Os Ensinamentos Tradicionais de João Aquino – o Caso
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Os Ensinamentos Tradicionais de João Aquino – o Caso
Os Ensinamentos Tradicionais de João Aquino – o Caso dos Instrumentos Musicais executados com Arco Ládio Veron Cavalheiro – Acadêmico do Curso de Licenciatura Indígena Teko Arandu (UFGD/FAED) Profº Dr. Protásio Paulo Langer – Orientador Com esse Trabalho de Conclusão de Curso pretendo resgatar os ensinamentos musicais do senhor João Aquino, cujo nome Kaiowá era Ava Apyka Rendy. João Aquino foi um personagem importante na história da luta pela demarcação da aldeia Takuara, município de Juti. Por volta da década de 1970-80 ele se dedicava a ensinar crianças e adolescentes indígenas a fazer instrumentos musicais tocados com arco. Como participante das instruções desse mestre indígena tradicional pretendemos, agora, registrar por escrito aquilo que ainda lembramos das suas atividades de ensino musical. Num primeiro momento vamos apresentar alguns dados históricos e etnográficos sobre os instrumentos executados com arco, entre as etnias guarani. Num segundo momento vamos falar da história do Ava Apyka Rendy, João Aquino. Em seguida registraremos tudo o que lembramos sobre as técnicas e materiais para construção de “mbaraka’i”. Metodologicamente nos baseamos na memória dos encontros com o mestre João Aquino e analisamos trabalhos acadêmicos sobre a música “Mba’epu” entre os diversos grupos guarani. É importante destacar que o violino, do jeito que João Aquino e outros guarani antigo faziam, é um instrumento tipicamente indígena. João Aquino mesmo tinha consciência disso. Ele aprendera do seu pai, que por sua vez, aprendeu do avô e assim sucessivamente. Para as novas gerações, resgatar e rememorar os conhecimentos relacionados à fabricação e execução dos violinos Guarani\Kaiowá representa uma possibilidade de dialogar com a tradição da nossa etnia, mas, ao mesmo tempo a possibilidade de se inserir em outros estilos artísticos musicais. Dessa forma se reafirma a tradição sem ficar preso a ela. Na Escola Indígena na Aldeia Taquara trabalhei com os alunos do Ensino Médio, repassando esses conhecimentos e destacando importância deles como valor histórico ensinado pelo mestre João Aquino. Em atividades pedagógicas na nossa escola tivemos a satisfação de contemplar o interesse dos alunos em participar na fabricação desses instrumentos. Já temos um grupo de jovens Guaráni e kaiowá que domina vários instrumentos como: violão, viola, baixo, sanfona, etc. Com esse trabalho pretendo ensinar para os alunos a desenvolver o seu caráter e valorizar a auto estima dos alunos indígenas. Além do mais, os pais e a comunidade escolar poderá ter orgulho dos seus filhos ao vê-los na escola aprendendo ser um bom índios nas sociedades kaiowá e guarani. Breve Histórico dos Instrumento dos Tocados com Arco entre os Guarani Os instrumentos musicais tocados com arco chamaram a atenção de diversos pesquisadores não indígenas (historiadores e antropólogos) que se interessaram em conhecer melhor a origem e o sentido que os guarani atribuem a esses instrumentos. Os esses pesquisadores destacamos os trabalhos de Franz Müller, Irma Ruiz, Deise Montardo e Protasio Langer. Todos eles reconhecem que a origem desses instrumentos entre os povos guarani falantes remete ao período das missões jesuíticas. As fontes dos missionários, que cobrem aproximadamente 150 anos de história dos jesuítas entre grupos guarani. Desde Montoya, na primeira metade do século XVII, passando pelo Pe. Antonio Sepp, na virado do XVII para o XVIII e finalmente por Cardiel, já na fase final das missões, todas cartas e crônicas missioneiras são abundantes em referências à produção musical nas reduções e a valorização dessa arte pelos indígenas guarani. Montoya é com certeza um dos missionários que merece a maior atenção, pois além das cartas, onde fala que em 1626 os guarani já compunham músicas em seus instrumentos de arco, e da crônica que dá uma visão geral da música em todos as reduções, sua obra lingüística está repleta de verbetes referentes aos instrumentos e às técnicas de execução (Langer, 2010, p. 4). Uma das discussões entre os pesquisadores é sobre como esses instrumentos foram apropriados por etnias que não viveram, diretamente nas missões. Isso mostra que as missões não eram um território fechado e que os bens simbólicos e culturais extrapolavam as fronteiras da missão e circulavam entre os grupos que continuavam na floresta. Entre os pesquisadores foi surpreendente o fato de os Guarani/Kaiowá fazerem violinos. O Pe. Meliá não sabiam que na região de Dourados havia indígenas que faziam esses instrumentos, pois, via de regras, somente os Mbyá guarani tem chamado atenção dos pesquisadores da etno-música guarani. É importante destacar que todas as etnias guarani se apropriaram do violino. 2 Aspectos Históricos da Vida de João Aquino (Avá Apyka Rendy) Joao Aquino = Foto de Ládio Verón (2004) No Relatório Circunstanciado de Identificação e Delimitação da Terra Indígena Guarani/Kaiowá Taquara, datado em 2005, o Antropólogo Levi Marques Pereira levantou diversos dados sobre a trajetória de vida de João Aquino. Quanto a sua idade, Pereira afirma que: “[...]pode ser estimada entre 85 e 90 anos” (Pereira, p. 69). Já a Dona Emiliana Aquino, viúva do finado, diz que ele faleceu com a idade de 105 anos (LANGER, Entrevista com Dona Emiliana Aquino). Seguindo o Relatório João Aquino nasceu na “margem direita do Taquara, a cerca de 3 quilômetros da cidade de Juti, onde residiu até 1949” (Pereira, p. 69). No processo de retomada da área indígena de Takuara, João Aquino foi um personagem fundamental. Seu prestígio político e religioso entre os Kaiowá ramificavase por várias aldeias do Mato Grosso do Sul e do Paraguai. Os recortes a seguir falam um pouco da sua passagem e atuação política em diversas aldeias: João Aquino diz ter exercido o cargo de capitão na reserva de Taquara entre os anos de 1937 a 1949, quando deixa o cargo a pedido dos parentes que viviam em Lagoa Rica (Panambi) que o convidaram a se mudar para aquela localidade e lá exercer o cargo de capitão. João Aquino residiu por um tempo em Lagoa Rica, 3 tendo retornado alguns anos depois a reserva de Caarapó, e posteriormente se radicado na reserva de Amambaí [...] (Pereira, p 70). Em 2005, atendendo a nosso convite, ele se deslocou novamente até a aldeia Taquara para auxiliar na identificação dos locais de residência das famílias que habitavam aquela área antes de 1953, ano em que foram expulsas. O Relatório narra, nestes termos, a participação de João Aquino nesse trabalho: A chegada de João Aquino em Taquara se constitui em evento de grande importância política para as famílias indígenas que lá vivem acampadas em cerca de 600 ha da Terra no interior da área objeto deste estudo. Ele foi tratado com muito respeito e até com certa veneração, sendo recepcionado com cerimônias religiosas, carne de caça, chicha, etc. Nos cerca de 10 dias em que esteve com as famílias da comunidade de Taquara, João Aquino foi o personagem central, sendo o foco das discussões sobre a localização dos antigos locais de residência e das formas de sociabilidade desenvolvidas no local antes da expulsão das famílias em 1953. Nesse mesmo período, vários velhos, antigos moradores da comunidade de Taquara, mas que hoje vivem nas reservas de Caarapó e Dourados, também se dirigiram até Taquara, realizando um encontro de anciões, cujas discussões eram acompanhadas com interesse por toda a comunidade, inclusive por seus membros mais jovens. Vale registrar que no ano de 2005 ele se mudou para Takuara pois pelas conversas que tivemos com ele, seu desejo era ser morrer e ser enterrado naquela aldeia, que era a sua terra. Porém após seis meses voltou para Amambaí para visitar seus filhos e netos. Nessa viagem João Aquino contraiu uma doença respiratória que o levou a óbito. Por esse motivo, João Aquino foi enterrado na aldeia Sertão, em Amambaí. Considerações sobre sua atividade musical No final da década de 1970 – 80 João Aquino residia na Aldeia Te’ýikue no município de Caarapó. Nesses anos ele tinha uma pequena oficina de fabricação de instrumentos musicais tocados com arco, em sua casa. Nessa oficina ele reunia crianças e adolescentes para instruí-las no ofício de fabricar esses instrumentos. Nesses encontros, enquanto instruía a meninada, João Aquino contava histórias vividas sobre sua atuação como músico. Na pequena cabana de sapé, onde funcionava sua oficina, falava aos alunos da importância de aprenderem a fabricar violinos e manifestava o desejo de repassar esse conhecimento ao seu povo. 4 João Aquino foi um professor legal, foi um índio que sempre gostou de ajudar o seu povo, socializando o seu conhecimento com seus patrícios Guarani/Kaiowá. Antes de começar as atividades do dia ele sempre perguntava aos aprendizes se estavam gostando ou se ele precisava melhorar a orientação. Todo dia, antes de começar o trabalho João Aquino contava uma pequena história sobre sua relação com o violino. Dizia que ele era muito conhecido na Companhia Mate Laranjeiras – na época em que essa empresa estava ativa (1930-50) – por ser músico, e que todos os músicos eram valorizados pela Companhia. O capataz contratava os músicos para tocarem, principalmente nos finais de semana no mês de junho. João Aquino, que tocava violino acompanhado por harpa e violão (na época não havia sanfona), era sempre um dos contratados. Depois que acabou a Companhia ele quis passar esses conhecimentos para o seu povo Guarani/Kaiowá. João Aquino passou a freqüentar a Missão Evangélica Kaioá na Aldeia Te’ýikue. Em 1979, nessa mesma aldeia, conheceu Marcos Verón (pai do autor desse texto). Depois de um certo tempo falou da oficina de fabricação do violino, que ele tinha na sua casa, e da sua importância de se continuar fabricando. Foi então que ele pediu ao meu pai que eu freqüentasse sua oficina. Além de mim foram convidados outros vinte alunos, desses apenas 10 persistiram. Em relação ao seu pai, João Aquino dizia que ele era um grande fabricante de violino e também foi com ele aprendeu a tocar esse instrumento. Lembrava de quando seu pai fabricou um violino para lhe dar de presente. Na época ele tinha 16 anos de idade e morava na Aldeia Bom Fim, hoje chamada Javorai (Laguna Carapã). “Fiquei durante 6 meses ao lado do pai, observando-o e ouvindo-o todas as vezes que ele tocava” (João Aquino, Conversa informal, 1980). Depois, por questões de trabalho, teve que se distanciar da família para ir morar na Aldeia Pirajuí. Quando voltou para reencontrar seus pais, só encontrou sua mãe; o pai havia falecido. Ela e outros irmãos já estavam morando na aldeia Takuara. João Aquino dizia que o som do violino tem a suas interpretações e vários ritmos. Além disso, o som seve de inspiração sentimental, ou seja, quando a pessoa ouve a música torna-se mais sensível, mais calma, tranqüila e saudosa. Segundos os guarani o som do violino acalma os espíritos. 5 Onde, como, quando e que repertório João Aquino Tocava João Aquino falava que os nossos antepassados já usavam o violino, principalmente os guarani. Essa informação confirma a intensa relação intercultural, e de parentesco, que esse personagem tinha com outras etnias guarani falantes, uma vez que seu próprio pai era da etnia guarani Nhandeva, mas ele se assumia como Kaiowa. Para ele o violino era um instrumento que fazia contato com os Tupã Kuéra do universo Guarani/Kaiowá. O violino não era usado apenas para fazer música, mas também para se comunicar com os espíritos (marangatu) quando ia para as caçadas, para a pesca e para mudar a direção do temporal. Também no interior da mata o violino podia ser usado para espantar os espíritos maus (teko kanhyguéry) que seguem o caçador fazendo-o perder o rumo. Ao ouvir o som do violino o mau espírito chora e vai embora. Além do mais, ele tocava o seu instrumento nos encontros que reuniam só os grandes rezadores na Oka Guasu do tekoha Takuara. Vinham rezadores de todos os lugares e, entre a fala de um e outro cacique (rezador) ele tocava o violino para sinalizar o próximo que ia falar. Também tocava nas festas tradicionais, informalmente nas casas de famílias, nos trabalhos nos ervais, na oga pysy (casa de grande de reza) enfim; aonde era convocado. Algumas vezes era acompanhado por outros instrumentos como violão, harpa, sanfona, tambores e pandeiros feitos de couros de animais etc. Segundo conta o senhor o cacique Lídio Chanche (21 de janeiro de 2011) as músicas que ele mais tocava são essas: Rosa blanca mi querida. Che Ahatama nde hegui1. Despedida mara’e Ingrata Paloma branca2 Nde Che Rosa Pytaite (Antonio Aguilar) Guyrami ka’arupy. (Mario Alfonzo y Estanislao Denis / Interp Rubito Reguera)3. Momby gui niko aju. Ambyasyite ere hohague. Marave ndikoi cherejarire (Flaminio Arzamendia) . Esse era o repertório musical preferido que João Aquino tocava nas festas. Outro aspecto da sua arte musical era a forma de se apresentar. Seu costume era usar um 1 Essa música está disponível no site: www.elparaguayo.net/country/banditas/diferentedesantani.html Essa música está disponível no site: http://www.hello-world.com/Guarani/songs.php?topic=paloma. 3 Ver o site: 2 6 pochilio pytã (pequeno poncho vermelho), que combinasse com o instrumento, e um chapéu preto, e bota de couro. Fabricação do Violino Materiais e técnicas tradicionais para a fabricação do instrumento a) Madeiras As madeiras para o violino deviam ser: cedro (yary), angelim (yvyra ryakuã), leiteira (curupikay) e timburana (yvyra chiru). Para serem trabalhadas essas madeiras não podiam ser muito secas e, tampouco, muito molhadas. João Aquino dizia que a madeira sempre devia ser apanhada na lua cheia, cortada em chapas de 30cm de largura, 30cm altura e 60cm de comprimento. Estas chapas eram deixadas embaixo da casa até sair o excesso de umidade. Depois de 3 dias pode-se fazer o formato do instrumento. Quando não se podia concluir o instrumento no mesmo dia, ele ressecava além do ponto ideal para se trabalhar. Para retomar aquele instrumento, era necessário colocá-lo na água por algumas horas. Antes de começar a entalhar novamente, retira-se o instrumento da água e deixa-se escorrer por aproximadamente uma hora. Cordas: Feitas de fibras da folha de Macaúba, “Mbokajá” (Acrocomia aculeata). João Aquino colhia a folha verde e já tirava a fibra com os dedos. Usava uma pequena tesoura com a qual cortava as fibras numa mesma medida e as enrolava sobre as pernas. Com o auxílio de uma catraca estendia as cordas até atingirem o ponto certo. Osso: As cravelhas eram confeccionadas de osso da espinha dorsal da queixada, em Kaiowá, tanhycati (Tayassu pecari ). O estandarte, que suspende todas as cordas era chifre de boi ou osso da pata do boi. Chifre: Era usado para o estandarte e para a pestana do violino. 4.2) Materiais e técnicas tradicionais para a confecção de ferramentas a) Argila A argila (tuju hu) era usada para produzir uma lixa em forma de barra (tijolinho). O barro devia ser colhido na lua nova. São usados três tipos de argila, um punhado de cada cor: preta, branca e amarela. Todas as argilas são coadas num pano. No fundo do recipiente, por decantação, ficará depositado o lodo. Os três tipos de lodo (argila coada) são misturados a um punhado de pó de madeira seca e mole em decomposição (yvyra tuju; yvyra pirukue ku’i). Após bem amassadas e misturadas esse material é colocado numa forma (2cm da altura, 10 cm de comprimento e 5 cm de 7 largura aproximadamente) e, em seguida, é retirado para secar por 5 ou dez dias. Depois desse prazo, esses ladrilhos são levados ao fogo até ficarem da cor de ferro em brasa. Após a queima tornam-se lixas em barra para lixar a madeira. b) Folha de Planta Amba’y do mato = Embaúba - Cecropia pachystachya). Essas folhas são usadas para uma segunda lixagem. Colhe-se a folha, deixar por um dia na secagem para ser usado no dia seguinte. c) Cinza de bambu verde amarelo – A cinza de bambu obtém-se pela queima de uma vara de aproximadamente um metro de comprimento. Essa deve ser retirada do fogo ainda em brasa. Coloca-se uma pequena porção de cinza sobre o instrumento, já concluído, e com o polegar direito faz-se o polimento. d) Óleo de coqueiro Jataí (rasteiro) – Descrever a planta. O óleo de Jataí é extraído socando-se a castanha no pilão. Coloca-se dois litros de castanha moída na panela, com mais ou menos 3 litros de água. O óleo da castanha sobe e o resíduo (farelo e impurezas) ficam depositados no fundo. Aí coleta-se o óleo que pode ser guaradado nu vidro ou purunguinha. Depois que o violino estiver polido, aplica-se o óleo com um pedaço de pano de algodão, molhando e passado em todo instrumento ao longo de cinco dias. e) Tupã kaa é uma planta da qual se usa a folha. Ele é colocada na panela junto com a amêndoa de Jataí para dar perfume e coloração verde ao óleo, que será usado para lustrar o violino. f) Resina de Jatobá. A resina é usada para dar fricção ao arco. Ela pode ser coletada no tronco do Jatobá. Não é necessário machucar o tronco, a resina vaza naturalmente. g) Fios do arco. Seu João Aquino sempre os fazia com as mesmas fibras de coqueiro com as quais confeccionava as cordas. Ferramentas adquiridas de não indígenas Machado – Para derrubar a árvore Facão – Para tirar a casca Lima – Para amolar machado, facão, talhadeira e faca. Trançador (Grande serrote) – Grosa – Lima grossa de ferro ou aço para desbastar a madeira. Faca – Para fazer o contorno (desenho) do instrumento. 8 Enxó – Usado para escavar Morsa de madeira – Para fixar a madeira para escavar a caixa do violino. Outras ferramentas podiam ser produzidas a partir de objetos de metal, tais como, colheres amoladas, etc. Considerações Finais Neste trabalho apresentamos uma breve história do ensinamento musical do mestre João Aquino. Interessamo-nos em contextualizar o local e o período em que o João atuava com os adolescentes na oficina dele. Ao relembrarmos o modo de fazer esse instrumento esperamos ter salvo aspectos da musicalidade de João Aquino e, principalmente, apresentado elementos que permitem a continuidade da sua de fabricação. Destacamos a técnica e os materiais tradicionais envolvidos nessa tarefa. As pesquisas sobre os violinos e a música, de modo em geral, entre os Guarani e Kaiowá falantes, ainda pode ser bastante aprofundada. Para outro momento, pretendo pesquisar a música, o violino, os rituais e o som, no sentido de descobrir os valores da dimensão desses na cultura do meu povo. Referências: BORGES Paulo Humberto Porto. Uma visão indígena da história. Cad. CEDES vol.19 n.49 Campinas Dec. 1999. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-32621999000200008&script=sci_arttext LANGER, P. P. ; CORAL, T. . A reprodução da cultura imaterial missioneira: o caso dos instrumentos musicais executados com arco. In: XIII Jornadas Internacionais sobre Missões Jesuíticas, 2010, Dourados. Fronteiras e Identidades: povos indígenas e missões religiosas. Dourados : UFGD, 2010. v. 1. MONTARDO, Deise Lucy Oliveira. Através do Mbaraka: música, dança e xamanismo guarani. São Paulo: Edusp. 2009. MONTOYA, Antonio Ruiz. Tesoro de la Lengua Guarani. Julio Platzmann. Leipzig, B. G. Teubner, reed [1639] 1876 MÜLLER, Franz. Etnografia de los Guarani del Alto Paraná. Rosario: Societatis Verbi Divini, 1989. 9 RUIZ, Irma e HUSEBY, Gerardo V. Pervivencia del rabel europeo entre los MBYÁ de Misiones. Temas de Etnomusicologia 2. Buenos Aires, Instituto Nacional de Musicologia "Carlos Vega", 198 p. 67-97 SEPP, Antonio. [1710]. Viagens às Missões Jesuíticas e Trabalhos Apostólicos. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia: São Paulo: Ed. da Universidade de São Paulo, 1980. 10