Simbologia Os 4 Cavaleiros do Apocalipse

Transcrição

Simbologia Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
Escola Superior de Design
2010
Simbologia
Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
Anabela Cristina Barros Tavares dos Santos Mestre
20090346 – Turma H
Janeiro 2010
Docente
Professor Manuel J Gandra
Simbologia – Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
Fomentar a aproximação às gradações semânticas da cultura simbólica: às suas presumíveis fontes
de inspiração, às leis que regem a sua recepção e transmissão, bem assim como as variações
rastreáveis na tradição iconográfica no decurso dos séculos.
Saber criar observadores capacitados para definir e assumir opções de intervenção teóricas e
práticas nos domínios da iconografia e designadamente da iconologia.
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Simbologia – Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
Penetrar no mundo dos símbolos, é tentar perceber as vibrações harmónicas, «adivinhar uma
música do universo».
René Alleau
“O objectivo dos ícones é transportar-nos para um outro mundo.
Os ícones não representam o mundo terreno, mas um outro: o espiritual.”
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Simbologia – Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
1 Resumo
A escolha final para fazer este trabalho passou por vários temas, desde fazer uma iconografia de
um tema em Azulejo, à Cruz de Cristo, e até fiz sobre a Basílica de São Pedro em Roma e a
adoração ao deus Sol, infelizmente este trabalho pouco mais de 3.000 palavras tinha, acabei por
abandoná-lo, e decidi terminar o que já tinha iniciado em Dezembro 2009, a Simbologia dos 4
Cavaleiros do Apocalipse.
Muitos acreditam que existem Profecias bíblicas escritas com uma linguagem simbólica e
aparentemente confusa. Alguns estudiosos da Bíblia defendem a ideia de que a própria Bíblia
pode ser usada para explicar esta Simbologia Bíblica.
Simbologia Bíblica utiliza o próprio texto da Bíblia, compreender os símbolos utilizados nas
Profecias, e consequentemente interpreta-las.
A Simbologia Bíblica é defendida e amplamente utilizada por muitos estudiosos da Bíblia.
Podemos constatar esta ampla utilização quando comparamos diferentes traduções da Bíblia.
Por exemplo, em traduções da Bíblia mais conservadoras, como a tradução de João Ferreira de
Almeida, o texto é traduzido literalmente da língua original, sem utilizar a simbologia para
interpretar e simplificar o entendimento do texto. Já em algumas traduções mais
contemporâneas, como a bíblia na linguagem de hoje, muitas vezes o texto é alterado aplicandose directamente na tradução a simbologia.
Tendo derivado da palavra grega que significa revelação, o apocalipse é transmitido na literatura
religiosa ou profana e nas lendas e tradições de muitos povos como uma visão cheia de símbolos
a decifrar. Este hermetismo necessita de uma chave que torne perceptível o significado mais ou
menos terrível e assustador destas profecias. A ideia do apocalipse que fez parte integrante do
imaginário dos primeiros séculos da era cristã é muito antiga e já se encontrava tanto nas
tradições orientais como nas lendas celtas. Na tradição celta, o fim do Mundo é profetizado pela
deusa da guerra como sendo um momento de corrupção de costumes, de troca de estações do
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ano, maldade e decadência. Estrabão1 falava do fim dos tempos como de um momento em que
o fogo e a água imperariam e assolariam a Terra. O Livro do Apocalipse é o último livro no Novo
Testamento que tem as últimas revelações feitas por Deus a S. João Evangelista2 sobre o fim do
Mundo. Esta comunicação divina é feita através de visões que antecipam horrores que atingirão
o mundo.
1 Estrabão, em grego, Στράϐων (63 a.C. ou 64 a.C. - cerca 24 d.C) foi um historiador, geógrafo e filósofo grego. Foi o
autor da monumental Geographia, um tratado de 17 livros contendo a história e descrições de povos e locais de
todo o mundo que lhe era conhecido à época
2 São João Evangelista ou Apóstolo João, foi um dos doze apóstolos de Jesus e além do Evangelho segundo João,
também escreveu as três epístolas de João (1, 2, e 3) e o livro do Apocalipse.
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1
2
3
Resumo .................................................................................................................................................. 4
Introdução.............................................................................................................................................. 7
Descrição ................................................................................................................................................ 9
3.1
Cavalo Branco e seu Cavaleiro ..................................................................................................... 12
3.1.1
Pré-iconografia .................................................................................................................... 12
3.1.2
Iconografia .......................................................................................................................... 13
3.2
Cavalo Vermelho e seu Cavaleiro ................................................................................................. 18
3.2.1
Pré-iconografia .................................................................................................................... 18
3.2.2
Iconografia .......................................................................................................................... 19
3.3
Cavalo Preto e seu Cavaleiro ........................................................................................................ 23
3.3.1
Pré-iconografia .................................................................................................................... 23
3.3.2
Iconografia .......................................................................................................................... 24
3.4
Cavalo Amarelo e seu Cavaleiro ................................................................................................... 28
3.4.1
Pré-iconografia .................................................................................................................... 28
3.4.2
Iconografia .......................................................................................................................... 29
4
Conclusão ............................................................................................................................................. 32
5
Anexos.................................................................................................................................................. 34
5.1
Cor ................................................................................................................................................ 34
5.2
Traduções Bíblicas ........................................................................................................................ 43
6
Bibiografia ............................................................................................................................................ 46
6
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2 Introdução
Para a realização deste trabalho, foram tidas em nota os seguintes pontos de iniciação:
1. Questionar tudo à nossa volta, encontrar contexto e significado dum símbolo num
determinado lugar em diferenciação de outro lugar;
2. Distinção entre verdade e validade, estar ciente de, não implica ser verdade;
3. Cada realidade tem a sua qualidade.
Partindo da premissa de que a arte sempre trás consigo um sentido, é necessário uma análise
dos objectos imagéticos através do seu tema. Ao apresentar a arte por meio de seus aspectos
temáticos, os conceitos iconografia e iconologia, orientam-se numa percepção não apenas
simbólico cultural, mas também histórica. Descrição, Identificação e Compreensão da obra de
arte, são os três principais níveis de análise.
A análise temática deve ser iniciada através da descrição visual do objecto artístico. Esta
descrição tem como finalidade identificar as formas puras, ou seja, os elementos, as cores, os
formatos, assim como, as expressões e as variações psicológicas inerentes às imagens. Nomeado
de pré-iconografia, este primeiro nível de observação, no qual o olhar minucioso é fundamental,
é uma das bases para a boa compreensão simbólica contextual da obra de arte.
O segundo nível de análise, é baseado na identificação das imagens, histórias e alegorias
que permeiam os costumes e as tradições de determinadas épocas e civilizações. Sendo
apreendido por iconografia, este exame permite reconhecer a personificação de conceitos e
símbolos em imagens. Esta parte da análise se diferencia da primeira por causa de dois motivos:
“em primeiro lugar por ser inteligível em vez de sensível e, em segundo, por ter sido
conscientemente conferido a acção prática pela qual é veiculada”.
Por fim, há o terceiro nível de observação, no qual a obra de arte é compreendida como
documento histórico. Conhecida como iconologia, esta análise é feita através do
condicionamento da arte a época e a sociedade na qual ela foi concebida. É a interpretação de
imagens através dos princípios que norteiam a escolha, a produção e a apresentação das
histórias e das alegorias presentes na obra de arte.
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Os quatro cavaleiros do apocalipse são descritos
na Bíblia no Livro de Apocalipse capítulo 6,
versículos 1-8.
Os quatro cavaleiros que simbolizam quatro
factores característicos de toda história do
género humano. Os dois primeiros representam
as causas, e os outros dois, as consequências.
Serão os quatros cavaleiros descrições simbólicas
de
eventos
diferentes
que
aconteceram;
acontecerão ou estão a acontecer?
Será uma sequência lógica, coincidente com cada período da decadência humana, as quatro
primeiras eras da humanidade, quando, pela força do pensamento negativo, atraiu os grandes
males que até hoje nos aflige?
Ou serão símbolos de diferentes estágios de calamidades que irão assolar o mundo, antes do
julgamento?
O número quatro na simbologia numérica bíblica representa quadrangulação em simetria,
universalidade ou totalidade simétrica como os quatro cantos da Terra, os quatro ventos,
poderemos então identifica-los como os quatro pontos cardeais, que são forças, que unidas
constituem o universo?
Terra, Fogo, Água e Ar, são as 4 forças da Natureza, serão então estes 4 cavalos estas forças?
Se o livro é certo e se essas coisas já não aconteceram ou se aconteceram e vão acontecer de
novo em um ciclo de destruição e renovação onde a exaltação de certas coisas produz os males
anunciados. Podem o 4 cavaleiros marcar nosso fim? Ou marcam ciclos e ciclos da vida sobre a
terra?
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3 Descrição
Temos nestes 8 versículos vários símbolos, e em todos um comum, o cavalo.
O cavalo é o símbolo da força e da firmeza.
Desde tempos muito remotos que a simbologia do cavalo está associada à passagem e ao
transporte da alma para o mundo dos mortos, ou, no mundo mitológico da fantasia, para a lua.
Era, por esta razão, visto como um prenúncio da morte quando era de cor branca e aparecia
durante os sonhos. Os cavalos eram também sinónimo de bom augúrio para as colheitas, na
tradição celta.
Filhos da noite e dos mistérios, os cavalos são a morte e a vida, e estão associados aos elementos
fogo e água. Entre os psicanalistas, a égua é um arquétipo muito próximo do da mãe, como é o
caso da deusa da fertilidade grega Deméter3 com cabeça de cavalo, e da memória do mundo,
associado ao tempo e ao desejo impetuoso. Como veículo ou montada do homem, o cavalo tem
o seu destino interligado ao dos seres humanos. Durante o dia, é o cavaleiro que conduz o
cavalo, mas à noite é o cavalo que na escuridão dirige os destinos do homem e assim se torna
vidente e guia. O conflito entre homem e cavalo conduz à desgraça enquanto que o acordo e a
harmonização entre o homem e o animal conduz ao sucesso. Enquanto animal das trevas e dos
poderes mágicos, o cavalo é uma espécie de guia entre a tradição dos povos da Ásia Central.
Entre os Beltires4, o cavalo do homem morto é sacrificado, para que guie o homem no mundo
dos mortos. Esta mesma tradição também é encontrada no Mediterrâneo, como é o exemplo da
Ilíada, em que Aquiles sacrifica quatro éguas no túmulo do seu amigo Pátroclo5, para que estas
conduzam a sua alma. Segundo a lenda, Salomão sacrificou novecentos dos seus mil cavalos
alados a Deus. Em Roma, os cavalos eram dedicados a Marte.
3 Ceres para os Romanos, Deméter ("mãe-terra") era, entre os Gregos, uma divindade da Terra, mas no
sentido desta como produtora de alimentos para os homens.
4 Povo mítico Celta, que adoravam o Deus Sol celta Belenus
5 Na mitologia grega, Pátroclo ou Pátroklos (gr. Πάτροκλος "glória do pai") é um dos personagens
centrais da Ilíada, primo e às vezes considerado amante de Aquiles era filho de Menécio.
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Nos rituais de posse e iniciação de diferentes culturas, o homem transforma-se em cavalo, como
é o caso do vodu africano, brasileiro e haitiano, nas tradições xamânicas da Abissínia e da Ásia
Menor. Nestas tradições, o homem possuído converte-se no cavalo do seu espírito ou do seu
deus.
A cor branca era a preferida das deusas celtas para os seus cavalos e a representação de Lady
Godiva, a Senhora Deusa, através de uma mulher cavalgando um cavalo branco que fazia parte
das procissões tradicionais era fundamental para o sucesso das colheitas. Belerofonte pretendeu
atingir a imortalidade montando o cavalo-lua Pégaso, nascido do sangue de Medusa. O deus
nórdico Odin montava cavalos fantasmas de cor cinzenta, que se diziam ser as almas dos
guerreiros mortos em combate. Na tradição islâmica, Maomé montou o fantástico cavalo
Alborak e, conduzido pelo anjo Gabriel, foi de Meca a Jerusalém e também para o Céu.
Os cavalos da morte, ou que pressagiavam a morte, são encontrados na tradição irlandesa antiga
e em toda a Europa desde a Antiguidade grega. Estes cavalos são de cor negra, mas também
claros ou de cor esbranquiçada, e estão associados à Lua e à água. São no folclore europeu
associados a feiticeiros e demónios que levam os viajantes a despenhar-se nos precipícios ou a
afogar-se nos pântanos. Em outras tradições, da Europa até ao Extremo Oriente, os cavalos são
divindades das águas e têm o dom de fazer brotar as nascentes com as suas patas. O cavalo é
também considerado um ajudante das divindades, como é o caso de África, onde são montados
pelos deuses para fazer chover. Contrariamente à ideia de morte, existe também o conceito do
corcel solar, ou o cavalo que puxa o carro do Sol, que é encontrado nas culturas antigas e
também na tradição grega.
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Todos os 4 são representativos de uma cor, Branco, Vermelho, Preto, Amarelo.
A simbologia da cor como suporte do pensamento simbólico na criação dos conceitos e na
associação dos elementos é muito antiga e universal, embora as diferentes cores tenham
simbologias diversas consoante as culturas. As principais cores simbolizam o todo e o universo.
Na iconografia, as cores têm um papel fundamental. Sua função não é apenas estética, mas de
levar um simbolismo atrelado à imagem que se está representando. Assim sendo, o iconógrafo
tem uma liberdade muito limitada para escolher as cores, devendo sempre ser fiel aos cânones
estabelecidos e à Tradição.
Considerando que o importante nestes versículos não são a cor dos cavalos, mas sim a
representação, os materiais e a acção de cada, remeto para anexo (Anexo 5.1) informação mais
detalhada relativa à simbologia das cores.
No entanto, em cada descrição de cada cavalo, será identificada a simbologia da cor, como uma
breve nota.
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3.1 Cavalo Branco e seu Cavaleiro
O primeiro cavaleiro do apocalipse é mencionado em
Apocalipse 6:2: “Vi, então, e eis um cavalo branco e o
seu cavaleiro com um arco; e foi-lhe dada uma coroa; e
ele saiu vencendo e para vencer”.
 Simbolismo da Cor
i. O branco associa-se à ideia de paz, de calma, de pureza. Também está
associado ao frio e à limpeza. Significa inocência e pureza
 Elemento da Natureza
i. Água
 Simbolismo da Cor face à Mensagem
i. falsa inocência/ paz disfarçada
 Simbolismo dos materiais
i. Arco – desejo de posse
ii. Coroa – poder, conquista
 Dever / Acção
i. Conquistar
 Simbolismo do Cavaleiro
i. Anticristo
ii. falso Cristo,
iii. falsa religião
 Descrição original grega
i. ίππος λευκός (híppos leukós), o Cavalo Branco
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Cavalo Branco, uma figura de Vencedor
Anticristo
O anticristo é uma falsa imitação do Cristo verdadeiro, já que Cristo vai retornar em um
cavalo branco (Apocalipse 19:11-16).
Apocalipse usa imagens duplas para fazer contrastes:
Duas Mulheres: a Mulher e a Prostituta;
Duas Cidades: Jerusalém celeste e Babilónia;
Duas Personagens sacrificadas: O Cordeiro e a Besta.
Assim o Anticristo contraponha-se ao Cristo. O Cavalo Branco seria a inocência
encenada, fingida, pacificador. Ele vai controlar o mundo, a autoridade vai lhe ser dada e
vai dominar todos que a ele se opõem.
Nesta interpretação do Anticristo, alguns comentadores, associam a personagens da
história da humanidade que foram os senhores da guerra, da discórdia, do sofrimento e
da miséria humana.
Nero, o Imperador Romano acusado de mandar
incendiar Roma. Assassino sádico que perseguiu os
cristãos.
Alguns historiadores tentam desfazer a figura
desumana deste imperador. Mas o que sabemos, até
que se prove contrário, é que Nero era um assassino
sádico que se deliciava ao promover e assistir lutas de
gladiadores, matou suas duas esposas e sua mãe,
perseguiu os cristãos e mandou incendiar Roma, e por isso fica conhecido como
o primeiro anticristo da história da humanidade.
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Stalin - Lider ditador comunista da União Soviética,
responsável por uma das mais duras ditaduras de todos os
tempos. Calcula-se que Stalin tenha sido responsável pela
morte de 12 milhões de pessoas.
Osama Bin Laden - lider do grupo terrorista AlQaeda.
O homem mais procurado pelo FBI, responsável pelos
atentados de 11 de Setembro de 2001 ao World Trade
Center e contra o Pentágono, provocando a morte de mais
de 2.752 pessoas inocentes de várias nacionalidades, nos
E.U.A.
Adolf Hitler - Ditador Alemão, autor
das teses racistas e anti-semitas. As
suas teses racistas e anti-semitas e
os seus objectivos para a Alemanha
ficaram patentes no seu livro de
1924, Mein Kampf (Minha luta).
Documentos apresentados durante
o
Julgamento
de
Nuremberg
indicam que, no período em que Adolf Hitler esteve no poder, grupos
minoritários considerados indesejados - tais como Testemunhas de Jeová,
eslavos, poloneses, ciganos, negros, homossexuais, deficientes físicos e mentais
e judeus - foram perseguidos no que se convencionou chamar de Holocausto. Os
documentos reunidos indicam ainda que, enquanto a maior parte das vítimas foi
submetida à Solução Final, outros foram usados em experimentos médicos.
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Conquistas militares
As grandes invasões militares do Império Romano conquistando o mundo e depois dele,
outros impérios se levantaram. O cavalo Branco era usado pelo rei vencedor e o arco um
símbolo do poderio militar.
O cavalo branco é um sinal de vitória. O branco, na Antiguidade, tinha esse significado.
Os vencedores romanos vinham montados em cavalos brancos. O mal vencendo o bem,
reflectido na perseguição, na fome e na perda da fé.
O arco tem um sentido, primeiramente, de distância. A vitória do cavaleiro atingirá
lugares muito distantes. O arco também era a arma característica dos bárbaros,
especialmente dos exércitos assírios e babilónicos, portanto, inimigos. A coroa é símbolo
da autoridade.
A figura bélica evocada pelo primeiro cavaleiro, dentro do contexto dos demais, nos
remete à conclusão de algo mau, ameaçador, como guerras e morte.
Jesus Cristo
No Apocalipse a cor branca é sempre um símbolo de Cristo, ou de algo associado com
suas vitórias espirituais.
Sendo nesta perspectiva, o branco a cor de Cristo e da Sua justiça. Significa que o
primeiro cavaleiro representa a verdadeira religião bíblica, ou o verdadeiro cristianismo,
que oferece a Palavra de Deus “pão da vida ou pão dos anjos”. O cavaleiro não é
violento, é portador da paz interior e do pão da vida. O verdadeiro cristianismo é o
oposto da guerra, da fome e da morte.
Nos fins do século XIX passaram a ver no Cavalo Branco a figura de Cristo. No arco,
vemos o Evangelho anunciado a todos (Mt 28,19) até os confins da terra (At 1, 8), e na
coroa, a realeza de Jesus, Rei dos reis (Ap 19, 16). É mais "acomodação" que
hermenêutica.
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Sempre que Cristo aparece, Satanás se agita e assim as provas para os filhos de Deus são
iminentes.
Cristo = BRANCO + COROA + SAIU VENCENDO E PARA VENCER. Cabelos brancos;
pedrinha branca, roupas brancas, nuvem branca, cavalos brancos, trono branco (palavras
escritas ao longo do livro de Apocalipse). Branco não pode ser usado nem para o Diabo
nem para o anticristo. Nesta interpretação, a abertura deste selo, não traz nenhuma
maldição.
A Primeira Era
A primeira era: o início da civilização
Quando o homem vivia de caça e pesca (arco) e tornou-se o rei (coroa) entre todos os
seres viventes. Significa igualmente a dura luta entre os homens e os ferozes animais
selvagens da época, quando muitos morriam vitimados pelas alimárias. Alimária
literalmente significa: animal irracional bruto.
O cavalo branco também representa a morte por arma branca, ou seja, pelos dentes e
garras de animais ferozes.
O Homem
O cavaleiro coroado “emergiu para ser vitorioso.” Personifica os bons princípios, inatos e
abençoados com que o Criador dotou o ser humano: a imagem de Deus, a pureza
espiritual e a inocência, o desejo em atingir o bem e a perfeição, a capacidade de crer e
amar, alem dos “dons individuais” inerentes ao homem, bem como as graças do Espírito
Santo, recebidas na Igreja. Na concepção do Criador, estes bons princípios devem
“vencer,” i.e, determinar o futuro feliz da humanidade. Porém, ainda no Eden o homem
caiu frente ao tentador. A natureza maculada pelo pecado, passou aos seus
descendentes; por isso, desde os primeiros anos de vida, os seres humanos já estão
inclinados para pecar. Da repetição dos pecados, reforçam-se a tendência para o mal.
Assim, em vez de crescer espiritualmente e se aperfeiçoar, cai sob a influência de ações
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pecaminosas, torna-se invejoso e rancoroso. Da decadência interior advêm a
vulnerabilidade do Homem com relação a todos os crimes (violências, guerras e todos
tipos de infortúnios).
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3.2 Cavalo Vermelho e seu Cavaleiro
O segundo cavaleiro do apocalipse é mencionado em Apocalipse
6:4: “E saiu outro cavalo, vermelho; e ao seu cavaleiro, foi-lhe
dado tirar a paz da terra para que os homens se matassem uns
aos outros; também lhe foi dada uma grande espada”.
 Simbolismo da Cor
i. O Vermelho é a cor da paixão e do sentimento. Simboliza o amor, o
desejo, mas também simboliza o orgulho, a violência, a agressividade ou
o poder.
ii. Representa o fogo, o calor, a nobreza, a impulsividade, as paixões, a
sexualidade, a acção, a conquista, o movimento e a actividade. É a cor
do sangue, conota energia e vitalidade. É tida como a cor mais
auspiciosa pela cultura chinesa.
 Elemento da Natureza
i. Ar
 Simbolismo da Cor face à Mensagem
i. O sangue derramado no campo de batalha
 Simbolismo dos materiais
i. Espada – força, prudência, regra
 Dever / Acção
i. Traz a guerra
 Simbolismo do Cavaleiro
i. Guerra
ii. Destruição
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 Descrição original grega
i. ίππος πυρρός (híppos pyrrós), o flamejante Cavalo vermelho
Cavalo Vermelho, uma figura de Guerra, A missão deste segundo cavaleiro é
claramente revelada. Ele causaria guerra. Homens matariam uns aos outros.
Corrupção da fé
Desde o ano 100 até ao ano 313 d.C., quando Constantino assina em Milão o
Édito de Tolerância. Se o branco representa a pureza da fé, então o cavalo
vermelho deve considerar-se como a corrupção da fé pela introdução de
inúmeras heresias. Crenças pagãs como adoração do sol, (deus principal de
Constantino que se fez passar por cristão, aceitando o baptismo à hora da morte)
e ritos estranhos à fé cristã substituíram grande parte dos princípios
estabelecidos por Cristo e ensinados pelos Seus Apóstolos.
Retrato da Época
A cor de Roma era Vermelho. A pax romana6, junto com a iréne grega, como a
globalização moderna, trazia o bem-estar para os cidadãos de Roma e miséria
para as classes pobres e também para todos os povos subjugados.
O vermelho, cor com que a tipologia bíblica refere-se ao pecado, lembra a luxúria
(era esta a cor dos vestidos das prostitutas do Egipto, de Roma e da Babilónia), e
modernamente o sangue derramado, o terrorismo, as chacinas e o aborto. A
figura da “grande prostituta” refere-se historicamente à antiga Caldéia, sede de
opressão e pecado, responsável por uma página negra da história de Israel.
Refere-se também à Roma opressora, no tempo em que aconteceram as visões
de João.
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A prostituta vestida de vermelho, no colo da Besta, é símbolo de uma cultura
imoral e idolátrica, do passado e do presente. Sempre houve essa relação do
Maligno com as mais diversas formas de prostituição, sejam elas sexuais,
políticas, ou económicas. Na época, Roma era a capital da idolatria (adoração ao
imperador e aos deuses pagãos) e do vício moral. Babilónia (Babylón), antes de
caracterizar uma cidade, refere-se à terra de Babel, lugar de pecado e
desobediência à lei de Deus. Babel que dizer desordem, confusão. A Besta de cor
escarlate é a mesma Besta do mar cuja existência aponta para os poderes
demoníacos.
Perseguição Religiosa
Perseguição pelos judeus, pelos romanos, pela inquisição, perseguição na
pré-reforma, perseguição na pós-reforma (França, Inglaterra).
Perseguição no Nazismo, Fascismo e Comunismo. Perseguições actuais. O
maior número de mártires da história aconteceu no século XX.
Século XX – Inicio das Guerras Mundiais
“Nação se levantará contra nação e reino contra reino; e haverá grandes
terramotos e, num lugar após outro, pestilências e escassez de viveres; e haverá
vistas aterrorizantes e grandes sinais do céu” (Mateus 24:3, 7-8; Lucas 21:10,11)
Houve muitas guerras antes de 1914, mas com o irrompimento da Primeira
Grande Guerra Mundial, a guerra humana torna-se mais sanguinária, mais
destrutiva. Populações inteiras, não apenas soldados profissionais, como até
então, foram recrutadas compulsivamente para o esforço de guerra. Mais de 9
(nove) milhões de soldados foram massacrados, e as baixas entre os civis
astronómicas. Aguçada a sua sede de sangue, o cavaleiro no cavalo vermelho
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Simbologia – Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
mergulha na Segunda Guerra Mundial. Os instrumentos de guerra tornaram-se
mais hediondos, as baixas aumentaram vertiginosamente quatro vezes mais que
na Primeira Guerra Mundial. Em 1945, duas bombas atómicas explodiram sobre o
Japão, cada uma aniquilando, num relâmpago, dezenas de milhares de vítimas.
Durante a Segunda Guerra Mundial, ceifaram-se a vida a 55 milhões de pessoas.
Terceira Grande Guerra
"...o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; pois que, quando disserem: Há paz e
segurança [cavalo branco], então lhes sobrevirá repentina destruição [cavalo vermelho]"
1 Tessalonicenses 5:2-3
É difícil afirmar com precisão mas haverá de alguma maneira um curto período de paz
(sem guerras) e segurança (sem terrorismo) na Palestina que poderá comemorado mas
em seguida virá a IIIª Guerra Mundial. A "repentina destruição" não parece soar como
uma catástrofe natural, mas como uma grande explosão atómica dando início a uma
grande guerra no Oriente Médio. Hoje países como o Irão e grupos terroristas como o AlQaeda são capazes de dar início a guerra.
O terrorismo islâmico já vem sendo a causa de guerras como a do Afeganistão e a do
Iraque. Uma guerra mundial só poderia ser financiada pelos grandes fornecedores de
petróleo e portanto ter início no Oriente Médio. Os gastos com armamento de última
geração são inviáveis para quase todos os países do primeiro mundo. Toda expectativa
de guerra é um alerta global pois uma interrupção prolongada no fornecimento de
petróleo levará o mundo a um caos total (os 4 cavaleiros do Apocalipse) com aumentos
de inflação, falta de fornecimento de alimentos e fome principalmente nas grandes
áreas urbanas em várias regiões do planeta, provocando aumento de desemprego, da
miséria e consequentemente assaltos, roubos entre outros problemas sociais. Quando
organizações como a ONU, a União Européia e até ONGs se unirem formando um
Governo Mundial e tentarem contornar esta situação, surgirá então o "messias" que este
mundo globalizado tanto espera.
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Anabela Tavares 20090346_Simbologia_Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
Simbologia – Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
Haverá um derramamento de sangue em Israel que atingirá uma extensão de 1600
estádios (296,7 km) que corresponde praticamente a extensão da fronteira ao norte
(Síria e Líbano) até ao sul no deserto do Negueve (Apocalipse 14.14-20). Pelo tamanho
da destruição pode-se concluir que Israel seja o palco de uma grande guerra, maior que
a do Golfo, a tão temida IIIª Guerra Mundial e um novo holocausto dos judeus. Armas de
destruição em massa certamente serão utilizadas.
As terras de Edom, Moabe e Amom já pertenceram a Israel e hoje correspondem a
actual Jordânia, cuja capital é Aman (Rabbath Ammon) que pela profecia bíblica não será
invadida naturalmente por ter alguma aliança com o ataque. Este fato evidencia o uso da
Jordânia pelos demais países árabes para a instalação de mísseis por ser o país que
possui a fronteira mais extensa com Israel, além de possuir montanhas onde se tem uma
ampla vista da Palestina. Talvez seja o que Daniel chamou de "o Rei do Sul", ou seja, o
domínio árabe. No livro "O Código da Bíblia II" é mencionado um possível ataque vindo
da Península de Lisan localizada no sul do Mar Morto, na Jordânia, onde os árabes
poderão instalar mísseis de médio e longo alcance.
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Simbologia – Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
3.3 Cavalo Preto e seu Cavaleiro
O terceiro cavaleiro é descrito em Apocalipse 6:5-6: “Quando abriu
o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizendo: Vem! Então, vi, e
eis um cavalo preto e o seu cavaleiro com uma balança na mão. E
ouvi uma voz no meio dos quatro seres viventes dizendo: Uma
medida de trigo por um denário; três medidas de cevada por um
denário; e não danifiques o azeite e o vinho”.
 Simbolismo da Cor
i. O Preto está associado à ideia de morte, luto ou terror, no entanto
também se liga ao mistério e à fantasia, sendo hoje em dia uma cor com
valor de uma certa sofisticação e luxo. Significa também dignidade.
ii. Relaciona-se ao inconsciente e às águas profundas. Representa a falta de
luz e, ao mesmo tempo, a busca da luz, da consciência que ilumina o
inconsciente.
 Elemento da Natureza
i. Terra
 Simbolismo da Cor face à Mensagem
i. Escuridão, planícies desertas
 Simbolismo dos materiais
i. Balança – para pesar
 Simbolismo do Cavaleiro
i. Penúria, fome, trocas injustas
 Dever / acção
i. Escassez de alimentos
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Simbologia – Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
 Descrição original grega
ίππος μέλας (híppos mélas), o Cavalo Negro
O terceiro cavaleiro do apocalipse refere-se à grande fome que acontecerá,
provavelmente como resultado de guerras do segundo cavaleiro. Comida vai ser escassa,
mas luxos como vinho e azeite ainda estarão prontamente disponíveis.
Um cavalo preto e o seu cavaleiro: Preto é a cor da angústia e desespero. Jeremias profetizou de
um castigo divino que traria tristeza profunda sobre a terra, deixando as cidades desamparadas.
“Por isso, a terra pranteará, e os céus acima se enegrecerão” (Jeremias 4:28). Devido à
repreensão de Deus, os céus se tornam escuros (Isaías 50:2).
Uma balança na mão: A balança é usada para pesar. O versículo 6 mostrará o sentido de pesar
comida para vender. A ideia de pesar a comida já sugere escassez e sofrimento.
Uma medida de trigo por um denário; três medidas de cevada por um denário: Grãos básicos
usados na alimentação diária são vendidos aqui por preços altíssimos. O Dicionário Vine7 diz que
esta medida seria “de capacidade para secos de cerca de um litro” e que seria suficiente para
sustentar uma pessoa por um dia. Diz, também, que o preço aqui seria 8 vezes o normal (pág.
778). Um denário era o valor da diária de um trabalhador na parábola dos trabalhadores na
vinha. Aqui, então, um homem teria que trabalhar o dia todo para ter comida para uma pessoa,
sem falar de sustentar uma família ou pagar outras despesas.
Não danifiques o azeite e o vinho: Pelo fato que o trigo e a cevada seriam alimentos mais
básicos e essenciais, a disponibilidade do azeite e do vinho pode mostrar que os ricos não
7 O Dicionário Vine torna possível ao estudante que tem bastante, limitada ou nenhuma formação em grego ou
hebraico estudar o significado das palavras bíblicas nas línguas originais.
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Simbologia – Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
sofreriam tanto como os pobres. Pode sugerir, também, que o sofrimento que o terceiro
cavaleiro trouxe não seria resultado de uma fome geral.
Retrato da época
O“cavaleiro negro”, que não é um sinal do bem, mas da injustiça e do mal. Ele vem
montado num cavalo preto, com uma balança na mão, e o texto diz que, por sua acção,
o preço do trigo sobe, enquanto o do vinho e do azeite fica estável e até diminui.
A balança, segundo a hermenêutica moderna, representa uma grande crise que aponta
para a ambição do poder económico e da justiça manipulada. Os elementos trigo, vinho
e azeite são mais ou menos indicadores de classes económicas e sociais do tempo em
que João, o vidente de Patmos escreveu o livro.
O trigo, ligado ao pão, alimento padrão dos povos antigos, caracterizava a alimentação
de todos, especialmente dos mais pobres. O azeite e o vinho, muitas vezes importados
da Pérsia e das regiões de cultura grega, já eram símbolos das mesas mais abastadas e
das pessoas de um melhor poder aquisitivo. Mais precisamente: dos ricos.
Os primórdios do comércio – Revolução Industrial
O cavaleiro com uma balança na mão representa o comércio de alimentos e a voz vinda
dos quatro animais complementa o simbolismo quando mostra o comércio de alimentos.
Mostra também que só terá alimentos quem tiver dinheiro e que a alguns faltarão.
Marca, portanto, o início da era do comércio.
O cavalo preto representa a morte pela fome provocada pela falta e a consequente
carestia dos alimentos quando são vendidos no mercado negro.
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Anabela Tavares 20090346_Simbologia_Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
Simbologia – Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
Era Actual
O “cavaleiro negro” traz uma crise económica sem precedentes, onde o preço do trigo
(alimento do povo) sobe muito, enquanto o do vinho e do azeite (consumo dos ricos) fica
estável e até baixa.
Não que o preço das utilidades para os pobres seja diferente das ofertadas aos ricos. A
diferença, não está no preço dos bens, mas nas benesses e retribuição do trabalho, o
salário. É uma questão que aponta para a injustiça do chamado “poder aquisitivo” a
partir da má distribuição da renda. Enquanto as elites ganham muito, alguns até demais,
desproporcional a seu pouco rendimento, as classes mais pobres, trabalham muito, mais
que aqueles, e ganham uma miséria: quase nada.
Para esses, o preço do pão sobe, enquanto para os outros, pelo aumento dos ganhos, o
preço do azeite e do vinho (leia-se uísque, caviar, carros importados, viagens
internacionais, mansões de luxo e depósitos no exterior) baixa cada vez mais. É a
questão do “poder aquisitivo”. Aos pobres sempre coube, historicamente, a parte mais
podre da laranja. Chamados a amparar o sistema, eles sempre ficam fora das benesses.
Desde a Antiguidade, o esforço é colectivo mas a distribuição do lucro é privativa,
sempre a favor dos donos das riquezas.
O “Cavaleiro Negro”, como fica claro é, nada mais nada menos que o capitalismo
exacerbado, o neoliberalismo e a globalização. A paz romana, semelhante às práticas
liberais modernas, significava bem-estar para os seus e miséria para os demais. No texto,
a voz forte, vinda do trono do céu, anuncia um julgamento e a ruína desse cavaleiro. É
uma profecia sobre a derrocada da injustiça e da discriminação.
A fome provocada pela falta de distribuição de alimentos. O petróleo, combustível
indispensável para os meios de transportes, será racionado em vários países, afectando
principalmente os países que não possuem jazidas, provocando a falta de alimentos
sobretudo nas grandes metrópoles onde há maior poder aquisitivo - haverá dinheiro mas
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Anabela Tavares 20090346_Simbologia_Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
Simbologia – Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
não haverá alimento para todos e as autoridades mundiais sabem perfeitamente que
isso trará o caos.
Corrupção da fé
Deve considerar-se que o cavalo preto indica derrota, ou que a sua cor denota uma
ainda maior corrupção da fé genuína.
A balança (em grego zugós “jugo”) pela semelhança dos braços da balança. Considera-se
que este símbolo descreve a condição espiritual dentro da igreja depois que o
cristianismo foi legalizado a partir do século IV, quando se uniram a igreja e o estado. No
seguimento dessa união, a igreja preocupou-se especialmente com os assuntos
seculares; em muitos casos houve um esquecimento total da espiritualidade.
A balança é certamente símbolo da preocupação material. A fome espiritual a que foram
votados os cristãos, e o mundo necessitado do pão da vida.
O ódio e as guerras conduzem ao enfraquecimento e a decadência da comunidade, a
perda dos recursos espirituais e materiais. Esta decadência interior e exterior do gênero
humano é simbolizada pelo corcel preto e seu cavaleiro, portando uma balança na mão.
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Simbologia – Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
3.4 Cavalo Amarelo e seu Cavaleiro
O quarto cavaleiro é mencionado em Apocalipse 6:8: “E
olhei, e eis um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo
este chamado Morte; e o Inferno o estava seguindo, e
foi-lhes dada autoridade sobre a quarta parte da terra
para matar à espada, pela fome, com a mortandade e
por meio das feras da terra”.
 Simbolismo da Cor
i. Anunciadora do declínio, da velhice, da aproximação da morte.
 Simbolismo da Cor face à Mensagem
i. Pele esverdeada de um cadáver, Decomposição
 Simbolismo dos materiais
i. Fogo
 Simbolismo do Cavaleiro
i. Morte
 Dever / acção
i. Destruir pela guerra,
ii. pela fome,
iii. pela peste, etc.
 Descrição original grega
i. ίππος χλωρός, θάνατος (híppos khlōrós, thánatos), o Cavalo verde
pálido, chamado Morte
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Anabela Tavares 20090346_Simbologia_Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
Simbologia – Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
O quarto cavaleiro do apocalipse é um símbolo de morte e devastação. Aparenta
ser uma combinação dos cavaleiros anteriores. O quarto cavaleiro do apocalipse vai
trazer mais guerras e fomes horríveis, assim como pestilências e doenças
Quando o Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente: O quarto selo, o
último cavaleiro, e o último dos quatro seres viventes. Os primeiros quatro selos formam uma
sub-série.
Um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte: A cor deste cavalo é incerto,
mas o significado, não. É a mesma palavra usada para descrever erva verde (8:7), qualquer coisa
verde (9:4) e relva verde (Marcos 6:39). Alguns explicam a ideia de amarelo/verde ou de pálido.
Independente do tom exacto, o significado é bem definido. Este cavalo e seu cavaleiro
representam a morte.
O Inferno estava seguindo-o: O Inferno (grego, hades), a região dos mortos, é o companheiro da
Morte. Os dois juntos reforçam o significado deste selo. Ele causa a morte. Mas, não é uma
destruição total. A Morte e o Inferno recebem autoridade sobre 25% da terra. Matarão muitos,
mas não todos.
A Morte usa quatro castigos comuns na história bíblica: a espada, a fome, a as feras da terra. Em
Ezequiel 14:21, Deus fala dos seus “quatro maus juízos: a espada, a fome, as bestas-feras e a
peste”. Esta linguagem deixa claro que o próprio Deus envia estes castigos.
Se de um lado a simbologia do cavaleiro negro é a opressão económica, no terreno da carência
dos alimentos e da fome, o amarelo significa directamente a morte. O amarelo é aqui
empregado para indicar a cor exangue dos cadáveres.
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Anabela Tavares 20090346_Simbologia_Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
Simbologia – Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
Foi-lhe dado um grande poder destrutivo, com autoridade sobre um quarto da terra, para matar
pela espada, pela fome, pela peste e com as feras. Essa tétrica narrativa revela, segundo a
maioria dos exegetas, desastres que aconteceram ou vão acontecer na história humana. O
quarto selo, que aqui personifica a morte, pode estar perfilado à ideia judaica do “Anjo da
morte” ou a Plutão, o deus grego das regiões inferiores e da morte.
Alguns segmentos da hermenêutica vêem aqui a pessoa de Satanás, já que o conjunto
cavalo/cavaleiro é, ao mesmo tempo, Morte e Hades (região dos mortos). Outros concebem aqui
a ideia da praga, por ser este um simbolismo usual na Antiguidade. A ideia do flagelo (guerra,
fome e peste) é como que uma repetição do apocalipse de Ezequiel (cf. Ez 14, 21).
A morte usa quatro instrumentos para sacrificar as suas vitimas:
1. A Espada – aqui não é machaira mas rhomphaia, espada comprida usada
na guerra. Aqui trata-se da morte provocada pela guerra
2. A Fome - a fome é subproduto da guerra, cidades sitiadas, falta de
transporte com alimentos.
3. Prestilência ou mortandades – As pragas, as pestilências crescem com a
pobreza, a fome, as guerras
4. As bestas feras da terra – despedaçam e devoram tudo que encontram
Quarta era: o período das pestes e doenças
O cavalo amarelo representa a morte pela peste e epidemias que empalidece as pessoas.
Este último cavaleiro simboliza a peste e as doenças de modo geral e tem o nome de
Morte. O Túmulo (Hades) que segue o cavaleiro Morte confirma a lógica da nossa
interpretação.
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Simbologia – Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
E foi dado aos cavaleiros a missão de matar muitos da terra, pela guerra, (cavalo
vermelho); pela fome, (cavalo preto); pela peste, (cavalo amarelo); e pela alimárias,
(cavalo branco).
Estas eras foram vividas nos séculos antes da vinda de Cristo, quando o homem começou
a conviver com as pragas citadas, vindas, cada uma a seu tempo, de acordo com a
decadência da sociedade humana.
A corrupção da Fé
A perda total das graças divinas conduz a morte espiritual e as consequencias últimas do
ódio e das guerras, arruinando a comunidade, causando a morte dos indivíduos.
A nossa Era
“Praga mortífera”. Logo após as devastações da Primeira Guerra Mundial, a gripe
espanhola ceifou mais de 20 milhões de vidas em apenas poucos meses de 1018-19.
Nos anos 80 surge a Sida, no amo 2000 já se contava com cerca de 52 milhões de
pessoas no mundo infectadas, destas 20 milhões tinham morrido.
A visão de João menciona feras como uma quarta causa de morte. Em Ezequiel 14:21,
lemos “Assim será também quando houver os meus quatro actos prejudiciais de
julgamento - a espada, a fome, a fera e a peste – que eu realmente enviarei sobre
Jerusalem, a fim de decepar dela o homem terreno e o animal doméstico”. A morte
causada por feras raras vezes aparece nas notícias, à excepção das recentes ataques de
cães, sabemos que em países tropicais, animais selvagens atacam humanos e invadem
terrenos para obtenção de alimento. Pois a seca ou as inundações decorrentes,
provocam falta de alimento.
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Anabela Tavares 20090346_Simbologia_Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
Simbologia – Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
4 Conclusão
Os quatro cavaleiros do Apocalipse, representam em linhas gerais a história da humanidade. Mas
a questão mantem-se, a que tempo se referem, a que época estão retratados.
Sendo um livro profético, o Apocalipse usa de linguagem simbólica para representar diferentes
fatos. Tal fato não é diferente com relação aos quatro cavaleiros. Tal linguagem simbólica
permite grande número de interpretações, por diferentes pessoas e diferentes correntes cristãs.
Como principais interpretações podem ser consideradas as seguintes, por serem as que tem
maior quantidade de adeptos:
Visão futurista: Os quatro cavaleiros representariam os quatro primeiros eventos do "fim do
mundo". O primeiro seria um grande líder que conquistaria grande poder e autoridade (motivo
pelo qual muitos o identificam como o AntiCristo ou o próprio Cristo), o segundo significaria uma
"guerra mundial" entre o homem representado pelo primeiro cavaleiro e aqueles que não
aceitariam a sua dominação, o terceiro seria a "fome" ou racionamento de alimentos, causada
por estes se tornarem raros com a guerra, e o quarto seria uma grande crise de mortalidade,
como uma consequência dos cavaleiros anteriores.
Visão interpretativa: Os quatro cavaleiros representariam os períodos históricos da igreja cristã.
Onde o primeiro cavaleiro seria o "cristianismo original", que "conquistaria" grande número de
seguidores, após isto, os muitos seguidores de Cristo se separariam e começariam a brigar pelo
direito de interpretar os ensinos e as crenças cristãs (muitos consideram como o período dos
primeiros Concílios), o terceiro cavaleiro representaria a "fome pela Palavra de Deus, ocasionada
pelos muitos líderes que ocultariam tal ensino (muitos considerando este período como a época
da Idade Média) e o ultimo cavaleiro seria a "morte espiritual", causada pela propagação de
falsas doutrinas e religiões que substituiriam o verdadeiro cristianismo (muitos considerando
que tal período se iniciaria com a Reforma protestante e seguiria até o "fim dos tempos"), o que
levariam as pessoas directamente para o "inferno" (a descrição deste cavaleiro de Apocalipse 6.8
que diz: "e o inferno o seguia”.
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Anabela Tavares 20090346_Simbologia_Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
Simbologia – Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
A bíblia tem sofrido algumas alterações de tradução ao longo dos tempos, no entanto, notamos
que relativamente a este capítulo e versículos em concreto, não existe alteração significativa.
Serão estes textos assim tão claros de perceber? Ou não conseguimos interpreta-los de uma
forma clara e subjectiva? Acredito que seja por este último motivo que temos tantas opiniões e
ideias, tanto em tempo como em lugar.
No anexo 5.2. encontra-se os textos para as 3 versões bíblicas.
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Simbologia – Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
5 Anexos
5.1 Cor
A cor é, antes de tudo, uma manifestação de luz ou da maior ou menor ausência dela. As
sete cores do arco-íris estão associadas às sete notas musicais, aos sete dias da semana e aos
sete planetas conhecidos na Antiguidade. Os signos do Zodíaco estão sempre associados a uma
determinada cor consoante a sua natureza. O mesmo acontece com os elementos: o fogo com o
vermelho e laranja, o ar com o branco e o amarelo, a água com o verde e a terra com o preto e o
castanho. Para simbolizar o espaço vertical são utilizados tons de azul e o espaço horizontal o
vermelho. As cores também simbolizam oposição e dualidade, como é o caso do preto e do
branco. A separação das cores a partir da luz branca é um fenómeno que foi reconhecido entre
os índios da América desde tempos remotos. A partir do sol, o branco era a aurora, o azul a
manhã, o amarelo o pôr do Sol e o preto a noite. Certas tribos de índios atribuem ainda cores à
alma e ao espírito e também aos quatro pontos cardeais. Os Astecas utilizavam a mesma palavra
para designar o verde e o azul e as pedras destas cores tinham também o seu significado
simbólico. As turquesas eram associadas ao sol e ao fogo e as cores azul-esverdeadas de certas
pedras e da serpente emplumada eram associadas à Lua e à fertilidade.
Para os antigos Egípcios, o preto era a cor da imortalidade, o verde era a cor da natureza
e da saúde, o azul era a cor do ar, o amarelo do sol e do ouro, o branco da positividade e da
alegria, o vermelho da maldade e da violência. Em África, as cores revestem um valor mágico e
são formas de exercer poder ou de defender de perigos e doenças. O branco afasta a morte, o
vermelho é a cor da vida e o preto é a cor do mistério e do oculto. As tradições muçulmanas
consideram o preto negativo e usam-no como protecção contra o mau-olhado, o branco e o
verde são cores positivas e de sorte e o amarelo é mágico e protector. Enquanto que o islão
oriental considera o preto a cor do luto os muçulmanos do Al-Andaluz, na Península Ibérica,
consideravam o branco como a cor do luto. Na tradição cristã está muito presente a luz como
uma manifestação divina e ela quebra a austeridade da pedra através de muitos magníficos
vitrais das catedrais. Na simbologia cristã, o branco está associado ao Pai, à fé, à castidade e à
pureza, o azul ao Filho e o vermelho ao Espírito Santo, ao amor e à caridade, o preto à penitência
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Anabela Tavares 20090346_Simbologia_Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
Simbologia – Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
e o verde à esperança. As cores podem ser frias e pacíficas como o azul e o violeta ou quentes e
estimulantes como o vermelho e o laranja. Segundo a psicologia analítica de Carl Jung, o verde é
a cor da natureza e do crescimento, o azul é a cor espiritual e do pensamento, o vermelho é a cor
do sangue e do sentimento e o amarelo é a cor do ouro e da intuição.
Branco
No mundo pagão, o branco já era visto como uma cor consagrada ao divino. Pitágoras
ordenava aos discípulos que se vestissem de branco para cantar os hinos sagrados. Mesmo para
nós, o branco, por seu efeito óptico, sua ausência de coloração, nos parece próximo da própria
luz. Sua irradiação transmite pureza e calma.
É a cor do reino dos céus, da luz divina de Deus, da santidade e da simplicidade. As
pessoas justas – aquelas que eram boas, honestas e viveram pela Verdade - são representadas
nos ícones com vestes brancas.
Mas o branco também é a cor dos lençóis da morte, do Cristo na deposição na tumba e
de Lázaro. Segundo Dionísio Areopagita, o branco é cor da glória e da potência do divino, mas
também da destruição do mundo terrestre. Após a ressurreição, o Cristo é sempre representado
de branco.
Diz Salomão: “A Sabedoria é mais móvel que qualquer movimento e, por sua pureza,
tudo atravessa e penetra. Ela é um eflúvio do poder de Deus, uma emanação puríssima da glória
do Omnipotente, pelo que nada de impuro nela se introduz. Pois ela é um reflexo da luz eterna,
um espelho nítido da actividade de Deus e uma imagem de sua bondade.” (Sabedoria, 7:24-26).
O Profeta Daniel assim vê a Divindade: “Eu continuava contemplando, quando foram
preparados alguns tronos e um Ancião sentou-se. Suas vestes eram brancas como a neve; e os
cabelos de sua cabeça, alvos como a lã. Seu trono eram chamas de fogo com rodas de fogo
ardente.” (Daniel, 7:9).
Como o branco é a unidade de todas as cores, consequentemente, torna-se,
simbolicamente, o emblema da Divindade, da Omnipotência de Deus, que encerra em si mesma
todas as virtudes. O branco, atribuído a Deus Pai, é o símbolo da Verdade absoluta de Deus,
unidade de tudo que procede, verdade por essência, verdade imutável.
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Anabela Tavares 20090346_Simbologia_Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
Simbologia – Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
Na Transfiguração no Monte Tabor, os apóstolos vêem que o rosto de Jesus
“resplandeceu como o sol e as suas vestes tornaram-se alvas como a luz.” (Mateus, 17:2). No
Ícone da Paternidade, o Pai é representado vestido de branco. Os anjos que anunciam a
ressurreição do Cristo também são representados com vestes brancas, fulgurantes. (Mateus
28:3; Marcos 16:5, Lucas, 24:4, João 20:12) assim como o anjo da Ascensão (Actos 1:20).
De seu principal significado, como Verdade absoluta, derivam outros significados não
menos importantes, como a fé e a pureza. O Papa veste-se de branco para indicar que suas
virtudes devem ser a fé e a pureza de coração, uma vez que representa o Cristo sobre a terra e é
o depositário da verdade.
No plano profano, o branco representa a virgindade, a inocência, a pureza e a candura.
Vermelho
O Areopagita caracteriza a cor vermelha com as palavras “incandescência” e
“actividade”. De todas as cores, o vermelho é a mais activa: ela avança na direcção do
espectador, se impõe, tem movimento.
O vermelho e o branco, cores que traduzem o Amor e a Sabedoria de Deus, são aquelas
que encontramos no Cristo após a ressurreição. O vermelho simboliza também a realidade
celeste, a Ressurreição e a segunda vinda de Cristo. Os serafins, que ficam ao lado do trono de
Deus, também são representados em vermelho.
O vermelho indica o Espírito Santo intenso como Amor, como Fogo que purifica. Ele se
manifesta como sob a forma de uma chama na testa dos apóstolos: “Apareceram-lhes, então,
línguas como de fogo, que se repartiam e que pousaram sobre cada um deles. E todos ficaram
repletos do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes
concedia se exprimissem.” (Actos, 2:2-4).
O vermelho é uma das cores mais usadas nos ícones. È a cor do calor, paixão, amor, e da
energia doadora de vida, e por isso tornou-se o símbolo da ressurreição – da vitória sobre a
morte. Mas ao mesmo tempo é a cor da tormenta, do sangue, do martírio, do sacrifício de Cristo.
Os mártires costumam ser representados com vestes vermelhas.
Alguns ícones, sobretudo nos russos entre os séculos 14 e 16, tem o fundo vermelho,
como símbolo da celebração eterna da vida.
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Simbologia – Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
Preto
Tradicionalmente, o preto se opõe ao branco, assim como as trevas se opõem à luz, o
mal ao bem e a noite se opõe ao dia. Mas o preto também é o símbolo da luta contra o mal. Em
muitas pinturas da Idade Média Jesus é representado de preto quando luta contra o demônio,
nas tentações do deserto. O preto também é usado nas vestes dos monges como símbolo da
mais alta ascese, de sua morte para este mundo material.
O inferno no ícone da ressurreição é preto, assim como a tumba de onde Lázaro é
ressuscitado e a gruta embaixo da cruz de Cristo, com a caveira, símbolo da entrada da morte
pelo pecado, da qual Cristo nos livra.
Também a gruta da natividade de Cristo é preta, para recordar que o Cristo aparece
“para iluminar com cores aqueles que estão nas trevas e na sombra da morte, e dirigir nossos
passos pelo caminho da paz.” (Lucas, 1, 79) Mas o preto também significa que o menino, como
todos os homens, passará pela morte para nos doar a vida eterna.
O preto nunca é usado puro em iconografia, mas sempre misturado com algum outro
pigmento.
Amarelo
A palavra amarelo tem a sua origem no latim hispânico amarellus, de amãrus, amargo,
provavelmente porque é a cor do limão. O amarelo é a cor dos deuses, masculina, que se
pretende clara e ofuscante. Como o metal ouro, é a cor da imortalidade ou da eternidade, e por
essa razão está presente nas talhas das igrejas e jóias do Vaticano. Símbolo de comunicação
entre o mundo terreno e o mundo divino na tradição indiana, faz parte das vestes do deus Vixnu.
Essa ligação com o mundo do além é também representada, juntamente com o azul, nos
sarcófagos egípcios. Entre os astecas, o deus Sol do Meio-Dia é representado pelo amarelo dos
raios dourados do sol e pelo azul do céu. Entre os tibetanos é a cor de Buda, o outro nome do
Om, o dourado, e a cor usada nas vestes dos monges. No Islão, o amarelo tanto pode ser a cor da
sabedoria, quando dourado, como pode ser a cor da traição, quando claro. No México, o
amarelo dourado está associado ao mistério da renovação da vida através do deus Xipe Totec. O
amarelo é a cor da fertilidade na China e por isso os nubentes vestiam-se de amarelo e dessa cor
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Simbologia – Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
eram também as vestes do leito nupcial. Para os chineses, o amarelo é ainda cor do Norte, onde
se encontra o reino dos mortos. É associado ao Yang e também à distinção do Imperador,
porque tal como o Sol ele é considerado uma espécie de deus e o centro do universo. No teatro
de Pequim, os actores pintam-se de amarelo quando personificam a maldade, o cinismo e a
hipocrisia. Na mitologia grega, o jardim das Hespérides, que antecipa uma espécie de paraíso,
tem macieiras que dão frutos de ouro e que simbolizam o amor e a paz e por isso são oferecidos
ao casal Zeus e Hera. Mas as maças de ouro também são um símbolo de discórdia na guerra de
Tróia.
O amarelo é uma cor complementar do branco, segundo defendeu Kandinsky, ao salientar a
"afinidade profunda e psíquica" entre estas duas cores.
O amarelo é uma das cores mais quentes, uma das mais expansiva, a mais ardente das cores,
difícil de atenuar e que extravasa sempre dos limites em que o artista desejou encerrá-la.
Intenso, violento, agudo até a estridência, ou amplo e cegante como o fluxo de metal em fusão.
No panteão (templo) asteca, o guerreiro vitorioso, Deus do Sol e do Meio-Dia, é pintado de azul
e amarelo.
O amarelo, luz de ouro, tem o valor de esmeraldas. No caso do Islã, onde o amarelo dourado
significava sábio e de bom conselho e o amarelo pálido traição e decepção.
O campo da sua confrontação é a pele da terra, nossa pele, que fica amarela - ela também - com
a aproximação da morte.
Os raios do Sol, atravessando o azul celeste, manifestam o poder das divindades do além. No par
Amarelo-Azul, o amarelo, cor masculina, de luz e de vida não pode tender ao esmaecimento.
Pode-se dizer que existe uma afinidade profunda, física, entre o amarelo e o branco. O amarelo é
a cor dos deuses: Zoroastro - significa astro de ouro brilhante, liberal, astro vivo e Vixenu aquele que usa vestes amarelas, e o ovo cósmico brilha como ouro. É o veículo da juventude, do
vigor e da eternidade divina. O amarelo é considerado cor de luz, divina ou não.
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O amarelo é possuidor do dourado. A luz de ouro se torna, por vezes, um caminho de
comunicação nos dois sentidos, um mediador entre os homens e os deuses.
Na cosmologia Mexicana, o amarelo-ouro é a cor da pele nova da terra, no início da estação das
chuvas, antes que se faça verde de novo. Está então associada ao mistério da renovação. O
amarelo-ouro era o atributo de Mitra na Pérsia e de Apolo na Grécia.
Sendo a essência divina, o amarelo-ouro se torna, na terra, o atributo do poder dos príncipes,
reis, imperadores, para proclamar a origem divina do seu poder. Os verdes louros da esperança
humana se cobrem do amarelo-ouro do poder divino.
Os ramos verdes de Cristo, na sua passagem terrestre, são substituídos por uma auréola dourada
quando ele retorna ao pai. No domingo de Ramos na Espanha, é com palmas amarelas que os
fiéis acenam nas catedrais.
O amarelo é a cor da eternidade, como o ouro é o metal da eternidade. Um e outro são a base
do ritual cristão. O ouro da cruz, o ouro do cibório (vaso sagrado onde se guardam as hóstias), o
amarelo da vida eterna, da fé, se unem à pureza original do branco na bandeira do Vaticano.
É também em meio a todos esses ouros, a todos esses amarelos que os padres católicos
conduzem os defuntos para a vida eterna. Em diversas tradições orientais, o dos cães infernais,
como o do Zend Avesta, que tem os olhos amarelos. - para melhor penetrar o segredo das trevas
- e as orelhas tingidas de amarelo e de branco.
Nas câmaras funerárias egípcias, a cor amarela é a mais frequentemente associada ao azul, para
assegurar a sobrevivência da alma, pois que o ouro que ela representa é a carne do Sol e dos
deuses.
Essa presença do amarelo no mundo quotidiano, sob pretexto da eternidade, introduz o segundo
aspecto simbólico dessa cor terrestre.
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O amarelo é a cor da terra fértil, o que fazia com que se recomendasse, na China, a fim de
assegurar a fertilidade do casal, que se pusessem em completa harmonia o Yin e Yang, que as
vestes, as cobertas e os travesseiros do quarto nupcial fossem de gaze ou seda amarela. Mas
essa cor das espigas maduras do verão já anuncia a do Outono, quando a terra se desnuda,
perdendo seu manto de verdura.
Ela é então a anunciadora do declínio, da velhice, da aproximação da morte. Ao fim, o amarelo
se torna o substituto do negro. Assim, para os índios Pueblo, Tewa, é a cor do Oeste; para os
Astecas e Zuni, é a do Norte ou do Sul, quando associam uma com a outra dessas duas direcções
com os mundos inferiores.
No tantrismo búdico, o amarelo corresponde, ao mesmo tempo, ao centro-raiz
(Muladarachakra) e ao elemento terra, e a Ratnasambavap, cuja luz é de natureza solar. Negra
ou amarela é também, para os chineses, a direcção do Norte e dos abismos subterrâneos onde
se encontram as fontes amarelas que levam ao reino dos mortos. É que as almas que descem até
as fontes amarelas, ou o yang, que por lá se refugia durante o inverno, aspiram à restauração
cíclica da qual o solstício do inverso é a origem. Se o Norte, se as fontes amarelas são de essência
yin, são também a origem da restauração do yang.
O amarelo está associado ao negro como seu oposto e seu complementar. O amarelo se separa
do negro no momento da diferenciação do caos: a polarização da indiferenciação primordial se
faz em amarelo e negro - como em yang e yin, em redondo e quadrado, em activo e passivo.
O amarelo emerge do negro, na simbologia chinesa, como a terra emerge das águas primitivas.
Se o amarelo é, na China, a cor do Imperador, é efectivamente por estar estabelecido no centro
do Universo, como o Sol está estabelecido no centro do céu.
Quando o amarelo se detém sobre esta terra, a meio caminho entre o muito alto e o muito
baixo, ela não arrasta na sua esteira mais que a perversão das virtudes de fé, de inteligência, de
vida eterna. Esquecido o amor divino, chega o enxofre luciferino, imagem da soberba e da
presunção, da inteligência que só deseja alimentar a si mesma.
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O amarelo está ligado ao adultério, quando se desfazem os laços sagrados do casamento, à
imagem dos laços sagrados rompidos por Lúcifer, com a nuance de que a linguagem comum
acabou por inverter o símbolo, atribuindo a cor amarela ao enganado, quando ela cabe,
originariamente, ao enganador, como o atestam muitos outros costumes.
A porta dos traidores era pintada de amarelo a fim de atrair para ela a atenção dos transeuntes
nos séculos XVI e XVII. Desde o Concílio de Latrão IV (1215) os judeus foram obrigados a levar
uma rodela amarela costurada à roupa. O Dictionnaire de Trevous (1771) garante que é costume
açafroar, pintar de amarelo açafrão, as casas dos falidos.
Muitas marcas fazem uso do amarelo e do
vermelho, onde o amarelo indica vazio e o
vermelho calor, o que sugere fome ou até sede.
A cor amarela, assim como o vermelho, é uma cor
que chega facilmente aos olhos. É controladora de
estímulos visuais e depois de algum tempo, ela
pode trazer um pouco de desconforto e fadiga.
Indiretamente, as pessoas são forçadas a saírem do
estabelecimento para dar lugares para outros
consumidores, associamos isso ao desconforto
proporcionado pelo amarelo.
Quando os sindicalistas chamam de "amarelo" o operário que se dessolidariza da sua classe. Eles
estão, sem saber, recorrendo das mesmas fontes simbólicas em que os nazistas foram buscar a
ideia de aplicar a estrela amarela aos judeus. Mas é possível que os judeus, intervindo a
valorização do símbolo, vejam nessa estrela (de seis pontas), não um sinal de infâmia, mas a
gloriosa luz de Jeová.
A valorização negativa do amarelo é, igualmente, atestada nas tradições do teatro de Pequim,
cujos atores se maquilham de amarelo para indicar a crueldade, dissimulação, o cinismo e
expressam pelo vermelho a lealdade e a honestidade.
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Todavia, nesse mesmo teatro tradicional, os costumes dos príncipes e imperadores - indicando,
aí, não a psicologia, mas a condição social dos personagens - são também amarelos. Essa
utilização da cor amarela no teatro chinês leva em conta a ambivalência que lhe é própria e que
faz do amarelo a mais divina das cores e, ao mesmo tempo, a mais terrestre, segundo a
expressão de Kandinsky.
A mesma ambivalência se encontra na mitologia grega. As maçãs de ouro do jardim das
Hespérides são símbolos de amor e de concórdia. Não importa que Héracles as subtraia: elas
terminam voltando ao jardim dos deuses. São os verdadeiros frutos do amor, pois que Gaia, a
terra, os ofereceu a Zeus e a Hera como representante de casamento. Mas o "pomo" da
discórdia (maçã de ouro, que está na origem da guerra de Tróia) é símbolo de orgulho e de
inveja.
Ainda na mitologia grega, as duas faces do símbolo, se aproximam do mito de Atalanta
(borboleta comum da Europa), a Diana grega. Virgem agressiva: enquanto ela corre na sua
aposta com Hipômenes - que tem a intenção de matar, em seguida, como fez com todos os seus
outros pretendentes - cede ao irresistível desejo nela despertado pelas maçãs de ouro que o
rapaz lança por terra, à frente dela. É vencida. Então, trai seus votos - mas por essa traição
conhece o amor.
Cada cultura traz sua própria interpretação para cada cor. Elas podem ter valor simbólico ou
apenas pelo seu atractivo visual, influenciado por sensações. Mitos e histórias passaram a dar
uma descrição maior sobre as cores.
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5.2 Traduções Bíblicas
Almeida Revista e Actualizada.
Almeida Revista e Corrigida.
Tradução da Linguagem de Hoje. Nova
6.1 Vi quando o Cordeiro abriu um dos sete selos e ouvi um dos quatro seres viventes
dizendo, como se fosse voz de trovão: Vem!
6.1 E, havendo o Cordeiro aberto um dos selos, olhei e ouvi um dos quatro animais, que
dizia, como em voz de trovão: Vem e vê!
6.1 Então vi o Cordeiro quebrar o primeiro dos sete selos e ouvi um dos quatro seres vivos
dizer com voz forte como o barulho de um trovão: — Venha!
6.2 Vi, então, e eis um cavalo branco e o seu cavaleiro com um arco; e foi-lhe dada uma
coroa; e ele saiu vencendo e para vencer.
6.2 E olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foilhe dada uma coroa, e saiu vitorioso e para vencer.
6.2 Olhei e vi um cavalo branco. O seu cavaleiro tinha um arco, e lhe deram uma coroa de
rei. E ele saiu vencendo e conquistando.
6.3
6.3
6.3
Quando abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente dizendo: Vem!
E, havendo aberto o segundo selo, ouvi o segundo animal, dizendo: Vem e vê!
Depois o Cordeiro quebrou o segundo selo. E ouvi o segundo ser vivo dizer: — Venha!
6.4 E saiu outro cavalo, vermelho; e ao seu cavaleiro, foi-lhe dado tirar a paz da terra para
que os homens se matassem uns aos outros; também lhe foi dada uma grande espada.
6.4 E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a
paz da terra e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada.
6.4 Aí saiu outro cavalo, que era vermelho. O seu cavaleiro recebeu o poder de trazer a
guerra ao mundo a fim de que as pessoas matassem umas às outras. E ele recebeu uma grande
espada.
6.5 Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizendo: Vem! Então, vi, e eis
um cavalo preto e o seu cavaleiro com uma balança na mão.
6.5 E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi o terceiro animal, dizendo: Vem e vê! E olhei, e
eis um cavalo preto; e o que sobre ele estava assentado tinha uma balança na mão.
6.5 Então o Cordeiro quebrou o terceiro selo. E ouvi o terceiro ser vivo dizer: — Venha! Olhei
e vi um cavalo preto. O seu cavaleiro tinha uma balança na mão.
6.6 E ouvi uma voz no meio dos quatro seres viventes dizendo: Uma medida de trigo por um
denário; três medidas de cevada por um denário; e não danifiques o azeite e o vinho.
6.6 E ouvi uma voz no meio dos quatro animais, que dizia: Uma medida de trigo por um
dinheiro; e três medidas de cevada por um dinheiro; e não danifiques o azeite e o vinho.
6.6 Ouvi o que parecia ser uma voz, que vinha do meio dos quatro seres vivos e dizia: —
Meio quilo de trigo custa o que vocês ganham num dia inteiro de trabalho; e um quilo e meio de
cevada custa a mesma coisa. E não misturem água no vinho, nem falsifiquem o azeite.
6.7
6.7
6.7
Quando o Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente dizendo: Vem!
E, havendo aberto o quarto selo, ouvi a voz do quarto animal, que dizia: Vem e vê!
Depois o Cordeiro quebrou o quarto selo. E ouvi o quarto ser vivo dizer: — Venha!
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6.8 E olhei, e eis um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte; e o
Inferno o estava seguindo, e foi-lhes dada autoridade sobre a quarta parte da terra para matar à
espada, pela fome, com a mortandade e por meio das feras da terra.
6.8 E olhei, e eis um cavalo amarelo; e o que estava assentado sobre ele tinha por nome
Morte; e o inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra com espada, e
com fome, e com peste, e com as feras da terra.
6.8 Olhei e vi um cavalo amarelo. O seu cavaleiro se chamava Morte, e o mundo dos mortos
o seguia. Estes receberam poder sobre a quarta parte da terra, para matar por meio de guerras,
fome, doenças e animais selvagens.
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Simbologia – Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
6 Bibiografia
LOPES, Rev. Hernandes Dias – A Abertura dos Sete Selos, in Estudos no livro de Apocalipse – apontamento, pp 68-71, 1991.
WATCH TOWER BIBLE AND TRACT SOCIETY OF PENNSYLVANIA, Assoc Torre de Vigia de Biblias e Tratados, Climax de Revelação,
Quatro Cavaleiros a Galope!, in Revelação – Seu Grandioso Clímax está Próximo. Ed 2006, pp 89 - 99
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Apocalipse. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2010. [Consult. 2010-02-03].
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amarelo. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2010. [Consult. 2010-02-03].
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cor (simbologia). In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2010. [Consult. 2010-02-03].
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Simbolismo das Cores. In Iconografia [Em Linha]. Atelier de Iconografia, 2008 [Consult. 2010-02-03]. Disponível na www: <URL:
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PIRES, Rafel – Arco. In Simbologia [Em linha]. Word Press 2010 [Consult. 2010-02-03]. Disponível em
http://symbolom.com.br/wp/?s=arco
CRUZ, Beth -Simbolos do Anticristo, In Total News [Em linha]. Blog 2009-02-07. [Consult. 2009-12-11]. Disponível em
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BRASIL - Sociedade Biblica do Brasil, SBB 2010; [Consult. 03-02-2010],disponivel em www.sbb.org.br
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texto: T1875702. [Consult. 19-12-2009], disponível em http://recantodasletras.uol.com.br/artigos/1875702
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Simbologia – Os 4 Cavaleiros do Apocalipse
FERNANDES, Ruy Porto; Apocalipse:os quatro cavalos e cavaleirosdoApocalipse; a imanência doMal, capítulo6, InWebArtigos, 13-12-2009. [Consult. 21-12-2009],
disponivel em http://www.webartigos.com/articles/29919/1/apocalipse-os-quatro-cavalos-e-cavaleiros-do-apocalipse-a-imanncia-domal-captulo-6/pagina1.html
Apocalipse algumas curiosidades, in Programa Momentos com Jesus, fonte http://arqbib.atspace.com/ , [Consult 21-12-2009],
disponível em http://www.programamomentoscomjesus.com/Aprender%20-%20textos%20e%20testes/apocalipse.htm
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