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O POVERELLO
A GÉNESE DO CENTRO DE ACOLHIMENTO: O POVERELLO
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Ouso socorrer-me do poeta António Gedeão, em Pedra Filosofal, para sintetizar a génese do
Centro de Acolhimento, "O Poverello":
"O sonho comanda a vida,
e sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre mãos de uma criança."
Francisco um dia sonhou perante o Crucifixo de São Damião, em Assis, e o mundo pulou e
descobriu o novo rosto de Deus!
Francisco um dia, humildemente prostrado aos pés do “senhor Papa” Inocêncio III, sonhou
com uma nova Igreja, e o mundo pulou e avançou, trilhando novos rumos de Solidariedade, de
Paz e Bem!
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Francisco um dia sonhou abraçado a um leproso, beijando suas chagas, e o mundo pulou e
lançou-se na aventura de acolher, “como irmãos”, todos os proscritos da sociedade!
Francisco um dia, na fragor da guerra entre cristãos e muçulmanos, em Damieta, sonhou de
mãos dadas com o Sultão do Egipto, e mundo pulou e a Igreja compreendeu, pela primeira
vez, que não há guerra alguma que possa restabelecer a Paz e a Harmonia entre os povos!
Francisco um dia, contemplando, o sol e as estrelas, o fogo e a água, a “mãe terra”e a vida, e
até a própria morte, sonhou ver todas as coisas como Criaturas de Deus, e o mundo
envolvendo-se num abraço universal, pulou e cantou o Hino da Fraternidade!
Natal de 1993! A Província Portuguesa da Ordem Franciscana, movida pelo “sonho de
Francisco”, sonhou com uma Casa-Acolhimento para “os pobres mais pobres” e marginalizados
pelo HIV/ Sida. Denominou-a Domus Fraternitas. Domus: Lar, Família, Aconchego…
Fraternitas: Encontro de família, de Paz, de Sentido da vida…
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Este sonho, que no momento do seu anúncio público foi acolhido com grande entusiasmo por
todas as gentes de Portugal, começou a encontrar resistências a nível da sua concretização. É
sempre assim!
Os sonhos, porém - quando lídima expressão dos anseios mais profundos da natureza
humana - não morrem. Por isso, a Província continuou a sonhar!... E a 3 de Outubro de 2003
abriu a Comunidade Terapêutica de S. Francisco de Assis, em Celeirós, para recuperação de
toxicodependentes. E, passados 18 anos, tem a alegria de inaugurar o Centro de Acolhimento
“O Poverello”, perspectivado para Cuidados Continuados e Paliativos, tendo sempre presente
como referência fundacional os mais carenciados. Por fim, o sonho concretizou-se!
- Em que sonha a Fundação Domus Fraternitas ao inaugurar "O Poverello"?
Sonha com um Centro “modelar” adentro do Programa Modelar da Rede Nacional de
Cuidados Continuados Integrados. “Modelar”, seguramente, nos planos Administrativo, Técnico
e Humano. Mas "modelar" também, e essencialmente, na vivência plena do Sentido da Vida e
dos Valores que Francisco de Assis legou à humanidade: A Fraternidade, a Alegria de viver, o
Acolhimento festivo das diferenças, o Cântico das Criaturas e, até, a Aceitação serena da
própria morte! Finalmente, este Centro, por sua natureza e vocação, não estará exclusivamente
voltado para dentro de si mesmo, cuidando apenas de Necessitados e Enfermos, pretende
voltar-se continuamente para fora, para a Sociedade, para toda a Sociedade.
Quiçá, hoje, “os mais doentes” não estejam internados em Hospitais e Centros de Cuidados
Continuados. Estarão, porventura, no seio da sociedade: Uma sociedade egoísta, sem valores,
autofágica, voltada sobre si mesma, sem objectivos nem ideais! É urgente, por isso, apontar à
Sociedade um outro rumo; um outro caminho de progresso e felicidade! Neste sentido, a
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Domus Fraternitas esforçar-se-á por actualizar o pensamento de Bento XVI: Quem prescinde
da solidariedade prepara-se para se desfazer do ser humano enquanto ser humano (Enc. Deus
é Amor). Daí que, muito gostaria a Província Portuguesa da Ordem Franciscana que, de futuro,
o Convento de Montariol fosse reconhecido por todos como O Caminho da Solidariedade. A
Domus Fraternitas tem, pois, dois objectivos fundamentais: Acolher como a um irmão todo
aquele que vier ao seu encontro; e, consequentemente, ajudar a Sociedade a abrir-se
generosamente aos valores da Solidariedade. Se tudo nos vem de Deus, como viveu e
testemunhou Francisco, por que não fazer chegar a todos os homens aquilo que Deus deu a
cada um?!
Eis o nosso sonho!
Assim Deus nos ajude!
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