- Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de

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- Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de
www.jornalistasp.org.br
Jornal UNIDADE - [email protected]
JORNAL DOS JORNALISTAS
Filiado à
FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS
Órgão mensal do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
número 315
FEVEREIRO/2009
e
R
r
ó
p
r
e
t
Será que
há motivo
para
comemorar
Págs. 5 a 7
Jornalistas da
Editora Símbolo
entram em greve
Pág.3
Juízes contra
demissões
coletivas
Pág. 3
Eleições no Sindicato
têm data marcada.
Roteiro das urnas
Pág. 3
16 de
fevereiro,
dia do
2
Editorial
UNIDADE
FEVEREIRO/2009
A
É a hora de fortalecer o Sindicato
s empresas começaram o ano à espera
do desenrolar da crise financeira internacional. Alguns ramos, notadamente
o metalúrgico, esgrimem o argumento
da crise para tentar, mais uma vez, precarizar os direitos trabalhistas e assim
tirar alguma vantagem deste momento
delicado. No mercado da comunicação
isso ainda não aconteceu. As demissões nas redações neste período não
tiveram, por parte das empresas, a desculpa da crise. Mudanças ocorreram,
mas a rotatividade de mão-de-obra no
meio jornalístico é grande e as redações
– como sabem aqueles que trabalham
nelas – estão enxutas. Além disso, os
primeiros meses do ano, tradicionalmente, não são os melhores do ponto
de vista publicitário.
Mesmo assim, não deixam de ser
preocupantes as recentes demissões
na TV Cultura, resultado do processo
de mudança de gestão iniciado com a
posse de Paulo Markum na presidência
da casa. Sem contar o drama do DCI
e da Editora Símbolo, que vêm de um
longo histórico de problemas financeiros. Não foram, portanto, causados
por alterações bruscas trazidas pelo
“tsunami” da crise. Nada disso serve
de consolo. Pelo contrário, acende o
sinal de alerta. Se persistir a crise, isso
realmente será utilizado como uma
boa desculpa patronal para embarcar
de vez na canoa da Fiesp, que pede a
flexibilização dos contratos de trabalho (o que, à primeira vista, pode parecer impossível, dada a epidemia de PJs
e frilas fixos na categoria; mas sempre
se pode esperar algo mais da “criatividade empresarial”).
Também é bom lembrar que a próxima campanha salarial dos jornalistas
terá início ainda no primeiro semestre, com a data-base de assessoria de
imprensa e jornais e revistas – Capital
e Interior, em 1º de junho. Até lá ainda
teremos a incerteza da crise.
Importância do Interior
Com a difusão dos modernos meios
de comunicação, o jornalismo se faz
cada vez mais presente fora da Capital,
o que exige do SJSP uma atuação cada
vez mais ampla. Como o Sindicato dos
Jornalistas é estadual, responde por
problemas em todas as cidades onde
exista um veículo de comunicação - os
jornalistas do Interior e Litoral são alvos dessa mesma realidade.
É preciso um projeto claro para a
atuação sindical nestes locais, por isso
a necessidade de reforçar as regionais.
Essas constatações são óbvias para
quem acompanha o noticiário sobre a
crise financeira ou sobre o movimento
dos jornalistas. Mas, especificamente
para o Sindicato dos Jornalistas, esse
quadro se reveste de uma particularidade. Quem enfrentará o desdobramento desses acontecimentos será a
nova diretoria a ser eleita nos dias 24,
25 e 26 de março. A campanha eleitoral dos jornalistas começa agora e,
certamente, o estabelecimento de uma
política sindical para fazer frente a esses problemas fará parte dos programas das chapas inscritas. A nova diretoria do SJSP não irá enfrentar apenas
os desafios econômicos, sabemos disso. Mas estes, certamente, são centrais
para o dia-a-dia do associado. Assim
sendo, passado o processo eleitoral,
feito o debate sobre a futura política
sindical a ser implantada e empossada a nova diretoria – resultado deste
grande processo democrático –, podemos tomar emprestada e adaptar
ao nosso interesse a famosa frase de
Marx e Engels e dizer: jornalistas de
todo o Estado, uni-vos em torno do
seu sindicato.
Diretoria do Sindicato
Atenção para a edição de março.
O Unidade terá um encarte especial sobre
a histórica greve dos jornalistas de São Paulo
que está completando 30 anos.
Órgão Oficial do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
Rua Rego Freitas, 530 - sobreloja
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EXPEDIENTE
Diretor responsável: Wladimir Miranda
(MTb 14.639/SP)
Editor: Carlos Ferreira Lima
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DIRETORIA EXECUTIVA
Presidente - José Augusto de Oliveira
Camargo (Guto); Secretária Geral Lourdes Augusto (Lourdeca);
Secretário de Finanças - Moacir
Assunção;
Secretário do Interior - Kepler Fidalgo
Polamarçuk; Secretário de Cultura e
Comunicação - Wladimir Miranda;
Secretário de Relações Sindicais
e Sociais - Eurenides Pereira (Eureni);
Secretária Jurídica e de Assistência
- Evany Conceição Francheschi Sessa;
Secretário de Ação e Formação
Sindical - Clélia Cardim (Telé);
Secretário de Sindicalização JoséDonizeti Costa.
CONSELHO DE DIRETORES
Franklin Larrubia Valverde; Frederico
Barbosa Ghedini (licenciado); Jaime
Aparecido da Silva; Joel Scala; José
Roberto Antonio; Manoel Bezerra
Júnior; Mara Cristina Ribeiro; Rudinaldo
Gonçalves e Terlânia M. T. Bruno
DIRETORES REGIONAIS
Bauru - Alcimir Antonio do Carmo
Campinas - Márcia Regina Quintanilha
Oeste Paulista - Tânia Brandão
Piracicaba - Martim Vieira
Ribeirão Preto - Brás Aparecido Peripato
Santos - Nilson Regalado M. da Silva
S. José do Rio Preto - Daniele Jammal
Sorocaba - José Antonio Rosa
Vale do Paraíba, Litoral Norte
e Mantiqueira - André Freire
COM. REG. E FISC. EXERC. PROF.
(CORFEP)
Titulares: Anderson Fazoli, Fábio César
Venturini e Mário Iório Lopes
Suplente: Benedito Egydio dos Santos
Neto
CONSELHO FISCAL
Titulares: Alexandre Hernandez Mota
(licenciado), Hugo Henrique Cilo e Raul
Antônio Varassin
Suplentes: José Aparecido dos Santos
e Nataniel Honorato
DIRETORIAS DE BASE
Bauru: Angelo Sottovia Aranha, Jorge
Alberto da C. Arruda, Juliano Maurício
de Carvalho, Luis Victorelli, Luiz Augusto
Teixeira Ribeiro, Rita de Cássia Cornélio
e Sandra Mara Faria Firmino.
Campinas: Agildo Nogueira Júnior, Hugo
Arnaldo Gallo Mantellato, Lílian Mary
Parise, Maria Ap. dos Passos Ramos,
Renata Maria Sanches, Suely Torres de
Andrade e Vera Lúcia Longuini.
Oeste Paulista: Fernando Sávio
e Sérgio Barbosa
Piracicaba: Adriana Nanias de Aro Passari, Fabrice Desmonts da Silva, Marisa
Wildner Benachio, Vanderlei Zampaulo,
Noedi Monteiro, Poliana Salla Ribeiro,
Ubirajara de Toledo.
Ribeirão Preto: Elisangela Vigil do
Espírito Santo, Antonio Claret Gouveia,
Antonio Expedito de Figueiredo Filho (licenciado), David Batista Radesca, Jacinta Inocência Sad, Luiz Henrique Jovenato
Porto e Ronaldo Augusto Maguetas.
Santos: Carlos Alberto Ratton Ferreira,
Francisco Ribeiro do Nascimento, Joaquim Ordonhez Fernandes Souza, José
Rodrigues, Luigi Bongiovanni e Mário
Jorge de Oliveira.
Sorocaba: Adriane Mendes, Carla de
Campos, Janaina Simões Caldeira,João
J. Oliveira Negrão (licenciado) e Patrícia
Moraes Ribeiro.
São José do Rio Preto: Augusto Fiorin,
Carlos Eduardo de Souza, Dulcimara Cirino, Júlio Cezar Garcia e Nelson Gonçalves.
Vale do Paraíba, Litoral Norte e Mantiqueira: Rita de Cássia Dell‘Aquila,
Avelino Israel de Souza Neto, Edvaldo
Antonio de Almeida, Fernanda Soares
Andrade, Neusa Maria de Melo e Suely
Ap. Rezende Guinsburg.
Comissão de Ética: Denise Santana Fon,
José Roberto Melo, Daniel Castro, Alcides
Rocha, Flávio Tiné e Roland Marinho
Sierra (suplente), Fernando Jorge, Lúcio
França e Kenarik Boujikian Felippe e
Juarez Pedro de Castro.
Conselho Editorial: Jaqueline Lemos,
Nilton Fukuda, Luiz Carlos Ramos, Laurindo
(Lalo) Leal Filho, Carlos Mello, Assis Ângelo,
Renato Yakabe e Adunias Bispo da Luz.
Diretorias Regionais:
Bauru: R. Primeiro de Agosto, 4-47, Sala
604 E. Telefax: (14) 3222.4194
Campinas: R. Dr. Quirino, 1319, 9º
andar. Tel.: (19) 3231.1638
Oeste Paulista: R. Pedro de Oliveira
Costa, 64, Bosque, Presidente Prudente.
Tel.: (18) 3901.1633
Piracicaba: Pça. José Bonifácio, 799 - Sl.
22. Tel: (19) 3434.8152
Ribeirão Preto: R. Dr. Américo Brasiliense, 405, sl. 404. Tel.: (16) 3610.3740
Santos: R. Martim Afonso, 101 - 6º andar. Tels: (13) 3219.2546/3219.4359
S. J. do Rio Preto: R. Major Joaquim
Borges de Carvalho, 497, Vila Angélica.
Tel: (17) 32153500 (provisório)
CEP:15050-170
Sorocaba: Rua Cesário Mota, 482
CEP 18035-200. Tel.: (15) 3342 8678
e-mail:[email protected]
Vale do Paraíba, Litoral Norte
e Mantiqueira: R.Conselheiro Rodrigues
Alves, 203, Casa 2, Centro, S.José dos
Campos. Tel.: (12) 3941.2686
Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião
do jornal ou do Sindicato
Ação sindical
3
André Freire
UNIDADE
FEVEREIRO/2009
SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS NO ESTADO DE SÃO PAULO
CNPJ: 62.584.230/0001-00 EDITAL DE CONVOCAÇÃO DAS ELEIÇÕES SINDICAIS
A Comissão Eleitoral escolhida na assembléia geral ordinária eleitoral realizada no dia 02 de fevereiro passado, nos
termos do artigo 92 e seu parágrafo único dos estatutos sociais do Sindicato, faz publicar o presente edital a fim de convocar todos os associados eleitores a participarem do pleito eleitoral para renovação dos órgãos do sistema diretivo do
Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, a realizar-se nos dias 24, 25 e 26 de março do corrente
ano, sendo que os locais e horários de votação serão os constantes da tabela abaixo:
URNAS
Terça-feira 24 de março
Quarta-feira 25 de março
Quinta-feira 26 de março
Urna 1 Sede
Sede 10h às 20h
Sede 10h às 20h
Sede 10h às 20h
Urna 2 SP (Volante)
Assembléia Legislativa de SP
10h às 14h
Editora Abril
15h às 20h
Sindicato dos Bancários
12h às 15h30
Diário do Comércio
16h30 às 19h
Valor Econômico
Meio e Mensagem
Editora Globo
11h às 20h
Urna 3 SP (Volante)
Jornal Folha de S.Paulo
12h às 20h
TV Globo
9h às 19h
TV Bandeirantes
11h às 19h
Urna 4 SP (Volante)
Rádio Jovem Pan
9h às 12h
Fundação Cásper Líbero
13h às 16h
Rádio CBN
9h às 12h
Jornal Diário de S.Paulo
14h às 20h
Jornal da Cidade
(Jundiaí)
11h às 14h30
Jornal de Jundiaí
(Jundiaí)
15h às 16h30
Sede
10h às 19h
TV Record
9h às 19h
TV Cultura
11h às 15h
Editora Três
16h às 20h
Agência Estado
10h às 12h
Jornal O Estado de S.Paulo
13h às 19h
Prefeitura de São Paulo
10h às 13h
Imprensa Oficial Estado SP
14h às 20h
Câmara Municipal de SP
12h às 15h
Diário do Grande ABC
(Santo André)
16h30 às 20h
SBT
(Osasco)
11h às 17h
Sede
10h às 19h
Sede
10h às 19h
Jornal Correio Popular
10h às 15h
EPTV
13h às 19h
-----
Sede
10h às 19h
Sede
10h às 19h
Sede
10h às 19h
Editora Alto Astral
9h às 13h
Jornal Bom Dia
15h às 18h
Jornal da Cidade
14h às 19h
-----
Sede
10h às 12h
Jornal de Piracicaba
13h às 18h
Sede
10h às 19h
Sede
10h às 19h
Sede
10h às 19h
Sede
10h às 19h
Sede
10h às 19h
Sede
10h às 19h
Sede
10h às 19h
Sede
10h às 19h
Urna 14 Santos (Volante)
TV Tribuna
13h às 19h
Jornal A Tribuna
10h às 19h
-----
Urna 15
Sede
10h às 12h
Jornal Diário da Região
13h às 18h
Sede
10h às 19h
Sede
10h às 19h
Sede
10h às 19h
Sede
10h às 19h
Sede
10h às 19h
Jornal Folha de Araçatuba
13h às 18h
Sede
10h às 12h
TV Fronteira Paulista
13h às 18h
Sede
10h às 19h
Sorocaba
TV TEM
10h às 14h
Jornal Cruzeiro do Sul
14h30 às 19h
Sede
10h às 19h
Sede
10h às 19h
Urna 19
Votos por
correspondência
Sede SP
9h às 18h
Sede SP
9h às 18h
Sede SP
9h às 18h
Urna 5 SP (Volante)
Urna 6
Grande SP
Urna 7
Campinas (Fixa)
Urna 8
Campinas (Volante)
Urna 9
Bauru (Fixa)
Urna 10
Bauru (Volante)
Urna 11 Piracicaba
Urna 12
Ribeirão Preto
Urna 13
Santos (Fixa)
São José do Rio Preto
Urna 16
S.José dos Campos (Fixa)
Urna 17
Presidente Prudente
Urna 18
A Comissão Eleitoral comunica, ainda, que o prazo para registro de chapas será de 15 (quinze) dias a contar da publicação do presente edital, nos termos do artigo 93 dos estatutos sociais, iniciando-se em 13 de fevereiro de 2.009 e
terminando em 27 de fevereiro de 2.009. As chapas deverão requerer o registro de suas candidaturas na secretaria do
Sindicato, situada na sede do mesmo à Rua Rego Freitas, n° 530, sobreloja, São Paulo – Capital, nos termos do artigo 94
dos estatutos sociais. Para fins do recebimento do requerimento de chapas a secretaria do Sindicato funcionará durante
o prazo de inscrição de chapas, nos dias úteis, das 09 horas até as 18 horas. Por fim a Comissão Eleitoral comunica que
o prazo para impugnação de candidaturas, conforme disposto no artigo 138 dos estatutos sociais, será de 3 (três) dias a
contar da publicação da relação das chapas registradas.
São Paulo, em 12 de fevereiro de 2.009.
COMISSÃO ELEITORAL
Medo, greve e demissões
O
ano começou conturbado para os jornalistas, com greve por falta de
pagamentos e demissões. A paralisação aconteceu na Editora Símbolo (foto acima). Sem receber salários há quase dois meses, os cerca de 30 jornalistas da empresa (que edita entre outras as revistas “Uma”, “Um”,
“Meu Nenê”, “Zero”, “Baby & Cia.”, “Donna” e a semanal “Chiques e Famosos”) cruzaram os braços desde 9/2 reclamando os pagamentos de dezembro, o
13º e o salário de janeiro de 2009 – os jornalistas receberam apenas o adiantamento de dezembro de 2008. Outra denúncia é que a Símbolo não estaria depositando
o FGTS há um ano. O Sindicato entrou na Justiça do Trabalho com pedido de
julgamento da legalidade da greve para garantir os direitos dos profissionais.
Na TV Cultura houve demissão de 31 profissionais, sendo oito jornalistas.
A justificativa foi uma reestruturação do departamento de jornalismo. A
informação, que já circulava no mercado, foi confirmada em 11/02. Os jornalistas demitidos são: Vicente Adorno, Lázaro de Oliveira, Maria Zulmira,
Ana Lúcia França, Daniel Greco, Silvia Verônica, Paulo Castilho e Thaís
Rentel. O programa Opinião Nacional, apresentado pelo jornalista Alexandre Machado, foi extinto, mas o âncora continua na emissora. E o jornalista
Flávio Carranza saiu da Rádio Cultura dia 5/2. Ocupava a chefia do núcleo
de jornalismo das emissoras AM e FM.
No dia 30/1, o DCI mandou embora 12 jornalistas. Entre os que deixaram
a casa estão editores, sub-editores, repórteres, estagiários e correspondentes,
como Juliana Emmes, do Rio, e Paula Andrade, de Brasília. As demissões atingiram também a área de arte e tecnologia, cargos nos sites Panorama Brasil e
no suplemento Shopping News, chegando a 30 pessoas no total. Em Santos, as
redações de A Tribuna e Expresso Popular, com 110 funcionários entre jornalistas, diagramadores e fotógrafos, vivem um clima de terrorismo, como receio de
iminentes demissões e unificação das duas redações. Boatos de demissões também correm outras redações. Ao mesmo tempo, o IVC (Instituto Verificador de
Circulação) anunciou que os jornais brasileiros tiveram aumento de circulação
de 5% em 2008 comparado a 2007, desafiando quem fala em crise no setor.
Juízes contra dispensas coletivas
Um grupo de cerca de 300 juízes, advogados e estudantes de Direito lançou
manifesto, em janeiro, contra as ameaças de demissões coletivas. Com o título
“Contra oportunismos e em defesa do direito social” (leia íntegra no www.
sjsp.org.br., seção tribuna livre) eles lembram que “além de constituir atentado
à ordem jurídica, por ferir o disposto no inciso I, do art. 7º. da Constituição
Federal, as ameaças de dispensas coletivas representam meras estratégias de
natureza política, para se extrair vantagens econômicas a partir do temor e da
insegurança que geram sobre os trabalhadores e, por via indireta, ao governo”. O juiz do trabalho Jorge Luiz Souto Maior, da 3º Vara do Trabalho de
Jundiaí, que redigiu o documento, afirma que redução de postos de trabalho
para garantir ganhos financeiros pode ser punida legalmente. Por sua vez, o
Ministério Público do Trabalho da 2ª Região de São Paulo encaminhou recomendação aos sindicatos quanto às negociações sobre redução de jornada e de
salários. A procuradora-geral Okzana Maria Dziura Boldo orienta entidades a
garantir que estas medidas, que deverão ser temporárias, sejam debatidas com
os trabalhadores por meio das assembleias. E, principalmente, que os sindicatos cobrem das empresas provas documentais da insuficiência econômica que
provoquem a redução dos postos de trabalho.
Celebração
U
Gisela Gutarra
m emocionante e ao mesmo
tempo festivo encontro, na
sexta-feira (23/1), no auditório Vladimir Herzog, do
Sindicato dos Jornalistas Profissionais no
Estado de São Paulo, marcou a entrega da
primeira edição do diploma de reconhecimento ‘Suma Cum Laude’ a jornalistas
paulistas que não estão mais na ativa. O
evento fez parte das homenagens do Dia
Nacional do Aposentado. A organização
foi da Ajaesp – Associação dos Jornalistas
Aposentados no Estado de São Paulo e do
próprio Sindicato.
Foram confeccionados diplomas a 18
mais antigos associados, sendo que cinco
não puderam comparecer e justificaram a
ausência. Os homenageados foram Eduardo Sucupira (com 102 anos e único com
100% de presença nas reuniões mensais
ordinárias da Ajaesp, desde 1979), Mario
de Oliveira, João Scatimburgo, Venicios
Orlandi, Murillo Antunes Alves, Erasmo
Instituto Henfil
será aberto no
Rio de Janeiro
No próximo dia 12 de março de 2009
às 19h haverá o ato de fundação do Instituto Henfil, na sede da ABI (Associação
Brasileira de Imprensa), Rua Araújo Porto Alegre, 71, no Rio de Janeiro. O Instituto terá como objetivo preservar a obra
e a imagem do Henfil, organizando eventos culturais, além de apoiar e organizar
projetos sociais, educacionais, ecológicos
de F. Nuzzi, Enoch E. Pereira, Ary Coelho da Silva, Heitor Dias Negrão, João
Padilha, Candido Cerqueira Silva (o único vivo da primeira diretoria da Ajaesp),
Oswaldo Benedictis, Hernani Donato,
Edy Maria D. C. Lima, Paulo Santos Mattos, Helio Conceição de Sá, Vlada Sanalios e Henrique Nicolini. A música ficou
por conta dos veteranos do grupo “Pulo
do gato’, do fotógrafo Antônio Pereira de
Oliveira, o Polenta.
“Foi um sucesso. Em vez de ficar apenas reclamando da situação dos aposentados, resolvemos fazer uma homenagem
aos profissionais, por seu trabalho e dedicação em benefício da sociedade e do
jornalismo paulista. E muitos colegas
que estavam um pouco afastados, depois
deste evento, já nos ligaram para regularizar a situação e participar efetivamente
da associação”, afirma Amadeu Mêmolo,
presidente da Ajaesp.
Como já havia antecipado o presidente
do Sindicato, Guto Camargo, este encontro “foi uma oportunidade de rever jornalistas de longas jornadas e desfrutar do
prazer não só de um bom papo, mas também de ouvir boas músicas ao vivo. Foi
uma homenagem prestada com justiça
aos nossos mais idosos e já aposentados
jornalistas, os quais, por tudo o que significam, continuarão a servir, não só aos
mais jovens, de exemplo maior dentro da
história de nosso jornalismo”.
e de saúde, envolvendo assuntos como
doação de sangue, hemofilia e Aids.
Este é um projeto que Ivan Cosenza de
Souza, filho de Henfil, tentava realizar
há muito tempo e que se torna realidade.
“Como único filho do Henfil, venho batalhando para manter viva a memória do
meu pai, apresentando sua obra às novas
gerações e participando, através de seus
desenhos, de campanhas, e atividades sociais. Com o Instituto Henfil espero poder cada vez mais contribuir, utilizando
sua obra e sua imagem da maneira que
ele sempre usou, além de poder preservar
sua obra da maneira que ela merece. Convido a todos a participar do lançamento,
onde será feita uma homenagem a ele,
além de uma pequena exposição com alguns de seus principais trabalhos.” Para
lembrar o que dizia Henfil: “Morro mas
meu desenho fica”
Cidade ganhou
o Memorial
da Resistência
Sonia Mele
Grande animação no
Sindicato pelo Dia
Nacional do Aposentado
Foi inaugurado dia 24/1 o Memorial da
Resistência (Estação Pinacoteca - Largo General Osório, 66, com estacionamento no local) depois de muita luta e insistência dos expresos políticos de São Paulo. Na verdade foi
uma reinauguração do mesmo espaço com a
instalação pública de um projeto museólogo
criativo e marcante do período de ditaduras em nosso País, como lembram Raphael
Martinelli, Maurice Politi e Ivan Seixas, do
Fórum Permanente dos ex-Presos e Perseguidos Políticos do Estado de São Paulo.
O velho prédio do Largo General Osório, que foi sede de estação ferroviária e
do antigo DEOPS/SP, havia passado por
uma descaracterização. Foram destruídas
duas celas e o Fundão (antigas celas fortes
solitárias), todo o espaço havia recebido
pinturas modernosas e destruídos os infectos banheiros, assim como raspadas
as paredes onde estavam inscrições feitas
por gerações de presos políticos das várias
ditaduras e períodos de repressão do movimento operário e popular do Brasil. O
lugar maquiado havia recebido o nome de
Memorial da Liberdade. Vários ex-presos
políticos que lutaram pela reconstituição
do lugar como marco de lutas começaram
por exigir a mudança de nome para Memorial da Resistência e a mudança foi feita.
Foram instalados ainda vários equi-
Sindicalista
completa
35 anos
de filiação
Sonia Mele
4
UNIDADE
FEVEREIRO/2009
O jornalista Eurenides Pereira, de 66
anos (faz 67 em março), completa no dia
25 de fevereiro 35 de filiação ao Sindicato.
Seu número de matrícula é 4.452. Eurenides começou em 1974, no MFS – Movimento de Fortalecimento do Sindicato
para a eleição de 1975 e pouco depois de a
diretoria (com Audálio Dantas presidente)
assumir teve de enfrentar a morte de Vladimir Herzog no DOI-Codi, em outubro
daquele ano, além de prisões de outros colegas. Eram tempos de censura nas redações, muitas vezes por telefonemas dados
diretamente por agentes da Polícia Federal. Nesses 35 anos Eurenides participou
de lutas sindicais, ora como militante, ora
como integrante de diretorias presididas
por Antônio Carlos Fon, Everaldo Gou-
pamentos audiovisuais que permitem ao
visitante saber o que foi aquele lugar e as
barbaridades cometidas contra o povo e
seus mais destacados militantes. Uma das
celas foi reconstituída para mostrar as
condições de vida dos presos e, para não
esconder as torturas e assassinatos cometidos pelos carrascos, os equipamentos mostram depoimentos de pessoas que
por lá passaram. Desde o ano passado o Fórum dos exPresos Políticos realiza no auditório daquele prédio palestras e debates para jovens e todas as pessoas interessadas. São
os Sábados Resistentes, que reune uma
média de 70 pessoas por evento.
veia, Frederico Barbosa Ghedini e agora
José Augusto de Oliveira Camargo. E de
campanhas como as das greves da Gazeta
Mercantil, em 2001, e da TV Cultura, em
2004, ou da longa greve da Rede Manchete, que durou nove meses – de setembro
de 1998 a maio de 1999 (os processos estão
paralisados na Justiça do Trabalho, alguns
em fase de execução, por causa de uma liminar concedida pelo STJ, de Brasília, aos
donos da TV Ômega/Rede TV!, que adquiriram a tevê). Sem contar a greve da categoria de 1979, que reivindicava melhores
salários, condições de trabalho e a oficialização da denominada CCRR – Comissão
Consultiva de Representantes de Redação.
Na época Eurenides foi demitido da Rádio Bandeirantes e da Rádio Nacional-Excelsior, atual CBN/Globo. Sua inspiração
para a participação sindical, ele diz, vem
do movimento estudantil nas décadas de
50/60 e do tio e padrinho Jazão Pereira,
dirigente do Sindicato dos Trabalhadores
Ferroviários e da extinta Companhia Paulista de Estradas de Ferro.
Dia do repórter
T
Reportagem virou um
artigo de luxo
odo 16 de fevereiro é lembrado como Dia do Repórter, mas o que há para
comemorar? Bons repórteres são elogiados por demonstrações de
vocação, energia, compromisso com a
pauta, curiosidade sem fim, habilidade de
ouvir, responsabilidade, bom texto, disciplina, sagacidade, entre outras qualidades
que fazem dos focas bons profissionais.
E gastar sola de sapato, como dizem os
mais experientes. Mas quem banca uma
boa reportagem?
Josmar Jozino, 51 anos, 25 de jornalismo, hoje repórter do Jornal da Tarde,
lembra do tempo em que não havia ‘miséria’ em número de páginas dos jornais
para contar boas histórias. “Não tem mais
espaço. Deve ser problema de custo, crise
de papel, projeto gráfico, sei lá. Quando
tem matéria boa mandam segurar. Isso
acontece na maioria dos jornais.”
As redações também estão cada vez
mais enxutas. Josmar trabalhou no extinto Diário Popular, que tinha, segundo ele,
15 repórteres na editoria de polícia, mais
três estagiários para fazer checagem, dois
subeditores, um editor e um chefe de reportagem.
Pauteiros, então, principal suporte para
garantir boas reportagens, hoje são coisa
rara. Nas rádios, já dizia Zalo Comucci, o
coordenador de jornalismo da CBN, no
Unidade de novembro 2007: “Até a década de 90 havia seis pessoas na pauta, duas
por turno. Hoje existem produtores, chefes de reportagem, repórteres, âncoras,
rádio escutas e até repórteres aéreos. Mas
pauteiros, nada.”
Jornalismo de qualidade não é um produto barato, diz Mário Magalhães, 44, 22
de profissão, repórter especial da Folha
de São Paulo. Ele foi vencedor do Prêmio
Herzog de 2008 em reportagem na categoria jornal com “Os anti-heróis – o submundo da cana”, que fez em companhia
do repórter fotográfico Joel Silva, sobre
os cortadores de cana no Interior paulista.
“Não considero que boas reportagens sejam raras. Há reportagens veiculadas em
plataformas diversas, dos jornais impressos aos digitais. Elas não são, contudo,
numerosas como poderiam ser. Um dos
motivos essenciais é que muitas empresas
não podem ou não se dispõem a investir
em investigações jornalísticas de fôlego.”
Como escreveu Gerson Moreira Lima,
no livro Releasemania – Uma contribuição para o estudo do press-release no Brasil, cada vez mais a redação vem perdendo
autonomia em função do crescimento dos
interesses econômicos e políticos da empresa, em geral um grande grupo monopolista. “Com isso, a autonomia passou às
mãos de tecnocratas, que são fiéis representantes dessa nova política empresarial.
A pergunta que cabe é a seguinte: como
solucionar esse impasse do crescimento
da empresa com a perda de autonomia,
dentro da perspectiva do jornalista profissional.”
O Estadão recentemente mandou um
repórter de ônibus, em vez de carro da
empresa, para fazer matérias no Interior
do Estado, a 315 km da Capital. Telefo-
nemas a cobrar para a redação? Nem pensar. Na TV TEM, afiliada da Globo, três
representantes da empresa tiveram de ir
à mesa de mediação no Ofício de Sorocaba do Ministério Público do Trabalho
– MPT, atendendo à convocação que o
Sindicato dos Jornalistas Profissionais no
Estado de São Paulo apresentou na Procuradoria do Trabalho da 15ª região. O
motivo foi a série de irregularidades no
quadro de jornalistas da emissora: desvio,
acúmulo de funções, acusação de assédio
moral. Em pelo menos um dos temas
levados para a mediação, e conforme os
termos da ata, estava escrito: “A empresa
reconhece que os repórteres ou repórteres
cinematográficos atuam como motoristas
para elaboração das matérias, já que foi
uma decisão empresarial...”
A reportagem, porém, como na letra
do samba, não morre. Pelo menos é no
que acreditam profissionais como Ricardo Kotscho. Falando a Unidade, em uma
entrevista no número de janeiro/fevereiro de 2005, Kotscho afirmava que desde
quando começou dizem que a reportagem
está em crise. “É como Carnaval, Natal,
tudo está em crise permanente, mas não
acaba.” Kotscho lembrava ainda que a reportagem não vai morrer enquanto existir
repórter. “A verdade é que temos cada vez
menos repórteres capazes de fazer uma
boa reportagem (...). Posso garantir que
existem repórteres ainda. Poucos, mas
existem, em todas as redações.”
Helio Campos Mello, diretor responsável da revista mensal Brasileiros, concorda com Kotscho: “A reportagem não vai
morrer.” Kotscho é diretor adjunto da revista, ao lado de Nirlando Beirão. Mas fazer este tipo de jornalismo hoje exige uma
equação difícil, diz Mello. “A contas têm
de ser feitas na ponta do lápis. Não temos
um capitalista que nos banque”, afirma o
diretor, que dirigiu a semanal Istoé por
12 anos. A Brasileiros é uma aposta em
reportagens, “com um pouco mais de espaço, o fetiche que é marca das revistas,
com seu tipo de texto, espaços, aberturas
com capitulares”.
“É uma competição difícil, a informação hoje está nas telas, tanto das tevês,
quanto dos sites, dos celulares, ou nas rádios. Procuramos fazer uma revista que
dê prazer de ler, mas com a ‘temperatura’
das semanais.” Apesar de mensal, revistas
como a Brasileiros, segundo ele, têm que
explorar os temas mais atuais. Para mantê-la, porém, a redação é enxuta e conta
com colaboradores do Brasil inteiro, “na
base do boca-a-boca”. Em fevereiro sai
a edição nº 19. “Estamos em ascensão”,
comemora Mello. Perguntamos: quais as
metas? “Arrumar um capitalista que tenha R$ 150 mil para investir aqui”, disse rindo o diretor responsável. (Evelize
Pacheco e Carlos Ferreira Lima)
UNIDADE
FEVEREIRO/2009
5
Interatividade
está ganhando
espaço
Os portais procuram o caminho para o manancial de informações que circulam nas “redes
sociais” – as comunidades virtuais e os blogs que dominam a net.
Este foi o ponto central do debate “Estratégias de mídias sociais
nos portais” realizado no Palco
Blog do Campus Party 2009, em
São Paulo, com a participação de
Caio Túlio Costa, do IG; Guilherme Ribenboim, do Yahoo
Brasil; e Paulo Castro, do Terra.
A troca de informação com o
internauta através de canais específicos já faz parte da produção
dos portais. No IG, por exemplo,
existe o Canal Minha Notícia,
editado com fotos e textos
produzidos pelos internautas.
No Yahoo! há ferramentas que
integram os blogs criados pelos
usuários e o Terra abre canais
com os internautas para ampliar
a cobertura do noticiário tradicional produzido pela redação e
pelas agências.
Um campuseiro perguntou aos
debatedores se essas ferramentas
não seriam uma maneira de “enjaular” o conteúdo publicado nos
blogs. Ou seja, de censurar ou
alterar as informações originadas
dos internautas. Castro, do Terra,
garantiu que não há interferência
no material publicado nos blogs.
“Fazemos referências ao conteúdo publicado.” Mas ele explicou
que o material encaminhado
pelos internautas nos canais de
notícias é editado conforme a
legislação trabalhista dos jornalistas.
Para Caio Túlio, os portais
ainda precisam apurar as ferramentas de interatividade que
aproximem mais os participantes
das redes sociais com o conteúdo
tradicional dos portais. “Quem
oferecer essa ferramenta com
qualidade terá uma integração
maior com a rede”, argumenta.
(E.P.)
Matéria-prima em extinção
A
Pouca reportagem, economia em curto prazo e prejuízo a perder de vista no jornalismo
atividade jornalística é marcada por conflitos que se
expressam em toda a sua
trajetória. Conflitos entre
o Estado e as empresas que comercializam as notícias. Conflitos entre os editores e os anunciantes. Conflitos entre os
cidadãos que protagonizam os acontecimentos e os meios de difusão. Conflitos
entre os patrões e os jornalistas. E muito
mais, escreveu o professor José Marques
de Melo no prefácio do livro Releasemania, de Gerson Moreira Lima. Marques de
Melo é jornalista, professor universitário,
pesquisador científico e consultor acadêmico. Formou várias gerações de jornalistas e de pesquisadores acadêmicos, tendo
orientado uma centena de pós-graduandos dos quais 72 Mestres e 28 Doutores
no âmbito das Ciências da Comunicação.
A releasemania, como o livro defende, assumiu tal proporção nos dias atuais que
muitos jornais encontrariam dificuldades
em manter suas portas abertas se não pudessem contar com o material distribuído pelas assessorias de imprensa. Nesse
contexto, como fica a reportagem, cujos
repórteres têm seu ‘dia’ para comemorar
em 16 de fevereiro? José Marques de Melo
respondeu por e-mail.
1)
Existe mesmo uma pesquisa em que se chegou a esse
número de 78% de produção
de matérias dos jornais por
meio de releases?
Não sei precisamente a que pesquisa se
refere. Talvez seja aquela realizada pelo
meu orientando de mestrado, Gerson Soares Lima sobre a releasemania. Os dados
por ele apresentados não fogem à realidade descrita nesta pergunta, sobretudo
no caso de alguns veículos que se nutrem
quase exclusivamente de informações geradas pelas assessorias de imprensa.
2)
Dia do repórter
Como a pesquisa foi feita?
Foi publicada?
A pesquisa foi feita através de clipagem.
As noticias focalizam a posse de Mauro
Salles para comandar os Diários e Emissoras Associados, rede midiática fundada
por Assis Chateaubriand. Várias notícias
foram produzidas pela assessoria de imprensa em que atuava o pesquisador, que
monitorava o aproveitamento pelos jornais de todo o país. Foi contratada uma
empresa para recortar os jornais, que eram
catalogados e mensurados de acordo com
o método de jornalismo comparado de
Kayser. Depois de defendida a tese, a pesquisa foi publicada pela editora Summus,
com o título Releasemania.
3)
É o fim da reportagem?
Não creio que seja o fim da reportagem.
Ao contrário, os textos produzidos pelas
assessorias podem gerar novas pautas e
nutrir relatos fascinantes, desde que o repórter tenha faro para garimpar os fatos
e apurar com exatidão. Acredito que o
declínio da reportagem é fruto das políticas de contenção adotadas pelas empresas
jornalísticas que não desejam investir em
trabalho de campo, em apuração, inviabilizando a presença do repórter no palco
dos acontecimentos.
Novas tecnologias estão
deixando os profissionais da
notícia mais acomodados?
4)
Homenagem
internacional
Não compartilho atitudes tecnofóbicas.
Portanto, não gosto de colocar as novas
tecnologias no banco dos réus. Creio
que a acomodação dos jovens profissionais começa a ser estimulada dentro da
universidade, onde os futuros repórteres
são induzidos a pensar de forma ideologicamente enviesada. Muitos recebem
o diploma, mas renunciaram precocemente ao trabalho de rua. São jornalistas
sem paixão, sem entusiasmo. E por isso,
mais propensos a ficar dentro da redação.
Exercitam atividades cerebrais (equivocadamente chamadas críticas) e perdem a
chance de usar todos os sentidos na apuração da notícia.
5)
Como explicar o fato de que
antes da informática o Jornal da Tarde, por exemplo,
fechava às 2h e podia dar
matérias mais bem apuradas. Depois da informatização, passou a fechar às 21h,
fazendo depois pequenas
e seguidas trocas até não
mais de meia-noite.
Rubens Chiri
6
UNIDADE
FEVEREIRO/2009
O Centro Internacional de Estúdios Superiores de Comunicación para América Latina
(CIESPAL), organismo mantido, desde 1959, em Quito, Equador, por iniciativa da UNESCO, está completando seu Jubileu de Ouro. Com apoio do governo equatoriano, o CIESPAL
teve papel decisivo na renovação e fortalecimento do ensino e da pesquisa comunicacional
no continente. Faz parte dessa agenda comemorativa o lançamento da revista CHASQUI,
nº 104, cujo dossiê principal – Personaje – é dedicado à trajetória do Professor José Marques
de Melo, que também está celebrando 50 anos de jornalismo em 2009.
Marques de Melo dirige a Cátedra UNESCO de Comunicação na Universidade Metodista
de São Paulo, destacando-se no panorama nacional como docente-fundador da Escola de
Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e integrante da vanguarda acadêmica
que fundou a Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação – INTERCOM. O editorial da “Chasqui”, assinado pelo editor Pablo Escandón, explica que “dedicar
este número a José Marques de Melo foi um redescobrimento da sua obra e pensamento,
mas, fundamentalmente, pretende motivar os sul-americanos para olhar melhor o Brasil,
um polo pós-industrial de desenvolvimento e pesquisa que desperta o interesse estrangeiro
pela problemática brasileira e pelos efeitos em todos os âmbitos da comunicação.” Mais
informações pelo www.ciespal.net.
Fonte: Cibermemorial Marques de Melo
Insisto na tese de que as rotinas de produção jornalística são determinadas pelas
estratégias empresariais. Trata-se de políticas de investimentos. Não basta investir
em máquinas modernas, que naturalmente são mais velozes, exigindo prontidão
dos jornalistas. Pelo que conheço, na literatura e na vida cotidiana, a informatização ajuda mais do que atrapalha o jornalista em atividade.
6)
Poderíamos dizer que estamos tendo acesso mais
a declarações ‘oficiais’ de
assessorias em detrimento
de produção jornalística, de
notícia?
A lei do menor esforço é o principal
fator responsável pelo jornalismo chapabranca. Privilegiar declarações oficiais
depende do arbítrio dos repórteres. Ou
seja, da margem de barganha que eles tenham dentro da redação. Reproduzir textos oficiais é mais cômodo do que checar
as informações, pois isso pressupõe que o
repórter vá observar o cenário dos acontecimentos, ouvir a reconstituição de protagonistas, perguntar, questionar.
7)
Essa nova forma de fazer
jornal seria consequência
da administração das empresas, como se fossem fabricantes de bens duráveis,
com corte de custos e prioridade de busca de lucro, em
vez de informação?
O jornal sempre foi uma fábrica de notícias. Em meados do século passado, essa
filosofia se incorporou gradativamente à
mentalidade dos novos profissionais.
Deixando de ser um burocrata de colarinho branco, os novos jornalistas vestiram
o macacão do operário-padrão. Não vejo
demérito nessa mudança. O jornalista
deixa de ser alguém que vive acima do cotidiano e assume sua identidade de trabalhador que tem os pés fincados na terra.
8)
A aposta das empresas em
novos talentos, mandando
embora repórteres mais experientes seria outro lado do
problema?
Esta é uma questão puramente financeira. Se conduzida desta maneira, vai ocasio-
Dia do repórter
passaram a abocanhar maior fatia do bolo
publicitário.
dades para lograr essa aproximação estão
na carência de conhecimento das novas gerações em relação ao imaginário popular.
As formas devem mudar sempre, para
manter sintonia fina com os desejos e as
necessidades dos leitores ou telespectadores. O problema é encontrar “boas histórias”. E nem sempre o que os jornalistas
escolhem como pautas para contá-las são
apreciadas pelos que vão comprar o jornal
na banca ou dedilhar a tecla do controle
remoto. O segredo está na capacidade empática do jornalista. Se ele não age como se
estivesse na posição do leitor, corre o risco
de equivocar-se. Por outro lado, as dificul-
Conheça o
Formar melhor os focas, estimulando-os
a farejar com mais argúcia e sensibilidade.
Oferecer uma educação balanceada entre a
competência técnica e a base humanística.
Um jornalista que não tem referencial cognitivo, nem apetência para ser um eterno
estudioso, pode ser bom operador de equipamentos, mas não ultrapassará o pelotão
da mediocridade. Por isso, as faculdades
de jornalismo precisam ser completamente
reinventadas e atualizadas.
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Qual o papel das faculdades de jornalismo nesse quadro?
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11)
Mudarão as formas de se
contar boas histórias, fazer boas reportagens?
9
Compreendo a situação desequilibrada.
nais, mudanças climáticas, desenhos
da cidade e das serras da região. Diários dos combatentes, poemas populares e profecias apocalípticas depois
passariam para o jornal e em seguida
para o livro que se transformaria em
uma obra de referência. Ele estruturou “Os Sertões” em três partes: “A
Terra”, “O Homem” e “A Luta”. Só
entra no conflito depois dos dados geográficos e culturais da região. Ainda
que o capítulo sobre a luta seja o mais
lido e conhecido, a grande contribuição do escritor foi justamente a descrição detalhada que ele fez da terra e
do sertanejo. Como escreveu na época
do lançamento o jornalista José Veríssimo, “é o livro de um homem de ciência, um geólogo, um etnógrafo, um
homem de pensamento, um filósofo,
um sociólogo, um historiador, de sentimento, um poeta, um romancista,
um artista, que sabe ver e descrever”.
1 559
00
10)
O caminho parece difícil, quando revistas que
apostam mais em reportagem, como a Brasileiros, por exemplo, reclamam que não recebem
tantos anúncios quanto
as semanais?
Mas existe uma lógica de mercado. Os
anunciantes escolhem veículos capazes
de atingir o maior número possível de
consumidores potenciais. Logo, as revistas que primam pela qualidade da informação, mas não logram sensibilizar o
público leitor, precisam revisar suas estratégias produtivas. Jornalismo é a arte de
informar corretamente, de acordo com as
aspirações da audiência. Produzir matérias que a redação julga de boa qualidade,
mas o público não se sente atraído implica
em reconhecer um problema de comunicabilidade. A mensagem tem ruído, que
precisa ser neutralizado. Lembro o caso
da imprensa alternativa dos anos 60-70.
No início, os nanicos não recebiam anúncios, porque tinham poucos leitores. Na
medida em que suas tiragens aumentaram
dado a escrever em “A Província de São
Paulo”, que se tornaria depois “O Estado de S. Paulo” e mais tarde no “Estadão”. Formado em 1892 pela Escola Superior de Guerra, foi nomeado auxiliar
de ensino teórico da Escola Militar do
Rio. No ano seguinte escreveu um artigo com críticas ao governo de Floriano
Peixoto, que foi vetado pelo jornal.
Em 1897, já desligado do Exército, em
companhia do jornalista Alfredo Silva
acompanha como correspondente as
tropas que combatiam Antonio Conselheiro e seus seguidores em Canudos. O
arraial no interior baiano, que prosperou com a chegada de Conselheiro em
1893 e se firmou como um contestado,
teve 15 mil habitantes. Foi arrasado por
tropas federais, depois de três tentativas
da polícia estadual. Os soldados tinham
ordem de não fazer prisioneiros.
Euclides, além do horror da guerra,
anotou expressões populares e regio-
ISSN 1981-5590
Trata-se de um problema ético, que
precisa ser bem equacionado. O principal
compromisso do jornalista é com a verdade. Não existe meia verdade. Ou ele trabalha com retidão, honestidade, seriedade ou
perde a credibilidade profissional. Não conheço as motivações do repórter demitido.
Mas se ele publicou informação falseada,
tem que arcar com as consequências. A reportagem pode ter sido feita com a atriz,
mas o jornalista não pode reapresentar e
dizer que esteve ontem com a entrevistada quando na verdade a entrevistou há
um ano.
Dia 15 de agosto de 2009 marcará o
centenário de morte trágica de Euclides
da Cunha, jornalista e escritor de “Os
Sertões”, assassinado por Dilermando
de Assis, que tinha romance com Ana
Solon, mulher de Euclides. O texto de
“Os Sertões”, antes de se tornar um
clássico, lançado em 1902, foi a primeira grande reportagem publicada em
um jornal no País, no “O Estado de S.
Paulo”, sobre a Guerra de Canudos, na
Bahia. Ele foi como correspondente do
jornal, em outubro de 1897, à quarta e
derradeira expedição que massacrou
mulheres, velhos e crianças em um
dos maiores conflitos sociais do Brasil
envolvendo as populações pobres pela
posse da terra.
Euclides, nascido em 1866, no Rio,
matriculou-se na Escola Militar em
1886, no curso do Estado Maior e Engenharia Militar. Tinha entre os colegas
Cândido Rondon. Em 1888, foi convi-
77198
9)
Acompanhou o caso do Jornal da Tarde, que demitiu e
expôs em suas páginas um
repórter que afirmou ter
feito matéria recente com
Tônia Carrero, sendo que o
texto estava há um ano na
gaveta?
Há 100 anos morria o grande repórter de “Os Sertões”
9
nar prejuízo à empresa. Não existe dicotomia entre talento e experiência. Existe diferença na folha de pagamento. Dispensar
um jornalista experiente significa muitas
vezes economia em curto prazo e prejuízo
a perder de vista. Seguramente aquele profissional melhor remunerado por sua competência já foi talentoso quando jovem. A
empresa gastou para formá-lo, aperfeiçoalo, e quando ele está no pico da produtividade é mandado embora. Dificilmente
será substituído por um jovem talentoso,
por mais criativo que seja.
7
UNIDADE
FEVEREIRO/2009
POR
RICARDO KOTS
CHO
Agosto |
o documen
tário sobre
o Lira |
a edição
FERNANDO
FIGUEIREDO
E HÉLIO CAMPO
MELLO
S MELLO
FOTO
sem cortes
J.R. DURAN
de On the
Road | a
natureza
de Araquém
8
Geral
UNIDADE
FEVEREIRO/2009
Conferência Nacional
de Comunicação
já tem data marcada
O
presidente Lula anunciou
durante o 9º Fórum Social
Mundial em Belém (PA) a
realização da Conferência
Nacional de Comunicação neste ano. Datas indicativas já foram anunciadas pelo
governo e pela Comissão Pró-Conferência
(formada por representantes das entidades
e movimentos pela democratização da comunicação). A realização da Conferência
Nacional está na pauta de reivindicações dos
movimentos pela democratização da comunicação há mais de 20 anos.
A Conferência Nacional poderá ser feita
entre os dias 2 e 3 de dezembro, antecedida
das conferências municipais a serem realizadas até junho e as estaduais também, até
setembro. O governo também destinou recursos da União para a conferência e o Mi-
nistério das Comunicações deverá formar
um grupo de trabalho com representantes
das empresas de comunicações e dos movimentos sociais para organizar a pauta e a
estrutura da conferência.
Mobilização da sociedade - Na plenária
organizada pela comissão pró-conferência durante o Fórum Social, no campus da
Universidade Federal do Pará, houve o entendimento de que mudanças democráticas
no marco regulatório das comunicações, a
ser construído nesta conferência, dependem
da mobilização e da formulação de políticas
públicas por parte dos próprios movimentos
sociais. A previsão é que haverá muitos interesses divergentes nesta disputa.
Há dois anos, os movimentos como o
FNDC (Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação) aumentaram as ações
para concretizar a Conferência com audiências e seminários pelo País. Um resultado foi
a publicação da Resolução pró-Conferência,
elaborada no Encontro Nacional sobre o
tema realizado em dezembro do ano passado,
em Brasília. Neste documento estão previstos
um calendário para a realização das conferências municipais e estaduais que abasteceriam a
pauta em instância nacional; o papel dos agentes envolvidos para a organização da Conferência – governo, sociedade e empresários e
os temas a serem considerados no debate. De
acordo com a resolução, a comunicação deve
ser tratada na Conferência como Direito Humano, que garante a soberania, a liberdade de
expressão, de gênero e de igualdade racial.
Com informações da FENAJ - www.fenaj.
org.br e FNDC - www.fndc.org.br
Fórum Social tem seu próprio
caminho de informação
Cerca de 150 mil pessoas
de todos os continentes se
reuniram entre os dias 27
de janeiro e 01 de fevereiro,
na cidade de Belém (PA),
para participar do Fórum
Social Mundial 2009, cujo
tema deste ano foi a Amazônia. Perto de seis
mil organizações promoveram mais de 2.300
atividades autogestionadas, que se somaram às
100 atividades culturais. Para a cobertura havia
4.500 jornalistas, profissionais de comunicação e
de mídias livres, sendo que, somente de jornais,
800 vindos de 30 países.
Mesmo assim, no mês em que a categoria comemora o Dia do Repórter, uma pergunta ficar
no ar: apesar dos números expressivos, um acontecimento desse porte é praticamente ignorado
pela grande imprensa brasileira. Ou, pior ainda,
se limita a mostrar apenas o lado mais curioso e
burlesco do evento, passando ao largo das muitas
propostas de transformação. Durante o “Dia da
Pan-Amazônia“, organizado pelo Fórum, os movimentos e os povos da região falaram ao mundo
estreitando laços e criando novas alianças a partir
de discussões em assembléias, plenárias, caravanas viárias e fluviais.
Como informa a própria assessoria do Fórum,
“é hora de o Brasil colocar no centro do debate as
respostas à crise global - econômica, financeira,
Por Paulo Martinho
ambiental e alimentar –, com particular atenção à
perspectiva dos povos indígenas”. Assim, o Conselho Internacional do FSM escolheu celebrar
esta nona edição na cidade de Belém, no coração
da selva Amazônica, região que se estende por
nove países: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador,
Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
Para mostrar suas atividades, o Fórum usou
meios de comunicação alternativos. A Ciranda
foi um espaço de intercâmbio através do qual
comunicadores puderam produzir, enviar e receber materiais e notícias sobre o evento (www.
ciranda.net).A WSF-TV foi outro espaço aberto
para se mostrar desenvolvidos no FSM e licenciados via Creative Commons: (www.wsftv.net).
E o Fórum das Rádios mobilizou emissoras pelo
endereço openfsm.net/projects/fsm2009radio/
summary.
Organizações de todo o mundo também poderão participar do FSM 2009 a partir da sua própria cidade por meio de iniciativas descentralizadas e autogestionadas com conexões via internet,
TV e rádio. De Bogotá a Kinshasa, de Malmo, na
Suécia, à Palestina, de Paris a Faluja, mais de 100 atividades paralelas
aconteceram nos dias do Fórum
em dezenas de países.
Muitos profissionais de veículos
e organizações alternativas trabalharam com sacrifício e abnegação
para dar voz a um bom punhado de pautas não
abordadas pela grande imprensa. Um bom exemplo foi dado pela equipe do Núcleo Piratininga
de Comunicação, do Rio de Janeiro, formada por
jornalistas, professores, ativistas sindicais e de
movimentos sociais, que organizam uma série de
cursos gratuitos. Além da cobertura do Fórum, esses comunicadores promoveram debates bastante
concorridos: criminalização dos pobres e dos movimentos sociais pela mídia brasileira e novos rumos para a imprensa sindical no País.
Para a jornalista Cláudia Santiago, coordenadora
do Núcleo Piratininga, que há 20 anos atua em diversos segmentos da comunicação sindical, é claro
que as técnicas de reportagem são as mesmas em
um grande jornal ou em uma modesta e combativa redação da chamada imprensa alternativa. Nas
pequenas redações ela acredita que “existe mais
tempo para se digerir as informações, ampliar as
pesquisas sobre o tema abordado e preparar melhor as entrevistas, apesar de ainda carecer de recursos e de estrutura; muitas vezes há somente um
jornalista ‘faz tudo’.”
Programação de
cursos para o
mês de março
Curso de Gestão de Crise
– o papel do assessor de imprensa. Período: 16 a 20 de março de
2009, segunda à sexta, das 19h30
às 22h30. É destinado a jornalistas que atuam em assessoria
de imprensa e estudantes. São
30 vagas e os cursos serão dados
na Ação Educativa, Rua General
Jardim, 660.
O professor será Walmir de
Medeiros Lima, jornalista formado pela Metodista, que trabalhou em diversos veículos
cobrindo Variedades e Cultura.
Valores: R$ 130,00 à vista para
sindicalizados e pré-sindicalizados; R$ 220,00 à vista para os
não sindicalizados.
O curso é uma continuação
do II Ciclo de Palestras Jornalismo, os rumos da profissão,
com patrocínio do Portal Terra
e parceria da Ação Educativa e
Universidade Cidade de S. Paulo - Unicid. Mais informações
no Depto. de Formação, tel. (11)
3217-6294/3217 6297, das 9h às
18h com Marlene ou Daniela,
e-mail: [email protected].
Especialização ­– O Sindicato firmou convênio com a Escola de Comunicações e Artes da
USP para o curso de especialização lato sensu “Gestão da Comunicação: Políticas, Educação
e Cultura”. Será concedido desconto de 10% sobre a semestralidade, em um total de três semestres, para os sete jornalistas
mais bem colocados dentro do
grupo de selecionados. O curso é aberto a profissionais que
tenham formação superior em
qualquer campo, foi criado há
16 anos e é ministrado por professores com larga experiência
em pós-graduação na USP. As
inscrições se encerram no dia
27/2. Mais informações na secretaria, prédio Central da ECA,
2º andar - sala 209 - telefone (11)
3091-4341, e-mail: gestcom@
edu.usp.br ou no site www.eca.
usp.br/gestcom. Confira mais
convênios do Sindicato com
estabelecimentos de ensino no
www.sjsp.org.br
Livros
jornal i s t a
Carlos Moraes
lançou seu novo
livro “Desculpem, sou
novo aqui”, que conta
a história de um ex-padre gaúcho, recém-saído
de uma prisão política,
e chegando a São Paulo
para recomeçar sua vida
do zero. O livro é uma
continuação da obra anterior, “Agora Deus vai
te pegar lá fora”, lançada
também pela Record em
2004, livres memórias do
tempo em que o autor ficou preso em uma cadeia
da fronteira gaúcha. Mesmo escrito em primeira pessoa e seguindo de perto a vida do
autor, Moraes avisa que “Desculpem, sou
novo aqui” é uma obra de ficção.
Para começar, ele diz, a própria redação da revista pela qual o personagem
trabalha nada
tem a ver com
aquela da revista Realidade,
da qual o autor fez parte
em princípios da década
de 70: “Ali dei a sorte de
trabalhar com jornalistas
do nível de José Hamilton Ribeiro e Audálio
Dantas. Mas não há nem
sombra deles na história.
Ao escrever um livro desses, a gente apenas delimita o terreiro, mas não
tem nenhum controle
sobre os santos que nele
vão baixar. Se controla, a
coisa vira relatório, tese
ou, pior, autobiografia.” Próximas da realidade ficaram apenas as duas primeiras
matérias que fez na nova profissão e que
refletem aquelas que são, até hoje, suas
duas maiores devoções na vida, Jesus de
Nazaré e Corinthians Paulista.
Divulgação
O
Ambiente em redação
de revista nos
anos 70 é tema
de ficção em livro
O
U
T
R
O
S
L
A
N
Ç
A
M
E
N
T
O
S
UNIDADE
FEVEREIRO/2009
A
9
caba de ser lançado Falar é fácil, escrever também (Difusão Editora), de
Olavo Avalone Filho ([email protected]). A narrativa tem como ponto
de partida a escrita que se aprende no exercício do bom jornalismo e, em dez capítulos, focaliza temas como primeiros passos, construção, organização, edição,
ética e direito autoral.
F
oi lançado no final de janeiro o livro Mais de um século de história, contado em capas do jornal Cruzeiro do Sul. O livro traz uma seleção de 105 capas
digitalizadas do jornal e uma linha do tempo, cujo ponto de partida é a primeira
edição, de 12 de junho de 1903.
E
stá previsto para este mês o lançamento de A Ilha Roubada, livro que Sandro Vaia escreveu sobre a blogueira cubana Yoani Sanchez.
M
artha San Juan e Sérgio Adeodato escreveram Reciclagem – Ontem, hoje,
sempre, sobre a prática da reciclagem.
A
revista Horizonte Geográfico lançou, de autoria de Sérgio Túlio Caldas,
Portos do Brasil: a história passa pelo mar.
O
s livros Vento da Manhã e Vendo a Vida, de poesias, e Avenida Central, de
contos, de Wanderley Midei, começaram a ser vendidos a preços populares nas
maquininhas instaladas nas estações do metrô paulistano.
O
s Irmãos Karamabloch - Ascensão e queda de um império, de Arnaldo Bloch, conta a história da família que criou, entre outras, a revista Manchete.
10
Moagem
UNIDADE
FEVEREIRO/2009
Foi intensa a movimentação nas redações e assessorias de
comunicação nessas semanas que antecedem o carnaval.
Em destaque nomes como Luis Nassif, Antonio Prado, Paulo
Nogueira, João Caminoto, Wilson Gomes e Antenor Braido,
entre outros.
Boa leitura!
JORNAL
A
ntonio Alberto Prado está de volta a
São Paulo, vindo de Luanda, Angola, onde
coordenou o lançamento do primeiro Jornal de Economia e Finanças do País.
A
driana Teixeira foi promovida a
editora-executiva no Diário de S. Paulo.
Ainda por lá, registro para as chegadas de
Larissa Moraes, na Economia, e de Felipe Sansone, para São Paulo.
D
aniel Bergamasco regressou de
Nova York e está na editoria de Cotidiano
da Folha de S.Paulo.
circular duas vezes por semana (às 3ªs. e
6ªs.feiras), com os mesmos 40 mil exemplares entregues de casa em casa nas sete
cidades da região. O projeto contempla
ainda os programas ABCD Maior no Ar
(Rádio ABC AM 1570) e ABCD Maior na
TV (na NGT e na TV+) e a versão online do impresso (www.abcdmaior.com.
br). Para ingressar na nova fase, a redação, que é chefiada por Walter Venturini,
ganhou o reforço da editora Valéria Cabrera. Completam a equipe a sub Illenia
Negrin, o editor de Fotografia Luciano
Vicioni, os repórteres Ana Haertel, Juliana Finardi, Júlio Gardesani, Liora
Mindrisz, Marcelo de Paula e Vanessa
Selicani, o repórter fotográfico Antonio Ledes e os estagiários Carol Scorce,
Deise Cavignato e Paulo Silva Júnior.
R
No
enata Rondino deixou o Diário do
Comércio para se dedicar à sua própria
empresa de jornalismo, a Scriptum.
Cintia Esteves começou em Admi-
repórter Maurício Oliveira foi
promovido a editor de Núcleo no Lance.
Diário do Comércio, Sonaira
Sanpedro saiu de licença para estudar
mandarim na China.
nistração & Serviços da Gazeta Mercantil,
no lugar de Amarilis Bertachini, que foi
para a revista Líderes e é assessora de imprensa do World Trade Center.
Fábio Suzuki deixou o Meio & Men-
sagem após quatro anos de casa.
A
partir deste semestre, o programa
de treinamento da Folha de S.Paulo terá
suas atividades ampliadas para incluir ferramentas e linguagem multimídia. Alguns
dos trainées da última turma, formada em
dezembro, permaneceram na empresa. São
eles: Matheus Magenta, Vanessa Corrêa
e Leonardo Feder, na Folha Online; e
Nancy Dutra, Chico Felitti, Tai Nalon,
Sofia Fernandes, Catharina Nakashima
e Desireê Antônio, na Folha de S.Paulo.
O semanário ABCD Maior passa a
O
REVISTA
P
aulo Nogueira, já em Londres, é
agora correspondente da Época na Inglaterra. Além de escrever para a revista,
manterá um blog com informações gerais
sobre a capital inglesa.
N
a Criativa, Katia del Bianco, vinda
da Marie Claire, assumiu a Direção de Redação e Mariana Weber foi promovida a
redatora-chefe. Ricardo Moreno deixou
a revista para ser editor-chefe da Galileu.
Entrou no lugar de Hélio Gomes, que
saiu. Também despediu-se da Galileu a
editora de Arte Lourdes Rodrigues A.
Salerno, a Lu, na empresa havia 17 anos.
Na Marie Claire, registro para as chega-
das da repórter Maria Laura Neves e da
editora Marina Caruso (vinda da sucursal Rio da Quem), para o lugar de Sandra
Boccia, que foi para Pequenas Empresas
Grandes Negócios, como editora-chefe.
E
dson Porto, vindo da BBC Brasil, em
Londres, começou como editor-executivo da
Época Negócios no lugar de Cynthia Rosenburg, que saiu. Também saíram Marcelo Coppolla e Gustavo Poloni, que foi ser
editor-executivo dos canais Diversão e Vida
do portal Terra; e foram contratados Sílvia
Baliero e Marcos Todeschini. Sílvia vai
inicialmente cuidar do site da revista, no lugar de Karla Spotorno, que saiu de licençamaternidade. O site Época Negócios, a propósito, ganhou reforços: Soraia Yoshida,
Elisa Campos e Viviane Maia da Silva.
J
oão Caminoto assumiu a Editoria
de Economia e Negócios da Época. Ainda por lá, registro para a saída do repórter
Flavio Machado da editoria de Geral.
I
vone Santana e Ana Luíza Mahlmeister deixaram a Teletime, da Converge, que foi assumida por Samuel Possebon, até então responsável pelo noticiário
online Teletime News e chefe da sucursal
de Brasília da empresa.
A
driano Griecco é o novo editor da
Car and Driver Brasil.
M
ariana Nadai foi efetivada no Guia
do Estudante e Almanaque Abril, na vaga
de Mariana Delfini, que foi para a Editora Cosac.
J
uan Esteves está coordenando O Melhor do Fotojornalismo Brasileiro/2008,
pela Editora Europa, que dará início a uma
série anual, dentro da coleção Biblioteca
Fotografe. Na revista Vegetarianos, Samira Menezes foi efetivada como repórter.
A
revista Jet Magazine, da RMC, deixou de circular pouco antes do Natal,
após oito edições. Com a descontinuidade, deixaram a empresa Paulo D’Amaro
e Sérgio Tauhata.
E
rnesto Zanon sucedeu Daniel Lima
na Direção de Redação da Livre Mercado,
publicação assumida pela consultoria especializada em recuperação tributária, Best
Work do Brasil. Zanon acumulará a nova
função com as de diretor de Redação do
jornal Guarulhos Hoje, do portal de notícias GuarulhosWeb e do Jornal do Farol.
TELEVISÃO
M
auro Tagliaferri, pela Record, e Pedro Bassan, pela Globo, estão agora como
correspondentes em Lisboa das duas emissoras. Com a saída de Bassan de Pequim, a
Globo decidiu inaugurar um novo endereço
na Ásia, em Tóquio, para lá mandando Roberto Kovalick, por sua vez substituído em
Nova York por Rodrigo Bocardi. O rodízio
também leva Ari Peixoto a deixar Buenos
Aires e assumir o posto em Israel, no lugar
do Alberto Gaspar, que se reintegra à redação de SP; Carlos de Lannoy é o novo
correspondente na Argentina. Paris não terá
movimentação até junho, quando Sônia Bridi e Paulo Zero retornam ao Brasil. A emissora também vai abrir um posto na África do
Sul, com vistas à Copa de 2010, vaga que será
ocupada por Renato Ribeiro.
L
uis Nassif deixou a TV Cultura,
onde atuava como comentarista. Seu contrato não foi renovado, segundo a emissora, por conta da reestruturação efetuada
no Jornal da Cultura, cujo formato já não
mais comporta a figura de comentaristas.
Nassif divergiu publicamente das explicações, como demonstrou em seu blog
(http://colunistas.ig.com.br/luisnassif).
Comentarista
e diretor do SporTv,
UNIDADE
FEVEREIRO/2009
João Carlos Assumpção deixou a Globo
para se dedicar a um projeto literário, com
direito a temporada de estudos na Europa.
AGÊNCIA
junho na Inglaterra em temporada
de estudos e disponível para frilas.
RÁDIO
a Agência Leia, para uma recém-criada vaga
de editor-assistente, chegou Fernando Bortolin
([email protected]).
uliano Dantas está de volta
à Comunicação da Alcatel-Lucent, após temporada de estudos
no Canadá.
Na CBN, com a saída de Daniel Piza,
Victor Birner passou a ser o primeiro comentarista do futebol da emissora e Paulo
Passos, o segundo. Ainda no time de esportes, Raphael Prates veio para a vaga de
Carlos Alberto Cereto. Outra novidade
foi a transferência de Osvaldo Stella para
Brasília, para ser comentarista do CBN Total, ali tratando de ciência e meio ambiente.
No CBN São Paulo, Cid Torquato está de
volta com um boletim semanal tratando
de acessibilidade urbana e conscientização
dos direitos dos deficientes. Wellington
Ramalhoso, do Repórter CBN, saiu e foi
morar em São Carlos, abrindo caminho
para a chegada de Plínio Teodoro na sua
vaga. Diego Veja, que era trainée, passou
a produtor do CBN Total e foi substituído
pela estagiária Fernanda Campagnucci.
N
o esporte da Rádio Globo, o narrador Reinaldo Moreira foi substituído por
Gustavo Villani, que voltou recentemente
de uma temporada de estudos na Espanha.
INTERIOR
N
a Rede Bom Dia, que já contava
com diários em Bauru, Jundiaí, Rio Preto
e Sorocaba, e dominicais em Itapetininga
e Itu/Salto, integrou à rede Fernandópolis.
O jornal, que era semanário e virou diário,
continua a pertencer ao Sistema Mega de
Comunicação, mas além de adotar o nome
Bom Dia, usará todo o noticiário geral da
CEC – Central de Edição Compartilhada da
rede, ficando responsável pela produção do
noticiário local. A equipe de Fernandópolis,
que trabalhou na mudança sob a supervisão
de Edimilson Zanetti, de Rio Preto, é dirigida por Valdecir Cremon, e com ele estão
Elissandra Hurtado, Marco Antonio e
Valter Duarte, além dos estagiários Bruna
Bassan, Célia Souza, Darien Santana e
Poliane Matos. A tiragem média do jornal
é de 23 mil exemplares.
D
eixaram de circular os jornais Cidade
de Itapira, que tinha 101 anos de vida, e O
Impacto, de Mogi Mirim, que encerrou suas
atividades após 27 anos de mercado. Itapira
viu seu prejuízo ser reduzido com o lançamento do semanário A Cidade, que passou
N
a fazer companhia aos outros dois jornais
da cidade: Tribuna de Itapira e A Gazeta
Itapirense, que agora também conta com
um site, o www.gazetaitapirense.com.br.
Ângela
Pepe deixou A Cidade, de
Ribeirão Preto, e foi morar na França. Na
mesma cidade, Luiza Pellicani deixou a
Texto e Cia e está à disposição para frilas.
A
Regional de São José do Rio Preto
do nosso Sindicato está em novo endereço: rua Major Joaquim Borges de Carvalho, 497, no bairro Vila Angélica, no mesmo prédio da CUT.
ASSESSORIAS
José Roberto Mello, ex-diretor de nosso
Sindicato, deixou a Chefia da Comunicação
do Ministério do Turismo e assumiu a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Mauá.
Denise Pragana saiu da TV Cultura,
onde coordenava a Comunicação Corporativa, e começou como gerente de Comunicação da Divisão de Engenharia e Construção da Camargo Corrêa.
Edmar Luz de Almeida é o novo se-
cretário de Comunicação de São Bernardo do Campo. Raimundo Silva assumiu
como diretor de Comunicação.
A
ntenor Braido assumiu a assessoria
de imprensa do deputado estadual Barros
Munhoz, líder do governo Serra na Assembleia Legislativa de São Paulo.
C
ristina Iglecio é a nova presidente da
The Jeffrey Group Brasil. Sucede, no cargo,
a Ediana Balleroni, que passou a atuar
como consultora regional da organização.
J
T
hiago Dunley assumiu a Assessoria
de Imprensa do Shopping Metrô Itaquera.
L
uana Ribeiro, que respondeu durante nove meses pelo núcleo de Turismo da
A4, deixou a agência.
D
aniela Serres é a nova supervisora
de Comunicação Corporativa da LG do
Brasil.
R
egina Rebello assumiu a Gerência
de Comunicação Corporativa da União da
Indústria de Cana de Açúcar e responderá pelo atendimento à imprensa nacional e
produção editorial para o site da entidade.
E
liel Cardoso despediu-se da Secretaria de Gestão da Prefeitura de São Paulo,
onde vinha atuando como contratado da
S.A. Comunicação.
L
uciana Marin deixou a Voice, onde
estava havia nove meses.
S
olange Gonçalves sucedeu Suze
Smaniotto como diretora de Contas da
Accesso. Suze deixou a agência.
C
arolina Stanisci deixou a assessoria
de comunicação do Movimento do Ministério Público Democrático.
PESSOAIS
J
oão Rodarte, presidente da CDN,
passou a integrar o Conselho Curador
da Fecap (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado).
W
Luciane Crippa foi contratada pela
Andreoli/MS&L para atender a conta do
Sebrae SP.
ilson Gomes, que curte no interior paulista a sua aposentadoria, mudou
de residência: av. dos Pioneiros, 360, casa
39, Condomínio dos Jacarandás, no Parque
Villa Flores, em Sumaré (13175-668), telefones 19-3873-3395 / 7807-1430.
Ximena Morales Leiva permanecerá até
Luthero Maynard e Laurentino Gomes
11
tomaram posse como membros do Instituto
Histórico e Geográfico de São Paulo.
TELEGRÁFICAS
E
stá no ar o portal Living Alone (www.
livingalone.com.br), versão web da revista
homônima da Custom Editora, de André
Cheron e Fernando Paiva. O editor-chefe
é Daniel Japiassu.
C
omeçou a circular em São Paulo o semanário gratuito MotoVrum, da L.C. Comunicação, focado no segmento de motos.
A tiragem é de 20 mil exemplares. Hugo
Lacerda é o diretor.
T
rês amigos jornalistas de São Paulo
juntaram-se para criar o blog Desilusões
Perdidas (http://desilusoesperdidas.blogspot.com), que aborda, com bom humor,
os prazeres e as dificuldades da profissão,
ilusões e desilusões, sonhos e realidade,
além das angústias do homem moderno. A
identidade deles é segredo, mas não a de
seus personagens, que são Duda Rangel e
Ortiz Madureira.
A
Segmento Comunicação Corporativa, dirigida por Carlos Battesti (battesti@
segmentocomunicacao.com.br), transferiu
suas instalações para a rua Bráulio Gomes, 25, Edifício Vicentina, 2º, conj. 207
(01047-020). Com isso, mudaram também
os telefones: 11-3256-0453 e 3129-4232.
REGISTRO
F
aleceu em 3/1, de parada cardíaca, em
Avaré, aos 78 anos, Fausto Augusto Battistete, o Fausto Canova, que se notabilizou
por seus conhecimentos de música e por
ter apresentado o famoso Show da Manhã
na Jovem Pan, na década de 1970. Nascido
em Marília, trabalhou também nas rádios
Excelsior, Bandeirantes e Cultura, entre
outras. Era viúvo e não tinha filhos.
J
osé Vieira Rebello, 78 anos, morreu
em dezembro. Foi diretor do Sindicato de
1972 a 1975. Deixa esposa e quatro filhos.
D
ia 27/1 faleceu Edson Luis dos
Santos, o Magrão, de 56 anos, vítima de
câncer. Magrão trabalhou no Esporte do
Estadão, pelo qual cobriu as Copas de
1982, 1986 e 1990, e foi editor assistente
do Diário de São Paulo de 1999 a 2004.
12
UNIDADE
FEVEREIRO/2009
C
Imagem
Toques de fino traço
arlinhos Müller (aliás, José Carlos Santos, o Müller
foi adotado de uma avó), cartunista
do Estadão desde 1989, está andando
nas alturas. Torcedor do Corinthians,
foi chamado para fazer um pôster de 6
metros com caricatura de Ronaldo Fenômeno, que serviu para ilustrar a chegada do atacante ao Parque São Jorge.
O desenho correu o mundo, a fama de
Ronaldo extrapola o País e o continente. Essa história toda começou quando
fez as gravuras do livro de Sergio Grois-
mann, ‘Meu pequeno corintiano’, uma
série da Editora Belas Letras, que tem
ainda Flamengo, Grêmio, entre outros,
e caiu no gosto da diretoria corintiana.
Daí para o desenho do Fenômeno foi
só um pequeno toque de bola. O traço de Carlinhos já havia atravessado o
oceano antes, levado na passagem dos
Rolling Stones por São Paulo, em 1998,
depois das apresentações do show
‘Bridge to Babylon’ no Ibirapuera. Ele
fez uma ilustração do grupo para o Caderno 2, o original foi enviado a uma
feira organizada pelo cartunista Jal e
caiu nas mãos do artista plástico Ivald
Granato, que a apresentou ao guitarrista Ron Wood, dos Stones. Rendeu a
Carlinhos, que toca sax nas horas vagas, um convite VIP para aquele show.
O cara bate mesmo um bolão: venceu
o Salão de Humor de Piracicaba quatro
vezes, foi premiado pela Sociedade Interamericana de Prensa (2001), ganhou
medalha na Turquia, na Argentina, sem
contar outros tantos prêmios internos
no próprio Estadão.

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