Como criamos valor - Standard Bank

Transcrição

Como criamos valor - Standard Bank
www.standardbank.co.ao
Standard Bank Angola
Relatório Anual 2013
Índice
O Banco
Os nossos valores
Como criamos valor
Estrutura de Negócios, Produtos e Serviços
Uma estratégia sustentável
Angola - Um país de oportunidades
02
04
05
06
08
Introdução
Mensagem do Presidente da Comissão Executiva (CEO)
Principais Indicadores da Actividade
Estrutura Accionista e Órgãos Sociais
Governo da Sociedade
10
11
13
15
Enquadramento Macroeconómico
Conjuntura Macroeconómica Global
Conjuntura Macroeconómica em Angola
21
25
Síntese da Actividade
Marcos históricos do Banco
Marketing e Comunicação
Principais Segmentos de Negócio
Rede de Distribuição
Qualidade de Atendimento ao Cliente
Capital Humano
Gestão de Riscos
Compliance
33
35
39
41
43
45
49
55
Análise Financeira
Análise de Balanço
Análise de Resultados
Fundos Próprios
Proposta de Aplicação de Resultados
61
63
65
67
Demonstrações Financeiras
Demonstrações Financeiras e Notas
Relatório de Auditoria
Relatório e Parecer do Conselho Fiscal
70
110
113
2
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
O Banco
Os nossos valores
Os nossos valores são a base do nosso crescimento de longo prazo e o que determina o nosso sucesso.
1
Servir os nossos clientes
2
Desenvolver os nossos colaboradores
3
Criar valor para os nossos accionistas
4
Ser proactivo
5
Trabalhar em equipa
6
Lutar contra a arrogância
7
Respeitarmo-nos mutuamente
8
Defender os mais altos
níveis de integridade
3
SBA
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
>AOA 148 mil milhões
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Prémios
Total de Activos
2012: >AOA 61 mil milhões
498
Revista Global
Banking & Finance Review
Banco mais inovador em
Angola 2013
Empregados
2012: 352
EMEA Finance Africa Awards 2013
111%
Melhor Banco de Investimento em Angola
Rácio cost-to-income
2012: 140%
>16.000
Clientes
Global Finance
Melhor Banco de
Investimento em Angola
2013
2012: >10.000
>AOA 134 mil milhões
Depósitos de clientes
2012: >AOA 52 mil milhões
26
Agências
2012: 15
Internacional Finance
Magazine
Banco mais inovador em
Angola 2013
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
O Banco
Como criamos valor
Prestamos serviços e produtos de banca
transaccional e assessoria em banca de
investimento aos nossos clientes, com base na
experiencia e conhecimento de mercado.
Resultados de
prestação de serviços
financeiros
Oferecemos o acesso ao mercado cambial e a
produtos de cobertura de risco para apoiar os
nossos clientes na gestão dos riscos inerentes às
suas actividades, nomeadamente risco cambial e
risco taxa de juro.
Activos
Capital social e
relacionamento
Envolvente
Resultados de
negociação
Investimos em desenvolver e manter as nossas
pessoas, de forma a executar a nossa estratégia e
acrescentar valor aos nossos clientes.
Custos com
pessoal
Investimos nos nossos sistemas e processos, no
sentido de aumentar o nível de eficiência e a oferta
de produtos e serviços de excelência para os
nossos clientes.
Gastos gerais
Resultado
líquido
Dividendos
Risco de Crédito
Capital humano
Resultados transitados que serão reinvestidos
para manter e crescer a actividade
Risco de negócio e reputacional
Juros e encargos
similares
Risco de Liquidez
Captamos recursos de cliente sob a forma de
depósitos para aplicar em crédito a clientes. Isto
cria passivos que dão origem e geram juros e
encargos similares ao longo do tempo.
Risco operacional
Capital
financeiro
Juros e
Rendimentos
similares e
Imparidades de
Crédito
Risco Taxa de juro
O Banco cria valor
através de várias áreas
de negócio que
dispõem dos capitais
investidos pelos
accionistas.
Resultado de Intermediação financeira
Emprestamos dinheiro aos nossos clientes dentro
dos limites dos capitais disponíveis e de acordo
com o apetite do Banco pelo risco e com o
ambiente regulamentar em que operamos. Isto cria
activos para o Banco os quais geram juros e
rendimentos similares ao longo do tempo.
Riscos inerentes
à actividade
Risco de Mercado
Impacto nas
demonstrações financeiras
Risco de Crédito
Áreas de
negócio
Inputs
Custos
4
5
SBA
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Estrutura de Negócios, Produtos e Serviços
Crédito hipotecário
Crédito à habitação direccionado para os clientes
particulares
Outros empréstimos
Outros empréstimos direccionados quer para clientes
particulares quer para empresas
Produtos transaccionais
Serviços e produtos transaccionais, poupanças e
produtos de investimento, nomeadamente banca
electrónica, cartões de débito, depósitos a prazo
Bancassurance
Mediação de seguros para diversas coberturas
Leasing financeiro
Personal
& Business
Banking
(PBB)
Presta serviços bancários e
outros serviços financeiros
a clientes particulares e a
pequenas e médias
empresas.
Leasing financeiro para financiar a aquisição de
viaturas por clientes particulares
Leasing financeiro para financiar a aquisição de
viaturas e equipamentos por empresas
Cartões
Cartões de crédito para particulares e empresas
Mercado de Capitais
Banca de Investimento
Operações cambiais
Assessoria financeira
Investimentos financeiros
Produtos de dívida de médio e longo prazo
Produtos de gestão de risco
Montagem e estruturação de operações de
financiamento
Produtos e serviços transaccionais
Banca transaccional
Cartas de crédito, Remessas documentárias, Créditos
documentários, Garantias Bancárias
Financiamentos em modalidades de “Project
Finance”, para aquisição de empresas, e estruturas
híbridas à medida das necessidades dos clientes
Empréstimos sindicados
Corporate &
Investment
Banking (CIB)
Presta serviços bancários
transaccionais, assessoria
financeira e soluções
cambiais e de gestão de
risco ao Estado, grandes
empresas e instituições
financeiras.
6
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
O Banco
7
SBA
Enquadramento
macroeconónico
Introdução
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Uma estratégia sustentável
A nossa
estratégia é
criar um
Banco líder
em Angola
fazendo uso de todas as
nossas vantagens
competitivas.
A experiência de fazer parte do
maior Grupo financeiro Africano
permite-nos um posicionamento
privilegiado para capitalizar todo
o conhecimento adquirido nas
oportunidades de negócio
disponíveis em Angola.
Focados na criação
sustentada de valor para
os accionistas
Dependemos
das nossas
pessoas
oferecendo aos nossos clientes uma gama
alargada de produtos e serviços de excelência
direccionados às suas necessidades.
Procurando desta forma, ser reconhecidos
pela nossa experiência e inovação.
que acreditam e estão
empenhadas na
aplicação da nossa
estratégia.
O SBA tem feito um
investimento significativo em
capital humano, criando equipas
equilibradas, compostas por
jovens profissionais Angolanos.
Procuramos compreender as necessidades dos nossos
clientes e adequar a nossa estratégia à estratégia de
crescimento dos nossos clientes.
Como Banco Angolano temos experiência e equipas
dedicadas aos sectores estratégicos do país.
O SBA tem feito e continuará a
focar-se num investimento
significativo em formação e
desenvolvimento do capital
humano.
Queremos ser reconhecidos pela nossa Excelência de
Serviço e a Inovação.
Desenvolver os
nossos colaboradores
Servir os
nossos clientes
Defender os
mais altos
níveis de
Integridade
Criar valor para os
nossos accionistas
Valores
subjacentes à
nossa estratégia
Ser proactivo
Trabalhar em
equipa
Respeitarmo-nos
mutuamente
Lutar contra
a arrogância
8
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
O Banco
Angola - um país de oportunidades
O SBA está comprometido em prestar um serviço de excelência aos seus clientes em Angola, com o objectivo de demonstrar um
crescimento de longo prazo, sustentável, que nos permita ser reconhecidos como uma referência no mercado financeiro Angolano.
As oportunidades em Angola são enormes, tendo em conta o potencial de crescimento do país. A posição competitiva única do SBA
permite-nos apoiar e contribuir para esta tendência de crescimento económico e social, através da criação de emprego, formação e
desenvolvimento de talentos angolanos.
Queremos oferecer um conjunto de soluções inovadoras e eficazes para os nossos clientes, que irá suportar o nosso crescimento, solidez e
sustentabilidade, como instituição financeira angolana.
As principais oportunidades futuras para investidores
Sector petrolífero
Sem prejuízo dos esforços recentes das autoridades no sentido de diversificar a
economia, o sector petrolífero ainda corresponde a quase metade da produção interna. O
sector petrolífero é responsável por mais de 90% das receitas de exportação e 80% das
receitas do governo. Este sector abrange um elevado número de empresas desde
operadoras a prestadores de serviços, com necessidades muito específicas em termos de
investimento, financiamento, serviços financeiros e serviços bancários de excelência. O
SBA posiciona-se no mercado como o parceiro privilegiado do sector petrolífero dada a
dimensão, risco de crédito e reputação internacional do grupo financeiro em que está
inserido.
Recursos naturais
Angola é um país rico em recursos naturais, tem petróleo, diamantes, ferro, fosfatos,
cobre, ouro, urânio, potencial hidroeléctrico e terrenos agrícolas variados. O Executivo
tem efectuado um esforço relevante no sentido de conhecer, mapear e estruturar os
restantes sectores de recursos naturais, com o natural propósito de extrair valor para o
país da riqueza potencial de que dispõe, reduzindo simultaneamente a dependência do
petróleo.
Infra-estruturas
Assiste-se a um forte investimento no sector da energia e infra-estruturas. As
autoridades continuam a mostrar-se empenhadas em aumentar o investimento público de
forma a melhorar as infra-estruturas, cujo desenvolvimento parece estar a acelerar,
contribuindo para colocar Angola como um destino cada vez mais atraente para
investidores estrangeiros. O investimento em infra-estruturas de transporte é crítico para
desbloquear limitações ao crescimento económico e à criação de emprego.
9
SBA
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Com um crescimento económico superior a 5% ao ano,
Angola retomou o caminho de crescimento económico sólido,
com inflação a um dígito, uma forte posição em termos de
reservas internacionais e uma taxa de câmbio estável.
Crescimento económico estimado
de 2013
5,6%
De acordo com o FMI, o sector não-petrolífero continua a
apresentar um forte crescimento, com investimentos em
infraestruturas rodoviárias a impulsionar o crescimento na
construção civil e indústria.
2012: 5,2%
Estabilização da inflação e do
mercado cambial
Angola deve aproveitar a tendência dos preços do petróleo em
alta para continuar a implementar as reformas necessárias que
permitam um maior crescimento e desenvolvimento económico
futuro.
De acordo com o FMI, são visíveis os progressos no
fortalecimento de algumas áreas, nomeadamente ao nível das
políticas fiscal e monetária.
Energia
O sector energético tem crescido a um ritmo robusto (mais de 20% ao ano), tendo sido
feitos investimentos significativos para construir e reabilitar infra-estruturas de energia
(para produção e distribuição). Este é um dos sectores não petrolíferos com mais
potencial de crescimento em Angola, tendo em conta os fortes investimentos públicos
destinados à criação de oportunidades, nomeadamente no sector da energia eléctrica.
Sector dos serviços
O sector dos serviços representa já mais de 30% do Valor Acrescentado Bruto de Angola
e o sector financeiro deverá ser um vector-chave para o contínuo crescimento deste
sector. Este é um dos sectores com mais peso na distribuição do crédito concedido pelas
instituições financeiras à economia Angolana. Com a crescente diversificação da economia
nacional e o aumento da produção em Angola, é expectável que o sector dos serviços
venha a ter um peso ainda maior.
Serviços financeiros
Tem-se observado um crescimento contínuo do sector financeiro Angolano, em resposta
ao investimento realizado pelos agentes do sector nos últimos anos. A actividade bancária
tem vindo a expandir-se com a abertura de agências e dependências a nível nacional
revelando uma melhoria nos níveis de bancarização e financiamento à economia. Angola
já é hoje um dos mercados com o maior sector bancário na África subsahariana e as
perspectivas são muito positivas de um continuado crescimento nos próximos anos, tendo
em conta o nível de bancarização da população.
Introdução
Mensagem do Presidente da Comissão Executiva (CEO)
Principais Indicadores da Actividade
Estrutura Accionista e Órgãos Sociais
Governo da Sociedade
12
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Introdução
Presidente da
Comissão Executiva
“O SBA também é visto já como uma referência
em termos da oferta de soluções de gestão de
risco, em especial a exposições de câmbios.”
Pedro Pinto Coelho
Mensagem do Presidente da Comissão Executiva
O exercício de 2013 foi um ano de consolidação, e tendo este sido apenas
o terceiro ano completo de actividade do Standard Bank de Angola, S.A.
(“SBA” ou “Banco”), o Banco é já uma referência no Sistema Financeiro
Angolano.
Em 2013, o balanço do Banco apresenta um total de AOA 148.492
milhões de activos líquidos, evidenciando um crescimento de 140% face
ao ano anterior. Este crescimento foi sustentado pelo crescimento dos
depósitos de clientes que atingiram os AOA 134.737 milhões (crescimento
de 159%), demonstrando a confiança dos clientes no SBA.
O crescimento dos depósitos verificou-se sobretudo em moeda nacional,
em consequência das alterações legislativas verificadas no mercado cambial
Angolano, mas os depósitos de moeda estrangeira também evidenciaram
um aumento significativo, pelo facto do Standard Bank de Angola ser visto
como o Banco preferencial para muitas das empresas multinacionais do
sector do petróleo e do gás natural.
Focado na estratégia de apoiar a economia Angolana, o SBA tem assinado
diversos protocolos institucionais, com o objectivo de apoiar o Governo
Angolano na estruturação de operações de grande dimensão ou na
concessão de crédito ao Estado, a pequenas, médias e grandes empresas
Angolanas ou multinacionais com actividade económica local. O resultado
desta estratégia aparece reflectido no crescimento na carteira de crédito
concedido, que atingiu em 2013 os AOA 34.677 milhões (um crescimento
superior a 250%), e nos resultados de prestações de serviços financeiros
com um aumento de 67% face ao ano anterior.
O SBA também é visto já como uma referência em termos da oferta de
soluções de gestão de risco, em especial a exposições de câmbios. Durante
o ano de 2013, a Direcção de Mercado de Capitais do Standard Bank de
Angola movimentou mais de USD 2,2 mil milhões em transacções no
mercado cambial, tendo participado activamente na dinamização do
mercado monetário interbancário e nos leilões de títulos tanto do Banco
Nacional de Angola como do Ministério das Finanças. Os resultados em
operações cambiais evidenciam um crescimento de 110% face a 2012.
O SBA tem vindo a desenvolver um significativo programa de expansão de
modo a aumentar a sua presença no mercado Angolano. Com o objectivo
de oferecer um crescente acesso aos serviços bancários, o programa de
alargamento da sua rede comercial em Angola resultou na abertura de 11
novas agências em 2013 e o objectivo é terminar 2014 com um total de
30 agências distribuídas por todo o país.
O Banco mantém em curso um programa de crescimento acelerado,
sustentado por políticas de gestão de risco rigorosas e eficazes que
permitirá ao Banco ambicionar estar entre os 7 maiores bancos em total de
activos em 2014, sendo ao mesmo tempo um Banco reconhecidamente
estável, sólido, que garante os depósitos dos clientes.
O Banco pretende manter indicadores de solidez fortes, tendo para isso
previsto para 2014 um novo aumento do seu Capital Social no montante
de USD 100 milhões. Este aumento de capital permitirá também elevar o
limite regulamentar do Banco possibilitando continuar a apoiar a economia
Angolana através da concessão de crédito.
O SBA encara o capital humano com um dos principais factores críticos de
sucesso do negócio. A qualidade do serviço ao cliente resulta de um
investimento significativo em capital humano Angolano, onde mais de 65%
dos colaboradores concluiu ou se encontra a frequentar o ensino universitário.
Através de um processo de selecção rigoroso e uma forte aposta na formação
interna e externa dos seus colaboradores, o Banco tem dotado a sua rede
comercial e os seus serviços centrais com jovens profissionais Angolanos com
qualificações adequadas às exigências dos seus clientes: em final de 2013, o
SBA contava já com 498 colaboradores, o que representa um crescimento de
41% face ao ano anterior.
O crescimento do SBA no mercado Angolano não teria sido possível sem o
esforço e dedicação dos nossos colaboradores bem como o apoio dos
nossos clientes, instituições do Governo da República de Angola e do
Banco Nacional de Angola, aos quais endereço o nosso agradecimento.
Pedro Pinto Coelho
(Presidente da Comissão Executiva)
13
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Principais Indicadores da Actividade do
Standard Bank de Angola
(Valores expressos em milhares, excepto informação estatística)
AOA
USD
(Valores não auditados)
2013
2012
Variação
2013
2012
Variação
2.836.342
2.907.818
1.717.738
7.500.820
(1.039.330)
1.698.563
1.384.071
1.028.323
4.201.742
(982.618)
67%
110%
67%
79%
6%
29.393
30.133
17.800
77.729
(10.770)
17.803
14.507
10.778
44.040
(10.300)
65%
108%
65%
76%
5%
148.492.063
45.864.949
31.426.615
34.677.371
34.101.852
134.737.361
142.067.937
6.424.126
61.977.008
14.514.987
14.123.603
9.881.866
9.527.811
52.022.327
54.537.396
7.439.612
140%
216%
123%
251%
258%
159%
160%
-14%
1.521.144
469.838
321.933
355.234
349.338
1.380.244
1.455.337
65.807
646.767
151.473
147.388
103.123
99.428
542.883
569.130
77.637
135%
210%
118%
244%
251%
154%
156%
-15%
Rácio de Solvabilidade Regulamentar
Rácio de conversão
Nº de Balcões
Nº de ATMs
Nº de POS
Nº de Cartões de Débito
Nº de Cartões de Crédito
14,89%
25,31%
26
32
99
39.911
460
21,01%
18,31%
15
23
59
14.204
-
-29%
38%
73%
39%
68%
181%
100%
Nº de Clientes
16.316
10.264
59%
498
352
41%
Margem Financeira
Resultados de operações cambiais
Resultados de prestação de serviços financeiros
Produto Bancário
Resultado Líquido
Total do Activo líquido
Aplicações de Liquidez
Títulos e Valores Mobiliários
Crédito Bruto
Crédito Líquido
Depósitos
Total do Passivo
Fundos Próprios
Nº de Funcionários
14
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Introdução
15
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Estrutura Accionista e
Órgãos Sociais
Estrutura
Accionista
Accionistas
% Capital
Standard Bank Group Limited
51%
AAA Activos, Lda.
49%
Órgãos Sociais
Mesa da Assembleia Geral
Conselho Fiscal
Presidente
Tiago Ferraz Contente
Presidente
Octávio Manuel de Castro
Castelo Paulo
Vice-presidente
Natacha Sofia da Silva Barradas
Secretário
Randina Wezatusissi de Oliveira Rangel
Vogais
Alberto Manuel Freitas da Silva
Miguel da Silva Alves
Conselho de Administração
Comité de Auditoria
Presidente
Dominic Bruynseels
Vogais
Pedro Nuno Munhão Pinto Coelho
António Caroto Coutinho
Ivo Emanuel Neto de São Vicente
Carlos Manuel de São Vicente
Comissão Executiva
Presidente
Pedro Nuno Munhão Pinto Coelho
Vogais
António Caroto Coutinho
Ivo Emanuel Neto de São Vicente
Auditores Externos
PricewaterhouseCoopers
16
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Introdução
17
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Governo da Sociedade
O Standard Bank de Angola concentrou-se em
definir um modelo de governo societário com uma
estrutura e princípios bem definidos, de modo a
reflectir o compromisso claro com a regulamentação
Angolana, as melhores práticas internacionais e as
linhas orientadoras do Grupo.
Objectivo
Estabelecer uma linha clara de distribuição de responsabilidades no
interior da hierarquia e na existência de processos de monitorização,
fiscalização e de compliance, tanto interna como externa, que
contribuam para o enriquecimento da transparência da sua gestão,
aumentando, assim, o seu valor como Instituição Financeira.
Em 2013, o Banco Nacional de Angola (BNA) publicou o Aviso
nº 1/2013 de 19 de Abril, que regula a obrigação das Instituições
Financeiras no âmbito da governação corporativa no que se refere à
estrutura de capital, estratégia, modelo de organização societária,
transparência das estruturas orgânicas e de capital, políticas e
processos de gestão de risco, política de remuneração e conflito de
interesses. Esta alteração regulamentar teve como principal propósito
estimular e induzir as Instituições Financeiras Angolanas na adopção
das boas práticas de Governação.
A publicação desta legislação despoletou um processo interno de
actualização do modelo de governo societário do SBA, com impacto na
gestão a partir de 2014, garantindo a manutenção das melhores práticas
que asseguram o equilíbrio de direitos entre accionistas, prestação de
contas, ética e a sustentabilidade do negócio. As principais actividades
desenvolvidas durante o ano de 2013 no âmbito deste novo normativo
foram as seguintes:
Definição da Política de Remuneração e Benefícios;
Actualização do Código de Ética.
Desafios
Os principais desafios que se colocam em 2014 para implementação
efectiva do Aviso nº 1/2013 são os que se seguem:
Nomear um Administrador Independente;
Elaborar a Política de Transparência e Divulgação de Informação e a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos Sociais;
Criar um Comité de Remuneração;
Divulgar no site institucional do Banco a seguinte informação mínima/obrigatória:
(i) Estrutura de capital da instituição com identificação dos detentores de participações qualificadas;
(ii) Actos societários respeitantes a alterações relevantes nos objectivos globais estratégicos e nas estruturas orgânicas e funcionais;
(iii) Informação Financeira do Banco;
(iv) Informação sobre os membros dos órgãos sociais: (i) Política de remuneração; (ii) qualificações e experiência profissional; (iii) categorização dos membros do órgão de administração em executivo e não executivo (independentes ou não independentes);
(v) Política de Governação Corporativa;
(vi) Política de formação.
Principais políticas e processos no âmbito da
governação corporativa
Conflito de interesses
Implementação da Política de Identificação e Gestão de Conflito de Interesses;
Definição de uma Política de Transacções com Entidades Relacionadas, como parte integrante de uma política de transparência e divulgação de informação;
O SBA implementou uma Política de Identificação e Gestão de Conflito
de Interesses, que tem por objectivo evitar conflitos de interesses de
cada colaborador, intermediário ou prestador de serviços (“Pessoas
Afectadas”) do Banco de forma a não se colocarem a si próprias em
posição onde os seus interesses pessoais entrem em conflito com os
interesses do Banco ou do cliente.
18
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Introdução
A referida política existe para (i) determinar o enquadramento dentro do
qual são identificados e geridos os conflitos de interesses; (ii) assegurar
que a legislação, normas e regulamentos relacionados com conflito de
interesses são observados; (iii) proteger o Banco e os seus colaboradores
de dano reputacional, multas que possam vir a ser impostas pelos diversos
reguladores em resultado de não ter sido identificado e devidamente
gerido o conflito de interesses.
Comissão Executiva, composta por três membros eleitos por mandatos
de quatro anos, com possibilidade de reeleição. A Comissão Executiva
compreende todos os poderes de gestão necessários ou convenientes
para o exercício da actividade bancária nos termos e com a extensão
com que a mesma é configurada no regimento deste órgão e na lei.
Comité de Auditoria
Transacções com partes relacionadas
A presente política tem por objectivo estabelecer e definir o
enquadramento de governação, gestão de risco e comunicação de
transacções e empréstimos com partes associadas e relacionadas.
Política de Remuneração e Benefícios
A Política de Remuneração e Benefícios foi criada para assegurar o
crescimento sustentável do Banco, bem como para oferecer boas
oportunidades de remuneração e benefícios aos seus colaboradores. O
seu papel no SBA é importante na contratação e retenção de quadros
com grande capacidade de desempenho, visando, desta forma, garantir
a motivação dos seus colaboradores.
Código de Ética
O SBA está empenhado em marcar, verdadeiramente, a diferença no
mercado Angolano. Este compromisso implica um crescimento sem
percalços e uma melhoria contínua do negócio no país. De forma a
poder conduzir a sua actividade de forma coerente, foram identificados
um determinado número de directrizes comuns, tais como a visão de
valores e a identidade da marca Standard Bank, que implica um quadro
comum de tomada de decisões. Este quadro está definido com maior
clareza no “Código de Ética”, que foi concebido para facilitar (i) uma
maior descentralização e (ii) a tomada de decisões mais rápida e
eficiente em todos os níveis do Banco.
Estrutura do Governo Societário
A função primária deste Comité é supervisionar a actividade da
Comissão Executiva e consequentemente da gestão do Banco
assegurando a salvaguarda dos activos do Banco, a avaliação da eficácia
do sistema de controlo interno do Banco, o cumprimento da legislação a
que o Banco está sujeito, bem como de todo o normativo dos órgãos de
supervisão. O Comité de Auditoria é composto por três membros não
administradores sendo ainda convidados permanentes as áreas de
Auditoria Interna, Risco, Compliance, Jurídico, Finance, os Auditores
Externos e o Presidente da Comissão Executiva do Banco.
Comité de Gestão de Risco de Crédito
O Comité Gestão de Risco de Crédito corresponde à função de
tomada de decisão ao nível de gestão de Risco de Crédito, com
delegação de poderes bem definida, conforme determinado pelo
Conselho de Administração. O objectivo deste Comité é estabelecer
e definir os princípios para a aceitação de Risco de Crédito e ao
quadro geral para a gestão consistente e uniformizada de
identificação, avaliação, gestão e comunicação de Risco de Crédito.
Comité de Activos e Passivos
O objectivo deste Comité é a análise à evolução do balanço do Banco,
quer em termos de saldos de crédito e recursos de clientes, quer de
margens, facultando à Comissão Executiva os elementos necessários para
a definição de objectivos estratégicos em matéria de crescimento da
actividade creditícia e de captação de recursos de Clientes, estratégia de
financiamento (gestão do mismatch do balanço) e de preços/margens.
Comité de Gestão de Risco Operacional e Compliance
Assembleia Geral – Membros da Mesa
A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um
Vice-presidente e um Secretário. Os membros da Mesa – que podem
ser accionistas ou não – são eleitos por períodos de quatro anos,
sendo permitida a sua reeleição.
Conselho de Administração
O Conselho de Administração, composto por cinco administradores
nomeados em Assembleia Geral por quatro anos, é o órgão decisório
máximo do Banco e pertencem-lhe as responsabilidades últimas em
matéria de governação. Os administradores têm acesso irrestrito à
equipa de gestão e às informações sobre o Banco, bem como aos
recursos necessários para desempenharem as suas responsabilidades.
Comissão Executiva
O Conselho de Administração delega a gestão corrente do Banco numa
Este Comité assegura a monitorização do Risco Operacional do Banco,
em conformidade com a política de gestão de risco definida pelo
Grupo, incluindo o risco da informação e continuidade de negócio.
Deve garantir a definição da estratégia, modelos operacionais e planos,
bem como estruturas de gestão, padrões e políticas, para garantir uma
abordagem coerente para a identificação, avaliação, monitorização e
comunicação de Risco Operacional.
Fiscalização
Para além da supervisão exercida pelo Comité de Auditoria, a função
de fiscalização interna do SBA está a cargo do Conselho Fiscal,
composto por 3 membros nomeados para um mandato de 4 anos.
A fiscalização externa do Banco é exercida pela empresa de Auditoria
PricewaterhouseCoopers, bem como pelas autoridades de supervisão a
que está sujeito no exercício da sua actividade em Angola.
19
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO
Conjuntura Macroeconómica Global
Conjuntura Macroeconómica em Angola
22
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Enquadramento Macroeconómico
23
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Conjuntura
Macroeconómica Global
Crescimento global
Crescimento Mundial do PIB:
O ano de 2013 foi de recessão na Zona Euro e de abrandamento
económico na generalidade das principais economias. A economia
mundial terá crescido 2,9%, segundo os dados preliminares do FMI,
um valor mais baixo que o ano 2012 e substancialmente menor que a
média de 3,8% da década de 2000.
7
Apesar de se ter registado uma recuperação a nível mundial na
segunda metade do ano, os riscos para o crescimento futuro ainda
são significativos. Na Zona Euro, os riscos advêm em particular das
restrições ao crédito em alguns países, da deficiente transmissão da
política monetária ao resto da economia, da continuada contenção
orçamental e das dificuldades de implementação de algumas
reformas estruturais. Nos Estados Unidos da América (EUA), existem
riscos relacionados com a política orçamental e o tecto de dívida para
os quais ainda não se vislumbra uma solução bipartidária de longo
prazo. No resto do mundo, os países emergentes já estão a sofrer
com a redução do estímulo monetário por parte da Reserva Federal.
No entanto, nos próximos meses, deverá notar-se uma maior
diferenciação entre os países com políticas económicas que
promovem um crescimento mais sustentado e os restantes países.
3
Depois de um crescimento do PIB mais moderado em 2012 e 2013,
comparativamente à década anterior em quase todas as regiões do
mundo, o produto deverá crescer mais em 2014, ainda que de um
modo geral se mantenha abaixo do crescimento potencial. De acordo
com as estimativas, o PIB mundial deverá crescer 3,7%, 0,7 pontos
percentuais acima de 2013.
Em Angola, depois de um crescimento do PIB em 2012 de 5,2%, o
FMI estima que 2013 tenha fechado com um crescimento de 5,6%,
valor ligeiramente superior à taxa de 5,1% estimada pelo Ministério
do Planeamento e do Desenvolvimento Territorial. Para 2014, apesar
das projecções mais optimistas do Banco Mundial e da OCDE, com
taxas de crescimento na ordem dos 8,0% e 8,2%, respectivamente, o
FMI prevê um crescimento mais modesto de 6,3%.
6
5
4
2
1
0
2013
2014
Mundo
Estados Unidos
Ásia
Economias Avanç.
Zona Euro
Angola
Fonte: FMI, Eurostat, Bureau of Econ. Analysis
Instabilidade na Zona Euro
A Zona Euro voltou a ter um decréscimo do PIB no ano 2013 de
0,4% após uma queda de 0,6% em 2012. Ainda assim, a recuperação
parece estar em curso. Em particular, destacam-se os dados do
último trimestre de 2013 que já evidenciam algum crescimento,
tendo a Zona Euro registado uma variação positiva do PIB de 0,3%
em cadeia (0,5% de variação homóloga), embora as previsões
antecipem uma retoma lenta e frágil.
A contracção da procura interna, sobretudo no primeiro semestre,
atingiu também a inflação, que caiu de 2,2% em Dezembro de 2012
para 0,8% em Dezembro de 2013, bem abaixo da meta do Banco
Central Europeu (BCE) de 2%. Isso ajudou o BCE a justificar a
flexibilização da política monetária durante todo o ano de 2013.
24
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Enquadramento Macroeconómico
No que diz respeito ao sector financeiro, a UE acordou em 2013
passar a responsabilidade de supervisão, dos bancos comerciais de
maior dimensão, dos bancos centrais nacionais para o BCE. Esta
alteração deverá tornar-se efectiva já em 2014. Adicionalmente, o
BCE anunciou que serão realizados novos testes de stress aos bancos
em 2014, sendo provável que alguns bancos falhem nesses testes e
que tenham de recorrer ao apoio dos respectivos Governos. No
entanto, esta medida permitirá aumentar a confiança no sector
financeiro Europeu.
que os EUA entrassem em default. A primeira metade do ano foi
igualmente marcada pela recuperação lenta do mercado de trabalho,
que é um importante motor de crescimento da economia americana.
As finanças públicas continuam a ser uma fonte de preocupação, não
só nas economias periféricas, como Portugal ou Grécia, mas também
em Itália e França. Embora a política monetária deva manter-se
expansionista, vários países terão de implementar mais medidas de
austeridade orçamental, com impactos previsíveis no crescimento
desses países.
O tecto da dívida foi aumentado em Fevereiro de 2014, de forma a
assegurar o financiamento das despesas públicas até ao primeiro
trimestre de 2015, eliminando assim o risco de default nos doze
meses subsequentes. No entanto, Republicanos e Democratas
mantêm-se divididos relativamente à necessidade de reduzir a
despesa e o défice, pelo que este tema deverá manter-se no centro
das atenções.
O Presidente do BCE, Mario Draghi, anunciou já perto do final do ano
um prolongamento, até pelo menos meados de 2015, da provisão de
liquidez ilimitada aos bancos da Zona Euro nas suas operações de
mercado aberto. Draghi tinha já alertado que a inflação iria
provavelmente permanecer reduzida durante um período prolongado
antes de voltar a aumentar progressivamente para o objectivo do
BCE. Neste contexto, o BCE também voltou a mexer nas taxas de juro
durante o ano de 2013. Depois de, em Julho de 2012, ter reduzido a
taxa de absorção de liquidez (taxa de depósito dos bancos comerciais
junto do BCE) para 0%, o que se manteve durante 2013, em Maio de
2013 cortou a principal taxa de refinanciamento de 0,75% para
0,5%, e depois para 0,25% em Novembro. Também a taxa de crédito
aos bancos do Eurosistema (Marginal Lending Facility) sofreu cortes
em 2013, primeiro para 1% em Maio e depois para 0,75% em
Novembro. Este ano chegou a equacionar-se uma taxa de depósitos
negativa a fim de “obrigar” os bancos a emprestarem mais dinheiro,
no entanto, o BCE não chegou a avançar com esta hipótese.
O BCE tem revelado preocupação pelo facto da política monetária
não estar a ser totalmente transmitida ao resto da economia. No
entanto, tendo em conta os dados mais recentes que indicam que a
recuperação está a ganhar alguma força, o BCE poderá evitar novas
políticas expansionistas.
Depois de uma apreciação significativa face ao Dólar dos Estados
Unidos na segunda metade de 2012, o Euro apresentou valorizações
ligeiras durante o ano de 2013, fechando o ano perto de USD 1,38.
Isto ficou a dever-se à implementação de políticas monetárias menos
restritivas noutros pontos do globo, nomeadamente nos EUA e, mais
recentemente, no Japão. Um Euro mais fraco poderá ajudar a Europa
a sair da recessão graças às exportações.
EUA
O crescimento nos EUA manteve-se modesto no início do ano, em
parte devido à crise provocada pela falta de acordo entre as duas
principais forças políticas, sobre os limites da dívida pública e a
aprovação do Orçamento do Estado. Esta situação conduziu ao
encerramento provisório de vários serviços públicos em meados de
2013 e causou alguma instabilidade nos mercados, devido a receios
No segundo semestre, os indicadores de actividade e de emprego
melhoraram, o que permitiu uma recuperação mais rápida. No quarto
trimestre de 2013, o crescimento do PIB foi de 3,2% relativamente
ao trimestre anterior (variação homóloga de 2,8%), em linha com o
crescimento potencial estimado.
Outro aspecto relevante foi a redução dos estímulos monetários por
parte da Reserva Federal. A Reserva Federal confirmou que irá
reduzir gradualmente as suas compras de activos mensais e que o
programa deverá manter-se até Dezembro de 2014. A redução do
estímulo monetário por parte da Reserva Federal tem tido um
impacto significativo nos mercados emergentes, nomeadamente nos
mercados cambiais, o que obrigou vários bancos centrais em toda a
América Latina, África e Ásia a aumentar as taxas de referência.
Os Bancos Centrais esperam que a subida das taxas-limite às saídas
de capital, prejudiciais ao investimento, pode conduzir ao aumento da
inflação através da subida dos preços dos bens importados. No
entanto, nos próximos meses, é provável que os investidores
comecem a diferenciar entre as economias que têm bases sólidas
para o crescimento das restantes, levando à redução da saída de
capital nos países mais eficientes.
Ásia e economias emergentes
De um modo geral, na Ásia o crescimento desapontou, em parte
devido ao efeito das políticas monetárias dos EUA.
No Japão, a política monetária aplicada em 2013, apelidada de
“Abenomics”, ajudou a relançar a economia e a apoiar o crescimento.
Nas economias emergentes, uma combinação entre factores internos
e internacionais deverá limitar uma aceleração da actividade no
próximo ano. Algumas economias, como a Índia, permanecerão
bastante vulneráveis à reversão dos fluxos de capitais, à medida que
a Reserva Federal reduzir os estímulos monetários. É provável que o
crescimento na China continue a abrandar na medida em que os
decisores políticos começam a aceitar que uma taxa de crescimento
da actividade mais lenta, mas mais sustentável, terá melhores
resultados no longo prazo. Ao mesmo tempo, em 2013, a China
anunciou que implementará reformas no sentido de uma maior
abertura à economia de mercado, o que poderá sustentar uma subida
na tendência do crescimento.
25
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Preços do petróleo
O preço do petróleo bruto (Brent crude oil) esteve bastante volátil
durante o ano de 2013. Em Janeiro os preços chegaram perto dos
USD 120 por barril, devido à melhoria das perspectivas na China e
nos EUA, mas logo baixaram significativamente, primeiro para os USD
110 e no segundo trimestre para o patamar dos USD 100,
possivelmente como reflexo de um abrandamento na procura
mundial, mas também devido ao esperado aumento da oferta nos
EUA, que, de acordo com o IEA, deverá tornar-se auto-suficiente em
energia em 2030. No segundo semestre, os preços voltaram a subir
para perto dos USD 120 por barril, como reflexo das tensões
mundiais devidas à situação na Síria, mas com o apaziguar da situação
os preços desceram e terminaram o ano a oscilar à volta dos USD 110.
A incerteza sobre a recuperação mundial e sobre a situação política
de alguns países produtores ou de importância estratégica para o
comércio do petróleo deverá promover a persistência da volatilidade
nos próximos meses.
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
26
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Enquadramento Macroeconómico
27
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Conjuntura Macroeconómica
em Angola
Crescimento e decomposição do PIB
A produção de petróleo em Angola atingiu uma média de 1,73
milhões de barris por dia (MBD) em 2013, ficando abaixo do valor
previsto de 1,75 MBD. Importa destacar que as autoridades
Angolanas estimam que a produção nacional atinja os 2 MBD entre
2015 e 2017.
%
25
20
15
10
5
2015 P
2014 P
2012
2011
2010
2009
2008
2007
2006
2005
2004
2003
2002
2001
0
2013 P
O Banco Mundial aponta, no entanto, que as previsões estão
bastante sensíveis a alguns choques. Entre os principais riscos
apontam-se a descida estrutural no preço das matérias-primas, que
segundo cálculos do Banco Mundial afectará em primeiro lugar e de
modo mais vincado a África subsaariana. Naturalmente os
exportadores de petróleo, como Angola, serão os mais afectados,
sobretudo se não têm um produto suficientemente diversificado,
como é o caso de Angola.
Angola: Crescimento do PIB
2000
Em Angola, depois de um crescimento em 2012 de 5,2%, o FMI
estima que o PIB tenha aumentado 5,6% em 2013, valor
ligeiramente superior à taxa de 5,1% projectada pelo Ministério do
Planeamento e do Desenvolvimento Territorial. O crescimento
estimado para o sector não-petrolífero em 2013 é de 6,5%,
referindo-se ainda que, de acordo com estas projecções, a estrutura
percentual do PIB se alterou, tendo o petróleo diminuído a sua
contribuição para 43% do PIB, 3,9 p.p. abaixo do valor estimado para
2012, enquanto os serviços mercantis registaram um aumento da sua
contribuição de 22,1% para 23,4%. Apesar das projecções mais
optimistas do Banco Mundial e da OCDE para 2014 (8,0% e 8,2%), o
FMI prevê um crescimento mais modesto de 6,3%, em particular
devido a possíveis “atrasos na execução do orçamento”.
Fonte: FMI.
Inflação
A inflação em Angola continua a diminuir progressivamente. Em
Dezembro de 2013, a taxa de inflação atingiu os 7,69%. Pela
primeira vez na história recente, a taxa de inflação desceu abaixo dos
8%, valor que já tinha cruzado em Novembro. Ao longo do ano 2013,
a taxa média de inflação homóloga foi de 8,8%, uma melhoria de 1,5
pontos percentuais em relação a 2012.
O país tem conseguido uma redução significativa da sua taxa de
inflação desde 2011, uma contribuição positiva para um cenário
macroeconómico estável. No entanto, são necessários esforços
suplementares para Angola conseguir competir com os seus pares em
termos de custos nas indústrias não-petrolíferas.
28
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Enquadramento Macroeconómico
Comércio internacional
No primeiro trimestre de 2013, a balança comercial de Angola
cresceu 78,79% comparando com o trimestre anterior, mas diminuiu
17,5% comparado com o período homólogo. As exportações
registaram uma variação homóloga de 11%, enquanto as importações
cresceram 10%. O aumento das exportações veio sobretudo da
agricultura. As importações aumentaram sobretudo ao nível dos
têxteis e do calçado. Já no segundo trimestre, as exportações
diminuíram 3,9% em termos homólogos (-5,8% em relação ao
trimestre anterior); as importações aumentaram 18,1% em termos
homólogos (45,1% em relação ao trimestre anterior). No terceiro
trimestre, as exportações registaram uma subida homóloga de 4,9%
e as importações diminuíram 0,7%.
O detalhe por produto mostra que as exportações de combustível
(petróleo bruto) representam 98% do total das exportações. Quanto às
importações, a maior parcela é constituída por máquinas e
equipamento (23%), seguido por combustível (produtos petrolíferos)
com 15%. Os produtos agrícolas aparecem em terceiro lugar, com 12%.
A principal fonte das importações Angolanas continua a ser Portugal,
que representa 17,3% do total. Segue-se a China com cerca de 12%.
Em Angola, os fluxos de comércio internacional são muito voláteis,
embora tendendo a estabilizar-se nos últimos anos. Esta volatilidade
é principalmente resultado da alta dependência do país das
exportações de petróleo, que ocupa uma parte considerável do
volume de exportações. Isso gera um problema económico chamado
de dutch disease: uma economia rica e dependente da exploração de
matérias-primas (petróleo, neste caso), sujeita à volatilidade dos
preços internacionais, acaba por ter um fraco desempenho nos
restantes sectores económicos, nomeadamente nos sectores agrícola
e industrial. Isto sucede, porque à medida que aumentam as receitas
das exportações, aumentam os salários médios, o que gera uma
pressão nos preços, resultante numa perda de competitividade nos
outros sectores de actividade.
Para atenuar este problema, é frequente os países ricos em matériasprimas separarem as receitas provenientes das exportações desses
bens da restante economia (esterilização), frequentemente através da
criação de um fundo soberano, que é o que se está a fazer em Angola.
Investimento Privado e Competitividade
O investimento em termos de formação bruta de capital fixo está de
um modo geral em crescimento, embora seja claro que não
acompanha o ritmo de crescimento da economia, essencialmente
conduzido pela exportação de petróleo. Ainda assim, de um modo
geral, tanto o investimento público como privado têm crescido na
última década.
O investimento total tem rondado os 10-15% do PIB, enquanto a
fatia do investimento privado, que chegou a ter mais peso que o
investimento público, representa agora menos de 5% do PIB. O
investimento público tem como base o Plano Nacional de
Desenvolvimento (PND), o mais recente refere-se ao período
2013-2017.
O PND baseia-se na Estratégia Nacional de Desenvolvimento a longo
prazo “Angola 2025” e visa impulsionar as reformas estruturais em
Angola para contribuir para o maior desenvolvimento do país, do ponto
de vista social e económico. O plano passa pela estabilidade
macroeconómica e recuperação de infra-estruturas, desenvolvimento
do sector privado e promoção do empreendorismo; gerar um mercado
de trabalho mais dinâmico e aumentar a produtividade, aumento da
competitividade do país. No PND para o período 2013-2017 existem um
total de 390 projectos em todo o país. Em termos de valor do investimento,
os projectos envolvem o investimento de cerca USD 63 mil milhões.
É positivo o empenho do Executivo em lançar tantos projectos para
desenvolver o país, mas é crucial para o desenvolvimento económico
e social que o faça de modo subsidiário, promovendo a iniciativa de
investimento estrangeiro e sobretudo o empreendorismo regional e
local que melhorarão as condições de vida da população, diminuirá a
pobreza e gerará o dinamismo económico necessário para o
desenvolvimento das diversas regiões. Esta preocupação por ensinar
a fazer e promover a capacidade dos cidadãos livremente garantirem
a sua subsistência e adequado nível de vida é crucial para o próprio
desenvolvimento humano.
Contas Públicas
A última estimativa do FMI para o défice de 2013 aponta para 1,2%
do PIB, abaixo da previsão em meados do ano de 3,4% do PIB. O
défice é frequentemente difícil de prever visto que as receitas vêm
sobretudo dos impostos sobre a actividade petrolífera, sujeita à
volatilidade dos preços do crude.
Um dos principais desafios para o Governo está relacionado com a
despesa no sector social. Uma vez que a sustentabilidade das contas
públicas depende crucialmente das receitas do petróleo, através dos
impostos e do seu peso no crescimento, o Governo deveria promover
a diversificação da economia e reduzir o peso da economia informal
para conseguir obter receitas fiscais de actividades não-petrolíferas.
O Governo aprovou em 2013 a proposta de Orçamento para 2014.
Relativamente ao cenário macroeconómico, o Governo prevê um
crescimento do PIB de 8,8% depois dos 5,1% de 2013, graças ao
aumento da produção de petróleo. As projecções para o preço do
petróleo subjacentes ao Orçamento apontam para USD 98 por barril.
A despesa deverá atingir AOA 5,375 biliões e as receitas AOA 4,745
biliões. Assim, a previsão do Governo aponta para um défice de AOA
690 mil milhões, que segundo os nossos cálculos deverá representar
entre 6 e 7% do PIB. Prevê-se que o défice não-petrolífero atinja
45% do PIB.
A despesa com a defesa, a segurança e a ordem pública deve atingir
16,5% da despesa total, enquanto com a educação e a saúde deverá
representar 10,5%.
Embora reconhecendo que a produção pode aumentar em resultado
da abertura de novos campos petrolíferos, o crescimento de 8,8% no
PIB situa-se acima da maioria das previsões internacionais,
principalmente num contexto de recuperação muito moderada da
actividade económica mundial.
29
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Mercado cambial
A taxa de câmbio AOA/USD sofreu uma desvalorização ligeira na
primeira metade de 2013, tendo-se mantido relativamente estável
no resto do ano, fruto da política do BNA.
Ao mesmo tempo, a taxa de câmbio real, indicador da
competitividade da economia, continua prejudicada pela alta inflação
de Angola, que combinada com uma depreciação pouco significativa,
e ainda mais com a desinflação registada em vários pontos do
Ocidente, torna difícil promover a competitividade do país.
Em 2013 foi implementada uma nova fase da lei cambial aprovada
pelo Governo, que exige que as empresas petrolíferas paguem aos
seus fornecedores locais e funcionários em Kwanzas. Esta nova fase
entrou em vigor em Julho de 2013. Como resultado, muitos
montantes em Dólares Americanos que anteriormente eram pagos
aos fornecedores, quer nas contas nacionais quer nas estrangeiras,
têm agora de ser convertidos em Kwanzas através dos bancos locais.
Esta lei faz parte de um programa mais amplo para reduzir a taxa de
dolarização da economia e promover o uso do Kwanza. Os riscos
associados com o uso de duas moedas numa economia estão
sobretudo relacionados com as possíveis consequências de uma forte
desvalorização da moeda nacional nos balanços dos bancos. A
necessidade de converter Dólares Americanos no sistema financeiro
também deve promover o desenvolvimento de um mercado de
câmbio na economia.
A medida parece ter entrado sem grandes perturbações ao nível
macroeconómico e é já patente a redução do peso da moeda
estrangeira nos depósitos e créditos.
Taxas de Juro
O BNA mexeu na taxa de juro de referência 3 vezes ao longo de
2013. Em Janeiro a taxa diminuiu de 10,25% para 10% ao ano. Já no
segundo semestre de 2013, a taxa diminuiu por mais duas vezes,
primeiro para 9,75% em Agosto, e depois para 9,25% em Novembro.
Esta redução tem acompanhado a desinflação na economia.
Sector bancário: Crédito e depósitos
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
e 63%, um valor relativamente sustentável. Na primeira metade do
ano o rácio diminuiu mas recuperou para níveis próximos dos
iniciais. Isto mostra uma maior disponibilidade do sector financeiro
em conceder crédito, fruto de um fortalecimento do sistema
bancário em Angola, que pretende fomentar o crescimento com
mais liquidez.
Ainda assim, ao concluir sobre o aumento da concessão de créditos
será pertinente avaliar as situações de crédito mal parado, que
começa a afectar diversas instituições financeiras.
O sector bancário, e o sector financeiro em geral, tem crescido
bastante em Angola nos últimos anos, mas há vários pontos onde
poderá melhorar, em concreto na existência de mais informação
tanto para os consumidores como para os prestadores de serviços
bancários, na concessão de créditos e avaliação de riscos, na
existência ou melhoria de tratamento estatístico e de contabilidade
a auditoria. Recentemente, o Banco Angolano de Investimento
tornou-se no primeiro Banco Angolano a ser classificado pela
Moody’s, com a classificação de B1 e um outlook de estabilidade.
Este poderá ser um primeiro passo para que haja mais bancos em
Angola avaliados pelas agências internacionais.
O Governo está a tentar resolver algumas das lacunas nos mercados
financeiros. A criação de um registo público do crédito é um
desenvolvimento bastante positivo. A Central de Informação de
Riscos de Crédito (CIRC), actualmente em fase embrionária, é
gerida pelo BNA e a sua função é compilar e partilhar informações
sobre a exposição dos clientes ao crédito no sector financeiro
angolano, que pratica numa base de reciprocidade: apenas os
bancos que declaram as suas transacções ao sistema podem ter
acesso às informações. Mesmo nesta fase inicial, o BNA reporta que
95% dos bancos já estão a participar no sistema CIRC.
As autoridades também continuam a ampliar os serviços básicos de
informação pública e de manutenção de registos. Procurar que os
direitos de propriedade estejam bem definidos e verificar, de modo
independente, os valores das propriedades será útil para as
pequenas empresas que tentem conseguir empréstimos usando os
seus activos como colateral.
Reforma fiscal
O ano de 2013 foi de crescimento significativo da percentagem de
moeda nacional tanto nos depósitos como nos montantes de crédito
concedidos. Isto é também reflexo da nova lei cambial. Os depósitos
em moeda nacional representavam cerca de 54% do total em Janeiro
e em Dezembro constituíam 62%. Já o crescimento na percentagem
do total de crédito foi também de 8 pontos percentuais, de 59% em
Janeiro para 67% em Dezembro.
Em 2012, entrou em vigor um conjunto de leis que iniciam a reforma
do sistema fiscal Angolano. O processo de reforma foi inicialmente
estabelecido como um projecto de cinco anos, com o objectivo de
revisão do sistema fiscal, passando pela redução das taxas de imposto
e alargamento da base fiscal. As principais alterações que se
esperavam prendiam-se com um sistema de tributação global para
substituir os vários impostos sobre o rendimento e um imposto sobre
o consumo mais abrangente.
Em relação ao montante total, crédito e depósitos, de um modo
geral, continuam em trajectória ascendente. Em média, os depósitos
registaram uma variação homóloga de 13,2% em 2013, e o crédito
de 12,4%. Estes comportamentos são também visíveis no rácio
crédito/depósitos, que tem oscilado nos últimos anos entre os 60%
No imposto sobre capitais, é de notar o alargamento da base de
incidência a juros de depósitos, títulos do BNA, bilhetes e obrigações
do tesouro e a mais-valias mobiliárias. De um modo geral as taxas
variam entre 5 e 15%.
30
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Enquadramento Macroeconómico
O imposto de selo sofreu uma profunda reforma, através da
supressão de muitos factos tributários que se encontravam obsoletos
e da clarificação de normas de incidência e de liquidação do encargo
do imposto e sobre isenções e obrigações acessórias.
No imposto sobre o consumo também se alargou significativamente a
base de incidência a diversas prestações de serviços até então não
previstas. As taxas são geralmente de 5% e 10%.
Perspectivas futuras macroeconómicas
Num contexto de retoma global moderada, prevê-se que o PIB
Angolano registe uma subida de 5,1% em 2013 para 5,8% em 2014,
abaixo das previsões de 8,8% do Governo inscritas no Orçamento do
Estado para 2014.
Do lado positivo, Angola deverá beneficiar dos esforços do Governo
de diversificação da economia, nomeadamente, através da melhoria
da produção e distribuição de água e electricidade. O espaço para os
investimentos previstos no PND e para o investimento privado é
amplo e deverá contribuir para o crescimento do peso do sector
não-petrolífero no PIB. Do mesmo modo poderá contribuir para uma
melhoria das condições sociais e económicas de grande parte da
população. Prevê-se que a produção de petróleo em Angola também
deverá registar um ligeiro aumento tendo em conta a previsão de
início de produção de novos campos petrolíferos em meados de
2014. É ainda esperado que as pressões inflacionárias continuem a
diminuir durante 2014, em parte graças às políticas desenvolvidas
pelo BNA, mas também aos preços de importação controlados, uma
vez que a inflação nos principais países exportadores para Angola
permanece baixa. Prevemos que a taxa de câmbio se mantenha
globalmente estável em relação ao Dólar Americano ao longo do ano.
Entre os factores negativos, prevê-se que os preços do petróleo
continuem a diminuir em 2014 tendo um crescimento global menos
dinâmico do que nas anteriores retomas. O mercado de trabalho
deverá continuar também com poucos avanços, sendo um sector que
mais tarde ou mais cedo carecerá de uma reforma profunda.
Do lado dos mercados financeiros, a emissão de dívida pública nos
mercados financeiros internacionais deverá ocorrer em 2014, naquele
que será um importante passo para desenvolver o mercado financeiro
angolano.
31
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Síntese da actividade
Marcos históricos do Banco
Marketing e Comunicação
Principais Segmentos de Negócio
Rede de Distribuição
Qualidade de Atendimento ao Cliente
Capital Humano
Gestão de Riscos
Compliance
34
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Síntese da Actividade
35
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Marcos históricos do Banco
O ano de 2013 foi o terceiro ano completo de
actividade do Standard Bank de Angola. O SBA
continua a demarcar-se como uma referência no
sistema financeiro Angolano, tendo sido distinguido
novamente este ano com vários prémios
internacionais que reconheceram o SBA como o
melhor Banco de Investimento e Banco Mais
Inovador de Angola.
Em 31 de Dezembro, o Banco termina o ano com 15 agências abertas, 352 colaboradores e 10.264 Clientes.
Durante este ano, o Banco ultrapassou o milestone de AOA 130 mil
milhões em depósitos de clientes, os quais procurou canalizar para o
financiamento da economia angolana tendo atingido os AOA 35 mil
milhões em crédito a Clientes, com um rácio de conversão de
25,31%.
Em Outubro, o Capital Social do SBA foi aumentado para AOA 9,530 milhões (USD 100 milhões). Este aumento de capital foi subscrito por meio de novas entradas em dinheiro, realizadas pelo Standard Bank Group Limited e pela AAA Activos, Lda., tendo esta última passado a deter 49% do Capital Social do Banco. Este aumento de capital foi um marco importante, não só em termos do reforço dos Fundos Próprios do Banco, mas sobretudo
pela entrada de um accionista angolano no capital do SBA, o que permitirá o desenvolvimento de uma parceria estratégica.
Durante 2012, o SBA recebeu vários prémios e distinções, dos quais se destacam:
2013
Em 31 de Dezembro, o Banco termina o ano com 26 agências abertas, 1 centro de empresas e 5 postos de atendimento, 498 colaboradores e mais de 16.000 Clientes.
Em Maio, os Fundos Próprios Qualificados do SBA cresceram em USD 30 milhões, por via da colocação de dívida subordinada junto do Standard Bank Group Limited. Este reforço de Fundos Próprios foi um marco significativo uma vez que permite o alargamento de limites regulamentares importantes ao crescimento da sua actividade, possibilitando nomeadamente manter a estratégia de crescimento através do financiamento da economia Angolana com operações de montante mais elevado.
Durante 2013, o SBA recebeu novamente vários prémios e distinções, dos quais se destacam:
Banco mais Inovador em Angola 2013 pela Revista Global Banking & Finance Review;
Melhor Banco de Investimento em Angola pela EMEA Finance Africa Awards 2013;
Melhor Banco de Investimento em Angola 2013 pela Global Finance;
Banco Mais Inovador em Angola 2013 pela International Finance Magazine.
2012
Melhor Trade Finance Bank da África Subsariana e Deal of the Year para Angola;
Melhor Banco de Angola pela Revista Global Banking & Finance Review;
Melhor Banco Universal em Angola pela Revista Capital Finance Internacional;
Melhor Banco de Investimento em Angola pela EMEA Finance Africa Awards;
Melhor Banco de Investimento em Angola pela Global Finance Magazine.
2011
Em 31 de Dezembro, o Banco termina o ano com 3 agências abertas, 166 colaboradores e 1.955 Clientes.
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Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Síntese da Actividade
Abertura das três primeiras agências do Banco em Luanda.
Em 11 de Agosto, foi efectuado um aumento do Capital Social do Banco para AOA 4.599 milhões (USD 50 milhões), totalmente
subscrito e realizado pelo Standard Bank Group Limited, que manteve a sua participação de 99,99%.
2010
Em 31 de Dezembro, o Banco termina o ano com 45 colaboradores e 82 Clientes.
Em 27 de Setembro, o SBA deu início à sua actividade.
Em 30 de Março, o Banco foi constituído por escritura pública, com um Capital Social de AOA 2.301 milhões (USD 25,5 milhões).
Em 9 de Março, o Banco obteve a autorização do BNA para operar no mercado nacional.
37
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Marketing e Comunicação
Ao longo destes primeiros anos de actividade, a política de
Comunicação e Marketing do Banco teve como foco o reconhecimento
da marca Standard Bank em Angola, destacando a sua experiência,
credibilidade e presença expressiva em África.
A estratégia de Marketing e Comunicação do Standard Bank de Angola
durante o ano de 2013 assentou no contínuo desenvolvimento da
marca. Para consolidar o trabalho que tem sido feito no que respeita à
marca, foi também feita uma aposta relevante na promoção de
produtos e serviços tendo como objectivo ir cada vez mais de encontro
às necessidades dos clientes SBA.
Para suportar esta estratégia foram desenvolvidas várias campanhas
Below the Line e Above the Line, que se basearam em comunicação
de produtos através dos principais meios de comunicação, tais como
outdoors, imprensa escrita, merchandising, marketing digital, entre outros.
Campanha de Produtos
Durante o ano de 2013 foram desenvolvidas as seguintes campanhas
de produtos:
Adicionalmente, foi dada a devida relevância a cada um dos segmentos do Banco, sendo criadas campanhas de produtos que são direcionadas para
segmentos específicos.
38
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Síntese da Actividade
Campanha de Vendas
Ainda em 2013, foi criada uma campanha de vendas com o objectivo
de impulsionar a angariação de novos clientes e promover a utilização
das contas da actual carteira de clientes. Ao fazê-lo qualquer cliente
particular estaria habilitado a ganhar uma viagem a Cape Town, para
duas pessoas, com tudo incluído.
Como Banco inovador, temos apostado fortemente no Marketing
Digital pois acreditamos que é sem dúvida um dos meios mais
assertivos na comunicação com os segmentos que o Banco pretende
trabalhar. Assim sendo, reforçámos a comunicação através dos
seguintes canais:
Facebook
Através da nossa página do Facebook comunicamos de uma forma
muito dinâmica e proactiva todas as nossas iniciativas, tais como
novos produtos, serviços, eventos, campanhas promocionais,
podendo os nossos clientes pronunciarem-se sobre essas mesmas
iniciativas, reforçando proximidade.
39
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
E-mail marketing & SMS Marketing
Standard Bank Day
O e-mail marketing e o SMS têm sido dos canais mais utilizados para
comunicar com os Clientes Standard Bank de Angola durante o ano
de 2013.
O Standard Bank Day consiste na visita a empresas que têm
protocolo com o SBA, com o intuito de apresentar de forma
detalhada os produtos e serviços que temos disponíveis bem como dar um apoio personalizado aos colaboradores destas empresas no acto de adesão aos mesmos. Estas acções são
realizadas ao longo do ano, mediante acordo prévio com a
Direcção de cada empresa.
Através destes, efectuámos diversas comunicações, tanto genéricas para
toda a nossa carteira de Clientes, como para segmentos específicos.
Alguns dos exemplos de comunicações realizadas foram:
Newsletter endereçada aos clientes Private;
Evento de Promoção do Crédito Automóvel
Comunicação aos segmentos dando ao conhecer os serviços personalizados que estão disponíveis para cada um deles;
Em parceria com a empresa TDA, e durante a apresentação de
um novo modelo de veículos, o SBA aproveitou a oportunidade
de estar presente neste evento para promover o seu produto de
Automóvel. Este tipo de iniciativas continuará a ser um dos focos
do SBA durante o ano de 2014.
Comunicação de novos produtos e serviços;
Notas informativas sobre o sector bancário ou informação relevante sobre o mercado;
Outras promoções pontuais.
Banners
No ano 2013 iniciámos a promoção de produtos e serviços através do
motor de busca da Sapo Angola e através de alguns jornais e revistas
online.
Eventos
Durante 2013, o Banco realizou várias campanhas de comunicação e
promoção da marca e participou em alguns eventos sociais, culturais
e desportivos, com destaque para os seguintes:
Inauguração de Novas Agências
Por forma a dar a conhecer as novas agências que foram abertas nas diferentes províncias durante 2013, o Banco organizou a inauguração das mesmas, convidando clientes, comunicação social e membros do Governo para poderem participar e celebrar estes feitos, destacamos nomeadamente:
Inauguração da Agência Namibe: 28 de Março 2013
Inauguração da Agência Ondjiva: 11 de Agosto 2013
Inauguração da Agência Maxi - Porto Amboim: 25 de Março 2013
Inauguração da Agência Torre Elysée: 28 de Outubro 2013
Inauguração da Agência Cabinda: 29 de Outubro 2013
Prova de Vinhos
Aproveitando a oportunidade de inaugurar nossa primeira
agência Private e Centro de Empresas, foi realizada uma prova
de vinhos para os nossos clientes Private e clientes Empresa.
40
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Síntese da Actividade
Fórum Poupança
Fórum sobre o Mercado Financeiro em Angola
O Standard Bank de Angola marcou presença no 1º Fórum
Poupança promovido pelo BNA, que decorreu de 31 de Outubro
a 5 de Novembro, tendo como principal objectivo incentivar a
população Angolana à poupança e dar a conhecer os produtos e
serviços disponíveis no mercado.
Durante este Fórum foi sorteado um Ipad por todos os clientes
que procederam à abertura de conta naquele momento ou
aderiram a qualquer um dos produtos de poupança do SBA.
O encontro organizado pela Comissão de Mercados e Capitais e
o Standard Bank de Angola, abordou os desafios e as
oportunidades no mercado angolano.
Campanha de vacinação contra a paralisia
infantil
5º Fórum de Negócios Alemanha-Angola
Evento organizado pela Embaixada de Alemanha e patrocinado
pelo Standard Bank, com o pacote Ouro. O primeiro painel com o
tema “Investir em Angola” foi apresentado pelo Banco.
Dia nacional da África do Sul
O Standard Bank patrocinou a celebração do dia nacional da África
do Sul, o acto decorreu nas instalações da embaixada daquele país
e permitiu a reafirmação dos laços entre Angolanos e sul-africanos.
Missão empresarial do Reino Unido em Angola
Evento organizado pela Embaixada do Reino Unido em Angola com
o patrocínio do Standard Bank, o encontro teve como principal
objectivo o estreitamento das relações entre investidores britânicos
e empresários angolanos com vista a identificação de
oportunidades de negócios.
Acção desenvolvida no âmbito da luta para erradicação de um dos
maiores males da saúde em África. Contou com a participação de
voluntários do Standard Bank de Angola em benefício das crianças
com idades até aos 5 anos.
41
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Dia Internacional – Nelson Mandela
Natal Azul
Evento cíclico, promovido pela embaixada da África do Sul, com
objectivo de ajudar fundamentalmente crianças e idosos
necessitados. O Standard Bank contribuiu com bens de primeira
necessidade e foi passada uma mensagem de acolhimento aos
moradores e trabalhadores do lar. Este evento contou com a
participação do Standard Bank de Angola e outras empresas
Sul-africanas, e reverteu a favor dos idosos acolhidos pelo lar da
Terceira Idade Beiral.
Evento realizado por voluntários Standard Bank de Angola no
Centro de Acolhimento de Meninas Horizonte Azul, no dia de
Natal. O Standard Bank doou bens de primeira necessidade,
materiais escolares e brinquedos às meninas em regime de
internato e outras crianças da comunidade convidadas para a
confraternização de Natal.
Fórum de comércio Estados Unidos da
América - Angola
O evento foi promovido pela Câmara de Comércio EUA – Angola
e reuniu vários investidores e potenciais investidores para o
mercado angolano. Para além do patrocínio, o Standard Bank foi
um dos principais oradores, representado pelo Eng.º. Pedro Pinto
Coelho.
Conferência Internacional de Petróleo e Gás
O Evento promovido pela AOIGACE (Angola International Oil & Gas
Conference and Exhibition). Participação do Standard Bank de
Angola, contando também com a presença do Ministério dos
petróleos, de empresas do sector petrolífero, energia e do sector
financeiro.
42
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Síntese da Actividade
O modelo organizacional de negócios do
STANDARD BANK DE ANGOLA
encontra-se dividido em dois segmentos
principais: Personal & Business Banking
(Particulares e Pequenas e Médias
Empresas) e Corporate & Investment
Banking (Banca de Investimento e Grandes
Empresas).
O modelo de negócio adoptado privilegia o Cliente,
procurando construir relacionamentos de longo prazo e
oferecendo soluções de negócios inovadoras e
individualizadas para cada Cliente. Alinhando a sua
estratégia com a do Grupo e com as melhores práticas na
abordagem aos Clientes, o SBA adoptou uma estratégia
centrada no Cliente procurando soluções que vão ao
encontro das suas exigências.
Este foco estratégico originou a segmentação da base de
Clientes a fim de melhorar a visão sobre as suas
necessidades, a alteração dos seus comportamentos ao
longo do tempo e a forma como o Banco poderá
responder a essas necessidades e mudanças, de modo
mais eficiente e ao mesmo tempo acrescentando valor
para os seus Clientes.
43
O Banco
Enquadramento
macroeconónico
Introdução
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Personal &
Business Banking
Presta serviços bancários e outros serviços financeiros a clientes particulares e a
pequenas e médias empresas.
Produto Bancário
Crédito concedido (Bruto)
AOA 1.993 milhões
AOA 10.179 milhões
2012
2012
AOA 750 milhões
AOA 3.736 milhões
Taxa de crescimento do crédito
Taxa de crescimento dos depósitos
Número de agências
Número de clientes
2013
2012
172%
5,426%
42%
308%
26
15
16.316
10.264
Prioridades
Prestar um serviço de de excelência aos clientes
A revolução digital está a alterar a forma como clientes e empresas interagem:
Simplificar tecnologias e uniformizar processos
Oferecer um conjunto de canais de distribuição integrados e tecnologia de nível superior, em termos de eficiência
Investimento nos sistemas informáticos de negócio
Focados no controlo de custos
Presença estratégica nos principais centros económicos do País
44
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Síntese da Actividade
O segmento de Particulares e Pequenas e Médias
Empresas do Standard Bank de Angola está
direccionado para Particulares (Personal Markets) e
Pequenas e Médias Empresas (Business Banking).
Personal Markets inclui os segmentos de Private
Banking, Executive Banking e Personal Banking.
Business Banking inclui os segmentos de Banca
Comercial e Pequenas e Médias Empresas.
A Direcção de Particulares é responsável pela definição da estratégia,
formulação, alinhamento e implementação de soluções para os
Clientes Particulares do mercado Angolano. O relacionamento com
estes Clientes é liderado por gestores de contas, capazes de
estruturar as necessidades financeiras de cada Cliente, a fim de
avaliar correctamente quais os produtos e serviços disponibilizados
pelo Standard Bank de Angola mais adequados à satisfação das
necessidades e expectativas dos Clientes.
A Direcção de Pequenas e Médias Empresas tem como objectivo
oferecer soluções financeiras apropriadas e eficazes para as empresas
através de uma equipa de gestores focados nos negócios e especialistas
na definição e estruturação de operações para cada negócio. Para
servir as necessidades financeiras destes Clientes, o Standard Bank
de Angola oferece uma gama diversificada de produtos, que se
destinam a responder às necessidades de curto, médio e de longo
prazo do Cliente, por meio do comércio internacional, investimento e
soluções próprias. A nossa estratégia é servir a cadeia de valor dos
Clientes, desde o mais básico ao mais sofisticado serviço financeiro, e
manter elevados padrões de qualidade do serviço ao Cliente
mantendo sempre a eficiência de custos.
As Direcções de Private Banking e Executive Banking oferecem uma
gama completa de soluções de gestão de fortunas, tanto para
Clientes privados como para Clientes institucionais. Estes segmentos
dispõem de soluções personalizadas, incluindo serviços de gestão de
activos, administração de fundos, serviços bancários institucionais,
serviços bancários offshore e serviços de Clientes privados. Oferece
ainda serviços fiduciários para o estabelecimento de veículos de
investimentos e holdings de investimento. A nossa presença em
mercados desenvolvidos e emergentes permite-nos diagnosticar e
explorar as novas oportunidades de negócio para os nossos Clientes
e para o Banco.
Em 2013, o SBA assistiu ao ritmo elevado de crescimento iniciado em
2012, tendo chegado aos 16.000 Clientes. A rede de agências
cresceu para um total de 26 agências, 9 das quais localizadas fora de
Luanda estando distribuídas ao longo do país, contando ainda com um
centro de empresas e cinco postos de atendimento. A expansão da
oferta de produtos prosseguiu com a criação e desenvolvimento de
um leque de produtos tais como cartão de crédito, leasing (VAF),
depósitos a prazo, trade finance e bancassurance. Adicionalmente,
assistiu-se à expansão dos canais tradicionais, tais como rede de
agências e ATM’s, terminais de pagamento automático, Internet
Banking e Call Center. Os protocolos estabelecidos com as empresas
para oferta de produtos com condições vantajosas aos colaboradores
dessas entidades e domiciliação dos ordenados pagos, contribuiu
também para o aumento significativo do número de Clientes e
transacções.
Para 2014, o SBA pretende manter o ritmo de crescimento
sustentado no desenvolvimento de novos produtos, serviços e canais
de comunicação, bem como no reforço da equipa de vendas. Existirá
um grande foco em prestar um serviço premium aos Clientes do
Banco assim como manter o nível de excelência operacional.
45
O Banco
Enquadramento
macroeconónico
Introdução
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Corporate &
Investment Banking
Presta serviços bancários transaccionais, assessoria financeira e soluções cambiais e de
gestão de risco ao Estado, grandes empresas e instituições financeiras.
Produto Bancário
Crédito concedido (Bruto)
AOA 5.507 milhões
AOA 24.498 milhões
2012
2012
AOA 3.452 milhões
AOA 6.146 milhões
2013
2012
299%
1,228%
Taxa de crescimento dos depósitos
58%
51%
ROE
11%
1%
Cost-to-income ratio
76%
104%
Taxa de crescimento do crédito
Prioridades
Foco no serviço ao cliente
Manter a performance financeira
Manter a disciplina em termos de ponderação de activos:
Alocação eficiente do capital
Criar valor para os accionistas
Gestão activa do risco operacional, de crédito e de mercado
Oferta de um conjunto de canais de distribuição integrados com base em tecnologias internacionais eficientes
Capital humano motivado e dedicado
46
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Síntese da Actividade
O segmento de Banca Corporativa e de
Investimento do Standard Bank de Angola oferece
aos seus clientes uma gama alargada de serviços de
excelência direccionada às suas necessidades de
financiamento, trading, investimentos e assessoria
financeira.
A estratégia deste segmento tem por base a abordagem à cadeia de
valor do Cliente CIB, servindo os seus colaboradores, clientes e
fornecedores, procurando ser reconhecidos pela nossa Excelência de
Serviço e a Inovação.
A especialização sectorial em recursos naturais, a nossa capacidade de
interligar mercados Africanos e internacionais, complementada por
uma sólida reputação e fortes conhecimentos especializados dos
vários produtos, colocam o Standard Bank numa posição competitiva
única em Angola.
Banca Corporativa e de Investimento
Global Markets
Banca de Investimento
Financiamento
Estruturação
financeira
Empréstimos
MLP
Advisory
Avaliações de
empresas
Trading
Instrumentos de
Dívida Pública:
BT
OT
Fusões &
Aquisições
Project Finance
Debt Capital
Markets
Mercado
Monetário
Soluções integradas
e inovadoras de
pagamentos e
transferências
Forex
Taxa de Juro
Crédito
Global Markets
Research
Capital Raisings
Client
Coverage
Mercado
Monetário &
derivados
FX
Leveraged &
Acquisition Finance
Produtos e
Serviços
Transaccionais
Originação,
acompanhamento e
gestão da relação
com os clientes de
grandes empresas
Gestão de fluxos
de tesouraria
Trade Finance
Garantias
Bancárias
Property Finance
Assessoria de
Rating
Recolha de valores
Produtos
Serviços
47
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
A Direcção de Grandes Empresas tem a responsabilidade de originar,
acompanhar e fidelizar os Clientes Corporate do SBA utilizando para
tal o conhecimento, presença e credenciais de experiência do Grupo
Standard Bank. A abordagem do Standard Bank tem o cliente como
entidade central do serviço prestado.
As Direcções de negócio da divisão de Banca Corporativa e de
Investimento desenvolveram uma actividade intensa durante o ano
de 2013 que resultou num elevado crescimento da divisão. As
receitas totais (Produto Bancário) cresceram 65%, tendo a Margem
Financeira evoluído 63% em 2013. Tanto a carteira de crédito como
o total de depósitos da Banca Corporativa e de Investimento mais do
que duplicaram face a 2012 reflectindo a confiança dos nossos
clientes e a credibilidade do Standard Bank no mercado.
A Banca de Investimento disponibiliza aos seus Clientes um serviço
completo de soluções, desde montagem e tomada firme de
financiamentos de longo prazo à estruturação de produtos complexos
e especializados. Os nossos produtos incluem: Financiamentos
Estruturados, Leveraged and Acquisition Finance, Project Finance,
Reestruturação Financeira, Assessoria Financeira e Corporate
Finance, Fusões e Aquisições, Dívida de Mercado de Capitais e
Financiamento Imobiliário, entre outros.
O Standard Bank de Angola dispõe de uma equipa de profissionais
especializados em sectores relevantes como Petróleo e Gás, Indústria
Mineira, Energia e Infra-Estruturas, Telecomunicações e Media,
Governo e Sector Público. Pelo contínuo processo de
aprofundamento do conhecimento de todos os intervenientes na
cadeia de valor dos mais variados sectores, encontramo-nos aptos a
desenvolver e a oferecer soluções abrangentes e globais adaptadas
às necessidades individuais e específicas de cada transacção e de
cada Cliente. A presença internacional do Standard Bank permite-nos
coordenar e executar todos os serviços bancários e necessidades de
financiamento dos nossos Clientes dentro do continente africano,
bem como entre diferentes continentes.
O ano de 2013 ficou marcado pela atribuição ao Standard Bank de
Angola de diversos prémios internacionais por três reputadas
publicações da área, que reconheceram o Standard Bank de Angola
como o melhor banco de investimento de Angola. Os prémios
recebidos foram o Best Investment Bank in Angola pela EmeaFinance
Africa Banking 2013, Most Innovative Bank 2013 pela Global
Banking & Finance Review e o Best Investment Bank in Angola 2013
pela Global Finance Magazine nos seus prémios anuais ao sector
bancário internacional.
Durante 2013 o segmento de Banca Corporativa e de Investimento
participou em várias operações de grande dimensão com entidades
públicas e privadas em Angola, e completou 8 operações de crédito
totalizando mais de USD 200 milhões bem como operações de
assessoria financeira. A Direcção mais do que duplicou a sua carteira
de crédito face ao ano anterior, pretendendo continuar a desenvolver
a actividade para consolidar a imagem de rigor, excelência de
conhecimento e inovação financeira no mercado Angolano.
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
A Direcção de Mercado de Capitais do Standard Bank de Angola
oferece aos seus Clientes actividades de Trading bem como soluções
de gestão de risco a exposições de câmbios, taxas de juros, crédito e
commodities, com o foco nas estratégicas de investimento e de
cobertura de risco dos Clientes. O Standard Bank de Angola está
numa posição única para fornecer serviços e produtos de gestão de
tesouraria aos Clientes, tanto em produtos estandardizados como
produtos personalizados, apoiados num sólido conhecimento de
mercados emergentes em particular dos mercados africanos.
Durante o ano de 2013, a Direcção de Mercado de Capitais do
Standard Bank Angola movimentou mais de USD 2,2 mil milhões em
transacções no mercado cambial, tendo participado activamente na
dinamização do mercado monetário interbancário e nos leilões de
títulos tanto do Banco Nacional de Angola como do Ministério das
Finanças.
A Direcção de Banca Transaccional oferece produtos que têm como
objectivo acrescentar valor à forma como os nossos Clientes lidam
com o ciclo de gestão de caixa dos seus respectivos negócios. Cada
vez mais os nossos Clientes têm feito uso da nossa intermediação
face os desafios vividos pelos mesmos durante a gestão de liquidez.
Esforçámo-nos para introduzir continuamente soluções que permitam
tanto uma melhor gestão de liquidez, bem como uma circulação cada
vez mais eficiente de fundos.
Os novos desafios que se colocam à divisão de Banca Corporativa e
de Investimento centram-se em soluções automáticas de pagamento
para clientes, continuação do investimento em ferramentas de
internet e mobile Banking e novos conceitos para cobertura de risco
de taxa de juro e cambial. O Mercado de Capitais em Angola é outro
tema de grande relevo no qual o Standard Bank tem vindo a trabalhar
e que se estima venha a sofrer grandes desenvolvimentos nos
próximos anos. O Standard Bank de Angola pretende posicionar-se
como um Banco líder nesta área.
48
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Síntese da Actividade
49
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Rede de Distribuição
Com o objectivo de oferecer uma qualidade de
serviço e um crescente acesso aos serviços
bancários, o Standard Bank de Angola tem em
curso um programa de alargamento da rede
comercial do país. Em 2013 foram abertas 11
novas agências, totalizando 26 agências, 1 centro
de empresas e 5 postos de atendimento. O
objectivo é terminar 2014 com um total de 30
agências distribuídas por todo o país.
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
50
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Síntese da Actividade
Em 31 de Dezembro de 2013, a distribuição das agências do Banco era a seguinte:
Agências
Morada
Amílcar Cabral
Luanda
226 433 491
Rua Lenine, 58 R/C Esq. Luanda, Edifício AAA
Luanda
226 433 194
Avenida António Agostinho Neto S/N
Luanda
226 433 200
Rua Ginga Mbandi S/N
Luanda
226 433 203
Condomínio Belas Business Park - Edif. Cuando Cubango R/C
Luanda
226 432 659
Condomínio - Dolce Vita,Via S/8,Lote F1 | Av. Talatona, Luanda Sul
Luanda
226 433 242
Estrada Camama Viana nº 94 e 95
Luanda
226 432 685
Largo 4 Fevereiro, n.º 7
Luanda
226 432 668
Rua Marien Ngouabi Nº85
Luanda
226 432 234
Edifício “Boavista”, junto ao Terminal de Contentores n.º II
Luanda
939 474 531
Rua Rei Katyavala e Rua Liga Africana, Ingombotas
Luanda
226 433 227
Intersecção com o desvio para o Sanatório
Luanda
226 432 683
Edifício Torre Ambiente - Travessa Joaquim Figueira R/C - Loja 4
Luanda
226 432 684
Rua Ho Chi Minh
Luanda
226 434 881
AAA-Praia do Bispo
AAA-Viana
Belas Business Park
Ginga Shopping
Hotel Presidente
Maianga
Mateba
Rei Katyavala
Shoprite Palanca
Torre Ambiente
Número de telefone
Rua Amílcar Cabral, 21 R/C
AAA-Lenine
Dolce Vita
Província
Gika Loja E
Torre Elysée
Rua Rainha Ginga Nº29
Luanda
226 434 886
Rua Direita de Viana, km 25
Luanda
226 434 847
Centro Comercial Belas Shopping - Av. Talatona S/N
Luanda
226 433 184
Rua Garcia da Orta, S/N
Huambo
226 433 254
Bloco 26, Bairro de São Luís, Zona da Avenida do Aeroporto
Huambo
226 432 687
Avenida Libertadores de Angola - Lobito, Benguela
Benguela
226 432 688
Rua Cdte Kussuma S/N , Porto Amboim
Kwanza Sul
226 433 248
Avenida do Lubango, S/N Edifício AAA
Huíla
226 433 245
Plot 254, Bairro Comandante Cowboy
Huíla
226 433 101
AAA-Ondjiva
Rua Angelina Tavares Carina S/N, Edifício AAA
Cunene
226 433 239
AAA-Cabinda
Zona do Tafe Edifício AAA
Cabinda
226 434 876
AAA-Namibe
Rua Comandante Cowboy S/N, Edifício AAA
Namibe
226 433 251
Sogepower
Shoprite Belas Shopping
AAA-Huambo
Shoprite Huambo
Shoprite Lobito
Maxi Porto Amboim
AAA-Lubango
Shoprite Lubango
Outros meios de distribuição
O Banco tem investido ainda noutros meios de distribuição como
parte da sua estratégia de reforço da sua rede comercial,
nomeadamente através da instalação de ATM’s e de um serviço de
Internet Banking.
Em 31 de Dezembro de 2013 o SBA tinha já 32 ATM’s activos e 99
TPA’s em funcionamento, concentrados sobretudo em Luanda, mas o
Banco tem o objectivo de expandir a sua distribuição por todo o país.
Adicionalmente, o número de subscritores do serviço de Internet
Banking ascendia já a 6.497.
51
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Qualidade de Atendimento ao Cliente
O principal objectivo do Banco é a qualidade do
atendimento e dos serviços prestados aos
Clientes, garantindo que estes tenham uma
experiência de excelência junto do SBA.
Para além da gestão e controlo de reclamações, que dá seguimento às
solicitações dos Clientes, a área de Qualidade de Atendimento faz
uma análise detalhada de todos os processos e procedimentos que
geraram cada reclamação, redesenhando-os sempre que necessário,
de modo a evitar que haja reincidência das ocorrências.
Adicionalmente, esta área juntamente com a equipa de Formação e
Desenvolvimento de Talentos, definem formações e acções de
renovação de conhecimentos dirigidas a todas as equipas do SBA.
Durante 2013, o SBA realizou um inquérito de satisfação de Clientes
com os seguintes resultados:
Clientes Empresas: Avaliação acima de 7 de 10 pontos, 60% dos 36 Clientes entrevistados;
Clientes Private: Avaliação acima de 7 de 10 pontos, 63% dos 46 Clientes entrevistados;
Clientes Particulares: Avaliação acima de 7 de 10 pontos, 79% dos 311 Clientes entrevistados.
A média das pesquisas realizadas apontou para um índice de
aprovação de 68% dos Clientes, que classificaram o SBA como
excelente, resultando numa pontuação global de 7,20 em 10 nos
diversos critérios avaliados, sendo eles:
Atendimento e receptividade das Equipas;
Apresentação e postura das Equipas;
Acessibilidade e conhecimentos dos Gestores de Relacionamento
para com seus Clientes;
Preçário, produtos e ofertas;
Organização, limpeza, acessibilidade e apresentação das Agências.
Através deste inquérito foram ainda identificados pontos de melhoria
que necessitam ser implementados, o que impulsionou a optimização
de processos, prioritizando a agilidade na entrega de produtos e
serviços aos nossos Clientes com maior qualidade e eficiência.
Outro factor relevante em 2013 foi a identificação da importância da
introdução de um processo mais eficiente de abertura de contas, que
permita maior rapidez e eficiência na gestão de pedidos de produtos
associados a conta-corrente/poupanças/investimentos. Foi ainda
identificada a necessidade de implementar melhorias no sistema de
Internet Banking, com mais opções disponíveis para os nossos
Clientes, reduzindo a necessidade de estes se deslocarem fisicamente
às agências e aumentando, desta forma, o seu conforto e segurança.
Estes projectos tiveram início em 2013, estando prevista a sua
implementação efectiva no decorrer de 2014.
Em 2013 foi ainda realizado um trabalho de Cliente Mistério que
permitiu uma avaliação mais precisa dos profissionais do Banco.
Para 2014, o desafio para o Standard Bank de Angola é reduzir o
número de reclamações e com isto aumentar o nível de satisfação
dos nossos Clientes. Acreditamos que este resultado será alcançado
em breve com a introdução dos novos projectos já mencionados.
52
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Síntese da Actividade
53
O Banco
Enquadramento
macroeconónico
Introdução
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Capital Humano
A fim de construir uma instituição financeira sólida,
rentável e que seja um modelo de excelência, o
Standard Bank de Angola desenvolveu a capacidade
de atrair e reter novos talentos. O SBA tem feito
um investimento significativo em capital humano,
criando equipas equilibradas, compostas
principalmente por jovens profissionais Angolanos.
Em 31 de Dezembro de 2013, a distribuição etária dos efectivos do
Banco comprova a aposta clara em profissionais jovens, até aos 30
anos:
5%
13 %
< 25 anos
25 - 30 anos
36 %
O Banco tem implementado um processo de selecção rigoroso, que
observa os seguintes passos: análise curricular da experiência e
adequação à função; realização de testes de aptidão recomendados
para a função; e entrevistas individuais com a Direcção de Recursos
Humanos e a Direcção da função que se pretende preencher.
Com o crescimento continuado do negócio, o Standard Bank de
Angola tem vindo a criar mais postos de trabalho, tendo
proporcionado um recrutamento directo crescente de pessoal
nacional jovem. Em 31 de Dezembro de 2013, o quadro de pessoal
do Banco era composto por 498 colaboradores.
46 %
> 40 anos
A distribuição dos efectivos do Banco por nível de escolaridade, em
31 de Dezembro de 2013, demonstra o investimento do Banco em
profissionais com formação superior:
Apresentamos de seguida a evolução do número de colaboradores:
Licenciatura
Bacharelato
35 %
50 %
498
600
500
253
245
187
88
78
45
17
100
28
200
165
166
300
0
2010
F
2011
M
2012
Total
2013
Pré-Universitário
Frequência Universitária
4%
4%
352
400
31 - 40 anos
7%
Curso Médio
54
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Síntese da Actividade
Recrutamento
O mercado de trabalho Angolano, pelas suas características e
especificidades, tem colocado alguns desafios ao Banco,
nomeadamente a escassez de recursos qualificados, grande
competitividade entre as empresas pelos recursos existentes, risco
permanente de saída de quadros qualificados dada a riqueza de vagas
em aberto no mercado, o que exige uma estratégia de capital
humano focada na formação e motivação profissional de forma a
reter os melhores quadros.
O compromisso com o projecto de Angolanização e a escassez de
quadros no mercado local incentivam o SBA a participar em eventos
de recrutamento dedicados a candidatos de nacionalidade angolana a
residir no estrangeiro. O Banco assumiu o compromisso de auxiliar a
sua reintegração na sociedade e mercado de trabalho angolano
através de acções de suporte específico.
Seguem alguns dos eventos nos quais o SBA marcou presença
durante 2013:
O SBA aposta fortemente em programas de formação e desenvolvimento
inovadores e alinhados com os objectivos e necessidades de cada
departamento do Banco, estabelecendo parcerias com instituições
credíveis e reconhecidas e desenhando programas de
desenvolvimento com a dupla vertente técnica e comportamental.
Durante o ano de 2013 foram ministradas 30.206 horas de formação
para um total de 2.294 formandos. As principais iniciativas a nível do
desenvolvimento do capital humano do Banco foram:
Programa de recorrência mensal que visa facilitar a integração dos
novos colaboradores dando-lhes uma visão geral da história do
Standard Bank a nível global e local, missão, valores, estrutura
organizacional, objectivos gerais de cada Direcção, produtos e
serviços e objectivos estratégicos do Banco. Dá igualmente
oportunidade aos novos colaboradores de conhecerem os principais
interlocutores de todas as Direcções do Banco facilitando desta
forma a adaptação à cultura e modus operandi do Banco.
Elite Angolan Careers – Lisboa, Março 2013
Elite Angolan Careers – Luanda, Junho 2013
Elite Angolan Careers – Cape Town, Novembro 2013
Programa de Acolhimento para novos colaboradores
Programas de Liderança
Programa de desenvolvimento de competências comportamentais
essenciais para o desempenho de excelência, promove relações
interpessoais positivas que contribuem para o alcance dos objectivos
individuais e de equipa e realça a importância da comunicação como
meio fundamental para o sucesso das equipas e desenvolvimento
individual.
Para além destes eventos, o Banco estabelece ainda protocolos e
relações próximas com as Universidades nacionais, tendo participado
nos seguintes eventos durante o ano de 2013:
Universidade Católica de Angola – Julho 2013
Primeiro Executive Master em Gestão Bancária, com a Universidade
Católica do Porto e de Luanda, como estratégia de retenção de
talento.
Instituto Superior de Ciências Sociais e Relações Internacionais CIS – Outubro 2013
Universidade Metodista de Angola – Outubro 2013
Formação
A prioridade do Banco é a participação activa na formação dos seus
colaboradores, com particular ênfase na evolução da carreira pessoal,
de modo a continuar a justificar o reconhecimento como Banco de
referência em Angola. Ainda neste âmbito, o SBA continua a
implementar uma cultura de transferência de conhecimentos da sua
equipa mais experiente e com mais qualificações, para os
colaboradores mais jovens.
O SBA acredita que a liderança assenta em valores sólidos mas
também, e fundamentalmente, num Capital Humano com o potencial
necessário para entregarmos a excelência de serviço a que nos
propusemos. Desta forma, e com o compromisso permanente de
identificar atrair e seleccionar talento local que possa contribuir para
a missão e plano estratégicos, o Banco procura sustentar esta
estratégia com base na criação de um ambiente de aprendizagem e
oportunidades de desenvolvimento constantes.
Executive Master em Gestão Bancária
55
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Formações Técnicas Específicas
Diversas formações realizadas pelo Banco direccionadas às necessidades específicas de cada área:
Formação
Localização
Total de Horas
Total de participações
Executive Master: Gestão Bancária
No país
5.600
20
Customer Experience
No país
1.968
123
Risco de Crédito para Empresas
No país
1.600
40
Fundamentos do Negócio Bancário
No país
1.160
29
Vendas The Standard Bank Way
No país
976
61
AML & KYC (Formação de Compliance)
No país
626
161
Employee Performance Management (EPM) - Acolhimento
No país
608
152
Especialização em Negócio Bancário
No país
560
29
Operações internacionais e Noções gerais de crédito
No país
520
13
Acolhimento: Call Center
No país
512
outsourcing
Lançamento do Cartão de Crédito
No país
350
70
Produtos Financeiros e Bancários
No país
336
14
Produtos de Seguros - workshop
No país
252
45
Credit Application Management System (CAMS)
No país
216
30
Contas Poupança - Workshop
No país
214
107
No estrangeiro
200
5
Fundamentos do Negócio Bancário
No país
160
10
Customer Experience - Coaching for Excellence
No país
160
10
Flawless Consulting
No estrangeiro
96
3
Business Profile
No estrangeiro
48
1
SABA - Workshop
No país
44
6
Windows 7 Enterprise Desktop Support Technician
No país
40
7
Vendas The Standard Bank Way
Basics of Group Physical Security
No estrangeiro
40
1
Calypso System
No estrangeiro
40
1
Platinum Programme for Private Bankers
No estrangeiro
32
1
Conferência de Recursos Humanos
No estrangeiro
32
2
CIB Sales and Relationship Management Development Programme
No estrangeiro
24
1
CIB Credit Conference
No estrangeiro
16
1
U.S. Currency Training Seminar
No país
16
2
Salesforce para Banca de Empresas
No país
8
6
Vendas para consultores WPB
No país
5
10
Ferramenta de vendas (CRM)
No país
2
24
Outras
No país
408
60
56
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Síntese da Actividade
Programa de Integração e Mentoring para Estagiários
Programa de integração e acompanhamento para jovens recémlicenciados, com 12 meses de duração e rotatividade por várias áreas
do Banco de forma a permitir uma preparação abrangente e genérica
do negócio. O Estagiário tem um mentor que o acompanha durante
todo o período de estágio, definindo objectivos, avaliando e alinhando
o desempenho ao longo do estágio. Se a avaliação final for positiva é
oferecido ao Estagiário um posto efectivo no Banco numa das áreas
que integrou durante o período de estágio.
A visão do Banco para 2014 é dar continuidade ao forte investimento
na formação do seu capital humano, promovendo em especial os
seguintes aspectos:
Manter o foco em programas de formação inovadores, alinhados com os objectivos das diferentes áreas;
Apoiar a continuidade do Projecto Executive Master em Gestão Bancária a fim de desenvolver e reter talento;
Desenvolver e implementar um programa de acolhimento específico por área;
Deslocações a áreas de Excelência do Standard Bank Group:
Viagens a diferentes geografias onde o Banco está presente que
permitem períodos de observação, exposição e partilha de práticas
de excelência existentes dentro do grupo.
Programas de Desenvolvimento na Academia de Liderança do Grupo:
Destes programas destacam-se o Foundation Leadership Training, o
Management Essentials Programme, o Team Leader Programme e o
Branch/Regional Management Development Programme.
Programa de Mobilidade Internacional de quadros Angolanos:
O objectivo deste programa é o de permitir que quadros do painel de
talento Angolano possam passar períodos de 12 a 24 meses em
“expatriação” de maneira a optimizar as suas competências e
experiência para que no regresso possam assumir postos de maior
responsabilidade.
Deter um espaço para formação capaz de dar resposta às necessidades do Banco.
57
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Gestão de Riscos
O Standard Bank Group dispõe de uma estrutura
organizativa que, assente em princípios de uma
gestão de riscos avançada, preserva a independência
da função, mantendo a proximidade às áreas de
negócio onde os riscos geralmente têm origem.
De acordo com a estrutura do Grupo, o Presidente da Comissão
Executiva é responsável pelo Sistema de Gestão de Riscos do Banco,
garantindo um desenho adequado e a operacionalidade dos controlos,
com base nos requisitos e orientações do Grupo. O Presidente da
Comissão Executiva é apoiado nesta responsabilidade pelo Chief Risk
Officer (CRO), que é um órgão independente responsável pela Função
de Gestão de Riscos do Banco, tendo como principais objectivos o
acompanhamento e avaliação do Sistema de Gestão de Riscos e o
aconselhamento ao Conselho de Administração em matéria de Risco.
Esta função é responsável essencialmente pelos Riscos de Crédito,
Mercados, Taxa de Juro, Cambial, Liquidez, Operacional, Estratégico,
Reputacional, Cumprimento e Sistemas de Informação. Para garantir a
independência desta função, o CRO reporta ao Presidente da Comissão
Executiva do Banco e ao CRO do Standard Bank Group.
Legenda 1
Função da Gestão de Risco
A função da Gestão de Risco promove, coordena, facilita e apoia o
desenvolvimento dos processos de gestão de risco. Nestes termos,
tem como principais objectivos o acompanhamento e avaliação do
Sistema de Gestão de Riscos e o aconselhamento ao Conselho de
Administração em matéria de Risco.
O Standard Bank de Angola serve-se da gestão de riscos como
instrumento que permite a optimização do uso do capital e a selecção
das melhores oportunidades de negócio, optimizando a relação entre o
Risco/Retorno para melhor responder às necessidades dos nossos
accionistas. A política de gestão de riscos no SBA tem por objectivo
gerir e controlar activamente a exposição à incerteza e está alinhada
com os objectivos globais do Standard Bank Group. Neste sentido, o
Banco tem-se dotado de elementos qualitativos (estrutura, sistemas e
procedimentos), e quantitativos (metodologias e ferramentas)
considerados necessários para maior eficácia da gestão.
58
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Síntese da Actividade
Modelo de Gestão de Risco
O Standard Bank de Angola adoptou como modelo três linhas de actuação, o qual consideramos eficiente face aos riscos inerentes no negócio. A
responsabilidade pela gestão de risco dentro de cada linha de defesa encontra-se no nível funcional e dos comités. As linhas de reporte garantem
a segregação de funções e independência do modelo. As três linhas de actuação são descritas de seguida:
Descrição
Responsabilidades
Gestão das Unidades de Negócio e de Suporte
O principal responsável pela gestão de risco do Banco.
A apreciação, avaliação e mensuração de riscos é um
processo contínuo que está integrado nas actividades
quotidianas do negócio. Este processo inclui a
implementação de estrutura de gestão do grupo de risco,
identificação de problemas e tomada de medidas
correctivas sempre que necessário. A gestão de unidade de
negócios também é responsável por informar os órgãos de
gestão dentro do grupo.
Grupo e unidade de negócio com funções de gestão de
risco que são adequadamente independentes da gestão
de negócios
As funções de gestão de risco do grupo são primariamente
responsáveis pela definição da estrutura do grupo de
gestão de risco e políticas, proporcionando a supervisão e
informação independente para a gestão executiva através
da Comissão de Supervisão de Risco do Standard Bank
Group, e para o Conselho de Administração através do
comité de crédito, do risco, e do Comité de Gestão de
Capital.
Primeira linha
de actuação
Segunda linha
de actuação
As funções de gestão de risco das unidades de negócios
visam implementar o modelo de gestão de risco do grupo,
e política nas unidades de negócio, aprovar os riscos dentro
de mandatos específicos e fornecer uma visão geral
independente da eficácia da gestão de risco pela primeira
linha de defesa.
Terceira linha
de actuação
Função de Auditoria Interna
Fornece uma avaliação independente da adequação e
eficácia do quadro global de gestão de risco e estruturas
de gestão de risco e relatórios para o Conselho de
Administração através do Comité de Auditoria
No que respeita à segunda linha de actuação, ela é composta por
quatro funções que se passa a definir:
c. Área Jurídica: Responsável pela Gestão prudencial por região e
transaccional por tipos de produtos.
a.Finanças: Responsável pela gestão de capital (TCM), Risco de
liquidez, Carteira bancária, Risco de taxa de juro, Risco de negócio,
Gestão fiscal e Controlo financeiro.
d. Compliance: Responsável por assegurar o cumprimento de Leis e
regulamentos existentes no Banco.
b. Gestão de Riscos: Responsável pela gestão do Risco de crédito e
país, Risco de mercado, Risco operacional incluindo Continuidade dos
negócios, Confidencialidade, Gestão de coberturas (garantias e
seguros) e Gestão integrada de riscos.
Cada uma destas quatro funções é dotada de recursos, tanto a nível
central como ao nível das linhas de negócio. Os recursos destinados
às linhas de negócio suportam a gestão de negócio para garantir que
os riscos são geridos de forma eficaz e o mais próximo da fonte de
risco possível.
59
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Descrição da Gestão dos Riscos
Descrição da Gestão dos Riscos
Risco de Crédito
A gestão do Risco de Crédito no SBA fundamenta-se numa
abordagem global que abrange cada uma das fases do processo:
análise, autorização, seguimento e, quando necessário, a
recuperação.
A gestão do Risco de Crédito no Banco baseia-se ainda nas normas,
políticas, procedimentos, metodologias, ferramentas e sistemas, que
constituem um suporte básico para uma gestão prudente.
Com o objectivo de assegurar uma adequada gestão do risco, o
modelo de gestão do Risco de Crédito é suportado por uma
organização matricial, integrada na estrutura geral de controlo do
Standard Bank Group, e que envolve todos os níveis que intervêm na
tomada de decisão de risco mediante a atribuição de funções,
definição de procedimentos, circuitos de decisão e ferramentas que
delimitam claramente as responsabilidades.
Um dos principais pilares na gestão rigorosa do Risco de Crédito é a
correcta avaliação de risco dos clientes e das operações em todo o
processo desde a concessão, seguimento e recuperação de crédito.
Esta avaliação é baseada em procedimentos de análise bem definidos
e atribuição de um rating de crédito.
Nos termos do Aviso n.º 3/2012, emitido pelo BNA, as operações de
crédito são classificadas por ordem crescente de risco, de acordo com
as seguintes classes:
Nível A: Risco nulo
Nível B: Risco muito reduzido
Nível C: Risco reduzido
Nível D: Risco moderado
Nível E: Risco elevado
Nível F: Risco muito elevado
Nível G: Risco de perda
A classificação de cada operação de crédito é revista, no mínimo,
anualmente, através de uma re-aferição/avaliação dos critérios que
determinaram a sua classificação inicial: perfil económico e padrão
comportamental do proponente/cliente, e eventuais garantias
associadas, bem como o seu tipo, qualidade e montante de
cobertura.
A classificação de todos os créditos da carteira, ou daqueles cujos
devedores actuem em determinado sector da actividade económica
ou área geográfica, é revista sempre que a Comissão Executiva
entende que existe risco de alterações significativas na conjuntura
económica afectarem o risco das suas operações.
Não obstante, o Banco revê mensalmente a classificação de cada
crédito em função do atraso verificado no pagamento de parcela de
capital ou dos encargos, observando-se a classificação de todas as
operações de crédito de um mesmo cliente, para efeitos de
constituição de provisões, na classe que apresentar maior risco.
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Risco de Mercado
O departamento de Risco de Mercado é o responsável pela
monitorização das exposições assumidas pela sala de Mercados,
garantindo que estão de acordo com princípios definidos em políticas
internas do Grupo.
O controlo das operações diárias efectuado pela área de Risco de
Mercado inclui todos os riscos de mercado relevantes à actividade do
Banco, incluindo a avaliação de determinadas exposições a
sensibilidades de risco futuras. São utilizadas várias metodologias,
tais como o Value-at-Risk normal e Value-at-Risk sob stress, controlo
dos ganhos e perdas, e a agregação de riscos idênticos de múltiplas
unidades de negócio.
Os princípios da gestão dos riscos de mercado necessários para
quantificar, monitorizar e controlar a exposição ao Risco de Mercado
são os seguintes:
Identificação;
Medição;
Especificação da apetência pelo risco sob a forma de limites e alarmes;
Backtesting;
Validação do modelo;
Validação dos preços e política de reconhecimento de proveitos. As unidades de negócio aprovam periodicamente as posições e contas de resultados.
A distinção entre um limite e um alarme é a seguinte:
Limites: Servem para controlar o perfil de risco do Banco e para
garantir que o negócio opera dentro da apetência de risco do Banco.
O CGAP ou uma parte autorizada pelo CGAP aprova os limites
definidos. O incumprimento dos limites é remetido para a parte
autorizada a definir o limite e exige a tomada imediata de acções
correctivas sob a forma de alargamento ou redução do risco.
Alarmes: Os alarmes são utilizados para monitorização; alertam a
gestão quando são excedidos os limites definidos. O CGAP ou uma
parte autorizada pelo CGAP aprova os alarmes. O incumprimento dos
alarmes é remetido para a parte autorizada a definir o alarme.
A gestão do Risco de Mercado no Standard Bank de Angola preconiza
a política seguida pelo Grupo e assenta actualmente em seis pilares:
a. Política de Risco de Mercado
b. Teste de stress
c. Princípio de Valor em Risco (VaR)
d. Backtesting
e. Risco taxa de juro da carteira de crédito
f. IPV (Verificação independente do preçário)
60
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Síntese da Actividade
a.Política de Risco de Mercado
d.Backtesting
O Standard Bank Group classifica o Risco de Mercado da seguinte forma:
O departamento de Risco Mercado testa o rigor da métrica VaR
através de um processo de backtesting, ou seja, uma comparação
ex-post da medida do risco gerado pelo modelo VaR com as
alterações diárias efectivas do valor da carteira atribuíveis a
alterações das variáveis do mercado e reporta as excepções e
respectivas justificações com periodicidade mensal ao ALCO.
Risco de Mercado relacionado com instrumentos financeiros valorizados ao justo valor (MTM) e com matérias-primas.
Risco de Mercado relacionado com o risco da taxa de juro da carteira de operações bancárias, que é coberto pela política de risco da taxa de juro da carteira de operações bancárias.
Risco de Mercado relacionado com o risco de investimento na carteira de operações bancárias, monitorizado pelo Comité de activos e passivos (ALCO).
f. Independent Price Validation (IPV)
b.Teste de stress
Os testes de stress são um complemento às outras medidas de
análise de risco utilizadas pelo Banco, como o VaR e a sensibilidade a
factores de Risco de Mercado.
Estes cenários de stress são normalmente utilizados para evidenciar
exposições que podem não estar explicitamente incorporadas nos
cálculos do VaR e da sensibilidade local, tais como riscos de base ou
de correlação a posições de opções out of the money que podem dar
origem a perdas materiais em caso de ocorrência de movimentos
anormais de mercado.
Os testes de stress também procuram indicar a dimensão das perdas
provocadas por um número improvável mas possível de eventos de
choque face às actuais posições detidas.
São conduzidos testes de stress a todas as carteiras para as quais foi
calculado um VaR, destacando as variáveis de mercado a que cada
uma das carteiras é particularmente vulnerável.
c. Princípios VaR
O Banco adoptou a metodologia de simulação histórica do VaR, com
a seguinte base de monitorização das suas exposições:
Regra geral, e de acordo com os princípios e procedimentos sobre cálculo do VaR, os dados históricos utilizados no cálculo são observáveis no mercado e, por conseguinte, defensáveis na perspectiva de um operador. Este cálculo também tem em consideração, implicitamente, a correlação de dados.
Para operações em que existem posições não-lineares consideráveis, este tipo de cálculo é mais rigoroso que a variação/co-variação, porque tem explicitamente em conta efeitos de segunda e de terceira ordem.
As questões de desempenho são menos significativas quando se utilizam VaR históricos, do que quando se adopta a simulação de Monte Carlo. São efectuadas simulações de Monte Carlo, no entanto, para apenas complementar o cálculo do VaR e auxiliar na análise de novas transacções sempre que necessário.
A verificação de preços é o processo de comparação do justo valor
dos activos e passivos financeiros, decorrente da inscrição de todas
as variáveis de fecho do mercado nos sistemas oficiais do SBA pelo
Front Office, com os valores determinados por partes independentes
para garantir que o processo de avaliação global cumpra as políticas
contabilísticas do Standard Bank.
Risco Cambial
No SBA, a gestão do Risco Cambial é da responsabilidade da Direcção
de Mercado de Capitais, para a qual são transferidas, em tempo real,
todas as posições originadas nas restantes áreas de negócio.
Estão definidos e são diariamente controlados, os limites para
posições abertas (NOP).
Risco de Taxa de juro
O Risco de Taxa de Juro diz respeito ao impacto que movimentos nas
taxas de juro têm nos resultados e no valor patrimonial do Banco.
Este risco deriva dos diferentes prazos de vencimento ou de
reavaliação dos activos, passivos e posições fora de balanço da
entidade (risco de reavaliação), face a alterações na inclinação da
curva de taxas de juro (risco de curva), face a variações na relação
entre as curvas de mercado que afectam as distintas actividades
bancárias (risco de base).
O Risco de Taxa de Juro corresponde ao risco do valor actual dos
cash-flows futuros de um instrumento financeiro sofrer flutuações
em virtude de alterações nas taxas de juro de mercado.
Risco de Liquidez
A gestão do Risco de Liquidez é da responsabilidade da área de
Gestão de Activos e Passivos (ALM) que monitoriza, mede e reporta
o Risco de Liquidez do Banco. A área de ALM reporta os resultados
de cada medida de Risco de Liquidez ao Comité de Activos e Passivos
(ALCO).
A área de Gestão de Activos e Passivos monitoriza o cumprimento
dos requisitos regulamentares de liquidez e dos requisitos internos
definidos na Política de Risco de Liquidez. Os limites, directrizes e
61
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
requisitos adicionais aplicam-se separadamente a cada moeda com
peso significativo no balanço do Banco.
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Identifique informações de gestão essenciais;
Demonstrações
Financeiras
Forneça um mecanismo para a monitorização de sinais de alerta;
O Banco analisa ainda as exposições ao Risco de Liquidez em
conjunto com outros riscos, nomeadamente os riscos de crédito, de
mercado, operacionais e legais.
Registe os tipos e potenciais fontes de uma crise de liquidez; e
A gestão do Risco de Liquidez do Banco está formalmente definida
na Norma de Risco de Liquidez e na Política de Risco de Liquidez.
Incorpore o princípio do mutuante de último recurso, no caso de o Banco falhar nos seus esforços em lidar eficazmente com uma crise de liquidez, visto que a causa pode ser muito grande ou que o Banco pode não ter capital suficiente.
A Norma de Risco de Liquidez estabelece e define os princípios para
exposição ao Risco de Liquidez por parte do Banco, bem como o
quadro geral para uma gestão consistente e homogénea de
identificação, medição, monitorização e reporte do Risco de Liquidez.
A Norma de Risco de Liquidez está alinhada aos requisitos da Norma
abrangente de Governação de Risco e define directrizes orientadoras
para a gestão de Risco de Liquidez.
Risco Operacional
De acordo com a Norma de Risco de Liquidez, os princípios para
gestão do Risco de Liquidez adoptados pelo Banco são os seguintes:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
Gestão do Desfasamento estrutural de liquidez
Rácio de financiamento a longo prazo
Manutenção de níveis mínimos de activos líquidos
Restrições à concentração de depósitos
Testes de stress e análises de cenário
Planos de contingência de liquidez
Rácio de transformação dos depósitos em moeda local
Rácio de transformação dos depósitos em moeda estrangeira
Dependência do mercado interbancário
Gestão de liquidez intradiária
Gestão de garantias (Colaterais)
Gestão do Fluxo de caixa diário
Preços de transferência de fundos (FTP)
Planos de financiamento
Quantificação do risco de financiamento
A definição do perfil comportamental face ao Risco de Liquidez
consta de documento anexo à Política de Risco de Liquidez. Neste
documento é definido o perfil comportamental que deve ser aplicado
às principais rubricas do balanço e extrapatrimoniais para ajudar a
compilar o desfasamento de liquidez em condições normais de
negócio, o desfasamento estrutural da liquidez, bem como os
desfasamentos de financiamento dinâmicos e os desfasamentos
estáticos de liquidez do Banco com base nos testes de stress de
liquidez e nas análises de cenário.
O SBA tem ainda definido um Plano de Contingência de Liquidez
(LCP), que tem como objectivo atenuar, tanto quanto possível, o
impacto de uma crise de liquidez estabelecendo uma estrutura de
governação que:
O Banco tem uma preocupação crescente com a mitigação do Risco
Operacional, efectuando um investimento contínuo para aplicação
das melhores práticas internacionais. A gestão do Risco Operacional
no SBA preconiza a política seguida pelo Grupo e assenta
actualmente em três pilares:
a.Política de Gestão de Incidentes;
b.Indicadores-chave de Risco Operacional (KRI);
c. Sistema de Auto-Avaliação de controlos internos (RCSA).
a.Política de Gestão de Incidentes
A presente política envolve a identificação, registo, investigação,
quantificação e reporte dos incidentes de Risco Operacional e a
subsequente implementação de medidas correctivas. De acordo com
esta política, os incidentes identificados por qualquer membro do
SBA devem ser reportados em 48 horas, existindo uma
consciencialização de todos os colaboradores para o nível de
exposição a perdas financeiras e não financeiras que o Banco tem de
gerir.
Em consequência da identificação e captura dos incidentes
operacionais, o Banco deve analisar e procurar melhorar os
procedimentos e controlos internos, bem como procurar quantificar
as perdas com base em modelos internos.
b.Indicadores-chave de Risco Operacional
A implementação de indicadores-chave de Risco Operacional é
obrigatória em todo o Banco e é essencial para uma gestão do Risco
Operacional numa base continuada. Estes indicadores permitem a
definição de um perfil de risco e uma adequação das práticas de
gestão de Risco Operacional ao nível do Banco.
c. Sistema de Auto-Avaliação de controlos internos
Indique a resposta do Banco a um problema de liquidez, incluindo a identificação precoce, escalonamento e directrizes para a gestão do Banco durante uma crise de liquidez;
Permita compreender o impacto que uma crise de liquidez pode ter em todas as partes interessadas;
De forma a identificar, avaliar e mitigar o Risco Operacional o Banco
preconiza uma metodologia da auto-avaliação dos controlos internos,
com base na qual são analisados os processos de negócio para
identificar os riscos envolvidos, bem como as actividades de controlo
necessárias à mitigação desses riscos. Periodicamente, deve ser
62
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Síntese da Actividade
avaliada a operacionalidade das actividades de controlo identificadas.
Esta avaliação é efectuada de acordo com um conjunto de passos e
escalas de avaliação definidas globalmente para todo o grupo
Standard Bank.
Todas estas políticas e directrizes encontram-se formalmente
definidas e divulgadas no SBA, criando um ambiente e um sistema de
controlo adequado, de forma a garantir:
A avaliação de risco utiliza medidas quantitativas e qualitativas é
baseada na seguinte matriz de Categoria de Risco (representado
pelas esferas coloridas apresentadas):
Escala de Impacto
Outros aspectos
Impacto
Financeiro
Escalas
A identificação dos riscos com base em ferramentas analíticas.
Atenção dos órgãos internacionais de
comunicação social
1.
A avaliação com base em medidas quantitativas e qualitativas, que permitem definir a probabilidade, gravidade e a exposição ao risco.
Medidas eficazes de controlo para reduzir ou eliminar o risco. Ter em conta os custos globais e os benefícios de acções correctivas proporcionando, sempre que possivel, escolhas alternativas.
(Impactos complementares à avaliação
de impacto financeiro)
Incumprimento legal e regulamentar com processos
Catastrófico
≥ 10M USD
judiciais e aplicação de multas e penalidades
(contraordenação muito grave)
Interrupção parcial/total da actividade
Perda de vidas humanas
Incumprimento legal e regulamentar com obrigação
de esclarecimentos ao governo
2.
3M ≤ I <
10M USD
Alto
Análise eficaz sobre qual o controlo, ou combinação de controlos, mais adequados à formulação de um plano de mitigação de riscos.
Após a definição e implementação dos controlos adequados, deve ser mantido um acompanhamento periódico, para garantir a eficácia e acompanhar a evolução.
Distúrbios ou interrupções significativas na
actividade normal
Danos graves ao nível de saúde pública e segurança
nacional
Incumprimento legal e regulamentar com processos
judiciais e aplicação de multas e penalidades
(contraordenação leve)
3.
Médio
Atenção dos orgãos nacionais de
comunicação social
Relatório escalado do perfil de risco residual e quaisquer alterações destacadas pelo processo de acompanhamento.
500K ≤ I <
3M USD
Atenção dos orgãos locais de comunicação social
Atrasos que comprometem a actividade normal
Redução do nível de saúde pública e segurança nacional
4.
Baixo
I < 500K
USD
Incumprimento legal e regulamentar/aplicação
de multas
Danos ligeiros na saúde pública e segurança da
sociedade
Negligenciável
5.
Muito Baixo
I < 100K
Atrasos ou trabalho adicional que não comprometem
a actividade normal
Incumprimento legal e regulamentar/aplicação
de multas
O cálculo da exposição efectiva baseia-se na avaliação qualitativa do impacto e da probabilidade. O impacto é definido como a perda média
esperada no caso de materialização de um evento de risco, já considerando o ambiente de controlo existente. A avaliação do impacto deve
considerar a diminuição de receitas, o aumento de custos e as despesas.
Nível de Probabilidade
Intervalo
Descrição (qualitativa)
Descrição (quantitativa)
]90 - 100%]
Quase certo que ocorra
Ocorrência semanal ou mais frequente
2. Provável
]70 - 90%]
Mais provável que ocorra do que não ocorra
Ocorrência mensal
3. Possível
]30 - 70%]
Pode acontecer
Ocorrência quadrimestral
4. Remota
]10 - 30%]
Pouco provável
Ocorrência anual
]0 - 10%]
Muito pouco provável, mas não impossível
Ocorrência inferior a uma vez por ano
1. Muito provável
5. Muito Remota
63
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Compliance
A Função de Compliance do Banco foi criada desde
o início de actividade do SBA em 2010. Esta
Função tem como objectivo assegurar, em conjunto
com as demais áreas do Banco a adequação,
consolidação e funcionamento do sistema de
controlo interno do Banco, com o intuito de mitigar
os riscos de acordo com a complexidade dos
negócios, bem como, disseminar um ambiente de
controlo adequado para assegurar o cumprimento
de Leis e regulamentos existentes no Banco.
Em 31 de Dezembro de 2013 as principais políticas de actuação da
Função de Compliance eram as seguintes:
Política de Risco de Compliance
Esta política tem na sua base a gestão da actividade do Banco de
forma prudente, com vista a reduzir o risco de Compliance. Para efeito
desta política e da respectiva Norma de apoio, o “risco de Compliance”,
define-se como o risco de sanções legais ou regulamentares, perda
financeira ou perda reputacional que o Banco possa sofrer em
resultado do incumprimento das leis, regulamentos, códigos e normas
de conduta e de boas práticas aplicáveis à sua actividade.
Manual de Compliance
O objectivo deste manual é fornecer um quadro conceptual para a
Função de Compliance, servindo como fonte de referência para os
colaboradores responsáveis pelo Compliance e dando orientações à
administração das Unidades de Negócio (UN).
Política de Combate ao Branqueamento de Capitais
(“BC”) e Financiamento ao Terrorismo (“FT”)
Esta política visa: (i) proteger a reputação e integridade do Banco,
adoptando todas as medidas necessárias para evitar que o Banco seja
usado por terceiros envolvidos em actividades de BC/FT; (ii) definir
as medidas necessárias para responder às exigências regulamentares
sobre esta matéria; (iii) estabelecer um processo que permita
reconhecer, investigar e denunciar as actividades suspeitas às
autoridades competentes.
Política de Sanções
Esta política destina-se a (i) dar execução ao compromisso de o
Banco não se envolver com pessoas sujeitas a sanções; (ii)
estabelecer um quadro de controlo de risco que garanta uma gestão
eficaz pelo Banco dos riscos relacionados com sanções; e (iii) definir
funções e responsabilidades para todas as pessoas envolvidas no
processo. Para o efeito, o Banco reconhece (i) as sanções impostas
pelo Office of Foreign Assets Control (OFAC), pelo Her Majesty’s
Treasury (HMT), pelas Nações Unidas (NU) e pela União Europeia
(UE); (ii) outro regime de sanções que a todo o momento o Banco
venha a considerar aplicável; e bem como (iii) as sanções em vigor
impostas pelas autoridades em Angola.
Política de Gratificações
A actividade do Banco deve ser exercida de forma profissional, lícita
e em conformidade com o seu Código de Ética. O Banco pretende
gerir, de forma adequada, qualquer tipo de conflito ou aparente
conflito entre o interesse de um colaborador e a sua responsabilidade
perante os seus clientes. A referida política estabelece a permissão,
proibição, razão, limite, excepção, requisito de registo e aprovação
necessários para aceitar ou oferecer gratificações ou entretenimento.
Política e Procedimento de Safewatch
É um sistema automático de verificação da lista de sanções e da lista
negra de terroristas, que permite prevenir transferências
interbancárias transfronteiriças via SWIFT, para ou de contas de
particulares e entidades (incluindo os bancos correspondentes),
constantes nessas listas. O sistema Safewatch para mensagens SWIFT
é o sistema defensivo de vigilância do Grupo destinado a detectar
infracções de sanções ou situações de financiamento do terrorismo,
susceptíveis de causar a apreensão e confisco de fundos dos nossos
clientes, ou até gerar um prejuízo financeiro.
64
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Síntese da Actividade
Matriz de Risco
O objectivo deste documento é o de:
Ajudar a determinar o perfil ou categoria de risco de um potencial cliente, de acordo com a Lei Angolana, as Políticas internas do Banco e linhas orientadoras do Grupo. As categorias de risco baseiam-se nas políticas do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI) e de outras entidades internacionais, no que diz respeito ao possível envolvimento em processos de lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo;
Proteger a reputação e integridade do Banco e do Grupo, ao adoptar todas as medidas relevantes, no sentido de evitar que o Banco seja envolvido por terceiros em actividades de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo;
Esta matriz permite identificar, verificar, determinar e atribuir o perfil de risco ao cliente.
Adicionalmente, todos os clientes são classificados, em termos de
perfil, de acordo com vários factores de risco, nomeadamente (i)
Limites monetários (parâmetros mensais de rendimento individual ou
proveitos de empresas); (ii) Origem geográfica (quer em termos
singulares, quer em termos de entidades legais); (iii) Estatuto
pessoal/jurídico; (iv) Tipo de negócio/organização ou ocupação; e (v)
Produtos e serviços/ transacções.
Política de Interesses Comerciais Externos
O interesse comercial externo dos colaboradores pode originar um
potencial conflito de interesse. Os colaboradores devem dedicar o
seu tempo de trabalho às actividades do Banco. Os interesses que se
afastem deste princípio não são permitidos. A presente política
define a forma de mitigação do risco potencial para a reputação do
Banco, que pode decorrer de interesses comerciais externos dos seus
colaboradores.
65
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Análise Financeira
Análise de Balanço
Análise de Resultados
Fundos Próprios
Proposta de Aplicação de Resultados
68
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Análise Financeira
69
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Análise de Balanço
Milhares de AOA
2013
2012
Var%
ACTIVO
Disponibilidades
31.113.533
17.399.988
79%
Aplicações de liquidez
45.864.949
14.514.987
216%
Títulos e valores mobiliários
31.426.615
14.123.603
123%
182.713
1.302.825
-86%
5.979
-
100%
34.101.852
9.527.811
258%
Outros valores
2.630.603
2.625.571
0%
Imobilizações
3.165.819
2.482.223
28%
148.492.063
61.977.008
140%
134.737.361
52.022.327
159%
691.349
315.528
119%
2.971
1.438
107%
Outras captações
3.920.673
-
100%
Outras obrigações
2.534.458
2.170.835
17%
181.125
27.268
564%
142.067.937
54.537.396
160%
9.530.007
9.530.007
0%
Reservas
52.030
52.030
0%
Resultados potenciais
86.989
63.145
38%
Resultados transitados
(2.205.570)
(1.222.952)
80%
Resultado líquido do exercício
(1.039.330)
(982.618)
6%
6.424.126
7.439.612
-14%
148.492.063
61.977.008
140%
Créditos no sistema de pagamentos
Operações cambiais
Créditos
Total do Activo
PASSIVO
Depósitos
Obrigações no sistema de pagamentos
Operações cambiais
Provisões para responsabilidades prováveis
Total do Passivo
FUNDOS PRÓPRIOS
Capital social
Total dos Fundos Próprios
Total do Passivo + Fundos Próprios
70
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Análise Financeira
Em 31 de Dezembro de 2013, o activo líquido total do Banco
ascendia a AOA 148.492 milhões, traduzindo um aumento
significativo de 140% face ao exercício anterior.
O crescimento verificado no activo deve-se ao aumento favorável dos
recursos captados de clientes e teve reflexo ao nível de praticamente
todas as rubricas de activos, em especial disponibilidades, aplicações
de liquidez, títulos e valores mobiliários e créditos. O elevado valor
das rubricas de disponibilidades e aplicações de liquidez, num total
de AOA 76.978 milhões, destina-se a ser aplicado na concessão de
crédito a clientes, mediante os critérios internos de aceitação de
risco.
O crédito concedido apresenta em 2013 um crescimento de 258%
face a 2012. A carteira de crédito em 31 de Dezembro de 2013 é
composta maioritariamente por operações contratadas com
empresas, que representam cerca de 73% do total. A carteira de
crédito do SBA em 31 de Dezembro de 2013 é composta por 56%
de operações em moeda estrangeira e 44% de operações em moeda
nacional.
Composição dos depósitos por moeda (em milhares de AOA)
80.000.000
70.000.000
60.000.000
50.000.000
40.000.000
30.000.000
20.000.000
10.000.000
0
2013
Em Moeda Nacional
2012
Em Moeda Externa
Composição da carteira de crédito por sector de actividade
(valores em milhares de USD)
Particulares
Sector petrolífero e de gás
28 %
19 %
Comércio por grosso e de retalhe
Indústrias transformadoras
3%
4%
Construção
7%
27 %
12 %
Sector financeiro
Outras empresas de serviços
Outros
O total do passivo também apresenta um crescimento significativo
atingindo os AOA 142.068 milhões no final de 2013, o que representa
um aumento de 160% face ao ano anterior. Neste aumento destaca-se
o crescimento dos depósitos de clientes, resultado de um esforço
continuado do Banco na captação de recursos, em especial de
empresas.
Em 2013 assistiu-se ao maior crescimento, tanto em termos absolutos
como em termos percentuais, dos depósitos em moeda nacional, face
àqueles em moeda estrangeira, devido sobretudo às alterações na
legislação cambial em Angola, que obriga as empresas petrolíferas a
efectuar os pagamentos, aos seus funcionários e aos seus
fornecedores locais, em moeda nacional. Os depósitos em moeda
nacional ascenderam a AOA 71.921 milhões.
Apesar do crescimento atrás mencionado, a captação com depósitos
em USD verificou também um crescimento assinalável pelo facto do
Standard Bank de Angola ser visto como o Banco preferencial para
muitas das empresas multinacionais do sector do petróleo e do gás
natural.
71
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Análise de Resultados
Milhares de AOA
2013
2012
Var%
2.836.342
1.698.563
67%
38.922
90.785
-57%
Resultados de operações cambiais
2.907.818
1.384.071
110%
Resultados de prestação de serviços financeiros
1.717.738
1.028.323
67%
Produto Bancário
7.500.820
4.201.742
79%
Margem financeira
Resultados de negociações e ajustes ao justo valor
(7.247.601)
(5.227.614)
39%
Amortizações
Gastos administrativos
(470.964)
(246.328)
91%
Provisões
(549.381)
(340.482)
61%
(48.443)
-
100%
Resultados operacionais
(815.569)
(1.612.682)
-49%
Resultado não operacional
22.700
-
Resultados antes de Impostos
(792.869)
(1.612.682)
-51%
Impostos sobre resultados
(246.461)
630.064
-139%
(1.039.330)
(982.618)
6%
Outros proveitos e custos operacionais
Resultados Líquidos
A demonstração de resultados do Banco evidencia o significativo
crescimento em termos de actividade, quer actividade de Balanço,
com a margem financeira a atingir os AOA 2.836 milhões (67% acima
de 2012), quer operações cambiais e prestação de serviços
financeiros, com aumentos de 110% e 67%, respectivamente.
O produto bancário do Banco em 2013 atingiu os AOA 7.501
milhões, evidenciando um crescimento de 79%. No entanto, o
exercício de 2013 tendo sido o terceiro ano completo de actividade
do Banco, foi mantido o foco no investimento, de modo a dar
continuidade ao plano de crescimento acelerado que se encontra em
curso. Neste sentido, os gastos administrativos continuam a ser uma
rubrica com peso relevante nos resultados do Banco, a qual teve um
crescimento de 39% em 2013, cifrando-se nos AOA 7.248 milhões.
No final do exercício de 2013, o prejuízo antes de impostos fixou-se
em AOA 793 milhões, o que representa uma diminuição no prejuízo
antes de impostos de 51% em relação a 2012, tendo como principal
factor o forte crescimento da actividade do Banco e a poupança
verificada ao nível dos custos operacionais.
72
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Análise Financeira
73
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Fundos Próprios
O capital social manteve-se, no decurso do ano de 2013, em AOA
9.530 milhões. Contudo, o Banco procedeu à colocação de dívida
subordinada no montante de USD 30 milhões contribuindo para o
aumento dos Fundos Próprios Regulamentares. Este aumento
influenciou positivamente a liquidez e permitiu ainda elevar o limite
regulamentar do Banco. O rácio de solvabilidade regulamentar, no
final de 2013, foi de 14,89%, acima do limite de solvabilidade
exigido pelo BNA.
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
74
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Análise Financeira
75
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Proposta de aplicação de resultados
Em conformidade com suas obrigações estatutárias, o Conselho de
Administração apresentará à Assembleia Geral a proposta de
transferir as perdas líquidas de 2013 (no montante de AOA
1.039.330.876) para Resultados Transitados.
Pelo Standard Bank de Angola, SA
Pedro Pinto Coelho
(Presidente da Comissão Executiva)
Demonstrações
Financeiras
Demonstrações Financeiras
Demonstrações Financeiras e Notas
Relatório de Auditoria
Relatório e parecer do Concelho Fiscal
78
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Demonstrações Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
Demonstrações Financeiras e Notas
BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012
USD
(Valores não auditados)
AOA
2013
2012
2013
2012
Notas
Activo bruto
Imparidade e
amortizações
Activo líquido
Activo líquido
Activo líquido
Activo líquido
4
31.113.533
-
31.113.533
17.399.988
318.726
181.579
- Operações no mercado
monetário interfinanceiro
5
34.350.999
-
34.350.999
9.013.943
351.890
94.066
- Operações de compra de títulos
de terceiros com acordo de revenda
5
11.513.950
-
11.513.950
5.501.044
117.948
57.407
- Mantidos para negociação
6
2.019.177
-
2.019.177
1.984.837
20.684
20.713
- Disponíveis para venda
6
29.407.438
-
29.407.438
12.138.766
301.249
126.675
Créditos no sistema de pagamentos
7
182.713
-
182.713
1.302.825
1.872
13.596
Operações cambiais
8
5.979
-
5.979
-
61
-
Créditos
9
34.677.371
(575.519)
34.101.852
9.527.811
349.338
99.428
10
2.768.039
(137.436)
2.630.603
2.625.571
26.946
27.399
- Imobilizações financeiras
11
44.290
-
44.290
44.290
454
462
- Imobilizações corpóreas
12
2.605.326
(587.022)
2.018.304
1.365.956
20.675
14.255
- Imobilizações incorpóreass
13
1.405.163
(301.938)
1.103.225
1.071.977
11.301
11.187
150.093.978
(1.601.915)
148.492.063
61.977.008
1.521.144
646.767
ACTIVO
Disponibilidades
Aplicações de liquidez
Títulos e valores mobiliários
Outros valores
Imobilizações
Total de activo
As notas explicativas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
79
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
USD
(Valores não auditados)
AOA
PASSIVO E FUNDOS PRÓPRIOS
2013
2012
2013
2012
Notas
Depósitos
- Depósitos à ordem
13
127.974.350
44.989.317
1.310.964
469.490
- Depósitos a prazo
13
4.820.758
5.032.428
49.384
52.516
- Outros depósitos
13
1.942.253
2.000.582
19.896
20.877
Obrigações no sistema de pagamentos
7
691.349
315.528
7.082
3.293
Operações cambiais
8
2.971
1.438
30
15
Outras captações
14
3.920.673
-
40.163
-
Outras obrigações
15
2.534.458
2.170.835
25.963
22.654
Provisões para responsabilidades prováveis
16
181.125
27.268
1.855
285
142.067.937
54.537.396
1.455.337
569.130
100.000
Total de passivo
Capital social
17
9.530.007
9.530.007
100.000
Reservas e fundos
17
52.030
52.030
562
562
Resultados potenciais
17
86.989
63.145
(567)
493
Resultados transitados
17
(2.205.570)
(1.222.952)
(23.418)
(13.118)
(1.039.330)
(982.618)
(10.770)
(10.300)
6.424.126
7.439.612
65.807
77.637
148.492.063
61.977.008
1.521.144
646.767
Resultado do exercício
Total do capital próprio
Total do passivo e do capital próprio
As notas explicativas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
80
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Demonstrações Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO
DE 2013 E 2012
USD
(Valores não auditados)
AOA
Notas
2013
2012
2013
2012
- Proveitos de aplicações de liquidez
19
460.513
- Proveitos de títulos e valores mobiliários
19
965.570
915.648
4.772
9.597
695.510
10.006
7.290
- Proveitos de créditos
19
1.825.735
514.499
18.920
5.393
-
-
Proveitos de instrumentos financeiros activos
Custos de instrumentos financeiros passivos
- Custos de depósitos
19
(309.039)
(427.416)
(3.202)
(4.480)
- Custos de captações para liquidez
19
(34.693)
322
(360)
3
- Custos de outras captações
19
(71.744)
-
(743)
-
2.836.342
1.698.563
29.393
17.803
Margem financeira
Resultados de negociações e ajustes ao justo valor
20
38.923
90.785
403
952
Resultados de operações cambiais
21
2.907.818
1.384.071
30.133
14.507
Resultados de prestação de serviços financeiros
22
1.717.738
1.028.323
17.800
10.778
Provisões para créditos de liquidação duvidosa
16
(341.932)
(256.638)
(3.543)
(2.690)
7.158.889
3.945.104
74.186
41.350
Resultado de intermediação financeira
Custos administrativos e de comercialização
Pessoal
23
(4.126.592)
(2.727.777)
(42.763)
(28.591)
Fornecimentos de terceiros
24
(3.121.009)
(2.499.837)
(32.342)
(26.202)
(3.087)
-
(32)
-
12
(470.964)
(246.328)
(4.880)
(2.582)
Provisões sobre outros valores e responsabilidades
prováveis
16
(137.436)
-
(1.424)
-
Provisões para prestação de garantias
16
3.034
(83.844)
31
(879)
Penalidades aplicadas por autoridades reguladoras
Depreciações e amortizações
Provisões para responsabilidades prováveis com pessoal
16
(73.047)
-
(757)
-
Outros proveitos e custos operacionais
25
(45.357)
-
(470)
-
(7.974.458)
(5.557.786)
(82.637)
(58.254)
(815.569)
(1.612.682)
(8.451)
(16.904)
Outros proveitos e custos operacionais
Resultado operacional
Resultado não operacional
26
22.700
-
235
-
Resultado antes de impostos e outros encargos
Encargos sobre o resultado corrente
27
(792.869)
(246.461)
(1.612.682)
630.064
(8.216)
(2.554)
(16.904)
6.604
(1.039.330)
(982.618)
(10.770)
(10.300)
Resultado líquido do exercício
As notas explicativas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
81
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DOS FUNDOS PRÓPRIOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012
AOA
Saldos em 31 de Dezembro de 2011
Apropriação do resultado líquido de 2011
Capital social
Reservas e
Fundos
Resultados
potenciais
Resultados
transitados
Resultado líquido
do exercício
Total dos fundos
próprios
4.598.597
52.030
(90.464)
(479.258)
(743.694)
3.337.211
-
-
-
(743.694)
743.694
-
4.931.410
-
-
-
-
4.931.410
Variações do justo valor dos títulos disponíveis
para venda
-
-
153.609
-
-
153.609
Resultado líquido do exercício de 2012
-
-
-
-
(982.618)
(982.618)
Saldos em 31 de Dezembro de 2012
9.530.007
52.030
63.145
(1.222.952)
(982.618)
7.439.612
Apropriação do resultado líquido de 2012
-
-
-
(982.618)
982.618
-
Variações do justo valor dos títulos disponíveis
para venda
-
-
23.844
-
-
23.844
Resultado líquido do exercício de 2013
-
-
-
-
(1.039.330)
(1.039.330)
Saldos em 31 de Dezembro de 2013
9.530.007
52.030
86.989
(2.205.570)
(1.039.330)
6.424.126
Aumento de capital por entrada de dinheiro
USD (Valores não auditados)
Saldos em 31 de Dezembro de 2011
Apropriação do resultado líquido de 2011
Capital social
Reservas e
Fundos
Resultados
potenciais
Resultados
transitados
Resultado líquido
do exercício
Total dos fundos
próprios
50.000
562
(2.419)
(5.192)
(7.926)
35.025
-
-
-
(7.926)
7.926
-
50.000
-
-
-
-
50.000
Variações do justo valor dos títulos disponíveis
para venda
-
-
5.036
-
-
5.036
Resultado líquido do exercício de 2012
-
-
-
-
(10.300)
(10.300)
Variação cambial
-
-
(2.124)
-
-
(2.124)
Aumento de capital por entrada de dinheiro
Saldos em 31 de Dezembro de 2012
100.000
562
493
(13.118)
(10.300)
77.637
Apropriação do resultado líquido de 2012
-
-
-
(10.300)
10.300
-
Variações do justo valor dos títulos disponíveis
para venda
-
-
232
-
-
232
Resultado líquido do exercício de 2013
-
-
-
-
(10.770)
(10.770)
Variação cambial
-
-
(1.292)
-
-
(1.292)
100.000
562
(567)
(23.418)
(10.770)
65.807
Saldos em 31 de Dezembro de 2013
As notas explicativas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
82
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Demonstrações Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE
DEZEMBRO DE 2013 E 2012
USD
(Valores não auditados)
AOA
2013
2012
2013
2012
Recebimentos provenientes de:
- Proveitos de aplicações de liquidez
531.661
829.220
5.509
8.692
- Proveitos de títulos e valores mobiliários
303.583
681.675
3.146
7.145
1.634.431
343.467
16.937
-
-
3.600
- Proveitos de créditos
Pagamentos de:
(298.519)
(509.899)
(3.093)
(5.345)
- Custos de captações para liquidez
- Custos de depósitos
(34.693)
322
(360)
3
- Custos de dívidas subordinadas
(41.728)
-
(432)
-
2.094.735
1.344.785
21.707
14.095
-
90.785
-
952
Margem financeira
Resultados de negociações e ajustes ao justo valor
Resultados de operações cambiais
2.907.818
1.385.509
25.170
14.522
Resultados de prestação de serviços financeiros
1.717.738
1.028.323
17.800
10.778
Fluxos de caixa da intermediação financeira
Pagamentos de custos administrativos e de comercialização
Pagamento de encargos sobre o resultado
Liquidação de operações no sistema de pagamentos
Fluxos de caixa das operações
6.720.291
3.849.402
64.677
40.348
(7.296.044)
(4.690.379)
(75.607)
(49.163)
(36.114)
-
(374)
-
1.495.933
(1.046.880)
15.502
(10.973)
884.066
(1.887.857)
4.198
(19.788)
Investimentos em aplicações de liquidez
(31.421.110)
(9.676.689)
(325.607)
(102.322)
Investimentos em títulos e valores mobiliários activos
(16.565.420)
4.206.949
(171.662)
44.095
(5.979)
-
(62)
-
(24.640.825)
(9.131.311)
(255.345)
(95.711)
Investimentos em operações cambiais
Investimentos em créditos
Investimentos em outros valores
(307.554)
-
(3.187)
-
(1.154.561)
(1.948.930)
(11.964)
(20.428)
22.700
-
235
-
(74.072.749)
(16.549.981)
(767.592)
(174.365)
82.704.514
25.431.607
857.041
266.563
-
(1.478.251)
-
(15.494)
3.890.657
-
40.318
-
1.533
-
16
-
305.524
-
3.166
-
-
4.931.410
-
51.689
Fluxos de caixa dos financiamentos
86.902.228
28.884.766
900.541
302.758
Total de fluxos de caixa
13.713.545
10.446.928
137.147
108.605
Investimentos em imobilizações
Outros ganhos e perdas não operacionais
Fluxos de caixa dos investimentos
Financiamentos com depósitos
Financiamentos com captações para liquidez
Financiamentos com dívidas subordinadas
Financiamentos com operações cambiais
Financiamentos com outras obrigações
Aumento de capital
Disponibilidades no início do exercício
17.399.988
6.953.060
181.579
72.974
Disponibilidades no fim do exercício
31.113.533
17.399.988
318.726
181.579
Variações em disponibilidades
13.713.545
10.446.928
137.147
108.605
As notas explicativas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
83
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
84
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Demonstrações Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
1. Nota Introdutória
O Standard Bank Angola, S.A. (doravante também designado por
“Banco” ou “SBA”), é um Banco de capitais privados com sede em
Talatona, Luanda. O Banco foi autorizado a operar pelo Banco
Nacional de Angola em 9 de Março de 2010, tendo iniciado a sua
actividade operacional em 27 de Setembro de 2010.
O Banco tem como objectivo o exercício da actividade bancária nos
termos permitidos por lei, que inclui a obtenção de recursos de
terceiros sob a forma de depósitos ou outros, os quais aplica,
juntamente com seus recursos próprios, na concessão de empréstimos,
depósitos no Banco Nacional de Angola (BNA), aplicações em
instituições de crédito, aquisição de títulos e em outros activos, para os
quais se encontra devidamente autorizado. Presta ainda outros serviços
bancários e realiza diversos tipos de operações em moeda estrangeira.
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os câmbios de AOA face às
divisas relevantes para a actividade do Banco eram os seguintes:
USD
EUR
ZAR
2013
2012
97,62
134,39
9,31
95,83
126,38
11,26
Adicionalmente, o Conselho de Administração divulga as suas
demonstrações financeiras em Dólares dos Estados Unidos. As
demonstrações financeiras expressas em AOA foram convertidas para
USD para efeitos de apresentação através da utilização das seguintes
taxas de câmbio:
i. Histórica: para as rubricas de capitais próprios;
ii. De fecho: para a totalidade dos activos e passivos;
iii.Média ponderada: para a demonstração de resultados de acordo
com as seguintes taxas:
Em 31 de Dezembro de 2013, o Banco dispõe de vinte e seis
balcões, onze dos quais inaugurados durante o exercício de 2013.
No que se refere à estrutura accionista e conforme detalhado na
Nota 17, o Banco é detido maioritariamente pelo Standard Bank da
África do Sul. Na Nota 28 encontram-se detalhados os principais
saldos e transacções com accionistas e outras entidades do Grupo.
As demonstrações financeiras do Banco em 31 de Dezembro de
2013 foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 24 de
Março de 2014, e estão pendentes de aprovação pela Assembleia
Geral. No entanto, o Conselho de Administração do Banco admite
que venham a ser aprovadas sem alterações significativas.
2. Bases de apresentação e resumo das principais
políticas contabilisticas
2.1
Bases de apresentação
As demonstrações financeiras apresentadas neste relatório foram
preparadas no pressuposto da continuidade das operações, com base
nos livros e registos contabilísticos mantidos pelo Banco de acordo
com os princípios contabilísticos estabelecidos no Plano Contabilístico
das Instituições Financeiras (CONTIF), conforme definido no
Instrutivo nº 09/07 de 19 de Setembro, do Banco Nacional de
Angola (adiante igualmente designado por “BNA”), e na Directiva n.º
04/DSI/2011, que estabelece a obrigatoriedade de adopção das
normas internacionais de contabilidade IAS/IFRS em todas as
matérias relacionadas com procedimentos e critérios contabilísticos
que não se apresentem estabelecidos no CONTIF.
As demonstrações financeiras do Banco em 31 de Dezembro de
2013 e 2012 encontram-se expressas em milhares de Kwanzas
Angolanos (AOA), conforme Aviso nº 15/2007, artigo 5º do BNA,
tendo os activos e passivos denominados em moeda estrangeira sido
convertidos para a moeda nacional, com base no câmbio médio
indicativo publicado pelo BNA na data do balanço.
Taxa de Encerramento
Taxa média Ponderada
2013
2012
97,62
96,50
95,83
95,41
A diferença cambial resultante da conversão das demonstrações
financeiras foi incluída na rubrica de Balanço “Resultados Potenciais”.
2.2
Principais Políticas Contabilísticas
2.2.1. Especialização dos Exercícios
Os proveitos e custos são reconhecidos em função do período de
vigência das operações de acordo com o princípio da especialização de
exercícios, sendo registados à medida que são gerados,
independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.
Os proveitos são considerados realizados quando: a) nas transacções
com terceiros, o pagamento for efectuado ou assumido firme
compromisso de efectiva-lo; b) na extinção, parcial ou total, de um
passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento
simultâneo de um activo de valor igual ou maior; c) na geração
natural de novos activos, independentemente da intervenção de
terceiros; ou d) no recebimento efectivo de doações e subvenções.
Os custos, por sua vez, são considerados incorridos quando: a) deixar
de existir o correspondente valor activo, por transferência da sua
propriedade para um terceiro; b) pela diminuição ou extinção do valor
económico de um activo; ou c) pelo surgimento de um passivo, sem o
correspondente activo.
85
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
2.2.2. Proveitos com Serviços Prestados
Os rendimentos de serviços e comissões são reconhecidos da seguinte
forma: a) rendimentos de serviços e comissões que resultam de um
acto significativo são reconhecidos em resultados quando o acto
significativo tiver sido concluído; b) rendimentos de serviços e
comissões reconhecidos à medida que os serviços são prestados são
reconhecidos em resultados no período a que se referem.
2.2.3. Operações em Moeda Estrangeira
As operações de compra e venda de moeda estrangeira, quando
liquidadas na data da sua contratação, são registadas nas contas
patrimoniais do Banco. Caso a liquidação seja posterior à data de
contratação, as mesmas são adicionalmente registadas em contas
extrapatrimoniais.
As operações em moeda estrangeira são registadas nas respectivas
moedas, de acordo com os princípios do sistema multicurrency, com
base na taxa de câmbio de referência do dia da operação, divulgada
pelo BNA. Os proveitos e os custos não realizados decorrentes de
operações activas e passivas indexadas à variação cambial, são
registados nas contas representativas do proveito ou custo da
aplicação ou captação efectuada.
As variações e diferenças de taxas relativos à compra e venda de
moedas estrangeiras a liquidar, ocorridas entre a data de contratação
e de liquidação do contrato de câmbio, são contabilizadas na conta
Resultados de Operações Cambiais, por contrapartida da conta
patrimonial de Proveitos por Compra e Venda de Moedas
Estrangeiras a Receber ou Custos por Compra e Venda de Moedas
Estrangeiras a Pagar, conforme seja aplicável.
2.2.4. Títulos e Valores Mobiliários
Atendendo às suas características e intenção aquando da sua
aquisição, os títulos e valores mobiliários adquiridos pelo Banco são
classificados numa das seguintes categorias:
a)Títulos para negociação
Nesta categoria são registados os títulos e valores mobiliários adquiridos
com o propósito de serem activa e frequentemente negociados.
Os títulos e valores mobiliários classificados nesta categoria são
registados inicialmente pelo valor efectivamente pago.
Posteriormente, são valorizados ao valor de mercado (justo valor),
sendo a respectiva valorização ou desvalorização registada em
contrapartida do resultado do exercício.
b)Títulos mantidos até o vencimento
Nesta categoria são registados os títulos e valores mobiliários para os
quais o Banco tem a intenção e capacidade financeira para os manter
em carteira até à respectiva data de vencimento. Essa capacidade
financeira é comprovada com base em projecção de fluxo de caixa, não
considerando a possibilidade de venda dos títulos antes do vencimento.
Os títulos e valores mobiliários classificados nesta categoria são
registados pelo valor efectivamente pago, acrescido dos rendimentos
obtidos pela fluência do prazo até ao vencimento, incluindo
periodização do juro e do prémio/desconto.
c)Títulos disponíveis para venda
Nesta categoria são registados os títulos adquiridos com o propósito
de serem eventualmente negociados e, por consequência, não se
enquadram nas demais categorias.
Os títulos e valores mobiliários classificados nesta categoria são
registados inicialmente pelo valor efectivamente pago.
Posteriormente, são ajustados pelo valor de mercado, sendo a
respectiva valorização ou desvalorização registada em contrapartida
da conta de fundos próprios, pelo valor líquido dos efeitos
tributários, devendo ser transferidos para o resultado do período
somente no momento da sua venda definitiva.
A metodologia de apuramento do valor de mercado dos títulos utilizada
pelo Banco é estabelecida com base em critérios consistentes e
passíveis de verificação que levam em consideração as taxas praticadas
na sala de mercados, correspondendo ao valor líquido provável de
realização obtido mediante um modelo interno de valorização.
Rendimentos de títulos e valores mobiliários
Os rendimentos produzidos pelos títulos e valores mobiliários,
relativos a juros auferidos pela fluência do prazo até ao vencimento
ou dividendos declarados, são considerados directamente no
resultado do período, independentemente da categoria em que
tenham sido classificados.
As perdas de carácter permanente em títulos e valores mobiliários
são reconhecidas imediatamente no resultado do período, observado
que o valor ajustado decorrente do reconhecimento das referidas
perdas passa a constituir a nova base de valor para efeito de
apropriação de rendimentos. Essas perdas não são revertidas em
exercícios posteriores.
Operações de compra de títulos com acordo de revenda
Nos exercícios de 2013 e 2012, o Banco realizou operações de
compra de liquidez temporária no mercado interfinanceiro com o
Banco Nacional de Angola em que foram aplicados recursos
recebendo Obrigações do Tesouro em garantia. Estas operações têm
subjacente um acordo de revenda dos títulos numa data futura, por
um preço previamente estabelecido entre as partes.
Os títulos comprados com acordo de revenda não são registados na
carteira de títulos. Os fundos entregues são registados, na data de
liquidação, no activo na rubrica “Aplicações de liquidez – Operações
de Compra de Títulos de Terceiros com Acordo de Revenda”, sendo
periodizado o valor de juros na mesma rubrica (Nota 5).
Os proveitos das operações de compra de títulos de terceiros com
acordos de revenda correspondem à diferença entre o valor da
revenda e o valor da compra dos títulos. O reconhecimento do
proveito foi realizado conforme o princípio da especialização em
razão da fluência do prazo das operações na rubrica “Proveitos de
instrumentos financeiros activos” (Nota 19).
86
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Demonstrações Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
2.2.5. Operações de Crédito
Os créditos são activos financeiros e devem ser registados pelos
valores contratados, quando originados na própria instituição
financeira, com as respectivas actualizações previstas nos contratos.
Os juros associados a operações de crédito são periodizados ao longo
da vida das operações por contrapartida de rubricas de resultados,
independentemente do momento em que são cobrados ou pagos.
As responsabilidades por garantias e avales são registadas em
rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de
juros, comissões ou outros proveitos registados em rubricas de
resultados ao longo da vida das operações.
Provisões para crédito de liquidação duvidosa e prestação de
garantias
O regime descrito encontra-se em vigor desde Março de 2008, em
consequência do Aviso n.º 9/2007 de 12 de Setembro. Com o Aviso
n.º 4/2009 de 18 de Junho, o BNA introduz uma alteração ao nível
da classificação por arrastamento (art. 3º), restringindo o seu âmbito
a critérios objectivos.
Em 28 de Março, o BNA publicou o Aviso n.º 3/2012 que revoga o
Aviso n.º 4/2009. Apesar deste Aviso manter as regras de
aprovisionamento, veio colocar restrições à concessão de crédito em
moeda estrangeira. Deste modo, a metodologia de apuramento das
provisões para crédito concedido a Clientes, genericamente,
mantém-se face ao exercício anterior.
Nos termos do Aviso nº 3/2012, as operações de crédito são
classificadas por ordem crescente de risco, de acordo com as
seguintes classes:
Nível A: Risco nulo
Nível B: Risco muito reduzido
Nível C: Risco reduzido
Nível D: Risco moderado
Nível E: Risco elevado
Nível F: Risco muito elevado
Nível G: Risco de perda
A classificação de cada operação de crédito é revista, no mínimo,
anualmente, através de uma re-aferição/avaliação dos critérios que
determinaram a sua classificação inicial: perfil económico e padrão
comportamental do proponente/cliente, e eventuais garantias
associadas, bem como o seu tipo, qualidade e montante de cobertura.
A classificação de todos os créditos da carteira, ou daqueles cujos
devedores actuem em determinado sector da actividade económica
ou área geográfica, é revista sempre que a Comissão Executiva
entende que existe risco de alterações significativas na conjuntura
económica afectarem o risco das suas operações.
Não obstante, o Banco revê mensalmente a classificação de cada
crédito em função do atraso verificado no pagamento de parcela do
principal ou dos encargos, observando-se que a classificação das
operações de crédito a um mesmo cliente, para efeitos de constituição
de provisões, é efectuada na classe que apresentar maior risco.
O crédito é classificado nos níveis de risco em função do tempo
decorrido desde a data de entrada das operações em incumprimento,
sendo os níveis mínimos de aprovisionamento calculados de acordo
com o Aviso nº4/2011 conforme descrevemos:
%
Provisão tempo
Tempo
decorrido
desde
a entrada em
incumprimento
A
B
C
D
E
F
G
0%
1%
3%
10%
20%
50%
100%
até
15
dias
de
15
a
30
dias
de
30
a
36
dias
de
60
a
90
dias
de
90
a
150
dias
de
150
a
180
dias
mais
de
180
dias
Para os créditos com prazo residual superior a 24 (vinte e quatro)
meses é efectuada a contagem em dobro dos prazos previstos para a
classificação do crédito em cada um dos respectivos de risco.
As operações de crédito sem incumprimento são classificadas com
base nos seguintes critérios definidos pelo Banco:
Classe A: Créditos com garantia de contas bancárias cativas junto do
SBA e/ou títulos do Estado (Obrigações e Bilhetes do Tesouro, e
Títulos do Banco Central), cujo total das garantias recebidas seja igual
ou superior ao valor das responsabilidades;
Classe B: Créditos com garantia de contas bancárias cativas junto do
SBA e/ou títulos do Estado (Obrigações e Bilhetes do Tesouro, e
Títulos do Banco Central), cujo total das garantias recebidas seja
superior a 75% e inferior a 100% do valor das responsabilidades; e
Classe C: Restantes créditos incluindo operações com outro tipo de
garantias reais e operações apenas com garantia pessoal.
As provisões para crédito concedido à data do balanço são classificadas
no activo a crédito, na rubrica Provisão para créditos de liquidação
duvidosa (Nota 9). Em 31 de Dezembro de 2013, as provisões para
garantias e avales prestados e créditos documentários de importação
não garantidos são classificadas no passivo, na rubrica “Provisões para
responsabilidades prováveis na prestação de garantias” (Notas 16 e 18).
O Banco procede à anulação de juros, calculados sobre o capital
vencido, cujo vencimento tenha ocorrido há mais de 90 dias.
2.2.6. Imobilizações financeiras
Participações em Outras Sociedades
Nesta rubrica são consideradas as participações em sociedades nas
quais o Banco detém, directa ou indirectamente, uma percentagem
inferior a 10% do respectivo capital votante.
Estes activos são registados pelo custo de aquisição, deduzido de
eventuais provisões para perdas.
87
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
2.2.7. Imobilizações corpóreas
As imobilizações corpóreas correspondem sobretudo a equipamento
informático, edifícios e terrenos e material de transporte, e incluí os
custos acessórios indispensáveis, ainda que anteriores à escritura, tais
como emolumentos notariais, corretagens, impostos pagos na
aquisição e outros.
As imobilizações corpóreas são registadas ao custo de aquisição, sendo
permitida a sua reavaliação ao abrigo das disposições legais aplicáveis.
Os impostos sobre lucros compreendem os impostos correntes e os
impostos diferidos. Os impostos sobre lucros são reconhecidos em
resultados, excepto quando estão relacionados com itens que são
reconhecidos directamente nos capitais próprios, caso em que são
também registados por contrapartida dos capitais próprios. Os
impostos correntes são os que se esperam que sejam pagos com base
na matéria colectável apurada de acordo com as regras fiscais em
vigor e utilizando a taxa de imposto acima referida.
A depreciação do imobilizado é calculada pelo método das quotas
constantes às taxas máximas fiscalmente aceites como custo, de
acordo com o Código do Imposto Industrial, que correspondem aos
seguintes anos de vida útil estimada:
Os impostos diferidos activos e passivos são registados quando existe
uma diferença temporária entre o valor de um activo ou passivo e a sua
base de tributação. O seu valor corresponde ao valor do imposto a
recuperar ou pagar em períodos futuros. Os impostos diferidos activos
e passivos são calculados com base nas taxas fiscais em vigor para o
período em que se prevê que seja realizado o respectivo activo ou passivo.
Descrição
2.2.11. Provisões e Contingências
Edifícios e Terrenos
Equipamento:
- Mobiliário e material
- Equipamento informático
- Material de transporte
- Máquinas e ferramentas
Anos de Vida Útil
50
10
3
3
6e7
2.2.8. Imobilizações incorpóreas
As imobilizações incorpóreas do Banco correspondem essencialmente
aos custos de aquisição e desenvolvimento de software e às
benfeitorias em imóveis de terceiros.
As Imobilizações Incorpóreas são registadas ao custo de aquisição e
são amortizadas linearmente ao longo de um período de três anos,
com excepção das benfeitorias em imóveis de terceiros, que
correspondem a obras em imóveis arrendados, em que o prazo de
amortização corresponde ao do contrato de arrendamento.
Os gastos incorridos na fase da pesquisa para o desenvolvimento de
novos produtos não são reconhecidos como activos intangíveis, mas
directamente como custos do exercício.
2.2.9. Operações Cambiais
Em 2013 e 2012 o Banco contratou operações de compra e venda de
moeda estrangeira (Spot e Forwards Cambiais), cujo valor de mercado
foi registado na respectiva rubrica de Balanço “Operações cambiais”.
As variações e diferenças de taxas sobre os valores relativos a compra
e venda de moedas estrangeiras a liquidar, ocorridas entre a data de
contratação e de liquidação do contrato de câmbio são reconhecidas
na demonstração de resultados.
2.2.10. Impostos sobre lucros
O SBA encontra-se sujeito a tributação em sede de Imposto Industrial,
sendo considerado fiscalmente um contribuinte do Grupo A tributação
dos seus rendimentos é efectuada nos termos dos números 1 e 2 do
Artigo 72º, da Lei nº 18/92, de 3 de Julho, sendo a taxa de imposto
aplicável de 35%, na sequência da Lei nº 5/99, de 6 de Agosto.
São reconhecidas provisões quando (i) o Banco tem uma obrigação
presente, legal ou construtiva, (ii) seja provável que o seu pagamento
venha a ser exigido e (iii) quando possa ser feita uma estimativa
fiável do valor dessa obrigação.
São reconhecidas contingências passivas em contas extrapatrimoniais
quando (i) o Banco tem uma possível obrigação presente cuja
existência será confirmada somente pela ocorrência ou não de um ou
mais eventos futuros, que não estejam sob o controlo da instituição,
(ii) uma obrigação presente que surge de eventos passados, mas que
não é reconhecida porque não é provável que a instituição tenha de a
liquidar ou o valor da obrigação não pode ser mensurado com
suficiente segurança. As contingências passivas são reavaliadas
periodicamente para determinar se a avaliação anterior continua
válida. Se for provável que uma saída de recursos seja exigida para
um item anteriormente tratado como uma contingência passiva, é
reconhecida uma provisão nas demonstrações contabilísticas do
período no qual ocorre a mudança na estimativa de probabilidade. As
contingências passivas são apenas objecto de divulgação.
2.2.12. Responsabilidades com pensões de reforma
De acordo com a Lei nº 2/2000 e com os artigos 218º e 262º da Lei
Geral do Trabalho, a compensação a pagar pelo Banco no caso de
caducidade do contrato de trabalho por reforma do trabalhador
determina-se multiplicando 25% do salário base mensal praticado na
data em que o trabalhador atinge a idade legal de reforma pelo número
de anos de antiguidade. No exercício findo em 31 de Dezembro de
2013, o Banco tinha constituído provisões no montante de AOA 73.047
milhares (Nota 16) para fazer face a tais responsabilidades.
Por outro lado, a Lei nº 07/04, de 15 de Outubro, que revogou a Lei
nº 18/90, de 27 de Outubro, que regulamenta o sistema de
Segurança Social de Angola, prevê a atribuição de pensões de reforma
a todos os trabalhadores Angolanos inscritos na Segurança Social. O
valor destas pensões é calculado com base numa tabela proporcional
ao número de anos de trabalho, aplicada à média dos salários ilíquidos
mensais recebidos nos períodos imediatamente anteriores à data em
que o trabalhador cessar a sua actividade. De acordo com o Decreto
nº 7/99, de 28 de Maio, as taxas de contribuição para este sistema
são de 8% para a entidade empregadora e de 3% para os trabalhadores.
88
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Demonstrações Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
3. Principais estimativas e incertezas associadas
à aplicação das políticas contabilísticas
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, não existia qualquer
compromisso formal do Banco quanto ao pagamento de
complementos de reforma aos seus trabalhadores.
As contas do Banco integram estimativas realizadas em condições de
incertezas contudo, não foram criadas reservas ocultas ou provisões
excessivas ou, ainda, uma quantificação inadequada de activos e
proveitos ou de passivos e custos.
2.2.13. Reserva de actualização monetária dos fundos próprios
Nos termos do Aviso nº 2/2009, de 8 de Maio, do Banco Nacional
de Angola sobre actualização monetária, o qual revogou o Aviso nº
10/2007, de 12 de Setembro, as instituições financeiras devem, em
caso de existência de inflação, considerar mensalmente os efeitos da
modificação no poder de compra da moeda nacional, com base no
Índice de Preços ao Consumidor.
O princípio da prudência impõe a escolha da hipótese que resulte em
menor património líquido, quando se apresentarem opções igualmente
válidas diante dos demais princípios contabilísticos. Determina a
adopção do menor valor para os componentes do activo e maior para
os do passivo, sempre que se apresentarem alternativas igualmente
válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o
património líquido.
O valor resultante da actualização monetária deve ser reflectido
mensalmente, a débito na demonstração de resultados, por
contrapartida da reserva de actualização monetária dos fundos próprios.
Na elaboração das demonstrações financeiras o Banco efectuou
estimativas e utilizou pressupostos que afectam as quantias relatadas
dos activos e passivos. Estas estimativas e pressupostos são
apreciados regularmente e baseiam-se em diversos factores incluindo
expectativas acerca de eventos futuros que se consideram razoáveis
nas circunstâncias.
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, as demonstrações financeiras
do Banco não consideraram os efeitos da modificação no poder de
compra da moeda nacional, no valor contabilístico das contas de
Imobilizações e dos Fundos Próprios, uma vez que Angola deixou de
ser considerada uma economia hiper-inflacionária.
Utilizaram-se estimativas e pressupostos nomeadamente nas áreas
significativas de Outras Provisões e Impostos Correntes e Diferidos e
Modelo de Valorização de Títulos e Valores Mobiliários.
4. Disponibilidades
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
USD
(Valores não auditados)
AOA
2013
2012
2013
2012
2.597.672
2.290.591
26.610
23.904
687.808
876.498
7.046
9.147
3.285.480
3.167.089
33.656
33.051
11.389.195
3.816.704
116.670
39.830
9.768.402
4.868.038
100.067
50.801
21.157.597
8.684.742
216.737
90.631
6.670.456
5.548.157
68.333
57.897
31.113.533
17.399.988
318.726
181.579
Valores em tesouraria
Valores em moeda nacional
Valores em moeda estrangeira
Disponibilidades no Banco Central
Valores em moeda nacional
Valores em moeda estrangeira
Disponibilidades em Instituições Financeiras
Valores em moeda estrangeira
89
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
As disponibilidades no Banco Central dizem respeito a reservas obrigatórias não remuneradas que visam cumprir o disposto no instrutivo nº 3/2013,
de 1 de Julho, do BNA que estabelece que as reservas obrigatórias devem ser constituídas em moeda nacional e em moeda estrangeira, em função
da respectiva denominação dos passivos que constituem a sua base de incidência, devendo ser mantidas durante todo o período a que se referem.
De acordo com este instrutivo, a exigibilidade para a base de incidência, em moeda nacional e estrangeira, é de 15%, exceptuando os depósitos do
Governo Local, em que se aplica uma taxa de 50% e Governo Central em que se aplica uma taxa de 100%.
As disponibilidades em Instituições Financeiras correspondem a depósitos à ordem não remunerados, denominados em moeda estrangeira e
domiciliados em instituições de crédito fora do país.
5. Aplicações de liquidez
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
USD
(Valores não auditados)
AOA
2013
2012
2013
2012
14.111.340
-
144.556
-
289
-
3
-
20.238.369
9.012.107
207.321
94.047
1.001
1.836
10
19
34.350.999
9.013.943
351.890
94.066
Valore aplicado
11.499.957
3.816 704
117.805
56.524
Juros a receber
13.993
84.595
143
883
11.513.950
5.501.044
117.948
57.407
45.864.949
14.514.987
469.838
151.473
Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro
Banco Central (Depósito Overnight)
- Valor aplicado
- Juros a receber
Outras instituições financeiras
- Valor aplicado
- Juros a receber
Operações de Compra de títulos de Terceiros
com Acordo de Revenda
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, as operações de compra de títulos de terceiros com acordo de revenda com o BNA venciam juros à taxa
média anual de 2,68% e 4,19%, respectivamente.
Em 31 de Dezembro de 2012, as operações de compra de títulos de terceiros com acordo de revenda incluíam dois empréstimos adquiridos em
mercado secundário, com vencimento inferior a três meses e uma taxa de remuneração de 6,22%.
90
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Demonstrações Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, as aplicações de liquidez apresentavam o seguinte detalhe por prazos residuais de vencimento:
USD
(Valores não auditados)
AOA
2013
2012
2013
2012
34.345.510
7.092.381
351.834
74.013
5.489
1.921.562
56
20.053
34.350.999
9.013.943
351.890
94.066
Até um mês
3.013.950
2.084.641
30.875
21.755
Entre um e três meses
8.500.000
3.416.403
87.073
35.652
11.513.950
5.501.044
117.948
57.407
45.864.949
14.514.987
469.838
151.473
Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro
Até um mês
Entre um e três meses
Operações de Compra de títulos de Terceiros
com Acordo de Revenda
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, as operações no Mercado Monetário Interfinanceiro venciam juros às seguintes taxas médias anuais por moeda:
USD
(Valores não auditados)
AOA
Taxas médias
2013
2012
2013
2012
2013
2012
14.111.629
-
144.559
-
0,75%
n.a.
19.524.426
8.626.347
200.007
90.021
0,26%
0,36%
558.720
-
5.724
-
4,70%
n.a.
5.491
5.162
56
54
0,40%
0,21%
150.733
382.434
1.544
3.991
0,65%
0,95%
34.350.999
9.013.943
351.890
94.066
Banco Central (Depósito Overnight)
Kwanza
Outras instituições financeiras
Dólar Americano
Rand Sul Africano
Euros
Coroas Suecas
91
O Banco
Enquadramento
macroeconónico
Introdução
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
6. Títulos e Valores Mobiliários
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica apresenta a seguinte composição por categorias, tipo, moedas e indexantes:
2013
AOA
Moeda
Indexante
Taxa
média
Valor
nominal
Custo de
aquisição
USD
Actualização
valor nominal
Juros
corridos
Prémio/
Desconto
Ajuste do
justo
valor
Valor de
Balanço
Valor de
Balanço
2.019.177
20.684
(Nota 17 e
20)
(Nota 20)
Títulos e valores mobiliários
- Mantidos para Negociação
Obrigações do Tesouro
AOA
USD
7,12%
1.972.176
1.921.348
50.820
50.857
10
(3.858)
- Disponíveis para Venda
Títulos do Banco
Central
AOA
n.a.
n.a.
5.500.000
5.465.450
-
-
548
(1.247)
5.464.751
55.981
Bilhetes do Tesouro
AOA
n.a.
n.a.
7.621.459
7.486.275
-
-
34.424
(19.511)
7.501.188
76.842
Obrigações do Tesouro
emitidas fora do país
USD
Taxa fixa
7,00%
2.830.756
3.120.054
-
24.769
(32.022)
18.497
3.131.298
32.077
Obrigações do Tesouro
em moeda nacional
AOA
Taxa fixa
7,06%
6.139.100
6.142.600
-
104.129
(490)
(6.836)
6.239.403
63.916
Obrigações do Tesouro
em moeda estrangeira
USD
Libor
3,14%
7.321.425
6.278.121
-
77.781
571.971
142.925
7.070.798
72.433
29.412.740
28.492.500
-
206.679
574.431
133.828
29.407.438 301.249
31.384.916
30.413.848
50.820
257.536
574.441
129.970
31.426.615 321.933
2012
AOA
Moeda
Indexante
Taxa
média
Valor
nominal
Custo de
aquisição
USD
Actualização
valor nominal
Juros
corridos
Prémio/
Desconto
Ajuste
do justo
valor
Valor de
Balanço
Valor de
Balanço
1.984.837
20.713
(Nota 17
e 20)
(Nota 20)
Títulos e valores mobiliários
- Mantidos para Negociação
Obrigações do Tesouro
AOA
USD
7,12%
1.935.951
1.926.067
9.765
50.731
-
(1.726)
- Disponíveis para Venda
Títulos do Banco Central
AOA
n.a.
n.a.
5.500.000
5.415.725
-
-
34.446
-
5.450.171
56.876
Obrigações do Tesouro
USD
Libor
3,42%
7.171.178
7.186.500
-
84.803
(679.854)
97.146
6.688.595
69.799
12.671.178
12.602.225
-
84.803
(645.408)
97.146
12.138.766 126.675
14.607.129
14.528.292
9.765 135.534
(645.408)
95.420
14.123.603 147.388
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os títulos que compõem a carteira do Banco são na sua totalidade, títulos emitidos pelo BNA ou pelo
Tesouro Angolano, classificados com o nível de risco A - Nulo. Esta política de investimento, centrada na rentabilidade e baixo risco, encontra-se
em conformidade com os padrões de investimento do sistema bancário angolano. A forma de gestão de riscos e metodologias para a sua
quantificação encontram-se descritas no capítulo de gestão de risco do relatório de gestão do Banco.
Conforme descrito na Nota 2.2.4, o valor de mercado dos títulos corresponde ao valor líquido provável de realização, obtido com base num modelo
interno de valorização. De acordo com esse modelo, as obrigações do tesouro emitidas fora do país e as obrigações denominadas em moeda
estrangeira, são valorizadas considerando os seguintes inputs: (i) taxas médias da curva swap USD Libor, (ii) um spread de risco de crédito que
corresponde à diferença entre a curva de mercado das Eurobonds e a curva de referência das obrigações em USD. É considerada a taxa de compra
para determinar este spread, e (iii) um prémio de risco de liquidez de 200 pbs (crítico), uma vez que não existe um mercado activo para estes títulos.
92
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Demonstrações Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os títulos e valores mobiliários apresentavam a seguinte distribuição, de acordo com os prazos residuais
de vencimento:
USD
(Valores não auditados)
AOA
Até um mês
Entre um e três meses
Entre três e seis meses
Entre seis meses e um ano
Entre um e cinco anos
Superior a cinco anos
2013
2012
2013
2012
1.253.047
8.961.184
1.952.454
1.821.314
14.307.319
3.131.297
5.562.313
2.085.355
6.475.935
-
12.836
91.798
20.001
18.657
146.564
32.077
58.046
21.762
67.580
-
31.426.615
14.123.603
321.933
147.388
7. Créditos no sistema de pagamentos
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
USD
(Valores não auditados)
AOA
Recursos de terceiros em trânsito
Outras operações pendentes de liquidação
Recursos de terceiros em trânsito
Compensação de cheques
Compensação em ATM’s
Relações com correspondentes
Outras operações pendentes de liquidação
Compensação de cartões de crédito
Valores suspensos de operações de Leasing
Outros
2013
2012
2013
2012
130.173
52.540
1.302.825
-
1.334
538
13.596
-
182.713
1.302.825
1.872
13.596
(390.470)
(54.326)
(35.487)
(163.766)
(147.504)
-
(4.000)
(557)
(364)
(1.709)
(1.539)
-
(178.349)
(31.802)
(915)
(3.869)
(389)
(1.827)
(326)
(8)
(40)
(5)
(691.349)
(315.528)
(7.082)
(3.293)
(508.636)
987.297
(5.210)
10.303
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os recursos de terceiros em trânsito no activo correspondem a pagamentos efectuados através do sistema
bancário do Banco, mas cuja contrapartida ainda não foi reflectida no módulo de gestão de fornecedores.
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o saldo na rubrica “Compensação em ATM’s” refere-se a movimentos efectuados em ATM’s e POS do Banco
nos últimos dias do ano e que aguardam compensação por parte da EMIS.
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o saldo na rubrica “Compensação de cartões de crédito” refere-se a pagamentos efectuados com cartões de
crédito emitidos pelo Banco nos últimos dias do ano e que aguardam compensação por parte da EMIS.
93
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
8. Operações Cambiais
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
USD
(Valores não auditados)
AOA
2013
2012
2013
2012
69
-
1
-
5.910
-
60
-
5.979
-
61
-
Proveitos por Compra e Venda de Moedas Estrangeiras
De operações com entidades do Grupo
De operações com outras entidades
Proveitos por Compra e Venda de Moedas Estrangeiras
De operações com entidades do Grupo
De operações com outras entidades
(4)
-
-
-
(2.967)
(1.438)
(30)
(15)
(2.971)
(1.438)
(30)
(15)
3.008
(1.438)
(31)
(15)
Em 31 de Dezembro de 2013, o saldo desta rubrica corresponde a operações a aguardar liquidação financeira, tendo as mesmas sido liquidadas
nos primeiros dias de 2014 e 2013, respectivamente, para as demonstrações de 31 de Dezembro de 2013 e 2012.
94
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Demonstrações Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
9. Crédito
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
USD
(Valores não auditados)
AOA
2013
2012
2013
2012
18.858.043
4.964.798
193.181
51.811
685.653
2.502.965
7.024
26.120
388.928
365.045
3.984
3.809
4.167.365
1.562.275
42.690
16.303
132.532
43.768
1.358
457
Empréstimos
Empresas
Particulares
Crédito em Conta Corrente
Empresas
Descobertos
Empresas
Particulares
Crédito ao Consumo
Empresas
Particulares
Crédito à Habitação
464.648
-
4.760
-
7.739.660
-
79.285
-
941.177
164.428
9.641
1.716
Leasing
Empresas
838.406
48.603
8.589
507
Particulares
2.939
45.676
30
477
Cartões de Crédito
67.842
-
695
-
Capital e juros vencidos
Proveitos a receber
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (Nota 16)
26.697
12.131
273
127
363.481
172.177
3.724
1.796
34.677.371
9.881.866
355.234
103.123
(575.519)
(354.055)
(5.896)
(3.695)
34.101.852
9.527.811
349.338
99.428
Em 31 de Dezembro de 2013, o conjunto dos vinte maiores clientes do Banco representava, aproximadamente, 70% do total da carteira de crédito.
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o crédito concedido em moeda nacional vencia juros a uma taxa média anual de 12,77% e 14,3%,
respectivamente, e o crédito concedido em moeda estrangeira vencia juros a uma taxa média anual de 9,24% e 14,9%, respectivamente.
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a totalidade da carteira de crédito concedido era remunerada a taxas de juro fixas, não existindo indexantes
associados às operações.
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o capital e juros vencidos indicados no quadro anterior representam apenas o valor das prestações de capital
e juros em atraso. O valor total das operações em incumprimento é apresentado no quadro com a distribuição nos correspondentes níveis de risco.
95
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o crédito concedido apresentava a seguinte composição por moeda:
USD
(Valores não auditados)
AOA
2013
2012
2013
2012
Kwanza
15.152.036
7.570.350
155.217
79.001
Dólar Americano
19.525.335
2.311.516
200.017
24.122
34.677.371
9.881.866
355.234
103.123
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o prazo residual do crédito concedido, apresenta a seguinte composição:
USD
(Valores não auditados)
AOA
2013
2012
2013
2012
À vista
406.131
-
4.160
-
Até três meses
586.064
9.039.663
6.004
94.334
Entre três e seis meses
772.730
-
7.916
-
Entre seis meses e um ano
867.970
195.135
8.891
2.036
Entre um e cinco anos
21.038.022
611.326
215.513
6.380
Mais de cinco anos
6.265.739
35.742
64.186
373
Indeterminado
4.740.715
-
48.564
-
34.677.371
9.881.866
355.234
103.123
96
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Demonstrações Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o crédito concedido apresentava a seguinte composição por sector de actividade:
USD
(Valores não auditados)
AOA
2013
Capital
vincendo
Capital
vencido
Particulares
9.664.271
Extracção de petróleo, gás natural e actividades relacionadas
9.483.738
Total
2012
2013
2012
26.697
9.690.968
-
9.483.738
2.796.714
99.274
29.185
902.042
97.151
9.413
Comércio por grosso e agentes de comércio
4.130.855
-
4.130.855
1.907.809
42.316
19.909
Construção
1.451.130
-
1.451.130
2.640.677
14.865
27.557
Fabricação de outros produtos minerais não metálicos
1.055.389
-
1.055.389
-
10.811
-
870.255
-
870.255
-
8.915
4.016
Actividades auxiliares de intermediação financeira
Fabricação de máquinas e aparelhos eléctricos, N.E.
857.054
-
857.054
384.876
8.780
Fabricação de coque, produtos petrolíferos refinados
308.791
-
308.791
-
3.163
-
Indústrias alimentares e de bebidas
125.459
-
125.459
-
1.285
-
Pesca, aquacultura e actividades relacionadas
98.534
-
98.534
-
1.009
-
Intermediação financeira
49.762
-
49.762
73.908
510
771
Comércio a retalho
13.000
-
13.000
-
133
-
Transportes terrestres e transportes por condutas (Pipelines)
7.933
-
7.933
-
81
-
Educação
5.586
-
5.586
-
57
-
Actividades informáticas e conexas
2.017
-
2.017
-
21
-
Actividades imobiliárias
1.981
-
1.981
-
20
-
6.524.919
-
6.524.919
1.175.840
66.843
12.272
34.650.674
26.697
34.677.371
9.881.866
355.234
103.123
Outras actividades de serviços, N.E.
A distribuição dos créditos, incluindo os respectivos proveitos a receber, por classe de risco e respectivas provisões para créditos de liquidação
duvidosa em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 era como segue:
USD
(Valores não auditados)
AOA
2013
Taxa de
Provisão
Operações
regulares
Operações em
incumprimento
Crédito
Total
Provisão
Constituída
Crédito
Total
(Nota 16)
Provisão
Constituída
(Nota 16)
Nível A - Nulo
0%
17.167.787
-
17.167.787
-
175.866
-
Nível B - Muito Reduzido
1%
1.107.099
-
1.107.099
11.071
11.341
113
4.996
Nível C - Reduzido
3%
16.129.138
127.712
16.256.850
487.705
166.534
Nível D - Moderado
10%
4.772
19.308
24.080
2.408
247
25
Nível E - Elevado
20%
4.911
42.729
47.640
9.528
488
98
Nível F - Muito Elevado
50%
2.154
16.063
18.217
9.109
187
93
Nível G - Risco de Perda
100%
12.408
43.290
55.698
55.698
571
571
34.428.269
249.102
34.677.371
575.519
355.234
5.896
97
O Banco
Enquadramento
macroeconónico
Introdução
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
USD
(Valores não auditados)
AOA
2012
Taxa de
Provisão
Capital
vincendo
Capital
vencido
Total
Provisão
Constituída
Crédito
Total
(Nota 16)
Provisão
Constituída
(Nota 16)
Nível A - Nulo
0%
520.962
-
520.962
-
5.437
-
Nível B - Muito Reduzido
1%
889.381
-
889.381
8.894
9.281
93
Nível C - Reduzido
3%
8.450.814
5.888
8.456.702
253.702
88.251
2.648
Nível D - Moderado
10%
54
-
54
5
1
19
Nível E - Elevado
20%
8.521
425
8.946
1.789
93
Nível F - Muito Elevado
50%
-
-
-
-
-
-
Nível G - Risco de Perda
100%
3
5.818
5.821
5.821
61
61
9.869.735
12.131
9.881.866
270.211
Provisão para a Prestação de Garantias
103.123
2.820
83.844
875
354.055
3.695
Tal como referido na Nota Introdutória, o SBA iniciou actividade em Setembro de 2010, pelo que a carteira de crédito é ainda muito recente,
apresentando um reduzido nível de incumprimento e, consequentemente, encontrando-se concentrada nos níveis de risco mais baixos. Neste
sentido, não existem ainda operações de crédito renegociadas.
De 31 de Dezembro de 2012 para 31 de Dezembro de 2013, a migração do risco dos tomadores de crédito pode ser apresentado como se segue:
2012
2013
Nível A
Nível B
Nível C
Nível D
Nível E
Nível G
Nivel A
Nivel B
Nivel C
Nivel D
Nivel E
Nivel F
Nivel G
Abates
Liquidações
Total
0,00%
8,32%
0,80%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
4,50%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
49,30%
0,00%
0,01%
0,00%
0,00%
0,00%
0,15%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,35%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,16%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
0,50%
0,00%
0,08%
0,00%
0,00%
0,00%
0,05%
0,00%
0,00%
0,05%
5,28%
0,68%
29,76%
0,00%
0,01%
0,00%
5,28%
9,00%
85,57%
0,00%
0,10%
0,05%
9,12%
4,50%
49,31%
0,15%
0,35%
0,16%
0,58%
0,10%
35,73%
100,00%
Da análise da evolução do nível de risco dos tomadores de crédito, verificamos que do total dos créditos em 31 de Dezembro de 2012, no montante
de AOA 9.881.866 milhares, 35,73% foram liquidadas durante o exercício de 2013. As movimentações entre os níveis de risco indicam também que
49,30% não sofreram mudança de nível, 13,63% das operações diminuiu de nível de risco e apenas 1,24% migraram para níveis de risco mais
gravosos.
Durante os exercícios de 2013 e 2012, o Banco efectuou um reforço líquido das provisões para crédito de liquidação duvidosa de AOA 341.932
milhares e AOA 256.638 milhares, respectivamente (Nota 16).
98
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Demonstrações Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
10. Outros Valores
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, estas rubricas apresentam a seguinte composição:
USD
(Valores não auditados)
AOA
2013
2012
2013
2012
Créditos fiscais
Por diferenças temporárias
-
(34.001)
-
(355)
1.466.869
1.665.956
15.027
17.385
1.466.869
1.631.955
15.027
17.030
Rendas e Alugueres
549.271
383.767
5.627
4.005
Adiantamentos e antecipações Salariais
286.010
314.178
2.930
3.279
46.750
101.866
479
1.063
241.493
50.405
2.474
526
Economato
94.778
126.625
971
1.321
Outros
73.713
16.775
752
175
1.292.015
993.616
13.233
10.369
Comissões de assessoria financeira
6.500
-
67
-
Outros
2.655
-
27
-
Por prejuízos fiscais (Nota 27)
Despesas com custo diferido
LISA School Certificates
Seguros
Proveitos diferidos
9.155
-
94
-
Outros valores activos
2.768.039
2.625.571
28.354
27.399
Provisões Específicas para Perdas (Nota 16)
(137.436)
-
(1.408)
-
2.630.603
2.625.571
26.946
27.399
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica de créditos fiscais por prejuízos fiscais corresponde ao imposto diferido activo resultante dos
benefícios decorrentes do artigo 23 ponto 1 da alínea d) da Lei nº 18/92, de 3 de Julho, de acordo com o qual os prejuízos fiscais apurados pelo
Banco poderão ser deduzidos em exercícios futuros (Nota 27).
99
O Banco
Enquadramento
macroeconónico
Introdução
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
11. Imobilizações Financeiras
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica inclui apenas a participação do Banco no capital da EMIS - Empresa Interbancária de Serviços,
S.A.R.L. (EMIS), com sede em Luanda, a qual se encontra valorizada pelo custo de aquisição uma vez que o Banco detém uma participação inferior
a 10% do capital votante.
A EMIS foi constituída em Angola com a função de gestão dos meios electrónicos de pagamentos e serviços completares.
Adicionalmente, à data de emissão deste relatório ainda não se encontravam disponíveis as contas desta participada, referentes ao exercício de 2013.
Durante os exercícios de 2013 e 2012 esta entidade não distribuiu dividendos.
A última informação financeira disponível desta participada é a seguinte (valores em milhares de AOA):
Demonstrações financeiras da EMIS
Participação
EMIS
2012
2011
%
Valor
Activo Líquido
Fundos próprios
Resultado do
exercício
1,97%
44.290
4.973.606
1.387.605
92.970
Activo Líquido
Fundos próprios
Resultado do
exercício
4.124.483
737.942
87.711
12. Imobilizações Incorpóreas, Corpóreas e em Curso
Em 2013 e 2012, esta rubrica apresentou o seguinte movimento:
31-12-2012
Reclassificações
Aquisições
Abates
Transferências
Amortizações
do Exercício
31-12-2013
USD (valores
não auditados)
-
655.733
132.616
-
31.919
-
820.268
8.403
Imobilizações Corpóreas
Imóveis de uso
Equip. Mobiliário e
Material
171.598
-
209.999
(52.155)
177.071
(35.932)
470.581
4.821
Equip. Informático
280.978
-
148.028
-
28.842
(160.636)
297.212
3.045
Material de Transporte
Máquinas e Ferramentas
35.058
-
30.732
-
-
(19.142)
46.648
478
123.070
-
154.727
-
41.046
(25.000)
293.843
3.010
Património Artístico
-
-
2.249
-
-
-
2.249
23
Outros
-
-
-
-
-
-
-
-
755.252
5.978
73.838
-
(747.565)
-
87.503
895
1.365.956
661.711
752.189
(52.155)
(468.687)
(240.710)
2.018.304
20.675
-
120.254
116.750
-
22.935
(66.770)
192.169
1.969
1.065.999
(775.987)
358.286
(20.510)
445.752
(162.484)
911.056
9.332
5.978
(5.978)
-
-
-
-
-
-
1.071.977
(661.711)
475.036
(20.510)
468.687
(230.254)
1.103.225
11.301
2.437.933
-
1.227.225
(72.665)
-
(470.964)
3.121.529
31.976
Imobilizações Corpóreas
em curso
Imobilizações Incorpóreas
Software
Benfeitorias em Imóveis
de Terceiros
Imobilizações Incorpóreas
em curso
100
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Demonstrações Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
Amortizações
do Exercício
Transferências
31-12-2012
USD (valores
não auditados)
31-12-2011
Aquisições
Abates
23.535
156.783
(1.304)
-
(7.416)
171.598
1.791
363.707
62.006
-
3.695
(148.430)
280.978
2.932
Imobilizações Corpóreas
Equip. Mobiliário e Material
Equip. Informático
Material de Transporte
15.854
30.187
-
-
(10.983)
35.058
366
Máquinas e Ferramentas
34.146
96.676
-
-
(7.752)
123.070
1.284
-
-
-
-
-
-
-
Outros
Imobilizações Corpóreas em curso
-
755.252
-
-
-
755.252
7.882
437.242
1.100.904
(1.304)
3.695
(174.581)
1.365.956
14.255
298.089
863.862
(20.510)
(3.695)
(71.747)
1.065.999
11.125
Imobilizações Incorpóreas
Benfeitorias em Imóveis de Terceiros
Imobilizações Incorpóreas em curso
-
5.978
-
-
-
5.978
62
298.089
869.840
(20.510)
(3.695)
(71.747)
1.071.977
11.187
735.331
1.970.744
(21.814)
-
(246.328)
2.437.933
25.442
Em 2013 as reclassificações dizem essencialmente respeito a agências anteriormente arrendadas que foram entretanto adquiridas pelo Banco.
13. Depósitos
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
USD
(Valores não auditados)
AOA
2013
2012
2013
2012
Em moeda nacional
68.267.601
14.637.751
699.330
152.753
Em moeda estrangeira
59.706.749
30.351.566
611.634
316.737
127.974.350
44.989.317
1.310.964
469.490
Em moeda nacional
2.477.240
1.749.838
25.376
18.260
Em moeda estrangeira
2.323.709
3.273.301
23.804
34.159
19.809
9.289
204
97
4.820.758
5.032.428
49.384
52.516
1.176.591
-
12.053
-
765.662
2.000.582
7.843
20.877
1.942.253
2.000.582
19.896
20.877
134.737.361
52.022.327
1.380.244
542.883
Depósitos à ordem
Depósitos a prazo
Custos a pagar
Outros depósitos
Em moeda nacional
Em moeda estrangeira
101
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica “Outros depósitos” refere-se a montantes depositados por clientes, que se encontram cativos para
garantia de crédito concedido e cartas de crédito emitidas.
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os depósitos a prazo em moeda nacional venciam juros a uma taxa média anual de 4,28% e 2,72% e os
depósitos a prazo em moeda estrangeira venciam juros a uma taxa média anual de 0,40% e 0,52%, respectivamente.
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os depósitos apresentavam a seguinte distribuição por sector de actividade:
USD
(Valores não auditados)
AOA
2013
2012
2013
2012
Indústrias transformadoras
53.885.095
14.348.841
551.997
149.739
Prestação de serviços
50.504.296
15.029.113
517.364
156.838
Particulares
7.859.731
960.097
80.515
10.019
Comércio por grosso e retalho
6.339.973
5.864.493
64.946
61.197
Construção
3.992.923
4.577.460
40.903
47.769
Actividades informáticas e conexas
2.725.015
-
27.915
-
Seguros, fundos de pensões
2.055.622
-
21.058
-
Aluguer de máquinas e de equipamentos
1.499.130
-
15.357
-
Educação
1.490.130
964.413
15.265
10.064
Indústrias extractivas
1.437.943
2.547.616
14.730
26.586
Transportes
1.337.906
151.669
13.705
1.583
Organismos internacionais e outras instituições
630.657
-
6.460
-
Intermediação financeira
511.502
4.725.148
5.240
49.310
Outros
467.403
2.853.477
4.789
29.778
134.737.361
52.022.327
1.380.244
542.883
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os depósitos a prazo apresentavam a seguinte distribuição por prazo residual de maturidade:
USD
(Valores não auditados)
AOA
Até três meses
2013
2012
2013
2012
3.857.866
3.815.337
39.520
39.815
Entre três e seis meses
321.645
245.594
3.295
2.563
Entre seis meses e um ano
630.260
518.400
6.456
5.410
10.987
453.097
113
4.728
4.820.758
5.032.428
49.384
52.516
Entre um e cinco anos
102
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Demonstrações Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
14. Outras Captações
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
USD
(Valores não auditados)
AOA
Dívidas subordinadas
Em moeda estrangeira
Outras captações contratadas
Em moeda estrangeira
2013
2012
2013
2012
-
-
-
-
2.958.586
-
30.308
-
2.958.586
-
30.308
-
-
-
-
962.087
-
9.855
-
962.087
-
9.855
-
3.920.673
-
40.163
-
Durante 2013, o Banco tomou do Standard Bank South Africa no montante de USD 30 milhões, a qual se destinou ao aumento dos fundos
próprios regulamentares de forma a alargar limites importantes para a actividade do Banco.
Em 31 de Dezembro de 2013, o valor da dívida subordinada ascendia a AOA 2.958.586 milhares, incluindo AOA 30.016 milhares de juros a
pagar. A esta data, a dívida subordinada é remunerada à taxa de juro Libor mais um spread de 3,6% (4,6% a partir do quinto ano). A dívida
subordinada tem um prazo de 10 anos com possibilidade de reembolso antecipado a partir do quinto aniversário, em todas as datas de
vencimento de juros com aviso prévio de 10 dias antes do reembolso.
Em 31 de Dezembro de 2013, as outras captações contratadas correspondem a descobertos em depósitos à ordem domiciliados em instituições
de crédito fora do país, não remunerados.
103
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
15. Outras Obrigações
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
USD
(Valores não auditados)
AOA
2013
2012
2013
2012
80.557
11.260
46.839
40.729
-
825
115
480
425
-
1.163.732
68.921
1.322.930
-
11.921
706
13.806
-
591.376
465.733
6.058
4.860
21.233
15.999
218
167
525.862
12.839
-
5.387
134
-
24.678
312.605
253
3.262
2.534.458
2.170.835
25.963
22.654
Obrigações fiscais
Encargos fiscais a pagar - retidos de terceiros
Provisão para encargos fiscais a pagar (Nota 27)
Impostos diferidos por diferenças temporárias (Nota 27)
Saldos com entidades relacionadas
Participações e contribuições sobre os resultados a pagar
Obrigações com pessoal
Contribuição Segurança Social
Honorários a pagar
Fornecedores
Outros
Os saldos com entidades relacionadas respeitam a valores pagos pelo Standard Bank da África do Sul por conta do SBA, para posterior reembolso
por parte deste último. Estes valores incluem essencialmente o valor dos activos do escritório de representação do Standard Bank da África do
Sul em Angola que passaram para propriedade do SBA quando este iniciou actividade, incluem ainda custos incorridos com pessoal cedido ao
SBA.
O saldo da rubrica “Obrigações com pessoal” inclui a provisão para férias e subsídio de férias dos colaboradores e o aprovisionamento do prémio
anual de produtividade do Banco em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, respectivamente.
Em 31 de Dezembro de 2013, o saldo da rubrica “Fornecedores” diz respeito ao valor de serviços prestados e bens adquiridos cujas facturas
ainda não foram recepcionadas pelo Banco.
104
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Demonstrações Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
16. Provisões
O movimento nas provisões durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 foi o seguinte:
AOA
31-12-2011
Reclassificações
Reforços
Reversões
31-12-2012
Reforços
Reversões Utilizações
31-12-2013
(Nota 18)
Provisões para risco de crédito
Provisão para créditos de
liquidação duvidosa (Nota 9)
13.573
-
256.638
-
270.211
479.233
(137.301)
(36.624)
575.519
13.573
-
256.638
-
270.211
479.233
(137.301)
(36.624)
575.519
-
-
-
-
-
137.436
-
-
137.436
-
-
83.844
-
83.844
70.942
(73.976)
-
80.810
337.950
(337.950)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
73.047
-
-
73.047
Outras provisões no activo
Provisões específicas para perdas
(Nota 10)
Outras provisões
Provisões para responsabilidades
prováveis na prestação de garantias
(Nota 18)
Responsabilidades prováveis de
natureza administrativa e de
comercialização
Provisões para compensação
por reforma
Outras provisões para
responsabilidades prováveis
34.218
(6.950)
-
-
27.268
-
-
-
27.268
372.168
(344.900)
83.844
-
111.112
143.989
(73.976)
-
181.125
385.741
(344.900)
340.482
-
381.323
760.658
(211.277)
(36.624)
894.080
105
O Banco
Enquadramento
macroeconónico
Introdução
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
USD (Valores não auditados)
31-12-2011
Reclassificações Reforços
Reversões
Variação
cambial 31-12-2012 Reforços
Reversões
Utilizações
Variação
cambial 31-12-2013
(Nota 18)
Provisões para risco de
crédito
Provisão para créditos
de liquidação duvidosa
(Nota 9)
142
-
2.690
-
(12)
2.820
4.966
(1.423)
(380)
(88)
5.896
142
-
2.690
-
(12)
2.820
4.966
(1.423)
(380)
(88)
5.896
-
-
-
-
-
-
1.424
-
-
(16)
1.408
Provisões para
Responsabilidades
Prováveis na Prestação
de Garantias (Nota 18)
-
-
879
-
(4)
875
735
(767)
-
(16)
828
Outras provisões
para responsabilidades
prováveis com pessoal
3.547
(3.547)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
757
-
-
(9)
748
359
(72)
-
-
(2)
285
-
-
-
(6)
279
3.906
(3.619)
879
-
(5)
1.160
1.492
(767)
-
(30)
1.855
4.048
(3.619)
3.569
-
(18)
3.980
7.882
(2.189)
(380)
(135)
9.159
Outras provisões no activo
Provisões Específicas
para Perdas
Outras provisões
Provisões para
compensação
por reforma
Outras provisões
para responsabilidades
prováveis
No exercício findo em 31 de Dezembro de 2013, o Banco tinha constituído provisões no montante de AOA 73.046 milhares, para fazer face a
responsabilidades eventuais com reformas, de acordo com a Lei nº 2/2000 e com os artigos 218º e 262º da Lei Geral do Trabalho (Nota 2.2.12).
Em 31 de Dezembro de 2013, o Banco tinha registado uma provisão específica para perdas operacionais, no montante de AOA 137.436 milhares,
relacionada com falhas operacionais no processamento de instruções de clientes.
Durante o exercício de 2013, o Banco abateu ao activo operações de crédito totalmente provisionadas, no montante de AOA 36.624 milhares,
classificadas na classe de risco G há mais de seis meses e com prazo de incumprimento superior a 180 dias.
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2012, as provisões para responsabilidades prováveis na prestação de garantias apareciam deduzidas ao valor do
crédito concedido. Em 2013 essas provisões foram registadas na respectiva rubrica do passivo.
Em 31 de Dezembro de 2011, o saldo da rubrica “Responsabilidades prováveis com pessoal” dizia respeito ao subsídio de férias dos colaboradores
e ao aprovisionamento do prémio anual de produtividade do Banco. Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 estes saldos estão registados em na
rubrica de “Outras obrigações passivas”.
Em 31 de Dezembro de 2011, o saldo da rubrica “Responsabilidades prováveis de natureza administrativa e de comercialização” incluía honorários
a pagar a auditores. Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 esses valores foram registados na rubrica “Outras obrigações passivas”.
106
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Demonstrações Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
17. Fundos Próprios
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012 o capital social do Banco era composto por 1.000.000 acções com o valor nominal de USD 100 (equivalente
a AOA 9.530.007), integralmente subscritas e realizadas pelos seguintes accionistas:
2013
2012
Valor Nominal
Número de
acções
AOA
Valor Nominal
USD
%
AOA
USD
%
Standard Bank Group Limited
509.996
4.860.265
51.000
51,00%
4.860.265
51.000
51,00%
AAA Activos, Lda.
490.000
4.669.703
49.000
49,00%
4.669.703
49.000
49,00%
Outros accionistas
4
39
-
0,00%
39
-
0,00%
1.000.000
9.530.007
100.000
100,00%
9.530.007
100.000
100,00%
Reservas e Fundos
O Capital para constituição do Banco foi recebido previamente pelo escritório de representação, que fez a sua aplicação em títulos do Tesouro
Público de Angola. A remuneração destes títulos foi reconhecida nesta rubrica no momento da constituição do Banco, uma vez que não se tratou
de resultados da sua actividade.
Resultados potenciais
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
USD
(Valores não auditados)
AOA
2013
2012
2013
2012
Reservas de reavaliação dos títulos disponíveis para venda
Variação do valor de mercado (Nota 6)
133 828
97.146
1.371
1.014
Impostos diferidos (Nota 27)
(46.839)
(34.001)
(480)
(355)
86.989
63.145
891
659
Variação Cambial
-
-
(1.458)
(166)
-
-
(1.458)
(166)
86.989
63.145
(567)
493
107
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
Resultados transitados
Em 31 de Dezembro de 2013 e 201, os resultados transitados correspondem à apropriação dos resultados dos exercícios anteriores, com o seguinte
detalhe:
USD
(Valores não auditados)
AOA
2013
2012
2013
2012
Resultado do exercício de 2010
(479.258)
(479.258)
(5.192)
(5.192)
Resultado do exercício de 2011
(743.694)
(743.694)
(7.926)
(7.926)
Resultado do exercício de 2012
(982.618)
-
(10.300)
-
(2.205.570)
(1.222.952)
(23.418)
(13.118)
18. Rubricas Extrapatrimoniais
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, esta rubrica apresenta a seguinte composição:
USD
(Valores não auditados)
AOA
2013
2012
2013
2012
Garantias prestadas
1.995.346
1.854.114
21.206
19.349
Créditos documentários abertos
2.863.131
2.354.559
29.495
24.571
4.858.477
4.208.673
50.701
43.920
34.677.371
9.881.866
355.234
103.123
36.624
-
380
-
34.713.995
9.881.866
355.614
103.123
Responsabilidades perante terceiros
Valor actual dos créditos
Créditos mantidos no Activo (Nota 9)
Créditos transferidos para prejuízos (Nota 16)
Operações cambiais
Compras de moedas estrangeiras a liquidar
Vendas de moedas estrangeiras a liquidar
3.334
-
34
-
(3.334)
-
(34)
-
-
-
-
-
Em 2013 e 2012, o Banco constituiu provisões para garantias prestadas no montante de AOA 80.810 milhares e AOA 83.844 milhares,
respectivamente (Nota 16).
108
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Demonstrações Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
19. Margem Financeira
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o saldo desta rubrica pode detalhar-se como segue:
USD
(Valores não auditados)
AOA
2013
2012
2013
2012
De Operações no Mercado Monetário Interfinanceiro
224.928
882.738
2.331
9.252
De Operações de Compra de Título com acordo de revenda
235.585
32.910
2.441
345
460.513
915.648
4.772
9.597
Mantidos para Negociação
135.459
104.327
1.404
1.094
Disponíveis para Venda
830.111
591.184
8.602
6.196
965.570
695.510
10.006
7.290
1.825.735
514.499
18.920
5.393
3.251.818
2.125.657
33.698
22.280
(309.039)
(427.416)
(3.202)
(4.480)
(34.693)
322
(360)
3
Proveitos de Instrumentos Financeiros
- Proveitos de Aplicações de Liquidez
- De Títulos e Valores Mobiliários
- De Créditos
- Custos de Instrumentos Financeiros
Custos de Depósitos
Custos de Captações para Liquidez
Custos de Outras Captações
(71.744)
-
(743)
-
(415.476)
(427.094)
(4.305)
(4.477)
2.836.342
1.698.563
29.393
17.803
20. Resultados de Negociações e Ajustes ao Justo Valor
Em 31 de Dezembro de 2013, o saldo desta rubrica incluía AOA 2.132 milhares relativos à desvalorização do justo valor dos títulos mantidos para
negociação e AOA 41.055 milhares relativos aos ganhos resultantes da actualização do valor nominal das obrigações do tesouro denominadas em
moeda nacional, mas indexadas ao dólar americano (Nota 6).
109
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
21. Resultados de Operações Cambiais
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o saldo desta rubrica pode detalhar-se como segue:
USD
(Valores não auditados)
AOA
2013
Resultados de operações de compra e venda de moeda
Resultados da reavaliação de activos e passivos
2012
2013
2012
Lucro
Prejuízo
Líquido
Líquido
Líquido
Líquido
4.219.358
(1.734.012)
2.485.346
1.384.071
25.755
14.507
422.472
-
422.472
-
4.378
-
4.641.830
(1.734.012)
2.907.818
1.384.071
30.133
14.507
22. Resultados de Prestação de Serviços Financeiros
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o saldo desta rubrica pode detalhar-se como segue:
USD
(Valores não auditados)
AOA
2013
2012
2013
2012
Por transferências
349.539
218.626
3.622
2.292
Por operações de crédito
326.687
64.967
3.385
681
Por mediação
252.666
74.465
2.618
781
Por créditos documentários
143.668
70.455
1.489
738
Por consultoria financeira
131.693
14.267
1.365
150
Por compensação electrónica
125.192
89.980
1.297
943
Por levantamentos
113.642
56.364
1.178
591
Por operações cambiais
85.078
17.379
882
182
Por reembolso de despesas
91.132
62.250
944
652
Por garantias prestadas
45.521
43.562
472
457
Por manutenção de conta
26.054
9.882
270
104
Por compromissos com terceiros
19.199
3.275
199
34
Por emissão de cheques
16.163
4.931
167
52
Outras
20.067
311.786
208
3.266
1.746.301
1.042.189
18.096
10.923
(28.563)
(13.866)
(296)
(145)
1.717.738
1.028.323
17.800
10.778
Proveitos de prestação de serviços
Custos de comissões, corretagens e custódias
110
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Relatório de Gestão
Demonstrações Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
23. Pessoal
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o saldo desta rubrica pode detalhar-se como segue:
USD
(Valores não auditados)
AOA
2013
Custos indirectos
2012
2013
2012
78.209
26.536
810
278
Salários e subsídios
3.383.325
1.826.993
35.060
19.150
Pensões e reformas
172.650
133.196
1.789
1.396
Bónus de Performance
492.330
396.002
5.102
4.151
78
345.051
2
3.616
4.048.383
2.701.241
41.953
28.313
4.126.592
2.727.777
42.763
28.591
Outros
Custos directos
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, a rubrica “Salários e subsídios” inclui diversas despesas de colaboradores a cargo do Banco,
nomeadamente despesas de alojamento no montante de AOA 281.479 milhares e AOA 205.098 milhares, respectivamente.
24. Fornecimentos de Terceiros
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o saldo desta rubrica pode detalhar-se como segue:
USD
(Valores não auditados)
AOA
2013
2012
2013
2012
Alugueres
665.399
672.690
6.895
7.051
Comunicações
531.614
413.121
5.509
4.330
Auditorias, Consultorias e Outros Serviços
396.813
438.670
4.112
4.598
Segurança, Conservação e Reparação
373.987
164.519
3.876
1.724
Transporte, Deslocações e Alojamentos
294.793
169.977
3.055
1.782
Comissão de Franchising
221.037
125.511
2.291
1.316
Materiais diversos
200.172
81.661
2.074
856
Publicações, Publicidade e Propaganda
178.807
185.379
1.853
1.943
Seguros
297
138.428
28.302
1.434
Água e Energia
23.854
71.850
247
753
Outros Fornecimentos de Terceiros
96.105
148.157
996
1.553
3.121.009
2.499.837
32.342
26.202
111
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
25. Outros Proveitos e Custos Operacionais
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o saldo desta rubrica pode detalhar-se como segue:
USD
(Valores não auditados)
AOA
Outros proveitos
2013
2012
2013
2012
1.100
-
11
-
(43.364)
-
(449)
-
(3.093)
-
(32)
-
(46.457)
-
(481)
-
(45.357)
-
(470)
-
Outros custos
Perda operacional em agências
Custos de processamento
26. Resultado Não Operacional
No decorrer do exercício de 2013, o Banco procedeu à inventariação da totalidade dos bens que compõem o seu imobilizado. No decurso deste
trabalho, o qual contou com o apoio de uma empresa de consultoria externa, foram identificados e regularizados bens que, pela sua natureza,
correspondem a imobilizado corpóreo e cujas facturas foram reconhecidas anteriormente como custos do Banco. A referida regularização, no
montante de AOA 22.700 milhares foi efectuada na rubrica contabilística “Ganhos e perdas nas imobilizações”.
112
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Demonstrações Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
27. Impostos
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o saldo desta rubrica pode detalhar-se como segue:
USD
(Valores não auditados)
AOA
2013
2012
2013
2012
Resultados antes de Impostos
(792.869)
(1.612.682)
(8.216)
(16.904)
Benefícios Fiscais
(773.017)
(1.012.510)
(8.011)
(10.613)
21
-
0
-
(1.565.865)
(2.625.192)
(16.227)
(27.517)
Outros valores a acrescer
Prejuízo fiscal
Taxa nominal de imposto
Imposto industrial apurado
Reversão de imposto diferido activo
35%
35%
35%
35%
548.053
918.817
5.679
9.631
(747.140)
(288.753)
(7.742)
(3.027)
(199.087)
630.064
(2.063)
6.604
(11.260)
-
(117)
-
(210.347)
630.064
(2.180)
6.604
(36.114)
-
(374)
-
(246.461)
630.064
(2.554)
6.604
31,08%
-39,07%
31,09%
-39,07%
Provisão para Imposto sobre aplicação de capitais
Sobre proveitos a receber de REPOS e títulos
Imposto sobre aplicação de capitais pago sobre rendimentos
recebidos
Taxa efectiva de imposto
O Banco encontra-se sujeito a tributação em sede de Imposto Industrial, sendo considerado fiscalmente contribuinte do Grupo A. A tributação dos
seus rendimentos é efectuada nos termos dos números 1 e 2 do Artigo 72º, da Lei nº 18/92, de 3 de Julho, sendo a taxa de imposto aplicável de
35%, na sequência da Lei nº 5/99, de 6 de Agosto.
O valor referente a benefícios fiscais é referente aos juros dos Bilhetes do Tesouro e Obrigações do Tesouro emitidos pelo Estado. Este montante
encontra-se isento de imposto industrial, conforme Decretos Regulamentares números 51/03 e 52/03, de 8 de Julho. Assim, na determinação do
lucro tributável em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, tais proveitos encontram-se deduzidos ao resultado antes de imposto.
Em 31 de Dezembro de 2013, o valor de imposto sobre aplicação de capitais respeita ao valor do imposto retidos sobre os rendimentos de títulos
emitidos após 1 de Janeiro de 2013 e sobre os rendimentos dos REPOS.
O Banco decidiu registar Imposto Diferido Activo relacionado com o prejuízo do período de actividade uma vez que é expectativa do Banco, com
base no orçamento para os próximos anos, que venha a gerar nos próximos 3 anos lucro tributável suficiente para absorver os prejuízos fiscais do
exercício.
113
O Banco
Enquadramento
macroeconónico
Introdução
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os créditos e encargos fiscais apresentaram o seguinte movimento:
2011
Capital
próprio
Resultados
2012
Transferências
(Nota 17)
Capital
próprio
Resultados
2013
(199.087)
1.466.869
-
-
(Nota 17)
Créditos fiscais (Nota 10)
Prejuízos fiscais reportáveis
Valorização de activos financeiros
disponíveis para venda
1.035.892
-
630.064
1.665.956
48.711
(82.712)
-
(34.001)
34.001
-
Obrigações fiscais (Nota 15)
Valorização de activos financeiros
disponíveis para venda
-
-
-
-
(34.001)
(12.838)
-
(46.839)
Provisão para encargos fiscais a pagar (IAC)
-
-
-
-
-
-
(11.260)
(11.260)
1.084.603 (82.712)
630.064
1.631.955
-
(12.838)
(210.347)
1.408.770
Está em curso em Angola uma reforma tributária que abrangerá a tributação em sede de Imposto Industrial, não tendo até à data sido emitido o
novo Código. Neste sentido, não é possível estimar, a esta data, o impacto que as alterações legislativas poderão ter na recuperabilidade do
activo por imposto diferido registado pelo Banco.
Em 2013 e 2012, o Banco efectuou a reversão do imposto diferido activo relativo ao prejuízo fiscal de 2011 e 2010, respectivamente, uma vez
que não era expectável gerar em 2014 e 2013 lucro tributável suficiente para absorver os referidos prejuízos fiscais.
114
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Demonstrações Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
28. Saldos e Transações com Entidades relacionadas
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, os principais saldos e transacções mantidos com entidades relacionadas são os seguintes:
USD
(Valores não auditados)
AOA
ACTIVO
2013
2012
2013
2012
705
Disponibilidades
Standard Bank South Africa
518.707
67.523
5.314
Standard Bank Mauricias
856
-
9
-
Stanbic Ibtc Bank Plc
287
286
3
3
18
-
-
-
18.553.632
8.631.459
190.063
90.074
558.720
-
5.724
-
69
-
1
-
19.632.289
8.699.268
201.114
90.782
40.995
99.947
430
1.043
-
32.819
-
342
38.074
181.748
400
1.897
2.958.586
-
31.051
-
4
-
-
-
1.163.732
1.322.930
12.214
13.806
4.201.391
1.637.444
44.094
17.088
Standard Bank Namibia
Aplicações de Liquidez
Standard Bank Isle of Man
Standard Bank South Africa
Operações cambiais
Standard Bank South Africa
PASSIVO
Depósitos
AAA Activos, Lda
AAA Pensões, SARL
AAA Seguros, SA
Outras captações
Standard Bank South Africa
Operações cambiais
Standard Bank South Africa
Outras Rubricas do Passivo
Standard Bank South Africa
115
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
2013
USD
(Valores não auditados)
AOA
RESULTADOS
Proveitos de Aplicações de Liquidez
Standard Bank Isle of Man
56.114
581
Standard Bank South Mauritius
15.136
157
Standard Bank South Africa
14.399
149
(690)
(7)
(5)
-
(71.744)
(743)
Custos de Captações para Liquidez
Standard Bank Isle of Man
Standard Bank South Africa
Custos de Outras Captações
Standard Bank South Africa
Proveitos de Prestação de Serviços
AAA Activos, Lda
583
6
AAA Seguros, SA
62
1
(377.330)
(3.910)
(85.080)
(882)
(1.867)
(19)
(283)
(3)
(450.705)
(4.670)
Fornecimentos de terceiros
Standard Bank South Africa
AAA Activos, Lda
Standard Bank - Moçambique
CFC Stanbic Bank
116
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Demonstrações Financeiras
Montantes expressos em milhares de Kwanzas (AOA) e milhares de Dólares Americanos (USD), excepto quando expressamente indicado.
29. Balancete por Moeda
Em 31 de Dezembro de 2013 e 2012, o balanço por moeda do Banco apresenta a seguinte estrutura:
2013
ACTIVO
2012
AOA
USD
Outros
Total
AOA
USD
Outros
Total
13.986.867
14.876.375
2.250.291
31.113.533
6.107.295
10.309.200
983.493
17.399.988
- Operações no Mercado
Monetário Interfinanceiro
14.117.120
19.524.426
709.453
34.350.999
-
8.626.347
387.596
9.013.943
- Operações de Compra de Títulos de
Terceiros com Acordo de Revenda
11.513.950
-
-
11.513.950
3.528.426
1.584.971
387.647
5.501.044
Disponibilidades
Aplicações de liquidez
Títulos e valores mobiliários
- Mantidos para Negociação
- Disponíveis para Venda
Créditos no sistema de pagamentos
Créditos
Operações cambiais
Outros valores
2.019.177
-
-
2.019.177
1.984.837
-
-
1.984.837
19.205.342
10.202.096
-
29.407.438
5.547.318
6.591.448
-
12.138.766
182.713
-
-
182.713
4.438
1.298.387
-
1.302.825
14.576.517
19.525.335
-
34.101.852
7.318.853
2.224.047
(15.089)
9.527.811
5.979
-
-
5.979
-
-
-
-
2.630.603
-
-
2.630.603
2.625.571
-
-
2.625.571
Imobilizações
44.290
-
-
44.290
44.290
-
-
44.290
- Imobilizações corpóreas
- Imobilizações financeiras
2.018.304
-
-
2.018.304
1.365.956
-
-
1.365.956
- Imobilizações incorpóreas
1.103.225
-
-
1.103.225
1.071.977
-
-
1.071.977
81.404.087
64.128.232
2.959.744
148.492.063
29.598.961
30.634.400
1.743.647
61.977.008
44.989.317
Total de activo
PASSIVO
Depósitos
- Depósitos à Ordem
68.267.601
57.470.801
2.235.948
127.974.350
14.637.751
29.148.589
1.202.977
- Depósitos a Prazo
2.495.063
2.325.695
-
4.820.758
1.756.132
3.271.166
5.130
5.032.428
- Outros depósitos
1.176.591
765.662
-
1.942.253
1.511.236
489.346
-
2.000.582
Obrigações no sistema de pagamentos
Operações cambiais
691.349
-
-
691.349
149.850
165.678
-
315.528
2.971
-
-
2.971
1.438
-
-
1.438
3.920.115
558
3.920.673
-
-
-
-
2.534.458
-
-
2.534.458
847.904
-
1.322.931
2.170.835
181.125
-
-
181.125
27.268
-
-
27.268
75.349.158
64.482.273
2.236.506
142.067.937
18.931.579
33.074.779
2.531.038
54.537.396
6.054.929
(354.041)
723.238
6.424.126
10.667.382
(2.440.379)
(787.391)
7.439.612
Outras captações
Outras obrigações
Provisões para responsabilidades
prováveis
Total de passivo
Activo/(Passivo) líquido
117
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
30. Eventos Subsequentes
Está em curso um processo de transmissão de acções do actual accionista AAA Activos, Lda. para um novo accionista, que irá também subscrever o
aumento de capital a realizar durante o exercício de 2014. Este processo está pendente de aprovação por parte do Banco Nacional de Angola.
Não temos conhecimento de quaisquer outros factos ou acontecimentos posteriores a 31 de Dezembro de 2013 que justifiquem ajustamentos ou
divulgação adicional nas Notas às demonstrações financeiras.
118
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Demonstrações Financeiras
Relatório de Auditoria
119
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
120
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Demonstrações Financeiras
121
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Relatório e parecer do
Conselho Fiscal
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras
122
Standard Bank de Angola, S.A.
Relatório de Gestão
Demonstrações Financeiras
123
O Banco
Introdução
Enquadramento
macroeconónico
Síntese de
actividade
Análise
Financeira
Demonstrações
Financeiras