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Como medidas compensatórias à transformação causada ao meio ambiente, construtoras
passaram a desenvolver ações, exigidas pela Prefeitura de BH, como a adoção de praças
Obras impactantes
HUMBERTO SIQUEIRA
O setor da construção civil, embora contribua para o desenvolvimento da nação, é um dos grandes
poluidores do planeta. Gera muitos resíduos, usa
grandes quantidades de água e emite toneladas de
CO² (dióxido de carbono). Em contrapartida, na capital mineira, passou a adotar algumas medidas para
reduzir ou compensar o problema, conforme determinação da Prefeitura de Belo Horizonte. A administração exige das construtoras, desde 1997, ações como um investimento para o bem público, sempre
na região onde a obra ocorre.
Pode ser a ampliação de uma escola, reforma de
uma praça, instalação de sinalização ou ampliação da
rede de esgoto. Somente ao se comprometer a dar esse retorno a construtora consegue a licença ambiental do município, documento fundamental para poder iniciar os trabalhos.
Sérgio Myssior, proprietário da Myr Projetos AmbientaisediretordemeioambientedoInstitutodeArquitetura do Brasil (IAB), explica que a proposta é que
todoempreendimentotragasoluçõesparaosproblemas que causa. “A lei mudou em 20 de julho de 2010.
Mas obras de imóveis não residenciais, como as que
estão ocorrendo no momento, maiores de 6 mil metros quadrados de construção, e residenciais, com
mais de 150 unidades, eram consideradas impactantes. Sendo obrigadas, portanto, a fazer o licenciamento ambiental”, revela.
As medidas mitigadoras visam a solucionar ou
reduzir o problema e as compensatórias, como o nome diz, compensar um impacto inevitável. Podem
incluir melhorias no sistema viário, mobilidade, reuso de água, rebaixamento de lençol freático, eficiência energética, entre outras ações.
JACKSON ROMANELLI/EM/D.A PRESS – 22/6/11
As benfeitorias atendem ao interesse não só da
comunidade, como do próprio empreendimento. “É
preciso ter boa inserção metropolitana para não ficar asfixiado. Não dá para pensar apenas do muro
para dentro”, diz.
Comotodalei,geroureclamaçõesnoinício.Masfoi
incorporada e teve aperfeiçoamentos, tornando-se
mais ágil em seus trâmites, como a possibilidade de
realizaroLicenciamentoSimplificado,paraempreendimentos entre 6 mil m² e 20 mil m².
A superintendente de incorporações para Minas
GeraiseEspíritoSantodaConstrutoraDirecional,Alexia Piana, acha que a lei é positiva. “Ao planejar os impactos, percebemos que podemos fazer ajustes no
próprio projeto, para tornar o empreendimento viável.Começaporaí.Esegueparaainfraestruturaurbana.Podemosrestringirotráfegodecaminhãonoshorários de trânsito intenso próximo à obra. Limpar a
rua e calçada em caso de sujeira. Usar equipamentos
que causem o mínimo de ruídos”, exemplifica.
COMPENSAÇÃO Amaisrecentemedidaadotadape-
la construtora, como forma de compensar a comunidadepelarealizaçãodoempreendimentoGranFelicitá, é a ampliação de uma escola no Bairro Castelo e reforma do Centro de Educação e Mobilização Ambiental da Pampulha. Também foram feitos ajustes de sinalizaçãoeacessibilidade.Comoiniciativaprópriaem
prol do meio ambiente a empresa opta por instalações individuais de água e gás. Além de recursos comosensordepresença,nocasodaeletricidade,ecaixa
acoplada aos sanitários.
LEIA MAIS SOBRE CONSTRUÇÕES RESPONSÁVEIS
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M.ARAÚJO/DIVULGAÇÃO
Para o dono
da Myr Projetos
Ambientais, Sérgio
Myssior, todo
empreendimento
tem que dar soluções
aos problemas
que causa
Alexia Piana, da
Construtora
Direcional, diz que
usar equipamentos
que causem o
mínimo de ruído
é um exemplo de
respeito ao público
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