Instruções de Uso - Gold Analisa Diagnóstica
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Instruções de Uso - Gold Analisa Diagnóstica
CAPACIDADE DE LIGAÇÃO DE FERRO Kit para determinação da capacidade latente de ligação de ferro por metodologia colorimétrica. Cat. 341 MS 80022230152 MÉTODO Colorimétrico-Ferrozina (Goodwin modificado). FINALIDADE Reagentes para a determinação da Capacidade de Ligação de Ferro no soro. Somente para uso diagnóstico in vitro. FUNDAMENTO Um padrão de ferro com concentração conhecida (500 µg/dL) é incubado com o soro em um tampão de pH 8,3. Ocorrerá saturação dos sítios disponíveis para ferro na proteína transportadora (transferrina). Após adição do Reagente de Cor, o excesso de ferro não ligado forma um complexo magenta brilhante permitindo a determinação da capacidade de ligação de ferro na amostra analisada. SIGNIFICADO CLÍNICO A capacidade de ligação de ferro é uma medida da quantidade de ferro total que as proteínas plasmáticas podem unir. Praticamente toda a capacidade de ligação é devida à transferrina. Normalmente, apenas um terço dos sítios de ligação da transferrina estão ocupados por ferro. Deste modo, a transferrina plasmática tem uma considerável reserva para a ligação do ferro. Um aumento na concentração plasmática de transferrina eleva a capacidade total de ligação de ferro (CTLF ou TIBC). Deste modo, são encontrados valores elevados da CTLF na gravidez (3º trimestre), nas deficiências crônicas de ferro (anemia por deficiência de ferro), no uso de contraceptivos orais, na necrose hepática (destruição de células hepáticas) e após hemorragia aguda. Valores diminuídos de CTLF ocorrem quando há uma diminuição na síntese de transferrina (infecção, neoplasia, uremia) ou aumento na perda urinária de transferrina (nefrose). O Índice de Saturação da Transferrina (IST) está aumentado nos estados de sobrecarga de ferro (hemocromatose, hemosiderose), anemias hemolíticas, hepatite aguda e na reincidência de anemia perniciosa. O IST estará diminuído na anemia por deficiência de ferro, na gravidez (3º trimestre), infecção, neoplasia e após hemorragia aguda. QUALIFICAÇÕES DO PRODUTO Metodologia colorimétrica de ponto final, fundamentada no Método de Goodwin com modificações que possibilitam determinar a Capacidade Latente de Ligação do Ferro. Através desta metodologia juntamente com a dosagem do Ferro podese calcular a Capacidade Total de Ligação do Ferro e o Índice de Saturação da Transferrina (IST). IDENTIFICAÇÃO DOS REAGENTES Conservar na temperatura ambiente, entre 15-30 ºC. 1- Padrão - Contém ferro na concentração de 500 µg/dL. 2- Tampão - Contém tampão TRIS 500 mmol/L, pH 8,3 e fenoxietanol 7,2 mmol/L. ® 3- Reagente de Cor - Contém Ferrozine 28 mmol/L. ESTABILIDADE Os reagentes são estáveis até o vencimento da data de validade impressa no rótulo do produto e na caixa quando conservados na temperatura recomendada, bem vedados e se evite a contaminação durante o uso. MATERIAIS NECESSÁRIOS E NÃO FORNECIDOS Espectrofotômetro (leitura entre 540 e 580 nm); Tubos e pipetas; Banho-maria ou termostatizador na temperatura constante de 37 ºC; Cronômetro. PRECAUÇÕES E CUIDADOS ESPECIAIS Aplicar os cuidados habituais de segurança na manipulação dos reagentes e amostra biológica. Recomendamos o uso das Boas Práticas de Laboratórios Clínicos para a execução do teste. De acordo com as instruções de biossegurança, todas as amostras devem ser manuseadas como materiais potencialmente infectantes. Descartar os reagentes e as amostras de acordo com as resoluções normativas locais, estaduais e federais de preservação do meio ambiente. AMOSTRA SORO. Não usar amostras hemolisadas. O analito é estável por 6 dias entre 2-8 ºC. Para controle terapêutico, é aconselhável colher a amostra sempre no mesmo horário, devido a variações diurnas do ferro sérico. Nota Recomendamos que a coleta, preparação, armazenamento e descarte das amostras biológicas sejam realizadas seguindo as recomendações das Boas Práticas de Laboratórios Clínicos. Enfatizamos que os erros provenientes da amostra podem ser muito maiores do que os erros ocorridos durante o procedimento analítico. INFLUÊNCIAS PRÉ-ANALÍTICAS Os fatores pré-analíticos são causas importantes de determinações incorretas da capacidade de ligação de ferro, sendo que a contaminação pode ocorrer na coleta, no transporte e no processamento da amostra. O sangue deve ser colhido em jejum e pela manhã. O ritmo circadiano afeta as concentrações de ferro, sendo que os valores à tarde são menores com a diferença podendo atingir a 30%. O soro deve ser separado dos glóbulos o mais rápido possível. A capacidade de ligação de ferro pode ser alterada em função da idade, sexo, período menstrual, uso de contraceptivos orais e de estrogênios. INTERFERÊNCIAS A bilirrubina até 10 mg/dL e a lipemia (triglicérides até 750 mg/dL) não produzem interferências significativas, sendo que taxas acima desses valores podem produzir resultados falsamente diminuídos. PROCEDIMENTO DO TESTE Notas 1- O material utilizado no procedimento deve estar completamente isento de ferro. Recomenda-se utilizar material descartável ou lavado com ácido nítrico a 50% (v/v) ou detergente não iônico. Lavar a vidraria com bastante água corrente e enxaguar com água deionizada para evitar a obtenção de resultados incorretos devido a contaminação com traços de ferro. 2- O uso de detergente iônico para limpeza da vidraria é uma fonte de contaminação com ferro. A- Condições de Reação Leitura: Comprimento de onda 560 nm (540 a 580 nm) Medida: Acertar zero de absorbância com o tubo Branco Tipo de Reação: Ponto final B- Técnica de Análise 1- Identificar 3 tubos de ensaio como: Branco, Teste e Padrão e proceder: Tubos Branco Teste Tampão (2) Padrão (1) Soro Água deionizada 1,5 mL 1,5 mL Padrão ——– ——– 0,5 mL 0,5 mL ——– 0,5 mL ——– 1,0 mL ——– 2,0 mL 2- Homogeneizar e incubar em banho-maria a 37 ºC por 10 minutos. O nível de água do banho-maria deve ser superior ao nível dos reagentes nos tubos. 3- Fazer a leitura fotométrica do tubo Teste em 560 nm (540 - 580) ou filtro verde, acertando o zero com o tubo Branco. A primeira absorbância do tubo Teste será A1. Reagente de Cor (3) 1 gota 1 gota 1 gota 4- Homogeneizar e incubar em banho-maria a 37 ºC por 10 minutos. 5- Fazer as leituras fotométricas do Padrão e do Teste em 560 nm (540 580) ou filtro verde, acertando o zero com o tubo Branco. A absorbância do Padrão será AP. A segunda absorbância do tubo Teste será A 2. Cálculos CLLF ou LIBC = Capacidade Latente de Ligação de Ferro CTLF ou TIBC = Capacidade Total de Ligação de Ferro = CLLF + Ferro Sérico IST = Índice de Saturação de Transferrina A 1 = Absorbância do Teste (1ª leitura) A 2 = Absorbância do Teste (2ª leitura) AP = Absorbância do Padrão A - A1 CLLF ( g/dL) 500 2 x 500 Ap IST (%) Ferro Sérico x 100 CTLF Transferrina (mg/dL) = CTLF x 0,70 Exemplo A 1 Teste (1ª leitura) = 0,024 A 2 Teste (2ª leitura) = 0,364 AP = Absorbância do Padrão = 0,476 0,364 - 0,024 CLLF ( g/dL) 500 x 500 0,476 CLLF = 143 µg/dL CTLF = Ferro Sérico + CLLF Se o Ferro Sérico da amostra = 144 µg/dL CTLF = 144 + 143 = 287 µg/dL 144 x 100 287 IST% = 50% IST(%) Transferrina (mg/dL) = CTLF x 0,70 = 287 x 0,70 = 201 mg/dL VALORES DE REFERÊNCIA CLLF: 140 - 280 µg/dL CTLF (Adultos): 250 a 450 µg/dL CTLF (Crianças): 150 a 400 µg/dL IST: 20 - 50% Transferrina: 200 a 300 mg/dL Estes valores devem ser usados como uma orientação. É recomendado que cada laboratório estabeleça seus próprios valores de referência. CONTROLE DA QUALIDADE O laboratório clínico deve manter um Programa de Garantia da Qualidade para assegurar que todos os procedimentos laboratoriais sejam realizados de acordo com as Boas Práticas de Laboratórios Clínicos. Para controle e verificação do desempenho do kit podem ser utilizadas amostras controle com valores estabelecidos pelos fabricantes. É importante que cada laboratório estabeleça os seus próprios valores médios e os respectivos limites de variação. 8 CARACTERÍSTICAS DO DESEMPENHO Linearidade A reação é linear até 450 µg/dL. Para valores maiores diluir a amostra com água destilada ou deionizada e repetir a determinação. Multiplicar o resultado obtido pelo fator de diluição. Repetitividade A imprecisão intra-ensaio foi calculada com 20 determinações sucessivas da capacidade de ligação de ferro utilizando duas amostras de soro com concentrações diferentes. As médias dos coeficientes de variação obtidas foram de 3,5 e 1,0%. Reprodutibilidade A imprecisão inter-ensaio foi calculada com 20 determinações em dias diferentes da capacidade de ligação de ferro utilizando duas amostras de soro com concentrações diferentes. As médias dos coeficientes de variação obtidas foram de 3,9 e 1,3%. Sensibilidade Analítica O limite de detecção é igual a 13 µg/dL, equivalente a três desvios padrão (DP) obtidos a partir de 20 determinações da capacidade de ligação de ferro em uma amostra de soro. Comparação de Métodos O produto foi comparado com outro similar disponível no mercado através da análise de 20 amostras de soro humano com valores desconhecidos. Os resultados analisados por modelos estatísticos demonstraram que não há diferença significativa em um intervalo de confiança de 95% com um coeficiente de correlação linear r = 0,978 e uma equação de regressão y = 0,936x + 1,73. OBSERVAÇÕES 1- A observação minuciosa da limpeza e secagem da vidraria, da estabilidade dos reagentes, da pipetagem, da temperatura e do tempo de reação é de extrema importância para se obter resultados precisos e exatos. 2- Na limpeza da vidraria pode-se empregar um detergente neutro ou uma solução ácida. A última lavagem deve ser feita com água destilada ou deionizada. 3- A água utilizada nos laboratórios clínicos deve ser purificada utilizandose métodos adequados para as finalidades de uso. Colunas deionizadoras saturadas liberam diversos íons, aminas e agentes oxidantes que deterioram os reativos. 4- O uso de detergente iônico para limpar o material é outra fonte de contaminação com ferro. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Burtis CA, Ashwood ER. Tietz Fundamento de Química Clínica, 4ª Ed Guanabara Koogan SA; 1998. 2. Goodwin J, Murphy B, Guillemette M. Clin Chem 1966; 12:47. 3. Henry RJ, Cannon DC, Wikelman JW. Clinical Chemistry, Principles and Technics, 2a Ed. New York, Harper & Row, 1974. 4. Horak, E.: Amer. J. Clin. Pathol. 62, 133, 1974. 5. Moura, R.A.A.: Técnicas de Laboratório, 2ª Ed. Atheneu. 6. O Malley J, Hassan A, Schilley J, Traynor H. Clin Chem 1970;16:92. 7. Stookey L. Anal Chem 1970;42:779-81. 8. GOLD ANALISA: Informe Técnico do Produto. APRESENTAÇÃO Cat. 341 Embalagem Reagentes Volume Normal Padrão Tampão Reagente de Cor 1 x 20 mL 1 x 60 mL 1 x 2,5 mL TERMOS E CONDIÇÕES DE GARANTIA DA QUALIDADE DO PRODUTO Lei n° 8.078 de 11-9-90 - Código de Defesa do Consumidor A Gold Analisa garante a substituição, sem ônus para o consumidor, de todos os produtos que comprovadamente apresentarem problemas técnicos, desde que o usuário utilize equipamentos e materiais em boas condições técnicas, siga rigorosamente o procedimento técnico e as recomendações estabelecidas nas Instruções de Uso. Nº do lote e data de validade: Vide Rótulos do Produto Gold Analisa Diagnóstica Ltda - CNPJ: 03.142.794/0001-16 AF MS Nº 800222-3 - Reg. MS - Nº 80022230152 Farm. Resp. José Gilmar Pereira Berto - CRF-MG 13421 Av. Nossa Senhora de Fátima, 2363 - Carlos Prates - Fone: (31) 3272-1888 Belo Horizonte MG Brasil CEP: 30710-020 Home page: www.goldanalisa.com.br E-mail: [email protected] Setor de Apoio ao Cliente (SAC): 0800 703 1888 Analisa é marca registrada da Gold Analisa Diagnóstica Ltda Edição: 04/13
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