- Ensino Religioso,
2008, p. 39).
O Conselho Estadual de Educação do Paraná, em 2002, aprovou a
Deliberação 03/02, que regulamentou o Ensino Religioso nas Escolas Públicas do
Sistema Estadual de Ensino do Paraná. No início de 2003, retomou-se a
responsabilidade sobre a oferta e organização curricular da disciplina no que se
refere à composição do corpo docente, metodologia, avaliação e formação
continuada de professores.
O ensino religioso visa propiciar aos educandos a oportunidade de
identificação, de entendimento, de conhecimento, de aprendizagem científica em
relação às diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade, de tal
forma que tenham a amplitude da própria cultura em que se insere. Essa
compreensão deve favorecer o respeito à diversidade sócio-político e cultural, em
suas relações éticas, fomentando medidas de repúdio a toda e qualquer forma de
preconceito e discriminação e o reconhecimento de singularidade.
Assim o Ensino Religioso permitirá que os educandos possam refletir e
entender como os grupos sociais se relacionam com o Sagrado. E, ainda,
compreender
suas
trajetórias,
suas
manifestações
no
espaço
escolar,
estabelecendo relações entre culturas, espaços e diferenças, para que no
entendimento destes elementos o educando possa elaborar o seu saber,
passando a entender e diversidade de nossa cultura, marcada pela religiosidade.
Propõe-se formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que
compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que,
pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e
transformadora na sociedade.
Toda a ação pedagógica da Escola prevê o encaminhamento do
educando à apropriação do patrimônio cultural e científico, através dos quais
adquire instrumentos que possibilitam a sua atuação na democratização da
sociedade. Não é possível uma atuação coerente com os princípios da cidadania,
sem uma correta concepção de valores. O Ensino Religioso, num processo de
interação e integração com os demais componentes do sistema concorre para tal
concepção.
B – CONTEÚDOS BÁSICOS :5ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
I – LUGARES SAGRADOS
- PAISAGEM RELIGIOSA
Caracterização dos lugares e templos
- UNIVERSO
SÍMBÓLICO RELIGIOSO
sagrados: lugares de peregrinação, reverência,
de culto, de identidade, principais práticas de
- TEXTO SAGRADO
expressão do sagrado nestes locais.
Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas,
grutas, cachoeiras, etc.
Lugares construídos: Templos, Cidades
Sagradas, etc.
II – TEXTOS SAGRADOS
Ensinamentos sagrados transmitidos de forma
oral e escrita pelas diferentes culturas
religiosas.
Literatura oral e escrita (Cantos, narrativas,
poemas, orações, etc.)
IV- Exemplos: Vedas – Hinduísmo, Escrituras
Bahá ´is – Fé Bahá ´I, tradições Orais
Africanas,
V-
Afro – brasileiras e Ameríndias, Alcorão –
Islamismo, Etc.
III – ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS
As organizações religiosas compõem os
sistemas religiosos organizados
institucionalmente. Serão tratadas
como conteúdos, destacando-se as suas
principais características de organização,
cultura e dinâmica social
dos sistemas religiosos que expressam as
diferentes formas de compreensão e de
relações com o sagrado.
•
Fundadores / e ou Líderes Religiosos.
•
Estruturas Hierárquicas.
I-
Exemplos de Organizações Mundiais e
Regionais: Budismo (Sidarta Gautama),
Confucionismo (Confúcio),
II- Espiritismo (Allan Kardec), Taoísmo ( Lao
Tsé), etc.
C– CONTEÚDOS BÁSICOS :6ª SÉRIE
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES:
I - UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO
Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e
textos:
3. Nos Ritos
-PAISAGEM RELIGIOSA
-UNIVERSO SIMBÓLICO
•
Nos Mitos
•
No Cotidiano
II – RITOS
RELIGIOSO
-TEXTO SAGRADO
São práticas celebrativas das tradições/manifestações
religiosas, formadas por um conjunto de rituais. Podem ser
compreendidos como a recapitulação de um acontecimento
sagrado anterior, é imitação, serve à memória e à preservação
da identidade de diferentes tradições/manifestações religiosas
e também podem remeter a possibilidades futuras a partir de
transformações presentes.
•
Ritos de passagem
1. Mortuários
Propiciatórios
Outros
III – FESTAS RELIGIOSAS
São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos,
com objetivos diversos:
- confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou
datas importantes.
•
Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas
comemorativas.
IV – VIDA E MORTE
As respostas elaboradas para vida além da morte nas diversas
tradições/manifestações religiosas e sua relação com o
sagrado.
O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas.
Reencarnação
Ressurreição – ação de voltar à vida
Além da morte
Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos
antepassados se tornam presentes
Outras interpretações.
D- METODOLOGIA:
A Disciplina de Ensino Religioso é parte de um Projeto Educativo Global.
Tal projeto visa o desenvolvimento harmônico de todas as potencialidades do
educando, onde estão presentes os aspectos biológicos, psíquicos, racionais,
sociais, filosóficos e outros mais.
Não é possível uma nova prática metodológica em Ensino Religioso, sem
considerar o processo evolutivo de forma abrangente, o que implica na concepção
de seus objetivos, conteúdos, procedimento da relação ensino-aprendizagem,
com os determinantes dos processos sociais em suas dimensões culturais,
ideológicas, éticas, religiosas, políticas e suas implicações, considerando o
contexto no qual está inserido o educando.
Toda a ação pedagógica da Escola prevê o encaminhamento do
educando à apropriação do patrimônio cultural e científico, através dos quais
adquire instrumentos que possibilitam a sua atuação na democratização da
sociedade.
.No Ensino Religioso se faz necessário valorizar e fazer conhecer a
diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo
do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos
inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de
uma identidade nacional que se põe e repõe permanente. Também contemplando
a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua
cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do
Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o
objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este
deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na
área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência
pelo que prevê a Lei nº11.645, a qual altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de
1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede
de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura afro-brasileira e
Indígena”. A Lei 11.645 abre espaço para um amplo debate a respeito da cultura
afro-brasileira e indígena.
Propõe-se que seja trabalhado com pesquisas bibliográficas, leituras de
textos diversos, como músicas, lendas, montagem de painel/cartaz, entrevistas
com roteiro de perguntas, trechos de filmes para evidenciar e aproximar os
conceitos do Ensino Religioso, do meio contemporâneo, organização de danças e
encenações de textos e músicas como peças de teatros, desenhos, fábulas. A
linguagem utilizada deve ser a científica e não a religiosa, a fim de superar as
tradicionais aulas de religião.
E- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
É necessário destacar os procedimentos avaliativos a serem adotados,
uma vez que este componente curricular não tem a mesma orientação que a
maioria das disciplinas no que se refere a atribuição de notas e ou conceitos.
A disciplina de Ensino Religioso deve oportunizar ao educando estabelecer
discussões sobre o “sagrado” numa perspectiva laica, para que desenvolva uma
cultura de respeito à diversidade religiosa e cultural e reconheça que o fenômeno
religioso é um dado de cultura e de identidade de cada grupo social.
Mesmo com essas particularidades, a avaliação não deixa de ser um dos
elementos integrantes do processo educativo na disciplina do Ensino Religioso.
Assim, cabe ao professor a implementação de práticas avaliativas que permitam
acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela
classe, tendo como parâmetro os conteúdos tratados e os seus objetivos.
É importante lembrar que mesmo que não haja aferição de notas ou
conceitos que impliquem na reprovação ou aprovação dos alunos, estas diretrizes
orientam que o professor proceda ao registro formal do processo avaliativo,
adotando instrumentos que permitam à escola, ao aluno, aos seus pais ou
responsáveis identificarem os progressos obtidos na disciplina.
Trabalhar com textos orais e escritos, levando o aluno a uma reflexão
sobre o Sagrado e as Organizações Religiosas buscando o respeito as
diversidades das mesmas.
Com essa prática, os alunos, especificamente, terão a oportunidade de
retomar os conteúdos como também poderão perceber que a apropriação dos
conhecimentos dessa disciplina lhes possibilita conhecer e compreender melhor a
diversidade cultural da qual a religiosidade é parte integrante, bem como
possibilitará a articulação desta disciplina com os demais componentes
curriculares, os quais também abordam aspectos relativos à cultura.
F- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
COSTELLA, Domênico. O Fundamento Epistemológico do Ensino
Religioso. In: Junqueira, Sérgio; WAGNER, Raul (orgs) O ensino religioso do
Brasil. Curitiba: Champagnat, 2004.
GIL FILHO, Sylvio. F. Espaço de representação e territorialidade do
sagrado: notas para uma teoria do fato religioso. Rá e Ga. O Espaço Geográfico
em Análise: Curitiba, 3 n. p. 91-120, 1999.
JUNQUEIRA, Sérgio Rogério Azevedo. (Orgs). Conhecimento Local e
Conhecimento
Universal:
pesquisa,
didática
e
ação
docente:
Curitiba,
Champagnat, 2004.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Ensino
Religioso, 2008.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 1996.'''
COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA - EFMN
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
GEOGRAFIA
FÊNIX/2010
A) APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
Segundo o geógrafo Milton Santos a Geografia compreende o estudo da
ação do homem através do trabalho;
“Toda ação humana é trabalho e todo trabalho é trabalho
geográfico. Não há produção do espaço que se dê sem o trabalho.
Viver; para o homem, é produzir espaço. Como o homem não vive
sem trabalho, o processo de vida é um processo de criação do
espaço geográfico. A forma de vida do homem é o processo de
criação do espaço. Por isso, a Geografia estuda a ação do
homem” (Santos, 1997, p.87).
Compreender esse trabalho do homem é apreender como se das às
relações de organização do espaço dos diferentes tipos sociedade. Segundo
Corrêa (1986) a organização espacial é o resultado do trabalho humano
acumulado ao longo do tempo. E ao longo da história a Geografia vem sofrendo
transformações para melhor compreensão da relação homem-natureza-trabalho.
A palavra geografia (geo = Terra; grafia = escrita) surgiu no século III a.C.
criada pelo filósofo grego Erastóstenes (276-194 a.C.), que dentro os vários
estudos
realizados,
se
destacou
pelo
cálculo,
praticamente
axato,
da
circunferência da Terra. Com a ascensão do Império Romano, a Geografia foi
utilizada para fins exclusivamente expansionistas, a serviço do Estado. Com a
queda do Império Romano no século III, os árabes retomaram a Geografia grega
com o objetivo de aprofundar o conhecimento que se tinha até então, sendo
desenvolvida ao lado de outras áreas do conhecimento, como a astronomia e
matemática. Porém na Idade Média a Geografia ficou paralisada no mundo
ocidental, devido à visão religiosa vigente, pois o teocentrismo ignorava qualquer
conhecimento que contestasse os dogmas da Igreja. Contudo com a expansão
marítima comercial, conhecida como Grandes Navegações, Séculos XV e XVI, a
importância do estudo dos conhecimentos geográficos tornou-se essencial. Mas
foi somente a partir do século XIX que a Geografia tornou-se ciência, perdendo
seu caráter meramente descritivo, com Alexander von Humboldt(1769-1859) e
Karl Ritter(1779-1859) nasce a Geografia cientifica ou geografia acadêmica, isto
é, uma geografia produzida agora a partir dos centros universitários e mais tarde
ensinada nas escolas. A geografia que hoje aparece em todos os níveis de
escolaridade é a geografia sistematizada a partir das formulações destes dois
intelectuais alemães, acrescida das contribuições de Friedrich Ratzel(1844-1904)
e da Escola Francesa que teve como principal representante Paul Vidal de La
Blache(1845-1918). “Se um território se reduz, é o começo do fim”. Essa frase
resume o pensamento de Ratzel que foi influenciado pelo positivismo e pelo
darwinismo, Ratzel formulou o “determinismo geográfico”, que segundo ele, a
natureza determina a sociedade, ou seja, a sociedade e o estado resultam do
meio em que estão inseridos. Portanto, para Ratzel, o desenvolvimento de uma
sociedade depende das condições naturais que o espaço ocupado oferece e que
os Estados necessitam de espaços e por isso lutavam por ele e conquistavam
novos territórios, estava criado o conceito do “espaço vital”. Essa teoria sustentou
a política expansionista da Alemanha, dessa forma a geografia foi utilizada a
serviço do imperialismo alemão. La Blache em oposição ao determinismo
geográfico alemão, formulou o “possibilismo geográfico” que enfatizou a relação
entre o homem e o meio, segundo Moraes(1987) La Blache coloca o homem
como ser ativo, que sofre influência do meio, porém que atua sobre este,
transformando-o, observou que as necessidades humanas são condicionadas
pela natureza, e que o homem busca soluções para satisfazê-las nos materiais e
nas condições oferecidas pelo meio, neste processo, de trocas mútuas com a
natureza, o homem transforma a matéria natural, cria formas sobre a superfície
terrestre.
“ A teoria de Vidal concebia o homem como hóspede antigo
de vários pontos da superfície terrestre, que em cada lugar se
adaptou ao meio que o envolvia, criando, no relacionamento
constante e cumulativo com a natureza, um acervo de técnicas,
hábitos, usos e costumes, que lhe permitiram utilizar os recursos
naturais disponíveis . A este conjunto de técnicas e costumes,
construído e passado socialmente, Vidal denominou ‘gênero de
vida’, o qual exprimiria uma relação entre a população e os
recursos, uma situação de equilíbrio, construída historicamente
pelas sociedades. A diversidade dos meios explicaria a
diversidade dos gêneros de vida”. (Moraes,1987, p.69).
O contato entre diferentes gêneros de vida seria, então, um elemento
fundamental para o progresso humano, pois, para Vidal de La Blache, esse
contato propiciaria verdadeiras oficinas de civilização. Estes argumentos, embora
diferentes dos da Geografia Alemã, da mesma forma justificavam a colonização
dos povos que desenvolveram gêneros de vida muito simples, fortalecendo a
idéia de missão civilizadora européia. (MORAES,1987).
A partir de meados do século XX, essa Geografia Tradicional, tanto da
Escola Alemã quanto da Francesa foi questionada. O mundo passava por
transformações
profundas
e
significativas,
o
capitalismo
desenvolvia-se
rapidamente com ele os meios de produção. Após a Segunda Grande Guerra
Mundial novas correntes do pensamento geográfico desenvolveram -se , “porém,
uma abordagem teórico-conceitual chegou ao ensino de forma significativa,
contrapondo-se radicalmente ao método da Geografia Tradicional e propondo
uma análise do espaço geográfico. Tal abordagem foi denominada de Geografia
Crítica” (DCE, 2008, p.7). O livro A Geografia serve, antes de mais nada, para
fazer a guerra, de Yves Lacoste é o marco da Geografia Crítica. Lacoste faz duras
críticas a Geografia Tradicional e propõe mudanças radicais nas concepções
geográficas, uma ciência mais atuante e transformadora do espaço social, “é
necessário construir uma visão integrada do espaço, numa perspectiva, popular, e
socializar este saber, pois ele possui fundamental valor estratégico nos embates
políticos e diz
saber
explicitamente que é necessário saber pensar o espaço, para
nele se organizar, para saber nele combater”. (Moraes,1987, p.114).
Entende-se que a Geografia tem o papel de compreensão e a intervenção da
realidade social. Nessa nova frente também se destaca o papel do maior geógrafo
do Brasil, Milton Santos, que apresentou em seu livro Por uma geografia nova
(1978), “devemos centralizar nossas preocupações em torno da categoriaespaço- tal qual ele se apresenta, um produto histórico. São os fatos referentes à
gênese, ao funcionamento e à evolução do espaço que nos interessam em
primeiro lugar,” nesse aspecto o espaço é compreendido como fato social,
resultado da ação humana.
Dentro do espaço escolar a Geografia sofreu com a influência dos
detentores do poder que usava a disciplina para camuflar a realidade social e
assim passou por várias mudanças. Assim chegamos aos dias atuais, e a
Geografia Crítica esta inserida no dia-a-dia escolar, com a certeza da importância
da Disciplina de Geografia que tem atuação privilegiada dentro do elenco de
disciplinas na escola, pois favorece uma maior integração entre o ambiente mais
restrito do aluno e o mundo do qual faz parte, fornecendo-lhe uma visão mais
completa do complexo social – o espaço construído pelo trabalho humano, ao
longo de um processo histórico. Essa integração deve ser interpretada como a
capacidade de refletir criticamente sobre a sociedade em que vive e sobre o
espaço que ocupa e, que ajuda a construir. O ensino da Geografia tem o papel
de prover bases e meios de desenvolvimento e ampliações da capacidade dos
alunos de apreensão da realidade sob o ponto de vista da espacialidade, ou seja,
de compreensão do papel do espaço nas práticas sociais e destas na
configuração do espaço. A geografia propicia o entendimento do espaço
geográfico e do papel desse espaço nas práticas sociais.
B) CONTEÚDOS
5° SÉRIE:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão
1)-Formação e transformação
paisagens naturais e culturais.
econômica
das
do espaço
geográfico
Dimensão
2)-Dinâmica da natureza e sua
alteração pelo emprego de tecnologias
de exploração e produção.
3)-A formação,localização e exploração
dos recursos naturais.
política do
espaço
geográfica
Dimensão
4)-A distribuição espacial das atividades
produtivas,a
transformação
da
paisagem,a (re)organização do espaço
geográfico.
5)-As relações entre campo e a cidade
na sociedade capitalista.
cultural
demográfica
do espaço
6)-A mobilidade populacional e as
manifestações sócio espaciais da
diversidade cultural.
geográfico
7)- A transformação demográfica, a
distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
Dimensão sócio-ambiental do espaço
geográfico
8)- As diversas regionalizações do
espaço geográfico.
6ª SÉRIE:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Dimensão
geográfico
econômica
do
CONTEÚDOS BÁSICOS
espaço
1) A formação, mobilidade das
fronteiras e a reconfiguração do
território brasileiro.
Dimensão política do espaço geográfico 2) A dinâmica da natureza e a sua
alteração pelo emprego de tecnologias
de exploração e produção.
Dimensão cultural
espaço geográfico
demográfica
3) As diversas regionalizações
do espaço brasileiro.
do
4) As manifestações socioespaciais da
diversidade cultural.
Dimensão sócio-ambiental do espaço 5) A transformação demográfica, a
geográfico
distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
6) Movimentos migratórios e
motivações.
suas
7) O espaço rural e a modernização da
agricultura.
8) A formação, o crescimento das
cidades, a dinâmica dos espaços
urbanos e a urbanização.
9) A distribuição espacial das atividades
produtivas, a (re)organização do
espaço geográfico.
10) A circulação de mão-de-obra, das
mercadorias e das informações.
7ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
1)-As diversas regionalizações
espaço geográfico.
Dimensão
geográfico
econômica
do
do
espaço
2)-A
formação,
mobilidade
das
fronteiras e a reconfiguração dos
territórios do continente americano.
3)-A nova ordem mundial,os territórios
supranacionais e o papel do Estado.
4)-O comércio em suas implicitações
Dimensão política do espaço geográfico socioespaciais.
5)-A circulação de mão-de-obra,do
capital,das mercadorias e informações.
6)-A distribuição espacial das atividades
produtivas,a (re)organização do espaço
geográfico.
Dimensão cultural
espaço geográfico
demográfica
do
7)-As relações entre o campo e a
cidade na sociedade capitalista.
Dimensão sócio-ambiental do espaço 8)-O espaço rural e a modernização da
geográfico
agricultura.
9) A transformação demográfica, a
distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
10)-Os movimentos migratórios e suas
motivações.
11)-As manifestações socioespaciais da
diversidade cultural.
12)-A
formação,
a
localização,
exploração dos recursos naturais.
8ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
1) As diversas regionalizações
espaço geográfico.
do
2) A nova ordem mundial, os territórios
supranacionais e o papel do Estado.
Dimensão
geográfico
econômica
do
espaço
3) A revolução técnico-científicoinformacional e os novos arranjos no
espaço da produção.
4) O comércio mundial e as implicações
socioambientais.
Dimensão cultural e demográfica do 5) A formação, mobilidade das
fronteiras e a reconfiguração de
espaço geográfico
territórios.
6) A transformação demográfica, a
distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
7) As manifestações socioespaciais da
diversidade cultural.
8) Os movimentos migratórios mundiais
e suas motivações.
Dimensão política do espaço geográfico
9) A distribuição das atividades
produtivas,
a
transformação
da
paisagem e a (re)organização do
espaço geográfico.
Dimensão sócio-ambiental do espaço
10) A formação, localização, exploração
geográfico
dos recursos naturais.
11) A dinâmica da natureza e sua
alteração pelo emprego de tecnologias
de exploração e produção.
12) O espaço em rede: produção,
transporte e comunicações na atual
configuração territorial.
1ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
1) A formação e a transformação das
paisagens.
Dimensão
geográfico
econômica
do
espaço 2) A dinâmica da natureza e sua
alteração pelo emprego de tecnologias
de exploração e produção.
3) A distribuição espacial das atividades
produtivas,
a
transformação
da
paisagem, a (re)organização do espaço
geográfico.
Dimensão política do espaço geográfico
4) A formação, localização e exploração
dos recursos naturais.
5) O espaço rural e a modernização da
agricultura.
Dimensão cultural
espaço geográfico
demográfica
do
6) O espaço em rede: produção,
transporte e comunicação na atual
configuração territorial.
7 ) As relações entre o campo e a
cidade na sociedade capitalista.
8) A formação e o crescimento das
cidades, a dinâmica dos espaços
Dimensão socioambiental do espaço urbanos e a urbanização recente.
geográfico
2ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
1) A formação e a transformação das
paisagens.
Dimensão
geográfico
econômica
do
espaço 2) A dinâmica da natureza e sua
alteração pelo emprego de tecnologias
de exploração e produção.
3) A distribuição espacial das atividades
produtivas,
a
transformação
da
paisagem, a (re)organização do espaço
geográfico.
Dimensão política do espaço geográfico
4) A formação, localização e exploração
dos recursos naturais.
5) O espaço rural e a modernização da
agricultura.
Dimensão cultural
espaço geográfico
demográfica
do
6)
O espaço em rede: produção,
transporte e comunicação na atual
configuração territorial.
7) A circulação de mão-de-obra, do
capital, das mercadorias e das
informações.
Dimensão socioambiental do espaço
geográfico
8) As relações entre o campo e a
cidade na sociedade capitalista.
9) A formação e o crescimento das
cidades, a dinâmica dos espaços
urbanos e a urbanização recente.
10) A transformação demográfica, a
distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
11) Os movimentos migratórios e suas
motivações.
3ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
1) A dinâmica da natureza e sua
alteração pelo emprego de tecnologias
de exploração e produção.
Dimensão
econômica
do
espaço
geográfico
2) A distribuição espacial das atividades
produtivas,
a
transformação
da
paisagem, a (re)organização do espaço
geográfico.
3) A formação, localização e exploração
dos recursos naturais.
Dimensão política do espaço geográfico
4) A revolução técnico-científicainformacional e os novos arranjos no
espaço da produção.
Dimensão cultural
espaço geográfico
demográfica
do
5) O espaço em rede: produção,
transporte e comunicação na atual
configuração territorial.
6) A circulação de mão-de-obra, do
capital, das mercadorias e das
informações.
7) Formação, mobilidade das fronteiras
e a reconfiguração dos territórios.
Dimensão socioambiental do espaço
geográfico
8) A formação e o crescimento das
cidades, a dinâmica dos espaços
urbanos e a urbanização recente.
9) O comércio e as implicações sócio
espaciais.
10) As diversas regionalizações do
espaço geográfico.
11) As implicações sócio espaciais do
processo de mundialização.
12) A nova ordem mundial, os territórios
supranacionais e o papel do Estado.
C- METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
O ensino de Geografia deve garantir que o aluno, partindo de sua
realidade, possa compreender como a natureza é transformada e o espaço é
organizado pelo trabalho humano.
Propõe que os conteúdos específicos sejam trabalhados
através de
reflexões sobre as causas e as consequências políticas, sociais e econômicas, da
ação humana sobre o espaço geográfico, ou seja, de forma crítica e dinâmica,
interligando teoria, prática e realidade de maneira contextualizada.
O
professor deve trabalhar a partir de uma consistente análise e da construção de
explicações contundentes. Há que se imprimir uma postura investigativa e não
apenas receptiva, devendo levar em conta o processo de inclusão que tem por
prioridade oferecer variadas formas de estratégias metodológicas ao aluno; tais
como: pesquisas na internet, uso da TV pendrive, uso de dvd, enfim todos os
recursos audiovisuais; trabalho com mapas, bússola, globo; trabalhos com
pesquisas em livros ou Internet; trabalho com entrevistas. Desenvolver a aula de
campo que é na escola um rico encaminhamento metodológico para a análise do
aluno. Ela abre ainda possibilidades de desenvolver múltiplas atividades práticas,
tais como: consultas bibliográficas, obras literárias,análise de fotos antigas,
interpretação de mapas, entrevistas com moradores, elaboração de maquetes,
murais.
A Lei nº10.639/03 e nº 11.645/08 da História e Cultura Afro Brasileira e
Africana e Cultura Indígena será contemplada através de pesquisa, comentários,
reportagens, filmes, dando ênfase as regiões quilombolas e aldeias indígenas do
Paraná em todas as séries e a contribuição e valorização do negro e do indígena
na construção da nação brasileira. A Geografia do Paraná será abordada de
forma contextualizada e relacionada aos conteúdos de ensino de Geografia,
possibilitando ao aluno melhor compreensão do espaço geográfico paranaense.
O professor deverá manter uma coerência dos fundamentos teóricos aqui
propostos, utilizando a cartografia como ferramenta essencial, possibilitando
assim transitar em diferentes escalas espaciais, ou seja, do local ao global e viceversa contemplando a interdisciplinaridade.
D) AVALIAÇÃO
Deve ser entendida como mais uma das formas utilizadas pelos
professores para avaliar a sua metodologia e o nível de compreensão dos
conteúdos específicos tratados durante um determinado período. A avaliação é
parte do processo de ensino - aprendizagem e, por isso, deve servir não apenas
para acompanhar a aprendizagem dos alunos, mas também o trabalho
pedagógico do professor. O professor deve evitar avaliações que contemplem
apenas umas das formas de comunicação dos alunos. É fundamental que a
avaliação seja mais do que apenas para definir uma nota ou estabelecer um
conceito. É imprescindível que a avaliação seja contínua e priorize a qualidade e
o processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano
letivo.
A proposta avaliativa deve estar bem clara para os alunos. A avaliação deve ser
um processo não-linear de construções e reconstruções, assentado na interação
e na relação dialógica que acontece entre os sujeitos do processo professor e
aluno.
Esta proposta propõe que o processo de avaliação esteja articulado com os
conteúdos estruturantes, os conceitos geográficos, o objeto de estudo, as
categorias espaço – tempo, a relação sociedade – natureza e as relações de
poder, contemplando a escala local e global e vice – versa.
No que diz respeito ao ensino de Geografia, a avaliação deve ser compreendida
como um conjunto de ações organizadas com a finalidade de obter informações
sobre o que o aluno aprendeu, de que forma e em quais condições. Nesse
sentido as avaliações ocorrerão nas modalidades:
formal – acontece a cada instante da relação com os estudantes por meio
de diferentes instrumentos avaliativos;
contínua – permite avaliar o grau de aprendizagem do estudante ao longo
do período, neste caso, bimestralmente, de modo contínuo e cumulativo do
desempenho, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos;
diagnóstica–
verifica
como
está
o
processo
de
construção
do
conhecimento, se a metodologia está dando resultado efetivos e a partir
destas constatações toma-se decisões e promove mudanças em relação à
continuidade do trabalho,
formativa– após avaliar o processo como um todo, realimenta-se o
processo para sanar falhas e atingir objetivos proposto sempre priorizando
o repensar sobre as ações e não o resultado;
somativa – dá uma visão geral, de maneira concentrada, dos resultados
obtidos no processo de ensino e aprendizagem. Sua aplicação informa
quanto ao nível de aprendizagem alcançada; visa a atribuição de notas;
fornece feedback ao aluno, de forma que os aspectos qualitativos
prevaleçam sobre os quantitativos.
Sob esse enfoque, adota-se como princípio fundamental que deve-se
avaliar o que se ensina, encadeando a avaliação no processo de ensinoaprendizagem, ou seja, parte-se da avaliação inicial, retomando sempre
que necessário o processo de aprendizagem, até que se chegue à
avaliação final.
1. Atividade de leitura – a avaliação de leitura possibilita ao professor verificar a
compreensão dos conteúdos abordados em aula e, nesse sentido, faz-se
necessário a escolha criteriosa do texto, o roteiro de análise e os critérios de
avaliação, de forma a permitir a reflexão e a discussão, bem como a ampliação de
conhecimento.
Critérios:
O aluno:
compreende as ideias presentes no texto e interage com o texto por meio de
questionamentos, concordâncias ou discordâncias.
ao falar sobre o texto, expressa suas idéias com clareza e sistematiza o
conhecimento de forma adequada.
estabelece relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula.
2. Projeto de Pesquisa Bibliográfica - a solicitação de uma pesquisa exige
enunciado claro e recortes precisos do que se pretende.
Critérios:
O aluno, quanto:
a contextualização, identifica a situação e o contexto com clareza;
ao problema, apresenta de forma clara, objetiva o tema levantado, delimitando
o foco da pesquisa na busca de solução;
a justificativa, aponta argumentos sobre a importância da pesquisa;
O aluno, na escrita, remete-se aos textos lidos, por meio de citações ou
paráfrases, referenciando-os adequadamente.
3. Produção de Texto - a atividade de produção escrita deve considerar a
característica dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutivo.
Portanto, precisa ser relacionada ao que se escreve fora da escola, atendendo
aos diferentes gêneros textuais.
Critérios:
O aluno:
produz textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor,
finalidade, etc.)
adequa a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe
diferentes
graus
de
formalidade
ou
informalidade,
atendendo
especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura;
Expressa as ideias com clareza (coerência e coesão);
elabora argumentos consistentes;
estabelece relações entre as partes do texto;
estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.
4. Palestra/Apresentação Oral - a atividade de palestra/apresentação oral
possibilita ao aluno demonstrar sua compreensão a respeito do conteúdo
abordado, bem como argumentar, organizar e expor suas ideias.
Critérios:
O aluno:
VI- demonstra conhecimento do conteúdo;
VII-
apresenta argumentos selecionados;
VIII-
demonstra sequência lógica e clareza na apresentação;
IX- faz uso de recursos para ajudar na sua produção.
5. Atividades Experimentais – estas atividades requerem clareza no enunciado e
propiciam ao aluno criar hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo, levando
em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a intuição, de forma significativa
Nessa atividade, o aluno pode expressar sua compreensão do fenômeno
experimentado, do conceito a ser construído ou já construído, a qualidade da
interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidades.
Critérios:
O aluno ao realizar seu experimento:
•
registra as hipóteses e os passos seguidos;
•
demonstra compreender o fenômeno experimentado;
•
sabe usar adequadamente e de forma conveniente os materiais ;
•
consegue utilizar apropriadamente o ambiente e os instrumentos
necessários.
6. Projeto de Pesquisa de Campo – essa atividade exige um planejamento
prévio que demande a busca de informações nos lugares que se pretende
trabalhar. Nesse sentido, colabora para a construção de conhecimentos e
formação dos alunos como agentes sociais.
Critérios:
O aluno ao proceder sua pesquisa de campo:
registra as informações, no local de pesquisa;
•
organiza e examina os dados coletados, conforme orientações;
•
apresenta sua compreensão a respeito do conhecimento construído, sua
capacidade de análise dos dados coletados, capacidade de síntese;
•
atende ao que foi solicitado como conclusão do projeto (relatório,
elaboração de croquis, produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre
outros)
7. O Relatório - é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida,
auxiliando no aprimoramento da habilidade escrita, possibilitando ainda, a
reflexão sobre o que foi realizado e a reconstrução de seu conhecimento.
No relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas
ou desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais
resultados podem-se extrair deles.
São elementos do relatório:
introdução, metodologia e materiais, análise e considerações finais.
Critérios
O aluno:
III- faz a introdução com informações que esclareçam a origem de seu
relatório, apontando quais os objetivos da atividade, bem como a
relevância do conteúdo abordado e dos conceitos construídos;
IV- descreve objetiva e claramente como se deu o trabalho ou atividade
desenvolvida, possibilitando ao leitor a compreensão do que se está
falando, ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade.
V- faz a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos
resultados obtidos, estabelecendo uma relação entre eles e as discussões
teóricas que deram origem à atividade. em questão.
8. Seminário - oportuniza a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Tratase de uma discussão rica de ideias, na qual cada um participa questionando, de
modo fundamentado, os argumentos apresentados, colocando o estudante em
contato direto com a atividade científica e engajando-o na pesquisa.
Critérios
O aluno:
4. demonstra consistência nos argumentos, tanto na apresentação quanto
nas réplicas;
5. apresenta compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva
dos textos utilizados);
6. faz adequação da linguagem;
7. demonstra pertinência quanto as fontes de pesquisa;
8. traz relatos para enriquecer a apresentação;
9. faz adequação e toma como relevante as intervenções dos integrantes do
grupo que assiste a apresentação.
9. Debate– possibilita a exposição de ideias, avaliação dos argumentos,
permitindo que haja turno de fala entre os ouvintes. Mas, para que isso ocorra, é
preciso garantir a participação de todos.
Critérios
O aluno:
•
aceita a lógica da confrontação de posições, ou seja, respeita os
pensamentos divergentes;
•
ultrapassa os limites das suas posições pessoais;
•
explicita racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua
posição;
•
faz uso adequado da língua portuguesa em situações formais;
•
busca, por meio do debate, da persuasão e da superação de posições
particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível
entre as posições dos participantes;
•
registra, por escrito, as ideias surgidas no debate;
demonstra conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate;
•
apresenta compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação
com o conteúdo da disciplina.
10. Atividades com textos literários - possibilita discussões acerca do conteúdo
que está sendo discutido, no contexto de outra linguagem. Esse trabalho passa
por três momentos necessários para sua efetivação: a escolha do texto, a
elaboração da atividade em si (seja através de questões, seja por um roteiro de
leitura), os critérios de avaliação.
Critérios:
O aluno:
•
compreende e interpreta a linguagem utilizada no texto;
•
faz a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o
texto literário lido;
•
reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário.
11- Atividades a partir de recursos Audiovisuais - o trabalho com filmes,
documentários, músicas, teatro, entre outros. Qualquer que seja o recurso
escolhido, é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não está
didatizado, vem apresentado em linguagem específica e com intencionalidade
diferente daquela que existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao
professor.
Critérios:
O aluno:
2. compreende e interpreta a linguagem utilizada;
3. articula
o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo
apresentado pelo audiovisual;
4. reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso.
12.Trabalho em grupo -
desenvolve dinâmicas com pequenos grupos, na
tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de
aprendizagem. Nesse sentido, possibilita a a interação social, conduzindo o aluno
a compartilhar seu conhecimento.
O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam
elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural,
jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos.
Critérios
O aluno:
interage com o grupo;
compartilha o conhecimento;
demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de
aula, na produção coletiva de trabalhos;
compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e
sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.
13. Questões discursivas - Essas questões possibilitam verificar a qualidade da
interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão
discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão
realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos.
Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor
identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a
importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento.
Critérios
O aluno:
Compreende o enunciado da questão.
Planeja a solução, de forma adequada.
Comunica-se por escrito, com clareza, utilizando-se da norma padrão da
língua portuguesa.
Sistematiza o conhecimento de forma adequada
14. Questões objetivas
Este tipo de questão tem como principal objetivo a fixação do conteúdo.
Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e
esclarecedor, usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao
aluno a compreensão do que foi solicitado.
Para a construção desse tipo de questão o professor não deve
desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de
cada questão direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças.
Critérios
O aluno:
Realiza leitura compreensiva do enunciado;
Demonstra apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo;
Utiliza de conhecimentos adquiridos.
E) REFERÊNCIAS
CARDOSO, Jayme Antonio. Atlas Histórico do Paraná. 2ª edição. Ver. Amp.
Curitiba, Livraria do Chain, Editora, 1986.
CORREA, R. L. Região e organização espacial. São Paulo, Ática, 1986.
PARANÁ.
Secretaria
de
Estado
da
Educação.
Superintendência
da
Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica. Geografia. Curitiba, 2008.
LACOSTE, Y. A Geografia: isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra.
Campinas; Papirus, 1988.
MARINA, LÚCIA e TÉRCIO. Geografia: série novo ensino médio. Ed.
Compacta, Editora Ática, São Paulo: 2003.
MAAK,
Reinhard.
Geografia
Física
do
Paraná.
Curitiba,
Banco
de
Desenvolvimento do Paraná, UFPR. 1968.
MORAES, A. C. R. Geografia: pequena história crítica. São Paulo: Hucitec,
1987.
PROJETO ARARIBÁ : Geografia / obra coletiva. São Paulo: Moderna, 2006.
SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São
Paulo: Hucitec,1996.
SANTOS, M. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1988.
SANTOS, M. Espaço e Método. São Paulo: Nobel, 1985.
SANTOS, M. Pôr uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.
VESENTINI, José W. Geografia, natureza e sociedade. São Paulo: Contexto,
1997
VLACH. V.R.F. O Ensino da Geografia no Brasil: uma perspectiva histórica.
In. VESENTINI, J.W.(org.). O ensino de geografia no século XXI. Campinas,
SP. Papirus, 2004.
COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA- EFMN
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
HISTÓRIA
FÊNIX/2010
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O objetivo primeiro do conhecimento histórico é a compreensão dos
processos e dos sujeitos históricos, o desenvolvimento das relações que se
estabeleceu entre os grupos humanos em diferentes tempos e espaços. Os
historiadores estão atentos às diferentes e múltiplas possibilidades e alternativas
nas sociedades, tanto nos dias de hoje quanto nas do passado, que emergiram
da ação conscientes ou inconscientes dos homens, procuram apontar para os
desdobramentos que se impuseram com o desenrolar das ações desses sujeitos.
A construção da disciplina de História e a organização de seu ensino nas
escolas brasileiras estiveram envolvidas desde o século XIX, em discussões
políticas que estavam em destaque em diversos momentos. Considerando o
período do Brasil independente o Estado passou a assumir a gestão da
educação. A tarefa de fazer do ensino de História instrumento de legitimação de
poderes e de formação de indivíduos adaptados à ordem social não poderia de
resumir, à imposição de uma abordagem da História que privilegiassem o Estado
e a ação dos grandes homens como constituidora da identidade nacional.
A partir da Era Vargas há uma preocupação do Estado no sentido de
orientar o ensino de História para a formação moral e política. O governo Vargas
entendeu a importância do cultivo de uma história e de uma memória nacional
para a construção da identidade nacional. Suas estratégias não se limitavam ao
ensino escolar, mas iam além, atingindo políticas de preservação do patrimônio
histórico e da celebração da memória da nação.
As principais mudanças presentes no século XX foram acentuadas pelas
reformas de Francisco Campos e Gustavo Capanema que elegeram o ensino de
História como instrumento central da política, e a disciplina de Historia como
fundamental na formação moral e patriótica.
Após a implantação do regime militar o ensino de Historia manteve seu
caráter estritamente político, pautado no estudo de fontes oficiais e narrado
apenas do ponto de vista de factual. Mantevesse os grandes heróis como sujeitos
da Historia narrada, exemplos a serem seguidos e não contestados pelas novas
gerações. O estado figurava como principal sujeito histórico.
Na década de 70, o ensino de Historia era predominantemente
tradicional, a abordagem dos conteúdos históricos era apresentada de forma
linear e factual.
A partir da Lei 5692/71, o ensino centrasse nessa formação tecnicista
voltada para a preparação de mão de obra para o mercado de trabalho.
No decorrer do processo histórico a historia busca explicar tanto as
uniformidades e as regularidades das formações sociais quanto as rupturas e
diferenças que se constituem no embate das ações humanas.
Assim, o ensino de história no Colégio Estadual Santo Inácio de LoyolaEFMN
é
concebida
como
processo,
busca
aprimorar
o
exercício
da
problematização da vida social, como ponto de partida para a investigação
produtiva e criativa, buscando identificar as relações sociais de grupos locais,
regionais
e
nacionais
e
outros
povos,
perceberem
as
diferenças,
os
conflitos/contradições e as solidariedades, igualdades e desigualdades existentes
nas sociedades, comparar problemáticas ativas e de outros momentos, posiciona
de forma critica no seu presente e buscar as relações possíveis com o passado.
Para tanto se torna necessário que o aluno compreenda do que é História e de
como se constrói os conhecimentos históricos, tomando consciência da natureza
do saber histórico, tenha percepção da duração da História da humanidade,
identificando permanências e mudanças, compreendendo a coexistência de
diferentes temporalidades históricas num mesmo período cronológico, estabeleça
o diálogo entre o presente e o passado, incorporando elementos da história do
cotidiano, da história cultural.
CONTEÚDOS: 5ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
RELAÇÕES DE TRABALHO
A experiência humana no tempo
RELAÇÕES DE PODER
Os sujeitos e sua relação com o
RELAÇÕES CULTURAIS
outro no Tempo;
As culturas locais e a cultura
comum.
CONTEÚDOS: 6ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
RELAÇÕES DE TRABALHO
As relações de propriedade;
RELAÇÕES DE PODER
A constituição histórica do mundo
RELAÇÕES CULTURAIS
do
campo e do mundo da cidade;
As relações entre o campo e a
cidade;
Conflitos e resistências e produção
Cultural campo / cidade.
CONTEÚDOS: 7ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
RELAÇÕES DE TRABALHO
CONTEÚDOS BÁSICOS
História
das
relações
da
RELAÇÕES DE PODER
humanidade com o trabalho;
RELAÇÕES CULTURAIS
O trabalho e a vida em sociedade;
O trabalho e as contradições da
modernidade;
Os trabalhadores e as conquistas
de direito.
CONTEÚDOS 8ª Série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
RELAÇÕES DE TRABALHO
A
RELAÇÕES DE PODER
constituição
instituição
das
instituições sociais;
RELAÇÕES CULTURAIS
A formação do estado;
Sujeitos, Guerras e revoluções.
CONTEÚDOS DO ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
RELAÇÕES DE TRABALHO
CONTEÚDOS BÁSICOS
X- Trabalho escravo, servil,
assalariado e o trabalho livre
•
Urbanização e industrialização
•
O estado e as relações de poder
•
Os sujeitos, as revoltas e as
guerras
•
Movimentos sociais, políticos e
culturais , guerras e revoluções
•
Cultura e religiosidade
RELAÇÕES DE PODER
RELAÇÕES CULTURAIS
METODOLOGIA
A proposta curricular delineada neste documento se propõe a estabelecer
articulações entre abordagens teórico-metodológicas distintas, resguardadas as
diferenças e até a oposição entre elas, por entender que esse é um caminho
possível para o ensino de História. Uma vez que possibilita aos alunos
compreender as experiências e os sentidos que os sujeitos dão às mesmas. O
método a desenvolver no ensino de História é apresentar e colocar em prática o
processo do aprendizado do educando, onde devemos dar conta dos desafios:
desenvolver o senso crítico, conhecer a História como processo significativo em
seu movimento contínuo, dinâmico, buscando dar significado à formação do
educando.
Criar situações de ensino para os alunos estabelecerem relações entre o
presente e o passado, o particular e o geral, as ações individuais e coletivas.
Dentro deste contexto é importante estimular o educando para que adquiram
progressivamente atitudes de iniciativa para realizar estudos, pesquisas e
trabalhos que despertem o interesse pela História e diversidade e o patrimônio
cultural da humanidade.
No ensino de História se faz necessário valorizar e fazer conhecer a
diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira compreendendo
assim as relações marcadas pela desigualdade socioeconômicas e as
transformações ao longo do tempo, respeitando e aderindo valores uns dos outros
e buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços
fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e
repõe permanente.
Conforme a Lei n.º 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede
de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena”, onde a Lei nº 11.645 que contempla a mesma.
Em História no que se refere a História e Cultura Afro Brasileira e
Indígena, será desenvolvida atividades como dramatização, cartazes, exposições,
leitura e uso do laboratório de informática para pesquisas, danças, filmes, quadros
murais, abrangendo os conceitos de alimentação, costumes, vestuários e
organização sócio cultural.
Todas as atividades visando valorizar a identidade, historia e cultura dos
afro brasileira e indígenas, bem como a garantia do reconhecimento a igualdade
da nação brasileira, europeia e asiática.
Em história no que no se refere, história do Paraná será desenvolvida
atividades como dramatização, cartazes, filmes, danças, quadros murais,
pesquisas voltando á história do Paraná.
E para que se efetive a construção do conhecimento em história é
importante buscar a diversidade de fontes, problematizar o conteúdo dentro da
narrativa histórica onde haja a participação dos sujeitos.
Há também que se priorizar a investigação da região ou dos lugares onde
os alunos vivem, sem deixar de lançar o olhar sobre a história de outras regiões,
levando em consideração o estudo dos fatos de dimensão local, nacional
continental e mundial.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino, devendo
ser para tanto diagnóstica onde tanto o professor quanto os alunos poderão
revistar as práticas desenvolvidas até então para identificar lacunas no processo e
ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor outros encaminhamentos
que visem à superação das dificuldades. Para que a avaliação diagnóstica
apresente os resultados desejados se faz necessário que seja realizado a partir
do diálogo entre alunos e professores, envolvendo questões relativas aos critérios
adotados, a função da avaliação e a necessidade de tomada de decisões a partir
do que foi constatado. Para tanto serão utilizados os seguintes Instrumentos para
a Avaliação:
-Pesquisa;
-Seminários;
-Debates;
-Estudo e análise a partir de filmes;
-Prova escrita e oral;
-Relatórios;
-Pesquisa de Campo (Excursão);
-Palestras sobre temas atuais e diversos.
Atividades a partir de recursos audiovisuais
- compreende e interpreta a linguagem utilizada;
-articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo
apresentado pelo audiovisual;
- reconhece os recursos expressivos específicos daquele recurso.
Questões discursivas
- compreende o enunciado da questão;
- planeja a solução, de forma adequada;
- comunicasse por escrito, com clareza a utilização da norma padrão da língua
portuguesa sistematiza o conhecimento de forma adequada.
Trabalho em grupo
- interage com o grupo compartilha o conhecimento;
-demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula,
na produção coletiva de trabalhos;
- compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua
relação com a contemporaneidade.
Palestra / apresentação oral
- demonstra conhecimento o conteúdo;
- apresenta argumentos selecionados;
- demonstra sequência lógica e clareza na apresentação;
- faz uso de recursos para ajudar na sua produção necessária.
Projeto de pesquisa de campo
- registra as informações, no local de pesquisa, organiza e examina os dados
coletados. Atende ao que foi solicitado no projeto.
REFERÊNCIAS
COTRIN, Gilberto. Saber e Fazer História 5ª à 8ª série Editora Saraiva São
Paulo
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de
História para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba,
2008.
APOLINÁRIO, Maria Raquel. Projeto Araribá – História Ensino Fundamental.
Editora Moderna São Paulo.
HOBSBAWN, Eric. A Era dos Extremos. São Paulo, Companhia das Letras
1995.
COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA – EFMN
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
LÍNGUA PORTUGUESA
FÊNIX/2010
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Língua não é apenas uma forma de comunicação ela vai muito além
disso: é a responsável pela constituição do sujeito, é interação e constituição. Não
basta saber falar e escrever; é preciso dominar a linguagem para participar da
vida do bairro, da cidade e do país. Pelo uso da linguagem, escolhendo as
palavras certas para cada tipo de discurso, as pessoas se comunicam, trocam
opiniões, têm acesso às informações, protestam e fazem cultura. Em outras
palavras, tornam-se cidadãs.
Há uma preocupação em "formar cabeças pensantes" que saibam
entender e se expressar em diferentes situações.. É uma nova postura de ensino
que procura levar em conta a realidade e os interesses dos próprios alunos.
A língua portuguesa tem um padrão, seja gramatical (normativo), seja na
sintaxe ou num vocabulário geral, isto é, a norma culta, pela qual se expressam,
por exemplo, os escritores, intelectuais e outros, tanto portugueses quanto
africanos, brasileiros, asiáticos, etc., o que estabelece uma unidade linguística.
Mas, enquanto instrumento de comunicação oral, esta unidade já é
segmentada e diversificada em vários aspectos – sobretudo no geográfico,
quando se apresentam variações fonéticas e vocabulares.
No Brasil, com sua imensidão territorial, não se pode falar numa só língua,
igual e padronizada. Há falares e falares: nordestinos, nortistas, sulistas, etc.
De acordo com Geraldi, herdamos do estruturalismo francês uma
concepção de linguagem como capacidade humana de construção de sistemas
semiológicos. A língua, entendida como um sistema de signos utilizados por uma
comunidade para a troca comunicativa. Não se trata mais de aprender uma língua
para dela se apropriar, mas trata-se de usá-la e, em usando-a, apreendê -la.
Desenvolver e aceitar a palavra do outro como constitutiva de nossas próprias
palavras é uma exigência do próprio objeto de ensino.
A partir da década de 1980, ao mesmo tempo em que no interior de
programas de pesquisa uma concepção nova de linguagem instaurava-se, muitos
professores universitários brasileiros passam a articular suas reflexões teóricas a
propostas alternativas de ensino da língua materna.
A existência de variedades linguísticas é um fato empírico inegável. Como
é a diferença que identifica nada mais justo que as descrições linguísticas tenham
chamado a atenção fundamentalmente para estas diferenças.
As pesquisas de campo em sociolinguística são suficientes para identificar
a multiplicidade de variedades em nossa sociedade e à relação de poder
envolvida no quadro de variedades linguísticas. E mais se comprova que as
variedades são estigmatizadas na mesma medida da estigmatização social de
seus falantes.
Desde sempre os alunos chegaram aos bancos escolares falando
português, mas este saber falar nunca foi explicitamente tomado como um saber.
Esta desvalorização do saber prévio a escola, resultou no baixo desempenho dos
alunos nas aulas de português.
Para que ocorram mudanças significativas nesse quadro é necessário que
a escola abra para os alunos espaços de novos convívios, que lhes permitam
constituírem-se como sujeitos autores de suas falas e de suas escritas.
O mundo contemporâneo não quer mais somente um cidadão que
reconheça a herança cultural, mas que se torne um produtor de cultura.
Aprendendo a refletir sobre a linguagem, o aluno será capaz de
compreender uma gramática. Agora, aquele que nunca refletiu sobre a linguagem
pode decorar uma gramática, mas jamais compreenderá seu sentido.
Por tudo isto a proposta de Língua Portuguesa e Literatura do Colégio
Estadual Santo Inácio de Loyola- Ensino Fundamental e Médio busca formas de
contribuir para uma reflexão e ação mais aprimoradas sobre a necessidade de se
trabalhar com o aluno nas diversas situações e usos da Língua e também propõe
alternativas metodológicas e avaliativas que possam auxiliar o trabalho do
professor.
Para se adentrar na discussão acerca do ensino de Língua Portuguesa e
Literatura é fundamental refletir acerca da importância que esta disciplina tem
num mundo de tão complexas relações no qual, constantemente, sistematiza-se o
conhecimento existente e se gera novos conhecimentos. O número de
informações registradas através da escrita é tão imenso, que fica difícil apropriarse de sua totalidade. Este fato ilustra a grandiosidade do desenvolvimento dos
seres humanos, podendo-se considerar que os conhecimentos produzidos ao
longo da existência humana estão muito além daqueles que se dispõe no
insignificante universo pessoal. Se, por um lado, é impossível apropriar-se de
todos esses dados sobre a realidade, por outro, é inaceitável, reconhecendo o
valor
dessa
elaboração,
ficar-se
totalmente
alijados
desse
processo
conscientemente.
Assim, diante desta questão, o ato de ler e escrever, que são caminhos
para se apropriar de todos estes conhecimentos, devem ser encarados como
imprescindíveis ao desenvolvimento, não só individual, como também social. E se
não bastasse esse caráter prático, há ainda o que pode ser considerado o mais
importante, isto é, o papel que tem o próprio ato de ler e escrever no
desenvolvimento do intelecto da pessoa. Por isso é preciso formar o leitor e
escritor questionador, reflexivo e com espírito crítico. Dessa forma ele terá a
competência de estabelecer relações a qual viabiliza a ampliação de visão de
mundo para que melhor possa compreender a realidade na qual está inserido, isto
é, a realidade humana, na qual nenhum agir é isolado, é antes uma ação que
decorre e implica outras e muitas ações, perfazendo a totalidade das relações
humana.
E, para que o ensino de Língua Portuguesa e Literatura cumpra sua função
dentro de uma perspectiva sócio-interacionista, é preciso que se tenha uma
melhor compreensão da importância história desta disciplina
Conforme colocado nas Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para
os anos finais do Ensino Fundamental e Médio, do Estado do Paraná,
historicamente, o processo de ensino de Língua Portuguesa no Brasil iniciou-se
com a educação jesuítica. Essa educação era instrumento fundamental na
formação da elite colonial ao mesmo tempo em que se propunha a “alfabetizar” e
“catequizar” os indígenas (MOLL, 2006, p. 13). A concepção de educação e o
trabalho de escolarização dos indígenas estavam vinculados ao entendimento de
que a linguagem reproduzia o modo de pensar. Ou seja, pensava-se, segundo
uma concepção filosófica intelectualista, que a linguagem se constituía no interior
da mente e sua materialização fônica revelava o pensamento.
Nesse período, não havia uma educação institucionalizada, partia-se de
práticas pedagógicas restritas à alfabetização, que visavam manter os discursos
hegemônicos da metrópole e da Igreja.
A Reforma Pombalina, em 1759, impôs a Língua Portuguesa como idiomabase do ensino, entre outras medidas que visavam à modernização do sistema
educacional, a cargo dos jesuítas por mais de dois séculos. A Língua Portuguesa
passa, então, com a Reforma Pombalina, a fazer parte dos conteúdos
curriculares, mesmo assim seguindo os moldes do ensino de latim. (LUZFREITAS, 2004, s/p.)
A literatura expressa na variedade brasileira da língua portuguesa foi
retomada pelos modernistas que, em 1922, defendiam a necessidade de romper
com os modelos tradicionais portugueses e privilegiar o falar brasileiro e, embora
não tenha protagonizado uma revolução na linguagem, o Modernismo contribuiu
para aproximar nossa língua escrita do falar cotidiano do Brasil
O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até
meados do século XX, quando se iniciou, no Brasil, a partir da década 1960, um
processo de expansão do ensino primário público, que incluiu, entre outras ações,
a ampliação de vagas e eliminação dos chamados exames de admissão. Como
consequência desse processo, a multiplicação de alunos, as condições escolares
e pedagógicas, as necessidades e as exigências culturais passaram a ser outras
bem diferentes.
O ensino de Língua Portuguesa, no contexto da expansão da
escolarização, não poderia dispensar propostas pedagógicas que levassem em
conta as novas necessidades trazidas por esses alunos para o espaço escolar,
dentre elas a presença de registros linguísticos e padrões culturais diferentes dos
até então admitidos na escola.
A Lei nº 5692/71 dispôs que o ensino deveria estar voltado à qualificação
para o trabalho. Desse vínculo decorreu a instituição de uma pedagogia tecnicista
que, na disciplina de Língua Portuguesa, pautava-se na concepção de linguagem
como meio de comunicação (cujo objeto é a língua vista como código), com um
viés mais pragmático e utilitário em detrimento do aprimoramento das
capacidades linguísticas do falante.
Com a Lei n° 5692/71, a disciplina de Português pas sou a denominar-se,
no primeiro grau, Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries) e
Comunicação em Língua Portuguesa (nas quatro últimas séries), baseando-se,
principalmente, nos estudos de Jakobson, referentes à teoria da comunicação. Na
década de 70, além disso, outras teorias a respeito da linguagem passaram a ser
debatidas, entre elas: a Sociolinguística,• a Análise do Discurso, a Semântica,
que preocupa-se com a natureza, função e uso dos significados; a Linguística
Textual. Dessas teorias resultou o questionamento sobre a autoridade e a eficácia
das aulas de gramática no ensino da língua materna.
Referente ao ensino de Literatura, até meados do século XX, o principal
instrumento do trabalho pedagógico eram as antologias literárias, com base nos
cânones. A leitura do texto literário, no ensino primário e ginasial, visava transmitir
a norma culta da língua, com base em exercícios gramaticais e estratégias para
incutir valores religiosos, morais e cívicos. O objetivo era despertar o sentimento
nacionalista e formar cidadãos respeitadores da ordem estabelecida.
Nos anos 70, o ensino de Literatura restringiu-se ao então segundo grau,
com abordagens estruturalistas e/ou historiográficas do texto literário. Essa
abordagem da literatura pode ser compreendida quando se resgata o contexto da
época: no vigor da ditadura militar, não seria tolerada uma prática pedagógica que
visasse despertar o espírito crítico e criador dos alunos.
[...] com a anistia política e, principalmente, a
partir de 1982, com as eleições diretas dos
governadores dos Estados, o clima de liberdade
e
de
movimentação
teórica
cresceu
consideravelmente, possibilitando saídas para
vários impasses teóricos no campo educacional.
(GHIRALDELLI, 1994, p. 204)
A
consolidação
da
abertura
política
resultou
em
pesquisas
que
fortaleceram a pedagogia histórico crítica, propiciando uma rede de outras
pesquisas, inserindo, no pensamento pedagógico dos anos 80, uma vertente
progressista.
Os estudos linguísticos centrados no texto e na interação social das
práticas discursivas e as novas concepções sobre a aquisição da Língua Materna
chegaram ao Brasil no final da década de 1970 e início dos anos 80, quando as
primeiras obras do Círculo de Bakhtin passaram a ser lidas nos meios
acadêmicos e contribuíram, no Brasil, para fazer frente à pedagogia tecnicista. A
dimensão tradicional de ensino da língua cedeu espaço, ao menos na academia,
a novos paradigmas, envolvendo questões de uso, contextuais, valorizando o
texto como unidade fundamental de análise.
Deve-se aos teóricos do Círculo, e principalmente a Bakhtin, o avanço dos
estudos em torno da natureza sociológica da linguagem. Várias produções
teóricas influenciaram os programas de reestruturação do Ensino de 2.º Grau, de
1988, e do Currículo Básico, de 1990, que já denunciavam “o ensino da língua,
cristalizado em viciosas e repetitivas práticas que se centram no repasse de
conteúdos gramaticais” (PARANÁ, 1988, p. 2) e valorizavam o direito à educação
linguística.
Nas discussões curriculares sobre o ensino de Língua Portuguesa, os
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), do final da década de 1990, também
fundamentaram a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa nas
concepções interacionistas, levando a uma reflexão acerca dos usos da
linguagem oral e escrita. Contudo,
[...] as indicações dos PCNs podem ser
coerentes e produtivas, e de fato o são em
vários aspectos, mas, encerrando o trabalho
com o texto em modelos preestabelecidos,
afastam-se
da
proposta
do
dialogismo
bakhtiniano diante do texto, dos discursos, da
vida, do conhecimento. (BRAIT, 2000, p. 24).
Essa restrição, de acordo com Brait (2000, p. 24) “impede um trabalho mais
aberto e histórico com os textos e seus leitores”. O trabalho com modelos
preestabelecidos aborda apenas os aspectos formais do texto, deixando de
considerar que todo texto é um elo na cadeia da interação social, sempre é uma
resposta ativa a outros textos e pressupõe outras respostas. A abordagem
apenas formal exclui o texto de seu contexto social.
Considerando o percurso histórico da disciplina de Língua Portuguesa na
educação básica brasileira e confrontando esse percurso com a situação de
analfabetismo funcional, de dificuldade de leitura compreensiva e produção de
textos apresentada, hoje, pelos alunos da educação básica, segundo os
resultados de avaliações em larga escala e, mesmo, de pesquisas acadêmicas,
as Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa requerem, neste
momento histórico, novos posicionamentos em relação às práticas de ensino, seja
pela discussão crítica dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos
professores na construção de alternativas.
2. CONTEÚDOS:
5ª série
Conteúdos estruturantes: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
*GÊNEROS DISCURSIVOS
Adivinhas
Álbum de Família
Anedota
Bilhetes
Cantiga de Roda
Carta pessoal
Cartão
Cartão Postal
Causos
Comunicado
Convites
Trava-línguas
Contos de fadas
LEITURA
Tema do texto;
Interlocutor;
finalidade;
Argumentos do texto;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Léxico;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais do texto,
pontuação, recursos gráficos( como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
ESCRITA
Contexto de produção;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informalidade;
Argumentatividade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Divisão do texto em parágrafos;
Marcas linguística: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
Tema do texto;
Finalidade;
Argumentos;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
6ª série
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
*GÊNEROS DISCURSIVOS
Adivinhas
Álbum de Família
Anedota
Bilhetes
Cantiga de Roda
Carta pessoal
Cartão
Cartão Postal
Causos
Comunicado
Convites
Músicas
Parlendas
Piadas
LEITURA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Argumentos do texto;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Informações explícitas e implícitas;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Repetição proposital de palavras;
Léxico;
Ambiguidade;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação;
recursos
gráficos(como
aspas,
travessão,negrito),
figuras
de
linguagem.
ESCRITA
Contexto de produção;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica;
ortografia;
Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
•
Tema do texto;
•
Finalidade;
•
Papel do locutor e interlocutor;
•
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;
•
Adequação do discurso ao gênero;
•
Turnos de fala;
•
Variações linguísticas;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
•
Semântica.
7ª série
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
*GÊNEROS DISCURSIVOS
Diário
Exposição Oral
Fotos
Músicas
Parlendas
Piadas
Provérbios
Quadrinhas
Receitas
Relatos de Experiências Vividas
Narrativas de Aventura
Narrativas de Enigma
Narrativas de Ficção Científica
Narrativas de Humor
Narrativas de Terror
Narrativas Fantásticas
Narrativas Míticas
Paródias
Pinturas
Poemas
Romances
Tankas
Textos Dramáticos
LEITURA
Conteúdo temático;
•
Interlocutor;
•
Intencionalidade do texto;
•
Argumentos do texto;
•
Contexto de produção;
•
Intertextualidade;
•
Vozes sociais presentes no texto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos( como aspas, travessão, negrito);
•
Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- sentido figurado;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA
•
Conteúdo temático;
•
Interlocutor;
•
Intencionalidade do texto;
•
Informatividade;
•
Contexto de produção;
•
Intertextualidade;
•
Vozes sociais presentes no texto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
•
Concordância verbal e nominal;
8ª série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
*GÊNEROS DISCURSIVOS
Curriculum Vitae
Diário
Exposição Oral
Fotos
Músicas
Autobiografia
Biografias
Contos
Contos de Fadas Contemporâneos
Crônicas de Ficção
Biografias
Crônicas de Ficção
Escultura
Haicai
Histórias em Quadrinhos
Lendas
Literatura de Cordel
Memórias
Letras de Músicas
Narrativas de Aventura
Narrativas de Enigma
Narrativas de Ficção Científica
Narrativas de Humor
Narrativas de Terror
Narrativas Fantásticas
Narrativas Míticas
Paródias
Pinturas
Poemas
Romances
Tankas
Textos Dramáticos
LEITURA
VI- Conteúdo temático
Conteúdo temático;
•
Interlocutor;
•
Intencionalidade do texto;
•
Argumentos do texto;
•
Contexto de produção;
•
Intertextualidade;
•
Discurso ideológico presente no texto;
•
Discurso ideológico presentes no texto;
•
Vozes sociais presentes no texto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
•
Partículas conectivas do texto;
•
Progressão referencial no texto;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
•
Semântica:
- operadores argumentativos;
- polissemia;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA
•
Conteúdo temático;
•
Interlocutor;
•
Intencionalidade do texto;
•
Informatividade;
•
Contexto de produção;
•
Intertextualidade;
•
Vozes sociais presentes no texto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
•
Partículas conectivas do texto;
•
Progressão referencial no texto;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito etc.;
•
Sintaxe de concordância;
•
Sintaxe de regência;
•
Processo de formação de palavras;
•
Vícios de linguagem;
•
Semântica:
- operadores argumentativos;
- modalizadores;
- polissemia.
ORALIDADE
•
Conteúdo temático;
•
Finalidade;
•
Argumentos;
•
Papel do locutor e interlocutor;
•
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas...;
•
Adequação do discurso ao gênero;
•
Turnos de fala;
•
Variações linguísticas ( lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;
•
Semântica;
•
Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
•
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
ENSINO MÉDIO
Discurso como Prática Social
1ª SÉRIE
*GÊNEROS DISCURSIVOS
Cotidiano:
- Curriculum Vitae;
- Música;
- Exposição Oral.
Literária/Artística:
- Crônicas de Ficção;
- Letras de música;
- Textos dramáticos.
Científica:
- Relatório;
- Pesquisas;
- Verbetes.
Escolar:
- Texto de opinião.
Imprensa:
- Artigo de opinião;
- Manchete.
Publicitária:
- Outdoor.
Política:
-Carta de Emprego.
Jurídica:
- Contrato;
- Leis.
Produção e Consumo:
- Regras do jogo.
Midiáticas:
- Reality show
LEITURA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do Gênero;
Léxico
Marcas linguística: coesão,coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação,
recursos gráficos (como aspas,
travessão, negrito), figuras de
linguagem.
ESCRITA
Tema do texto ;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Argumentatividade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Divisão do texto em parágrafos;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes, gramaticais no texto,
pontuação,
recursos gráficos (como aspas,
travessão negrito), figuras de
linguagem;
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
Tema do texto;
Finalidade;
Argumentatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos:entonação, pausas, gestos...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão,coerência, gírias ,repetição, recursos semânticos.
2ª SÉRIE
Discurso como Prática Social
*GÊNEROS DISCURSIVOS
Cotidiano:
- Carta pessoal;
- Comunicado;
- Exposição oral.
Literária/Artística:
- Análise de escultura;
- Haicai;
- Narrativas míticas;
- Textos dramáticos.
Cientifica:
- Palestra;
- Relatório.
Escolar:
- Diálogo/Discussão argumentativa;
- Texto Argumentativo.
Imprensa:
- Cartum;
- Crônica jornalística;
- Entrevista.
Publicitária:
- Publicidade Institucional.
Política:
- Fórum de debates.
Jurídica:
- Declaração de direitos.
Produção e consumo:
- Manual técnico.
Midiática:
- Vídeo Conferência.
LEITURA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Aceitabilidade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Informações explícitas e
implícitas;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Repetição proposital de palavras;
Léxico;
Ambiguidade;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes, gramaticais no texto,
pontuação,
recursos gráficos aspas,
travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas: coesão,coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
Tema do texto;
Finalidade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos:
entonação, pausas, gestos, etc;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão,
coerência, gírias, repetição
3ª SÉRIE
Discurso como prática social
*GÊNEROS DISCURSIVOS
Cotidiano:
- Curriculum Vitae;
- Comunicado;
- Fotos;
- Músicas.
Literária/Artística:
- Tankas;
- Memória.
Científica:
- Pesquisa;
- Relatório;
- Artigo.
Escolar:
- Ata;
- Debate regrado.
Imprensa:
- Artigo de Opinião;
- Reportagens;
- Sinopses de filmes.
Publicitária:
- Publicidade Oficial.
Política:
- Carta de emprego.
Jurídica:
- Estatutos.
Produção e Consumo:
- Manual técnico.
Midiáticos:
- Reality show.
LEITURA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Marcas linguísticas: coesão,coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como: (aspas,
travessão, negrito).
Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- sentido conotativo e denotativo
das palavras no texto;
-expressões que denotam ironiae humor no texto.
ESCRITA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do
gênero;
Relação de causa e
consequência entre as partes e
elementos do texto;
Marcas linguísticas: coesão,
coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos (como aspas,
travesso, negrito);
Concordância verbal e nominal;
Papel sintático e estilístico dos
pronomes na organização,
retomadas e sequenciação do
texto;
Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- significado das palavras;
- sentido conotativo e denotativo;
- expressões que denotam ironia
e humor no texto.
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos:
entonação, expressões: facial,corporal e gestual, pausas ;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala; Variações linguísticas (lexicais,
semânticas, prosódicas, entre outras);
Marcas linguísticas: coesão,
coerência, gírias, repetição;
Elementos semânticos;
Adequação da fala ao contexto
(uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
3. METODOLOGIA
A metodologia da
presente proposta de Língua Portuguesa orienta o
trabalho pedagógico expondo em linhas gerais os conteúdos e indicando métodos
de aprendizagem que favoreçam o tratamento desses conteúdos. Assim, o
trabalho em sala de aula será organizado em torno do uso da língua, envolvendo
a leitura, produção oral e escrita, gramática e análise linguística, tendo como
conteúdo estruturante da prática o discurso como prática social.
No processo de ensino-aprendizagem na disciplina de Língua Portuguesa,
buscar-se-á:
• empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada
contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do
cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;
• desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de
práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto
tratado, além do contexto de produção; • analisar os textos produzidos, lidos e/ou
ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus conhecimentos lingüísticodiscursivos;
• aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da
leitura e da escrita;
• aprimorar os conhecimentos lingüísticos, de maneira a propiciar acesso às
ferramentas
de
expressão
e
compreensão
de
processos
discursivos,
proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes
contextos sociais.
3.1 PRÁTICA DA ORALIDADE
Sabendo-se que a prática oral realiza-se por meio de operações
lingüísticas complexas, no trabalho com a oralidade será realizado um trabalho
que ofereça condições ao aluno de falar com fluência em situações formais,
adequando a linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto,
intenções), aproveitando os imensos recursos expressivos da língua e,
principalmente, praticando e aprendendo a convivência democrática que supõe o
falar e o ouvir. .
Na prática da oralidade, esta proposta, seguindo as Diretrizes, considera as
variantes lingüísticas como legítimas, uma vez que são expressão de grupos
sociais historicamente marginalizados em relação a centralidade ocupada pela
norma padrão, pelo poder da fala culta. Isso contraria o mito de que a língua é
uniforme e não deve variar conforme o contexto de interação. As possibilidades
de trabalho com os gêneros orais são diversas:
- apresentação de temas variados (histórias de família, da comunidade, um
filme, um livro); depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno
ou pessoas do seu convívio; dramatização; debates, seminários, júris-simulados e
outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da argumentação; troca de
opiniões; recado; elogio; explicação; contação de histórias; declamação de
poemas; etc.
No que concerne a literatura oral, valoriza-se a potência dos textos
literários como Arte, os quais produzem oportunidade de considerar seus
estatutos,
sua
dimensão
estética
e
suas
forças
políticas
particulares.
Primeiramente se fará a seleção dos objetivos que se pretende com o gênero
oral escolhido, por exemplo:
5. na proposição de um seminário, além de explorar o tema a ser apresentado,
os alunos serão orientados sobre o contexto social de uso desse gênero, a
postura diante dos colegas, refletindo a respeito das características textuais
(composição do gênero, as marcas linguístico-enunciativas), organizando a
seqüência da apresentação, observando a relevância dos conectivos como
mecanismos que colaboram com a coesão e coerência do texto, etc;
• na participação em um debate, pode-se observar a argumentação do aluno,
como ele defende seu ponto de vista, orientar sobre a adequação da linguagem
ao contexto, trabalhar com os turnos de fala, com a interação entre os
participantes, etc;
• na dramatização de um texto, é possível explorar elementos da representação
cênica (como entonação, expressão facial e corporal, pausas), bem como a
estrutura do texto dramatizado, as trocas de turnos de falas, etc;
•
ao narrar um fato (real ou fictício), será abordada a estrutura da narrativa,
exploração dos conectivos usados na narração, refletindo-se sobre o uso de
gírias e repetições, entre outros pontos.
Além disso, a linguagem será analisada em uso em outras esferas sociais,
como: em programas televisivos (jornais, novelas, propagandas); em programas
radiofônicos; no discurso do poder em suas diferentes instâncias: público, privado,
enfim, nas mais diversas realizações do discurso oral.
Ao analisar os discursos de outros, também será preciso selecionar os
conteúdos que se pretende abordar. Seguem algumas
atividades que serão
aplicadas, tendo como referência Cavalcante & Melo (2006):
10. se a intenção for trabalhar com o gênero entrevista televisiva, poderá se
refletir como o apresentador se dirige ao entrevistado; quem é o entrevistado,
idade, sexo; qual papel ele representa na sociedade; o desenvolvimento do tema
da entrevista; o contexto; se a fala do apresentador e do entrevistado é formal ou
informal; se há clareza nas respostas; os recursos expressivos, etc;
• o gênero mesa-redonda possibilita verificar como os participantes interagem
entre si. Para isso,é importante considerar algumas características dos
participantes, como: idade, sexo, profissão, posição social. Pode-se analisar os
argumentos dos participantes, a ideologia presente nos discursos, as formas de
seqüencialização dos tópicos do diálogo, a linguagem utilizada (formal, informal),
os recursos lingüístico-discursivos usados para defender o ponto de vista, etc.
• em cenas de novelas, filmes, programas humorísticos e outros, tem-se como
explorar a sociolingüística, o professor pode estimular o aluno a perceber se há
termos, expressões, sotaques característicos de alguma região, classe social,
idade e como estes sotaques ou marcas dialetais são tratadas. Além disso, pode
solicitar que os alunos transcrevam um trecho de uma cena de novela e analisem,
por exemplo, as falas das personagens em momentos de conflito, verificando se
apresentam truncamento, hesitações, o que é comum em situações de conflito
real.
A comparação entre as estratégias específicas da oralidade e aquelas da
escrita fará parte da tarefa de ensinar os alunos a expressarem suas idéias com
segurança e fluência. O trabalho com os gêneros orais visa o aprimoramento
lingüístico, bem como a argumentação. Nas propostas de atividades orais, o
aluno refletirá tanto a partir da sua fala quanto da fala do outro, sobre:
•elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros usados
em diferentes esferas sociais;
· a unidade de sentido do texto oral;
· os argumentos utilizados;
• as diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal e a
informal;
· o papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade;
• observância da relação entre os participantes (conhecidos, desconhecidos, nível
social, formação, etc.) para adequar o discurso ao interlocutor;
• as variedades lingüísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso:
diferentes registros, grau de formalidade em relação ao gênero discursivo;
• os procedimentos e as marcas lingüísticas típicas da conversação (como a
repetição, o uso das gírias, a entonação), entre outros.
3.2 PRÁTICA DA ESCRITA
O exercício da escrita, nesta proposta, leva em conta a relação entre o uso
e o aprendizado da língua, sob a premissa de que o texto é um elo de interação
social e os gêneros discursivos são construções coletivas. Assim, entende-se o
texto como uma forma de atuar, de agir no mundo. Escreve-se e fala-se para
convencer, vender, negar, instruir, etc.
As propostas de produção textual precisam “corresponder àquilo que, na
verdade, se escreve fora da escola – e, assim, sejam textos de gêneros que têm
uma função social determinada, conforme as práticas vigentes na sociedade”
(ANTUNES, 2003, pp.62-63). Há diversos gêneros que podem ser trabalhados em
sala de aula para aprimorar a prática de escrita. Abaixo, citam-se alguns, contudo,
ressalta-se que os gêneros escritos não se reduzem a esses exemplos: convite,
bilhete, carta, cartaz, aviso, notícia, editorial, artigo de opinião, carta do leitor,
relatórios, resultado de consultas bibliográficas, resultados de pesquisas,
resumos, resenhas, solicitações, requerimento, crônica, conto, poema, relatos de
experiência, receitas, e-mail, blog, orkut, etc.
Na
prática
da
escrita,
há
três
etapas
interdependentes
e
intercomplementares:
• primeiramente,
tanto o professor quanto o aluno planejarão o que será
produzido;
• em seguida, escrevem a primeira versão sobre a proposta apresentada;
• depois, revisam, reestruturam e reescrevam esse texto, tendo em vista a
intenção que se teve ao produzi-lo.
Se for preciso, tais atividades serão retomadas, analisadas e avaliadas
durante esse trabalho. Por meio desse processo, em que vivencia a prática de
planejar, escrever, revisar e reescrever seus textos, o aluno perceberá que a
reformulação da escrita não é motivo para constrangimento. Não caracteriza uma
produção que esteja “errada” e, sim, que é possível escrever textos que reflitam
melhor seus pontos de vista, sua criatividade, seu imaginário, pela troca de uma
palavra por outra, de um sinal de pontuação por outro, do acréscimo ou da
exclusão de uma idéia, pela adequação do discurso ao contexto, ao interlocutor.
O refazer textual poderá ocorrer de forma individual ou em grupo,
considerando a intenção e as circunstâncias da produção e não a mera
“higienização” do texto do aluno, para atender apenas aos recursos exigidos pela
gramática. O refazer textual deve ser, portanto, atividade fundamentada na
adequação do texto às exigências circunstanciais de sua produção.
Para dar oportunidade de socializar a experiência da produção textual e o
ato de compartilhá-la, o professor se utilizará de diversas estratégias como, por
exemplo, afixar os textos dos alunos no mural da escola, por meio de rodízio,
reunir os diversos textos em uma coletânea ou publicá-los no jornal da escola.
Dessa forma, além de enfatizar o caráter interlocutivo da linguagem,
possibilitando aos estudantes constituírem-se sujeitos do fazer lingüístico, essa
prática orientará não apenas a produção de textos significativos, como incentivará
a prática da leitura.
Na concepção de linguagem desta proposta, a prática da escrita constitui
uma ação com a linguagem que inclui, também, a avaliação:
[...] ao produzir um texto, o aluno procura no seu
universo referencial os recursos lingüísticos e os
demais recursos necessários para atender à
intenção. Avaliando o produto, ele sabe se pode
manter o universo referencial como até então
constituído (atualizando-o), ou se deve modificálo, ou ainda ampliá-lo. (PIVOVAR, 1999, p. 54)
Durante a produção de texto, o estudante aumenta seu universo referencial
e aprimora sua competência de escrita, apreende as exigências dessa
manifestação lingüística e o seu sistema de organização próprio. Ao analisar seu
texto conforme as intenções e as condições de sua produção, o aluno adquire a
necessária autonomia para avaliá-lo.
Para o trabalho com a prática de escrita, além das considerações acima,
serão realizadas atividades que contemplem:
· orientação sobre o contexto social de uso do gênero a ser produzido,
observando:
-elementos composicionais
-elementos formais
-marcas lingüísticas típicas do gênero;
• discussão sobre o tema;
• leitura de textos sobre o mesmo assunto (de gêneros diferentes);
· leitura de textos do mesmo gênero;
· organização dos parágrafos;
· adequação da linguagem ao gênero;
· o papel do interlocutor;
• coerência e coesão textual;
· processo de referenciação;
· operadores argumentativos e os efeitos de sentido;
• função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto;
• discurso direto, indireto e indireto livre;
• argumentatividade ;
• intertextualidade;
• vícios de linguagem, e outros.
3.3 PRÁTICA DA LEITURA
Nesta proposta, entende-se a prática de leitura como um ato dialógico,
interlocutivo. O aluno/leitor, nesse contexto, passa a ter um papel ativo no
processo de leitura, é o responsável por “reconstruir o sentido do texto”. Tal ótica
concebe a leitura como instauradora de diálogos, propiciando diferentes formas
de ver, de avaliar o mundo e de reconhecer o outro. Considera, também, o ato de
ler uma transação entre a competência do leitor e a competência que o texto
postula.
Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diferentes esferas
sociais, jornalística, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana,
midiática, literária, publicitária, etc. Trata-se de propiciar o desenvolvimento de
uma atitude crítica que leva o aluno a perceber o sujeito presente nos textos e,
ainda, tomar uma atitude responsiva diante deles.
Para o encaminhamento da prática de leitura em sala de aula, o professor
realizará atividades que propiciem a reflexão e discussão:
• do tema;
• do conteúdo veiculado;
• da finalidade;
• dos possíveis interlocutores;
• das vozes presentes no discurso e o papel social que elas representam;
• das ideologias apresentadas no texto;
• da fonte;
• dos argumentos elaborados;
• da intertextualidade.
Além dessas serão analisadas também os recursos lingüísticos e
estilísticos apresentados na construção do texto, como:
• as particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em
registro formal e do texto em registro informal;
• a repetição de palavras e o efeito produzido;
• o efeito de uso das figuras de linguagem e de pensamento;
• léxico
• progressão referencial no texto
• os elementos lingüísticos que colaboram para a coerência e coesão do texto: os
conectivos, os operadores argumentativos, os modalizadores (uso de certas
expressões que revelam o ponto de vista do locutor em relação ao que diz); entre
outros.
3.4 ANÁLISE LINGÜÍSTICA
A análise lingüística é uma prática didática complementar as práticas de
leitura, oralidade e escrita, visto que possibilita “a reflexão consciente sobre
fenômenos gramaticais e textual-discursivos que perpassam os usos lingüísticos,
seja no momento de ler/escutar, de produzir textos ou de refletir sobre esses
mesmos usos da língua.” (MENDONÇA, 2006, p. 204).
Essa prática abre espaço para as atividades de reflexão dos recursos
lingüísticos e seus efeitos de sentido nos textos.
O trabalho didático com a análise lingüística nesta proposta terá como
parâmetro o sugerido por Antunes (2007, p. 134)que elaborou um programa de
gramática. Ressaltam-se, aqui, algumas propostas de análise que focalizam o
texto (como parte da atividade discursiva) e serão inseridas na sala de aula:
· as marcas lingüísticas dos diferentes gêneros (orais e escritos);
· o efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em
relação
ao
que
diz
–
expressões
modalizadoras
(ex:
felizmente,
comovedoramente, etc.);
• os discursos direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam
no texto;
• figuras de linguagem e os efeitos de sentido (efeitos de humor, ironia,
ambigüidade, exagero, expressividade, etc.);
• a associação semântica entre as palavras de um texto e seus efeitos para
coesão e coerência pretendidas;
• recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão, negrito, itálico,
sublinhado, parênteses, etc.;
• a pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de
sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;
• o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização,
retomadas e seqüenciação do texto;
• o valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos
propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo;
• procedimentos de concordância verbal e nominal;
• a função da conjunção, das preposições, dos advérbios na conexão do sentido
entre o que vem antes e o que vem depois em um texto.
. a função do substantivo no processo de referenciação, entre outros.
Serão desenvolvidas atividades que possibilitem aos alunos a reflexão
sobre seu próprio texto, tais como atividades de revisão, de reestruturação ou
refacção, de análise coletiva de um texto selecionado e sobre outros textos, de
diversos gêneros que circulam no contexto escolar e extra-escolar.
O estudo do texto e da sua organização sintático-semântica permitirá ao
professor explorar as categorias gramaticais, conforme cada texto em análise.
Mas, nesse estudo, o que vale não é a categoria em si: é a função que ela
desempenha para os sentidos do texto.
4. AVALIAÇÃO
A avaliação nesta proposta está em consonância com a concepção de
avaliação presente na na LDB, DCE e PP da escola devendo ser contínua e
cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos
sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais
provas finais. O desempenho do aluno será registrado através de notas de zero a
10,00 sendo a média para aprovação 6,0.
A avaliação em Língua Portuguesa será um processo de aprendizagem
contínuo e dará prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno ao longo do
ano letivo.
Por isso, em lugar de apenas avaliar por meio de provas, o professor usará
a observação diária e instrumentos variados, selecionados de acordo com cada
conteúdo e/ou objetivo.
A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e
processos de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta
dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo.
Informa ao professor e ao aluno acerca do ponto em que se encontram e contribui
com a busca de estratégias para que os alunos aprendam e participem mais das
aulas.
Sob esta perspectiva, assim se dará a avaliação conforme as orientações
das Diretrizes Curriculares:
• Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos
diferentes interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca
informal de idéias, numa entrevista, num relato de história, as exigências de
adequação da fala são diferentes e isso deve ser considerado numa análise da
produção oral. Assim, o professor verificará a participação do aluno nos diálogos,
relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas idéias, a fluência da
sua fala, a argumentação que apresenta ao defender seus pontos de vista. O
aluno também deve se posicionar como avaliador de textos orais com os quais
convive, como: noticiários, discursos políticos, programas televisivos, e de suas
próprias falas, formais ou informais, tendo em vista o resultado esperado.
• Leitura: será avaliada as estratégias que os estudantes empregam para a
compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre
textos, relações de causa e conseqüência entre as partes do texto, o
reconhecimento de posicionamentos ideológicos no texto, a identificação dos
efeitos de ironia e humor em textos variados, a localização das informações tanto
explícitas quanto implícitas, o argumento principal, entre outros. Tendo em vista o
multiletramento, também é preciso avaliar a capacidade de se colocar diante do
texto, seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos, imagens, etc. Não é demais
lembrar que é importante considerar as diferenças de leituras de mundo e o
repertório de experiências dos alunos, avaliando assim a ampliação do horizonte
de expectativas. O professor pode propor questões abertas, discussões, debates
e outras atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do
texto.
• Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção,
nunca como produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as
circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o
texto escrito será avaliado nos seus aspectos discursivo-textuais, verificando: a
coesão e coerência textual, a adequação à proposta e ao gênero solicitado, se a
linguagem está de acordo com o contexto exigido, a elaboração de argumentos
consistentes, a organização dos parágrafos. Tal como na oralidade, o aluno deve
se posicionar como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu
próprio. No momento da refacção textual, é pertinente observar, por exemplo: se
a intenção do texto foi alcançada, se há relação entre partes do texto, se há
necessidade de cortes, devido às repetições, se é necessário substituir
parágrafos, ideias ou conectivos.
• Análise Linguística: como é no texto – oral e escrito – que a língua se manifesta
em todos os seus aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Nessa prática
pedagógica, os elementos linguísticos usados nos diferentes gêneros precisam
ser avaliados sob uma prática reflexiva e contextualizada que lhes possibilitem
compreender esses elementos no interior do texto. Dessa forma, o professor
poderá avaliar, por exemplo, o uso da linguagem formal e informal, a ampliação
lexical, a percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso de recursos
linguísticos e estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de operadores
argumentativos e modalizadores, bem como as relações semânticas entre as
partes do texto (causa, tempo, comparação, etc). Uma vez entendidos estes
mecanismos, os alunos podem incluí-los em outras operações linguísticas, de
reestruturação do texto, inclusive.
Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são
avaliados continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a
linguagem e refletem sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que
lhes permite o aperfeiçoamento linguístico constante, o letramento.
5. REFERÊNCIAS
ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo:
Parábola, 2003.
BRAIT, B. Bakhtin, dialogismo e construção do sentido. Campinas: Editora da
Unicamp, 1997.
GHIRALDELLI Jr., Paulo. História da Educação. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1994.
MENDONÇA, Márcia. Análise lingüística no ensino médio: um novo olhar, um
outro objeto. IN: BUNZEN, Clécio; MENDONÇA, Márcia [orgs.]. Português no
ensino médio e formação do professor. 2 ed. São Paulo: Parábola, 2006.
MOLL, Jaqueline. Alfabetização Possível: reinventando o Ensinar e o
Aprender. 7 ed. Porto Alegre: Mediação, 2006.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Reestruturação do Ensino de 2o
Grau. Curitiba, 1988.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para Escola
Pública do Paraná. Curitiba: SEED, 1990, p. 50 – 62. PARANÁ. Secretaria de
Estado
da
Educação.
__________Diretrizes
Curriculares
de
Língua
Portuguesa para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Curitiba: SEED, 2008.
PIVOVAR, Altair. Leitura e escrita: a captura de um objeto de ensino. Curitiba,
1999. Dissertação de mestrado – UFPR.
REFERÊNCIAS ON LINE
LUZ-FREITAS, Márcia de Souza. E a Língua Portuguesa tornou-se disciplina
curricular.
(PUC-SP
e
FEFI-MG).
Disponível
<http://www.filologia.org.br/revista/33/04> 2004. Acesso em: 05.11.2010
em:
COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA – EFMN
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
MATEMÁTICA
FÊNIX/2010
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A história da Matemática nos revela que os povos das Antigas
Civilizações
conseguiram
desenvolver
os
rudimentos
de
conhecimentos
matemáticos que vieram a compor a matemática que se conhece hoje. Na
literatura da História da Matemática conta-se que os babilônios, por volta de 2000
a.C., acumulavam registros que hoje podem ser classificados como álgebra
elementar. Essas foram as primeiras considerações feitas pela humanidade a
respeito de ideias que se originaram de simples observações provenientes da
capacidade humana de reconhecer configurações físicas e geométricas,
comparar formas, tamanhos e quantidades.
No Brasil na metade do século XVI a matemática viria a ser introduzida
pelos jesuítas como disciplinas nos currículos das escolas brasileiras. Entretanto,
o ensino dos conteúdos matemáticos como disciplina escolar, nos colégios
jesuítas, não alcançou destaque nas práticas pedagógicas.
O século XIX foi denominado por Ribnikov como o período das
matemáticas contemporâneas. Trata-se uma consideração crítica do sistema de
axiomas, dos métodos lógicos e demonstrações matemáticas.
No final do século XIX e início do século XX, levantaram-se preocupações
relativamente ao ensino de Matemática, resultantes de discussões realizadas em
encontros internacionais de matemáticos, os quais já elaboravam propostas com
uma
preocupação
caracterização da
pedagógica.
Tais
discussões
contribuiram
para
a
Matemática como disciplina escolar e inicia-se a tarefa de
transferir para a prática docente os ideiais e exigências advindos das revoluções
do século anterior. A instalação de indústrias, fábricas nas cidades causado pelo
aumento da população urbana fez surgir uma nova forma de produção de bens
materias. Nesse contexto os matemáticos, passaram de pesquisadores a
professores e passaram a se preocupar mais diretamente com as questões de
ensino.
Para
a
prática
docente,
educadores
matemáticos
buscaram
fundamentação não somente nas teorias matemáticas mas estudos psicológicos,
filosóficos e sociológicos. Esse foi o início de um movimento de renovação de
ensino de Matemática.
Até o final dos anos 50 a tendência que prevaleceu no Brasil foi a
matemática Formalista Clássica. Nesa tendência, a aprendizagem era centrada
no professor e no seu papel de transmissor e expositor de conteúdo, pelos
desenvolvimentos teóricos em sala de aula. O ensino era livresco e conteudista e
a aprendizagem consistia na memorização e na repetição precisa de raciocícios
e procedimentos.
Após a década de 50 observou a tendência Formalista Moderna, onde o
ensino era centrado no professor que demonstrava os conteúdos em sala de aula.
Enfatizavam-se o uso preciso da linguagem Matemática, o rigor e as justificativas
das transformações algébricas por meio das propriedades estruturais.
Em 1964 o regime militar brasieleiro oficializou a tendência pedagógica
denominada Tecnicista. Nessa concepção a escola tinha a função de manter e
estabilizar o sistema de produção capitalista, cujo objetivo era preparar o
indivíduo para ser útil e servir ao sistema.
Nas décadas 60 e 70 surge no Brasil a tendência Construtivista. Nessa
tendência, o conhecimento matemático resultava de ações interativas e reflexivas
dos estudantes no ambiente ou nas atividades pedagógicas.
Na década de 80 num momento de abertura política no país o auge das
discussões gira em torno da tendência Histórico-Crítica. Nessas tendência, a
aprendizagem da matemática não consistia apenas no desenvolvimento de
habilidades, e sim no desenvolvimento de estratégias que possibilitam ao aluno
atribuir sentido e significado as ideias matemáticas, tornando-o capaz de
estabelecer relações como justificar, analisar, discutir e criar. No início da década
de 1990, cria-se no Paraná o Currículo para Rede Pública do Ensino
Fundamental.
Portanto
é
necessário
que
o
processo
ensino-aprendizagem
em
Matemática contribua para que o aluno tenha condições de constatar
regularidades
matemáticas,
generalizações
e
apropriação
de
linguagem
adequada para descrever e interpretar fenômenos ligados à Matemática e a
outras áreas do conhecimento.
Assim, a partir do conhecimento matemático, seja possível o aluno criticar
questões sociais, políticas, econômicas e históricas. O ensino de Matemática seja
realizado em práticas contextualizadas, ou seja, parta-se de situações do
cotidiano do aluno, onde tais situações, apontem para o conhecimento elaborado
cientificamente. Ela está presente em nossas vidas, desde uma simples
contagem, até na hora de definir se uma compra deve ser paga à vista ou a
prazo, no uso em complexos computadores, no sobe-e-desce da bolsa de
valores, nos índices de pobreza e riqueza de um país...
A Matemática tem grande importância em outras áreas do conhecimento,
como instrumento, e faz parte de nosso cotidiano.
Sendo assim o professor deve considerar as noções que o estudante traz,
decorrentes da sua vivência, de modo a relacioná-las com os novos
conhecimentos abordados nas aulas de matemática.
Deste modo deve-se construir um ensino aprendizagem em Matemática
tendo como objetivos que os alunos ao final do Ensino Fundamental tenham
adquirido conhecimentos básicos sobre a linguagem matemática, suas causas e
como elas influenciam nossas vidas; bem como compreendam que a matéria
prima da matemática são as idéias, e que seu desafio é a construção de sistemas
coerentes de idéias; desenvolvendo assim a capacidade de analisar, comparar,
conceitar, representar, abstrair e generalizar e que os mesmos tenham condições
de associar a matemática a outra área do conhecimento; desenvolvendo desta
forma a partir de suas experiências, um conhecimento organizado que
proporcione a construção de seu aprendizado e que com o conhecimento
matemático adquirido e que os alunos tornem-se possível criticarem questões
sociais, políticas, econômicas e históricas.
B) CONTEÚDOS:
SÉRIE
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS
CRITÉRIOS DE
ESTRUTURANTES
BÁSICOS
AVALIAÇÃO
Sistema
de Conheça
numeração;
os
diferentes
sistemas de numeração;
Números naturais; identifique o conjunto dos
naturais, comparando e
Múltiplos e
5ª
NÚMEROS E
ÁLGEBRA
reconhecendo
divisores;
Potenciação
radiciação;
Números
Fracionários;
Números
decimais.
e
seus
elementos;
Realize
operações
com
números naturais;
expresse matematicamente,
oral
ou
por
escrito,
situações-problema que
envolvam (as) operações
com números naturais
estabeleça
relação
de
igualdade
transformações
e
entre:
fração e número decimal;
fração e número misto;
Reconheça o MMC e MDC
XVIII- Identifique
XI-Medidas
de
GRANDEZAS E
MEDIDAS
medida de comprimento;
de XIX-
XIII- Medidas de
área;
XX-
submúltiplos
do
quilograma;
de XXI-
tempo;
Calcule o perímetro
usando
unidades
de
medida padronizadas;
XVI- Medidas de
•
Reconheça e represente
ponto,
Geometria
reta,
plano,
semirreta e segmento de
Plana;
•
Opere com múltiplos
e
volume;
•
e
sistemas de medidas;
XIV- Medidas de
GEOMETRIAS
Reconheça
compreenda os diversos
massa;
XV-Medidas
metro
como unidade-padrão de
comprimento;
XII- Medidas
o
reta;
Geometria
Espacial.
•
determine perímetros de
figuras planas;
•
calcule a área de uma
figura plana;
TRATAMENTO DA
•
INFORMAÇÃO
•
diferencie um circulo e
•
circunferência,
Interprete e identifique os
diferentes
Dados, tabelas
de
gráficos e compilação de
e gráficos;
•
tipos
dados, sendo capaz de
Porcentagem.
fazer a leitura desses
recursos
formas
nas
em
diversas
que
se
apresentam;
•
Resolva
situações
problema que envolvam
porcentagem
relacione-as
números
e
com
na
os
forma
decimal e fracionária.
SÉRIE
CONTEÚDO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTE
BÁSICOS
AVALIAÇÃO
XIIVIINÚMEROS E
ÁLGEBRA
Núm
eros Inteiros;
VIII-
números
inteiros
em
diferentes contextos;
Núm XIII-
Realize
eros
operações com números
Racionais;
inteiros;
IX- Equações
6ª
Reconheça
e XIV-
Reconheça
Inequações do
operações com números
1º Grau;
racionais;
X- Razão
e XV-
Proporção;
Compreenda o
princípio de equivalência
XI- Regra de três.
da
igualdade
e
desigualdade;
XVI-
Compreenda o
conceito de incógnita;
XVII-
Utilize
e
interprete a linguagem
algébrica para expressar
11. Medidas
GRANDEZAS E
MEDIDAS
temperatura;
12. Ângulos.
de 13. Compreenda as medidas
de
temperatura
em
diferentes contextos;
14. Compreenda o conceito
de ângulo;
•
GEOMETRIAS
•
•
Geometria
Plana;
partir de figuras planas,
Geometria
sólidas geométricos;
•
Espacial;
Compreenda
noções
•
Geometrias
topológicas através do
•
NâoPesquisa
conceito
Analise
TRATAMENTO DE
INFORMAÇÃO
Classifique e construa, a
•
•
Estatística;
informações
Média
pesquisas estatísticas;
•
Aritmética;
•
Moda
de
Leia, interprete, construa
e analise gráficos;
e
mediana;
•
de
interior,
e
interprete
•
Calcule
a
média
aritmética e a moda de
Juros Simples.
dados estatísticos;
•
Resolva
problemas
envolvendo cálculo de
juros simples;
SÉRIE
CONTEÚDO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTE
BÁSICOS
AVALIAÇÃO
•
•
NÚMEROS E
7ª
ÁLGEBRA
•
Números
exata e aproximada de
Irracionais;
números racionais;
Sistemas
de •
Reconheça
Equações
do
irracionais em diferentes
1º grau;
•
Potências;
•
Monômios
números
contextos;
•
Realize operações com
números irracionais;
e
•
polinômios;
•
Extrair a raiz quadrada
Compreenda, identifique
Produtos
e reconheça o número
Notáveis.
(pi) como um número
irracional especial;
•
Compreenda o objetivo
da notação científica e
sua aplicação;
8. Calcule o comprimento
GRANDEZAS E
MEDIDAS
6. Medida
de
comprimento;
7. Medida
área.
de
da circunferência;
9. Calcule o comprimento e
área
do
polígonos
e
círculo;
10. Identifique
formados
ângulos
entre
retas
Reconheça
Geometria
GEOMETRIAS
triângulos
semelhantes;
Identifique e some os
Plana;
Geometria
ângulos internos de um
Espacial;
triângulo e de polígonos
Geometria
regulares;
Desenvolva a noção de
Analítica;
Geometrias
paralelismo,
trace
não-
reconheça
Euclidiana.
paralelas num plano;
e
retas
Compreenda o Sistema
de
Coordenadas
Cartesianas,
pontos,
identifique
os
Interprete e represente
TRATAMENTO DE
INFORMAÇÃO
marque
Gráfico
e
Informação;
Populaçao
amostra.
e
dados
em
diferente
dados
em
diferentes
gráficos;
Utilize
amostra
o
conceito
de
para
levantamento de dados.
SÉRIE
CONTEÚDO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTE
BÁSICOS
AVALIAÇÃO
Opere
Números
ÁLGEBRA
expoentes
fracionários;
Identifique a potência de
Reais;
NÚMEROS E
com
Propriedades
dos radicais;
Equação do 2º
expoente
fracionário
como
radical
um
e
aplique as propriedades
para a sua simplificação;
Grau;
Teorema
de Extraia uma raiz usando
Pitágoras;
fatoração;
Identifique uma equação
Equações
8ª
do 2º Grau na forma
Irracionais;
completa e incompleta
Equações
reconhecendo
Biquadradas;
seus
elementos;
Regra de três Determine as raízes de
uma equação do 2º grau
Composta.
utilizando
diferentes
processos;
Interprete
Conheça problemas
e aplique em
as
GRANDEZAS E
MEDIDAS
Medidas
de
temperatura;
Relações
Métricas
relações
métricas
trigonométricas
no Utilize o Teorema de
Pitágoras
Retângulo;
determinação
Trigonometria
Triângulo
Retângulo;
no
triângulo retângulo;
Triângulo
no
e
na
das
medidas dos lados de
um triângulo retângulo.
Expresse a dependência
FUNÇÕES
Noção Intuitiva
de
Função
uma
variável
em
relação a outra;
Reconheça uma função
Afim;
Noção Intuitiva
de
de
Função
afim e sua representação
gráfica,
inclusive
sua
declividade em relação
Quadrática.
ao sinal da função;
Relacione gráficos com
tabelas que descrevem
uma função;
Geometria
GEOMETRIAS
Reconheça
a
quadrática
Verifique
e
os
polígonos
sua
dois
são
Plana;
semelhantes,
Geometria
estabelecendo
Espacial;
função
relações
entre eles;
Geometria
Compreenda e utilize o
Analítica;
conceito de semelhança
Geometrias
de
triângulos
não-
resolver
Euclidiana.
problemas;
para
situações-
Conheça e aplique os
critérios de semelhança
dos triângulos;
Desenvolva o raciocínio
TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO
Noções
de
combinatório por meio de
Análise
situações problema que
Combinatória;
envolvam
Noções
de
Probabilidade;
Estatística;
aplicando
contagens,
o
princípio
multiplicativo;
Descreva
o
espaço
Juros
amostral
Composto.
em
um
experimento aleatório;
Calcule as chances de
ocorrência
de
um
determinado evento;
Resolva
situações
problema que envolvam
cálculos
de
juros
compostos.
1ª SÉRIE
CONTEÚDO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTE
BÁSICOS
Números e
Conjunto
Álgebra
AVALIAÇÃO
dos •
Números Reais
atividade de leitura,
•
apresentação oral,
•
trabalho
em
grupo
e
discursivas
e
individual,
•
questões
objetivas.
Funções
•
Função afim
•
atividades experimentais,
•
Função quadrática
projeto
•
•
Função
exponencial
•
Função
de
pesquisa
campo,
•
atividades a partir de recursos
audiovisuais,
logarítmica
•
Função modular
•
trabalho em grupo,
•
Progressão
•
questões discursivas
Aritmética
•
questões objetivas.
•
Progressão
Geométrica
de
2º SÉRIE
CONTEÚDO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTE
BÁSICOS
Números e
-
Matrizes
Álgebra
-
Determinantes
-
Sistemas Lineares
AVALIAÇÃO
-
atividade de leitura,
-
apresentação oral,
-
trabalho
em
grupo
e
discursivas
e
individual,
-
questões
objetivas.
Geometrias
•
Geometria
•
apresentação oral,
espacial
•
atividades experimentais,
•
debate,
•
atividades
com
textos
literários,
•
atividades a partir de recursos
audiovisuais,
Funções
•
•
trabalho em grupo,
•
questões discursivas
•
questões objetivas.
Função
•
apresentação oral,
Trigonométrica
•
atividades experimentais,
•
debate,
•
atividades
com
textos
literários,
•
atividades a partir de recursos
audiovisuais,
•
trabalho em grupo,
•
questões discursivas
•
questões objetivas.
Tratamento de
•
Informação
•
Análise
•
atividade de leitura,
combinatória
•
produção de texto,
Probabilidade
•
apresentação oral,
•
atividades experimentais,
•
projeto
de
pesquisa
de
campo,
•
relatório,
•
debate,
•
atividades
com
textos
literários,
•
trabalho em grupo,
•
questões discursivas
•
questões objetivas.
3° SÉRIE
CONTEÚDO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTE
BÁSICOS
Números e
Álgebra
Polinômios
Noções
AVALIAÇÃO
atividade de leitura,
de apresentação oral,
Números
debate,
complexos
atividades a partir de recursos
audiovisuais,
trabalho em grupo,
Geometrias
Geometria
Analítica
questões discursivas
questões objetivas.
− apresentação oral,
− atividades a partir de recursos
Geometria
Espacial
audiovisuais,
− trabalho em grupo,
− questões discursivas
− questões objetivas
Tratamento da
•
Binômio
de •
apresentação oral,
Informação
Newton
•
atividades experimentais,
•
projeto
de
pesquisa
de
campo,
•
atividades a partir de recursos
audiovisuais,
•
trabalho em grupo,
•
questões discursivas
•
questões objetivas.
C) METODOLOGIA
Uma das grandes dificuldades na transferência do conhecimento é o “como
ensinar” ou seja, qual a adequada metodologia que deve ser utilizada pelo
professor para efetivar o ensino-aprendizagem. Não existe uma única
metodologia, mas um conjunto de procedimentos que podem facilitar a ação do
professor.
Este conjunto de procedimentos deve permear a apropriação de um
conhecimento em Matemática mediante a configuração curricular que promove a
organização de um trabalho escolar, que se expresse em articulações entre os
conteúdos específicos e estruturantes, de forma que as significações sejam
reforçadas, refinadas e intercomunicadas, partindo do enriquecimento e das
construções de novas relações.
A abordagem dos conteúdos específicos, pode transitar por todas as
tendências da Educação Matemática das quais destacamos: Resolução de
problemas, Modelagem Matemática, Mídias tecnológicas, Etnomatemática,
História da Matemática e Investigações Matemáticas.
Os conteúdos matemáticos serão abordados a partir de resolução de
problemas, dando oportunidade ao aluno de aplicar conhecimentos previamente
adquiridos em novas situações, considerando que o mesmo possa reconhecer e
registrar questões de relevância social que produzem conhecimento matemático
propondo a valorização do aluno no contexto social.
O objetivo é construir o conhecimento como solução de problemas
significativos, respondendo as exigências do conhecimento em que está inserido
e não apenas para atender as expectativas de poucos mas sim, respeitando o
ritmo, interesse, característica, estimulando áreas cognitivas personalizadas mais
ou menos desenvolvidas a fim de preparar o aluno para a inclusão e igualdade de
condições.
Através da Etnomatemática é possível relacionar o conteúdo matemático
com o ambiente do indivíduo e suas manifestações culturais e relações de
produção de trabalho.
Por meio da Modelagem Matemática, fenômenos diários sejam eles
físicos, biológicos e sociais, constituem elementos para analises críticas e
compreensões diversas do mundo.
O trabalho com as Mídias Tecnológicas insere diversas formas de ensinar
e aprender, valoriza o processo de produção de conhecimentos.
A fim de aliar a teoria à pratica educacional de forma a contribuir com o
processo de aquisição do conhecimento, faz-se necessário utilizar os multimeios
disponíveis na escola, tais como: TV multimíde/Pendrive, projetor (data show),
computadores, microssistem, aparelho de DVD e câmera digital. Através desses
recursos, os alunos tem acesso a textos informativos, jogos matemáticos,
brincadeiras e ao fazer uso desses recursos, os mesmos podem se apropriar de
novos saberes e reconstruir seus conhecimentos.
Pois acredite-se que desta forma os recursos utilizados possam contribuir
de forma significativa com trabalho pedagógico do professor.
A História da Matemática deve ser o fio condutor que direciona as
explicações dadas aos porquês da Matemática.
As Investigações Matemáticas significam procurar conhecer o que não se
sabe, que é o objetivo maior de toda ação pedagógica.
Trabalha-se a Educação do Campo reconhecendo e registrando questões
que emergem do ambiente cultural do nosso aluno, que são a maioria da zona
rural.
Para desenvolver um ensino a partir dos saberes que o aluno constrói em
sua realidade vivenciada, temos que investigar os conhecimentos matemáticos
mais utilizados no cotidiano dos alunos. Observa-se que as atividades ligadas ao
cálculo de medidas e áreas são significativas para eles.
A Educação Fiscal visa a construção de uma consciência voltada ao
exercício da cidadania. O objetivo é propiciar a participação do cidadão no
funcionamento e aperfeiçoamento dos instrumentos de controles social e fiscal do
Estado.
Abordar conteúdos mediante a ideia de inseri-los numa perspectiva que
contemple a História e Cultura Africana, Afro-Brasileira e Indígena, encontra
certas dificuldades devido o pouco material que fundamenta essas abordagens e
dada a especificidade de cada conteúdo. No entanto, as tendências em Educação
Matemática presentes nas Diretrizes Curriculares do Estado possibilitam várias
abordagens da História e Cultura Africana, Afro-brasileira e Indígena no
encaminhamento de conteúdos matemáticos, e também por meio de brincadeiras
e jogos ensinados e praticados entre comunidades ou descendentes de africanos
ou indígenas ,pelo que prevê a Lei nº11.645, a qual altera a Lei no 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo
oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura AfroBrasileira e Indígena”..
D) AVALIAÇÃO
A avaliação deve ter um papel de mediação
no processo ensino e
aprendizagem, ou seja, o ensino, a aprendizagem e a avaliação devem ser vistos
como integrantes de um mesmo sistema. Para isso cabe ao professor considerar
nas práticas de avaliação, encaminhamentos diversos utilizando critérios tais
como a observação, a intervenção, a revisão de noções e subjetividades, isto é,
buscar diversos métodos tais como: atividade de leitura, produção de texto,
apresentação oral, atividades experimentais, projeto de pesquisa de campo,
relatório, debate, atividades com textos literários, atividades a partir de
recursos audivisuais, trabalho em grupo, questões discursivas e questões
objetivas. Cabe destacar que tais instrumentos de avaliação devem ser
pensados e definidos de acordo com as possibilidades teóricos metodológicos
que oferecem para avaliar os critérios estabelecidos, pois considera-se importante
que para avaliar a capacidade e a qualidade argumentativa, torna-se necessário a
realização de um debate ou produção de um texto, os quais pode-se considerar
mais adequados que uma prova objetiva, pois uma atividade avaliativa
representa, tão somente, um determinado momento e não todo o processo de
ensino-aprendizagem.
Através desses recursos pode-se contemplar os registros escritos e
manifestações orais dos alunos, além dos erros de raciocínio e de cálculo, do
ponto de vista do processo de aprendizagem. A avaliação é um componente
desse processo e está, portanto, a serviço do desenvolvimento do aluno, levandoo a assumir um compromisso com a aprendizagem, numa relação circular e não
linear, na qual o sujeito ora aprendente e ora é o chamado ensinante pautando-se
num processo em que as diferentes necessidades sejam priorizadas , a fim de
garantir a inclusão.
Para uma boa prática avaliativa, em Educação Matemática, são
necessários encaminhamentos metodológicos que abram espaço à interpretação
e à discussão, dando significado ao conteúdo trabalhado e compreensão por
parte do aluno. Para que isso aconteça é preciso considerar o diálogo entre
professor e alunos na tomada de decisões, nos critérios avaliativos, na função da
avaliação e nas intervenções caso sejam necessárias.
Portanto devemos considerar que a avaliação é um meio, e não um fim
em si mesma. É um processo contínuo, diagnóstico, dialético, e deve ser tratada
como parte integrante das relações de ensino aprendizagem.
E) REFERÊNCIAS
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da
Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da
educação básica. Matemática. Curitiba, 2008
BASSANEZI,
R.
C.
Ensino-aprendizagem
com
modelagem
matemática: uma nova estratégia. São Paulo: Contexto, 2002.
D'AMBRÓSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a
modernidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
D'AMBRÓSIO, V. Um enfoque transdisciplinar à educação e a
história da matemática. In: BICUDO, M.V.; BORBA, M. Educação Matemática:
Pesquisa em movimento. São Paulo: Cortez, 2004. P. 13-29.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da
Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da
Educação básica. Matemática. Curitiba, 2008.
VIGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. 3. Ed. São Paulo:
Martins Pontes, 2002.
RUIZ, Adriano Rodrigues. Matemática, matemática escolar e o
nosso cotidiano. www.pedagogia. pro. br/ matemática. Htm;
D'AMBRÓSIO, U., BARROS, J.P.D. Computadores, escola e
sociedade. São Paulo:Scipione, 1988.
DANTE, L.R. Didática de resolução de problemas. São Paulo:Ática,
1989.
COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA – EFMN
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
LEM – LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA
FÊNIX/2010
1- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Proposta Pedagógica de Língua Estrangeira do Colégio Estadual Santo
Inácio de Loyola – EFMN, visa contribuir para uma reflexão e ação mais
aprimoradas sobre a necessidade de se trabalhar com o aluno nas diversas
situações e uso da língua, além de propor alternativas metodológicas que
auxiliam no trabalho do professor, bem como lhe permite avaliar sua prática.
Pode-se considerar como marco inicial do ensino de Língua Estrangeira no
Brasil a chegada dos jesuítas, que ensinavam a língua portuguesa, com caráter
de segunda língua, aos nativos como forma de propagação e expansão da
religião católica.
Somente com a vinda da Família Real e a criação do Colégio D. Pedro II no
Rio de Janeiro é que se deu a devida importância às línguas estrangeiras,
chegando a períodos onde se ensinavam três ou quatro idiomas diferentes. No
entanto essa prática foi restrita a oferta de apenas uma língua a partir de 1996.
Na escolha da segunda língua ofertada há que se considerar as
necessidades dos educandos a que se destina esse ensino.
No entanto, é
inegável que a língua inglesa (LEM) é indispensável e insubstituível em razão da
própria situação social, econômica e política da sociedade contemporânea, o que
tem contribuído para que a opção pelo seu ensino seja mantida.
Em tempos de globalização e capitalismo crescente, a língua inglesa é
instrumento primordial nesse processo de adequação dos indivíduos à condição
de cidadãos do mundo e para que como tais possam compreender e ser
compreendidos na expressão de questões que afetam pessoas de diferentes
lugares e que partilham interesses comuns.
Nesse sentido, a língua estrangeira possibilita experiências de identificação
social e cultural, uma vez que é na língua que percebemos e entendemos a
realidade, bem como ampliamos a percepção do mundo que está vinculada às
línguas que se conhece. Assim a comparação entre os modos de construção de
significados na língua materna e na LEM alarga e expande os horizontes e as
capacidades interpretativas e cognitivas dos alunos.
Diante disso, cabe, portanto, ao professor expor os alunos a valores e
significados de diferentes culturas, questionando concepções e práticas de
linguagem e levando-os, com isso, a desenvolverem atitudes transformadoras e
críticas.
É válido ressaltar a importância do ensino de língua inglesa como suporte
para estudos futuros, crescimento profissional, conhecimento de outras culturas e
valorização da própria cultura, objetivando-se a formação de um sujeito crítico que
possa interagir criticamente com o mundo à sua volta.
Conceber a língua estrangeira como discurso e não somente como código
torna os educandos ativos e
participantes na sociedade à medida que ao
construir sentidos trazem suas experiências de vida e percebem que a língua
estrangeira tem outros usos, sons e ideias e não só o uso linguístico.
Sendo assim, a responsabilidade do professor é maior, pois há de ser o
guia que não vai somente ensinar o código, mas também incutir maneiras de
construir significados e ensinar a conviver com a instabilidade.
Nesse sentido o aluno irá ultrapassar os limites do ponto em que se
encontra, pois apropriar-se da língua inglesa é de fundamental importância no
mundo globalizado, e deve ser encarado como um conhecimento em constante
transformação. Esse processo é dinâmico devendo desenvolver-se e incorporarse ao dia-a-dia, visto ser básico para o convívio social, desenvolvendo assim
múltiplas funções como: interpretação de textos próximos à realidade do aluno,
com temas de interesse de sua faixa etária, levando-o a examinar o próprio
universo e conscientizando-o dos conhecimentos de língua estrangeira que já
possui como participante de um mundo globalizado, pois dessa forma, o aluno
adquire condições de reconhecer a influência e a importância da LEM em todos
os aspectos do cotidiano.
Ao priorizar a formação da cidadania como forma de intensificar a
participação na sociedade, o educando entenderá que a comunicação é
necessária, porém é preciso o domínio da língua materna, para que a segunda
língua possa se concretizar com mais eficácia.
Em consonância com as Diretrizes Curriculares pode-se afirmar que toda
Língua é uma construção histórica e cultural em constante transformação, e como
princípio social é dinâmica e não se limita a uma visão sistêmica e estrutural.
Seguindo a teoria Bakhtiniana toda enunciação envolve a presença de pelo
menos duas vozes, a voz do eu e a voz do outro, portanto não há um discurso
individual, visto que todo discurso se constrói no processo de interação e em
função do outro.
Nesse sentido prioriza-se a formação do sujeito como forma de acesso a
outras possibilidades culturais, ampliando e alargando sua visão de mundo, em
um processo de afirmação de sua própria identidade.
2- CONTEÚDOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL.
CONTEÚDOS BÁSICOS: 5ª SÉRIE
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise
linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos
conforme suas esferas sociais de circulação e sua seleção de gêneros deve
acontecer de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta
Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade
com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada
uma das séries.
LEITURA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto
Informatividade;
Elementos composicionais do gênero;
Léxico;
Repetição proposital de palavras;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais do
texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito)
figuras de linguagem.
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),
figuras de linguagem;
Ortografia;
Concordância verbal/ nominal.
ORALIDADE
•
Tema do texto;
•
Finalidade;
•
Papel do locutor e interlocutor ;
•
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
•
Adequação do discurso ao gênero;
•
Turnos da fala;
•
Variações linguísticas;
•
Marcas
linguísticas:
coesão,
semânticos.
CONTEÚDOS BÁSICOS: 6ª SÉRIE
LEITURA
•
Tema do texto;
coerência,
gírias,
repetição,
recursos
•
Interlocutor;
•
Finalidade
•
Informatividade;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Léxico;
•
Repetição proposital de palavras;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais do
texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito)
figuras de linguagem.
ESCRITA
•
Tema do texto;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Discurso direto e indireto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),
figuras de linguagem;
•
Ortografia;
•
Concordância verbal/ nominal.
ORALIDADE
•
Tema do texto;
•
Finalidade;
•
Papel do locutor e interlocutor ;
•
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos etc.;
•
Adequação do discurso ao gênero;
•
Turnos da fala;
•
Variações linguísticas;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica.
CONTEÚDOS BÁSICOS: 7ª SÉRIE
LEITURA
12. Conteúdo Temático;
13. Interlocutor;
14. Finalidade do texto;
15. Aceitabilidade do texto;
16. Informatividade;
17. Situacionalidade;
18. Intertextualidade;
19. Vozes sociais presentes no texto;
20. Elementos composicionais do gênero;
21. Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais do
texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito)
figuras de linguagem.
22. Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
- expressões que denotam ironia e humor no texto;
- Léxico.
ESCRITA
•
Conteúdo temático;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Informatividade;
•
Situacionalidade;
•
Intertextualidade;
•
Vozes sociais presentes no texto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),
figuras de linguagem;
•
Ortografia;
•
Concordância verbal/ nominal;
•
Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- significado das palavras;
- figuras de linguagem;
- sentido conotativo e denotativo;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
16. Papel do locutor e interlocutor ;
Elementos
extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e
gestual, pausas;
Adequação do discurso aos gêneros;
Turnos da fala;
Variações linguísticas
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Elementos semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
CONTEÚDOS BÁSICOS: 8ªSÉRIE
LEITURA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
Palavras ou e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
Polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais do
texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito)
figuras de linguagem.
Léxico.
ESCRITA
•
Tema do texto;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Informatividade;
•
Situacionalidade;
•
Intertextualidade;
•
Temporalidade;
•
Discurso direto e indireto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
•
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Palavras ou e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
Polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),
figuras de linguagem.
Processo de formação de palavras;
Ortografia;
Concordância verbal/ nominal;
ORALIDADE
•
Conteúdo temático;
•
Finalidade;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Informatividade;
•
Papel do locutor e interlocutor ;
•
Elementos
extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e
gestual, pausas;
•
Adequação do discurso aos gêneros;
•
Turnos da fala;
•
Variações linguísticas
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
-
Semântica;
-
Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições etc);
-
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDO ESTRTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS
LEITURA
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Marcadores do discurso;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Discurso direto e indireto;
Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas liguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos
( como aspas, travessão, negrito, etc.);
Variedade linguística;
Ortografia.
ESCRITA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
Vozes sociais presentes no texto;
Vozes verbais;
Discurso direto e indireto;
Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos
gráficos ( como aspas, travessão, negrito, etc.);
Variedade linguística;
Ortografia.
ORALIDADE
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc....;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Vozes sociais presentes no texto;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;
Adequação da fala ao contexto;
Pronúncia.
* GÊNEROS DISCURSIVOS:
ESFERAS SOCIAIS DE
EXEMPLOS DE GÊNEROS
CIRCULAÇÃO
COTIDIANA
Adivinhas
Diário
Álbum de Família
Exposição Oral
Anedotas
Fotos
Bilhetes
Músicas
Cantigas de Roda
Parlendas
Carta Pessoal
Piadas
Cartão
Provérbios
Cartão Postal
Quadrinhas
Causos
Receitas
Comunicado
Relatos de Experiências
Convites
Vividas
Curriculum Vitae
Trava-Línguas
LITERÁRIA/ARTÍSTICA Autobiografia
Letras de Músicas
Biografias
Narrativas de Aventura
Contos
Narrativas de Enigma
Contos de Fadas
Narrativas de Ficção
Contos de Fadas
Científica
Contemporâneos
Narrativas de Humor
Crônicas de Ficção
Narrativas de Terror
Escultura
Narrativas Fantásticas
Fábulas
Narrativas Míticas
Fábulas
Paródias
Contemporâneas
Pinturas
Haicai
Poemas
Histórias em Quadrinhos
Romances
Lendas
Tankas
Literatura de Cordel
Textos Dramáticos
Memórias
CIENTÍFICA
Artigos
Relato Histórico
Conferência
Relatório
Debate
Resumo
Palestra
Verbetes
Pesquisas
ESCOLAR
Ata
Relato Histórico
Cartazes
Relatório
Debate Regrado
Relatos de Experiências
Diálogo/Discussão
Científicas
Argumentativa
Resenha
Exposição Oral
Resumo
Júri Simulado
Seminário
Mapas
Texto Argumentativo
Palestra
Texto de Opinião
Pesquisas
Verbetes de
Enciclopédias
IMPRENSA
Agenda Cultural
Fotos
Anúncio de Emprego
Horóscopo
Artigo de Opinião
Infográfico
Caricatura
Manchete
Carta ao Leitor
Mapas
Carta do Leitor
Mesa Redonda
Cartum
Notícia
Charge
Reportagens
Classificados
Resenha Crítica
Crônica Jornalística
Sinopses de Filmes
Editorial
Tiras
Entrevista (oral e escrita)
ESFERAS SOCIAIS DE
EXEMPLOS DE GÊNEROS
CIRCULAÇÃO
PUBLICITÁRIA
Anúncio
Músicas
Caricatura
Paródia
Cartazes
Placas
Comercial para TV
Publicidade Comercial
E-mail
Publicidade Institucional
Folder
Publicidade Oficial
Fotos
Texto Político
Slogan
POLÍTICA
Abaixo-Assinado
Debate Regrado
Assembleia
Discurso Político “de
Carta de Emprego
Palanque”
Carta de Reclamação
Fórum
Carta de Solicitação
Manifesto
Debate
Mesa Redonda
Panfleto
JURÍDICA
Boletim de Ocorrência
Estatutos
Constituição Brasileira
Leis
Contrato
Ofício
PRODUÇÃO E
CONSUMO
Declaração de Direitos
Procuração
Depoimentos
Regimentos
Discurso de Acusação
Regulamentos
Discurso de Defesa
Requerimentos
Bulas
Relato Histórico
Manual Técnico
Relatório
Placas
Relatos de Experiências
Científicas
Resenha
Resumo
Seminário
Texto Argumentativo
Texto de Opinião
Verbetes de
Enciclopédias
MIDIÁTICA
Blog
Reality Show
Chat
Talk Show
Desenho Animado
Telejornal
E-mail
Telenovelas
Entrevista
Torpedos
Filmes
Vídeo Clip
Fotoblog
Vídeo Conferência
Home Page
3- METODOLOGIA
A metodologia proposta para o ensino de Língua Estrangeira - Inglês tem
por base o uso da linguagem na comunicação, envolvendo o conhecimento e a
capacidade de usar o mesmo para a construção social dos significados na
compreensão e produção oral e escrita. A organização por eixos evidencia a
importância de cada um deles no processo ensino/aprendizagem de forma que
não poderão ser trabalhados independentemente. O enfoque dos conteúdos será
na aprendizagem de estratégias que ajudarão o aluno a construir significados via
LEM, uma vez que esta enfatiza o engajamento discursivo do aluno ao
proporcionar a aprendizagem por meio de aprender como usá-la.
Os conteúdos deverão estar pautados no pré-conhecimento que o aluno
tem de sua língua materna, sendo gradativo, uma vez que se aproveita a
familiaridade que tem com os conteúdos indicados.
Para tanto, elaborar-se-á atividades que envolvam diferentes gêneros
discursivos que permeiam as práticas sociais; a função social de cada texto, o
conteúdo temático, o estilo, os elementos composicionais, bem como a
problemática dos elementos da situação de comunicação que caracteriza o
funcionamento de todo ato de linguagem (quem fala, sobre o que fala, com quem
fala, com qual finalidade, qual o suporte), perpassando pelas questões
linguísticas, sócio-pragmáticas (análise da língua em seu contexto de uso,
considerando os aspectos sociais), culturais e discursivas.
A Leitura em língua estrangeira consiste em apresentar diferentes gêneros
textuais, provenientes das práticas sociais, em um determinado contexto sóciocultural, considerando os conhecimentos prévios dos alunos; formulando
questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; encaminhando
discussões e reflexões sobre tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade,
informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;
contextualizando a produção através do suporte/fonte, interlocutores, finalidade,
época; utilizando textos verbais que dialoguem com os não verbais; relacionando
o tema com o contexto atual; oportunizando a socialização das idéias dos alunos
sobre o texto instigando a identificação e reflexão do sentido de palavras e/ou
expressões figuradas; promovendo a percepção de recursos como os operadores
discursivos e de progressão textual.
Na escrita serão propostas atividades sociointerativas, significativas, com
delimitação do gênero textual; da finalidade; da temática;
do objetivo da
produção; do suporte; da esfera social de circulação; do locutor e do interlocutor,
para que o aluno perceba o uso real da língua; planejamento, leitura e revisão do
texto produzido pelos alunos.
Nesse sentido, caberá ao professor “oferecer ao aluno elementos
discursivos, linguísticos, sociopragmáticos e culturais para que ele melhore sua
produção” (DCE, 2008, p. 67). Além disso, serão propostas atividades
relacionadas às dificuldades de escrita diagnosticadas durante o processo.
Na oralidade os estudantes terão acesso a textos orais, pertencentes aos
diferentes discursos que possibilitarão a familiaridade com sons específicos da
língua que estão aprendendo. Serão incentivados a expressarem suas idéias na
língua alvo, respeitando seu nível linguístico.
A análise linguística que perpassa todas as práticas discursivas, será
abordada numa visão sociointerativa de língua, incluindo tanto o trabalho sobre as
questões tradicionais da gramática quanto às questões amplas a propósito do
texto: coesão, coerência, análise dos recursos expressivos utilizados, como:
elementos discursivos diretos e indiretos, organização e inclusão de informações.
Trata-se de trabalhar com aluno o seu texto para que ele atinja seus objetivos
junto aos leitores a quem se destina. Portanto, o trabalho em análise linguística
está relacionado ao entendimento de procedimentos para a construção de
significados, os quais são resultados das necessidades específicas dos alunos, a
fim de que se expressem ou construam sentidos aos textos.
Os conteúdos extracurriculares (cultura afro, educação indígena e
educação no campo) serão trabalhados de forma interdisciplinar, inseridos nos
conteúdos com flexibilidade. Eles proporcionam reflexões sobre as questões de
natureza social, com o objetivo de formar a consciência crítica e despertar a
cidadania do aluno, e devem ser apropriados a cada faixa etária. A literatura será
trabalhada através de atividades que colaborem para que o aluno reflita sobre os
textos e os perceba como uma prática social de uma sociedade em um
determinado contexto sócio-cultural particular. Portanto, é importante que o aluno
tenha acesso a textos de várias esferas sociais: publicitária, jornalística, literária,
informativa, etc.e disponha de conhecimentos linguísticos, discursivos, sócio pragmáticos e culturais prévios para que ele possa interagir com esses textos e
aproveite o conhecimento já adquirido de experiências com a língua materna.
Durante as aulas os conteúdos serão trabalhados de forma dinâmica e
contextualizada com o ambiente escolar e o cotidiano do aluno e também de
forma inclusiva buscando um trabalho efetivo, uma vivência para a construção do
conhecimento, respeitando o ritmo da aprendizagem e interesse de cada aluno,
bem como trabalhará a diversidade e respeitar as especificidades de cada cultura,
pelo que prevê a Lei nº11.645, a qual altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de
1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede
de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena”.
4- AVALIAÇÃO
A avaliação será diagnóstica valorizando a leitura, oralidade e escrita;
individual e em grupos interativos para que se desenvolvam aspectos de
responsabilidade nos trabalhos realizados individual e coletivamente e na
participação efetiva nas aulas visando o crescimento pessoal e de sua classe. O
objetivo principal da avaliação é verificar se o aluno foi efetivamente exposto à
interação com os discursos em Língua Estrangeira, uma vez que a avaliação nos
possibilita um diagnóstico para indicar quais os pontos a serem amplamente
aprofundados
com
relação
aos
conhecimentos
linguísticos
discursivos,
sociopragmáticos ou cultural e as práticas de leitura, escrita e oralidade. Desta
forma a aula de língua estrangeira pode ser direcionada às necessidades dos
alunos, pois assim, o professor terá oportunidade de repensar sua metodologia e
estar aberto às mudanças inovando sua maneira de pensar e agir frente a
performance de seu educando.
A auto-avaliação por parte dos educandos e do educador é de fundamental
importância, para que ambos tomem consciência do que pode ser melhorado.
A avaliação deve enfatizar as experiências do aluno dando-lhe condições e
acesso ao crescimento cultural e a socialização, valorizando e dando ênfase ao
desenvolvimento do senso crítico, cognitivo, afetivo e de crescimento como
cidadão.
Deverá
educacionais,
servir também para averiguar
o
rendimento
do
aluno,
a
a
obtenção dos objetivos
comprovação
do
processo
ensino/aprendizagem, garantindo a qualidade de pensamento onde o aluno possa
reconhecer os caminhos por onde passou a fim de corrigi-lo e recriá-lo, com vistas
à inclusão, a significação e a formação.
Desse modo, a avaliação deve oferecer feedback ao professor sobre como
melhorar seu ensino, para que o aluno melhore sua performance.
Para a realização do processo avaliativo serão utilizados os seguintes
instrumentos e critérios :
Atividades de leitura compreensiva de textos: Ao fazer uso deste instrumento, os
professores deverão considerar se o aluno: compreende as idéias presentes no
texto; interage com o texto por meio de questionamentos, concordância ou
discordâncias; fala sobre o texto, expressa suas ideais com clareza e sistematiza o
conhecimento de forma adequada; estabelece relações entre o texto e o conteúdo
abordado em sala.
Projeto de pesquisa Bibliográfica: Ao fazer uso deste instrumento, os professores
deverão considerar se o aluno: apresenta em seu texto os seguintes passos: 1.
Contextualização – introdução ao tema; 2. Problema - questões levantadas sobre
o tema; 3. Justificativa argumentando sobre a importância da pesquisa 4. Consulta
bibliográfica - texto produzido pelo aluno a partir das leituras que fez, através de
paráfrases, citações referenciando adequadamente. 5. Referência – cita as fontes
pesquisadas.
Produção de textos: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão
considerar se o aluno: atende as três etapas articuladas da prática escrita como:
planeja o que será produzido, faz a escrita da primeira versão sobre a proposta
apresentada a partir daí, revisa, reestrutura e reescreve o texto na perspectiva da
intencionalidade definida. A partir disso, o professor observará se o aluno: produz
o texto atendendo as circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidades,
etc.); expressa as idéias com clareza (coerência e coesão); adequa a linguagem
às exigências do contexto de produção, dando diferentes graus de formalidade ou
informalidade, atende os termos de léxico, de estrutura; elabora argumentos
consistentes; respeita o tema; estabelece relações entre as partes do texto e
estabelece relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.
Palestra/apresentação Oral: Ao fazer uso deste instrumento, os professores
deverão considerar se o aluno: demonstra conhecimento do conteúdo; apresenta
argumentos selecionados; adequa a linguagem; apresenta sequência lógica e
clareza na exposição oral e se usa os recursos adequadamente.
Relatório: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o
aluno atende aos seguintes tópicos:
1. Introdução: fornece informações iniciais apresentando o trabalho (atividade)
que deu origem ao relatório, apontando quais são (foram) os objetivos desta
atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado, dos conceitos
construídos.
2. Metodologia e materiais: descreve, objetiva e claramente, como realmente se
deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição suscinta,
não pode omitir informações que sejam relevantes para que o leitor compreenda a
respeito do que se está falando, ou para que o leitor faça uma reflexão que
permita o aprimoramento da atividade.
3. Análise: consta os elementos e situações interessantes que tenham
acontecido. É importante, na análise, que se estabeleçam as relações entre a
atividade, os procedimentos realizados e o objeto de estudo que deram origem à
atividade em questão.
4. Considerações Finais: apresenta os resultados obtidos de forma crítica,
confrontando-os com os objetivos da atividade realizada. Este é um item
importante, pois vai possibilitar que o aluno faça a apreciação sobre o trabalho
(atividade) realizado, seus objetivos, a aprendizagem alcançada.
Seminário: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se
o aluno: apresenta os argumentos com consistência; compreende o conteúdo
abordado, faz adequação da linguagem, faz uso e referencia as fontes de
pesquisa com pertinência, traz relatos para o enriquecimento da apresentação,
adequação e relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste a
apresentação.
Debate: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão considerar se o
aluno: aceita a lógica da confrontação de posições; está disposto e aberto a
ultrapassar os limites das suas posições pessoais; explicita racionalmente os
conceitos e valores que fundamentam a posição e admite o caráter, por vezes
contraditório, da sua argumentação; faz uso adequado da língua portuguesa em
situações formais; apresenta o conhecimento sobre o conteúdo da disciplina
envolvido no debate, demonstra compreensão do assunto específico debatido e
sua relação com o conteúdo da disciplina.
Atividades com textos literários: Ao fazer uso deste instrumento, os professores
deverão considerar se o aluno: compreende e interpreta a linguagem utilizada no
texto; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário
lido; reconhece os recursos expressivos específicos do texto literário.
Atividades a partir de recursos Audiovisuais: Ao fazer uso deste instrumento, os
professores deverão considerar se o aluno: compreende e interpreta a linguagem
utilizada; articula o conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo
apresentado pelo audiovisual; reconhece os recursos expressivos específicos
daquele recurso.
Trabalho de grupo: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão
considerar se o aluno: demonstra conhecimentos formais da disciplina, estudados
em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços
diferenciados; compreende a origem da construção histórica dos conteúdos
trabalhados e sua relação com a contemporaneidade.
Questões discursivas: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão
considerar se o aluno: demonstra compreensão do enunciado da questão;
comunica por escrito, com clareza utilizando-se da norma padrão da Língua
Portuguesa, sistematiza o conhecimento de forma adequada.
Questões objetivas: Ao fazer uso deste instrumento, os professores deverão
considerar se o aluno: realiza leitura compreensiva do enunciado; demonstra
apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; é capaz de utilizar os
conhecimentos adquiridos e principalmente a fixação do conteúdo.
A avaliação na inclusão – é fundamental que o professor, dentro desse
processo seja flexível, verifique e valorize o progresso do aluno envolvendo-o
num trabalho que inclua uma variedade de situações de aprendizagem.
Será oportunizada ao estudante a recuperação de estudos de forma
permanente e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. Esta será
organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didáticometodológicos diversificados e os resultados da recuperação serão incorporados
às avaliações efetuadas durante o processo, constituindo-se em mais um
componente do aproveitamento.
Para o fechamento da nota bimestral serão somados os valores atribuídos
em cada instrumento avaliativo, de forma a atender o que consta no Projeto
Político Pedagógico, Regimento Escolar do estabelecimento e também as
orientações da LDB, conforme segue:
23. A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
24. Para a promoção e a certificação a média final mínima exigida é de 6,0
(seis vírgula zero).
Para fins de registro e conhecimento, os resultados das avaliações processuais
serão informados bimestralmente aos alunos, pais e à escola.
6- REFERÊNCIAS
BRASIL, Lei Nº 11.645, de 10 Março de 2008 .
________. Lei n. 10.639, de 9 de janeiro de 2003.
_________. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. In: BRASIL/MEC. Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.
HOFFMANN, Jussara; Avaliação Mediadora; “Uma Prática em Construção da
Pré-Escola à Universidade”; 1994.
LUCKESI, Cipriano,In PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira e; “Ensino de
Língua Inglesa. Reflexões e Experiências”. Ed. Pontes.1996.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.
Departamento de Educação Básica.
Diretrizes Curriculares da Educação
Básica. Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008.
Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês / Vários autores. SEED –
Curitiba, PR, 2007.
LOYOLA, Colégio Estadual Santo Inácio. Regimento Escolar. Fênix, 2010.
LOYOLA, Colégio Estadual Santo Inácio. Projeto Político Pedagógico.
Fênix,2010.
_______. Grupo de estudos. Disponível em
http://www.seed.pr.gov.br/portals/bancoquestaoavaliativa/OrientacoesGeraisGE20
08.pdf?PHPSESSID=2010080411160589 acesso em 04/08/2010
________. Os Desafios Educacionais Contemporâneos e os conteúdos escolares:
reflexos na organização da Proposta Pedagógica Curricular e a Especificidade da
escola pública. In: Orientações para a Semana Pedagógica. SEED/SUED:
2008. Disponível em www.diaadia.pr.gov.br/cge/arquivos/File/texto3corrigido.doc
acesso em 04/08/2010
COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA – EFMN
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
CELEM – ESPANHOL
FÊNIX/2010
A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O ensino de Língua Estrangeira no Brasil teve início com a prática do ensino
de Língua Portuguesa, pela Igreja Católica no século XVI. Baseado em textos
sagrados, tinha como objetivo cristianizar os pagãos. No entanto, até meados da
década de 90, seu objetivo estava longe de permitir acesso à informação. Ao se
apropriar de uma nova língua, o aluno não se apropriava também dos seus bens
culturais. A preocupação evidente era assimilar os aspectos gramaticais
necessários.
Após a publicação da LDB, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira
moderna passou a se constituir um componente curricular obrigatório a partir da
quinta série do Ensino Fundamental. Desta forma, o ensino da LEM deve
assegurar ao aluno do Ensino Fundamental e Médio a formação necessária ao
exercício da cidadania. Nesta perspectiva, encontramos no âmbito da LDB, as
Línguas Estrangeiras Modernas recuperando, de alguma forma, a importância
que durante muito tempo lhes foi negada. Consideradas, muitas vezes e de
maneira injustificada, como disciplina pouco relevante, elas adquirem, agora, a
configuração de disciplina tão importante como qualquer outra do currículo, do
ponto de vista da formação do indivíduo.
Em consonância com a LDB as Diretrizes Curriculares Estaduais para Línguas
Estrangeiras do Estado do Paraná, (2008: 15), propõe “ que a aula de Língua
Estrangeira Moderna constitua um espaço para que o aluno reconheça e
compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva
discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em
relação ao mundo em que se vive.”
Desse modo, dentro da perspectiva de língua como discurso, ensinar línguas
estrangeiras é ensinar procedimentos interpretativos determinados por culturas
outras que não a cultura da língua materna; aprender uma língua estrangeira é,
por sua vez, aprender procedimentos interpretativos de construção de sentidos,
de percepções de mundo diferenciadas. Nessa linha de pensamento, deixa de ter
sentido o ensino de línguas que almeja apenas o conhecimento metalingüístico e
o domínio consciente de regras gramaticais que permitem, quando muito,
alcançar resultados simplesmente medianos em exames escritos. Esse tipo de
ensino, que acaba por tornar-se uma simples repetição, ano após ano, dos
mesmos conteúdos, cede lugar, na perspectiva atual, a uma modalidade de
aprendizagem significativa que tem como princípio geral levar o aluno a
comunicar-se de maneira adequada em diferentes situações da vida cotidiana.
Portanto, o conhecimento de ao menos uma Língua Estrangeira é hoje um
requisito para o exercício de uma cidadania plena, não apenas para os alunos em
fase escolar, mas para toda a comunidade. No entanto, mesmo as distâncias
físicas sendo encurtadas pelo uso das tecnologias, é fato que as distâncias
sociais veem aumentando, e é preciso pensar na construção de alternativas
concretas que levem à iniciativas de democratização em todos os níveis, tendo
como principal ferramenta a educação.
O Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola – Ensino Fundamental, Médio e
Normal insere-se em um contexto social de uma comunidade com nível sócioeconômico variando de médio a baixo. A maioria dos pais e jovens trabalham no
corte de cana, uma das únicas possibilidades de emprego na região. As famílias
demonstram ter preocupação com os valores morais e éticos desejando que seus
filhos possam ser conscientizados sobre estas questões, como também almejam
que tenham oportunidades diferentes de ensino/aprendizagem que eles não
tiveram.
A comunidade, devido à carência econômica e impossibilidades de acesso
aos bens culturais, necessitam de oportunidades para a
superação da
desigualdade de acesso ao conhecimento, que é um aspecto relevante quando
falamos de uma realidade tão excludente quanto à desta cidade.
Os professores e funcionários da escola estão sempre em busca de
formação, o que nem sempre é possível e, para eles o aprendizado de uma outra
língua da comunidade global torna-se uma qualificação básica, tanto para sua
carreira acadêmica quanto profissional.
Nesta perspectiva pretende-se, ao oferecer o curso de Língua Espanhola,
superar esta falta de oportunidade para educandos, professores, funcionários e
membros da comunidade, bem como ampliar o universo de ofertas e
possibilidades, oferecendo-lhes condições para que isso seja efetivado.
Sendo assim, é importante destacar que o Ensino de Espanhol deve ser
articulado a partir dos seguintes objetivos:
- Usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;
- Vivenciar, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe
possibilite
estabelecer
relações
entre
ações
individuais
e
coletivas;
- Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto,passíveis
de
transformações
na
prática
social;
- Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
- Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural, bem como seus
benefícios para o desenvolvimento cultural do país
- Fazer uso da língua alvo em situações significativas e relevantes, de modo a promover
a inclusão social do aluno na sociedade.
B- CONTEÚDOS
Os conteúdos devem estabelecer uma relação direta com a realidade da
comunidade escolar, aplicabilidade dos conhecimentos e oportunidades de
ascensão social. Para tanto, utilizamos os seguintes:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
A língua é discurso e discurso é uma prática social. Diante dessa
realidade,as diretrizes curriculares do Estado do Paraná, com fundamentos
teóricos metodológicos na área do discurso como prática social, contribuem para
uma melhor compreensão da sociedade em que vivemos, bem como de suas
práticas letradas,levando à conscientização de como os textos auxiliam as
pessoas na realização de tarefas profissionais e cotidianas. Cientes desses
processos, as pessoas tornam-se mais capazes de desenvolver uma consciência
crítica e, a partir daí, transformar-se em cidadãos ativos e modificadores das suas
realidades.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Leitura
- Interpretação observando conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e
intertextualidade do texto.
- Linguagem não verbal;
- Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários.
- Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e
intertextualidade do texto.
- Realização de leitura não linear dos diversos textos.
Oralidade
- Variedades linguísticas
- Intencionalidade do Texto
- Exemplo de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada em diferentes
países;
- Elementos extra-linguísticos: gestos, pausas.
Escrita
- Adequação ao gênero:
- Elementos formais e marcas lingüísticas;
- Clareza de idéias.
- Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.
- Paragrafação;
Análise Linguística
Coesão e coerência
- Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras interrogativas;
substantivos,preposições, verbos, concordância verbal e nominal e outras
categorias como elementos do texto.
- Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
- Acentuação
- Vocabulário.
Gêneros discursivos
Carta, bilhete, textos midiáticos, textos informativos (cultura Espanhola),
música, poesia, jornal, diálogos, receitas, propagandas, rótulos, folhetos, charges,
tiras, lendas,piadas, provérbios, fotos, gráficos, quadrinhos, filmes,jornal, entre
outros.
C- METODOLOGIA
A metodologia deve valorizar a construção do conhecimento a partir da
interação com diferentes sujeitos e situações, que permitam ao aluno atribuir
significados a diferentes ações, diálogos, vivências e conteúdos. Para a
construção do conhecimento, o sujeito é ativo, para Vigotsky, este mesmo sujeito
não é apenas ativo, mas interativo, porque constitui conhecimentos e se constitui
a partir de relações intra e interpessoais. Desta forma, o discurso como prática
social será a ferramenta mais importante desta opção didático-metodológica.
Assim
na
Prática
de
Leitura
de
texto
serão
utilizados
diferentes gêneros: carta, bilhete, e-mail, textos informativos (cultura Espanhola),
música, poesia, jornal, diálogos, receitas, propagandas e rótulos, bem como
materiais diversos (fotos, gráficos, quadrinhos, filmes, jornal, mensagens,
computador,internet....) com fins de interpretação de textos. Para análise dos
textos serão levadas em consideração a complexidade dos mesmos e as relações
dialógicas. Questões que levem o aluno a interpretar e compreender o texto,
utilizando-se a
interpretação e tradução de pequenos textos, fazendo-se a
observação do conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do
texto serão fundamentais para que o aluno possa conhecer e utilizar a Língua
Espanhola como instrumento de acesso à informações,podendo fazer a
intertextualidade e inferências sobre informações implícitas.
Na prática da Oralidade serão feitas análise dos recursos próprios da
oralidade, através de diálogos, na apresentação de textos produzidos pelos
alunos e seleção de discursos de outros como: entrevistas, cenas de desenhos,
reportagem. Outro recurso a ser utilizado será a dramatização, pois através deste
recurso o aluno pode perceber que não basta apenas falar, precisa-se saber
como falar em determinada situação, além disso, com a dramatização o aluno
adquire auto-confiança para que
possa assumir a palavra diante de outras
pessoas com a segurança necessária para se fazer ouvir.
Na prática da Escrita, sabendo-se que para a sociedade atual não basta
que o indivíduo reconheça e reproduza os signos que formam a palavra, pois
isoladas e fora de contexto não bastam, será necessário que o aluno seja capaz
de, não somente compreender e interpretar textos mas
criativa e crítica. Para isso será necessário uma discussão
produzi-los de forma
sobre o tema a ser
produzido, leituras de textos sobre o tema para se chegar à produção textual.
Após este trabalho é preciso que seja feita a reestruturação e reescrita do texto.
Na
prática
da
Análise
Linguística
serão
realizados
estudos
dos
conhecimentos linguísticos a partir de gêneros selecionados para leitura ou
escrita de textos produzidos pelos alunos, observando-se as dificuldades
apresentadas pela turma. Os alunos e professor farão leitura de textos diversos
que permitam ampliar o domínio da língua. Os textos serão analisados visando
reflexão e transformação.
No ensino de língua Estrangeira Moderna (ESPANHOL ) se faz necessário
valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade
brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando
integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais
a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe
permanente.Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha
uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres.
Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente,
perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com
a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem
suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no
campo para sua sobrevivência
D- AVALIAÇÃO
A avaliação deverá centrar-se na dinâmica das relações que se
estabelecem no espaço da comunidade, da escola e da sala de aula. Será levado
em consideração a capacidade de participar, desafiar, investigar, contribuir com
os grupos somando com o outro, criticando, tomando decisões, desenvolvendo
comportamento.
A avaliação acontecerá durante todo o processo de ensino/ aprendizagem,
levando em conta critérios como o diálogo, a negociação e o uso de instrumentos
avaliativos adequados às finalidades do curso, sendo eles: Leitura compreensiva
de texto, projeto de pesquisa bibliográfica, produção de texto,palestra ou
apresentação oral, experimentação, projeto de pesquisa de campo, relatório,
seminário, debate, atividades com textos literários, atividades a partir de recursos
audiovisuais, trabalhos em grupo, questões discursivas, questões objetivas. Estes
instrumentos irão se articular as avaliações diagnóstica, continua, formativa e
somativa . A avaliação, enfim, se constituirá em instrumento eficaz para o fazer
pedagógico, pois ao expressar os níveis de desenvolvimento dos alunos, oferece
uma visão importante sobre a qualidade deste ensino: valores, habilidades,
hábitos e conhecimentos conscientemente internalizados.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressas em uma
escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero) e serão considerados aprovados, os
alunos que apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e
média final igual ou superior a 6,0 ( seis vírgula zero).
Além disso, será oportunizado ao aluno a recuperação. A recuperação de
estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino e
aprendizagem. A recuperação será organizada com atividades significativas, por
meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados. Os resultados da
recuperação deverão ser incorporados às avaliações efetuadas durante o período
letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar.
E- REFERÊNCIAS
BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Brasília, 1996.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação.Superintendência de Educação.
Departamento de Educação Básica.
Diretrizes Curriculares de Língua
Estrangeira Moderna para os Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino
Médio. Curitiba, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola
Pública do Estado do Paraná. 1992.
SANTO INÁCIO DE LOYOLA. Colégio Estadual. Projeto Político Pedagógico.
Fênix,2007.
COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA –
EFMN
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
BIOLOGIA
FÊNIX/2010
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA
Desde o período pré-histórico, mesmo sem se saber como as coisas
funcionavam, conhecimentos biológicos com bases empíricas foram formados.
Pela necessidade de viver, o homem primitivo precisava caçar, e por isso
conheceu diversas espécies de animais e plantas, das quais ele se alimentava.
Por meio da observação, conheceu o comportamento de algumas espécies
animais e a época de frutificação de certas plantas comestíveis. A comprovação
desses fatos faz se por meio das pinturas rupestres encontradas em cavernas.
Na Antiguidade, as pessoas não tinham ideia de como as coisas vivas
funcionavam. As primeiras pesquisas em biologia se iniciaram a olho nu.
Descrevendo sintomas de algumas doenças comuns, e atribuindo suas causas à
dieta, ou a outros problemas físicos, e não à obra divina. Apesar disso, pouco se
conhecia sobre a composição dos seres vivos. Acreditava se, então, que a
matéria era composta por quatro elementos (fogo, terra, ar e água), e os corpos
vivos, em geral, de quatro "humores": sangue, bile amarela, bile preta e flegma.
As doenças em geral teriam origem no excesso de algum desses componentes.
Aristóteles, na Grécia, não foi somente um grande filósofo, mas também
um grande biólogo, ao compreender que o conhecimento da natureza requeria
observação sistemática. Já Galeno, romano do século II d.C. percebeu que
somente a observação cuidadosa das partes externa e interna (esta, por
dessecação) de plantas e animais não seria o bastante para compreender a
biologia.
O ritmo da investigação científica se acelerou na Idade Média. Lineu
ampliou o trabalho de Aristóteles, criando as categorias de classe, ordem, gênero
e espécie. Uma ideia de origem comum da vida passou a ser discutida a partir de
semelhanças entre os diferentes ramos da vida.
Apesar do progresso rápido, a Biologia estacionou quando o olho humano
já não era mais suficiente. Só no século XVII é que lentes foram reunidas em um
tubo, formando o primeiro microscópio. Começava a descoberta de um novo
mundo, derrubando conceitos tradicionais sobre a vida.
A teoria celular foi então formulada em princípios do século XIX. Esta teoria
explica que as células constituem todo o corpo de animais e plantas, e que, de
certa maneira, elas são unidades individuais com vida própria. Mesmo com a
teoria celular, por razões físicas, o microscópio óptico não permitia a visualização
de detalhes da estrutura da célula. Com a descoberta do elétron em fins do século
XIX e do microscópio eletrônico décadas depois, novas estruturas subcelulares
foram descobertas, como os orifícios do núcleo, ou a membrana dupla das
mitocôndrias.
Explicitar o conceito de Biologia, bem como o de vida, ou o de ciência de
estudo da vida, por si só, já é uma tarefa muito abrangente, que nos conduz aos
mais diversos questionamentos, a diferentes campos de saber, com a
possibilidade de várias abordagens. Muitas vezes, a noção de vida, no sentido
biológico, se funde com a ideia de vida social, vida animal, vida humana, vida
moral... Isto porque o conceito de vida se apresenta nas fronteiras de diversos
saberes e práticas, com vários significados estabelecidos pelo senso comum, pelo
mito, pela arte, pela ciência, pela filosofia, etc.
Nos últimos anos vem ocorrendo um grande avanço na Biologia, por
exemplo, nos conhecimentos em genética. Esses conhecimentos mudam o
cotidiano das pessoas, a tal ponto que a sociedade hoje, está rodeada de
produtos geneticamente modificados e se vê frente a discussões sobre
manipulação genética, clonagem, células-tronco, etc.
A mídia traz notícias sobre as biotecnologias e leva a população a
inúmeros questionamentos.
Assim, tornasse importante perguntar: Como os
alunos de hoje observam essas descobertas? Quais teorias utilizam para se
posicionarem perante tais temas? Notasse que os avanços recentes em ciência e
tecnologias ocupam pouco ou nenhum espaço nas aulas de Biologia. Porém, com
tanta progressão é praticamente impossível admitir que os alunos permaneçam
alheios a estas descobertas, e é papel da escola e, consequentemente, do
professor, proporcionar oportunidades para discussões destes assuntos. Portanto,
é desafio preparar os profissionais da educação para o enfrentamento dessas
questões aliadas e capacita los a transformar os conhecimentos sobre as novas
biotecnologias em conteúdos pedagogicamente assimiláveis pelos alunos do
ensino médio, considerando ainda seus aspectos éticos, epistemológicos,
religiosos e econômicos.
A concepção que o professore constrói ao longo de sua vida sobre escola,
educação, ensino, aprendizagem e da própria Biologia que ensina, recebe forte
influência no seu processo de formação inicial e precisa ser repensada e
restruturada para melhorar a prática pedagógica. Portanto, a participação de
professores experientes em projetos, programas, atividades que lhes permitam
refletir sobre sua própria prática e outras questões inerentes a função de
educador, são primordiais para dar continuidade a sua formação profissional,
promovendo também o processo ensino/aprendizagem com relação ao educando.
O momento atual necessita de um professor com uma formação diferente
de décadas atrás. Também a sociedade de hoje exige um aluno crítico, ativo e
capaz de transformar o mundo em que vive, se utilizando dos conteúdos
trabalhados para ajudar a solucionar os seus problemas encontrados no seu
cotidiano que lhes permitam se desenvolver como cidadão adequado às novas
exigências sociais, num mundo mergulhado em tantas novas tecnologias e
descobertas.
JUSTIFICATIVA
A Biologia ao longo do tempo passou por várias tendências curriculares na
tentativa de desenvolver um objetivo próprio para solucionar uma indagação que
persistia “o que queremos para o nosso aluno”.
Atualmente o objetivo central do estudo da Biologia é desenvolver um
repertório de capacidades intelectuais, que ajudem o aluno a resolver problemas
por meio da busca de dados, analisa los, propor hipóteses, organizar
investigações para testa las e avaliar as soluções possíveis. A Biologia
preocupasse também em respeitar as características individuais e os estilos
próprios de cada aluno, tornando o aluno um sujeito ativo, crítico e envolvido com
ações concretas.
METODOLOGIA
Compreender o fenômeno da VIDA e sua complexidade de relações, na
disciplina de Biologia, significa analisar uma ciência em transformação, cujo
caráter provisório permite a reavaliação dos seus resultados e possibilita
repensar, mudar conceitos e teorias elaborados em cada momento histórico,
social, político, econômico e cultural.
O ensino dos conteúdos de Biologia aponta para as seguintes estratégias
metodológicas
de
ensino:
prática
social,
uma
problematização,
instrumentalização, a catarse e retorno a prática social para que mesmo atinja o
conhecimento cientifico.
Assim, ao utilizar destas estratégias metodológicas e retomando as
metodologias que favoreceram a determinação dos marcos conceituais
apresentados na Diretriz Curricular para o ensino de Biologia, propõem se a
utilização das estratégias acima apresentadas e considerar os princípios
metodológicos utilizados naqueles momentos históricos, porém adequados ao
ensino neste momento histórico.
No ensino de Biologia se faz necessário valorizar e fazer conhecer a
diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não se
esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também
os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na
construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.
Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma
formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com
relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os
conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do
educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas
atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no
campo para sua sobrevivência pelo que prevê a Lei nº11.645, a qual altera a Lei
no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de
janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para
incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática
“História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.
CONTEÚDOS
Embora os conteúdos estruturantes tenham sido identificados como
paradigmáticos do conhecimento biológico localizado no tempo histórico, eles são
interdependentes, procurando considerar o esforço para ampliar os modelos
teóricos interpretativos de fatos e fenômenos naturais estudados em Biologia.
Permitindo que um mesmo conteúdo especifico seja estudado em cada um dos
conteúdos estruturantes, considerando a abordagem histórica que o determinou e
o seu propósito.
Conteúdos do 1ª Série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
MECANISMOS BIOLÓGICOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Teoria Celular e Mecanismos
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS
celulares
MANIPULAÇÃO GENÉTICA
Bioquímicos
BIODIVERSIDADE
Biofísicos
e
Transmissão das características
hereditárias
Dinâmica dos ecossistemas:
Relação entre os seres vivos e
interdependência
com
o
ambiente
Conteúdos 2ª Série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
MECANISMOS BIOLÓGICOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Mecanismos
de
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS
desenvolvimentos
MANIPULAÇÃO GENÉTICA
embrionários
BIODIVERSIDADE
Classificação dos seres vivos:
critérios
taxonômicos
filogenéticos
e
Sistemas biológicos: Anatomia,
Morfologia e Fisiologia
Organismos
geneticamente
modificados.
Dinâmica dos ecossistemas:
Relação entre os seres vivos e
interdependência
com
o
ambiente
Conteúdos 3ªSérie
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
MECANISMOS BIOLÓGICOS
CONTEÚDOS BÁSICOS
Mecanismos
de
ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS
desenvolvimento
MANIPULAÇÃO GENÉTICA
embriológico
BIODIVERSIDADE
Sistemas biológicos: Anatomia,
Morfologia e Fisiologia
Organismos geneticamente
modificados
Teorias evolutivas
Transmissão das características
hereditárias
Dinâmica
dos
ecossistemas:
relações entre os seres vivos
e a interdependência com o
ambiente
AVALIAÇÃO
A avaliação é um processo natural que acontece para que o professor
tenha uma noção dos conteúdos assimilados pelos alunos, bem como saber se as
metodologias de ensino adotadas por ele estão surtindo efeito na aprendizagem
dos alunos. A Avaliação não deve ser somente o momento da realização das
provas e testes, mas um processo contínuo e que ocorre dia após dia, visando a
correção de erros e encaminhando o aluno para aquisição dos objetivos previstos.
Nesse sentido, a forma avaliativa funciona como um elemento de integração e
motivação para o processo de ensino-aprendizagem. A avaliação é um processo
atualmente entendido não só como o resultado dos testes e provas, mas também
os resultados dos trabalhos e/ou pesquisas que os alunos realizam.
Existem inúmeras técnicas avaliativas como, por exemplo, a prova de
consulta, trabalhos e pesquisas, resolução de soluções problemas, entre muitas
outras técnicas, as quais permitem ao professor avaliar o desempenho dos alunos
e fugir da tradicional prova escrita, essas técnicas apresentam algumas
características como:
• Possibilidade de professor e aluno dialogarem buscado encontrar e
corrigir possíveis erros, redirecionando o aluno para a aprendizagem;
• A motivação para a correção e o progresso do educando, sugerindo a
ele novas formas de estudo para melhor compreensão dos assuntos abordados
dentro da classe.
O importante é entender que avaliar não consiste somente em fazer
provas e dar nota, avaliar é um processo pedagógico contínuo, que ocorre dia
após dia, buscando corrigir erros e construir novos conhecimentos.
Enfim, adotasse como pressuposto a avaliação como instrumento
analítico do processo de ensino aprendizagem que se configura em um conjunto
de ações pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano letivo, de modo
que professores e alunos tornam se observadores dos avanços e dificuldades a
fim de superarem os obstáculos existentes. Para tanto serão realizadas os
seguintes tipos de avaliação:
Projeto de pesquisa Bibliográfica
A contextualização, identifica a situação e o contexto com clareza ao
problema, apresenta de forma objetiva o tema levantado, delimitando o foco da
pesquisa na busca da solução, aponta argumentos sobre a importância da
pesquisa.
Atividades a partir de recursos audiovisuais
Compreende
e
interpreta
a
linguagem
utilizada,
articulando
o
conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo
audiovisual. Reconhece os recursos expressivos específicos.
Questões discursivas
Compreende o enunciado da questão, planeja a solução de forma
adequada, comunicasse por escrito com clareza utilizando se da norma padrão da
língua portuguesa.
Trabalho em grupo
Interage com o grupo compartilhando o conhecimento. Demonstra os
conhecimentos formais da disciplina estudados em sala de aula, na produção
coletiva
de trabalhos, compreende a origem da construção
histórica dos
conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade.
Palestra / apresentação oral
Demonstra conhecimento do conteúdo
apresentando argumentos
selecionados e sequencia lógica na clareza e na apresentação. Faz uso de
recursos para ajudar na sua produção.
Atividades experimentais
Registra as hipóteses e os passos seguidos. Demonstra compreender o
fenômeno experimentado. Sabe usar adequadamente os materiais. Consegue
utilizar apropriadamente o ambiente e os instrumentos necessários.
Projeto de pesquisa de campo
Registra as informações no local de pesquisa, organiza e examina os
dados coletados. Atende ao que foi solicitado no projeto.
REFERÊNCIAS
GOWDAK, Demétrio, Biologia : volume único/Demétrio Gowdak, Neide S. de
Mattos, São Paulo: FTD, 1991.
LAURENCE, J. Biologia: ensino médio, volume único – 1ª ed.- São Paulo:
Nova geração, 2005.
LOPES, Sônia Godoy Bueno Carvalho. Bio: volume único: completo e
atualizado/Sônia Godoy Bueno Carvalho Lopes. – 11ª. Ed. Ver. – São Paulo:
Saraiva, 2001.
LOPES, Sônia. Biologia – volume único/ Sônia Lopes, Sérgio Rosso – 1ª ed. –
São Paulo: Saraiva, 2005.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares para a
Educação Básica de Arte. Departamento de Educação Básica. Curitiba,
2008
PAULINO, Wilson Roberto . Engenheiro – agrônomo e professor. Biologia atual –
volume 1.Ática,2005.
COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA –
EFMN
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
FILOSOFIA
FÊNIX/2010
A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA:
A Filosofia nasce na Grécia antiga há mais de 2600 anos, combatendo a
ideia das verdades absolutas, sendo a gênesis das ciências modernas. Ela se
caracteriza inicialmente com uma preocupação em explicar e ordenar natureza e
“posteriormente, ela amplia seus horizontes de discussão e inclui investigações
sobre a condição humana”. No decorrer da história a Filosofia vai sendo moldada
e ganhando corpo, conforme “o homem descobre sua importância ao
compreender as lógicas da natureza, da sociedade e do universo”.
Ao fazer uma retrospectiva da história do ensino de Filosofia no Brasil,
percebemos que ela busca seu espaço e sua afirmação perante “as demais
disciplinas”, e ganha espaço pela sua capacidade de indagação da realidade, não
simplesmente pela critica, mas sistematizada e emancipadora
Nas Diretrizes Curriculares Estaduais, a disciplina de Filosofia a ser ministrada na
sala de aula da escola pública paranaense, aborde questões das ciências, do
mito, da ética, da estética, da política, do conhecimento. Se por um lado, a
dificuldade para seu ensino está no fato de nela residir o pensamento racional e
sistemático de mais de 2500 anos, por outro lado, a facilidade para o seu ensino
está no fato de que nela se pode encontrar pedagogias e métodos que trazem luz
para a definição da pedagogia e do método a ser adotado pelo professor para o
ensino da filosofia.
A importância do conhecimento proporcionado por essa disciplina, no contexto
escolar, resulta no aprimoramento das capacidades intelectuais, éticas, morais e
sociais que pode favorecer a expressão do pensamento e a construção de uma
inserção social mais crítica.
Diferente de outras disciplinas, a filosofia faz chegar a resultados que não são
tidos como definitivos/absolutos. Assim, ela pode não oferecer a segurança que
uma ciência exata dá ao aluno e isso pode ser prejudicial ao ensino da mesma;
por outro lado, se bem entendida pelos alunos as possibilidades ilimitadas que
essa não exatidão dá, pode ser fator estimulante ao aprendizado dos mesmos.
O ensino da filosofia apresenta inúmeras possibilidades de abordagem. As mais
tradicionais são: a divisão cronológica linear, geográfica e por conteúdos
estruturantes, mas, para não ser apenas História da Filosofia, faz-se mister
preservar
suas
características
específicas,
ex:
diálogo,
problematização,
argumentação, sistematização, imparcialidade, busca constante.
A experiência mais recentemente do ensino de filosofia no Brasil reporta ao
período da publicação da nova LDB 9394/96, mas foi os Parâmetros Curriculares
Nacionais – PCNs, que normatizou como seria o ensino de filosofia. No
documento PCN/Ensino Médio, Conhecimentos de Filosofia, o conteúdo filosófico
passa para a perspectiva da transversalidade. Permanece na ante-sala, algo que
se atribuía importância, mas que no limite na passava de um objeto de decoração.
Foram vários os encontros e debates de professores e a comunidade propondo
recolocar a obrigatoriedade do ensino de filosofia e o resultado foi o projeto de Lei
nº 3.178/97, aprovado na Câmara e no Senado (2001), vetado pelo presidente F
H C.
Em 2003 foi realizada na Câmara dos Deputados, a audiência pública em defesa
da volta da Filosofia e Sociologia ao currículo do Ensino Médio. O CNE/CEB,
atende tais aspirações e aprova o Parecer sob n.º 38/2006 e no Paraná é
aprovada a lei Nº 15. 228 de 25/07/2006, que no Art. 2º, lês-se que “a Filosofia
objetiva consolidar a base humanista da formação do educando, propiciar a
capacidade do pensar e repensar de modo crítico o conhecimento produzido pela
humanidade, sua relação com o mundo e a constituição de valores culturais,
históricos e sociais, fundamental na construção e aprimoramento da cidadania”.
Na esfera federal, a Lei nº 11.684 de 2 de junho de 2008, institui a
obrigatoriedade da disciplina no território nacional e nesse sentido, o Conselho
Estadual de Educação/PR, aprovou em 07/11/08 a deliberação N.º 03/08, com o
seguinte teor: uma série em 2009; duas em 2010; três em 2011; quatro em 2012
nos cursos de 4 anos. Do ponto de vista legal está demarcado o retorno da
disciplina de Filosofia à Matriz Curricular do Ensino Médio.
O desafio posto é como ensinar filosofia e que filosofia ensinar. A filosofia busca
compreender a vida humana que se manifesta no cotidiano em busca de um
sentido, seu objeto é “os sentidos, os significados e os valores que dimensionam
e norteiam a vida e a prática histórica humana, trata dos fundamentos últimos do
existir humano na história” (LUCKESI, 2002). Nesse sentido, a filosofia é um
instrumento para os estudantes lerem a realidade histórico-social. Tal instrumento
se diferencia das outras disciplinas em seu próprio método de ensino, pois “o ato
de ensiná-la se confunde com a transmissão do estilo reflexivo, e o ensino da
filosofia somente logrará algum êxito na medida em que tal estilo for efetivamente
transmitido, pensar e repensar a cultura não se confunde com compatibilização de
métodos e sistematização de resultados; é uma atividade autônoma e de índole
crítica” (LEOPOLDO, 1992, p. 163).
É nessa perspectiva que se deve ler a diretriz de Filosofia/SEED/PR, que
propõe o ensino de filosofia a partir dos conteúdos elaborados pela tradição
filosófica, denominados de Conteúdos Estruturantes. A presente Proposta
Pedagógica Curricular é uma ferramenta de orientação para o trabalho com a
disciplina de Filosofia na escola que, em conjunto com a Diretriz da Disciplina, o
Livro Didático Público, a Ontologia de textos filosóficos e os matérias disponíveis
na biblioteca do professor contribuem para o trabalho com a filosofia no espaço
escolar.
Tendo como norte o pensamento de Russel(2001,p.148), “quem não tem
umas tintas de filosofia é homem que caminha pela vida fora sempre agrilhoado a
preconceitos que se derivam do senso-comum, das crenças habituais do seu
tempo e do seu país, das convicções que cresceram no seu espírito sem a
cooperação ou o consentimento de uma razão deliberada”, o estudo da Filosofia
se faz necessário para a emancipação do homem, sendo assim indispensável
para o ensino escolar, a Filosofia é uma disciplina que leva a reflexão desde a
importância de se trabalhar de forma interdisciplinar, como até mesmo ser o
ponto crucial, que é levar a questionar, como por exemplo: para que filosofia?
Qual filosofia? E filosofar para que?
Com certeza o ato de questionar, bem como refletir dadas as
circunstâncias, favorecem espaços para análise e criação de conceitos, tendo
assim justificativas e posicionamentos indissociáveis que dão vida significativa e
contribuidora observando o contexto.
Portanto conhecer “a história da filosofia e as ideias dos filósofos que nos
precederam constituem, assim, uma fonte inesgotável de inspiração e devem
alimentar constantemente as discussões realizadas pelo professor e pelos
estudantes em sala de aula”.
B – CONTEÚDOS:
Conteúdos estruturantes
Conteúdos Básicos
1° Série
* Saber mítico;
* Saber filosófico;
Mito e Filosofia
* Relação Mito e Filosofia;
* Atualidade do mito;
* O que é a Filosofia?
* Possibilidade do conhecimento;
Teoria do conhecimento
* As formas de conhecimento
* O problema da verdade;
*A questão do método
* Conhecimento e lógica
2° Série
* Ética e moral
*Pluralidade ética
Ética
* Ética e violência
* Razão, desejo e vontade;
*
Liberdade:
autonomia
do
sujeito
necessidade das normas;
* Relações entre comunidade e poder;
Filosofia Política
* Liberdade e igualdade política;
* Política e Ideologia;
* Esfera pública e privada;
e
a
* Cidadania formal e/ou participativa concepções
de ciência;
3° Série
* Cidadania formal e/ou participativa concepções
de ciência;
* A questão do método científico;
Filosofia da ciência
* Contribuições e limites da ciência;
* Ciência e ideologia;
* Ciência e ética;
Estética
* Natureza da arte;
* Filosofia e arte;
* Categorias estéticas – feio, Belo, sublime,
trágico, Cômico, grotesco, gosto, Etc.
* Estética e sociedade
C - METODOLOGIA:
A Diretriz de Filosofia propõe quatro passos para orientar o professor no trabalho
escolar, tais passos devem ser tomados numa perspectiva dialética para um
ensino significativo, que contemple a formação cidadã e democrática. Para tanto,
é possível viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do
mundo da linguagem, da literatura, da história, das ciências e das artes,
dialogando criticamente todos os conceitos. A Diretriz propõe ao professor
relacionar os conteúdos estruturantes e básicos com os problemas vivenciados
pelos alunos, para que na investigação o estudante perceba como tais problemas
foram resolvidos na história da filosofia com o auxílio de textos filosóficos. A
leitura do texto deve dar subsídios para que o aluno possa pensar o problema,
pesquisar, fazer relações, criar conceitos e desenvolver o exercício do próprio
pensamento, isto é, problematizar filosoficamente situações da vida atual, sem
doutrinação, dogmatismo e niilismo.
Mobilização para o conhecimento:
É o momento de “ganhar” os alunos para estudar o tema proposto.
Normalmente os alunos se apresentam em posição de desconfiança em relação
ao que o professor propõe, mas se o tema for apresentado na perspectivas da
mobilização, penso que é possível iniciar um processo de ensino significativo. É
interessante iniciar tal processo com uma música; uma figura; um vídeo; um
poema; uma brincadeira; um jogral. Enfim, algo que seja convidativo para o início
de uma aprendizagem.
Problematização
Esse é um passo central na aprendizagem, pois inicia com um problema
e/ou problematização. Isso significa que o convite realizado na mobilização passa
necessariamente por um processo de questinamento. O professor instiga os
alunos a proporem problemas para investigar. São esses questinamentos que vão
nortear os passos seguintes. (exemplo: Porque o Mito serviu como a primeira
forma para homem explicar a realidade?)
XXIV-
Investigação
Aqui o papel do professor é central, pois é ele que vai auxiliar os alunos a
avançarem no conceito e no entendimento filosófico do estudo. Aqui se deixar o
aluno por conta, corre-se o risco de ficar na superficialidade. Promova formas dos
alunos se expressarem nesse momento. Assim, cabe ao professor proporcionar
um ambiente propício a partir da realidade em que se encontra o aluno para
iniciar sua prática docente.
•
Criação de conceitos
Esse processo só ocorrerá a partir do trabalho realizado na “Investigação”,
aqui nunca será possível saber de fato o quanto o aluno avançou no conceito,
mas ele pode dar algumas dicas nas brincadeiras, na sala quando se possibilita o
momento, etc. e até mesmo na avaliação.
Outra possibilidade é o professor trabalhar princípios que estruturam a
pedagogia histórico-crítica desenvolvidas por João Luiz Gasparin: Prática social
inicial do conteúdo, problematização, instrumentalização, catarse e Prática social
final do conteúdo (GASPARIN, 2007, p.9).
Tal proposta metodológica corrobora com a descrita na Diretriz de Filosofia,
conforme apresentado acima. Nesse sentido, o conteúdo filosófico trabalhado em
sala de aula será abordado a partir da necessidade do aluno.
Nesse sentido, as aulas poderão ser desenvolvidas por meio de: Dinâmica
de integração; Aula expositiva dialogada a partir do livro didático fornecido aos
alunos. Quando for possível, a sala será organizada em semi-círculo para melhor
contato com os alunos; Usar os recursos da TV pendrive; Aula na biblioteca
organizada em duplas e/ou trio para pesquisa e conceituação, pois além de
facilita no diálogo a compreensão dos conceitos, ele mesmo inconsciente, estará
aprendendo a arte pesquisa bibliográfica; Aula na sala de informática para
desenvolver o processo de pesquisa e aprofundar temas; Quando for possível as
aulas poderão ocorrer no pátio da escola aproveitado do espaço físico para
trabalhar conteúdos específicos; poderão ser utilizados documentários, filmes e
músicas.
Conforme determina lei nº. 11645/08, que trata da obrigatoriedade do
ensino da historia e cultura afro-brasileira, africana e indígena, na disciplina de
Filosofia o professor abordará a temática a partir dos conteúdos específicos
demonstrando o diálogo do conteúdo filosófico com o conteúdo de cultura afrobrasileira e indígena.
D. PROCESSO DE AVALIAÇÃO
Segundo Vasconcellos (1999, p. 43), “avaliação é um processo abangente
da existência humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido
de captar seus avanços, suas resitências, suas dificuldades e possibilitar uma
tomada de decisão sobre o que fazer para superar os obstáculos”. Nesse sentido,
a avaliação é uma busca de alternativas para que ocorra um verdadeiro processo
de ensino-aprendizagem.
A avaliação é o aspecto mais difícil em todas as áreas. O que avaliar em
filosofia e como? A Diretriz propõe que se siga quatro pressuposto:
• qual discurso tinha antes;
• qual conceito trabalhou;
• qual discurso tem após;
A proposta de trabalho de avaliar ocorrerá no sentido de contribuir tanto
para o professor, possibilitando avaliar a própria prática, como para o
desenvolvimento do aluno, permitindo-lhe perceber seu próprio crescimento e sua
contribuição para a coletividade. Será, portanto, de caráter diagnóstico e
processual, podendo ser adotados como instrumentos, além da auto-avaliação:
Produção de texto/redação individual e/ou dupla em sala e/ou extra classe
para que o aluno demonstre a apreensão e o domínio dos conceitos filosóficos
trabalhados e os relacione com o cotidiano vivido;
Atividades em sala e participação nas discussões e reflexões sobre o tema
de estudo;
Avaliação bimestral individual de carater reflexivo;
Para a recuperação paralela o professor aotará os critérios estabelecidos
pelo estabelecimento de ensino.
E. REFERÊNCIAS :
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando:
Introdução à filosofia. 2a ed. São Paulo: Moderna, 1993.
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. 4a ed. São Paulo: Martins Fontes,
2000.
BUZZI, Arcângelo. Filosofia para principiantes: a existência humana no mundo.
6a ed. Petrópolis: Vozes, 1997.
CHÂTELET, F. História da Filosofia, idéias e doutrinas - o século XX. Rio de
Janeiro: Zahar, s/d, 8 vol.
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1995.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: Historia e Grandes Temas. São
Paulo:Saraiva, 2005.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da
educação básica: Filosofia. Curitiba: SEED, 2008.
FOLSCHEID,
Dominique;
WUNEMBURGER,
Jean-Jacques.
Metodologia
Filosófica. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
REALE, Giovanni. História da Filosofia. São Paulo: Paulus, 2003. (Vol. I, II e III,
IV, V, VI, VII).
SEVERINO, Antonio Joaquim. Filosofia. São Paulo: Cortez, 1993.
PARANÁ , Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Superintendência de
Educação. Departamento de Educação Básica.
Diretrizes Curriculares de
Filosofia para o Ensino Médio. Curitiba, 2008.
ASPIS, R. O professor de filosofia: o ensino da filosofia no ensino médio como
experiência filosófica. In: Cadernos CEDES, n.º 64. A Filosofia e seu ensino.
São Paulo: Cortez, 2004.
CHAUI, Marilena. Filosofia, Série Novo Ensino Médio, São Paulo, Ática, 2004
GALLO, S.; KOHAN, W. (Orgs) Filosofia no ensino médio. Petrópolis: Vozes,
2000.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: Historia e Grandes Temas. São
Paulo:Saraiva, 2005.
JAPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 4.ed.
Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed., 2006.
KOHAN, Walter O. (org.) Filosofia: Caminhos para seu Ensino. Rio de Janeiro:
Lamparina, 2008.
KOHAM & WAKSMAN. Perspectivas atuais do ensino de Filosofia no Brasil. In :
PARANÁ, Inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira nos
currículos escolares. Curitiba, 2005.
REZENDE, Antônio (org.). Curso de Filosofia: para professores e alunos dos
cursos de segundo grau e de graduação. 13.ed. Rio de janeiro: Jorge Zahar
Ed. 2005.
SCHIMDT, MARIA A.[org.], Diálogos e Perspectivas de Investigação, Coleção
coltura Escola e Ensino. Ed. Unijuí.
TOMELIN, Janes F. e TOMELIN, Karina N. Diálogos Filosóficos. 3. Ed.
Blumenau. Nova Letra, 2007.
COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA –
EFMN
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
FÍSICA
FÊNIX/2010
A – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O objeto de Estudos da Física é o Universo em toda sua complexidade. A
humanidade sempre manifestou curiosidade sobre o mundo ao seu redor. Desde
os primeiros documentos registrados, buscam-se caminhos para impor uma
ordem na desconcertante diversidade dos eventos observados. A ciência é um
processo de busca dos princípios que governam nas causas e os efeitos no
universo.
A Física é a ciência do exótico e da vida cotidiana. O exótico
surpreende a imaginação. Na vida cotidiana, engenheiros, músicos, arquitetos e
muitos outros profissionais lidam com assuntos como transferência de calor,
ondas sonoras, tensões e outros na execução diária de seus respectivos
trabalhos.
Enquanto há aproximadamente um século não havia mais do que umas
poucas lâmpadas elétricas, a humanidade hoje é extremamente dependente da
eletricidade.
Daí a importância do Estudo da Física associada às suas origens (historia
da física), de forma que se adquira uma visão mais crítica e humanística da
ciência. Para que isso ocorra é necessário, trabalhar a física em espirais de forma
que idéias novas e revolucionárias possam conter ideias antigas e mitos
primordiais, pertencentes até mesmo a outras culturas.
Contudo aliado a evolução científica devemos levar em consideração a
limitação do universo e sua capacidade de se refazer. Portanto é essencial a
prudência e os conhecimentos desses limites a fim de que a Evolução não se
torne em regressão.
Por essa razão a Disciplina de Física propõe aos estudantes o estudo da
Natureza.
Entretanto a forma como é apresentada hoje, não são coisas da
natureza ou a própria natureza, mas modelos de elaborações humanas.
Galileu Galilei (1562 – 1643) com suas observações desfaz o sacrário dos
lugares Naturais da dicotomia entre o céu e a Terra. Agora, o Universo não é
finito e nem o céu é tão perfeito.
Galileu ao aceitar o modelo de Copérnico causa uma revolução e ao
aprofundar as idéias que vinham evoluindo, contribui para o nascimento da
Ciência Moderna, retirando das autoridade eclesiásticas o controle sobre o
conhecimento e iniciam um novo período chamado de moderno, abrindo caminho
para que Isaac NEWTON elevasse a Física no século XVII ao status de ciência.
Na Inglaterra, na segunda metade do século XVIII, ocorria a primeira
revolução industrial feito mais com conhecimento técnico do que com ciência.
O contexto social e econômico favoreceu o conhecimento físico da
Termodinâmica com o intuito de melhorar a potência das máquinas térmicas que
produziam muito calor e pouco rendimento.
No cenário científico mundial, o único do século XX é marcado por uma
nova revolução no campo da pesquisa da Física.
Em 1905 Eisten propõe a
teoria da relatividade, e os trabalhos de diversos cientistas abriram caminho para
o desenvolvimento da mecânica quântica.
A conjuntura favoreceu no Brasil a criação em 1934 do curso de “
Sciencias Fluysicas”, a Segunda Guerra Mundial em função do uso da Bomba
atômica provoca mudanças no currículo da Disciplina de Física.
No Brasil em 1946, pelo Decreto Federal nº 9355, de 13 de junho de 1946,
foi criada a 1ª Instituição Brasileira direcionada ao ensino de Ciências que foi o
Instituto Brasileiro de Educação, cultura e Ciências (IBECC).
Paralelamente começam a ser desenvolvidos Projetos nacionais.
A busca da modernização e desenvolvimento do países militares, pós
1964, valoriza o ensino das ciências, pois precisava de mão de obra barata e
qualificada o que levou a promulgação da Lei Nº 5692, de LDB em 1971.
Enquanto há aproximadamente um século não havia mais do que umas
poucas lâmpadas elétricas, a humanidade hoje é extremamente dependente da
eletricidade.
No Estado do Paraná, como no Brasil, no final da década de 70 e início de
80 com o fim da ditadura Militar e a perspectiva de abertura democrática; eleições
diretas, inicia-se a implantação da pedagogia histórico crítica. A partir de 2003, foi
proposta uma mobilização coletiva para elaboração de novas diretrizes
curriculares estaduais.
Entende se que a Física deve educar para cidadania e isso se faz
considerando a dimensão critica do conhecimento cientifico sobre o Universo de
fenômenos e a não neutralidade da produção desse conhecimento, mas seu
comprometimento e envolvimento com aspectos sociais, políticos, econômicos e
culturais.
B- CONTEÚDOS
1ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Movimento
-Movimento e inércia
Termodinâmica
-
Eletromagnetismo
movimento
Conservação
de
quantidade
de
-Variação da quantidade de movimento =
impulso
- 2º Lei de Newton
-3º Lei de Newton e condições de equilíbrio
-Energia e o Princípio da Conservação da
energia
-Gravitação
2ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Movimento
-Lei zero da termodinâmica
Termodinâmica
-1º Lei da Termodinâmica
Eletromagnetismo
-2º Lei da Termodinâmica
-Entropia e a Terceira lei da Termodinâmica
3ª SÉRIE
Movimento
-Carga elétrica e corrente elétrica
Termodinâmica
-Campo e ondas eletromagnéticas
Eletromagnetismo
-Força eletromagnética
-Equações de Maxwel
Lei de Gauss para eletrostática
Lei de Coulomb
Lei de Ámpere
Lei de Faraday
A natureza da luz e suas propriedades
C- METODOLOGIA
Após análise de algumas tendências e concepções percebemos que
construímos nossa ideia pedagógica a partir da reflexão de nossa prática, de
muita discussão da mesma com os professores e, voltamos à prática novamente
num processo em permanente mutação, para tanto consideramos algumas
questões:
Que o aluno tenha possibilidade de compreensão de conceitos e
significados e o estabelecimento de relações com experiência anteriormente
vivenciadas. Para tanto é importante uma metodologia de ensino que leva em
conta a experimentação e que a matemática não seja considerada por excelência
pré-requisito ao ensino da Física, considerando ainda que a Física não se separa
das outras disciplinas e que os conteúdos devam ser tratados num contexto
social, econômico, cultural e histórico, situando-os no tempo e no espaço. O
objetivo é construir o conhecimento como solução de problemas significativos,
respondendo as exigências do contexto em que está inserido e não apenas para
atender as expectativas de poucos. A física a ensinar é aquela que procura no
seu desenvolvimento progressivo, assistir a maneira como foi sendo elaborado e
aí aparecem dúvidas e contradições para que logo surjam outras dúvidas, outras
contradições.
Nesse sentido, a disciplina de Física deve ser ensinada a um público cujo
modelo de organização precisa ser questionado, portanto, implica pensar na
sociedade em que vivemos, construindo- se assim num ato político para formar
cidadão com responsabilidade coletiva da preservação do meio ambiente, do uso
adequado desses princípios no relacionamento social e comunitário.
Para tanto buscamos montá-lo com a especificidade e diferenças
necessárias a fim de auxiliar o trabalho em sala de aula, respeitando certos
argumentos de fundamental importância como:
A certeza de que esse material é um agente pedagógico capaz de traçar um
caminho que conduza o aluno ao sucesso no aprendizado;
A confiança que ele é em suporte que deve auxiliar o professor na
construção do conteúdo e permitir a opção pelo tipo de abordagem a ser
utilizado;
Que nele deve permear a abertura de trabalhar com as diversidades
existentes em cada classe (alunos inclusos ou não), com apresentação
dos conteúdos de forma mais simplificada possível, acompanhado de
atividades graduadas e em número suficiente para atender a todos os
níveis de exigências;
Encerrado cada capítulo, desenvolver um trabalho de recuperação do aluno
que está em defasagem no aprendizado para daí dar sequência no
desenvolvimento dos próprios conteúdos.
É importante considerar a ampla variedade de linguagens usadas, tais
como: numérica, algébrica, geométrica, gráfica, em desenhos, relatórios,
gincanas, maratonas, pesquisas, utilização de informática, seminários, visitas a
parque de ciências entre outros. Considerando alunos inclusos ou não.
Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma
formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com
relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os
conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do
educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas
atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no
campo para sua sobrevivência pelo que prevê a Lei nº 11.645, a qual altera a Lei
no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de
janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para
incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática
“História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.
D - AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser parte integrante do processo ensino-aprendizagem,
em que o objetivo não é verificar a quantidade de informações “retidas” pelo aluno
ao longo de um determinado período, já que não se concebe ensino como
“transmissão de conhecimento”.
Ela servirá como instrumento de diagnóstico do processo ensino –
aprendizagem, oferecendo elementos para uma revisão de postura de todos os
componentes desse processo (aluno – professor – conteúdo – metodologia –
instrumento de avaliação).
Dessa forma restringir a avaliação à conceito obtido em uma prova não
retrata com fidelidade o aproveitamento obtido, é necessário considerar a
avaliação como um recurso a serviço do desenvolvimento do aluno, que o leve a
assumir um compromisso com a aprendizagem.
Quanto aos critérios de avaliação em Física, deve-se verificar:
A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de
ensino e aprendizagem planejada.
A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos
A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos
A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos,
as leis e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro
evento que envolva os conhecimentos da Física.
E- REFERÊNCIAS
BONJORNO, Regina Azenha e outros. FÍSICA COMPLETA. São Paulo.
FTD S/A
PARANÁ/SEED. Programa Expansão, Melhoria e Inovação no Ensino
Médio-Documento elaborado para elaboração do Projeto. Curitiba: SEED,
1994.
QUADROS, S.. A Termodinâmica e a invenção das Máquinas
Térmicas. São Paulo: Scipione,1996
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática
educativa.São Paulo:Paz e Terra, 1996 (Coleção leitura).
BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional-LDB
9.394/96.
KRASILCHIK, M. O Professor e o Ensino das Ciências, São Paulo:
EPU; 1987.
PARANÁ/ SEED – Diretrizes de Física para o Ensino Médio, Versão
preliminar. Julho/2006.
FÍSICA: Ensino Médio / Seleção e organização: ZYLBERSZTAJN, Arden
et al. Organização Geral : STUDART, Nelson – Brasília: Ministério da Educação,
Secretaria da Educação Básica, 2006
PARANÁ/ SEED – Diretrizes de Física para o Ensino Médio. Curitiba,
Jul/2008.
COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA – EFMN
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
QUÍMICA
FÊNIX/2010
APRESENTAÇAO GERAL DA DISCIPLINA
A Ciência, como conjunto organizado de conhecimentos, apresenta-se
dividida em várias disciplinas, entre elas a Química, que estuda a natureza da
matéria, suas propriedades, suas transformações e a energia envolvida nesses
processos.
Apesar de se ter conhecimento de manifestações químicas muito antes da
Idade Média, foram os alquimistas que contribuíram de forma acentuada para o
desenvolvimento do que constituiria a Ciência Química.
Na busca, sem sucesso, da pedra filosofal e do elixir da longa vida, os
alquimistas introduziram e aperfeiçoaram técnicas de metalurgia, sintetizaram
várias substâncias, isolaram outras, além de terem registrado um grande número
de experimentos em suas observações.
A partir do século XVII, a ciência se transforma, tomando-se mais
experimental e menos filosófica: multiplicam-se as observações e as experiências.
A partir de então, começou a surgir um grande número de trabalhos importantes,
envolvendo vários cientistas.
No decorrer do século XVIII, destaca-se o isolamento dos elementos
gasosos, a descoberta de muitos elementos químicos. O Químico Antonie Laurent
Lavoisier propôs uma nomenclatura universal para os compostos químicos, que
foi aceita internacionalmente. Outros feitos contribuíram para o avanço da
indústria química da época, especialmente a da Inglaterra, entre eles: a solução
para problemas das indústrias de tecido, a construção de torres para a fabricação
continua de ácido sulfúrico, os estudos sobre corante na indústria têxtil.
No século XIX, John Dalton apresentou sua teoria atômica e também foi o
período onde a ciência moderna se consolidou. Em 1860, foi realizado o primeiro
Congresso Mundial de Química onde foram discutidas definições dos conceitos
de átomo, molécula, equivalente, atomicidade e basicidade, como conseqüência,
a classificação periódica dos elementos foi estabelecida por Dmitri Ivanovictch
Mendeleev.
Os interesses da indústria e a segunda guerra mundial impulsionaram
pesquisas e descobertas sobre o conhecimento químico; entre eles, os avanços
da eletricidade, a criação do plástico artificial, o bombardeio de núcleos com
partículas aceleradas conduziu à produção de novos elementos químicos.
Este percurso histórico contribui para constituição da Química como
disciplina escolar, inicialmente na França. No Brasil, as primeiras atividades de
caráter educativo em Química surgiram no inicio do século XIX, mas somente em
1931, a disciplina de Química passou a ser ministrada de forma regular no
currículo do Ensino Secundário.
De acordo com as DCEs, o ensino da Química deve estabelecer vínculos
com a história da disciplina, seus aspectos epistemológicos, defendendo uma
seleção de conteúdos estruturantes que a identifique como campo do
conhecimento constituído historicamente, nas relações políticas, econômicas,
sociais e culturais de diferentes sociedades. Com o objetivo de formar um aluno
que se aproprie dos conhecimentos químicos e seja capaz de refletir criticamente
sobre seu período histórico atual.
A abordagem no ensino da Química é norteada nas diretrizes pela
construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos, vinculada aos
contextos históricos, políticos, econômicos, sociais e culturais, e fundamentada
em teóricos como Chassot, Mortimer e Maldaner.
Podemos dizer que tudo à nossa volta é química, pois todos os materiais
que nos cercam passaram ou passam por algum tipo de transformação.
Percebemos que a Química proporcionou progresso, desenvolvimento e bemestar para a nossa vida.
CONTEÚDO : 1º SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
MATÉRIA E SUA NATUREZA
- MATÉRIA
-LIGAÇÃO QUÍMICA
BIOGEOQUÍMICA
-SOLUÇÃO
-REAÇÃO QUÍMICA
QUÍMICA SINTÉTICA
CONTEÚDO : 2ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
MATÉRIA E SUA NATUREZA
- REAÇÕES QUÍMICAS
-EQUILÍBRIO QUÍMICO
BIOGEOQUÍMICA
-FUNÇÕES QUÍMICAS
-SOLUÇÃO
QUÍMICA SINTÉTICA
- GASES
CONTEÚDO : 3ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
MATÉRIA E SUA NATUREZA
- RADIOATIVIDADE
BIOGEOQUÍMICA
- VELOCIDADE DAS REAÇÕES
QUÍMICA SINTÉTICA
-FUNÇÕES QUÍMICAS
METODOLOGIA
Todo o processo ensino-aprendizagem, em Química deve partir de um
conhecimento prévio dos estudantes, levando em consideração as suas
concepções espontâneas, a partir das quais será elaborado um conceito
científico.
Quando os estudantes chegam à escola eles não estão totalmente
desprovidos de conhecimento. Uma sala de aula pode reunir pessoas com
diferentes costumes, tradições, preconceitos e idéias que dependem da sua
origem. Isso torna impossível a utilização de um único tipo de metodologia com o
objetivo de uniformizar a aprendizagem.
Considerando os conhecimentos que o aluno traz, mostrando-lhe o
conhecimento científico historicamente produzido, o aluno do ensino médio terá
condições de formar conhecimentos científicos a respeito dos conhecimentos
químicos.
Para tanto serão utilizadas aulas expositivo-dialogadas com a utilização
de recursos audiovisuais quando possível. Leituras e discussão de textos
complementares dando oportunidade para que o educando desenvolva o
conhecimento cientifico, apropriando-se dos conceitos da Química, pesquisas em
diferentes fontes (livros, revistas, jornais, Internet etc.). Uso da experimentação
como forma de problematizar a construção dos conceitos de Química, sendo
ponto de partida para que os alunos construam sua própria explicação das
situações observadas por meio da prática experimental.
A abordagem experimental está na caracterização do seu papel
investigativo de sua função pedagógica em auxiliar o aluno na explicitação,
problematização, discussão, enfim, na significação dos conceitos químicos. A
realização de experiências deve ser organizada,planejada e dirigida pelo
professor numa relação dialógica.
No ensino de Química se faz necessário valorizar e fazer conhecer a
diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo
do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos
inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de
uma identidade nacional que se põe e repõe permanente, pelo que prevê a Lei
nº11.645, a qual altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada
pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases
da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a
obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”..
Também contemplando a Educação Fiscal para que o aluno tenha uma
formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com
relação à Educação do Campo esta deve também estar presente, contemplando
todos os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida
do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas
atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no
campo para sua sobrevivência.
AVALIAÇÃO
A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a
intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual
se estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de
acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos,
diagnosticar os resultados atribuindo-lhes valor.
Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de
reflexão dos educandos frente às suas próprias experiências. A avaliação será
contínua, descritivo, compreensivo que oportuniza uma atitude crítico-reflexiva
frente à realidade concreta.
A avaliação educacional seguirá orientações contidas no artigo 24, da
LDBEN 9394/96, que compreende os seguintes princípios:
· investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações
necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos;
· contínua: permite a observação permanente do processo ensinoaprendizagem e possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica;
· sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando,
utilizando instrumentos diversos para o registro do processo;
· abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempoescola do educando;
· permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos
pelo educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho
pedagógico da escola.
As avaliações devem ter em conta os objetivos específicos do
planejamento bimestral, ou seja, quais são as habilidades básicas de raciocínio e
a aplicação dos conteúdos que no início do ano, o professor se propôs a
desenvolver para os seus alunos.
A avaliação processual utilizará de instrumentos diversificados, tais como:
leitura e interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação da
tabela periódica, debates, apresentação de seminários, experiências, relatórios de
aulas em laboratório, pesquisas bibliográficas, trabalhos coletivos, atividades
complementares. Estes instrumentos devem ser selecionados de acordo com
cada conteúdo e objetivo de ensino.
Com a avaliação espera-se que o aluno: entenda e questione a Ciência
de seu tempo e os avanços tecnológicos na área da Química; construa e
reconstrua o significado dos conceitos químicos; tome posições frente às
situações sociais e ambientais desencadeadas pela produção do conhecimento
químico;
compreenda
a
constituição
química
da
matéria a
partir dos
conhecimentos sobre modelos atômicos, estados de agregação e natureza
elétrica da matéria.
Formule o conceito de soluções a partir dos desdobramentos deste
conteúdo básico, associando substâncias, misturas, métodos de separação,
solubilidade, concentração, forças intermoleculares, etc.; identifique a ação dos
fatores que influenciam a velocidade das reações químicas, representações,
condições
fundamentais
para
ocorrência,
lei
da
velocidade,
inibidores;
compreenda o conceito de equilíbrio químico, a partir dos conteúdos específicos:
concentração, relações matemática e o equilíbrio químico, deslocamento de
equilíbrio, concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalisadores,
equilíbrio químico em meio aquoso.
Elabore o conceito de ligação química, na perspectiva da interação entre
o núcleo de um átomo e eletrosfera de outro a partir dos desdobramentos deste
conteúdo básico; entenda as reações químicas como transformações da matéria
a nível microscópico, associando os conteúdos específicos elencados para esse
conteúdo básico; reconheça as reações nucleares entre as demais reações
químicas que ocorrem na natureza, partindo dos conteúdos específicos que
compõem esse conteúdo básico; diferencie gás de vapor, a partir dos estados
físicos da matéria, propriedades dos gases, modelo de partículas e as leis dos
gases; reconheça as espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxido em relação a
outra espécie com a qual estabelece interação.
É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma
única oportunidade de aferição. O resultado das atividades avaliativas será
analisado pelo educando e pelo professor, em conjunto, observando quais são os
seus avanços e necessidades, e as consequentes demandas para aperfeiçoar a
prática pedagógica.
REFÊRENCIAS
CHASSOT, Attico, Catalisando transformações na educação.Ijuí: Editora
Uniju.1993.
MALDAMER, O.A. A formação inicial e continuada de professores de química
professor/pesquisador. Ijuí: Ed.Unijuí, 2000.
MORTIMER, Química Grupo Editorial Iberoamericana
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação
Básica: Química. Curitiba, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação Superintendência de Educação.
Livro Didático Público. Química. 2 ed. Curitiba: SEED – PR, 2008.
RUSSEL, J.B. Química geral. São Paulo: McGraw-hill, 1981.
SANTOS, W.L.P.MÓL, G.S.; Química e sociedade: cálculos, soluções e estética.
São Paulo: Nova Geração, 2004.
SARDELLA, A; FALCONE, M. Química: série Brasil. São Paulo: Ática, 2004.
SCHWARTZMAN, S. Formação da comunidade científica no Brasil. Rio de
Janeiro: FINEP, 1979.
COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA – EFMN
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
SOCIOLOGIA
FÊNIX/2010
A) APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Sociologia nasce como uma ciência disposta a dar conta das questões
sociais, fruto do seu tempo, um tempo de grandes transformações sociais que
trouxeram a necessidade de a sociedade e a ciência serem pensadas.
O contexto de nascimento da Sociologia como disciplina científica é
marcado pelas consequências de três grandes revoluções: uma política, a
Revolução Francesa de 1789; uma social, a Revolução Industrial e uma revolução
na ciência, que se firma com o Iluminismo, com sua fé na razão e no progresso da
civilização.
Esses acontecimentos conjugados – a queda do Antigo Regime e a
ascensão da democracia; a industrialização expandida pelas máquinas e a
concentração de trabalhadores nas cidades; e a admissão de um método
científico propiciado pelo racionalismo – garantem as condições para o
desenvolvimento de um pensamento sobre a sociedade. Inicialmente, um
pensamento de cunho conservador desenha- se mais como uma forma cultural de
concepção do mundo, uma filosofia social preocupada em questionar a gênese da
sociedade e a sua evolução.
A Sociologia volta-se, todo tempo para os problemas que nós enfrentamos no
dia-a-dia de nossas vidas em sociedade. Ela pretende ser um conhecimento
científico sobre a realidade social e, enquanto tal, visa a estabelecer teorias, bem
como confortá-las com a realidade.
Como ciência, a sociologia delineou-se no rastro do pensamento
positivista, vinculada à ordem das Ciências Naturais. O caráter científico, tão
buscado e valorizado na época, estava ligado à lógica da ciência dita
“experimentais”. Ou seja, para acender ao estatuto de ciências, deveria atender a
determinados pré-requisitos e seguir métodos “científicos” que pretendiam
também a neutralidade e o estabelecimento de regras. São representados desse
pensamento. Augusto Conte o primeiro a usar o termo sociologia, relacionado
com a ciência da sociedade, e Émile Durkhein que adotou conceitos elaborados
por Conte, especialmente o de ordem social, para delinear uma das correntes
representativas do pensamento sociológico. Apesar de sua origem conservadora
de sua proposta inicial conformista, a sociologia desenvolvem também um olhar
crítico e questionador sobre a sociedade. O pensador Karl Marx trouxe importante
contribuição ao pensamento sociológico por que desnudou as relações de
exploração que se estabeleceram a porta do momento em que uma determinada
classe social apropriou-se dos meios de produção e passou a deter e conduzir os
mecanismos da sociedade. No Brasil, tanto as ideias conformistas quanto as
revolucionários
exerceram forte
influência
na
formação
do
pensamento
sociológico brasileiro. Com o advento da República Houve a primeira tentativa de
se introduzir a Sociologia como disciplina Escolar obrigatória no Brasil através do
então ministro da Educação Benjamim Constante, em 1891. A 1ª escola a
introduzir a disciplina no nível médio foi a tradicional D. Pedro II, no RJ, em 1925.
Após 1930, a disciplina passa a ser ampliada com a possibilidade de oferecer
uma formação mais humanística para os estudantes secundários. Mas na
segunda fase da Era Vargas, em 1942, sua obrigatoriedade é retirada das escolas
secundárias, permanecendo apenas nas Escolas Normais até o golpe militar de
64. A partir de 1964, a disciplina de sociologia desapareceu dos currículos das
escolas médias, permanecendo restritos as Escolas Normais. Com a Lei 5.673/71
foram introduzidas as disciplinas de EMC e OSPB com o intuito de substituir a
sociologia e a Filosofia. A nova LDB lei 9.394 de 1996 prevê que os alunos ao
terminarem o Ensino Médio devem demonstrar conhecimentos de sociologia e
filosofia. Em 1997º ex-deputado Padre Roque, PT propões um projeto que altera a
LDB e torna a sociologia e filosofia disciplinas obrigatórios, tal projeto foi vetado
pelo presidente Fernando H. Cardoso. A trajetória do ensino de sociologia,
caracterizada por frequentes interrupções trouxe-lhe marcas que não podem ser
ignoradas relativamente a sua inserção no cenário educacional.
problemas que vivemos
Os
grandes
hoje provenientes do acirramento das forças do
capitalismo mundial e do desenvolvimento industrial desenfreada entre causas,
exigem sujeito capazes de rejeitar a lógica neoliberal da destruição social e
planetária . É tarefa inadiável da escola e da sociologia a formação de novos
valores, de uma nova ética e de novas práticas que indiquem a possibilidade de
construção de novas relação social.
B) CONTEÚDOS
1ª SÉRIE
Conteúdos estruturantes:
O surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas.
Conteúdos básicos:
Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do
pensamento social;
Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber.
O desenvolvimento da Sociologia no Brasil.
Conteúdos estruturantes:
Processo de socialização e as instituições sociais.
Conteúdos básicos:
XXV-
Processo de socialização;
XXVI-
Instituições familiares;
XXVII-
Instituições escolares;
XXVIII-
Instituições religiosas;
XXIX-
Instituições de reinserção.
2ª SÉRIE
Conteúdos estruturantes:
•
Cultura e Indústria Cultural
Conteúdos básicos:
•
Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição
na análise das diferentes sociedades;
•
Diversidade cultural;
•
Identidade;
•
Indústria cultural;
•
Meios de comunicação de massa;
•
Sociedade de consumo;
Conteúdo estruturante
XXI-
Trabalho, Produção e Classes Sociais
Conteúdos básicos
17. O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;
18. Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais
19. Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;
20. Globalização e Neoliberalismo;
21. Relações de trabalho;
22. Trabalho no Brasil.
3ª SÉRIE
Conteúdos estruturantes:
•
Poder, Política e Ideologia
Conteúdos básicos:
•
Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;
•
Democracia, autoritarismo, totalitarismo;
•
Estado no Brasil;
•
Conceitos de Poder;
•
Conceitos de Ideologia;
•
Conceitos de dominação e legitimidade;
•
As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.
Conteúdos estruturantes
•
Direito, Cidadania e Movimentos Sociais
Conteúdos básicos:
25. Direitos: civis, políticos e sociais;
26. Direitos Humanos;
27. Conceito de cidadania;
28. Movimentos Sociais;
29. Movimentos Sociais no Brasil;
30. A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;
31. A questão das ONG’s.
C) METODOLOGIA
A sociologia deve explicitar as diversas visões de mundo, as concepções
de sociedade e de homem. Tem como atribuição básica: ir além de investigar,
identificar descrever, classificar, interpretar, explicar todos os fatos relacionados à
vida social, logo permite instrumentalizar o aluno para que possa decodificar a
complexidade social através do desenvolvimento do pensamento crítico e
instigante.
Assim, pelo conhecimento sociológico sistematizado o aluno poderá
construir uma postura mais reflexiva e crítica diante da complexidade do mundo
moderno. Poderá perceber-se como elemento ativo, dotado de força “política” e
capacidade de transformar e, até mesmo, viabilizar através de exercícios pleno de
sua cidadania, mudanças estruturais que apontem para um modelo de sociedade
mais justo e solidário.
Cabe ao professor, orientar os alunos também através do conhecimento da
sociologia de maneira contextualizada, no sentido de compreender e aliviar o
impacto causado pelo conjunto de transformação econômico-sociais geradas pelo
fortalecimento do sistema capitalista e pelo grande desenvolvimento tecnológico e
científico, bem como aliviar o impacto gerado pela relevante desestruturação de
instituições sociais como a “família”.
Tem portanto, a sociologia, a função de “armar” o aluno com instrumentos que
possibilitem ultrapassar o senso comum e entender se como o reflexo e agente da
situação histórica do mundo e que aproxima esses saberes da sua realidade. Ela
não quer apresentar dogmas, mas, questionar para compreender.
É tarefa primordial do conhecimento sociológico explicitar problemáticas
sociais concretas e contextualizadas, de modo a descobrir pré noções e
preconceitos que quase sempre dificultam o desenvolvimento da autonomia
intelectual e de ações políticas direcionadas à transformação social.
Enfim, o ensino da sociologia pressupõe metodologias que coloquem os alunos
como sujeitos de seu aprendizado; não importa que o encaminhamento seja a
leitura, o debate, a pesquisa de campo ou a análise de filmes, mas, importa que o
aluno seja constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever
os conceitos e a reconstruir coletivamente novos saberes. Partir da prática social
dos alunos permitirá a tomada de consciência sobre essa mesma prática, que não
é apenas o que pensam ou sentem, mas é também uma expressão social do
grupo do qual ele faz parte. A pesquisa de campo pode ser iniciada antes ou
depois de se apresentar o
conteúdo a ser desenvolvido. Quando a pesquisa preceder a apresentação do
conteúdo, os resultados obtidos devem servir como base para problematizações
a serem desenvolvidas. Se a pesquisa suceder o desenvolvimento dos
conteúdos,
os resultados deverão comprovar ou refutar o que foi discutido à luz das teorias
sociológicas.
Cabe ao professor a proposição e organização da pesquisa, porém, ele poderá
contar com a contribuição dos alunos para definição do tema e do enfoque ou
recorte a ser privilegiado. O professor deve estabelecer os contatos sociais
prévios
e conhecer o lugar onde a pesquisa será realizada, bem como assegurar-se da
viabilidade de seu desenvolvimento.
No ensino de Sociologia se faz necessário valorizar e fazer conhecer a
diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo
do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos
inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de
uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.Também contemplando
a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua
cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do
Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o
objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este
deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na
área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência,
pelo que prevê a Lei nº11.645, a qual altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de
1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede
de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena”..
D) AVALIAÇÃO
A avaliação no ensino da sociologia não deverá ser meramente verificatória
da aprendizagem dos conceitos trabalhados ou das teorias, mas precisará ser
articulada, desde o primeiro dia em que o aluno entra em contado com o
conhecimento sociológico, procurando perceber a apreensão que os estudantes
realizam, as modificações que demonstram na compreensão dos mecanismos de
funcionamento da sociedade, nos discursos, nos posicionamentos dentro do
espaço escolar e nas relações sócias.
As formas de avaliação em Sociologia acompanham as próprias práticas
de ensino e de aprendizagem na disciplina, seja, reflexão crítica nos debates, que
acompanham os textos ou filme, seja a participação nas pesquisas de campo,
seja, a produção de textos que demonstrem a capacidade de articulação entre
teoria e prática.
E) REFERÊNCIAS
BACHELARD, Gaston. O novo espírito científico. Rio de Janeiro:
Brasileiro, 1968.
Tempo
FERNANDES, Florestan. Ensaios de sociologia geral e aplicada. São Paulo:
Livraria Pioneira Editora, 1960.
_____. Elementos de uma sociologia teórica. São Paulo: Editora Nacional e
Editora da USP, 1970.
_____. Fundamentos empíricos da explicação sociológica. 2.ed. São Paulo:
Nacional, 1972.
_____. A sociologia no Brasil; contribuição para o estudo de sua formação e
desenvolvimento. Petrópolis: Vozes, 1976a.
_____. A sociologia numa era de revolução social. 2 ed. São Paulo: Zahar
Editores, 1976b.
GIDDENS, Anthony. Política, sociologia e teoria social: encontros com o
pensamento social clássico e contemporâneo. São Paulo: Fundação Editora da
UNESP, 1998.
_____. Capitalismo e moderna teoria social; uma análise das obras de
Marx,Dukheim e Max Weber. Lisboa: Editorial Presença, 1990.
PARANÁ. SEED- Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação
Básica do Estado do Paraná - Sociologia. Curitiba, 2006.
PROPOSTA CURRICULAR DO CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES DA
EDUCAÇÃO INFANTIL E DAS SÉRIES INCIAIS DO ENS. FUNDAMENTAL, EM
NÍVEL MÉDIO, NA MODALIDADE NORMAL - INTEGRADO
FORMAÇÃO DE DOCENTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL.
DISCIPLINA: LINGUA PORTUGUESA E LITERATURA
1- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
Segundo Bakthin, a língua se configura num espaço de interação
entre os sujeitos que se constituem através dessa interação, e ainda mais, a
língua só se constitui pelo uso, ou seja, movida pelos sujeitos que interagem. Isto
significa compreender a língua como “um conjunto aberto e múltiplo de práticas
sociointeracionais, orais ou escritas, desenvolvidas por sujeitos historicamente
situados”. Pensar a linguagem (e a língua) desse modo é perceber que ela não
existe em si, mas só existe efetivamente no contexto das relações sociais: ela é
elemento
constitutivo
dessas
múltiplas
relações
e
nelas
se
constitui
continuamente”. (Faraco,2003)
A linguagem – e a Língua Materna – é vista, assim, como atividade
que se realiza historicamente entre sujeitos, constituindo-se, os sujeitos e a
linguagem, nos múltiplos discursos e vozes que a integram. Se os gêneros
discursivos são fundamentos para o trabalho pedagógico com a linguagem verbal,
os conceitos de texto, de leitura não se restringem, aqui, à linguagem escrita: eles
abrangem, além dos textos escritos e falados, a integração da linguagem verbal
com “as outras linguagens (artes visuais, a música, o cinema, a fotografia, a
semiologia gráfica, o vídeo, a televisão, o rádio, a publicidade, os quadrinhos, as
charges, a multimídia e todas as formas infográficas ou qualquer outro meio
linguageiro criado pelo homem), percebendo seu chão comum (são todas práticas
discursivas sociointeracionais) e suas especificidades (seus diferentes suportes
tecnológicos, seus diferentes modos de composição e de geração de
significados.)” (Faraco, 2000)
Essa concepção recusa esses olhares que alienam a linguagem de
sua realidade social concreta. Nós a concebemos como um conjunto aberto e
múltiplo de práticas sociointeracionais, orais ou escritas, desenvolvidas por
sujeitos historicamente situados.
Por outro lado, os próprios falantes tomam forma como sujeitos
históricos e como realidades psíquicas em meio a essa intricada rede de relações
socioverbais e pela interiorização da própria dinâmica da interação socioverbal.
Somos, nesse sentido, seres de linguagem, constituídos e vivendo
num complexo feixe de relações socioverbais. De forma alguma, podemos ser
compreendidos como meros aplicadores de regras de um sistema gramatical: ou
como meros reprodutores de um certo monumento lingüístico cristalizado; ou,
ainda, como meros usuários de um instrumento externo a nós.
Desse modo, ensinar português é, fundamentalmente, oferecer aos
alunos a oportunidade de amadurecer e ampliar o domínio que eles já têm das
práticas de linguagem. Em língua materna, a escola obviamente, nunca parte do
zero: os alunos têm experiência acumulada de práticas de fala e de escrita. Cabenos, no entanto, criar condições para que esse domínio dê um salto de qualidade,
tornando-se mais maduro e mais amplo.
Portanto, devemos levar o aluno do curso de Formação de Docentes
a ter o domínio amplo da leitura, da escrita e da fala em situações formais, quanto
do desenvolvimento de uma compreensão da própria realidade da linguagem nas
suas dimensões sociais, históricas e estruturais.
2 - OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
_ Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a
cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos
discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;
_ Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por
meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o
assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;
_ Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo
de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização;
_ Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da Literatura, a
constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho
com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.
3 – CONTEÚDOS:
ORALIDADE:
- relato de experiências pessoais, contos, romances, crônicas;
- dramatização de obras literárias (poesias, contos, crônicas, romances);
- debate de textos lidos (literários, informativos, científicos, programas de TV);
- identificação das idéias contidas no texto, interlocutor, objetivo do texto e a
coerência na construção do texto;
- exposição de idéias com clareza, seqüenciação, objetividade, consistência
argumentativa, adequação vocabular, tanto em debates como em discussões.
LEITURA:
- prática de leitura de textos de vários gêneros (literários, informativos,
científicos, publicitários);
- identificação da idéia central;
- reconhecimento das diferentes tipologias textuais;
- identificação do interlocutor, do objetivo do texto, da coerência na construção
do texto, tema, argumentação usada;
- compreensão crítica do conteúdo;
- análise das opções expressivas: características da linguagem, dos fatos e
dos estilos.
ESCRITA:
- elaboração de sínteses, parágrafos argumentativos, paródias e resumos de
textos lidos;
- prática de escrita de textos informativos, narrativos, descritivos, poesia;
- apresentação de mural (cartazes focalizando momentos literários);
- nos textos escritos pelos alunos, em relação ao conteúdo levar em
consideração: a clareza, coerência, coesão, consistência argumentativa,
redundância inadequada;
- em relação a estrutura: paragrafação, adequação dos recursos coesivos;
- em relação à expressão: adequação à norma padrão, superação das marcas
inadequadas de oralidade, pontuação.
ANÁLISE LINGÜÍSTICA:
- temas gramaticais correlacionados com o controle da norma padrão (esse
estudo deve ser articulado com a prática de análise de textos lidos e deve ser
feito com base em uma concepção clara e realista da variação lingüística, das
diferenças entre linguagem falada e linguagem escrita, entre fala formal e
informal);
- concordância nominal e verbal;
- regência nominal e verbal (no caso da regência, será importante o contraste
adequado
entre
regências
mais
tradicionais
com
suas
vertentes
contemporâneas; além disso, é preciso muito cuidado com a regência em
orações subordinadas adjetivas e o emprego do pronome relativo);
- temas gramaticais correlacionados com o domínio dos recursos expressivos
(esses temas devem ser estudados na prática de reconstrução de textos, na
prática de análise de textos lidos, por meio de exercícios de reelaboração
sintática em que se explore a sinonímia estrutural e entre os períodos
compostos; entre subordinação e coordenação, entre orações reduzidas,
orações plenas e sintagmas nominais complexos);
- reforço ao uso convencional e, principalmente, expressivo da pontuação;
- reforço à representação gráfica adequada (ortografia e pontuação).
LITERATURA:
- prática de interpretação de textos literários como uma contínua construção
da consistência argumentativa do discurso;
- incorporação de idéias e relações textuais do aluno em face aos textos
literários integrais;
- seleção de textos literários que estimulem as relações dos textos escolhidos
com o contexto presente;
- a leitura do texto literário será experiência que desvelará ao aluno as
especificidades desse tipo de texto, desde sua criação de mundos, até os
recursos de linguagem presentes em cada obra;
- desenvolvimento do projeto Afro na Literatura.
4 – METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
Temos claro de que a concepção de linguagem e procedimentos
metodológicos não são realidades isoladas, isto é, o modo como concebemos a
linguagem condiciona nossa metodologia.
Assim, a concepção de linguagem que adotamos pressupõe uma
metodologia ativa e diversificada, compreendendo o trabalho individual, o trabalho
em duplas ou em pequenos grupos e o trabalho com as turmas, além de
atividades expositivas do professor.
O trabalho com a Língua Portuguesa e a Literatura deve oportunizar
aos alunos inclusos idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem
diferenças
sociais,
culturais
e
pessoais,
efetivando-se
a
igualdade
de
oportunidades, principalmente, em condições semelhantes aos demais.
No ensino de Língua Portuguesa e Literatura se faz necessário
valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade
brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando
integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais
a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe
permanente.Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha
uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres.
Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente,
perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com
a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem
suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no
campo para sua sobrevivência.
LEITURA
Ler pressupõe, em primeiro lugar, familiarizar-se com diferentes tipos
de textos oriundos das mais variadas práticas sociais (em especial da literatura,
do jornalismo, da divulgação científica, da publicidade).
Pressupõe também o desenvolvimento de uma atitude
de leitor
crítico, o que significa, entre outros aspectos, perder a ingenuidade diante do
texto dos outros, percebendo que atrás de cada um há um sujeito, com uma
certa experiência histórica, com um determinado universo de valores, com uma
intenção.
Ler pressupõe também uma compreensão responsiva, o que implica
reagir ao texto, dar-lhe uma resposta, concordando com ele, ou dele discordando;
rindo dele, emocionando-se com ele, aplaudindo-o, refutando-o, assinalando-o,
fazendo-lhe a paródia e assim por diante.
Neste ponto, é importante dizer que ler e texto não estão aqui sendo
usados como termos restritos à linguagem escrita. Entendemos ler em sentido
mais amplo, como a ação de recepção crítica e responsiva dos textos escritos ou
falados.
E mais: por extensão queremos abranger também a recepção (leitura)
de manifestações (textos) em outras linguagens, combinadas ou não
linguagem verbal.
com a
Cabe, portanto, à disciplina de Língua Portuguesa se concentrar nas
atividades de leitura dos textos em linguagem verbal. No entanto, não pode deixar
de oferecer aos estudantes uma experiência de leitura de outras linguagens,
considerando-se de um lado, que somos seres de múltiplas linguagens; e, de
outro, que a sociedade contemporânea amplificou a circulação de textos nas mais
variadas linguagens, exigindo uma múltipla capacidade de leitura de seus
cidadãos.
ESCRITA
O
ato
de
escrever
deve
ser
visto
como
uma
atividade
sociointeracional. Ou dito de outra forma, escrevemos para alguém ler. Isso
implica reconhecer que o interlocutor é um dos condicionantes do nosso texto. Em
conseqüência, a escrita cobra de nós uma ação de contínua adequação do nosso
dizer às circunstâncias de sua produção.
As atividades de escrita devem ser sempre contextualizadas. É uma
das formas que temos para contornar um certo artificialismo inerente à prática
escolar da escrita, transformando-a numa atividade efetivamente geradora de
sentidos.
É importante que no trabalho com a escrita se crie um ambiente de
‘oficina’ para as situações práticas, isto é, a escrita não deve jamais ser encarada
como uma tarefa burocrática, mas sim coletiva, de forma que envolva o aluno na
preparação, apreciação e refeitura dos textos.
ORALIDADE
O curso de Formação de Docentes não pode descuidar da oralidade,
seja pelo efeito positivo que seu desenvolvimento tem sobre o conjunto das
práticas de linguagem, seja pela relevância que o falar em situações formais tem
para a vida cidadã.
Não precisamos, é claro, ensinar aquelas práticas que aprendemos
espontaneamente no nosso cotidiano (a conversa informal e corriqueira). No
entanto, a escola precisa oferecer aos alunos a oportunidade de amadurecer o
falar com segurança e fluência em situações formais (isto é, no espaço público,
diante de um conjunto plural de interlocutores), seja em atividade de transmissão
de informação, seja no debate.
As práticas com a oralidade, em especial aquelas que envolvem
debate são uma oportunidade especial para o amadurecimento do convívio
democrático, seja pelo exercício do direito à livre expressão, seja, sobretudo, pela
polêmica civilizada, a qual pressupõe, entre outros fatores, uma escuta
respeitosa, uma enunciação clara e sustentada de opiniões e a abertura para
novos argumentos e pontos de vista.
ANÁLISE LINGÜÍSTICA
Na articulação destes três conteúdos – leitura, escrita e oralidade –
estão os gêneros do discurso e a reflexão sobre a linguagem, que são as
operações com a língua que os alunos vão realizar.
O ensino de português deve levar o aluno a uma ação reflexiva sobre
a própria linguagem, integrando as práticas socioverbais e o pensar sobre elas.
Esse pensar envolve tanto a compreensão da realidade estrutural da
linguagem (isto é, de sua organização gramatical), quanto, e especialmente a
compreensão de sua realidade social e histórica (isto é, da variação lingüística).
LITERATURA
O trabalho pedagógico com a Literatura no curso de Formação de
Docentes não pode deixar de lado a formação do leitor. Por isso tal trabalho não
deve se prender ao uso exclusivo dos livros didáticos que substituem a riqueza
potencial da literatura pela mera historiografia literária, preocupada com dados
biográficos de autores, lista de obras produzidas por eles bem como a sua
descrição, além da circunscrição da obra a um contexto histórico desvinculado da
realidade do aluno.
Segundo Garcia (2005), a Literatura deve ser um corpo expansivo,
aberto aos acontecimentos a que os processos de leitura – que tornam o leitor
autor- não cessam de forçá-la. O trabalho com literatura em sala de aula deve
permitir a constituição de um campo de interação em torno do objeto estético que,
mais que o agenciamento de instâncias de controle, abre-se para espaço
incontrolável da linguagem. As aulas de Literatura requerem de acordo com essa
concepção, que o repertório de leitura do professor esteja em contínua ampliação.
Então, ao selecionar textos literários para seus alunos, o professor, além de ter
em vista o caráter de literariedade desses textos, terá as oportunidades de
relaciona-los através das combinações suscitadas por seu percurso de leituras.
A Literatura será um elemento fixo na composição com outros
elementos móveis que o professor determinará por si e pelas necessidade que
perceber na interação dos alunos com os textos literários. Assim, temos, numa
relação meramente exemplificativa: Literatura e Arte; Literatura e Biologia;
Literatura e... Qualquer das disciplinas do currículo do curso de Formação de
Docentes.
O trabalho com Literatura potencializa uma prática diferenciada com
os conteúdos estruturantes elencados acima (oralidade, leitura e escrita) e se
constitui num forte influxo capaz de fazer aprimorar o pensamento trazendo sabor
ao saber.
Para tanto o professor de Língua Portuguesa e Literatura no curso de
Formação de Docentes será capaz de se valer de todos os meios de que dispõe
para – ao aperfeiçoar a expressão e a compreensão dos seus alunos aos níveis
da oralidade, leitura e escrita, fazendo a um tempo com que o pensamento
prolifere – permitir que os alunos façam suas próprias escolhas ante as
oportunidades que a vida colocar na sua frente e caminhem com suas próprias
pernas. Um professor de Língua Portuguesa e Literatura deve educar para a
criatividade e para a liberdade.
5 – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:
A
avaliação
–
seus
critérios
e
procedimentos
–
decorre,
evidentemente, da concepção de linguagem que foi aqui exposta. Em outras
palavras, entendemos que a avaliação não pode ser pensada e realizada sem
uma vinculação intrínseca com o modo como concebemos a linguagem e como
definimos as metodologias.
Nessa concepção, a avaliação formativa, que considera ritmos e
processos de aprendizagens diferentes nos estudantes e, na sua condição de
contínua e diagnóstica, aponta as dificuldades, possibilita que a intervenção
pedagógica aconteça a tempo, informando os sujeitos do processo (professor e
alunos), ajudando-os a refletirem e tomarem decisões.
Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada, primeiramente, em
função da adequação do discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações.
Num seminário, num debate, numa troca informal de idéias, numa entrevista,
numa contação de história, as exigências de adequação de fala são diferentes, e
isso deve ser considerado numa análise da produção oral dos estudantes. Mas é
necessário, também, que o aluno se posicione como avaliador de textos orais
com os quais convive (noticiários, discursos políticos, programas televisivos, etc.)
e de suas próprias falas, mais ou menos formais, tendo em vista o resultado
esperado.
A avaliação da leitura deve considerar as estratégias que os
estudantes empregam no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido, o
sentido construído para o texto, sua reflexão e sua resposta ao texto. Não é
demais lembrar que essa avaliação precisa considerar as diferenças de leitura de
mundo e repertório de experiências dos alunos.
Em relação à escrita, retomamos o que já se disse: o que determina
a adequação do texto escrito são as circunstâncias de sua produção e o resultado
dessa ação. É a partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos
textuais e gramaticais. Tal como na oralidade, o aluno precisa, também aqui,
posicionar-se como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu
próprio texto.
O posicionamento do aluno como avaliador de seus textos orais e
escritos é essencial para que ele adquira autonomia, e não há que se perder de
vista, a necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize
interdisciplinarmente na aprendizagem do aluno incluso, de modo a não se
caracterizem dois processos distintos e desvinculados, um regular e outro
especial.
6 – BIBLIOGRAFIA:
COLOMER, Teresa; CAMPS, Anna. Ensinar a ler, ensinar a compreender.
Porto Alegre: Artmed, 2002.
FARACO, Carlos Alberto. Português língua e cultura.Curitiba: Base Editora
LTDA, 2005.
FARIA, Maria Alice.O jornal na sala de aula. São Paulo: Contexto,1991.
FÁVERO, Leonor L.; KOCH, Ingedore G.V. Lingüística textual: uma introdução.
São Paulo: Cortez, 1988; Editora
Mediação, 2003.
KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 7ª ed. C
FIORIN, José Luiz.Elementos de análise do discurso.São Paulo: Contexto,
1994.
FIORIN, José Luiz. e SAVIOLI, Francisco Platão. Para entender o texto.São
Paulo: Editora Ática, 1998.
INFANTE,Ulisses.Curso de gramática aplicada aos textos. São Paulo:
Scipione, 1995.
JANSSEN, Felipe; HOFFMANN, Jussara; ESTEBAN, Maria Teresa.(Org)
Práticas avaliativas e Aprendizagens significativas. Porto Alegre Campinas
São Paulo: Pontes, 2000.
KOCK, Ingedore V. A interação pela Linguagem.São Paulo: Contexto, 1992.
KOCK, Ingedore V. A coesão textual. 3ª ed. São Paulo: Contexto, 1991.
KOCK, Ingedore V. A coerência textual. 3ª ed. São Paulo: Contexto, 1990.
ORLANDI, Eni Puccinelli. A linguagem e seu funcionamento.Campinas: Pontes
Editores, 1996.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Reestruturação do Ensino de 2º
Grau.Curitiba, 1988.
ROJO, Roxane (Org). A prática de linguagem em sala de aula. São Paulo:
Mercado de Letras, 2000.
SOARES, Magda B. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2002.
SOLE, Isabel. Estratégias de Leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998.
DISCIPLINA: – ARTE – ENSINO MÉDIO INTEGRADO
1- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A arte é um campo por excelência que possibilita a valorização da
diversidade, pois a mesma
é caracterizada por uma cultura
pluridentitária
formada através da contribuição, de diferentes grupos sociais, étnicos, das áreas
urbanas e rurais, a qual constrói uma realidade multicultural. Nesta realidade
estão presentes aspectos da cultura de diferentes grupos indígenas e africanos,
dos europeus, dos orientais, dos jovens, dos velhos, das mulheres e homens, da
cultura erudita e da popular, do artesanato e da informática, da arte e da ciência,
influenciando-se reciprocamente, mas mantendo sua identidade. Desta forma o
ensino de arte deve estar pautada na interdisciplinaridade e na valorização da
pessoa humana como ser criador e auto-criador. Portanto o desafio do professor
está em dialogar com a diferença, possibilitando ao aluno uma educação
multiculturalista, a qual permite ao mesmo lidar com a diferença de modo positivo
na arte e na vida.
Desta forma papel da arte na formação humana, como conhecimento,
como trabalho, como expressão; Estudos das diferentes concepções de arte;
Conhecimento, trabalho e expressão e sua relação com o ensino; Estudo das
tendências pedagógicas – Escola tradicional, nova e Tecnicista – com ênfase nos
marcos históricos e culturais do ensino da arte no Brasil. Conhecimento teórico e
prático dos elementos formais e de composição das artes visuais, da música, da
dança e do teatro e sua contribuição na formação dos sentidos humanos desde a
Educação Infantil e anos iniciais – abordagens metodológicas para o ensino de
artes. A atividade artística na escola: fazer e apreciar a produção artística. As
atividades artísticas como instrumental para a Educação Infantil e anos iniciais.
2 - OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
XXII- Conceituar e conhecer através do contato com o mundo da cultura a
forma específica de a arte significar o mundo e as coisas, expondo o
que pensam sobre a forma expressiva que vêem e o sentido que
elaboram ao fruir a produção artística.
XXIII- Relacionar e comparar intenções e valores nas manifestações artísticas
e estéticas do passado e da atualidade, na sua própria cultura e na de
outros povos, bem como: no teatro, na música, na dança, nas artes
visuais, identificando autores e artistas de diferentes épocas, países,
movimentos, gêneros nas diversas linguagens da arte.
XXIV- Reconhecer as profissões artísticas (maestro, compositor, ator,
bailarino, artista plástico, escultor, coreógrafo, estilista, dramaturgo,
cineasta, diretor, gravador, arquiteto, ceramista etc.) através da história
da arte.
XXV- Educá-lo por meio da visão e para além do raciocínio.
XXVI- Proporcionar-lhe condições favoráveis para o seu desenvolvimento total
3 - CONTEÚDOS:
Renascimento (contexto histórico, características, pintores, escultores, músicos e
suas principais obras);
-
A Reforma e contra-reforma;
-
Barroco e Rococó;
-
Neoclassicismo;
-
Romantismo;
-
Realismo;
-
Impressionismo;
-
Pós - impressionismo;
-
Expressionismo;
-
Cubismo (analítico e sintético);
-
Favismo;
-
Abstracionismo;
-
Dadaismo;
-
Arte indígena;
-
Cultura afro-brasileira;
-
Surrealismo;
-
Op art;
-
Pop art;
-
A arte no Brasil;
-
Música brasileira;
-
Pintores brasileiros;
-
Perspectiva;
-
Pintura com manquini;
-
Hachuras com manquini;
-
Xilogravura;
-
Cinema;
-
Televisão;
-
Rádio;
-
Teatro:
-
Representação teatral direta e indireta;
-
Improvisação cênica;
-
Teatro infantil;
-
Dramatização
•
Dança:
•
Coreografia improvisada;
•
Coreografia original
Conteúdos complementares
Projeto “Fuxico”:
- Conhecer suas técnicas peculiares;
- Resgatar a tradição que é a de unir as pessoas;
- Composição tridimensional (confecção da Bandeira Nacional).
Cultura afro-brasileira
- Artes (máscaras, símbolos, estamparias e leitura de obras dos artistas que
retrataram a cultura negra através de suas obras);
- Religiosidades;
- Confecção de um painel com personalidades afro-brasileiras.
4 - METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
Ao desenvolver os conteúdos, os quis envolverão conhecimentos de
diferentes obras de artes visuais, produtores e movimentos artísticos de diversas
culturas em diferentes tempos da história.
Fornecer aos educandos possibilidades de compartilharem descobertas,
idéias, sentimentos, atitudes ao permitir a observação de diversos pontos de vista,
estabelecendo relação entre o individual e o coletivo desenvolvendo a
socialização.
Diante dos conceitos e a história da dança na vida humana, seus
intérpretes, seus gêneros presentes nas varias culturas, será um aspecto
importante na ampliação de referenciais sobre essa linguagem.
O desenvolvimento de sentir, expressar e pensar a realidade sonora ao
redor do ser humano que se modifica nessa rede em que se encontra, auxilia o
educando em fase de escolarização básica a desenvolver capacidade musical.
Nos anos iniciais do Ensino Fundamental é que começa o processo de
aproximação do aluno com o universo artístico. Sob a forma de aprendizagem
sistematizada. É papel da escola como espaço socializador do conhecimento,
possibilitar e ampliar as oportunidades para essas experiências estéticas.
Portanto, cabe ao professor a partir dos conteúdos, instigar a memória, a
percepção e as possíveis associações com realidade/ cotidiano do aluno.
O trabalho do professor com os anos iniciais se torna mais significativo se
houver a articulação do lúdico às atividades em sua prática pedagógica.
Considerar o ato de brincar como um dos princípios para a elaboração do
processo de ensino e de aprendizagem, é entender a criança e seus valores,
entre eles, a capacidade de materialização do mundo da fantasia, através das
brincadeiras. As associações surgidas entre as linguagens artísticas e a realidade
da criança podem revelar a maneira autêntica, a expressão do prazer dos
sentidos. A associação entre o ato de brincar e o ato de aprender é uma
possibilidade de diálogo estabelecido entre o sujeito e a leitura de sua realidade,
em seu tempo (a infância). Isso significa entender a criança como sujeito criado
na e pela cultura.
Essa forma de desenvolver o ensino de Artes voltado aos alunos dos anos
iniciais
tem
a
probabilidade
de
superar
as
práticas
que
reforçam
a
superficialização da aprendizagem em Arte, que seduzem as aulas a simples
práticas de exploração de materiais ou reprodução do que já existe. A substituição
das linguagens artísticas pela reprodução e consumo das mesmas limita as
possibilidades de expressão do aluno.
Na produção artística infantil deve ser considerada a dimensão simbólica
das ações e experiências da criança, para que essas possam extrapolar os
estereótipos existentes nas músicas, nas danças e nas imagens dos meios de
comunicação e que se apresentam muitas vezes, como se fossem o que é real e
unicamente artístico. Além disso, é necessária a superação de práticas que
privilegiam o desenvolvimento de capacidades motoras por meio de atividades
mecânicas (ainda utilizadas por muitos livros didáticos). A padronização das
produções artísticas infantis, (bem representada por desenhos reproduzidos por
reprografia ou mimeógrafo) não limita as crianças somente em suas
possibilidades de exploração do espaço, das cores e das formas, mas também,
não consideram a importância da reflexão, da descoberta da criação,
características tão peculiares da infância.
Dessa maneira, o professor pode criar condições de aprendizagem para o
aluno ampliando as possibilidades de análise das linguagens artísticas, a partir da
idéia de que as mesmas são constituídas de produções culturais, isto é, produtor
de uma cultura em um determinado contexto histórico.
Não deixando de levar em conta os portadores de necessidades especiais,
através de um planejamento flexível de acordo como a necessidade especial
específica de cada aluno incluso no Ensino Médio.
No ensino de Arte se faz necessário valorizar e fazer conhecer a
diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo
do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos
inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de
uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.Também contemplando
a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua
cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do
Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o
objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este
deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na
área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência.
5 – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:
Diante do contexto artístico e filosófico de diversas culturas e em diferentes
tempos da história, também há de se fazer uma reflexão sobre a ação social que
os produtos de arte impõem, concretizando as relações de trabalho na sociedade
contemporânea.
Assim, considerando que a avaliação é um processo constante e que
deverá constar de identificação e argumentação crítica sobre o direito à criação e
comunicação cultural, respeitando os valores e gostos de outras pessoas da
própria cidade e de outras localidades, conhecendo e interpretando cada
produção cultural, há que se observar o domínio do indivíduo quanto às
possibilidades físicas, emocionais e intelectuais.
Considerando ainda a Arte como forma de comunicação inerente ao ser
humano, nela inserem-se também os conhecimentos básicos da linguagem e
grafia musical como meio de comunicação e expressão de idéias e sentimentos,
manifestações
e
cooperação
interagindo
em
processos
de
criação
e
interpretações musicais. Também este aspecto será alvo de análise e
observações durante o desenrolar do processo da avaliação.
Para que haja interação do conhecimento intelectual e corporal, a dança,
mais uma das formas de comunicação artística, será vista como elemento
integrador entre indivíduo e o processo de comunicação, sendo avaliada como
expressão cultural, traduzindo a história e sentimentos dos seres humanos em
geral.
Diante dessa forma de pensamento, a avaliação será aplicada em
consonância com a metodologia da escola, avaliando-se o conhecimento do
educando e também se utilizando suas experiências e desenvolvendo a dinâmica
criativa e original, valorizando as atividades realizadas dentro e fora da sala de
aula e constituirá da observação da atuação do educando, respeitando e
compreendendo seus limites, possibilidades físicas, emocionais e intelectuais,
bem como seu direito de criação e comunicação cultural.
6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
- ALAMBERT, Francisco. A semana de 22, a aventura modernista no Brasil. S.P:
Scipione, 1992.
- Apostila do CEPPEB – Centro de Pós Graduação, Pesquisa e Extensão
Bagozzi.
- ARRIBAS, Teresa Lleisca. Educação Infantil. Artmed. Porto Alegre: 2004.
- AZEVEDO, Ricardo. Meu livro de folclore. S.P: Ática, 1997.
- BARBOSA, Ana Mãe. A imagem no ensino da Arte. S.P.: Perspectiva, 1991.
- CHUAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. SP: Ática, 2003.
- Currículo Básico. Paraná: Secretaria Estadual de Educação, 1992.
- FERRAZ, Maria Heloisa Corrêa de Toledo. Arte.
- FIGUEIREDO, Lenita Miranda. História da Arte para criança. S.P.: Livraria
Pioneira, 1988.
- Gênios da Pintura. A pintura no Brasil. São Paulo: Abril Cultural, 1984.
- História Geral da Arte. Grandes Gênios da pintura. Madri: Delta Image, 1996.
- Lendas e mitos do Folclore brasileiro: Região Nordeste. S.P.: Rídeel, 1991.
- LIMA, Adriana Flávia Santos de Oliveira. Pré-escola e alfabetização. Petrópolis
RJ: Editora Vozes, 2002.
- MARTINS, Alberto. Goeldi. São Paulo, 1995.
- MARTINS, Miriam Celeste Ferreira Dias. Didática da Arte. S.P.: FTD, 1998.
- MARTINS, Mirian Celeste; PICOSQUE, Gisa; GUERRA, M. Terezinha Telles.
Didática do Ensino de Arte. SP: FTD, 1998.
- OSTROWER, Fayga. Universos da Arte. RJ: Campus, 1983.
- PROENÇA, Graça. História da Arte. S.P: Ática, 1991.
- Projeto Político Pedagógico – PPP – Diretrizes curriculares de artes/ arte.
Julho /2006.
- REZENDE e FUSARI, Maria. Arte na Educação Escolar. S.P.: Cortez, 2002.
- STABILE, Rosa Maria. A expressão artística na Pré-Escola. SP: FTD, 1989.
Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de
Docentes – SEED/2006
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO MÉDIO INTEGRADO
1- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Ao analisarmos a história da Educação Física, podemos verificar
importantes momentos de maturidade, de senso crítico que contaram com ampla
participação da comunidade científica educacional.
As discussões envolveram várias áreas de conhecimento como a biologia,
a fisiologia, a psicologia, a biomecânica, entre outras.
A partir da década de 80, foram incorporadas às discussões, as
contribuições das ciências humanas principalmente da sociologia e fisiologia.
Assim surgiram os primeiros debates voltados a uma criticidade. Tais críticas
voltaram-se principalmente, aos paradigmas da aptidão física e da esportivização.
Neste contexto, as aulas de Educação Física não podem ser um apêndice
das demais disciplinas e atividades escolares, nem um momento subordinado e
compensatório para as durezas das aulas em sala.
Os conteúdos da Educação Física devem ampliar o campo de intervenção
da Educação Física para além das abordagens centradas na motricidade. Devem
estar de acordo com a capacidade cognoscitiva do aluno. Além disso, as práticas
corporais devem ter como princípio básico o desenvolvimento do sujeito
omnilateral.
A Educação Física no contexto escolar possui uma particularidade em
relação aos demais componentes curriculares. Trata-se de um componente que
contribui para a formação do cidadão com instrumentos e conhecimentos
diferenciados daqueles chamados tradicionais no mundo escolar. O conhecimento
da Educação Física é socializado e apropriado sob manifestação de conjunto de
práticas, produzidas historicamente pela humanidade em suas relações sociais.
Por isso, é uma área de conhecimento que exige espaços e tempos diferenciados
dos espaços e dos tempos tradicionalmente tratados na escola.
Não podemos também deixar de lado o fato do curso de formação de
docentes ser dirigido para a formação profissional, devendo assim, assumirmos
uma proposta curricular integrada.
Desta forma, a educação básica e especializada deve estar integrada no
sentido de atender às demandas da transformação social.
Assim, ao pensar em conteúdos para o curso de educação profissional é
ter claro que o desenvolvimento das competências exigidas pelo modo de
produção capitalista tal como se desenvolve a partir da base microeletrônica, só
pode ocorrer de uma sólida educação básica inicial, complementada por
processos educativos que integrem em todo o percurso formativo, conhecimento
básico, conhecimento específico e conhecimento sócio-histórico, ou seja, ciência,
tecnologia e cultura.
A educação profissional, enquanto processo de formação humana, referese ao desenvolvimento da pessoa humana enquanto integralidade, não podendo
ficar restrita à dimensão lógico-formal ou às funções ocupacionais do trabalho; ela
se dá no entrecruzamento das competências cognitivas, comportamentais e
psicomotoras que se desenvolvem através das dimensões pedagógicas das
relações sociais e produtivas, com a finalidade de produzir as condições
necessárias à existência.
A
educação
profissional
deve
articular
conhecimento
básico
e
conhecimento específico a partir dos processos de trabalho e da prática social.
Assim, os conteúdos devem contemplar as diversas áreas cujos conhecimentos
contribuem para a formação profissional e cidadã derivada do perfil profissional.
É essencial momentos para os conhecimentos sócio-históricos e as
categorias de análise que propiciem a compreensão crítica da sociedade
capitalista e das formas de atuação do homem, como cidadão e trabalhador,
sujeito e objeto da história.
O tratamento metodológico não deve privilegiar a memorização de passos
e procedimentos, e sim, privilegiar as habilidades de comunicação, a capacidade
de buscar informações em fontes e através de meios diferenciados e a
possibilidade de trabalhar cientificamente com estas informações para resolver
situações problemáticas, criando novas soluções.
Outro ponto que deve ser considerado é que, os jovens que chegam às
escolas de ensino médio são portadores de saberes e praticantes de
determinadas experiências construídas em outros espaços e tempos sociais. Na
participação de grupos de sociabilidade extra-escolares, os jovens ampliam suas
possibilidades de atuar como protagonistas de suas ações e se constituírem
sujeitos sociais autônomos.
Desta forma, cabe ao professor partir dessa prática das experiências
trazidas por cada aluno para atingir o conteúdo específico.
Cada um desses jovens irá trazer experiências distintas, fruto de uma
infância e adolescência desenvolvidas em situações e condições muito diferentes
dos pontos de vista social, econômico, moral, cultural, religioso e étnico, com
inúmeras vivências de práticas corporais.
O papel da Educação Física é compreender e discutir junto a esses jovens
os valores e significados que estão por trás dessas práticas corporais. Além disso,
oportunizar aos alunos do ensino médio a vivência do maior número de práticas
corporais possíveis, pois ao realizarem a construção e vivência coletiva dessas
práticas, estabelecem relações individuais e sociais, tendo como pano de fundo o
corpo em movimento.
Espera-se, portanto, que os saberes da Educação Física no ensino médio
possam preparar os jovens para uma participação política mais efetiva no que se
refere à organizações dos espaços e recursos públicos de prática de esporte,
ginástica, dança, luta, jogos populares, entre outros. Preparar os alunos para
terem iniciativa pessoal para criar planejar ou buscar orientação para suas
próprias práticas corporais.
A Educação Física deve também, oferecer conhecimentos para que os
indivíduos possam ter participação efetiva no mundo do trabalho no que se refere
à compreensão do papel do corpo no mundo da produção, no que tange ao
controle sobre o próprio esforço e do direito ao repouso e do lazer.
Portanto, as aulas de Educação Física no ensino médio e, em especial no
Curso de Formação de Docentes, deve oferecer subsídios para a formação geral
do aluno, relacionando conteúdos gerais e específicos; proporcionar e valorizar a
experiência e vivência prática. Estimular o aluno para a criticidade, para a
pesquisa, além da busca da formação continuada.
2 – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
_ Proporcionar uma vivência corporal variada a fim de estimular as habilidades
corporais, a criatividade e a expressividade, o senso crítico, podendo assim,
contribuir de forma significativa no desenvolvimento geral do educando;
_ Demonstrar o verdadeiro significado e importância da disciplina de Educação
Física no currículo escolar, desde a educação infantil até o ensino médio;
_ Oportunizar o estudo e conhecimento do desenvolvimento infantil, bem como de
aspectos relacionados à saúde e a qualidade de vida;
_ Oportunizar a vivência prática e contato direto com crianças de diversas faixas
etárias, favorecendo assim, a relação teoria e prática;
3 – CONTEÚDOS:
Modalidades desportivas:
- Voleibol;
- Jogo pré-desportivo;
- Handebol;
- Jogo pré-desportivo;
-Basquetebol;
- Jogo pré-desportivo;
-Futsal;
- Jogo pré-desportivo;
- Xadrez;
- Jogadas específicas;
Características dos diferentes tipos de jogos:
- Jogos de construção;
- Jogos simbólicos;
- Jogos sensoriais;
- Jogos de regras;
Atividades rítmicas e expressivas:
- Brinquedos cantados;
- Expressão Corporal;
História da Educação Física:
- Evolução da Educação Física no contexto histórico;
- Objetivos e finalidades atuais da Educação Física escolar;
Modalidades desportivas:
- Voleibol;
- Jogo pré-desportivo;
- Sistemas ofensivos e defensivos;
- Handebol;
- Jogo pré-desportivo;
- Sistemas ofensivos e defensivos;
- Basquetebol;
- Jogo pré-desportivo;
- Sistemas ofensivos e defensivos;
- Futsal;
- Jogo pré-desportivo;
- Sistemas ofensivos e defensivos;
- Xadrez;
- Jogadas específicas;
Organização de eventos esportivos e recreativos no contexto escolar:
- Gincanas esportivas, recreativas e culturais;
- Definição;
- Procedimentos para a organização;
Danças folclóricas:
- Aspectos históricos de diversas danças e ritmos folclóricos;
- Principais passos, músicas e vestimentas;
Atividade física relacionada com a saúde:
- Obesidade: definição causa, tratamento e prevenção;
- Colesterol: definição, causa, tratamento e prevenção;
- Triglicérides: definição, causa, tratamento e prevenção;
- Osteoporose: definição, causa, tratamento e prevenção;
- Diabetes: definição, causa, tratamento e prevenção;
Projeto Afro:
- Influência da cultura africana nas danças e ritmos brasileiros;
- Breve retrospectiva da história africana no Brasil;
Modalidades desportivas:
- Voleibol;
- Jogo pré-desportivo;
- Processos pedagógicos para a iniciação de crianças na aprendizagem do
voleibol;
- Handebol;
- Jogo pré-desportivo;
- Processos pedagógicos para a iniciação de crianças na aprendizagem do
handebol;
- Basquetebol;
- Jogo pré-desportivo;
- Processos pedagógicos para a iniciação de crianças na aprendizagem do
basquetebol;
- Futsal;
- Jogo pré-desportivo;
- Processos pedagógicos para a iniciação de crianças na aprendizagem do
futsal;
- Xadrez;
- Processos pedagógicos para a iniciação de crianças na aprendizagem do
xadrez;
Psicomotricidade:
- Coordenação motora global, fina e óculo-manual;
- Esquema corporal;
- Lateralidade;
- Noção espacial e temporal;
Teatro:
- Apresentação;
- Expressão corporal;
- Música;
- Dança;
Atividades rítmicas e expressivas:
- Brinquedos cantados;
- Movimentos rítmicos variados;
- Montagem de coreografias simples;
Projeto Afro:
-Ritmos e danças da cultura afro-brasileira: teoria e prática;
4- METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
Assim como já foi mencionado na ementa da disciplina, o aluno ao chegar
no ensino médio, já possui uma cultura corporal própria, adquirida através da
experiência e vivência na própria escola, na comunidade, dentro dos grupos
sociais.
Desta forma, o trabalho do professor deverá partir dessas experiências
trazidas pelos alunos, propondo atividades teóricas e práticas afim de estimular a
criatividade, a expressividade e a criticidade do aluno, bem como, estimular um
melhor desenvolvimento de suas habilidades motoras e cognitivas.
Através da proposta de estudo e pesquisas de campo, o professor deve
estimular no aluno a busca do conhecimento, além de proporcionar momentos
para que esses alunos do curso de formação de docentes tenham um contato
direto com crianças de diversas faixas etárias.
A metodologia deve também, oportunizar aos alunos inclusos idênticas
possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e
pessoais, efetivando-se a igualdade de oportunidades, principalmente, em
condições semelhantes aos demais.
No ensino de Educação Física se faz necessário valorizar e fazer conhecer
a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não
esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também
os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na
construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.Também
contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada
de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação
do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o
objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este
deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na
área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência.
5- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:
A avaliação da aprendizagem em Educação Física será um processo
contínuo, permanente cumulativo, onde o professor estará organizando e
reorganizando o seu trabalho nas diversas manifestações, levando os alunos a
refletirem e se posicionar criticamente com o intuito de construir uma suposta
relação com o mundo.
Na avaliação deverá ser observada a participação, a desenvoltura e a
evolução dos alunos em cada atividade, verificando sua individualidade e
necessidade.
Dessa forma, não há que se perder de vista a necessidade de um trabalho
conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem do
aluno incluso, de modo a não se caracterizarem dois processos distintos e
desvinculados, ou seja, duas “educações”: a regular e a especial.
6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Caderno Pedagógico de Atividades Rítmicas. Ministério da Educação e Cultura.
Secretaria de Estado da Educação-PR, 1984.
NANNI, Dionísia. Dança – Educação: pré-escola à universidade. Rio de Janeiro :
Sprint, 1995.
Organização de competições-torneios e campeonatos. 21ª ed. Rio de Janeiro:
Sprint, 2003.
VALADARES, Solange & ARAÚJO, Rogéria. Educação Física no cotidiano
escolar. Belo Horizonte : FAPI, 1999.
ECKERT, Helen M. Desenvolvimento motor. 3ª ed. São Paulo: Manole, 1993.
GALLARDO, Jorge Sérgio Pérez et alli. Didática de Educação Física: a criança
em movimento-jogo, prazer e transformação. São Paulo: FTD, 1998.
GUERRA, Marlene. Recreação e lazer. Porto Alegre: Sagra, 1982.
Linguagens, códigos e suas tecnologias/Secretaria de Educação Básica. Brasília:
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006.
FERREIRA NETO, Carlos Alberto. Motricidade e jogo na infância. Rio de Janeiro:
Sprint, 1995.
SANTOS, Luiz Silva. Educação, Educação Física, Capoeira. Maringá: Fundação
Universidade Estadual de Maringá, 1990.
DISCIPLINA: MATEMÁTICA – ENSINO MÉDIO INTEGRADO
1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
Ao estabelecer diretrizes para a organização do ensino da
Matemática no Ensino Médio Integrado pretende-se contemplar tanto a
necessidade da sua adequação para o desenvolvimento e promoção dos alunos,
com diferentes motivações interesses e capacidades, criando condições para sua
inserção num mundo e contribuindo para desenvolver as capacidades que deles
serão exigidas em sua vida social e profissional. Um mundo onde as
necessidades sociais, culturais e profissionais ganham novos contornos, todas as
áreas requerem alguma competência em Matemática e a possibilidade de
compreender conceitos e procedimentos matemáticos é necessária tanto para
tirar conclusões e fazer argumentações, quando para o cidadão agir como
consumidor prudente ou tomar decisões em suas vidas pessoais e profissionais.
No ensino profissionalizante toma-se como princípio educativo,
articular ciência, cultura, tecnologia e sociedade. Para tanto, há que se recorrer a
uma sólida Formação Geral Fundamentados nos conhecimentos acumulados pela
humanidade: a organização curricular deve promover a universalização de bens
científicos, culturais e artísticos tornando o trabalho como lixo articulador dos
conteúdos, ou seja, como princípio educativo, respondendo as novas formas de
articulação entre cultura, trabalho e ciência com uma formação que busque um
novo equilíbrio entre o desenvolvimento da capacidade de atuar politicamente e
trabalhar intelectualmente.
A integração entre conhecimento básico e aplicado, só é possível
através da medição do processo produtivo, ponto que não se resolve do
juntamento
de
conteúdos
ou
mesmo
de
instituições
com
diferentes
especificidades; ela exige outro tratamento a ser dado ao projeto pedagógico, que
forme o processo de trabalho e as relações sociais como eixo definidor dos
conteúdos, além do conhecimento que compõe as áreas do conhecimento.
O tratamento metodológico privilegiará a relação teoria/prática e
parte/totalidade são então outras as competências a desenvolver, para além da
simples memorização de passos e procedimentos, que incluem as habilidades de
comunicação, a capacidade de buscar informações em fontes e através de meios
diferenciados e a possibilidade de trabalhar cientificamente com estas
informações para resolver situações problemáticas, criando novas soluções; e
principalmente, é outro o processo de conhecer, que ultrapasse a relação apenas
individual do homem com o conhecimento, para incorporar as múltiplas
mediações do trabalho coletivo.
Em relação aos conteúdos que compõem cada percurso formativo
deverá ser organizado de modo a integrar a dimensão disciplinar e indisciplinar: a
compreensão da totalidade das relações exigidas para inserção responsável do
aluno na vida social e produtiva indica a necessidade de um currículo que articule
projetos transdisciplinares e ações disciplinares, de modo a permitir ao aluno o
acesso a formas superiores de compreensão da realidade, através das complexas
conexões que articulam parte e totalidade.
2- OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
- Desenvolver a capacidade de o aluno utilizar a Matemática como instrumento de
novas aprendizagens e como meio de interpretação da realidade;
- Ampliar as capacidades de raciocínio, de resolução de problemas, de
comunicação e de rigor, bem como o espírito crítico e a criatividade;
- Incentivar a relação pessoal, o desenvolvimento de atitudes de autonomia e
cooperação e o sentimento de segurança em relação às próprias capacidades
matemáticas;
- Desenvolver conceitos e procedimentos com relação aos temas: Números,
Álgebra, Medidas, Geometria, Estatística, Contagem e Probabilidades, bem
como aplica-las na resolução de problemas matemáticos ou não;
•
Expressar-se oral e graficamente em situações matemáticas e valorizar a
precisão da linguagem e as demonstrações em Matemática.
•
Transpor,
para
a
prática
docente,
o
objeto
matemático
construído
historicamente e possibilitar ao estudante ser um conhecedor desse objeto.
3- CONTEÚDOS:
Números e Álgebras:
Conjunto dos números reais;
Funções:
Função afim;
Função quadrática;
Função exponencial;
Função logarítmica;
Função modular;
Tratamento da informação:
Matemática financeira;
Números e Álgebras:
Matrizes;
Determinantes;
Sistemas lineares;
Funções:
Progressão aritmética;
Progressão geométrica;
Funções trigonométricas;
Tratamento da informação:
Estatística;
Números e Álgebras:
Polinômios;
Noções de números complexos;
Geometrias:
Geometria plana;
Geometria espacial;
Geometria analítica;
Noções básicas de geometria não – euclidiana;
Tratamento da informação:
Análise combinatória;
Binômio de Newton;
Probabilidade;
Projeto Cultura Afro:
Construção de gráficos;
Construção de tabelas.
Projeto de Matemática:
Conteúdos de 1ª à 4ª séries.
4- METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
A Educação Matemática prevê a formação de um estudante crítico,
capaz de agir com autonomia nas suas relações sociais e, para isso, é preciso
que ele se aproprie também de conhecimentos matemáticos.
Sobre o processo do ensino e aprendizagem, historicamente a mais
presente nas nossas salas de aula de Matemática, identifica ensino com
transmissão de conhecimento, e aprendizagem com mera recepção de
conteúdos. Nessa concepção, a aprendizagem é vista como um acúmulo de
conhecimentos, e o ensino baseia-se essencialmente na verbalização do
conhecimento por parte do professor. Se por um lado essa concepção teórica
apresenta a vantagem de se atingir um grande número de alunos ao mesmo
tempo, visto que a atividade estaria a cargo do professor, por outro lado demanda
alunos bastante motivados e atentos à palavra do professor, o que não parece ser
o caso para grande parte de nossos alunos, que estão imersos em uma
sociedade que oferece uma gama de outras motivações.
Levar o aluno a fazer leitura, discussão e selecionar textos que
venham acompanhados de exercícios resolvidos para facilitar a aprendizagem,
permitindo que reflitam sobre a teoria apresentada, procurando desta maneira,
trabalhar com questões contextuais, aplicando conceitos matemáticos na vida
real, estimulando os alunos a lerem textos, jornais, revistas, para que ponham
soluções matemáticas reais.
Em relação à inclusão, procurar-se-á reproduzir documentos que
ofereçam informações que contribuam para o interesse de toda a sociedade
brasileira, visando sempre definir como fundamental a inserção nos movimentos
sociais e na defesa dos direitos humanos, em especial os excluídos e
descriminados.
Além disso, trabalhar-se-á com dados estatísticos a respeito da
quantidade de alunos e classe racial que está inserido na escola.
No ensino de Matemática se faz necessário valorizar e fazer
conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não
esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também
os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na
construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.Também
contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada
de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação
do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o
objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este
deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na
área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência.
5- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:
A avaliação deve ser tratada como estratégia de ensino, de
promoção do aprendizado, deve fornecer informações que possibilitem o
aprendizado do aluno, bem como sua autonomia, deve fornecer, não apenas para
o professor, mas também e principalmente para o aluno, indicativos sobre o
conhecimento e a compreensão de conceitos e procedimentos desenvolvidos.
Além disso, nesse processo, não podemos deixar de lado o aspecto
comportamental que engloba capacidades e atributos que vai muito além dos
conteúdos matemáticos propriamente ditos. Entre eles temos a criatividade, a
sistematização produzida pelos alunos e a capacidade de comunicar-se e de
fazer conjecturas.
A avaliação não deve ser vista como isolada, mas como parte
integrante em todo o processo. Ela deve ocorrer em varias situações. Qualquer
avaliação do conhecimento matemático adquirido ou construído pelos alunos
deve, entre outros, fornecer informações sobre a capacidade que o aluno tem em
distinguir atributos relevantes e irrelevantes de um dado conceito, de verificar se o
aluno consegue, de forma adequada, representar esses conceitos reconhecendo
seus significados.
Além do que foi exposto até aqui, acreditamos ainda que a
avaliação, como parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, deve
permitir abordagens alternativas na forma como é encaminhada, em seus
instrumentos utilizados. Assim, consideramos que a elaboração do documento de
registros de observação dos alunos em sala de aula, a auto-avaliação dos alunos
e, também, os registros que podem ser construídos pelos alunos da forma como
estão evoluindo ao longo do desenvolvimento de um conteúdo podem representar
instrumentos de avaliação.
Os Conteúdos serão avaliados através de:
trabalhos de pesquisa;
avaliação escrita;
atividades realizadas em sala;
atividades extra-classe;
trabalhos em grupo ou individual.
Uma avaliação que se restringe em apenas em quantificar o nível de
informação que o aluno domina não é coerente. Para ser completo, esse
momento precisa envolver todo a complexa relação do aluno e o conhecimento.
Isso significa, que o aluno atribui significados ao que aprendeu e consegue
materializá-lo de raciocínio matemático.
Além destas considerações citadas será considerada também
diagnóstica e formativa, as quais, em relação aos alunos inclusos sofrerão
adaptações de acordo com as dificuldades apresentadas por eles.
Dessa forma, não há que se perder de vista a necessidade de um
trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na
aprendizagem do aluno incluso, de modo a não se caracterizarem dois processos
distintos e desvinculados, ou seja, duas “educações”: a regular e a especial.
6- BIBLIOGRAFIA:
GIOVANI, José Ruy. Matemática completa – Ensino Médio: volume único. São
Paulo: FTD, 1994.
LONGEN, Adilson. Matemática – Ensino Médio. Curitiba: Positivo, 2004.
MORI, Iracema e ONAGA, Dulce Satiko. Idéias e Desafios: 8ª série. São Paulo:
Saraiva, 2002.
SANTOS, Carlos Alberto Marcondes dos. Matemática: volume único. São
Paulo: Editora Ática, 2000.
LONGEN, Adilson. Ementas e Bibliografia da Base nacional Comum. Coleção
Nova Didática. Volume I.
Matemática Completa, Autor: José Ruy Giovani.
José Roberto Bonjorno
José Ruy Giovani Jr.
Matemática do 2º grau, Autora: Kátia Roku.
Matemática 2º grau, Autor: Marcondes Gentil Sérgio.
Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de
Docentes – SEED/2006
DISCIPLINA: FÍSICA - ENSINO MÉDIO INTEGRADO
1- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Propõe-se no curso de Formação de Docentes, a formação geral do aluno
desenvolvendo sua capacidade de pesquisar, buscar informações, analisa-las.
Sendo assim a Física é imprescindível, pois leva a compreensão do mundo em
que vivemos, contribui para a formação de uma cultura científica efetiva que
permite ao indivíduo a interpretação dos fatos, fenômenos e processos naturais.
Tem-se como metas, tornar significativo esse aprendizado científico,
principalmente para os alunos cujo conhecimento é necessário para seu futuro
profissional, que a formação dá opções para o aluno seguir diferentes caminhos,
e a Física mostra-se compromissada com o desenvolvimento da disciplina, na
área de Formação; e sabe-se que o aluno no curso de formação de Docentes
estuda o desenvolvimento intelectual da criança, onde ele se baseia na idéia de
que seu conhecimento é construído através da interação com o meio ambiente,
melhor ela se adaptar a ele, e com isso ocorre um processo chamado
equilibração, que a pessoa por sua vez assimila uma experiência e, fazendo isso,
ajusta ou acomoda sua estrutura cognitiva a ela. Tal visão de aprendizagem como
equilibração ou adaptação entre o aprendiz e o meio ambiente coloca o aprendiz
em um papel ativo. A criança é vista como arquiteta de seu próprio conhecimento,
e se utilizam disso para se empenharem nas experiências propostas.
2- OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
- Compreender enunciados que envolvem códigos e símbolos físicos para
tabelas, gráficos e relações matemáticas gráficas para a expressão do saber
físico.
- Ser capaz de discriminar e traduzir as linguagens matemáticas e
discursivas entre si. Expressar-se corretamente utilizando a linguagem física
adequada e elementos de sua representação simbólica.
- Apresentar de Forma clara e objetiva o conhecimento aprendido, através
de tal linguagem.
- Elaborar sínteses os esquemas estruturados dos temas físicos
trabalhados.
- Conhecer e utilizar conceitos físicos.
- Relacionar grandezas, quantificar, identificar parâmetros relevantes.
- Relacionar e compreender leis e teorias físicas.
-Construir e investigar situações-problema, identificar a situação física,
utilizar modelos físicos, generalizar de uma outra situação, prever, avaliar,
analisar previsões.
- Articular o conhecimento físico com conhecimento de outras áreas do
saber científico.
- Ser capaz de emitir juízos de valor em relação a situações sociais que
envolvam aspectos físicos e/ou tecnológicos relevantes.
- Estabelecer relações entre o conhecimento físico e outras formas de
expressão da cultura humana.
- Conhecer fontes de informações relevantes, sabendo interpretar notícias
científicas.
- Reconhecer a física enquanto construção humana, aspectos de sua
historia e relações com o contexto cultural, social, político e econômico.
- Reconhecer o papel da física no sistema produtivo, compreendendo a
evolução dos meios tecnológicos e sua relação dinâmica com a evolução dos
meios tecnológicos e sua relação dinâmica com a evolução do conhecimento
científico.
3. CONTEÚDOS:
ELETRICIDADE:
Carga elétrica;
Processo de eletrização;
Força elétrica;
Campo elétrico;
Corrente elétrica;
Potência elétrica;
Resistores e geradores.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES:
Agenda 21 promove a identificação de problemas que afetam a qualidade
de vida dos seus alunos e do seu entorno, para que juntos, escola e comunidade
escolar, busquem soluciona-los a partir de discussões que favoreçam a discussão
de saberes.
Eixo temático – Segurança;
Cidades sustentáveis;
Redução das desigualdades sociais;
Gestão dos recursos naturais;
Infraestrutura e integração regional.
CULTURA AFRO-BRASILEIRA – Análise dos dados do IBGE sobre a
composição da população Brasileira e pouca renda e escolaridade no país e no
município;
Análise de pesquisas relacionadas ao negro e mercado de trabalho;
Realização com alunos de pesquisas de dados na escola com relação à
população negra;
Exposição dos trabalhos realizados pelos alunos.
4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
É importante que o processo de ensino-aprendizagem, em Física, parta do
conhecimento prévio dos estudantes, onde se incluem as concepções alternativas
ou concepções espontâneas, sobre os quais a ciência tem um conceito científico.
Podemos dizer que a concepção espontânea o estudante adquire no seu
dia-a-dia, na interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência e
que, na escola, se fazem presentes no momento em que se inicia o processo de
ensino-aprendizagem. Já a concepção científica envolve um saber socialmente
construído e sistematizado, o qual necessita de metodologias para ser transmitido
no ambiente escolar. A escola é, por excelência, o lugar onde se lida com o
conhecimento cientifico historicamente produzido.
No entanto, quando os estudantes chegam a escola eles não estão vazios,
não são uma tábua rasa. E, ainda, a composição de uma sala de aula mistura
pessoas com diferentes costumes, tradições, preconceitos e idéias que
dependem também dessa origem, o que torna impossível molda-los como se
fossem iguais. Dentro de um determinado conteúdo, seja qual for a metodologia
escolhida pelo professor, é importante que considere o que eles conhecem e,
esse seja ponto de partida para o inicio de uma aprendizagem que agregue
significados para professor e estudantes.
Como poderiam os estudantes formular questões sobre algo que não
conhecem? Ou, ainda questões que eles trazem, mas não sabem como formular.
Nesses casos é imprescindível o papel do professor como uma espécie de
informante científico. Para ir além do limite da informação e atingir a fronteira da
formação é preciso uma mediação que não é aleatória, mas pelo conhecimento
fisco, num processo organizado e sistematizado pelo professor. O objetivo é que
professor e estudantes, em conjunto, compartilhem significados na busca da
aprendizagem que acontece quando as novas informações interagem com o
conhecimento prévio do sujeito e, simultaneamente, adicionam, diferenciam,
integram, modificam e enriquecem o conhecimento já existente, podendo inclusive
substitui -lo.
A partir do conhecimento físico, em acordo com TAVARES (2004), o
estudante deve ser capaz de perceber e aprender em outras circunstâncias onde
fizerem presentes situações semelhantes às trabalhadas pelo professor em aula,
apropriando-se da nova informação, transformando-a em conhecimento. Então,
seja qual for a metodologia adotada pelo professor, em conformidade com o
conteúdo trabalhado, deve-se sempre buscar uma avaliação do processo, que só
tem sentido se utilizada para verificar a apropriação do conteúdo. A partir desse
processo avaliativo o professor terá subsídios para intervir.
No ensino de Física se faz necessário valorizar e fazer conhecer a
diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo
do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos
inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de
uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.Também contemplando
a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua
cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do
Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o
objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este
deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na
área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência.
5. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA:
A avaliação deve levar em conta os pressuposto teóricos adotados por esta
diretriz.
Ao consideramos importante os aspectos históricos, conceituais e
culturais, a evolução das idéias em física e a não neutralidade da ciência, nossa
avaliação deve levar em conta o progresso do estudante quanto a esses
aspectos. Ainda, se o objetivo é garantir o objeto de estudo da física, então ao
avaliar deve-se também considerar a apropriação desses objetos pelos
estudantes.
Dessa forma, a avaliação deve ter um caráter diversificado, levando em
consideração todos os aspectos: a compreensão dos conceitos físicos; a
capacidade de analise de um texto, seja ele literário ou cientifico, emitindo uma
opinião que leve em conta o conteúdo físico; a capacidade de elaborar um
relatório sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva a física,
como por exemplo, uma visita a um parque de ciência, dentre outros.
No entanto, a avaliação não pode ser utilizada para classificar os alunos
com uma nota, como tradicionalmente tem sido feita, com o objetivo de testar o
aluno ou mesmo puni-lo, mas sim de auxilia-lo na aprendizagem. Ou seja, avaliar
só tem sentido quando utilizada como instrumento para intervir no processo de
aprendizagem dos estudantes, visando o seu crescimento: e junto todo esse
processo, trazendo o aluno incluso para junto de todos de uma maneira mais
simplificada possível para que haja uma boa interação entre eles.
6. BIBLIOGRAFIA:
· Física: Coleção Horizontes -Ivan Gonçalves dos Anjos; Editora Ibep.
· Curso de Física – VI - Antônio Marciano e Beatriz Alvarenga; Editora Scipione –
5ª edição.
· Ramalho Júnior, Francisco – Os Fundamentos da Física. São Paulo; Moderna,
1993.
· Silva, Djalma Nunes – Série – Novo Ensino Médio - São Paulo; Ática 2002.
· Arcipreste, Nicolangelo Alcel – Física – 2º Grau - São Paulo; Ática 1981.
· Bonjorno, Regina F. S. Azenha – Física Fundamental - São Paulo; FTD.
Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de
Docentes – SEED/2006
DISCIPLINA: QUÍMICA – ENSINO MÉDIO INTEGRADO
A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
A aprendizagem em Química indica a compreensão e a utilização
dos conhecimentos científicos para explicar o funcionamento do mundo,
planejando, executando e avaliando as ações de intervenção na realidade;
desenvolvendo ao longo do curso Formação de Docentes, conhecimentos
práticos e contextualizados, necessários a vida contemporânea através da
interdisciplinaridade com abordagem relacional, estabelecendo ligações de
complementaridade,
convergência,
interconexões
e
passagens
entre
os
conhecimentos.
A Química é importante no momento atual, pois através dela podese compreender as transformações químicas que ocorrem no mundo físico e
assim pode julgar de forma mais fundamentada, tudo o que nos cerca, permitindo
ao aluno exercer sua cidadania de acordo com sua faixa etária e participando do
desenvolvimento científico-tecnológico com importantes contribuições especificas,
cujas ocorrências tem alcance econômico, social e político.
A Química é considerada a grande vilã do século, quando se
enfatiza os efeitos poluentes que certas substancias causam no ar, solo e água,
mas não se fala na necessidade e na competência da Química em controlar
essas fontes poluidoras. Dessa forma, as informações recebidas podem levar a
compreensão distorcida da realidade e do papel da Química.
Portanto, se faz importante a presença da Química no Ensino Médio
que completa a educação básica. Para tanto, a Química no Ensino Médio, deve
possibilitar ao aluno uma compreensão dos processos químicos em si, suas
implicações ambientais, sociais, políticas e econômicas.
O conhecimento especializado, o conhecimento químico isolado é
necessário, mas não suficiente para o entendimento do mundo físico, pois não é
capaz de estabelecer as interações com outros subsistemas. Assim, o
conhecimento químico não deve ser entendido como um conjunto de
conhecimentos isolados, prontos e acabados, mas sim uma construção da mente
humana, em continua mudança.
Não se pode simplesmente aceitar que a Ciência está pronta e
acabada, e que os conceitos científicos atuais são uma verdade absoluta.
Os conhecimentos difundidos no ensino da Química devem permitir
a construção de uma visão de mundo mais articulada, menos fragmentada,
contribuindo para que o individuo se enxergue como participante de um mundo
em constante transformação, bem como capacitar os alunos para tomarem suas
próprias decisões em situações problemática, contribuindo assim para o
desenvolvimento do educando como pessoa humana e como cidadão.
B – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
- Descrever as transformações químicas em linguagens discursivas;
- Compreender os códigos e símbolos próprios da química atual;
- Identificar fontes de informações e formas de obter informações relevantes para
o conhecimento da Química (livro, computador, jornais, manuais, etc);
-Compreender e utilizar conceitos químicos dentro de uma visão macroscópica;
- Compreender dados quantitativos, estimativas e medida;
- Selecionar e utilizar idéias e procedimentos científicos (leis, teorias, modelos)
para resolução de problemas quantitativos em química, identificando e
acompanhando as variáveis relevantes;
- Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado a química,
selecionando procedimentos experimentais;
- Reconhecer aspectos químicos relevantes na interação do ser humana
individual e coletiva com o ambiente;
- Reconhecer as relações entre desenvolvimento cientifico e tecnológico da
Química e aspectos sócio-politico-culturais;
- Traduzir a linguagem discursiva em linguagem simbólica da química e viceversa.
- Utilizar a representação simbólica das transformações químicas e reconhecer
suas modificações ao longo do tempo;
-Traduzir a linguagem discursiva em outras linguagens usadas em química:
gráficos, tabelas e relações matemáticas;
- Compreende dados quantitativos, estimativos e medidas, compreender relações
proporcionais presentes na Química (raciocino proporcional);
- Reconhecer tendências e relações a partir de dados experimentais ou outros
(classificação, seriação e correspondência em Química);
- Desenvolver conexões hipotético-lógicas que possibilitem revisões das
transformações químicas;
- Reconhecer o papel da Química no sistema produtivo, industrial e rural;
- Reconhecer os limites éticos e morais que podem estar envolvidos no
desenvolvimento da Química e da tecnologia.
C - CONTEÚDOS:
Conteúdos estruturantes:
Matéria e Sua Natureza;
Biogeoquímica;
Química Sintética.
Matéria da natureza;
Bioquímica;
Química sintética.
Química do carbono (orgânica);
Funções Oxigenadas;
Radioatividade;
Soluções;
Termoquímicas.
Conteúdos Complementares:
Agenda 21.
-
O lixo;
-
Tratamento da água;
Poluição e desenvolvimento;
Agrotóxicos;
D - METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
Todos nós nos deparamos com o estudo de Química logo de saída
memorizando fórmulas e conceito e ouvindo os professores apresentando a
seqüência de conteúdo “logicamente organizada”.Hoje, portanto, adota-se uma
preocupação central em fornecer aos alunos ferramentas básicas que lhes
permitam o exercício pleno da cidadania.
Para isso, os alunos precisam ter o domínio dos conceitos químicos
e desenvolver a capacidade de fazer julgamento de olhares e atitudes
comprometidas com a sociedade em que estão inseridas.
Dessa forma, esse plano de trabalho foi organizado buscando
garantir princípios que ao mesmo tempo em que instrumentaliza os alunos com as
ferramentas culturais do conhecimento químico assume uma postura de
compromisso ético com a sociedade brasileira no seu contexto sócio-econômico e
político.
Considerando que os objetivos descritos no plano de trabalho e
fornecer conhecimentos relevantes que possam servir de ferramenta cultural para
o jovem participar da sociedade moderna, caracteriza, sobretudo pela presença
de ciência e da tecnologia, serão trabalhados alguns temas relevantes durante o
decorrer de cada bimestre para que o jovem possa entender as implicações
sociais da química e das tecnologias em sua vida e desenvolver valores e atitudes
para ação social responsável.
Pressupõe-se o estabelecimento de relações conceituais pelo
próprio aluno por meio da mediação do conhecimento pelo professor, cujo papel é
explorar as concepções prévias dos alunos, atribuindo-lhes valor e significado.
Desta forma os conteúdos serão trabalhados, abordando as culturas
brasileiras, afrodescentes e indígenas de maneira a desenvolver a igualdade e
contra as discriminações que impera em nossa sociedade, acreditando sempre na
diversidade que um novo mundo é possível, sem preconceito e discriminação.
Nesse processo serão realizadas atividades que envolvam
debates, discussões, pesquisas, valorizando as oportunidades que surgirão em
sala de aula, a fim de superar a desigualdade ética-racial, respeitando a
diversidade cultural e assim, construindo uma sociedade justa, igual e equânime.
No ensino de Química se faz necessário valorizar e fazer conhecer a
diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo
do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos
inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de
uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.Também contemplando
a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua
cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do
Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o
objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este
deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na
área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência.
E – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Não há dúvidas de que a avaliação é um dos temas mais
controversos e apaixonante da educação. Ela deve ser pensada como um item a
mais no nosso plano de trabalho e tem vários papeis.
A avaliação antes de ser um ato de julgamento e cobrança formal,
ha de ser um processo cumulativo e contínuo de acompanhamento de atividades
desenvolvidas pelo aluno.
De uma forma geral, az avaliação deve centrar-se na observação da
conduta do aluno frente aos desafios propostos, na sua capacidade d observação,
questionamentos
da
teoria
como
pratica,
proposição
de
novas
idéias,
desenvolvimento de pesquisas, capacidade de análise e síntese das questões
estudadas, domínios dos conteúdos básicos relativos a disciplina.
Ao centralizar o processo de ensino-aprendizagem na dinâmica
discursiva da aula, com atividade, diversificada, o processo avaliativo passa a
requerer mais do que nunca um caráter inclusivo, no sentido de estimular a
autoconfiança e a participação do aluno. Para isso o engajamento dele na
atividade precisa ser natural, autônomo e assumido como crescimento pessoal.
Os alunos tendem a se sentir sujeitos no processo e não apenas executor de
acumular pontos para avaliação.
Temos uma tendência a avaliar o desempenho dos alunos, mas os
resultados podem e devem servir também para rever o nosso plano de trabalho.
Se tratando de um processo avaliativo continuo, diagnóstico e
cumulativo a recuperação de estudo e paralela e de suma importância para o
processo de ensino de aprendizagem. Esta será realizada através de atividade
extraclasse em forma de pesquisas, leituras e exercícios visando a compreensão
conteúdos em defasagem de aprendizagem.
A avaliação terá como parâmetro de mensuração de debates,
seminários, avaliação escrita, avaliação comportamental e experimentos práticos.
F- BIBLIOGRAFIA:
Química e sociedade: vários autores- PEQUE-projeto de ensino de química e
sociedade. São Paulo:Nova geração 2005.
Carvalho, G C –Química moderna 1-São Paulo:Scipione,1995.
Macedo, M V & Carvalho- A Química 1 ed, São Paulo: IBEP,1999.
Peruzzo, T M & Cantu E –L.da Química, São Paulo:Moderna,1999.
Sardella, A- Química, serie novo ensino médio- São Paulo: Àtica 2000.
Teruko, Y.U. & Linguanoto – M Química São Paulo: FTD,1998.
Usberco, J & Salvador –E Química 1, Ed.São Paulo:Saraiva 1997.
Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de
Docentes – SEED/2006
DISCIPLINA: BIOLOGIA _ ENSINO MÉDIO INTEGRADO
A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Cada ciência particular possui um código intrínseco, uma lógica interna,
métodos próprios de investigação, que se expressam nas teorias, nos modelos
construídos para interpretar os fenômenos que se propõe a explicar. Apropriar-se
desses códigos, dos conceitos e métodos relacionados a cada uma das ciências,
compreender a relação entre ciência, tecnologia e sociedade, significa ampliar as
possibilidades de compreensão e participação efetiva nesse mundo.
É objeto de estudo da Biologia o fenômeno vida em toda sua
diversidade de manifestações. Esse fenômeno se caracteriza por um conjunto de
processos organizados e integrados, no nível de uma célula, de um indivíduo, ou
ainda de organismos no seu meio. Um sistema vivo é sempre fruto da interação
entre seus elementos constituintes e da interação entre esse mesmo sistema e
demais componentes de seu meio. As diferentes formas de vida estão sujeitas a
transformações, que ocorrem no tempo e no espaço, sendo, ao mesmo tempo,
propiciadoras de transformações no ambiente.
Ao longo da história da humanidade, várias foram às explicações para
o surgimento e a diversidade da vida, de modo que os modelos científicos
conviveram e convivem com outros sistemas explicativos como, por exemplo, os
de inspiração filosófica ou religiosa.
O aprendizado da Biologia deve permitir a compreensão da natureza
viva e dos limites dos diferentes sistemas explicativos, a contraposição entre os
mesmos e a compreensão de que a ciência não tem respostas definitivas para
tudo, sendo uma de suas características a possibilidade de ser questionada e de
se transformar.
Deve permitir, ainda, a compreensão de que os modelos na ciência
servem para explicar tanto aquilo que podemos observar diretamente, como
também aquilo que só podemos inferir; que tais modelos são produtos da mente
humana e não a própria natureza, construções mentais que procuram sempre
manter a realidade observada como critério de legitimação.
O conhecimento de Biologia deve subsidiar o julgamento de questões
polêmicas, que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de
recursos naturais e à utilização de tecnologias que implicam intensa intervenção
humana no ambiente, cuja avaliação deve levar em conta a dinâmica dos
ecossistemas, dos organismos, enfim, o modo como a natureza se comporta e a
vida se processa.
O desenvolvimento da Genética e da Biologia Molecular, das
tecnologias de manipulação do DNA e de clonagem traz à tona aspectos éticos
envolvidos na produção e aplicação do conhecimento científico e tecnológico,
chamando à reflexão sobre as relações entre a ciência, a tecnologia e a
sociedade. Conhecer a estrutura molecular da vida, os mecanismos de
perpetuação, diferenciação das espécies e diversificação intraespecífica, a
importância da biodiversidade para a vida no planeta são alguns dos elementos
essenciais para um posicionamento criterioso relativo ao conjunto das
construções e intervenções humanas no mundo contemporâneo.
Na Biologia estabelecem-se modelos para as microscópicas estruturas
de construção dos seres, de sua reprodução e de seu desenvolvimento.
Debatem-se, nesse contexto, questões existenciais de grande percussão
filosófica sobre a origem da vida e dos seres vivos em nosso planeta.
Neste século presencia-se um intenso processo de criação científica,
inigualável a tempos anteriores. A associação entre ciência e tecnologia se
amplia, tornando-se mais presente no cotidiano e modificando cada vez mais o
mundo e o próprio ser humano.
Questões relativas à valorização da vida em sua diversidade, à ética
nas relações entre seres humanos, entre eles e seu meio e o planeta, ao
desenvolvimento tecnológico e sua relação com a qualidade de vida, marcam
fortemente nosso tempo, pondo em discussão os valores envolvidos na produção
e aplicação do conhecimento científico e tecnológico.
A decisão sobre o quê e como ensinar em Biologia, no Ensino Médio, não se deve
estabelecer como uma lista de tópicos em detrimento de outra, por manutenção
tradicional, ou por inovação arbitrária, mas sim de forma a promover, no que
compete à Biologia, os objetivos educacionais, propostos para a área de Ciências
da Natureza, Matemática e suas Tecnologias e em parte já enunciados na parte
geral desse texto. Dentre esses objetivos, há aspectos da Biologia que têm a ver
com a construção de uma visão de mundo, outros práticos e instrumentais para a
ação e, ainda aqueles, que permitem a formação de conceitos, a avaliação, a
tomada de posição cidadã.
Um tema central para a construção de uma visão de mundo é a
percepção da dinâmica complexidade da vida pelos alunos, a compreensão de
que a vida é fruto de permanentes interações simultâneas entre muitos
elementos, e de que as teorias em Biologia, como nas demais ciências, se
constituem em modelos explicativos, construídos em determinados contextos
sociais e culturais. Essa postura busca superar a visão a-histórica que muitos
livros didáticos difundem, de que a vida se estabelece como uma articulação
mecânica de partes, e como se para compreendê-la, bastasse memorizar a
designação e a função dessas peças, num jogo de montar biológico.
Para promover um aprendizado ativo, que, especialmente em Biologia,
realmente transcenda a memorização de nomes de organismos, sistemas ou
processos, é importante que os conteúdos se apresentem como problemas a
serem resolvidos com os alunos.
A tecnologia, instrumento de intervenção de base científica, pode ser
apreciada como moderna decorrência sistemática de um processo, em que o ser
humano, parte integrante dos ciclos e fluxos que operam nos ecossistemas, neles
intervém, produzindo modificações intencionais e construindo novos ambientes.
Estudos sobre a ocupação humana, através de alguns entre os diversos temas
existentes, aliados à comparação entre a dinâmica populacional humana e a de
outros seres vivos, permitirão compreender e julgar modos de realizar tais
intervenções, estabelecendo relações com fatores sociais e econômicos
envolvidos. Possibilitarão, ainda, o estabelecimento de relações entre intervenção
no ambiente, degradação ambiental e agravos à saúde humana e a avaliação do
desenvolvimento sustentado como alternativa ao modelo atual.
Não é possível tratar, no Ensino Médio, de todo o conhecimento
biológico ou de todo o conhecimento tecnológico a ele associado. Mais importante
é tratar esses conhecimentos de forma contextualizada, revelando como e por
que foram produzidos, em que época, apresentando a história da Biologia como
um movimento não linear e freqüentemente contraditório.
Mais do que fornecer informações, é fundamental que o ensino de
Biologia se volte ao desenvolvimento de competências que permitam ao aluno
lidar com as informações, compreendê-las, elaborá-las, refutá-las, quando for o
caso, enfim compreender o mundo e nele agir com autonomia, fazendo uso dos
conhecimentos adquiridos da Biologia e da tecnologia.
O desenvolvimento de tais competências se inicia na escola
fundamental, mas não se restringe a ela. Cada um desses níveis de escolaridade
tem características próprias, configura momentos particulares de vida, de
desenvolvimento dos estudantes, mas guarda em comum o fato de envolver
pessoas, desenvolvendo capacidades e potencialidades que lhes permitam o
exercício pleno da cidadania, nesses mesmos momentos.
Entre as intenções formativas, garantida essa visão sistêmica, importa
que o estudante saiba: relacionar degradação ambiental e agravos à saúde
humana, entendendo-a como bem-estar físico, social e psicológico e não como
ausência de doença; compreender a vida, do ponto de vista biológico, como
fenômeno que se manifesta de formas diversas, mas sempre como sistema
organizado e integrado, que interage com o meio físico-químico através de um
ciclo de matéria e de um fluxo de energia; compreender a diversificação das
espécies como resultado de um processo evolutivo, que inclui dimensões
temporais e espaciais; compreender que o universo é composto por elementos
que agem interativamente e que é essa interação que configura o universo, a
natureza como algo dinâmico e o corpo como um todo, que confere à célula a
condição de sistema vivo; dar significado a conceitos científicos básicos em
Biologia, como energia, matéria, transformação, espaço, tempo, sistema,
equilíbrio dinâmico, hereditariedade e vida; formular questões, diagnosticar e
propor soluções para problemas reais a partir de elementos da Biologia,
colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no
aprendizado escolar.
No ensino de Biologia, enfim, é essencial o desenvolvimento de
posturas e valores pertinentes às relações entre os seres humanos, entre eles e o
meio, entre o ser humano e o conhecimento, contribuindo para uma educação
que formará indivíduos sensíveis e solidários, cidadãos conscientes dos
processos e regularidades de mundo e da vida, capazes assim de realizar ações
práticas, de fazer julgamentos e de tomar decisões.
B - OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Descrever processos e características do ambiente ou de seres vivos, observados
em microscópio ou a olho nu;
Perceber e utilizar os códigos intrínsecos da biologia;
Apresentar, de forma organizada o conhecimento biológico apreendido através de
textos, desenhos, esquemas, gráficos, tabelas, maquetes, etc;
Conhecer diferentes formas de obter informações (observação, experimento,
leitura de texto e imagem, entrevista) selecionando aquelas pertinentes ao
tema biológico em estudo;
Expressar dúvidas, idéias e conclusões acerca dos fenômenos biológicos;
Relacionar os diversos conteúdos conceituais de biologia (lógica interna) na
compreensão de fenômenos
Estabelecer relações entre parte e todo, de um fenômeno ou processo biológico;
Selecionar e utilizar metodologias científicas adequadas para a resolução de
problemas, fazendo uso quando for o
análise de dados coletados;
caso de tratamento estatístico na
Formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas apresentados,
utilizando elementos da Biologia;
Utilizar noções e conceitos da Biologia em novas situações de aprendizado
(existencial escolar);
Entender a Biologia como um fazer humano e, portanto, histórico, fruto da
conjunção de fatores
sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e
tecnológicos;
Identificar a interferência de aspectos místicos e culturais nos conhecimentos do
senso comum relacionadas a aspectos biológicos;
Reconhecer
o ser humano como agente e paciente
de transformações
intencionais por ele produzidas no seu ambiente;
Julgar ações de intervenção, identificando aquelas que visam a preservação e a
implementação da saúde individual, coletiva e do ambiente;
Identificar as relações entre o conhecimento científico e o desenvolvimento
tecnológico, considerando a preservação da vida, as condições de vida e as
concepções de desenvolvimento sustentável.
C - CONTEÚDOS
Organização dos Seres Vivos:
-
Características dos Serres vivos
-
Biologia molecular
-
Reprodução – tipos básicos de reprodução
Mecanismos e tecnológico no Campo da Biologia:
-
Histórico, importância
e
abrangência da
Biologia
-
Progressos das ciências biológicas e
atualidades
-
Investigação científica
Biodiversidade
Biosfera
Ambiente
Ecossistemas
Comunidades
Ciclos biogeoquímicos
Desequilíbrio Ecológico
Saúde humana
Desenvolvimento científico e tecnológico no campo da Biologia
Relação dos Seres vivos com o meio ambiente:
Origem da vida
Níveis de organização dos seres vivos
Hereditariedade e ambiente
Organização dos seres vivos
- Classificação dos Seres vivos em Reinos
-
Vírus – Anatomia, fisiologia, importância e
replicação
- Características, anatomia e fisiologia dos grandes
grupos de seres vivos: Monera
Protista
Fungi
Plantae
Animália
Desenvolvimento cientifico e tecnológico no campo da Biologia
Contágio, prevenção e tratamento de doenças parasitárias
D – METODOLOGIA ESPECÍFICA DA DISCIPLINA
Neste século presencia-se um intenso processo de criação inigualável a
tempos anteriores. A associação entre ciências e tecnologia se amplia tornandose cada vez mais presente no cotidiano e modificando cada vez mais o mundo e o
próprio ser humano. Questões relativas a valorização da vida em sua diversidade,
à ética nas relações entre seres humanos, entre eles e seu meio e o planeta, ao
desenvolvimento tecnológico e sua relação com a qualidade de vida, marcam
fortemente nosso tempo pondo em discussão os valores envolvidos na produção
e aplicação do conhecimento científico e tecnológico.
Diante da imensa gama de informações proporcionadas pelos jovens,
inclusive com a curiosidade que o assunto enseja, há que se proporcionar um
estudo que se aproveite deste potencial
informativo, fazendo com que o
conhecimento sistemático de Biologia subsidie o julgamento de questões
polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de
recursos naturais e a utilização de tecnologias que implicam intensa intervenção
humana ao ambiente enfim, o modo como a natureza se comporta e a vida se
processa.
Assim, o ensino da Biologia na escola de nível médio, deve levar o
jovem à compreensão do mundo que o cerca, abordando não somente os fatos e
princípios científicos, como oferecer condições para esses fatos e analisar as
implicações sociais da tecnologia.
Elementos da história e o contexto social que há uma ampla rede de
relações entre produção científica e o contexto social, econômico e político. É
possível verificar que a formulação, o sucesso ou o fracasso das diferentes
teorias cinéticas está associado a seu momento histórico. Partindo desta
perspectiva os conteúdos a serem desenvolvidos com pesquisas e experimentos
em laboratórios, observação na natureza, pranchas de Biologia, softwares, CDROM e outros materiais que se distinguem ao estudo biológico. Para aguçar a
curiosidade e o interesse, os conteúdos serão trabalhados sempre em forma de
problemas para serem resolvidos com os alunos de maneira contextualizada,
revelando por que foram produzidos, em que época, apresentando a história da
biologia como um movimento não linear e freqüentemente contraditório, buscando
desenvolver no educando o questionamento, a investigação e o gosto pela
aprendizagem.
O enfoque dos assuntos deverá ser de tal forma que contemple a
compreensão da natureza como uma intrincada rede de relações, um todo
dinâmico, do qual o ser humano é parte integrante, com ela interagem, dela
depende e nela interfere, reduzindo seu grau de dependência, mas jamais sendo
independente.
Enfim, a metodologia a ser utilizada deverá desenvolver as
capacidades que permitam ao aluno lidar com as informações, compreender o
mundo e nele agir com autonomia, fazendo uso dos conhecimentos adquiridos
da Biologia e da tecnologia.
No ensino de Biologia se faz necessário valorizar e fazer conhecer a
diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo
do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos
inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de
uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.Também contemplando
a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua
cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do
Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o
objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este
deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na
área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência.
E - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação deve cumprir três funções básicas que são: pedagógico-didática,
de diagnóstico e de controle da aprendizagem.
É também necessário ressaltar que a avaliação deve se contemplar aspectos
qualitativos em quantitativos, possibilitando a revisão do plano de ensaio e
principalmente deve auxiliar o educando a desenvolver capacidades e
habilidades.
Assim por ser uma tarefa complexa não se resume apenas na realização de
provas e atribuição de notas. A mensuração apenas proporciona dados que
devem ser submetidos a uma apreciação qualitativa.
Então para o enfrentamento desta situação em torno da avaliação, em primeiro
lugar é necessário compreender efetivamente o problema captar o movimento do
real em termos de avaliação na prática. A metodologia de trabalho e de avaliação
deve ser entendida na perspectiva dialética – libertadora e deve compreender os
seguinte elementos : partir na prática, refletir sobre a prática e transformar a
prática.
Especificamente, em Biologia a avaliação centrar-se-á na observação da
conduta do aluno frente aos desafios propostos, na sua capacidade de
observação, questionamento de pesquisas, capacidade de trabalho em grupo,
domínio e manuseio de instrumentos básicos relativos à disciplina.
Considerando
as funções
básicas
da avaliação
ela terá
caráter de
acompanhamento do progresso do aluno e serão consideradas como práticas
avaliativas o esforço do aluno para a realização das atividades, seu desempenho
e o seu crescimento no decorrer do processo de ensino aprendizagem.
Os trabalhos serão realizados preferencialmente em sala de aula com
acompanhamento do professor; tais como: debates, experiências, testes, escritos,
tarefas específicas, trabalhos práticos, pesquisas, participação em trabalhos
práticos , pesquisas, participação em trabalhos coletivos e individuais e outras
formas que se mostram aconselháveis e de aplicação possível, cumprindo a sua
finalidade educativa de ser contínua, permanente e cumulativa.
A recuperação de Estudos e a Recuperação Paralela serão desenvolvidas
conforme a legislação da seguinte forma: O Profº fornece ao aluno subsídios para
que este se aproprie dos conteúdos que foram desenvolvidos no bimestre e não
apropriados por ele através de pesquisas, leituras, atividades e trabalhos
extraclasse.
F – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Cheida, Luiz Eduardo – Biologia Integrada – FTD.
Valle, Cecília – Vida e Ambiente. Editora Positivo
MACHADO, Sídio. Biologia de olho no mundo do trabalho. Editora Scipione.
KNELLER, G. F., A Ciência como Atividade Humana. Zahar Editores/ EDUSP,
Tradução Antônio José de Souza, Rio de Janeiro, 1978.
Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de
Docentes – SEED/2006
DISCIPLINA: HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO INTEGRADO
A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Desde o início de nossa vida profissional, nos deparamos com grandes
desafios para ensinar história. De maneira sempre intensa e incessante, temos
buscado meios para tornar as aulas atraentes e motivadoras, Nosso objetivo,
através de nossas atividades tem sido o de instrumentalizar os alunos para que
contribuam para a construção de uma sociedade mais justa e menos excludente.
Com o ensino de história visamos estimular os futuros educadores a
lutarem por seus direitos promovendo a consciência de cidadania plena,
Até recentemente, o ensino de história privilegiava um tipo de formação que dava
ênfase à memorização de fatos e datas, bem como uma sucessão de
acontecimentos de ordem política, em que nós pessoas comuns, ficávamos
colocados como meros expectadores.
É através da história que os jovens possuem condições de ampliar seus
conhecimentos, contribuindo substantivamente para a construção de laços de
identidade e consolidação da formação da cidadania.
Em nossa forma de pensar, o grande desafio do professor de história
reveste-se de duplo significado.
De um lado, é preciso apresentar aos alunos conteúdos que inevitavelmente,
envolvam escolhas temáticas e nova versão dos acontecimentos. De outro lado, é
necessário empenhar-se para que os alunos desenvolvam uma postura crítica em
relação aos conteúdos estudados e com isso construam seu próprio saber.
A história que se escreve, tem relação expressa com o contexto social em
que foi produzida. O historiador dialoga com o mundo em que vive, com seus
problemas e desafios, lutas e utopias, e esse diálogo influencia a forma como ele
reconstrói e interpreta o passado, sendo fundamental a interação ativa entre
professores e alunos, todos nós assimilados mais facilmente aquilo que
vivenciamos do que aquilo que ouvimos, havendo a necessidade da participação
ativa do aluno no processo ensino aprendizagem.
Sendo necessário investir continuamente na sua formação, retomando e
repensando o seu papel diante dessa escola cidadã. Nela não caberá um
professor conteudista, tecnicista, preocupado somente com provas e notas, mas
sim um professor mais humano, ético, justo, solidário, que se preocupe com a
aprendizagem. É preciso um profissional com competência, tanto política quanto
técnica, que conheça e domine os conteúdos escolares e atitudinais, saiba
trabalhar em sala de aula utilizando uma metodologia dialética, tenha um
compromisso político, social, seja pesquisador, um eterno aprendiz, tenha uma
prática coerente com a teoria, seja consciente do seu papel como cidadão.
B – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
- Expressar a compreensão do que é História e de como se constrói o
conhecimento histórico, tomando consciência da natureza do saber
histórico;
- Estabelecer o diálogo entre o presente e o passado, incorporando elementos
da história do cotidiano, da história cultural; identificar no próprio cotidiano,
nas relações sociais e nas ações políticas da atualidade, a continuidade de
elementos do passado, reforçando o diálogo passado - presente;
- Contribuir para que o educando amplie a compreensão da realidade e seja
capaz de estabelecer relações com outras realidades históricas e de
respeitar os valores culturais das diferentes sociedades;
- Formar cidadãos crítico, participativo, reflexivo, compromissado e atuante,
capaz de exercer com êxito a sua cidadania;
- Desenvolver a capacidade de compreensão e de atitudes de respeito com
relação a outras culturas e sociedades, em outros tempos e lugares,
respeitando as diferenças individuais, culturais e religiosas;
- Reconhecer a diversidade cultural como elemento importante para o
entendimento da História, promovendo um conhecimento mais plural do
que o universal da história das sociedades;
- Relacionar processos históricos local, nacional e história mundial;
-
Elaborar contextos explicativos para os problemas históricos do mundo
atual;
- Identificar e analisar diferentes formas de manipulação da História feita pelos
poderosos instituídos, pela mídia, pelos diferentes grupos sociais que
disputam o poder num dado momento.
C - CONTEÚDOS:
Relações Culturais::
O Homem e a História;
Introdução ao estudo da História;
Como estudar História;
Povos da Mesopotâmia;
Egípcios;
Gregos;
Romanos;
O Renascimento Cultural;
As Reformas Religiosas;
Cultura Afro-brasileira;
História do Paraná.
Relações de poder:
A Idade Média no Oriente;
O Sistema Feudal;
As Crises do Sistema Feudal;
Transformações na sociedade medieval;
A crise do século XIV;
Relações de trabalho:
As Origens do Sistema Capitalista;
A expansão marítima;
Absolutismo monárquico;
Mercantilismo;
Relações de trabalho:
A colonização do Brasil;
A colonização da América;
Crise açucareira e mineração no Brasil;
A Revolução Industrial;
Movimentos Nacionalistas e Industrialização na Europa do século XIX;
Imperialismo: A competição entre as nações industriais;
Relações de poder:
A Revolução Francesa;
O processo de independência do Brasil;
O Primeiro Reinado;
Período Regencial;
Afirmação da Nação Brasileira;
O segundo reinado no Brasil;
A república no Brasil;
Processo das Guerras Mundiais;
A Europa em guerra;
A turbulência do período entre guerras;
2ª Guerra Mundial;
O Brasil na Era Vargas;
O Mundo Bipolarizado;
A Guerra Fria;
Política desenvolventista e ditadura no Brasil;
A redemocratização do Brasil;
O Mundo Multipolarizado;
Crises no mundo contemporâneo.
Relações Culturais:
O Iluminismo;
História do Paraná;
Cultura Afro-brasileira.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES:
AGENDA 21
Segurança;
Cidades Sustentáveis;
Redução das Desigualdades Sociais;
Gestão dos Recursos Naturais.
D - METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
A História se caracteriza pela pluralidade de interpretações e concepções
metodológicas, cada uma delas com seus significados e princípios próprios.
A metodologia aplicada será ampla e abrangente, enfatizando as
significações presentes nas obras de arte, na literatura, no universo da
criatividade popular e erudita. A visão de mundo de uma dada sociedade, o viver,
pensar, agir, sentir de homens e mulheres que criaram e criam no seu dia a dia
essas práticas culturais, assim como a interação cultural dos diferentes grupos,
com seus valores, costumes, tradições, conflitos, sempre respeitando a
pluralidade de formas usadas nos estudos do passado. Essa pluralidade será
fruto do diálogo de História com outras ciências, especialmente geografia,
psicologia e filosofia.
Sendo que se deterá em trabalhar o ser por inteiro, levando ao
desenvolvimento do conhecimento teórico, prático, mas também do humano e
social.
Oportunizar o aluno incluso idênticas possibilidades e direitos, ainda que
apresentem diferenças sociais, culturais e pessoais, efetivando-se a igualdade de
oportunidades, principalmente em condições semelhantes aos demais.
No ensino de História se faz necessário valorizar e fazer conhecer a
diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo
do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos
inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de
uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.Também contemplando
a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua
cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do
Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o
objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este
deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na
área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência.
E - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:
A avaliação é um processo que se faz necessário em todo o processo, seja
no processo de ensino/aprendizagem, ou na execução de um projeto, seja na
realização de uma tarefa. O ato de avaliar pode ser realizado sob os mais
diversos enfoques possíveis, mas existem dois principais, o quantitativo (que
procura transformar em números o aprendizado) e o qualitativo ( que procura
observar o que realmente foi aprendido).Segundo Dalmas: por meio da avaliação,
descobre-se como o grupo está entre o que se propôs (objetivos) e a vivência
(resultados obtidos). Dessa forma, a avaliação torna-se uma ferramenta
importante
para
constatar
se
os
resultados
obtidos
no
processo
ensino/aprendizagem estão sendo satisfatórios. O processo de avaliação que
será desenvolvido para o Ensino Fundamental, deverá basear-se na avaliação
qualitativa e contínua, visando averiguar se o processo de ensino/aprendizagem
esta sendo eficaz, se os objetivos propostos estão sendo cumpridos. A avaliação
dessa forma, não pode ser uma ferramenta de opressão, mas sim uma forma de
constatar se o aluno está conseguindo desenvolver as competências propostas.
A avaliação deve considerar a participação do aluno, o trabalho didático,
seu desenvolvimento nos trabalhos e discussões em sala de aula, sua seriedade
diante das atividades proposta e sua capacidade de compreensão.
A análise atenciosa do aluno como um todo, fornecerá condições de se
realizar uma avaliação mais justa e adequada, e que, ao mesmo tempo, propicie
ao aluno, condições de construir seu conhecimento através de diferentes
abordagens.
Dessa forma, conforme estabelece a LDB, a avaliação deverá estar sendo
executada a todo momento, através de questionamentos durante as aulas,
através
das
atividades
especiais,
como
por
exemplo:
júris
simulados,
dramatizações, seminários, participação, análise dos fatos, coerência das idéias
expostas, compreensão do conteúdo.
Mas, como no sistema escolar ainda é necessário atribuir medidas, as
atividades acima descritas serão avaliadas e terão o objetivo de avaliar a
capacidade de síntese, de análise, de compreensão dos alunos. Essas atividades
deverão incentivar o pensamento crítico e a liberdade de expressão do aluno.
A avaliação é entendida como um processo dinâmico, resulta na
concepção de que é necessário, no processo de interação professor – aluno um
reavaliar constante. Por isso, caracteriza-se como forma avaliativa contínua e
cumulativa.
Com relação à avaliação inclusiva, não há que se perder de vista a
necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize
interdisciplinarmente na aprendizagem da criança inclusiva, de modo a não se
caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas
educações: a regular e a especial.
F – BIBLIOGRAFIA:
COTRIN, Gilberto.História Global - Brasil e Geral. São Paulo: Saraiva, 1997.
PRADO JÚNIOR,Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo:
Brasiliense, 1997.
LEAL, Victor Nunes. Coronelismo – enxada e voto.Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1997.
COUTINHO, Carlos Nelson. A democracia como valor universal e outros ensaios.
Rio de Janeiro: Salamandra, 1984.
HOBSBAWM, Eric J. Era dos Extremos: O breve século XX (l914 – 1991). São
Paulo: Schwarcz, 2005.
SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia.6.ed. São Paulo: Cortez, 1985.
LIBÂNEO, José Carlos, Didática. São Paulo: Cortez 1990.
MAGNOLI, Demétrio. O Mundo Contemporâneo: relações internacionais 1945 –
2000. São Paulo: Moderna, 1996.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática
Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
HOLLANDA, Sérgio Buarque de. As Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das
Letras, 2000.
FERRO, Marc, Cinema e história. São Paulo: Paz e Terra, 1992.
FREYRE, Gilberto. Casa grande e senzala. (...).
Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de
Docentes – SEED/2006
DISCIPLINA: GEOGRAFIA – ENSINO MÉDIO INTEGRADO
A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Geografia se faz presente nos currículos escolares em nosso país desde
longa data. Nesse sentido, as primeiras décadas do século XX podem ser
tomadas como uma importante referência. Isso porque, por meio de um rico
debate, no qual a presença de Carlos Miguel Delgado de Carvalho foi muito
marcante, não apenas porque se exaltava a importância da Geografia na
formação escolar, como também se apontava para a necessidade de uma
Geografia de fato científica, moderna. Vejamos.
Delgado de Carvalho foi cientista político. Muito mais do que isso foi um
árduo defensor do florescimento de uma Geografia que ultrapassasse a mera
descrição dos estados brasileiros, recheada de nomes a serem memorizados.
Daí, ainda segundo ele, a urgência de se edificar uma Geografia de fato científica,
com um objeto de estudo devidamente estabelecido.
Por outro lado, não podemos perder de vista que Delgado de Carvalho
fazia parte de uma intelectualidade, ou de uma elite se assim o preferir, que se
encontrava debruçada sobre questão da consolidação do Estado brasileiro. Em
outras
palavras,
ela
reconhecia
claramente
que
a
Geografia
poderia
desempenhar, juntamente com a Histórica, um papel da máxima importância na
formação e na cristalização de um patriotismo minimamente fundamentado. Na
realidade, tratava-se de assegurar, via sistema escolar, a inculcação da ideologia
do nacionalismo patriótico. Sendo assim, convém observar que a formação de
uma identidade nacional, no caso do Brasil, era cercada de aspectos muito
específicos, a começar pelo fato de sr uma ex-colônia. Ou seja, ao se tornar um
país independente de Portugal, a consolidação da identidade nacional
necessitava ser, literalmente, construída. Afinal, os elementos de coesão nacional
eram relativamente inconsistentes para um país com as dimensões do Brasil e
como se deu o processo de sua formação territorial, foi nesse contexto, portanto,
que o ensino primário ganhou relevância, gerando, como já foi dito, uma certa
preocupação da parte de Delgado de Carvalho com a edificação de uma
Geografia científica no país, capaz de contribuir para a formação da Nação
brasileira. Até porque, no seu entender, as crianças e os jovens somente
compreenderiam o sentido da formação do Brasil por meio de um estudo
assimilável e cativante, com o auxílio de diversos e variados recursos. Ao
contrário, uma disciplina mnemônica, desinteressante e austera em nada
contribuiria para o desenvolvimento do sentimento de pertencimento a um grupo e
a um território que fossem comuns a todos.
Essa relação deverá ser ancorada num suporte teórico-crítico que vincule o
objeto da geografia, seus conceitos referenciais, conteúdos de ensino e
abordagens metodológicas aos determinantes sociais, econômicos, políticos e
culturais do atual contexto histórico.
B – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
- Formar um cidadão crítico e atuante, capaz de exercer com êxito a
sua cidadania. Um indivíduo com uma visão de mundo que lhe permita
participar ativamente da sociedade em que vive;
- Formar indivíduos capazes de entender os fatos que acontecem no
mundo interpretá-los e de estabelecer relações não só entre fatos, mas
deles com a realidade do local onde vive, ou seja, o espaço geográfico;
- Ajudar o aluno a entender as diversidades e as mudanças que acontecem
no espaço geográfico, tornando-o capaz de “pensar” esse espaço e
perceber-se como parte integrante dele;
- Fornecer a base conceitual da disciplina através de sua evolução; educar
o aluno para o pleno domínio da linguagem cartográfica, noções de
escala e fusos horários, além de conhecer os processos naturais e
antrópicos que regem a superfície do planeta Terra;
- Compreender os processos que regem as sociedades humanas e sua
organização; ter noções dos processos de urbanização, evolução
populacional, desenvolvimento da agricultura e problemas ambientais.
C – CONTEÚDOS:
•
Espaço Geográfico, Paisagem e território
•
A localização no espaço geográfico
•
O tempo geológico
•
A estrutura da Terra
•
A dinâmica do relevo
•
O relevo brasileiro
•
Os tipos de clima
•
O clima no Brasil
•
Os biomas terrestres
•
A atmosfera
•
As águas continentais
•
Brasil - hidrografia
•
Impactos ambientais
•
Desenvolvimento sustentável
•
Brasil formação e expansão do território brasileiro
•
A população brasileira - crescimento e formação
étnica
•
A população brasileira - distribuição e estrutura
•
Movimentos da população brasileira
•
Urbanização e regiões metropolitanas brasileiras
•
Os transportes no Brasil
•
A industrialização no Brasil
•
O comércio exterior brasileiro
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES:
Agenda 21:
A Agenda 21 Escolar é a proposta que resulta dos estudos Global,
Brasileira, Estadual e Local e dos diagnósticos, para ser implementada no meio
de influência da escola, tanto nos recintos escolares quanto no meio familiar e
social onde tal influência é exercida;
Projeto Afro – Belezas da África: Melhorar a auto-estima do afrodescendente
através da valorização da sua cultura e de suas contribuições na formação da
identidade do povo brasileiro.
D – METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
A Geografia se faz presente nos currículos escolares em nosso País
desde longa data, desde as primeiras décadas do século XX , essa ciência vem
ganhando força e importantes referências.
Ela pode ser trabalhada por meio de um rico debate, investigação de
um ““ problema geográfico””, requer que se defina sua localização e se estabeleça
o “tamanho” do espaço onde esse problema se insere.
Além da escala de análise, juntamente com sua utiliza”cão, a geografia
escolar trabalha com três questões que se complementam: Onde? Por que aqui e
não em outro lugar? Como é este lugar?
De fato, criar situações problematizadas e contextualizadas, que
apropriem do real significado vivenciando aquilo que conhecemos por lugar,
paisagem e território.
Dar devida atenção às práticas sociais que se desenrolam no e pelo
espaço. Trata-se de caráter afetivo e identitário, como determinados espaços de
vivência do educando e seus respectivos símbolos( a rua, uma árvore, a praça,
uma estátua, a cidade e um marco,etc).
Para que serve ensinar geografia?
Saber se localizar;
Compreender o mundo em que vivemos;
Formar cidadãos críticos e atuantes;
Saber usar (ou desenhar) mapas;
Estudar rios, climas, vegetação etc;
No ensino de geografia cabe dois objetivos e finalidades que se
complementam, proporciona o desenvolvimento do raciocínio geográfico e
assegurar a formação de uma consciência espacial. A geografia pode contribuir
para um verdadeiro “Pensar o Espaço”.
No ensino de Geografia se faz necessário valorizar e fazer conhecer a
diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo
do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos
inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de
uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.Também contemplando
a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua
cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do
Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o
objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este
deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na
área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência.
E – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA
A avaliação se caracteriza por um dos paradoxos mais complexos no
processo
de
ensino
aprendizagem.
Nesse
sentido,
educadores
estão
constantemente discutindo a melhor forma de avaliar, quais as maneiras mais
corretas. De acordo com Argento:
A prática docente do processo ensino-aprendizagem está
vinculada às inter-relações entre os sujeitos do processo. O
homem constrói seu conhecimento fundamentado em suas
relações com a natureza, com o espaço e com a sociedade.
O conhecimento, então, passa a ter significado na vida
humana, e o processo avaliativo se torna processual,
dinâmico e formativo.
Segundo Dalmas: por meio da avaliação, descobre-se como o grupo está
entre o que se propôs (objetivos) e a vivência (resultados obtidos). Dessa forma, a
avaliação torna-se uma ferramenta importante para constatar se os resultados
obtidos no processo de ensino/aprendizagem estão sendo satisfatórios. O
processo de avaliação que será desenvolvido para o 1º ano deve ser coerente
com o que está propondo para a metodologia de ensino. Sendo assim, se está
propondo um ensino crítico, o processo de avaliação também deve basear-se nos
postulados da Geografia Crítica.
Nessa nova concepção, avaliar torna-se mais do que verificar se o aluno
memorizou o conteúdo, mas sim verificar se ele conseguiu apropriar-se do
conteúdo interagindo entre a teoria a prática, ou seja, o seu cotidiano. Nesse
sentido, seguindo a tendência da pedagogia Histórica Crítica, entra em ação a
Catarse. Segundo Gasparim (2003 p.128):
A Catarse é a síntese do cotidiano e do científico, do teórico
e do prático a que o educando chegou, marcando sua nova
posição em relação ao conteúdo e à forma de sua
construção social e sua reconstrução na escola.
Ainda sobre esse assunto, Wachowicz apud Gasparim (2002, p. 129) nos
diz que a “a ‘Catarse é a verdadeira apropriação do saber por parte dos alunos’.
Isso significa que o estudante não apenas aprendeu de cor a lição, mas constituiu
para si uma nova visão da realidade”. Desta forma é necessário romper com a
avaliação como forma de repressão e submissão por parte do aluno, esse fato
acaba trazendo um sentido negativo para a prática avaliativa e estabelecendo
uma relação de conflito como destaca Souza:
As relações de poder e subordinação, presentes na
sociedade, reproduzem-se na forma como a escola se
organiza e funciona. E dentre os aspectos específicos da
vida da escola, em que se expressam relações autoritárias e
hierárquicas, tem-se a avaliação. Os depoimentos tanto dos
profissionais que atuam na escola como dos alunos
apontam-na como uma ação unidirecional no seu foco e no
seu processo, ou seja, de todos os elementos integrantes do
processo escolar, só o aluno é sistematicamente, avaliado, e
essa
avaliação
se
concretiza,
exclusivamente,
pelo
julgamento que o professor faz dele.
Portanto, conforme estabelece a Pedagogia Histórica Crítica e os
postulados da Geografia Crítica o processo de avaliação será contínuo e
diagnóstico. A avaliação estará sendo executada a todo o momento, através de
questionamentos durante as aulas, através das atividades especiais, como por
exemplo, júris simulados, dramatizações, seminários, entre outras, onde estarão
sendo avaliados.
No que tange a disciplina de Geografia, deve-se avaliar no aluno a
capacidade de interação com o espaço geográfico, ler e interpretar os símbolos
cartográficos, além dos códigos específicos da Geografia, reconhecer e aplicar o
uso das escalas cartográficas e geográficas. O educando deve também
reconhecer os fenômenos espaciais a partir da seleção, comparação e
interpretação; reconhecer na aparência das formas visíveis e concretas do espaço
geográfico atual a sua essência, ou seja, os processos históricos construídos em
diferentes tempos, e os processos contemporâneos.
Em um aspecto mais prático, a avaliação formal do grupo se dará
mediante aplicação de avaliações escritas e trabalhos bimestrais, com pontuação
cumulativa e terá por objetivo avaliar a aprendizagem do aluno com relação aos
conteúdos estruturantes da disciplina.
Essas avaliações
e trabalhos terão o
objetivo de avaliar a capacidade de síntese, de análise, de compreensão dos
alunos. Essas atividades
deverão ser compostas de questões abertas, que
incentivem o pensamento crítico e a liberdade de expressão do aluno. Conforme
destaca Argento, os instrumentos avaliativos podem ser os mais diversos
possíveis no caso da avaliação formal:
... Os instrumentos avaliativos mais utilizados pelos
professores são: avaliações escritas sem consulta, trabalhos
individuais e/ou em grupo, tanto em forma oral como em
forma escrita, pesquisas bibliográficas, conversas informais,
debates, relatórios, avaliação operatória, painéis, murais,
auto-avaliação.
F – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADAS, Mellen. Geografia: Noções Básicas de Geografia. São Paulo: Moderna,
1994.
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ANDRADE, Manuel Correia de. Geografia econômica. São Paulo: Atlas, 1998.
ARGENTO, Heloisa T. Metodologia de Ensino Fundamental: Estudos Sociais.
In:
http://www.trendnet.com.br/users/hargento/GEOGRAFIA.doc,
acesso
em
22/06/2006.
COELHO, Marcos de Amorim. Geografia geral: o espaço natura e sócioeconômico. São Paulo: Moderna, 1992.
DALMAS,
Ângelo.
Planejamento
Participativo
na
Acompanhamento e Avaliação. Petrópolis: Vozes, 1994.
Escola:
Elaboração,
Diretrizes curriculares da educação fundamental da rede de educação
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Paulo: Autores Associados, 2003.
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LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro Branco. Geografia: homem e
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MAGNOLI, Demétrio. O mundo contemporâneo: relações internacionais 1945 –
2000. São Paulo: Moderna, 1996.
MATOS, de Teixeira Maria Zilá – Bonecas Negras, Cadê? O Negro no currículo
escolar: sugestões práticas
MORAES, Antonio Carlos Robert. Geografia: Pequena História Crítica. São
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MOREIRA, Igor. Construindo o Espaço do Homem. São Paulo: Ática, 2001
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PIFFER, Osvaldo. Geografia no ensino médio. São Paulo: IBEP, 2001.
SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia: Polêmicas do Novo Tempo.
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SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia geral e do Brasil:
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______. Geografia para o ensino médio: geografia geral e do Brasil. São Paulo:
Scipione, 2002.
______. Trilhas da Geografia: A Geografia no Dia-a-Dia. São Paulo: Scipione,
2000.
SOUZA, Sandra Maria Zákia Lian. Avaliação da Aprendizagem: Teoria,
Legislação
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Prática
no
Cotidiano
de
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http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_08_p106-114_c.pdf,
1°
Grau.
acesso
In:
em
22/06/2006.
VESENTINI, José William. Sociedade e espaço: geografia geral e do Brasil. São
Paulo: Ática, 2001.
Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de
Docentes – SEED/2006
SOCIOLOGIA
A - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
A Sociologia volta-se, todo tempo para os problemas que nós
enfrentamos no dia-a-dia de nossas vidas em sociedade. Ela pretende ser um
conhecimento científico sobre a realidade social e, enquanto tal, visa a
estabelecer teorias, bem como confortá-las com a realidade.
Como ciência, a sociologia delineou-se no rastro do pensamento
positivista, vinculada à ordem das Ciências Naturais. O caráter científico, tão
buscado e valorizado na época, estava ligado à
lógica da ciência dita
“experimentais”. Ou seja, para acender ao estatuto de ciências, deveria atender a
determinados pré-requisitos e seguir métodos “científicos” que pretendiam
também a neutralidade e o estabelecimentos de regras.
São representados desse pensamento. Augusto Conte o primeiro a usar o
termo sociologia, relacionado com a ciência da sociedade, e Émile Durkhein que
adotou conceitos elaborados por Conte, especialmente o de ordem social, para
delinear uma das correntes representativas do pensamento sociológico.
Apesar de sua origem conservadora d de sua proposta inicial conformista,
a sociologia desenvolvem também um olhar crítico e questionador sobre a
sociedade. O pensador Karl Marx trouxe importante contribuição ao pensamento
sociológico por que desnudou as relações de exploração que se estabeleceram a
porta do momento em que uma determinada classe social apropriou-se dos meios
de produção e passou a deter e conduzir os mecanismos da sociedade.
No Brasil, tanto as idéias conformistas quanto as revolucionários
exerceram forte influência na formação da pensamento sociológico brasileiro.
Com o advento da Rep. Houve a primeira tentativa de se introduzir a
Sociologia como disciplina Escolar obrigatória no Brasil através do então ministro
da Educação Benjamim Constante, em 1891. A 1ª escola a introduzir a disciplina
no nível médio foi a tradicional D. Pedro II, no RJ, em 1925.
Após 1930, a disciplina passa a ser ampliada com a possibilidade de
oferecer uma formação mais humanística para os estudantes secundários. Mas
na segunda fase da Era Vargas, em 1942, sua obrigatoriedade é retirada das
escolas secundárias, permanecendo apenas nas Escolas Normais até o golpe
militar de 64.
A partir de 1964, a disciplina de sociologia desapareceu dos currículos
das escolas médias, permanecendo restritos ás Escolas Normais. Com a Lei
5.673/71 foram introduzidas as disciplinas de EMC e OSPB com o intuito de
substituir a sociologia e a Filosofia.
A nova LDB lei 9.394 de 1996 prevê que os alunos ao terminarem o
Ensino Médio devem demonstrar conhecimentos de sociologia e filosofia. Em
1997º ex-deputado Padre Roque, PT propões um projeto que altera a LDB e torna
a sociologia e filosofia disciplinas obrigatórios, tal projeto foi vetado pelo
presidente Fernando H. Cardoso.
A trajetória do ensino de sociologia, caracterizada por freqüentes
interrupções trouxe-lhe marcas que não podem ser ignoradas relativamente a sua
inserção no cenário educacional.
Os grandes problemas que vivemos hoje provenientes do acirramento das
forças do capitalismo mundial e do desenvolvimento industrial desenfreada entre
causas, exigem sujeito capazes de rejeitar a lógica neoliberal da destrinção social
e planetária .
É tarefa inadiável da escola e da sociologia a formação de novos valores,
de uma nova ética e de novas práticas que indiquem a possibilidade de
construção de novas relação social.
B- OBJETIVOS:
23. Estender os caminhos percorridos pela sociologia.
24. Pesquisar as teorias dos principais pensadores.
25. Compreender a importância dos valores, normas e regras para a vida
em sociedade.
26. Refletir sobre a cultura popular e erudita bem como a diversidade
cultural do povo brasileiro.
27. Compreender a importância dos fatos sociais para a sociologia.
28. Entender a relação entre ideologia e industria cultural.
29. Analisar a importância das instituições sociais para a formação integral
do cidadão.
30. Investigar sobre a trajetória do “trabalho”, suas formas de organização e
evolução.
31. Questionar as diversas formas de trabalho e a exclusão social.
32. Compreender as relações de poder e as ideologias dominantes
existentes nos sociedades.
33. Entender o estado como agente de controle social.
34. Compreender a importância dos direitos para a formação da cidadania.
35. Resgatar a importância dos movimentos social.
C - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Os conteúdos estruturantes da disciplina de sociologia propostas são:
XXX- O processo de socialização e os institutos sociais.
XXXI- A cultura e a indústria cultural.
XXXII- Trabalho, produção e classes sociais.
XXXIII-
Poder, política e ideologia.
XXXIV-
Cidadania e movimentos sociais.
D - METODOLOGIA:
A sociologia deve explicitar as diversas visões de mundo, as concepções
de sociedade e de homem. Tem como atribuição básica: ir além de investigar,
identificar descrever, classificar, interpretar, explicar todos os fatos relacionados
à vida social, logo permite instrumentalizar o aluno para que possa decodificar a
complexidade social através do desenvolvimento do pensamento crítico e
instigante.
Assim, pelo conhecimento sociológico sistematizado o aluno poderá
construir uma postura mais reflexiva e crítica diante da complexidade do mundo
moderno. Poderá perceber-se como elemento ativo, dotado de força “política” e
capacidade de transformar e, até mesmo, viabilizar através do exercícios pleno
de sua cidadania, mudanças estruturais que apontem para um modelo de
sociedade mais justo e solidário.
Cabe ao professor, orientar os alunos também através do conhecimento
da sociologia de maneira contextualizada, no sentido de compreender e aliviar o
impacto causado pelo conjunto de transformação econômico-sociais geradas
pelo fortalecimento do sistema capitalista e pelo grande desenvolvimento
tecnológico e científico, bem como aliviar o impacto gerado pela relevante
desestruturação de instituições sociais como a “família”.
Tem portanto, a sociologia, a função de “armar” o aluno com instrumentos
que possibilitem ultrapassar o senso comum e entender se como o reflexo e
agente da situação histórica do mundo e que aproxima esses saberes da sua
realidade. Ela não quer apresentar dogmas, mas, questionar para compreender.
É tarefa primordial do conhecimento sociológico explicitar problemáticas
sociais concretas e contextualizadas, de modo a descobrir pré noções e
preconceitos que quase sempre dificultam o desenvolvimento da autonomia
intelectual e de ações políticas direcionadas à transformação social.
Enfim, o ensino da sociologia pressupõe metodologias que coloquem os
alunos como sujeitos de seu aprendizado; não importa que o encaminhamento
seja a leitura, o debate, a pesquisa de campo ou a análise de filmes, mas,
importa que o aluno seja constantemente provocado a relacionar a teoria com o
vivido, a rever os conceitos e a reconstruir coletivamente novos saberes. Partir
da prática social dos alunos permitirá a tomada de consciência sobre essa
mesma prática, que não é apenas o que pensam ou sentem, mas é também uma
expressão social do grupo do qual ele faz parte.
No ensino de Sociologia se faz necessário valorizar e fazer conhecer a
diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo
do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos
inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de
uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.Também contemplando
a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua
cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do
Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o
objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este
deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na
área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência.
E - AVALIAÇÃO:
A avaliação no ensino da sociologia não deverá ser meramente
verificatória da aprendizagem dos conceitos trabalhados ou das teorias, mas
precisará ser articulada, desde o primeiro dia em que o aluno entra em contado
com o conhecimento sociológico, procurando perceber a apreensão que os
estudantes realizam, as modificações que demonstram na compreensão dos
mecanismos
de
funcionamento
da
sociedade,
nos
discursos,
nos
posicionamentos dentro do espaço escolar e nas relações sócias.
As formas de avaliação em Sociologia acompanham as próprias práticas
de ensino e de aprendizagem na disciplina, seja, reflexão crítica nos debates,
que acompanham os textos ou filme, seja a participação nas pesquisas de
campo, seja, a produção de textos que demonstrem a capacidade de articulação
entre teoria e prática.
F). BIBLIOGRAFIA:
Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado
do Paraná. Sociologia. Curitiba, 2006.
Orientações Curriculares. Sociologia. Secretaria de Estado da Educação,
fevereiro, 2006.
Biblioteca do professor.
FILOSOFIA
A - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
Filosofia é uma disciplina que leva a reflexão desde a importância
de se trabalhar de forma interdisciplinar, como até mesmo ser o ponto crucial,
que é levar a questionar, como por exemplo: para que filosofia? Qual filosofia?
E filosofar para que?
Com certeza o ato de questionar, bem como refletir dadas as
circunstâncias, favorecem espaços para análise e criação de conceitos, tendo
assim justificativas e posicionamentos indissociáveis que dão vida significativa
e contribuidora observando o contexto.
Desta forma,
esta disciplina se apresenta no contexto escolar
tendo em vista a perspectiva de quem dialoga com a vida, pois busca a
reflexão e a resolução de problemas, se preocupando com a análise atual
numa abordagem contemporânea remetendo o aluno a sua própria realidade,
assim possibilitando o desenvolvimento de estilos próprios de pensamentos.
B - OBJETIVOS:
1. Levar os estudantes a pensarem, oportunizando a construção e análise
de conceitos, bem como interpretar conhecimento científico como
provisório, jamais acabado ou definitivo;
2. Compreender o estudo da Filosofia e do filosofar;
3. Compreender
complexidades
do
mundo
contemporâneo,
sua
particularidades, especializações e a forma fragmentada manifestada
até então, buscando a superação do caráter fragmentário da realidade
por meio da filosofia;
4. Proporcionar espaços de discussão tendo ênfase pensadores (Platão,
Aristóteles e outros) refletindo seus pensamentos e sua contribuição
para com a humanidade;
5. Contemplar os conteúdos estruturantes enquanto conhecimentos
basilares;
6. Entender as relações do homem no mundo e consigo mesmo.
C - CONTEÚDOS:
•
Conteúdos estruturantes: Mito e Filosofia, Teoria do Conhecimento,
Ética, Filosofia Política, Estética, Filosofia da Ciência, recortes
históricos e sociais.
D - METODOLOGIA:
A forma a ser trabalhada deve envolver quatro momentos: a
sensibilização, a problematizarão, a investigação e a criação de conceitos.
Levando em consideração os momentos abordados acima, certamente o
respeito à diversidade de pensamentos diferentes dos estudantes serão de
suma importância no sentido de entender os problemas sociais da nossa
sociedade, bem como a aquisição de conceitos e posições por meio de
problematizarão serão pontos de debates e pontos cruciais no processo
ensino-aprendizagem.
No ensino de Filosofia se faz necessário valorizar e fazer conhecer a
diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não esquecendo
do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também os alunos
inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de
uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.Também contemplando
a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada de sua
cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação do
Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o
objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este
deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na
área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência.
E - AVALIAÇÃO:
A avaliação se dará a partir da sensibilização, ou seja coletando o
que o aluno pensa antes (preconceitos) e o que pensa após a criação de
conceitos. Em outras palavras também valorizando e respeitando sua
bagagem (prática social); considerando neste aspecto o processo contínuo no
interior das aulas e não um momento fragmentado de processo.
F - BIBLIOGRAFIA:
- Biblioteca do professor
- Filosofia – Ensino Médio – Secretaria de Estado de Educação (Livro Didático
público)
- Clássicos e comentários (História e Filosofia)
- Textos clássicos na Internet.
DISCIPLINA: LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (INGLÊS) – ENSINO MÉDIO
INTEGRADO
A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O ensino
das línguas modernas teve sopro de incremento com a
chegada da família real em 1808 e, mais tarde, em 1837, ganhou real importância
quando se fundou a primeira escola pública de nível médio.
O modelo de ensino de línguas instituído pelo Colégio Pedro II, se
manteve até 1929.
No primeiro governo de Getúlio Vargas, com a criação do Ministério de
Educação e Saúde Pública, intelectuais imbuídas por um ideal de modernidade e
de uma identidade nacional, iniciaram estudos para uma reforma significativa do
sistema de ensino, Reforma Francisco Campos, a qual propunha que a escola
secundária proporcionasse ao mesmo tempo formação geral e preparação para o
ensino superior e na qual pela primeira vez, o método de Língua estrangeira foi
oficialmente estabelecido – o método Direto.
O método Direto se baseava na teoria associacionista da Psicologia da
Aprendizagem.
Em 1942, com a reforma Capanema, o curso secundário passou a ser
dividido em dois níveis; ginasial, com quatro anos, e colegial, com três. O uso do
método Direto não deveria ter apenas fins instrumentais, mas também educativos,
para contribuir na formação da mentalidade do aprendiz e para desenvolver
hábitos de reflexão.
Nos anos 50 e 60, com o desenvolvimento da ciência lingüística e o
crescente interesse pela aprendizagem, surgem mudanças significativas quanto
às abordagens e aos métodos de ensino.
Predominantemente na década de 70, tomava o ensino de línguas
estrangeiras como um instrumento das classes favorecidas para manter
privilégios, impondo um domínio social, cultural, político e econômico.
O conceito de competência comunicativa foi retomado e ampliado por
diversos autores, os mais conhecidos são Swan e Canale, que primeiramente em
1980, agregaram ao conceito de competência discursiva.
Em 20 de dezembro de 1996 foi publicado a mais recente LDB (Lei nº
9.394). Referindo ao Ensino Médio, a lei determina que será incluída uma língua
estrangeira moderna, como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade
escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da
instituição.
Percebe-se que, embora o discurso de tal abordagem se apresente como
veiculado de idéias progressistas e inovadoras, é importante atentar para suas
origens históricas e as vinculações ideológicas dos seus princípios e conceitos.
B – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
_ Distinguir as variedades lingüísticas.
_ Escolher o registro adequado às situações nas quais se processam a
comunicação.
_
Possibilitar a escolha de vocabulário que melhor refletir a idéia do que se
pretende transmitir.
_ Compreender de que forma, determinada maneira ou expressão pode ser
literalmente interpretada em razão dos aspectos culturais.
_ Compreender como os enunciados refletem a forma de ser, de pensar e de agir
de quem os produz.
_ Utilizar os aspectos com coerência e coesão na produção oral e escrita.
_ Utilizar estratégias verbais e não verbais para compensação das falhas, a fim de
se fornecer a efetiva comunicação e alcançar o efeito pretendido em situações de
produção e leitura.
_ Conhecer como usar as línguas estrangeiras modernas como instrumento de
acesso à informação e outras culturas e grupos sociais.
_
Analisar
recursos
expressivos
da
linguagem
verbal,
relacionando
textos/contextos mediante a natureza, função, organização, estrutura, de acordo
com as condições de produção/recepção – intenção, época, local, interlocutores
participantes da criação e propagação de idéias e escolhas, tecnologias
disponíveis.
C. CONTEÚDOS:
.
Compreensão
e
produção:
oral-fonética/fonologia;
construção
gramatical; léxico; entonação e variação da tonalidade; relação entre
ortografia; nível de formalidade da fala e sua adequação a contextos
específicos.
. Produção escrita: ortografia, tipologia textual, organização textual;
construção de significados.
Leitura
- Diferentes gêneros textuais
_Literatura;
_Seleção de variedade lingüística formal e informal.
- Conhecimentos lingüísticos discursivos, sócio-pragmáticos e culturais.
Escrita
_ Seleção de variedade lingüística formal e informal;
_ Interlocução a que se dirige ao texto;
_ Desenvolvimento da identidade.
Oralidade
_ Desenvolvimento da capacidade de expressar-se;
_ Compreensão de enunciados orais:
_ Criação de condições de prática significativa;
_ Produção de enunciados;
_ Compreender enunciados orais.
Identificação das funções gramaticais da palavra;
Compreensão leitora-gêneros textuais;
Identificação dos aspectos da cultura das comunidades falantes da língua
estrangeira moderna.
- Conjunções: and, or, but, so;
- Going to, will
- Pronomes possessives: my, your, our
- Preposições: under, above, between, among
- Passado simples dos verbos
- Verbo to have (presente e passado)
- Verbos anômalos (can, may, must, should)
- Passado continuo
- Presente perfeito
- Presente perfeito contínuo
Advérbios
Futuro contínuo
Advérbios
Futuro contínuo
Revisão simple present, geoing to, will, simple past;
Graus do adjetivo;
Indefinidos e seus compostos: somebody, anybody...;
Passado perfeito;
Adjetivos de quantidade: little, a little, less, few, fewer, much, many...
Pronomes relativos: who, whom, that...
Frases condicionais.
D. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
É fundamental que se apresente ao aluno textos em diferentes gêneros
textuais. O objetivo será o de proporcionar ao aluno a possibilidade de interagir
com a infinita variedade discursiva presente em vários gêneros: publicitários,
jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc., ressaltando as suas
diferenças estruturais e funcionais, a sua autoria, bem como o caráter do público
a que se destina e, sobretudo e indispensável aproveitar o conhecimento que ele
já tem das suas experiências com a língua materna.
As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor aos
alunos, textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, procurando
compreendê-los em suas especificidades e incentivar os alunos a expressarem
suas idéias em língua estrangeira dentro de suas limitações. È necessário que se
explicite que, mesmo oralmente, há uma diversidade de gêneros que qualquer
uso da linguagem implica e que existe a necessidade de adequação da variedade
lingüística para as diferentes situações, tal como ocorre na escrita e em língua
materna. Também é importante que o aluno se familiarize com os sons
específicos da língua que está aprendendo.
Com relação aos textos de literatura, se acreditamos que a reflexão sobre
a ideologia e a construção da realidade fazem parte da produção do
conhecimento, e que esse conhecimento é sempre parcial, complexo e dinâmico,
dependente do contexto e das relações de poder, é preciso ao apresentar textos
literários aos alunos, propor atividades que colaborem para que aja reflexão
sobre os textos e que os percebam como uma prática social de uma sociedade de
um determinado contexto sócio – cultural .
Entende-se que o conhecimento sistematizado pela educação escolar
deve oportunizar aos alunos inclusos idênticas possibilidades e direitos, ainda que
apresentem diferenças sociais, culturais e pessoais, efetivando-se a igualdade de
oportunidades, principalmente, em condições semelhantes aos demais. Caso seja
necessário deverá ser feita adaptação curricular.
No ensino de língua Estrangeira Moderna (Inglês ) se faz necessário
valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade
brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando
integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais
a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe
permanente.Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha
uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres.
Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente,
perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com
a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem
suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no
campo para sua sobrevivência.
E - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:
A avaliação será feita de forma contínua e cumulativa. Serão levadas em
consideração todas as situações, das quais o aluno for convidado a fazer parte.
Sejam escritas, orais, em grupo ou em forma de pesquisa. Um dos aspectos
principais da avaliação é a observação da capacidade do aluno entender o
discurso na língua e não somente as regras que norteiam esse discurso. Afinal,
se queremos formar um cidadão com posicionamento crítico, não podemos ficar
presos somente a questões sistemáticas da disciplina. A avaliação tem âmbito
mais abrangente, extrapolando os limites da sala, assumindo um caráter de
acompanhamento participativo e não meramente quantitativo.
As avaliações deverão adequar-se às dificuldades dos alunos inclusos.
F – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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FERRARI A. Zuleica, Take your time, Editora Moderna, 1996.
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MACHADO R. Analuiza, Take your time, Editora Moderna, 1996.
Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de
Docentes – SEED/2006
DISCIPLINA: – FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO – ENSINO
MÉDIO INTEGRADO
A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
Assim
como acontece
com a cultura letrada e com a ordem
econômica, a forma como se origina e evolui o poder político tem implicações
para a evolução da educação escolar, uma vez que se origina e se desenvolve,
quer espontaneamente, quer deliberadamente, para atender aos interesses das
camadas representadas na estrutura do poder.
A evolução da estrutura do poder, no Brasil, passou por fases que
se estenderam desde o predomínio quase absoluto do poder local até a
supremacia do poder central, com hipertrofia do executivo. Nessa evolução, é
possível vislumbrar épocas em que um equilíbrio mais ou menos estável foi obtido
graças às mútuas concessões entre o poder local e o poder central, tal como se
deu o pacto coronelista da política dos governos e momentos em que os conflitos
entre uma esfera e outra tornaram-se evidentes. Mas, em quase todo o curso de
história brasileira, as bases políticas assentaram-se mais no poder real dos donos
da terra, nos interesses do latifúndios e numa minoria aristocrática agrária. Ao
longo dessa evolução, a organização do ensino mostrou-se sempre fragmentada,
dada a predominância dos interesses particulares serviu sempre para suprir as
necessidades da ilustração da minoria aristocrática. Dentro desse contexto, a
ilustração dada pela escola servia também para qualificar o representante político;
do poder local nas esferas mais altas. O monopólio da cultura letrada dada pelas
escolas era garantir de nível mais elevado de atuação, quer relativamente à
pratica, quer relativamente à esfera administrativa.
No Brasil, até o fim da década de 1920, as camadas dominantes;
com o objetivo de servir e alimentar seus próprios interesses e valores,
conseguiram organizar o ensino de forma fragmentada, tomando o país como um
todo, e ideal, considerando o modelo proposto de educação. Isso se deu mesmo
quando essas camadas deixaram de ser as únicas a procurar a educação escolar.
O fato é que o toque aristocrático e o caráter de classe que essa educação
conferia não só concorriam para manter o status, pela natural distância social que
ajudava a promover, como também serviriam de instrumento de ascensão social
aos estratos que, embora privados da propriedade de terra, se achavam em
condições de assumir posições mais elevadas.
Em épocas mais recentes, o remanejamento das forças na
estrutura do poder ocasionou também certas mudanças na organização do
ensino. Nesses diferentes
períodos da história da Educação brasileira a
educação escolar passou a organizar-se não mais de forma fragmentária por
causa do avanço e do fortalecimento do regime centralizador, mas de forma que
refletissem as contradições próprias de um sistema político responsável mais pela
metamorfose das formas tradicionais de controle do poder do que realmente pela
criação de formas novas.
Neste contexto a disciplina de Fundamentos
Educação tem a missão de fazer uma
Históricos da
retrospectiva histórica da educação
brasileira, a contribuição de teorias renomadas, seus avanços e recuos, bem
como destacar a importância da educação na formação e transformação do
cidadão.
B- OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
•
Destacar a importância da educação para a compreensão
da realidade e transformação do meio no qual os sujeitos
históricos estão inseridos;
•
Analisar através de uma perspectiva histórica a evolução
dos Fundamentos Históricos da Educação desde as
sociedades primitivas até as atuais;
•
Buscar a contribuição da Educação do período clássico
para as concepções filosóficas de educação na atualidade;
•
Compreender a evolução dos Fundamentos Históricos da
Educação brasileira;
•
Estabelecer paralelos entre a educação contemporânea e
outros períodos.
C– CONTEÚDOS:
Conceito de Historia e Historicidade:
_Divisões dos tempos e Eras históricas;
Historia da Educação:
_Recorte e metodologia:
Educação Clássica:
_ Grécia e Roma;
Educação Medieval:
_ Renascimento;
_Educação Humanista;
Aspectos Educacionais da Reforma e da Contra – Reforma:
_ Religião e Escola;
Educação Brasileira no Período Colonial e Imperial:
_Pedagogia Tradicional;
Primeira República e Educação no Brasil (1889 – 1930):
8_Transição da Pedagogia Tradicional à Pedagogia Nova.
Educação no período de 1930 a 1982:
_ Liberalismo Econômico, escolanovismo e tecnicismo:
Pedagogias não – liberais no Brasil:
__Características e expoentes;
Educação Brasileira Contemporânea:
_ Tendências Neoliberais, Pós _ Modernas versus Materialismo Histórico.
D _ METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
Pensar em uma metodologia para o ensino de Fundamentos requer
rever as ideologias dominantes em cada época e etapa do processo de ensino
aprendizagem. Segundo Althusser, "A Ideologia e os Aparelhos Ideológicos do
Estado" marca, naturalmente, o início da preocupação com a questão ideologia
em educação. Althusser argumentava que a educação constituiria uma dos
principais dispositivos através do qual a classe dominante transmitiria suas idéias
sobre
o mundo
social existente.
Essas
idéias
seriam
diferencialmente
transmitidas, na escola, às crianças das diferentes classes uma visão de mundo
apropriada aos que estavam destinados a dominar, outra aos que se destinavam
às posições sociais subordinadas.
Partindo desse pressuposto a disciplina de Fundamentos Históricos
da Educação pretende também identificar as relações de poder que determinaram
cada período da História da Educação brasileira e suam influência na constituição
dos currículos oficiais.
Assim, compreender a educação em sua dimensão histórica requer
propostas, currículos e programas de ensino que determinaram a formação ou
deformação de inúmeras gerações.
No ensino de Fundamentos Históricos da Educação se faz
necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe
a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira,
buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços
fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e
repõe permanente.Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno
tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e
deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente,
perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com
a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem
suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no
campo para sua sobrevivência.
E- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICO DA DISCIPLINA:
É importante ressaltar que, a avaliação é pensada
como um
processo. Tem a perspectiva de ser formativa, contínua, global e adaptável à
diversidade que caracteriza os diferentes grupos de alunos.
Após a fase de diagnosticar em que é detectado o que pretende
abordar. É fundamental verificar o estágio inicial a fim de que possa desenvolver
estratégias de ensino-aprendizagem.
A avaliação será continua ao longo do processo de aprendizagem,
sendo orientado por objetivos inicialmente propostos.
A avaliação formativa propõe deslocar a regulação ao nível de
aprendizagem e individualizá –la, ou seja, o diagnóstico é individualizado e
permanente, num constante processo de verificação.
F- BIBLIOGRAFIA:
”ABGNANO,N, & Visalberghi, A História da Pedagogia, trad. De Glicínis
LOPES, Eliane Teixeira. Perspectivas História da Educação. São Paulo, Ática,
1995. UFRJ, 1999
SAVIANI, Demerval. Educação: do censo comum à consciência filosófica. São
Paulo, Cortez, Autores associados, 1980.
ROMANELLI, Otaiza. História da Educação, no Brasil (1930-1973) Petrópolis.
RIBEIRO, Maria Luisa. História da Educação Brasileira, a organização escolar. 4ª
ed. São Paulo. Moraes, 1982.
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação
Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, Em nível Médio, na Modalidade
Normal. SEED/ 2006.
DISCIPLINA: FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO _ ENSINO
MÉDIO INTEGRADO
A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
Ao longo da história, a luta pelo acesso à instrução, ao saber e à cultura
tem figurado dentre as principais aspirações dos grupos sociais, visto que a
reflexão filosófica foi o ponto de partida para novos conhecimentos, análises
científicas, leituras e re-leituras de mundo.
A educação e cidadania têm sido preocupação primordial da
Humanidade desde os tempos mais remotos. Na atualidade, volta-se a discutir e
refletir sobre esses aspectos, procurando-se entender e reelaborar o verdadeiro
papel e sentido da escola.
O principal teor da educação nos últimos tempos, é justamente no
sentido de desenvolver potencialidades do ser em formação, ou seja, o aluno.
E para que a educação realmente consiga atingir estes ideais
propostos, é necessário o desenvolvimento de uma geração mais rigorosa com os
seus próprios ideais acerca de determinados princípios, principalmente no tocante
à educação.
A disciplina de Fundamentos Filosóficos da Educação surge como
propósito de oferecer ao aluno do curso de Formação de Docentes da Educação
Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental em Nível Médio, uma visão sobre
escola, educação e pratica pedagógica. Desta forma, proporcionando ao futuro
educador a reflexão sobre os acertos e desacertos da educação, sendo capaz de
superar o caráter fragmentário do senso comum e possibilitando uma visão crítica
da própria realidade.
É comum afirmar hoje que a educação está em crise. Isto, porém, não é
novidade, pois ela sempre esteve em crise. Em todos os tempos e lugares, a
educação foi questionada. Se hoje ainda há questionamentos sobre a educação,
é porque existe abertura social para que isso aconteça. E o papel dos
Fundamentos Filosóficos da Educação é justamente o de oferecer critérios para o
debate.
Sabemos que a solução da crise não é apenas uma questão de mais ou
menos recursos. Precisamos, antes de tudo, refletir sobre a educação, colocando
pontos fundamentais como: o homem necessita ser educado? O que é educação?
A educação pode ser instrumento de libertação do homem? Para que tipo de
sociedade vai educar? Esses seriam os pontos primordiais para o levantamento
de debates e formação de idéias do futuro profissional, pois se acredita que todo
educador, para merecer este nome, precisa colocar, interpretar e compreender
tais questões.
A Filosofia então, é uma forma de pensar, que nos possibilita
compreender melhor quem somos e em que mundo vivemos. Enfim, nos ajuda a
entender o sentido de nossa própria existência.
Com o estudo dos Fundamentos Filosóficos da Educação, o futuro
educador terá embasamento teórico para articular o conhecimento filosófico a
diferentes conteúdos ensinados e analisados na escola.
Através de uma proposta clara e concisa, em que os objetivos
encontram-se claramente articulados e elaborados, o trabalho com a disciplina no
Curso de Formação de Docentes, possibilitará a apropriação ativa de uma cultura,
idéia, valores, princípios e habilidades que facilitará a vivência de uma vida mais
consciente e mais humana, tendo a possibilidade de conhecer e reivindicar
direitos inalienáveis ao homem.
O que realmente importa é que, no contato do aluno com a disciplina de
Fundamentos Filosóficos da Educação, estejam alicerçadas atitudes e posturas
pedagógicas que possibilitem a formação do espírito crítico inovador.
B - OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
- Possibilitar aos alunos do Curso de Formação de docentes da Educação Infantil
e Séries Iniciais do Ensino Fundamental em nível médio, uma iniciação à
atividade filosófica a partir da consideração das possibilidades, desafios e limites
que
se
apresentam
atualmente
à
Filosofia,
no
Sistema
Educacional,
compreendendo que a filosofia aplicada à educação pode servir de matéria-prima
para a ação transformadora da prática pedagógica;
- Explicitar as relações entre filosofia e evolução, destacando a contribuição da
filosofia para a configuração dos atuais contornos da educação;
- Desenvolver no aluno a capacidade de analisar diferentes ideologias presentes
no sistema educacional, propiciando a formação de atitudes que possa
transformar a realidade;
- Incentivar o aluno a refletir sobre as características e modificações da educação
ao longo dos tempos;
- Introduzir fundamentos teóricos que possibilitem ao aluno “aprender a pensar”,
mas, principalmente a “pensar melhor”, formando opinião própria.
C-CONTEÚDOS:
Filosofia e Educação: elucidações conceituais e articulações:
Filosofia;
O Processo Filosofar;
Filosofia e Educação;
As Teorias da Educação:
As teorias Não-Critícas;
As Teorias Critico-Reprodutivistas;
A Pedagogia Histórico-Crítica e a Educação Escolar.
Educação e Sociedade:
Educação como Redenção da sociedade;
Educação como reprodução da Sociedade;
Educação como Transformação da Sociedade.
Conhecimento:
Sujeito e Objeto do Conhecimento;
Principais Teorias do Conhecimento;
Filosofia, Conhecimentos, Ensino e Aprendizagem;
Conhecimento e a Dialética;
Principais Pensadores da Filosofia da Educação Moderna e Contemporânea:
Locke – o papel da experiência na produção do conhecimento;
Comenius e Herbart - a expressão pedagógica centradas no desenvolvimento da
criança;
Dewey – o pragmatismo;
Marx e Gramsci: a concepção Histórico-crítico da educação.
D-METODOLOGIA:
A organização da prática pedagógica na disciplina Fundamentos
Filosóficos da Educação, tem em vista a preparação dos alunos para uma
compreensão mais ampla da realidade social, para que se tornem agentes ativos
de transformação. Essa prática pressupõe que os alunos sejam sujeitos de seu
processo de aprendizagem e que construam significados para tudo que possam
aprender por meio de múltiplas e complexas interações com o meio. Sendo assim
iremos estar fazendo leitura e análise dos textos relativos aos conteúdos,
relacionando-os com nossa realidade; pesquisando e debatendo os textos
filosóficos e propiciando condições de desenvolvimento que ampliem suas
capacidades e habilidades, enriquecendo à atuação na vida prática.
Nesse sentido a disciplina de Fundamentos Filosóficos da Educação vem
trabalhar e desenvolver o futuro profissional inserido nesta realidade, onde ele
possa conhecer profundamente a disciplina em sua formação, pois percebemos
que somente através da teoria e prática ele irá participar de forma crítica na
construção desse saber, entendendo que o conhecimento sistematizado pela
educação escolar deve oportunizar aos alunos incluso idênticas possibilidades e
direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e pessoais,
efetivando-se a igualdade de oportunidades, principalmente, em condições
semelhantes aos demais.
No ensino de Fundamentos Filosóficos da Educação se faz necessário
valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade
brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando
integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais
a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe
permanente.Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha
uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres.
Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente,
perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com
a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem
suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no
campo para sua sobrevivência.
E-CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA:
A avaliação tem um significado muito profundo, à medida que oportuniza a
todos envolvidos no processo educativo momentos de reflexão sobre a própria
prática. Através dela, direciona o trabalho, privilegiando o aluno como um todo,
como um ser social com suas necessidades próprias e também possuidoras de
experiências que devem ser valorizadas nas escolas.
A avaliação no contexto escolar é sem dúvida alguma de suma
importância, uma vez que é potencialmente o instrumento a ser usado na
construção ou no pleno desenvolvimento do modelo de atuação escolar.
Conduzida com caráter reflexivo e, na medida em que sirva de termômetro a
identificar as carências apresentadas pelos alunos, no decorrer do período letivo,
serve como balizador, para que se possa, tomar certas decisões ou executar
modificações e reforços que favoreçam o desenvolvimento necessário ao alcance
pleno dos objetivos planejados.
A LDB propõe a avaliação diagnóstica devendo proceder a verificação do
rendimento escolar do aluno de forma a retomar o processo de ensino
aprendizagem sempre que se fizer necessário. Sendo fundamental ter uma visão
sobre o aluno como um ser social e político, capaz de atos e fatos, dotado de e
em conformidade com o senso critico, sujeito de seu próprio desenvolvimento,
sendo capaz de estabelecer uma relação cognitiva e afetiva com o seu meio,
mantendo uma ação interativa capaz de uma transformação libertadora e
propiciando uma vivência harmoniosa com a realidade pessoal e social que o
envolve.
O educando deve ter por tanto, um conhecimento mais aprofundado da
realidade na qual vai atuar, para que o seu trabalho seja criativo, dinâmico,
inovador. Assim colabora para um sistema de avaliação mais justo que não
exclua o aluno do processo ensino-aprendizagem, mas o inclua como um ser
crítico, ativo e participativo dos momentos de transformação da sociedade.
F-BIBLIOGRAFIA:
ARANHA, Maria L.de Arruda; MARTINS, Maria Helena P. Filosofando, introdução
à filosofia. 3ªed. São Paulo: Moderna Editora, 2003.
CAMARGO, Marculino. Filosofia do conhecimento e ensino – aprendizagem.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.
CHAUI, Marlene. Filosofia. São Paulo: Ática Editora, 2002-(série novo ensino
médio).
_____________. Convite à filosofia. 13ª ed. São Paulo: Ática, 2004.
GADOTTI, Moacir. História das idéias pedagógicas. 8ª ed. São Paulo: Ática, 2001.
LUCKESI, Cipriano. Filosofia da educação. São Paulo: Cortez Editora, 1994(Coleção magistério. 2º grau. Série formação do professor).
SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia. São Paulo, Cortez Editora/Autores
Associados, 1987.
________________. Pedagogia histórico-critíca: primeiras aproximações. 8ª
edição revista e ampliada. Campinas, São Paulo: Autores Associados, 2003.
SEVERINO, Antonio Joaquim. Filosofia da educação: construindo a cidadania.
São Paulo: FTD, 1994.
Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de
Docentes – SEED/2006
DISCIPLINA: FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO _ ENSINO
MÉDIO INTEGRADO
A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
A sociedade é estudada pela economia, pela Psicologia Social,
pela Antropologia Social e pela Sociologia, especificamente. Todas estas ciências
são herdeiras dos estudos históricos, porque é a História que se ocupa dos
fenômenos sociais.
A Sociologia e as demais ciências sociais têm sido consideradoas produto da Revolução Industrial e intelectual. Surgiram e se desenvolveram em
situações históricas das mais complexas e nas modernas sociedades industriais e
de classe.
Essa realidade social que se estabelecia impôs à nova ciência a
explicação dos fenômenos que envolviam o homem como um ser de relações .
Desde seu surgimento, a Sociologia debate-se entre tendências
teóricas, entre perspectivas produzidas e por diferentes visões de sociedade e do
mundo.
Estas abordagens do mundo são a leitura da diferenciação
interna, das tenções e contradições que determinam a formação capitalista.
A sociedade contemporânea vive uma profunda reestruturação
que exige de todos, cidadãos, governantes e nações, uma revisão completa dos
conceitos e mecanismos de funcionamentos da sociedade.
Nesta sociedade globalizada e competitiva, é necessário
desenvolver a capacidade de entender e projetar o rumo dos acontecimentos. A
sociologia como ciência, procura então, estudar os fatos através da análise dos
fenômenos sociais dentro de uma visão histórica dos acontecimentos.
Neste contexto, os Fundamentos Sociológicos da Educação,
ganham nova importância e se confrontam com novos desafios pesquisando,
analisando e interpretando os fenômenos sociais e sua influência no meio escolar.
Com o conhecimento desta ciência, é possível repensar os
padrões as regularidades que ordenam a vida social, procurando entender os
paradoxos deste mundo atual.
Os Fundamentos Sociológicos da Educação, enquanto disciplina
no Curso de formação de Docentes, propõem reflexões que possibilitam uma
aprendizagem mais profunda dos fatos e problemas sociais que envolvem a
realidade educacional, vivida por professores e alunos do Curso em questão. É
uma disciplina que entrega a Sociologia Aplicada, isto é, uma disciplina que, em
conjunto com outras, procura interferir racionalmente nos processos educacionais.
A escola está inserida no contexto da sociedade brasileira,
marcadas pelas desigualdades do sistema capitalista. Compreender as relações
entre a escola e o contexto político, econômico e social é de fundamental
importância, para o futuro profissional da educação, para que o mesmo possa se
posicionar diante dos fatos, sabendo que atitudes que pode e deve tomar.
O que se quer realmente, é buscar na disciplina subsídios teóricos e
instrumentos de reflexão que contribuem para colocar os alunos do Curso de
frente para a escola e para a sociedade, no sentido de conhecê-la em seus
múltiplos aspectos, compreendendo as razões que impossibilitaram superar ou
amenizar o problema educacional, procurando a partir daí, formas de como
contribuir para a superação dos obstáculos que ainda atrapalha o sistema
educacional brasileiro.
Quando pensamos a educação na perspectiva sociológica e
antropológica, estamos refletindo sobre processos de socialização orientados pelo
conjunto de códigos e práticas sociais desenvolvidas em sistemas simbólicos ,
sistemas culturais, ou seja, em dimensões das sociedades de que se originam os
processos de reprodução dos valores, da moral, das regras, dos costumes, dos
modos de vida considerandos “normais”.
A idéia Durkheiminiana de que a conseqüência coletiva se impõe
ao individuo não é de toda descartável, como faz a critica do funcionalismo. As
sociedades criam as religiões, a moral e o direito que são homogeneizados e
internalizados nos processos de socialização, sobre tudo nos processos
educativos
implícitos
nos
ambientes
sociais
e
explicito nos
ambientes
especializado nas artes de ensinar, doutrinar e domesticar.
Dessa forma, a sociologia que se expirou em Durkheim, destacou a
educação escolar como fator essencial do equilíbrio, da harmonia e do progresso
da sociedade capitalista.
É comum na sociologia da educação essa postura” militante” do
cientista, ou seja, ao mesmo tempo que analisa a educação , engaja-se em
movimentos de defesa de suas propostas sócio-educativas.
Weber era “pessimista” com esses processos de racionalização
porque aprisionava os indivíduos em processos técnicos sofisticados, mas com o
fim em si mesmos. Com o tempo os esquemas racionais , como as burocracias,
passavam a ter autonomia relativa em relação às necessidades sociais, tornandose máquinas centradas em sua própria reprodução. As escolas e os processos
pedagógicos também passaram pela racionalização/ irracionalizacão.
Karl Marx (1818-1883) não pode ser rotulado como sociólogo, pois,
não foi a sua preocupação o estabelecimento dessa ciência. É um pensador
completo, podemos afirmar que é um cientista social e produziu no século XIX
uma teoria fantástica, que marcou as ciências sociais e muitas outras áreas que,
mais tarde, beberam na fonte do materialismo histórico.
A educação no capitalismo é marcada pelas classes sociais, é
dividida. A burguesia terá seus métodos e espaços educacionais e aos
trabalhadores será ofertada uma educação parcial de disciplinamento para as
fábricas. No tempo de Marx, o trabalho infantil estava sendo regulamentado, e
uma
das
idéias
era
de
que
as
fabricas
oferecessem
a
educação
profissionalizante. Marx defendia a educação nas fábricas. Entretanto, indicou a
educação politécnica como uma forma de superar a unilateralidade dos
trabalhadores.
Gramsci, socialista e filosofo marxista, pensa a educação como
uma esfera de constituição de hegemonia e contra-hegemonia. Seria importante
que os socialistas se dedicassem a pensar a educação do homem socialista,
superando a visão de classes predominante. Daí propõe a Escola Unitária, acima
das diferenças entre as classes. O trabalho como principio educativo e o esforço
para superação do pensamento do senso comum/ folclórico. Essa visão de
educação influenciou e influencia até hoje a sociologia da educação e as ciências
sociais voltadas para a educação de modo geral.
B - OBJETIVOS GERAIS:
- Despertar no aluno a possibilidade de uma leitura critica da realidade
educacional, baseada em exemplos concretos tirados da vida cotidiana, das
noticias da imprensa, da experiência comum;
- Compreender a realidade social e as forças que nela atuam (formação dos
profissionais);
- Identificar, analisar e comparar os diferentes discursos sobre a realidade
educacional, amparados pela sociologia educacional, sustentando nos vários
paradigmas teóricos e nas do senso comum;
- Analisar a educação, relacionando-a ao conceito social e político inserido nas
relações capitalistas;
- Transmitir e produzir conhecimentos indispensáveis à compreensão da
educação como fato social;
- Despertar no futuro professor, o interesse e a curiosidade pela análise objetiva
da realidade brasileira que o cerca, especificamente, a realidade educacional;
- Construir instrumentos para uma melhor compreensão da vida cotidiana,
ampliando a visão de mundo e horizonte de expectativas, nas relações
interpessoais com os vários grupos sociais;
- Compreender as transformações no mundo do trabalho e o novo perfil de
qualificação exigido, gerado por mudança em diversos setores da sociedade;
- Construir a identidade social e política, de modo a viabilizar o exercício da
cidadania plena para si como futuro professor para seus alunos;
- Reconhecer a importância dos fundamentos sociológicos da educação para um
maior comprometimento e responsabilidade para com a sociedade por parte dos
futuros profissionais da educação;
- Proporcionar ao aluno conhecer o trabalho da sociologia na sociedade brasileira;
C -CONTEÚDOS:
O que é educação e o que é sociologia?
- Conceitos de sociologia;
- A importância dos fundamentos sociológicos da educação na formação de
Professor;
- A importância da sociologia na sociedade;
- A importância da sociologia na educação;
- Os diferentes olhares sobre a educação;
A educação como objeto de estudo sociológico e as diferentes formações sociais.
- A origem da escola;
- As formas de educação: sistemática/ formal e assistência/ informal;
- As funções sociais da educação;
- A cultura espontânea e a cultura erudita;
- Pesquisa resgatando a cultura espontânea ou popular;
A educação e o Funcionalismo de Emile Durkheim.
- A educação como fato social, com características de coerção, exterioridade e
generalidade;
- Individuo e consciência coletiva;
- mudança social;
A educação Republicana, laica e de acordo com o desenvolvimento da divisão do
trabalho social.
- Desenvolvimento e trabalho;
- Relação das classes;
- Organização das classes;
- Educação e submissão;
Principais sociólogos brasileiros que desenvolveram estudos sobre a relação
indivíduo e sociedade.
- Durkheim e os fatos sociais;
- weber e a ação social;
- Gramsci;
- Marx e as classes sociais;
- Fernando de Azevedo;
- Lourenço Filho;
A educação como fator essencial e constitutivo do equilíbrio da sociedade.
- a educação como processo socializador : função homogeneizadora e função
diferenciadora;
- A educação como processo de controle social: função conservadora e função
inovadora;
A educação como técnica de planejamento social e desenvolvimento da
democracia .
- Estrutura social e educação;
- Estrutura social e sistema escolar;
- Educação, estratificação e mobilidade social;
- Instituições escolares e educação;
- Educação para a democracia;
Conteúdos complementares: Cultura Afro;
- Textos para leitura reflexiva;
- Analises de textos;
D - METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
A atuação do futuro professor na construção do seu próprio
conhecimento, as experiências que adquirem através de leituras e os debates
comparativos feitos em grupo serão pontos de partida para o estudo dos
Fundamentos Sociológicos da Educação.
A organização de atividades que favoreçam a fala e a escrita como
meio para a reorganização e a reconstrução de experiências compartilhadas
pelos alunos através de leituras de revistas, jornais, entre outros, bem como o uso
da tecnologia para ampliar o campo de coleta de dados para o enriquecimento da
pesquisa, que também deve ser uma prática constante no trabalho com a
disciplina.
Será também enfatizado o incentivo à organização de trabalhos
coletivos, grupos de pesquisas cientificas e pesquisa de campo, levantando dados
estatísticos sobre a educação, de modo a influenciar no desempenho do aluno na
escola e na vida em sociedade.
É importante a ressalva de que não é somente importante a
transmissão do conhecimento (elemento indispensável na compreensão da
educação como fato social), mas, fazê-lo de modo a introduzir no aluno, formas
de despertar o interesse e a curiosidade pela análise objetiva da realidade
educacional brasileira para isso, a inclusão de notícias de jornal, textos literários e
comentários sobre os fatos sociais ligados à educação concretiza a preocupação
de não desligar a vida real e dos problemas humanos os estudos dos
Fundamentos Sociológicos da Educação. Levá-los a entender a importância dos
sociólogos dentro da disciplina, deixando claro as relações do trabalho com a
prática social, considerando as diferenças de classes de oportunidades e até
mesmo no que diz respeito aos alunos que são inclusos no ensino regular e enfim
com todas as pessoas independente de sua cor religião ou raça encontrada em
nossa sociedade. A reflexão acerca da educação inclusiva e seus desafios aos
educadores provoca o surgimento de uma vasta gama de expectativas a respeito
da efetivação, na prática do ideal de uma escola pública de qualidade, que acolha
todos os alunos, envolvendo a organização do processo de aprendizagem por
meio da flexibilidade e adaptações curriculares (conteúdos, métodos, avaliação),
considerando seus conhecimentos prévios, suas necessidades lingüísticas
diferenciadas e o contexto social. Entende-se que o conhecimento sistematizado
pela educação escolar deve oportunizar aos alunos inclusos idênticas
possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais , culturais
efetivando-se a igualdade de oportunidades , principalmente em condições
semelhantes aos demais .
No ensino de Fundamentos Sociológicos da Educação se faz necessário
valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade
brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando
integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais
a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe
permanente.Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha
uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres.
Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente,
perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com
a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem
suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no
campo para sua sobrevivência.
E -CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
Quando pensamos em avaliação vemos a possibilidade de mudança
dos processos avaliativos. É um desafio porque exige fundamentalmente a
compreensão teórica dos princípios curriculares que embasam a proposta do
curso, e, uma outra prática pedagógica. Prática aqui entendida, não como ação
cotidiana, mecânica e repetitiva, porém como práxis.
Devemos levar em conta que a avaliação deve contemplar aspectos
qualitativos e não quantitativos, possibilitando ao educando a desenvolver
capacidades e habilidades, assim a avaliação não se resume apenas em dar
avaliações ou atribuir notas ao conceito fazendo com que a nossa metodologia
para a avaliação deva ser entendida como prática, refletir sobre ela e transformála em uma nova prática.. O processo de avaliação dar-se-á através de debates,
trabalhos escritos, seminários, debates, provas e trabalho extraclasse.
Ainda quando falamos em avaliação na disciplina de Fundamentos
Sociológicos devemos levar em conta as condições sociais de todos os alunos em
especial alunos oriundos de classes especiais que são inclusos no ensino regular,
assim
faz-se necessário à avaliação dentro das habilidades nas quais os
educandos mais se destacam , considerando seus limites e potencialidades
dentro da aprendizagem , fazendo assim com que todos realmente sejam inclusos
no processo de avaliação . Assim a escola deverá ser prepositiva, em relação a
concepção assumida em seu Projeto Político Pedagógico, possibilitando aos
alunos a capacidade de pensar criticamente a realidade a partir dela , construir
explicações possíveis estabelecendo relações que lhes dê a condição de atuar
política e produtivamente de modo a transformar a realidade , assumindo uma
avaliação formativa , inclusiva , que não legitime o autoritarismo e, integrada as
práticas pedagógicas , que priorize a especificidade dos processos formativos do
aluno . Não se pode perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e
interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem.
F -REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PILETTI, Nelson. Sociologia da Educação. São Paulo: Ática, 2000.
TOMAZI, Dacio Nelson. Iniciação a Sociologia.Londrina: Atual, 2000.
ÁRIES, P. A História Social da Criança e da Família: Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
OLIVEIRA, de Santos Pérsio.Introdução à sociologia da Educação: São Paulo:
Atica. 1998.
ARANHA, Arruda de Lucia Maria. História da Educação: São Paulo Editora
Moderna 1991.
Revista Pedagógica Pátio, nº28 novembro 2003 /janeiro 2004 – Ministério da
Educação FNDE.
Revista Professor nº1. Outubro 2003- Ministério da Educação.
Revista Ciências Hoje, 2ª Edição, Ministério da Educação –FNDE.
Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de
Docentes – SEED/2006
DISCIPLINA - FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO – ENSINO
MÉDIO INTEGRADO
A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
O momento histórico que vivemos, nos revela uma sociedade cada
vez mais heterogênea calcada num sistema econômico divisor e explorador de
classes , criador de mentes oprimidas , e pessoas sem oportunidades para
desenvolverem suas potencialidades psicológicas , sociológicas , físicas ,
intelectuais etc.
Percebe-se também a falta de uma política educacional competente
e assídua que tenha seus objetivos inteiramente voltados para o ensino –
aprendizagem que promova condições para que o educando possa integrar-se ao
seu meio, não como sujeito passivo, mas um sujeito integrado na sociedade,
conhecedor dos seus direitos e deveres sendo então conseqüentemente agente
integrante da construção e transformação do seu presente e da sua história;
sendo na prática um sujeito que pensa e age consciente das conseqüências que
qualquer ação acarretará para a sua vida ou demais integrantes do seu meio.
Tendo em vista a colocação anterior, surge a necessidade de formar
profissionais aptos a exercer a função de docentes da Educação Infantil e anos
iniciais do Ensino Fundamental (1ª a 4ª).
Nesse sentido, a proposta de Fundamentos Psicológicos da
Educação vem para fazer com que o futuro profissional, inserido nesta realidade,
possa conhecer profundamente a importância da disciplina e para que seja
alcançado o objetivo proposto no transcorrer do ano, “Aprender a Conhecer”
“aprender a ser”, aprender a fazer “fazendo um trabalho relacionado aos
conteúdos valorizando a troca de idéias e de experiências, pois se percebe que
as aulas expositivas não estão sendo muito atrativas e sim muito expositivas, isto
não está sendo suficiente para que haja aprendizagem, exige-se hoje, que o
professor vá além da simples transmissão de conhecimentos passando a exercer
o seu papel de mediador e orientador da aprendizagem”.
Na práxis educativa corrente na maioria das escolas e na maioria
das instituições de cunho educativo ainda temos muitas dificuldades, somos
limitados e nos confundimos com o bombardeio de propostas, autores,
psicologias e tendências.
De dentro do mar de confusões conceituais, chavões, modismos,
pactos de MÉDIOcridade, medos, desesperanças e da falta de recursos materiais
mínimos, queremos buscar um desvendamento inicial de uma questão ainda
indefinida: a relação entre a chamada Pedagogia Histórico-Crítica e a contribuição
da Psicologia Sócio-Histórica.
No entanto entendemos que deva ser, fundamental, a base filosófica
materialista dialética a partir da qual pretende-se entender o homem na totalidade
das relações que compõem sua existência.
A proposta psicológica de Vigotsky e de seus colaboradores e
seguidores, dentre suas diversas possibilidades entram em cheio na questão do
processo de aquisição do conhecimento, na medida em que estuda a gênese dos
processos mentais complexos, propriamente humanos e tal gênese se dá nas
relações sociais das quais o indivíduo atualmente se insere . A atividade coletiva
é fundamental uma vez que a própria interação com pessoas mais experientes
orienta o sujeito na conquista de determinados objetivos, tem um papel
fundamental na formação da mente.
Com tudo isso não exclui a necessidade da compreensão da
escola enquanto realidade política –dentro de um sistema sócio-econômico
historicamente determinado, entre outras questões, para as quais Vigotsky, por
exemplo, não dedicou seus principais trabalhos.
B -OBJETIVOS GERAIS:
- Compreender a importância da disciplina para a formação pessoal e profissional;
- Conhecer-se como individuo cheio de potencialidades e construtor do seu
próprio conhecimento;
- Incentivar a defesa do seu ponto de vista em relação ao conhecimento
adquirido;
- Desenvolver a capacidade de fazer julgamentos, análise critica e omitir opiniões
com clareza e objetividade;
- Proporcionar intercâmbio de idéias para aprimoramento da aprendizagem;
- Analisar textos que ajudem na reflexão e formação profissional;
- Propor atividades que contextualize a influencia do meio social e cultural no
desenvolvimento do educando;
- Compreender que a criança é um ser em desenvolvimento;
- Reconhecer os principais meios de se evitar possíveis deficiências;
- Valorizar a divulgação dos conhecimentos elaborados na escola para a
comunidade;
- Perceber a importância de aprimorar sua aprendizagem através de leituras
informativas e estudos diversos;
- Compreender a importância da inclusão do portador de necessidades especiais,
como valorização da pessoa humana;
- Compreender que o portador de necessidades especiais é um ser capaz de se
desenvolver através das relações estabelecidas com a sociedade;
C -CONTEÚDOS:
Introdução a Psicologia.
- Psicologia e a história;
- Senso comum;
- Conhecimento científico;
- Origem da Psicologia científica;
Instrução a psicologia da educação, principais teorias psicológicas que
influenciam a psicologia contemporânea.
- Behaviorismo;
- Gestalt;
- Psicanálise;
- Skinner e a psicologia comportamental;
- Psicanálise e educação;
- O sócio-construtivismo, Piaget, Vigotsky, Wallon;
Psicologia do desenvolvimento da criança e do adolescente.
- Desenvolvimento da criança e do adolescente;
- Relação do desenvolvimento humano e a aprendizagem;
Desenvolvimento humano e sua relação com a linguagem.
- A linguagem;
- Os aspectos sociais;
- Aspectos culturais e afetivos da criança;
- Cognição;
Aprendizagem.
-Conceituação da aprendizagem;
-Definição da aprendizagem;
-Teorias da aprendizagem;
- Conteúdos complementares: Cultura Afro;
- Textos para leitura reflexiva;
- Analises de textos;
D- METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
Compete, ao professor no decorrer do seu processo de formação do
educando, desenvolver alunos críticos, autênticos, produtivos, ativos, conscientes,
participativos, com opiniões e elaborações próprias, tendo o domínio dos
conteúdos teóricos e práticos necessário para o exercício de sua profissão. Ainda,
o compromisso ético e profissional de orientar, dinamizar, motivar, estabelecer
metas, princípios e fins educativos, avaliar o educando como também se avaliar,
fazendo uso de recursos adequados.
Assim esse trabalho deverá acontecer através de leituras, debates,
relacionamento da teoria com a prática fazendo com que os mesmos entendam a
relação do aprender, do ser e do conviver.
Desenvolver um sujeito mais apto a lidar com os controles sociais e
capazes de exercer o “contra-controle”, tal fato só será possível na medida em
que for possibilitado ao sujeito um amplo repertório de comportamentos verbais e
domínio de técnicas socialmente utilizadas.
Esta ampliação de repertório que possibilita ao sujeito um número
cada vez maior de formas de atuação social de modo que não apenas seja
socialmente manipulado, mas passe também a controlar determinadas variáveis
de forma que tenha uma vida mais reforçadora.
Mas o professor não pode omitir-se, e não se limita a mero
“facilitador” , ao contrário, é também um ser ativo e com um sério compromisso,
na medida em que propicia recursos
avanço do aluno com
e organiza-os de forma a possibilitar o
relação aos conhecimentos e aos próprios processos
mentais envolvidos na atividade ensino/ aprendizagem. Tais avanços não
existiram sem intervenções, sem preparo do professor, nem sem a ação conjunta,
onde o aluno cria os seus próprios meios de onde é o construtor ativo de seus
próprios processos psicológicos superiores com o auxilio do outro-numa
integração dialética do individual com o social.
Sendo assim o professor deve ser sempre sujeito ativo, organizando,
intervindo sempre que necessário, possibilitando momentos de trabalho coletivo e
individual proporcionando a eles troca de experiências e valorizando os saberes
de cada um considerando a todos sendo portador ou não de algum tipo de
deficiência respeitando as dificuldades que cada um apresenta, e assim por
diante, e isto não exclui sua posição de constante aprendiz. A reflexão acerca da
educação inclusiva e seus desafios aos educadores provoca o surgimento de uma
vasta gama de expectativas a respeito da efetivação, na prática do ideal de uma
escola pública de qualidade, que acolha todos os alunos, envolvendo a
organização do processo de aprendizagem por meio da flexibilidade e adaptações
curriculares (conteúdos, métodos, avaliação), considerando seus conhecimentos
prévios, suas necessidades lingüísticas diferenciadas e o contexto social.
Entende-se que o conhecimento sistematizado pela educação escolar deve
oportunizar aos alunos inclusos idênticas possibilidades e direitos, ainda que
apresentem diferenças sociais, culturais e pessoas efetivando-se a igualdade de
oportunidades, principalmente em condições semelhantes aos demais.
Enfim, aprendiz em sua prática social, em seu trabalho cotidiano de
interações com os alunos e com o conhecimento, em suas leituras, seus
momentos de discussão com seus pares e em sua luta política.
No ensino de Fundamentos Psicológicos da Educação se faz necessário
valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade
brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando
integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a
todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe
permanente.Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha
uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres.
Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente,
perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com
a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem
suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no
campo para sua sobrevivência.
E -CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
Quando pensamos em avaliação vemos a possibilidade de mudança
dos processos avaliativos. É um desafio porque exige fundamentalmente a
compreensão teórica dos princípios curriculares que embasam a proposta do
curso, e, uma outra prática pedagógica. Prática aqui entendida, não como
ação cotidiana, mecânica e repetitiva, porém como práxis.
Devemos levar em conta que a avaliação deve contemplar aspectos
qualitativos e não quantitativos, possibilitando ao educando o desenvolvimento
de capacidades e habilidades, assim a avaliação não se resume apenas em
dar avaliações ou atribuir notas ao conceito fazendo com que a nossa
metodologia para a avaliação deva ser entendida como prática, refletir sobre
ela e transformá-la em uma nova prática. Assim devemos levar em conta que
todo o esforço do aluno parta da realização das atividades em sala e fora da
sala, suas capacidades em grupo. O processo de avaliação dar-se-á através
de trabalhos escritos, seminários, avaliações escritos e trabalho extraclasse.
Ainda quando falamos em avaliação na disciplina de fundamentos
psicológicos devemos levar em conta as dificuldades de aprendizagem e
comportamento para alguns alunos, sendo ainda alguns portadores de
deficiência, assim faz-se necessário à avaliação dentro das habilidades nas
quais os educandos mais se destacam , considerando seus limites e
potencialidades dentro da aprendizagem , fazendo assim com que todos
realmente sejam inclusos no processo de avaliação. Sendo assim será dada
ênfase à avaliação considerando o interesse, compromisso participação e
aprendizagem dos alunos.
Assim a escola deverá ser prepositiva, em relação a concepção
assumida em seu Projeto Político Pedagógico incentivando aos alunos a
capacidade de pensar criticamente a realidade e a partir dela , construir
explicações possíveis estabelecendo relações que lhes dê a condição de atuar
política e produtivamente de modo a transformar a realidade , assumindo uma
avaliação formativa , inclusiva , que não legitime o autoritarismo e, integrada
às práticas pedagógicas , que priorize a especificidade dos processos
formativos do aluno . Não se pode perder de vista a necessidade de um
trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na
aprendizagem, de modo a não se caracterizarem dois processos distintos e
desvinculados, ou seja, duas educações regular e especial.
F -REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
DAVIS, Claudia e Zilma de Oliveira. Psicologia na Educação: São Paulo: Cortez,
1994.
BOKI, Bahia Mercês Ana/ Odair Furtado / Maria de Lurdes Trassi Teixeira.
Psicologias: Uma introdução ao estudo da Psicologia: São Paulo: Saraiva, 1999.
SABINI.Caria Aparecida Maria.Fundamentos de Psicologia Educacional: São
Paulo: Editora Àtica, 2000.
Revista, Mundo Jovem, Um jornal de Idéias.
Revista Pedagógica Pátio, nº28 novembro 2003 /janeiro 2004 – Ministério da
Educação FNDE.
Revista Professor nº1. Outubro 2003- Ministério da Educação.
Revista Ciências Hoje, 2ª Edição, Ministério da Educação –FNDE.
Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de
Docentes – SEED/2006.
DISCIPLINA: – FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E POLÍTICOS DA EDUCAÇÃO
INFANTIL _ ENSINO MÉDIO INTEGRADO
A - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
É importante lembrarmos que em nosso país, a educação infantil
vem se consolidando no cotidiano das instituições, como prática social, somente a
partir do final dos anos 70 e início dos anos 80, ainda que frente a inúmeras
adversidades como área de estudo, esta consolidação também vem ocorrendo e
pode ser constatada pelo interesse de um número cada vez maior de
pesquisadores, a partir da década de 90, por esta temática. Isso quer dizer que
tem havido uma hostilidade do educador para com a criança pequena.
Diante deste quadro vemos que a posição dos educadores do
nosso país, já nos permite pensar em orientações para a educação da criança
pequena (0 a 6 anos) , diferente dos parâmetros estabelecidos para a infância
escolarizada. A passagem da infância de um âmbito familiar para um institucional,
à creche, que, co-responsabilizando-se pela criança passa, também, a criar uma
linguagem própria sobre as condições das crianças, e não o sujeito-escolar (o
aluno); e quanto à definição de suas funções, ao contrario daquelas (que tem
constituído historicamente como uma pedagogia escolar), suas funções aqui se
encontram em processo de constituições.
Para isto, faz-se necessário em primeiro lugar destacar que a
creche e a pré-escola diferenciam-se essencialmente da escola quanto às
funções que assumem num contexto ocidental contemporâneo, particularmente,
na sociedade brasileira atual, estas funções apresentam em termos de
organização do sistema educacional e da legislação própria, contornos bem
definidos.
Na realidade brasileira, atual, ainda buscamos ampliação da oferta
de vagas na Educação Infantil e uma redução nas enormes diferenças da
qualidade das instituições da Educação Infantil existentes. A luta necessária tem a
ver com a conquista da melhoria da prática cotidiana e um dos agentes
importantes destes processos são os professores.
Os
professores
só
poderão
favorecer
a
construção
de
conhecimentos para as crianças, caso eles também sejam desafiados a
construírem os seus.
Para isto, durante a sua formação inicial e após, no seu exercício
profissional, eles precisam ter acesso aos conhecimentos da cultura geral, bem
como, aos conhecimentos da área.
Atualmente, a existência de serviços de creche (0 a 3 anos) . ou
mesmo de pré-escola (4 a 6 anos) , esta sob risco ; embora seja a nossa única
instituição a registrar juntamente com , e até mais do que o ensino superior .
Os documentos oficiais explicitam alguns destes ideários e
reconhecem a educação infantil como essencial na atualidade. “Não há mais
controvérsia sobre a importância da educação infantil para a criança nem sobre a
necessidade social deste seguimento do processo educativo. Trata-se de um
fenômeno mundial e que, no Brasil, também alcança significativa expressão.
É preciso colocar os conhecimentos a cerca da Educação Infantil de
forma consistente nos cursos de formação inicial. É neste sentido que, para além
de formarmos profissionalmente os/as alunos/as destes cursos, futuros/as
docentes, estaremos formando pessoas conhecedoras de um direito social das
crianças pequenas, já estabelecido como campo profissional .
B- OBJETIVOS GERAIS:
- Proporcionar aos alunos o entendimento de que muitas vezes a educação
infantil para funcionar em suas plenitudes depende muitas vezes também de
questões burocráticas.
- Desenvolver nos educandos a capacidade para aproveitarmos pequenos
espaços.
- Desenvolver nos alunos o interesse à investigação do contexto histórico da
criança do passado até os dias atuais.
- Proporcionar aos educandos o contato e a apreciação a todas as leis que
asseguram o direito da criança (ECA).
- Proporcionar aos alunos a necessidade de mudança com relação aos tratos da
criança do passado e do presente.
- Oportunizar os educandos a estar em contato com instituições que trabalham a
criança de 0a6 anos.
C- CONTEÚDOS:
Contexto sóciopolítico e econômico em que emerge e se processa a Educação
Infantil e seus aspectos culturais constitutivos.
- Tratamento da criança no contexto social;
- Meio em que a criança vive;
- Condições culturais e sua relação com o social;
Concepção de infância.
- Relação da criança com a sociedade;
- A historia da criança;
Perspectiva histórica do profissional de educação infantil no Brasil.
-Historia;
-Legislação;
-Políticas públicas;
- perfil profissional da educação infantil;
- Conteúdos complementares: Cultura Afro;
- Textos para leitura reflexiva;
- Analises de textos;
D - METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
Considerando a importância da Educação Infantil na formação da
criança e sua inserção na sociedade, a preocupação do governo em formar mais
profissionais para atuarem na Educação Infantil, o que queremos com nosso
curso é que conheça a necessidade e a importância em tratar essas
particularidades do trabalho pedagógico para com essa criança pequena,
considerando que hoje recebemos crianças oriundas de todas as situações e
assim também temos que estar preparados para receber crianças que são
inclusas no sistema escolar do ensino regular. No entanto devemos lembrar que
para que isto aconteça faz-se necessário que os professores estejam preparados
para favorecer a construção de conhecimentos pelas crianças, caso eles também
sejam desafiados a construir os seus.
Durante a formação inicial e após, no seu exercício profissional, eles
precisam ter acesso aos conhecimentos da cultura geral, bem como os
conhecimentos da área, o trabalho com essa disciplina acontecerá através de
entrevistas, visitas, coletas de dados, discussão sobre FUNDEF e FUNDEB,
leituras, montagens e atividades para a Educação Infantil, confecção de partes,
análise de textos.
A reflexão acerca da educação inclusiva e seus desafios aos
educadores provoca o surgimento de uma vasta gama de expectativas a respeito
da efetivação, na prática do ideal de uma escola pública de qualidade que acolha
todos os alunos, envolvendo a organização do processo de aprendizagem por
meio da flexibilidade e adaptações curriculares (conteúdos, métodos, avaliação),
considerando seus conhecimentos prévios, suas necessidades lingüísticas
diferenciadas e o contexto social. Entende-se que o conhecimento sistematizado
pela educação escolar deve oportunizar aos alunos inclusos idênticas
possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e
pessoais efetivando-se a igualdade de oportunidades, principalmente em
condições semelhantes aos demais.
No ensino de Fundamentos Históricos e Políticos da Educação Infantil se faz
necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe
a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira,
buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços
fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e
repõe permanente. Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno
tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e
deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente,
perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com
a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem
suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no
campo para sua sobrevivência.
E -CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
Quando falamos em avaliação no trabalho pedagógico na Educação
Infantil devemos ter em mente que a avaliação da aprendizagem se reveste em
um outro sentido, integrada às propostas pedagógicas que considera o aluno
como sujeito histórico, capaz de estabelecer relações entre o conhecimento
aprendido e o mundo do trabalho. Assim a avaliação deve proporcionar aos
alunos a capacidade de pensar criticamente a realidade e a partir dela, construir
explicações possíveis, estabelecer relações que lhes dê condições de atuar
politicamente e produtivamente de modo a transformar a realidade. No entanto a
avaliação não deve ser vista como ato de punição, mas sim um ato de
transformação onde o indivíduo é sujeito desta aprendizagem, devemos
considerar que quando avaliamos, levamos em conta as condições do aluno. A
avaliação será diagnóstica e contínua durante toda a realização do trabalho,
percebendo o interesse, compromisso, participação e aprendizagem dos alunos.
A dedicação aos trabalhos propostos durante as aulas será de
extrema importância. Por isso no decorrer dos mesmos, será levado em
consideração todo empenho do aluno para realização das atividades durante o
ano letivo, principalmente quando se tratar de pesquisas e trabalhos extraclasse
individuais ou coletivos . Assim a escola deverá ser prepositiva, em relação a
concepção assumida em seu Projeto Político Pedagógico , assumindo uma
avaliação formativa , inclusiva , que não legitime o autoritarismo e, integrada as
práticas pedagógicas , que priorize a especificidade dos processos formativos do
aluno . Não se pode perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e
interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem, de modo a
não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas
educações regular e especial.
F - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
AROEIRA Maria Luiza C. SOARES, Maria Inez B. MENDES, Rosa EMILIA A.
Didática da pré-escola. São Paulo: FDT, 1996.
OLIVEIRA, Zilma de M. RAMOS. A Criança e seu Desenvolvimento. São Paulo:
CORTEZ, 2000.
OLIVEIRA, Zilma de M. Ramos. Educação infantil Fundamentos e Métodos. São
Paulo: CORTEZ, 2002.
KRAMER, Sonia. A Política do pré-escolar no Brasil: a arte do disfarce.Rio de
Janeiro: Dois Pontos, 1987.
Revista Pedagógica Pátio, nº28 novembro 2003 /janeiro 2004 – Ministério da
Educação FNDE.
Revista Professor nº1. Outubro 2003- Ministério da Educação.
Revista Ciências Hoje, 2ª Edição, Ministério da Educação –FNDE.
Delizoicov, Demétrio - Ensino de Ciências Editora Cortez, 2002.
Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de
Docentes – SEED/2006
DISCIPLINA: CONCEPÇÕES NORTEADORAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL –
ENSINO MÉDIO INTEGRADO
A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
As discussões referentes à inclusão dos alunos com necessidades
especiais não são recentes, no final do século XIX, esses alunos eram tidos como
indignos de educação escolar, no século XX ocorreu o atendimento a esses
alunos em instituições apropriadas. A partir da década de 60, surgiram as
políticas públicas e, mais tarde, as classes especiais dentro das escolas comuns.
Na década de 70, ocorreu a fase de integração, permitindo nas escolas comuns a
aceitação das crianças ou alunos com necessidades especiais. Mas, foi a partir
do final da década de 80, que se intensificou a necessidade de educar esses
alunos no ensino regular.
As iniciativas em prol da inclusão são muitas, apostando que a
Educação Inclusiva pode ser a melhor forma de promover a solidariedade entre
os alunos especiais e aqueles considerados normais. Diante desses movimentos
para universalizar o acesso às escolas, conclui-se que o paradigma da inclusão
vem caracterizar uma orientação que, necessariamente, diz respeito à melhoria
da qualidade das respostas educativas de nossas instituições de ensinoaprendizagem para todos.
A inclusão educacional implica no reconhecimento e atendimento as
diferenças de qualquer aluno que, seja por causas endógenas ou exógenas,
temporárias ou permanentes, ou que apresentam dificuldades de aprendizagem.
É importante salientar que a inclusão educacional depende não só
da capacidade do sistema escolar em buscar soluções para o desafio da
presença de alunos com necessidades especiais nas classes, como também de
fazer tudo para que nenhum aluno seja excluído com base em algumas
necessidades educacionais especiais.
Os princípios fundamentais dessa filosofia escolar passam pelo
enfrentamento dos desafios e o apoio às interações e aos processos que se
compatibilizam com a filosofia da escola, sem esquecer de desenvolver redes de
apoio na escola, tanto para professores quanto para alunos que precisam de
estímulo e de assistência. O trabalho do professor comprometido com a filosofia
da inclusão é respeitar o potencial de cada aluno e aceitar os estudantes
igualmente, acreditar nos alunos e em sua capacidade de aprender, aumentar sua
autoconfiança,
estar
preparado
para
indicar
recursos
adequados
às
necessidades, ser flexível nos métodos de avaliação, dentre outros. E que os
alunos possam exigir, decidir e contribuir para o seu próprio desenvolvimento.
O princípio filosófico norteador do movimento inclusivo repousa na
idéia de uma escola democrática e comprometida com os interesses e
necessidades de todos os alunos.
E o papel da concepção norteadora da Educação Especial é
preparar o futuro educador à utilização de recursos humanos, tecnológicos e
materiais diferenciados que promovem a inclusão de alunos com necessidades
educacionais especiais na rede regular de ensino.
A disciplina Concepções Norteadora da Educação Especial surge
com o propósito de oferecer ao aluno do curso de Formação de Docentes uma
nova visão sobre a escola, educação e práticas pedagógicas. Desta forma
proporcionando ao futuro educador o conhecimento dos principais dispositivos
legais, políticos e filósofos da Educação Especial, o direito de todos à educação
pública e gratuita, oportunidades sociais iguais para todos (Declaração dos
Direitos Humanos-1948).
B - OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
- Capacitar os alunos do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e
Séries iniciais do Ensino Fundamental em nível médio, para atuarem, visando a
inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais.
- Levar os alunos a refletirem sobre o papel da Educação para assegurar que as
diferenças sociais, culturais e individuais não se transformem em desigualdades
educativas.
- Fornecer aos alunos o maior número de informações sobre a atual diversidade e
realidade educacional. Levá-los a buscar sempre mais conhecimento para exercer
seu papel com segurança e melhor desempenho.
C - CONTEÙDOS:
Conceito de disciplina:
A importância da disciplina;
Legislação;
Fundamentos históricos, sócio-políticos e éticos.
Formas de Atendimento da Educação Especial nos sistemas de ensino:
Adaptações Curriculares;
Serviços e Apoios Especializados;
Professor de Apoio Permanente;
Sala de Recursos;
Classe Especial;
Escola Especial;
Classes Hospitalares;
Centro Multidisciplinar de Atendimento Especializado
Educação Profissional;
Atendimentos clínico-terapêuticos e assistenciais.
A Ação do Educador Junto a Comunidade Escolar:
Inclusão;
Prevenção da Deficiência;
Formação do Profissional de Educação Especial;
Avaliação no Contexto Escolar;
As áreas das deficiências:
Conceito;
Atendimento Especializado;
Área de condutas típicas;
Área de deficiência mental;
Área de deficiência visual;
Área de deficiência auditiva;
Área de deficiência física;
Área de altas habilidades / superdotação;
Múltiplas deficiências.
D - METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
A organização da prática pedagógica na disciplina Concepção
Norteadora da Educação Especial, depende de uma ação educativa que tenha
como eixo à formação de um cidadão autônomo e participativo. Essa prática
pressupõe que os alunos sejam sujeitos de seu processo de aprendizagem e que
construam significados para tudo que possam aprender por meio de múltiplas e
complexas interações com o meio. Sendo assim iremos fazer uma leitura e
análise dos textos relativos aos conteúdos, relacionando-os com nossa realidade;
realizando pesquisa de campo, para situar na atual realidade sobre a inclusão em
salas de aulas onde possui alunos inclusos; pesquisar e apresentar para os
demais alunos, as principais causas das deficiências e como preveni-las; realizar
seminários, debates sobre os conteúdos trabalhados, como forma de sanar
dúvidas e divulgar a situação atual da inclusão em nosso município. E quando
referimo-nos a inclusão, estamos fazendo referência a todas as espécies de
situações que esse conceito possa nos reportar.
Nesse sentido a disciplina de Concepções Norteadora da Educação
Especial vem trabalhar e desenvolver o futuro profissional inserido nesta
realidade, onde ele possa conhecer profundamente a disciplina em sua formação,
pois percebemos que somente através da teoria e prática ele irá participar de
forma crítica na construção desse saber, entendendo que o conhecimento
sistematizado pela educação escolar deve oportunizar aos alunos inclusos,
idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais,
culturais e pessoais, efetivando-se a igualdade de oportunidades, principalmente,
em condições semelhantes aos demais.
No ensino de Concepções Norteadoras da Educação Especial se faz
necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe
a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira,
buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços
fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e
repõe permanente. Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno
tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e
deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente,
perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com
a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem
suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no
campo para sua sobrevivência.
E -CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:
A avaliação tem um significado muito profundo, à medida que oportuniza
a todos os envolvidos no processo educativo momentos de reflexão sobre a
própria prática. Através dela, direciona o trabalho, privilegiando o aluno como um
todo, como um ser social com suas necessidades próprias e também possuidoras
de experiências que devem ser valorizadas nas escolas.
A avaliação deve contribuir para o pleno desenvolvimento dos alunos,
assumindo o compromisso com a educação democrática, numa perspectiva de
inclusão e não de exclusão deles. Para isto, se faz necessário assumir uma
avaliação, que implica o entendimento do individuo no contexto social como ser
em movimento e em construção.Disso decorre que só é possível garantir
qualidade para todos quando a escola assumir uma avaliação formativa e
inclusiva, que não legitima o autoritarismo e, integrada as práticas pedagógicas
que priorize a especificidade dos processos formativos do aluno.
Nesse sentido não se pode perder de vista a necessidade de um
trabalho conjunto e interligado que se concretize interdisciplinarmente na
aprendizagem, de modo a não se caracterizarem dois processos distintos e
desvinculados, ou seja, duas educações, a regular e a especial.
Entendendo a avaliação como processo continuo, pretende-se além de
provas escritas, avaliar o desempenho dos alunos nos debates, seminários e
pesquisas, levando em consideração a compreensão, participação e capacidades
de análise crítica.
F -REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ASSÊNCIO-FERREIRA, Vicente José. O que todo professor precisa saber sobre
neurologia. São José dos Campos: Pulso; 2005.
BAUTISTA, Rafael. Necessidades educativas especiais.Lisboa: Dinalivros, 1997.
BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria da Educação Especial. Projeto
Escola Viva, garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola.
Alunos com necessidades educacionais especiais. Brasília: MEC/SEF/SEESP,
2000. V.1-2.
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA. Enquadramento da ação: necessidades
educativas especiais. In: Conferencia Mundial sobre NEE: Acesso e Qualidade
UNESCO. Salamanca/Espanha: UNESCO, 1994.
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FONSECA, Vitor da. Educação especial: programa de estimulação precoce – 2
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JOSÉ, Elizabete da Assunção; COELHO, Maria Tereza. Problemas de
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LE BOULCH, Jean. O desenvolvimento psicomotor, do nascimento aos seis anos.
Porto Alegre, artes Medica. 1982.
MAZZOTTA, José de Oliveira. Fundamentos de Educação Especial. São Paulo:
Enio Matheus Guazzelli & Cia Ltda, 1997.
PHELAN, Thomas W. TDA/TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade. São Paulo: M Book; 2005.
SAAD, Suadir Nader. Preparando o caminho da inclusão, dissolvendo mitos e
preconceitos em relação à pessoa com Síndrome de Down. São Paulo: Vetor,
2003.
SOUZA, Ângela Maria Costa de. A criança especial: temas médicos, educativos e
sociais. São Paulo: Roca, 2003.
Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ –Curso de Formação de
Docentes – SEED/2006
DISCIPLINA: – TRABALHO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL –
ENSINO MÉDIO INTEGRADO
A - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
Considerando a importância na formação da criança de 0 a 6 anos
houve uma preocupação muito grande por parte dos estudiosos e educadores nas
últimas décadas, visando assim um desenvolvimento não apenas cognitivo, mas
voltado para o desenvolvimento na formação da criança . No entanto compete a
ela nessa etapa com a ajuda do professor desenvolver-se como toda, tornando
assim o ingresso da criança no ensino fundamental bem mais fácil, tendo como
objeto de preocupação a própria criança, seus processos de constituição como
seres humanos em diferentes contextos sociais, sua cultura, suas capacidades
intelectuais sem fazer distinção entre alunos dita normais e alunos especiais, suas
criatividades, estéticas, expressivas e emocionais . Assim a escola se coloca
como espaço privilegiado para o domínio dos conhecimentos básicos , enquanto
a escola tem como sujeito o aluno e objeto o ensino , a creche e a pré-escola têm
como objeto principal às relações educativas travadas num espaço de convívio
coletivo visando assim um relacionamento entre todas as crianças de todas as
faixas etárias tornando essa aprendizagem algo prazeroso onde acontece através
de jogos e brincadeiras, pois assim a criança aprenderá conceitos de uma forma
mais fácil . No entanto cabe ressaltar a importância do profissional que irá
desenvolver esse trabalho com a criança de 0 a 6 anos tendo como algumas das
características a formação específica para o trabalho. Deste modo é preciso
colocar os conhecimentos acerca da educação infantil de forma consistente nos
cursos de formação inicial. É neste sentido que, para além de
formarmos
profissionalmente os alunos destes cursos, futuros docentes, estaremos também
formando pessoas conhecedoras de um direito social das crianças pequenas, já
estabelecidas no campo profissional.
B -OBJETIVOS GERAIS:
- Promover aos alunos o entendimento sobre o que é gestão democrática;
- Conscientizar os educandos da importância dos programas de atendimento as
crianças menores de 6 anos;
- Proporcionar aos alunos o entendimento sobre o que representa a proposta
pedagógica na Educação Infantil;
- Mostrar a eles de onde vem os recursos e qual é a quantidade que cada aluno
recebe;
- Conscientizar os educandos sobre o momento histórico vivido pela criança no
passado;
- Propiciar a eles atividades em sala e fora da sala;
- Conscientizar os educandos da importância das pré-escolas para as etapas
posteriores.
- Verificar como é o funcionamento e atendimento da educação infantil no
município;
- Conscientizar os educandos sobre a importância da parceria do governo para a
educação infantil.
C-CONTEÚDOS:
Gestão, organização política para a educação infantil.
- A trajetória legal para a construção da Educação Infantil como parte
da educação básica;
Natureza e especificidade do trabalho pedagógico.
- A concepção de infância construída na função pedagógica;
- os objetivos da educação infantil: desenvolvimento integral da criança
de 0a6 anos;
Os processos de desenvolvimento, aprendizagem e formação integral da criança
de 0a6 anos.
- A criança nos três primeiros anos de vida;
- Desenvolvimento afetivo;
- Desenvolvimento visual, tátil e auditivo;
- Desenvolvimento motor;
- Desenvolvimento da linguagem;
- Desenvolvimento de espaço e tempo ;
- A construção da linguagem oral e da linguagem escrita ;
- A criança e o seu desenvolvimento de 4 a 6 anos;
-O desenvolvimento contínuo dos aspectos afetivos, visual, tátil,
auditivo, motor, de espaço e de tempo;
-O letramento enquanto processo de aquisição do sistema escrito da
sociedade;
-
A
alfabetização
como
conseqüência
do
trabalho
conduzido
globalmente;
O jogo, brinquedo e a brincadeira na educação infantil.
- O brincar-papel fundamental no desenvolvimento e na aprendizagem
da criança;
- A construção de brinquedos;
- Os jogos e sua classificação: jogos funcionais ou exercícios, jogos
simbólicos, jogos de aquisição, jogos de construção, jogos de regras;
Particularidade dos processos educativos na educação infantil, organização
curricular , planejamento e avaliação .
- Estrutura curricular para a educação infantil: linguagem oral e escrita,
natureza e sociedade, matemática, movimento, musica e artes visuais.
- Planejamento-organização do trabalho pedagógico, organização do
espaço pedagógico, rotina na educação infantil;
O trabalho pedagógico na educação infantil.
- Concepção de educação;
- Planejamento,
- Organização curricular;
- Gestão;
- Avaliação;
Gestão Democrática.
- Autonomia e programas de descentralização;
- Relações entre o poder público e o privado;
- Implantação de programas;
Financiamento da educação no Brasil.
- Origem e destinos das fontes de recursos;
- Documentos que ampara legalmente a Educação Infantil;
Políticas públicas para a educação infantil e suas implicações para a organização
do trabalho pedagógico.
- políticas da educação para crianças de 0 a 6 anos no Brasil,
o desafio e a construção da cidadania;
- A situação da criança no Brasil e seu atendimento;
- Legislação;
- Proposta pedagógica na Educação Infantil;
- Participação das Instituições na Educação Infantil;
D - METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
Considerando a importância da Educação Infantil na formação da
criança e sua inserção na sociedade e a preocupação do governo em formar mais
profissionais para atuarem na Educação Infantil, o que queremos com nosso
curso é que se conheça a necessidade e a importância de se tratar essas
particularidades do trabalho pedagógico. No entanto devemos lembrar que para
que isso aconteça faz-se necessário que os professores favoreçam a construção
de conhecimentos pelas crianças. Para isto, durante a formação inicial e após, no
seu exercício profissional, eles precisam ter acesso aos conhecimentos da cultura
geral, bem como os conhecimentos da área, o trabalho com essa disciplina
acontecera através de entrevistas, visitas, coletas de dados, discussão sobre
FUNDEF e FUNDEB, leituras, montagens e atividades para a Educação Infantil,
confecção de pastas, análise de textos. A reflexão acerca da educação inclusiva e
seus desafios aos educadores provoca o surgimento de uma vasta gama de
expectativas a respeito da efetivação, na prática do ideal de uma escola pública
de qualidade, que acolha todos os alunos, envolvendo a organização do processo
de aprendizagem por meio da flexibilidade e adaptações curriculares (conteúdos,
métodos,
avaliação),
considerando
seus
conhecimentos
prévios,
suas
necessidades lingüísticas diferenciadas e o contexto social. Entende-se que o
conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar aos alunos
inclusos idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças
sociais, culturais e pessoas efetivando-se a igualdade de oportunidades,
principalmente em condições semelhantes aos demais.
No ensino do Trabalho Pedagógico na Educação Infantil se faz
necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe
a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira,
buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços
fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e
repõe permanente. Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno
tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e
deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente,
perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com
a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem
suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no
campo para sua sobrevivência.
E -CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
Quando falamos em avaliação no trabalho pedagógico dos futuros
profissionais da Educação Infantil devemos ter em mente que a avaliação da
aprendizagem se reveste em um outro sentido, integrada aos pressupostos da
proposta pedagógica que considera o aluno como sujeito histórico, capaz de
estabelecer relações entre o conhecimento aprendido e o mundo do trabalho.
Assim a avaliação deve proporcionar aos alunos a capacidade de pensar
criticamente e transformar a realidade a partir dela, construir explicações
possíveis, estabelecer relações que lhes dêem condições de atuarem
politicamente e produtivamente de modo a transformar a realidade. No entanto a
avaliação não deve ser vista como ato de punição. Será dada ênfase à avaliação
diagnóstica e contínua durante toda a realização do trabalho, percebendo o
interesse, compromisso, participação e aprendizagem dos alunos. A dedicação
aos trabalhos propostos durante as aulas será de extrema importância. Por isso
no decorrer dos mesmos, será levado em consideração todo empenho do aluno
para realização das atividades durante o ano letivo. O processo de avaliação
acontecerá através de exposição de trabalhos, trabalhos escritos, seminários,
debates, avaliações escritas e trabalhos extraclasse.
Assim a escola deverá ser prepositiva, em relação a concepção
assumida em seu Projeto Político Pedagógico , assumindo uma avaliação
formativa , inclusiva , que não legitime o autoritarismo e, integrada as práticas
pedagógicas , que priorize a especificidade dos processos formativos do aluno .
Não se pode perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e interligado
que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem.
F -REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
KRAMER, Sonia. A política do Pré-Escolar no Brasil: A arte do disfarce – São
Paulo: Cortez, 2003.
Subsídios para credenciamento de instituições de educação infantil. Volume 1
Ministério da Educação e do Desporto .
OLIVEIRA, Zilma de Ramos. Educação Infantis Fundamentos e Métodos-São
Paulo: Cortez, 2002.
CRAIDY, Carmem e Gládis E. Kaercher. Educação Infantil Praque te Quero?Porto
Alegre: Artmed, 2001.
Revista Pedagógica Pátio, nº28 novembro 2003 /janeiro 2004 – Ministério da
Educação FNDE.
Revista Professor nº1. Outubro 2003- Ministério da Educação.
Revista Ciências Hoje, 2ª Edição, Ministério da Educação –FNDE.
GARCIA, Leite Regina. Revisitando a Pré-Escola.São Paulo: Cortez, 1993.
Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ –Curso de Formação de
Docentes – SEED/2006
DISCIPLINA: – ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO – ENSINO
MÉDIO INTEGRADO.
A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
As profundas modificações que têm ocorrido no mundo do trabalho
trazem novos desafios para a educação e sua gestão. São mudanças que de
operam no plano econômico-social, ético-político,cultural e edcacional.
Os desafios educacionais, no mundo complexo em que vivemos,
representam uma tomada de consciência das necessidades a serem assumidas e
respondidas pela educação dentro de suas especificidades e limites.
Esta proposição constitui-se, essencialmente, das grandes questões
que são propostas à educação atual e à complexidade universal do presente
momento histórico.
Considerando a educação em sentido amplo, podemos afirmar que
ela envolve todas as instâncias sociais. Uma destas é a escola que possui, entre
suas funções principais, a de transpor para a sala de aula os conhecimentos
científicos e culturais, a fim de que, pela ação docente-discente, os educadores se
apropriem deles com sentido para suas vidas. Essa tarefa é um desafio tanto para
professores quanto para alunos.
Na
sociedade
atual,
exige-se
cada
vez
mais
criatividade,
diversidade, iniciativa, responsabilidade individual e coletiva. Esta é a nova
fórmula de sobrevivência social, por isso, a educação deve a ela corresponder e o
processo ensino aprendizagem deverá passar da monocultura escolar para o
multiculturalismo a fim de preparar, senão tecnicamente, ao menos em seu
espírito, os profissionais do futuro, para que possam fazer frente aos desafios que
lhe são propostos.
Por isso, a instituição escolar é sempre uma expressão da estrutura
social como um todo. A escola não existe em si e para si. Existe para cumprir uma
função dentro dessa sociedade, respondendo a seus desafios.
Trata-se de pensar uma nova perspectiva, na formação do educador
de uma forma mais abrangente, que inclua o interno e o externo da escola, o
movimento de construção do conhecimento e do pensamento do aluno, ao
mesmo tempo em que se vivencia a docência como pratica social comprometida
com sua transformação.
Para que o educador desempenhe a contento o papel de educar, é
necessário que seja portador de um certo nível de conhecimento teórico que
permita que sua prática seja indissociável da reflexão.
Diante disso, os educadores têm a grande responsabilidade de
confrontar sua prática com uma séria reflexão e revisão dos objetivos que
assumiu e que busca alcançar. Sem a práxis o educador corre o risco de se tornar
reprodutor de um sistema, sem a menor crítica e sem oportunidade de confrontar
idéias, para construir novas possibilidades de agir.
B - OBJETIVOS GERAIS:
- Proporcionar ao aluno momentos de leitura, análise e reflexão para que possa
compreender a importância de um trabalho pedagógico bem organizado,
considerando a escola como um lócus onde se desenvolverá o processo de
transformação social e a educação com a finalidade de formar pessoas capazes
do exercício pleno da cidadania onde a formação do educando exige-lhe
compreender a organização do sistema escolar brasileiro;
- Promover situações onde os alunos possam analisar criticamente a prática
pedagógica, compreendendo as novas exigências educacionais diante das
transformações sociais, bem como construir e fortalecer a identidade profissional
dos futuros professores, por meio da aquisição do conhecimento da realidade,
dos princípios e das teorias requeridas pela formação profissional, assegurada
por uma orientação científica e crítica, tendo em vista uma formação mais
humana e preocupada com o desenvolvimento integral do ser humano;
- Desenvolver no aluno a capacidade de entender como acontece a política
educacional dentro das unidades escolares, bem como ser capaz de perceber as
políticas educacionais relacionadas ao contexto sócio-econômico atual e ainda
organizar seus conhecimentos compreendendo a educação como um segmento
social que é extremamente determinada pelo contexto histórico de cada
momento;
- Propiciar aos alunos, numa perspectiva crítica, conhecimentos básicos
referentes à organização dos sistemas de ensino e da política educacional no
Brasil e o acompanhamento da sua implementação, em nível de sistema e de
unidade escolar.
C - CONTEÚDOS
Organização do Sistema Escolar Brasileiro;
_ Definindo Sistema e Sistema Escolar;
_ Estrutura e funcionamento do Sistema Escolar;
_ Níveis e modalidades de ensino;
_ Aspectos legais;
Estrutura Administrativa do Ensino Brasileiro;
_ Níveis administrativos;
_ Análise das atribuições da União, dos Estados e dos Municípios;
_ Recursos públicos destinados a educação;
Fundamentos teórico-metodológicos do trabalho docente na Educação-Básica;
_ Os princípios básicos do ensino;
_ Processos didáticos:ensino e aprendizagem;
_ A estruturação do trabalho docente;
_ O caráter educativo do processo de ensino e o ensino crítico;
Os paradigmas educacionais;
_ Prática educativa e sociedade;
_ Analise crítica da prática pedagógica;
_ As tarefas da escola pública democrática;
Políticas para a Educação Básica_ Nacional, Estadual e Municipal;
_ A reforma da Educação Básica dos anos 1990;
_ Análise crítica das Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação e dos
Parâmetros Curriculares;
Financiamento da educação brasileira;
_ Gestão da Educação Básica e a nova LDB (Lei de Diretrizes e Bases da
Educação);
Gestão e organização do trabalho pedagógico;
_ Gestão democrática da educação e da escola;
_ Concepções de currículo e ensino;
_ Projeto Político-Pedagógico: uma construção coletiva;
_ O currículo e a organização do trabalho escolar;
O trabalho pedagógico nos anos iniciais do Ensino Fundamental;
_ Planejamento da ação educativa;
_ Avaliação da aprendizagem escolar;
_ Modalidades avaliativas e seus objetivos;
_Avaliação Formativa e seu sentido de melhoria do processo de ensinoaprendizagem;
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Projeto Afro:
_Análise de textos;
_Dinâmicas;
D - METODOLOGIA:
Parte-se do pressuposto que o objeto da educação diz respeito a
identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos
indivíduos da espécie humana para que se tornem humanos. Nesse sentido, a
escola configura uma situação privilegiada, a partir da qual se pode detectar a
dimensão pedagógica que existe no interior da prática social, sendo o papel da
escola, socializar o saber sistematizado.
Pela mediação da escola, acontece a passagem do saber
espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura erudita, tratandose de um movimento dialético, isto é, o objeto do trabalho pedagógico é o
conhecimento como construção.A função e o objetivo do ato pedagógico é a
ampliação do saber dos educandos sobre determinada realidade.
No confronto entre o saber do educando e o saber da humanidade, o
educando amplia o seu saber e constrói capacidades e aptidões sociais, afetivas
e cognitivas, compreendendo criticamente o contexto no qual vive, e desse modo
participa ativamente da vida social.
Essa visão de educação dá condições e reforça a construção de
uma sociedade de inclusão, possibilita a efetivação na prática de uma escola
pública de qualidade para todos, envolvendo a organização do processo de
aprendizagem por meio da flexibilização e adaptações curriculares (conteúdos,
métodos,
avaliação)
considerando
seus
conhecimentos
prévios,
suas
necessidades lingüísticas diferenciadas e o contexto social.
Assim a educação escolar deve oportunizar aos alunos inclusos
idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais,
culturais e efetivando-se a igualdade de oportunidades, principalmente em
condições semelhantes aos demais.
No ensino da Organização do Trabalho Pedagógico se faz
necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe
a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira,
buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços
fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e
repõe permanente. Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno
tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e
deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente,
perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com
a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem
suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no
campo para sua sobrevivência.
E - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação da aprendizagem deve ser entendida como um processo
organizado, como um conjunto de fases que se condicionam mutuamente e têm
uma ordenação seqüencial. A avaliação, tradicionalmente vista como sinônimo de
controle, como momento de aplicação de provas, instrumento de julgamento e
classificação do aluno, precisa ser revista e instaurada de forma mais abrangente,
como parte do processo pedagógico, que permitam aos agentes escolares decidir
sobre intervenções e ajustes que se fizerem necessários, em fase do projeto
educativo.
A avaliação deve contribuir para o pleno desenvolvimento dos
alunos, assumindo o compromisso com a educação democrática, numa
perspectiva de inclusão dos educandos e não de exclusão deles.Para isto, se faz
necessário assumir uma concepção de avaliação, que implica o entendimento do
indivíduo no contexto social como ser em movimento e em construção.
Disso decorre que só é possível garantir qualidade para todos
quando a escola assumir uma avaliação formativa e inclusiva, que não legitima o
autoritarismo e, integrada as práticas pedagógicas que priorizem a especificidade
dos processos formativos do aluno.
Nesse sentido não se pode perder de vista a necessidade de um
trabalho conjunto e interligado que se concretize interdiciplinarmente na
aprendizagem, de modo a não se caracterizarem dois processos distintos e
desvinculados, ou seja, duas educações, a regular e a especial.
Entendendo a avaliação como um processo contínuo, pretende-se
além de provas escritas, avaliar o desempenho dos alunos nos debates,
seminários e pesquisas, levando em consideração a compreensão, participação e
capacidade de análise crítica.
F- BIBLIOGRAFIA:
DEMO,
Pedro.
Avaliação
Qualitativa,
Campinas,
São
Paulo-
Autores
Associados, 1999.
Diretrizes Curriculares do curso de Formação de Docentes, SEED, 2006.
FREITAG, Bárbara.Escola, Estado e Sociedade.7ªed.São Paulo:Centauro, 2005.
GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a Pedagogia Histórico- Critica,
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LIBÂNEO, José Carlos. Didática, São Paulo, Cortês, 1990.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar: estudos e
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PARO, Vítor Henrique. Gestão Democrática da Escola Pública, São Paulo,
Ática 2001
PILETTI, Claudino. Didática Geral, São Paulo, Ática, 1988
PILETTI, Nelson. Estrutura e funcionamento do Ensino Fundamental, São
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SAVIANE, Demerval. Educação: do senso comum à consciência filosófica.
15ed.Campinas: Autores Associados, 2004.
________________ Escola e Democracia, São Paulo, Cortês, 1984.
________________ Pedagogia histórico- crítica: primeiras aproximações,
Campinas, São Paulo, 2002.
SHIROMA, Eneida Oto. Política Educacional, Rio de Janeiro, DP&A, 2002
VALERIEN, Jean. Gestão da Escola Fundamental, São Paulo:Cortez ,2002.
DISCIPLINA: LITERATURA INFANTIL – ENSINO MÉDIO INTEGRADO
A. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
O ato de ler, antes restrito a ambiente fechado, hoje, acontece em
todos os lugares. Lê-se em casa, mas lê-se também nos bancos das praças, nas
ruas, nos ônibus, no metrô, nos aviões. E alem de textos nas mãos, o individuo
recebe outras mensagens escritas: placas, avisos luminosos, outdoors.\
Nos
últimos
dois
séculos,
a
literatura
passou
a
estar
indissociavelmente ligada á escrita. E a historia do homem, na era moderna e
contemporânea, ela é toda pontuada por documentos escritos.
São muitas e diferentes as circunstâncias da vida e por isso as
pessoas produzem suas literaturas de modo diversificado. Todas as formas de ler
são relevantes, devendo, pois ser contempladas.
Cabe a escola, formalmente, estabelecer relações entre literatura e
individuo, ou melhor, entre a literatura/escrita e a criança, aprofundando os níveis
de desempenho.
O mundo da literatura tem muitas facetas. Lê-se para ampliar os
limites próprio conhecimento, para obter informações simples e complexa; lê-se
em busca de diversão e descontração e, por meio da literatura e ficção e da
poesia, lê-se para chegar ao “prazer do texto”.
São muitos os gestos de leitura e diferentes textos que circulam nas
instruções e grupos sociais. Obras teóricas, menos e mais complexas juntam-se,
em estantes de residências e até em bibliotecas escolares, a manuais didáticos.
Textos literários referidos acabam convivendo com escritas voltadas ao puro
entretenimento. Versões simplificadas de obras
clássicas dividem o mesmo
espaço com os originais que lhe deram a vida. Além de revistas, quadrinhos e
jornais, os textos que aparecem na mídia eletrônica estreitam mais e mais seus
laços com os produtos “tradicionais”.
Podemos estabelecer como princípios norteadores da literatura
infantil: a caracterização da literatura do ponto de vista da linguagem e a distinção
entre literatura geral e infantil.
Sabe-se que a linguagem do dia-a-dia, e a dos textos informativos
procura ser mais objetiva; já na literatura a linguagem possui uma intenção ou
varias explicitas. Usando de metáforas a linguagem literária perde de vista o
significado imediato e exige para si a multiplicidade deles.
Não há como distinguir a Literatura infantil da Geral. Cabe a escola
optar entre uma literatura infantil com preocupações pedagógicas e uma literatura
infantil com preocupações estéticas, resgatando dessa forma a maioridade
conferida única e exclusivamente a literatura geral.
A literatura infantil no curso de formação de docentes deve levar o
aluno antes de tudo a ser leitor, pois para formar leitores o professor deve antes
de tudo de gostar de ler para poder trabalhar bem a literatura.
O professor precisa ler muito para os alunos, ler com eles, saber
ouvir a leitura, ainda que tímida e descompassada, que os alunos façam estudos
de textos que eles mesmos produziram.
Entrando em contato com os diferentes tipos de textos literários o
futuro professor terá condições teóricas e metodológicas de desenvolver um
programa de literatura.
B - OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
- Saber utilizar diferentes fontes de informações e recursos tecnológicos para
adquirir e construir conhecimentos numa perspectiva histórica priorizando esta
modalidade de ensino no contexto da sociedade contemporânea.
- Compreender a Literatura Infantil como desenvolvimento integral para a
promoção do indivíduo levando-o a construir valores sociocultural e respeitar a
sociodiversidade.
- Utilizar métodos de pesquisa e dar ênfase a produção de textos, interpretando e
conhecendo as diferentes correntes literárias.
- Estudar e compreender as transformações ocorridas na prática da Literatura
Infantil entendendo a Educação contemporânea necessária.
C - CONTEÚDOS.
Contexto histórico da Literatura Infanto Juvenil:
_ Natureza mito poética na infância da humanidade e na infância do homem;
Narração oral- o mundo simbólico das fadas:
_ A importância do contador de histórias;
O universo da poesia para as crianças:
_ Cecília Meireles e Sidónio e outros;
Monteiro Lobato:
_ Realidade e imaginário:
A formação do conceito de infância no educador:
_Lygia Bojunga Nunes;
_ Ana Maria Machado e outros;
Os clássicos reinventados:
_ Panorama atual na narrativa e na poesia;
D - METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
A disciplina Literatura Infantil da terceira serie, da formação de
docente se estruturara em torno da questão: Como se constitui o trabalho na
Literatura Infantil e como este deve ser realizado, bem como sua fundamentação
teóricos.
Optar por uma metodologia que priorize o ensino da pesquisa, isto e,
o questionamento construtivo, visando aprimoramento
do conhecimento já
adquirido no percursos escolar de cada educando. Levando o aluno a perceber
que a escola e um espaço aberto para o conhecimento, cheio de oportunidades,
tendo no professor
um orientador motivador, o educando deixara de ser mero
espectador para ser parceiro de trabalho, buscando, juntos, a inovação
dos
conhecimentos( aprender a aprender) e no decorrer do processo de formação,
aprender a ser critico, autentico, produtivo, ativo, consciente, participativo, tendo o
domínio do conteúdo teórico e pratico.
Trabalhar em grupo sempre que possível esta forma de trabalho,
proporciona uma melhor intervenção entre os alunos.
O docente atuara como elemento esclarecedor nas possíveis
dúvidas, mantendo o cuidado para não desestimular o aluno. Oferecendo ao
educando atividades construtiva tanto mental como física,que possa permitir o
educando a interpretar a realidade e construir significados, e ao mesmo tempo
construir novas possibilidades de ação e de conhecimento.
No ensino de Literatura Infantil se faz necessário valorizar e fazer
conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira, não
esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar também
os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na
construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente. Também
contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação adequada
de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à Educação
do Campo esta deve também estar presente, perpassando os conteúdos com o
objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do educando, já que este
deve compreender que mesmo quando não tem suas atividades de trabalho na
área rural todos dependem do que é produzido no campo para sua sobrevivência.
E - CRITERIOS DE AVALIAÇAO ESPECIFICO DA DISCIPLINA:
A dinâmica da educação transforma a cada momento todos os campos de
atividade humana, essencialmente o conhecimento.
Avaliar conteúdos aprendidos por diferentes alunos com os mesmos
critérios não pode ser compreendido como fundamento de uma sociedade que
vive um tempo de mudanças e transformações.
É importante ressaltar que, a avaliação é pensada como um processo.
Tem a perspectiva de ser formativa, contínua, global e adaptável à diversidade
que caracteriza os diferentes grupos de alunos.
A avaliação será continua ao longo do processo de aprendizagem, sendo
orientado por objetivos inicialmente propostos.(A avaliação será realizada através
de: pesquisa, trabalho em grupo, confecção de livros resgatando a literatura oral,
debate, discussão e analise crítico de livros literários.).
F_ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ASSMAN, Juraci (org.) Literatura e Alfabetização: do plano do choro ao plano de
ação. Porto Alegre: Artmed, 2001.
LAJOLO, M. e Zilberman, R. Literatura Infantil Brasileira: Historia & Historia: São
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YUNES, Eliane e Ponde, Gloria. Leitura e Leitura da Literatura Infantil, São
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FANNY, Abramovich, Literatura Infantil, Gostosura e Bobices. Scipione
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Diretrizes Curriculares do Curso se Formação de Docentes. SEED/ 2006
DISCIPLINA: METODOLOGIA DE PORTUGUÊS/ALFABETIZAÇÃO – ENSINO
MÉDIO INTEGRADO
A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Partindo da premissa de que a educação profissional tem
compromisso com a formação humana dos alunos, a qual requer a apreensão dos
conhecimentos científicos, tecnológicos e histórico-sociais pela via escolarizada, a
disciplina de didática da língua portuguesa/Alfabetização visa desenvolver no
aluno, do curso de formação de docentes, conhecimentos sobre a linguagem e a
linguagem escrita.
A leitura e a escrita atuam como instrumentos básicos e ferramentas
necessárias para que a humanidade se aproprie do conhecimento acumulado,
registrado no código escrito. Assim, a prioridade da escola básica é promover no
indivíduo, a aquisição da leitura e da escrita, na sua forma mais completa, de
modo a possibilitar o exercício competente do entendimento e da expressão
escrita na Língua Portuguesa.
A questão fundamental é trabalhar com uma concepção de
alfabetização ligada a uma concepção de linguagem e a uma concepção de
linguagem escrita.
Um dos caminhos para o desenvolvimento deste trabalho pode ser o
estudo das diferentes propostas de alfabetização e ensino de Língua Portuguesa
utilizados, analisando, com os futuros professores, os procedimentos de cada um
deles, de forma a evidenciar os pressupostos teóricos que os sustentam; explicitar
a concepção de ensino e de aprendizagem, a concepção de língua escrita e a
corrente da psicologia a que estão atrelados.
A concepção de língua escrita como um sistema de representação
em que a grafia das palavras e seu significado estão associados, encaminha o
processo de alfabetização e ensino da Língua Portuguesa para além do mero
domínio do sistema gráfico, propondo um efetivo domínio da língua escrita,
tomada na sua totalidade.
O futuro professor precisa entender a leitura e a escrita como
atividades sociais significativas, sustentando-se, por conseguinte, em atividades
pedagógicas que envolvem o uso da língua em situações reais, através de textos
significativos e contextualizados. Nesta direção, o domínio do sistema gráfico é
parte de um processo mais amplo.
Uma ação pedagógica pressupõe, além da concepção de língua, de
escola, de educação e de sociedade, o conhecimento da diferentes dimensões da
alfabetização.Portanto não se forma o professor alfabetizador apenas com a
disciplina Metodologia do Ensino de Português e Alfabetização, mas com a
articulação desta com as diferentes disciplinas do currículo do curso de formação.
Há que se buscar a necessária unidade teórica entre as diversas disciplinas
estudadas durante o curso. A formação do futuro professor exige profundo
domínio teórico de modo que as disciplinas desenvolvidas no curso contribuam
para a compreensão do homem como ser histórico e para uma leitura mais
abrangente da realidade.
É necessário que os futuros docentes compreendam a existência de
uma relação íntima entre concepção filosófica, correntes da psicologia, idéias
pedagógicas e a concepção do objeto do conhecimento, ou seja, a Língua
Portuguesa.
Outro aspecto que deve ser considerado na formação dos docentes
é o fato de que as diferenças econômicas, culturais e sociais determinam homens
diferentes.
Desta forma, a ação pedagógica não pode deixar de levar em conta
tais diferenças. Contudo, não se há de, ingenuamente, acreditar que estas
impossibilitam qualquer aprendizagem ou que a escola possa suprir todas as
desvantagens determinadas pelas condições sociais.
É preciso ainda destacar as contribuições da Lingüística no preparo
dos docentes, garantindo aos futuros mestres noções básicas como: conceito de
texto, características do sistema gráfico da Língua Portuguesa, vogais e
consoantes na sua dimensão gráfica e fonética, padrões silábicos da Língua,
tipologia textual, funções da linguagem, trama dos textos, unidade temática,
consistência argumentativa, coerência, unidade estrutural, coesão, emprego da
norma padrão, adequação lexical, redundâncias e repetições, ambigüidade,
respeito
às
convenções
do
código,
relação
oralidade-escrita,
variações
lingüísticas e uso adequado de recursos gráficos. E como considerar
didaticamente estas questões enquanto direcionador do processo de aquisição da
leitura e da escrita.
Do ponto de vista de uma proposta metodológica de Língua
Portuguesa, propõe-se que a prática pedagógica leve em consideração três
grandes eixos: compreensão da função social da leitura e da escrita; aquisição da
leitura e da escrita; domínio do sistema gráfico. Estes eixos não significam etapas
sucessivas; deverão constituir-se num trabalho distinto, mas não disjunto.
O futuro docente deve estar preparado para criar uma prática rica
em estimulações e significações, garantindo, no interior da escola, a forma de
aprender que acontece fora dela, ou seja, pela interação entre os sujeitos. O
trabalho que envolve a leitura e produção de textos representa o caminho mais
coerente para efetivar o processo de alfabetização e de ensino da Língua
Portuguesa. Paralela a leitura e produção de textos deve ser trabalhada também
a oralidade, pois é um aspecto que precisa ser desenvolvido, através de situações
significativas, ricas e variadas.
B - OBJETIVOS GERAIS:
- Possibilitar aos alunos do curso de Formação de Docentes o domínio dos
conteúdos necessários para entenderem/executarem o processo de ensino da
Língua Portuguesa na Educação Infantil e nas séries iniciais do Ensino
Fundamental;
- Compreender a história da alfabetização a fim de entender seu processo de
desenvolvimento na sociedade e refletir sobre as práticas pedagógicas e métodos
de ensino;
- Conhecer os aspectos políticos e ideológicos da alfabetização, para que possa
refletir sobre a teoria e a prática;
- Propiciar o conhecimento das concepções do processo de alfabetização do
Brasil, bem como a situação atual e perspectivas, fazendo um paralelo entre a
atual e as anteriores, para que possam refletir sobre o ensino-aprendizagem;
- Compreender a importância do pensamento e da linguagem no processo de
alfabetização;
- Proporcionar o conhecimento da história da escrita como um processo natural
do desenvolvimento; reconhecendo a importância da linguagem oral para
aquisição da escrita, valorizando o vocabulário infantil;
- Entender a variação lingüística de cada indivíduo, compreendendo o valor social
da linguagem, reconhecendo a leitura e a escrita como atividades sociais
significativas;
C - CONTEÚDOS:
A leitura e a escrita como atividades sociais significativas;
Linguagem e sociedade;
Concepção de variação lingüística.
Pressupostos teóricos – metodológicos da;
Leitura;
Escrita;
Análise escrita dos processos de alfabetização;
Procedimentos metodológicos na alfabetização;
Análise critica de materiais didáticos de alfabetização.
Contribuição das diferentes Ciências na formação do professor de Língua
Portuguesa e Alfabetização;
Concepção de ensino e aprendizagem;
Teorias sobre aquisição do conhecimento e sobre aquisição da leitura e
escrita;
Análise critica dos diferentes processos de Ensino da Alfabetização;
Concepção de linguagem, língua escrita, alfabetização e de letramento;
Diferentes programas de Alfabetização desenvolvidos no Brasil.
Considerações teóricas – metodológicas para a prática pedagógica de
Alfabetização e letramento;
Análise de materiais didáticos de alfabetização;
Papel da escola como promotora da alfabetização e letramento;
Como alfabetizar letrando;
História da escrita;
Processo de avaliação.
Leitura e escrita de atividades sociais significativas;
Conceito de texto, leitura e escrita;
Padrões silábicos da Língua;
Noções básicas de fonéticas;
Procedimentos metodológicos da leitura e escrita;
Características do sistema gráfico da Língua Portuguesa;
Leitura e interpretação;
Produção e reescrita de textos;
Análise Lingüística;
Atividades de sistematização pra o domínio do código escrito;
Análise critica dos materiais dos materiais didáticos do ensino da Língua
Portuguesa.
Projeto “Feira de Ciências”;
Pesquisa, organização de trabalhos com temas variados e apresentação
ao público;
Projeto “Afro”;
Leitura e discussão de textos;
Projeto “Festival de Artes”;
Danças, Músicas, Teatros trabalhos manuais.
D –METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
O encaminhamento metodológico da disciplina se fará através de
leitura, pesquisa, debates a fim de trabalhar com uma concepção de alfabetização
ligada a uma concepção de linguagem escrita analisando e discutindo diferentes
propostas de alfabetização e ensino da língua portuguesa, evidenciando
pressupostos teóricos e metodológicos explicitando a concepção de ensino e
aprendizagem.
Serão também analisadas as formas de alfabetizar nas escolas,
Campo de Estudo bem como as atividades propostas, buscando assim, um
repensar e um reorganizar sua postura pedagógica.
O trabalho deverá ir além dos métodos tradicionais e da
Psicogênese da Língua Escrita; deve-se priorizar a articulação das diferentes
disciplinas que compõem o currículo do curso. Há que se buscar a unidade
teórica entre as diversas disciplinas do curso.
O desenvolvimento de uma prática educativa de melhor qualidade só
é possível no momento histórico atual, a partir do momento que a escola pública
estiver aberta a toda população que nela tem acesso, e os alunos inclusos
deverão ser oportunizados com os mesmos direitos ainda que apresentem
diferenças sociais, culturais e pessoais, os conteúdos, métodos e avaliação serão
flexíveis acolhendo a todos levando em consideração seus conhecimentos, e
necessidades, efetivando assim a igualdade em condições semelhantes aos
demais.
No ensino de Metodologia de Português/Alfabetização se faz
necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe
a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira,
buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços
fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e
repõe permanente. Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno
tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e
deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente,
perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com
a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem
suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no
campo para sua sobrevivência.
E - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:
A avaliação da aprendizagem deverá ser integrada aos pressupostos da
proposta pedagógica, considerando o aluno como sujeito histórico, capaz de
estabelecer relações entre o conhecimento apreendido e o mundo do trabalho,
que diferencia da avaliação concebida numa matriz teórica tradicional e
positivista.
Para tanto se deve situar inicialmente a sociedade na qual está inserida a
escola, para que possamos compreender e contextualizar melhor as suas práticas
avaliativas estabelecendo relações com estas mesmas práticas.
As ações que se revestem deste caráter se explicitam quando o professor
considera o aluno como indivíduo que pode e deve, com o seu próprio esforço,
buscar as suas alternativas de aprendizagem, de vida.
A avaliação escolar não deverá considerar o aluno como um indivíduo,
mas como sujeito histórico, capaz de estabelecer relações entre os modos como
o homem produz a sua existência e o mundo do trabalho através do
conhecimento.
A escola deverá ser prepositiva, em relação a concepção assumida em
seu Projeto Político Pedagógico, incentivando nos alunos a capacidade de pensar
criticamente a realidade e a partir dela, construir explicações possíveis,
estabelecendo relações que lhes dê a condição de atuar política e produtivamente
de modo a transformar a realidade; assumindo uma avaliação formativa, inclusiva,
que não legitime o autoritarismo e, integrada às práticas pedagógicas, que
priorize a especificidade dos processos formativos dos alunos.
Não se pode perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e
interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem, de modo a
não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas
educações a regular e a especial.
Portanto, na disciplina de Metodologia do Ensino da Matemática o aluno
será avaliado através de pesquisa, apresentação de trabalhos oral e escrito,
análise e discussão de textos, realidade observada nas escolas que ofertem
ensino de 1ª a 4ª série e educação infantil, avaliação escrita, contextualização dos
métodos de ensino.
F – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
SOUZA, Maria Alice S. e Silva. Construindo a Leitura e a Escrita. São Paulo:
Ática, 1994.
SMOLKA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita: A
Alfabetização como processo discursivo. São Paulo: Cortez, 1991.
FERREIRA, Emília. Com todas as letras. São Paulo: Cortez, 1993.
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e lingüística. São Paulo: Scipione, 1993.
FERREIRA, Emília. Alfabetização em processo. São Paulo: Cortez, 1986.
FERREIRA, Emília. Reflexão sobre alfabetização. São Paulo: Cortez, 1988.
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização sem o BÁ – BÉ – BI – BÓ – BU. São Paulo:
Scipione, 1998.
RIZZO, Gilda. Alfabetização natural. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.
Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de
Docentes – SEED/2006
DISCIPLINA: METODOLOGIA DO ENSINO DE MATEMÁTICA-ENSINO MÉDIO
INTEGRADO.
A - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
Tendo em vista a necessidade de superar o modelo conteudista de
ensino da Escola Nova, Tradicional, Tecnicista e Construtivista, cujo modelo é a
mecanização através da repetição de atividades sócio-intelectuais, vimos a
necessidade de se investigar a relação entre o conteúdo e o método, processoproduto, pois o educador necessita trabalhar, não só o conhecimento cientifico em
sua forma mais elaborada, mas como o desenvolvimento e suas formas de
utilização na prática.
A Metodologia do Ensino da Matemática deverá trabalhar os
conteúdos, as formas, os métodos e as técnicas de forma a superar a polaridade
entre a teoria e a prática, sujeito e objeto, concreto e abstrato, promovendo
unidade dialética através da tonalidade entre ambas.
A educação na área da matemática deve estar voltada para a
superação do saber fazer e, ao mesmo tempo, desenvolver formas que passem a
exigir a incorporação do pensamento de caráter cognitivo mais elaborado, isto é,
como o domínio de análise e síntese estabelecendo relações internas como
conteúdo matemático e demais ciências, resolução de situações – problemas,
compreensão e agilidade nos cálculos e/ou algoritmos, interpretação de
problemas sociais, o raciocínio lógico – formal e dialético aliado a produção
tecnológica e também, as diversas formas de desenvolvimento do relacionamento
humano e solidário.
Esta deverá adotar pressupostos teóricos – metodológicos que
articulem conteúdos e métodos, o ensino da matemática deverá privilegiar o
desenvolvimento da ciência e da tecnologia nos fundamentos de suas produções
e aprimorar o pensamento reflexivo para que possamos pensar e interferir na
realidade humana.
B – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
- Compreender a concepção de ciência e tecnologia determinadas pelas relações
sociais e produtivas; recuperando o conteúdo e a linguagem matemática, o
raciocínio lógico – matemático e o método adequado para cada conteúdo;
- Conhecer métodos de ensino que tem como ultimo elemento o processo de
abstração;
- Buscar o desenvolvimento intelectual promovendo sua autonomia, através da
leitura e interpretação de textos matemáticos, expressando-se através da
matemática, incentivando estratégias variadas de resolução de problemas,
habituando-se à procura dos porquês dos fatos estimulando a argumentação;
- Proporcionar conhecimento ao aluno através da modelagem matemática, para
tornar-se mais consciente da utilidade da matemática para resolver e analisar
problemas do dia-a-dia, para compreender a dicotomia existente entre a
matemática escolar formal e a sua utilidade na vida real.
- Compreender a matemática dos diferentes grupos culturais, valorizando os
conceitos matemáticos informais construídos, através de suas experiências fora
do contexto escolar;
- Conhecer a construção histórica do conhecimento matemático, compreendendo
a evolução dos conceitos e da tecnologia enfatizando as dificuldades inerentes a
essas dificuldades, onde se têm revelado as mesmas apresentadas pelos alunos
no processo de aprendizagem;
- Adquirir autoconfiança na sua capacidade de criar e fazer matemática, dessa
forma, deixando de ser um conhecimento pronto e simplesmente transmitido,
fazendo parte integrante do processo de construção de seus conceitos
matemáticos,
C– CONTEÚDOS:
Concepções de ciência e de Conhecimento Matemático;
Escolas: Tradicional, Nova, Tecnicista, Construtivismo e Pedagogia Histórico –
critica;
Pressupostos teóricos – metodológicos do ensino e aprendizagem de
matemática;
O desafio de ensinar matemática;
O método de ensino;
Matemática X Cotidiano;
Matemática em tempo de game;
Como ensinar matemática hoje? Resolução de problemas, Modelagem
Matemática,
Etnomatemática, História da Matemática, Alfabetização Tecnológica, Jogos e
Desafios;
Conceitos matemáticos;
Linguagem matemática e suas representações;
Cálculos e/ou Algoritmos.
Pressupostos teóricos – metodológicos da Alfabetização Matemática;
- Métodos de ensino;
Conceito e construção de número;
Classificação e Seriação;
Sistema de numeração decimal;
Números decimais;
Números racionais;
Geometria;
Medidas;
O conhecimento humano.
Análise critica de livros e materiais de ensino.
Confecção de material didático.
Projeto “Feira de Ciências”;
Pesquisa, organização de trabalhos com temas variados, e apresentação ao
público;
Projeto “Afro”;
Leitura de textos e discussão;
Projeto “Festival de Artes”;
Músicas, Danças, Teatros, Trabalhos manuais.
D – METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
A metodologia para o ensino dos conteúdos matemáticos será através da
relação teoria e prática, sujeito objeto, concreto abstrato, promovendo a unidade
dialética, numa totalidade, estimulando dessa forma uma aprendizagem
contextualizada, associada a apreensão da totalidade enquanto modo de
produção da vida em sociedade, onde não mais valorizará a repetição a
mecanização, valorizará o processo de construção do conhecimento e o
desenvolvimento do raciocínio lógico-formal.
O aluno será levado a saber fazer e dessa forma incorporará o pensamento
de caráter cognitivo mais elaborado.
No ensino de Metodologia do Ensino de Matemática se faz necessário
valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade
brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando
integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais
a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe
permanente. Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha
uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres.
Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente,
perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com
a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem
suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no
campo para sua sobrevivência.
Será estimulado a confrontar a teoria e a prática, a observação do
ensino de matemática nas escolas Campo de estudo onde confrontará com as
metodologias estudadas e reelaborar sua prática pedagógica contextualizando os
conteúdos desenvolvidos socialmente.
Pretende-se que o aluno através dessa metodologia de ensino
elabore o pensamento reflexivo concreto e identifique que o processo de
conhecimento vai além da relação do homem com o conhecimento, ele se fará
das relações sociais e históricas do trabalho humano.
Este trabalho privilegiará também a pesquisa, leituras, apresentação
de trabalhos, discussão, análise de livros didáticos, conteúdos, metodologias e
materiais didáticos utilizados, de modo a acolher todos os alunos em formação
possibilitando as adaptações curriculares se necessário, considerando seus
conhecimentos prévios suas necessidades lingüísticas diferenciadas e o contexto
social; devendo oportunizar todos os alunos inclusos as mesmas possibilidades e
direitos ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e pessoais.
E – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:
A avaliação da aprendizagem deverá ser integrada aos pressupostos da
proposta pedagógica, considerando o aluno como sujeito histórico, capaz de
estabelecer relações entre o conhecimento apreendido e o mundo do trabalho,
que diferencia da avaliação concebida numa matriz teórica tradicional e
positivista.
Para tanto, deve-se situar inicialmente a sociedade na qual está
inserida a escola, para que possamos compreender e contextualizar melhor as
suas práticas avaliativas estabelecendo relações com estas mesmas práticas.
As ações que se revestem deste caráter se explicitam quando o
professor considera o aluno como indivíduo que pode e deve, com o seu próprio
esforço, buscar as suas alternativas de aprendizagem, de vida.
A avaliação escolar não deverá considerar o aluno como um indivíduo,
mas como sujeito histórico, capaz de estabelecer relações entre os modos como
o homem produz a sua existência e o mundo do trabalho através do
conhecimento.
A escola deverá ser propositiva, em relação a concepção assumida
em seu Projeto Político Pedagógico, incentivando nos alunos a capacidade de
pensar criticamente a realidade e a partir dela, construir explicações possíveis,
estabelecendo relações que lhes dê a condição de atuar política e produtivamente
de modo a transformar a realidade; assumindo uma avaliação formativa, inclusiva,
que não legitime o autoritarismo e, integrada às práticas pedagógicas, que
priorize a especificidade dos processos formativos dos alunos.
Não se pode perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e
interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem, de modo a
não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas
educações a regular e a especial.
Portanto, na disciplina de Metodologia do Ensino da Matemática o aluno
será avaliado através de pesquisa, apresentação de trabalhos oral e escrito,
análise e discussão de textos, realidade observada nas escolas que ofertem
ensino de 1ª a 4ª série e educação infantil, avaliação escrita contextualização e
métodos de ensino e avaliação escrita.
F– REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
TOLEDO, Marília; Toledo Mauro. Didática da Matemática: Como dois e dois: A
construção da matemática. São Paulo: FTD, 1997.
ROSA, Ernesto Neto. Didática da Matemática. São Paulo: Ática. 1995, 7ª edição.
CARVALHO, Dione Lucchesi de. Metodologia do Ensino da Matemática. São
Paulo: Cortez, 1991.
CARRAHER, Terezinha et alii. Na vida dez, na escola zero. São Paulo: Cortez,
1988.
CANDAU, V.M. A didática em questão. Rio de Janeiro. Vozes, 1986.
GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-critíca.
Campinas, SP: Autores Associados, 2003.
SAVIANI,
Demerval.Pedagogia
associados, 2003.
histórico-critíca.
Campinas,
SP:
Autores
DISCIPLINA: METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA – ENSINO MÉDIO
INTEGRADO
A - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
Cabe ao educador, da disciplina metodologia do ensino de história
promover a realização de aprendizagem com o maior grau de significado possível
uma vez que esta nunca é absoluta – sempre é possível estabelecer alguma
relação entre o que se pretende conhecer e as possibilidades de observação,
reflexão e informação que o sujeito já possui.
A aprendizagem significativa implica sempre em alguma ousadia:
diante do problema posto, o aluno precisa elaborar hipóteses e experimentá-las.
Fatores e processos afetivos, motivacionais e relacionais são importantes nesse
momento. Os conhecimentos gerados na história pessoal e educativa têm um
papel determinante na expectativa que o aluno tem na escola, do professor e de
si mesmo, nas suas motivações e interesses, em seu auto conhecimento e em
sua auto-estima. Assim como os significados construídos pelo aluno estão
destinados a ser substituídos por outros no transcurso das atividades, as
representações que o aluno tem de si e de seu processo de aprendizagem
também. É fundamental, portanto, que a intervenção educativa escolar propicie
um desenvolvimento em direção à disponibilidade exigida pela aprendizagem
significativa.
Se a aprendizagem for uma experiência de sucesso, o aluno constrói
uma representação de si mesmo como alguém capaz.
A aprendizagem é condicionada, de um lado, pelas possibilidades do
aluno, que englobam tanto os níveis de organização do pensamento como os
conhecimentos e experiências prévias, e, de outro, pela interação com os outros
agentes.
Posicionar-se com visão crítica da realidade enquanto totalidade,
vinculando o homem ao seu desenvolvimento social e a relação entre a noção de
tempo e espaço pelo educando dando ênfase a fatos históricos, geográficos,
políticos, sociais e econômicos da humanidade.
Nessa trajetória, o papel do educador e das interações sociais nas atividades
torna-se, sem dúvida, elementos centrais nos debates sobre aprendizagem de
história.
B – OBJETIVOSGERAIS DA DISCIPLINA:
- Analisar a metodologia do ensino de
história numa perspectiva histórica
priorizando esta modalidade de ensino no contexto da sociedade contemporânea.
- Compreender a didática do ensino de historia como desenvolvimento integral
para a promoção do indivíduo levando-o a construir valor sociocultural e respeitar
a sociodiversidade.
- Adequar a metodologia, tomando a realidade do aluno como ponto de partida,
estabelecendo mediação entre o saber cientifico e o senso comum.
C – CONTEÚDOS:
História e memória social:
- As finalidades do ensino de História na sociedade brasileira contemporânea;
A transposição didática da história:
- A compreensão e explicação histórica;
Relação entre a construção da noção de tempo e espaço:
- Leitura do mundo da criança;
O trabalho com as fontes históricas:
Objetivos e conteúdos programáticos de história dos anos iniciais do Ensino
Fundamental:
Planejamento, seleção e avaliação em historia:
Análise crítica do material didático:
D - METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
Com base na identificação dos diferentes ritmos de duração do
tempo histórico, buscamos a compreensão das relações de continuidade e
descontinuidade, permanência e mudanças, propondo uma análise histórica
reversível, ou seja, que vá do presente para o passado, deste volte para o
presente e, partindo do passado e do presente, discuta noções de futuro.
Levamos em conta o fato que todo documento é uma representação
do real e não propriamente o real. Por isso, todo documento estará reproduzindo
a visão de mundo de quem o produziu. O conhecimento histórico é construído
em uma determinada época, comprometido com questões de seu próprio tempo.
É um conhecimento que envolve escolha de abordagem, reflexão e
organizações
de
informações,
problematização,
interpretação,
análise,
localização espacial e ordenação temporal de uma série de acontecimentos da
vida coletiva que ficaram registrados, de algum modo por meio de escritas,
desenhos entre outros... e portanto a abordagem construtivista integra, num
único esquema explicativo, questões relativas ao desenvolvimento individual e à
pertinência
cultural, à construção de conhecimento e a interação social.
Considera o desenvolvimento pessoal como o processo mediante o qual o ser
humano assume a cultura do grupo social a que pertence.
No entanto,
levaremos os educandos a trabalhar com análise crítica dos livros de didáticos e
texto, confecções de materiais didáticos, o resgate da História e Memória Social
através de grupo de estudo, debate, apresentação em forma de seminários.
No ensino de Metodologia do Ensino de História se faz necessário
valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade
brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando
integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais
a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe
permanente. Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha
uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres.
Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente,
perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com
a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem
suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no
campo para sua sobrevivência.
E - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICO DA DISCIPLINA:
A avaliação é indissociável do processo de construção do
conhecimento. Ela se caracteriza por ser formativa e processual, pois considera
os progressos, as dificuldades, os bloqueios, os erros e acertos ao longo da
prática de ensino- aprendizagem.
As formas de praticar a avaliação
variam de acordo com os
interesses do sistema educacional e a necessidade de seu grupo. Onde os
alunos serão convidados a expor oralmente os resultados de suas descobertas,
com base nos trabalhos desenvolvidos, e dialogar constantemente com os
colegas e professor para levar suas hipóteses ao conhecimento de todo o grupo
e referendá-las ou reformulá-las, conforme o desenvolvimento das discussões.
A partir dos estudos desenvolvidos, terão que ser capazes de se
situar no tempo presente reconhecendo diversidades e proximidades com
modos de vida, cultura, crenças, relações sociais e econômicas dos indivíduos e
das comunidades de seu próprio tempo e espaço.
É necessário ainda que se identifique a participação de outros
sujeitos e a existência de outros acontecimentos e de outros tempos
relacionados à dinâmica da vida atual.
F - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
PENTEADO, Heloísa Dupas, Metodologia de Ensino de Historia e Geografia.
São Paulo: Cortez, 1991.
LEME, Dulce M. P. e outros. O ensino de Estudos Sociais. São Paulo: Atual,
1986.
NEVES, Maria A. Mamede. Ensinando e Aprendendo Historia. São Paulo: EPU –
CNPq, 1985.
LEGOFF, J. História e memória. São Paulo: Unicamp, 1992.
CARDOSO, Ciro F. S. Uma introdução à história. São Paulo: brasiliense, 1988.
Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de
Docentes – SEED/2006
DISCIPLINA: – METODOLOGIA DO ENSINO DE GEOGRAFIA - ENSINO
MÉDIO INTEGRADO
A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
Ensinar didática do ensino de Geografia no contexto da pósmodernidade, na qual as tecnologias invadem nosso cotidiano e o espaço se
reorganiza num processo de continuas mudanças, não é uma tarefa fácil.
A tecnologia principalmente através dos meios de comunicação vem
invadindo a vida dos alunos cada vez mais, e a escola precisa assumir o
importante papel de instrumentalizá-los no processo de leitura do mundo,
propiciando a construção do conhecimento através de conteúdos que expressem
valor no contexto atual.
Com o objetivo de estudar as interações homem/natureza, numa
abordagem relacional, as praticas pedagógicas devem proporcionar diferentes
situações de vivências, permitindo ao aluno construir, compreender e aplicar
conceitos geográficos e, portanto frente a uma nova forma de viver e pensar, são
imprescindíveis a compreensão da dinâmica social que nos permite reconhecer o
papel da geografia na formação dos alunos e buscar paradigmas que
correspondam às necessidades atuais.
Ao propormos a construção e problematização de materiais didáticos para
as aulas práticas, estamos proporcionando meios para uma eficiente interação
professor/aluno, para que haja participação ativa do educando e o professor
oriente e organize esse processo; levando o educando a refletir e analisar seu
papel enquanto estudante, exercendo uma educação voltada à construção da
cidadania.
B- OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
- Analisar o estudo da didática do ensino de geografia como um produto histórico
como um conjunto de objetos e de ações que revelem as práticas sociais dos
diferentes grupos que vivem num determinado lugar, interagindo, sonhando,
produzindo e reconstruindo o saber numa perspectiva histórica priorizando esta
modalidade de ensino no contexto da sociedade contemporânea.
- Conhecer e valorizar os modos de vida de diferentes grupos sociais, como se
relacionam e constituem o espaço em que se encontram inseridos.
- Saber utilizar diferentes fontes de informações e recursos tecnológicos para
adquirir e construir conhecimentos.
C- CONTEÚDOS:
Concepção de geografia:
•
A geografia como ciência;
•
Compreensão do Espaço produzido (espaço relacional);
•
Aspectos teóricos metodológicos do ensino de geografia;
•
Objetivos e finalidades do Ensino da Geografia na Proposta Curricular do
Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e Anos Iniciais do
ensino fundamental, atendendo as especificidades do Estado do Paraná:
(quilombolas, indígenas, campo e ilhas);
Relação entre Conteúdos, Método e Avaliação:
Os conteúdos básicos de Geografia na Educação Infantil e Anos Iniciais:
Diferentes Tendências de Geografia:
•
Bibliografia e concepção de Geografia como ciências;
•
Análise Crítica e elaboração de recursos didáticos para Educação
Infantil e Anos Iniciais:
•
Análise crítica dos livros didáticos dos Anos Inicias e Educação Infantil.
D- METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
Hoje, graças ao avanço da investigação científica na área da
aprendizagem, tornou-se possível interpretar o erro como algo inerente ao
processo de aprendizagem e ajustar a intervenção pedagógica para ajudar a
superá-Io.
A superação do erro é resultado do processo de incorporação de
novas idéias e de transformação das anteriores, de maneira a dar conta das
contradições que se apresentarem ao sujeito para, assim, alcançar níveis
superiores de conhecimento.
No entanto o que o aluno pode aprender em determinado momento
da escolaridade depende das possibilidades delineadas pelas formas de
pensamentos
de
que
dispõe
naquela
fase
de
desenvolvimento,
dos
conhecimentos que já construiu anteriormente e do ensino que recebe. Isto é, a
intervenção pedagógica deve-se ajustar ao que os alunos conseguem realizar em
cada momento de sua aprendizagem, para que possa constituir verdadeira ajuda
educativa.
O conhecimento é resultado de um complexo e intrincado processo
de modificação, reorganização e construção, utilizado pelos alunos para assimilar
e interpretar os conteúdos escolares Por mais que o professor, os companheiros
de classe e os materiais didáticos possam, e devam, contribuir para que a
aprendizagem se realiza, nada pode substituir a atuação do próprio aluno na
tarefa de construir significados sobre os conteúdos da aprendizagem. É ele quem
modifica, enriquece e, portanto, constrói novos e mais potentes instrumentos de
ação e interpretação. Mas o desencadeamento da atividade mental construtiva
não é suficiente para que a educação esteja compatível com o que significa
socialmente. O processo de atribuição de sentido aos conteúdos escolares é,
portanto, individual; porém, é também cultural na medida em que os significados
construídos remetem a formas e saberes.
O trabalho será desenvolvido de maneira que o educando possa
trabalhar de forma crítica analisando textos, livros didáticos, atividades em
grupos, debates, exposição de trabalho, confecções de maquetes e materiais
didáticos, exposição de trabalhos. Pesquisa em grupo e individual.
No ensino de Metodologia do Ensino de Geografia se faz necessário
valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade
brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando
integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais
a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe
permanente. Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha
uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres.
Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente,
perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com
a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem
suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no
campo para sua sobrevivência.
E- CRITÉRIOS DE AVALIAÇAO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:
É importante ressaltar que, a avaliação é pensada
como um
processo. Tem a perspectiva de ser formativa, contínua, global e adaptável à
diversidade que caracteriza os diferentes grupos de alunos.
Após a fase de diagnosticar em que é detectado o que se pretende
abordar. É fundamental verificar o estágio inicial a fim de que possa desenvolver
estratégias de ensino- aprendizagem.
A avaliação será continua ao longo do processo de aprendizagem,
sendo orientada por objetivos inicialmente propostos.
A organização dos conteúdos e o modo que eles serão
sistematizado
possibilitam
utilizar
um
método
de
avaliação
com
essas
características. Há, por exemplo, uma seção em especial denominada agora eu
sei,Cuja proposta básica é levar o educando a retomar, registrar e organizar o que
foi estudado. É uma oportunidade para verificar e acompanhar o aprendizado.
A avaliação formativa propõe deslocar a regulação ao nível de
aprendizagem e individualizá–la, ou seja, o diagnóstico é individualizado e
permanente, num constante processo de verificação.
F- BIBLIOGRAFIA:
ALMEIRA, R; Passinie, E - O Espaço geográfico, ensino e representação São
Paulo: Contexto, 1991.
ALMEIRA, R. D. de do Desenho ao Mapa. São Paulo: Contexto, 2003.
______Geografia
Critica_______A
valorização
do
Espaço.
São
Paulo:
Hucitec.1984
KOZEL, S. ; Filizola, R. Didática da Geografia: memórias da terra o espaço vivido.
São Paulo: FTD, 1996
FREIRE, Paulo, Pedagogia da Esperança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
− Diretrizes Curriculares do Curso de Formação de Docentes... SEED/ 2006.
DISCIPLINA - METODOLOGIA DO ENSINO DE CIÊNCIAS _ ENSINO MÉDIO
INTEGRADO
A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A proposta da disciplina do ensino de ciências tem por objetivo
possibilitar a compreensão do mundo natural nas relações sociais de produção,
com vista a garantir ao aluno uma análise concreta de realidade através de
apropriação do conhecimento cientifico, ao mesmo tempo em que permite
comparar a explicação cientifica do mundo com outras explicações como aquelas
proporcionadas pela arte , religião entre outras. A disciplina de ciências deve
possibilitar espaços efetivos de discussão e reflexão a respeito de uma identidade
cientifica, ética, social e cultural enfim uma disciplina que instrumentaliza os
alunos para compreenderem e intervirem no mundo de forma consciente.
Mostrar a ciência como um conhecimento que colabora para a
compreensão do mundo e suas transformações, reconhecendo o homem como
parte do universo. A apropriação de seus conceitos e procedimentos pode
contribuir para o questionamento do que se vê e ouve, para a ampliação das
explicações e cerca dos fenômenos da natureza, para a compreensão e
valorização dos modos de intervir na natureza, para a compreensão dos recursos
tecnológicos que realizam estas mediações, para a reflexão sobre as questões
éticas implícitas nas relações entre ciência, sociedade e tecnologia.
O ensino de Ciências Naturais é espaço privilegiado em que as
diferentes explicações sobre o mundo, os fenômenos da natureza e as
transformações produzidas pelos homens podem ser expostas e acompanhadas.
É o espaço de expressão das explicações espontâneas dos alunos e daquelas
oriundas de vários sistemas aplicativos. Contrapor e avaliar diferentes explicações
favorecem
o desenvolvimento de postura reflexiva , crítica , questionadora e
investigativa, de não aceitação de idéias e informações . Possibilita a percepção
dos limites de cada modelo explicativo, inclusive dos modelos científicos ,
colaborando para a construção da autonomia de pensamento e ação.
Para o ensino de ciências naturais será necessária à construção de uma
estrutura geral da área que favoreça a aprendizagem significativa do
conhecimento histórico acumulado e a formação de uma concepção de ciência,
suas relações com a tecnologia e com a sociedade. Portanto, é necessário
considerar as estruturas de conhecimento envolvidos no processo de ensino e
aprendizagem – do aluno, do professor e da ciência.
B – OBJETIVOS GERAIS:
- Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humana parte
integrante e agente de transformações do mundo em que vive;
- Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia em
condições de vida, no mundo de hoje e em sua revolução histórica;
- Formular questões, diagnosticar e propor soluções para os problemas reais a
partir de elementos das ciências naturais, colocando em prática conceitos,
procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;
- Saber utilizar conceitos científicos básicos, valorizar o trabalho em grupo, sendo
capaz de ação crítica e cooperativa para a construção coletiva do conhecimento;
- Compreender a saúde como bem individual e comum que deve ser promovido
pela ação coletiva, compreender a tecnologia como um meio para suprir
necessidades humanas, distinguindo usos corretos e necessários daqueles
prejudiciais ao equilíbrio da natureza e ao homem.
C-CONTEÚDOS:
O Ensino de ciências e a construção de uma cultura científica que
possibilite e ao cidadão comparar as diferentes explicações do mundo. .
- O que é ciências ?
- Objetivo de estudo da ciência;
- Para que estudar ciências no ensino fundamental;
A energia para a vida e a inserção do homem no contexto do universo.
-
Noções de espaço;
A ciência e as suas diversas implicações no cotidiano dos
educandos;
-
Experiências;
Aprendizagem integrada de ciências como possibilidade para a compreensão das
relações ciências, sociedade, tecnologia e cidadania.
-
Ciências naturais e a cidadania;
-
Relação ciências no ensino fundamental;
-
Interdisciplinaridade o ensino de ciências e as diversas disciplinas;
-
Técnicas de ensino para o trabalho com a disciplina de ciências;
A construção dos conceitos científicos.
- Aulas práticas para o ensino fundamental;
- Definir conceitos ao termo trabalhador ;
- Elaboração de conceitos para aplicação;
O pensamento racional e intuitivo na aprendizagem de ciências.
- Relação de ciências e crenças ;
- Ensinar ciências valorizando a formação humana;
O papel dos professores das famílias e das comunidades na aprendizagem
formal e informal.
-
O perfil do professor de ciências;
-
Valorização dos conhecimentos do cotidiano do educando ;
-
Relação entre o ensino formal e informal nas ciências ;
-
Valorização do aluno portador de alguma deficiência ;
Conteúdos complementares: Cultura Afro;
-
Textos para leitura reflexiva;
-
Analises de textos;
D- METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
Proporcionar ao educando a compreensão e a necessidade de
aprender e ensinar ciências, levando-os a entender a natureza como um todo
dinâmico, sendo o ser humano parte integrante e agente de transformação do
mundo em que se vive. Entendendo que a ação do homem sobre a natureza é
diferentes dos demais animais, pois a condição dos animais é assegurada dentro
da própria natureza, enquanto que o homem adquire consciência de que esta
transformando a natureza para adaptá-la às suas necessidades básicas. Assim
podemos perceber e levá-lo a entender que o homem dentro de suas limitações
seja portador ou não de deficiências através do seu trabalho incorpora diferentes
experiências e acumula uma dada quantidade de conhecimento. Levá-los a
compreender o papel da ciência, como mola propulsora do desenvolvimento
cientifico e tecnológico contemporâneo, faz-se necessário analisar o movimento
de produção e apropriação de conhecimentos tendo por base uma política
econômica que deveria privilegiar o bem estar do homem. Assim para que essa
amplitude de conhecimentos e informações se concretize no educando faz-se
necessário que esse trabalho seja realizado através, de pesquisas, debates,
observações, montagem de maquetes, realização de experiências e comprovação
das mesmas ,montagens de plano de aula, aula prática relatório das atividades
desenvolvidas em sala e fora dela.
Estabelecer relações entre o que é conhecido e as novas idéias,
entre o comum e diferente, entre o particular e o geral, definir contrapontos entre
muitos elementos no universo do conhecimento.
O ensino de ciências será realizado através do desenvolvimento de
posturas e valores pertinentes às relações entre os seres humanos, o
conhecimento e o ambiente, contribuindo para a compreensão da realidade.
A observação, a experimentação, a comparação, o estabelecimento
de relações entre fatos ou fenômenos, a leitura e escrita de textos informativos, a
organização de informações por meio de desenhos, tabelas, gráficos, esquemas e
textos, a proposição de suposições, o confronto entre a suposição e a solução de
problemas são procedimentos que deverão ser trabalhados a fim de possibilitar a
aprendizagem.
É importante que os alunos se apropriem do conhecimento cientifico
e desenvolvam uma autonomia no pensar e no agir, entendendo que cada um, a
seu modo e com determinado papel, está envolvido na construção de uma
compreensão dos fenômenos naturais e suas transformações, na formação de
atitudes e valores humanos.
Caberá ao professor incentivar as atitudes de curiosidades, de
respeito à diversidade de opiniões, à persistência na busca e compreensão das
informações, às provas obtidas por meio de investigações, de valorização da vida
em sua diversidade, de preservação do ambiente, de apreço e respeito à
individualidade.A reflexão acerca da educação inclusiva e seus desafios aos
educadores provoca o surgimento de uma vasta gama de expectativas a respeito
da efetivação, na prática do ideal de uma escola pública de qualidade, que acolha
todos os alunos, envolvendo a organização do processo de aprendizagem por
meio da flexibilidade e adaptações curriculares (conteúdos, métodos, avaliação),
considerando seus conhecimentos prévios, suas necessidades lingüísticas
diferenciadas e o contexto social. Entende-se que o conhecimento sistematizado
pela educação escolar deve oportunizar aos alunos inclusos idênticas
possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e
pessoas efetivando-se a igualdade de oportunidades, principalmente em
condições semelhantes aos demais.
No ensino de Metodologia do Ensino de cências se faz necessário
valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade
brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando
integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais
a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe
permanente. Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha
uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres.
Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente,
perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com
a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem
suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no
campo para sua sobrevivência.
E-CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
Quando pensamos em avaliação vemos a possibilidade de mudança
dos processos avaliativos norteados por teorias pedagógicas não criticas. É um
desafio porque exige fundamentalmente a compreensão teórica dos princípios
curriculares que embasam a proposta do curso, e uma outra prática pedagógica.
Prática aqui entendida, não como ação cotidiana, mecânica e repetitiva, porém
como práxis.
Devemos levar em conta que a avaliação deve contemplar aspectos
qualitativos e não quantitativos e principalmente deve auxiliar o educando a
desenvolver capacidades e habilidades, assim a avaliação não se resume apenas
em dar avaliações ou atribuir notas ou conceito fazendo com que a nossa
metodologia para a avaliação deva ser entendida como prática para refletir sobre
ela e transformá-la em uma nova prática. Assim devemos levar em conta todo o
esforço do aluno para a realização das atividades, em sala e fora da sala, suas
capacidades em grupo. O processo de avaliação dar-se-á através de debates,
trabalhos escritos, seminários, avaliações escritas e trabalho extraclasse.
Ainda quando falamos em avaliação na disciplina de Metodologia do
Ensino de Ciências devemos levar em conta as dificuldades de aprendizagem e
comportamento para alguns alunos, sendo ainda alguns portadores de
deficiência, assim faz-se necessário à avaliação dentro das habilidades nas quais
os educandos mais se destacam, considerando seus limites e potencialidades
dentro da aprendizagem, fazendo assim com que todos realmente sejam inclusos
no processo de avaliação. Assim a escola deverá ser prepositiva, em relação a
concepção assumida em seu Projeto Político Pedagógico , possibilitando aos
alunos a capacidade de pensar criticamente a realidade a partir dela , construir
explicações possíveis estabelecendo relações que lhes dêem a condição de atuar
política e produtivamente de modo a transformar a realidade , assumindo uma
avaliação formativa , inclusiva , que não legitime o autoritarismo e, integrada as
práticas pedagógicas , que priorize a especificidade dos processos formativos do
aluno . Não se pode perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto e
interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem, de modo a
não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas
educações regular e especial.
F-BIBLIOGRAFIA:
CAMPOS, Maria Cristina DA Cunha. Didática de Ciências: O ensino e
aprendizagem como investigação – São Paulo: FTD. 1999.
Revista Pedagógica Pátio, nº28 novembro 2003 /janeiro 2004 – Ministério da
Educação FNDE.
Revista Professor nº1. Outubro 2003- Ministério da Educação.
Revista Ciências Hoje, 2ª Edição, Ministério da Educação –FNDE.
Delizoicov, Demétrio - Ensino de Ciências Editora Cortez, 2002.
Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de
Docentes – SEED/2006
DISCIPLINA: METODOLOGIA DO ENSINO DE ARTE - ENSINO MÉDIO
INTEGRADO
A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
O papel da arte na formação humana, como conhecimento, como trabalho,
como expressão; Estudos das diferentes concepções de arte; conhecimento,
trabalho e expressão e sua relação com o ensino; estudo das tendências
pedagógicas – Escola Tradicional, Nova e Tecnicista – com ênfase nos marcos
históricos e culturais do ensino da arte no Brasil. Conhecimento teórico e prático
dos elementos formais e de composição das artes visuais, da musica, da dança e
do teatro e sua contribuição na formação dos sentidos humanos desde a
Educação Infantil e anos iniciais – abordagens metodológicas para o ensino de
artes. As atividades artísticas na escola: fazer e apreciar a produção artística. As
atividades artísticas com instrumental para a educação infantil e anos iniciais.
B – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
- Possibilitar ao aluno o conhecimento dos diferentes meios de expressão e
compreender a Arte na sua vida e na escola enquanto forma de representação
das visões de mundo, sempre renovando a maneira de interpretar a realidade por
meio da música, teatro, dança e pintura;
- Possibilitar no aluno um novo olhar, um ouvir mais crítico, um interpretar
da realidade além das aparências com a criação de uma nova realidade, o
imaginário, bem como a ampliação das possibilidades de fruição e expressão
artística;
- Compreender como o ensino da arte no Brasil vem se processando ao
longo da história, como são constituídas as práticas pedagógicas e artísticas nos
seus diversos momentos;
- Desenvolver uma relação de autoconfiança com a produção artística
pessoal, relacionando a própria produção com a de outros, valorizando e
respeitando a diversidade de cada um;
- Propiciar a compreensão sobre a importância da arte na formação
humana, desenvolvendo o conhecimento crítico de diferentes interpretações das
artes visuais a fim de avaliar os trabalhos da humanidade;
C – CONTEÚDOS:
Tendências Pedagógicas: com ênfase nos marcos históricos e culturais do ensino
da Arte no Brasil;
Escola Tradicional;
Escola Nova;
Escola Tecnicista.
Conhecimento teórico e prático dos elementos formais e de composição:
Artes Visuais;
Artes visuais como produto cultural e histórico;
Em caminhamento metodológico para o ensino das artes visuais;
Arte Culta e Popular (folclore);
Cultura afro-brasileira;
A expressividade infantil;
Desenvolvimento do desenho infantil;
Critérios de avaliação em artes visuais.
Música;
Dramatizações – músicas, paródias;
Sons atuais e em extinção (afro-brasileiro);
Composições infantis;
Improvisações musicais;
Conhecimento das dimensões de criação, apreciação e comunicação com
instrumental para a Educação Infantil e anos iniciais.
Dança;
Coreografias improvisadas;
Coreografia original (afro-brasileira);
Espaço;
Ações;
Dinâmica/ritmo.
Teatro;
Expressão gestual;
Expressão vocal;
Representação teatral direta e indireta;
Improvisação cênica;
Dramatização.
D – METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
A
metodologia
utilizada
deverá
fornecer
aos
educandos
possibilidades de compartilharem descobertas, idéias, sentimentos, atitudes ao
permitir a observação de diversos pontos de vista, estabelecendo relação entre o
individual e o coletivo desenvolvendo a socialização.
Dessa forma o encaminhamento metodológico da disciplina se fará
através de leituras, discussões de textos variados, pesquisas, atuações em
teatros, danças, musicas na escola de formação e campo de estudo,
desenvolvimento e técnicas e aplicação das mesmas nas várias instituições de
ensino leitura informativa para redimensionar posicionamentos e a postura
profissional, coleta de material didático para analise e intervenção, participação
em projetos artísticos desenvolvidos no município, acompanhamento de crianças
para observar o desenvolvimento da expressividade, análise de músicas,
composições e improvisações.
No ensino de Metodologia do Ensino de Arte se faz necessário valorizar e
fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira,
não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando integrar
também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos
na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.
Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha uma formação
adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres. Com relação à
Educação do Campo esta deve também estar presente, perpassando os
conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com a vida do
educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem suas
atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no
campo para sua sobrevivência.
E – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECIFICOS DA DISCIPLINA:
A avaliação da aprendizagem deverá ser integrada aos pressupostos
da proposta pedagógica, considerando o aluno como sujeito histórico, capaz de
estabelecer relações entre o conhecimento apreendido e o mundo do trabalho,
que diferencia da avaliação concebida numa matriz teórica tradicional e
positivista.
Para tanto se deve situar inicialmente a sociedade na qual está
inserida a escola, para que possamos compreender e contextualizar melhor as
suas práticas avaliativas estabelecendo relações com estas mesmas práticas.
As ações que se revestem deste caráter se explicitam quando o
professor considera o aluno como indivíduo que pode e deve, com o seu próprio
esforço, buscar as suas alternativas de aprendizagem de vida.
A avaliação escolar não deverá considerar o aluno como um
indivíduo, mas como sujeito histórico, capaz de estabelecer relações entre os
modos como o homem produz a sua existência e o mundo
através do
conhecimento.
A escola deverá ser propositiva, em relação a concepção assumida
em seu Projeto Político Pedagógico, incentivando nos alunos a capacidade de
pensar criticamente a realidade e a partir dela, construir explicações possíveis,
estabelecendo relações que lhes dê a condição de atuar política e produtivamente
de modo a transformar a realidade; assumindo uma avaliação formativa, inclusiva,
que não legitime o autoritarismo e, integrada às práticas pedagógicas, que
priorize a especificidade dos processos formativos dos alunos.
Não se pode perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto
e interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem, de modo a
não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas
educações a regular e a especial.
Portanto, na disciplina de Metodologia do Ensino de Arte, o aluno
será avaliado através de pesquisa, apresentação de trabalhos orais e escritos,
análise e discussão de textos, realidade observada nas escolas que ofertem
ensino de 1ª a 4ª série e educação infantil, avaliação escrita, contextualização de
métodos de ensino, atividades práticas e criatividade;
F –REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
FERRAZ, Maria Heloisa Corrêa de Toledo, Fusari, Maria de Resende.
Metodologia do Ensino de Arte – São Paulo: Cortez, 1993.
MARTINS, Miriam Celeste, Picosque, Gisa, Guerra, M. Tereza Teles. Didática do
Ensino de Arte – São Paulo: FTD, 1998.
PILAR, Analice Dutra. Fazendo Artes na Alfabetização. Porto Alegre: Kuarup,
1987.
AZEVEDO, Ricardo. Meu livro de folclore. São Paulo: Ática, 1997.
MARTINS, Miriam Celeste Ferreira Dias. Didática da Arte. São Paulo: FTD, 1998.
REZENDE e FUSARI, Maria. Arte na Educação Escolar. São Paulo: Cortez, 2002.
LIBÂNIO, José Carlos. Democratização da Escola pública – A pedagogia críticosocial dos conteúdos. São Paulo. Edições Loyola, 2002.
Diretrizes Curriculares do Curso de Formação de Docentes - SEED/2006.
DISCIPLINA: METODOLOGIA DO ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA - ENSINO
MÉDIO INTEGRADO
A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
O entendimento que cada pessoa tem sobre a educação Física irá ao
encontro dos interesses ou propósitos de quem a utiliza.
Ao observarmos a história da Educação Física, em especial no Brasil,
verificamos que ela se desenvolveu conforme os interesses das classes
dominantes.
Atualmente, as novas concepções da Educação Física escolar destacam o
aluno como um todo integrado. A criança é vista como um ser historicamente
situado, dona de um saber que é importante para sua vida em sociedade.
Para Gallardo et alli (1998), a criança deve aprender a viver em sociedade
e para isso é necessário que ela internalize os elementos da cultura corporal ou
motora que são relevantes para seu grupo social, como também as normas de
convívio presentes nos diferentes grupos sociais dos quais participa.
A Educação Física escolar tem valor inestimável oferecendo à criança a
oportunidade de vivenciar diferentes formas de organização, a criação de normas
para a realização de tarefas ou atividades e a descoberta de formas cooperativas
e participativas de ação, possibilitando a transformação da criança e de seu meio.
Além disso, a Educação Física escolar possui objetivos e conteúdos
próprios e necessários ao desenvolvimento do potencial motor de cada criança.
Para que esses objetivos sejam alcançados, é necessário superar o senso
comum de que o tempo pedagógico das aulas de educação física se resume à
quadra ou ao pátio e, mais grave, ao tempo para a recreação, para as vivências
corporais e para o brincar descompromissado (dos objetivos educacionais).
Dessa forma, devemos entender que a educação física trata da cultura
corporal de movimentos numa perspectiva histórico-crítica, deixando de lado o
conceito de movimento humano.
Nesta perspectiva, a disciplina de Metodologia de Ensino de Educação
Física, deve proporcionar subsídios para seus alunos, afim de que estes possam
reconhecer e valorizar a importância da disciplina de Educação Física no
desenvolvimento da criança, desde a educação infantil até as séries iniciais do
ensino fundamental.
Desta forma, os conteúdos da cultura corporal, bem como os aspectos
relacionados ao desenvolvimento motor da criança, além das teorias de
aprendizagem motora devem ser elementos integrantes da proposta curricular.
Além disso, os conteúdos devem preparar os jovens para uma participação
política mais efetiva no que se refere à organizações dos espaços e recursos
públicos de prática de esporte, ginástica, dança, luta, jogos populares, entre
outros. Preparar os alunos para terem iniciativa pessoal para criar, planejar ou
buscar orientação para suas próprias práticas corporais. Deve também, preparar
o futuro professor para que possam planejar as práticas corporais de seus alunos.
B - OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
- Contribuir de forma significativa na formação geral e profissional do educando,
estimulando sua criatividade, expressividade e senso crítico;
- Oportunizar a prática de planejar e executar sua aptidão de ministrar aulas de
Educação Física;
- Apresentar o papel e a importância da Educação Física no processo
educacional, especificamente na educação infantil e nas séries iniciais do
ensino fundamental;
C- CONTEÚDOS:
A Educação Física como componente curricular:
O movimento humano e sua relação com o desenvolvimento dos domínios motor,
cognitivo e afetivo-social do ser humano;
Desenvolvimento motor e aprendizagem motora:
A cultura corporal de movimentos: ação e reflexão;
A criança e a cultura corporal de movimentos: o resgate do lúdico e a expressão
da criatividade;
D- METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
Todos os conteúdos a serem desenvolvidos, terão aulas teóricas e
práticas, a fim de proporcionar uma maior compreensão por parte dos alunos.
Deverão também, ser realizados trabalhos de pesquisa em grupo e/ou individual,
utilizando recursos audiovisuais, materiais alternativos, entre outros. Além disso,
os alunos terão a oportunidade de realizar atividades diretamente com as
crianças, podendo desenvolver a relação teoria e prática.
A metodologia deve também, oportunizar aos alunos inclusos
idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais,
culturais e pessoais, efetivando-se a igualdade de oportunidades, principalmente,
em condições semelhantes aos demais.
No ensino de Metodologia do Ensino de Educação Física se faz necessário
valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade
brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando
integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais
a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe
permanente. Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha
uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres.
Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente,
perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com
a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem
suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no
campo para sua sobrevivência.
E- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:
A avaliação da aprendizagem na disciplina Metodologia de Ensino
de Educação Física será um processo contínuo, permanente cumulativo, onde o
professor estará organizando e reorganizando o seu trabalho nas diversas
manifestações, levando os alunos a refletirem e se posicionar criticamente com o
intuito de construir uma relação com o mundo.
Na
avaliação
das
aulas
práticas deverá
ser observada a
participação, a desenvoltura e a evolução dos alunos em cada atividade,
verificando sua individualidade e necessidade. Poderão também ser avaliados
através de avaliações escritas, trabalhos de pesquisa e apresentações.
Na avaliação do aluno incluso, não se pode perder de vista a
necessidade de um trabalho conjunto e interligado que se concretize
interdisciplinarmente na sua aprendizagem, de modo a não se caracterizarem
dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas “educações”: a regular e a
especial.
F- BIBLIOGRAFIA:
Caderno Pedagógico de Atividades Rítmicas. Ministério da Educação e Cultura.
Secretaria de Estado da Educação-PR, 1984.
NANNI, Dionísia. Dança – Educação: pré-escola à universidade. Rio de Janeiro :
Sprint, 1995.
Organização de competições-torneios e campeonatos. 21ª ed. Rio de Janeiro :
Sprint, 2003.
VALADARES, Solange & ARAÚJO, Rogéria. Educação Física no cotidiano
escolar. Belo Horizonte : FAPI, 1999.
ECKERT, Helen M. Desenvolvimento motor. 3ª ed. São Paulo : Manole, 1993.
GALLARDO, Jorge Sérgio Pérez et alli. Didática de Educação Física: a criança
em movimento-jogo, prazer e transformação. São Paulo : FTD, 1998.
GUERRA, Marlene. Recreação e lazer. Porto Alegre : Sagra, 1982.
Linguagens, códigos e suas tecnologias/Secretaria de Educação Básica. Brasília:
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006.
FERREIRA NETO, Carlos Alberto. Motricidade e jogo na infância. Rio de Janeiro:
Sprint, 1995.
SANTOS, Luiz Silva. Educação, Educação Física, Capoeira. Maringá: Fundação
Universidade Estadual de Maringá, 1990.
MAGILL, Richard A. Aprendizagem motora: conceitos e aplicações. São Paulo :
Edgard Blücher, 1984.
GUERRA, Marlene. Recreação e lazer. Porto Alegre : Sagra, 1982.
GALLAHUE, David L.; OZMUN, John C. Compreendendo o Desenvolvimento
motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo :Phorte, 2001.
Diretrizes Curriculares do Estado do PARANÁ – para o Curso de Formação de
Docentes – SEED/2006
DISCIPLINA: PRÁTICA DE FORMAÇÃO (ESTÁGIO SUPERVISIONADO) –
ENSINO MÉDIO INTEGRADO
A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
Partindo do pressuposto de que a educação profissional, enquanto
processo de formação humana, refere-se ao desenvolvimento da pessoa como
um todo, não podendo, ficar restrita a dimensão lógico-formal ou as funções
ocupacionais do trabalho.
A disciplina de Prática de Formação (estágio supervisionado) é um
elemento curricular do curso de formação de professores responsável por
assegurar a unidade teoria e prática desta formação. Devendo ser entendido
como elemento decisivo no que diz respeito à qualidade de ensino.
Possibilitando através dessa disciplina, estabelecer um elemento
articulador da relação teoria e prática na formação dos profissionais da educação.
Definindo-se assim, que tipo de professor pretende formar e para qual escola.
De acordo com Saviani “é a educação que determina os saberes
que entram na formação do educador”, tendo a escola que considerar a sua
função social e dimensão política no contexto dessa sociedade capitalista.
Sendo a educação, entendida como um fenômeno próprio dos seres
humanos, que se constituem no processo de produção de sua existência. A
medida que esta produção se dá no processo de adaptação da natureza ao
próprio homem, agir sobre ela e promover sua transformação, uma vez que esta
ação intencional é definida como trabalho. E para isso, explica Saviani, a
educação situa-se ma categoria do trabalho e "ao mesmo tempo, uma exigência
do e para o processo de trabalho não material uma vez que diz respeito às
atividades em que o produto não se separa do ato de produção. Ou seja, a aula
(produto do trabalho do professor) é produzida e consumida ao mesmo tempo. A
aula se realiza no momento exato do seu consumo, pelo aluno.
Neste sentido Saviani devem integrar-se no processo de formação
do educador cinco saberes: Saber Atitudinal compreende o domínio dos
comportamentos e vivencias consideradas adequadas ao trabalho educativo;
Saber Crítico Contextual:expressa a compreensão das condições sóciohistóricas
que
determinam
a
tarefa
educativa;
Saberes
Específicos:correspondem às disciplinas que integram os currículos escolares e
finalmente o Saber Didático- Curricular: corresponde o entendimento da
dinâmica do trabalho pedagógico.
O estágio supervisionado é o elemento por meio do qual se pretende
estabelecer a relação teoria e prática na formação do educador, sendo necessário
estar pautado numa reflexão que discuta o fazer pedagógico em todas as suas
dimensões: o que ensinar, como ensinar, para quem ensinar e para que ensinar.
De acordo com a compreensão de Vasquez (1977. P.233), a teoria e
a prática deve ser concebida como uma dimensão de um mesmo processo
unitário que se efetivam através de uma dinâmica, em que a teoria orienta a ação,
entendida como transformação da realidade, e esta, por sua vez, pode reorientar
a própria teoria, fazendo-a avançar e progredir.
O curso de formação não é apenas uma prática docente, mas deve
ser a teoria sobre a prática, ou seja, uma reflexão sobre e a partir da realidade da
escola. Nessa perspectiva, pretende-se instrumentalizar o aluno do curso de
formação de professores na construção de sua práxis pedagógica. Pois, como já
dizia Marx, não basta conhecer e interpretar o mundo de forma teórica, mas sim
transformá-lo.
No entanto para que este processo se efetive é necessário organizar
a disciplina de estágio supervisionado de maneira que estabeleça uma relação
teoria e prática, possibilitando a construção de uma práxis pedagógica, por parte
do futuro profissional que está em processo de formação. Sendo uma práxis
pedagógica comprometida com a transformação necessária para a efetivação do
papel da escola no atual contexto social, econômico e político em que a escola
está inserida, o método sobre o qual podemos pensar a organização do estágio é
o método dialético-materialista, o qual Gadotti (2001, p. 79), destaca um tríplice
movimento: “de crítica, de construção do conhecimento novo, e da nova síntese
no plano do conhecimento e da ação”. Este movimento caracterizaria o método,
“ao mesmo tempo como uma postura, um método de investigação e uma práxis”.
Para Frigotto (2001), estabelecer relações sobre uma dada realidade
a partir de uma abordagem materialista histórico dialética, implica compreender,
esta abordagem nas suas diferentes dimensões: enquanto postura, método e
práxis. Buscando verificar as manifestações do objeto e compreender
concretamente este fenômeno; a partir de um determinado sentido, objetivo: a
compreensão e transformação desta realidade.
Se entendermos práxis a partir da perspectiva de Vasquez, como
uma atitude transformadora, não deixando de ser uma interpretação científica,
pois não há práxis como atividade puramente material. Sem a finalidade de
produção de conhecimentos que caracterize a atividade teórica. Enfim, uma
pesquisa que se proponha a explicar o mundo criticamente, precisa desenvolver
uma explicação, que se coloque ela mesma, no terreno da práxis revolucionária,
que tenha um sentido histórico, social, político e técnico.
Portanto, buscamos mostrar que o estágio supervisionado é um
elemento articulador da relação teoria e prática, devendo ser pensado na
perspectiva da formação de profissionais da educação, sendo capaz de partir de
uma análise rigorosa do contexto em que o sistema educacional está inserido,
construindo conhecimentos novos que possam explicar e indicar alternativas para
construção de uma práxis pedagógica que vá ao encontro das necessidades de
uma educação de qualidade.
B- OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
- Possibilitar, ao aluno do Curso Normal, uma aproximação com o "ofício de
professor".
- Propiciar contato com situações - problemas no âmbito de algumas
modalidades específicas educacionais, como: Educação do Campo, Educação
Indígena, Educação Especial, EJA, assim como as atividades extra-escolares
desenvolvidas por ONG's e outras Instituições.
- Proporcionar meios ao futuro professor para conhecimento e reflexão sobre as
fases de desenvolvimento da criança, a constituição das famílias e suas
modificações na sociedade atual.
- Instrumentalizar o futuro professor para atuar na Educação Infantil e séries
iniciais do Ensino Fundamental.
- Promover ação docente garantindo que os alunos contextualizem os conteúdos
desenvolvidos nas aulas, através das disciplinas com a prática social, e também
vivenciem as práticas pedagógicas nas escolas de 1ª a 4ª série dos anos iniciais.
- Garantir ao futuro professor, através da Prática de Formação, a oportunidade de
desenvolver de fato a práxis pedagógica e educativa, a partir das teorias
estudadas durante o Curso.
C -CONTEÚDOS
Os sentidos e significados do trabalho do professor/educador:
A natureza do trabalho do professor.
O papel do professor/educador.
A diferença do trabalho de educar em relação a outros tipos de
Trabalho.
O trabalho considerado produtivo e o trabalho considerado intelectual e a relação
entre os dois.
As dificuldades existentes para se mensurar as tarefas do educador.
O produto do trabalho do professor.
As consequências específicas do professor em relação às atividades no seu
processo criativo.
Pluralidade Cultural, as diversidades, as desigualdades e a Educação:
Como se operam as desigualdades sociais na esfera da educação.
As diferenças de classe, gênero, etnia, religião, estética, entre outras que se
manifestam nos centros de educação infantil, nas escolas e nos diferentes
espaços de educação formal e informal.
A relação das estruturas sociais reproduzidas e às vezes alimentadas no espaço
educacional com o trabalho do professor.
O papel do professor e as especificidades de seu trabalho diante das
desigualdades.
O papel da escola na socialização dos conhecimentos disponíveis no sentido da
compreensão e superação das desigualdades entre as classes sociais, entre os
gêneros, entre as etnias.
Condicionantes da infância e da família no Brasil e a organização da educação
infantil.
Desenvolvimento do comportamento social da criança
As etapas do desenvolvimento em termos físicos e psicológicos.
O papel e a influência da família e da escola na socialização.
O processo de socialização.
O desenvolvimento cognitivo.
Política Nacional de Educação da Criança de 0 a 6 anos.
A Educação Infantil e a nova L.D.B.
Família... O que está acontecendo com ela?
Estágio de observação e participação em instituições que ofertam ensino a
Educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental.
Artes, brinquedos, crianças e a educação infantil nas diferentes instituições.
O grupo de brinquedo.
O brinquedo e os jogos.
Os grupos infantis.
Estágios de observação e participação nas diferentes instituições de ensino.
Confecção de brinquedos com material reciclável e exposição.
Análise critica do Referencial Nacional Curricular de Educação Infantil.
Análise do trabalho pedagógico na Educação Infantil e Séries iniciais do Ensino
Fundamental.
Intervenção metodológica na superação das metodologias utilizadas na Educação
Infantil e Séries iniciais do Ensino Fundamental.
Manejo de Classe.
Confecção de material didático.
Análise do material didático utilizado pelo professor.
Práticas pedagógicas.
Manejo de classe;
Recursos didáticos;
Conteúdos curriculares de 1ª a 4ª série;
Fundamentos teóricos-metodológicos da pesquisa.
Ação docente;
Reflexão sobre a práxis pedagógica educativa;
Contextualização entre os conteúdos desenvolvidos na escola de formação com a
de Campo de estudo.
D- METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
Possibilitar o aprofundamento sobre o que é o trabalho do professor
nos
Centros
de
Educação
Infantil
e
nas
Escolas
do
Ensino
Fundamental.Aproximando-os da realidade, através de pesquisas, reflexões
teórico-metodológicas mais consistentes, pesquisa de campo, observação e
participação em instituições próximas dos alunos como: Centros de Educação
Infantil, Escolas do Ensino Fundamental, instituições voltadas para portadores de
deficiência física, mental, visual, auditivo entre outros. E, caso existam nas
proximidades Educação Indígena, Educação de Jovens e Adultos, Educação no
Campo.
Observação, reflexão sobre os condicionantes da infância e da
família no Brasil e os fundamentos de Educação Infantil, resultando em pesquisas
e observação, quanto às concepções de infância, família e educação.
Análise das artes, brinquedos, jogos, sua utilização nas diferentes
instituições educativas, elaboração de inventários, exposição de materiais
confeccionados durante a pesquisa.
Ação docente nos anos iniciais do Ensino Fundamental, através de
práticas pedagógicas, em que os futuros professores poderão contextualizar e
vivenciar os conteúdos desenvolvidos nas aulas e disciplinas que fundamentam o
curso.
Dessa forma será possibilitado ao aluno, além da ação docente, a
elaboração
de
materiais
didáticos,
seleção
adequada
dos
mesmos,
o
desenvolvimento de metodologias adequadas para um bom desempenho. Análise
critica de propostas pedagógicas, livros, materiais didáticos e sua relação com o
processo de ensino aprendizagem.
A reflexão sobre a educação inclusiva desafios e expectativas a
respeito da efetivação, na prática de um ideal de uma escola pública de
qualidade, que acolhe todos os alunos, envolvendo a organização do processo de
aprendizagem por meio da flexibilização e adaptações curriculares (de conteúdos,
métodos, avaliação). Proporcionando ao futuro professor uma visão em que a
escola deve oportunizar aos alunos inclusos direitos de efetivação a igualdade de
oportunidades independente se apresentem diferenças sociais, culturais e
pessoais.
No ensino de Prática de Formação ( Estágio Supervisionado ) se faz
necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe
a sociedade brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira,
buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços
fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e
repõe permanente. Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno
tenha uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e
deveres. Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente,
perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com
a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem
suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no
campo para sua sobrevivência.
E -CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:
A
avaliação
da
aprendizagem
deverá
ser
integrada
aos
pressupostos da proposta pedagógica, considerando o aluno como sujeito
histórico, capaz de estabelecer relações entre o conhecimento apreendido e o
mundo do trabalho, que diferencia da avaliação concebida numa matriz teórica
tradicional e positivista.
Para tanto se deve situar inicialmente a sociedade na qual está
inserida a escola, para que possamos compreender e contextualizar melhor as
suas práticas avaliativas estabelecendo relações com estas mesmas práticas.
As ações que se revestem deste caráter se explicitam quando o
professor considera o aluno como indivíduo que pode e deve, com o seu próprio
esforço,
buscar
as
suas
alternativas
de
aprendizagem,
de
vida,
de
empregabilidade, visando sempre o mercado de trabalho.
A avaliação escolar não deverá considerar o aluno como um
indivíduo, mas como sujeito histórico, capaz de estabelecer relações entre os
modos como o homem produz a sua existência e o mundo do trabalho através do
conhecimento.
A escola deverá ser propositiva, em relação a concepção assumida
em seu Projeto Político Pedagógico, incentivando nos alunos a capacidade de
pensar criticamente a realidade e a partir dela, construir explicações possíveis,
estabelecendo relações que lhes dê a condição de atuar política e produtivamente
de modo a transformar a realidade; assumindo uma avaliação formativa, inclusiva,
que não legitime o autoritarismo e, integrada às práticas pedagógicas, que
priorize a especificidade dos processos formativos dos alunos.
Não se pode perder de vista a necessidade de um trabalho conjunto
e interligado que se concretize interdisciplinarmente na aprendizagem, de modo a
não se caracterizarem dois processos distintos e desvinculados, ou seja, duas
educações a regular e a especial.
Assim, a avaliação será concebida como um processo contínuo e
como parte integrante do trabalho educativo, estará presente em todas bases de
execução do plano de ação.
Através de trabalhos de pesquisa, debates,
expressão oral e escrita dos temas elaborados, estágios de observação e
participação, prática docente, confecções de materiais didáticos, análise de
textos, pesquisa de campo, pesquisa bibliográfica, projetos, seminários entre
outros.
F- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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MARX, K Manuscritos econômicos - 1984 IN: MARX. Coleção Os
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1995.
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PARANÁ. SEED.DESG.Educação, Trabalho e Cidadania. Série Cadernos do
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PARANÁ.FUNDEPAR. Magistério para as Séries Iniciais do Ensino de 1.° Grau.
Anais de Seminário. Curitiba: SEED-PR, 1983 (Organizadora: Diretora da
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PARANÁ.FUNDEPAR. O Ensino Normal no Paraná e os Recursos para o
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PIMENTA, Selma Garrrido (org.). Didática e formação de professores: percursos
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BRASIL. MEC. CEB. Resolução CEB n.o 2, de 19 de Abril de 1999. Institui
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BRASIL. MEC. CNE. Parecer n. ° CES 970/99, Curso Normal superior e da
Habilitação para Magistério em Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino
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os programas especiais de formação pedagógica de docentes, 26 de junho de
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BOCK, Ana Mercês Bahia. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia/
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LDB interpretada: diversos olhares se entrecruzam/Iria Brezezinski (organizadora)
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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA -LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA
CELEM - ESPANHOL
O ensino de língua estrangeira no Brasil teve início com a prática do ensino de
Língua Portuguesa, pela Igreja Católica no século XVI. Baseado em textos
sagrados, tinha como objetivo cristianizar os pagãos. No entanto, até meados da
década de 90, seu objetivo estava longe de permitir acesso à informação. Ao se
apropriar de uma nova língua, o aluno não se apropriava também dos seus bens
culturais.
A preocupação evidente era assimilar os aspectos gramaticais
necessários.
Após a publicação da LDB, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira
moderna passou a se constituir um componente curricular obrigatório a partir da
quinta série do Ensino Fundamental. Desta forma, o ensino da LEM deve
assegurar ao aluno do Ensino Fundamental e Médio a formação necessária ao
exercício da cidadania. Nesta perspectiva, encontramos no âmbito da LDB, as
Línguas Estrangeiras Modernas recuperando, de alguma forma, a importância
que durante muito tempo lhes foi negada. Consideradas, muitas vezes e de
maneira injustificada, como disciplina pouco relevante, elas adquirem, agora, a
configuração de disciplina tão importante como qualquer outra do currículo, do
ponto de vista da formação do indivíduo.
Em consonância com a LDB as Diretrizes Curriculares Estaduais para Línguas
Estrangeiras do Estado do Paraná, (2008: 15), propõe “ que a aula de Língua
Estrangeira Moderna constitua um espaço para que o aluno reconheça e
compreenda a diversidade lingüística e cultural, de modo que se envolva
discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em
relação ao mundo em que se vive.”
Desse modo, dentro da perspectiva de língua como discurso, ensinar línguas
estrangeiras é ensinar procedimentos interpretativos determinados por culturas
outras que não a cultura da língua materna; aprender uma língua estrangeira é,
por sua vez, aprender procedimentos interpretativos de construção de sentidos,
de percepções de mundo diferenciadas. Nessa linha de pensamento, deixa de ter
sentido o ensino de línguas que almeja apenas o conhecimento metalingüístico e
o domínio consciente de regras gramaticais que permitem, quando muito,
alcançar resultados simplesmente medianos em exames escritos. Esse tipo de
ensino, que acaba por tornar-se uma simples repetição, ano após ano, dos
mesmos conteúdos, cede lugar, na perspectiva atual, a uma modalidade de
aprendizagem significativa que tem como princípio geral levar o aluno a
comunicar-se de maneira adequada em diferentes situações da vida cotidiana.
Portanto, o conhecimento de ao menos uma Língua Estrangeira é hoje um
requisito para o exercício de uma cidadania plena, não apenas para os alunos em
fase escolar, mas para toda a comunidade. No entanto, mesmo as distâncias
físicas sendo encurtadas pelo uso das tecnologias, é fato que as distâncias
sociais vêem aumentando, e é preciso pensar na construção de alternativas
concretas que levem à iniciativas de democratização em todos os níveis, tendo
como principal ferramenta a educação.
O Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola – Ensino Fundamental e Médio
insere-se em um contexto social de uma comunidade com nível sócio-econômico
variando de médio a baixo. A maioria dos pais e jovens trabalham no corte de
cana, uma das únicas possibilidades de emprego na região. As famílias
demonstram ter preocupação com os valores morais e éticos desejando que seus
filhos possam ser conscientizados sobre estas questões, como também almejam
que tenham oportunidades diferentes de ensino/aprendizagem que eles não
tiveram.
A comunidade, devido à carência econômica e impossibilidades de acesso
aos bens culturais, necessitam de oportunidades para a
superação da
desigualdade de acesso ao conhecimento, que é um aspecto relevante quando
falamos de uma realidade tão excludente quanto à desta cidade.
Os professores e funcionários da escola estão sempre em busca de
formação, o que nem sempre é possível e, para eles o aprendizado de uma outra
língua da comunidade global torna-se uma qualificação básica, tanto para sua
carreira acadêmica quanto profissional.
Nesta perspectiva pretende-se, ao oferecer o curso de Língua Espanhola, superar
esta falta de oportunidade para educandos, professores, funcionários e membros
da comunidade, bem como ampliar o universo de ofertas e possibilidades,
oferecendo-lhes condições para que isso seja efetivado.
2. OBJETIVOS
- Usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;
- Vivenciar, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe
possibilite estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
- Compreender que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto,passíveis de transformações na prática social;
- Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
- Reconhecer e compreender a diversidade lingüística e cultural, bem como seus
benefícios para o desenvolvimento cultural do país
- Fazer uso da língua alvo em situações significativas e relevantes, de modo a
promover a inclusão social do aluno na sociedade.
3.CONTEÚDOS
Os conteúdos devem estabelecer uma relação direta com a realidade da
comunidade escolar, aplicabilidade dos conhecimentos e oportunidades de
ascensão social. Para tanto, utilizamos os seguintes:
3.1 CONTEÚDO ESTRUTURANTE
DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
A língua é discurso e discurso é uma prática social. Diante dessa
realidade,as diretrizes curriculares do Estado do Paraná, com fundamentos
teóricos metodológicos na área do discurso como prática social, contribuem para
uma melhor compreensão da sociedade em que vivemos, bem como de suas
práticas letradas,levando à conscientização de como os textos auxiliam as
pessoas na realização de tarefas profissionais e cotidianas. Cientes desses
processos, as pessoas tornam-se mais capazes de desenvolver uma consciência
crítica e, a partir daí, transformar-se em cidadãos ativos e modificadores das suas
realidades.
3.2 CONTEÚDOS BÁSICOS
Leitura
-Interpretação
observando
conteúdo
veiculado,
fonte,
intencionalidade
e
intertextualidade do texto.
-Linguagem não verbal;
-Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários.
-Interpretação observando:
conteúdo
veiculado, fonte,
intencionalidade e
intertextualidade do texto.
-Realização de leitura não linear dos diversos textos.
Oralidade
-variedade lingüísticas
-Intencionalidade do Texto
-Exemplo de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada em diferentes
países;
-Elementos extra-lingüísticos: gestos, pausas.
Escrita
-Adequação ao gênero:
-elementos formais e marcas lingüísticas;
-Clareza de idéias.
-Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.
-paragrafação;
Análise Lingüística
Coesão e coerência
-Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras interrogativas;
substantivos,preposições, verbos, concordância verbal e nominal e outras
categorias como elementos do texto.
-Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
-Acentuação
-Vocabulário.
Gêneros discursivos
Carta, bilhete, textos midiáticos, textos informativos (cultura Espanhola),
música, poesia, jornal, diálogos, receitas, propagandas, rótulos, folhetos, charges,
tiras, lendas,piadas, provérbios, fotos, gráficos, quadrinhos, filmes,jornal, entre
outros.
4. METODOLOGIA
A metodologia deve valorizar a construção do conhecimento a partir da
interação com diferentes sujeitos e situações, que permitam ao aluno atribuir
significados a diferentes ações, diálogos, vivências e conteúdos. Para a
construção do conhecimento, o sujeito é ativo, para Vigotsky, este mesmo sujeito
não é apenas ativo, mas interativo, porque constitui conhecimentos e se constitui
a partir de relações intra e interpessoais. Desta forma, o discurso como prática
social será a ferramenta mais importante desta opção didático-metodológica.
Assim
na
Prática
de
Leitura
de
texto
serão
utilizados
diferentes gêneros: carta, bilhete, e-mail, textos informativos (cultura Espanhola),
música, poesia, jornal, diálogos, receitas, propagandas e rótulos, bem como
materiais
diversos
(fotos,
gráficos,
quadrinhos,
filmes,jornal,mensagens,computador,internet....) com fins de interpretação de
textos. Para análise dos textos serão levadas em consideração a complexidade
dos mesmos e as relações dialógicas. Questões que levem o aluno a interpretar e
compreender o texto, utilizando-se a
interpretação e tradução de pequenos
textos, fazendo-se a observação do conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e
intertextualidade do texto serão fundamentais para que o aluno possa conhecer e
utilizar a Língua Espanhola como instrumento de acesso à informações,podendo
fazer a intertextualidade e inferências sobre informações implícitas.
Na prática da Oralidade serão feitas análise dos recursos próprios da
oralidade, através de diálogos, na apresentação de textos produzidos pelos
alunos e seleção de discursos de outros como: entrevistas, cenas de desenhos,
reportagem. Outro recurso a ser utilizado será a dramatização, pois através deste
recurso o aluno pode perceber que não basta apenas falar, precisa-se saber
como falar em determinada situação, além disso,com a dramatização o aluno
adquire auto-confiança para que
possa assumir a palavra diante de outras
pessoas com a segurança necessária para se fazer ouvir.
Na prática da Escrita, sabendo-se que para a sociedade atual não basta
que o indivíduo reconheça e reproduza os signos que formam a palavra, pois
isoladas e fora de contexto não bastam, será necessário que o aluno seja capaz
de, não somente compreender e interpretar textos mas
criativa e crítica. Para isso será necessário uma discussão
produzi-los de forma
sobre o tema a ser
produzido, leituras de textos sobre o tema para se chegar à produção textual.
Após este trabalho é preciso que seja feita a Reestruturação e reescrita do texto.
Na
prática
da
Análise
Linguística
serão
realizados
estudos
dos
conhecimentos lingüísticos a partir de gêneros selecionados para leitura ou
escrita de textos produzidos pelos alunos, observando-se as dificuldades
apresentadas pela turma. Os alunos e professor farão leitura de textos diversos
que permitam ampliar o domínio da língua. Os textos serão analisados visando
reflexão e transformação.
No ensino de língua Estrangeira Moderna (ESPANHOL) se faz necessário
valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade
brasileira, não esquecendo do trabalho com a Cultura Afro-brasileira, buscando
integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais
a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe
permanente.Também contemplando a Educação Fiscal pra que o aluno tenha
uma formação adequada de sua cidadania, conhecendo seus direitos e deveres.
Com relação à Educação do Campo esta deve também estar presente,
perpassando os conteúdos com o objetivo de se fazer uma contextualização com
a vida do educando, já que este deve compreender que mesmo quando não tem
suas atividades de trabalho na área rural todos dependem do que é produzido no
campo para sua sobrevivência
5. AVALIAÇÃO
A avaliação deverá centrar-se na dinâmica das relações que se
estabelecem no espaço da comunidade, da escola e da sala de aula. Será levado
em consideração a capacidade de participar, desafiar, investigar, contribuir com o
grupos somando
com o outro, criticando, tomando decisões, desenvolvendo
comportamento.
A avaliação acontecerá durante todo o processo de ensino/ aprendizagem,
levando em conta critérios como o diálogo, a negociação e o uso de instrumentos
avaliativos adequados às finalidades do curso, sendo eles: Leitura compreensiva
de texto, projeto de pesquisa bibliográfica, produção de texto,palestra ou
apresentação oral, experimentação, projeto de pesquisa de campo, relatório,
seminário, debate, atividades com textos literários, atividades a partir de recursos
audiovisuais, trabalhos em grupo, questões discursivas, questões objetivas. Estes
instrumentos irão se articular as avaliações diagnóstica, continua, formativa e
somativa . A avaliação, enfim, se constituirá em instrumento eficaz para o fazer
pedagógico, pois ao expressar os níveis de desenvolvimento dos alunos, oferece
uma visão importante sobre a qualidade deste ensino: valores, habilidades,
hábitos e conhecimentos conscientemente internalizados.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressas em uma
escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero) e serão considerados aprovados, os
alunos que apresentarem freqüência mínima de 75% do total de horas letivas e
média final igual ou superior a 6,0 ( seis vírgula zero).
Além disso, será oportunizado ao aluno a recuperação. A recuperação de
estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino e
aprendizagem. A recuperação será organizada com atividades significativas, por
meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados. Os resultados da
recuperação deverão ser incorporados às avaliações efetuadas durante o período
letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Brasília, 1996
CALDART, Roseli Salete. Por Uma Educação do Campo: traços de uma
identidade em construção. In.: Por Uma Educação do Campo: Identidade e
Políticas Públicas. V. 4. Brasília, 2002, p. 25-36.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.
Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos Temáticos: Educação do
Campo – Curitiba – SEED, 2005
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação.Superintendência de Educação.
Departamento de Educação Básica.
Diretrizes Curriculares para os Anos
Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Curitiba, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola
Pública do Estado do Paraná. 1992.
... PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.
Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos Temáticos: História e Cultura
Afro Brasileira e Africana – Curitiba – SEED, 2005/2008.
PARO, Vitor Henrique. Gestão Democrática da Escola Pública. Editora Ática, 3ª
ed. SP. 2004
VALENTE, Ana Lúcia. Educação e Diversidade Cultural: Um desafio da
Atualidade. Editora Moderna. SP, 1999
VEIGA, Ilma Passos Alencastro (Org.). Projeto Político Pedagógico da Escola:
Uma Construção Possível. Editora Papirus, 20ª ed. Campinas – SP 1995.
VYGOTSKY. L.S. Pensamento e linguagem. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes,
1989.
WEISS, Donald H., 1936 – Como se relacionar bem no trabalho/ Donald H. Weiss:
tradução Reinaldo Guarany. – São Paulo: Nobel, 1994.
http://pessoal.educacional.com.br/up/50280001/2902237/O%20Ensino%20de%20
L%C3%ADnguas%20Estrangeiras.pdf
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Atualidade. Editora Moderna. SP, 1999
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e%20L%C3%ADnguas%20Estrangeiras.pdf
http://www.naya.org.ar/congreso2002/ponencias/cristiana_tramonte2.htm
PARECER Nº 01/2010
FÊNIX, 11 DE NOVEMBRO DE 2010
DO DIRETOR DO COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA –
ENSINO
FUNDAMENTAL,
MÉDIO
E
NORMAL
ENCAMINHA
À
COORDENADORA DA EQUIPE PEDAGÓGICA DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO
DE CAMPO MOURÃO, MARIA CRISTINA DE LIMA POLIZER, PARECER DE
APROVAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR.
Informamos que, após análise e acompanhamento dos dados solicitados
pela Equipe Disciplinar do NRE, no que se refere às sugestões e correções de
cada disciplina, a direção e a equipe pedagógica deste estabelecimento, é de
Parecer Favorável a aprovação da Proposta Pedagógica, atendendo as
orientações emanadas da SEED/NRE.
ATA DE APROVAÇÃO DE APROVAÇÃO
Ata da Reunião Plenária para aprovação do Projeto Político-Pedagógico,
realizada no dia seis de dezembro do ano de dois mil e dez no Colégio Estadual
Santo Inácio de Loyola – EFMN
Às vinte horas e trinta minutos do dia seis de dezembro do ano de dois mil e dez,
atendendo convocação da Diretora Ana Carolina Casalvara dos Santos, reuniramse os membros da Comunidade Escolar para realizar análise e aprovação final do
Projeto Político Pedagógico. A Diretora iniciou a reunião ressaltando a
importância da participação de todos os segmentos do processo educativo para
construir uma visão global da realidade e dos compromissos coletivos, continuou
esclarecendo que o mesmo alicerça o trabalho pedagógico escolar enquanto
processo de construção contínua, pois é através do mesmo que se faz possível
direcionarmos as ações dos educadores e dos educandos no decorrer do trabalho
educativo e isto implica o esforço coletivo e participativo. Logo após a Diretora
explicou que foram feitas alterações no mesmo, portanto fez-se necessário nova
análise e discussão. Diante da exposição feita todos concordaram com as
mudanças realizadas e concluíram que por ser uma construção coletiva o mesmo
articula a prática da participação e elimina o individualismo, buscando desta forma
uma gestão escolar democrática e assim promover o sucesso escolar. A seguir
em votação o Projeto Político-Pedagógico foi aprovado por unanimidade.
Agradecendo a participação de todos deu-se por encerrada a reunião e nada mais
havendo a tratar, eu Rosilene Candido de Azevedo, professora pedagoga lavrei a
presente ata que será assinada por mim e por todos os presentes.
Em tempo: onde se lê Comunidade Escolar, leia-se Conselho Escolar
Cópia fiel do livro ata página 47
ATO DE APROVAÇÃO DO NRE

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