RHODODENDRON SPP - UNESP - FCA
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RHODODENDRON SPP - UNESP - FCA
INTOXICAÇÃO POR AZALÉIA (RHODODENDRON SPP) EM DOIS CAPRINOS. POISONING AZALEA (RHODODENDRON SPP) IN TWO GOATS. Pereira, E.C., Toma, H.S., Delfiol, D.J.Z., Gonçalves, R.C., Chiacchio, S.B., Borges, A.S., Amorim, R.M. Departamento de Clínica Veterinária, Clínica de Grandes Animais, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - UNESP- Campus de Botucatu, SP As plantas do gênero Rhododendron spp. pertencem à família Ericaceae e produzem andromedotoxinas, compostos diterpenóides, solúveis em água, presentes em todas as partes da planta, inclusive no néctar. A ingestão de apenas 0,2% do peso vivo do animal de folhas verdes podem causar intoxicação em bovinos, ovinos, caprinos, ocasionalmente eqüinos e raramente outras espécies animais. Caprinos são particularmente susceptíveis à intoxicação por andromedotoxinas, pela ligação as membranas plasmáticas, afetando os canais de sódio, levando a despolarização prolongada das células. No caso de intoxicação, os sinais clínicos iniciais são distúrbios digestivos (anorexia, sialorréia, regurgitação, cólica e defecação freqüente), neurológicos (inquietação progressiva, ataxia, quedas, estado mental deprimido ou semicomatoso, tremores musculares generalizados, dilatação das pupilas) e cardio-respiratórios (dispnéia com variação no ritmo, intensidade e freqüência dos movimentos respiratórios, episódios de apnéia, bradicardia com arritmia cardíaca, desdobramento de bulhas). A regurgitação de conteúdo rumenal pode levar à pneumonia aspirativa. O diagnóstico se baseia nos sinais clínicos e na evidência do animal ter ingerido a planta. Os animais intoxicados podem se recuperar em 1 a 2 dias após remoção das plantas da dieta, sem a necessidade de tratamento. Este trabalho tem como objetivo descrever a importância, sinais clínicos e tratamento da intoxicação por Rhododendron spp.. Foram atendidos 2 caprinos na Clínica de Grandes Animais do Departamento de Clínica Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da UNESP de Botucatu. O primeiro, (animal 1), um cabrito Bôer, macho, de 2 meses de idade, e outro (animal 2) uma cabra Saanen, fêmea, de 4 anos de idade. No animal 1, cerca de 3 horas após a ingestão das folhas, foi observado os sinais gastrintestinais de: refluxo rumenal/regurgitação, sialorréia intensa; e nervosos de: vocalização constante, balançar de cabeça, tremores musculares de membros, ranger dos dentes e apatia. Além desses sinais, o animal apresentava leve grau de desidratação (5%). No animal 2, cerca de 4 horas depois da ingestão, começou a apresentar um quadro mais brando de intoxicação, comparado ao animal 1. Na avaliação clínica, observou-se apenas sinais gastrintestinais de: refluxo rumenal/regurgitação e sialorréia. Foram realizados tratamento de suporte nos dois animais, administrando-se 1g/kg de peso vivo de carvão ativado diluído em água morna, com o intuito de adsorver o restante das toxinas presentes no conteúdo rumenal e intestinal. No animal 1, realizou-se fluidoterapia com 500 ml de Ringer Lactato para corrigir a desidratação e antibioticoterapia com Florfenicol (20 mg/kg / 48 hs / 7 dias) para prevenir a pneumonia por aspiração do conteúdo regurgitado. Depois de 3 dias de internamento, o animal recuperou-se totalmente. O animal 2 foi medicado com Enrofloxacina (7,5 mg/Kg PV / 24 hs / 7 dias) para prevenir pneumonia aspirativa. No dia seguinte o animal não apresentava sinal clínico de intoxicação.
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