2. Subsídio AJS - Campanha da Fraternidade 2016
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2. Subsídio AJS - Campanha da Fraternidade 2016
6 1 0 2 e d a d Subsídio da i n er a d a t a fr AJS h n a p m a C Ambientação Fotos de esgoto a céu aberto, cartaz da campanha, revistas, jornais, bíblia, copo com agua, folhas recicladas e canetas. Em seguida escrever verso, música ou paródia sobre a situação da água no Brasil e no mundo. E publicar nas redes sociais, murais e outros meios de comunicação o trabalho desenvolvido. Texto Introdutório O presente subsídio tem por finalidade refletir sobre o tema da Campanha da Fraternidade de 2016, que será “Casa comum, nossa responsabilidade”, e o lema bíblico que apoia-se em Amós 5,24 que diz: “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”. O objetivo principal da iniciativa será chamar atenção para a questão do saneamento básico no Brasil e sua importância para garantir desenvolvimento, saúde integral e qualidade de vida para todos. Traz como maior novidade a participação da Misereor - entidade episcopal da Igreja Católica da Alemanha que trabalha na cooperação para o desenvolvimento na Ásia, África e América Latina. E assim como as três versões anteriores será ecumênica, reunirá outras igrejas cristãs além da católica. Obs. Explicar o significado do cartaz da CF 2016. Fundamentação bíblica Amós 5,24 que diz: “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”. Acolhida Musica de Boas Vindas e/ou Hino da CF Dinâmica Em Verso e Prosa Pesquisar nas revistas e jornais escritos sobre a água. Texto Base do tema O texto base deste subsídio abordará fragmentos de pesquisas de especialistas e órgãos com dados alarmantes da atual situação do saneamento básico no Brasil. O saneamento básico é um direito assegurado pela Constituição e definido pela Lei nº. 11.445/2007 como o conjunto dos serviços, infraestrutura e Instalações operacionais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem urbana, manejos de resíduos sólidos e de águas pluviais. No entanto, além de ser constitucional, um direito que deveria ser assegurado pelo governo, também nos devemos fazer a nossa parte como o tema nos lembra: “Casa comum, nossa responsabilidade”. Por Sylvia Miguel No Brasil a cobertura da rede de esgotos é de 50%, em média, mas a locais onde não há sequer coleta. Em Manaus, por exemplo, apenas 11% do esgoto é coletado, o que significa que quase todo o esgoto produzido permanece no meio onde as pessoas vivem. Para ilustrar a precariedade em que se encontra o Brasil nessa área, Paganini menciona os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre mortalidade infantil. “Esse indicador está diretamente ligado às condições sanitárias dos países. O Brasil apenas está melhor do que países muito pobres da América do Sul e Central”. Quanto a água tratada, as desigualdades regionais permanecem, sendo que na região Norte apenas 54,48% estavam ligados à rede geral”. E sobre à coleta de lixo, ainda não solucionamos a questão dos lixões, da saturação de aterros, da poluição, da seleção do lixo e do trânsito” avalia a professora Ana Maria Marangoni, do Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. Por Édison Carlos Dados do Ministério das Cidades (base SNIS 2010) mostram um cenário em que 1 em cada 5 brasileiros ainda não possui sequer água tratada para beber. Mais da metade da população ainda não tem acesso à coleta dos esgotos e somente 38% do esgoto do país passa por algum tipo de tratamento antes de ser lançado na natureza. Se este descaso é grande nas grandes regiões metropolitanas, o problema é ainda mais complexo nas áreas rurais do país. Mesmo que conseguíssemos cumprir as metas do Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB), em discussão pelo Ministério das Cidades para resolver o problema no país em 2030, a previsão é que nas áreas rurais os indicadores chegariam, no máximo, a 77% da população com água potável e 62% com coleta de esgotos. Significa que a universalização do saneamento básico nas áreas rurais nem é sequer prevista num futuro mais longo. Instituto Trata Brasil e Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável Na última década, o acesso de moradias à coleta de esgoto aumentou 4,1%, nível abaixo da média histórica (4,6%). Em 2010, 31,5 milhões de residências tinham coleta de esgoto. A região Norte foi a que apresentou a melhor evolução, apesar de ter as piores condições no país com 4,4 milhões de casas sem coleta. Somente o estado do Tocantins conseguiu ampliar o atendimento em quase 21%. Segundo advertem os organizadores do estudo, “a situação do saneamento tem reflexos imediatos nos indicadores de saúde”. Outro efeito direto da precariedade do saneamento, conforme destaca o estudo, refere-se à expectativa de vida da população (73,3 anos) em 2011, que ficou abaixo da média apurada na América Latina (74,4 anos). Na Argentina, a esperan- ça de vida atingiu 75,8 anos e no Chile 79,3 anos. O estudo destacou ainda que, se houvesse cobertura ampla do saneamento básico, as internações por infecções gastrintestinais que, segundo dados do Ministério da Saúde atingem 340 mil brasileiros, baixariam para 266 mil. Além da melhoria na qualidade da saúde isso representaria redução de custo, já que as internações levaram a um gasto de R$ 121 milhões, em 2013. Outro benefício apontado pelo estudo, seria a dinamização do turismo com a criação de quase 500 postos de trabalho e renda anual de R$ 7,2 bilhões em salários, além de incremento na formação do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma da riqueza gerada no país, da ordem de R$ 12 bilhões. CONCLUSÃO Segundo as pesquisas percebemos uma situação precária de saneamento básico e vida digna para aproximadamente 50% da população brasileira, principalmente no norte e áreas rurais. E a única forma de melhorarmos os números é o governo investir mais recursos para esse fim e nós também fazermos nossa parte. A Campanha da Fraternidade deste ano nos propõe o comprometimento com a casa que é de todos por meio de atitudes simples que fazem toda a di- ferença, como: não jogar o lixo na rua e nos rios, não jogar óleo na pia, diminuir nossa produção de lixo, não desperdiçar água tratada, denunciar irregularidades no sistema de saneamento e lutar pela universalização do saneamento. Isso tudo traria ganhos diretos e indiretos para todas as áreas e veríamos como diz o lema da CF “... o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”. OUTRAS SUGESTÕES DE ATIVIDADES -Visitar um rio ou fonte de água de sua comunidade. -Organizar um evento de educação ambiental para crianças e jovens. -Fazer um trabalho de estatística com a conta da água, verificando as informações de qualidade e consumo médio. Discutir alternativas de um uso mais racional. -Visitar uma reunião ou fórum político que trate da questão da água e saneamento. -Fazer uma relação de produtos que costuma consumir e, em grupo, discuta se são essenciais ou supérflu- os e qual o seu impacto na natureza. -Organize ou colabore numa ação para resolver o problema do lixo de sua comunidade. -Visitar alguma estação de tratamento de água e esgoto. - Propor ao grupo a criação de uma peça teatral, que espelhe os nossos hábitos diários de consumo e desperdício de produtos: água, luz, destino do lixo etc. Vídeo: CF 2016 BIBLIOGRAFIA https://spirandiopadre.wordpress.com/cf-2016-tema- http://blogs.diariodonordeste.com.br/gestaoambien-casa-comum-nossa-responsabilidade-lema-quero- tal/category/saneamento-basico/ -ver-o-direito-brotar-como-fonte-e-correr-a-justica-qual-riacho-que-nao-seca/ 15.07 http://www.mundojovem.com.br/dinamicas/meio-ambiente/tomando-consciencia http://www.tratabrasil.org.br/o-que-e-saneamento 15.07
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