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Guia de Estudos ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA Proteção de patrimônio cultural e promoção de pluralismo cultural nos casos de conflito armado Larissa Siqueira e Silva Damaris Rose Sabino Robles Roman Bruno Cordeiro Santos Campinas-SP | Brasil | Setembro de 2016 UNESCO(FAMUN)/4/1 SUMÁRIO CARTA DE APRESENTAÇÃO.................................................................................................................5 PROTEÇÃO DE PATRIMÔNIO CULTURAL E PROMOÇÃO DE PLURALISMO CULTURAL NOS CASOS DE CONFLITO ARMADO............................................................................................... 6 RELATÓRIO GERAL ................................................................................................................................ 6 I. Introdução ......................................................................................................................................... 6 II. A ação da UNESCO .........................................................................................................................7 A. Estratégia para reforçar a ação da UNESCO na proteção da cultura e na promoção do pluralismo cultural nos casos de conflito armado ........................................................................7 B. Parcerias........................................................................................................................................... 8 C. Melhores Práticas .......................................................................................................................... 11 III. O caso da Síria .............................................................................................................................. 13 A. A situação atual dos patrimônios sírios ................................................................................... 13 B. Ações emergenciais ...................................................................................................................... 16 IV. Principais desafios ....................................................................................................................... 17 Referências.......................................................................................................................................... 18 ANEXO – POSICIONAMENTO DAS REPRESENTAÇÕES.............................................................. 22 Afeganistão (República Islâmica do Afeganistão) ................................................................ 22 África do Sul (República da África do Sul) .............................................................................. 22 Alemanha (República Federal da Alemanha) ........................................................................ 22 Angola (República de Angola) .................................................................................................. 22 Arábia Saudita (Reino da Arábia Saudita) .............................................................................. 23 Argélia (República Democrática e Popular da Argélia) ....................................................... 23 Argentina (República da Argentina) ........................................................................................ 23 Austrália (Comunidade da Austrália)...................................................................................... 24 Áustria (República da Áustria) ................................................................................................. 24 Azerbaijão (República do Azerbaijão)..................................................................................... 24 Bélgica (Reino da Bélgica) .......................................................................................................... 24 Bolívia (Estado Plurinacional da Bolívia) ................................................................................. 25 Brasil (República Federativa do Brasil) .................................................................................... 25 Bulgária (República da Bulgária)............................................................................................... 25 Canadá ........................................................................................................................................... 26 Cazaquistão (República do Cazaquistão) ............................................................................... 26 Chade (República do Chade) ..................................................................................................... 26 Chile (República do Chile).......................................................................................................... 27 China (República Popular da China) ........................................................................................ 27 Colômbia (República da Colômbia) ......................................................................................... 27 Croácia (República da Croácia) ................................................................................................ 28 Dinamarca (Reino da Dinamarca) ............................................................................................ 28 Egito (República Árabe do Egito).............................................................................................. 28 Espanha (Reino da Espanha) ..................................................................................................... 29 Estados Unidos (Estados Unidos da América) ...................................................................... 29 Etiópia (República Federal Democrática da Etiópia) ............................................................ 29 França (República Francesa) ..................................................................................................... 30 Geórgia (República da Geórgia) ............................................................................................... 30 Grécia (República Helênica) ...................................................................................................... 30 Haiti (República do Haiti) ............................................................................................................ 31 Honduras (República de Honduras) ......................................................................................... 31 Hungria (República da Hungria) ................................................................................................ 31 Iêmen (República do Iêmen)...................................................................................................... 32 Índia (República da Índia) .......................................................................................................... 32 Indonésia (República da Indonésia) ......................................................................................... 32 Irã (República Islâmica do Irã) .................................................................................................. 33 Iraque (República do Iraque) ..................................................................................................... 33 Israel (Estado de Israel) .............................................................................................................. 34 Itália (República Italiana) ........................................................................................................... 34 Japão............................................................................................................................................... 34 Jordânia (Reino Hachemita da Jordânia) ................................................................................ 35 Líbano (República do Líbano) .................................................................................................... 35 Líbia................................................................................................................................................. 36 Malásia ........................................................................................................................................... 36 Mali (República do Mali) ............................................................................................................ 36 Marrocos (Reino do Marrocos) ................................................................................................ 37 México (Estados Unidos Mexicanos) ...................................................................................... 37 3 Nepal (República Democrática Federal do Nepal)................................................................ 37 Noruega (Reino da Noruega) .................................................................................................... 38 Países Baixos (Reino dos Países Baixos) ................................................................................. 38 Palestina (Estado da Palestina)................................................................................................. 39 Paquistão (República Islâmica do Paquistão) ........................................................................ 39 Peru (República do Peru)............................................................................................................ 39 Portugal (República Portuguesa) ..............................................................................................40 Quênia (República do Quênia) ..................................................................................................40 Reino Unido (Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte) .......................................40 República da Coreia ...................................................................................................................... 41 República Democrática do Congo ............................................................................................. 41 Romênia .......................................................................................................................................... 41 Rússia (Federação Russa) .......................................................................................................... 42 Síria (República Árabe da Síria) ................................................................................................ 42 Suécia (Reino da Suécia) ............................................................................................................ 42 Suíça (Confederação Suíça)....................................................................................................... 43 Tailândia (Reino da Tailândia) .................................................................................................. 43 Tajiquistão (República do Tajiquistão) ................................................................................... 43 Tanzânia (República Unida da Tanzânia) ............................................................................... 44 Tunísia (República da Tunísia).................................................................................................. 44 Turquia (República da Turquia) ................................................................................................ 44 Ucrânia ........................................................................................................................................... 45 Uganda (República do Uganda) ................................................................................................ 45 Uruguai (República Oriental do Uruguai) ............................................................................... 45 Venezuela (República Bolivariana da Venezuela)................................................................. 46 Vietnã (República Socialista do Vietnã).................................................................................. 46 Zimbábue (República do Zimbábue) ....................................................................................... 46 Referências......................................................................................................................................... 47 4 CARTA DE APRESENTAÇÃO Prezados delegados, É com imenso prazer que nós damos as boas-vindas aos participantes de nosso modelo, o FACAMP Model United Nations (FAMUN), e de nosso comitê, a Comissão Cultural da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). A Mesa é composta por Larissa Siqueira, aluna do 4º ano de Relações Internacionais da FACAMP e Presidente do comitê; por Damaris Roman, aluna do 3º ano de Relações Internacionais da FACAMP e Secretária; e por Bruno Santos, aluno do 1º ano de Relações Internacionais da FACAMP e Relator da UNESCO. Durante meses, nós nos empenhamos para que a discussão sobre a proteção dos patrimônios culturais em caso de conflito armado pudesse se concretizar nos dias de simulação, o que não depende somente de nós, diretores, mas também de vocês, delegados. O assunto tratado é de suma importância no cenário internacional atual e, por essa razão, necessita da disposição de todos os representantes para que, conjuntamente, consigam superar as dificuldades, visando o consenso. Por isso, contamos com todo o esforço de vocês para que esta experiência seja única e muito proveitosa para todos. Nós temos imenso apreço pelo FAMUN, pois já participamos de outras edições e pudemos acompanhar o desenvolvimento do projeto. Estamos animados para a experiência única que será a UNESCO e esperamos que aproveitem a oportunidade para adquirir novos conhecimentos e fazer amizades dentro do comitê e no FAMUN. Esperamos que todos, ao final dos dias de conferência, tenham lembranças positivas em relação à simulação! Boa sorte a todos e os aguardamos ansiosamente! Larissa Siqueira e Silva – Presidente Damaris Rose Sabino Robles Roman – Secretária Bruno Cordeiro Santos – Relator 5 UNESCO(FAMUN)/4/1 UNESCO Comissão Cultural Distr.: Geral 02 de setembro de 2016 Original: Português Redação: Larissa Siqueira e Silva, Damaris Rose Sabino Robles Roman e Bruno Cordeiro Santos Quarta sessão do FAMUN Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – Comissão Cultural 2-6 setembro 2016 PROTEÇÃO DE PATRIMÔNIO CULTURAL E PROMOÇÃO DE PLURALISMO CULTURAL NOS CASOS DE DE CONFLITO ARMADO RELATÓRIO GERAL I. Introdução 1. O presente Relatório Geral apresenta a atuação da Comissão Cultural da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) no que concerne à proteção do patrimônio cultural e ao combate ao comércio ilícito de bens culturais em caso de conflito armado. 2. Primeiramente, o relatório discutirá a estratégia para reforçar as ações da UNESCO nesses temas. Nesse âmbito, serão destacados o papel das parcerias e a promoção de melhores práticas, por parte da UNESCO, na proteção de patrimônios culturais. 6 3. Em seguida, será discutida a atuação da UNESCO para a proteção dos patrimônios mundiais da Síria. Serão apresentados os patrimônios em risco devido à guerra civil e quais são as ações emergenciais tomadas pela UNESCO para conter a destruição e o comércio ilícito dos bens culturais sírios. 4. Por fim, serão apontados os principais desafios a serem enfrentados pela UNESCO no esforço de proteger a cultura da Síria e promover o pluralismo cultural na região. II. A ação da UNESCO A. Estratégia para reforçar a ação da UNESCO na proteção da cultura e na promoção do pluralismo cultural nos nos casos casos de conflito armado 5. Atualmente, as situações de conflito preocupam a UNESCO porque os patrimônios culturais e a cultura de vários povos estão se tornando alvos direto de ataque das partes em conflito, exigindo um fortalecimento tanto da Convenção de 1954 e seus dois Protocolos quanto da Convenção de 1970. Para tanto, a UNESCO elaborou, em 2015, sua Estratégia para reforçar a ação da UNESCO na proteção da cultura e na promoção do pluralismo cultural nos casos de conflito armado. 6. A estratégia tem como fundamento a diminuição da vulnerabilidade dos patrimônios mundiais diante dos conflitos armados. O documento define dois objetivos interligados. O primeiro diz respeito ao fortalecimento da capacidade dos Estados-membros na prevenção, mitigação e recuperação do patrimônio cultural danificado pelo conflito armado. O segundo visa introduzir a proteção da cultura nas atividades relacionadas à construção da paz, às ações humanitárias e às estratégias de segurança (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2015 b, p. 3). 7. Para alcançar o primeiro objetivo, a estratégia enfoca como prioridades o fortalecimento institucional (em comum acordo com a autoridade estatal) e a capacitação de profissionais. 8. As ações da UNESCO para promover o fortalecimento institucional envolve atividades técnicas destinadas a fortalecer as instituições nacionais na identificação, no combate e na redução de riscos potenciais. A UNESCO auxilia as instituições dos Estadosmembros na documentação de bens tangíveis e intangíveis, no desenvolvimento de leis que dizem respeito à proteção de patrimônios culturais e ao impedimento do tráfico ilícito de 7 bens culturais durante conflitos armados, e no desenvolvimento de planos de contingência (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2015 b, p. 3). 9. Quanto à capacitação técnica de profissionais, o treinamento de civis auxilia na proteção de patrimônios mundiais em caso de conflito armado. A UNESCO desenvolveu, em 2016, o Programa de Capacitação Global, com o objetivo de criar capacidades humanas civis nacionais na salvaguarda de patrimônios culturais, em especial os imateriais. O programa oferece serviços de assessoria, treinamento e consulta das partes interessadas. Ademais, tal capacitação está vinculada com os objetivos da Agenda 2030 da ONU para o Desenvolvimento Sustentável (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 g, p. 2). 10. Para alcançar o segundo objetivo, a estratégia enfoca como prioridade a construção de parcerias sinérgicas que engajem as diferentes partes interessadas, especialmente as diferentes agências e programas da Organização das Nações Unidas (ONU). Nessas parcerias, a UNESCO busca coordenar ações para uma melhor implementação da Convenção de 1954 e seus protocolos e da Convenção de 1970 (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2015 b, pp. 3-4). 11. A UNESCO reconhece que a proteção dos bens culturais é muito mais eficiente em tempos de paz. Por isso, em situações de conflito já estabelecido, as ações devem se focar na prevenção, na ação emergencial imediata e nas ações de médio e longo prazo (incluindo a reconstrução e a recuperação). A Unidade de Prevenção e Resposta de Emergência da UNESCO deverá ser responsável por articular tais ações (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2015 b, p. 4; p. 7). 12. Essa estratégia será válida até 2021. Durante um período de seis anos, a UNESCO irá considerar as possíveis mudanças das circunstâncias para indicar os ajustes necessários para a elaboração de uma nova estratégia (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2015 b, p. 3). B. Parcerias 13. A UNESCO conta com parcerias para a proteção de patrimônios mundiais e a promoção do pluralismo cultural em casos de conflito armado, visto que seu escopo de atuação muitas vezes é limitado. Para efetivar o processo de salvaguarda de patrimônios culturais e abranger os âmbitos social, econômico e cultural, a UNESCO incentiva a 8 participação de seus Estados-membros e conta com o apoio de outras organizações internacionais. 14. Para a salvaguarda do patrimônio mundial, a UNESCO pode ter o suporte do Tribunal Penal Internacional (TPI), que tem a competência de responsabilizar os envolvidos na destruição desses bens. O TPI se baseia no Tratado de Roma, que prevê como crimes de guerra os ataques intencionais contra edifícios religiosos e monumentos históricos. É de suma importância a colaboração do TPI não somente no processo de documentação, mas principalmente nos casos em que os países atingidos pelo conflito não tenham ratificado os documentos da UNESCO que asseguram a possibilidade de proteção aos patrimônios afetados (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2015 a, p. 10). 15. Um exemplo de atuação da parceria entre a UNESCO e o TPI é o caso do Mali. Imediatamente após os ataques contra os patrimônios culturais neste país, que resultaram na destruição dos mausoléus e da mesquita de Timbuktu, em 2012, a UNESCO recorreu ao TPI para que ações legais fossem tomadas. A promotoria do TPI declarou que esta destruição era um crime de guerra e foi iniciado um exame preliminar sobre a situação de violência no país. Desde então, a UNESCO e o TPI têm colaborado por meio do intercâmbio de informações sobre o assunto, demonstrando a importância das parcerias entre a essas duas organizações para combater a impunidade daqueles que cometem crimes contra os patrimônios culturais, sendo um precedente de sucesso (UN NEWS CENTRE, 2016). 16. A UNESCO conta também com a parceria do Banco Mundial (BM) no processo de proteção de patrimônios culturais. Até o início da década de 2010, a UNESCO e o BM cooperaram informalmente, em particular no que diz respeito aos esforços de conservação de patrimônios mundiais. Em 2011, as organizações assinaram um memorando de cooperação técnica com vistas à promoção do desenvolvimento sustentável. Esta parceria procura atuar principalmente nas áreas de preservação e reabilitação das cidades afetadas por conflitos, na promoção do pluralismo cultural e na conservação de patrimônios naturais (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2011). 17. Um exemplo de parceria da UNESCO com o BM em um país que teve seu patrimônio afetado por conflito armado é a Iniciativa de Desenvolvimento do Patrimônio do Afeganistão e das Indústrias Extrativistas. Financiado pelo BM, o projeto visa proteger o patrimônio cultural do país enquanto promove meios para o desenvolvimento sustentável no setor extrativista, que causa vários danos a locais com patrimônios naturais e culturais. 9 Isso é essencial em um país que passou por mais de trinta décadas de conflito armado, resultando em perda de artefatos e destruição de patrimônios nacionais (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 f). 18. A União Europeia (UE) é uma parceira estratégica da UNESCO. Em 2012, as organizações assinaram um Memorando de Entendimento com o objetivo de ampliar a troca de melhores práticas e fortalecer os vínculos de diálogo e cooperação. A UE fornece apoio financeiro aos esforços da UNESCO em prol da proteção de patrimônios culturais em casos de conflito armado (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 l). 19. A parceria entre a União Europeia e a UNESCO destacou-se com o Observatório Internacional de Salvaguarda do Patrimônio Cultural Sírio, instituído pela UNESCO com apoio da União Europeia, em 2014. A União Europeia destinou 2,5 milhões de euros para a criação de um banco de dados relacionado aos trabalhos de proteção do patrimônio cultural sírio, além de promover a conscientização acerca da realidade do tráfico internacional de artefatos. Essas iniciativas foram cruciais pois agilizaram as informações acerca dos artefatos que já haviam sido transferidos do território sírio para o exterior (UN NEWS CENTRE, 2014). 20. Como os conflitos armados têm como consequência o deslocamento das pessoas, a UNESCO têm se esforçado para criar políticas comuns com o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM). O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV)1 também colabora com essas ações. Essas organizações cooperam para promover atividades culturais que permitam a compreensão de como a proteção da diversidade cultural deve ser elemento integrante das políticas de ajuda humanitária aos refugiados e deslocados internos, uma vez que essas pessoas perdem suas identidades com os conflitos e com a destruição de seus patrimônios culturais (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2015 b, p. 7). 1 A CICV atua em conformidade com os princípios do sistema das Nações Unidas. O Acordo de Parceria estabelecido entre o CICV e a UNESCO, em fevereiro de 2016, ressalta a importância da atuação em conjunto na proteção do patrimônio mundial em casos de conflito armado. O Acordo é considerado estratégico, permitindo expandir a capacidade da UNESCO de coletar informações em áreas de difícil acesso, o que contribui para uma abordagem não só emergencial na proteção de patrimônios, mas de expansão da capacidade de assistência humanitária, combinada com a tarefa de preservar elementos culturais de povos que sofrem em situações de conflito armado (UNESCO OFFICE IN BEIRUT, 2016). 10 21. O ACNUR e a UNESCO, em 2010, criaram um “museu vivo” em um campo de refugiados em Moçambique. O projeto abriu o campo de refugiados para a comunidade local e visitantes, e os 4.800 refugiados apresentaram suas músicas, danças e artesanatos. Financiado pela Espanha, o “museu vivo” promoveu um ambiente mais propício ao convívio como forma de auxílio psicológico e intelectual aos refugiados, além de manter a ligação dessas pessoas com a cultura de sua terra natal (GHELLI, 2010). 22. A cooperação com o Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) é crucial quando são necessárias resoluções vinculantes para a proteção dos patrimônios culturais em casos de conflito armado. O exemplo mais importante foi a Resolução 2199, aprovada por unanimidade pelo CSNU em de 15 de fevereiro de 2015. Seu conteúdo condenou a destruição do patrimônio cultural sírio e iraquiano pelo Estado Islâmico e pela Frente Al-Nusra e estabeleceu um acordo de cooperação com a UNESCO e a INTERPOL2, dentre outras organizações, para combater o tráfico ilícito de bens culturais e agir de maneira conjunta em missões de resgate dos patrimônios para realocá-los em locais seguros. Assim, a cooperação com o CSNU é fundamental para garantir a proteção dos patrimônios especialmente em conflitos que envolvem grupos extremistas (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 j). C. Melhores Práticas 23. A UNESCO conta com amplo histórico da atuação, em conjunto aos Estadosmembros, na elaboração de planos de salvaguarda em caso de conflito armado e de combate ao tráfico ilícito de bens culturais. Com o intuito de garantir a proteção de patrimônios mundiais, a UNESCO incentiva os Estados-membros a adotarem as chamadas melhores práticas, isto é, as ações, os projetos e os programas que demonstraram ser bem sucedidos e eficazes, e que podem ser replicados, com as devidas adaptações, em outros países. A seguir serão apresentados alguns exemplos de melhores práticas em casos de conflito armado. 24. Dos esforços empreendidos pelo Comitê da UNESCO para a Proteção de Bens Culturais em caso de Conflito Armado, um exemplo de êxito foi o caso de Mali. Em abril de 2012, o conflito no norte do país colocou em risco os patrimônios mundiais tombados pela 2 A INTERPOL é uma organização policial internacional que tem como objetivo auxiliar as polícias nacionais na prevenção e no combate de atividades ilegais por meio da cooperação entre os países, sem negligenciar as leis de cada país (INTERPOL, 2016 a). 11 UNESCO naquela região. Em resposta a este acontecimento, medidas emergenciais foram tomadas pela Organização. A primeira ação foi a de mapear os patrimônios do país: com a colaboração da Direção Nacional do Patrimônio Cultural no Mali e do Centro Internacional de Arquitetura de Terra, a UNESCO realizou o levantamento de informações sobre os patrimônios culturais afetados (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 e). 25. Após a coleta de informações, foram publicados mapas com textos detalhados, que continham as informações que destacavam a importância desses bens culturais que estavam sendo atingidos pelo conflito. O objetivo da divulgação de tais informações era o de sensibilizar as Forças Armadas, as Organizações Não-governamentais e a comunidade internacional e local quanto à importância da proteção de patrimônio cultural para a identidade da sociedade malinesa. Esses materiais produzidos são distribuídos, desde 2013, a todos aqueles que desenvolvem atividades relacionadas ao conflito no Mali. Assim, a listagem e divulgação do material para as partes que atuam em zonas de conflito comprovou-se como uma boa prática de proteção dos patrimônios culturais (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 e). 26. Outra prática de sucesso foi realizada na Líbia, na antiga cidade de Trípoli, onde patrimônios culturais e religiosos foram alvo de atos ilícitos e vandalismo. Em 7 de outubro de 2014, a Mesquita Karamanli, construída em 1738, foi saqueada e sofreu a perda de cerâmicas e decorações de mármore; dias mais tarde, houve uma tentativa de vandalizar a Mesquita Darghout. No entanto, graças aos voluntários que se encontravam na mesquita naquele momento, foi feita a salvaguarda deste patrimônio. Tais voluntários, por sua vez, tinham sido instruídos pela UNESCO sobre a importância da população local em proteger a sua herança cultural. Assim, a parceria da comunidade local e internacional no empreendimento de esforços para a proteção cultural e vigilância de locais vulneráveis mostra-se como uma prática eficiente (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2014). 27. Ainda na Líbia, a cooperação com a INTERPOL também resultou em uma prática de sucesso contra a expropriação e o comércio ilegal de bens culturais. A INTERPOL possui um rico banco de dados a respeito de obras de arte roubadas, e essa ferramenta é usada pela UNESCO para localizar itens roubados. Estes dados disponibilizados, no caso da Síria, serviram para recuperar uma série de artes roubadas do país (INTERNATIONAL CRIMINAL POLICE ORGANIZATION, 2016 b). 12 28. Outra boa prática da UNESCO são as atividades de proteção de patrimônio cultural em El Salvador. A organização, em 2012 e em 2013, realizou oficinas e treinamentos para membros das comunidades locais e autoridades nacionais diretamente responsáveis pela proteção e conservação de cinco bens culturais no país. Essas oficinas visaram ampliar o conhecimento em relação às proteções concedidas pelo direito internacional (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 d). III. O caso da Síria Síria A. A situação atual dos patrimônios sírios 29. Desde 2011, a Síria enfrenta uma guerra civil que trouxe grandes ameaças aos seus patrimônios culturais. Especialmente após a insurgência do Estado Islâmico (EI) e o domínio deste grupo em várias regiões do território sírio, um grande número de patrimônios culturais teve sua infraestrutura danificada em meio ao conflito armado. Além disso, inúmeros sítios arqueológicos sírios têm sido alvo de escavações clandestinas por grupos organizados e, por vezes, armados. Estes fatos têm sido uma recorrente preocupação da UNESCO, uma vez que, além dos danos causados aos patrimônios culturais, bens culturais valiosos têm sido alvos de saques por parte destes grupos (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 j). 30. As figuras 1 e 2 ilustram a presença do EI no território sírio e os patrimônios culturais afetados pelo conflito armado: 13 Figura 1 – Patrimônios mundiais sírios e a presença territorial do Estado Islâmico3 Fonte: UNESCO apud TAYLOR, 2015. Figura 2 – Patrimônios culturais danificados pelo Estado Islâmico4 Fonte: INSTITUTE FOR THE STUDY OF WAR apud LEACH, 2015. 3 Legenda – em azul: pontos onde se encontram os patrimônios mundiais sírios; em vermelho claro: presença territorial do Estado Islâmico. 4 Legenda – em vermelho claro: zona operacional do Estado Islâmico; em cinza: área sob o controle do Estado Islâmico; figura em vermelho: patrimônios culturais danificados pelo Estado Islâmico. 14 31. Em 2014, o Instituto das Nações Unidas para Treinamento e Pesquisa (UNITAR) realizou uma pesquisa, em parceria com a UNESCO, para mensurar, com o uso de tecnologia por satélite, o nível de danificação dos patrimônios sírios desde o início da guerra civil. O relatório da UNITAR apontou que 6 das 18 áreas onde estão localizadas propriedades culturais registradas na UNESCO foram afetadas. Em três anos, 290 localizações onde se encontram patrimônios mundiais foram atingidas. Entre elas, 24 foram destruídas, 104 foram severamente danificadas, 85 moderadamente danificadas e 77 possivelmente danificadas. As principais cidades afetadas foram Damasco, Bosra e Aleppo (UNITED NATIONS INSTITUTE FOR TRANING AND RESEARCH, 2014, p. 9). 32. A antiga cidade de Damasco foi fundada no terceiro milênio a.C., sendo uma das mais antigas do Oriente Médio. Foi um importante centro cultural e comercial da região, por estar localizada no encontro entre a Ásia e a África. Alguns importantes critérios que levaram Damasco a alcançar o status de Patrimônio Mundial foram: a estética criada pelas civilizações que habitaram o local; ter sido a capital do primeiro califado islâmico (Umayyad); e por sua ligação com eventos históricos importantes que moldaram a cultura islâmica. A UNITAR apontou em seu relatório que não há indícios de total destruição dos patrimônios mundiais de Damasco. No entanto, as imagens por satélites mostraram que 4 patrimônios foram severamente danificados e 11 foram moderadamente danificados (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 c; UNITED NATIONS INSTITUTE FOR TRANING AND RESEARCH, 2014, p. 63). 33. Quanto à antiga cidade de Bosra, apesar de ter sido inscrita na UNESCO em 1980, ela foi adicionada à lista de Patrimônios Mundiais da Organização somente em 2013. As características de Bosra atestam a sua importância histórica para a cultura da humanidade. Nesta cidade se encontram mesquitas islâmicas e um dos mais antigos teatros romanos, datado do século II. Bosra foi ocupada por diversas civilizações e foi um importante posto comercial. Segundo a pesquisa da UNITAR, Bosra teve um patrimônio destruído, e ainda sofreu com a danificação moderada de mais 5 patrimônios (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; UNITED NATIONS INSTITUTE FOR TRANING AND RESEARCH, 2014, p. 45). 34. A antiga cidade de Aleppo foi inscrita na UNESCO em 1986. Sua existência data de mais de 7.000 anos de história e suas construções refletem a cultura dos variados e sucessivos ocupantes: vestígios dos governos hititas, assírios, árabes, mongóis, mamelucos e otomanos estão presentes na estrutura da cidade. Ademais, Aleppo foi o entreposto de 15 diversas rotas comerciais e tem fortificações militares que datam do século XII a.C. Os estudos da UNITAR mostram que 22 patrimônios foram destruídos em função do conflito armado, enquanto 48 sofreram danos graves e 33 sofreram danos moderados (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 a; UNITED NATIONS INSTITUTE FOR TRANING AND RESEARCH, 2014, p. 17). B. Ações emergenciais 35. Na década de 1970, a Síria iniciou seus esforços para a inclusão de seus patrimônios culturais na Lista de Patrimônios Mundiais da UNESCO. Para tanto, o país realizou, em 1978, sua primeira solicitação de auxílio internacional à organização. O projeto viabilizou o auxílio técnico para preparar os documentos necessários para a listagem dos patrimônios sírios e incluí-los na lista de proteção (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 i). 36. Desde então, a UNESCO já implementou mais de 20 projetos na Síria, visando a conservação e proteção de seus patrimônios culturais. Porém, desde a eclosão da guerra civil, em 2011, foram necessárias medidas de reforço, em caráter emergencial. Para supervisionar tais ações, a UNESCO criou, em 2014, com o apoio da União Europeia, o Observatório Internacional de Salvaguarda do Patrimônio Cultural Sírio, situado em Beirute, no Líbano (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 i; 2016 k). 37. Uma das iniciativas da UNESCO no sentido de realização de ações emergenciais é o projeto de Salvaguarda de Emergência do Patrimônio Cultural Sírio, que teve início em março de 2014 e durará três anos. O projeto, financiado pela União Europeia, visa oferecer uma resposta operacional para proteger o patrimônio cultural sírio e preparar ações de proteção pós-conflito, atuando também na recuperação da coesão social, da estabilidade e do desenvolvimento sustentável (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 k). 38. O projeto apresenta três áreas de atuação. A primeira diz respeito ao monitoramento e à avaliação da situação dos patrimônios culturais sírios, com base na documentação e no conhecimento compartilhado entre a UNESCO e seus parceiros, por meio do Observatório Internacional de Salvaguarda do Patrimônio Cultural Sírio (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 j). 16 39. A segunda área trata das medidas de combate à destruição e perda dos patrimônios por meio da sensibilização da comunidade internacional. Com a campanha de sensibilização global Unidos pelo Patrimônio (Unite4Heritage), divulgada em meios de comunicação internacionais, regionais e nacionais, busca-se levar a compreensão da importância em salvaguardar os patrimônios sírios. A UNESCO pretende ainda desenvolver atividades educativas sobre a proteção de patrimônios culturais direcionadas especificamente para o público infantil (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 j). 40. A terceira área foca-se em ações de longo prazo, por meio da assistência técnica e da capacitação das partes interessadas para a salvaguarda dos patrimônios culturais sírios. A UNESCO irá apoiar a construção de capacidades nas áreas de restauração, conservação e reconstrução dos artefatos; e nas áreas policial e alfandegária, para prevenir o tráfico ilícito. Também está previsto o envio de auxílio técnico para a criação de um banco de dados sobre os artefatos que foram saqueados e o treinamento de forças policiais oficiais da Síria para o combate ao comércio ilegal de bens culturais. Ademais, a UNESCO assinou um acordo com a UNITAR para prover treinamentos especializados de conservação e restauração usando tecnologias geoespaciais de ponta (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 j). 41. Por fim, em 16 de fevereiro de 2016, a Diretora Geral da UNESCO, Irina Bokova, e o Ministro Italiano das Relações Exteriores, Paolo Gentiloni, assinaram um acordo sobre a criação de uma força tarefa emergencial, no âmbito da UNESCO. Este acordo prevê que a UNESCO solicite auxílio de forças especializadas italianas tanto para resolver questões de tráfico ilícito quanto de proteção dos patrimônios em situação de conflito armado. Dada a situação síria, a força tarefa emergencial será de grande ajuda na restauração de seus patrimônios e na busca por bens culturais ilegalmente comercializados (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 h). IV. IV. Principais desafios 42. A atuação da UNESCO em casos de conflito armado está consubstanciada na Convenção de 1972, que estabeleceu a internacionalização da questão da Proteção e Conservação dos Patrimônios Mundiais; nos dispositivos da Convenção para a Proteção dos Bens Culturais em caso de Conflito Armado, de 1954; e nas orientações da Convenção relativa às medidas para proibir e impedir o comércio ilícito dos bens culturais, de 1970. 17 Para que os dispositivos dessas convenções sirvam de respaldo para uma eficiente ação da UNESCO para lidar com os conflitos atuais, é fundamental que os Estados-membros implementem a estratégia para reforçar a estratégia de ação da UNESCO na proteção da cultura e na promoção do pluralismo cultural nos casos de conflito armado. O desafio na implementação dessa estratégia envolve o reforço das parcerias da UNESCO com outras organizações internacionais e a consolidação de suas melhores práticas, para que as ações mais eficientes possam ser reforçadas e replicadas em outros países e situações. 43. A defesa dos patrimônios na Síria exige ainda mais da UNESCO, tanto em termos de ações emergenciais quanto em relação à adoção de medidas efetivas à longo prazo. Nesse sentido, os principais desafios a serem enfrentados pela UNESCO são: 44. 1) Considerando que, atualmente, os conflitos internacionais são muito mais complexos, que novas ações a UNESCO deve tomar para garantir a proteção dos patrimônios e o respeito ao pluralismo cultural face ao contexto de conflito armado? 46. 2) Como a UNESCO deve garantir a defesa dos patrimônios mundiais na Síria, considerando que a situação de guerra civil já se estende por cinco anos? Que medidas de curto, médio e longo prazo deverão ser tomadas? 47. 3) Considerando a enorme destruição causada nos patrimônios presentes nas cidades de Palmira, Aleppo e Damasco, bem como o número alarmante de bens culturais traficados ilicitamente – especialmente pelo Estado Islâmico –, qual deve ser o curso de ação da UNESCO para recuperar tais bens degradados e traficados? Referências GHELLI, T. “UNHCR and UNESCO help create “living museum” in Mozambique camp”. In: Website oficial do United Nations High Commissioner for Refugees, 31 de maio de 2010. Disponível em: <http://www.unhcr.org/news/latest/2010/5/4c03d7b56/unhcrunesco-help-create-living-museum-mozambique-camp.html>. Acesso em: 31.jun.2016. INTERNATIONAL CRIMINAL POLICE ORGANIZATION (INTERPOL). “Overview”. In: Website oficial da Interpol, 2016 a. Disponível em: <http://www.interpol.int/AboutINTERPOL/Overview>. Acesso em: 02.jul.2016. _______. “Works of Art”. In: Website oficial da Interpol, 2016 b. 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O país considera de suma importância o combate ao comércio ilícito de patrimônios culturais, uma vez que já sofreu com episódios semelhantes aos da Síria. Em 2001, teve os Budas de Bamiyan, estátuas consideradas patrimônio mundial, como alvo de ataques do Talibã. Assim, busca promover medidas de proteção contra a ação de grupos extremistas (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2013 b; 2016 b; 2016 l; 2016 m). África do Sul (República da África do Sul) A África do Sul é membro da UNESCO desde 1994. Adotou as Convenções de 1954 e de 1970 em 2003. Em 2015, o país dispôs-se a cooperar com a Síria para a proteção dos patrimônios culturais que foram alvos de ataques do Estado Islâmico. A África do Sul entende que a proteção de patrimônios culturais é uma responsabilidade mundial e busca, com a Síria, a formulação de um memorando de entendimento de cooperação cultural (ALFRIEH; SAID, 2015; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Alemanha (República Federal da Alemanha) A Alemanha é membro da UNESCO desde 1951. Ratificou a Convenção de 1954 em 1967 e a Convenção de 1970 em 2007. O país está tomando medidas de harmonização de sua legislação interna com os padrões internacionais, colocando em prática as recomendações da UNESCO. Ademais, a Alemanha se comprometeu a aderir a nova legislação da União Europeia (Diretiva 2014/60/UE) que trata de medidas de regulação de importação e exportação de bens culturais (THE FEDERAL GOVERNMENT, 2015; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Angola (República de Angola) A Angola é membro da UNESCO desde 1977. Adotou a Convenção de 1954 em 2012 e ratificou a Convenção de 1970 em 1991. O país expressa sua profunda preocupação com a 22 situação da Síria e se solidariza com o país. Para a Angola, são necessárias medidas focalizadas para o continente africano, que é alvo de saques e tráfico ilegal de bens culturais há séculos, somado a novos problemas, como ações de grupos extremistas e o grande número de deslocados internos e refugiados (“ANGOLA...”, 2015; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Arábia Saudita (Reino da Arábia Saudita) A Arábia Saudita é membro da UNESCO desde 1946. Adotou a Convenção de 1954 em 1971 e a Convenção de 1970 em 1976. O país possui 4 patrimônios culturais reconhecidos pela UNESCO. O Portão de Makkah, situado próximo ao Mar Vermelho, foi o mais recente patrimônio saudita incluído na Lista da Organização, em 2014. O local servia como rota de comércio no Oceano Índico que ia em direção à Meca (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2014 b; 2016; 2016; 2016). Argélia (República Democrática e Popular da Argélia) A Argélia é membro da UNESCO desde 1962. Não ratificou a Convenção de 1954, mas ratificou a Convenção de 1970 em 1974. Com base na Convenção de 1970, a Argélia e a Tunísia assinaram um acordo de restituição da Máscara de Gorgon, uma peça arqueológica rara que havia sido roubada da Argélia em 1996. Em 2014, o objeto foi encontrado na Tunísia, e, com o apoio da UNESCO, foi feita a devolução da peça para o país de origem (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 j; 2016 l; 2016 m). Argentina (República da Argentina) A Argentina é membro da UNESCO desde 1948. Adotou a Convenção de 1954 em 1989 e ratificou a Convenção de 1970 em 1973. Reafirmando seu comprometimento com a proteção dos bens culturais, a Argentina sancionou, em 2004, a Lei Nacional 25.743. O objetivo dessa legislação é a de garantir a proteção e a preservação de bens paleontológicos e arqueológicos do país, indicando as responsabilidades governamentais quanto à garantia da defesa dos patrimônios culturais em seu território (INSTITUTO NACIONAL DE ANTROPOLOGÍA Y PENSAMIENTO LATINOAMERICANO, 2016; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). 23 Austrália (Comunidade da Austrália) A Austrália é membro da UNESCO desde 1946. Ratificou a Convenção de 1954 em 1984 e adotou a Convenção de 1970 em 1989. O país está engajado atualmente em uma ação conjunta com o Iraque, a Jordânia, o Egito e a Diretora Geral da UNESCO, com o objetivo de mitigar os roubos e a destruição do patrimônio sírio por meio de maior monitoramento e construção de capacidades (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2015 c; 2016 b; 2016 l; 2016 m). Áustria (República da Áustria) A Áustria é membro da UNESCO desde 1948. Ratificou a Convenção de 1954 em 1964 e a Convenção de 1970 em 2015. O país está engajado na promoção da campanha global Unite4Heritage (Unidos pelo Patrimônio), iniciativa da UNESCO que mobiliza a população civil em prol do combate à destruição dos patrimônios mundiais, especialmente na Síria. A Áustria apoia o projeto da UNESCO para a salvaguarda emergencial do patrimônio cultural nesses país (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 d; 2016 l; 2016 m). Azerbaijão (República do Azerbaijão) O Azerbaijão é membro da UNESCO desde 1992. Adotou a Convenção de 1954 em 1993 e ratificou a Convenção de 1970 em 1999. Atualmente, os patrimônios culturais do Azerbaijão estão em perigo, devido à ocupação militar em curso no território por forças armadas da Armênia. A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) relata destruições dos patrimônios culturais no país, incluindo saque de museus e destruição de monumentos de importância histórica, cultural e religiosa (KARIMOV, 2015; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Bélgica (Reino da Bélgica) A Bélgica é membro da UNESCO desde 1946. Ratificou a Convenção de 1954 em 1960 e a Convenção de 1970 em 2009. A UNESCO assinou, em 1998, um acordo de cooperação com Flandres (região ao norte da Bélgica considerada uma entidade sub Estatal). Com essa iniciativa, criou-se, em 1999, dois fundos para financiar projetos e programas da UNESCO. Um fundo financia atividades no campo científico, especialmente 24 focado na construção de capacidades científicas e tecnológicas dos países em desenvolvimento; o outro fundo financia projetos para a proteção dos patrimônios imateriais, especialmente no Sul Africano (UNESCO LIAISON OFFICE IN BRUSSELS, 2016; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Bolívia (Estado Plurinacional da Bolívia) A Bolívia é membro da UNESCO desde 1946. Adotou a Convenção de 1954 em 2004 e ratificou a Convenção de 1970 em 1976. A UNESCO declarou, em 2014, a cidade de Potosí, na Bolívia, como um patrimônio mundial em risco, devido à destruição causada pelas atividades mineiras na região. Potosí foi, no século XVI, um dos maiores complexos industriais do mundo, com importantes monumentos hidráulicos. Desde então, a UNESCO está tomando medidas de proteção da cidade, com foco na promoção do desenvolvimento sustentável como forma de proteção da diversidade cultural boliviana, especialmente indígena (UNESCO LIAISON OFFICE IN NEW YORK, 2014; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Brasil (República Federativa do Brasil) O Brasil é membro da UNESCO desde 1946. Ratificou a Convenção de 1954 em 1958 e a Convenção de 1970 em 1973. O país mostra-se preocupado com a situação do conflito na Síria, especialmente devido aos laços culturais entre os dois países, resultantes da grande presença de imigrantes sírios no Brasil. O país posiciona-se contrariamente à uma ação militar na Síria e clama por respeito à cultura do país e aos seus patrimônios culturais. Desde 2011, o Brasil doou fundos para auxiliar os refugiados sírios, incluindo ações para a proteção de sua cultura e identidade (MACEDO, 2015; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Bulgária (República da Bulgária) A Bulgária é membro da UNESCO desde 1956. Adotou a Convenção de 1954 em 1956 e ratificou a Convenção de 1970 em 1971. O país possui um papel estratégico na luta contra o comércio ilícito de bens culturais, pois sua localização permite desempenhar um ponto de controle das rotas de tráfico do Oriente Médio para a Europa. Em 2014, a Bulgária reforçou sua legislação e ampliou o treinamento de profissionais para identificar objetos 25 traficados em território búlgaro (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2015 a; 2016 b; 2016 l; 2016 m). Canadá O Canadá é membro da UNESCO desde 1946. Adotou a Convenção de 1954 em 1998 e a Convenção de 1970 em 1978. Desde o início da guerra civil síria, o Canadá elaborou uma resposta emergencial, dando suporte humanitário e realizando o acolhimento de refugiados. Com a Resolução 2199 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que decidiu medidas para combater a destruição dos patrimônios culturais sírios, o Canadá declarou seu comprometimento em incluir, em sua estratégia de apoio à Síria, ações que garantam a proteção cultural do país (“CULTURAL...”, 2015; GOVERNMENT OF CANADA, 2016; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Cazaquistão (República do Cazaquistão) O Cazaquistão é membro da UNESCO desde 1992. Ainda não ratificou a Convenção de 1954, mas entregou à UNESCO, em 1997, uma notificação de interesse em fazê-lo. Por outro lado, o país ratificou a Convenção de 1970 em 2012. O governo lançou, em 2011, o Projeto Estratégico para o Patrimônio Cultural, que durou 6 anos. O projeto teve resultados positivos em promover a diversidade cultural e a conscientização nacional acerca da proteção dos patrimônios nacionais. A iniciativa também contou com ações financeiras, técnicas e legislativas com o objetivo de conservar e restaurar os patrimônios nacionais (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2013 c, p. 11; 2016 b; 2016 l; 2016 m). Chade (República do Chade) O Chade é membro da UNESCO desde 1960. Adotou a Convenção de 1954 em 2008 e ratificou a Convenção de 1970 em 2008. O país participa do programa da UNESCO intitulado Facilidade de Resposta Rápida, que atende 19 países. Esse programa auxilia os países participantes a preservar seus patrimônios, tanto naturais quanto culturais, de forma rápida e flexível, em períodos de crise interna. O Chade tem dois patrimônios inscritos na lista da UNESCO: os Lagos de Ounianga, patrimônio natural; e as esculturas nas formações 26 rochosas de Ennedi Massif (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 a; 2016 b; 2016 i; 2016 l; 2016 m). Chile (República do Chile) O Chile é membro da UNESCO desde 1953. Adotou a Convenção de 1954 em 2008 e ratificou a Convenção de 1970 em 2014. O país está empenhado em ampliar sua legislação relativa à implementação das duas convenções, uma vez que ambas foram recentemente adotadas. Dentre as iniciativas de sucesso estão a criação de duas unidades da Polícia Investigativa do Chile especializada em combater o tráfico ilícito de bens culturais; e o desenvolvimento de campanhas para combater as escavações arqueológicas ilegais no país (GOVERNMENT OF CHILE, 2015; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). China (República Popular da China) A China é membro da UNESCO desde 1946. Adotou a Convenção de 1954 em 2000 e a Convenção de 1970 em 1989. O país têm se esforçado para equilibrar o avanço do desenvolvimento econômico com a conservação dos patrimônios culturais, considerados fundamentais para a manutenção da identidade nacional. A China têm contribuído com assistência à Síria, apoiando uma resolução pacífica do conflito. O país presidiu a reunião do Conselho de Segurança que aprovou a Resolução 2199, e o representante chinês endossou o compromisso do país em proteger os patrimônios sírios (“CHINA...”, 2015; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Colômbia (República da Colômbia) A Colômbia é membro da UNESCO desde 1947. Adotou a Convenção de 1954 em 1998 e a Convenção de 1970 em 1988. O país convive com situações de violência e instabilidade, devido ao confronto entre grupos políticos armados e o governo. Em virtude das negociações entre as partes em conflito nos últimos anos, o Ministério da Cultura implementou, em 2008, o Programa de Cooperação Nacional contra o Tráfico Ilícito de Propriedade Cultural, bem como a campanha de conscientização nacional “Vivamos o Patrimônio” (LAUGIER, 2013, p. 46; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). 27 Croácia (República da Croácia) A Croácia é membro da UNESCO desde 1992. O país ainda não ratificou as Convenções de 1954 e 1970, mas entregou à UNESCO, em 1992, uma notificação de interesse em fazê-lo. Durante a guerra da independência da Iugoslávia (1991-1995), foram evacuados mais de 10.000 objetos culturais e 749 objetivos foram protegidos pela lista da UNESCO sob o âmbito da Convenção de 1954. Mesmo assim, muitos monumentos foram destruídos – especialmente templos religiosos. Devido à esse episódio histórico, atualmente a Croácia foca-se em promover medidas de proteção em temos de paz, como a criação de planos de ação emergenciais (ANTOLOVIC, 2003, p. 109; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Dinamarca (Reino da Dinamarca) A Dinamarca é membro da UNESCO desde 1946. Ratificou as Convenções de 1954 e de 1970 em 2003. Tendo em vista a destruição dos patrimônios culturais sírios, a Dinamarca se dispôs a desenvolver um projeto de pesquisa para a reconstrução da cidade de Palmira. Além disso, a Dinamarca se propõe a documentar objetos que foram roubados para que sejam rastreados e recuperados. O país contribui com estudos acadêmicos sobre os patrimônios culturais do mundo árabe e islâmico (RYCHLA, 2015; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Egito (República Árabe do Egito) O Egito é membro da UNESCO desde 1946. Ratificou a Convenção de 1954 em 1955 e adotou a Convenção de 1970 em 1973. O país é um centro histórico e cultural, com diversas áreas protegidas pela UNESCO. Porém, em 2014, houve a destruição do Museu de Arte Islâmica, no Cairo, causada pela explosão de um carro próximo ao local. Com o apoio da UNESCO, o Ministro de Estado para Antiguidades tomou medidas rápidas que garantiram o imediato esforço de resgate das obras danificadas. Por isso, o Egito apoia a Organização no combate à violência e ao extremismo através da promoção do pluralismo cultural e da proteção dos bens culturais (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2014 c; 2016 b; 2016 l; 2016 m). 28 Espanha (Reino da Espanha) A Espanha é membro da UNESCO desde 1953. Ratificou a Convenção de 1954 em 1960 e a Convenção de 1970 em 1986. O país possui vários mecanismos legais para combater o comércio ilícito de patrimônios culturais na Espanha e dá grande enfoque à construção de capacidades de conservação e restauração. Quanto à cooperação internacional, a Espanha realça a necessidade de promover, no âmbito da UNESCO, a capacitação das instituições com o objetivo de maximizar a eficiência no combate às formas de extremismo, que têm levado à destruição dos patrimônios culturais da humanidade (MINISTERIO DE EDUCACIÓN, CULTURA Y DEPORTE, 2016; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Estados Unidos (Estados Unidos da América) Os Estados Unidos foram membros da UNESCO de 1946 a 1984, tendo saído da organização no ano seguinte e retornando apenas em 2003. Ratificaram a Convenção de 1954 em 2009 e adotaram a Convenção de 1970 em 1983. Preocupados com o conflito em curso na Síria, os Estados Unidos ofereceram auxílio à preservação dos patrimônios desse país. O monitoramento dos sítios arqueológicos está sendo realizado com a ajuda do país, além de um inventário de mais de mil localizações de patrimônios mundiais. Os Estados Unidos também financiaram a criação da Lista Vermelha de Emergência de Objetos Culturais Sírios em risco (BUREAU OF EDUCATIONAL AND CULTURAL AFFAIRS, 2016 b; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Etiópia (República Federal Democrática da Etiópia) A Etiópia é membro da UNESCO desde 1955. Adotou a Convenção de 1954 em 2015, mas não ratificou a Convenção de 1970. Em 2005, o Obelisco de Axum, que havia sido roubado pela Itália de Mussolini durante a Segunda Guerra Mundial, foi devolvido à Etiópia. Tratou-se de um longo processo de negociações, pois a devolução estava prevista no Tratado de Paz assinado pela Itália em 1947. Dentre os motivos que atrasaram a devolução, pode-se citar a instabilidade política da Etiópia, o que preocupava a UNESCO quanto à capacidade do país em proteger esse patrimônio; e o alto custo logístico de transporte, muito pesado para o país africano. Finalmente, após estudos preparatórios na década de 1990, e com a ajuda internacional, foi possível retornar o obelisco para seu país de origem 29 (PETERS, 2009, pp. 166-167; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). França (República Francesa) A França é membro da UNESCO desde 1946. Ratificou a Convenção de 1954 em 1957 e a Convenção de 1970 em 1997. No começo do ano, o presidente francês, François Hollande, tomou medidas para endurecer o combate ao tráfico de patrimônios culturais do Iraque e da Síria. Ademais, museus franceses já ofereceram “refúgio” para os objetos culturais sírios, como forma de protegê-los até que a situação do país se estabilize. Por fim, o país defende o combate ao extremismo e à violência da região como uma medida fundamental para a proteção dos patrimônios sírios que não podem ser removidos (NOCE, 2016; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Geórgia (República da Geórgia) A Geórgia é membro da UNESCO desde 1992. O país ainda não ratificou as Convenções de 1954 e 1970, mas entregou à UNESCO, em 1992, uma notificação de interesse em fazê-lo. Em 2009, a Geórgia acusou o governo russo de violar a Convenção de 1954, em razão da construção de um aeródromo militar próximo ao Palácio de Mukhranbatoni, um local histórico e protegido. A tensão entre os dois países ainda é presente, devido a ocupação militar russa dos territórios das regiões de Abkhazia, Georgia e Tskhinvali, permanecendo a ameaça à proteção dos patrimônios culturais georgianos (VASHADZE, 2009; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Grécia (República Helênica) A Grécia é membro da UNESCO desde 1946. Ratificou a Convenção de 1954 em 1981 e a Convenção de 1970 em 1981. Em outubro de 2015, o Ministério Grego das Relações Exteriores tomou a iniciativa de realizar, em Atenas, a conferência internacional sobre “Pluralismo Religioso e Cultural e a Coexistência Pacífica no Oriente Médio”. Nessa conferência, o governo grego coordenou as discussões sobre como proteger a coexistência pacífica das diferentes culturas no Oriente Médio, incluindo a Síria. A Grécia ofereceu-se a atuar como mediadora e realizar bons ofícios para promover a pluralidade cultural na 30 região, dada a situação de conflito armado (HELLENIC REPUBLIC – MINISTRY OF FOREIGN AFFAIRS, 2015; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Haiti (República do Haiti) O Haiti é membro da UNESCO desde 1946. O país não ratificou a Convenção de 1954, mas ratificou a Convenção de 1970 em 2010. O trabalho da UNESCO está relacionado à reconstrução do país após o terremoto de janeiro de 2010. Esse desastre natural reforçou a situação de conflito e violência internos, presentes no país por décadas. Logo após o terremoto, objetos artesanais e pinturas da cultura tradicional haitiana estavam à venda nas ruas, de forma ilegal, o que impulsou o país a ratificar a Convenção de 1970. Em abril de 2010, a UNESCO criou o Comitê Internacional de Coordenação para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Haitiano, com ações focalizadas na proteção dos patrimônios culturais do país como parte do processo de reconstrução (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 h; 2016 l; 2016 m). Honduras (República de Honduras) Honduras é membro da UNESCO desde 1947. Adotou a Convenção de 1954 em 2002 e ratificou a Convenção de 1970 em 1979. Honduras e os EUA assinaram, em 2004, um memorando de entendimento que diz respeito às restrições de importação de materiais arqueológicos pré-colombianos de Honduras, com o objetivo de reduzir o saque e o tráfico ilícito do patrimônio arqueológico do país (BUREAU OF EDUCATIONAL AND CULTURAL AFFAIRS, 2016 a; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Hungria (República da Hungria) A Hungria é membro da UNESCO desde 1948. Ratificou a Convenção de 1954 em 1956 e a Convenção de 1970 em 1978. Recentemente, a Hungria contribuiu ativamente com o projeto da Central European University, que criou o Centro para Conflito, Negociação e Recuperação (CNRR), em Budapeste. Essse projeto visa reunir cidadãos e pesquisadores sírios para definir um plano de reconstrução da cidade histórica de Aleppo, na Síria, região em que constam patrimônios mundiais em risco. Usando a tecnologia de mapeamento interativo, a pesquisa visa evitar alguns erros de reconstrução que ocorreram, por exemplo, 31 na reconstrução de Sarajevo, e inclui um planejamento estratégico focado na construção das capacidades locais e na promoção do desenvolvimento sustentável (STRICKLAND, 2016; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Iêmen (República do Iêmen) O Iêmen é membro da UNESCO desde 1962. Adotou a Convenção de 1954 em 1970, mas não ratificou a Convenção de 1970. Em 2015, a UNESCO lançou um plano emergencial para garantir que o patrimônio cultural do Iêmen não fosse danificado pela atual guerra civil que se desdobra no país. O plano foca-se, principalmente, na proteção da cidade de Sana’a, que possui diversas mesquitas e monumentos que já foram danificados pelo conflito. Ademais, foram previstas ações para proteger museus e outros patrimônios localizados em outras zonas de conflito, como as cidades antigas de Shibam e de Sana’a e a cidade histórica de Zabid, que já estão inscritas na lista de patrimônios em risco. Por fim, a UNESCO incluiu as ações no Iêmen sob a coordenação da campanha Unidos pelo Patrimônio (United4Heritage) (UN NEWS CENTRE, 2015; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Índia (República da Índia) A Índia é membro da UNESCO desde 1946. Ratificou a Convenção de 1954 em 1958 e a Convenção de 1970 em 1977. O país vivenciou um episódio, em 1992, de destruição de um importante patrimônio cultural indiano, a Mesquita da Babri. O grupo Hindu fundamentalista Kar Sevaks destruiu a mesquita em um levante armado, com o objetivo de construir um templo hindu no local da mesquita. Infelizmente, a Convenção de 1954 não conseguiu garantir a proteção necessária nesse episódio, uma vez que não se tratou de um episódio de guerra civil, e a Convenção não prevê ações em casos de levantes internos armados. Assim, a Índia advoga, na UNESCO, por maior proteção em casos de conflito não cobertos pela Convenção de 1954 (PATEL, 2014, p. 13; p. 16; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Indonésia (República da Indonésia) A Indonésia é membro da UNESCO desde 1950. Ratificou a Convenção de 1954 em 1967, mas não ratificou a Convenção de 1970. O país está reforçando sua capacidade de 32 proteção aos patrimônios culturais, porém, sua maior dificuldade é o combate tanto às escavações ilegais, que destroem os patrimônios nacionais; quanto ao comércio ilegal de bens culturais, especialmente para os Estados Unidos, Austrália, Alemanha, Países Baixos e Cingapura. A maior dificuldade para lidar com esses problemas é justamente o fato do país não ter ratificado a Convenção de 1970, que daria maior suporte nacional e internacional para a Indonésia criar capacidades de supervisão e punição daqueles envolvidos no tráfico ilegal de bens culturais (SITANGGANG et al., 2001, p. 28; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Irã (República Islâmica do Irã) O Irã é membro da UNESCO desde 1948. Ratificou a Convenção de 1954 em 1959 e adotou a Convenção de 1970 em 1975. O Irã enfrenta dois problemas na proteção dos patrimônios culturais: a ação violenta de grupos extremistas e a comercialização ilegal de bens culturais. Para reforçar sua ação nessas áreas, o Irã e a Síria assinaram, em junho de 2015, um memorando de entendimento para combater as práticas de terrorismo e crime organizado, incluindo o comércio ilegal de artefatos históricos e culturais. Prevê-se que, futuramente, o acordo de cooperação incorpore o Iraque (“SYRIA...”, 2015; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Iraque (República do Iraque) O Iraque é membro da UNESCO desde 1948. Ratificou a Convenção de 1954 em 1967 e adotou a Convenção de 1970 em 1973. O país sofre atualmente com a atuação do Estado Islâmico, e a destruição dos patrimônios culturais devido ao conflito armado é intensa, sem contar o comércio ilegal dos bens culturais por parte desse grupo extremista. Dentre esses atos, destaca-se o controle da cidade fortificada de Hatra pelo Estado Islâmico, em 2014. Atualmente, o grupo extremista usa o local como um campo de treinamento, causando vários danos devido ao uso de armas automáticas. Devido a isso, a campanha Unidos pelo Patrimônio (United4Heritage), da UNESCO, tem ações especialmente focadas para o Iraque, que já sofria com os problemas do conflito armado desde o começo dos anos 2000 (CURRY, 2015; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). 33 Israel (Estado de Israel) Israel é membro da UNESCO desde 1949. Ratificou a Convenção de 1954 em 1957, mas não ratificou a Convenção de 1970. A Convenção de 1954 indica que as potências que ocupam territórios, como é o caso da presença de Israel em território palestino, devem se responsabilizar pela proteção dos patrimônios culturais de territórios ocupados. Entretanto, Israel ainda não é capaz de garantir tal proteção, especialmente contra escavações selvagens, destinadas a destruir patrimônios históricos para a construção de outros prédios. Por outro lado, em seu relatório de janeiro de 2016, o país indicou melhoras nos trabalhos de conservação e restauração de vários patrimônios culturais na Cidade Antiga de Jerusalém (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 k; 2016 l; 2016 m). Itália (República Italiana) A Itália é membro da UNESCO desde 1948. Ratificou a Convenção de 1954 em 1958 e a Convenção de 1970 em 1978. Em de fevereiro de 2016, a Diretora Geral da UNESCO, Irina Bokova, e o Ministro Italiano das Relações Exteriores, Paolo Gentiloni, assinaram um acordo sobre a criação de uma força tarefa emergencial, no âmbito da UNESCO. Este acordo prevê que a UNESCO solicite auxílio de forças especializadas italianas tanto para resolver questões de tráfico ilícito quanto de proteção dos patrimônios em situação de conflito armado. Dada a situação síria, a força tarefa emergencial será de grande ajuda na restauração de seus patrimônios e na busca por bens culturais ilegalmente comercializados (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b, 2016 e; 2016 l; 2016 m). Japão O Japão é membro da UNESCO desde 1951. Ratificou a Convenção de 1954 em 2007 e adotou a Convenção de 1970 em 2002. O Fundo Japonês para a Preservação dos Patrimônios Culturais Mundiais é responsável por financiar os esforços da UNESCO em projetos de conservação, restauração e salvaguarda de patrimônios listados pela organização. Ademais, o Consórcio Japonês para a Cooperação Internacional em Patrimônios Mundiais, estabelecido em 2006 pelo governo japonês, reúne várias instituições e indivíduos com o objetivo de proteger os patrimônios mundiais. Na Síria, o consórcio atua desde 2011, por meio de um projeto de pesquisa arqueológica para a 34 reconstrução e restauração da antiga cidade de Palmira (JAPAN CONSORTIUM FOR INTERNATIONAL COOPERATION IN CULTURAL HERITAGE, 2011, pp. 10-11; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 f; 2016 l; 2016 m). Jordânia (Reino Hachemita da Jordânia) A Jordânia é membro da UNESCO desde 1950. Ratificou a Convenção de 1954 em 1957 e a Convenção de 1970 em 1974. O país tem um papel fundamental de intermediador nas negociações para a proteção dos patrimônios palestinos. Dentro da campanha da UNESCO, Unidos pelo Patrimônio (United4Heritage), a Jordânia desenvolve projetos de diálogo intercultural na região árabe. Em conjunto com o governo italiano, a Jordânia lançou, em setembro de 2015, a iniciativa “Proteção dos Patrimônios Culturais – um Imperativo para a Humanidade”. Esse programa visa dar continuidade às resoluções e decisões do Conselho de Segurança e da Assembleia Geral das Nações Unidas que garantem a salvaguarda dos patrimônios culturais dos ataques de grupos terroristas e extremistas (MINISTRY OF FOREIGN AFFAIRS AND INTERNATIONAL COOPERATION, 2015; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2015 b; 2016 b, 2016 l; 2016 m). Líbano (República do Líbano) O Líbano é membro da UNESCO desde 1946. Ratificou a Convenção de 1954 em 1960 e a Convenção de 1970 em 1992. Com o fim da guerra civil, em 1990, o Líbano criou uma agência independente, a Solidere, responsável por uma série de programas para reconstruir os patrimônios destruídos, especialmente em Beirute. O Diretório-Geral para Antiguidades e o Museu Nacional do Líbano foram muito afetados pela guerra civil, pois estavam localizados no meio da zona de conflito. O interior do museu, inclusive, foi incendiado por um rojão. Atualmente, apesar das dificuldades de financiamento e da necessidade de mais funcionários capacitados em restauração, houve grande progresso na restauração de construções e no gerenciamento de sítios arqueológicos (AL-RADI, 1996; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b, 2016 l; 2016 m). 35 Líbia A Líbia é membro da UNESCO desde 1953. Ratificou a Convenção de 1954 em 1957 e a Convenção de 1970 em 1973. Em maio desse ano, a UNESCO, com o apoio da Embaixada dos Estados Unidos na Líbia e do Departamento de Antiguidades da Líbia, organizou o evento “Salvaguarda do Patrimônio Cultural da Líbia”, com o objetivo de desenvolver ações conjuntas de médio e longo prazos para a preservação dos museus, sítios arqueológicos e dos patrimônios urbanos do país. A conferência buscou articular essas ações com a resposta humanitária já desenvolvida no país pela ONU para lidar com o conflito político interno após a deposição do então presidente Muammar Kadhafi, uma vez que a escalada da violência na Líbia ameaça a conservação de seus patrimônios culturais (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b, 2016 g; 2016 l; 2016 m). Malásia A Malásia é membro da UNESCO desde 1958. Adotou a Convenção de 1954 em 1960, mas não ratificou a Convenção de 1970. Atualmente, os patrimônios culturais são uma fonte de conflito entre a Malásia e a Indonésia. Os dois países possuem as mesmas raízes históricas e culturais, porém, a Malásia acusa o país vizinho de se apropriar de alguns patrimônios culturais intangíveis malaios, como algumas músicas, danças e performances típicas comuns a ambos os países. Outra preocupação se refere aos recentes ataques terroristas sofridos na capital, Jakarta, além das ameaças de ataques por parte do Estado Islâmico. Assim, defende a Malásia defende que a UNESCO reforce a proteção dos patrimônios culturais nessas situações (SUHARDJONO, 20, p. 65; MAZUMDARU, 2016; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Mali (República do Mali) O Mali é membro da UNESCO desde 1960. Adotou a Convenção de 1954 em 1961 e ratificou a Convenção de 1970 em 1987. Em 2012, o país sofreu com uma guerra civil que destruiu 16 mausoléus e a Mesquita de Timbuktu, inscritos na Lista de Patrimônios da UNESCO. A partir de 2014, a UNESCO, em cooperação com os governos da França e do Mali, iniciaram o projeto de reconstrução, que foi finalizado em fevereiro desse ano com o financiamento do Banco Mundial, da Agência para Desenvolvimento Internacional dos 36 Estados Unidos, da União Europeia e da Suíça. Além disso, no começo de 2016, a promotoria do Tribunal Penal Internacional declarou que a destruição dos patrimônios do Mali constitui-se um crime de guerra e foi iniciado um exame preliminar para julgar o líder Ahmed al-Jaqi al-Mahdi por tais ações (WORLD MONUMENTS FUND, 2016; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Marrocos (Reino do Marrocos) O Marrocos é membro da UNESCO desde 1956. Adotou a Convenção de 1954 em 1968 e ratificou a Convenção de 1970 em 2003. O tráfico ilícito de bens culturais é um grande problema enfrentado pelo Marrocos. Estima-se que 10% de pinturas em pedra e 40% de gravuras antigas em pedra presentes no país foram danificadas ou roubadas por saqueadores. Ademais, o Boko Haram e a al-Qaeda já têm vínculos com as rotas de tráfico de bens culturais do Marrocos. Por isso, na UNESCO, o país defende um reforço das ações para combater o tráfico e outras formas de financiamento dos grupos extremistas (TRIBBLE, 2014, p. 6; p. 16; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). México (Estados Unidos Mexicanos) O México é membro da UNESCO desde 1946. Ratificou a Convenção de 1954 em 1956 e adotou a Convenção de 1970 em 1972. Em virtude dos conflitos internos relacionados aos grandes carteis de drogas, o México busca, no âmbito da UNESCO, estabelecer maior proteção de seus bens culturais afetados pela violência. Assim, em 2015, os sítios arqueológicos das cidades de Chiapas e de Oaxaca, dentre outros, entraram para o regime de proteção especial concedido pela Convenção de 1954. Além de criar medidas de emergência contra desastres naturais e humanos, o México busca evitar o tráfico de bens culturais nessas regiões (“MÉXICO...”, 2015; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Nepal (República Democrática Federal do Nepal) O Nepal é membro da UNESCO desde 1953. Não ratificou a Convenção de 1954, mas ratificou a Convenção de 1970 em 1976. O país foi afetado por um severo terremoto em 2015, que levou à destruição de vários patrimônios culturais e naturais situados no Vale de 37 Katmandu. A UNESCO ativou a proteção emergencial desses patrimônios, em cooperação com o Departamento de Arqueologia do país, com vistas a não apenas elaborar o plano de recuperação, mas também evitar a escavação predatória e o roubo de bens culturais (EATON, 2015, p. 5; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Noruega (Reino da Noruega) A Noruega é membro da UNESCO desde 1946. Ratificou a Convenção de 1954 em 1961 e a Convenção de 1970 em 2007. O país tomou uma série de ações para colaborar com a proteção dos patrimônios culturais afetados pelo conflito na Síria e no Iraque. Além de ter contribuído financeiramente para o Plano de Ação de Resposta Emergencial da UNESCO para proteger o patrimônio cultural iraquiano contra o comércio ilícito, o país endureceu suas leis para evitar que os objetos do Iraque e da Síria sejam traficados em seu território. Os Ministérios das Relações Exteriores e da Cultura fizeram um apelo conjunto aos colecionadores noruegueses para que eles se certifiquem que não estejam comprando objetos traficados desses países (BRENDE; WIDVEY, 2015; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Países Baixos (Reino dos Países Baixos) Os Países Baixos são membros da UNESCO desde 1947. Ratificaram a Convenção de 1954 em 1958 e adotaram a Convenção de 1970 em 2009. Em 2013, o país realizou a devolução de quatro ícones pertencentes ao Chipre, sob as determinações da Convenção de 1954, ação que foi considerada uma melhor prática pela UNESCO. O Chipre tem uma parte de seu território ocupado pela Turquia desde 1974, o que resultou no tráfico de vários bens culturais do país. Dentre eles, quatro ícones cipriotas que estavam em posse de um colecionador privado nos Países Baixos. Para realizar a devolução, o governo holandês lançou a Lei de Retorno de Propriedades Culturais Originárias de Territórios Ocupados, em 2007. Essa lei pode ser replicada em outros países na mesma situação, como a Síria, o Iraque, a Líbia e o Mali (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2013 a; 2016 b; 2016 l; 2016 m). 38 Palestina (Estado da Palestina) O Estado da Palestina é membro da UNESCO desde 2011. Adotou a Convenção de 1954 e ratificou a Convenção de 1970 em 2012. A Palestina acusa Israel de promover escavações predatórias e o roubo de patrimônios culturais de seu território ocupado. Assim, o país tem forte atuação na UNESCO para cobrar a colaboração de Israel na proteção de seus patrimônios culturais, como prevê a Convenção de 1954. A Palestina demanda que Israel assine um acordo sobre os patrimônios culturais para que faça a devolução dos bens culturais e artefatos arqueológicos palestinos e interrompa a destruição de patrimônios com o objetivo de construir prédios israelenses (PALESTINE LIBERATION ORGANIZATION, 2016; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Paquistão (República Islâmica do Paquistão) O Paquistão é membro da UNESCO desde 1949. Adotou a Convenção de 1954 em 1959 e ratificou a Convenção de 1970 em 1981. O país sofreu, em 2009, um ataque do Talibã contra o Museu de Swat, criado em 1959 com o objetivo de preservar e proteger os artefatos culturais das civilizações do Vale do Swat e de Gandhara. A ação do Talibã visava saquear os artefatos e destruir o prédio do museu. O Exército paquistanês imediatamente evacuou os materiais do museu, que foram salvaguardados no Museu Taxila, na capital do país. Em 2011, foram iniciadas as obras de reconstrução do museu, com a ajuda do governo italiano. Após esse episódio, o Paquistão reforçou sua legislação nacional com base na Convenção de 1954 (KAN, 2012, pp. 17-20; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Peru (República do Peru) O Peru é membro da UNESCO desde 1946. Adotou a Convenção de 1954 em 1989 e a Convenção de 1970 em 1979. O país sofre principalmente com o comércio ilegal de artefatos históricos e, com base na Convenção de 1970, desenvolveu convênios e memorandos de entendimento bilaterais com Colômbia, Brasil, Equador, Estados Unidos, Bolívia e Chile, com o objetivo de proteger, conservar, recuperar e repatriar bens ilicitamente comercializados (INSTITUTO NACIONAL DE CULTURA DEL PERÚ, 2007; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). 39 Portugal (República Portuguesa) Portugal é membro da UNESCO desde 1974. Ratificou a Convenção de 1954 em 2000 e a Convenção de 1970 em 1985. A Comissão Nacional Portuguesa para a UNESCO assinou, em 2014, um acordo com organizações que gerenciam patrimônios mundiais de Portugal par a criar a Rede de Patrimônios. Por meio dessa rede, o país desenvolve projetos para promover os valores de proteção dos patrimônios culturais como parte do desenvolvimento sustentável regional (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2014 a; 2016 b; 2016 l; 2016 m). Quênia (República do Quênia) O Quênia é membro da UNESCO desde 1964. O país não ratificou as Convenções de 1954 e 1970. A instabilidade política resultante das eleições de 2007 gerou uma onda de violência que comprometeu o avanço dos trabalhos da UNESCO no país. Assim, em 2009, a UNESCO deu assistência ao Museu Nacional do Quênia para elaborar uma lista tentativa de inclusão de patrimônios do país na lista de proteção da organização. Ademais, a instabilidade política levou ao deslocamento de milhares de pessoas, de modo que a UNESCO tomou ações para garantir a preservação da cultura imaterial dessas pessoas e promover o pluralismo cultural como mecanismo de prevenção de conflitos (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2010 a, p. 13; 2016 b; 2016 l; 2016 m). Reino Unido (Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte) O Reino Unido foi membro da UNESCO de 1946 a 1985, tendo saído da organização no ano seguinte e retornado apenas em 1997. O país não ratificou a Convenção de 1954, mas adotou a Convenção de 1970 em 2002. Além da ajuda humanitária destinada à Síria, o Reino Unido, por meio do Museu Britânico, está refugiando uma série de artefatos roubados sírios em virtude do conflito. Entretanto, como o Reino Unido não ratificou a Convenção de 1954, há grande pressão para que o governo o faça, de modo a garantir o respaldo legal necessário para a futura devolução dos artefatos para a Síria (“BRITISH...”, 2015; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). 40 República da Coreia A República da Coreia é membro da UNESCO desde 1950. O país não ratificou a Convenção de 1954, mas adotou a Convenção de 1970 em 1983. O país teve diversos objetos exportados ilegalmente, pelos Estados Unidos, durante a Guerra da Coreia (19501953). Na sessão extraordinária do Comitê Intergovernamental da UNESCO, em 2008, a Coreia publicou um relatório que visava a devolução de seus bens culturais. Como resultado desse esforço, a nação coreana, assinou, em 2014, um acordo com os Estados Unidos para devolução dos mesmos (“KOREA...”, 2014; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 a; 2016 l; 2016 m). República Democrática do Congo A República Democrática do Congo é membro da UNESCO desde 1960. O país adotou a Convenção de 1954 em 1961 e ratificou a Convenção de 1970 em 1974. O conflito interno do país, iniciado em 1996, ainda não encontrou seu término, e a atuação de milícias ameaça a preservação de seus patrimônios. Atualmente, o Parque Nacional Virunga sofre com constantes ataques de grupos rebeldes. Embora tenha sido possível, até o momento, evitar a destruição dos monumentos históricos, a escalada da violência fez com que a UNESCO monitorasse atentamente os desdobramentos do conflito na região (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 c; 2016 l; 2016 m). Romênia A Romênia é membro da UNESCO desde 1956. Ratificou a Convenção de 1954 em 1958 e adotou a Convenção de 1970 em 1993. Em suas medidas de aplicação da Convenção de 1954, a Romênia enfocou-se em elaborar planos contingenciais de evacuação da propriedade cultural em casos de conflito armado. Outra preocupação do país refere-se ao comércio ilegal de bens culturais. Em 2014, a Suprema Corte de Cassação e Justiça da Romênia sentenciou, de forma histórica, onze acusados por escavação ilegal e roubo de propriedade cultural (LAZAR, 2015, p. 108; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). 41 Rússia (Federação Russa) A Rússia é membro da UNESCO desde 1954. Ratificou a Convenção de 1954 em 1957 e a Convenção de 1970 em 1988. Em abril desse ano, a UNESCO aprovou, por unanimidade, o projeto de resolução apresentado pela Rússia, intitulado “Papel da UNESCO na defesa e preservação de Palmira e outros patrimônios culturais da Síria”. Com presença central no conflito sírio, por meio do apoio ao presidente sírio Bashar al-Assad, a Federação Russa aposta em medidas de preservação e reconstrução dos patrimônios destruídos, especialmente em Palmira. Ademais, o país reafirmou a importância da UNESCO em trabalhar em parceria com o Conselho de Segurança das Nações Unidas, como foi o caso da Resolução 2199 (“UNESCO...”, 2016; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Síria (República Árabe da Síria) A Síria é membro da UNESCO desde 1946. Ratificou a Convenção de 1954 em 1958 e adotou a Convenção de 1970 em 1975. Em junho desse ano, o governo sírio, em cooperação com a UNESCO, estabeleceu medidas emergenciais adicionais para garantir a preservação dos patrimônios ameaçados pelo conflito armado. O Diretório de Antiguidades Sírio é responsável por coordenar tais ações, com foco na documentação, na construção de capacidades e no papel das comunidades locais. Medidas para combater, de forma mais incisiva, o tráfico de bens culturais, também foram demandadas pelo Diretório (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m; 2016 n). Suécia (Reino da Suécia) A Suécia é membro da UNESCO desde 1950. Adotou a Convenção de 1954 em 1985 e ratificou a Convenção de 1970 em 2003. Apesar do país não ser um mercado expressivo para o comércio ilícito de bens culturais (resultado de sua ampla e efetiva legislação contra tal atividade), o governo sueco acredita que, pelo fato de ter recebido uma significativa quantidade de refugiados sírios, seu território poderá ser entrada para artefatos roubados. Para evitar tal prática, houve uma campanha de conscientização para que os compradores suecos não adquiram tais objetos (HARRESS, 2015; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). 42 Suíça (Confederação Suíça) A Suíça é membro da UNESCO desde 1949. Adotou a Convenção de 1954 em 1962 e a Convenção de 1970 em 2003. A Suíça é reconhecida como um importante mercado para a comercialização ilegal de bens culturais, por possuir vários portos de acesso livre e uma série de locais de armazenamento de alta tecnologia, especializados em obras de arte. Em 2014, o Conselho Federal Suíço impôs o banimento comercial de objetos culturais da Síria, incluindo a importação, exportação, a compra, a venda, a distribuição e a provisão de serviços de transferência de qualquer bem cultural sírio. A medida visa colaborar com os esforços da UNESCO de prevenir tal atividade ilegal em território suíço (NEUHAUS, 2015; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Tailândia (Reino da Tailândia) A Tailândia é membro da UNESCO desde 1949. Adotou a Convenção de 1954 em 1958, mas não ratificou a Convenção de 1970. O conflito armado na fronteira entre a Tailândia e o Camboja causou instabilidade na região em 2011, quando o governo cambojano acusou a Tailândia de danificar o templo de Preah Vihear, durante a disputa militar na região. Inclusive, a Tailândia se recusou a aceitar a decisão da UNESCO em reconhecer a área como um patrimônio mundial do Camboja, uma vez que tratava-se de uma área de disputa não-demarcada. Em 2013, a questão foi tratada na Corte Internacional de Justiça, que decidiu que o templo estava sob a jurisdição do Camboja (INTERNATIONAL COURT OF JUSTICE, 2013; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Tajiquistão (República do Tajiquistão) O Tajiquistão é membro da UNESCO desde 1993. O país ainda não ratificou a Convenção de 1954, mas entregou à UNESCO, em 1992, uma notificação de interesse em fazê-lo. Por outro lado, o país ratificou a Convenção de 1970 em 1992. Nesse mesmo ano, uma guerra civil teve início no país, e com o avanço do radicalismo islâmico, o conflito transbordou para a fronteira com o Uzbequistão. Nessa situação, o patrimônio cultural imaterial do país foi severamente afetado, em virtude dos enormes deslocamentos populacionais. Assim, a ação da UNESCO foca-se na preservação do pluralismo cultural imaterial para promover maior estabilidade no país (INTANGIBLE CULTURAL HERITAGE 43 CENTRE FOR ASIA AND THE PACIFIC, 2010, p. 9; p. 21; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Tanzânia (República Unida da Tanzânia) A Tanzânia é membro da UNESCO desde 1962. Adotou a Convenção de 1954 em 1971 e ratificou a Convenção de 1970 em 1977. O país tradicionalmente acolhe, desde os anos 1970, refugiados da República Democrática do Congo, do Burundi e da Ruanda. Por fazer fronteira com países em situação de conflito armado, a ação da UNESCO na Tanzânia foca, por meio do Programa para a Liberação dos Patrimônios Africanos, na promoção da cultura de paz como forma de preservar os patrimônios históricos da região (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2011 a, p. 23; p. 53; 2016 b; 2016 l; 2016 m). Tunísia (República da Tunísia) A Tunísia é membro da UNESCO desde 1956. Adotou a Convenção de 1954 em 1981 e a Convenção de 1970 em 1975. Após dar início levantes conhecidos como Primavera Árabe, em 2010, a situação interna da Tunísia ainda é instável. Em 2015, um ataque realizado por jihadistas matou 19 visitantes no Museu Bardo, em Tunis. Esse museu abriga uma das maiores coleções de mosaicos antigos da era romana. Embora o ataque não tenha destruído o patrimônio do museu, a UNESCO condenou o ataque. Desde 2011, a organização conta com especialistas para a listagem e documentação dos patrimônios tunisianos contra a destruição e pilhagem (PRINCE, 2015; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2011 b; 2016 b; 2016 l; 2016 m). Turquia (República da Turquia) A Turquia é membro da UNESCO desde 1946. Adotou a Convenção de 1954 em 1965 e ratificou a Convenção de 1970 em 1981. O país ocupa uma parte do território do Chipre desde 1974, e, seguindo os dispositivos da Convenção de 1954, o país ocupante deve ser responsável pela proteção dos patrimônios culturais. Entretanto, o Chipre acusa a Turquia de realizar a comercialização ilegal e tráfico dos bens cipriotas. O governo turco, por sua vez, anunciou que um acordo de paz deverá ser estabelecido em breve, e reforçou seu compromisso com as convenções da UNESCO (“CYPRUS...”, 2016; MINISTRY OF 44 FOREIGN AFFAIRS OF THE REPUBLIC OF CYPRUS, 2014; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Ucrânia A Ucrânia é membro da UNESCO desde 1954. Ratificou a Convenção de 1954 em 1957 e a Convenção de 1970 em 1988. Desde 2014, há uma preocupação da UNESCO com a proteção dos patrimônios culturais ucranianos nessa região, devido às movimentações militares russas na Crimeia. Houve a danificação de algumas obras nas salas de armazenamento do Museu Histórico de Kiev em virtude do conflito. Ademais, a Ucrânia entrou com um pedido oficial para que a UNESCO protegesse a cidade antiga de Tauric Chersonese, uma vez que o governo – responsável, pela lista da UNESCO, pela proteção desse patrimônio – não tem mais acesso a esse território (“UKRAINE...”, 2014; INTERNATIONAL COMMITTEE OF THE BLUE SHIELD, 2014; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Uganda (República do Uganda) Uganda é membro da UNESCO desde 1962. O país não ratificou as Convenções de 1954 e 1970 e, até o momento, apenas ratificou as Convenções de 1972, sobre Patrimônios Mundiais, e de 2003, sobre a Salvaguarda dos Patrimônios Culturais Intangíveis. Assim, o esforço da UNESCO é a de buscar maior comprometimento de Uganda na área cultural, uma vez que o país reúne mais de 45 comunidades étnico-linguísticas. No que se refere à conservação dos patrimônios culturais, a UNESCO tomou ações de capacitação de profissionais para o fortalecimento dos museus do país, reforçando a capacidade dessas instituições em listar e documentar os patrimônios culturais ugandeses (UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2010 b, p. 10; p. 13; 2016 b; 2016 l; 2016 m). Uruguai (República Oriental do Uruguai) O Uruguai é membro da UNESCO desde 1947. Ratificou a Convenção de 1954 em 1999 e a Convenção de 1970 em 1977. A ação da UNESCO no país prioriza a construção de capacidades para a preservação dos patrimônios culturais, especialmente os intangíveis. Dentre os grupos focais, estão as comunidades indígenas, e medidas para preservar a herança cultural dessas comunidades e fortalecer o diálogo interculturais foram 45 desenvolvidas. Em relação à Síria, o presidente do Uruguai, Tabaré Vásquez, em encontro com a Diretora-Geral da Unesco, Irina Bokova, em outubro de 2015, afirmou que a promoção de uma cultura de paz é fundamental para combater a destruição de patrimônios por parte de grupos extremistas (MINISTERIO DE RELACIONES EXTERIORES, 2015; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2008, p. 15; 2016 b; 2016 l; 2016 m). Venezuela (República Bolivariana da Venezuela) A Venezuela é membro da UNESCO desde 1946. Adotou as Convenções de 1954 e de 1970 em 2005. O país posicionou-se de forma incisiva diante da destruição do patrimônio cultural da Síria, especialmente de Palmira, clamando para que tais ações fossem enquadradas como crimes de guerra, e que os responsáveis fossem julgados pelos mecanismos internacionais. Para a Venezuela, a UNESCO deve focar-se em ações para defender o direito das crianças sírias à cultura e à educação, como forma de combater o avanço do extremismo no país e garantir o necessário pluralismo cultural (“VENEZUELA...”, 2015; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Vietnã (República Socialista do Vietnã) O Vietnã é membro da UNESCO desde 1951. Não ratificou a Convenção de 1954, mas ratificou a Convenção de 1970 em 2005. Durante a Segunda Guerra Mundial, o país sofreu com a ocupação japonesa, e durante Guerra Fria, sofreu com a guerra civil. Como o país não é signatário da Convenção de 1954, pouco pôde ser feito para proteger os bens culturais vietnamitas durante esses conflitos. Atualmente, o país é um grande mercado para a comercialização ilegal de seus bens culturais, e, com base na Convenção de 1970, busca fortalecer legislação para coibir e punir tal prática (CHAPPELL, 2014, pp. 15-16; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Zimbábue (República do Zimbábue) O Zimbábue é membro da UNESCO desde 1980. Adotou a Convenção de 1954 em 1998 e a Convenção de 1970 em 2006. O país vive uma situação de instabilidade, uma vez que há várias resistências à permanência do presidente Mugabe – no poder há quase 30 46 anos – na liderança do país. Um dos principais problemas enfrentados é o roubo e a comercialização ilegal de seus patrimônios culturais. Diante da fraca legislação para coibir e punir tal prática, os museus do país, com o apoio da UNESCO, estão cobrando maiores ações governamentais para recuperar peças históricas que foram saqueadas. O Zimbábue conta com a ajuda da INTERPOL para investigar esses casos (CHIBAMU, 2015; UNITED NATIONS EDUCATIONAL, SCIENTIFIC AND CULTURAL ORGANIZATION, 2016 b; 2016 l; 2016 m). Referências AL-FRIEH, M; SAID, H. “Syria and South Africa to reach agreement on protecting cultural heritage”. In: Syrian Arab News Agency, 14 de junho de 2015. Disponível em: <http://sana.sy/en/?p=44978>. Acesso em: 25.maio.2016. AL-RADI, S. “In the Aftermath of Civil War: Cultural Heritage in Lebanon”. In: Conservation Perspectives, the Gatty Institute Conservation Newsletter, no. 11.1, primavera de 1996. Disponível em: <http://www.getty.edu/conservation/publications_resources/newsletters/11_1/ne ws2_1.html>. Acesso em: 26.jun.2016. “ANGOLA: UNESCO Concerned About Destruction of World Heritage”. In: All Africa, 6 de agosto de 2015. Disponível em: <http://allafrica.com/stories/201508061643.html>. Acesso em: 25.maio.2016. ANTOLOVIC, J. “The Hague Convention in the light of the Croatian experience”. 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