CRoChet - Jornal C

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CRoChet - Jornal C
1971 - 2014
QUINZEnário | 25 DE JULHO de 2014 | Nº 1570 | Ano XLIII | Directora: Elsa Guerreiro Cepa | www.jornalc.pt | Preço Anual: 30€
1€
Crochet
“uma moda viral” QUE INVADE RUAS
E PRAÇAS DE Vila Nova de Cerveira
Cerveira e Tomiño partilham lugares
de estacionamento gratuito
EMPREENDE
Confraria de São
Bento avança com
“número record”
de peregrinos Pág. 12/15
Moledo recebeU
Windsurf&SUP Festival
Arte na Leira para ver
até 24 de Agosto
Jorge
Fão
pretende
“Unir e
Reforçar”
o PS no
distrito
de Viana
Rally de Portugal está
de regresso a Caminha
PUB.
Vila Praia DE
ÂNCORA vai ser
Capital do
Espadarte
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Já tem data marcada e vai
decorrer de 14 a 24 de Agosto no Campo
do Castelo em Vila Praia de Âncora.
O Festival Gastronómico do Espadarte
está de regresso à vila mais populosa do
concelho de Caminha depois de já ter sido
realizado há alguns anos uma
primeira edição.
40 mil pessoas passaram por Caminha nos 4
dias que durou a segunda edição do Artbeerfest
Festival Internacional de Cerveja Artesanal e
Mestres Cervejeiros que
decorreu no centro históricos da vila.
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Cemitério
de Vila Praia
de Âncora
luta com
falta de
espaço
Os Búfalo
prometem
agitar os
festivais do
concelho
II edição do
ArTbeErfest
Caminha foi
“um sucesso”
Projeto do Continente
prestes a ser aprovado
Executivo aprova
descida da tarifa do lixo
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EMPREENDE+
O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014
EMPREENDE
JORNAL
semPRe Quis
seR PesCadoR
Nasceu filho de pescador e pescador se tornou. António cunha,
47 anos, sempre soube que essa
haveria de ser a sua profissão,
desde os bancos da escola quando ainda era um menino.
o mar está-lhe nos genes. o
avó era pescador, o pai também
e ele não foi exceção. tem um
filho que também se deixou seduzir pelo mar e por lá anda.
É piloto no santa Mafalda, um
navio de Aveiro…
Natural de Vila praia de Âncora, António cunha é hoje o
maior armador português de pesca ao espadarte. com 3 embarcações dedicadas exclusivamente à captura daquela espécie, dá
emprego a cerca de 30 homens.
Em entrevista ao Jornal c, o
armador começou por recordar os tempos de infância em
que, cheio de convicção, dizia
à professora que o que queria
mesmo era ser pescador como
o pai e o avô.
“Desde que me conheço como
pessoa que o meu sonho foi sempre ser pescador como o meu
avô e o meu pai. Eu andava na
escola e quando as professoras
perguntavam o que é que eu
queria ser eu dizia logo que era
pescador. Nunca tive dúvidas”.
Aos 14 anos, depois de sair
da escola, fez-se ao mar com
o pai, o tio Armando e o tio
Domingos, já falecidos.
“Lembro-me que na altura gan-
hava um quarto de um quinhão.
o que é que isso representava?
Imagine que o total eram 100
euros, eu ganhava 25”, explica.
Andou ao mar com o pai até
aos 17 anos e chegou a andar
ao meixões em caminha, mas
não gostava.
Aos 17 anos decidiu deixar de
pescar com o pai, “chateamonos” e foi pescar com o Esteves para caminha. “Estive com
ele mais ou menos dois meses
e depois vim para um barco de
Âncora onde também estava o
meu sogro”.
Atingida a maior idade o pai
emprestou-lhe uma gamela e
um motor e foi a partir daí que
António cunha começou a trabalhar por conta própria.
“passados seis meses comprei
um barco com motor fora de bordo na póvoa do Varzim que batizei com o nome de “Mal Amado”, um nome estanho mas eu
na altura era jovem e deu-me
para aquilo”, recorda.
Questionado sobre se o “Mal
Amado” lhe deu sorte, António cunha responde que não
acredita na sorte mas sim no
trabalho.
“Eu acho que a sorte não existe, o que existe é trabalho e naquela altura o trabalho era mais
que muito. para ter uma ideia, o
meu filho nasceu, a minha mulher esteve nove dias no hospital e eu só a fui levar e bus-
car. A motivação de trabalhar
no “Mal Amado” era muita e
eu na altura era um jovem que
queria mostrar o que valia. Era
uma vida dura andávamos ao
polvo e íamos de manhã e à tarde. Isto não é sorte, é teimosia,
persistência ”, explica.
“Um aventureiro” é como António cunha se considera. “Às
vezes a minha mulher até me
chama o Vasco da Gama”.
Aos 22 anos começou a fazer
o maior barco jamais construído
em Vila praia de Âncora e aos
24 anos estava pronto.
“Isso hoje era impensável. Você
olha para um moço de 24 anos e
não o está a ver a avançar com
um projeto desta envergadura.
Exceções à parte, claro”.
António cunha não esquece a
ajuda e o apoio dado pelos pais
e pelos sogros para que conseguisse levar por diante o seu
projeto. “os jovens de hoje não
dão valor porque têm tudo de
mão beijada, aliás tinham porque hoje as coisas já não são
bem assim. Vivemos durante
muitos anos num arco-íris mas
isso acabou”, aponta.
Graças a muita teimosia, empreendedorismo, perseverança e
muito trabalho, António cunha
é hoje o maior armador de pesca
ao espadarte do país com 3 embarcações dedicadas à captura
desta espécie na costa Atlântica.
Apesar de ter atingido este pa-
tamar, o pescador como gosta de ser
chamado, diz-se um “eterno insatisfeito, sempre à procura de
saber mais”.
“A verdade é que nos últimos
anos a pesca sofreu uma grande
evolução, a vários níveis, quer
no que toca a novas tecnologias,
quer mesmo dos materiais que
são utilizados. Isso faz como
que hoje em dia eu tenha uma
visão da pesca totalmente diferente daquela que tinha há 20
anos atrás quando comecei”.
Há 3 anos atrás António cunha
teve um “grande percalço” com
o desaparecimento do “Ana da
Quinta”, uma embarcação que se
encontrava à pesca do espadarte ao largo dos Açores. perdeu
a embarcação e toda a tripulação que se encontrava a bordo
“todos amigos, como família”,
recorda. Mas apesar do golpe,
o armador não baixou os braços e hoje já possui uma nova
embarcação o “Nossa” que veio
substituir o “Ana da Quinta”.
“Foi sem dúvida o maior golpe da minha vida profissional,
isso é indiscutível. Eu não perdi um barco, perdi amigos, homens que trabalhavam comigo
há vinte anos”.
o mar não lhe mete medo mas
o respeito que lhe tem é incomensurável. Em toda a sua vida
de pescador lembra-se de duas
situações que lhe podiam ter
custado a vida mas rejeita a palavra susto.
“sustos não se apanham, não
há motivo para isso. Em toda
a minha vida de pescador tive
duas situações de perigo. Uma
foi no “Mal Amado” e porque
eu, como era jovem, tinha um
bocado a mania de arriscar. Estava ali em Afife e levei com
duas voltas de mar. outra altura
foi no barco grande à saída do
porto de setúbal. o mar estava muito grande, muito alto e a
sorte foi que a máquina não falhou e respondeu bem. De resto são coisas normais e quem
anda nesta vida sabe que o que
se passa no mar fica no mar,
não pode vir para terra. o mar
é a coisa que eu mais respeito
e por isso é que não lhe tenho
medo, respeito sim”.
Depois de ter trabalhado durante alguns anos em nome individual, António cunha constituiu
em 2000 a empresa “Baleeira
pesca”. “No fundo trata-se de
um extensão
da minha atividade inicial”, explica.
A “Baleeira pesca” que emprega 30 pessoas, possui como referimos 3 embarcações: o “carlos cunha” dedicado ao avô, o
“Vila do Infante” e o “Nossa”,
dedicado à esposa.
A pesca ao espadarte é feita na
costa Atlântica, desde as ilhas
dos Açores para norte, “mesmo
aqui em frente à nossa terra, a
Vila praia de Âncora. Quanto
há muito mau tempo podemos
ir um pouco mais para o sul,
mas geralmente fazemos aqui
a costa portuguesa até quase ao
canadá”.
As embarcações saem do porto de Vigo e normalmente ficam no mar por um período de
60 dias. “Depende se o barco
pode ou não fazer congelação
a bordo. se pode fica entre 50 a
60 dias. também depende muito da pescaria se correr bem o
barco vem mais cedo, se não
fica mais dias. Ainda há pouco chegou um barco que ficou
no mar 48 dias”.
As embarcações mais pequenas
essas, ficam menos dias, “podem fazer marés de 15, no máximo 20 dias”, explica.
A aposta na formação dos homens que andam a bordo das
embarcações é uma das preocupações do armador António
cunha que ainda há pouco teve
que substituir um dos seus mestres que estava em Matosinhos
a fazer um curso.
“Eu tenho marinheiros indonésios a trabalhar comigo que são
pessoas com muita formação”.
A pouca aposta no setor da pesca
é algo que entristece este pescador que considera que a partir do
momento em que portugal aderiu à comunidade Europeia, fez
o caminho “todo ao contrário”.
“Houve um grande desinvestimento neste setor e hoje estamos todos a pagar por isso”.
com o objetivo de dar a conhecer o espadarte, um produto ainda pouco consumido nesta zona,
António Esteves vai organizar
no próximo mês de Agosto, em
Vila praia de Âncora, um Festival Gastronómico dedicado a
esta iguaria que já se consome
em grande escala em Espanha,
França, Itália e Estados Unidos.
vila PRaia de
ÂnCoRa vai seR
CaPital do
esPadaRte
Já tem data marcada e vai
decorrer de 14 a 24 de Agosto no campo do castelo em
Vila praia de Âncora. o Festival Gastronómico do Espa-
darte está de regresso à vila
mais populosa do concelho de
caminha depois de já ter sido
realizado há alguns anos uma
primeira edição.
o espadarte é um peixe muito valorizado noutros países,
mas ainda desconhecido em
portugal, uma tendência que o
proprietário da Baleeira pes-
cas, António
cunha, pretende
contrariar com o lançamento do Festival Gastronómico
do Bife de Espadarte.
À mesa vão estar seis formas diferentes de confeccionar o espadarte, como garantiu
ao Jornal c António cunha.
“Vamos começar com uma
entrada de vinagrete de espadarte, depois uma sopa, o bife
de espadarte, o “swordfish burguer”, que é um hambúrguer
de espadarte e ainda uma caldeirada. A ideia é juntar a gastronomia ao turismo e ao mesmo tempo divulgarmos uma
pesca que já se faz em Vila
praia de Âncora há 18 anos”.
para além da Baleeira pesca,
empresa de António cunha,
existem outras embarcações
em Vila praia de Âncora dedicadas à captura desta espécie. “Ao todo somos cinco
barcos que andamos à pesca do espadarte sendo que a
Baleeira pesca é proprietária de três”.
A par da vertente gastronómica, este Festival terá também uma componente científica e por isso estão previstas
algumas palestras e colóquios
onde vão participar biólogos
portugueses e espanhóis convidados pela organização do
evento.
o festival gastronómico vai
contar com o apoio da Entidade regional de turismo do
porto e Norte de portugal e
da câmara de caminha, mas
com o cunho pessoal da equipa de António cunha, principalmente da sua esposa que
estará a comandar a cozinha.
“Quem vai preparar é a minha
mulher que é a melhor cozinheira que há aqui no concelho de caminha. Assim sendo, ninguém melhor do que
ela para dar a conhecer o bife
de espadarte”.
E se vier muita gente como
se espera, Alexandra cunha
conta com uma vasta equipa
para a ajudar. “são à volta de
20 pessoas que vão confecionar os seis pratos diferentes
e estar ao balcão a servir as
pessoas”.
A gastronomia junta-se uma
componente científica e por
isso estão previstas algumas
palestras
e colóquios
onde vão participar biólogos
portugueses e espanhóis convidados pela
organização do evento. Em
debate vão estar temas relacionados com a pesca e neste
momento já está garantida a
presença do antigo secretário de Estado do Desenvolvimento regional, Daniel campelo. Foi também endereçado
um convite ao ministro do Desenvolvimento regional, Miguel poiares Maduro, entre
outras entidades.
“Vamos promover mesas temáticas que contarão com a
presença de algumas individualidades ligadas à biolo-
grande projeto
está Alexandra
cunha que neste momento já
se encontra a fazer experiências para que no dia da abertura do Festival tudo esteja
a postos. A sua mais recente criação foi o molho para
colocar sobre os hambúrgueres, a grande novidade deste
Festival gastronómico. criado a pensar nos mais novos,
gia, amigos com quem tenho
trocado algumas impressões
e que inclusive já viajaram a
bordo dos meus barcos para
realizarem estudos. Não queremos estar de costas voltadas para a ciência e por isso
decidimos também convidar
pessoas ligadas a esse ramo.
É importante trabalharmos em
conjunto”, sublinha.
promover o espadarte e dar
a conhecer este tipo de pesca
é o grande objetivo do armador António cunha que entretanto já formou uma pequena
empresa de distribuição desta
espécie por alguns restaurantes do país. “Neste momento
existem alguns restaurantes
que já estão a comprar, inclusive no concelho de caminha,
mas queremos ir mais longe
porque de facto estamos a falar de um produto de excelência mas ainda pouco conhecido no nosso país”, remata.
preparada para “abraçar” este
o “swordfish burguer”, como
foi batizado, será a grande estrela do festival.
“Nós já estamos a desenvolver este produto há mais de
um ano e neste momento ele
está pronto a ser servido”, garante a cozinheira.
A equipa de reportagem do
Jornal c teve oportunidade de
provar este hambúrguer e garante que é delicioso.
comercializar o “swordfish
burguer” será um dos próximos
objetivos de António cunha
que neste momento está a convencer a filha para avançar
com o negócio.
“Isto já não é para mim , é
para esta malta mais jovem”.
com a expetativa alta, António cunha espera que este
Festival Gastronómico seja
“uma mais valia” para o concelho, “principalmente para o
turismo” aquela que poderá
ser a grande mais valia desta região.
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JORNAL
DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014
CAMINHA
exeCutivo Reuniu em vila PRaia
de ÂnCoRa em dia de aniveRsáRio
vila Praia de Âncora comemorou no passado dia 8 de julho o 90º aniversário de elevação a vila.
as cerimónias decorreram na Praça da República e incluíram uma sessão solene promovida pela
Câmara de Caminha e junta de freguesia.
à tarde, e como vem sendo hábito nos últimos anos, realizou-se uma reunião de câmara onde
foram debatidos diversos assuntos e onde o tema do aniversário da elevação da antiga freguesia
de gontinhães a vila também foi tema.
CÂmaRa de Caminha ReCusa-se PagaR dívida
aos antigos donos na Quinta da BaRRosa
É uma dívida com mais de
duas décadas que vai continuar
por pagar. A câmara de caminha há 20 anos comprometeuse a entregar dois apartamentos
aos antigos donos da Quinta da
Barrosa, em Vila praia de Âncora, mais uma quantia em dinheiro pela expropriação daqueles terrenos.
os terrenos foram expropriados, nunca foram utilizados para
o fim a que se destinavam e a
totalidade da dívida ainda não
foi paga.
Em 1985, a autarquia celebrou
com os proprietários uma escritura de compra e venda tendo
em vista a construção do denominado conjunto Habitacional da Barrosa naquele local.
Em 1993, na sequência do processo judicial que correu em
tribunal, em que eram partes
a câmara de caminha, à época liderada pelo partido socialista, e os vendedores, foi lavrado o termo de transação,
no qual a autarquia se compro-
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metia a entregar dois apartamentos de tipologia t2 e t3.
por ali existir um Dólmen com
valor histórico, a população de
Vila praia de Âncora insurgiuse contra o projeto do conjunto habitacional da Barrosa, o
que levou o executivo camarário a desistir da construção.
Durante 20 anos, os proprietários dos terrenos ficaram sem
a propriedade e sem os apartamentos que a câmara de caminha se comprometera a entregar.
Duas décadas após a expropriação, e como os terrenos
não foram utilizados para o
fim que motivou essa compra forçada, os herdeiros escreveram no ano passado ao
executivo camarário dizendo
que desistiam da possibilidade de reversão dos terrenos
a favor dos familiares – uma
hipótese prevista na lei – se,
em troca, a câmara de caminha cumprisse o prometido
ou seja, a entrega dos referi-
dos apartamentos. Agora, em
vez de dois já são três apartamentos, devido à valorização
que os terrenos da quinta tiveram entretanto com o passar dos anos.
A câmara de caminha aprovou em 2013, por unanimidade, com votos favoráveis do
psD e do ps, o pagamento
da dívida, mas eis que agora
o novo presidente da câmara,
o socialista Miguel Alves, diz
que, afinal, não vai ser possível. Miguel Alves alegou
falta de capacidade financeira para cumprir o acordo anteriormente estabelecido.
“Foi aprovada, em 2013, a
atribuição aos proprietários da
Quinta da Barrosa, de três apartamentos para fazer esse exercício de compensação. A medida era para ser cumprida até
ao final do ano passado. Eu fui
contactado pelos antigos proprietários daqueles terrenos e
a verdade é que por muito que
eu quisesse dar uma resposta
às pessoas, a única coisa que
lhes pude transmitir é que o
município não tem capacidade
financeira nenhuma para dar
três apartamentos”.
sem dinheiro para cumprir
o acordo, Miguel Alves considera que seria “uma loucura
condicionar parte importante
do nosso orçamento para dar
três apartamentos”.
As palavras do presidente da
câmara provocaram a indignação da vereadora do psD, Liliana silva, que lembrou que
não se estavam a dar apartamentos, “mas sim a resolver
um problema que foi deixado pelo partido socialista”.
A vereadora do psD garantiu que se o seu partido tivesse ganho as eleições o acordo
era para cumprir. “De certeza
que tínhamos pago”.
Liliana silva lamentou uma
vez mais que “haja dinheiro
para umas coisas e para outras
não” e considerou “uma leviandade” a câmara dizer que não
paga quando foi a própria câmara a deliberar por unanimidade nesse sentido. “Aquando
da realização do vosso orçamento, nós tivemos oportunidade de chamar a atenção
para esta situação”, lembrou
a vereadora.
Visivelmente incomodado
com as acusações de Liliana
silva o presidente da câmara
lembrou que a vereadora “pisca-pisca” como lhe chamou,
teve responsabilidades até ao
dia 18 de outubro “e portanto
deveria ter exigido aos seus
colegas de executivo que tivessem pago. A senhora podia ter cumprido uma deliberação que tomou”, sublinhou.
relativamente ao termo “leviandade” utilizado pela vereadora, Miguel Alves considerou que “leviano é aquele
que promete sem ter condições
para cumprir”, frisou.
recorde-se que a vereadora
Liliana silva exerceu por diversas vezes, no anterior mandato, o cargo de vereadora em
substituição.
Rally de
PoRtugal
está de
RegResso
a Caminha
exeCutivo
aPRova desCida
da taRifa do lixo
JORNAL
DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014
CAMINHA
Depois de dez anos consecutivos no Algarve, o Rali de
Portugal está de volta ao norte e ao concelho de Caminha
já no próximo ano.
O anÚncio foi feito pelo Presidente do Automóvel Clube
de Portugal (ACP), Carlos
Barbosa.
A última vez que o Rali de
Portugal se realizou no Norte, enquanto etapa do Mundial
da especialidade, foi em 2001,
tendo como base a Exponor,
em Matosinhos.
No próximo ano Caminha está
no mapa desta importante prova,
pontuável para o Campeonato
do Mundo de ralis, conforme
foi anunciado em conferência
de imprensa pelo ACP.
A edição de 2015 vai acontecer no início de Junho (em
2014 foi em Abril) e vai custar entre 3,6 e 3,8 milhões de
euros, mais 500 mil euros que
no ano passado, um acréscimo
justificado pelo presidente do
ACP por necessidades maiores em termos de segurança.
O percurso não foi apresentado
— será divulgado em Agosto
próximo —, mas Carlos Barbosa já divulgou as localidades
que fazem parte da prova, todas
a norte do rio Douro. Com o
centro nevrálgico do rali situado na Exponor em Matosinhos,
a prova irá passar por Amarante, Baião, Caminha, Fafe,
Guimarães, Lousada, Matosinhos, Mondim de Basto, Ponte de Lima, Viana do Castelo
e Vieira do Minho.
As tarifas do lixo vão ficar mais
baratas no concelho de Caminha. A proposta apresentada pelo
executivo socialista foi aprovada por unanimidade na última
reunião do executivo.
Segundo a proposta apresentada pela Câmara, o valor cobrado pela recolha, tratamento
e depósito de resíduos sólidos
urbanos e equivalentes e pela
tarifa devida pela disponibilidade do serviço no escalão dos
domésticos até 12m3 vai ser reduzido em 20%. Atualmente a
tarifa cobrada é de 2,5 euros
e vai passar a ser 50 cêntimos
mais barata.
Já a tarifa pela recolha, tratamento e depósito de resíduos
sólidos urbanos e equivalentes,
que para os utentes domésti-
cos (por m3 de água faturada)
até 12m3 é atualmente de 52
cêntimos, vai passar para os 42
cêntimos.
Segundo a câmara, baixar a tarifa foi possível graças à aprovação do “Plano de Ação de
Sustentabilidade e Eficiência”,
documento “essencial para a gestão de recursos” e igualmente aprovado por unanimidade.
Recorde-se que esta era uma
promessa eleitoral de Miguel
Alves, baixar a fatura da água,
uma promessa que o presidente da câmara diz estar agora em
condições de cumprir.
Um estudo realizado pela câmara “demonstrou” que o concelho de Caminha é, não apenas a nível distrital mas mesmo
no panorama nacional, um dos
concelhos onde mais se paga a
componente do lixo.
“ Nós fizemos uma avaliação
dos preços praticados no nosso
concelho e percebemos que estamos no Top Ten dos concelhos de Portugal relativamente
ao pagamento da tarifa dos lixos.
Impunha-se por isso baixar o
peso da fatura da água, que é
constituída por três componentes (água, saneamento e lixos),
todos com tarifa dupla, fixa e
variável, sendo que o saneamento e os lixos são indexados ao
consumo de água”.
Miguel Alves fala num esforço “muito grande do município”
que vai permitir a redução de
20% na componente dos lixos,
que significará uma economia
média de 5.9% na fatura da água.
“A medida foi possível graças
ao trabalho de planificação, mas
também porque a Câmara conseguiu ainda incluir no concurso que está a decorrer (aberto
pelo anterior executivo) uma
cláusula que permitirá aos concorrentes baixar o preço, independentemente da empresa que
vier a vencer”, explicou.
Apesar desta baixa o presidente da câmara lembrou uma vez
mais que o Governo, “contra a
vontade das autarquias”, quer
privatizar os lixos, “sendo certo que se isso acontecer o preço vai disparar”, alertou.
Contas feitas, com a baixa da
tarifa a câmara vai perder uma
receita de cerca de 140 mil euros.
Relativamente a esta proposta
o PSD perguntou se ela impli-
Projeto do
Continente
prestes a ser
aprovado
Está a entrar na reta final o projeto de licenciamento para a instalação de um hipermercado da
marca Continente Bom-dia em
Vila Praia de Âncora.
Segundo informações veiculadas pelo presidente da Câmara
de Caminha, na última reunião
do executivo, está agora em fase
de aprovação o projeto de arquitetura, devendo, depois disso, avançar a construção daquela superfície comercial em plena malha
urbana de Vila Praia de Âncora,
apesar dos protestos dos comerciantes locais.
A informação foi dada por Miguel Alves em resposta a uma
questão levantada pelo vereador
do PSD, Flamiano Martins, que
perguntou em que pé se encontrava o processo.
Miguel Alves adiantou que ao
longo do processo o projeto foi
recebendo sucessivos pareceres
favoráveis e que agora só falta
mesmo avaliar o projeto de ar-
quitetura que já deu entrada na
câmara de Caminha.
“O projeto foi de facto recebendo os pareceres favoráveis de todas as entidades. Neste momento posso transmitir que entrou já
um projeto de arquitetura na Câmara e há alguns dias foi aprovada pela Direção Geral de Economia do Norte, numa reunião com
a COMAC, a concretização deste
investimento no concelho de Caminha, no Lugar de Sandia, em
Vila Praia de Âncora”.
Para Miguel Alves este é um assunto que está “praticamente encerrado” e neste momento “só estamos a aguardar para ver se o
projeto de arquitetura está de acordo com todas as condicionantes da
área. Num primeiro olhar, de leigo, julgo que se houver algum problema é de ajuste, nada de muito
substancial, o que quer dizer que
em breve estará aprovado o projeto de arquitetura e o Continente vai poder avançar”, rematou.
cava o fim das isenções às pessoas mais carenciadas e criticou
o facto de ela não vir acompanhada de um estudo económico que a sustentasse. “É obrigatório por lei”, referiu Flamiano
Martins.
A vereadora Liliana Silva também fez questão de deixar o seu
contributo em relação à proposta, referindo que o facto de ela
abranger toda a gente, os que
podem e os que não podem, não
lhe parecia muito justo.
Para Liliana Silva a proposta apresentada pela câmara não
vai ter um reflexo “assim tão
considerável nas famílias”, referindo que as isenções, essas
sim, tinham reflexo nas famílias mais carenciadas.
Em resposta às dúvidas da ban-
cada do PSD Miguel Alves
explicou que a proposta apresentada pela câmara não implicava o fim das isenções
às famílias mais carenciadas
nem o pagamento a prestações da fatura.
Na mesma reunião foi ainda aprovada a atribuição de
um subsídio de 15 mil euros à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Âncora,
em resposta ao pedido para
comparticipação no projeto
do cineteatro.
Entre outros assuntos, foi
também aprovada a minuta
do contrato para a empreitada “Biblioteca Municipal de
Caminha”, num investimento de cerca de 970 mil euros.
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JORNAL
DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014
CAMINHA
Obras na praia de
Moledo concluídas
aTÉ AO final de Agosto
As obras de consolidação da duna da praia de Moledo só vão estar
concluídas no final do mês de agosto. A data foi avançada na passada
semana pelo Diretor da Agencia Portuguesa do Ambiente (APA), Nuno
Lacasta, após visita às obras que estão a decorrer naquela praia.
O representante da APA garantiu que a partir da primeira semana de Agosto
começarão a ser libertadas algumas zonas da praia onde a intervenção já
estiver concluída. Em declarações aos jornalistas Nuno Lacastra explicou
que a intervenção teve que ser feita nesta altura por “motivos técnicos”.
A partir da primeira semana de
agosto a praia de Moledo deverá contar com um areal mais
extenso e em boas condições. A
intervenção que está a ser reali-
zada, pioneira em Portugal, está
a decorrer a bom ritmo e a primeira parcela, numa extensão
de cerca de 150 metros, deverá
ser libertada em breve. Na pas-
sada semana decorreu uma visita técnica às obras, visita que
contou com a presença dos dirigentes máximos da Agência
Portuguesa do Ambiente (APA)
e do presidente da Câmara Municipal de Caminha. A obra em
curso estava prometida há três
anos, é estrutural e utiliza tecnologia inovadora e amiga do ambiente, constituindo a primeira
intervenção do género na costa
atlântica ocidental de Portugal.
Em Moledo estiveram o presidente da APA, Nuno Lacasta, o diretor regional da ARH
Norte, Pimenta Machado e Manuela Matos, vice-presidente da
APA para a área dos recursos
hídricos, assim como técnicos
envolvidos nas obras, além dos
presidentes e representantes da
Câmara de Caminha e da Junta
de Moledo e Cristelo. No final
da visita o balanço acerca do andamento das obras foi positico.
“Moledo é um exemplo a nível nacional e um bom exem-
plo, que deverá agora ser replicado noutras praias”, referiu
Nuno Lacasta.
A tecnologia e os materiais
que estão a ser usados são holandeses e baseiam-se na utilização de areia e água do mar
para resolver os problemas de
erosão que há alguns anos afetam a praia e que foram agravados pelas intempéries do último
inverno. A intervenção envolve a colocação de “geotubos”,
neste caso onze módulos, cada
um contendo 500 metros cúbicos de areia retirada do próprio mar e acomodada numa
tela que, como explicou o presidente da APA, “tem um efeito
semelhante ao betão, mas nenhum dos inconvenientes a ele
associados”.
Decreferir que o “geotubo” é
Construção de um bar em cima da
duna primária de Moledo sofre revés
O licenciamento da construção de um apoio de praia na
Praia de Moledo, que tinha
sido concedido pelo Ministério do Ambiente, sofreu um
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novo revés. O Tribunal de Caminha conferiu razão a uma
nulidade invocada pela Junta de Freguesia.
Aquando do início das obras
do novo bar, em Abril, a Junta de Freguesia de Moledo tinha avançado com uma providência cautelar, através do
qual pediu um pré-embargo
judicial e, conjuntamente, um
embargo judicial da obra junto do Tribunal de Caminha. A
autarquia argumentava que a
obra estaria a ser edificada em
terrenos pertencentes à Junta
de Freguesia.
Numa primeira decisão, o
Tribunal não deferiu a providência. Na passada semana,
e após a Junta ter requerido a
nulidade da decisão anterior
e ter apresentado Recurso no
Tribunal da Relação, o Tribunal de Caminha veio reconhecer o erro invocado e anulou
a decisão anterior.
Os advogados que acompanham a Junta de Freguesia referem, em comunicado, que
o mais grave neste processo
é o facto de o concessionário, sem que a sentença tivesse transitado em julgado, ter
avançado para a obra. A Junta já terá apresentado denúncias junto da Polícia Maríti-
ma e do município.
Segundo o mesmo comunicado, “embora se trate de um
processo longo, a Junta de Moledo toma agora conhecimento de factos que – a confirmarse - podem indiciar vícios no
processo de licenciamento. A
construção que agora está a ser
construída não se trata de um
mero apoio de praia, mas de
um bar em plena duna, o que
pode configurar violação do
POOC Caminha- Espinho”.
João Cavaleiro, advogado,
refere que a questão central
uma estrutura tubular de confinamento de areias para uso em
obras de proteção de praias contra a erosão costeira. São produzidos a partir de polipropileno
e caracterizam-se pela alta resistência mecânica e ambiental, compatibilidade com o meio
ambiente (não contaminante) e
durabilidade.
A técnica foi apenas usada em
Portugal uma vez, há cerca de
três anos, mas numa extensão
muito mais reduzida. Daí que
todos os olhos estejam postos
em Moledo no sentido de perceber se a intervenção resulta.
No final de agosto prevê-se que
a intervenção, na sua totalidade, esteja concluída, mas serão
gradualmente libertadas partes
da praia, “não havendo por isso
quaisquer razões para deixar de
vir para Moledo, bem pelo contrário”, garantiu Miguel Alves,
presidente da câmara de Caminha.
O Diretor da APA comprometeu-se a tudo fazer para acelerar os trabalhos e explicou que
a intervenção só pode realizarse nesta altura, “em parte, por
motivos técnicos relacionados
com o estado do mar, e também pela necessidade de procedimentos”, referiu.
Miguel Alves agradeceu o empenhamento de todas as entidades nesta intervenção, referindo
que a mesma era uma promessa que se arrastava há três anos.
Para o autarca “esta não é uma
intervenção qualquer, mas sim
algo estrutural, que protege o
cordão dunar a norte do paredão e protege a praia de futuras “invasões” do mar”.
“A realidade mudou, a nossa
costa está sujeita a muita pressão e é bom que possamos também experimentar uma técnica nova, amiga do ambiente”,
sublinhou.
que eventualmente estará em
causa na acção principal será
a propriedade da praia, assunto que voltou à ordem do dia
com a publicação da Lei n.º
34/2014, de 19 de Junho. Este
diploma alterou a Lei da propriedade dos recursos hídricos
A nova lei eliminou a imposição de prazo para o reconhecimento de propriedade, mas
mantém a obrigatoriedade de
quem tenha casas ou terrenos
a menos de 50 metros de mar
ou 30 metros de rios ou lagos
deve interpor uma acção judicial de reconhecimento de
propriedade privada nos Tribunais, para ver reconhecida
a sua propriedade sobre esses terrenos.
JORNAL
DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014
Cemitério de Vila
Praia de Âncora luta
com falta de espaço
Ferry deverá voltar a
navegar antes do fim do mês
O ferryboat Santa Rita de Cássia deverá estar prestes a navegar normalmente, garantindo
assim a ligação entre Caminha e A Guarda.
A reativação das carreiras da
embarcação foi anunciada pela
a Câmara de Caminha e deverá acontecer logo que a operação de limpeza que está a ser
feita junto aos cais de atraque
esteja concluída, o que deverá
acontecer antes do final do mês.
Segundo o presidente da câmara a intervenção “não é propriamente uma dragagem do
canal é uma pequena intervenção junto ao cais de Caminha”.
A operação de limpeza vai
permitir a criação de um canal para acesso à zona de atra-
cação do ferryboat, implica a
retirada de 14 mil metros cúbicos de areia, o que corresponde a 7 mil metros quadrados e uma profundidade média
de 2 metros, e a sua recolocação a jusante, ou seja, na Foz.
A operação da remoção de
areias só não avançou mais
cedo porque foi necessário proceder à análise de sedimentos
(areias), cujo objetivo foi garantir que não tinham metais
pesados e não provocariam
problemas de contaminação
no leito do rio. A análise demorou um mês e só depois de
conhecidos os resultados que
garantiam que os sedimentos
estavam em condições de serem removidos é que a mes-
ma pôde avançar.
A Câmara de Caminha aproveitou esta paragem para proceder a trabalhos de manutenção, necessários também para
a renovação do certificado de
navegabilidade.
Logo que esta intervenção
de remoção de areias esteja
concluída, os percursos diários
entre as duas margens do Rio
Minho serão restabelecidos.
Sobre as ligações regulares
entre as duas margens do Rio
Minho, Guilherme Lagido realçou a sua importância para a
economia local e para os eventos que o município está a promover, dando como exemplo
o Festival de Vilar de Vilar de
Mouros.
O presidente da Junta de Freguesia de Vila Praia de Âncora, Carlos Castro, está preocupado com a falta de espaço no
cemitério da vila.
Aproveitando as comemorações
do 90º aniversário da elevação de
Via Praia de Âncora a vila, que se
comemoraram no passado dia 8
de julho, o autarca fez questão de
lembrar os homens que no passado contribuíram para a elevação de Gontinhães a vila.
“Não posso deixar de lembrar
esses ancorenses, nomeadamete o Dr. Luís Ramos Pereira que
apresentou esta proposta de Lei”.
Para Carlos Castro a partir do
momento da elevação, Vila Praia
de Âncora não parou de crescer.
“Julgo que as pessoas souberam
aproveitar o que Vila Praia de
Âncora tem de bom e a verdade é que a vila foi crescendo de
tal maneira que hoje em dia é
a maior do concelho com mais
população”.
O presidente da Junta aproveitou para lembrar o que Vila Praia
de Âncora tem de bom, “nomeadamente paisagens maravilhosas, um rio espetacular, mar e
muitos locais de interesse para
quem aqui vive e para quem nos
visita”, sublinha.
Apesar de ter crescido Vila Praia
de Âncora também tem as suas
carências, nomeadamente a da
falta de espaço no cemitério, uma
questão que está a dar algumas
dores de cabeça ao autarca.
“Temos um problema gravíssimo de falta de espaço no cemitério e a verdade é que daqui
a muito pouco tempo vamos ficar sem espaços disponíveis para
sepultar as pessoas. Julgo que
é urgente começar a pensar em
obras de alargamento para resolver o problema”, alerta o autarca.
Ao nível dos pavimentos Carlos Castro dá conta de algumas
artérias que neste momento estão a necessitar de uma intervenção ao nível do piso.
“Algumas ruas têm as pedras
soltas, outras estão desnivelados e a necessitar de um piso
novo. Também precisávamos de
fazer algumas reparações ao nível
das águas pluviais”, acrescenta.
Obras de grande envergadura que
o autarca diz não ter capacidade para
levar por diante.
“Não estamos a falar de tostões mas
sim de milhões e a junta não tem capacidade financeira para avançar”.
Consciente de que os tempos
são de vacas magras, Carlos Castro alerta no entanto para a necessidade de se fazer qualquer
coisa. “Eu compreendo que não
se pode fazer tudo mas alguma
coisa vamos ter que fazer”, sublinha.
Arte na Leira para
ver até 24 de Agosto
cado por momentos musicais.
O fado esteve representado por
Maria Cunha, acompanhada à
guitarra portuguesa por Francisco Vieira. O músico Gil do
Carmo foi outra das presenças.
Amigo pessoal do pintor Mário Rocha, o cantor regressou
à Serra de Arga, para participar
na festa de inauguração da Arte
na Leira.
O programa do primeiro dia
incluiu ainda a apresentação de
um livro sobre o percurso artístico de Mário Rocha, intitulado
“Retrato de uma Vida”.
A Arte na Leira é uma iniciativa artística, que acontece no
coração da Serra de Arga, na
freguesia de Arga de Baixo, em
Caminha.
Quatro dezenas de artistas participam este ano na 16ª edição
da Arte na Leira, certame que
decorre na freguesia de Arga de
Baixo, em plena Serra de Arga.
A 16ª edição do certame, promovido pelo artista Mário Rocha, abriu portas no passado sábado e no arranque estiveram
presentes o músico Gil do Carmo e a fadista Maria Cunha.
Até 24 de agosto, dezenas de
obras nas áreas de pintura, escultura, fotografia, tapeçaria, cerâmica e instalações, entre outras
podem ser apreciadas na Casa do
Marco. Este ano haverá também
“art car”, uma novidade que promete transformar um dos modelos da Volvo numa obra de arte.
Nesta 16ª edição, são cerca de
40 os artistas que reúnem as
suas obras na mostra, alguns
deles em representação de Espanha, Holanda, França e Irão.
Como vem sendo tradição, vão
também participar no evento os
institutos politécnicos de Bragança. Cávado e Ave, Porto e
Viana do Castelo, a que se juntam o Centro Português de Serigrafia (Carlos Calvet) e a Galeria de Arte do Casino Estoril.
O primeiro dia foi ainda mar-
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JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014
Jorge Fão
pretende “Unir e Reforçar ”
o PS no distrito de Viana
ENTREVISTA
No próximo dia 5
de setembro realizamse as eleições para a
Federação Distrital
do Partido Socialista.
Ao contrário do que
tem sido prática
nos últimos mais de
20 anos, desta vez
concorrem ao cargo
pelo menos dois
candidatos, Jorge
Fão e José Manuel
Carpinteira.
No caso de Jorge
Fão será uma estreia,
já relativamente
a Carpinteira
trata-se de uma
recandidatura.
O Jornal C lançou
o desafio aos dois
candidatos para que
dessem a conhecer
o seu projeto, os
motivos da sua
candidatura, bem
como o seu ponto de
vista em relação à
situação atual vivida
pelo Partido Socialista
a nível nacional.
Jorge Fão, militante
socialista há perto
de 30 anos e que
neste momento
desempenha as
funções de deputado
na Assembleia da
República, defende
a união e o reforço
do PS no Alto Minho.
Em entrevista ao
Jornal C o candidato
à Federação Distrital
do PS manifestou a
grande motivação que
o move para avançar
com esta candidatura.
Para além da eleição
do Presidente da
Federação, no dia
5 de setembro serão
também eleitos
os delegados ao
Congresso do
Partido Socialista
que terá lugar a
20 de Setembro.
Jornal Caminhense (JC) –
Jorge Fão antes de entrarmos propriamente no assunto eleições para a Federação,
propomos-lhe que de forma
breve nos trace uma panorâmica daquele que tem sido
o seu percurso de quase 30
anos no Partido Socialista.
Jorge Fão (J.F.) – Sou militante do Partido há 28 anos, no
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JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014
entanto a minha relação com
o Partido Socialista já dura há
mais de 30 anos. Comecei bem
cedo, em 1979, na Assembleia
de Freguesia de Moledo, como
delegado, representando o PS.
J.C. Foi aí que começou a
sua carreira política?
J.F. – De facto foi aí verdadeiramente o início da minha
participação cívica e intervenção política, foi uma ação de
voluntariado sem qualquer enquadramento profissional. Atualmente as coisas não são assim na medida em que exerço
funções de deputado à Assembleia da República .
J.C. – Encara a política como
uma profissão?
J.F. – Na minha opinião julgo que a política não deve ser
encarada como uma profissão
mas sim como uma etapa, uma
passagem na vida que às vezes é exercida a tempo inteiro
e dedicação exclusiva.
Como lhe dizia neste momento exerço funções de deputado
já há alguns anos e naturalmente que isso sim é atividade
profissional, mas que devemos
sempre considerar provisória,
transitória e precária. Um homem na política deve ter sempre horizontes bem claros e caminhos bem abertos. A política
é uma passagem e por isso é
fundamental que como cidadãos e como profissionais, tenhamos sempre salvaguardado
o nosso espaço na sociedade e
no regresso à vida profissional.
Isso é fundamental.
Já agora deixe-me agradecer a
oportunidade para falar de um
momento importante no Partido Socialista que é este processo da eleição de um novo
Presidente da Federação Distrital do PS.
Realmente o PS no distrito
de Viana do Castelo, ao fim
de mais de 20 anos, terá mais
do que um candidato à Federação. Neste momento existem
2, mas o prazo de apresentação de listas só termina 15 dias
antes do ato eleitoral e daí eu
admitir, embora não seja muito crível, que possa aparecer
mais alguma candidatura. Neste momento há duas candidaturas e isso eu considero que
é muito importante para a vida
do PS. Porquê? Porque quando
há uma disputa no bom sentido, uma disputa democrática,
respeitadora e digna, há sempre
uma dinâmica diferente dentro
da estrutura de um partido. Há
uma discussão mais profunda,
uma avalição dos candidatos,
confronto de pontos de vista
entre militantes e opiniões diferentes. Quando isto acontece
há mais dinâmica e isso é uma
coisa que em me deixa muito animado. Eu sinceramente
acho que isto pode ser um bom
momento para o Partido Socialista no distrito. É um momento de revitalização.
Com a idade que tenho e com
a minha experiência política
e porque sentia essa vontade,
sinceramente achei que tinha
também a obrigação de me disponibilizar para ser candidato
a líder distrital do Partido Socialista. Foi isso que fiz com
sentido de colaboração com o
meu partido.
J.C. – Sente-se portanto preparado para desempenhar o
cargo?
J.F. – Eu acho que nós quando partimos para desafios desta natureza, temos que ter à
partida segurança daquilo que
estamos a fazer. Esta é uma
candidatura responsável e livre tem por base o que dita a
minha consciência. Acho que
neste momento posso, devo e
tenho condições para dar um
contributo ao partido no distrito, no desempenho das funções de Presidente da Federação. Não é para desempenhar
funções isolado dos militantes
ou da estrutura do partido. É
uma liderança do Partido Socialista com o objetivo de reforçar, de unir e de revitalizar
o Partido Socialista no distrito.
Como já disse esta minha candidatura é livre, é responsável, ponderei se deveria ou não
avançar porque julgo que quando partimos para estes desafios
devemos ter noção se temos
ou não os pés bem assentes e
se o que nos move é realmente prestar serviço e colaborar
com a organização à qual pertencemos. Contrariamente ao
meu adversário eu estou realmente motivado. Não me pergunte porquê? Não estamos a
falar de um cargo remunerado, mas sim de uma tarefa que
normalmente nos tráz problemas na gestão de expectativas e interesses políticos e de
conflitos com os camaradas e
com os amigos.
Contudo, acho que há desafios na vida de um homem que
não se explica porque é que
partimos para eles.
J.C. – Como é que os camaradas do seu partido re-
agiram ao anúncio de duas
candidaturas, pelo menos por
enquanto, uma vez que outras poderão surgir?
J.F.- Eu acho que o facto de
existirem duas candidaturas
está a causar impacto positivo. Neste momento ainda não
tenho o feedback total da reação de todas as 10 estruturas
do distrito, ou seja das 10 concelhias embora já tenha feito
contatos com todos os seus dirigentes. Estou agora a preparar
um plano de ação de contato
direto com todos os militantes e por isso pedi a todas as
concelhias para que me proporcionassem esse encontro
para que eu possa explicar as
razões da minha candidatura,
bem como responder a questões que me queiram colocar.
Julgo que há uma coisa que
esta candidatura já está a provocar, que é a reanimação do
partido, no sentido da revitalização da sua atividade.
J.C. – Em que fase está a
candidatura?
J.F. – Neste momento estou a
recolher assinaturas de apoiantes junto das estruturas do distrito para apresentar formalmente a candidatura, o que só
acontece quando entreguar a
moção de orientação política e,
no mínimo, 100 assinaturas de
militantes que declarem apoiar
a minha candidatura.
A noção que tenho é que neste momento há obviamente discussão sobre o assunto, o que
é normal e salutar . Há gente
que concorda e gente que não
concorda com a minha candidatura, mas penso que o balanço é francamente positivo.
J.C. – O que espera deste
processo?
J.F. – Espero que decorra e
vai certamente decorrer com
elevação. Não tenho qualquer
dúvida disso porque eu próprio
garantirei essa elevação e essa
dignidade no processo de debate interno. Estou convencido
de que o PS sairá decididamente mais reforçado depois deste processo interno de eleições
para Presidente da Federação.
Acho que vai ser um momento
importante para o Partido, embora muito exigente para mim.
J.C. – Era sua intenção candidatar-se ao cargo?
J.F. – Sinceramente não tinha nenhum plano prévio feito
sobre isto. Como se diz na gíria política, não tinha “arregimentado tropas, nem montado arraiais” em lado nenhum.
Por uma questão de ética não
o iria fazer sem saber primeiro se o atual Presidente da Federação, o meu camarada José
Manuel Carpinteira, se iria recandidatar ao cargo.
Através de conversas que fui
mantendo com ele disse-me que
não se encontrava nas melhores
condições de motivação, energia e entusiasmo para se recandidatar. Disse-me isso mesmo
por diversas vezes quer pessoalmente quer pelo telefone, e em
função disso eu comuniquei ao
partido que estava disponível
e com vontade para avançar.
J.C. – Esta candidatura afetou o relacionamento que tem
com José Manuel Carpinteira?
J.F. – Eu espero que não. Conheço o Carpinteira há muitos
anos, tenho um relacionamento
pessoal com ele constituído na
base do respeito e da consideração, e por isso, da minha parte, nada está posto em causa.
É evidente que nestes processos há sempre alguns atritos
porque obviamente nos vamos
confrontar no sentido do debate e do confronto de opiniões
e propostas. No entanto acho
que daqui poderá sair o reforço
da consideração mútua e nada,
no meu entender, poderá ser
beliscado em termos de relações pessoais. Mal seria se assim fosse porque eu não sou
candidato contra o Carpinteira,
quando muito, ele é que foi
candidato contra mim porque
eu anunciei a minha candidatura no local próprio e antes
dele decidir recandidatar-se.
A primeira pessoa a quem eu
comuniquei foi ao Carpinteira, de seguida ao Rui Solheiro
que é o Presidente da Comissão Política Distrital, depois
ao Secretário Nacional para a
Organização do Partido, o Miguel Laranjeiro e, finalmente,
também ao Secretário Geral.
Comuniquei a todos previamente o meu estado de espírito e a decisão de me candidatar à Federação.
A desmotivação repetidamente manifestada pelo Carpinteira é normal depois do que
aconteceu nas autárquicas em
Vila Nova de Cerveira. Foi
muito penalizador para ele e
eu entendo bem isso porque
também já perdi eleições, sei
o que isso provoca.
Foi no fundo isto que acon-
teceu e portanto ninguém me
pode acusar de ter entrado pela
porta do lado ou de não me ter
apresentado de maneira frontal e clara para este desafio. A
minha consciência está muito
tranquila e talvez por isso mesmo esteja cheio de energia e
espero sinceramente merecer
a confiança dos militantes do
distrito e poder liderar a Federação.
J.C. – Vamos agora falar daquilo que são as linhas orientadoras da sua candidatura.
Quais são as propostas do candidato Jorge Fão para a Federação Distrital do PS?
J.F. – Ora bem essa é uma pergunta exigente porque pedeme o meu plano de ação. Neste momento ainda não posso
pormenorizar essas propostas
porque todo esse pensamento
deve ser vertido na chamada
Moção de Orientação Política a qual só deve ser entregue
no ato formal de apresentação
da candidatura. Neste momento, para ser sincero, ainda não
tenho isso completamente fechado nem estabilizado. Como
lhe disse quero promover encontros com os militantes do
distrito para registar sensibilidades e recolher sugestões
que podem e devem ser vertidas nesse programa de atividades.
J.C – Mas já tem algumas
ideias?
J.F. – É obvio. Seria completamente inconsciente e irresponsável se eu partisse para
isto sem ter noção daquilo que
pode ser melhorado no funcionamento do Partido.
É evidente que neste momento não nos podemos desligar da
realidade atual que se vive no
país e no partido. São preocupações macro que se refletem
nas propostas e que qualquer
líder, mesmo que seja distrital, deve ter presente.
É evidente que não é um líder distrital que tem que apresentar as soluções para os problemas o país, mas cabe-lhe
dinamizar o debate na sua estrutura, ouvir os camaradas e
reportar à direção nacional do
partido, críticas, ideias, sugestões e propostas de atuação.
No que diz respeito às questões distritais ou seja, ao cargo a que eu me candidato, e eu
conheço muito bem o partido e
os seus militantes, o que sinto
é que o partido no distrito de
Viana do Castelo, progressiva-
mente, tem vindo a perder três
coisas que eu considero fundamentais e urgente recuperar:
A primeira é a alma, alma no
sentido da vontade de agir e
de intervir na sociedade. Essa
é, no meu entender, a motivação principal que qualquer
partido deve ter com o objetivo de encontrar soluções que
contribuam para o bem estar
das pessoas.
J.C. – Acha que essa “alma”
se tem pedido?
J.F. - Sinceramente acho que
sim. Acho que no PS do Alto
Minho essa alma, construída
com a reflexão, o debate interno e a mobilização de atores de
vários quadrantes da sociedade se tem vindo a perder. Temos que pensar o nosso território, ouvir opiniões, apresentar
propostas porque é assim que
se constrói a alma, a essência
e a razão de ser de um partido político.
Se os partidos políticos, se
transformarem sòmente em
agências de organização de
listas quando há autárquicas,
quando há legislativas ou qualquer outra eleição, penso que a
muito curto prazo esses mesmos partidos deixarão de ter
razão de existir.
Repare que a sociedade está
farta e cada vez mais a rejeitar os partidos como organizações que só tratam desse “jogo da vermelhinha” que
é o negócio do tira um e põe
outro nas listas. Isso decididamente não pode ser. Tenho
noção de que ou invertemos
este estado de coisas, ou cada
vez mais as pessoas não acreditam nos políticos e nos partidos. Já não têm paciência para
nos tolerar e compreender nestes meros jogos de poder que
não resolvem nem os problemas das pessoas, nem os problemas do país.
J.C. – Mas falava em mais
dois aspetos.
J.F. – Exatamente. Outra coisa
que eu acho que o PS no distrito tem perdido e tem que recuperar rapidamente, é pensamento crítico sobre as coisas
que dizem respeito no nosso
território: as preocupações, os
desafios, os desejos e as necessidades da região. Temos que
articular este pensamento partidário com as câmaras municipais, com a comunidade intermunicipal e outras Instituições.
Hoje é raro ouvir o PS de Viana do Castelo tomar posição
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JORNAL
política sobre os problemas e
acontecimentos políticos. O partido não toma posição e não o
faz porque está desligado da
realidade, não contacta com as
estruturas concelhias, não pensa nos assuntos, não debate os
problemas e assim caímos naquilo que lhe falava há pouco,
ou seja, seremos um partido
sem projeto de intervenção na
sociedade, pura e simplesmente preocupado com os lugares
e protagonismos individuais e
isso não pode acontecer. Isso
cava o fosso da nossa credibilidade e anula-nos perante
os cidadãos.
J.C. Finalmente…
J.F. – Finalmente eu acho que
o partido tem perdido voz, voz
no sentido de ser ouvida a sua
opinião e de ser notada a sua existência no território. O PS tem
que ter essa presença, essa marca, essa voz tecendo críticas,
emitindo opinião e apresentando
propostas em relação às questões
do país e sobretudo do distrito.
Não vou obviamente pormenorizar como é que isto se faz,
tenho ideias mas isso, como
compreende, só apresentarei
na Moção e no Congresso.
J.C. – Vai ser um verão animado…
J.F. – Vai e de facto eu tinha
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DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014
pensado precisamente o contrário. Pensava que este mês de
Agosto, ao contrário de outros
em que antes ou depois houve eleições, iria ser mais calmo em termos de atividade,
mas afinal enganei-me.
A agitação é enorme, a solicitação de intervenção política surge de todos os lados e
este desafio da minha candidatura obviamente me irá absorver a totalidade do tempo.
Embora o mês não seja o melhor e as pessoas não estejam
para nos “aturar”, vou fazer
este trabalho com muito empenho e com muita vontade. Vou
tentar montar um sistema que
não seja maçador para os militantes mas que seja capaz de
fazer chegar a minha mensagem, a minha opinião e pensamento sobre estas coisas.
J.C. – Vamos agora falar
da situação do partido a nível nacional. Como vê toda
esta agitação à volta do PS?
A existência de dois candidatos à liderança? E o seu
apoio a António José Seguro.
J.F. – Como é que eu vejo
tudo isto? Ora bem, se estivéssemos numa situação de
cumprimento das regras e dos
estatutos do partido para a disputa de liderança, acharia normal. Mas a verdade é que nós
não estamos em condições normais. O país não está numa situação normal, os desafios que
Portugal tem não são normais
e nem mesmo é normal o timing deste processo eleitoral
dentro do partido.
No contexto destas “anormalidades” eu sinceramente vejo
esta situação interna de agitação no partido com muita preocupação .
Porquê? Porque embora seja
salutar discutir opiniões e testar disponibilidades, acho que
o devemos fazer com um grau
de elevada exigência nos procedimentos e no debate interno . Se nós não fizermos uma
paragem na conflitualidade e
na tensão interna, se não nos
virarmos todos para a organização de umas primárias com
dignidade, elevação e forte participação, onde se aceitem os
resultados para logo a seguir
“prosseguir o caminho”, se assim não acontecer, então acho
que ninguém mais vai perceber o Partido Socialista. Ninguém mais vai acreditar que o
PS pode ser a alternativa que
o país necessita para combater e alterar uma série de decisões erradas que o atual Gover-
no tem posto em prática.
Em suma, no contexto especifico que estamos a viver, estou
seriamente preocupado.
J.C. – Acha que este não era
portanto o momento certo para
este tipo de divisão dentro do
partido?
J.F. - Sinceramente não.
J.C. – Considera a candidatura de António Costa extemporânea?
J.F. – Ora bem o António Costa é um militante do Partido Socialista que é inquestionável no
que diz respeito à sua qualidade, experiência e preparação.
O seu currículo e o seu percurso são a prova disso mesmo.
Mas não é a competência do
camarada António Costa que
está em causa. É uma pessoa
que respeito embora de quem
não tenha a mesma proximidade que tenho com António José
Seguro. Costa é um quadro com
grande importância no processo de construção das respostas que o PS tem que efetivamente apresentar aos eleitores.
Agora o momento em que isto
foi feito e a forma como o processo foi iniciado é que me provocou discordância.
A minha proximidade com o
atual Secretario Geral do partido é de longa data por força de percursos que se cruzaram por diversas vezes na vida
política e por isso eu alicerço
essa minha proximidade com
o António José Seguro sobretudo na base desse relacionamento pessoal.
J.C. – O que acha que deve
ser feito para ultrapassar esta
situação de agitação interna
do partido?
J.F. – Eu acho que o PS tem
rapidamente que esclarecer a
situação e resolver este problema e partir para um processo
de reunião de todas as sensibilidades e preparar-se para as
eleições legislativas que são
daqui a menos de um ano.
Em suma nós temos rapidamente que arrumar a casa e
naturalmente aceitar, sem turbulências internas, aquilo que
forem os resultados da consulta das primárias. Sem contestações ou impugnações de resultados porque se o fizermos,
penso que o partido entrará num
processo de implosão que pode
ser gravíssimo e irrecuperável
Em suma acho que depois da
escolha, quer António José Se-
guro, quer António Costa poderão ser excelentes líderes do
PS. E isto sinceramente não é
estar nas meias tintas, é a realidade dos factos e a elevada qualidade dos protagonistas que o garantem.
J.C. Seja qual for o escolhido o partido fica em boas
mãos é isso?
J.F. – Não tenho a menor dúvida, o partido ficará bem entregue. Mas o partido tem que
ter a consciência de que depois de desenvolver este processo de debate interno, tem
que muito rapidamente sarar
as feridas e unir-se à volta do
candidato que for escolhido.
Julgo que é fundamental haver serenidade em todo o processo, todas as opiniões são
respeitáveis e eu não estarei
disponível para agitar mais as
águas, nem agravar tensões.
Eu terei a posição que a minha
consciência e sentimentos ditarem mas, como candidato à
liderança da Federação Distrital, embora não deixando de
ter opinião neste processo, tenho noção que não posso, não
devo e não quero ser um candidato de fação.
J.C. – Está confiante na sua
eleição?
J.F. – Sinceramente e apesar
de não ser, por norma, muito otimista, estou confiante. O
processo, como há pouco lhe
dizia, foi feito de uma forma
muito transparente e responsável . Não houve aqui nenhuma entrada fora de tempo, o timing da disputa é o
normal e eu limitei-me a mostrar a minha disponibilidade
e a apresentar-me candidato
à Federação.
Fruto na minha experiência
partidária, tenho a plena convicção de que posso ser útil ao
Partido Socialista na sua liderança distrital. Estou sinceramente confiante porque tenho
apoios declarados de muitos
militantes.
Tivemos ao longo dos anos
pessoas que desenvolveram
um bom trabalho à frente
do partido, ex-autarcas, atuais autarcas, mas acho que há
uma certa vontade de quebrar
com este ciclo do nosso funcionamento, do nosso aparelho e do nosso sistema interno. Eu gostava sinceramente
de protagonizar esse processo de abertura e modernização do funcionamento do PS
de Viana do Castelo.
Jovens atletas
do SCC com
“excelente”
participação
no campeonato
nacional
Perto de duas dezenas de
atletas do Sporting Club Caminhense (SCC) participaram nos passados dias 12 e
13 de Julho, no Campeonato Nacional de Iniciados que
se realizou em Montemor.
Apesar dos poucos meses
de treino, cerca de 3, os jovens atletas fizeram uma excelente prestação, como referiu ao Jornal C Jofre Pinto,
um dos responsáveis pelas
camadas de formação do clube, cargo que divide com
João Afonso.
“Foi uma prestação quanto a mim muito positiva na
medida em que o SCC há
muito que não levava miúdos às regatas. O SCC não
tinha miúdos que soubessem
remar e quando eu assumi
este cargo disse que um dos
meus objetivos era precisamente ensinar os jovens a remar à SCC. O clube estava a
perder a mística das camadas jovens e neste momento, com estes atletas, estamos a conseguir recuperar
essa mesma mística”.
Segundo Jofre Pinto é muito importante investir nas camadas jovens “na medida em
que elas são o garante do futuro do clube.
Relativamente aos resultados obtidos no Campeonato
Jofre Pinto explica que eles
superaram as expetativas, “estiveram muito acima do que
esperávamos”, sublinhou.
Neste momento o SCC tem
cerca de duas dezenas de jovens atletas a praticar remo,
jovens que só estão a treinar
há 3 meses mas que são já
uma promessa.
“Repare que nós só tivemos
3 meses para os treinar. A
maioria dos miúdos não sabia sentar-se no barco, pegar
no remo ou se cruzavam com
a esquerda ou com a direita. Felizmente conseguimos
leva-los ao nacional e posso
dizer-lhe que fomos agraciados por todos por finalmente conseguirmos levar jovens
a competir. Isso para mim é
muito importante, mais do
que trazer medalhas”, sublinha o responsável.
Para Jofre Pinto nestes escalões mais jovens, “mais importante do que conquistar
títulos é aprender a remar porque se eles forem uns bons
remadores irão certamente conquistar medalhas nos
escalões superiores”.
No entanto a participação em
provas e campeonatos é “extremamente importante porque dessa forma os jovens
podem testar o que aprenderam”, acrescenta o treinador.
Os jovens do SCC participaram pela primeira vez num
campeonato e encheram de
orgulho os treinadores que
fazem questão de agradecer
também aos pais toda a colaboração prestada.
“Sem eles este trabalho e estes resultados nunca seriam
possíveis e por isso temos que
lhes agradecer.
O espírito do Caminhense
“está de volta” garante Jofre
Pinto, que vê nestes jovens
atletas e noutros que se possam captar, o futuro do clube.
“Se nós continuarmos à frente das camadas jovens tanto
eu como o João Afonso temos
perspectivas para a próxima
época. Queremos desenvolver
um trabalho muito mais vasto, trabalhar com as escolas
e, se assim for, no próximo
campeonato, em vez de levarmos 19 atletas, podemos
levar meia centena de atletas ou mais”.
Se continuar no cargo, Jofre Pinto quer começar já em
Setembro a treinar os jovens
sem prejuízo dos seus estudos.
“Estamos a falar de um desporto perfeitamente compatível com a atividade escolar.
Para ter uma ideia nós temos
JORNAL
DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014
Cães atacam
idosa em Moledo
Já se encontra em recuperação a idosa que na passada
semana foi atacada por dois cães, um deles arraçado de
pilbull, numa rua da freguesia de Moledo.
A mulher, de 85 anos, circulava perto de sua casa quando foi surpreendida por dois cães que a atacaram na
zona da cabeça e do pescoço ferindo-a com gravidade.
Transportada para o Hospital de Viana do Castelo a
senhora foi submetida a uma intervenção cirúrgica.
Delfim Moreira, filho da vitima, disse ao Jornal C que
a mãe tinha ficado bastante mal tratada.
“Ficou bastante rasgada na zona do crânio, pescoço e membros e na idade dela estes ferimentos podem
ser complicados. Neste momento ela está no hospital
de Viana em observações, à espera para ser operada”.
Segundo Delfim Moreira não foi a primeira vez que
aqueles cães atacaram pessoas.
“Eu tive conhecimento que isso já aconteceu mais vezes embora com menos gravidade. Os cães andam soltos na via pública sem qualquer proteção e depois acontecem situações como esta. Inclusive tenho uma pessoa
da minha família que também foi atacada”.
Os cães foram entretanto recolhidos e transportados
para o canil intermunicipal de Ponte de Lima.
Estádio Morber
assaltado por jovens
uma atleta, a Mafalda Almeida,
que apara além de ser uma excelente remadora, é uma aluna
de 4 e 5. Isto prova que o remo
é de facto um desporto muito
completo”.
Jofre Pinto aproveitou para
agradecer a todas as pessoas e
entidades que tornaram possível a participação dos Jovens
atletas nesta competição. “Nomeadamente à Luísa Esteves e
à sua mãe que cozinhou e em- Resultados:
prestou uma carrinha para transporte de material. Tudo isto foi 2x Infantis - Leonardo Marum trabalho de equipa que nós
temos que enaltecer e agrade- tins e José Fernandes 4º lugar
(17 participantes)
cer”, sustentou.
1x Iniciado F - Mafalda Almeida 5º lugar (12 participantes)
1x Iniciado M – Leonardo Gomes 10º lugar (28 participações)
2x Iniciado F – Raquel Simões e Marta Brito 2º na Final (5 participantes)
2x Iniciado M – Claudio Martins e João Peres 1º na Final B
(17 participantes)
4x Juvenil M – Rafael Gonçalves; Daniel Sobral; João Lima e
João Mina 4º (13 participantes
1x Juvenil M – André Silva
13º (30 participantes)
2x Juvenil F – Rita Silva e
Adriana Guerreiro 5º (10 participantes)
4x Juvenil M – António Bezerra, Eduardo Gonçalves; Valentim Veiga e Pedro Mina 5º
lugar (12 participantes).
Já foram localizados os quatro indivíduos sobre quem
recai a suspeita de serem os autores de um assalto às
instalações do Atlético Clube de Caminha, no Estádio
Municipal Morber, localizado na mata nacional do Camarido. Os jovens, três homens e uma mulher, com idades entre os 17 e os 22 anos, são naturais de Vila Praia
de Âncora e de Viana do Castelo.
Segundo fonte da GNR, os indivíduos terão entrado
dentro do estádio na madrugada de quinta-feira por uma
das janelas que dá acesso à sala de troféus do Atlético
Clube de Caminha.
Desta passaram para o bar e foi aí de onde levaram
vários objetos. Ainda não é conhecido o valor do montante roubado nem dos prejuízos provocados.
As autoridades intercetaram os quatro jovens por volta das 5h30 do dia 10 na zona da Amorosa, em Viana do Castelo. Depois de revistarem o carro em que se deslocavam,
detetaram alguns objetos do clube e alguns gramas de
droga: haxixe.
ANCORENSIS TEM
NOVA DIREÇÃO
A Ancorensis, Cooperativa de Ensino, realizou no
passado dia 16 de junho eleições para os Órgãos Sociais daquele estabelecimento de ensino
Assim, para o triénio 2014-2016, foi eleita a lista
composta pelos seguintes elementos:
Assembleia-geral - Presidente: João Manuel Vilas;
Vice-presidente: Adélia Moreira Dantas Rio; Secretário: Maria Goreti Ranhada Fernandes.
Direção - Presidente: Octávio Luís Presa Pinheiro; Secretário: Maria Isabel Rodrigues Cerqueira Fernandes
Seco da Fonte; Tesoureiro: Maria Celeste Garrido Pais
de Sousa Taxa Araújo.
Conselho Fiscal - Presidente: Carlos de Jesus Moreira Cunha
No cumprimento do seu programa de ação, e com o
objetivo de melhor operacionalizar o funcionamento
das suas diversas vertentes, a Direção da Ancorensis
nomeou uma nova Direção Pedagógica, constituída
pelos seguintes elementos.
Diretor pedagógico: Teodoro Afonso da Fonte; Diretora pedagógica adjunta: Rosa Palmira Lomba Morais; Assessora pedagógica: Maria Celeste Pais de Sousa Taxa Araújo
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JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014
CAMI
Confraria de São
Bento avança com
“número record”
de peregrinos
Milhares de romeiros
assistiram no passado
dia 11 de Julho à Missa
Campal e Procissão
em honra de
São Bento.
A Confraria fala de
um “número record”
de peregrinos que
este ano assistiu às
cerimónias religiosas,
confirmando desta
forma a fé e devoção
a São Bento não
só por parte da
população local, mas
também de gente de
outros locais, inclusive
da vizinha Galiza.
José Emílio, membro da Confraria, garantiu ao Jornal C que
não se lembra de ter visto tanta gente a assistir às cerimónias como este ano.
“Eu creio que este é o record
de sempre. Com esta panorâmica que temos daqui de cima
eu atrevo-me a dizer que este
é sem dúvida o ano com mais
gente a assistir à missa campal”, assegurou.
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Milhares de devotos que no
final da missa acompanharam a
procissão que este ano contou
com a participação dos pescadores, um momento que José
Emílio fez questão de destacar.
“Os pescadores de Seixas estão de parabéns pelo trabalho
magnífico que tiveram a decorar
as suas embarcações. Deu um
brilho diferente e ainda maior
a esta procissão e acho que os
pescadores capricharam na sua
participação. Esta é uma tradição secular da nossa terra que
estava a morrer e graças à colaboração da comunidade piscatória, foi possível resgatar”.
Relativamente às novidades
introduzidas este ano José Emílio considera que resultaram
muito bem.
“Tivemos sempre casa cheia
todos os dias. A festa iniciouse no dia 5 com um encontro
de Coros que decorreu na Capela. Foi um espetáculo muito bonito que encheu a capela.
Na quinta-feira, dia 10, tivemos a Banda do Rosal a atuar
aqui no largo com o seu coral.
Foi um magnifico espetáculo.
Depois dedicamos também um
dia ao Folclore porque consideramos ser importante preservar as nossas raízes e tradições.
No sábado terminámos em
grande com o conjunto Roconorte que proporcionou um
espetáculo magnífico. O Largo esteve sempre cheio e isso
para nós é muito gratificante”,
explica.
A Romaria de São Bento promete voltar para o ano renovada
mas sem esquecer a tradição.
JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014
INHA
Meio dia de fogo e entrada
da banda marcam início
DA ROMARIA DE SÃO BENTO
À porta da capela de São Bento algumas centenas de romeiros e devotos daquele santo
aguardam a entrada da banda de música que durante a
tarde vai animar a Romaria.
No ar ouvem-se estalar os
foguetes do tradicional meio
dia de fogo. Quanto mais barulho melhor, para que as freguesias vizinhas percebam que
a festa vai ser boa.
“Antigamente dizia-se que
uma festa era melhor ou pior
consoante a quantidade de fogo
que se deitava”, conta-nos um
seixense que, tal como muitos
outros, desceu ao Largo para
assistir ao meio dia de fogo.
Mas afinal o que leva tanta
gente ao largo para ouvir o es-
talar dos foguetes? “Não sei, é
uma tradição. Já no tempo dos
meus pais era assim. Vinha-se
para baixo antes do meio-dia
e ali ficávamos junto à estrada
nacional a ver as bombas estoirar junto ao cemitério. A seguir lá íamos para o largo ver
a entrada das bandas de música conduzidas pelo pai do Rogério que fumava aquele grande charuto. Era um momento
especial”, conta-nos este seixense que prefere não divulgar o nome.
Este ano a tradição voltou
uma vez mais a cumprir-se e
embora com menos gente do
que noutros tempos, ainda foram muitos os que ali se dirigiram para assistir a um dos
primeiros grandes momentos
desta Romaria.
No interior da capela pagamse promessas, fazem-se pedidos
e reza-se ao santo. Sentada num
dos bancos da capela, Maria
de Fátima Santos “confessa”
a sua devoção pelo São Bentinho que garante fazer muitos milagres.
“Adoro São Bento. É um verdadeiro vizinho e um protetor que nós temos muito querido. É o nosso São Bentinho a
quem pedimos muitas graças”.
Tal como muitos também Maria já recorreu à proteção deste santo que todos os anos é
visitado por milhares de peregrinos.
“Há muita gente que vem aqui
pedir proteção a São Bento e
ajuda para momentos mais difíceis. Eu, por exemplo, neste momento estou a pedir-lhe
ajuda”.
As novenas são outra das
grandes manifestações de fé
em São Bento, explica Maria Santos.
“Vêm pessoas de todo o lado,
algumas vêm a pé. Eu acho que
este ano foram muitas porque
a capela esteve sempre cheia
até à porta”.
Por esta altura veêm-se caras menos conhecidas, “pessoas de Seixas mas que estão
a viver em Lisboa ou no estrangeiros e que por altura da
festa aproveitam para rever a
família e os amigos”.
Fomos descobrir algumas dessas pessoas. Fernanda Pereira nasceu em Lisboa mas as
suas origens estão todas em
Seixas. “Os meus avós eram
de cá, os meus pais também
e eu desde pequenina que me
habituei a vir ao São Bento.
Atualmente já sou avó e sempre que podemos não falhamos esta festa”.
A vinda de Fernanda Pereira
a Seixas por esta altura tem
muito de fé, mas também é
uma homenagem aos pais.
“Principalmente ao meu pai
que gostava e tinha muita fé
em São Bento. Ele fazia questão de estar sempre presente
na altura da festa e eu faço-o
por ele e também por mim”.
A fé a São Bento está no coração desta seixense, uma fé
que faz questão de dividir com
Santo António de Lisboa. “Chega para os dois”, garante
Fernanda Pereira conta que
quando a filha esteve grávida teve necessidade de recorrer à proteção de São Bento
“e correu tudo bem. A partir
desse momento venho sempre à procissão”.
De Lisboa para assistir à romaria veio também Orlando
Vieira, mais um filho da terra a viver há muitos anos na
capital.
“Todos os aos, sempre que
posso, venho ao São Bento.
É uma tradição que gosto de
cumprir porque acho que é
uma festa muito interessante e muito bonita”.
A despedida da banda na capela é o momento mais apreciado por este seixense.
“Para mim é um momento
magnífico e um dos mais interessantes desta festa. Destaco este, mas também gosto
dos outros. São momentos que
me fazem recordar a minha
infância onde eu vivia tudo
isto com muita intensidade”.
Com o passar dos anos Orlando Vieira admite que algumas coisas mudaram na festa
“mas basicamente o mais importante mantem-se. As barra-
cas continuam a encher o Largo e ainda se vendem aqueles
assobios de barro que nós em
pequenos tanto gostávamos.
Achei muito curioso que ao fim
destes anos ainda seja possível encontrar estas pequenas
coisas que guardamos na nossa memória”, explica.
Como muitos outros, também Orlando Vieira admite
já ter recorrido à proteção de
São Bento em momentos menos bons da vida. “Acho que
isso é transversal a todos os
filhos da terra”.
O foguetório já terminou e ao
longe já se ouvem os acordes
da Banda. Este ano só houve
uma porque a Confraria decidiu apostar num formato diferente, como explicou ao Jornal C Rui Ramalhosa.
“Este ano decidimos fazer
algo diferente e em vez de
apostarmos na atuação de duas
bandas durante o dia, decidimos deixar uma a atuar durante a tarde e uma outra à noite. Vamos ver como corre”.
Correu bem e à noite o largo
encheu-se para ouvir a Banda
do Rosal que com os seus 80
componentes proporcionou um
espetáculo “brilhante”.
A acompanhar o maestro da
Banda de Lanhelas vem, como
não podia deixar de ser, o Rogério Cacais com o seu charuto
gigante. À chegada à porta da
Capela fazem-se os tradicionais cumprimentos, a banda
toca e assim se cumpre mais
uma tradição desta festa, a primeira grande romaria do concelho de Caminha.
Antes de regressar a casa ainda há tempo para passar na
tendinha da Tia Maria e levar
para casa as tradicionais roscas, papudos, doce sortido e
para quem tem bons dentes,
a grade, que só aparece por
esta altura. São os doces tradicionais da Romaria.
Mas para casa não vão só os
doces, vão também os alhos de
São Bento que, garantem as
vendedoras que vêm dos lados
de Viana, duram o ano inteiro
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JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014
Pescadores de Seixas
homenageados na
Romaria de São Bento
Uma homenagem
“singela” mas
“muito sentida”
aos pescadores
da freguesia, foi um
dos momentos altos
da Romaria de São
Beto que se realizou
na freguesia de
Seixas de 10 a
14 de Julho.
A confraria lançou
o desafio para que a
comunidade piscatória
local se envolvesse
nas festividades,
recuperando assim
uma antiga tradição
de enfeitarem as suas
embarcações.
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O Jornal C acompanhou os
preparativos junto ao ancoradouro entre o cais de São
Bento e São Sebastião.
O entusiasmo era evidente
e mesmo aqueles que a principio se mostraram mais relutantes, acabaram por dizer
“sim” e no dia seguinte lá estavam as embarcações embandeiradas a acompanhar a
procissão no seu derradeiro
percurso junto ao rio.
“Foi bonito de se ver” comentava a maioria. Alguns
ainda se lembravam de ver,
há muitos anos atrás, os barcos enfeitados por esta altura.
António Cacais, um dos pescadores que fez questão de
participar na iniciativa, ainda se lembra de ver o barco
do pai engalanado por altu-
ra do São Bento. “O do meu
pai e de muitos outros pescadores. É uma tradição que já
tem muitos anos mas que ultimamente deixou de se praticar”, recorda.
António Cacais diz ter uma
grande “orgulho” em participar e dedicou a sua participação aos pescadores já
falecidos.
Devoto de Sâo Bento, este
pescador considerou o desafio
lançado pela Confraria “uma
proposta muito bonita” e por
isso desafiou os pescadores
que não participaram, a fazerem-no para o ano.
Aurélio Rego, outro dos pescadores que aderiu, considera que para o ano o envolvimento dos pescadores pode
ir ainda mais longe.
“Nós gostávamos que São
Bento pudesse entrar numa
das embarcações e a bênção,
em vez de ser feita em terra, pudesse ser feita no barco de um pescador sorteado
para o efeito. Era uma iniciativa bonita que eu já propus à Confraria. É evidente
que isso tem que ser pensado com algum tempo. Vamos ver se para o ano isso
é possível”.
Ilídio Pita, que também se
encontrava no ancoradouro a
enfeitar o barco, considerou
a iniciativa “uma boa ideia”
e por isso também decidiu
participar. “Acho que se deve
melhorar e esta ideia de recuperar uma tradição antiga
parece-me muito interessante. É o primeiro ano que es-
tamos a participar e acredito que para o ano que vem
vai ser muito melhor”.
Como forma de incentivo
a Confraria decidiu realizar
uma espécie de concurso para
escolher qual a embarcação
mais original.
Na sexta-feira à tarde a Confraria, acompanhada da Banda de Lanhelas, desceu ao
cais para anunciar os vencedores do concurso.
Rui Ramalhosa, presidente da Confraria de São Bento, agradeceu a colaboração
dos pescadores que tornaram
possível reativar uma tradição que estava um pouco esquecida.
“A vossa participação só
veio engradecer ainda mais
a procissão. Obrigada, vocês
estão de parabéns pelo excelente trabalho e empenhamento que tiveram”, frisou.
Tal como estava previsto foram distinguidas 3 embarcações e a todos foi distribuído
um prémio de participação.
O primeiro lugar foi atribuído à embarcação de Aurélio
Rego, considera pelo júri a
mais original. Para além de
enfeitar o barco com as tradicionais bandeiras e um cartaz de São Bento, este pescador fez também questão de
mostrar alguns dos produtos pescados e transformados de forma artesanal pelos
pescadores, como é o caso
do peixe seco, da solha e da
lampreia seca. “O que fiz foi
criar uma espécie de fumeiro para mostrar às pessoas os
peixes que são pescados pelos pescadores do rio Minho,
produtos que podem ser consumidos frescos ou secos”,
explicou.
No próximo ano os pescadores prometem voltar ainda
com mais força e para isso
vão reunir brevemente com a
Confraria no sentido de, em
conjunto, definirem estratégias para a próxima romaria..
JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014
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JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014
VILA NOVA DE CERVEIRA
Começou por ser
uma iniciativa em que
o objetivo era cobrir
3 ou 4 troncos de árvore
no centro da vila mas, o
“Crochet sai à Vila”, um
desafio lançado pela Câmara
de Cerveira à população,
instituições e comerciantes,
depressa se tornou viral,
invadindo ruas e praças
da vila. Árvores, edifícios
públicos, habitações,
monumentos, candeeiros,
postes de eletricidade
e sinais de trânsito, são
poucos os locais da vila
onde a presença do
“crochet”, essa arte que
parece querer ressurgir
dos baús das avós,
não se faz notar.
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DISTRITOCERVEIRA
Croc
“uma moda viral” Q
E PRAÇAS DE Vila No
O contágio foi galopante e tem vindo a crescer de forma exponencial e
neste momento é possível dizer que
Cerveira está vestida de crochet.
Inserido no evento da BIA – Artes e
Ofícios Tradicionais, ‘O Crochet Sai
à Rua’ visa promover Vila Nova de
Cerveira como ‘Vila das Artes’ através da arte secular do crochet, para
além de sensibilizar os participantes e visitantes para a preservação
desta tradição.
A concretização deste projeto resultou de uma “efusiva” colaboração de algumas entidades do concelho, como é o caso dos centros de
dia das IPSS do concelho, o Lar Maria Luísa, a Unisénior, a Casa do Artesão e o comércio local.
A população também aderiu e poucas
são as janelas ou varandas das habitações do centro histórico onde a presença da iniciativa não se faz sentir.
Fernando Nogueira, presidente da Câmara de Cerveira, explicou ao Jornal
C que está foi uma iniciativa lançada pelo Turismo de Cerveira. “Numa
primeira fase era para ser uma ideia
mais localizada, apenas para enfeitar
o centro histórico da vila, mas rapidamente tornou-se numa moda viral,
tal foi o entusiasmo quer dos funcionários, comerciantes e comunidade
em geral”.
Um envolvimento e entusiasmo que
o presidente da autarquia cerveirense faz questão de salientar e sem o
qual o resultado não seria certamente o que está à vista.
“Estamos perante uma iniciativa que
tem vindo a crescer de dia para dia e
que temos a certeza que não vai parar por aqui”, assegurou.
O balanço da iniciativa, que se realiza este ano pela primeira vez, é portanto muito positivo como fez questão de notar.
“É uma balanço muito positivo e uma
iniciativa que certamente Vila Nova
de Cerveira não vai deixar perder no
futuro. É uma experiência a repetir
e que queremos agarrar não só pelo
entusiasmo que suscitou na população, mas também pelo respeito pela
sua colaboração”, sublinhou.
Reabilitar uma iniciativa com mais
de 30 anos, dedicada às artes e ofícios é o objetivo da BIA, um projeto
que pretende ser uma alternativa aos
anos em que a Bienal Internacional
de Arte não se realiza.
“Por enquanto acho que ainda não
lhe podemos chamar Bienal de Artes
e Ofícios, no entanto não quer dizer
que de futuro isso não possa acontecer. Neste momento é apenas uma
mostra de artes e ofícios tradicionais”,
apontou.
A Câmara Municipal disponibilizou
o material para a confecção das peças,
planificando o que cada grupo ficaria
encarregue de ornamentar, de modo
a criar uma sequência de material e
cores para cada espaço.
“Uma arte nobre” é como Fernando
Nogueira considera o “crochet”, “uma
arte que já era dos nossos avós e bisavós e que parece estar a querer ressurgir”, garante o presidente da Câmara de Cerveira.
Associado ao ‘O Crochet Sai à Rua’
está ainda a organização de um Desfile de Moda em crochet, no próximo
dia 14 de agosto, com peças de vestuário e assessórios criadas para o efeito. O ‘Cerveira Fashion em Crochet’
vai decorrer em frente à Câmara Municipal e integra um desfile, um show
de penteados e ainda uma intervenção
artística com a pintura ao vivo de um
corpo de modelo, para além de muita
música, dança e teatro.
Manuela Duro, funcionaria do Turismo de Cerveira e uma das grandes
entusiastas deste projeto, ao qual se
entregou de corpo e alma nas últimas
semanas, explicou ao Jornal C que ao
princípio a ideia era enfeitar meia dúzia de árvores e o edifício da câmara, mas depois tudo se multiplicou.
“Olhe isto funcionou como um vírus. Nós a principio tínhamos pensado enfeitar alguns troncos de árvores,
o edifício da câmara e o do turismo
JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014
chet
QUE INVADE RUAS
ova de Cerveira
e nada mais. Agora é o que se vê, foi
alargando, alargando, a comunidade
começou a aderir, o comércio também e neste momento a vila está cheia
de crochet”.
Desde Março que as agulhas não param em Vila Nova de Cerveira, um
trabalho que se intensificou um pouco mais nas últimas semanas como
revela Manuela Duro.
“A ideia foi lançada em março, começamos a trabalhar em Abril mas
em pequena escala e nas últimas semanas a comunidade envolveu-se e o
trabalho intensificou bastante”.
Mas desenganem-se aqueles que
pensam que só os mais velhos adeririam à iniciativa, segundo a funcionaria do Turismo os jovens também
se envolveram neste projeto e para
alguns foi mesmo uma oportunidade
para aprenderem uma arte que parecia estar adormecida.
“Os que não sabiam foram aprendendo e muitos ainda estão a aprender
porque isto é um evento que come-
çou agora mas que vai ter continuidade durante todo o verão”.
Manuela Duro aproveitou para dar
os parabéns a toda a comunidade pela
forma “apaixonada” como agarraram
este projeto. “Estão todos de parabéns porque com a ajuda de todos
foi possível pôr a vila impecável, esta
muito linda”.
A reação dos visitantes não podia ser
melhor, garante entusiasmada Manuela
Duro. “As pessoas estão a adorar. Param para tirar fotografias, fazem perguntas e aplaudem a iniciativa” garante.
Maria Lemos Costa é outra das fãs
desta iniciativa na qual tem participado ativamente. Faz crochet desde
os seis anos e neste momento está a
preparar uma série de modelos que
irão ser apresentados no ‘Cerveira
Fashion em Crochet’.
“Mal soube desta iniciativa fui logo
ao turismo falar com a Manuela que
me convidou para participar e ajudar
a coordenar o evento, um desafio que
aceitei de imediato”.
Para Maria Lemos o trabalho da população e da comunidade cerveirense “é notável e sem ele este resultado não teria sido possível”, garante.
Até 14 de agosto esta amante do crochet vai estar muito ocupada a confeccionar os modelos que irão ser
apresentados no desfile, uma moda
que parece estar a querer ressurgir
segundo explica.
“Eu acho que o crochet está outra
vez na moda. Cada vez se nota mais
que as pessoas optam por fazer coisas pelas suas próprias mãos em casa
porque a economia também se alterou. As pessoas têm menos dinheiro
para comprar e por isso optam por
confeccionar as suas próprias peças
de vestuário”.
A curiosidade dos mais novos é algo
que Maria Lemos salienta. “Nota-se
um crescimento muito grande do interesse dos jovens pelo artesanato e
o crochet não é exceção”, garante.
Segundo Maria Lemos através do
crochet é possível confeccionar uma
infindável quantidade de peças. “É
possível fazer quase tudo, desde ponchos, saias, topes, calções, biquínis,
vestidos e até bijuteria”.
Aplicar o crochet noutros materiais
é outra das propostas, tudo para conferir no desfile do próximo dia 14 de
agosto, pelas 22 horas.
Comerciantes
aderem à
iniciativa
Poucos são os estabelecimentos da
vila que não aderiram à moda do crochet. Guarda-sóis, arranjos nas esplanadas ou mesmo uma fatiota a rigor,
tudo serve para assinalar a inicitiva.
“Temos que aderir porque é uma iniciativa é muito engraçada que desperta curiosidade nas pessoas”, explica
a proprietária de um dos restaurantes da vila que decorou a fachada do
estabelecimento a rigor.
Na praça principal da vila, num dos
cafés ali existentes, os funcionários
estão vestidos a rigor. Coletes feitos em crochet assinalam a iniciativa
que Vila Nova de Cerveira abraçou e
que por estes dias tem dado que falar, principalmente nas redes sociais.
Cerveira e Tomiño
partilham lugares de
estacionamento gratuito
O município de Vila Nova de Cerveira já tem a funcionar, desde o
passado dia 15 de Julho, um sistema de estacionamento gratuito comum a Tomiño, na Galiza, potenciando uma maior mobilidade.
O dístico-horário foi apresentado
em Vila Nova de Cerveira, numa
conferência de imprensa promovida pelos dois autarcas, no âmbito
da Carta da Amizade.?
Numa fase inicial, este “novo conceito” vai disponibilizar cerca de
40 lugares de estacionamento distribuídos por três ruas do centro urbano cerveirense – Praça Alto Minho, Praça D. Dinis e Rua 25 de
Abril. O objetivo passa por conferir uma maior rotatividade a toda a
zona histórica, facilitando o estacionamento pontual dos automobilistas e promovendo o tecido comercial existente.?
Na prática, o dístico, já em vigor
há algum tempo em Tomiño com
cerca de 100 lugares de estacionamento, permite a qualquer portador
usufruir de mais possibilidades de
estacionamento ‘à porta’ dos estabelecimentos comerciais e de outros fornecedores de serviços, por
um período limitado de uma hora
ou hora e meia, totalmente gratuito
em dias úteis, entre as 08h00 e as
19h00. A introdução deste sistema
vai implicar algumas obras pontuais
para sinalizar os locais de utilização
exclusiva dos portadores do dístico.
Durante a apresentação deste dispositivo de rotatividade, o presidente
da Câmara Municipal de Vila Nova
de Cerveira ressalvou que o estacionamento no concelho vai continuar
a ser gratuito, lembrando que não
existem quaisquer problemas de estacionamento prolongado, dispon-
do a vila de um local privilegiado
– Praça da Galiza – que comporta
uma capacidade para 400 viaturas,
localizado a cinco minutos a pé do
centro da vila.
A adoção desta modalidade permite a existência de lugares de estacionamento pontual junto ao comércio durante todo o dia.?
Partilhar o sistema de Tomiño serve, segundo Fernando Nogueira, para
criar melhores condições de mobilidade no casco histórico, cenário reclamado há algum tempo. “Acredito que esta medida vai ser sucesso,
convencendo utilizadores passivos
e ativos, e que até pode ser agilizada, no futuro, entre outros municípios, constituindo-se como uma boa
aposta de cooperação transfronteiriça”, disse.?
A alcaldesa de Tomiño partilhou a
experiência da introdução do dístico
no concelho galego, confirmando uma
boa recetividade e a existência de pedidos de alargamento desta medida
a outras zonas comerciais.?Sandra
Gonzalez não tem dúvidas de que
a dinâmica de estacionamento das
duas vilas é muito similar, pelo que
a rotatividade pretendida vai ser bem
conseguida. “Quando assinamos a
Carta da Amizade, o objetivo era conferir-lhe um caráter iminentemente
prático, fazer projetos e coisas reais, e não apenas filosofia. E este
é mais um exemplo”, assegurou.?
O dístico, redigido em apenas uma
língua, será de fornecimento gratuito e servirá os dois municípios, sendo identificado com o logotipo de
Cerveira-Tomiño. Vai estar disponível para aquisição nos diversos
estabelecimentos comerciais e de
serviços, Câmara Municipal, entre
outros espaços.
|17
JORNAL
DESPORTOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014
CAMINHA
No passado fim de semana, 19 e 20 de julho, decorreu
em Moledo a segunda Edição do Moledo Windsurf&SUP
Festival.
Apesar das condições atmosféricas adversas durante
o dia de sexta feira e de sábado, que obrigaram a organização da Escola Lalo&Wind a alterar o programa do
Moledo Windsurf&SUP Festival de 2014, tudo decorreu da melhor forma, contando com a presença de aproximadamente 40 atletas que disputaram as duas classes
da Minho SUP Race.
O percurso escolhido para a Minho SUP Race foi muito
apreciado e elogiado por todos os atletas que estiveram
presentes durante todo o dia, tendo aproveitado, ainda,
as atividades lúdicas para experimentar o material das
diversas marcas/lojas/escolas de todo o País e da Galiza.
A Minho SUP Race, Prova do Circuito Nacional de
Stand Up Paddle Surf, teve início no cais entre pontes
de Caminha e terminou na beirada do rio Minho, em Lanhelas. A prova contou com duas classes de competição:
a Classe All Around, cujo percurso era de 6km, tendo
como local de partida o cais entre pontes de Caminha e
de chegada a acolhedora freguesia de Lanhelas, fazendo no seu decorrer, um circuito entre duas ilhas ao longo do rio Minho; já a Classe Pro, contou com um acréscimo de 4 km no rio Coura, sendo que o restante circuito
foi igual ao da Classe All Around, já referida.
Os primeiros lugares da Classe Pro foram alcançados pelo
português José Cirilo e pela espanhola Marta Salaberri.
Na Classe All Around os primeiros lugares do pódio
foram alcançados pelo Edgar Ezequiel e pela atleta da
casa Cláudia Figueiredo.
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Moledo recebeU
Windsurf&SUP Festival
JORNAL
DESPORTOCERVEIRA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014
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Decorreram, nos passados dias 12 e 13 de julho, em Montemor-o-Velho os campeonatos Nacionais do remo Jovem,
com a participação de 30 atletas da Associação Desportiva e
cultural da Juventude de cerveira, tendo a ADcJc conquistando diversos lugares no pódio.
No primeiro dia de regatas nacionais, sábado, a ADcJc participou com Benjamins, Infantis e Iniciados num total de 11
atletas, tendo obtido os seguintes resultados:
1x-BEN F. - Bárbara pereira - 4º lugar
1x-BEN M. - tomás Dias - 7º lugar
2x-INF. M. - rodrigo ramalhosa e Duarte Ferreira
1x-INF. M. - Eduardo pereira - 7º lugar
1x-INF. M. - tiago castro Fernandes - 4º lugar
1x-INF. F. - Beatriz Fernandes - 4º lugar
2x-INI. M. - Bruno Matos e João rocha - 11º lugar
1x-INI. M. - Gabriel Araújo
1x-INI. M. - José romeu - 4º lugar
De destacar que, nos escalões mais jovens, temos tido vários
quartos lugares, o que promete para o futuro
Já no Domingo, a ADcJc participou com as camadas juvenis e veteranos, com o total de 19 atletas, apresentando os seguintes resultados:
8+ JUV. M. - André Marques, Nuno Ferreira, David cerqueira, João carvalho, ruben paulo, José Machado, Nuno Gonçalves, rafael carvalho (tim.) – 1º lugar
2x-JUV. M. - João ávida e Bruno Duro
1x-JUV. M. - rafael carvalho
2x-JUV. F. - Márcia ribeiro e raquel oliveira - 9º lugar
1xJUV.F. - cláudia Figueiredo - 1º lugar
1xJUV.F. - Adriana Lages - 2º lugar
4+VEt. M. - Márcio Lopes, Excelso Malheiro, carlos cunha,
Ernesto costa, rafael carvalho (tIM) - 4º lugar
r UI raMaLHOSa
A Associação Desportiva e cultural da Juventude de
cerveira bateu mais um record nacional conquistando o 1º lugar com o 8+ juvenil masculino, no passado
dia 8 junho, em Melres, na XXXIV edição da regata
Internacional de Gondomar.
A ADcJc participou com 13 atletas: no 8+ juvenil
masculino - Davide cerqueira, pedro Gomes, André
Marques, João carvalho, ruben paulo, Bruno correia, Nuno Gonçalves, José Machado, t:rafael carvalho; e no 4x sénior masculino - Márcio Vieira, Filipe Melo, sérgio Barbosa e tiago ponte, tendo estes
últimos conquistado o 4º lugar.
No total, estiveram presentes na regata Internacional de Gondomar 21 clubes portugueses e espanhóis,
num total de 509 atletas.
o presidente da ADcJc, carlos Bouça, congratula-se
com os excelentes resultados alcançados, agradecendo
o esforço e dedicação de todos os seus jovens atletas
e técnicos, na defesa do clube de Vila Nova de cerveira. Em nome da ADcJc agradece, ainda, aos pais
dos atletas que acompanharam a prova e ao Município de Vila Nova de cerveira, pela cedência de transporte para a prova.
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De salientar que nos Juvenis, numa comitiva de 15 atletas, 11
foram medalhados com primeiros e segundos lugares.
o presidente da ADcJc, carlos Bouça, congratula-se com
os excelentes resultados alcançados, agradecendo o esforço e
dedicação de todos os seus jovens atletas e treinadores, na defesa do clube de Vila Nova de cerveira. Em nome da ADcJc
agradece, ainda, aos pais dos atletas que acompanharam a prova e ao Município de Vila Nova de cerveira, pela cedência de
transporte para a prova.
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JORNAL
CULTURACAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014
CAMINHA
José Roda - A proposta para o
SonicBlast surgiu durante uma
conversa com o Ricardo Rios,
ouviu um ensaio nosso e gostou. Já Vilar de Mouros foi por
iniciativa da produção do festival, que ouviu o que tínhamos e ao sermos também do
concelho, decidiram apostar.
Jornal Caminhense - Projectos para o futuro?
Marco Lima - Angariação de
fundos para edição do nosso
primeiro álbum em vinil e começar a promover o disco. Já
temos agendada um tournée
Galega e ainda estamos a fe-
char datas para Portugal. Encontramo-nos em contacto uma
editora alemã que se mostrou
interessada em promover o nosso trabalho.
Os Búfalo vão actuar três
vezes no mês de Agosto no
concelho de Caminha sendo
a primeira vez no Palco Secundário do Festival de Vilar de Mouros no dia 2. Marcam presença na quarta edição
do SonicBlast em Moledo do
Minho no dia 16 e voltam a
Vilar de Mouros para actuar
no Encontro Motard no sábado dia 23
Festival Sinsal
arranca hoje na
ilha de San Simón
Os Búfalo prometem agitar
os festivais do concelho
A banda Caminhense Búfalo promete surpreender o público nos festivais do concelho. Com um parco percurso,
contam com menos de quatro
meses de actividade, contudo
já estiveram em várias salas do
país, chegando mesmo a fazer
o Warm-Up do FIGAC. O Jornal Caminhense esteve à conversa com os quatro elementos
da banda: Marco Lima, José
Roda, Marco Mourão e Ricardo Pereira. Para desvendar um
pouco do que poderemos contar nos próximos concertos.
Jornal Caminhense - A formação da banda é composta por
quatro elementos que surgiram
de outras formações, como foi
o início da banda?
Marco Lima - A banda começou por uma conversa infor-
mal que eu tive com o Marco
Mourão, amigo de longa data
que fazia parte dos Seldom de
Vila Nova de Cerveira, e que
tinha vontade de continuar a
tocar. Como já tínhamos duas
guitarras, convidei o José Roda
para tocar baixo, elemento que
já fazia parte da banda que eu
tinha desde 2001 os Spincity.
E de mútuo acordo com ambos, convidamos o José Ribeiro para integrar este projecto.
Devido à indisponibilidade por
parte do José Ribeiro convidamos o Ricardo Pereira. E é esta
a formação actual da banda.
Jornal Caminhense - O primeiro concerto foi uma espécie de quinto ensaio, mas as
criticas foram muito positivas,
desde então a banda tem vindo a crescer, como tem sido
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essa receptividade por parte
do público?
Ricardo Pereira: O nosso primeiro concerto foi um convite
por parte João Alves, depois de
termos apresentado uma gravação do nosso primeiro ensaio. E foi uma coisa orgânica. Esse primeiro registo levou
a uma simpatia por parte do
João e fomos convidados a tocar logo no fim-de-semana seguinte. Foi uma coisa muito
rápida, o convite veio numa
terça-feira e fomos tocar no sábado seguinte. O nosso primeiro espectáculo foi inserido no
Warm-Up do FIGAC. E apesar de ser uma curta apresentação, foi acolhida com grande
entusiasmo por parte do público presente. E desde aí surgiram mais alguns convites com
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bandas nacionais e internacionais. E demos o nosso primeiro concerto internacional ao final de dois meses.
Jornal Caminhense - Para
quando está agendado a edição do primeiro álbum?
Marco Mourão: Neste momento estamos concentrados
em gravar o primeiro EP. Que
irá sair no mês de Agosto antes
do SonicBlast. Vai ser uma edição especial em suporte analógico com edição limitada a
cinquenta exemplares. Dedicada aos primeiros fãs da banda.
Jornal Caminhense - Ao final de pouco mais de quatro
meses de banda estão agendados dois concertos em festivais como o Vilar de Mouros
e o SonicBlast, como surgiram esses convites?
OCULISTA IDEAL
DE CAMINHA
José Augusto Fernandes Oliveira
( òptico desde 1967)
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Existe um conceito básico: “Três dias, um barco e água”.
Uma fórmula simples para um dos festivais de música mais
carismáticos da Galiza. O agora denominado SinSal Son
Estrella Galicia, é um evento que ocorre já neste fim-de-semana de Julho, mais concretamente nos dias 25, 26 e 27, na
ilha de San Simón, perto de Redondela, província de Pontevedra. O acesso tem de ser feito obrigatoriamente de barco, na compra do bilhete está incluída a viagem. A pequena
ilha transforma-se num espaço de lazer, onde a música forma parte integrante. O factor surpresa é o mote deste festival, isto é, o cartaz do evento não é anunciado, só à chegada do primeiro barco à ilha é que se torna publico os artistas
que irão actuar durante o dia. Mas isso é um factor acessório. Só a paisagem que a ilha proporciona e o facto de estarmos num dos locais mais paradisíacos da Galiza é mote mais
que suficiente para marcar presença no Sinsal San Simón. O
festival que teve noutras edições artistas como os ainda desconhecidos Alt—J, o inglês Denis Jones, os franceses Baden
Baden ou os já consagrados Triangulo de Amor Bizarro, fazem deste evento um local de referencia para descobertas
sonoras. Uma recomendação para o final de Julho que certamente irá surpreender a quem for assistir.
Miguel Estima
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JORNAL
DISTRITOCAMINHA
O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014
CAMINHA
Selva dos Animais Domésticos
promove Cãominhada
Com mais de 400
animais à sua
responsabilidade e
a gestão do canil/
gatil municipal por
sua conta, a Selva dos
Animais Domésticos,
associação de
defesa dos animais
abandonados de
Caminha, agendou
para o próximo dia
2 de Agosto, um
sábado aquela que
vai ser a segunda
Cãominhada
concelhia.
O objetivo da iniciativa é,
como referiu Idalina Torres,
presidente da Direção da Selva dos Animais, “ajudar os
animais abandonados”.
Os interessados em participar nesta iniciativa terão que
pagar 2 euros de inscrição,
verba que reverterá integralmente a favor da associação.
“O dinheiro que conseguirmos angariar com as inscrições
dos participantes será para
comprar comida para os animais e também fazer face às
despesas que temos como vete-rinário”, explica.
No final cada participante
terá direito a um diploma de
participação.
A concentração para a segunda edição da Cãominhada está marcada para o Largo da Feira e o percurso a
efetuar será até ao Camarido, ida e volta.
“As pessoas que quiserem
podem levar os seus animais.
Os nossos infelizmente não
podem ir porque como são
animais que estão quase sempre fechados, é muito complicado levá-los”, explica Idalina Torres.
Para a presidente da direção da Selva dos Animais
Domésticos este tipo de iniciativas é muito importante
“porque nos vai ajudar a tratar
dos cerca de 200 cães e cento
e muitos gatos que neste momento abrigamos no canil/gatil. Temos que trabalhar muito e desenvolver iniciativas
para conseguirmos fazer face
às despesas”.
Mas as necessidades do
canil/gatil de Caminha não
passam apenas pela alimentação e pelos cuidados veteri-
nários. Voluntários precisamse para ajudar a cuidar dos
animais e também para lhes
dar algum carinho.
“Temos muitos animais a precisar de atenção e eu peço a
todas as pessoas que gostem
de animais para que passem
por lá. Infelizmente as pessoas não estão muito sensibilizadas para esta questão e é
pena. Nós estamos sempre a
pedir a ajuda dos voluntários mas não tem sido fácil”.
O voluntariado é de resto
uma questão que Idalina Torres diz que é preciso trabalhar, “até porque temos animais que precisam de carinho.
Repare, eles fome não passam
mas precisam de algo mais,
precisam de sentir que há que
goste deles, que há quem os
leve a passear, lhes escove o
pelo, enfim essas coisas que
os funcionários do canil não
têm tempo porque têm que
desempenhar outras tarefas.
É para isso que nós precisamos da ajuda dos voluntários”.
Com apenas sete pessoas a
trabalhar no abrigo, Idalina
Torres diz ser impossível dar
atenção a todos os animais.
“Por isso aproveito esta oportunidade para apelar a todas as
pessoas que gostam dos animais que nos ajudem a cuidar
melhor deles”, remata.
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Casa de petiscos | Gelataria | Creparia
Praça Conselheiro Silva Torres . 4910 Caminha
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JORNAL
SAÚDE
O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014
homossexuais devem tomaR mediCamentos
de PRevenção ContRa o vih/sida
medida iria reduzir incidência do vírus em cerca de 25% entre os homossexuais masculinos
os progressos na luta mundial
contra a sida estão a ser ameaçados pelos comportamentos
de cinco grupos de risco fundamentais, de acordo com o
alerta feito pela organização
Mundial de saúde (oMs) na
semana passada. Homens homossexuais, prostitutas, homens transsexuais, toxicodependentes que usam drogas
injetáveis e pessoas que estão em prisões ou estabelecimentos fechados sao os cinco maiores grupos de risco..
A oMs salienta que, apesar
do maior risco de infeção pelo
vírus da imunodeficiência humana (VIH), estes grupos são
menos propensos a adotar medidas de prevenção, a realizarem testes ou a efetuarem
tratamentos. cerca de 50 por
cento dos novos casos de infeção ocorrem nestes grupos.
”Assistimos ao aparecimento
de epidemias neste grupos-chave”, declarou Gottfried Hirns-
chall, diretor do departamento
do vírus da imunodeficiência
humana (VIH) da oMs, citado
pela reuters. “E essa epidemia está a disparar”, advertiu.
A evolução da medicação
e o facto de atualmente ser
possível viver com sida fizeram com que as campanhas
de prevenção diminuíssem e
as infeções voltassem a aumentar, segundo relata. Nas
novas recomendações publicadas na sexta-feira, a oMs
recomenda que os homossexuais “considerem tomar antirretrovirais como método preventivo contra o VIH”.
porém Gottfried Hirnschall
ressalva: “se têm uma relação
estável, ou se as duas pessoas são VIH negativo e não há
risco, não há nenhuma razão
para tomar”.
”caso seja uma relação na
qual uma das pessoas é VIH
positivo e a outra VIH negativo, é uma opção que deve
ser considerada”, acrescentou.
”os estudos realizados não
mostram efeitos colaterais muito grandes, mas são medicamentos, tratamentos e, portanto, este aspeto deve ser levado
em consideração antes de tomar uma decisão”, acrescentou.
recomendação já feita nos
Estados Unidos
Em maio, as autoridades de
saúde americanas recomendaram que todos os grupos
de risco tomassem antirretrovirais, especialmente os homossexuais, com a esperança
de reduzir o número de novas infeções, que não muda
há 20 anos.
tomar regularmente um comprimido que combina dois antirretrovirais, além do uso de
preservativos, pode diminuir o
risco de contágio entre 20% e
25%, ou seja, evitar “um milhão de novas infeções neste
grupo em 10 anos”, indica a
oMs.??profilaxia pré-expo-
sição (prEp) é o nome dado a
qualquer procedimento médico que visa prevenir uma doença e, no caso do VIH, exige
a toma de um único comprimido, diariamente.
Quando adotado de forma
consistente, o prEp tem demonstrado reduzir o risco de
infeção até 92 por cento.
os especialistas acreditam
que a incidência do vírus entre homens homossexuais poderia ser reduzida entre 20 a
25 por cento com o prEp, evitando até um milhão de novos casos em 10 anos.
Estima-se que cerca de 35,3
milhões de pessoas, em todo
o mundo, estejam infetadas
com VIH.
o número anual de vítimas
mortais de sida também está a
diminuir. Em 2005 foram registadas 2,3 milhões de mortes por causa da doença e,
em 2012, verificaram-se 1,6
milhões.
linha CanCRo da mama atendeu 1.000
Pessoas num ano e o Balanço é Positivo
A Linha cancro da Mama –
21 243 05 04 - é um serviço
de apoio da União Humanitária dos Doentes com cancro
(UHDc) que fornece informação essencial sobre o cancro
da mama e a partilha da experiência pessoal de uma doente
sobre a doença. ??É uma linha
gratuita e diariamente aberta
a toda a população, entre as
08h00 e as 22h00, que ao fim
de um ano de atividade conta com perto de mil apoios
prestados e uma afluência de
chamadas maior de mês para
mês.??raquelinda Magalhães,
voluntária da UHDc, não se
deixa surpreender pelo sucesso deste serviço “a crescente
procura registada é facilmente justificável. Estamos a falar de um serviço que dá resposta a uma necessidade que
existia em portugal a nível de
apoio telefónico direcionado
aos familiares e doentes com
cancro da mama”.??segunda
[email protected]
T/F: 258 722 523
Tlm: 936 002 538
Estrada das Faias,
Nº 41/43
Coura de Seixas
4910-339 CAMINHA
|22
causa de morte por cancro
em portugal??o cancro da
mama é um dos tipos de cancro mais comum entre as mulheres e corresponde à segunda causa de morte por cancro,
na mulher. Em portugal, anualmente são detetados cerca de
4500 novos casos de cancro da
mama e cerca de 1500 mulheres acabam por morrer com a
doença.??“Mulheres recentemente diagnosticadas são as que
mais procuram a Linha cancro
da Mama. Afetadas pelo receio
do impacto que a doença poderá ter nas suas vidas, procuram respostas sobre o que podem fazer para enfrentarem da
melhor maneira a doença. o
esclarecimento sobre os diferentes tratamentos é bastante
frequente, principalmente no
que respeita à quimioterapia
e à radioterapia”, refere raquelinda Magalhães.??A voluntária da UHDc avança que
“é interessante notar que, após
um ano de funcionamento da
Linha, verificámos que existe uma continuidade na procura de apoio após a primeira
chamada. saber que a UHDc
é um ponto de referência para
as dúvidas das pessoas e que
contribuímos para que o doente
olhe o cancro de frente, colocanos um sorriso neste primeiro aniversário da Linha cancro da Mama.”?
novo mediCamento
PaRa tRatamento
da infeção vih
A ViiV Healthcare anuncia que o comité de Medicamentos de Uso Humano, da Agência de Medicamentos
Europeia (EMA), emitiu um parecer positivo que recomenda a comercialização do medicamento (dolutegravir/abacavir/lamivudina) para o tratamento de adultos
e adolescentes com 12 anos ou mais, e com um peso
mínimo de 40kg, infetados com o VIH.
De acordo com Dr. John pottage, Diretor científico e
Diretor Médico da ViiV Healthcare, “este parecer positivo constitui um avanço importante na aproximação
dos profissionais de saúde e das pessoas que vivem com
o VIH à combinação terapêutica de um comprimido de
toma única diária que inclui dolutegravir”.
“Esta recomendação demonstra o potencial dos regimes terapêuticos que contêm dolutegravir, assim como
a importância da nossa investigação contínua, que está
a ser feita sobre novas opções terapêuticas de regime
de comprimido único”, acrescenta.
o parecer do comité de Medicamentos de Uso Humano é baseado nos resultados de dois estudos:
• Estudo de Fase III de dolutegravir (sINGLE), realizado com dolutegravir e abacavir/lamivudina em comprimidos separados1;
• Estudo de bio equivalência da combinação de dose
fixa de dolutegravir / abacavir / lamivudina, quando
tomado como um único comprimido, em comparação
com a administração de dolutegravir e abacavir / lamivudina em comprimidos separados2.
o parecer positivo do comité de Medicamentos de
Uso Humano é um dos passos finais antes de alcançar
a autorização para a comercialização, pela comissão
Europeia, mas nem sempre resulta nessa mesma autorização. A decisão final da comissão Europeia está prevista para o terceiro trimestre de 2014.
sobre o medicamento (dolutegravir/abacavir/lamivudina)
Este medicamento não está atualmente aprovado em
nenhum país e é apenas um fármaco investigacional de
um regime terapêutico de toma única diária, contendo
o inibidor de integrasse dolutegravir que já foi aprovado pela EMA, em janeiro deste ano.
o pedido de autorização para o novo medicamento já
foi submetido a aprovação nos EUA pela FDA, em outubro de 2013, estando atualmente em processo de revisão. Já foram igualmente iniciados os processos regulamentares de submissão e revisão para este novo
medicamento no canadá, Austrália, Brasil e Japão.
JORNAL
OPINIÃO
O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014
Diamantino
Bártolo
PODER LOCAL DEMOCRÁTICO
23 . juventude, criatividade, novas oportunidades
Abordar, pelo método
reflexivo, ou pela análise
objetiva, uma qualquer
situação da sociedade
contemporânea, ignorando
o papel que as atuais
gerações de jovens,
devem vir a desempenhar
no futuro, significa uma
apreciação parcial com
conclusões insuficientes e,
eventualmente, inadequadas,
se não mesmo erradas.
As crianças, adolescentes
e a juventude constituem
o mais valioso património
dos recursos disponíveis em
qualquer parte do mundo.
Nenhum governante,
dirigente: público, privado,
cooperativo, formal ou
informal, pode dispensar
esta força imensa de
vitalidade, voluntarismo,
generosidade, irreverência e
de conhecimentos teóricos,
ao nível, por exemplo, das
mais avançadas tecnologias.
Pelo contrário, convocar os
jovens à participação na vida
ativa das comunidades em
que se inserem, revela-se uma
decisão do maior alcance,
quanto às consequências
positivas que, num futuro
não muito distante, se farão
sentir, justamente, quando
eles estiverem nos diversos
poderes.
Com efeito: «O homem,
em geral, já nasce como
membro de um grupo: a
família. À medida que vai
vivendo, passa a pertencer
a outros, como: grupos
de amizade, de vizinhança,
escola, igreja, cidade, grupos
profissionais, expandindo
assim seu mundo individual.
(…) Vivendo em sociedade,
o homem, que ao nascer
possui apenas a natureza
biopsiquica, adquire a
natureza social, formando
e desenvolvendo sua
personalidade. Além disso,
o homem cria cultura e,
através desta, satisfaz suas
necessidades e adapta-se ao
meio ou adapta o meio a si,
modificando-o.» (TORRE,
1983:44).
Preparar as novas gerações
com as ferramentas da
integração plena, numa
sociedade em permanente
competição e mutação,
é um desígnio universal
que, sendo cumprido, vai
beneficiar a humanidade em
geral, em qualquer parte do
mundo onde existam seres
humanos.
Naturalmente que nenhuma
entidade pública ou privada,
se deve sobrepor às
instituições tradicionais, com
mais autoridade moral, com
mais influência na educaçãoformação dos jovens, ainda
que, os responsáveis por tais
instituições, provavelmente,
nem sempre tenham
especialização adequada
para educar-formar em
certas atividades, o que a
verificar-se, terão de intervir,
em tempo oportuno, as
organizações públicas e
privadas, especializadas
nos diversos domínios da
socialização.
Considerando o tempo
biocronológico, que vai
decorrendo ao longo
do desenvolvimento
ontogenético e da evolução
filogenética, naturalmente
que a primeira grande
instituição, em que a pessoa
humana fica integrada,
durante cerca de um quarto
da sua vida, (este tempo
tende a alargar, devido à
profunda crise que atinge
a sociedade em geral e os
jovens em particular) é
a família, no seio da qual
decorre a primeira fase
da socialização da criança,
do adolescente, do jovem
e em certos aspectos,
também do adulto, embora,
sequencialmente, surjam
novas instituições.
Isto mesmo se aceita
porque: «É na família que
cada ser adquire as bases
do comportamento, da
identidade sexual, das
noções de direitos e deveres
e ainda dos modos pelos
quais lida com afectos
e emoções (amor, ódio,
desprendimento, egoísmo
…) Outra função básica
da família é a de preencher
as necessidades amorosas
e de ajuda mútua entre
adultos. Daí a importância
do casamento, da união,
que por mais dificuldades
que apresente na vida em
comum dos cônjuges, nunca
pessoa alguma conseguiu
descobrir melhor substituto
para ele.» (RAMAZZINI, in
CARVALHO, 1994:79-80).
Simultaneamente com
a família, ainda bem
cedo na vida da criança,
outras instituições,
igualmente importantes e
fundamentais na formação
da personalidade da pessoa
humana, na sua socialização
e consequente integração
na comunidade, surgem com
uma intervenção específica:
a escola para a educaçãoformação para o mundo
material do trabalho e das
atividades sócio-culturais,
profissionais, políticas e
outras; a Igreja vocacionada
para a formação moral,
espiritual e também ética,
através da transmissão de
valores essenciais como
são a fé, a religião, Deus,
caridade, o dever, entre
outros.
Na verdade: «A Igreja se
oferece para colaborar com
os homens de boa-vontade
a serviço do homem. (…)
Todos os esforços são
insuficientes sem a Igreja.
A técnica moderna, as
descobertas científicas,
as filosofias racionalistas,
a sociologia empírica, os
sistemas económicos, as
associações internacionais
não solucionarão o
problema enquanto
não incluírem em suas
aspirações a realidade
total que é o homem, ser
social dependente de Deus
com um destino eterno.»
(GALACHE-GINERARANZADI, 1969:178-79).
A intervenção política, na
preparação dos jovens,
para a sociedade do
futuro, mais tarde ou mais
cedo, ela far-se-á sentir:
seja pela passividade com
que o jovem-cidadão vai
recebendo a informação,
sobre o sistema político,
económico, educativo, social,
cultural e outras vertentes;
seja pela sua própria
atividade profissional e cívica,
que o conduz a participar na
vida ativa da comunidade em
que se integra.
Poderá ser neste contexto
que a atração por uma força
portadora de determinada
axiologia, sob a influência de
uma ideologia, consentânea
com os princípios, valores
e sentimentos que o jovem
defende, que o levem a
decidir participar na vida
pública. Neste ponto, várias
instituições, desde logo as
forças sociais e políticas,
podem (e devem) prepará-lo
para uma colaboração eficaz.
Valorizar as capacidades dos
jovens, a sua criatividade e
colocá-las ao serviço dos
seus próprios interesses,
bem como da comunidade,
poderá, também, ser uma
função de outras instituições,
nestas se incluindo as
Autarquias Locais, sob a
coordenação das Câmaras
Municipais.
Igualmente, criar um
conjunto de novas
oportunidades, em vários
domínios, complementando
as que a nível governamental
já foram (ou vão ser)
lançadas, constitui uma
política que, certamente,
beneficiará os jovens,
revelando uma estratégia
para o futuro e contribuindo
para uma sociedade mais
humana, generosa e tolerante,
criativa e produtiva, que
resulta, justamente, de
faculdades idênticas, latentes
nos jovens.
Com tal desiderato, as
Câmaras Municipais, na sua
política para a juventude,
podem rentabilizar todo
o potencial da mocidade,
conjugando as sinergias
desta com a experiência
dos próprios funcionários
autárquicos, estabelecendo
parcerias com as associações
de jovens, de estudantes
e outras instituições
próprias da juventude,
obviamente, com o apoio
técnico e financeiro
dos departamentos da
Administração Central para
este estrato da população.
Colocar os jovens, por
exemplo, nos seus tempos
livres, a realizarem trabalhos
diversos nas freguesias, aqui
com o apoio das respetivas
Juntas, nomeadamente,
atualizar estudos sobre
situações sociais, de
indivíduos e famílias, sobre
o património arquitetónico,
gastronómico, cultural, aqui
se incluindo usos, costumes,
tradições, a história da aldeia
(monografias), organizar
os arquivos das próprias
Juntas de Freguesias, das
comissões fabriqueiras, apoiar
em diversas atividades as
associações e coletividades
locais.
Na organização políticoadministrativa da Câmara, a
inclusão de um Pelouro, ou
pelo menos um Gabinete
para os assuntos da
juventude, será o mínimo
que se pode fazer, porque
para além dos direitos, e
correlativos deveres, que
assistem aos jovens, não se
pode ignorar a importância
crescente que eles têm, na
medida em que constituem,
já não só em potência, mas
principalmente em ato, o
capital humano mais valioso
que a sociedade dispõe para
o futuro, para além do total
respeito que lhes é devido,
enquanto pessoas humanas
com dignidade.
Recordar os jovens, apenas
em determinados períodos
cíclicos da vida política dos
responsáveis pela governação
é negar as capacidades, os
direitos e os valores que
caraterizam a juventude,
destes inícios de século e de
milénio. Pela generosidade,
voluntarismo, irreverência
educada, faculdades
intelectuais e axiológicas, pela
criatividade e dinamismo, da
mocidade, devem também
as Autarquias Locais criar
novas oportunidades para
a juventude. Consignar aos
jovens a responsabilidade por
uma sociedade melhor, será
um orgulho para eles, a prova
de que a atual população,
dirigente e adulta, confia
neles e nas suas capacidades.
Bibliografia
CARNEGIE, Dale & ASSOCIADOS,
(1978). Administrando Através das
Pessoas. Trad. Ivan Zanoni Hausen. Rio de
Janeiro: Biblioteca do Exército – Editora
CARVALHO, António César Perri de,
(Org.). (1994). A Família, o espírito e o
tempo. São Paulo: Edições USE – União
das Sociedades Espíritas do Estado de
São Paulo
GALACHE – GINER – ARANZADI,
(1969). Uma Escola Social. 17ª Edição. São
Paulo: Edições Loyola
TORRE, Della, (1983). O Homem e a
Sociedade. Uma Introdução à Sociologia.
11ª Edição. São Paulo: Companhia Editora
Nacional
Diamantino Lourenço
Rodrigues de Bártolo
|23
JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014
CLASSIFICADOS
INFO
POEMA
Publicado no Jornal Caminhense de 27 de Julhos de 2014
CARTÓRIO NOTARIAL DE VILA NOVA DE CERVEIRA
Maria Gabriela Correia Pereira Baptista
NOTÁRIA
EXTRACTO
Certifico, para efeitos de publicação que, por escritura de onze de Julho de dois mil e catorze, lavrada de fls. 81 a fls. 82 verso, do Livro de Notas para Escrituras Diversas número Noventa e Oito-E, deste Cartório, Alberto Daniel dos Passos Gonçalves Ferreira, N.I.F. 117 686
506, titular do B.I. nº 1791235, emitido em 06.03.1987, pelo C.I.C.C. de Lisboa e mulher, ;Maria Carminha Correia Fernandes, N.I.F. 117 686 492, titular do B.I. nº 1684880, emitido em
22.01.1985, pelo C.I.C.C. de Lisboa, casados sob o regime da comunhão geral, ambos naturais da freguesia de Amonde, concelho de Viana do Castelo, onde residem, na Estrada de Santa Maria de Amonde, nº 282, código postal 4925-303 declaram que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do seguinte imóvel:
Prédio rústico, composto por terreno de pinhal, com a área de quatrocentos e vinte e quatro
metros quadrados, sito no lugar de Mariola, União das Freguesias de Gondar e Orbacém, concelho de Caminha, a confrontar do norte com terreno baldio, do sul e do nascente com Presa
da Mariola e do poente com Paulo Manuel Pires Veiga, OMISSO na Conservatória do Registo Predial de Caminha, inscrito na respetiva matriz da União das Freguesias de Gondar e Orbacém sob o artigo 2619, com o valor patrimonial tributário de 90,00€, a que atribuem igual
valor. Que o referido imóvel se encontrava omisso na extinta freguesia de Orbacém e que desconhecem o artigo da anterior matriz rústica, o que declaram sob sua inteira responsabilidade.
Que adquiriram o referido prédio, no ano de mil novecentos e setenta e quatro por compra feita a Júlio Rodrigues Batista e mulher, Maria Leocádia Martins Costa Batista, residentes que foram em Amonde, compra essa que não chegou a ser titulada, mas desde esse ano que estão na
posse do mesmo, pelo que há mais de vinte anos que o possuem, sem interrupção, nem ocultação de quem quer que seja.
Que tal posse tem sido mantida e exercida em nome próprio, de boa-fé, ininterrupta e ostensivamente, com o conhecimento da generalidade das pessoas e sem oposição, nem violência de
quem quer que seja, gozando de todas as utilidades por ele proporcionadas, cortando a lenha e
procedendo à limpeza, custeando todas as despesas, agindo assim, quer quanto aos encargos,
quer quanto à fruição por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, ao praticarem os diversos actos de uso, fruição, posse e defesa da propriedade, na convicção de que
não lesam, nem nunca lesaram quaisquer direitos de outrem.
Que, assim, tem a sua posse sobre o indicado prédio vindo a ser contínua, pública e pacífica,
factos que integram a figura jurídica de usucapião, que invocam.
Que, nestes termos, adquiriram o mencionado prédio por usucapião, não tendo, dado o modo
de aquisição, título que lhes permita fazer prova do seu direito de propriedade perfeita.
Vinho verde
Verde encarnadinho
Quem te bebe, bem se perde
Por terras do Minho
Ai! Maduro, ai! Verde
Nascido nas cepas tortas
Quem sabe; o que o padre bebe
Quando p’ra nós está de costas
Que sejas maduro ou verde
Escorregas como lodo
Quando me matas a sede
Ou que de tristes amores me morro
Ai! branquinho, ai! tintinho
Sois a luz e a alegria
Das sombrias adegas do Minho
Dos festins e romarias
Agora bebo eu
Agora bebe tu
Bebemos os dois
E os outros depois.
Les Pavillons-sous-Bois 1983
Maria Rocha de Vasconcelos
ESTÁ CONFORME E CONFERE COM O
ORIGINAL NA PARTE TRANSCRITA.
In: No Poente incendiado
Cartório Notarial, onze de Julho de dois mil e catorze.
Lanhelas 1997
A Notária,
Assinatura Ilegível
AGENDA
VENDE-SE
Aliança das Artes
até 31 de Agosto
É uma espécie de room art
exibition, em que cada quarto do Hotel Aliança, em Viana do Castelo se transforma
numa pequena galeria de arte.
O “Aliança das Artes”, mostra
artística onde estão representados diferentes artistas emergentes está a decorrer até ao próximo
dia 31 de Julho e reúne trabalhos de jovens artistas emergen-
tes e que, de alguma forma, têm
uma ligação emocional a Viana
do Castelo, isto é, são vianenses
ou a sua obra trata Viana.
O programa divide-se em três
fases já que em cada quinzena
estarão artistas diferentes e na
última haverá uma mostra final com os trabalhos de todos
os participantes. Assim, a primeira mostra é dedicada à pin-
tura, design gráfico, ilustração,
desenho, fotografia, body art,
cinema, audiovisual, dança, literatura, música; a segunda é
para música, pintura, ilustração,
dança, fotografia, representação, concertos, projeções, performances; e a terceira a todas
as artes plásticas e performativas presentes nas mostras anteriores.
34.ª Feira do Livro de Viana do Castelo
decorre até 3 de Agosto
Está a decorrer até 3 de agosto, no Jardim Público, a 34ª edição da Feira do Livro de Viana
do Castelo O programa, para
além da presença dos diversos editores que proporcionam
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VINHO VERDE
ao público vianense o contacto com as mais recentes edições, é preenchido com encontros com escritores e animação
infantil na Tenda da Pequenada e música junto à marina.
Ao todo, estão representados
14 livreiros com 54 stands, 21
editoras, dois alfarrabistas e o
grupo AL- Antunes Livreiros,
com 24 representações de editoras diversas.
POR MOTIVO DE AUSÊNCIA
TODO O RECHEIO DE CASA
PARA MAIS INFORMAÇÕES
CONTATAR: 917 540 450
SERVIÇOS DE SAÚDE
Rua Engº Luís Agostinho
Pereira de Castro
Bloco 6 – Loja 1
4910-102 Caminha
Tel. 258 721444
RUA ALMADA NEGREIROS
4910-458
VILA PRAIA DE ÂNCORA
TEF.: 258 911 502
258 911 093
FAX: 258 911 082
E.mail: poliancora.saude@sapo:pt
HOSPITAIS | CENTROS DE
SAÚDE ENFERMAGEM
Centro Hospitalar do
Alto Minho
Viana do Castelo | T. 258802100
Centro de Saúde de caminha
Rua Eng.º Agostinho Perreira de
Castro | T. 258719300
Centro de Saúde de Vila
Praia de Âncora
Av. Pontault Combault | T. 258 911318
BOMBEIROS
Caminha
Rua das Flores | T. 258719500(1)
Vila Praia De Âncora
Rua 5 de Outubro | T. 258 911125
GNR
Caminha
R. da Trincheira | T. 258719030
Vila Praia de Âncora
Rua Miguel Bombarda | T. 258959260
CAPITANIA DO
PORTO DE CAMINHA
T. geral: 258719070
T. piquete da PM: 258719079
FARMÁCIAS
Farmácia Torres
Praça Conselheiro Silva Torres,
Caminha | T. 258922104
Farmácia Beirão Rendeiro
Rua da Corredoura,
Caminha | T. 258722181
CÂMARA MUNICIPAL
DE CAMINHA
T. 258710300
BIBLIOTECA CAMINHA
Rua Direita
segunda a sexta: 10h00 às 18h30
sábado: 10h00 às 13h00
MUSEU CAMINHA
terça a sexta: 10h00 às 19h30 /
14h30 às 18h00
sábado e domingo: 11h00 às 13h00 /
14h00 às 17h30
POSTOS DE TURISMO
Caminha
Rua Direita | T. 258921952
Moledo
Av. da Praia (em época balnear)
Vila Praia de Âncora
Av. Ramos Pereira | T. 258911384
CENTRO CULTURAL
VILA PRAIA DE ÂNCORA
segunda a sexta: 10h00 às 12h30 /
13h30 às 18h30
sábado: 11h00 às 13h00
RESIDÊNCIA PAROQUIAL
Largo. Dr. B. Coelho Rocha
T. 258921413
FEIRAS E MERCADOS
Caminha
Largo Pontault Combault
semanal 4ª feira
Vila Praia de Âncora
Largo do Mercado
semanal 5ª feira
TAXIS
Caminha
Largo do Terreiro | T. 258921401
Vila Praia de Âncora
Praça da República | T. 258911295
Venade TM. 965643481
JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014
Nome
Morada
Andar
Nº / Lote
Letra
C. Postal
Localidade
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Rua da Corredoura nº117
4910-133 Caminha, Portugal
tel. 258 921 754 - Fax. 258 721 054
[email protected]
País
telf. / telm.
Indica. tel.
Portugal - 30€
Pagamento:
Resto do Mundo 65€
Email
Europa 55€
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Cidália Cacais Aldeia | Corpo Redactorial: Susana Ramos Martins | Cartonista: Cristiano Guerreiro Cepa | Colaboradores: Miguel Cepa | editor: Herdeiros de António José Guerreiro Cepa. Rua
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Diário do Minho Ldª | Registo de imprensa: nº 201448 | depósito legal nº 84483/94 | tiragem desta edição: 5.000 exemplares | número de Contribuinte: 900777117 | nº Registo eRC: 101449 |
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Alemão, Espanhol, Italiano, Russo,
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Rua de Santo António, 120-2º
4900-492 Viana do Castelo
Tel. 258 826636 - Fax: 258 823093
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JORNAL
O CAMINHENSE, sexta-feira, 25 de julho de 2014
ii edição do aRtBeeRfest
Caminha foi “um suCesso”
40 mil pessoas passaram por caminha
nos 4 dias que durou a segunda edição
do artbeerfest, Festival Internacional
de cerveja artesanal e Mestres cervejeiros que decorreu no centro históricos da vila.
Segundo números avançados pela organização, foram consumidos 38 mil litros de cerveja produzidos por cerca de
28 cervejeiros vindos de toda a Europa.
Octávio costa, membro da organização, fala em “sucesso” e já pensa na
terceira edição do evento em caminha.
“nós pensamos que aumentou consideravelmente o número de visitantes e
pelos dados que temos pensamos que
cerca de 40 mil pessoas estiveram aqui
em caminha durante os 4 dias”.
a II edição do evento em caminha contou com muita animação de rua protagonizada pelos “Farra Fanfarra”, uma
presença habitual neste certame e que
uma vez mais levou ao rubro a assitência
espalhada pelo centro histórico da vila
caminhense. Outra das Bandas presentes foi os “pas de problème”, uma banda ambulante multi-instrumental que
propocinou momentos divertidos ao público que encheu por completo as praças e artérias da vila.
palestras, show cooking, e armonizações completaram o cartaz com destque
para apresença Steve Huxley, apelidado de “druida” cervejeiro de Liverpool a viver há alguns anos em Barcelona.
trata-se de uma referência dos cerve-
jeiros artesanais que proporcionou, segundo a organização, momentos “muito
interessantes aos cervejeiros e público
em geral”.
a segunda edição do “artbeerfest” ficou ainda marcada pela apresentação de
duas cervejas totalmente produzidas em
caminha e que foram dadas a conhecer ao apreciadores pela primeira vez.
Depois de Vigo e caminha, o artbeerfest vai em Setembro até Lisboa, e
as expetativas para a realização desta
primeira edição do evento na capital
são grandes.
aRtBeeR
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Rfest
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