junho de 1879.
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r JUNHO DE 1879. jp»»lWW'iJW*lWWW"yW^'A'__^ tãta^t;a-^vs^-^a-^-vv-w^a-^-^a-^a-'?^^^^ ^ _,x^>„/k>&^A,»l.^..i;.AAA.A^A,.^/-.^^^ O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO. REVISTA INDUSTRIAL. \ H Junho, 1879 , A \ AGRICULTURA, MINAS, MANUFACTURAS, CONTEÚDO MECHANICA, DO MEIOS NUMERO DE PARA TRANSPORTE COMMERCIO. E JUNHO. Pagina 1'r.glnn An. inlii. mechanico a Cavallo ffliistnaâo) 161 Conservação de Fractas e Vegctaes 161 . Sertiim Paliuarum 161 O Aço Bessemer na Europa e na America O Maior Martinete a Vapor do Mundo Novas Ligas metallicas '.. A Wehvistcliia Miiabilis 162 162 Conservação das Florestas Decreto sobre Locação de Serviços 163 . 164 Colonisação Ilusso-Alleman 164 Os Melões 164 Que Patriotas! Prensas tle Algodão (Hlustrailo.) 165 Constituição do Mel de Abelhas 165 Vegctaes produzindo Doenças Drenagem do Lago Tecino As Obras publicas nos Estados Unidos Lavagem das Fibras vegctaes Fabricação do Papel alastrado.) Utilização do Graphito Preservação da Madeira contra o (insano Exploração de Carvão de Pedra e outros Mineraes... 185 Novo Contracto com a Companhia do Gaz 185 E. de F. do Sobral 185 E. de F. para Matto-Gfrossò 185 106 166 167 171 172 177 177 E. de F. em Guatemala Caminhos de ferro aéreos Telegraphos subterrâneos 185 186 186 Cravar Postes telegraphicos Trabalhos hydraulicos na Barra de Cabo Frio Conservação do Ferro 178 Estanlio phosphorado Eleetro-plate de Zinco 178 178 Commercio americano com o Japão Banco do Brazil 178 Annuncios 178 índice do Vol. IV Dvnamita nas Pedreiras de Ardosia '. DE Publicado Bellas-Arte * mensalmente em New York, E.stadps Unidos. PREÇO, 15#000 O. AGENTE Esoriptorio, '*• JPOR AJNTVO. m>JSkmm,MM.\^2 "t. _SP G. E It, A. I_. __Flx___ Direita ISO 186 186 191 llfrrobuü Jlhtstntbo e 186 187 178 Litteratura 186 187 187 O NOVO M UNDO olitica, 179 179 Gaz Globo 180 Apparellios e Ferramentas de Sondagem 180 Patentes de Privilegio 184 Raça Cavallar no Brazil 185 Progresso do Systema métrico 185 Barra do Rio Grande Systema Monetário internacional Concessões de Privilegio Economista Brazileiro 179 B __________ __ 11__, ___T__>. 417, __=-_.!<__ c_l© Janeiro. Junho, 1879. O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO. ORÇAM BEATTY 0 MELHOR QUE HA.J-l^JH^-^B 0 PIANO jpj 0 MELHORQUE HA. Orgam de $375 com 13 registos, por só $97. ~—^¦ ^mW mmm^mmm'^m^^aÍYmmlÍAmW $97.00 ^^~—""—— WI?;ji «¦^»*i»»*m»*m*»mW»l»»mjI»»»-») ^mmv9»M BVfll ¦', j_ii.i'ilg ¦..¦¦¦ JB^iHiimfBBi /»8l^^»&'»l»»»^''BffSlí^ll ^3sjM^jp^B"^»^gj^^^^^^Hp||»Bg^ >J i |Bss5Br»Z]31BH BIBWwMBMtir 3a II r^XIiH i^m» il Hl ' ! VV Si' flVKff mWtMmmmllW ¦ ¦*?#'»? fiD ¦///ABalm ¦'!¦ nilMI 'JhS //At A ^vi >i P35f K'¦ Ciliar illustrafln, sobre o custo tle Orgams o Pianos.—Dirijum-se aj O preço por que em geral se vende este bello Orgam 6 de 37S dollar». O meu ultimo preço tx.r atacado tom sitio de 105 dollar». Mas toudo resolvido a fazer todos ver me..» instrumentos celebre» para que p-ssam fazer juizo seguro n »••.. respeito, oflbreço esto modelo lindo nos leitores deste (ornai uo preço de SO* l»T IHll.l.AKN. I3F* Kl» a descripção deite Instrumento mnirnilti-o: Or* gama de ItViitl),raivlo No. 91 OO. Obolloèítylo Olli.-o do nrchitectura da cnixn n recom.neudn loco ft primeira vista nos entendidos nn matéria. Dimensões: Alturn, 71 pollegadns; Largura, 48 pol.j Fundo, 21 pol.j Pest., enciixotiido, mais tle 350 Ibs. Tres (.i) joifois «it- vozc». 4'iii<o.;">)Oilnviia. Treze (13) rogiaioN, (I)Orwnni iiramle. (t|) Porte principal; l.'|) Duloett; (4) Diiipnsão; (f»; Oboó; (6) Prltioipal; (7) Voz humnnn; (fc) Fra.ita; (O)ltabeca; (IO) Diilclann-, (II) Ecbo; (Ir*) Vosr. celcmet (13) Clnrineta Válvula do crescendo tle Beatty, operada com o joell.o, e a celebre válvula nova e aperfeiçoada de crescendo, de acção dupla, de Beatty, • •per.idu.-.iii-. o joelho. A caixa é do nogueira massiça, folheada, e acabada no melhor eoljrl* dn une. o ultimo ,preço deste instrumento, que garanto por G annos, 6 yC3r* Me $97. Não tenl.o agentes, o por Isso o posso vender a preço tão dimin.it». Mandem as ordens .mmediatamente. Nossos pianos dt; _ jacarandá a $ 1 t>r>. íM íií>. !? I .lõ e miais. K.mettu a quem n pedir, com o porte pago, unia grande cir- DANIEL 1? RE ATT Y, Washistgton, JVetc Jersey, E. V. .1. ry MOSTREM ESTA OFFBRTÀ AOS VISINHOS. ^j BEATTY E o homem ne negocio iiiai» bom »ucaedido no inundo. 0» celebre» PIANOS o ORGAMS de BEATTY são reconhecidos corno o» iustriimento» inelliore» e mal» perfeito»que no no mundo, odiimnta os ultimo» mezes o numero dos que ollo vendeu foi quasi quatro egunl ao do* que quaii todo» os outros fabricante» Junntnconseguiram vender. Ha oito anno» Mr. Ileattv ... mente °n0.e\V..0 •em e h°Je ,UM vcndn" rhe'*»m ft ¦nlInnM» do contos por anno, e em?ftp,,al il]9nm< VT'"1? quelxam-ie n?,™,? qiin.it o» oulrti»2°rfabricante» do pouco quo teem que fazer, Mr. Beatty «noontra multa •n«,t*Vnondn» H»" fecobe. Este 6 o resultado da attenção quo presta a seu negocio, .to difflouldnde sou lyitema HkLSi Io Judiciou» iw u Ií" do diinnunolni-o, liberal a sua energia, e, sobro tudo, da qualidade superior de seus Pianos e Owarn», que vende a retalho pelos preços de atacado direotamente no publico, sem empregar nenhuns agente» Uaterme' Lei;i;»e B g,m '•flort* "«"> c#T"»l. lelta por um t*m|>o llmitndo.-Extrataido do Star. i^ü'.. n,i,'"ire'1 ,,e r*»ioM "M'u P*»'* « na Europa em cuja» família» usam do» celebre* urgam» e Plano» de Beattv r^MBndem vir desde ja umu longa serie tio recoramendnçõe» destes Instrumento». "ti"1* •m l"" f,>,rel" onMmmendado* dou» ou mais Orgam» ou Plano» no mesmo tempo f«rií^i^-.7.Vi-,~„ • *f cm al*um "I"1 *****»> »°»'ro um só Instrumento. Aquelles que o T,0 <0, ftM 1 ,i.^. ,? í',f con. o Instrumento também uma linda cadeira paro pedirem piano o Li™ deílKcjKA* Bwttt r"«e"eriío GRANDE PIANO DE 3IEZA, DE $1,000, <'0M TREZ CORDAS, POR $255. 10 ^1 ^^^ uk I ~^*mm» Este produeto lindode pureza iricomparavel ó muito saudável, delicioso e econômico, e 6 superior a outro qualquei- fubá ou farinha de milho. AIAIZILLA É 0 ÚNICO PRODUCTO deste gênero que 6 usado e APPROVADO PELOS MELHORES COSINHEIROS DA FRANÇA, e esses fuzem com ella seus HKmVHH.sH Of I M CELEBRES PRATOS DE SOBREMEZA. TSSL alzilla. Os 8u. H. A. (írtiber, do Rio de Janeiro; F. Olivieri, da Bahia;, le Lailhacar e Cia., de Pernambuco, e Alineiila e Fialho; do Parti, darão amo trás gnituitiuiiente e acceitarap encornmèiidãs. PRELOS ig ^ RH u tí| ^^ ^^ iWM cJflB-*»^¦«f *¦— KJâ^^LW^Sr '~v*^:''' z::?ffpZ~jj^-' ~ " -* Sm U vi DANIEL 1^. BEATTX. mm WÊ d ^h bb ^Êm & '?•-- |WS^K^SsWVvHsBfl»HsS9jr^ fsj Wasl.inglou, New.íersey, EIVA. MATADORES e CONSERVADORES de CARNE de VACCA EM LATAS.-OARNE DE VACCA CONCENTRADA E ASSADA. 187 Também Carne de Vacca salgada sem Ossos, Línguas e Tartaruga em Latar CONGRESS STREET, BOSTON, Mass., E. Ú. A uoS,s?on„^ escolhido d„s grandes manadas doS campos E acon.lic.o..a,l.i com o maior cuidado e.n lnta»s de iblhn, contendo duas libras, seis librns e quatorze * «f"1^ <1,,e 6 8ftn e 8nudave1' 8e,1(l0 oo»«enrada sem que se* lhe ajunete nenhuma subsian^cSm. 6 1*,nrB- ° de «?08t0 superior no da carne de „„ uCl,"í',SK'lm i?'Je ?nlt0 gado que loi transportado vivo pára o meroado. E aeondicionuda sem ossos oa cartilfiy;em, e 6 coshla por um processo do nSênt? e t0d° ° SUCC° Uft C"r,ie Sfl° -nservadol. Estft semp^Sa^ llflMuf^o1^1^0 Para .Ilustrar a economia deste alimento servira este facto : Uma lata de duns libras contém «nta carne como um pedaoo.de seis libras e uma terçja comprado nos açotígue Fe^a» « us tatus hiuis maiores «luantuladcs em proporção. CADA LATA B' GARANTIDA "V"»»•««, cá^r^t^^nZÍ^t "• A> Gn,ber' U,U ' e •r,lneÍrü: ^ °UVÍerÍ' B'lhin= De Lailh«c- • Composição americana para rolos. DA APPARELHO PARA IMPRIMIR. Para conveniência daquelle» que não tiverem typo», tineta e muis material imprimir ,emo8 lmPnmlr' temos ""nP™ semnrn promptos quatro diversos npparelhos sortidos, que servem para qualquer do» prelos!para Mo. 1» Mo- 30 dollars. No'í' I W • »aBliii^mv' '.'''ri rr» Ir" ': l mmmvIHmW'1 ií " I ASHiBai''.!-1!1!1'!! fJ1'¦': f V.mmrmnW [DIIIIH i lii'ÍD»B |H lamm 1*m mmmWw^ZÍ^M mmW*—iWmmm\lm\.' ! Kl. »mmmm ^mmmrmmml i^jmjlj VWWgmj^Miiwim wm 0 Prelo "Young Ameica. " 60 dollars. Consta de 12 Jogos de typos, gabinete de oaixa»«nota» preta, roxa, azul o verde, cortador trelinhas, escova de prova», bronze de ouro ede en, prata e o mais material do No. 2 em grande variedade. No» :.. ioo dollars. Consta de 20 jogosde typos, caixas o estante e ias, don» componedores, trez galeras, tinota»para de dlverja» cores, bronze», colla de ouro, entrelinha», guarnição eto. em variedade maior ainda. PAPEL 110 175 No. 1, rama, 2J x 4 pol'g.; " No. 4, rama, 7 x 10 pul'g.j peso, 135 Ibs. 45 dollars peso, 22 Ibs." 15 dollars " 4 x 6 " 2, " " 5, " " 45 20 " V 8 xl2 200 " 60 " 110 " 35 " 6 x 9i " 3, " " 9Jxl4} " " 6, •' 320 " 90 " Um dollar regula ISOOOréis. com o cambio a 27d. Com oada prelo vão duas ramas, dous jogos de sabugo de rolos, nm rolo de mão, um molde para rolos e uma chare de parafuso. Estas peças são incluittas nos preços acima. Ramas de sobresalente fornecemos aos seguiute* preços: para Prelos "United States," No. 1, 75 centavos; No. 2, 81.25; No. 3, $1.50; para PreloB "Young Amerioa,"No. 1 30 centavos; No. 2, SücentavoB; No.3, 75 centnvos; No. 4, §1.00; No. 5, $1.25; No. 6, gl.50. A e«te» preços entregamos os prelos em New York, encaixotados e promptos para embarcar. dollars. Consta de 8 jogos de typos, de caixa», tinotas preta e roxo, entrelinhas, gabinete regreta» ornamentae», oomponedor, regreta» de latão, tarja, galera, pinças, maço, aplainador, guarnição, eto, No. 1, rama, 16 x 91 polg.; peso 267 Ibs. 80 dollars 345 700 15 Consta de 4 Jogo» de typos, de caixa», tinota preta, entrelinha», regretasgabinete ornamentaes,componedor, regretas de latão, tarja, galera, pinça*, maço, aplainador, bandulho e guarnição. LISTA DE PREÇOS. O Prelo "United States." O Prelo "Young America," m%mW Orande lr*inno de Mezft, de Beatty, Estylo Xo. 202:i. mar/nifloa "'" de Jacnrnndé Ele<mntemente acabada. CORDAS TRÍPLICES. Peso, encaixotado, mais Caixa de 1.00Cm Septe oltev™» e íma S Escala plena . e Rgrnfle. Ca.xa de jacarandá, quinas arredondadas, peruas e lyra ent. ll.t.d.is li ulL ente ser I>«nt.n., e molduras pesadas todo uo redor da caixa, as costas acabadas como frente. SernwtlM nova Sm armação a mais moderna de Beatty, barras e traves de amparo extra, escala anova melhorada, basso cruzado grande acçao franoewi, pedal entalhado, molduras de Jacarandá mnssiço, teclas de marfim, martelos coberto» t.plo de agraíP^todps os aperfeiçoamentos que de qualquer modo melhorar o instrumen o 4o Planou podem magniílcos. t^Oarant... plena por seis nnnos. O preço a retalho, geralmente podido por um ins rumento com,, estes pelos «gentes monopolisatlorcs 6 de 1,000 dollars. Venderei estes instrumentos magnífico" en" caixotados e entregues a bordo da vaguo tle estrada tle ferro, (l &• razão de 255 dollar» por cida um. Podei* fazer a ençommenda por carta ou pelo tolegrapho. CiTNovos Orgams dn Gabinete n $65 .475- ?85 a ?410 Remette. '"" ^"^ mmtm,hl Cünten,lü í?"lm,e ^P1" d« it»for..„.ção sobre o custo de Or^nst^iaüos.'1 D^rn-Fe a' 1 mI^^Sk^WI 8x12 10x15 ¦ w° w mm^mw ^*m^Mmam^B^m^mWWr--lz^^"^'"~'''-^^~^^ o C0Dserva-8e P°r annos em lunlouer clima e podo ser refundida muitas veze». Preço, 50 centovos8r"r°í>bnP0BÍÇri" 35, MURRAY STREET. NEW YORK, E. U. 3, ^ -» AMERICANOS. Chama a attenção do publico para os grandes melhoramentos Que introduziram nos prelos, simplificuram muito a sua construcção que e reduziram o seu preço. Além dos prelos mencionados neste annuncio fabricamos lambem outros, dos quaes achar-se-ha uma descripção talhada na Circular illustrada que distribuimos degratiiitamente. Os que se acham representados nestas ^m>»ms»Mi!.»»l »m\ JM .gravuras foram escolhido» por serem o» que são mais adaptados as necessidades do publico em geral. O seu módico preço e sua simplicidade o* reoommendam não so ao typographo como tombem aos negociantes, ás instituições publica», as associaçõe» particulares, ás famílias e aos indivíduos, oomo fonte de lucro, instruo wt/tk,'mT^vmm\ Mmlr-M H çaoou divertimento. Sendo negociantes de toda a casta de material para I (»»w»r^»l<S^9 typographins, inclusive typos, tinta e m¥0l V^»»»\ papel, podemos sapprir aquelles que o quizerem aos preços mais baixos do mercado. Com enda prelo empacotamos, a pedido, um sortiuiento de typos, tinota e outro material necessario para operar o prelo com bom resultado. Quando assim nos for pedido, mandaremos os typos com os accentos portnguezes. jggggg*'- Os prelos exportados vão encaixotados ,ga—" . cuidadosamente, oom as partes expostas ao enforr"gttiar-se bem S^saiUIperigo<ie s^s^^Psebo, e fazemos o que nos fòr cobertas de ' posshrel para ¦*'"¦• QUO os prelos cheguem a seu destino feg^.-^^S:. ptomptos para uso immediato. 0 Prelo •'United States." «M*V ""^AJÉH»»»fc.- ""~-^==^ at> aives rassss Oo. \»»\ ^jJJtillliMI Lm~» m vIA^ í^B^^v . .^jps«ã--* >^- ~- A YOUNG AMERICA PRESS CO. SUCCE880RA ¦wZ'>jSI1>!1BIh1SK4SV - HOSTON BÊEF PACKBG COMPANY. Oljaolxxxxati, Olxio>, si; XJ- ^SsflsOVlíSHswVfliisl iH^fe mkw K 5535 cc g Bi A. ERKENBRECHER, II 111 DE IMPRIMIR E CARTÕES EM BRANCO. Temos sempre em ser de papel de imprl mir. de diversas espécie»,pacote» a 10, 20 e 30 dollar» po Pacotes gortido» de Cartões de annuncio pacote. de endereço e do visita, tanto de como ordinários, para se imprimirem, phantasia contendo oada 59 diversos pacote padrôe», a 5 e 10 dolior» por lote. r Instrucções completas accompanham oada Prelo e sortimento. A YOUNG AMERICA PRESS CO., 35, MURRAY ST., NEW YORK. Para mais informações dlrijam-se fi Agencia do' 'NovoMundo," 47, rua Primeiro de Março, Rio de Janeiro. » 0 <AW0 MUNDO—PKRlODICO li R A/.! LEI RO. IV CAZ-CLOBO PRIVILRUIADO Para todo o Imptriu. l'or Decreto N s» 1 XAROPE PEITORAL DE CEREJA DB A.819. EYEM ter vlrtudet uiali que ciiiiiiount aqutltat priiion* pre|>uraçòe* uiedlclmie» que teem gaulio a Oonfiança frenil e te tornaram c<>iiioqiie Instituições cateimi, mio $6 n'uin paiz Inteiro como* cm multo*. Nessa» jr.^.jirjti,."'."» talvez nenhuma tem opntegujdo manter n lua alta reputação |»>r tanto t.'in|». como u XAKOPK PKITORAI. DE CEREJA IR A vkh que lia quarenta > um iiiim.» coniccutlroí tem provado, por uma limita sério de ciirat ndiniraveit, que e o remédio dente ireneni que tem ((rangendo rtials credito. Coino#sempre elle eontiudn n curar ai Totitê, CVíufijxif.Vj t Dtjiuiãn <3o efllcaamonte como o pode conseguir a perícia médica. Na verdade, o XAKOPK PEITORAL tem, até certo poneto, tirado n uuí moItttlat o teu caracter aterroritndor e, tomado em tampo opportuno, dtaot pacientei privilegio do exempção de teu» effeitot futue». Por isso é que esto remédio deve ettar not armários de toda» h> eatot de família: e desta maneira |x>der -se-ha evitar a estas ultimni inultot sof frimentot e até a morte. Ter sempre em cata o X A RO PE PEITORAL é apenas uma medida de prudência }.iveaçoo. .• r MAHCA IIKfilmiUIiA. A substancia emprejada .regai *i» paru o fabrico do €jtnxí «lobo 6 ¦ Xiiplitli com «qual tacha-M orei«t ratorló collocado na |«rto eateriordo Lampclo; d'ahl date. paru o interior por um tubo munido da tora*Irn « na extremidade enroatrn-teoappartluo quo mil Gaz. 0 preceito para formar o <»H/-f*loho è simples: o calor dispo* o a axometro a receber a N'i»| ih t lui que em ma pmtagem ¦• converta «m vapor, •> ar atino»aniraado no apparelbo phcrleo doue pe<iuenot oriflflui, converte ata* ru\<or mu umporirti egual, ítalo tunarlor no brilho a aa qualidade, ao O AZ l)K CARVÃO. A chamam 6 regulada torneira, uma altunda na por extremidade luperior do bico, qttn te gradria a capricho, dando uma lua eliirm, brilhante• intenta. I"m litro dt PREPARADO 1-KI.o Nnpbtam é suftloiania para 18 homt, dando uma cbamuia da Intensidade de M vclat, podendo «tu tldade duinr mala tempo reduzlndose a forçadn li quanz. LAMPE0B8, I.ANTEItNAS de toda* at formai Cuimico* pnetico* e analyticw, para 1CIA.S, JARDINS, I.owell, Mhss., E. U. A. FAZENDAS, renda nas principaes drogariate pharmaclaanoDrazIl. OPFICINA8, A W. R. CASSELLS & CIA. ESTAÇÕES DB ESTRADAS DE FEKKO. Aventei geraes no Itrtt7.il Pr. }. p. ^YER 8f fo., Cciumnaa e braços dt ferro fundido. «iKA.MUi NORTI9IKNTO dt appnrelhot completos mira u interior dn habituo» «. Rira» Arnndclliie, I.) raia, Fraideailra de 1, 2 e 3 luxe», etc. 1NIC0S POSSUIDORES II. UU1MAKÃES& SILVA, 1. RUA DO SACRAMENTO, 1. RIO DE JANEIRO. AGENTES NAS PROVÍNCIAS: PARÁ ilòumo, Perro 4; Co. PKHNAMUUOO Antônio José .1 Azevedo I1AHIA S. PAULO Kableu .fc Cia. . K. 0. Soaret da Silva. OÜRO-PRBTO REZKNDB li t i , ei i. i Sierra Pereira DA IClt \-M WSA .1. J. da Cotia Silva. CORITJBA S. ilouçiilve» .In Silva. MACAilfl.. J. Item ív Co. 0 A M f 08 .1. DE VAPORES ENTBE KHTAIMM INID08 E O llll\/.ll. Para exactidSo, e perfeição de seu trabalho não ha machina superior â*" "DOMESTIC" DE <L Nilo fatiga, FÁCIL. OPERAÇÃO I Ai A Mnoblna DOMESTIC cuidad6tamente Nao excita os Nervos. é fabricada do melhor material; fax ponato de doiit potpoatos; tem a ttentuo Precisa de pouco ajuste automática que te regula a ai mesma e o tomador, com. tup- Produz os melhores KesuItadOs. portei conleos de aço e eixo Faz o menor itorulho. Precisam-se de compensador. Agentes E* a Machina a mais em todas as Cidades. DIRMAM-SE Á simples, ^DO.HESTIC" 8EWING MACHINE COMPANY, ESCRIPTORIO, BROADWAY & 14th SfKEET, NEW YORK, E. U. A. ESTABELECIDO EM lb2y. IVERMIFUGO DE BAFAHNESTDCK Para St, Tboma», Para, Pernambuco, líio de Janeiro, fazend i connÚSa em St. Tlmina» rum os vupuret para Porto Rico. Jamaica e as ilhas e paizes vizinhos. 0 nuvu va |>or de ferro de primeira classe, COLOR-A.IDO, 24, Praça da Constituição. ' INHA ' A MACHINA DE COSTURA DA ÉPOCHA. AYER Para as moléstias da Qaryanta e dos Pidmôes,taes como Tosses, tíefluxõtts, Corjue(uc/ie, lironchites, Asthmà e Tísica. Junho, 1879. Commamlante U0LOKH, saliirs para oi portos supra-menoloaadot na terça feiro, .'> da Junho, us 3 i.orns da tarde, Recebe enr^a até o dia 3 na Koberft Dock, de mas .6 com ordem do étoriptorio cm New Brooklyn, ' Vork. Para oí que o quizerem nos meimos nos encarregara' mos do eOeottiar o létruro sobre os gêneros reinottidos. Vendem-se liillietes de pastagem pura Iodos os portos aloànçadol pelos vapores intercoloniaes da Coiiipnnhia Real, 0 para Montevlueo e Itnenos Ayres. O frete 6 preciso pairar adiantado Pará frete ou liiissageio. havendo nccommodações olegnntei para pai «Hgeiros, dirijam se a O uniro remédio eflienz para lombrigas em crianças e adultos. Falta de appetite alternando com um excesso delle, somno dessocegado, gemidos e ranger dos dentes durante o somno, são ndicioi da presença de lombrigas, e as crianças estão muitas vezes pallidas c de mau humor só por esse mesmo motivo. iíote-se em particular que os iniciaes são » B. A.," para impedir assim que o reme dio legitimo seja substituído por imitações baratas e incfllcazes. Acha-se a venda em todas as Pharmacias e Boticas. C H. M.ILJLORY X CO., Agentes, Ksrriptorio, New Vork. 1'ier 00, E. H., perto do Eerri Kultoh, tt,. T O jit, Wt JE M WORCESTER, Mass, E. ü, A. ' M FRENCH «- LADIÉS'AND< 1878. EXPOSIÇÃO DE PARIZ. 1878, ¦SATIM PRÊMIO MAIOR E UXICA MEDALHA Concedidos por nina PREPARAÇÃO PARA SAPATOS. r CHÍLDTR3EK? Wl\- ttoits B. F. BROWN ^c CO., jaipa»a»|BppiaMa^»^»^^j^^^^^^^^»»*iy^*^^^^-*H»^,j_^^_M<-jkij-_^i liotttoii, Mass., Pabrlcanteí dos melliores, mais finos ò mais baratos Ássuntadores de Nayallia nos HsUtdoa ! Unidos. A graudo ropntaçío de nossa flrma 6 urra garantia dn Qualidade.de nossos produnios; Nqstaa amoslnia nélinin-sc expostas oin casa de H. A. GRUBER, No. 00 Rua do Hospiclo, Rio dó Janeiro, onde bo podem obter circtilares iHu-tTadas o ii-tns do preços. l/OI ti ba«»i)c. ¦•-• •' ,g li.-11 ^g y* %~~ K. Ü. A. Preparação francesa c Polidura de Setim. K**+- j A Preparação universal para Botinas e Sapatos ; tair. liem para Malas de Couro, Cobertas do Carruagens, etc E' n melhor que ha cm qualquor parte. tDréíONJASi JHHI l|TI«UNMS«<*' Estabelecida em 1349. M. HEMINWAY & SONS SILK CO», TS Rendo &: 99 Cluwcli St., New Yoi-li Fabricautes Seda$ de Co*er e Sedas de Torcida», Fio de Seda da melhor para Selleiros, Jftachina» de ft mfM^nTrn' llSít tN1TI:1)STATE8!fcíll WjajWp/ \l<% CENTENNIAL VÇl]] qualidade, Costura e Sedas para Bordar. OornmlliflO Centenária d.'* Bttadot Unldnt concedeu o primeiro premiu nette rnmo a HKMIN'VAY 4: SONS em raitto dn tuperioridade dot teui artigos sobre oi outroa expostos. 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Sendo muito simples o modo do usal-o, muito grande o numero das diversas doenças que ollo cura radicalmente, e lambem muito grande a somma de dores e soffnmentos que com elle ser alliviada, é obrigaçfto de todos supprir-se deste remédio valioso e guardais sempre á mao. pode Pain-Killer «" o remédio maia certo para o Cholera que a sciencia medica jamais produziu.—Pain-BÜller, como remédio para a Diarrhea e a Dysenteria, raras vezes, ou nunca, falha.— Pain-KÜler cura Oilimbras ou Dores em qualquer parte do corpo. 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Exposição de Pariz cm 1878, pela Uniformidade na Côr o a ^^H to**-, ^^B ^^^ * , ^^^^B,^^^F jB _ ^^B ^^B ^^BsS^I ^^B^l ^V^^Vpr i^^^L^B ^^B^B ^^L^^^L " ^^1 ^^^^^B ~Mm\Yàm^m\\~^Mm^m\mJ^m) ~"^^B ^^^. -~- .^^B I '*i^^B ^^r ^»<^^^BZ\ rMm^m^mw Enttred according to Act of Congress, tn the Year 1872, i> J. C. RODRIGUBS, »'« M.; £"#»« <>////.• L/brarian of Congress, at Washington. NEW YORK, JUNHO DE 1879. VOL. IX. New York, i° de Junho. WILLIAAf LIO VD GARRISON GRANDE Republica americana perdeu a 24 do A passado um dos seus cidadãos mais distinctos na historia do seu segundo meio século. E' ainda muito cedo para se aquilatar bem a posição de William Llovd Garrison nesse período. Mas com o correr dos annos o seu nome realçará cada vez mais brilhante pelos serviços que prestou á seu paiz, á raça negra e á humanidade. Por mais solida que tivesse sido a conquista da liberdade exarada na Declaração da Independência deste paiz, que foi o precursor da emancipação politica dos povos modernos, a Constituição dos Estados Unidos n'um poneto essencial estava em contradicEsse instrumento organisando a Reção com ella. a escravidão dos homens de raça tolerou publica Essa distineção, porém, era consagrada africana. pela moral do tempo. Os espíritos que mais claramente reconheciam que sagrados não eram os direitos do homem perante o Christianismo e o ensino da naturesa, não podiam applicar aos descendentes do Africano os seus princípios, que com tanta firmesa mantinham em relação aos do Caucasiano. O espirito geral do paiz não só mantinha a escravidão mas a julgava até instituição divina. No decurso do tempo, as condições climatericas do paiz e o gênero de cultura apropriada ao solo fez naturalmente duas grandes divisões,—uma, de cultura extensiva e outra de intensiva. O negro foi sendo ali necessidade de primeira ordem. As riquesas que desenvolveu o seu trabalho e a concentração de capitães nas mãos de poucos foi criando uma especie de olygarchia que a seu tempo tornou-se intolerante e cada vez foi ficando mas sequiqsa de comCom o crescimento da pleto commando político. foram vendo, mas mui espíritos alguns Republica mal duplo, pois escravidão, mal da confusamente, o também como não só opprimia o escravo punha cada á vez em maior perigo as instituições, proporção que se tornavam mais poderosos os interesses materiaes e políticos, supportgdos pelo escravo. Alguns pediam a emancipação gradual e ao mesmo tempo o transEm 1824, porte dos emancipados para a África. efuando no Brazil nos davam uma Carta constitucional, aqui na União ninguém se lembrara ainda de attacar a escravidão por ser contrária ao Evangelho, muito mepor ser um peccado e um crime; ninguém a emancipação exigir em cogitava nos prompta dos como empregado estava anno, Nesse escravos. porem, Newburyport, de typographia numa compositor onde nascera, um rapaz de vinte annos, filho de pais mui pobres e que já escrevia de vez em quando algum communicado aos jornaes sobre tópicos do Esse moço, dous annos depois, devia começar dia. no Vermont um periódico que resoou no paiz a primeira nota da emancipação peremptória. Era elle W. L. Garrison. Filho de pais mui pobres, a mãe sendo, porém, mulher muito superior e religiosa, Wii.ua.m Llovd adquiriu na pobresa, no trabalho e sobretudo na Bíblia aquellas qualidades que depois o deviam tornar a principal figura no movimento emancipador,— o propheta ungido que denunciou o crime da escravidáo. Os requisitos que poderíamos divisar apriori 1,'um reformador desta ordem Garrison os reunia em notável harmonia. Muito diverso dos paladinos ou por uma políticos que trabalham por um partido este social, idéa de conveniência propheta pouco se sociaes: inconveniências abalava com as chamadas spirado, imbuído nos verdadeiros princípios do Christianismo, para elle só era conveniente o que se conformava com esses principios, por maiores sacrifícios emprestava-lhe a que infligisse. Esta fé immensa fascinação que sempre teem os que se acham convictos de uma idéa, e o denodo que é o cunho das Garrison viu desde o principio convicções fortes. t[ue não era o Sul que precisava convencer e vencer, mas o próprio Norte. l)edicou-se, pois, inteiramente á causa da emancipação dos seus conterrâneos negros. Sua missão, como dissemos, foi encetada no Verínont, onde talvez havia menos interesses ligados áescravatura do tpie em outro qualquer Estado da União. O Journal of the Times começou a agitação com tamanho suceesso (pie um Mr. LuNi>v,de Baltimore, attrahido por ella, chamou Garrison a seu lado como co-redactor do seu periódico Genius of Universai Emancipatiou, dedicado á emancipação gradual. O novo escriptor, porém, reconhecera desde o principio que a libertação gradual era illusoria e achou-se brevemente em completa discordância com o principal redactor. Um dia soube que uma barca, cujo proprietário era do Massachusetts, seu próprio Estado natal, ia levar um carregamento de escravos de Baltimore á New Orleans. O Genius denunciou O dono da barca o acto como " pirataria interna." chamou-o ao tribunal por injuria e Garrison foi condemnado a ioo§ de muleta e ás custas. No processo civil da satisfacção foi condemnado a pagar 2,000$ por damnos, e não tendo esse dinheiro foi N° 109mandado para a prisão de onde só ao cabo de dous mezes foi solto graças á liberalidade de um cidadão Da prisão reiterou de New York, Mr, A. Tappan. ao juiz que consagrar-se-hia para sempre á causa do escravo. " Estou apenas no alphada minha tarefa," "o tempo ha de aperfeiçoar um trabalho escreveu; útil. Envergonho-me de ter feito tão pouco em Sim, humilho-me perante prol da gente de côr. tão frio e de ter uma linguagem sentir de me Deus E' preciso o sacrifício de uma victima tão fraca. branca para abrir os olhos da nação e mostrar a tyranhia de nossas leis. Espero e até desejo ser perseguido, posto em prisão e atado por advogar os direitos de meus conterrâneos de côr escura; e eu mereceria ser escravo si recuasse diante aquelles perigos." Tal era o espirito que animava o nosso propheta ao sahir da prisão, quando lhe oceorreu fundar um jornal seu, na capital nacional. Garrison, porém, reconheceu que devia ir mais para o Norte. Era na Inglaterra Nova capital da que precisava própria derreter as montanhas de gelo da incredulidade. Antes de seguir para Boston, quiz fallar em publico: debaldc procurou salas: todos lh'as recusavam. O PRÍNCIPE ALEXANDRE DE BATTENBERG, ALEXANDRE I, DA BULGÁRIA. L3° Mesmo cm Moston só obfeve uma, onde se reuniam os infiéis. Fundando a sua propaganda na Biblio era natural que tivesse procurado o auxilio do clero protestante. Este, porém, recebeu o moço como um energúmeno e revolucionário. Desde esse tempo o agitador sede parou-se quaesquer organisações religiosas. Ellè viu a diffcrença que existia entre a Bíblia, que diziam professar, e a practica da verdade como ellas interpretavam. Kntretanto a sua fé na Palavra divina nunca foi abalada. Até os últimos dias de sua vida era a Bíblia a fonte de sua inspiração e de suas consolações. Desde O seu primeiro discurso em Boston, alguns homens proeminentes presentiram «pie esse moço obscuro e pobre estava destinado a revolucionar o pai/.. A sinceridade e a força impetuosa de suas convicções, o modo simples è irresistível por (jue as apresentava, altrahirain-Ilie poucos, mas sólidos, amigos. Afinal no 1". de Janeiro de 1831 appareceu o primeiro numero doLiàerator que William Lloyò Gakrison redigiu até seu ultimo numero publicado no iu. de Janeiro de 1866, depois de proclamada a emancipação e de ter realisado em vida a sua gloriosa tarefa. A historia do I.ibemtor nesses trinta e cinco annos é até certo poneto a do próprio paiz. O periódico começou bem humilde. O redactor pagava o uso do typò com o seu trabalho diurno de composiçflo: á noite escrevia e compunha seus artigos, e muitas vezes os compunha em typo sem escrevèl-os. Sua cama era o chão da typographia e seu repasto consistia de leite, pão, bolachas e fruetas. Mas esse moço obscuro tinha fé indomável n'uma causa sagrada e os typos: de «pie" mais precisava ? No seu I will be heard." E foi numero inicial escreveu ouvido logo. Seu jornal ganhou rápido favor e excitou-lhe os mais acerbos inimigos. Lm dos Estados sulistas ofFereceu dez contos de prêmio a «piem o capturasse dentro de seus limites. A corporação de Georgetown, perto de Washington, impôz a muleta de 40$ e prisão por trinta dias ao homem de côr Tudo isso, poque fosse achado lendo o I.iberator. rétti, apenas animava Gakrison, mostrandò-lhe a natureza do inimigo com (pie tinha de contender. Foi continuando seu jornal desassombradamehte. Entretanto não desprezou <> que podia alcançar com pela palavra e pela organisação tios poucos (pie " elle pensavam. No anuo de 1832 fundou a AntiSlavery Society," com outros onze indivíduos,—verdadeiro apostolado de nma causa sublime ! Por mais de trinta annos foi presidente dessa histórica sociedade. A Inglaterra nesse tempo já estava muito interessada na abolição da escravatura e estava animando a sociedade colonisadora «pie propunha a emancipaNa opinião de (', ARR1SÓN esse apoio ção gradual. retardava, em vez de ajudar, o resultado. A sociedade colonizadora era para elle um mau palliativo que impedia a bôa obra. Resolveu, pois, ir á fnglaterra e conferenciar com os mais distinetos philanthropos dali, entre elles, com WlLRERFORCE, BUXTON e D. O/Çonnel, Garrison ganhou o seu poneto. Todos esses homens denunciaram como illttsorio o plano da sociedade colonisadora dá Libéria. Garrison voltou a Boston mais forte, e o seu jornal cada vez excitava mais a furia de seus inimigos,pela língua" gem desabrida com «pie characterisava a pirataria interna." Elle escapou a muitos perigos. Lima vez " depois de uni "meeting o privaram de sua roupa e a policia teve de consignal-o á prisão para livral-o da furia da gente "respeitável" que procurava pinclal-o com ai cairão. Outra vez para escapar teve de tingir andar elle mesmo á procura de Garrison com um bando que queria enforcal-o. Felizmente não era então muito conhecido ainda. ^\Ir. Garrison era tão coherente nas suas idéas, lão intransigente na sua defesa, tpie nem siquer respeitava a União, por ter como elemento a escravidão. " Não Para elle a União dos Estados estava morta. viajar chamados Estados Unidos," por estes podemos dizia elle, " gozando dos direitos que a Constituição professa assegurar a todos os cidadãos. Nós hoje estamos trabalhando para estabelecer justiça, assegurar Iranquillidade domestica e promover o bem geral da nação." Elle gradualmente foi declarando que 0 laço de União devia ser dissolvido, a menos deque não se acabasse com a escravidão. Annos"um Constituição era a declarar (pie a chegou pois contracto com a morte, um pacto com o inferno." E entretanto a gente do Sul foi mostrando melhor a sua ousadia e a ambição de estender a área de Kslados com escravos para lhe dar augmentado poder. Em 1845 a tentativa da annexão do Texas por ella excitou os ânimos dos liberaes do Massachusetts. Houve uma immensa reunião popular d que estavam presentes Gàrkison, SuMNER, Wknoki.l-PhÍllips, Hu 1 ,\ki> e outros. Sumnkk, que ouvira Garrison pela primeira vez. ficou captivo de seu fogo e da sua idéa, Desde então a causa emancipadorà foi obtendo adhesõçs entre muitos homens Íntelligentes e influentes. Alongaríamos por demasiado este artigo referindo O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO. ainda que fosse em geral, as vicissitu.les desses vinte annos. Basta-nos dizer que a politica do Sul crescia de altivez, que a causa do negro ganhava no Norte e que Garrison era sempre o grande apóstolo da emancipação. Mrs. FTarriet BEECHER STOWE deajudou muito á causa appellando ás sympathias pois do Norte com os sofrimentos do negro escravisado. Gakrison, porém, fulminava sempre o raio da maldicção contra os (jue o escravisavam. Elle nunca titubeioU um só dia; nunca transigiu e é raro na historia politica de qualquer paiz achar-se um homem mais coherente, com um propósito mais lixo e definido do que este, (jue agora desce á sepultura, tendo tido a felicidade de ver coroada do mais feliz êxito a obra (pie começara na sua juventude. A União não se dissolveu; a Constituição não é mais o pacto com as trevas e perto de cinco milhões tle captivos recebem a emancipação de chõfre e abençoam todo o sempre a memória do grande lidador. Uma das virtudes, «pie lhe dava como orador immenso poder magnético, era o consubstanciar-se elle com os opprimidos, «pie queria livrar, em pensa"amigo mento e em sentimento. Garrison não era theorico" da emancipação—dos que tanto abundam lá no Brazil.—Os negros eram para elle realmente eguaes, e os que encontrava sentiam-se eguaes ao receberem o franco aperto de sua mão. Quando em 1866 Garrison despediu-se de seus leitores e cessou o Uberator estava quasi tão pobre como quando começara, Elle não tivera tempo de ajunetar havères. Seus admiradores fizeram-lhe um presente de sessenta contos, assegnrando-ihe assim a paz de espirito á que de certo havia adquirido direito. Elle morreu aos 74 annos cercado de seus cinco filhos que, rodeando seu leito, liam e cantavam os hymnos christâos, e os capítulos da Biblia por que sempre mostrara mais predilècção. Morreu com um sorriso de felicidade nos lábios, com uma fé inabalavel na Palavra sagrada e com a salisfacção que não tinha vivido em vão, mas combattêra os sanetos cornbattes do Senhor. O SR. DR. MENDONÇA. Segue pelo Colorado para o Rio de Janeiro no gozo de uma licença o Sr. Dr. Salvador de Mkndonça, Cônsul Geral do Brazil nos Kstados Unidos. Nestes trez annos e meio «pie tem oecupado esse logar, o nosso Cônsul tem grangeiado não só o respeito e a estima do seu Governo pela escrupulosa attenção que tem dado aos interesses < ommerciaes do Brazil neste paiz, cr mo também tem ganho vivas sympathias dos Americanos pelo talento e constância com «pie tem procurado estreitar cada vez mais as relações eommerciaes delles com os Brazileiros. Os Americanos «pie são o melhor freguez do nosso paiz 'teem direito á maior crêem que quota do seu commercio de importação, principalmente boje «pie os O Dr. Mkndonça preços estão abi tao baixos. abunda nessas idéas e tem procurado apertar mais os laços .entre os dous maiores paizes da America. Seus amigos aqui desejam, ;í elle e á sua esposa «•pie o accompanha. a mais prospera viagem. NOTAS AMERICANAS. Si oh DemocraUis tivessem simplesmente approvado as trez leis annuaes «me não passaram na sessão ordinária e que tornou necessária a convocação «Ia extraordinária, o, feito isto, se retirassem á suas vocftçÇes onliuarias, o sen partido estaria hoje muito mais forte, pois os seus erros repetidos nestes trez mezes não podem deixar de desgostar a muitos quo, também desgostohoh com os Republicanos, estavam proniptos a seguil-os n'iuna politica moderada e prudente. No mez passado já referimos o veto que o Presidente oppôz á tentativa que o Congresso fez para forçal-0 a opprovar legislação politica onxertadn trama lei financeira. O veto fez muitos atuigos ao Presidente. Mas 08 Democratas, quo pouco aprendem, repetiram este mez o mesmo erro exertaudo legislação politica no projecto de lei do credito para despe/.is legislativas e judiciarias. Desta vez quizeram abolir virtualnioute ou supervisões do eleição,-auetoridados essas que são nomeadas pira fisoalisar as eleições de membros do Congresso o senadores. O Presidente negou sauccional-o, primeiro, por ser a matéria extranh 1 ao oredito o, segundo, porque a União tem o perfeito direito constitucioual de velar nas eleições de seus representantes, o a practica tem mostrado que as leis em vigor são excellentes, no próprio couceito de Democratas influentes, que o Presidente cita. O projecto não p«"«lo passar a despeito do veto. Do outro lado os Democratas não deixam só as finanças do paiz e procuram perturbar a confiança publica. Na Câmara o passou tun projecto do um Mr. W.utNiai declarando qne dollar de pnita terá apeuas 112. grãos de prata; que qualquer pessoa (jue possua prata em barra poderá depositnl-a no Thezouro para ser cunhada em dollars; que quem receber certidões de depo•sito d,- prata no Thezouro poderá usar dessas certidões em pagameuto de todas as dividas, inclusive direitos de importação. Este projecto não passará no Senado, mas ainda «pie pudesse ser ali approvado, o Presidente negar-se-hia 11 saneeioual-o. Dos MO membros da Câmara que votaram pelo projecto os listados do Sul contribuíram com 09,—mais de dous terços,—o Junho, 1879. do Meio, o do Leste só deram 17 11 favor contra 101 «pie votaram pela rejeição. —Km Maio chegaram a New York 1,460 immigrantes, —A nova Constituição da Califórnia, curioso instrumento em (pie ao pur com muitas idéas boas, ha medidas do todo oommuuista", foi ratificada pelo povo. Ella virtualmente expulsa os Chius do território do Estado. E' crença gemi, poróm, que a Constituição será em bravo reformada «« qne o Sttprumo Tribumil declarara inconstituoionaes, no poneto do vista federal, muitas de suas novas idéas, sobre propriedado e taxa. —Os ltepublicauos do Ohio nomearam como sou candidato á eleição para Governador a Mr. C. Fosteu. membro do Congrosso. —A cathedral catholica de New Yorii foi consagrada a 25 na presença do 6,000 pessoas. Estavam reunidos quarenta bispos *• arcebispos. Entre os últimos coutava-se o octogenário arcebispo do Ciuciuuati «pie falliti ultimamente por fi.OOO contos. —A 17 do Maio fallecou em Philadelphia Mr. Asa Packek. Da mais humilde extracção ello conseguira galgar a uma das posições mais invejáveis pelo seu saber, tino commercial, riipiesos e meio por que dellas utilisava em prol do progresso da sua terra. Possuía imineiisas minas de carvão mineral e parto considi-ravel de uma estrada de ferro. Fundara a Uuiversidade de Lebigh, em Betbleaem, Pennsylvania, que dotara com 1,200 contos. Agora deixou em testamento mais 1,000 contos a esto estabelecimento, além de 000 coutos a tun hospital e GO contos á nma egreja, ambos em Maucli Chtiuk. Era filho do Counectieut o contava 72 annos. —O Presidente declarou que sondo preciso o Governo federal protegerá os negros que estão emigrando de alguns Estados do Sul para o Kansas e que ás vezes teem soffrido violência dos que desejam retel-os onde estão. Essa emigração, porem, já vai diminuindo muito. —O paquete Colorado que hoje segue para o Brazil pertence á casa Mai.i.oiiy que o encoinniendou para a sua linha da Florida. ]¦]' um excellente vapor de cerca «lt« 3,000 toneladas e dezeseis câmaras de passageiros de primeira classe. MR. NOBLE- 1IEATH JR. Este nosso amigo, «jue talvez siga no Colorado, vai pela primeira vez visitar o Brazil a cujo Governo consta-nos que apresentará uma proposta do «pie resultará muito beneficio ií instrucção popular. Mr. Heath Ju. é um cavalheiro que fará amigos de quantos teverem de com elle tractar. Elle gere ha mais de vinte annos uma das casas mais fortes desta praça e tem tido a seu cargo a liquidação de falleucias importantes. Ha cerca de trez annos teve a honra de ser escolhido tutor e curador de um indivíduo, cujos haveres foram oilieialmente avaliados em 18,000 contos. Não sendo residente fdo Estado «lo seu proposto cnratellado, o Juiz não continuou a escolha da família, que aliás mal o coubecia pessoalmente, mas que o escolhera depois de stibjeitar sua reputação á mais rigorosa investigação. Este incidente mostra em que conceito é aqui tido nosso amigo, que tem a própria alma da honestidade. Mr. Heatu Jiu é bem conhecido da maior parte dos Brazileiros que se teem graduado neste paiz nestes últimos auuos. E' com o mais vivo prazer que o reeommeudamos á proverbial hospitalidade de nossos patrícios. (1 BKAZIL E OS ESTADOS UNIDOS. Considerando-se o trafego importante que existe aqui em pro duetos do Brazil, é quasi inexplicável o menos preço que oscapitalistas e os commeroiantes Americanos teem dado ao assuinpto de estreitar mais as relações dos dous paizes. Apezar da enorme exportação de café para os Estados Unidos, os negociantes daqui teem feito muito pouco para demandarem os mercados brazileiros para consumidores de seus múltiplos produetos e inanufactunis. No Rio de Janeiro, por exemplo, é rara a urina americana (pie esteja hem versada uão só nos arügos de exportação como também nos de importação; ao passo qno entre as duas grandes praças eommerciaes, do Norte o do Sul da America, nem teem aiuda havido facilidades bancarias. E', pois, com sincero prazer que chamamos a attenção dos leitores para o annuncio que em outro logar deste periódico publicam Messrs. C. McCui.loch Beeoheii & Co. Mr. Bebchee ha alguns mezes, como nossos leitores sabem, originou o plano "Banco Americano" no Rio de para o estabelecimento de um Janeiro, idéa que foi bem acolhida do Governo do Brazil, a quem os iuiciadores estão presentemente solicitando a compotento auetorisaçáo. O estabelecimento, podemos assegnral-o, será dirigido por cavalheiros mui distinetos, entre elles o exMinistro da Fazenda, Hon. Huoil McCullocu, que é hoje o chefe do uma iniportaute casa bancaria de Eoudres e New York. O gerente nesta cidade será Mr. C. T. Chiustensen, que por muitos auuos fez parte da grande casa importadora de café de G. B. Arnolij it Co., desta cidade, e que mais recentemente geriu a caixa filial do Banco da Nevada, de São Francisco. Com a cooperação destes elementos o proposto Banco nãopoderá deixar de ser mui útil. Entretanto Mr. Beeciiek já se acha prompto a transigir todos os negócios bancários e de commissão geral. Os negociantes do Brazil não deixarão do aprociar as conveniências que no cambio offerece esta nova casa, á «pie desejamos a mais prospera carreira. A CHINA E OS (JIIINS. INTERESSE especial que a China deve excitar no Brazil 0 agora que o Governo deste estuda u conveniência da colonização parcial de Chins, nos leva a fazer um pequeno retróspecto da civilização chineza. Nossa auetoridade é de viajantes iuteirigeutes que couhtcem o paiz por experiência e estudos especiaes, sobretudo o Dr. (1. GlBBON que ali viveu muitos annos como missionário. Seriamos deshonestos si, tractando-se Junho, 1.S79. O NOVO MUNDO—PERIÓDICO da verdade dos faotos, procurássemos ou encobrir os muitos dofeitos «In OIlina o «los Ohiupzes on só enxergar ali o que o* m tu. como o fazem o.s nossos chinôphobos. A civiliziçilo do Império chiuez è a mais antiga na historia. Ao passo «pie outras nações e impérios su vão indo derrocando a Ohiua tem conseguido reter sob o mesmo governo não só um vastíssimo patrimônio, mas também a maior população subjeito a um mesmo sceptro. Theoricameute patriarohal mas nu realidade corrupto, o Governo é comttldo fórto bastante para conter dentro de ordem comparativa a immenso massa de ipiatrocentos e vinte milhSes de s-res humanos. Para oonsegulr-se isto, é evidente que torua-su pr-cisa summa habilidade; talento especiai de organizar <* governar. Diga-se o que se disser do povo, facto é «pie as nlasses que dirigem os negócios na Ohiua não são inferiores em talento ás «Ias nações mas adiantadas «Ia Christandade. O povo, porem, e* iutensamoute conservador. O (pie foi bom para os antepassados deve também s«>l-o para a ger.u/ão presente :—-tal a máxima do politica daquella gente curiosa, qno ainda hoje lê e estuda nas eseholas os mesmos livros do OoNFüuio e Mexcio, que serviram ha centenas do annos. Ora Oonfooio não tendo sido um mest.ro do sciencia, nem até de religião, mas de economia politica opolicovel á forma patriar¦chal do seu Governo, o seu ensino estampa um cunho commum a todo o povo. O.s seus escriptós discutem de vários modos os deveres relativos entre pais o filhos, irmãos mais velhos o mais moços, maridos e esposas, magistrados e o povo, o imperador e os magistrados. Esses livros são estudados e decorados em todas as eseholas do Império, empregando em toda a parto o.s mesmos characteres escriptós e impressos, porém pronunciados differentemente, segundo os vários dialeçtos das diversas localidades. Assim quem u'nma secção do Império lê alto a copia manuscripto de algum dos escriptós de Contucio uão seria entendido pelo filho de outra secção do paiz, que entretanto poderia estar ouvindo a leitura do próprio manuscripto que tivesse preparado. Demais, esta língua escripta, cotumtim a todas a.s partes do Império não é fallada em parte alguma do paiz, excepto sol) a fôrma de citações, e estas não raro precisam de explicação uo dialecto local, para serem entendidas. Esses dialeetos fatiados são quasi tão numerosos como as grandes cidades ila China e differem quasi, si não tauto como as dillV-rentes línguas da Europa. Esta differeuça dos dialeetos combinada com outras oausos dá logar a forte bairrismo entre o.s Chins de diversos ponetos; e si bem que om todas as secções do Império se usem os mesmos compêndios de estudos, haja uma litteratura commum, e todo o povo esteja subjeito a nm mesmo governo geral o o choracterisem as mesmas feições geraes, o /acto é que o.s Chius de uma localidade não sympathisoin absolutamente eom o.s das outras. Ha tinta athuidade entro os Chius do Foo Cltow e o.s dè Cantão como a que existe entre os Chius em geral e osHrlondeses de São Francisco du.California. 0 homem educado da China, em regra geral, sabe pouco ou nada de geographia, mathematicas, physica, chimica e astronomia. Seus conhecimentos de historia limitam-se a um resumo da de seu próprio paiz; e só sabe a sua mesma língua. Entretauto a sua memória é maravilhosa, e o seu conhecimento dós relações e deveres entre os homens e o povo e os governantes 6 verdadeiramente admirável; ao passo que ua diplomacia o.s Chius teem poucos rivaes. Ha limitas eseholas ua China, o desse facto tem-se concluído que toda a geute ali sabe ler e escrever. Não ha, porém, tal. Talvez apenas a quinta parte da população reòeba o que possamos chamar uma educação regular. As massas do po«. o sabem que characteres escriptas representam os principaes artigos de alimentação e o vestuário, sem poderem ler uma sô pagina de litteratura. N'um paiz com tamanha população seria impossivel que as massas fossem bem educadas. Nas artes que tocam de perto a mais ^elevada civilização, os Chius não teem progredido por muitos séculos. A fabricação «ia pólvora, a do vidro, a arte de imprimir e o uso da bússola pertencem originariamente á China, como é bem sabido; mas nenhuma melhora se-; tem ali feito nas invenções primitivas e por muitas centenas o paiz nada tem inventado de novo. Em matéria de sciencia, governo e religião tudo ali é fixo e imniiitavel, tudo corre nos mesmos canaes de séculos passados. A religião da gente educada é o mais cego fatalismo;a religião das massas uma idolatria supersticiosa, cruel. A sua civilização, está visto, é baixa porque é axiom.i que "um povo nunca se eleva acima do nivel das divindades que adora." Toda a China está coberta de Ídolos e todo o povo eivado de Toda a civilização tem estudo parada superstições idolatras. como que um grande pântano. Para se séculos e tornou por mister mòvel-a e rèmoyel-a do centro á ciretuua seria purificai fereucia, pelo eoutueto com as noções e idéas da Europa e America. Occupando um dos maiores domínios do mundo; gozaudo de •um clima salubre, teudo em abundância todos os produetos e mineraes da terra; satisfeitos e orgulhosos com a sua litteratura, civilização e religião, o.s Ch ms desde époi-liiis immemoraes adoptaram a politica do mais severo exclusivismo. Elles teem sempre desanimado a emigração de suas praias e se teem opposto eoustautemente a todos as tentativas de noções estrangeiras para t-e eotabelcten m no seu sem. Mesmo hojemdia os Chius só estão de relações travadas com outras eações obrigados. A expre&sào " muralhas de exuluporque são a isso " sivismo chinez é bem apropriada a sua política. Vivendo sem quasi coutado com os costumes, as línguas, a politica do Governo e as religiões de outros povos, os Chius são geralmente muito presumidos : para elles, a sua raça é superior â de todas as demais na terra. Seu prejuízo contra os outros povos é tamanho que, a menos que não estejam sob alguma coacção, nunca deixauí de manifestar o seu desprezo de um modo ou d'outro. Por mais absurdo, porém, que purtça este absurdo, não é muito estranbavel que os Chius estejam cheios delle. Por séculos immemoriaes, a civilização chinesa t«.m t-ido superior á das nações adjacentes ao seu paiz, e as únicas com que teem tido algum coutncto. Não é de admirar, pois, que, com um povo mais numeroso, um Governo mais cehtralisado e forte, uma hi oria de maior antigüidade, uma litteratura mais extensa BRAZI/.EiRO. e culta, um systoma pbilosophioo muito melhor, um ideal moral mais elevado, uma civilização, «>m summa, muito mais adiantada do que a desses povos, quo tem conhecido, não «'«<1«« udntirar que o Chim se julgue á fronte da raça humana. Elles teem eseholas o collegtos : entendem economia politica ; teem tuna costa imineusa o vasto comniercio interno. O seu BYStoma do canaes «'- um dos mais admiráveis uo mundo. Fazem tinas sedas, setins e algodões. Silo os grandes mestres do trabalhos finos do íiiarlim e madeira. Seus l.rouzcs são imitados pelos mais cultos artistas du Europa o a sua porcellaua >¦ uma das maravilhas (farto, 0 systema de moral confuciana «pio em theoria é acceito de toda a nação, é comparativamente puro o edificante ; mas ua practica a degradante influencia da idolatria abaixa o diapasão moral, de modo .pie a massa do povo é egoísta, cruel e nada amiga da verdade. Nas Ir.insacçòes connnerciaes, todavia a honestidade do Chim é egual á das nações com quem mantém trafego. O.s negociantes inglezes o americanos na China e os baú«pie os nequeiros e importadores «1<* San Francisco concordam "sua honestidade .não chins da soIVrem na comparação gociantes commercial com a de qualquer outro povo «lo mundo. A relação matrimonial é reconhecida o respeitadajna China. E' permittida a polygamia, mas esta não ó practicaila geralmente. Um homem «pio tom meios ais vezes toma uma segunda mulher para ter delia o herdeiro e filho macho que não podo haver da primeira. Os negociantes «pu* são obrigados a viajar, de ordinário deixam em casa suas familias o tomam unia " mulher secundaria " ou coucubiua no logar de sua residência temporária. Nesse caso, o.s filhos que tiver são legitimados pela lei. Com os Chins o casamento é antes um contracto civil do «pie uma ceremouia ou rito religioso. Não ha registros, nem quem dê certidões, de casamento. Não se invoca a presença «lo notario ou escrivão nem a do sacerdote. As partes contractantes ellas mesmas preenchem todas as formalidades «'om cálices de vinho e innumeras mesuras e cumprimentos aos céos o aos peiiates da familia. Segundo a posição dos contractantes, ha mais ou menos ceremouia, mus as prostrações e as promessas mutuas são sempre a parte principal do casamento. Quando um marido toma uma mulher secundaria ou concubina, pôde omittir todas as formos : a segunda mulher oecupa na familia o seu logar com a mesma ceremouia com que entra uma creada do servir. , Em certas circumstancias pi-rmittein-.se divórcios ua China, o os homens podem mandar embora suas esposas por causas mui triviaes. Por exemplo, uma das septe causas justificativas para divorvio é "o habito persistente da luquueidiidede parte da mulher." Todavia, o divorcio é uma raridade na China; o homem pobre que enriquece não pôde descartar-so da mulher quo com elle partilhou aimos de pobreza. Na China não consideram respeitável a viuva quo casa novãmente. A própria donzella, «pie perdeu seu noivo, quasi sempre fica virgem toda a vida. Não é raro o suicídio «lessas raparigas, depois da morto de seus futuros maridos: ellas matam-su para assegurarem-SQ perpetua viuvez, para oo porem acima «Ia tentação de se casarem. A fidelidade das Chinez is a seus maridos se compara muito favoravelmente com a das mulheres da Europa e America. O.s maridos não são tão castos como as mulheres. Entretanto existe a prostituição em toda a parte do império, sobretudo nas cidades do littorol. Essa classe é restricta a uma secção de cada cidade ou á população que vive em juncos u'agua. O.s pobres muitas vezes vendem suas filhas crianças a esta classe de barpias da dopravaçãò humana, e as pobresinhas ficam ligadas perpetuamento á vontade de seus senhores. Em totlos o.s ângulos da China practica-se o infanticidio. Muitas vezes os magistrados publicam prpclámações, lembrando ao povo não só quo o infanticidio é um crime severamente punivel mas também que as raparigas estão ficando tão raras o custosas que os pobres uão podem mais casar-se, e ii moral publica vai indo solapaudo-se cada vez mais. O infanticidio é só do meninas. Oi machos são sempre poupados. 0 povo da China é uotavt-1 por'sua iudustria o fr.galidade. Todo homem faz alguma cousa. As ruas das cidades e povoados estão sempre repletas do geute; mas todos acham que fazer; poucos passeiam só por amor do exercício, ou divertimento. E todavia as ruas ua China apresentam de ordinário o espectaculo do vida e trabalho, sem parallelo. Não ha ali estradas de ferro nem bonds uem omuibus. Todo o transporte por terra, especialmeute uo niil e uo centro ila China fuz-se por meio no osso e Mércodorius, mobília, matérias do músculo de seres humanos. de construcção, tudo ali e carregado ao lióuibro de homens. Nos seus hábitos do vida o Chim é geralmente muito ecouomico e frugal. No centro e uo sul do império o arroz é o principal artigo do alimentação. Arroz o outros legumes, peixe, porco e aves, compõem sua mesa. 0 custo da vida não é muito caro nem -muito barato. O comuium dos Chius pode viver b.in com 150 a 300 réis por dia. Com isso obtém todo o arroz e legumes que. pó le. comer, com uma margem para algum peixe ou aves. O preço «pio obtém por seu trabalho corresponde á burateza da vida. Trezentos òu quatrocentos réis por dia é bom salário para um trabalhador commum. Homens educados, retirados babeis cur>imim o quo babuii por ordenados de 12$ a 2(1$ por uhz, e comem u sua custa. Um cri.uio de servir eutre os Chins recebe de -1$ a 8$ por mez, sem comida e sem casa. Os criados de famílias euro cau nos portos abertos de Hong-Kong, Cantão, Amóy, Tu Chóo e Xúiigái, recebem de seis a dozeinil réis segundo om meios do patrão e a qualidade do criado. Os mechauico.s, o.s mehtrespeilreiros, etc, ganham de 100 a 800 réis por dia. O custo do pasbadio na China e o preço do trabalho é o mesmo que «ui n i.itn.- partes da Europa,mus é de trez a cinco vezes menos do que uos E-tados Uuidos. A circulação numeraria do paiz é adoptada.a esta vida barata e ao baixo preço ilo trabalho. A moeda de todas as partes do império consisti «le p. çaá de In tão, do tamanho de uma «lo nossas moedas «le 500 téis, mas mais tina e com um buraco quadrado no centro. Ebt>us moedas i-áo enfiadas por um cordão ás centenas e ven.ndu . ni porções «le quatrocentos, seiseentos, * oito centos e mil. Um peso un xionuo de prata vai cerca de mil «leslus moedas, e como o pe»o vai '2$ cada moeda, chinesa éqtiivai a dous réis. Tal é a circulação para as trausacções miúda i 131 do todos os dias.. Também ciroulam os pesos o dollars do .México o Estados Unidos, mas.é difiicil reconhecei.os. O primeiro negociante chim quo 08 possue grava ou abro seu nome, lirma ou sigual na moeda, o o processo, que é repetido por todos os possuidores suceessivos, a desfigura de modo que om pouco tempo nada resta do cunho primitivo: a moeda fica depreeiada o é retirado do negocio miúdo. Os bancos, quando a trocam por moedas de latão, a recebem por peso, não pelo sou numero. Nas grandes transacçòes mercantis os pagamentos são elléctuados com praia em burra, lingotes ou massas, com o cunho da casa «pie fez o pagamento. / Na China ha uni costumo digno do imitação; é o costumo universal de ajustar-se contas no liui de cada 0UXO. A regra ú qne toda o qualquer divida é paga no fim «lo anuo. No caso de ser impossível uma liquidação, o devedor tem do fazer novo arranjo para a continuação da obrigação por outro anno mais. A inilueucia deste costume é tão forto «pie uão é raro o devedor connnetter suicídio, por não ter podido fazer arranjo satisfactorio on por ver-so humilhado. A morto, quo salda todos as dividas, o salva tombem da sua. Não se pode dizer qtiu os Chins, em geral, são muito acniados nu sua casa e hábitos pessoaes. Aos brancos caucasianos elles parecem mui tnalaceiados em algumas cousas o mui particulares em outras O estômago de um Chim se revolta oo simples cheiro do queijo. Entretanto não recebe com desfavor o peixe em estado de quasi total putrefacção. Quasi toda a geute do certa posição baulia-sequotidianamente em água morna ou quente. Em caso algum o Chim usa da ngua fria para banho geral. Elle nunca favorece com sua fregnesia o.s estabelecimentos hydrotherapicos. Sua roupa, sobretudo no verão, é lavada freqüentemente. Eutrebiuto o Chim depois do lavar o.s pés n'um balde «Vagua, despeja essa anua, e colhe outra de «pio bebe iiumediatamenle depois. Elle lavará os dentes o a bocea da mesma água em quo lavou o rosto e euxugurá o rosto na mesma toalha com que enxuga os pratos. Suas idi-as de aceio são por extremo peculiares. A.s classes pobres são muito sujas e cobertas do bicho. Nisto, todavia, não são peiorés que a.s classes correspondentes.de Cork, na Irlanda, e de Roma. Nas minas da Nevada o Califoruia o Chim é mais limpo do que o commum dos Irlandezes. Justamente como a euibringez é a maldicção «Ia sociedade americana e ingleza, o jogo e a luxuria da sociedade brazileira, o ópio é a dos Chius. O.s homens iutelligeutes e o Governo da China sabem que maldicção é essa, como o consumo do ópio conduz á ruína o povo do paiz. O ópio produz monos crime ilo «pie as bebidas alcoólicas, mas não menos pobreza, desgraça e ruína. Mr. Wm. 11. Sewahd, o grande ministro de Lincoln durante a guerra, o que. depois de se retirar da vida publica, fez uma "Viagem ao Redor do Mundo," cujo resultado vemos u'uui livro muito curioso e solido, r«;sume em traços geraes a civili* zação chineza desta maneira "Posto «pie não pertençam ú ruça caucasiuna os Chius teem toda a sua adaptabiliilade^inoral e social. Ha muito tempo elles attingiram o um grau muito elovado de civilização, «pie a maior parte das nações européas só attingiu séculos depois. As nações do oceideute tlesde então teem subiilo áciuiu deste nivel, Posto que o China esteja o.s Chins não se teem adiautado longe de ser um Estiulo bárbaro, cada systema ou instituição ali é inferior á correspomleute uo Oeste. Quer se tracto das sciencias abstractas, como a philosopbia o a psychologio, ou das formas practicas das sciencias naturaes, como a astronomia, a goologiu, a geographia, a historia natural e a chimica ; ou as idéas concretas do governo 3 leis, de moral e de costume,—tudo no Ohiua está antiquado. A educação chinesa rejeita a sciencia. As industrias chinesas proscrevem a iuveução. A moral chiuesa uão appella á conseioucia mas á conveniência. A architectura e a navegação chinesa repellem toda e qualquer melhora. A. religião chinesa é materialistica,—nem até é inystica e menos aindu espiritual. Si indagarmos porquo é quo esta inferioridade suecedeu ,o um passado tão glorioso, e a um povo que tem tamanha aptidão a conseguir ainda maiores triumphos no futuro, chegutnos á conclusão que em conseqüência de algum erro no seu systema social, a faculdade inventiva deste povo está sustada uo seu exercício e deteriorada por isso." Alem disso, a causa da estagnação está no falso systema theológico. O espirito de um povo constantemente entregue oo èbtúdo e á practica de ceremouias sem tini e ao ritual de deuses sem couta, não pôde eleyar-se acima desses mesmos deuses : fica necessariamente entorpecido. 0 1MUNC11.ÍU ALEXANDRE DIS BATTKNI.ERG. A 29 do Abril foi aberta em Tirnowa, capital do novo listado de Bulgária, a primeira sessão do Câmara dos Deputados cuja primeira tarefa, imposta pelo tractado tle paz du Berlim «pio creura esse Estado, foi a de escolher um soberano. Trez foram os candidatos propostos: o Priucipo VValdemab, filho mais moço do Rei da Dinamarca, o irmão do Rei «l.i Grécia; o Principe Reuss, genro do Grão Duque de Weimar; e o Príncipe Alexandre de Battenbehg, sobrinho do Imperador da Rússia, e, ao tempo em quo tevo logar o eleição do soberano da Bulguria, segundo tenente no exercito prusso. A eleição como Priucipo da Bulgária recahiu unouimameuto sobre este ultimo candidato, e a estas horas já terá entrado uo exercício tio elevado cargo para o qual foi nomeado. E' filho do Priucipe Auíxàndke «le llesse, irmão do Grão Duque Luiz III, do Uesse Ddimstadt, que falleceu em 1877. A Czariua, ou Imperatriz russa, é irmau do pai de Ai/EXANüKEdeBattanberg; e esto, como Príncipe da Bulgária, tomará o nome de Alexàndbe I. Nasceu a 5 de Abril de 1857, e cousta que é moço muito intelligeute. Serviu primeiro uo guardo montada do exercito do grão dueudo de II sse, depois pelejou uo exercito russo na recente guerra eutre a Rússia e a Turquia, o então entrou na guarda prusso, oude foi feito seguudo teueuto ua guarnição de Potsdão. Cumo soberano da Bulgária acha-se estendido deante do Priucipe Alexandue um campo ímmeuso em que pode sor útil < á noção «pio o elegeu com seu chefe. O NOVO M UN DO—PERIÓDICO BRAZILEIRO. «32 Junho, 0 DK, CAKTANO FUIIQUIM DE ALMEIDA. '^BPv; N^. ______________ Wtr^"J*-** " __T^ lk___4 • 1. As parede» estreitos e frios do túmulo acabam de eu. cerrar para sotnpro os restos do nm homem que possuirá um dos mais uohros espirito, do Hrazil. Como Tava- vi BKS Kl l.AHTOH, COmO FBI.IX DA CUNHA. COIIIO l__K_àívv _r_iv ~--~ ___________ fgí^:-'^-^;*^ __•- Iíraoa, 0 pensamento nunca lhe irradiou pelo plenitude do poder, dondo-lho esta o direito fle executor os suus idéas. A esphoru do iniciativa individual teve sempre do limitar-se, mus alii mesmo manifestou em actos brillianl.-H a generosidade, altivez, o largo osphera de sua natnreza intellectuál. Homem consentanoo com suas iili'¦u.i. nunca desmentiu na practica o que nas opiniões o escrlptos aventurara. Porque desceu ao túmulo sem ter iissuinido o elevada posição directora que lho compolia? Repetiremos; |oomo Tavaubs Bastos, Fkux DA Cunha o Gentii. Braoa, corno outros nobres ospiritos do nosso tempo, OU por concurso das circumstancios, ou por impropriodadt. da épocha social, o Dr. Caetano EVii Qü__ DE Almeida nunca chegou a ter posição publica em quo lho fosse po-.iiv.-l oxocutar kous pensamentos. E' preciso convir que a modéstia do sua iudolo, a teudenota pam os afTeiç.es do familia, pois era pai extro111010 o dedicado, o afastavam natiinilmouto de cargos em ipio julgava do antemão achar mais o fausto das exterioridades do (pie a facilidado do executar seus pianos ou conservar a iutegridodo moral «pio elle levava ao extremo dos consoquencins. Como oh seus congêneres de espirito, o Dr. Caetano Fuiiquim não ora homem appropriado a uma épocha do transição. Não havia nollo o consórcio da iudolo e idéas da sociodado moderna com os preconceitos e hábitos inveterados da é|>oclia colonial. Arrimo firme o decidido, baptisado om todas as opiniões progressivas o sVn .dai da oschola uuglo suxouicu, era uma nova ordom intellectuál a (pio ello aspirava uo Kru/.il, o só acreditava nos grandes meios industriaes e na mais completa educação do povo. E' esta o razão por que ou seus actos achavam appluuso e acolhimento om todos os partidos, e em todos contava o Dr. FüHQülM grandes o dedicados amigos, quo mediam a admiração do seu talento pela immeiiHÍdailo da vontade que nelle respeitavam. Para elle, esta épocha en; apenas de transição. Em vão ltictovum os poderes públicos para conservar as instituições, as tradições, os preconceitos da épocha colonial, apenas moditicados pela leve tinetura do constitueioualismo francez. Esta Imperfeita imitação do systema britanuico, vasada nos moldes da imitação fruneezo. da eschola de Be nma min Con.itant e Guizot, não pódio crear uma nacionalidade vigorosa e odnptada a entrar no concurso das grandes nações da ultima parte do secalo. Era mister quebrar os moldes antigos, divorciar se com os proconcoitos do religião O de nacionalidade, sacrificar a idéa anetoritaria, caduca já nos últimos tempos do regimen de ultra- ________________ ¦•"-¦" •••-.' ^_«_JB_BV_t. M¦ - :--¦ *____!_ _¦_*» _ã _________________bí__ A___fi___i GENTIL _p^______rf_Pri •-r-'?í-r_ __r~*^_»«». ._..•-•—.* - :^•¦--____mÃ^_.;..^^_^-..:^" "ái^. %^ v '•TEP" ¦ >* __M____II___^A______1-"'':„.-¦ _____VV. flL ¦ ¦ (__.';.¦ _._«•'¦ '-.^._______P«-_________-v*._í_M_rIv_ _*•. ¦____1->i*t±_ií_____.'*fc __*•-.'. ________________*__?—"__""'¦*-"¦"•a--"-_¦__.'-'--¦ fi___i______________r : n__v^_________Lv "'¦*•»_¦?. ' ^mÊÊÊÊkmA_______ ___^______l Sr ________ Üíüií:_; \m\^ V ________¦! fc 1879. Para o Dr. Caetano Fuiiquim a monarchia brazileira era nma nova concepção social, filha da evolução natural da humanidade. Sem precedentes no systema romano, nas tradições catbolico-feudaes, nem mesmo na organização aristocrática da Inglaterra, era o Império brazileiro nma elevada arbitragem em complexa organiração federal. Si o nome pôde bem corresponder á idéa, o Império brazileiro é uma monarchia federativa, uniudo a possibilidade do maior desenvolvimento democratico estabilidade das tradições administrativas o o alto poder interpretativo da vontade nacional. Isto explica a singeleza dos seus costumes democráticos, negando-se a receber qualquer baptismo nobiliario, e o profundo respeito quo tributava ao actual im perante, que considerava como o fundador da unidade nacional. Puru elle a evolução dessa grande idéa ainda não estava completa: ainda havia diques que a continuam, preçonceitos que o combatiam; mas regenerado o paiz intellectualmente, o Império federativo sahiria victorioso e seria uma das grandes formulas políticas da sociedade •nova. Da mesma maneira, o Dr. Fuiiquim era não só espiritualista como christão o càtholico convencido. Si admiüia a separação do Estado _ da egreja, nãe era debaixo do poneto de vista mesquinho da subjeição dos cultos. Desejava a mais completa liberdade de acção o todas as crenças, mas não queria peias ao cotholicisnío, que não julgava útil nem efflcaz sinão deixando-lhe a mais plena liberdade de acção e respeitando o desenvolvimento oílicial e logitimo de suas instituições. O paiz era bastante vasto para | acolher a população dos mais diversos cultos, sem antepor-lhe a timidez do regimeu secreto, mas ao lado dessa plenitude de liberdade religiosa devia haver eguaes e completos direitos para o desenvolvimento do catholicismo. O seu nobre espirito não acreditava nas crpudas applicações da doctriua positivista, que é uma utilissima formula scieutifica, mas que só promove o riso quando quer obter as honras de um culto. Uni dos maiores lampejos de alegria foi para o Dr. Caeiano Fuiiquim a leitura, nos últimos annos de vida, dos bellos trabalhos do professor Flint, acerco do progresso dos estudos históricos. Lisongeou-o extremamente a idéa justa e philos opliicamente fundada de (pie o catholicismo pôde perfeitamente combinar-se com o maior desenvolvimento das instituições políticas e com o aperfeiçoamento illimitado da sciencia. O christiauisino é antes o resultado do mais elevado espiritnalismo philosophico do quo a barreira opposta pelas tradições mysticas ao progresso da intelligencia e das instituições humanas. 18-*^B^r^^^^^^^^^^MBr Q Jmm\m\\\\\\WÊmWlHHft^ '¦^1 i_J O PALLECIDO DR. C. FÜRQUIM DE ALMEIDA. mar, á iniciativa individual, ao impulso enérgico da população, á completa regeneração intellectuál do paiz. Houve um moinento, de 18(50 a 181,7, em que as escholás doctriuarias apparecer.un no Brazil, o (pio os homens mais distinetos tiveram de escolher o seu caminho. Tavaiies Bastos foi o iniciai.or desse movimento, e foi a elle que se ligou o Dr. Caetano Fobqdim, não por Kyinpathio vaga e inefficaz, mas no campo da acção, couseqnento sempre em seus actos, intransigente nas idéas economicas. . Entretanto, como o seu saudoso amigo, o Dr. Fuiiquim foi sempre inonarchista sincero e convencido. Entrando em certos porinenores, pedimos licença para fazer uma franca exposição dos doctriuos do nosso distiucto hiographado, sem comtudo nos pronunciarmos, nem eniittirmos opinião própria. Cy."¦-'?r.-ffflB.'"'.-.'.-W.~" "'"^f^mr^ u ••'¦ «v*. " •• úZfl ' '*___. vwl .?.__. y__B _.-'- ¦ _¦_____¦_.^-ürfalV-t1.'....-:'^f_i^_B_t__-^^_-gg___P^' ' —'"¦»-?_rff_~>^'MjffJy__i__, _l-*ffi^ !!i(ifF::' •¦' !> ': - ''^_i_l_W^wi^_»^;/',v ' ' II. Em um rápido esboço da sua vida, encontramos sempre o Dr. C. F. de Almeida conseqüente e firme em seus princípios. E' esta qualidade tão difficil de encontrar nas épochas de transição que, a não ser por um ideiiilismo social preconcebido, difficil será explicar o phenomeno. * BíS^-^"^^"-BH Bi /li ____B__t -~_>^"-_* 9hj B . ¦ ____í''--S-»»^_B *____¦" —____ffB9___B_____BB__r 11 ___B_______L 31 il B fwf^^-'r ^_3f_=____tv-^. ____________ _____ __P"~**H ____Ui .' -"--" -t àes^Í' __ __M_^3B^B^^^^^^^^B_______-a»yB^flfl^^M^^B^^Bl^M_--^j^WB_M-^^lWfll^BJiM*^jf fa.*¦ ;»**-'^aQB,^__l_HTJl F BB__H*rfTTf_____-___________________aa-_____-_-____-l-nf____«- Jf __ffp_l I ^^^ *~"' ^^\L —---¦---•••^'^¦¦¦«¦¦¦¦«¦¦¦Mfl.M '_s_8flwWi)B|HnraiKj-^^fl r^_______. _____t_M i ní : i it.' i Í_ r ívSê ÍJ ií_l it _b 1 B __ I ¦ _f JT P__t I________L L? B' _ l_t_v =J|fl . _«iiB_H-i___B BB __¦ _BI BH 5hl i _n ' __ ____! ____»¦_______í Ml B1 l___L EB . _IKk Mi iUI iw __E _H1 II Li I il Jl 'J__J_I__ ^_E==-=_E LUBaUl IB_l__a______i____________E________M___3(-=^---__l '~^7_____/k Bata, " ML h H_BfllBl B^n !5fi His Uk AUSTRÁLIA:—O NOVO PALÁCIO DO H£^Bi_ IH ma II» ______________B___I Ul li .»v j£^mmm\mmm\\\ià PARLAMENTO NA HbB U^l aaa»____-ntafl i I J__ N_ _____ \ M ^M ^^^ ^____ VICTORIA. K __^* BIBfHfilHIHl^RI ¦¦¦ iI_mHHI Hl i^^l ¦¦¦ ¦_¦_¦ SF^^^^fl -^" lâ^^^^^^_"^__W^^^_F_^^^^_PB_| ¦>¦¦¦*^•¦••_____________.cJ^^^i - * "-* __M_____/_- --r4______—.. Ft__B _ lín . I '*¦—*> ^mmmmW I *^"__S_L_ m\ ^_M mkvJJP' ^^_J___._________B_______Bfl_M__ ____________________¦_¦ -mm\\ 0^»i-*•. vt".?"^ mmv L^»* ¦»¦»»•" I __H__U__h \mí n Ba' P_________Mt I ''~^-T^Smmm m\S _______ I i^___B ___________B_ll_n__PI________R_l) Junho, 1879. O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO '33 V___ilM '••¦' 1 'li|<0& _f I_ r»> I M.MS __________ _.* 3_fT' : >V/'1 S-^_Jüw \l¦W^|H ¦¦ ¦ '^HHu Hh __*~ff^^V * ffil .fiíh IMHu ^tSI _j_j*^^^';^-^_m^^^^S__HB_________\'' MENINOS PARA fc i ESCHOLA. Joven ainda, o Dr. Fürquim foi forçado a ir á Europa buscar lenitivo á doença de coração, que mais tardo o fez succunibir. A epocha brilhante do Império não o deslumbrou, ao passo (pie o tornou admirador fervente do prog.esso material. Na volta ao Brazil, recolheu-se a Vassouras, cidade campestre a que pertenecia a illustre familia Teixeira Leite, com queui o Dr. Fürquim se alUara. Era então aquella pequena e louçau povoação o centro de grandes transacções bancarias e commerciaes, e tombem a residência de homens notáveis não só pela influencia política como pela cultura intellectual. Bastará apouctar os Srs. visconde de AiuxÁ, Dr. Joaquim Teixeira Leite, Dr. Alexandre de Siqueira, Dr. Manoel Joaquim da [Silva, barão de Vassouras, João Evangelista Teixeira Leite e muitos outros cidadãos notáveis, para todos reconhecerem que era um núcleo de illustrnção e iniciativa patriótica. Foi d'ali que sahiu o primeiro movimento a favor da decretação das estradas de ferro. 0 iusuecesso das diligencias do Dr. F. Coohbane, a quem pertence a iniciativa da idéa, havia indisposto os homens de Estado contra um ensaio, que julgavam prematuro. 0 núcleo de Vassouras, em grande parte ligado aos chefes do partido conservador, e principalmente aos notáveis estadistas Marquez de Paraná e Euzebio de Queiroz, glorias iucontestaveis do segundo reinado, divergia delles na questão de iuopportunidade das estradas de ferro. Levantaram, por tanto,"ajeruzada a favor de sua decretação, e nessa patriótica diligeucia, coroada do maior êxito, distinguiram-se os Drs. Joaquim Teixeira Leite e Caetano Fürquim de Almeida pelos sacrifícios o \WHÊÊÊÊa\mm. I i_B__________P___! jfll * lí <' ''':,'I^H________L'l'r wkam '\ ' 1 Pi I I ' LI 1'!' esforços quo fizeram. A instituição da companhia da estrada de ferro D. Pedro II é-lhes em grande parte devida, sendo a familia Teixeira Leite quem contribuiu com o mais avultado numero do acções. Pouco depois da iniciação desta compauhia, houve outra manifestação não menos louvável do núcleo de Vassouras, tomando nella saliente parte o Dr. Caetano Fürquim. Iteferimonos á representição popular contra modificação da liberdade de imprensa o das pnrantias da instituição do jury. Hoje estão esvaecidos os rancores contra Napoleão III. Ninguem negam a este soberano decaindo e extineto nos amargores do oxilio as mais elevadas qualidades de ostadista. Iucontestavelmeute, si elle aproveitou-so do embate que a revolução de 18-18 dera de encontro ao insustentável regimen burguez da mouarebia de Julho, comtndo é-lhe devida a esclarecida direcção que deu ao espirito publico para romper com as tradições iuveteradas do velho regimen, favorecer a liberdade industrial, a incorporação das grandes nacionalidades europeus e o progresso do., estudos experimentaes em historia e sciencias naturaes. O mundo andou muito de 18-18 a 1870, o não coube pe pieua gloria ao illustre soberano o dictador da França. Si appar< cem criticas desapiedadas o nieuospreço nas cartas do Príncipe Uismarck, é antes a emulação quem as dieta; é o despeito de ver que a sua obra não tem futuro, e que a influencia de Napoleão III perdura ua rigião elevada das idéas. Entretanto, esto sábio estadista tiuha muitos lados moraes fracos e o mais sensível era o uão ser um mouarcha verdadeiramente nacional. Allemão pela educação, pelas idéas, pela liugua qne preferia, e italiano pelos laços de familia e pelo cousorcio nos movimentos revolucionários do uuitarismo peuinsular de 1830 a 1840, Napoleão III rompeu com a política tradicional da França e foi o primeiro soberano dessa nação que so elevou na practica ás couceasões do cosmopolitismo político. Esta grandeza de espirito, que será o primeiro titulo de gloria para a historia pliilosophica, obrigou-o a couservar a dictadura durante o seu reinado e cahir com ella no dia em que abdicou. Muitos estadistas se illudiram de 1851 a 18G0 com a eflicacia das formulas napoleouicas e o Marquez de Paraná achou não poucos adherentes ua tentativa de restringir as liberdades publicas, imitando o império francez. O núcleo de Vassouras, oppondo-se energicamente a esta errada imitação, e o Dr. Caetano Fürquim, sendo um dos chefes do movimento constitucional, tornaram-se dignos do respeito publico, tanto mais que o illustre estadista Honorio Heumeto cedeu ante esta manifestação, e dahi data a nova epocha liberal do paiz. Pouco depois realizaram-se as nossas eleições por círculos e Vassouras enviava ao parlamanto o Sr. Mautinho Campos, que foi sempre o susteutaculo das idéas mais judiciosas do verdadeiro regimen popular. Já anteriormente fora Vassouras, uniudo-se ao iUustrado município de Campos, que pela primeira vez levara á câmara dos deputados um dos mais illustres estadistas ^amW:mÊ*i\i i_,«>_____-HS;Ç___ 'RI H_r-Vf_H r^^ 1 __Píl ili"1"-' ¦ma Kfflül __n___ifC^i iiP- I Üil ¦ ' *!-_______ ______I^^^i^__r] ^tÉWt •'•'• ' __B--*__H H chama-me de madrugada. CFFI.C.^,-< ITICüCT .. ... \ i_____Ms_5B Ir*^ _fl HPnfflni'! i ' |M| ** '%__Í!i__l____L -_»«^* —-- *** ^wíc*. *l\lil^____F_fl__n ________! Kr' JKwlÉM^I DBMDN4 _» _____Fl__________________ln--'^''' y '«m__3_r^" J'_^^Bf______PfTl ____k.iJH E91H^r 'il' >^_^B mvrlill ^ i C- ' |ny Br/V///r__t_ií." • _Bfu__S^è____i. ¦ Br- a "W^IBfiH MENSAGEIRO LEVANDO ll) »___> * »V' h_t V n' '^^HfkEvVf^ ¦^¦^'AI '• 1 «ki IiE--x ' Ato íi l: ___í7*a>s __¦___¦ _>^ MENSAGEIRO UR11ANO EMPREGADO COMO AMA. da geração presente, o Sr. Conselheiro Francisco OotaviaNg de Almeida Rosa, destinado a presidir aos mais enérgicos eusaios da regeneração iutellectual do paiz. Mudaudo-se mais tardo para a corto, o Dr. Caetano Fürquim foi chamado a um dos logares da direcção da Associação Commercial, o ahi deu provas do integridade de espirito, favoreceudo todas as liberdades econômicas, distinguindo-se principalmente no apoio á liberdade de cabotagem. Em um só poneto pareceu o digno economista separar-se de suas crenças, quando na questão da emancipação da escravatura se pronunciou contra o projecto do Sr. Visconde do Rio Branco. Entretanto o Dr. de Almeida foi sempre abolicionista, mas era da eschola practica o moderada, e parecia-lhe que o ventre livre não era uma solução, pois nada havia no paiz preparado para substituir o braço africano. Sem o accompanhar nesse poneto, sempre o vimos adverso á euiaucipação immediata, tendo por corollario a colonização africana on asiática. Respeitando a sua preferencia pela exclusiva colonização ouropéa, sentimos não o poder accompanhar nesse poneto, por nos parecer contrario ás condições especiaes da civilização no Brazil. Quando tractou-se da edificação da nova praça do commercio, e o humildo signatário deste artigo iniciou como redactor do Diário do Rio a campanha a favor de um plano mais vasto, que concentrasse na rua Primeiro de Março todas as repartições necessarias ao commercio e desse o exemplo de edificações com proporções dignas da capital do Império, si houve da parte do Jornal, da Republica e de todo o jornalismo o mais generoso apoio á idéa, é ao Sr. Dr. Caetano Fürquim, secundado pelos Srs. Visconde de Tocantins, Visconde de Mauá o Visconde HMviLET _f^_m^^mmff^^iC^W^aaam T n^_â26'' IGHT5 SffsJKgÊ -____¦-i_ /IfklCHP i vmw °Am3Sa\\ Y •L / ____)¦. _f|//.j ii'_i-*^^^--l ¦" í__-*"*"" rnm*Êam\aw ^ÊSmaaaaa. ' H?: WaVÈmi <9u_laJv m» saFÊÊàtíliu. iikSSrY '¦' *C^ _B ____k mjinw ___m __¦__. ___fi___THVINI i' ¦ .,iL|.'-,_S____i ____ rfflH •• ¦ llf_______. - ,:Jaa\maWjàí ;Hpyn Mm I ~maMmòi 1 lim '¦ Ml -MÊimM 'wWMl/Êm .lll " mMm ILÍJm\ 11m ¦ i H W ____¦'' iial^t ___¦ mSÍ Jrfll ttèíwJxVí/ Y^7A/AilR_n/^ll^___í _____RI^_i 1 k^^I _________ SJÊommm /Arai'nlIVI IHÍB B ' /^AB»///w)V_vs.t_lIi*'"Tírí _H_r^_VII w____________B___r '¦mJIW:WWl%Maa\ mMmm\ ___ Ül llllffii patrulha de serviço. PATRULHA ACCOMPANHANDO SENHORAS. O SERVIÇO DE MENSAGEIROS URBANOS DE NEW YORK. MENSAGEIRO LEVANDO PARA- CASA UM BÊBADO. '.-•' du 8. 8ai.vj.ooh ne Mattumnhoh, que indubitavelmente «e deve 11 execução. No pctuamento do Dr. Cakt.ino PouqoiM ligava-se a esso unindo mtlhoramouto O plano «Ia reforma g«-ral «Ia capital do Império, abrindo mt&s rum e derrubando barreirai», qae a torliam iiiMilnlir»' < in«l« bit.iv» I. A fftiw generosas aspirações, que traziam'o cunho «Ia paliolophin moderna, e "pie Receitavam o conourso de Iodas o* voutatues e diligencias estranhas na grande obra «1«> progresso naciouai, nuía o l»r. FoiiQOiM o mais extremado patriotistisrao, qne ant'puiihi a todas us questões de lntere»e pessoal, como o provou em sons actos do abnegação durante todu a guerra do Paraguay. Este nobre complexo de gouorosas qualidades é digno do st»T Imitado o encerra em si iw sementes «lo verdadeiro desenvolvimento e progream» «lo Império. Nilo entraremos na apreciação de sons grandes trabalhos na exploração da estrada «le ferro estratégica de Uruguayana, nem da reforma da estrado de ferro Leopr.ldiua, em «pie prestou o mais valioso auxilio aos Km. Dr. MKLLO BaMIETO e coiuiiieiidador Antônio Oablos Tkixkira Lkitk, porque são questões ainda pendentes e envolvem interesses que nâ«> podem ser «lisnítidos em um simples esboço biographlco. Dlromosafómonte «pie o Dr. FonQora apoiava energicamente todas as emprezas «lo viação férrea ua Província de Minas e antevia no seu êxito não mi uma questão de interesse provincial como o luturo «lu lavoura o do trabalho livre em todo o Império. Estes simples traços, ctcripli s á ]>re.-su e roubados ú vigília, babtam pura charaoterlrai o homem illustreqaeoBmzil perdeu, sem uuncn tel-o aproveitado. Desejaríamos promover por este meio uniu estatua, um quadro, uma lembrança perduravtl, qno no seio «lu Associação CómmerciiU da corte recordasse a nacionacs «• estrangeiros «> generoso espirito que os uniu tva sua ompia sympathia, o que mais esforços empregou pelo progresso eeonomico «lo paiz. Porto Novo, 25 de Março de 1*70. Hi.iNAi.m.' Carlos Montóro. *JH de Março.) (Do Cruzeiro, «lo Rio, do • LEVANTAMENTO DE CAPITÃES EM LONDRES. E' bem sabido que, sol) a pressão tias deputações das pequelias Províncias, consentiu o Governo im24 de Seppenal que se votasse a lei N". í,45o de x7.>» conhecida témbró de 1 geralmente pela denòmiEsperava-se nação de Lei de Garantia de furos. ouro, garantidos aos camique, com os 7 p. C. em phòs de ferro dás pequenas Províncias, conseguissem ellas, afinal, ter viação a vàppr, como as grandes Províncias de Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro e S. Paulo. Mas, por fatalidade, cm 1873 e 1874, soffria o Brazil da mania dos grandes empréstimos em Londres, e o (íoverno tinha interesse em affastar daquella praça tomadores de dinheiro sob sua gaDahi proveio a extraordinária demora do rantia. Regulamento da Lei de Garantia de Juros, que.só foi dado pelo Decreto N". 5,561 de jS de Fevereiro . ll" 1874. , Ksse regulamento de vinte e seis artigos, ainda subdivididos em grande numero de paragraphos, passará á posteridade como um triste speçimeh do Domina-o o prurido fiscal do (loverno imperial. ¦preconceito de estarem os capitalistas de Londres anhelando os 7 p. c imperiaes; parece temer uma invasão, do ouro inglez A caça de tão boa renda. Dolorosa desillusão! Os 7 p. c. em ouro foram para Londres, accompaA nhados de tantas argucias «pie ninguém os quiz. Regulamento. fatal foi esterilisada pelo lei Ha mais de cinco annos trabalham os concessionarios, em Londres e em Pariz, para obter capita), Apenas a Comsem conseguir o menor resultado. de Janeiro, graças a esforpanliia de S. Paulo e Rio cos e compromettimentes pessoaes do Director J0À0 Fkkdkkico Russell e do Emprezario Domingos Mor 1 iNiio, conseguiu levantar capital para terminar as obras, assim mesmo hypolhecando toda a porção Aa estrada de ferro já feita. Afinal o Governo envergonhou-se da esterilidade da sua lei e dos seus regulamentos Os concessionarios, comprometiidos por grandes despezas, feitas com estudos e explorações, com advogados C commissarios em Londres, com imiteis viagens de ida e volta, exigiam que se desse um regulamento practico A lei de garantia de juros, boi, então, «pie o Governo resolveu fazer o «pie devia ter feito, logo que o Parlamento votou a lei; mandar abrir um inquérito cm Londres sobre os meios praéticos de obter capital para vias férreas com sua garantia de Juros. Este inquérito foi feito sob a direcção do Ministro dp Brazil en. Londres, infelizmente àcciisado na unprensa, e até no Parlamento, de contrariar a organizaçáo das companhias em Londres, por só querer um grande empréstimo com o capital de.^ 10,000,000, ou de todos os cem mil contos de réis da lei de 24 de Septembro de 1873. inquérito Os depoimentos deste interessante actual Relatório do do os annexos acham-se entre o durante mez foram, de e Ministro da Agricultura, editocolumnas nas reproduzidos Fevereiro de 1879, riaes do Jornal do Commercio. Paia nada omittir neste rápido histórico da infeliz lei de garantia de juros, devemos dizei (pie o De- O NOVO MUNDO-r-PERIODlCO BRAZILEIRO creio N" 6,995 de 10 de Agosto de 1S7H deu-lhe segundo Regulamento; por miséria tão imperfeito que as companhias e os concessionários das estradas de ferro, já garantidas, preferiram, quasi todas, ficar com as suas primitivas concessões, feitas segundo o retos primeiro Regulamento, e modificadas por Deu posteriores de conformidade com as exigências dos capitalistas de Londres. Assim, pois, o tristíssimo estado das eousas pôdese resumir na e.sterilisaçào da lei de garantia de juros nos caminhos de ferro dás pequenas Províncias de por dous regulamentos, feitos por empregados secretaria, talvez por demais versados nas mímicas da rotina, mas desconhecendo absolutamente os meios practicos de levantar capital-em Londres para estradas de ferro. Acha-se ainda, sem solução o momentoso problema da importação de capital para construcçào das vias férreas das pequenas províncias do paiz; serão, pois, lidas, com interesse, as seguintes condições, para levantamento de capital em Londres, formuladas por um velho amigo do Brazil. «pie. por sua posição, conhece perfeitamente os segredos do StockExchange, e o modo especial pelo «piai os capitalistas inglezes encaram os negócios financeiros do Brazil: 1.—A concessão da garantia de juros ás estradas de ferro só terá logar, como ordena a lei de 24 de Septembro de 1S73, quando se demonstrar «pie o trafico da estrada em projecto será sufliciente para o caproduzir a renda liquida de 4 por cento sobre Neste empreza. da realisação á necessário pitai calculo as despezas de custeio serão avaliadas em 50 por cento dà receita bruta, e a extensão da linha será fomecida"por um estudo preliminar, ou por outro qualquer dado da confiança do Governo imperial. 11. —Serão concedidos 18 mezes, a contar da data do Decrero de garantia de juros, para a preparação dos estudos definitivos e dos orçamentos, «pie comprehèndérão os mesmos documentos, actualmente exigidos pelo Governo imperial. (111 segundo Decreto approvará estas plantas delinitiVas e fixará o capital garantido á vista dos orcameti tos. III.—-O capital, assim fixado, depois da deducção de 10 por cento para pagamento das despezas preli[ninares, será dividido em quotas, correspondendo approximádamente ao custo das secçoes successivas da linha, que serão menores de 20 kilometros de extensão. O concessionário, ou a companhia á (piai. com o consentimento do Governo imperial, houver translerido a concessão, procederá então ao levantamento do capital em Londres, necessário para construcçào das duas primeiras secçoes da via férrea. Para o levantamento do capital serão concedidos doze mezes; mas si o (íoverno, depois delles esgotados, «piizer declarar caduca a concessão, previnirá o concessionário ou a companhia, permittindo-Uies ainda um praso de seis mezes. I Y. — Xo caso de ser declarada caduca a concessão, depois de esgotados os prasos da cláusula precedente, o (íoverno imperial pagará ao concessionario, ou á companhia, os estudos definitivos leitos, com todos os documentos exigidos, á razão de 5"oo$ para cada kilometro. V.—A taxa dos juros garantidos pelo (íoverno imperial, será de 6 por cento ao anno, livre de todas as dedúcçõès feitas sobre o capital, fixado de conformidade com a cláusula II. Quando a linha férrea tiver já sido garantida por qualquer Governo provinciai, o Governo geral affiançará essa garantia, tornando-se o único responsável perante os capitalistas em Londres. Os pagamentos dos juros sobre qualquer quota do capital, levantado com auetorisação do Governo imperial, serão sempre feitos a contar da data das entradas. VI. — A estrada de ferro deverá ser aberta ao tráfego por secçoes suecessivas ; mas as obras de construcção poderão ser executadas em duas secçoes ao mesmo tempo. Logo que a primeira secção fór aberta ao trafego, O Governo permiltiiá levantar o capital para ateiceira secção ; logo.ipie a segunda estiver em trafego secção, c permittirá levantar o capital para a quarta assim em diante até que a penúltima secção esteja aberta ao trafego. Chegada esta épocha, será nomeada uma coinmissão de quatro engenheiros, dous pelo (íoverno, e dous pela companhia; os quaes darão seu parecer sobre a probabilidade de completar-se ai suada de ferro com o capital garantido, e, na negativa, fixarão o capital addicional necessário ; ao qual o Governo só garantirá juros de 5 p. c. ao anno, livres de quaesquer deducções. . O mesmo processo será seguido quando o capital garar.tido esgotar-se antes de terminada a penúltima secção. VIL— O Governo imperial exercerá, por meio de engenheiros-inspeclores, a líscalisaçào das obras, de sorte «pie seus empreiteiros cumpram fielmente as condiçpes da concessão, Junho, 1879. Antes de dar começo ás obias, o concessionário, 011 a companhia da estrada de ferro, deverá plenamente provar ao (íoverno imperial «pie firmou contractos com empreiteiros de reconhecida capacidade para a execução de iodas as obras da Unha. nos limites do orçamento da companhia, previamente approvado pelo Governo impei ial, de sorte (pie a excesso de capital só possa resultar de causas imprevistas e perfeiiainente justificáveis. VIU.—Ernquantò a renda liquida da companhia, derivada do trafico da linha, não attingir 6} j p. <:. sobre o capital nella empregado, o Governo imperial, além de completar os dividindos de 6 p. c, pagará 1j p. c. sobre o capital, para a formação de um fundo de reserva, destinada a oceorrer ás despezas de renovação da linha e de concertos extraordinários. Logo epie a renda liquida exceder a 6!_- p. c, de todo excesso, qualquer que elle seja, será dado -3 ao Ooverno imperial e }i á companhia, até que esta lhe tenha pago todas as sommas recebidas a titulo de garantia de juros; terminado esse pagamento, toda a renda pertencerá á companhia. IX.—As condições relativas á terminação da garantia de juros, ao direito de resgate da concessão pelo (íoverno imperial, e ao pagamento dos juros, garantidos ao cambio-par de 27 pence por milréis, serão as mesmas actualmente estabelecidas; a ultima " dellas. porém, será assim expressa : Xo caso de ser a companhia organisada fora do Brazil, o capital garantido será fixado na moeda do paiz de sua organisação, e regulará o cambio par entre os dous paizes. A UNIVERSIDADE DE BERLIM. A Universidade de Berlim foi fundada definitivamente por Frkukrico Guilherme III. Rei da Prússia, em Agosto de 1809: mas já anteriormente havia existido de faeto desde o invernode 1807-1808, quando FlCHTE pronunciou esses discursos tonantes dirigidos á nação alleman. sob o titulo de Rede// au die Deutsche Nation. Berlim naquella épocha estava ainda no poder dos Fraucezes; nas suas ruas faziam parada os granadeiros dessa nação, e o rufo de seus tambores ouvia-se na própria aula em qüe o intrepiProcurou, por do professor fazia suas prelecções. allemão da apathia a o meio destas, despertar povo todas suas meappelou para que se havia entregue; seu ore seu mórias mais charas, pata patriotismo gulho, e em toda parte suas palavras produziram effeito e despertaram um enthusiastno indizivel pela boi FiGHTE «piem preparou o libertação da pátria, paiz para a guerra daemancipação do jugo francez. Quando havia publicado suas philippicas recebeu Mas o professor lembrete do ministro Von Begme. " Bem sei respondeu com orgulho: que uma bala de chumbo me pode matar a mim assim como matou a Palm; mas não estou com medo; por amor daquillo que me tenho proposto como o fim de meus trabalhos estou prompto a dar a minha vida." Nem eram estas palavras uma* bravata com pouca significação, porque naipielles dias a vida de um offensor allemão não tinha muito valor aos olhos dos conquistadores fraucezes. A Universidade foi aberta em Octubro de 1810. A sua organização era mui pouco diversa da das outras universidades allemans. A constituição academica que foi approvada pelo Governo depois de estudar cuidadosamente a operação dos systemas das universidades de Leipzic e Gcettingen, contém as seguintes disposições: Os professores da universidade serão repartidos em trez graus; professores ordinários, extraordinarios, e particulares {privatdocènteii). " Os professores serão nomeados pelo Estado, e teem por dever fazer um certo numero de prelecções durante o anno acadêmico. "Tambem os membros da Academia Prussa das Sciencias terão o direito de fazer prelecções na Univeisidade, si o cpiizerem. "Todo piofessor poderá fazer prelecções sobre (pie quizer, comtanto que esteja assumpto qualquer dentro da sua faculdade; poderá fazer prelecções tambem sobre assumptos fora da sua faculdade, si provar que tem a necessária proficiência e capacidade pára isso. " Todo professor ordinário tomará parte nas deliberações da sua faculdade,* a cuja testa achar-se-ha um decano. "O primeiro ollicial da Universidade será o rector magnificus, que será eleito annualmente pelos professores" ordinários de dentro de sua própria corpo- ração. * As quatro faculdades do uma universidade alleman são as de Ihèologia, medicina, jurisprudência e pbilosophia. Os professores que representam estas Bèççõefi constituem um corpo outros paizes é governador «pie eorrespoudt) áquelle que em eliamailo a faculdade. Esta palavra e íU vi/.th empregiidu neste artigo 110 seu sentido allemão, pnra significar, por cXtiiiulo, a secçAO ttieolfigica, mi unia dns outras, e lis vezes para de iguar o cor]io régeiitf». Mns a connexão mostra sempre qual o sentido em (pie é empregada. Junho, 1879. " Os decanos das quatro faculdades, com o reitor, o pro-reitor (isto é,'o reitor do anno anterior), eo juiz da Universidade, constituirão o senado academico. a cuja jurisdicção pertencerá tudo quanto diz respeito á Universidade em geral. " Em suas sessões o reitor será o presidente, e todas as questões serão decididas poi maioridade de votos. '* Em actos de insubordinação de pouca importancia, o reitor poderá infligir castigos sem consultar o senado. Castigos de mais de quatro dias de prisão poderão ser ordenados unicamente pelo senado." Não é uma exaggeração dizer tpie (piasi nfto ha agora instituto no mundo que tenha em suas factildades tantos homens proeminentes como se contam na faculdade de Berlim; pois nella se acham Momm- SEN; CüRTIUS, HeLMHQLTZ, GRIMM, YlRCHOW, LeO- poli» von Ranke, Lepsius, Gneist, e Zeller,— nomes estes que representam um fundo immenso de Cada um destalento, força e vitalidade espiritual. ses homens abriu um caminho para si e alargou a Não se conesphera dos conhecimentos humanos. sideram como simples mestres de moços; sua hohieE o Gonagem principal prestam á sua sciencia. vernc também olha para sua posição do mesmo poneto de vista, e lhes concede lazer e fundos para ipie possam aprofundar-se mais e mais em investigações originaes e independentes. E' certo que ninguém pode agora conseguir fazerse professor na Universidade de Berlim si não fôr homem de extraordinária força intellectual e energia, E não pode deixar de ser assim, porque segundo o systema de escolha adoptado, sú os que sobrepujam muito a seus competidores podem reter os seus logares. E' bem sabido (pie, além dos professores ordinarios é permittido a um grande numero de instructores particulares {privatdocenten a fazer prelecções n;is universidades állemans. Estes são homens que, tendo ganho distineção no seu curso acadêmico e tomado grau de doctor, aspiram a honras profissionaes. Não percebem ordenado regular, mas ganham sua vida dando instrucção em particular aos estudantes e escrevendo" artigos para os jornaes scien ti ficos. O facto de se acharem seus nomes no catalogo da universidade é olhado como espécie de recómmendação ofncial e é uma garantia da sua capacidade. Dedicam grande parte ele seu tempo ao estudo de algum ramo especial de sciencia. e a experiências de investigação independente e original em qualquer campo em «pie houver ainda logar para descobertas importantes e (pie assim olíerecer oceasião ao invésti.rador para se. tornar afamado. Os trabalhos desses homens são conscienciosos e ás*vezes de grande valor, factos minuciosos principalmente pela multidão de sem deixarem de ser mas notam, e observam que Assim, e isto muitas vezes de experiências ousadas. alieas universidades nota, de digno especialmente é um exercito constantemente estão preparando' maris de trabalhadores que, levados pela ambição ou até á sciencia, dedicam pelo amor verdadeiro que teem sua vida. A sua da maior a desta ao serviço parte intellectual da nação é imvida a influencia sobre teem se fim o proposto,(píer que mensá,quèr ganhem deixem de ganhal-o, e mui particularmente porque o numero delles é muito maior do que dão a conhecer os catálogos das universidades. .Segundo estes o numero desses instruetores particulares em Berlim é actualmente de cerca de oitenta, emquanto o corpo inteiro dos instruetores na universidade desta cidade é actualmente de mais de duzentos (1877-1877, duzentos e quatorze). Destes cento e cinco constituem a faculdade propriamente dieta, e teem o titulo de e trez professores ordinaprofessor, sendo sessenta Os privatdoccnten ajudantes. e dous sessenta rios e nas deliberações do sevoto nem assento não teem nado acadêmico. O resultado practica deste systema é muito boa. a entregar-se á Quando um professor está disposto aos mais satisfaz não e que vão ouvir vida commoda de assistir a deixam estudantes os suas prelecções um dos ás de privatdocenten (pie estas e vão assistir E desde assumpto. mesmo o fizer prelecções sobre em depende grande que a renda dos professores os estudantes, quanesportulas pagam das que parte do estes o desemparam perde as esportulas, e assim a diminuição operada na renda do professor será um forte incentivo para «pie se esforce por conservar-se na altura que deve oecupar. Aos estudantes não se impõe a dever de assistir ás prelecções de qualquer e cada um delles está livre para professor especial, necessários de qualquer conhecimentos os adqtiirir (pie os examinadores no de Aquillo seja. modo que se oecupam acadêmico curso do ou fim do semestre se apresenta estudante si o pari que é de averiguar os conhecimentos tem tomar grau o exame ou para elles adquiridos como sejam exame, fazer para os forem. Durante primeiros annos depois de estabelecer-se a Universidade de Berlim alguns dos professores procuraram regular a assistência dos estltdantes. Para esse fim mandavam fazer circular entre elles, depois de aberta a aula, um papel sobre que os epie estivessem presentes deviam escrever seus no- O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO mes. Mas aconteceu que os (pie se achavam presentes escreveram sobre o papel não só seus próprios nomes mas lambem os dos ausentes e além distio também os de Sknkca, Sócrates, Cícero, e outros homens distinetos da antigüidade. • Na Universidade de Berlim é em geral muito limitado o numero dos estudantes que assiste ás prelecções doiprivatdocenten, provavelmente porque a capacidade e a fama de (piasi todos os professores regulares e ordinários são tão conspicuns (pie bem poucos ha que se podem comparar com elles. O (pie, por exemplo, poderia um doctor com pergaminho comparativamente novo dizer sobre a historia romãna que fosse tão 'interessante ou tivesse em grau remoto a auetoridade de uma preleeção de Mommskn sobre esse mesmo assumpto ? Qual o physico que poderia lazer os estudantes preferir suas prelecções ás de HelíUHOLTZ ? A palavra de (piem sobre as antigüidades da Grécia; teria o peso da de Ernst Curtius, o exeavador de Olympia ? Em outras universidades, porém, onde não está extineto ainda o typo antigo de professores pedanticos, muito instruidos mas também muito seccos, ás vezes os privaidocenten tornam inteiramente supérfluos os professores ordinários. No decurso do tempo muitos dos privatdocenten nas universidades se tornam professores; mas não ha obrigação da parte dos (pie nonieam estes a escolheiMuitas vezes o Governo, com os de entre aquelles. o consentimento ou mesmo a pedido do senado academico, convida algum distineto sábio estrangeiro Mas, a julgar das estapara acceitar o logar vago. tisticas da Universidade de Berlim, a maior parte de seus professores foram escolhidos dos .privatdocenten-. Practicamente a escolha está rias mãos do senado acadêmico. Logo (pie ha logar vago, o reitor, em senado, envia ao Governo uma lista dos nome do nomes de trez candidatos especialmente dignos de consideração. Cada nome é accompanhado de uma recommcndação, e a pessoa preferida pela ç.òrpòra(> ministro ção acadêmica é também mencionada. do culto riorriêa então um desses candidatos, e quasi sempre aquelle que foi indicado como ò preferido 0 Governo não tem obrigação pela corporação. alguma, imposta por lei, de acceitar o candidato preferido pela universidade, mas practicamente os precedentes bem estabelecidos eqüivalem uma lei. Seria uma cousa nunca vista na Prússia si o Governo se desviasse desse modo de préhèncher os logares vagos. Si rejeitasse todos os nomes apresentados acadêmico, seria considerado como um senado pelo desafio formal lançado em rosto á universidade, e sendo esta instituto muito poderoso, muitos de seus membros tendo assento tanto no parlamento prusso como no (Jo Império allemão, o ministro que isso fizesse teria sem duvida em pouco tempo de arrepender-se de sua temeridade. O poder (pie exerce a Universidade de Berlim é devido principalmente ao facto de pertencerem á sua faculdade tantos homens grandes e afamados. Entre estes não ha nenhum que seja mais conspicuo do que Hermann Ludyvig Helmholtz, actual rector magniftcus, professor de physica, a respeito de (piem se diz com toda justiça que estabeleceu uma epocha em todos os ramos da sciencia a'qtie se dedicou. E' homem de cerca de cincoenta e septe annos Seu de edade, baixinho, e um tanto corpulento. rosto é bello; sua fronte em particular é muito alta e larga, e todas suas feições são bem modeladas e teem Seus olhos escuros e sérios as devidas proporções. são indicio de observação calma e penetrante; são um tanto frios e provavelmente julgam os homens com a mesma exactidão desapiedada e mathematica com que observam outros phenomenos naturaes. E' quasi impossível imaginar um rosto menos sentimental e mais livre de paixão, nem um rosto (pie com Sentemais certeza indique um homem scien ti fico. se logo tpie a gente olha para o professor Hklmholtz que sua atmosphera mentai deve ser clara e estimulante, e não escurecida pelas nevoeiras do Também nas rodas soeiaes elle tem a sentimento. reputação de homem interessante, mas frio e aquém Os estudantes, porém, que não se pode appròximar. trabalham no seu laboratório e assim chegam a ter contacto mais intimo com elle teem para com elle o Explica tudo com facimaior respeito e admiração. lidade e clareza admiráveis, e (piando se suscita qualquer poneto interessante de discussão, acontece ás vezes que gasta até uma hora ou mais com um só estudante para elucidar para elle qualquer cousa que Sua linguagem é sempre de prelhe pareça escura. a theoria mais abstrusa e invole cisão mathematica, torna simples como explicações, com suas vida elle, multiplicação. a tabeliã de As descobertas de Helmholtz em todos os diversos*ramos da sciencia são conhecidas universalmente. Sua fama data da publicação de seu tractado sobre "A Conservação da Força," que não foi sinão o precursor de uma longa serie de publicações egualmente brilhantes sobre a óptica, a acústica e a physiologia. Si ha alguma especialidade a que se dedique com Nesta preferencia é a physiologia dos sentidos. '35sua profundidade philosophica, combinada com a exactidão mathematica de seus pensamentos, teem produzido resultados o.s mais significativos. Os leitores lembrar-se-hão que fi>i elle (piem conseguiu averiguar quaha velocidade com (pie as "sensações são communiçadas ao miolo por via dos nervos dos homens e dos animaes; foi lambem elle quem, por . meio ele experiências acústicas, explicadas em seu livro sobre " Die Lebre der Toneniplindungen," estabeleceti a prova scientificá da theoria musical da harmonia; e foi elle quem, sobretudo, inventou o ophthalmpsçopio, apparelho «pie lança a luz sobre o fundo do olho, de modo (pie se pode observar distinc.tamente a retina com todos seus nervos e vasos sangüíneos. Assim se pode averiguar (piai seja a doença de que soffra o olho c é conservada a vista a milhares de pessoas que, si não houvesse sido irivénlado esse apparelho, seriam forçosamente as victimas de conjecturas mais ou menos duvidosas, e talvez de experiências feitas ás apalpadellas. Não será necessário dizer que Helmholtz é professor excellente e (pie suas prelecções são tudo o (pie se pode desejar. Não procura ser eloqüente, mas é claro e conciso, e faz impressão. Entre os homens scientificos da Universidade de Berlim, Rudolf Virchow, professor de pathologia geral e therapheutica oecupa provavelmente o primeiro logar depois de Helmholtz. E'homem desassocegado e enérgico que extende sua actividade em muitas diversas direcções, e tem trabalhado muito com resultados valiosos e importantes. Como physiologista tornou-se conhecido especialmente por sua grande obra sobre pathologia cellulai {Cellular Ultimamente dirigiu sua attenção para patl/ologic). estudos anthropologicos e sobre os resultados alemçados publicou uma obra voluminosa. A carreirajpoliticado professor Virchow estende-se sobre muitos annos e lhe tem trazido muitos desgostos. Parece que sempre defendeu com intrepidez aquillo que julgo 1 ser de justiça e que muitas vezes se recusou a guardar silencio quando a prüdehçiá ou o respeito devido a uma auetoridade maior lhe deviam ter aconselhado a deixar de fallar. Em conseqüência dessa sua intrepidez resoluta elle, com muitos outros homens excellentes e patrióticos, ficou in volvido nos movimentos políticos de i848-'4g, e _ e foi deposto do professorado pelo Governo reaccionario ; foi, porém, reinstaurado ei»i 1856. Desde então teoe assento no Laudlag, ou Parlamento prussiano, c tem desempenhado papel' muito importante como um dos chefes do partido do progresso ' Fortschrittspartei.) Não é de modo algum orador eloqüente, mas é uma encyclopedia de factos e estatísticas, e muitas vezes adduz argumentos que parecem muito melhor nos jornaes do que quando são por elle apresentados á viva voz no parlamento. Diz-se que suas prelecções sobre assumptos médicos são excellentes e que por meio dellas muitas vezes inspira os estadantes com seu próprio enthusiasmo por esse ramo da sciencia. E' devido especialmente a seus esforços e trabalhos tpie o Instituto Pathologico de Berlim ficou tão admiravelmente munido como se acha de tudo quanto é necessário para os médicos fazererh nelle investigações scientificas independentes. Outro professor da Universidade de Berlim, que, como Virchow, teve de soffrer por amor da sua independência politica, é Theòdor Mommskn, auctor de uma celebre historia de Roma. Oecupa logar proeminente no parlamento prussiano como um dos chefes mais hábeis e honrados do partido nacional liberal. O professor Hkkmann Grimm, filho de Wiliielm Grimm, o mais moço dos dous irmãos afamados, é homem mui diverso de Mommskn. Em sua mocidade suas affiliações litterarias estavam com os Romanticos, cuja atmosphera respirava e que deram côr á sua ambição. Mas no decurso dos annos affastou-se de mais a mais das tradições da eschola romantica, e agora sente-se, pois não se pôde dizer que se vê, um vestigiò muito fraco de romantismo quando se lé as suas pagina-;. Como novellista avantaja-se pela delicadeza co.u que traça as disposições as mais evanescentes e impalpaveis, e as meias cores mais delicadas de character. Mas foi principalmente á sua proeminencia como critico nas artes que Grimm deveu sua nomeação como professor na Universidade de Berlim. Seus volumes de "Ensaios," em que tracta de assumptos que dizem respeito ás artes e á litteratura, já se tornaram clássicos, e sem elles nenhuma bibliotheca alleman está completa. " Sua " Vida de Miguel Ângelo" é realmente uma historiada Renaissance com Miguel Ângelo como figura principal e central. E' um livro singularmente attractivo, e está cheio de vitalidade. Outra celebridade da Universidade é o egyptologo ICarl Richard Lepsius. E' homem de apparencia notável, mas apezar de sua vasta erudição suas pre.-r lecções são um tanto seccas e enfadonhas. Possue um fundo tão immenso de factos.—Do ScribneFs Mon/hlv. ü Junho, 1879. O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO. '3^ \\ i' \ I ^_t-_á_^_g^__^__^__^__i__^_B__^__^__^__^__^__^__^__^__^__^__^__^__j ^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^BMjtfj</ill^^^^^^^^^^^^i^^^^^s^-^^_j^__^_'_!S—^;j:: _M__H B|_P_>;-^_$rl_Í____gl_^_3 ' ' B_^__^l ^^i^i________________________________________________ ».'^__ ^^3_^___B_^^ ^^1^1 "" '* ' _¦__! -" **tr--j;-^_ *_H IB_?W ^rS?~^^ ^¦3 ^1 _Fíl I/ "5_j— - .r ijj ^T —__^ __^^M(^^ HA _ _L/ _¦ fl____F '¦¦^f-~ú % ^^^^ V^- S x ^s=_§_s|=&__§__%; -_! _l v." *%5&0^^í _M__\te'-^^^^___wW__Km___IIKI Wí&&0zim W^^"M?Êm Hl liliMPii |_ÍB BF^^^ff^^^^^^ol F ^^^^_l 1P_I É_Íl I I I *;¦ s M II*- "A VOTRE SANTÉ," Ol;adko de Henry G. Plumb. T O NOVO MUNDO—PERIÓDICO Junho, 1S79. BâBt^MEfaBWBi: -;*-.«> -i-A-.-. .?.T;->.--.>^Mg-=.; ¦ B B "¦ -M Hk " -ÍVv^H»*^ - • -' •3Hii»r-'^*-~ifh-dM '--'áPiíP^^i HIP1 -'-1 ¦ I p-*vtS^tfW^';JÁl «k • ;*íB E*z^.^^jr^yji^^!ipi--,av.-*-B LK "' *^B^B^B^B^B^B^B^B^B^iB^B^Br,^^?^r'\>^^.'l^^^^^^^^^^^^i^^^ x!£i£jJL-jil.'i i*lifiOZ^fJfB.iat^ ur^iJBl^^BBBBBBBBl Be&jfeKí' *flBI^^^SL^r^t^a^iBBB^B^B^B^B BliÉÉttí^^fcí^^^^^^iit^^-H '¦•'•' ^¦U^H^ú ¦¦-* B ¦bÉ':.''-'' '37 BRAZILEIRO. ml» ^b1 aB. .BB As»: ¦ """^^Bl ¦ B^pfc*.** ^^^ív.-'c ¦ «^rW- A^^t?^^áBSa<ietf^B!y£^ig3MaB^»^' rctpf^^^^S^3iBla^^^w.B^^^^^^M^^^^^^^^^Bi»^iBWBB '- ¦'-iv\'s-íS^^^^^ái^^^SvBJB^j^^B --^--^-'¦¦¦^'^ BB K**^^ Kl «L§sS^;:-\-...,^:-^ ¦ -^áPpfcft'-. B :^eSÊmSlÊSsÊÈm laYflYflYflTflYBYflYflYflYflYflYflYflYflYfllB^^^^^I^^^Í^^H >¦ y8BB^BHBB8WWÕr^t*^M>iiJ^SttEw LAKE, NO WISCONSIN. ESTADOS kUNIDOS^" A ÇATHEDRAL,"-DEVIL'S Composição de S. Johns. I '38 O NOVO 1)0 CASAMENTO ACÀTHOlilCÜ, A- bis «pio tomos sobro ettfi oustimptesão de dillleil intorpretaçào, devido no pensamento obscuro o aoanliadó «lo legislador « quo os confeccionou, Este mal »õ poderio ser sanado por meio de unia medida de grando alcance social, «pio .'• o casamento civil. A legislação nosso so tornaria mais systomatica e uniforme, o que é um grande melhoramento em legislação, estatuindo uma lei geral sobre o eo.ioiii.-n to, sem distincçàn de crenças ou seitas, qno reguiasse os efleitos civis, ou jurídicos, tpio emanam naturalmente il(.s contr.ictos (tenta ordem, como u stiocessAo, o pátrio pf>der, etc, etc. E' vei«lado tpie o pátrio poder procede nào só do ciiHaniento ¦^ oelebriido segundo as leis tio Império, como também dos odebni.loH entro os ocotliolieos, «pior no Império, quer nos paizes estrangeiros. As leis .V 1111 do 11 de Scptembro do 1801, e Regnlomentos N°30C0 de 17 de Abril de 18(hJ, e N« õGÜ» de 25 de Abril de 1874, firmam as n-gros jurídicas, qne dominam a matéria, e estabelecem o processo «la celebração dos casamentos aca^holicos. Segundo á lei tle :i .lo Novembro «le 1x27 ha no casamento além «lo eontrocto, o socilmerito, e como este prepondorfl, diz a lei, «pie abmçon a theoria tio coiifiliotridentino. deve ser olwervmlo paru validade fio enlace matrimonial. -Mas esta theoria acaabada e mesmo absurda nào foi açoito pela nossa Constituição, qne f«>i feita por homens àe vistas mais largas <• ninis liberaes, tanto que facultou nos citliulàos seguirem u religião «pie «piizesBem, nào obstante tor ádoptado uma religião «lo listado, «pio ó um grande mal. e «pio demanda unia reforma ímmedjata e prompta. O Brazil é um paiz novo, precisa «le braços, houions «lo trabalho, morig. nulos e intelligentes: é mister pois, garantir os direitos dos aeatholieos, tanto políticos, como oh que procedem das relações de fouiiliti. Destes últimos é quê tractainos: cnmpre que os casamentos aeatholieos produzam efleitos jurídicos o destarte estatuo o Art. 1'- tia lei citada os tli versos modos ou bypotheses em «pie so podem «lar aquelles casamentos. E' assim qne o casamento, quando celebrado fora do Império, segundo o rito religioso do paiz onde se achavam os contralientes, dovo ser provado por meio do certidão legnUsada pelos Cônsules brazileiros ahi residentes. Si o casamento foi feito no Império antes da lei, a certidão tio pastor «pie celebrou constituo prova sufliei.nte; si porém, foi celebrado depois da lei deve ser provado por certidão extrabida do Registro a «piose referem os Regulamentos N*30GD de 17 de Abril tle 181'';! t 5(50*1 de 25 de Abril de 1871, acima citados. Si o casamento foi celebrado «lepois da lei, porém antes do primeiro Regulamento N' Md'J o uão foi registrado dentro de ti. z u)t-z.-s[parn a Província do Kio de Janeiro, e nove pura as ® outras, como recoinmenda ti lei X' 11(1, então qualquer interessi.tlo pôde impuguar, o só produz efleitos civis tia data da inscripçAo; mas io «lepois dos Regulamentos «> registro deve ser folto rio prazo improrogavel «le nm mez. Estatuindo o legislador o casamento acatholien por este modo era mister tumbem cogitar dos impedimentos derimentos ou absolutas o rola ti vos. Os primeiros são públicos, nnllificom o casamento. Os segnndos, ainda quo possam Hiinular, si totlavia não sào nltegados dentro de trez mezes, o casamento tien valido, excepto si a parte .'- menor: pois, neste caso pode nllcgnr até nm auno depois tia maioriãade. Pode-se firmar a regra «pie o.s impedimentos sito os mesmos tanto no casamento eatbolico como no aeatholico. Si.o impedimento •'¦ publico, os cônjuges, ou promotor, ou qualquer interessado na tinlliricaçAo, uo tempo da celebração do casamento, poderá allegar a nullid.ide. O juiz .1». direito é o competente, como determinam os Regulamentos; o processo 0 ordinário e amplo, a argniçãòdeve ser feita com prova cabal. Quando, pois, o casamento «• celebrado fora do Império, é neoessorio que os documentos sejam legalísados pelos agentes consolares. Qoando, porém, dentro do Império, é mister certidão do pastor ou ministro da religião respectiva, quo «levo ser sacerdote competente, ou extrabida dos registros, para tpie o cosam eu to produza efleitos jurídicos. Entre os casamentos inixtos ou do catholicos com aeatholieos tia pelo que respeita á prova pouca diffioulâade, o paro sua ceiebroçào é mister a observância das Solemnidades das religiões respectivas, e certitlAo ánlbentica para que produzam os efleitos civis. Mas e-oiuo os casamentos celebrados «lepois tio Regulamento não podem ser provados sinòo por certidão extrabida dos regi-tros, determinam os mesmos Regulamentos, que sejam registrados nos secretarias das Câmaras Municipaes tia residência tios conjuges, Art. IU o tõ, o mus colônias onde não houver auetoridades, pelos respectivos directqres) ou pela auetoridade designada pelo Presidente «lo Província, Cm que se odiarem; ó assim quo' depois dos Regulamentos só a certidão extraindo do ngistroé tpie faz provn. O Regulamento Xo 3,009 conformou se ainda em outros ponetos com o ipie se practico nos casamentos catholicos, Os impedimentos dos matrimônios catholicos também o são nestes, como tirmii o Art. 1 §'4 da lei citada X" 1,111 de 11 do Septembro de 18t>l. mos si estes nos easnnientos catholicos estão subjeitos oo poder competente paro as dispensas, no casamento dos aeatholieos silo competentes para as dispensas na Província tio Kio, o ministro do Império, e uas demais Províncias os seus respectivos Presidentes. Si o pastor da respectiva religião celebrou o casamento sem a publicação dus banhos, ou sem estar dispensado o impedimento, incorre nos mesmas penas, a que estão snbjeitos os sacerdotes catholicos, «pie silo as declaradas uos artigos 217 e 213 do Cod. Cr. segundo o Art. '25 do Regulamento X-' 30G9. Os impedimentos notórios ou públicos nào podem ser dispensados, e tornam o casamento nullo; porquanto os próprios cônjuges on qualquer Interessado pôde íirgnir a nullidode, bem como o promotor pnblico. AI UN DO—PERIÓDICO BRAZILEIRO. A allegaçAo dos impedimentos relativos prescreve-se no tini de trez mezes, conlotlfis da data da celebmçào do aoto religioso (Art. 16) salvo si a porto c menor, visto nosto caso poder allegar até nm anno depois do itiaioriilode 0 Regulamento procurando barmonisar as cláusulas do matrimonio uatholioo com as d«»s que profetsão religião diverso, differe todavia, quando estatue ipie o casamento celebrado sem a dispensa do impedimento, niio tem precisão de revalidação, o que não acontece no eatbolico, onde é sempre mister a revoliilação quaudo feito sem v devida dispensa. Mas como oh causas tle nullitliule são sempre de grande importando, porque involven. interesses tle ordem elevada, o RegulamentO exige «pie sejam discutidas em processo ordinário, «pie os juizes de direito sòç competentes para julgarem «lo nullidade em qualquer questão relativa a taes casamentos, com appelliiçoo para a Relação «lo Dislrícto, que Unto na primeira corno ua segunda instância, será noineodo um cur.itlor pnro tlefender os casamentos sob peno de nullidade ; devendo mais no segunda instância ser ouvido o Procurador da Coroa e soberania nacional; assim temos o conciliação dos interesses Hocioes tanto tle ordem publica como privada, os quaes no caso contrario seriam profundamente prejudicados. -• Diz mais o Regulamento que ern todo o processo de oeções de nullidodes ho observarão os leis vigentes ó respeito do inatrimonio. eatbolico, o os costumes o prescripções das religiões respeetivas, unia vez tpie nào sejam oppostos ás disposições do loi de Í8G1 e Regulamentos do 18<i3 o 1871, de maneira que o legislador, embnido en. superstições e fanatismo, ainda neste pondo pautou iiquellas disposições, que regem os relações jurídicas do casamento acatliolico segundo os solemnidades e ritos da religiào catbolica romana. O Regulamento não foi providento sobre o coso em que o casamento posso ser celebrado sem a iuterferencia da religião, porquanto dassuas disposições apenas se conclue, que toes cosaineiitos nào podem ser proctieodos no Império. Si os contrabentos em seu paiz nào podem recorrer oo pastor de sua religião para contraliireni o matrimônio, como é que em paiz estrongriro hão de controhü-o celebrado por modo diverso, «piando o estatuto pessool nceoinpanlia o cidadão para qualquer logar para onde se dirija ! E' certo que dizem os com montadores da lei, que, si o pastor ou ministro da religião nà<» é competente uo seu paiz, no Império ticaauetorisado; mas si a religiàoe os ritos respectivos são mandados observar, e ella não regula as solemnidades tio contracto matrimonial, «pie são exigidas pelo Regulamento, é evidente que o casamento não poderá ser pradicado, porquanto só ooh casamentos em que iuterveem o rito e prescripções religiosas, é qne a lei extende os efleitos civis do casamento eatholieo. Tudo devido ao pânico inexplicável, «pie inspira o casamento Civil aos legisladores brazileiros. Determino o Art. I do Regulamento que aquelles casamentos rep.itntii-sc provados pelas certidões passadas pelos pastores que celebrarem, e excluo qualquer outro gênero de prova, até mesmo a escriptura publica ou particular do contracto de casomento, salvo si o.s livros dos registros se perderam, ou destruirom no todo ou na parte em que se achava o registro do casamento (Art. I), caso em que São acceitas outras provas, nino vez que haja certeza de que o casamento foi celebrado. Além das solemnidades internas e externas, qne devem ser observadas, é mister a competência do pastor : conipeteucioque o Regulamento estatue exigindo que seus titulos de eleição ou nomeação sejam registrados no Secretaria do Império, ou do respectiva Provincio, oiurc residir, sem o que nào pode celebrar esses actos religiosos. Destarte qualquer sacerdote torna-se competente desde quo apr.-sente certidão do registro. Si o nomeação fyr feito fora do Império, deve ser legiilisada pelo Cônsul brazileiro residente no paiz ein que tiver sido feita, ou outhonticada pelo Cônsul desse paiz residente no Brazil afim de «pie possa ser registrada. São estas os condições para que o.s casamentos aeatholieos produzam o patrio-pòder, e totlos os mais efleitos civis. Revestidos de todas ns solemnidades, [os casamentos, ainda que sejam erguidos de nullidade, emquanto uão passar em julgado a sentença de nullidade, produzem todos os efleitos júridicos, de maneira que com justiça se lhes pode applicar a doetrina estabelecida acerco do matrimônio putativo, (pie produz todos 08 efleitos civis, emquanto não é ammlodo por sentença passada em julgado. E' mister acabar com estes embaraços todos, com a adopçáo dr, lei tio casamento civil entre nós, Entre as grandes idéas de reforma, que preoecupom o espirito esclarecido do mais eminente estadista brazileiro, o Conselheiro Saldanha Maiuniio, se acha o do casamento civil, e com tão illustre patrono é licito abrigar-se a doce esperança de um futuro melhor para esta vasta zona do solo americano.—Do Reze lulense. GKNK1ÍAÍJSvrÃo DD K.NSIXO DO DESEMÜ Em continuação aos artigos com esto rubrica, publicados em 0 Novo Mundo nos mezes de Novembro e Dezembro de 1878, transcrevemos o seguinte carta : Rio de Joueiro, 7 de Fevereiro de 1S79. Illino. Sr. Dr. Aim.io Cesaii BoitOES. Meu choro amigo, Saúde, etc. « Recebi e li, com a maior satisfação, o bello livrinho que euviou-me com o titulo—Desenho Linear ou Elementos de Geometria Praclica Popular, seguido tle algumas noções ele Agriniensura, Stereometria e Arclutectura. • O AxDRK.siNiro já apoderou-s.- delle, e está fazendo na lonsn exercícios de desenho linear com esse soneto entlinsiasmo characteristieo da infância. Principiei a sympathisar com o sen livrinho logo na Iutroflucçõo. Encontrei ahi idéas tpie, desdo limito propago no ensino «la Eschola Polytèchnica e nas oolumuas do Novo Mundo o do Revista Industrial Meus artigos E-lucação Technica, do Aoi-o Mundo do Octubro* de 187õ. e Gèneraüsáçàó dn Ensino do Desenho em 0 NOVO Mundo de Novembro e Dezembro de 1878 restituir-lhe-hào o prazer, qno me deu com a leitura do Prefacio dos seus Elementos de Geometria Practico Popular. Sabe perfeitamente quanto é grato reconhecer que não st está isolado.no combate .contra a désidia e a rotina. Junho, 1S79. Antes do fundação do Lyceu dé Art-s o Offirios por Bethbncourt i»a Silva, a mocidado brazileira não tinha eusino algum popular do Mello. O Lyceu esforça-se poro supprir esl. oeficiência ;io Rio de Janeiro; seu livrinho vai ext«ll(l»r a propaganda a totio o Brazil, a principiar pela escliol i primaria. O desenho linear d «» A, B. 0 d«» bsllo. Evi lentemente otimpre .pio seja ensino lo nas escholas primarias Pessoa algnina deve ignorai o. Paliar, escrever e desenhar todo o numera «levo saber; sào os trez meios do comraunicnr i.léos. Ser incapaz do transinittir as formas que viu on qne imaginou, «'• uma deficiência fatal. Educar .'• proparai o Criança no bom. no justo e no bello. Em seus coraçOesiubos aobam-se obllocadas os sementes dessas trez sublimes arvores; mas, ppr certo, a semente qrie primeiro germino e a de mais fácil cultura, éa do bello. A criança tem horror o tudo «pie é feio, disforme ejasyniraotricô. O qualifleativo/eío «'• para os meninos o peíor de todos. Com a educação nos habituamos o encanir, sem mostras «lo repugnância, pessoas feios e defeituosas; mas aos meninos istoé impossível; oo ver qúalqer deformidade seu instineto do bello revolta-se immediatamente. O seu livrinho é excellente pira propaganda. Ensina símultoneaineiite ao mestre o ao oluinuo. As series de perguntas o os quadros syuoptícos, om seguida :í cada lição, mostram ciornniento aos professores como devem ensinar. Será indispensovei tpie os escholos primorinH tenham series de modelos preparados para todas as lições. Os Estados Unidos, a Suissa, a Bélgica, a Trança o a Allemanha fornecem hoje collocções ntilisiimis e por preços insignificantes. Uma dos grandes vantagens dos seus Elementos de Geometria Practica Popular é o riqueza em figuras bem regularmente lithngraphodoH. A collecção final 6 principalmente preciosa. Nesta primeiro edição escaparam alguns enganos (pie será fácil li mo remediar no segunda; algumas definições poderão tombem ser aperfeiçoados poudo-as de accordo con. o ensino do geometria superior. E' este o oitavo livro, de (pie faz doação á mocidade brazileiro; com certeza é o mais importante e o que vai produzir maiores benefícios á educação popular. Necessitamos educar esta nação paro o trabalho;estamos cansados de ouvir discursos. Já vai passando o periodo de verbiagem, necessitamos restituir á sciencia positivo, ií agricultura e ã iudusirin os talentos, que no. esterilisavam nas egoisticas luctas que denominam politica. » Seu livrinho seni nm grande guia da infância parn as proviincias da industria «• do trabalho om geral. Faço cordin.-s vot os paro que os Elemeiüos de Geometria Praclica Popular ainda teuhaiii muitos irmãos eguilniente úteis á mocidade brazileira. (pie já tanto lhe deve.—Creio-me sempre—Seu ottento Patrício e Amigo.—Anlm.í'. Rebouças. # 0 CELIBATO CLERICAL PELO DEPUTADO DIOGO ANTÔNIO FEIJO. (Continuação.) Éisaqui como uma lei imprudente acostuma os subditos á desobediência, e ao desprezo; e introduz a imoralidade. Mas se a lei do Celíbato tem este inconveniente comum com as outras leis irhprudentes, ela tem além disto um caracter privativo de dosmoraíizasão da mais alta trascendencia, como paso a mostrar. Ao Padre, principalmente Cura d'almas, desde o infélis momento, em que cede á inclinasão ao sexo, a nào ser por um acazo, onde cesada a paixão tem lugar o arrependimento, necesariamente se antolhão dois abismos, dos quaes um é inevitável . é vem a ser, a apostazia, ou o cumulo da perversidade. Por«pianto, ou o Padre continua á dar credito á Religião, e então os princi pios da Moral Cristã o fazem reo, e reo de nefandos sacrilégios todas as vezes, «pie eizercita o seu Ministério manxado de um tal crime. A vergonha, ou o intere.se. no principio; vence os remorsos; pouco a pouco o abito se contrac; cem breve a transgresão de tantas, sagradas leis o abilita para tragar toda a sorte de crimes, e é quando tem iugar o adagio—A um perdido tudo fas conta.—Ou o Padre não pode rezistir aos remorsos ; e então lansa mão do Deismo, onde a seu arbítrio organiza uma Religião a seu gosto : ou para maior desgrasa sua, e da sociedade, adota o tenebroso, e mirrado sistema do Materialismo. ou Ateismo; e com a mascara da ipocrizia continua a perceber os cômodos, e vantagens, que lhe oferece o Sagrado Ministério. Apelo para a experiência. Deponhão os Observadores imparciaes. O Clérigo cazador, negociante, ou jogador: o Cierigo negligente, ambicioso, ou avarento : o Clérigo murmurador, soberbo, ou uzurario, encontra mil preteiztos, que diminuão a culpa aos olhos da sua conciência ; ele se pode iludir; e na suposta boa fé eizercer ainda com proveito dos fieis o seu Ministério. Outro tanto não acontece ao Clérigo incontinente. A Moral Cristã lhe ensina, que neste gênero de pecado não á parvidade : tudo é grande, tudo é mortal. A fraqueza, e a paixão podem dobrar sua vontade; mas não podem seduzir sua razão, em(pianto não renunciar os princípios Religiòzos, que profesa. Por iso a incohtinencia estende, e propaga o vicio, a todas as asões do Padre; as quaes lição necessariamente envenenadas, como nacidás d'um agente criminozo; pois tal é a doutrina Crislà. Lis a catiza porque será íarisimo encontrar um Padre incontinente, (pie não seja perverso. Eis a cauza, porque o Clero Grego, e Protestante é tão gabado pela maior parte dos Istoriadores imparciaes; quando Junho, 1879. comparao a sua moralidade com a dos Padres Catolicos em geral. (74S) A imoralidade do Padre injlue tí uma maneira parti, cular na imoralidade publica. Certos de «pie o Celibato é a origem, e causa principal da imoralidade do Clero, convém ainda observar, como esta imoralidade inllue «ruma maneira particular na imoralidade publica. A Religião consta de duas partes, especulativa, e pratica : a primeira é relativa ao Dogma, objecto de crénsa : a segunda dis respeito á doutrina, objecto da Moral. Ora, sendo a Moral publica ligada com a religião, ou parte esencial dela: sendo os Padres os seus Mestres; encarregados pelo sagrado do seu Ministério da reforma dos costumes, è para iso recebendo quazi todos ordenado, ou elementos públicos; porque razão não aparecem os rezultados, tpie erão de esperar? E' por que sua conducta está em contradisào com suas opiniões; seus eizemplos não se conformão com seus conselhos; e siuis palavras são destituídas de unsão, e de vida; é porque o seu Ministerio é preenxido d'tima maneira futil, e aparente : porque suas vistas, e suas intensões não estão de acordo com os fins da Instituisão. O Pároco batiza, prega e confesa; mas como desempenha ele tão importantes ofícios ? uma eisterioridade van, muitas vezes ate despida de decência, é o «pie se oferece pela maior parte aos olhos do serio Observador. E porque isto acontece? Porque sua conciencia conderia todos os seus actos; e os condena, porquê um vicio radical os envenena, a incontinencia. Eis como o Ministério sagrado não só se torna inútil, como demais a mais o Padre dezacreditando, com a sua conducta, 011 pelo menos fazendo suspeitosa a Moral, que ensina, multiplica o numero dos perversos. Uma objecsitb, fraca sim, mas mil vezes repetida, se costuma opor a todos estes argumentos; e vem a ser—Ia. que não é a incontinencia, (pie torna o Cierigo viciozo; 2a. «pie se bastante razão fose a transgrésúo d'lima lei para ser ela revogada, nenhuma lei ainda a mais •justa devia ser conservada, porque não Objecsões miseráveis, deixa de ser transgredida. 1". porque não obstante (pie muitos sejão os vícios a tpie estão sugeitos os Ecleziasticos, temos com tudo nionstrado, que a incontinencia é dentre eles o mais próprio; e d'nnia tendência necesaria á desmoralizar 2°, Porque é uma verdade ino Clero, e o povo. contestável, que toda a lei umana, que longe de condÜzir o Ornem ao fim pertendido, pelo contrario mais o afasta dele, é por iso mesmo injusta, e indigna de continuar em vigor; o que dando-se na lei do Celibato, e outras semelhantes, não acontece com aqueIas leis necesarias, que não tem outro fim, «pie eizeIndependente de legislação cusão da lei natural. alguma, será sempre proibido o roubo, o asasino, a calunia, a traisão, &c. e por iso o Legislador jamais deve césar de impor pena á taes delictos. São sempre um mal; não á cazo, em que posão ser concediNão sucede outro tanto com a incontinencia; dos. ela é somente má, por que a lei a proibc; ç desde que esta lei, bem longe de conduzir os Padres á perfeisao, pelo contrario os leva pela maior parte á perdisão, é de prudência; é de justisa, que o Legislador a revogue. Concordamos em que o Padre pode ser um perverso: pode pizar as leis as mais sagradas; pois é ornem: «pie ainda cazado pode ser um adúltero, um deboxado; mas nese cazo seja corrigido com toda a severidade das leis; ou incorrigivel seja demittido de Mas se o seu mal, a origem tão elevado Ministério. da sua desgrasa é a incontinencia, então o único remédio é o cazamento: não he infalível, mas é o unico. (79) Suponhamos porem, que a lei do Celibato é justa, e incapas de ocazionar a imoralidade; ainda assim é inútil; e eis o que nos propomos demonstrar. A lei do Celibato ê inútil. Xão sendo em geral pesoa alguma obrigada a cazar-se; sendo alias o Celibato um estado menos pensionado a todos os respeitos, vemos em toda a parte e em todos os tempos grande -numeio de Celibatarios; e nos diversos sexos, principalmente entre os Católicos, muitos vivendo castamente independente de lei, que a iso os obrigue. O calculo das vantagens na ordem temporal para uns, e na ordem espiritual pars outros, é a busola, que a todos guia no abrasar este estado; e por iso mesmo que não são proibidos de contrair matrimônio, nele se conservão, mw que novos cálculos de felicidade temporal ou (78) S. Pedro D.imião descrevendo a vida liceueiosa dos Padres; pagando pelo Bispado de Torim, refere, que axou os Eclez. daquele lugar muito ouestos, e bem instruídos— satii honesli, e decentur inslructi—moB sabendo, que erão casados, por permisão de Couiberto seu Bispo, dis o mesmo Santo, que imechatamente a lus se lhe tornou em trevas, e a alegria em tristeza. Tanta forsa tem o prejuízo; mas a verdade aparece a quem a quer ver. Disert. 2*. Opus. 18. (79) Na Ep. 1. aos Cor. cap. 7. v. 2. dis—Mas pura evitar a fornicação cada um tenlia a sua mulher, e cada uma tenha seu marido. Pereira. 0 NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO 139 ¦-,,,• espiritual lhes aconselhem p contrario; e todos sabem a dificuldade de contcntarse o ornem com um estado, qüe lhe parece contrario á sua natureza, desde tpie pasá a ser forsado. Ora, se isto é assim, qual a vantagem da lei do ^ Celibato? Nenhuma. Sáo continentes pela lei os que o serião sem ela; ou para dizer melhor, o numero dos continentes seria maior na auzencia da lei. E se at azo é crivei, que á algum continente em virtude da lei, que o não seria sem ela; pode tãobem afirmarie, (pie esc ornem, (pie tem de lutar freqüentemente com sua natureza, que tem de lansar mão de todos os recursos necesarios para domar suas inclinasões; (porque na ipoteze ele se inclina ao cazamento) perde sem duvida os melhores momentos da sua vida em um combate, cuja victoria é nenliuma; momentos, (pie devião aliás ser empregados no dezempenho de deveres importantes, que a natureza, e a Religião lhe prescreve; pois (pie o mérito da continência não está só na privasão dos prazeres, mas na dispozisáo apropriada, que por ela se adquire para fins de mais alta importância, como nos ensina S. Paulo. So) Não devendo o Legislador prender, nem coartar inutilmente a liberdade dos subditos, é evidente (pie a lei do Celibato deve ser abolida, por iso mesmo que dela nenhum bem rezulta. // abolisão do Celibato e o voto dos Omens prudentes. A necesidade da abolisão da lei do Celibato forsado tem sido prevista por muitos espíritos illustrados, ardentemente dezejada pelos Omens de bem, que não olhão com indiferensa pam. as desgrasas dos seus semelhantes: e pedida com instância por Monarcas, que ignorantes dos seus direitos, ou escravos da superstisáo de seu século, tiverão recurso a Auctoridade, tpie estava então na pose de pôr, e tirar impedimentos do Matrimônio a seu arbítrio. O Imperador Sigismundo suplica no Concilio geral de Constansa a abolisão do Celibato. Nos Concilios de Piza, e de Bazilea fizerão-se iguaès instancias; mas razões políticas as inutilizarão. (Si No Concilio de Trento foi quasi unanime o acordo dos Príncipes Católicos em requerer a abolisão do Celibato. O Duque de Baviera desprende nesa ocaziáo uma inergia admirável na deinonstrasão da sua necesidade, eispondo as razões políticas, e moraes, em que esta se fundava. Alem de outras, ele dis— Padres entre apenas averia um, que não fose jo que notoriamente coneubinado: que não erão somente os Padres que requerido a abolisão do Celibato, mas tãobem os leigos, e Padroeiros das Igrejas, j/ue não querião mais dar Benefieios, senão a Omens Cazados: que era melhor abrogar a lei do Celibato, que abrir o porta d um Celibato impuro; e que era um absurdo recuzar a entrada de Omens cazados na C/ericalura, e tolerar Clérigos concubinados: que em fun, se se quAria absolutamente obrigar os Padres d Castidade: se ordena sem só os Ve'Tal foi mais ou menos a lingòagem llios.— Sj) d-outroã Príncipes Católicos. O Cardeal Zaburelà no Concilio de Constansa. O Bispo de Sàlábürgo, e outros em seus,-Sinodos; o Cardeal de Lorena no de Trento, bem (/orno o Àr.éebispo de Granada, cujo discurso se dis estar ainda conservado na Livraria da Companhia de Jezus daquela Cidade, fizerão grandes esforsos pela abolisão do Celibato; e o Arcebispo de Praga, e o Bispo das 5 Igrejas ate sequizerão oporá votasão; mas forãò dezatendidos. 83 Pio 2". quando era Eneas Silvio olhava a proibisão do Cazamento dos Padres como origem fecunda da condenasão de maior numero, «pie alias de salvaria pelo uzo de um legitimo Matrimônio. 84) Polidoro Virgílio asegurava—que não avia Instituisão, que mais tivese dezacreditado a Ordem Ecleziastica; «pie tivese cauzado mais males á Religião, e mais dor aos Omens de bem &c. (85) (80) 1 aos Cor. Cap. 7. v. 152 - (lue.ro pois que vivaes sem inquietàção. 0 que está sem mulher eslá cuidadozo das coizas, que são do Senhor, de agradar a Deos.—Pereira. (81) Lanfaui. Ist. do Cone. de Base. (82) Fleuri Ist. Eclez.—neste Século. (83) Fleuri—Hernaudo do Ávila— Curayer—Vargas, o outros. — Apezar de que os Padres do Concilio bem couheeiào, quo o Celibato era objeto de dicipliua, e quo a podião dispensar, como dizia Pio 4''. na conferência com Atnulio Embaixador de Veueza; comttido julgarão mais prudente não tratar desta matéria no tempo, em que os Eroges reuunciavão á continência por julgada indigna de Deos, e oposta á natureza; o que nós não avansiamos, quando a cousidemtnos voluntária. A eisperieucia porém tem mostrado quanto mais prudente seria feixar ti boca aos Eregcs, e Libertinos, concedeudo desde logo aos Padres o único remédio ti incontinencia, e providenciar a felicidade dos mesmos por, úa maneira natural, solida, e dociziva. E' provavel, que um Concilio geral em o Século 19 pousase bom difereutemente, longe da rivalidade «jue iuspirío as contestasõas, e tendo diante dos olhos o «piadro permanente das fraquezas dos Padres. (81) Anual. 10. L. 11. (85) D-.trer. iuveut. L. 59. c. -i9. Sei quo muitos são os defensores do Celibato. Vemos entre outros um Goti, encarregado de eizaltar a antigüidade, e eicelencia do Celibato, bem como o dominio Universal dos Papas; mas em ultima analize, eles nada mais provão, do que a eicelencia da continência, o a antiguidade da lei do Celibato; o que ninguém lhes disputa; mas eles se acautelão em não dizer palavra sobre os bens, e males, que tem Demonstrada a necesidade da abolisão do Celibato, ou do impedimento da Ordem, para tpie o Padre posa legitimamente cazar, resta ainda satisfazer as consciências timoratas das pesoas, que sem reflecionar, e somente apoiadas no prejuízo, 011 falsa doutrina dos que se aproveitão da sua credulidade para lhes incutir terror, e prevenilas asim contra a verdatle, julgáo que o Celibato dos Padres é tuna ordem do Ceo, que nenhum Poder umano tem direito de revogar. Eu demonstrarei pois pela Istoria da Igreja, e pela autoridade de Varjes respeitáveis: que o Celibato dos Padres não é de Instituisão Divina, e nem mesmo Apostólica: (pie tem origem nos princípios do 40. século: que esta Dicipliua não se fes geral na Igreja do Ocidente senão depois do 12". século: e que a Igreja do Oriente" ate oje conserva os seus Padres cazados, sem que jamis a Igreja Latina se atrevese a censurarlhe esta pratica; antes pelo contrario a tem autorizado, e até permitido aos que se tem encorporado á ela modernamente. O Celibato dos Padres não e de Instituisão Divina. Lancemos os olhos para o Evangelho: não vemos uma só palavra, da (piai se colija, já não digo claramente, porem ainda com o mais forsado torcimento, (pie I. C. éizigire, é nem mesmo recomendase aos Padres o celibato. O único teisto, donde se (píer a martelo eistrair esta doutrina, é este.—Se alguém vem a mim, e não aborrece a seu pai, e mãi, e mulher, e filhos e irmãos, e irmãs, e ainda a sua mesma vida não pode ser meu Dicipulo.—(S6) Mas é tão absurda a perterisão de descubrir nesta máxima e outras semelhantes o preceito do Celibato; quando seria pertender, que o Divino Mestre eizige abandonar, ou aborrecer pai, mãi, filhos &c. para poder ser seu Dicipulo. Não devo cansar o Leitor em refutar semelhante despropozito. Todo o Cristão sabe quanto é obrigado a respeitar, e amar a seu pai, e mãi; e que entretanto o mesmo Deos determina que pela mulher sejão eles deixados; e «pie J. C. com aquelas palavras nada mais quis ensinar, do que a necesidade de estarmos resolvidos a deixar as coisas ainda as mais caras, quando elas forem obstáculo á salvasão. Nem é só o Cristão, «pie deve prpfesar estes princípios; o bom Cidadão não deve pôr em duvida o abandono destas pesoas, e até da própria vida, quando a pátria eizija um tal sacrifício. Isto é clarisimo: o contrario é 11111 absurdo, e até uma impiedade, e é a maior prova da sem razão o ter recurso a semelhantes leistos. .Mil vezes fala o Evangelho em Virgens; mas uma só não aconselha a virgindade e. quando dis—que muitos se caslrão por amor do Reino dos Ceos,—é evidente? «pie J, C, respondendo aos Discípulos, que julgavão dura a condisão do Ornem cazado, que se separa da mulher adultera, mas sem poder contrair novo Matrimônio; não teve por fim mais, do que mostrar, «pie muitas são as circunstancias; em que o Ornem se vê na necesidade de se castrar voluntariameiV.e para poder alcansar o Ceo. Mas deixemos A Igreja tem decidido, fundandose este objecto. nadóutrinà de S. Paulo, e na pratica dos primeiros Cristãos, que o Celibato é um estado mais perfeito, e por iso preferível ao Matrimônio, por ser mais proprio, para nele o Ornem se aplicar aos negócios do Ceo. Mas porque o Celibato é um estado mais perfeito, deve por iso ser necesario e indispensável ao Padre? Não é a pobreza uma perfeisão mui claramente dezignada no Evangelho, e acazo já se fes dela um preceito ao Padre? Qual será pois a razão porque se deixa esta á seu arbítrio, e se fas doutra um preceito? O certo é, (pie nem uma, nem outra foi por J. C. determinada aos Padres. O Celibato dos Padres não ê de Instituisão Apostólica. S. Paulo, único dos Apóstolos, que trata exprofesso das qualidades que devem ter os Diaconos, e-Presbiteros, ou Bispos, dis—Importa, que o Bispo seja irrepPeinsivel'; espozo (fuma só mulher, sóbrio, prudente, concertado, modesto, amador da ospitalidade capas de ensinar.—(87) E quando recomenda a Timóteo, que a ninguém ponha ligeiramente as mãos, para não sefazer participante dos pecados de outrem; conclue dizendo —Conservate a/i mesmo puro.—Tal é a fiel tradusão do noso Pereira, tpie não pode ser suspeito, por iso mesmo que ele é um dos defensores do Celibato. Nem outra podia ser a inteligência do Casto, e contiuenle, que traz o teisto latino; porquanto querendo S. Paulo (jue os Bispos e Diaconos fosem maridos d'uma-só mulher (88), claro está, que a continência, constantemente rezultado d'uma lei, qne tem estado sempre em déziizo por impraticável. Eis o noso trabalho. Mostraremos a verdadeira crigom do Celibato, o suas conseqüências: o nunca negaremos que aquele, a quem é dado o dom da continência, seja mais felis, do que o Ornem cazado. S. Paulo o ensina, e a eisperiencia o comprova; e tanto basta. (8G) S. Lucas cap. 14. v. 2G.—Pereira. (87) Ep. 1. a Timot. cap. 3. v. 2.—Pereira. (88) Sabese, que entre os Judeos era permitida a poligamia, e que entre os Romanos se toleravão as Concubinas, como mulhere3 de 2a. ordem; e que entre uns, e outros era permitido o repudio, cazandose com outras, ainda em vida das repudiadas; I I Bk_ ¦•• ^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^Bt^^^^^^BL -^^^^^T-T^^^r^-^ .^B r^^J HW --~viris.Jfcflk Í£^aBSseIq - ¦¦"iitii'¦(gtt|--.:.-- i al"<te^^£Í£lÉIÍCÍaatta»lHHlaf.EaBZ i.^C^a! 3S«B IsS^M ¦rrrr .ZuB é»hb.H ^jwets— *T* _~~7í.tt ^* 1 • A '^ ÜInPÍ Filrallll lBJHaJlll*aaaaaCÍa»3laÍW_lTCTtil l~r"S^C^ .iaEtjJ^B arlá?^ ^A^iltl.iS Ba ^mrm^BÊÍmU^^m^r^^mm BüHnl ^^M^H Bt^Ss?3 I b s IV i^^l G VISTA DE ANGRA DO HEROÍSMO NA ILHA TERCEIRA, NOS AÇORES, oo I Junho, 1S79. 0 NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO. 141 O NOVO MUNDO—PERIÓDICO I.|_t •e castidadc cizigid.-i é aquela, que se dá entre os Cazados; pois . indubitavel, que entre estes dAose mil impurezas reprovadas pela razão, e muitos eiceSOS justamente conde 11 a d os. S. Paulo na Ep. 1. aos Cor. nos ensina ..ver incontinem ia no mesmo Matrimônio, S. Clemente de Alexandria declara o que nos Cazados se xam.i con*> tineiuia. .Siy) Pafnucio dis iiiui claramente, que o acto conjugai -é cast idade. 90 S. Agostinho, S. Ambrozio, .S. João Crizostomo, e outros provão, como dasecastidade entre os mesmos Cazados; e tal h_ é a lingoagem da Igreja. 91 E tanto assim entendeu a antigüidade Cristã, que em inumeráveis Cânones, em que se proibe o matrimoj.tíniú aos Padres, fazendose ménsilo de outras razões, nunca se les do preceito de S. Paulo; o qué certamente não escaparia aos legisladores, que tanto inieresse mo-.trav.lo em inculcar o Celibato aos Padres, até como de tradisílo Apostólica. (92 Demonstrado, que nem J. C, nem os Apóstolos determinarão o Celibato aos Padres, e que nem se quer lhes aconselharão privativamente; i.93) resta mostrar a origem,'e progreso do mesmo Celibato. Isloria do Celibato. Escasos são os documentos a este respeito té os fins do 3". século, mas o que devemos comtudo afirmar é, que não nos poupando á trabalho algum para os descubrir, somente os encontramos a favor da liberdade, que então avia, dos Padres cazarense, ou viverem maritalmente com suas mulheres; e não deseu b rim os um só em contrario. Si Inácio, dicipulo dos Apóstolos repreende e ate ameasa de conde/iasõo aquele, que por profesar castidade se julgar maior que o Bispo: 94) desta passagem se inlere naturalmente, que uma tal pre-zunsão da parte do Celibatario não podia ser fundada, senão em que profesando fim estado perfeito, se julgava por isso superior ainda ao Bispo, que tinha uma vida ordinaria; isto é, a de Cazado. S. Clemente de Alexandria, este Padre que ainda alcansou os dicipulos dos Apóstolos, este Ornem celebre por sua erudição sagrada, e profana, escolhido para presidir a mais respeitável escola da Religião, que então eizistia, é terminanté nesta matéria; e tanto mais digno de ser acreditado, quando e.x professo dele trata. Blè teve de combater a dois adversários; uns, que detestaváo o Matrimônio, outros, queador taváo, como licito, todo o gênero de deboxes. últimos, que pretendiâo combate a estes Quando autorizàrse d-uma eispresão mal entendida de S. Nicoláo, um dos 7 Diacònos do tempo dos Apóstolos; ele asegura, que Nieotdo nunca usara de outra mulher, eieeto da própria, com quem casara.—Eis a prova do uzo do Matrimônio, e por quem ? Por S. Nicoláo. Quando combate os inimigos do Matrimônio, que alegavão em sco favor o eizémplo de J. C, que se não cazara; ele responde,— que o Salvador não tinha necesidade de adjutorio; e que nem o seu destino era ter fio . neste sentido qne S. Paulo eizigo qne o Padre soja marido (1'iiiua só mulher. Ásim o entendeu Teodoret. in. Ep. 1. ad Tini. Frnne. Roce. lnst. L. :). Tit lfi Ac—Os Gregos persuademso porem, ipio S. Paulo oisolao os higamos em razão da incoatlnencia, ipie mnnifestão por cauza da repetisfto do cazamonto; e os Latinos por qne já nilo podem reprez.ntur o Simbolo de •). 0. com a Igreja suu nnica espòza. (80) Euni, qui uxorem ducit, pro liberorum proeroatione, exerecre oportol conttuouliam, at no suam quinem cououpiscat uxorem, (piam dehet diligerc. lionc.tute, et moderato vohuitate operam daus liberis Ac. Str. :t'. (í)0) Opugressum viri oum axore legitime castitatem esse adsoreus ("ve. Selvogio Lib. 1'-'. Tit. de Pufn. (.1)1) Ilomil. 26 tn .Muth. sicut crudelis, et iníquos est, qui .astuta iliuiitit uxorem Ac. Li., de bom conj ifcc. (.2. F.tu 1071 mini Concilio do Uorna por Gregorio 7'. no Can. 1"», d. 10 <• a primeira ves, segunda a minha lombràhsa, ipiu no perteinleu entender 0 S. 1'uulo no sentido, ém que oje os l)ef «nsoros do Otílibato o querem entender; e se eicetuormos a S. -fer. não sei que mala S. Padre se serrisedá quela»Bp. paru provar o preceito do Celibato. Mus o rigor deste Podre quo até quis aplicar á qnestilo o dito do 8. Podro—Xás deixamos tudo por vós .Vc. o que •*>(' refere claramente aos bens, e não ás mulheres; pois é do QUO tratava .1. C.: 0 o Século undecinio, om quo teve lugar este Concilio, e prezidido por tlreg. 7 . nos dispensão de ultenor refleeilo, (98) Eis como so eisplicào os mesmos Autore , Defensores do Celibato, quando eutenaeiii da matéria. Perpetua lex oontinon. li tu neo a Õhristó, uec ab Apostolis, Bacris Ministris imposita fuit. Natal, Alex Prop. li". Diss. ad 1 sec. Qiiainqnaiii primis seculis ClericiH coutinentiic lex iudicta non fuerft, consuetudine tamen moribusque jam obtinebat Ac. 8ilv. Antig. Clir. . ...Nullo autetu juro biviuo, neo natunili, uec positivo eam Cldriois pricooptam esse sutis cortam est. Higer.Tpm. 3' Tit. 3' Pouco importo, quo algum S. Padre, ou particular Concilio: *¥. g. o 3' de Cartago, dô a entender, que o celibato vem de tmdisÜO Apostólica: sabem os que.tein lisão du Istoria da Igreja ser este o costumo ordinário dos Antigos, o muito mais dos modernos Escriptores, que julgão Sagrado, o Divino tudo quanto aXilO estabelecido antes deles. Assim xauiavão preceito Divino os impedimentos do matrimônio constantes do Lovitlco: asiui o 13 Cone. geral de Latram xoiuoii o dizimo de preceito Divino Ac. __. Em (im asini se xamilo os Cânones Sagrados—apezar do coisas não só profanas, como barbaras, e injustos què neles se contem: bosta ver o que neles se determina contra os mizeraveis Judeus, o Erejes paru orrorizar. Devemos por Uuito dar Btensao ú_ coisas, o não aos nomes, que se lhes quer dar. (1)4) Stqoi. poteet in eastitate manero ad honorom carnis Doiniiii__, iu buuiilitato maueat.... Bi gloriatur, periit. Etsi se luaioreui Episcopo couset., iuteriot. Ad. Poly. Nv 5. BRAZILEIRO, /lios pois que Ele era Espozo da Igreja. Ataca seus ádversahOS com o eizémplo de S. Pedro, e S. Felipe. que tivçffto íilhos. Ora, nào pode atribuirse a S. Clemente a inépcia, e absurdo de querer convencer os Ereges com o facto destes Omens quando pagílo**; ou simples Judeos; logo é necessário supor, que S. Clemente sabia, que estes Apóstolos ainda depois de xamados ao Apostolado tiverão filhos; o que nem é posivel, quando pelo mesmo Evangelho se sabe, qüe muitas vezes deixarão os discípulos de estar na companhia do Divino Mestre, e que nesse tempo é natural estivessem na de suas famílias. 95) 0 mesmo Sinto pertende confundir os Ereges com a doutrina de S. Paulo, que admite até para o Episcopado o cazàdo, cpm tanto que uze do matrimônio de um modo irrepreensível; ajuntando ainda mais—que ele se salvaria pela proereação dos filhos—Eu rogo ao Leitor _»e digne l_r toda Estruma 3' deste Santo que necesariamente ficará convencido; que até entfio não só não havia proibisão dos Padres cazaremse; como avia pelo contrario plena liberdade de o fazer, como mui claramente asevera o mesmo Santo. 96) Notese mais, que este Santo no seu Pedagogo e Verdadeiro Gnostieo propõem as máximas da virtude a mais apurada; e que té oje é a fonte da moral a mais perfeita que se conhece reduzida a compêndio; e por iso nã_ pode ser suspeito de relaxasão. Tertuliano este ornem eicesivo, que até xegou a condenar as primeiras nupsias, descubrindo nelas a matéria da ibmicasão; e que se atreveu a censurar S. Pa'ulo por permitir as segundas; ainda assim já mais se servio do grande argumento da proibisão dos Padres cazaremse; o que era imposivel lhe não lembrarse para prova do seu paradoxo, se tal pratica pelo menos eizistisé; entretanto que quando ele eizorta á continência lembra que muitos eisemplos avião dela entre os Eclesiásticos. 97) Qrigenes, este Padre que levou a tal eiceso o amor da continência, que fizicamente se castrou, apenas fazendo o paralelo entre os sacrifícios da antiga, e nova lei, opina,—que se naquela os Sacerdotes devido abster se do uzo do matrimônio, quando ti nhão de saeri/icar, que nesta igualmente só podia oferecer seguidamente sacrijicios, o que se de dica se perpetua mente d castidade— digo. que era isto uma opinião sua—videtur mil/i—por quanto ela confesa,—que não sabia eisplicar a razão, porque admiti//do a Igreja para Bispo o cazado com uma sô mulher apezar dê talvez em todu a sua vida nunca se ter cizercitado na castidade e continência, recusava faselo ao biga/no; quando alias este podia ser casto, e eontinente. Eis o uso de seu tempo. 98) Desde o principio do Cristianismo se teve em ' grande estima a continência; e grande foi o numero Atenagoras, S. Justino, Minuciò dos Celibatarios. Felis, e outros o dizem claramerrite. Os Padres escolhidos d'entre os pais de familia, como récomendava S. Paulo; anciãos, como indica o nome de Presbiteros, davão o edificante ei/.c.v.plo de toda a sorte de virtudes. Quando porém um Celibatario por motivo de pèrfeisãò entrava para o Ministério Ecleziastico, nada mais natural do que olharse com uma especie de surpreza o sèü cazamentò, tal como ainda oje acontece entre nós a respeito dà donzela, que se retira diiín recolhimento para cazar-se;oü d'uni relitanto nenhum desgioso serio,que se seculariza; entre"decerii tes comete~u"m crime: mas como de perfeisão ordinário, não estado o deixar de produpode para /.ir novidade, e até para muitos estranheza. Eis o é dado conjeéturar, acontecer que principiava que nos fins do 3." século. O primeiro facto que refere a Istoria relativo á lei do Celibato é o de Pinito Bispo de Cnosa, que em 171 se lembrou de a impor; porém S. Djoriizió Bispo de Corinto. este Prelado tão sábio, como zelozo, que vigiava sobre as Dioce/es vizinhas,lhe escreve eizortando, q//e não imfuzese o jugo pesado da continência a seus irmãos; e que tivese a tensão d j raqueza do com 1111/ dos Ome/is. 99 E em 300 pela primeira vez, (pie aparece um Conciliò proibindo o uzo do matrimônio aos Padres cazados. 100 Em 315 o ('one1. de iSVocczarea no Can. i.° deter(95) Str. :. K^o uutem áudio Nicolaum quideni uuuquam alift, quáin t-11. qute ei nupserat, uxore usum esse. Ibid. An eliiini reprobaut Apóstolos? Petrus ouim, et Philipus filios procrenrunt. E quando fala de S. Paulo, dis—Et 1'aulus quidem certo nou verètur iu quadam Epístola suam apellare conjugein, quam (N. B.) non circumferebat, quod non magno ei esset opus ministério, .te. Sei, que alguns Padres do ¦1" Século duvidão do cosam eu to de S. Paulo; mas não soi a quem so deve acreditar, se a S. Clemente dicipulo dos dicipulos dos Apóstolos combatendo adversários, quo lhe podião negar este facto; se uos que dai a 200 anosquizerâo pôr em duvida um facto, SÓ porque ele uão favorecia as suas opiniões. (9G. lindem. Quin ei uuiiis uxoris viruin utique admitit (Apostolus) seu sit Prosbyter, sou Diaconus, seu laicus, uteus matrimônio citru repiebenslonem. Servubitur uutem per tiliorum proercationem. Ibidem. Sed uuusquisque uostruin habet, si velit protestatem ducendi legitimam uxorem, iu primis, inqnam, nuptiis. (',17) Lib. de Exort. Cust. cap. õ— e 13 Quanti et quantic iu Ecclesiasticis Ordiuibus de coutiuentia consentiu, ciui Deo nubere maluerunL t.e. iinpeditur &c. (08) Kom. 21 iu Num. Certuui est, quia '23. (98) Euseb. Ist. Eclez. Lib. 1 cap. (100) Cone. de Elvira C. 33 Placuit in totum &c. Junho, i H79. mina a depozisâo do Padre que caza, e no Can. 8." manda suspender ò que coabitar com a própria 11111lher, se esta for adultera. 'Em 319 ó Concilio de Ahcira no Can; 9.0.oncede ainda aos Diacònos o cazaremse depois de Ordenados se no acto dà Ordenasão o protestarem assim querer. Em 325 celebrase o 1." Concilio geral em Nicea: á nele (piem se lembre de impor aos Clérigos a lei da continência; mas as reflexões de Pafnucio são ateudidas. Este Santo Prelado entre outras coisas dis— que bastava, que o Concilio se contentase com o antigo costume de não cazaremse os Padres que se avião ordenado solteiros. (1) O resultado foi o Concilio deixar as coizas como estavfio; isto é, ao arbítrio de cada um. Os Escritores deste século apezar de serem arraslados pelo espirito dele, confesáo com tudo, ou que ainda não havia lei da continência, 011 que pelo menos ela não era geral na Igreja . S. Atanazio na sua Carta o Draconcio refere que avião muitos Bispos solteiros e muitos Monges que tinhão filhos .-donde concluía; que em qualquer estado se podião fazer as abstineucias, que se quisesse: Isto prova liberdade e não lei. S. Bazilio no fim do mesmo século Can. 19 falando de continência profesa, dis, que ainda não estava em uzo, eieeto entre os Monges, que paredão tacitamente avela abrasado. Eusebio dii, que-o Evangelho não proibe o matrimonio; e que S. Paulo .; que desejava somente era, que o Bispo não tivese sido cazado mais d'uma vez a eizémplo de Noc e-Y., e acrescenta; que todavia convém; que os que são elevados ao Sacordocio, se abstenhão do comercio com suas mulheres: mas isto é uma opinião sua—decet —ele não se refere á lei alguma. (2) Sócrates con tempo raneo de muitos Padres (pie asistirão ao Concilio de Nicea, refere,. (pie no seu tempo ainda não avia lei geral do Celibato, posto que o uzo, mais freqüente era o da continência, porém por mero arbítrio; apontando muitos lugares, em que os Bispos ainda tinhão filhos. (3) O mesm^ S. Jeronimo, que levado da austeridade monastica de seus costumes, e do rigor de suas ideas a este respeito ao ponto, que se vio na nècestdaae ¦ de defenderse da imputasão de aver condenado o Matrimônio, com tudo, combatendo a Vigilancio, que negava o mérito da continência, apenas aponta o eizémplo, ou o costume das Igrejas de Aritioquià, do Egipto, e de Roma: as quaes escolhião para Cierigos os solteiros 011 cagados, que deixavão de ser maridos: o que prova, que as mais Igrejas tinhão uma diciplina diferente. (4) O Concilio de Cartago em 348 bem longe de impor o preceito do Celibato, somente manda aos que não querem casar e que escolhem a perfeisão da continência q/te deixem de abitar com mulheres estranhas; como já o avia determinado o Concilio geral de Nicea. (5) S. Ambrozio apenas dis, que quando os cazados erão admitidos ao Sagrado Ministério, se tinha espera 11sa,de que eles se absterião de suas mulheres; e íratandose dos solteiros, ele confesa, que estes não erão obrigados a se ordenarem taes. (6) S. Cirilo ja avia dito antes, (pie os que quefião eu///firir dignamente, isto é de um modo mais perfeito! o seu Ministério, vivião 1/0 Celibato. 7) No que ainda hoje concordamos, sendo porém o Celibato casto verdadeiro. Parece que em alguns lugares se tinha comtudo levado o eiceso da continência ao p irilo de abandoriar as propias mulheres, entendendo-se o Evangelho ao pé da letra, ou materialmente, como ao depois se fes, o que deu motivo ao Can. 6 dos Apóstolos, pelo qual se proibe com eiseoinuiihão, e ate depozizão abandoi/ar a mulher porpreteisto de Religião; e ao Can. 51, e na qual se manda depor o Clérigo que se abstiver do matrimônio, não por espirito de mortijicasão, mas por julga/o mau. (8) (1) Clioasi—Ist. Eclez. no á'> século. (2) Demonstr. Lib. 1. Cap. 9. (3) Cuni iu Oriente cuneti, sua sponte, etiam Episcopi, ab uxoribus abstineaut, nulla tamen legeaut necessitafe odètricti id faciuut. Multi eniin illorum Episcopatus etiam sui tempore liberas ex legitimo coujugio susceperunt. . . eadem cousuetudo TbessalonicíL", et in Mucedonia atque Acbaia observatur. Lib. 5 Cap. 22. Ist. Eclez. (4) Quid facicut Orientis Ecclesii.? (isto é o Patriarcado de Antioquia, segundo Fleuri) quid Egipti, et Sedis Apostolic.u, quie aut Virgines Clericos nccipiuut, aut continentes, aut si uxores bubuerint, nlariti esse desistuut? Adv. Vig. (5) Can. 3'' Qui uolunt nubere, et pudicitiii. meliorem eliguut partem, liu; evitare debeut, Ac. (ü) N011 quó exsortem excludat canjugis, non hoc supra legem pracoepti est, sed ut conjuguli castímonia ferret ablutionis suae gratiam. (7) Catecb. 12. (8) Mil torcinientoB se procura dar a estes Cânones para tirarlbes a forsa; mas comparese com as Constituis.es Apostólicas, e o Concilio in Trullo; e se conhecerá, que nós lhe damos o verdadeiro sentido. Can. (5. Episcopus, aut. Presbiter uxorem propriam uequaquam sub obtentu religiouis abjiciat, etc. Can. 51; Siquis Episc. Presb, aut D. aut oninino ex uumero Clericorum ú nuptiis, e carne &c. non propter exercitationes, sed propter detestatiouem abstinuerit; oblitus, quod omnia valde sunt bona, e quod mosculum, et feminam Deus fecit hoininem, sed blasphemans acusaverit creationem, vel corrigat se, vel deponatur. JU.NHO, 1S71). Concordando os críticos que tanto os Cânones Apostólicos, como as Constituições Apostólicas,,são o resumo da disciplina mais geral do 4., e 5. século deve notarsea maneira, por que se axa cor.cebido.o Can. 27. e Cap. 17 do Lib. 6, pelos quaes se conhece, que a proibisâo do Cazamento dos Padres era uma nova Lei, e não reiterasão de anterior. (9) Nesta variedade de disciplina, n'uma parte cazando-se ôs Padres, iVoutia só permitindo-se o matrimonio aos Diaconos; n'outra só aos Leitores, e Cantores; n'umas prohibindo-se aos ja cazados o uzo do matrimônio : n'outros pelo contrario punindose os que abandonaváo as mulheres: por outra parte crecendo q n.° das Virgens, e Monges, sendo maior parte dos BispoS tirada da clase destes, ou pelo menos dos ipie profesaváo a vida Acetica, era cònséguinte, «pie os povos se fosem acostumando a olhar com indiferensa para os Padres cazados, por terem uma vida ordinária á vista dos leigos (pie profesavão a perfeição da continência. F o contraste, (pie oferesiáo os Padres solteiros com a eisterioridade da perfeisão comparados com os (pie erão casados, ou se cazavão necesariamènte, lhes devia acarretar uma espécie de desprezo. 10) Fis com efeito o que aconteceu em alguns lugares, onde muitos não queriáo asistir a Misa dos Padres «pie se cazavão : e até sustentavão, que as mulheres dos Padres não podiáo Os que profesavão continência insulsalvarse. (11 tavão os ([tie se cazavão, Are. o (pie deu o«:asião ao Celebre Concilio de Gangres em 3S0 anatematizalos; e de/arar que com /so não reprovava a continência, mas ti arrogância dos que por esa causa se elevarão contra aqueles que adotarão um gênero de vida simples e ardim? na ria. \i A igreja Latina é a «pae mais tem insistido no celibato dos Clérigos, mas nós ja tivemos ocaziào de observar quanto foi desprezada esta Lei, e ate esquecidá na sua mesma origem (13 , nos lugares em que ela foi decretada. Fm 390 ainda um Concilio de Cartago estabelece como de novo a lei da continência. (14) O Concilio de Toledo em 400 congregado de toda a Espanha ainda se não atreve a castigar os Clérigos, (pie uzarem do matrimônio antes da proibisâo do anterior Concilio; e çontenta-se em determinar «pie não sejão promovidos ás Ordens superiores. A mesma determinação se encontra no Cone. de Turim composto dos Bispos das Gaulias e da Itália. Fm 402 uni Concilio em Roma no Can. 3." obriga os Sacerdotes e Diaconos ao Celibato, não dando outra razão mais do que serem estes obrigados a oferecer e batizar, fundandose não eni leis anteriores, mas no eizemplo dos Padres da antiga lei. No de Telipta em 418 Can. 4." se ordena como pela primeira vez o Celibato aos Bispos Sacerdotes, e Diaconos, e até sem pena alguma. No de Orange em 441 Can. 22 revogase o Cone. de Ancira, obrigandose os Diaconos a votarem castidade na sua Ordenasão, e no Can. 4." se declara que os Ordenados te ahi serião promovidos ás Ordens superiores, não obstante o comercio ávido com suas mulheres'. No de Turs em 461 Can. 1. são eizortados os Padres á continência, para que melhor se áppliquém á orasão &c., e mòderase o rigor dos Cânones, consentindo no uzo de suas Ordens os Padres, que coabitárém com suas mulheres, e somente proibindolhes a promosão ás Ordens superiores. No de Agda em 506 Can. 1. e seg. se manda somente suspender, sem depor os Padres «pie fosem bigamos, ou cazados com viuvas. (U) Can. 27 Iunuptis antem, qni ad Cleruni provecti shufc, prieeipiiiius, nt, si voluerunt, uxores accipiant, sed Lectores, Cántoresque tántumòdo. Const. Ap. Lib. 6. cap. 17. In Hpisc. Preso. A Diac. coustitui priecipimus viròs unius matrinionii, sive vivant eoruni uxores, sive obieriut : 11011 licere auteni illis post ordinationem, si uxores non babent, niatriiiiouiuni eoutralicre; ant si uxores habeunt, eum aliis copnlari, sed contentos esse ea, quam babentes, ad ordinationem venerunt. (Kl) Tale o forsa doprejuizo, que ainda eutre nós grande parle do povo ignorante'menos estrauba ver uni Padre notóriamente coucnbinado celebrando a Misa &c. do que estranharia velo fazer um Padre cazado reconhecidamente virtuoso. Tanto a esterioridade da perfeisilo impõem aos olhos do necio vulgo. Mas iKJs devemos querer a verdade, e não a impostura. (11) Cone. de Gangres. Can. -i.Siquis, de Presbitero, qui uxorem duxit, contendant, non oportere eo sacra celebrante, oblationi coniinunicare, sit anatlienm. Can. V seg. Grat. Dist. HO. Can. 12. No Can. Siquis eortim, qui suut virgines propter Domiuum, insultet in eos qui uxores duxerunt; auatliema Bit. 0 S. Greg. Nauc. censura igualmente a delicadeza dos que não querião ser batizados pelo Padre cazado, ou que não prolesava a continência. Baptizet me presbiter &c. Orat. <10. S. João Crizost. na Ep. ad Tit. dis que o matrimônio é tão Ònrozo que se pode ligar ás funsòes às mais ÀügüslÜS, e não impeite mesmo subir ao trono do Altar &c. (12) Can.21. H;ec auteni scribimus non eos abscindeutes, qni in Dei Eclesia volunt seciiudum scripturas in coiitiuentiii, et pietate exerceri; sed eos, quLpretextuin exercitatiouis ad arrogantiaiu iissumiint adversus eos, qui shiiplicius vivuut se eflerentes, et prffitêr scripturas, Eclesiásticos (pie Cânones novitates inducunt. • (13) V. Desd. Not. 58. (14) Can. 2« Ab universis Episcopis dictum est: Omnibus placet, ut Episcopi, Presbiteri, et Diaconi vel qui Sacramenta oontractant, pudicitimcustodés, etiarnab uxoribusseabstineant O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO No de Gerona em 517 Can. 6, e 7 manda se, que o Bispo, Sacerd. Diac. e Subd. cazados virão separados de suas mulheres, ou ten/ião em sua companhia um confrade para testemunha de sua continência. Contra o determinado no Can. 6 dos Apóstolos. Justiniano no principio do 6 século na Lei de Epis. et Cler. proíbe o cazamento dos Padres; mas em 580, com pouca diferensa, ainda S. Creg. Mag. por ocaziáo de Pelagio obrigar os Subdiaconos a separafemse de suas mulheres dis, que.julgn duro sujeitalos á uma lei, (pie eles não prometarlío gardar; e que só para o futuro sejão obrigados a prometer castidadé quando se ordenarem. S. Agostinho, Apóstolo de Inglaterra, tanto ignorava esta lei, ou axava impraticável, ipte consulta a S. Gregorio se os Padres, que nilo pbdiao ser co/itinentes, ti nhão liberdade de casar: e continuaro Miaisferio Sagrado. (15; Tal era a confusão, e variedade da disciplina á este respeito té o 7" século. Cada Dioceze tem o seu uzo : cada Concilio determina o que lhe parece; mas o que se não deve perder de lembfansa são as vexasões. e despotismos praticados para porse em execução uma lei mais filha das ideas particulares dos que a decretavão. do que da utilidade que dela podia rezultar, como já observámos (16), bem como da insuficiência de todos os meios empregados á esc li m. Celebrase o 6. Concilio geral, mas nele não se fazem Cânones disciplinares; entretanto a necèsidáde reclamava dar uniformidade á disciplina, è firmar vários pontos deles, taes. como o Celibato, ou a continencia dos Clérigos; «pie em muitos lugares estava em contradisao. Onze annos depois, á instância da maior parte dos bispos que asistiráo naquele Concilio, Justiniano convoca outro, que devia servir de suplemento ao antecedente. Reunemse portanto mais de 200 Bispos no Paliéió do [mperadorsó com o dezignip de reformar, e pôr em armonia a disciplina em toda a Igreja. Vemos então pela primeira vez decretando um Concilio geral a lei de continéncia; mas como ? Fis o objecto das seguintes observações (17). Dis o Concilio—"Como nos Cânones dos Apostolos senão axa permitido o cazamento senão aos Leitores, e Cantores, nós o defendemos daqui èmdiante aos Suhditos Diaconos, e Presbiteros debaixo da pena de depozisão; e todo aquelle, que quer viver «azado fasaó antes de entrar nestas ires Ordens. '' Nós sabemos, (pie na Igreja de Roma se proibe aos Padres cazados o comercio com suas mulheres; mas nós, seguindo a pèrfeisão do antigo Canon Apóstolico, quertímos, «pie os cazamentos dos Padres subzistão, sem privalos da companhia de suas mulheres nos temp is convenientes. De sorte, que se algum Ornem cazado for julgado digno do Sagrado Ministerio, não será dele eiscltiido por ser cazado; nem na sua Ordenasão se fará prometer absterse de sua muIhé.r, para nãodezonrar o Matrimônio, (pie Deus tem instituído, e abensoado com sua prezensa. "Todo aquelle pois, que com desprezo dos Canones Apostólicos, se atrever a privar o Sacerdote, Diacono ou Subdiacono do comercio legitimo com siia mulher, seja deposto. "Aos «pie crem dever elevarr-se acima do Canon dos Apóstolos, que defende deixar sua mulher por preteisto de Religião, e fazer mais do que lhes é ordenado, sepárandosè de suas mulheres de comum consenso; proibimos morar com elas,para nos mostrar que sua promesa é efectiva &c," 18 Todos asentem ao Concilio; o Papa Sérgio porem recuza aceitalo; mas não admira; porque Roma tendo sempre pertensões a ser não s«'> Mãe e Mestra, como Senhora das mais [gre"ja?, não tolerou jamais, «pie se Não obstante o Concilio censurasem os seus actos. in Trullo foi adoptado pela Igreja do Oriente debaixo do nome de Quii/iseis/o—como suplementar ao Kp e 6."; e até oje lhe serve de Regra na sua diciplina. Reflexões sobre o Jacto t/o Pafiutcio: e sobre o Valor e legitimidade do Concilio Quiniscisto. Os Defensores do Celibato encarão estes dois factos, como o escolho, onde naufragão todos os seus argumentos; e por iso procurão por todos os meios Mas apezar torcer, desfigurar, e até duvidar deles. de toda a xicana, com que se tem «pierido envolver factos tão públicos, e incontestáveis, eles são reconhecidos por verdadeiros. O faeto de Pafnucio tem sido narrado por Socrates, «pie ainda conversou com muitos Padres que asistirão ao Concilio de Nicea; por Sozomeno, escritor ipiasi coevo: por Gelazio de Cizico, escrevendo no 5." século as Actas deste Concilio: por Suidas, c outros; e Dupin dis; qüe os (pie duvidão deste faeto (15) V. em S. Greg. nas Eesp. dadas a 8. Agostinho. V. Not. 64, 65, e GO. (16) Fleuri Ist. Eel uo 7? sec. (17) Consultese a Fleuri 110 7° .Século da sua ístoria Eclesiat-tica sobre este Concilio, e nele se encontrará tudo quanto dizemos a respeito do mesmo, c deve advertirso, que Fleuri não é suspeito nesta parte, por ser um dos defensores da decíplina da Igreja Latina tocante ao Celibato. (18) Const. :i [mp. Leon. 143 o fazem antes pelo temor do golpe, que ele dá á diciplina prezente, do «pie pela forsa das Razões, (pie Na verdade Fleuri o não conpertendem alegar. testa: é o mesmo Bergier não se atreve a negalò. 0 concilio in Trullo foi convocado pelo Imperador Justiniano, e a rogos da maior parte dos Bispos, «pie asistirão ao 6," Concilio geral, formalidade cpte precedeo a todos os Concilios anteriores: foi numerozo, constando demais de 200 Bispos, entre os quaes se axarão os 4 grandes Patriarcas por si, e o Papa por seus Legados: ouve plena liberdade na votação: nele não se tratou de difinir Dogmas, mas somente de regular a diciplina geral naqüelles pontos, em que ela não tinha uniformidade, ou se apartava do verdadeiro espirito da Igreja: ora para similhante objecto 200 Bispos, e das principaes Igrejas, erão mais, (pie suficientes para referirem os diferentes uzos, e pratieasde suas Diocezes, para delas se escolher a diciplina mais geralmente recebida, e a mais conforme ás necesidades da mesma Igreja. Todos subscrevem aos Cânones deste Concilio, e até os mesmos Legados do Papa apezar de que ao depois se fez dizer á estes; que o fizeráo por surprezai em fim o Impera'.confirma. dor os aceita, ou O Leitor julgue agora (piem teve mais razão, sabedoria, e prudência, se a Igreja do Oriente adotando, e seguindo inteiramente a diciplina decretada neste Concilio, tido como geral, sem repugnância d'um só dos asistentes; ou se Roma, recuzando sugeitarse á ele, porque o Papa Sérgio o não «piis ásinar, por conter em alguns dos seus Canones uma diciplina contraria á então uzada na sua Igreja. A' vista disto como será tolerável a opinião dos que por uma cega devosão aos Papas qualificãb de Conciliabulo este Concilio respeitado pela aritiguiaade, e até encorporado pelo j." Concilio geral no 6." como parte suplementar do mesmo ? Verdade é, que os Romanos ainda se não quizerão sugeitár á esta declarasão do 7." Concilio geral; mas que importa para a generalidade d'uni Concilio o reconhecimento da Igreja de Roma ? S. Antonino, Caetano, Sandero, Clemangis, e outros xamão Conciliabulo o Concilio de Piza, porque Roma não «píer reconhecer sua legitimidade: entretanto Roma ao principio, e ainda oje muitas igrejas o numerão entre os geraes. O Concilio de Constansa foi tido por geral pelos Papas Martinho 5"., Eugênio 4"., e Pio 20.; mas desde que Roma não julgou conveniente ás suas pertensões, deixou de o reconhecer, como tal: entretanto a maior parte das Igrejas Católicas o contào ainda entre os geraes. O Concilio de Bazilea é geral para uns, particular para outros; e algumas de suas Sesões são regeitadas por alguns. Fm fim á 5 opiniões diferentes relativas á sua Fucttmenicidade. O 5". Concilio geral de Latrão é tido como tal sómente pelos Ultramontanos; e o de Florensa té oje a Kransa não conta entre os geraes. A' vista destes factos, quando só a Igreja da França, e a de Roma pode sem crime reconhecer, ou dci.xar de reconhecer como geral um Concilio, em matérias Dogmáticas, como se poderá disputar á Igreja do Oriente o direito de sustentar a generalidade do Concilio in Trulio, e em matérias puramente disciplinares, e no tempo em que ela fazia a parte mais considerável da igreja Católica? Roma conheceu tanto esta verdade, (pie contentou-se em não* mudar a sua diciplina; porém jamais condenou a do Oriente fundada neste Concilio. Concilios geraes ao depois se celebrarão, reunidas ambas as Igrejas; e nunca neles se tratou de revogara diciplina decretada no Concilio in Trullo. Continuação da fstorià do Celibato depois do f.° século té íwsos dias. A Igreja do Oriente firmou a. sua diciplina a resAli o Padre «pie, cazando se orpeito do Celibato. dena, cazado vive até a morte; mas se profesando castidadé, solteiro se ordena não pôde mais cazarse sem perder o emprego: é um castigo da falta de sua E como a continência é uma pèrfeisão promesa. nos Bispos, ela é requerida; mas como estes-são poueos em numero; de idade avansada, tirados dos Mosteiros, onde abitos inveterados lhes tornão fácil, e constante esta virtude, eis porque no Oriente é a lei observada, e sem inconveniente. Não Obstante o decretado neste Concilio, pouco a pouco se foi introduzindo o costume dos Padres torriarem um como Noviciado de dois annos, dentro do qual ainda se podião cazar sem ser demitidos. O..Imperador Leão, o Filozofo, abolio esta pratica, como abuziva. (19) • A Igreja do Oriente descansou de lutar contra a natureza, e de pôr inutilmente barreiras á inclinasão ao sexo. Seu Clero adquirio a confiansa publica pela considerasão, que lhe grangearão suas virtudes; e uma só lei prudente proporcionada á natureza umana, e á dignidade Ecleziastica, pós termo aos males, «pie em vão a Tgreja Latina em mil Concilios, Bulas, e Decretos pertende ainda oje evitar. (19) Fleuri Bist. Eccl. no 11° Sec. {Coiiti/iiía.) O NOVO MUNDO—PERIÓDICO i-M ANNUNCIOS. ".I BIBUOTHECA PARA TODOS FERREIRA FELIX Rua de S.José 110 —m • C,B. REPRODUC<;«">ES PERPE1TAS 110 .i i—— COMPRAM O vendem livros era totlos os liuguos e sobre todos oh niuios dos conhecimeut"S llUUlIllloH. VENDEM popol, pounos.tinta o demais objectos (le escriptorio. EXCARREOAM-SE de impressões garantindo a mais cuidadoso revisão o nitidez de trnbiilli... EXCADERXAM toda o qualquer obra o restounitn livros. TRADUZEM paro o portuguez escriptos em franco/., inglez, italiano o iillemtlo ou para q abpier distas línguas o port. g.loz. 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DE WHITE DAS 1879. res artistas modernos são também represoutodos por Gravuras á Heliotypla de suas obras mais populares e cbarocterísticas. A lista compreiieudo aB obras primas de Corleggio, Miobael Ângelo, Raphnel.Renibmndt, TitiBuo, Dürer, Vau D.vck, Reynolds, Bouguereau, Landseer, Millois, Schcifer, Zamacois, o dezenas do outros pinctores afaiiiados. Estas Gravuras ti Heliotypla estão improsros sobre popd de primeira (pialidade, muito grosso, do tamanho uniforme do 19 por 21 pollegudiis, e se vendem ao preço uuiforme do 3$000 cada uma, emquanto as gravuras originoes custam do 25SO00 a 30S000. Os ceutonares de gravuras tiradas por meio deste processo e (pio so acham a venda abrangem assumptos clássicos, inythologicos, históricos e românticos, Madouuos, Venus, Cupidos, etc. Amostras acham-se expostas nos escríptorios do AZULAY. ASCH »t CO., e O. CJAMES, no Rio do Janeiro, que sAo agentes ospeciaes poro o venda de gravuras do héliotypia ua America do Sul. 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'"'' H-G-KNAPP ^^^> /áy" !< \ • ;'- ®f Ifesssga "... t~^ Jkd^^l-^» ^____d l=M _=;¦.•-¦¦¦! 11 I ____2Z___ EZZZZg^jU___-. ,_. bi h_0 ® h^WW/WeeM«eee«ee««y\ ^^ (-—ia l==r WMMã \ ® V2ZB02Zlà\ I ^M/Wrr-^^Wrrrrrrrrtt WMWM—E=E__zl / IT • X -. @ t_^zzz_r_r-__áil _=__ _l * <___ E__z___ yvwssTTTTV&rA _____Z| rW_ iJR U. j y ¦ |=a _ _ j. _ . ||zg___ E8 , ymmmmufitilNWtWMim ' ! ® ^y/vam KÉ 1® a . -U I ^ ^z^_____a © V-^fe__^___________J !4 NYACK -«-NEW—YORK ^ÜHITErjTQl / MODELO DE UMA RESIDÊNCIA AMERICANA. . \ \ \ xi— \ I O NOVO MUNDO—PERIÓDICO I.»u RÉNAN E A A ALEMANHA. Ernest Rbnan, cuja eleição A Academia Franceza foi <» assumpto de conversação nos círculos luteranos u de 1'ariz no mez passado, é também* o assumpto da gravura á página deste numero dé nosso jornal. Nossos leitores já viram provavelmente o discurso de recepção que elle pronunciou ao tomar assento entre os iminortaes e sabem que nelle referiu-se o .«/.acadêmico á Allemanha de um modo tal (pie excitou as mais vivas cesuras da imprensada outra banda do Klit-no. Em resposta a essa critica, ás vezes muito M. RÉNAN publicou no Journal des injusta áspera, e tf Débats uma extensa e brilhante carta tpie desejariamos publicar integralmente, não fosse ella tão longa. Hasta dizer tpie essa réplica tem causado profunda impressão, pois exprime com eloqüência o que soffrem os verdadeiros amigos da Allemanha quando contemplam o mallogro de suas esperanças quanto ao que faria, em prol da civilização, a Allemanha unida. M. RÉNAN não pretende encobrir a divida de gratidfio de «pie ao mundo civilizado é credora a Aliemanha de sessenta annos passados, quando o gênio de Güi-.TiiK representava a maravilliasa reunião de poetas, philosophos, historiadores, escriptores e pensadores;quando ella ensinava o idealismo por FlCHTE, a fé na humanidade por Herder, a poesia do .senso moral por SCHILLER, e o dever abstracto por K.ANT. Em 1848 a França desejava a unidade desse grande pai/, um elemcnto.de razão amadurecida na direcção dos negócios cia Europa, um elevado sentimento de humanidade «pie lhe applicasse as atailtir.is nas feriOs liberaes da das feitas pela resolução franceza. França, porem, nào cogitaram «pie essa unidade ia apparecer de sob a humilhação e desastres de sua Consolaram-se, porém, com a própria mãe-patria. idéa que Ia grandenr oblige, e que a Allemanha, agora oninipotente na Europa, plantaria bem alto a bandeira da civilização. Com effeito, uma nação victoriosa, di/. M. Rknan, tem grandes opporlunidades e deveres: não pode isolar-se apenas nos cuidados de seus interesses individuaes e recusar-se á perigosa gloria de tomar papeis humanitários neste grande drama do progresso. Todo o inundo olha para ella como um guia e si acontece que falha no que delia se espera, é punida pelo tpie deixa de fazer,—pelas exigências (pie não satisfez, pelas expectativas tpie não preencheu e, sobre tudo, pelo estrago de forças (pie não empregou, e de tensão que ficou sem resultado. Além disso, unia nação victoriosa tem o direito de achar na pátria recorripensas para seus esforços heróicos,—aconchegos, riquesa, contentamento, a reciproca estima das classes sociaes. a alegria de um paiz glorioso e pacifico. Em matéria de politica tem direito ao primeiro dos beneficios,—aquelias liberdades fuiulainentaes de exprimir seus pensamentos por palavra oral ou escripta,— «pie são perigosas somente em Estados fracos, e só Uma nação victoriosa possíveis em Estados fortes. usa do prestigio da gloria, para impor, sobre todos, concessões, aninistia, sacrifícios. Assim a Allemanha tinha o dever,—e i-ru também sua salvação,—de dar poz a Europa continental, tanta paz quanta é possiElla devia fundar na pátria o govel neste inundo. vemo representativo, e encarar com franqueza os problemas sociaes; elevar as (lasses inferiores sem inspirar-lhes ciúmes de superioridade; diminuir a somma de soiírimento e supprimir a miséria desnecessaria e não merecida; resolver «> problema delicado da situação econômica da mulher e, por um grande exemplo, mostrar a possibilidade de confrontar ao mesmo tempo necessidades políticas de character diverso. O «pie é que a Allemanha tem feito para realisar Estão os este programma? pergunta M. RÉNAN. Allemãcs mais moraes, mais felizes, mais comentes No dia secom a sua sorte ? Certamente «pie não. annos havia sessenta de triumphos, como ao güinte não tinha presenciado; acha-se a Allemanha perante um descontentamento profundo,e preoccupa-scconstantemente de medidas repressivas da liberdade. Seus estadistas consideram o Estado como uma cadêá pesada e não como uma força benéfica. Fizeram a Allemanha um paiz òrganisado para guerra e se acabrunham esmagados pelo seu armamento, como os cavalheiros do 16o século. Ora não se pode esperar «pie um povo (pie assim geme tenha a versatilidade necessária para as artes de paz. M. Kí.nan indaga em (pie tenha progredido o govemo constitucional na Allemanha. Em vez de mais liberdade só vê ali medidas restrictivas. Ao passo (pie os estadistas pêam a liberdade, o camponio francez, com o seu senso commum, suas economias; e sua tosca politica vai indo em caminho de fundar uma republica regular. M. Rênan attaca o frigido egoismo da eschola dos estadistas da- Prússia que se dispensam de agradar o mundo e se envolvem em cálculos sêcios, ostentando despreso pelo jui/.o ,tios otttios e da posteridade. A gente dessa eschola não representa," como elles pieEste é grande e tendem, o gênio da Alkmanha. BRAZILEIRO gracioso, e é 11111 dos mais essenciaes do espirito humano; mas vós;" concilie elle. " vós o collocastes n'uma bigorna e por conseqüência solíre." O PIA NEVA VENUS. As bellas noites da primavera, em tpie entramos, nos permittem ver a olho mi, do lado do poente, e á hora do crepúsculo, uma estrella brilhante que, sendo a primeira a apparecer, resplandecerá com brilho admirável.* Esta estrella é o planeta Venus, a rainha das bellesas do céo. Em Dezembro ultimo passou atraz do Sol e desde entào se demora mais e mais depois do astro do dia. Em Abril ella recolheu-se ás 10 horas da noite,— trez horas depois do sol. Até Agosto irá augmentando em brilho, reinando como soberana no céo da noite. Maio. Junho, Julho e Agosto serão os mezes mais favoráveis á sua observaçào: o planeta apresentará então phases análogas ás da Lua. Pode até tornar-se visivel. sem lentes, Depois de Agosto ella approximarem pleno yia. se-ha insensivelmente do Sol até tpie, a 23 de Septembro, passará mui perto do seu disco. Desde então será Venus estrella matutina. A 12 de Oetttbro-estará duas horas adiantada ao Sol; a 6 de Novembro, trez horas, e a 4 de Dezembro,—dia de sua máxima elongaçáo—trez horas e um quarto. Depois irá outra vez approximando-se dos raios solares, e levantando-se mais tarde. Este poneto luminoso não passa realmente do tamanho e dopeso da terra. O diâmetro deste globo é de 12,000 kilometros. Elle resplandece como lim- « pido diamante e attráe a attenção dos mais indifferentes pela vivacidade de sua luz e puresa de sua brancura. Essa, em certas circumstancias, chega a ser tanta que a Venus faz sombra. Em 1797 o General Bonaparte, que então voltava em triumpho da campanha da Itália, admirou-a muito. O povo associava a sua appanção ás victorias da Republica franceza^e ao bom-sueeesso, tão rapiTalvez ao futuro imperador, do, do joven soldado. elle mesmo, não reluctastem similhantes associações:, talvez que essa menina coincidem ia fosse a origem da fé que sempre teve na sua "estrella." Não é tão moderna, como a principio poder-sehia suppôr, a observação de Venus em dia claro e á vista mia. Com effeito conta O historiador VArrão que Enéas, na sua viagem, na Itália, tinha constantemente esse planeta em vista, apezar da presença do Sol acima do horizonte. E elle é de certo um dos (pie teem sido observados lia mais tempo. Os antigos o deviam ler visto, primeiro, em razão do seu brilho, e, depois, por causa do seu movimento. (guando elle se desprende á noite dos raios do Sol poeme. delle desvia-se cada dia um pouco mais, até uma certa distancia no oriente, parecendo dirigir-se, como a Lua, para a esquerda do observador. Ao cabo de alguns mezes tem-se affastádó do astro do dia á uma distancia angular que pode chegar a 48 Neste caso o planeta recolhe-se trez horas graus. depois do Sol. Estrella precursora da legião celeste, diamante brilhando sçintillante na abobada dos céos, E' por ella domina o coro das bellesas superiores. isso (pie, em todos os tempose entre todos os povos, ella foi saudada com o titulo de Estrella da noite por VI o unico planeta de .pie fáljou Hoexcellenciá. E com MERO, que o designa por Kallistos. a bella. effeito, não é a mais bella das estrellas? As phases de Venus apresentam aos «pie não se acham bem versados 110 estudo da astronomia um interesse muito vivo. Basta um óculo de potência mediana para poder-se reconhecel-as. Quando a observamos pela primeira vez não é raro nos illudirmos, crendo que é a Lua que estamos vendo. As melhores horas para a observação por óculo são as do dia. I >e noite, a irradiação produzida pela brilhanie luz deste bello planeta não permttte que distingamos bem o contorno de suas phases. A medida exacta do tamanho apparente de Venus, combinada com a sua distancia, mostra «pie este pianeta é, pouco mais ou menos, do mesmo vulto real do que o em que habitamos. Si representarmos por 1,000 o diâmetro da Terra, ode Venus serárepresentado por 954. Como se vê, é apenas um pouco menor. Seu diâmetro é de 12,000 kilometros, ea sua circumferencia mede por conseguinte 9,500 léguas. Seu volume é egual a 87 centésimos do da 'Terra, ao passo «pie a sua superficie excede os 90 centésimos, isto é, quasi é a mesma da do nosso planeta. Nenhum outro globo no systema poderia ser mais parecido com o nosso, do que é este. 'Todos os cálculos feitos demonstram que este pianeta pesa menos do «pie o nosso. Representando por 1,000 a massa cia Terra,j| de Venus será representada por 7S7. O conluítrnfento de seu volume nos dá os meios de concluir delle a densidade media dos materiaes que o compõem : ella é um pouco mais fraca do tpie a do nosso globo cerca de nove-decimos). Emlim, o peso dos corpos é também mais leve nesse 1,000 a planeta do «pie no no^so : designando por 'Terra, na inienstdade do peso superficie da esta Junho, 1879. mesma força é representada em Venus por 864. Os habitantes desse mundo são, pois, mas leves do tpie nós. Pelos estudos das phases de Venus chegou-se á conclusão (pie esse globo gyra sobre si mesmo em 23 horas, 2i minutos e 24 segundos. Os dias e as noites são, por tanto, um pouco mais curtos do cpie os nossos. O anno desse mundo só compõe-se de 231 dias. Como o nosso divide-se em ipiatro estações, muito mais marcadas do que as nossas, e de que cada uma não dura mais que 5S dias. Este mundo visinho gyra sobre 11111 eixo ainda mais inclinado do que o nosso, o ipie causa uma intensidade mais forte das estações. A inclinação da terra é de 23 graus e a de Venus é de 55. O poeta Milton diz que a inclinaeixo nosso do do ção planeta foi produzida depois da falta de Adão por anjos enviados pela cólera divina para castigar a desobediência de nossos primeiros pais. Si isto foi assim, o primeiro casal do mundo de Venus deve ter corhmettido peccado ainda mais grave,—além dos limites do perdão,—pois o eixo do seu mundo tem uma inclinação ainda mais forte do que a do patrimônio de Adão e Eva. Resulta dahi (pie esse mundo'está mui longe de ser calmo e trahquillo, pois passa ao mesmo tempo pelos extremos de calor e frio, por todas as alternativas da mais desordenada paixão. A inclinação do mundo de Venus sendo mais de duas vezes superior á do nosso, basta que tomemos um globo terrestre e «pie o inclinemos na proporção desejada para vermos os climas e estações que dahi resultam. A zona torrida estende-se até á glacial e, reciprocamente, a zona glacial até invade a torrida, de modo que não ha Togar para a zona temperada. Em Venus, pois, não ha clima temperado; todas as suas latitudes são ao mesmo tempo tropicaes e areticas. Mas nós sabemos que nos trópicos o Sol dardeja duas vezes por anno os seus raios perpendicularmente acima de nossas cabeças, ao passo que nas regiões areticas dias ha errT que elle nào se recolhe. Quaes devem ser, pois, as vicissitudes em paizes simultâneaN"uma certa épocha do mente árcticps e tropicaes? anno o Sol fica um ou muitos dias sem levantar-se: em outras épochas ha dias em que não se deita, e entre essas duas estações levanta-se verticalmente acima da cabeça. O contraste entre a temperatura estação da privada do Sol e os fogos ardentes glacial daquella em que o Sol de Venus, duas vezes maior c mais quente do que. o nosso, derrama no solo o seu calor ardente, não cónstitue de certo uma perspectiva muito agradável. Com effeito é difiicil dizer-se em Venus será mais agradável habitar. que parte de Não ha mais vantagem em chegar-se a gente ao equador do (pie appioximar-se dos pólos. De todas essas circumstancias resultam estações e «limas mais violentos e variados do (pie o.s nossos. As agitações dos ventos, das climas e furacões de'Terra vem exceder a tudo que aqui na vemos; as estações desse planeta não se parecem com as nossas ou as do Marte: sua atmosphera e seus mares estão continuamente passando por evaporação e precipitação de chuvas torrenciaes, e seu céo está coberto de nuvens que só raramente deixam perceber a natureza do solo geographico do planeta. A julgar por nossas*proprias impressões nós teriamos muito menos prazer em habitar essas regiões do que temos aqui em residir na Terra; e é muito pro-: vavel tpie a nossa organização physica, por mais elástica e complacente (pie seja, não poderia acelimar-se a similhantes variações da temperatura. Mas nem por tal se conclua dahi que esse mundo seja inhabilavel e inhabitado. Ao contrario, não é difiicil suppôr (pie os habitantes de Venus., organizados especialmente para viver no meio delia, achem-se felizes, como peixes n'agua, e julguem até que a Terra seja por demasiado monótona e fria para ser habitada por entes intelligentes. Si não houvesse communicação entre os differentes paizes do nosso globo, os indígenas de todos os paizes da terra teriam bastantes argumentos para mostrar uns aos outros que suas pátrias respectivas são as melhores do mundo e (pie lhes seria impossivel viver noutro paiz. Por exemplo, «si não soubessemos que as regiões polares, boreal e austral, são habitadas, teríamos difficuldade em conceber como se pudesse viver onde reina um frio intensissimo em logares inteiramente privados dos raios do sol e que, mesmo no âmago do verão, são mais frios do que os invernos dos paizes frios. Do outro lado estes habitantes custariam a crer, si não vissem e soubessem do contrario, como se pudesse viver na zona torrida, nos calores do Peru e da Colômbia. Entretanto os indígenas desses paizes gélidos e torridos, estão bem satisfeitos e não desejam mudar-se. Demais, segundo as medidas feitas nas iiiegularidades da linha do crescente, que Venus fôrma, temse verificado a existência de montanhas muito elevadas. Os cumes são illuminados pelo sol-nascente antes de o serem as planícies que se estendem a seus pés; e o contrario oceorre ao oceaso do Sol. E' o que Junho, 1879. acontece com a lua ao longo dos meridianos causados pela illuniinação solar, Na verdade um dos mais bellos espectaculos da astronomia practica é vêr-se com o telescópio o astro argentado em alguma noite bella (pie preceda o «piano crescente. Este, parece ser de prata fluida e contemplai*o arrebata-nos o pensamento acima das cousas deste mundo. Entretanto ao passo que temos conseguido medir a altura dé todas as montanha-; da Lua com e.xactidão bastante approximada, só podemos distinguir as altas chapadas espalhadas no solo do planeta, como acontece na Terra com os Hynialayas, os Andes, os Alpes,—mas ali em escala ainda maior. As medidas que se tem feito dessas irregularidades concordam todas em provar (pie o mundo de Venus, ainda (pie das mesmas dimensões do nosso, possue montanhas mais elevadas, de que as mais colossaes attingem a 44,000 metros acima do nivel mais baixo. Ainda que Venus receba do Sol o duplo do calor ¦qne recebemos, as cumiadas de suas montanhas e os planaltos da sua geographia talvez sejam dotados de uma temperatura inferior á temperatura média do A temperatura de um mundo não ^lobo terrestre. -depende somente de sua distancia do Sol, e da quantidade de calor que recebe delle, mas depende sobretudo do estado da átmosphera. Com effeito, si o clima dos valles da Suissa é por extremo ameno não acontece o mesmo no cume do Monte Branco e dos Alpes, coroados de neves eternas. E entretanto estes dous ponctos se _tpham á mesma distancia respectiva do Sol e recebem a mesma quantidade de calor. Uma átmosphera muito densa, impregnada de vapores d'agna, condensa os raios solares e os espalha com parsiinonia sobre o solo, como si fosse n'iuna estufa. Pelo contrario, uma átmosphera muito rarifkada e secea permitte que os raios do Sol se percam sem que disso se aproveite o solo. As medidas da átmosphera de Venus demonstram não só (pie existe essa átmosphera mas ainda que é mais elevada e mais densa do que a que respiramos. A offuscante alvura da luz reflectida por Venus nos leva a pensar, do outro lado, que essa átmosphera se E', portanto acha muito sobrecarregada de nuvens. estações rigores das os tempere provável que ella oppostas. Mais uma observação. Não nos deve ser desagradavel pensar que vista de Venus a Terra é uma esJrella de primeira magnitude, muito luminosa e brilhándo á meia noite no meio de suas constellações. Emquanto nosso pensamento ancioso procura leyantar uma poneta do véq, emquanto nossas almas ar¦dentes voam para a mais modesta janella aberta sobre o infinito e se perguntam como são organizados esses seres que habitam Venus,—nossos visinhos da outra banda,—como elles pensam, e como nos vêem do seu céo; sem duvida nesta mesma hora ha tambem ali almas pensadoras que se perguntam justamente do seu lado que seres habitam nosso planeta, si nosso organismo physico se parece com o dellas, si gozamos da faculdade de pensar, si conhecemos a astronomia e si vemos tambenvo seumundo^de nosso céo. E assim contemplam-se mutuamente os mundos ao tra vez do infinito. Camii.lk Flammarion. A LUZ ELECTRIC A. Foi o anno de 1S78 talvez o mais notável deste ¦século pelo numero das'de'invenções: para celebrisal-o Bell, o phonographo de bastam o telephonio Edison, o microphono de Hugiiks e a infinidade de apparelhos derivados, que ameaçam esterilisar o jardirn das raizes gregas. Mas, de todos os inventos de 1878, nenhum tem a importância practica, social, econômica e financeira A da luz electrica, applicada aos usos domésticos. sólidas suas seu simples annuncio estremeceram em bases as poderosas companhias de illuminação a gaz. Como os antigos Phakáos, visitados por negros sonhos, os directores desses colossaes monopólios mandaram chamar seus adivinhos e perguntaramlhes: Que significa isso ? —E' possível o fim do nosso reinado? A mor parte, para lisongear-lhes o poderio, res-.' ....'.'¦¦',..;'' ... _ pondeu Não! Nada tendes a temer ! Podeis reduzir vosso gaz a lamparina, e dormir tranquillos sobre os fofos colchões do monopólio. Um ou outro, olhando para esta Republica dos Estados Unidos, onde não ha impossiveis, osou bàlbuciar : —Quem sabe ? Esses Americanos são capazes de tudo ! Um delles já arrancou o raio das mãos de outro arrancar-vos o Júpiter; é bem capaz de vir um monopólio do gaz ! Os directores olharam-se uns para os outros attonitos ! Julgaram prudente simular (pie não acreditavam; mas mandaram desfazer-se de tantas acções quantas lhes permittiam os estututos. 0 NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO E as acções a baixar! Dia houve de baix.Vde 2, até libras e esterlinas. 4 3 E' preciso ter «_ni vista que todas as capitães do inundo civilizado; (pie todas as grandes cidades são illuminadas a gaz; que todo este serviço é feito por grandes companhias, que retribuem generosamente seus directores, e auferem ricos dividendos. O invento da luz electrica, applicavel á .Iluminação urbana e domiciliaria, vem, pois, ferir grandes interesses; porem perigo capitães enormes. Ainda não se tem certeza de poder-se excluir o gaz de todas as suas applicações actuaes; mas o primeiro passo está dado; na França, na Inglaterra, na Allemanha, na Russia, onde está o eminente physico Jaulociiko.t, aqui nos Estados Unidos principalmente, todos os especialistas trabalham para a resolução de um problema, (pie tem de fazer a fortuna dos seus inventores e augmentar consideravelmente o bem-estar da humanidade. Está já O reinado do gaz vai, pois, terminar. escripto o seu—Mane Thecel Phares. Este reinado foi relativamente curto. A illuminação a gaz começou a ser generalisada de 1840 a 185c. Muito provavelmente, no principio do próximo século, olharemos para os lanipeões de gaz com o mesmo desprezo que hoje para os obsoletos lampeões de azeite de peixe. A illuminação a gaz não deixará muitas saudades. Em primeiro logar o seu enorme preço, verdadeiro preço de monopólio. Xo Brazil esse preço é ainda aggravado pelas baixas de cambio. Além da exaggeração do preço, o consumidor paga muitas vezes gaz, de que não se utilisou. Quasi sempre os apparelhos, os lustres, os canos deixam escapai" e perder muito gaz. Os ratos teem especial prazer em furarem os tubos de chumbo dos eneanamentos ; d'ahi prejuízos enormes para as famílias, além dos perigos de explosão e de incêndio. O gaz de illuminação, misturado com o ar atmospherico, torna-se eminentemente explosivo. Muitos casos fataes teem-se originado desse grave inconvemente do gaz de illuniinação. Todos podem observar a pequena explosão que tem logar, sempre que se abre a torneira de um bico de gaz alguns segundos antes de encostar o phosphoro. Si unia torneira fica aberta em um quarto ou em uma sala sem ventilação, a primeira pessoa que nella entra com uma luz é victima de uma explosão, exactamente egual á que produz o grisou nas minas de carvão de pedra. As companhias purificam muito mal o gaz ; distritribuem-n'o sobrecarregado de ácido sulphydrico e e de ammoniaco : nesse estado o gaz de illuminação é muito prejudicial á saúde e estraga os tectos e todas as pineturas brancas em que entra o chumbo. O ácido sulphydrico é muito fétido; de sua comb_ stão resulta vapor d'agua e ácido sulphuroso, que é também um gaz solíoeanle. A luz electrica está predestinada a livrar a luiiiuinidade de todos esses inconvenientes. Imperfeita como ainda A economia será enorme. se acha, em verdadeiro estado incipiente e embryonano, já produz trinta por cento cie economia nos armazéns do Louvre, em Pariz, {Magasins du Louvre) dando luz muito melhor do (pie a do gaz. No Theatro do Chatelet, também em Pariz, gastava-se 30 francos de gaz por noite; a luz electrica reduziu as despezas a 14 francos ! Tudo isso significa quê elevemos fazer votos pelo suecesso dos esforços feitos por Jaiii.ociikokk, por Edison, por Wkrdkrmann, e por seus emulos, e por (pie em breve a humanidade possa gozar de todos os benefícios da luz electrica ! AS MAIORES BIBLIQTIIECAS. A maior bibliotheca do inundo é a Bibliotheca Nacional de Pariz, (pie em i874possuia 2,000,000 de A que se livros impressos e 150,000 manusçriptós. de dizer, lhe segue, em grandeza, é difficil porquanto o British Musetim e a Bibliotheca Impeiial de S. Petersburgo tinham ambas em 1874 1,000,000 de voVem em seguida a Bibliotheca Real de Mulumes. nioh com qoo.ooo volume-:. A Bibliotheca do Vaticano cin Roma tem sido por vezes erradamente considerada no numero das maiores, quando é excedida pelo numero de volumes por mais de sessenta collccçõ-S europeas. Possue 105,000 impressos e 25.500 máiuiscriplds. A Bibliotheca Nacional de Pariz é uma das mais antigas da Europa, tendo sido fundada em 1350, datando o British Musetim de 1753, isto é, 400 annos depois. Nos Estados Unidos, a maioi é a Bibliotheca do em 1874 continha Congresso em Washington, "Boston qüe lhe acompanho, Public" A 261,000 volumes. e egualmente a 260,500 cogn imtnediatamente quasi "Harvard University" com 260,000. da A Astor e Mercantiie, de New York, possuem cada Dos coilegios vem uma dellas perto de 148.000. a de Vale com Harvard, depois da Bibliotheca (pie mais se lhe approxima 100,000. A de Dartmouth ¦4. tem 50,000; seguem-se depois em ordem:— a de Cornell com 40,000; a da Universidade de Virgínia com 36,000; a de Bowdoin com 35,000; a da Universidade da Carolina do Sul com 30,000; Ann Arbor, 30,000; Prineeton, 28,000; Weslcyan, 25,500 e Columbia, 25,000. EDUCAÇÃO DE RAPARIGAS. No Brazil, segundo nos consta, as raparigas das cidades estão começando a realisar que a sua sorte é realmente bem dura si devem ser condemnadas a esperar por um marido e a desterrar-se na ignorância de muitos conhecimentos que illustram o espirito, ajunetam suavidade á vida, e de que algum dia podem lançar mão quando lhes faltem outros recursos. Esta agitação é muito saudável e, bem dirigida, pôde produzir resultados muito benéficos á posição da mulher qüe é infelizmente bem precária em nosso paiz. Faltam-lhe ahi divertimentos saudáveis, e a missão da mulher é, casada, ser escrava dos escravos e, solteira, aprender o piano e o crochet. A mulher precisa ahi de maior, muito maior liberdade, pois a liberdade (píer dizer responsabilidade e esta implica o completo desenvolvimento moral delia, de (pie muito precisamos para a reforma dos costumes e Essa responsabilidade maior sanetidade da familia. a influencia do contra melhor a lambem é garantia da mulher, (pie religioso sentimento O Jesuitismo. naturalmente relaxa-se á felicidade, é tão essencial vontade em sua de abdicação e na na superstição regula Só a educação propriamente prol do padre. aquelle sentimento—a educação bem dirigida. Não desejamos ver advogadas, nem muitas medicas, nem senhoras-estadistas, .que quasi sempre são Mas não sabemos porque as raparigas do pedantes. Brazil não hão de buscar uma instrueção litteraria bastante liberal e uma educação solida que as habilite a melhor desempenharem o papel que forem chamadas a representar. Nós lembramos aos pais que concordam com as nossas idéas (pie não é só os rapazes que é preciso Uma rapariga que mandar aos Estados Unidos. trez 011 educar-se aqui .venha quatro annos muito por aprenderá ao menos da sociedade americana que é a do mundo em que a mulher é mais respeitada e acatada. Ha aqui senhoras muito habilitadas a dirigirem a educação da filha do pai mais escrupuloso. Basta-nos por exemplo lembrar a viuva do Professor Chaules F. Hartt, de saudosa memória. A Sra. Haktt, (pie quando solteira ensinava no melhor collegio particular de Brooklyn, deseja hoje receber em sua familia trez ou quatro raparigas Brazileiras (pie, com duas ou trez Americanas, recebam completa educação, vejam o que ha aqui de bom e voltem ao Brazil com idéas mais vastas e practicas. Tendo vivido ahi por alguns annos e conhecendo bem a indole dos nossos raparigas, cuja lingua não lhe é de todo desconhecida; com um largo circulo de amigos entre a gente da sociedade mais fina daqui, a Sra. Hartt, nos parece, offerece assim uma opportunidade rara, que, por bem de trez a quatro compatricias nossas, desejamos seja aproveitada. Faremos chegar a essa senhora qualquer pedido de informação que dahi nos vier. BOCCHERINI. O lindo menuetto que estampamos neste N°. do Novo Mundo é composição de um auetor clássico muito brilhante que na sua epocha oecupou posição nasceu em Boccherini no mundo musical. LuiGi Beethoven, antes de Lucca, na Itália, trinta annos e foi contemporâneo de Haydn, que muito apreciaPilho de um tocador de violonccllo, va suas obras. Mais tarde LuiGi aprendeu o instrumento paterno. ainda depois e percorreu a Itália dando concertos, o infante foi á Hespanha onde o acolheu mui bem D. Luiz, depois de cuja morte foi convidado a ir estabelecer-se na Prússia onde o Rei nomeou-o para Boccherini morreu em compositor de sua câmara. 1805 com 65 annos de edade. A musica deste compositor si carece de força e contraste, tem, todavia, sobeja melodia, boiii tractamento de idéas e estylo elevado, já não fallando de originalidade que é grande. Suas peças parecem hoje simples demais,—talvez desenxaibidas; mas não deixani de ser clássicas e puras. Os seus quintetos e sonatas para o violoncello (sobretudo a sonata em lá) são obras-primas. ' O menuetto (pie boje damos só ultimamente tem E', como ouvirão, mui gracioso e sido mais tocado. delicado. -> ¦ —Um correspondente critico para o Court /ournal, de Londres, fallando da Imperatriz da Áustria, diz que Sua Magestadeé muito bôa çavalleira e que o modo por que maneja seu cavallo é absolutamente sabe a perfeito. Seus vestidos nas oceasiões em que costuarte da da milagres cavallo, são verdadeiros reira. Junho, 1879. 0 Ar0K0 MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO. M» AS MODAS. — .1 _^_H Bfl_______»_. W ^¦_i^*7 i « ;( ——** #'* ¦¦_ tlV^_H_ A y\ ____i___l _H ¦__!¦_- fl n_ã • ¦i'-!</--___ II ' ¦fl H fl_ 1 Eli _____ üHP i _^___~__H _^S^ J It? ^ Bi ~'fl - f' __ri_| Bjr _fc .r_g:r:'--M -*_£§£.' J|IPsB ^-Bflv-i BB fc H.j IP Bife —"^mWTÃ/Lfl V R_i fl___l Bf' Vwriliíl !:!fifé^KWi W;h ?W£''' ¦'.'¦: __*.«< fl WMMÁy.u/..' ¦ _Lt_' flfl fl^BV flfl BB ^B_| _H_M BwvKgl ;fllwWl • '¦- _| _T W5-.;!i ' • *'-_¦_¦ flfl r- 5-fià, mmWf?¦£*¦£'*' » FlG. *•#' ;» I. Considerando-se qne a estabilidade das modas é a do Tento, é realmente de admirar como a» d«wtes trez ou quatro mezes passados Ne teem conservado tfto firmes. Entretanto mesmo neste período conservador os reformadores toem alcançado bastante para satisfazer seus desejos. Por exemplo o panier que, ha trez mezes, era apenas swjgerido, desenvolveu-se agora de modo que cada pessoa o faz do taFelizmente, manho quo qner. sendo feito principalmente de ritos, dobras o pregas, nilo intervém muito com os modelos. Vejamos o que ó que o .Yoro Mundo dá agora á suas amáveis leitoras (pergunta,—qnaes são as seuhoras que não sito amáveis?) no que diz respeito a gravuras de modas. Fio. 1. A Fig. 1 representa um palctot ou sacque para moças. E' fechada na fronte e tem bainhas largos, que podem consistir de uma côr correspondente de seda ou setim. A costura das bainhas é em si mesma um bonito oro ato, na frente e nas costas. As mangas silo] mui simples, com canlifles estreitoB, mostrando, como a frente, os pespontos da bainha larga. 0 collarinüo é tambem do mesmo estylo, tendo as abas bastnuto grandes. Este vestuario podo Ber feito de fazenda escura ou clarn,—de seda preta o de lansinhas. /#P*í--ii4ÍiiOÍ; 'J^*^~»C''í_i J___|____" B_,^_l [Fio. 2._^ A Fig. 2 mostra uma mantclota, que bem se adapta á renda, grenaNa dina ou musselinas Unas. frente é atada em nó um tanto solto. A gravura é bem clara, e não precisará de mais explicação.. Fig. 2. _Kt rfll HDvVJ Hu*flHB^Bk B_ ___, flfl fl___í_2t___k fll^^flV ¦¦_'__ fl\ j ¦fll Fio. 3. m\mm\ wB^y•.sflBBBBl ¦b_L W\ E_ Sw^£___P_ ¦_! _f,y. ¦ffsk'.-''>i'-\*'\ _E~j_P flH __L -**'* Efôi_i __| *_> _/ y±l I \ ^valfl ___ _T JBMBBT^PflBMBfll Fig. 5. Fie. 4. _flfl^K^A''\al Eí^ltll^fl-i H fc\i_fl^* ffll # ftW _íj ¦fl 'flBf %M mmmW ^_V_i LmW fll flB^^fll bVQéI flfl ¦_____[ ^H i_^__^___j __P__E 1 fl__ _l E__ __ _¦ JPP^SMB ___H »__V __ B_í>*V_t ufll ^flfl_n__r *__H ¦_¦ flV_________P^^_K 4_i___l _B __^___I' wflr B__ |h ü fll _____ __L __!___ ¦___. __l _P^ 3 âV-t-llS Fig. 6. Fig. 7. Fig. S. A " Doiíiestic Sewinií Macbino Co." de New York fornece moldes de todos os vestuários do Novo Mundo, a preço commodo. **t \"; t_ fl B: j4mÊ ~"—"•"T"""~ sT""^^ísKT^Ji^B* aT^Hafl Sív^áfl --^ífl^ flW~<' ¦¦ flfl Rk£ M9 O NOVO MUNDO—PERIÓDICO BRAZILEIRO. Junho, 1879. ^yd ^«ii^H Wa" H ^^ """^ST*V^S*-^ V'?í*^Ç^*Ç*v?v\t!v!ifl^^ífl(m^kl»Vx^Wfll HC*i' BW > >flí BA Bí^im fl HHT ^HH ^^v^NX *¦ fV^J KflRi&Wi ¦¦wii*u- efkJi vwv * ['¦ ¦¦>.-\«. W^. ^flflaaD™*9 Hllll nfl» ¦¦ Fio. 14. pWS ' . & ^Hfl HVf^DBjfl^fll H^B ^ K%^\lLa\jSMai ¦ •>,.VB InOl^ruKrV k^HmrKS flafliflaaUTatrla/^ "^ ffl FlG- * Bi UlXl ^^ ^^^>W ¦ b7 ^aaaB Fio. ^ lIMgMt *i^V^flaV 16. vestuários do iVovo Mun./o, a preço commodo. A "Domestic Sewing Machine Co.» de New York fornece moldes de todos os a O NOVO MUNDO—PERIÓDICO •5<> Km. 8. E»*t.» dosenho de uma bosque <lo seabom é muito simples. As peças que su acham de nula lado do proa delineio nus contos são. como so v<" du (lgum. de fazenda mais escura do quo as nutras partes da basque. Estos pecas ofctoudom so até a costura dos hombros Da mesma côr escara silo também n espécie de jugo que as gravuras mostram. « os punho _ A orla inferior 6 cortoda do modo pie s*. v_ uo figuro, e o _ fTeito do tudo »'• muito agradável. •>. Fio. I. mas muito linda, quo bosque simples, figura é de outra Esta | tem lido acolhida com muito favor no presente estação. As abas nas costas l.iv.iin botões de phuntosia, o a extensão da píirte (icntr.il em baixo dellas é dourada do iikkIo «pio faça solm-suhir as abas «pie sobre ella descansam. Puro fazer ueintuni ajustar-se ao corpo empregam-se duas costuras do laiu;u. A cinta de fita »"• fechada do Indo direito, o abi leva um nó e fitas soltas, Nus extremidades das mangas aábam-se enfeites do renda, e são ornamontadas com botões do mesmo padrão dos (pie ba na frente. * * Pio. 5. A frente ornada desta busque occulta inteiramente as costuras da parte superior ; a porto do pescoço 6 cortodo a Ia Pompadour. lio extremidodo inferior dos costas as peças prolongadas são arranjadas om laços dobrados, (pio houcIiuiii suspensos soltos em baixo da cintura. Fio. 0.1 A linda bosque representada nesta figura »J do construcção nova mas attnictiva. E' feita com dons diversos materiaes, ou com fazenda de uma só qualidade, mas do duas diversos cores. A fr»'iito é do domassóo pesada, guarneoiãa do modo qne se vê na «gravura. A «riu Inferior o us extremidades dos mangas sã _ cortados do mesmo modo, como so vê na figuro. Fio. 7. Nesta estampa VÔ-se uni desenho novo o elegante do paletó puro senhora, que se pode fazer do seda ou oabbemira. As frentes dobradas .flo feição muito conspiena neste desenho. As OOStas silo de modelo francez, a costura do centro sendo deixada aborta por alguma distancia acima do bainha inferior, onde se acho um lindo oruato do renda similhante á que so acha nas orlas. A renda o obra de piissotuatioria que gnornece este paletó são muito lindas. Fio. H. Entro us muitas manteletus novas o lindas desta estação uma das mus bellas »'¦ u que so acha representada no tlguni B. E' feito de soda ou drnp (Fiti, Nos costas é quadrada, mus o mau elfeito ipie sua largura podia produzir é diminuído por meio do eosttiros no centro o aos Iodos, o que repartem o largura em divisões syninietricas. Extensões compridas na frente constituem feição notável do nionteloto, o a fôrma dos mangas é tal <pio produzem nm elfeito muito agradável. Em cima acha-se uma golla fechado em fronte com loco de fito de sedo. A giiurnição do franjas c obra do passamanaria é muito rica oaugmontam muito o bello efl-ito produzido por esta peça do vestuário de uma senhora. Fio. li. Nesta estampa o vestuário do menina do lado esquerdo é feito de lansinha. o é gnorneoido com entremeios bordados o seda do côr mais cloro. A facha larga que so vê na gravura é do soda da mesma cór do vestido. O foto do menino quo so vô no estampa 6 tão simples que não precisara do explicação. A calça é presa íí jaqueta por moio de botões, embaixo da cfnta, o desses ha tombem duas linhas perpendioulares na frente da jaqueta, o dous porto da extremidade do cada uma das mangas. O vestido da menina do lado direito é também muito simples. E' guariiecido de bordado o entremeio lianiburguez, o ao redor do pescoço ho um collarinho de renda. Fio. 10. A basquo representadr. nesta figuni é adaptada especialmonte pam vestuário do possoiar-so a cavallo. A frente, de fôrma de jaqueta, é dobrada, o, quando fechado com os botões, ajusta-se bem omciaia do collete. A golla é muito larga, o está quasi coberto com o véo. Em baixo do collete tniz-so camisinha com dobros o collarinho em pé. As mangas da basquo são lisas o estreitas. Fio. 11. Esta ]K>loneza e uma das mais elegantes qne até agora teem A frente é do soda appareoido durante a presente estação. doma. __'e, e é parte muito conspiena do vestuário. Em diversas portos acham-se presos laços de fita do sedo, e as mangas ocabom em lindos punhos do um modo elegante Fio. 12. A basque illustmda nesta estampa está muito cheia nos lados, como é 0 gosto agora. A porte contrai das costas é mnito comprido. A parto inferior do costura no meio é encordooda o ornutnentodu »lo uma linho de botões. As orlas todo oo redor são guornecidas do uma borda do peças cortados enviezodomonte, e também os punhos o o collarinho são feitos de poços cortados assim. Fio. 13. Esta figura representa uma basque linda feita do dous divorsos materiaes. E' usada om combinação com qualquer saia simpies, e servo então muito bom poro trazer-se quando se subo na rua. Do cada lado acha-se um bolso ; o uma cinta encordooda, atada em frente com nó do fito do setiui realça o effeito bello desta bosque. 0 material necessário paru a bosque é do trez metros a trez metros o tréz quartos, com US centímetros de largura. Pam guoruição 6 necessário um metro de seda. Fio. 11. O lindo corpinho representado nesta estampa pode ser usado com qualquer saio vistoso. .As extremidades compridas das peças de traz são, como se v. na figura, apanhadas duos vezes em laços. I ma cinta, quo se estendo só até as costuras dos lados ó fechada om freuto com fivèlla, o um nó solto de fito de seda acha-se como ornoto sobre o peito. URAZIIEIRO Fio. Ifi. Este é modelo do uma dos mais vistosas polonezos quo até agora teem appareoido. A parte dianteira, _m feitio de collete, o com dobrai longltudlnaes como mostra a gravara, leva forro liso; o tambein as costas e us uiaugus são assim forradas. Fio. 16í A bosque representada nesta.figura é muito vistoso o 6 udoptoda especialmente pára oocosiões dei festa. As mondas oxtendem-so só at»! os cotovelos, o podem levar nas extremidades ornato largo de renda. As extensões dos peças das costas são arranjados om dobras ocos. 0 feitio dos outras partes a gravura torno muito intolligivel. "__' Votrt Sàntê'' é ;> titulo de unia gravura chanictoristica na deste nosso cosinbeiro francez ê um numero. 136 0 pagina typo curioso om todo o mundo. Elle ó artista e bon-vlvaiú o não desconln-ce o que é um bom calix do vinho. 0 apreciador de bons petiscos não pode deixar de responder a uma saúde feito por (piem tanto tem nossa saúde em sua mão. A BDUGAÜAO nus LÍBBRT11S". No curto período de quatorze annos quo decorreu desde quo se findou a guerra civil teve logar uestes Estados Unidos uma revolução moral»' político mais admirável do quo qualquer outra com memorada na historia. Do quatro a cinco milhões de sores humanos, uté então privados de todos os direitos naturaes, foram subitamente libertos do escravidão e receberam os direitos do cidodãos desta republica. Já tinha anteriormente havido casos da emvnoip.içiio súbita de massas opprimidas, mas seus resultados haviam sido tão terríveis que encheram de terror os espíritos réflectidos. A Revolução fraucezo oom seu suns culotlismo e seus horrores iuconcebi veis acabou por forço em uni despotismo, e não foi sem motivo<pio um pensador inglez foliasse da emancipação dos escravos na America do Norte como uni succeSsoque era similhante a/> de um navio que descesse as quedas do Niagara. Descemos o solto o estornos ainda com vido e sonde. A nosso nau do Est ido possou por esses rápidos terríveis o precipitou-se por esse abysmo abaixo, emquanto as nações pasmadas retinhaim o respiração ua certeza quo se faria em pedaços; mos eis quo emergiu sem damn_ algum e está nroseguindo sua viagem seguro e tranquillomente. Que os passageiros foram um tinto abalados, que algumos pronebos ficaram rachados e alguns paus quebrados, que foi preciso passar alguns redemoinhos e sofírer alguns incommodos, todos sabem. Mas nem por isso deixo de ser quasi um milagre que a nau ainda exista em estado de contiuuor o suo derroto, e em melhor condição do que anteriormente, porque está alliviada do posado cargo de opprossão que era poro ello uni ptírigo continuo, e nada mais tem de temer delle. Para fazermos juízo seguro do estado actual da instrucção entre os libertos nos Estados Unidos, é preciso recordormonos da condição em (pio se achavam quando eram escravos. Um escravo uão podia possuir propriedade, uão tinha direito algum, não podia servir de testemunho nos tribunaes, nem coutractur uni casamento legal, e não tinha direitos legues sobre seus próprios filhos: em unia pulair.i, era um ser humano cui"legal e sysfematicamente privado de todos os direitos dadosa, de humanidade. Nos Estudos do Sul ora prohibido, sob penas severas, o eusinor aos escravos a ler on escrever; sendo mais severas as penas infliotus contra esto crime em alguns Kstodqs, do que os iudietas coutni o crime de estropear um escravo ou cegol-o. Ao passo que o solo em alguns dos Esbidos ficava exhausto, tornou-so industria proveitosa ahi a criação de escravos para os Estados do Sul. e ella toruou-se urna industria systomatica que foi tractado nos jornaes o reuniões agrícolas om termos muito similhautes aos que oram usados quaudo se falia va sobro a criação de gado muar ou cavallar. Nos Esbidos do Norte os negros não se podiam tornar cidadãos e si não lhes era prohibido por lei adquirir bôo educação, havia preconceitos muito fortes contra a sua admissão nas esclioIas, sendo esses prceoucoitos apporenteniente mais fortes uo Norte do (pie no Sul. Em lf..'l'2 a senhora D. PbodENOE Ciiandall abriu em Cuiiterbury, no Estado de Connecticut, uma eschola de internas para moços de cór. Já autos de se abrir a eschola o projecto foi opposto pelo povo do logar, em uniu re- uião publica couvocudu com o tini especial de so troctar desse assumpto. Quando a eschola foi aberta com assistência de algumas \into meninos de New Vork, Philadelphia, Boston o 1'rovidoiice, os logistus, coruiceiros, padeiros e até os agricultores da vishiiiauçn recusaram. so o vender uiontimentos /í directora. o foi neoessurio muudul-os vir de grandes distancias; As aluamos foram iusultados nas ruas ; as portos e escudos de nm, da eschola, foram salpicadas com todo sorte do immundieio, e desta lançaram também no poço que suppriu o eschola de água ; o medico do villa recusouso ir visitar us alumnas doentes, e até foi-lhes prohibido ontror no recinto da egreja. A casa em que fuuccionava o eschola foi assaltada por uma turba de gente amotiuada, com paus, pedras o borras de ferro, com que quebraram as jauelliis e uterrorisaram oh que nella 5e achavam. Afinal o Legislatura do Estudo declarou por lei especial que a e-cbc-lu Ora illeg.il e em cousoqueucia disso Fu.i.eni _ Ckandall foi levada presa puro a cadeia. Esta sensibilidade extrema e inexplicável da gente do Norte torna-seho intolligivel quando considerarmos quo havia alli proprietários do escravos tão realmente como os havia no Sul. Os escravos oram a.ÜVO com valor real nas contas de todas os fazendas o casas do negocio do Sul ; eram a garantia eftecüvu pelo pagamento do dividas*, _ esto era a base de grande parto dos negócios commercioes feitos entro o Norte o o Sul. Nas egrejas do Norte havia muitos proprietários de escravos quo sentiam com o iustiucto vivo do interesse próprio tudo quanto podia intervir com seus lucros, e ao mesmo tempo queriam Junho, 1879 conservar a suo consciência tranquillo, sem que mula yiesso perturbai-a! Em. natural, pois, que elles oriassora ódio aos negros porque Mes eram a causa por que a sua própria consciencia muitas vez<»s os condenmava. Os abolicionistas do Norte proclamavam que em uni poooado contra Deus comprar, possuir ou vender, com o fim de assim tirar lucros.uni ser humano o quo era tanto preciso nrrepen-ler-so desso peccado e deixal-o imniediatomento, como ora necessário arrepender-se do qualquer outro peccado o doixal-o. Quando, pois, nm negooioute em New York recebia aviso de seu advogado no Sul que, para cobrar nina divida de cincoouta contos por conto desso negociante, lho fora preciso acceitar cm pagamènto uma, porção do escravos, o quando então o negociante escrevia ao advogado maiidandoalhe vender os escravos e roniotter o dinheiro, era natural qne as doctrinas proclamadas pelos abolicionistas o irritassem o que os declarasse como fanáticas e tendentes a amotinar os escravos. No Sul o rigor do systema da escravidão era suavisudo em muitos casos na practica pelo bom tractamouto que os escravos recebiam de sons sonhoros, o muitos destes oram animados do sentimentos da maior bond ido para com os seus escravos ; mas o proprietário do escravos no Norte negociava em homens o mulheres que nunca viu o do cujas separações, lagrimas e desgraças estava resolvido a uuuca ouvir dizer palavra. A grande doctrina consoladora que socegou a consciência dos propriebirios dos escravos tanto no Norto como no Sul era a idéa de que o negro não presbivo para outra sorte que não fosse a de escravidão; que era incapaz de desenvolver-se, de educarse e dirigir-se a si mesmo, o por isso qualquer esforço feito em qualquer parte do paiz para dar-lhe uma educação litteraria suscitou mnito opposição especial. Um dos principaes opposicionistas íí eschola de meninas negras do Conterbury em poucos palavras exprimi* os sentimentos qno a esse respeito nutiia todo o partido oscravagista tanto do Norte como do Sal, quando disse: " Não é só aquella eschola que nos oppômos. E' nosso teuçào não penuittir que em nenhum tempo so estabeleça siniilbante eschola neste Estado. Os negros nunca podem neste paiz sahir de unia condição servil, o não se lhes deve permittir elevar-se aqui acima da posição que lhes compete. São uma raça inferior de homens e nunca poderão nem deverão ser reconhecidos como os eguoes dos brancos. Que voltem para a A f ri ca e se desenvolvam ahi como quizerein. Neste paiz em (pie estamos a condição da população negra nunca pode ser esseucialniente melhorada." Este era o poneto vital, enunciado em poucas pilovras. Os abolicionistas propozerom-se, pois, u educar o nica ne«_;ro. O Oberlin Colleijn, estabelecido em 1835 em Oberlin, no Estado de Ohio, foi o primeiro estabelecimento permanente de instrucção superior (pie não fez distinoção alguma, por causa de côr, eutre os alumnos que admittia om suas aulas. tia cidade de Washington, capital de nosso paiz, unia senhora intrépido o heróica, I). Myii.ei.i.a Mi.neii, consagrou a sua vida uo estabelecimento de uma eschola paro os moços negras do Districto de Colnmbia, que até então haviam sido deixodas entregues á ignorância e ao vicio. Gostou as suns forças e encurtou a sua vida na causa a que se havia dedicado, mas a eschola qne estabeleceu existe ainda o está fozeudo uma boa obro em Washiugtou. Soja abençoada a sua moinoria ! Em 1855 Mr. John G. Fee, filho de um proprietário de escravos no Keutucky, estabeleceu, ua villa de Berea, Condado do Madisou, Estado de Keutucky, uma eschola em que pretendia receber itidistiuctomoute alumnos brancos e pretos. Mas este acto philanthropico trouxe sobre o moço enthusiusta muitos inales e perseguições. Porque propagava a doctrina que a escrovidão era um peccado e que a emancipação dos escravos era um dever, seu pai o desherdou. Depois gostou todo sen patrimonio particular libertando uma encrava que seu pai havia separado de seu marido e vendido paru o Sul. Essa negra pertencia á mesma egreja de Mr. Fee. Este, depois de pagar o preço exigido para resgato dessa escrava, quasi não tevo mais meio algum de vido e fez-se missionário de uma sociedade religiosa organizada sob princípios decididamente hostis á escravidão. Por causa disso Mr. Fee, em seus trabalhos de propaganda, foi muitas vezes exposto ú violência da fúria popular. Mais de uma vez prenderam-u'o, surraram «á sua vista o seu ajudante negrD, e depois pozerom uma corda ao redor do pescoço de Mr. Fee e ameaçaram euforcal-osi não promettesse abandounr a emprezo o deixar o Estado. Com a calma de resignação christau o moço ajoelhou-se e disse: "Posso soffrer e morrer, mas prometter isso não posso;" e hoje Berea Colleije, com doação de fnudo permanente de 100 a 200 contos é o monumento que attesta a sua perseverança, eintrepidez. Vemos, pois, (pie anteriormente á guerra civil a sorte da roça africano nesta União foi, pela maior porto, o triste sorte dos que estavam subjeitos li csciovidão perpetuo do ignorância. Os esfiirç(.s feitos para dar-lhes alguma instrucção foram como umas poucas estrellos espalhadas espursameute om num uoito das trevas mais densas que so podem imaginar. E' necessário, porém, que aqui façamos justiço o muitos Cliristãos conscienciosos eutre os proprietários de escravos no Sul, qne sentiram profaudameuto a responsabilidade que tiulmiu para com seus escravos e trabalhavam couseienciosi. nente por lhes dor a instrucção que a L_. permittio dar-lhes. A's vozo. encontrava-se um indivíduo (pie se atrevia até a desobedecer ú Lei e a ensinar a seus escravos o ler e escrever; mas esses casos eram raros. Mos uão ba duvida que os sentimentos benignos e até otloveis gorados uos corações dos propriebirios para com seus escravos, o nos destes para com seus senhores e suas senhoros, em cousequeucia dos esforços quo muitos destes fizeram de dor alguma instrucção religioso e christau a seus servos, eram a causo de uão so declarar nenhuma insurreição entre estes e coutro seus senhores durante a guerra civil. 0 Christiauisiuo, mesmo quando comprehendido muito imperfeitomeute, ero um vinculo do paz outro os senhores e seus servos. Afinal veiu a guerra e no principio dello os melhores amigos políticos do raça africana,0 Presidente outi-escravugista e seu Gabinete, e todos os homens importantes do Governo ofliruiaratii do modo mais solem ne quo não so fazia guerra coui o fim de libertar osjescravos. Junho. 1879. 'O NO ri) Mas, embora esse nfto fosse o lim que tivomm em vista os homens, tornou-se em pouco tempo evidente que em o lim d'."Aquelle qne fax tudo o que quer, tanto nas virtudes do céo *_oino nos babitadores da terra.'' Poi Esse, quo havia dicto : "0 Semioh 00:11 iogo, o armado da sua espada, julgará discernindo a toda a carne, o serão muitos os quo ficarão mortos pelo mesmo Sesiioh," (pio tomou sobre si vingar a causa dos Africanos., O tempo chegou em que o Governo foi obrigado a decretar a libertação dos escravos como medida do guerra, e tendo-os liberto, acceitou-ôs como" soldados, o assim empenhou sim honra o a da nação para proteger a rnça emanei pada, e então seguiu-se como conseqüência natural a concessão do voto u do todos os direitos políticos e civis du qne gozam o.s brancos. Durante muitos annos patriotas, estadistas, hoinens conscienciosos e Christãos, tinham com muito tmbalho e auoiosamente "Comoé procurado solução para o problema impenetrável: abolir a escravidão sem arruinar o paiz." Madisox, (pie se pode "Washington, todos tiveram seus projeotos,—o todos Jei-I-hsox, de (pio, depois de ellectuar-so a na idéa estes eram fundados '. impossível seria para os brancos e^is negros viveemancipação, Todos pensavam quo a o harmonia. em rem junetámente paz dos escravos traria comsigo e súbita immediata emancipação violência ; o por isso, como e sangue de derramamento perigo, a ninguém oceorresse um projecto practico para preparar o terreno para a emancipação que muitos julgavam um dever sagrado, a gente do Sul afinal veio a considerar a escravidão como cousa que dovia sçr indefinidamente conservada o estendida. Nós fomos obrigados a emancipar os escravos—o a emaneitempo para preparar o pal-os subitamente, sem que tivéssemos terreno; e a honra nacional nos obrigou a conceder aos libertos não só a liberdade, mas também os direitos de cidadãos. Esta foi a posição em que a guerra nos deixou. Tivemos logo uni auguiento de quatro milhões de cidadãos desta União nos Esta. dos Unidos, que não tinham nem propriedade nem educação, e de cujo estado moral se pode fazer idéa do modo por que foram criados o das circunistancias em que haviam até então vivido; achavam-se cercados de seus senhores antigos muito exasperados contra elles e de modo algum dispostos a suavisar suu caminho para a liberdade e independência. Que em unia mudança tão súbita e radical houvesse luetis e conflictos; que a recoustrucção dos antigos Estados esdravagistas em condições tão novas e estranhas, fosse obra difficil e desse logar ã manifestação de muita ira e opposição; que houvesse contendas, erros, enganos, mau manejo dos negócios, e muitas outras cousas desagradáveis, era de esperar. Mas, apezar de tudo, nvinea, em tempo on logar algum, se operou uma tão profunda revolução na sociedade humana em que houvesse acontecido tão pouco que fosse de deplorar. Em prova disto, sirvam as seguintes proposições que são de muita Significação e cuja verdade neste nnno de 1878 pode ser demonstrada. 1. A colheita de algodão desto anuo, produzida toda com trabalho livre, ó de muitos milhões de libras maior do que a de qualquer colheita anterior. 2. Todos os homens importantes do Sul reconhecem quo os libertos são livres para sempre e que os direitos que lhes teem sido concedidos nunca lhes serão tirados. 3. 0 sy .toma de instrueção livre tem sido estabelecido em toda parto dos Estados do Sul, e os sulistas mais iatelligentes concedem em theoria que os benefícios desse systema devem ser applicados sem parcialidade tanto aos negros como aos brancos. ¦L Todas as grandes seitas religiosas estão esUfialecendo escholas em graude escala entre os libertos. Nos diversos Estados do Sul acham-se espalhados, sob a direcção dos diversos corpos religiosos, trinta e nove estabelecimentos de instrueção superior exclusivamente para gente do côr, e para dar-lhes a educação que necessitarem como professores, ministros do Evangelho, ; médicos, agricultores o artistas mechanicos. Além disso ha ses' senta e novo eschola* de grau inferior, tombam exclusivamente para os negros. Todos estes estabelecimentos de instrueção, tanta primaria como secundaria, foram fundados por esforços particulares, e devem a sua existapeia e o estado florescente etn que muitos delles so acham, inteiramente á iniciativa particular dos amigos dos libertos e dos quo tinham a peito seu desenvolviuifcuto e melhoramento iutellectual e moral; e calcula-se que, durante os últimos dezeseis annos nada menos de quarenta mil contos do réis foram coutuibuidos voluntariamente para esso fim pelas egrejas e por indivíduos philaiitliropicos deste paiz. 5. Em muitos casos homens pioeuiinoutesedo muita iufluoucia no Sul favorecem abertamente esses esforços leitos uo intuito de educar os negros. Alguns desses estabelecimentos de iustrucção receberam generosos subsídios dos Estados èm que haviam sido fundados. Todos elles, segundo os últimos relatorios que publicaram, acham-se em estado muito florescente. ü. A raça negra está fazendo progresso em riqueza e prosperidade materiaes. Os limites de um único artigo são muito estreitos para citar todas as provas que podiam ser apresentadas a favor de cada uma destas proposições. Hei de fazer, pois, a melhor escolha que puder, e em primeiro logar mostrarei o que ó o quo faz em prol da eduenção dos negros o systema de escholas publicas. Em 18(37 o Congresso creou em Washington a Eepartição Nacional de Educação, com o fim de recolher dados a respeito da educação e espalhar a informação que fosse útil aos cidadãos dos EstadosJUnidos-eni seus esforços de estabelecer e manter um systema efficaz de escholas entre os libertos. No primeiro relatório publicado por essa Repartição, em 1870, acha-se a seguinte passagem: "A informação contida nos papeis que acconipanhani esto relatorio a respeito da instrueção nos Estados em que os escravos foram ha pouco libertos, contém feições mui diversas das daquelles em que hu muito não havia escravos. E' agradável saber-se que não existe mais escravidão neste paiz para fechar as portas contra a instrueção universal. E' agradável notar a avidez com que ãquelles que ha pouco eram escravos teem procurado instruir-se tanto nos rudimentos como também nos ramos superiores de instrueção. E' agradável saber que o philuutliropico Mr. PjsáBÒDX e muitas sociedades benevolas fizeram tanto para facilitar e favorecer a instrueção de todas as classes MUNDO—PERIÓDICO '5' BRAZlI.EIRO, Não foi o desejo do roubar ou de vitigar-socpieosonthustasitiou, no Sul. IV agradável saber quo o (inverno, mediante a llepartição dos Libertos, alcançou rt-nultodos tão vastos neste sentido, . íii-nt o do entrcgur*s*.i embriaguez ou ti dissolução, mas foi o desejo de so instruir. Nãoprooipitararam-io nas taheriniH o sim o que pondo dizer que em Julho passado houve 140,081 alumnos nas escholas, pediram syllabarlos como si fosso pão, e mestres nas escholas diurnas e noclurnas, E' agradável saber (pio, sob a como si fossem unia necessidade da vida. Esse desejo do insos reorganizados restaiiradora do Congresso, Governos política truir-so dn parte dos libertos do Sul encontrou egual desejo da dos Estados adoptaram Constituições que tornam obrigatórias a fundação o manutenção de livres escholas publicas para todos parto dos Christãos do Norte de dar-lhes os meios doso instruir. os meninos o meninas de edade própria para irem na eschola, Todas as diversas seitas lhes enviaram mestres, o estes seguiram 08 exércitos o cstabi-leeerain-se em toda parto onde havia para quo leis teem sido feitas o postas em i-xeMtção, etn virtude das elles seguranç i. do' e onipropulos foram directores professores nomeados e quaes escholas, construídos edifícios onde nslas fiineeioniisseiii, o in* A uaçào acceitou os escravos emancipados conto seus pupillos, o creou u l.epurtiçáo dos Libertos para dirigir OS negócios que traduzidos em muitas parti s os princípios de systenias já oxpolhes diziam respeito, o sobretudo para provei-OS do escholas o rimeutados o achados etli -azes uni outros logares." a mestres. O relatório em seguida entra em pormenores sobro cada um Tenho deante de mim uni volunio dos relatórios dessa Repordos Estados do Sul, o mostra qno em todos elles so havia feito tição, para os annos de 1 do Janeiro do 18GG a 1 de Julho do um principio com o estibeleoimento de escholas publicas, mas 1870. que estas estavam encontrando muita Opposição formidável. A. idéa de dar-se instrueção aos negros era idéa nova nesses listaNo primeiro relatório diz-se: "O desejo que cs libertos teem dos ; estes eram iodos pobres, enfraquecidos pela guerra e seus de adquirir conhecimentos é muito graude. Sua emancipação resultados, o por estes o outros motivos os habitantes estavam produziu nelles uma determinação do sor bem suecedido que é indicio do vitalidade muito proinettedora de seu futuro.''... pouco dispostos para snbjeitur-se a novos impostos para esse "Todas as classes, mesmo muitos dos (pu- já estão edosos, estão fim especial; e, como de costume, nquolles mesmos que mais necessitavam de instrueção, estavam mais oppostos á introducprincipiando a aprender o alpliabeto o vão ás escholas uoeturnas e doiiiinieaes; muitas vezes se vêem os libertos, empregados existia vê-so dessas escholas. ainda Do relatório de 1871 ção que o mesmo conflicto. Diz (pie os negros estavam muito anciosos nas estrados do ferro, nos boteis o vapores, nus horas de lazer, Os soldodos estudando seus syllabarios com toda attenção. por instruir-se, e que em muitas partes havia sérios preooncoitos contra sua educação. A obra de construir escholas para negros estão procurando tombem o aprender a ler o escrever, o os libertos e manter nellas os mestres necessários foi dividida seus ofliciaes nierecein muito louvor pelo qno fazem cm bem da entre a Renartiçilo Nacional dos Libertos o os diversos corpos educação de seus soldados. Em Beaufort o regimento 128'', de religiosos que tinham missionários entre elles. tropas negras, foi encontrado reunido om tuna eschola de acamVemos, pois, quo as objécções feitas contra as escholas publipamento, construída pelo regimento e em quo alguns dos officiaes eram os mestres, o coronel dirigindo tudo com o maior cas para os negros nasceram da opposição geral (pie so fazia no interesse." No relatório faz-se menção de todos os Estados do Sul contra o próprio systema de escholas publicas; e por isso Sul etn particular, e ello mostra como em todos elles está nasfoi preciso, em primeiro logar, vencer esta opposição, o convenceudo um desejo geral do vulgarisar mais os meios de instruocor homens brancos, ignorantes e cheios do preconceitos, que um systenia do escholas publicas seria uma bi-nçuii para todos. ção. Uniu passagem em particular é digua de nota: "Por todo o Sul a gente de côr está fazendo muitos esforços Afinal a victoria foi ganha pelos amigos da instrueção popular, 'instruir-se <i si mesma.' Na falta de mestres os negros o enuFevoreiro de is? _> teve logar em Atlanta, uo Estado da para estão com a determinação de aprender por si mesmos, e em toda Geórgia, unia grande reunião com o tini especial de pedir ao Congresso que auxiliasse u oducação popular. Nessa reunião parto vê-se nas mãos delles algum livro ou parte de livro eloineutar, Um coiiiiiiiiiiica aos outros o que acaba de aprender, e achavam-se representados por delegados os oito Estados seguiumuitos fazem so mestres com conheciinoiitos muito limitados. tes, todos do Sul : Virgínia, Caroliua do Sul, Geórgia, [florida, Não só encontram-se sempre indivíduos estudando nas circumAluhuum, Luizinna, Teunesseo e Missouri. ^ us mais desfavoráveis, mas também são numerosas as stancias No memorial que essa reunião enviou ao Congresso acha-se o toscas muitas vezes e mal arranjados, mas sempre escholas, seguinte poragrapho notável : escholas, consl ruidas pelos próprios libertos, o doutro dellas " Resolvido, Que, desde (pio as leis dos diversos Estados " Em Goldspor grupos de todas as edade., procuvundo aprender.'' nós representados, não discriminam, nem em favor ii"in contra "vi escholas o relator, continua boro, ua Caroliua do Norte," os meninos de qualquer classe de cidadãos, o desde que os haviü negros, moços, melhores; o ahi dous pouco tinham quo que se acham encarregados da execução dessas leis procuram haviam cousa, alguma a aprender mesmos elles principiado sempre leyal-os a elloito com toda imparcialidade, assim tamuo redor de si cento e cnicoeuta aliintuos, todos comreunido bem nós nos comproiiietteiiios a fazer tudo o que estiver ao port.indo-so muito bem o muito atteiitos ás suas lições." No nosso alcance para que, si o Governo nacional nos conceder mesmo relatório falla-se também de escholas que tinham negros fundos para nos habilitar a espalhar mais os benefícios da mestres, etn Òharlestoti, Savauuah e New Orleans, o diz-so como iustrueçi-o, todas as classjs de cidadão., tenliim parto egual que em unia das desta ultima cidade as amostras de caligfaphio nesses benefícios." feitas por alguns dos alumnos eram prova de proficiência notaOutra parto do memorial diz assim : vel, o (pie todas as classes mais antigas recitavam lições o liam "Noestado em (pie a recente guerra deixou nossa sociedade, tanto em Inglez como om Francez. Esta esohola livre foi bem todo liomem tem direito de votar; e a segurança das instituições inteiramente com contribuições voluntárias de gente mantida republicanas depende da instrueção das massas populares." cor. 0 relator diz que iufortitou-so com miuuciosidade o de ¦ No mesmo memorial pode-se no Governo nacional quo conceda esso respeito e em conseqüência soube que havia escholas como aos Estados do Sul maiores souuias, em proporção á sua popuessa etn todas us cidades maiores e que estavam sendo estabelelação, a dispender com o ramo da instrueção publica, do quo eidas por todo o Sul. Concluo dizendo: seriam concedidas aos listados do Norte, pela razão de qne nos " l-_sto é um estado maravilhoso idas cousas. Acabamos de -. do Sul havia muito.-, negros a instruir o que, em conseqüência sahir de uma guerra terrível, a paz não está ainda declarada, a da guerra, suas propriedades haviam diminuído muito om valor. sociedade uo Sul quasi uão principiou ainda a reorganizar-se, e O que é mais digno de reparo nesto niomorial é o facto de se comtndo vê-so ahi um povo, por muito tempo embrutocido pela reconhecer o dever da parte dos Estados de conc.-der n todos os e o povo mais despresado da terra, procurando a escravidão meninos, sejam brancos ou negros, os boneficios d,' instrueção iustrucçãoapeuosse quebram os grilhões em que estavam presos. escholar. E é nossa firme convicção, buscada sobre titu exame Onde, e em quo tompo houve outro povo que mostrasse tanta dos relatórios animaes da Repartição Nacional da Educação dos paixão pela instrueção?" Libertos, do que em geral os sulistas quo mais fazem etfl favor E' preciso estar-se lembrado que o relatório donde foram da educação em seus Estados são bem dispostos para a gente de estes paragraphos foi de 18GG, auuo em que essas omtirados côr; quo om theoria consideram que o.s negros merecem parto haviam principiado. Esses relatórios seinestraos apenas prezas egual nos favores que o Estado estendo a sen», cidadãos em couRepartição dos Libertos couteem uma historia maravilhosa o da sas de educação, e que na practica teem concedido aos negros muito interessante do progresso da raça negra no Sul na sendo tudo o que a esse respeito os meios a seu dispor lhes periiiittiani do desenvolvimento iutellectual e da prosperidade material. conceder. Segundo o relatório de 1870 dessa Repartição, 2'17,000 aluiuPassemos agora á consideração daquillo que a Egreja Chrisnos negros recebiam instrueção systematica em -1,239 escholas e tun da America tem feito em beneficio dos libertos. sob 9,307 mestres. No liauco do Depósitos dos Libertos, estos, | Pouco depois do principiada a guerra foi determinado que de ltíGO a 1870, depôs1 taram, das economias que haviam feito, o fossem recebidos e protegidos os escravos fugidos, o os exércitos somma de $l6,9G0,33G.(i2, ou mais de 32,000 coutos do réis. do Norte se tornaram para elles em cidades do refugio. Ao passo IIarriet 1_-i.i_ci_.i_k Stowk. que avançaram reuuirau_.-so a elles muitos e .cravos de todos os districtos ao redor. Homens, mulheres e meninos chegaram do todas as partes, levando ás vezes uma trouxa com roupa, mas ao mais das vezes sem mula que tivessem recebido pelos serviços de muitos annos; mos oram livres, e esta idéa os encheu de juXIAIOCÍANTES DE bilo e os fez proroinpor nas mais bestrepitosas demonstrações de alegria. O anno do jubileo, havia tanto tempo esperado, chegára para elle., e quasi não cabiam om si de contentamento. No decurso do tempo quatro milhões desses escravos foram RIO DE JANEIRO libertos pelo Governo. Esta min sem moradia, sem dinheiro, sem instrueção, e eram muito improvideutes; não estavam de modo algum preparados para os perigos ,e os devores de goute 41 & 43 Wall Street, New York. livre. Nunca haviam sido obrigados a confiar em si', e tendo sido entregues subitameutj a si mesmos, estavam á mercê de gatulornecem informações fidedignas a respeito dos nos e outros desalinados, que os defraudavam de tudo quanto produetos brazileiros mais procurados nos mercados ganhavam. Tinham sido cri.ulo.s na eschola da immoralidade, norte-americanos. e por conseguinte não era de estranhar que houvesse entre olles 0.1'erecem-se como os mediarieiros únicos entre o muitos mentirosos, ladrões e libertinos. A emancipação obrigaproduetor no Brazil e o consumidor nos Estados da de seus escravos o outros resultados da guerra tinham deixaUnidos para, com a menor demora e despeza, disdo tão pobres seus antigos senhores que pouco podiam fazer em porem dos produetos remettidos. beneficio dos negros, e além disso a emancipação destes tinha Adiantam dinheiro sobre os produetos remettidos exasperado tanto os ânimos daquelles que menos ainda estavam consignação a sua casa em New York. em elles dispostos a fazer etn beneficio de seus antigos servos. a 6o dias d. v. e 3 dias d. v. sobre Messrs. Saecam Mas pobre, ignorante e simples como fosse essa massa eman ec Cd., Banqueiros, de New T.".(Jhristknsiín C. cipada, havia sob um aspecto graude diffuronça entre cila e as de Credito a Viajantes? Cartas e emittem Vork', massas libertas pela Revolução franceza em 178_, ou outras quaesquer massas subitamente libertas de quo lemos ua historia. G. McCULLOCH MECHER & CO,, EXPORTAÇÃO E COMMISSÃO, ÁLBUM DO "NOVO MUNDO." . MENUETTO. vi Jto //? Quintetto de L. &OCCHjYXIAV. * Tem/w di Mtn uetto. . JJ ¦•* — *^^,^S— -^-sm f* Lai"1 L ^«tj^—{^ ! una corda Pf) un jioeo animaio 5: —£a>- L I ™ I— f- 7W. •i5r>e; t) *^ ^ • U— -^^—1^_^_—i——.—-i ^_~ Pírf. . At?. ¦ i ¦ a =-j—^r——^*—L^Ptã' KJ ' 1 *¦* -J: -3" -b- . n—*0r ^»—- *^j ^r Ped. 0 _^ jO (Zwfce e leggiero. • 1 ! í 1 % . .£ .£ . ^7' Aí: 1 -. í ^'^' \ Í^-^-g3---fc%gpr£^p^ TRIO. l ^F [-1— — —zzr pp Iri^ffriiTji^^ ãÉÜBi^^^^pI) ^;gj fü^.^t^A± -^^—.^ -^^^^^^^ ...| Vf f ,r'" HV^ájg/3,-^,!53333. Pe<Z. «$ • «... teÉÉi^-bÊS p«/. *J^ Ped. <$ r '. ' -r^N Ped. «fc Ped. ^^y<& 0 i , ' f * J . f is . ..tt tf . . • . . . ^ftfi-ír-jjrí fi f r-fezàêffe: (^s^^^^^^^^^^iMi^^.^i^.^^a.-.^^a^ Ped. p^ê^ Jj^ ¦# i*l Ai. # ' P«/. ^ Perf. $ Ped. $ Ped. ' «$¦ ^^^^^ /r elargando. j ""^^^fT-1^. -J^* * ' ^^ i^~ iW. -r^L^—--^ A-^-^FW. ~ /• ? P«á. $ Ped. <TMC* "b" «$¦ l^ ~ /. ^^ ' j ' Ped.-^ P«Z.«^ Pcd.-^ Ped.
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