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Ano 8 Revista n° 30 JUN/JUL/AGO-2006 Desenvolvimento Social Alternativas de Geração para Comunidades Isoladas Social Development Power Generation Alternatives for Isolated Communities e mais and more Inovação para Sustentabilidade - Tecnologia BFT/MIG inova na geração de energia elétrica, buscando o desenvolvimento sustentável de comunidades rurais e/ou isoladas Innovation for Sustainability - BFT/MIG technology is an innovation as far as power generation is concerned, aiming at the sustainable development of rural and/or isolated communities Preocupação Social - Através do desenvolvimento de três projetos, CERPCH mostra preocupação com o desenvolvimento econômico e social de comunidades isoladas Social Concern - Through the development of three projects, CERPCH shows concern with the economic and social development of isolated communities ACF Maria Carneiro Artigos Técnicos Tecnical Articles Agenda de eventos Events Schedulle Comitê Diretor do CERPCH Director Committee Ivonice Aires Campos Presidente [email protected] Geraldo Lúcio Tiago Fº Secretário Executivo [email protected] Gilberto Moura Valle Filho CEMIG [email protected] Patrícia Cristina P. Silva Fapepe Prezados leitores Dear readers, [email protected] Célio Bermann IEE/USP [email protected] Hélio Goulart Júnior FURNAS [email protected] José Carlos César Amorim IME [email protected] Antonio Marcos Rennó Azevedo Eletrobrás [email protected] Alessandra Campos C. de Souza ANEEL [email protected] Editorial Editorial Editor Jornalista Resp. Redação Projeto Gráfico Diagramação e Arte Tradução Equipe Técnica Pesquisa Geraldo Lúcio Tiago Filho Fabiana Gama Viana Camila Rocha Galhardo e Fabiana Gama Viana Orange Design Adriano Silva Bastos Adriana Candal Cidy Sampaio da Silva e Paulo Roberto Campos Helmo Lemos Estimular e desenvolver projetos de cunho social que visam à universalização do acesso à energia elétrica. Esse é um dos objetivos do Centro Nacional de Referência em Pequenas Centrais Hidrelétricas (CERPCH) que, desde sua criação, vem desenvolvendo projetos que buscam o desenvolvimento econômico e social de comunidades rurais e/ou isoladas em todo o Brasil, em especial, na Região Amazônica. Neste contexto, a 30ª edição da Revista PCH Notícias & SHP News apresenta três projetos desenvolvidos pelo CERPCH, que visam à universalização, mostrando o interesse do Centro em desenvolver trabalhos de cunho social. Além disso, nesta edição, é dado destaque ao projeto 'Boa Esperança: BFT/MIG', também de grande importância social e que vigora entre os cinco projetos mais importantes no país na categoria 'Inovação e Sustentabilidade' em concurso promovido pela Editora Abril e pelo Banco Real. Geraldo Lúcio Tiago Filho PCH Notícias & SHP News é uma publicação trimestral do CERPCH The PCH Notícias & SHP News is a three-month period publication made by CERPCH Tiragem/Edition: 4.500 exemplares/issues Foto capa: Crianças da Comunidade Aruã por Helmo Lemos Av. BPS, 1303 - Bairro Pinheirinho, Itajubá - MG - Brasil cep: 37500-903 e-mail: [email protected] Tel: (+55 35) 3629 1443 Fax: (+55 35) 3629 1265 ISSN 1676-0220 02 Encouraging and developing social projects that aim at the univesalization of the access to electric power are two of the goals of the National Center of Reference for Small Hydropower Plants (CERPCH). Since it was created, CERPCH has been developing projects aspiring to the social and economic development of rural and/or isolated communities all over the country, especially in the Amazon Region. Within this scenario, the 30th issue of PCH Notícias & SHP News presents three projects developed by CERPCH, which aim at universalization, showing the center's interest in developing social works and studies. In addition, this issue highlights the project 'Boa Esperança: BFT/MIG', which is also socially important and is positioned among the five most important projects in the country within the category of 'Innovation and Sustainability' – a contest sponsored by Editora Abril and Banco Real. Geraldo Lúcio Tiago Filho Editorial Editorial 02 Desenvolvimento Social Social Development 04 Preocupação Social - Através do desenvolvimento de três projetos, CERPCH mostra preocupação com o desenvolvimento econômico e social de comunidades isoladas Internauta Internet Space 06 Social Concern - Through the development of three projects, CERPCH shows concern with the economic and social development of isolated communities Artigos Técnicos Tecnical Articles Desenvolvimento Social Social Development 09 26 Entre os cinco melhores do país Projeto 'Boa Esperança: BFT/MIG' colocou a UNIFEI entre as melhores Universidades do País Among the top five of the country Project 'Boa Esperança: BFT/MIG' has placed UNIFEI among the best university in the country Agenda Schedulle 25 Inovação para Sustentabilidade Tecnologia BFT/MIG inova na geração de energia elétrica, buscando o desenvolvimento sustentável de comunidades rurais e/ou isoladas Innovation for Sustainability BFT/MIG technology is an innovation as far as power generation is concerned, aiming at the sustainable development of rural and/or isolated communities . elétricas r d i h s i centra s a i d é nas e m e u q e p O maior portifólio de Intermediação de negócios Mais de 38 centrais em carteira, cerca de 220 MW de potencia divididos entre plantas com licença prévia, licença de implantação, licença de operação e até centrais em operação. Comercialização de energia 40 MW de energia de PCH disponíveis para comercialização. Projetos de repotenciação 08 anos de experiência comprovada em na elaboração de projetos de repotenciação e recapacitação de antigas centrais. Sempre a melhor solução para a sua empresa. Serviço de atendimento ao cliente: [email protected] 03 DESENVOLVIMENTO SOCIAL Preocupação Social Através do desenvolvimento de três projetos, CERPCH mostra preocupação com o desenvolvimento econômico e social de comunidades isoladas Por Fabiana Gama Viana e Helmo Lemos Desenvolver e estimular projetos de cunho social voltados para o atendimento de comunidades isoladas, buscando desenvolvimento econômico e social. Este é um dos propósitos do Centro Nacional de Referência em Pequenas Centrais Hidrelétricas (CERPCH) que, atualmente, trabalha no desenvolvimento de três projetos integrantes do programa de universalização do Governo Federal, o Luz para Todos. Os projetos Cachoeira Aruã – um Modelo Energético Sustentável envolvendo Organizações de Base Comunitária e μCH Canaã e μCH Novo Plano, integrantes do Programa de Disseminação de μCH em sistemas isolados no estado de Rondônia mais do que levar energia elétrica através da implantação de microcentrais hidrelétricas (μCHs), viáveis economicamente e com menor impacto ambiental se comparadas aos grandes empreendimentos hidrelétricos têm o objetivo de trazer o desenvolvimento sustentável às comunidades envolvidas. Embora sejam parecidos, cada um dos três projetos têm suas peculiaridades, encontrando-se em diferentes fases de desenvolvimento. Projeto µCH Aruã O projeto Cachoeira Aruã – um Modelo Energético Sustentável envolvendo Organizações de Base Comunitária, financiado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) através do fundo setorial CT-ENERG e CNPq por meio dos recursos do Programa das Nações Unidas de Desenvolvimento (PNUD), está em sua fase final. Os trabalhos tiveram início em 2003 e, em abril de 2006, foi implantada a μCH de 50kW, levando energia elétrica para todas as casas da comunidade, além de água encanada, já que agora é possível fazer o bombeamento de água para uma caixa d'água comunitária. Para o desenvolvimento desse projeto, foi escolhida a comunidade de Aruã, com 54 famílias às margens do rio Aruã, no município de Santarém (PA). O projeto, além da implantação da μCH, irá promover no primeira semestre de 2007 cursos de manutenção e operação da usina, uso eficiente da energia elétrica e um trabalho de conscientização da população para melhor aproveitamento da energia gerada. Em paralelo, a ONG Projeto Saúde e Alegria (PSA) e o Instituto Winrock International/Brasil estão desenvolvendo junto à comunidade trabalhos de conscientização dos moradores para as novas oportunidades que a energia pode trazer, como a criação de movelaria, atividades de ecoturismo e a inclusão digital com computadores e Internet via satélite. rização do proprietário que se colocou contra a utilização de suas terras para a construção da microcentral. Dessa forma, o projeto, que também está sendo financiado pelo MME através do CT-ENERG e CNPq por meio dos recursos do PNUD, encontra-se na fase técnica aguardando a liberação para sua a construção. Nesta pesquisa, foi escolhida a Comunidade de Canaã que está localizada no município de Pimenta Bueno (RO) e possui 55 famílias assentadas pelo INCRA. Projeto MCH Canaã Diferentemente da μCH Aruã, o projeto da μCH Canaã encontra-se paralisado em virtude dos problemas encontrados na auto- Projeto MCH Novo Plano Já o Projeto μCH Novo Plano, que está sendo desenvolvido na Comunidade Novo Plano, no município de Chupinguaia (RO), encontra-se na fase de licitação para con- 04 Eng. Fábio Horta, engenheiro responsável pelo projeto tratação da empreiteira para a construção da microcentral. Todos os estudos técnicos já foram realizados e levantados, da mesma forma que os estudos sócio-econômicos da comunidade. No local, já existe uma μCH de 8kW, que atende apenas três famílias. Com o projeto, essa microcentral será repotenciada para 55kW para atender as 40 famílias da comunidade. Um dos benefícios imediatos esperados do projeto, que está sendo financiado pelo MME, é o resfriamento para a produção de leite e facilidades para obtenção de água e farinha. SOCIAL DEVELOPMENT Social Concern Through the development of three projects, CERPCH shows concern with the economic and social development of isolated communities By Fabiana Gama Viana and Helmo Lemos Translation Adriana Candal Developing and encouraging social projects to assist isolated communities, aiming at economic and social development – this is one of the purposes of the National Center of Reference for Small Hydropower Plants (CERPCH), which today works on the development of three programs that are part of the universalization program of the Brazilian government “Light for Everyone”. The projects Cachoeira Aruã, a community-based Sustainable Energy Model, and Canaã Micro Hydropower Plant (MHP) and Novo Plano MHP, part of the Program for the dissemination of MHPs in isolated systems in the state of Rondônia, in addition to take electric power through the implementation of MHPs, which are economically feasible and have a smaller environmental impact when compared to the large hydroelectric enterprises, aims at bringing sustainable development to the involved communities. Although they are very similar, each of the projects has its peculiarities, and they are also undergoing different phases of development. Project 'Aruã MHP' The project 'Cachoeira Aruã', a community-based Sustainable Energy Model funded by the MME (Ministry of Mines and Energy) through the sectorial fund CTENERG and by CNPq through resources coming from the Development Program of the United Nations, is undergoing its final phase. The works started in 2003, and in April 2006 a 50kW MHP was implemented, taking electric power to all the houses of the community and also piped water, given that now it is possible to pump the water to a community reservoir. Eng. Helmo Lemos, engenheiro responsável pelo projeto inclusion with computers and satellite Internet. Project 'Canaã MHP' Differently from Aruã MHP, the Canaã MHP project is paralyzed because of problems regarding the authorization of the owner, who is against the use of his lands for the construction of the MHP. This way, the project, which is also funded by the MME (Ministry of Mines and Energy) through the sectorial fund CT-ENERG and by CNPq through resources coming from the Development Program of the United Nations, is on hold, waiting for the permission to build the MHP. This project chose the community of Canaã, located in the city of Pimenta Bueno (Rondônia). The community has 55 families that received land from INCRA (the Brazilian agency responsible for agrarian reforms). The community of Aruã was chosen for the development of this project. It has 54 familiesp living at the edge of the River Aruã in the outskirts of the city of Santarém (Pará). Besides the implementation of the MHP, in the first half of 2007 the project will provide courses on the maintenance and operation of the plant, efficient use of the electric power, and it will also try to create awareness towards the best way for the population to use the generated power. At the same time the NGO 'Projeto Saúde e Alegria (Project health and joy) and the International Winrock Institute/Brazil are developing works to make the population aware of the new opportunities that the power can bring such as the creation of a furniture factory, eco-tourism activities and the digital Project 'Novo Plano MHP' Projeto 'Novo Plano MHP', which is being developed in the community of Novo Plano in the city of Chupinguaia also in the state of Rodonia, is istll undergoing the tender process phase in order to hire the contractor the will build the MHP. All the technical studies have already been carried out, as well as the socio-economic studies regarding the community. The community already has a 8kW MHP that assists only three families. With the project, this MHP will be repowered to 55kW in order to assist the 40 families of the community. The project, which is being funded by the MME, expects that one of its immediate benefits is a cooling system for milk production and the facilities to obtain water and several kinds of flour. 05 INTERNAUTA As matérias abaixo são divulgadas pelo site do CERPCH, que possui uma seção com notícias atualizadas sobre o mercado de energia, PCHs e o setor elétrico. O site ainda contém informações fabricantes, eventos e cursos. Para maiores informações acesse: Brasil deve poupar água para evitar "apagão", diz consultor (25/10/ 2006) A crise do Brasil com a Bolívia pode aumentar bastante o risco de racionamento de energia no país, a partir de 2009. A Bolívia já não tem, hoje, capacidade de atender todos os contratos firmados para o fornecimento de gás, e, sem acordo com a Petrobras e com outros produtores, a situação tende a piorar ainda mais. Os investimentos no país para aumento da produção de gás estarão sacrificados. Ao fazer essa análise, o consultor Marco Tavares, sócio diretor da Gás Energy e um dos maiores especialistas no assunto do país, afirma que o governo brasileiro já deveria estar adotando medidas com o objetivo de reduzir o consumo de água para evitar uma nova crise de racionamento no final desta década. "Nós já deveríamos ter começado a poupar água", diz. A Bolívia dispõe de uma capacidade de fornecimento de 34.000.000 m3 diários, mas tem contratos firmados de 41.000.000 m3. Apenas com o Brasil os contratos superam a casa dos 30.000.000 m3, e, com a Argentina, 7.700.000 m3. Só essa situação de desbalanceamento já seria preocupante. Agora, com a possibilidade de rompimento dos produtores com o governo boliviano, tornam-se muito menores as chances de a Bolívia ampliar a produção, a curto ou médio prazos. Para o Brasil, o grande problema do corte de gás da Bolívia será o abastecimento das termelétricas, que, assim, não poderão ser acionadas no caso de uma emergência. O governo não pode contar mais com as termelétricas como reserva, caso haja problemas nos reservatórios. A Aneel até já pôs em audiência pública uma resolução para discutir a possibilidade de as térmicas saírem do sistema elétrico. De acordo com Marco Tavares, o risco de racionamento torna-se ainda mais sério se a economia brasileira crescer acima de 3,5% ao ano, a partir de 2007. Sem as térmicas disponíveis para a operação e com crescimento acima de 3,5% nos próximos dois ou três anos, isso causaria um estrangulamento na oferta de energia, e o racionamento seria quase inevitável. Fonte: Folha de São Paulo Brazil must save water to avoid blackout, says expert (October 25th, 2006) The crisis between Brazil and Bolivia may sharply increase the risk of power rationing in the country after 2009. Today, Bolivia is not able to honor all the contracts for gas supply, and without the agreement with Petrobras and other producers, the situation tends to worsen. The investment in the country to increase gas production will be sacrificed. Doing this analysis, Mr. Marco Tavares, partner and director of Gás Energy and one of the greatest experts on the subject in the country, says that the Brazilian government should already been adopting measuring in order to reduce the water consumption to avoid a new rationing crisis that may take place at the end of this decade. “We should have already started to save water,” he says. Bolivia has a daily supplying capacity of 34,000,000 m3, but the country signed contracts to supply 41,000,000 m3. With Brazil alone, the contracts exceed 30,000,000 m3, and with Argentina 7,700,000 m3. Just taking this unbalanced situation into account would be worrying. Now, with the possibility of a breakup between the producers and the Bolivian government, the chances that Bolivia will enhance its production in the medium or long run are considerably small. As far a Brazil is concerned, the main problem caused by the gas cut from Bolivia will be the gas supply for thermal plants, which will not be able to be used in case of an emergency. The government can no longer rely on thermal plants as an alternative plan, in case there are problems with the reservoirs. ANEEL (National Agency for Electric Power) has already called for a public hearing to discuss the possibility that the thermal plants will leave the national power system. According to Mr. Tavares the risk of rationing becomes even more serious if the growth of the Brazilian economy exceeds 3.5% a year from 2007 and on. Without the thermal plants available for operation and with a growth over 3.5% within the next two or three years, these would cause a stranglehold on the power offer and the rationing would be practically inevitable. Source: Folha de São Paulo Europa quer economizar 100 bi de euros por ano em energia (19/10/2006) A União Européia apresentou nesta quinta-feira um plano para melhorar a eficiência energética dos eletrodomésticos, edifícios e sistemas de transportes e de produção de eletricidade para reduzir o consumo de energia do bloco em 20% até 2020, o que representaria uma economia de 100 bilhões de euros (cerca de R$ 270 bilhões) por ano. “A eficiência energética é crucial para a Europa. Se agirmos já, o custo direto do nosso consumo de energia poderá ser reduzido e evitaremos também produzir cerca de 780 milhões de toneladas de CO2 anualmente”, afirmou o comissário europeu de energia, Andris Piebalgs. No total, são mais de 75 medidas, que deverão ser implementadas e colocadas em prática gradativamente dentro dos próximos seis anos. O plano prevê uma legislação mais severa para o setor de eletrodomésticos e produtos eletroeletrônicos, que deverão cumprir requisitos mínimos e comprovar ter a eficiência adequada. Esse produtos seriam indicados com um adesivo de qualidade, como já acontece com alguns produtos no Brasil. Indústrias estrangeiras também terão de se submeter a essas regras se quiserem ter acesso ao mercado europeu. Essa perspectiva, no entanto, não preocupa a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), que agrupa produtores responsáveis por 25% das exportações do setor à União Européia. Europe wants to save 100 billion euros a year in energy (October 19th, 2006) Last Thursday the European Union presented a plan to improve the energy efficiency of household appliances, buildings, transport systems and electricity producing systems in order to reduce their power consumption by 20% until 2020, which would represent the savings of 100 billion euro every year (about R$ 270 billion). “Energy efficiency is crucial for Europe. If we act right now, the direct cost of our consumption may be reduced and we will also avoid the production of nearly 780 million tons of CO2 annually,” said Energy commissioner Mr. Andris Piebalgs. Altogether, there are more than 75 measures that must be im- 06 INTERNAUTA Competitividade “Interpreto essas exigências de forma positiva”, afirmou à BBC Brasil Humberto Barbato, diretor de relações internacionais da Abinee. “Isso poderá afastar a competência desigual de outras indústrias que, diferente do Brasil, não fizeram o dever de casa e não aperfeiçoaram sua produção, como é o caso da China.” Barbato acredita que a indústria brasileira não precisará realizar novos investimentos para se adaptar a novas exigências européias. Segundo o diretor, “os principais produtos eletroeletrônicos exportados pelo Brasil já respeitam padrões de qualidade bastante altos”, referindo-se a componentes para equipamentos industriais e para telecomunicações, eletrônica embarcada, motores, geradores e refrigeradores. No ano passado o setor eletroeletrônico brasileiro exportou para a UE o total de US$ 1,1 bilhão (cerca de R$ 2,3 bilhões), 14% do total de suas vendas externas. No primeiro semestre deste ano, as vendas para o bloco somaram US$ 463 milhões (cerca de R$ 990 milhões). Na Europa, as empresas que estiverem dispostas a melhorar a eficiência de seus produtos além do exigido pela nova legislação poderão receber incentivos da UE, como redução de impostos. Um dos objetivos do Executivo do bloco em relação aos eletrodomésticos é acabar com o modo “stand-by” (modo de espera), comum em muitos equipamentos e responsável sozinho por quase 7% do consumo total de energia na região. Meio ambiente A União Européia também vai promover a construção de edifícios e casas denominados “passivos”: os tradicionais sistemas europeus de calefação e refrigeração são suprimidos e se valoriza o isolamento térmico das construções e o reaproveitamento do calor. “Os edifícios são responsáveis por 40% da energia consumida na Europa. Continuam desperdiçando muita energia por culpa de sistemas de aquecimento e de iluminação ineficientes”, explicou Piebalgs. Segundo o comissário, o sistema de transporte representa 20% do consumo total de energia na União Européia e 26% das emissões de CO². Por isso, a União propõe que o valor dos impostos sobre veículos seja vinculado à quantidade de CO² que emitem. O novo plano energético ainda estabelece medidas para melhorar a produção, transmissão e distribuição de eletricidade, “que atualmente desperdiça dois terços da energia primária que necessita para gerar eletricidade”, diz o informe. Para Piebalgs, “economizando energia, a Europa contribuirá para resolver os problemas resultantes das mudanças climáticas, do consumo crescente e da sua dependência em relação aos combustíveis fósseis importados de países terceiros”. Essas medidas podem render a cada um dos consumidores uma economia anual entre 200 e mil euros, em média, de acordo com as estimativas da União Européia. O plano será apresentado aos ministros dos 25 países membros da União Européia nesta sexta-feira, durante uma cúpula informal de chefes de Estado, na Finlândia, e precisa ser aprovado por eles antes de entrar em vigor. Fonte: Folha on line Economia do mundo pode encolher 20% devido ao aquecimento global, diz estudo O estudo, encomendado pelo governo britânico e conduzido pelo execonomista-chefe do Banco Mundial Nicholas Stern, diz que, se o planeta mantiver as emissões de carbono no ritmo atual, a temperatura da Terra poderia subir até cinco graus dentro dos próximos cem anos, com graves conseqüências. Stern disse que, se forem tomadas medidas imediatas para se combater o problema, o custo dessas medidas seriam equivalente a se pagar somente “1% a mais por tudo”, o que, segundo ele, seria viável. Para ele, o aquecimento global atingirá todos os países, mas os países pobres serão os que mais sofrerão. Refugiados Se não houver uma resposta rápida para o problema, Stern acredita que o mundo pode ter cerca de mais 200 milhões de pessoas se transformando em refugiadas, em virtude de secas, enchentes e outros desastres ecológicos. “Nós sabemos o suficiente para entender o tamanho dos riscos, a hora de se tomar uma atitude e como agir de maneira mais eficiente”, disse Stern. “Por isso que eu estou otimista por ter feito este relatório – plemented gradually within the next six years. The plan forecasts a more rigorous legislation regarding the sectors of household appliances and electronic products, which will have to fulfill some minimum requirements and prove to have the appropriate efficiency. These products would receive a quality label, just like the ones we sometimes see here in Brazil. Foreign industries will also be submitted to these rules if they want to have access to the European market. This perspective, however, does not worry the Abinee (Brazilian Association of Electric and Eletronic Industries), which groups the manufacturers that are responsible for 25% of the sector's exports to the European Union. Competitiveness “I interpret these demands in a positive way,” said Mr. Humberto Barbato, Abinee's director of international relations, to BBC Brasil. “This may drive the unhealthy competition of other industries away, which, differently from Brazil, did not do their homework and did not improve their products, China is an example”. Mr. Barbato believes that the Brazilian industry will not need to carry out new investments to adjust itself to the new European demands. According to him the main electronic products exported by Brazil already respect considerably high quality standards such as industrial and telecommunication equipment, engines, generators and refrigerators. Last year, the electric-electronic sector exported US$ 1.1 billion to the EU (about R$ 2.3 billion), 14% of the total of its foreign sales. In the first half of 2006, that sales to the EU reached US$ 463 million (about R$ 990 million). In Europe, the companies that are willing to improve the efficiency of the products beyond the requirements of the new legislation may receive incentives such as tax reductions. One of the goals of the UE's Executive Council in relation to household appliances is to put an end to the stand-by mode, commonly found in many equipment sets and responsible for nearly 7% of the total energy consumption in the region. Environment The EU will also encourage the construction of buildings and houses that will be called 'passive': the tradition European heating and cooling systems will be suppressed, valuing the thermal insulation of the construction and the re-use of the heat. “The buildings are responsible for 40% of the power consumed in Europe. They continue to waste a considerable amount of power because of inefficient heating and lighting systems”, explained Mr. Piebalgs. According to him the transport system represents 20% of the total power consumption in the European Union and 26% of the CO2 emission. This is the reason why the Union will propose that the value of the car taxes be connected to the amount of CO2 they release. The new energy plan also establishes measures to improve power production, transmission and distribution, which today waste two thirds of the primary energy that is necessary to generate electricity. Mr. Piebalgs goes on, “saving power, Europe will contribute towards solving the problems that result from the climatic changes, the growing consumption and its dependency on fossil fuels imported from other countries”. According to estimates of the European Union, these measures may represent annual savings between two hundred and a thousand euros for the consumers. The plan will be presented to the ministers of 25 European Union countries during an informal meeting that will take place in Finland. Before being applied, the plan must first be approved. Source: Folha on line Study says that world economy may recede by 20% because of global warming A Study ordered by the British government and carried out by the former head economist of the World Bank, Mr Nicholas Stern, shows that if the planet keeps its carbon emissions at today's rhythm, the temperature of the Earth could rise up to 5 degrees within the next 100 years, causing serious consequences. Mr. Stern said that if immediate measures are taken in order to fight the problem, the cost of these measures would be equivalent to paying “an extra 1% for everything,” according to him, would be feasible. For him, global warming will have an impact on all the countries, but the poor countries will be the ones to suffer the most. Refugees If there is not a fast answer to the problem, Mr. Stern believes that the world may have about 200 million more people becoming refugees because of droughts, floods and other ecological catastrophes. 07 INTERNAUTA nós temos tempo e recursos para tomar as medidas necessárias, mas só se agirmos internacionalmente, com urgência e vigor.” Entre as conseqüências que poderiam atingir a Terra ainda neste século, o relatório menciona a elevação do nível dos oceanos, desalojando cerca de 100 milhões de pessoas, secas que deixariam uma pessoa em seis com escassez de água e a extinção de até 40% das espécies animais. Finanças ecológicas Quando um bando de pássaros consegue interferir na liberação dos recursos de um projeto de R$ 670 milhões, é sinal de que algo está realmente em transformação no mundo das finanças. Foi exatamente o que aconteceu na construção do parque eólico Ventos do Sul, inaugurado no final de junho em Osório, no Rio Grande do Sul. Os estudos sobre o impacto ambiental da obra indicaram que os aerogeradores seriam instalados em plena rota de migração de aves. O Banco do Brasil só liberou a sua parte – R$ 100 milhões – quando as hélices mudaram de local para garantir a passagem segura das andorinhas e dos bem-te-vis. Não se trata de um caso isolado. Outros bancos, como Bradesco e Itaú, têm utilizado critérios socioambientais para financiar projetos de grande impacto nas comunidades onde são instalados. Questões como poluição, preservação da biodiversidade, segurança e saúde de trabalhadores e habitantes em volta dos empreendimentos são essenciais para a concessão – ou não – dos recursos. Não há dinheiro, por exemplo, para quem polui ou contrata mão-de-obra infantil. Banco do Brasil, Bradesco e Itaú seguiram a trilha aberta pelo Banco Real, um dos primeiros a adotar políticas de respeito à natureza e à sociedade em suas linhas de crédito e investimentos. No início de julho, eles também aderiram à segunda versão dos Princípios do Equador, um conjunto de normas elaboradas por um grupo de bancos em conjunto com a International Finance Corporation, do Banco Mundial. O documento que agora entra em vigor é uma evolução da primeira versão dos Princípios do Equador, de junho de 2003. O número de signatários subiu de dez para 40 bancos e as exigências devem atingir um número maior de empresas: projetos com custo total a partir de US$ 10 milhões (R$ 22,1 milhões) serão submetidos ao crivo socioambiental. Antes, as exigências começavam a partir de US$ 50 milhões. “As empresas que não ligavam muito para as questões ambientais vão ter de se preocupar. Caso contrário, não conseguirão financiamento”, diz Maria Estela de Campos, gerente de projetos do banco de investimentos Itaú-BBA, do Grupo Itaú. Somente o Itaú tem dez projetos, avaliados em R$ 5 bilhões, sujeitos aos Princípios do Equador. Em 2005, o Real analisou 15 projetos que somaram R$ 2,85 bilhões. Entre eles havia usinas hidrelétricas e eólicas, linhas de transmissão, gasodutos e projetos imobiliários. Dois foram reprovados: um por não cumprir os critérios ambientais e outro porque parte da comunidade afetada não concordava com sua construção. Recentemente, o ABN Amro negou-se a financiar novos projetos de empresas envolvidas com a extração ilegal de madeira. No HSBC, cuja matriz na Inglaterra aderiu ao acordo, sete pedidos de crédito foram negados no ano passado. Além de seguir políticas responsáveis na concessão de empréstimos, os bancos mais engajados comprometem-se a seguir os Princípios do Equador quando auxiliam as empresas a captar recursos no mercado de capitais com o lançamento de ações ou debêntures. “Os novos parâmetros trazem um cuidado maior com a transparência e a minimização dos riscos desde o início dos projetos”, afirma Domingos Figueiredo de Abreu, diretor executivo do Bradesco. Para os bancos, além de cultivar uma boa imagem pública, essas políticas reduzem os riscos de prejuízos com ações referentes a eventuais danos ambientais provocados por seus clientes. Nos EUA, a “onda verde” surgiu no final da década de 1990, quando o Fleet (antigo proprietário do BankBoston) foi penalizado por ter emprestado recursos a uma companhia que despejava poluentes num rio próximo à cidade de Boston. Hoje, os ambientalistas querem ampliar ainda mais o alcance das políticas preventivas. “Todos os tipos de empréstimos deveriam obedecer a diretrizes de respeito à natureza e à comunidade”, defende Alexandre Prado, gerente da ONG Conservação Internacional. 08 “We know enough to understand the potential risks, when to do something about them and how to act in the most efficient way”, said Mr. Stern. “That is the reason why I am optimistic about having carried out this study – we have time and resources to take the necessary measures, but only if we act internationally, urgently and vigorously”. Aong the consequences that might strike the planet still during this century, the report mentions the rise in the ocean levels, when 100 million people would be affected, having to leave their homes. Also, droughts would cause one out of six people to have shortage of water and the extinction of up to 40% of animal species. Ecological finances When a flock of birds are able to interfere in the release of the resources of a R$670 million project, it is a sign that something is really going through a change in the world of financed. That is exactly what happened during the construction of Vento Sul Wind Park, inaugurated in the city of Osório, Rio Grande do SuL, at the end of June. The studies regarding the environmental impact of the park indicated that the windmills would be installed during the migration of the birds. The Bank of Brazil only released its part – R$100 million – when the place of the blades was changed to guarantee the safe passage of the birds. This is not an isolated case. Other banks such as Bradesco and Itaú have also used socio-environmental criteria to fund projects that will have a significant impact on the community they will be installed. Issues such as pollution, biodiversity preservation, safety and health of the workers and inhabitants who live nearby the enterprise are essential to the release, or not, of the resources. There is no money, for example, for those who pollute or hire child labor. Bank of Brazil, Bradesco and Itaú followed the path opened by Banco Real, one of the first banks to adopt policies that respect the nature and the society when it comes to their funding and investment policies. At the beginning of July, they also joined the second version of the Equator Principles, a set of rules elaborated by a group of banks together with the International Finance Corporation of the World Bank. The document that is about to be in force is an evolution of the first version of the Equator Principles, June 2003. The number of signatories increased from 10 to 40 banks and the demands may reach a higher number of enterprises: Projects that have a total cost ranging about US$ 10 million (R$ 22.1 million) or higher will be submitted to the socioenvironmental analysis. Before, the demands started at the cast of US$ 50 million. “The companies that did not care for environmental issues will have to start worrying. Otherwise, they will not be able to get the funding,” says Ms. Maria Estela de Campos, project manager of the Itaú Investment Bank – BBA - Grupo Itaú. Only Itaú has ten projects, evaluated at R$ 5 billion, subjected to the Equator Principles. In 2005, Banco Real analyzed 15 projects that totalled R$ 2.85 billion. Among them, there were hydropower and wind plants, power lines, gas pipelines and real estate projects. Two of them were not approved: one because it did not fulfill the environmental criteria and the other because part of the affected community did not agree with its construction. Recently, the ABN Amro Bank refused to fund new projects of enterprises involved with the illegal extraction of timber. HSBC, whose head office in England joined the agreement, refused seven funding requests last year. Besides following responsible policies regarding the release of loans, the most engaged banks committed themselves to follow the Equator Principles when they help the companies to collect resources in the venture market by releasing shares or debentures. “The new parameters bring a greater care with transparency and the mitigation of the risks since the beginning of the projects,” says Mr. Domingos Figueiredo de Abreu, Bradesco's executive director. For the banks, in addition to fostering a good public image, these policies reduce the risks of losses with lawsuits regarding eventual environmental damage caused by their clients. In the USA, the green wave flourished in the late 90s, when the Fleet (former owner of the BankBoston) was penalized for having provided the resources for a company that dumped polluting substances in a river close to the city of Boston. Today, the environmentalists want to broaden the reach of preventive policies. “All the kinds of funding must follow the guidelines regarding the respect of the nature and the community,” defends Mr. Alexandre Prado, manager of the International Conservation NOG. www.cerpch.unifei.edu.br/submeterartigo Comitê Editorial - Editorial Commite Presidente - President Geraldo Lúcio Tiago Filho - CERPCH UNIFEI Editores Associados - Associated Publishers Adair Matins - UNCOMA - Argentina Ângelo Rezek - IEE UNIFEI Artur de Souza Moret - UNIR Augusto Nelson Carvalho Viana - IRN UNIFEI Bernhard Pelikan - Universidade de Bodenkultur Wien – Áustria Carlos Barreira Martines - UFMG Célio Bermann - IEE USP Jaime Espinoza - USM - Chile José Carlos César Amorim - IME Marcelo Marques - IPH UFRGS Marcos Aurélio V. de Freitas - COPPE UFRJ Maria Inês Nogueira Alvarenga - IRN UNIFEI Orlando Aníbal Audisio - UNCOMA - Argentina Zulcy de Souza - LHPCH UNIFEI Classificação Qualis/Capes Engenharia I - Nacional C Multidisciplinar - Local A 09 METODOLOGIA PARA DETERMINAÇÃO DO EFEITO DA INTENSIDADE DE TURBULÊNCIA EM PEIXES BRASILEIROS 1 Viviane Pinto Ferreira Magalhães 2 Carlos Barreira Martinez 3 Hersília de Andrade Santos Resumo Os efeitos da intensidade de turbulência na sobrevivência dos peixes envolvidos principalmente à montante das estruturas como tubos de sucção e canais de fuga são pouco conhecidos. Os raros e recentes estudos sobre o assunto se referem basicamente às espécies norte-americanas e européias, como trutas e salmões. Além disto, pouco se conhece sobre a os efeitos da turbulência excessiva sobre os peixes quando de sua passagem por turbinas, vertedores ou mecanismos de transposição. Tais estruturas podem criar escoamentos com grande presença de vórtices de escalas variadas. Acredita-se que determinadas escalas de turbulência, causadoras de desorientação, mesmo quando não provoca danos diretos aos peixes envolvidos, pode predispô-los a condições de maior suscetibilidade aos predadores. Este trabalho apresenta uma metodologia que permitirá examinar a partir de um aparato experimental as respostas dos peixes às possíveis variações de intensidades e escalas de turbulência impostas pelas principais estruturas das usinas hidrelétricas. Palavras-Chave:Turbulência, Peixes, Brasileiros Abstract The effects of the intensity of the turbulence in the survival of the fish that are mainly upstream from structures such as suction tubes and tail race are not well-known. The rare and recent studies on the subject refer basically to the North-American and European species such as trouts and salmons. Besides, little is known about the effects of the excessive turbulence on the fish when they pass through turbines, spillways or diversion mechanisms. Such structures may create drainings with the presence varied-level vortexes. It is believed that the range of turbulence that may cause disorientation, even if it does not cause direct injuries to the fish, may have the fish predisposed to a condition of higher susceptibility to predators. This study presents a methodology that will allow the examination of the fish facing several possible variations of intensity and range of turbulence imposed by the main structures of hydroelectric power plants. Keywords: Turbulence, Fish, Brazilian INTRODUÇÃO Os escoamentos turbulentos ocorrem quando partículas fluidas se movem de uma maneira altamente aleatória, mesmo se como um todo o escoamento se processa em uma única direção. O que ocorre é que existem intensos movimentos de pequena escala de direções diferentes daquela dada pela direção principal, os chamados escoamentos de larga escala (Vogel,1981). Diferente do que ocorre no escoamento dito laminar, o qual pode ser descrito por uma equação linear, o escoamento turbulento apenas pode ser definido estatisticamente (Gordon et al. 1992); a definição do sentido do escoamento turbulento não pode ser tomado como sendo a direção dada pelas suas partículas individuais. O fenômeno da turbulência ocorre em diferentes escalas e intensidades na natureza, desde vórtices criados pelo movimento do peixe dentro d'água (em escalas menores do que o tamanho do peixe) até vórtices ou redemoinhos de grande escala em um rio (de dimensões muito maiores do que o tamanho dos peixes). Semelhantemente, nas proximidades das estruturas de uma usina hidrelétrica, fenômenos de turbulência ocorrem em diferentes intensidades e escalas. Os efeitos do alto nível de tur- bulência junto a estas estruturas na sobrevivência dos peixes envolvidos são pouco conhecidos (Cada et al. 1997). Os raros e recentes estudos sobre o assunto se referem basicamente às espécies norteamericanas e européias, como trutas e salmões. Além disto, pouco se conhece sobre a os efeitos da turbulência excessiva sobre os peixes quando de sua passagem por turbinas, vertedores ou mecanismos de transposição. Sabe-se que a grande intensidade de turbulência, mesmo de pequena escala, que ocorre quando da passagem dos peixes pelo sistema da turbina, pode provocar torções e comprimir parte do corpo do peixe. Já turbulências de grande escala, que ocorrem mais pronunciadamente no tubo de sucção e no canal de fuga, ou em associação com vertimentos, criam vórtices capazes de provocar rotação nos peixes, podendo causar-lhes desorientação. Acredita-se que esta escala de turbulência, causadora da desorientação, mesmo quando não provoca danos diretos ao peixe, pode predispô-los à condições de maior suscetibilidade aos predadores. O efeito da turbulência tem se mostrado um importante parâmetro para o desenvolvimento de critérios biológicos para o projeto de novas turbinas, modificações nas unidades existentes, concepção de novas estruturas hidráulicas de dissipação, regras operativas, assim como projetos de mecanismos de transposição para peixes. Os efeitos do alto nível de turbulência na sobrevivência dos peixes são pouco conhecidos (Cada et al. 1997). Em um dos poucos estudos experimentais publicados, Killgore et al (1987) colocou larvas de Polyodon spathula “paddlefish yolk-sac” em um reservatório circular e os submeteu a diferentes intensidades e freqüências de turbulência estabelecida por jatos de água. Em baixa turbulência (0,01774 a 0,01902 N/cm2) causaram 3% e 13% de mortalidade direta e a curto prazo respectivamente, enquanto que em alta turbulência (0,06219 a 0,06421 N/cm2) resultam em 87% e 80% de mortalidade direta e a curto prazo respectivamente. Baseados nestes estudos de laboratório e medidas em campo das pressões próxima a embarcações comerciais (às vezes superiores a 0,5 N/cm2 na proximidade dos propulsores), Killgore et al(1987) sugere que determinados níveis de turbulência poderiam causar mortalidade nas larvas de Polyodon spathula. Já a sensibilidade de outras espécies, incluindo salmonid smolts a turbulência próxima a 1 - [email protected];Universidade Federal de Minas Gerais - Centro de Pesquisas Hidráulicas e Recursos Hídricos 2 - [email protected];Universidade Federal de Minas Gerais - Centro de Pesquisas Hidráulicas e Recursos Hídricos 3 - [email protected];Universidade Federal de Minas Gerais - Centro de Pesquisas Hidráulicas e Recursos Hídricos Centro de Pesquisas Hidráulicas e Recursos Hídricos da Universidade Federal de Minas Gerais Av. Antônio Carlos, 6627-Pampulha-– tel/fax 31 3499-4822 - Belo Horizonte – Brasil 10 grandes embarcações não tem sido estudada. Além disto, não se conhece a resposta dos peixes submetidos à turbulência excessiva relacionada com a passagem por barragens hidrelétricas (passagem pela turbina, vertedores ou mecanismos para passagens de peixe). Desta forma existe a necessidade de se desenvolver uma metodologia que permita examinar as respostas dos peixes às possíveis variações de intensidades e escalas de turbulência impostas pelas várias estruturas das usinas hidrelétricas. DESENVOLVIMENTO Este trabalho apresenta o projeto de um aparato experimental que permitirá gerar intensidades e escalas de turbulência em laboratório. Assim, poder-se-á, testar peixes migradores de diferentes espécies e em vários estágios da vida a determinados níveis de turbulência e quantificar suas respostas biológicas. As respostas dos indivíduos serão medidas em termos de mortalidade direta (de curto e longo prazo), grau e freqüência de injúrias e em termos da desorientação ou redução da capacidade natatória, aspectos que podem conduzir para o aumento da susceptibilidade a ataques predatórios. Espécies de peixes brasileiras O Brasil tem uma admirável e numerosa diversidade de espécies nos diferentes grupos de vertebrados, sendo considerado o mais rico entre os países de megadiversidade (Sabino & Prado, 2003). A ictiofauna brasileira pode ser divida em sete grupos principais: Characiformes (e.g. lambaris, dourados, curimatãs, etc.); Siluriformes, conhecidos como os peixes de couro ou de fundo (e.g. cascudos, mandi, surubim, jaú, bagres etc); Cichlidae (e.g. acarás, tucunarés, etc.); Cyprinodontiformes (barrigudinhos, guarus,etc.); invasores marinhos (grupo sem valor sistemático que reúne e.g. raias, apapás, pescadas, linguados, etc.) e relitos (e.g. pirambóia, pirarucu, peixe folha, aruanã) (Bizerril & Primo,2001). O fato do Brasil apresentar uma extensa rede de drenagem, com muitos ambientes pouco amostrados constituem-se como um dos principais fatores para o desconhecimento da ictiofauna de água doce brasileira. Entre as centenas de espécies que podem ser encontradas em um determinado rio, as espécies migratórias raramente excedem a porcentagem de 10% (Goulding, 1981 e Agostinho, 1995), entretanto, correspondem à maioria das espécies de maior interesse comercial, tanto pelo seu valor econômico quanto para a pesca esportiva. A maioria das espécies de médio e grande porte, geralmente de grande valor comercial, possui comportamento migratório e apresenta ciclo de vida longo, desova total e em correntezas o que torna mais preocupante a obstrução parcial ou total das calhas de rios na rota de espécies migratórias. Entre os principais peixes brasileiros de água doce de comportamento migratório podemos citar, entre os Characiformes, as espécies ditas de escamas: piracanjuba, curimatã, algumas espécies de lambari, dourado, pacu, algumas espécies de piaus, etc. Entre os Siluriformes, as espécies conhecidas como peixes de couro, podemos citar: mandis, pintados, douradas, bagres, surubins, jaús, etc. Para tornar o estudo mais abrangente e validar a metodologia a ser utilizada, procurou-se escolher espécies de peixes migradores a serem testadas no aparato que apresentam maiores biomassas, estando presentes em um grande número de rios brasileiros (Santos, 2003) Assim, para a indicação das espécies, fez-se um levantamento dos principais Siluriformes e Characiformes presentes nos rios do estado de Minas Gerais, com o intuito de facilitar a redução do tempo de transporte do local de captura até o laboratório onde serão realizados os testes. Além disto foram consideradas as observações quanto ao monitoramento realizado junto à escada de peixes da UHE Igarapava, mecanismo de transposição construído no Estado de Minas Gerais, no Rio Grande, que apontaram o Pimelodus maculatus, espécie conhecida popularmente como mandi-amarelo e o Prochilodus lineatus, curimatã, como espécies de grande abundância. Arranjo Experimental Para o levantamento dos efeitos da turbulência sobre algumas espécies de peixes brasileiros está sendo desenvolvido no CPH, Centro de Pesquisas Hidráulicas e Recursos Hídricos da Universidade Federal de Minas Gerais, um aparato que permitirá a observação dessas características. Construído em estrutura metálica e vidro incolor, a estrutura irá funcionar como um circuito fechado, sendo constituído por um reservatório, cuja alimentação será fornecida por um sistema de bombas de pequena altura manométrica. A seção de teste propriamente dita estará compreendida na parte anterior do mecanismo e constituir-se-á basicamente de uma câmara retangular de 110 cm de comprimento por 40 cm de largura por 40cm de profundidade que quando preenchida de água poderá submeter os peixes ali inseridos a diferentes regimes de escoamento. A alimentação do sistema será através de um manifold com tubulações derivadas onde serão instaladas válvulas de controles e um conjunto de bocais utilizados para o enchimento da câmara. Estes bocais serão de diferenciados diâmetros e direções com o intuito de estabelecer determinadas condições de turbulência. A área sem obstrução do sistema simulará as condições do canal de fuga à montante de uma turbina hidráulica. Esta prevista a instalação de um anteparo, constituído por uma chapa perfurada de PVC de 3mm de espessura posicionada arqueada horizontal e verticalmente de um lado até o outro da câmara. Este arqueamento tem como objetivo tornar o escoamento hidraulicamente mais regular já que a redução das arestas pode eliminar a formação de vórtices e regiões de estagnação. Para evitar que os peixes testados sejam diretamente atingidos pelos jatos será instalada uma tela logo a jusante da saída dos bocais. A definição do material a ser utilizado nas laterais e fundo da câmara é conseqüência da necessidade de medições de velocidade por método não intrusivos assim como para a possibilidade do monitoramento dos testes por filmagem. Uma comporta ajustável de regulação controlará o nível de água no interior da câmara. A Figura 1. mostra o esquema em 3D do projeto do aparato descrito acima. Para a medição da variação de velocidade será utilizado um Anemômetro LASER Doppler (ALD), que tem como principal característica o fato de ser um medidor não invasivo. A metodologia proposta, baseada no trabalho apresentado por Cada & Odeh (2001), consiste na divisão dos peixes a serem testados em dois grupos. O primeiro prevê que os peixes, individualmente e em grupo, sejam previamente acondicionados no aparato por 10 minutos não sendo submetidos a condições de turbulência. O comportamento dos peixes será então monitorado e registrado por meio de filmagens tanto no interior da câmara quanto nos tanques de apoio, a curto e longo prazo após o teste. Já o segundo grupo prevê que os peixes sejam introduzidos no aparato também por 10 minutos, entretanto sob condições de turbulência, repetindo o procedimento de monitoramento realizado para o primeiro grupo. Os dois diferentes grupos serão então colocados em dois tanques sob as mesmas condições para as observações e comparações comportamentais. Poder-se-á criar, por exemplo, condições de exposição à predadores para os dois grupos e comparar os resultados observados. 11 Figura 1. Esquema em 3D do projeto do aparato para os teste. Pretende-se criar condições que não causem danos diretos ou mortalidade, mas possam estabelecer padrões de redução de orientação e de capacidade de escapar de ataques predatórios. CONSIDERAÇÕES FINAIS O ambiente de intensa turbulência do escoamento presente junto às estruturas do canal de fuga e do tubo de sucção inviabiliza a instalação de sistemas de medição em campo. Este constitui-se em um forte condicionante na escassez de informações no que se refere à interfase dos fenômenos hidrodinâmicos que acontecem nestas regiões e os efeitos sob a ictiofauna presente. Submeter algumas espécies de peixes a escalas e intensidades de turbulência que são representativas nas diversas condições encontradas junto às principais estruturas das usinas hidrelétricas e então observar suas respostas biológicas em laboratório para cada condição é o primeiro passo para uma caracterização do efeito da turbulência. Pretende-se também, conjuntamente com os testes no aparato, realizar uma modelagem computacional, através da técnica de dinâmica dos fluidos computacional (CFD). A união destas duas estratégicas, poderá resultar em uma melhor abordagem do fenômeno, contribuindo para validar as simulações em CFD com os dados coletados em análise experimental assim como abranger a análise também a outras condições de testes. Espera-se que os resultados obtidos a partir da metodologia proposta neste trabalho, possam ser úteis para a otimização ambiental de diferentes projetos futuros ligados a empreendimentos hidrelétricos, através da diminuição de seu impacto principalmente sobre a comunidade de peixes. AGRADECIMENTOS CPH – Centro de Pesquisas Hidráulicas e Recursos Hídricos da Universidade Federal de Minas Gerais pelo apoio e disposição da infra estrutura de equipamentos para realização dos experimentos; Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica da Escola de Engenharia da UFMG; CAPES – Pela ajuda financeira disponibilizada; FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A – Pelo apoio e incentivo ao desenvolvimento do projeto. REFERÊNCIAS AGOSTINHO, A.A.A., VAZZOLER, A.E.A., THOMAZ, S.M.(1995). The high River Paraná basin: limnological and ichthyological aspects. In: Limnology in Brazil (eds J.G.Tundisi, C.E.M.Bicudo) pp.59-103. Brazilian Academy of Sciences, Brazilian Limnological Society BIZERRIL, C. R. S. F., PRIMO, P. B. S. (2001). Peixes de Águas Interiores do Estado do Rio de Janeiro. FEMAR – SEMADS , Rio de Janeiro, , 417p Est aP ubl This icação c onta publ com o icatio s apoios n has de: the sup ports of: CADA, G.F., COUTANT, C.C., and WHITNEY, R.R.. (1997). 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Dissertação de mestrado em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos - Universidade Federal de Minas Gerais - 218 f. VOGEL, S. (1981). Life in Moving Fluids. Willard Grant, Boston,. MA.352 pp ZIENKIEWICS O.C., ZHU J.Z. (1992). The superconvergent patch recovery (SPR) and adaptive finite element refinement. Comput. Methods appl. Mech. Engrg. Vol. 101,207-224. MME Ministério de Minas e Energia FUNDAÇÃO DE APOIO AO ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO DE ITAJUBÁ Av. Paulo Carneiro Santiago,472, Bairro Pinheirinho cep:37500-191 ITAJUBÁ - MG TELEFONE: (35) 3622-3543 FAX: (35) 3622-0107 Para maiores informações acesse: 12 For more information acess: http://www.cerpch.unifei.edu.br SIMULACIÓN NUMÉRICA DEL FLUJO EN UNA TURBINA TIPO BANKI 1 Ariel R. Marchegiani Resumo En este trabajo se presentan los resultados de simulaciones numéricas 2D del flujo realizadas sobre una turbina de flujo transversal o Michell-Banki. Se investiga numéricamente la eficiencia de la turbina. Para este estudio se utilizó un diseño conocido como es la de la Organización Latinoamericana de Energía (OLADE). Los objetivos generales de la simulación numérica del flujo a través de la turbina fueron la determinación de los campos de presión y velocidad, y finalmente la especificación de su rendimiento en diferentes puntos de funcionamiento. Se realizaron simulaciones utilizando un modelo de flujo Turbulento, con un modelo de turbulencia k-ε. Se impuso un salto de presión entre la entrada y la salida obtenido a partir de los valores típicos de operación de esta máquina. Las simulaciones numéricas se llevaron a cabo mediante el software FLUENT, que resuelve numéricamente este problema mediante el método de volúmenes finitos (FVM) aplicado a un flujo permanente incompresible. Los resultados fueron comparados con datos experimentales a fin de validar el modelo teórico. Palabras llave: Turbina Banki Abstract In this work the results of numeric simulations 2D of the flow are presented carried out on a turbine of traverse flow or Michell-Banki. It is investigated the efficiency of the turbine numerically. For this study a well-known design was used as it is that of the Latin American Organization of Energy (OLADE). The general objectives of the numeric simulation of the flow through the turbine were the determination of the fields of pressure and speed, and finally the specification of their yield in different operation points. Were they carried out simulations using a model of Turbulent flow, with a turbulence model k-ε. A jump of pressure was imposed among the entrance and the exit obtained starting from the typical values of operation of this machine. The numeric simulations were carried out by means of the software FLUENT that solves this problem numerically by means of the method of finite volumes (FVM) applied to an incompressible permanent flow. The results were compared with experimental data in order to validate the theoretical pattern. Keywords: Banki Turbine INTRODUCCION: El inventor de la turbina de flujo transversal también conocida como turbina Banki (o Michell-Banki)fue el ingeniero Australiano A.G.M. Michell, quien obtuvo una patente para esta máquina en 1903. La turbina fue basada en la teoría de Poncelet, ingeniero francés (1788-1867) quien desarrolló la clásica rueda hidráulica de eje horizontal. No hay información adicional sobre la patente de Michell (Khorowspanah S., et.al., 1984). El profesor húngaro Donat Banki en la ex Alemania Occidental hizo un trabajo extensivo sobre esta máquina entre 1912 y 1918. La turbina de Flujo Transversal o turbina Mitchell-Banki es una máquina utilizada principalmente para pequeños aprovechamientos hidroeléctricos. Basa sus ventajas fundamentalmente en un sencillo diseño y fácil construcción lo que la hace especialmente atractiva en el balance económico de un aprovechamiento en pequeña escala. No obstante esto no impide que la turbina se utilice en grandes instalaciones. Los últimos desarrollos para las turbines Banki fueron realizados en dos direcciones principales. Una de las ramas investigativas fue la reconstrucción de la sección de succión, especialmente por el rediseño de la descarga, añadiendo un tubo de aspiración. La otra dirección se basa en la optimización del inyector y la forma del álabe regulador. PRINCIPIO DE FUNCIONAMIENTO: La turbina consta de dos elementos principales: un inyector y un rotor. El agua es restituida mediante una descarga a presión atmosférica. El rotor está compuesto por dos discos paralelos a los cuales van unidos los álabes curvados en forma de sector circular (figura 1). El inyector posee una sección transversal rectangular que va unida a la tubería por una transición rectangular - circular. Este inyector es el que dirige el agua hacia el rotor a través de una sección que toma una determinada cantidad de álabes del mismo, y que guía el agua para que entre al rotor con un ángulo determinado obteniendo el mayor aprovechamiento de la energía. La regulación de la potencia se realiza variando el caudal que ingresa a la máquina, mediante un álabe regulador que permite estrechar la sección de pasaje del agua a través de un movimiento sobre su eje. El chorro entra al rotor con un ángulo que es constante en toda la admisión y tangente a la periferia del rotor. El flujo que abandona las paredes sólidas del inyector es definido como un chorro libre. La diversidad de diseño en la geometría del inyector hace que se adopten distintos ángulos de admisión. A través de las diversas investigaciones que se han realizado sobre esta máquina los ángulos de admisión del inyector van desde los 30º hasta los 120º. La energía del agua es transferida al rotor en dos etapas, lo que también da a esta máquina el nombre de turbina de doble efecto, y de las cuales la primera etapa entrega un promedio del 70% de la energía total transferida al rotor y la segunda alrededor del 30% restante. En el presente estudio se analizará un di- 1 – Laboratorio de Máquinas Hidráulicas (La.M.Hi.) - Depto de Mecánica Aplicada -Facultad de Ingeniería UNIVERSIDAD NACIONAL DEL COMAHUE - Buenos Aires 1400 - (8300)Neuquén e-mail: [email protected] 13 Tabla 1: Parámetros geométricos y de operación de la turbina ensayada. Parámetros Geométricos de la turbina Diámetro exterior = 125 mm Diámetro interior = 85 mm Ancho del rotor = 60 mm Número de álabes = 24 Espesor de los álabes = 1 mm Ángulos de entrada y salida β1= 150º y β2=90º seño de turbina Banki desarrollado por la Universidad Nacional de la Plata y que fue ensayado en la misma. Esta geometría es una variante del propuesto por Organización Latinoamericana de Energía (O.LA. D.E.). En la Tabla 1 se dan los parámetros geométricos y de operación de esta turbina. MODELACIÓN NUMÉRICA Y CONDICIONES DE BORDE. El sistema de leyes de conservación para analizar el escurrimiento de un fluido permanente e incompresible en la turbina suele expresarse mediante las ecuaciones de Navier Stokes, que matemáticamente representan un sistema de ecuaciones a derivadas parciales de primer orden acoplado y no lineal, de la forma: Ñ·u = 0 (1) æ ¶u ö rç + u · Ñu ÷ = -Ñp + r f + r g + m Ñ 2 u è ¶t ø A la entrada se impuso la presión dada por el salto que aprovecha la turbina. A la salida se impuso una presión relativa igual a cero. Las velocidades sobre las paredes sólidas se asumen igual a cero (Marchegiani et.al., 2003).La simulación numérica se llevó a cabo mediante el software para aplicaciones de CFD, FLUENT 6.2. Para analizar el flujo en los elementos rotantes de la turbina, se utilizó la opción de Marco de referencia móvil del Fluent. Los cálculos fueron realizados en un dominio móvil correspondiente al rotor. En este caso el flujo fue referido a un marco de referencia rotante, lo cual simplifica el análisis. Como consecuencia de tales simplificaciones, problemas de inestabilidad tal como la interacción entre el álabe regulador y el rotor no pueden ser modelados. Para la modelación de flujo turbulento se utilizó un modelo del tipo eddie viscosity (hipótesis de Boussinesq) donde la viscosidad turbulenta se obtiene a partir de dos cantidades, la energía cinética turbulenta y la disipación turbulenta resueltas mediante dos ecuaciones en derivadas parciales(ke). Las condiciones de contorno a aplicar sobre estos campos en las inmediaciones de contornos sólidos responden a la bien conocida ley de pared, apta para flujos a altos números de Reynolds. 14 Parámetros en el punto óptimo de operación Altura H = 10 m Caudal Q = 21.82 l/s Potencia en el eje P = 1.44 kW Velocidad nominal = 1000 r.p.m. Apertura del álabe regulador a0 = 100% La distribución de presión y velocidad es calculada en cada punto de la malla computacional. El campo de presión resultante en el campo del flujo es una herramienta apropiada para predecir el comportamiento de la turbina. SIMULACIÓN COMPUTACIONAL Y VALIDACIÓN DE LOS RESULTADOS Los objetivos generales de la simulación numérica del flujo a través de la turbina fueron la determinación de los campos de presión y velocidad, y finalmente la especificación de su rendimiento en diferentes puntos de funcionamiento. Para realizar la validación de la simulación computacional se compararon los resultados obtenidos con valores experimentales obtenidos para la turbina mencionada anteriormente (Aguerre et. al , 1987). Se realizaron simulaciones para una apertura del álabe regulador de 100%, y se comparó con los resultados experimentales. El análisis se realizó en un modelo 2D en toda el área del flujo. Los cálculos en la tercera dimensión (axial) se omitieron debido a la invariabilidad de la geometría del flujo en esta dirección. Este paso disminuyó la exactitud de los resultados de algún modo, pero por otro lado redujo el tiempo de cálculo substancialmente. El análisis se realizó usando el solver Fluent[TM] que se basa en el método de volúmenes finitos. La simulación se llevó a cabo para mallas de distinta densidad a fin de encontrar la que mejor se adaptara al proyecto. Finalmente se optó por una malla de 27913 nodos y 53278 elementos triangulares, con la cual se logró una rápida convergencia (figura 2). Esta decisión resultó de las deformaciones sustanciales de la malla estructural en muchas áreas cruciales del campo de flujo. En el proceso de generación de la malla se usaron dos herramientas de software: AutoCADTM fue aplicado para construir la geometría inicial de la turbina. La malla fue generada por el programa de Gambit TM y se densificó en las áreas de flujo más conflictivas a fin de obtener un nivel aceptable de solución. Definición de la Eficiencia La eficiencia de una turbina hidráulica es medida por su rendimiento. En general el rendimiento es una indicación de que porcentaje de la potencia entregada por el agua a la turbina es transformada en potencia mecánica en el eje, es decir: h= Pe r .g .Q.H n (3) donde ρ es la densidad del agua, Q es el caudal, y Hn es la altura neta de la turbina, y Pe es la potencia en el eje de la turbina, dada por: Pe = T .w = 2.p .n.T 60 (4) ANÁLISIS DE LOS RESULTADOS Con el objetivo de simplificar el análisis de los resultados, la presión se adimensionalizó con respecto a la presión en la entrada del inyector, y la longitud se adimensionalizó con referencia a la longitud total de cada elemento. Se simuló para un valor del número de Reynolds del orden de 4300 tomando como longitud característica la altura de la entrada y velocidad característica de entrada. Una visualización del ensayo que fue realizada conjuntamente con la adquisición de los valores experimentales confirman los resultados del análisis numérico como Figura 4 Figura 3 CONCLUSIONES En el presente trabajo se muestra el uso del análisis por medio de CFD para asistir al diseño de las turbinas. El objetivo de este análisis numérico fue la validación de la técnica aplicada por medio de la comparación con resultados de ensayos experimentales, los cuales muestran una notable precisión de los resultados alcanzados. Figura 5 Figura 6 Figura 7 Figura 8 se muestra en la figura 3. Los resultado muestran un área de flujo muerto en la parte interior del rotor que se hace visible fácilmente en la fotografía marcada como área A. Este fenómeno es característico de este tipo de turbinas. A fin de corroborar la precisión de los resultados numéricos se realizó el cálculo de la curva de eficiencia para los parámetros geométricos y de operación. En la figura 4 se observa la aproximación de los resultados numéricos a los valores experimentales. En la figura 5 se observan la comparación entre la simulación computacional y los resultados experimentales para las presiones sobre el álabe regulador, y en la figu- ra 6 el mismo tratamiento para las presiones sobre la pared superior. Como puede apreciarse en las figuras anteriores se logró una buena aproximación a los resultados experimentales, con algunas dificultades en el ajuste sobre la pared superior y la zona de baja presión del álabe regulador. De esto se puede concluir que el modelo aplicado es válido para la simulación del flujo en una turbina Banki. La simulación permitió la obtención del caudal erogado por la máquina. El caudal obtenido por simulación para una apertura del 100%, fue del orden de 0.02141 m3/s mientras que el caudal medido experimentalmente para las mismas condiciones fue de 0.02158 m3/s. Con el uso de los métodos computacionales, es posible, analizar las diferentes alternativas de diseño y optimización, antes de fabricar una turbina o un modelo a escala reducida para ensayar físicamente. Los modelos computacionales de escurrimientos nos permiten acceder a información importante y necesaria para lograr un mejor entendimiento de los fenómenos hidrodinámicos en componentes de turbinas. Un trabajo de investigación que aplique el análisis CFD a pequeñas turbinas y sus componentes, deberá conducir, en primer lugar, a una evaluación de las dificultades para la simulación de este tipo de escurrimientos, y en segundo lugar, en la búsqueda de hipótesis y algoritmos hábiles para representar fenómenos fluidodinámicos en máquinas hidráulicas, caracterizadas en general por estructuras altamente turbulentas. REFERENCIAS Khorowspanah S., Albertson M., and Fiuzat A. (1984), "Historical overview of crossflow turbine", Water Power & Dam Construction. Marchegiani A. Nigro N. Storti M (2003). Simulación Numérica 2D del Flujo en el Inyector de Una Turbina Tipo Banki X ELPAH. Poços De Caldas - Brasil. Aguerre C., Aguerre R. (1987). Ensayos de Turbinas Michell Banki. U.N.L.P. La Plata - Argentina. 15 USO DE TURBINAS DE ACCION TIPO PELTON EN PEQUEÑAS CAIDAS DE AGUA 1 Ing. Oscar Guillermo Osorio Casas Resumen Existen diversos tipos de turbinas hidráulicas, como Francis, Pelton, Banki, Axial (Hélice), Kaplan , cada una tiene sus características técnicas específicas, que deben ser consideradas para la selección de su uso en micro centrales eléctricas, utilizadas principalmente en zonas rurales donde a veces es difícil el acceso. El nivel del personal que las opera debe ser adecuado, por lo cual es necesaria su capacitación para su operación y mantenimiento. Las turbinas de acción tipo Pelton con una y hasta cinco ruedas tipo Pelton en un eje horizontal es una alternativa económica y de fácil operación. Palabras llave: turbinas hidráulicas, Pelton Abstract There are many types of hydraulic turbines such as Francis, Pelton, Banki, Axial, Kaplan. Each one has its own specific technical features that must be considered during their selection for micro hydropower plants, which are mostly used in rural areas where the access is sometimes difficult. There must be suitable people that operate them, so they must be able to carry out their operation and maintenance. The Pelton-like action turbines with one to five Pelton-like wheels at a horizontal axis is an economically feasible alternative that has an easy operation. Keywords: Turbines, Pelton INTRODUCCION Unidades Generadoras La unidad generadora es el equipo electro mecánico más importante de una micro central hidroeléctrica. Está compuesta básicamente por: a) Turbina Hidráulica y Generador b) Equipos complementarios como regulador, válvula, cuadro de comando , y volante c) Desarenador, toma de agua, compuerta, barreras, canales, cañerías de entrada a la turbina Turbinas Hidráulicas Las turbinas hidráulicas utilizadas en micro centrales hidroeléctricas, deben ser seleccionadas de modo de obtener mejor rendimiento, facilidad de operación y mantención, siendo importante su robustez. Así para escoger y seleccionar una turbina se debe analizar además de su precio, las garantías ofrecidas por el fabricante en cuanto a la ausencia de capitación en el rotor de la turbina, el buen servicio y rápido cambio de elementos dañados. Al respecto, el INN (Chile) está emitiendo una norma chilena al respecto. SELECCIÓN DEL TIPO Las turbinas hidráulicas deben ser seleccionadas en base a los siguientes parámetros: a) La caída de agua Se puede hacer por métodos convencionales, ver anexo 1, o con altímetros o instrumentos tipo GPS. b) El caudal La descarga del canal en lts/seg o m3/seg, ver anexo 2, esta información es 1 Chile 16 importante debido a las variaciones de caudal en las épocas estivales y de lluvia. Potencia en W (watt) = caída de agua en ( m) x caudal en l/seg x 6* ( factor) Para el cálculo de potencia generada por el grupo turbina/generador, se puede tomar como rendimiento global del conjunto igual a 0.615( 61,5%) y una pérdida de carga ( columna de agua) de un 5%. Cada turbina hidráulica se debe diseñar en base a estos valores. No es recomendable el usar una Minicentral Standard para diversas aplicaciones de caída de agua y caudal, por su pérdida de eficiencia, potencia y variación en su rendimiento. Existen ábacos para seleccionar en forma orientativa la turbina Observaciones Importantes a) Para seleccionar el modelo de turbina no existe un modelo bien definido a usar, esto debe ser analizado en particular con cada fabricante de turbina. b) La turbina MICHEL-BANKI o también llamada de flujo cruzado está especificada en la misma faja de operación de la turbina FRANCIS. Tiene un rendimiento de 70%, menor que la Francis y pueden ser usadas en un sector de caídas y caudal bastante amplia. El costo de una BANKI es menor que una FRANCIS, para la misma caída de agua y caudal c) El uso de bombas funcionando como turbinas, es en la realidad la adaptación de una bomba de elevación de agua normal que es adaptada como turbina. Los rendimientos obtenidos son inferiores a los alcanzado por las turbinas FRANCIS, siendo eso si bajo su costo. Se puede hacer trabajar una bomba como turbina revirtiéndose el flujo de agua dentro de la misma. No obstante, esta reversión de funciones irá a penalizar a la máquina sobre la forma de rendimiento y en cuanto a la solicitación que sufre ella relativo a capitación Se considera la media del rendimiento entre bomba y generador de un 65% . d) Las turbinas PELTON son usadas para aprovechar grandes caídas de agua y pequeños caudales, pues en esos casos puede que las turbinas Francis presentan una pasada muy estrecha , tapándose su alabes. Las turbinas de acción, en cuya clasificación se sitúan las turbinas Pelton tienen como características la transformación de energía potencial de caída en energía cinéticas en la tobera del inyector. Posteriormente esta energía cinética es convertida en energía mecánica en el rotor de la turbina, ver figura La turbina Pelton esta constituida básicamente por una estructura, rotor o rueda Pelton, en torno del cual están fijadas las cucharas, un eje horizontal, un sello, rodamientos, una cañería de entrada de agua, válvula e inyectores cónicos. La transmisión de eje al generador es hecho por intermedio de correas . Las turbinas Pelton de 2 inyectores permiten una rotación 1,4 veces mayor. Dependiendo del caso se deben usar uno o dos inyectores. Normalmente se recomiendan las ruedas Pelton, por ser más simples y económicas y cuando hay caídas de agua de a lo menos 20 m. En este trabajo podemos informar que también se pueden usar las turbinas de acción, tipo Pelton cuando existen pequeñas caídas de agua siendo mínimo 1.5 m En este caso se pueden usar turbinas de acción de 1: 2; 3; 4; y 5 ruedas tipo PELTON montadas en un eje horizontal con diferentes diámetros de las cañerías de entrada, diferentes medidas de las cucharas e inyectores Existen 7 modelos de cucharas y los inyectores tienen para cada caso un diámetro diferente. Las micro-centrales normalmente no poseen regulador de flujo. De esta forma una variación de carga de consumo provocará una variación de velocidad del grupo rueda/ generador, lo que no es permitido debiéndose usar un sistema de regulación. Para mantener esa velocidad constante e igual al proyecto se debe procurar mantener la carga de consumo lo mas cercana posible, sin variaciones e igual a la capacidad instalada de la central. REGULACION ELECTRICA Debido al problema anterior, se deben instalar equipamientos eléctricos automáticos para el control de carga eléctrica de consumo. El principio básico de estos proyectos es la entrada y/o salida de resistencias eléctricas en el circuito. Estas resistencias, pueden ser resistencias comunes que disipan la energía eléctrica en forma de calor a la atmósfera (estufas eléctricas) o resistencias que aprovechan este calor para calentamiento de agua, secar granos etc. El controlador electrónico (instalado en el panel de control) monitorea la frecuencia que esta siendo generada, el cual conecta o desconecta las resistencias para hacer que la suma de las potencias que están siendo consumidas en aquel instante como motores secadores, electrodomésticos etc. más la potencia de las resistencias que permanecen conectadas en la caja con agua, sea igual a la potencia que esta siendo generada. Al no tener este dispositivo automático, se puede estabilizar la carga eléctrica a través de lámparas adicionales instaladas en un pequeño cuadro o en poste de iluminación de jardín o del terreno. Pero no es confiable. REGULACION MECANICA Existen reguladores automáticos de velocidad constituidos por un servomecanismo por aceite presurizado, comandado por un péndulo centrífugo. Por su costo a veces mayor que el equipo turbina/generador se recomienda para equipos cercanos a 100 kW Otro sistema es regular la descarga de agua y consecuentemente, la potencia entregada por medio de una pieza móvil, colocada en la parte interna del inyector y accionada por mecanismo manual o hidráulico, denominada válvula aguja. Este sistema en micro centrales no es conveniente por el desgaste prematuro de la aguja (arena), posible obstrucción por residuos que lleva el agua. En caso que se desee instalar esta válvula aguja se debe analizar el agua para evitar un desgaste rápido y ver el material de su construcción para considerar su costo. También es peligrosa su instalación por el aumento de presión brusca que puede tener la cañería de entrada, en el caso que la válvula de aguja se cierre bruscamente (por no haber demanda eléctrica). Normalmente se utilizan en centrales superiores a 100 Kw. También se usan válvulas automatizadas de control de entrada de agua a las ruedas que tienen un dispositivo electrónico que por señal de voltaje manda abrir/cerrar esta válvula. Su costo es alto para una minicentral Para las micro-centrales hidráulicas de hasta 40 Kw. es aconsejable, entre otras alternativas, un estudio para la instalación de una o varias ruedas Pelton, debido a su bajo costo y fácil instalación. de agua necesaria para mover la turbina es efectuada por una estructura denominada tomada de agua. La tomada de agua tiene las siguientes funciones: a) Control de flujo de los caudales para la cañería forzada. b) Retención de cuerpos flotantes y c) sedimentos. Se deben diseñar las dimensiones de la boca, compuerta, dispositivos de protección contra cuerpos flotantes La velocidad antes de la compuerta no debe ser superior a 1 m/seg. Por medio de rejillas se deben retener los materiales flotantes. Anexo 1. Turbinas de Acción con 4 Ruedas Pelton. PROYECTO Y ASPECTOS CONSTRUCTIVOS Al construir una micro-central hidráulica se deben considerar los siguiente pasos a seguir a) Toma de agua La captación en el río para la descarga 17 Para evitar que la entrada de sedimentos dañe la cañería forzada y las máquinas por efecto de abrasión, es necesario antes de la toma de agua la instalación de una estructura denominada desarenador. A veces para minicentrales inferiores a 100 Kw. se puede hacer una estructura que cumpla ambas funciones, tomada de agua y retención de sedimentos Generador Normalmente se usan generadores tipo monofásico y trifásico. Los generadores trifasicos permiten usar sistemas de partida Y Δ, que aumenta la potencia del motor a ser accionado Existen generadores de imanes permanentes que presentan pocos problemas de mantenimiento al no tener carbones, normalmente se usan hasta 15 kW. Para calcular la potencia del alternador, se deben sumar las cargas que serán conectadas, esas sumas deben ser hechas en valores de carga aparente. Para cargas resistivas se deben sumar los W (Potencia activa). Para cargas inductivas (Las que poseen núcleo de hierro con bobina , se debe calcular la potencia aparente individual (Kva.) de las cargas utili- zando las formulas monofásicas o trifásicas de acuerdo con la carga. Al final se suman todos los Kva. encontradas para definir la potencia total de las cargas. La potencia instalada debe ser 30% mayor que la potencia total. No se debe olvidar que un motor eléctrico absorbe de la red una potencia de 4 a 9 veces su potencia nominal durante la partida. Todos los generadores aceptan una sobrecarga instantánea de 35% sin problemas. salvo que el torque de partida del motor sea muy importante. Anexo 2. – Caídas de Agua. Altura Vertical: Se toman dos varillas y se colocan en escuadra, una partiendo de la punta de la otra, se coloca un plomo en la vertical y un nivel en la horizontal. Después de medir la altura de la varilla que quedó en la vertical se encuentra la altura. Se toma una varilla larga y una manguera común, se amarra la punta de la manguera en la punta de la varilla y se coloca la otra punta de la manguera en el nivel de agua, de manera que el agua penetre en la manguera. Se comienza a levantar la varilla, hasta que comience a salir el agua .Solo medir el largo de la varilla hasta la boca y se encuentra la altura vertical. Se coloca un tambor de 20, 50, 100 o 200 lts. Se hace una canaleta para que caiga el agua directamente al tambor, se ve cuantos segundos se demora en llenar el tambor y se divide por los segundos en llenar. Ejemplo Tambor de 100 lts demoró 5 segundos 100:5 = 20 lts de agua/seg Ancho: Se mide el ancho del canal donde sea mas uniforme, por palas se deja lo mas uniforme el ancho. Profundidad : Se hace por medio de palas para que quede uniforme mínimo 1 m.velocidad. Se marca con dos piedras 1 m , y se coloca un material flotante como madera, corcho, etc. y se verifica el tiempo que demora. Cálculo de caudal : ancho x profundidad Velocidad Ejemplo A= 60 cm P= 20 c : V= 4 seg 60 x 20 = 1200: 4 = 30Ø( se elimina último cero) = 30 lts/seg. Anexo 3 – Turbina de Acción tipo Pelton. Visite nossa Home Page e acesse todos os artigos ja’ publicados www.cerpch.unifei.edu.br 18 MODELAGEM, AJUSTE E IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE CONTROLE DE TENSÃO PARA GERADOR DE INDUÇÃO 1 Alexandre Viana Braga 2 Angelo José Junqueira Rezek 3 Carlos Alberto Dias Coelho 4 Edson da Costa Bortoni 5 Valberto Ferreira da Silva 6 José Antônio Cortez 7 Carlos Alberto Murari Pinheiro Resumo Um sistema de compensação de potência reativa foi implementado em laboratório, utilizando reatores controlados a tiristores, associados a capacitores. O sistema de controle de potência reativa foi feito empregando-se regulador PI para controle de tensão de um gerador de indução, operando isoladamente. Como transdutor de tensão, Tp´s conectados em delta aberto foram ligados aos terminais da máquina, cujos secundários alimentaram uma ponte GRAETZ trifásica de diodos, sendo o sinal do transdutor de tensão a queda de tensão na resistência conectada do lado de corrente contínua CC da ponte. Modelou-se o sistema de controle de tensão e para ajuste do regulador o método da otimização pelo módulo foi utilizado. Toda a sistemática de ajuste ótimo do regulador será apresentada no artigo e os resultados experimentais apresentados e discutidos. Palavras-chave: SVC, ajuste de regulador, controle. Abstract A reactive power compensation system has been implemented in laboratory, using TCR´s (Thyristor Controlled Reactors) , associated with capacitors. The reactive power compensation system, has been made employing the PI regulator for the induction generator voltage control, operating in the isolated mode. TP´s connected in open delta have been connected to the machine terminals, whose secundaries supply a diode bridge, being the voltage transducer signal the voltage drop across the resistance connected to the DC side of the bridge. The voltage control system has been modeled and for the regulator adjustment, the modulus optimization method has been used. The systematic of the regulator optimal adjustment will be presented in the paper and the experimental results presented and discussed. Keywords: SVC, regulator adjustment, control. 1 Introdução Propõe-se neste trabalho um método de controle da tensão de um gerador de indução, independente da variação de cargas elétricas, ou da variação de velocidade na máquina primária. Este trabalho é fruto da dissertação de mestrado de Braga (2002). O sistema usa capacitores fixos ligados em triângulo, e indutores também ligados em triângulo. Em série com cada indutor estão dois tiristores em anti-paralelo. A potência da máquina de indução utilizada é de 1,86[kW], no eixo e os valores dos capacitores e indutores do circuito de excitação utilizados foram: C=60[μF] e L= 200[mH]. Como os capacitores são fixos, este sistema propõe-se a regular a tensão gerada através da alteração da corrente dos indutores por meio da variação do ângulo de disparo dos tiristores. A Fig. 1 ilustra o sistema de controle proposto. tensão é obtido na resistência de 10[k]. 2.2 Fonte de tensão para a referência Uma fonte de tensão 15[V] é utilizada para estabelecer a tensão de referência do sistema de controle. O potencial –15[V] é aplicado sobre um potenciômetro, que é manualmente ajustado para estabelecer o valor desejado para a referência de tensão. 2.3 Regulador proporcionalintegral A Fig. 2, Rezek et al (2001), representa o circuito correspondente ao regulador PI utilizado. A vantagem deste regulador é que cada parâmetro dispõe de um amplificador operacional próprio, permitindo-se, assim, o ajuste independente entre ganho proporcional e tempo de ação integral. O ganho proporcional do regulador PI, ajustado através do potenciômetro Rq1, é dado por: R (R +R ) F q1 max q2 K = i ( R + R )( R + R ) i1 i2 q1 q2 Enquanto o tempo de ação integral, ajustado através do potenciômetro RM2, é dado por: T = (R +R )C i M1 M2 F Como 0 £ Rq1 tem-se: 2 Componentes do sistema de controle proposto Este sistema é composto dos seguintes elementos: £ Rq1max, e Rq1max=4,7[k], 0,33 £ K £ 3,7 i Como 0 £ Rm2 £ RM2max, e RM2max=4,7[k], tem-se: 2.1 Transdutor de tensão O transdutor de tensão é composto de dois transformadores em configuração delta aberto, como pode ser mostrado na Fig. 1. As saídas dos TP´s alimentam uma ponte retificadora trifásica a diodos, em configuração Graetz, e o sinal transduzido da 4,14 [ ms] £ T £ 45,5 [ms ] i Figura 1 - Sistema de controle proposto para o gerador de indução. 2.4 Circuito de disparo O circuito de disparo utilizado, do tipo rampa, foi implementado utilizando-se o circuito integrado TCA 780 da SiemensIcotron. A Fig. 1 ilustra no bloco do circuito 1,2,3,4,5,6 e 7 - Universidade Federal de Itajubá - Itajubá MG Brasil Instituto de sistemas Elétricos 19 de disparo que a interseção da tensão VCC do pino 11 com a rampa (pino 10) produz pulsos P1 e P4 para os tiristores 1 e 4 conectados em anti-paralelo entre as fases a e b. Outros dois TCA´s 780 são utilizados para o disparo dos tiristores 3, 6 e 5, 2, conectados respectivamente às fases b, c e c, a .Toda vez que a tensão de sincronismo (pino 5) passa por zero, uma rampa é gerada no pino 10 do TCA 780 para geração dos pulsos, e os pinos 5 de cada um deles são alimentados pelas fases a, b e c, respectivamente, da saída do transformador de sincronismo 220/10 [V]. A tensão VCC conectada ao pino 11 varia na faixa 0 a 10 [V] e os ângulos de disparo correspondentes serão 0o e 180o, respectivamente. A relação entre (ângulo de disparo) e a tensão VCC de saída do regulador de tensão se mantém linear. Assim, para VCC=5,0 [V], o ângulo de disparo () será, evidentemente, 90o. Sendo: Tabela 1 – Dados da característica de magnetização da máquina para 50 e 60[Hz]. Resende (1994). Figura 2 - Filtros e regulador utilizado. Referência de tensão – u ref Transdutor de tensão – u td. 60 Hz E Im E Im Im E [V] 92 100 105 111 121 129 136 146 [A] 0.84 0.92 0.95 1.02 1.16 1.20 1.28 1.42 Im [V] 200 207 213 218 225 232 239 251 [A] 2.37 2.52 2.66 2.80 2.97 3.26 3.50 3.98 [V] 11.7 19.5 38.9 58.5 77.9 97.5 117 127 [A] 0.12 0.18 0.37 0.55 0.73 0.93 1.22 1.35 [V] 207 210 223 235 246 256 260 [A] 3.37 3.55 4.18 5.03 6.0 7.12 7.60 158 165 1.55 258 4.23 146 1.63 1.68 268 4.80 167 2.0 175 1.82 278 5.43 177 2.28 185 2.13 290 5.61 194 2.87 194 2.20 207 3.37 X C = 1 /( 2pfC) Sendo: Substituindo-se os valores C=60[mF], U=220[V], f=50[Hz], tem-se a corrente nominal de linha fornecida pelo banco de capacitores é 7,18[A]. Através da escolha apropriada de um ângulo de disparo nominal, a corrente nominal de linha absorvida pelo banco de indutores é estabelecida de tal modo que a corrente de magnetização nominal resultante seja suficiente para gerar uma tensão que compense a queda de tensão no estator e forneça 220 [V] nos terminais do estator. Entretanto, pelo fato da corrente no indutor não ser uma onda senoidal pura, conforme mostra a Fig. 4, partiu-se para determiná-la, em valor eficaz, pela divisão da tensão nominal sobre o indutor pela impedância do circuito, conforme a Eq. 6. A tensão sobre o indutor, composto de uma resistência e uma indutância (ver Fig. 3), é calculada a partir da Eq. 4. 3 Condições nominais de operação Uma máquina de indução trifásica, de 1,86[kW], 220[V], 7,5[A], 4 pólos, foi utilizada como gerador. A Tab.1 mostra dados de tensão gerada e corrente de magnetização coletados por Resende (1994) para este mesmo motor. A máquina primária de acionamento foi um motor de corrente contínua de 1,7[kW], 220[V], 1500[RPM], 7,72[A]. De acordo com a Fig. 1 a corrente de magnetização do gerador de indução é dada pela diferença entre a corrente fornecida pelo banco de capacitores e a absorvida pelo banco de indutores, sendo represen* tada por: I = (I - I ) * m C L Sendo: I L Corrente reativa do banco de reatores. Como os capacitores são fixos, a corrente fornecida pelo banco de capacitores será expressa por: IC = 20 3U X C 50 Hz E U = U m / 2 é a tensão efi- caz fase-fase do gerador, e URL a tensão eficaz no indutor. Resolvendo-se a Eq. 4, tem-se: 1/ 2 æ b - a sen 2b sen 2a ö U RL = U ´ ç + ÷ 2p 2p ø è p Portanto, a corrente de linha fornecida pelo banco de indutores é expressa por: IL = cos f = 3U RL 2 R + (2 pfL)2 R R 2 + (2pfL) 2 Substituindo-se R=17[W], L=0,2[H] e f=50[Hz], e escolhendo-se =135o como o ângulo de disparo nominal obtêm-se, pela Eq. 7.f =77,3o. Utilizando a curva de f=80o na Fig. 5, fornecida por Barbi (1997), obtêm-se o ângulo de extinção b =220,6o. Portanto pela Eq. 5, a tensão do indutor é da= 87,8 [ V ] da por: U RLN A parcela reativa da corrente absorvida pelo banco de reatores será subtraída da corrente capacitiva para controle de tensão. Figura 4 - Corrente e tensão no indutor. Equação 4: 1/ 2 2 ì 1 bé ü U RL = 2 í òa U sen (wt ) ùú d (wt ) ý ê ë û m î 2p þ 4 Modelo matemático do sistema 4.1 Conversor estático Nota-se pela Fig. 5 que a tensão no indutor diminui com o aumento do ângulo de disparo. Entretanto, Escolhendo-se uma pequena variação de em torno do ângulo de disparo nominal pode-se aproximar por uma reta esta variação. A declividade desta reta é o ganho do conversor estático. Resulta na Eq. 9, derivando-se a Eq. 5 em relação a a, e fazendo u RL ( pu ) = U RL /U RLN e a a ( pu ) = u p p 2U du RL N æ b - a - sen 2 b + sen 2a = ç da u 2U RLN è p 2p 2p Escolhendo-se uma variação de ±5o em torno do ângulo de disparo nominal 135o, é obtida a Tab. 2. Toma-se o valor médio: du RL da u = -4,35 4.2 Banco de indutores Considerou-se o bloco da corrente no ina dutor como do tipo retardador de 1 ordem, tendo como entrada a tensão uRL. Este atraso foi representado pela seguinte constante de tempo: L 0,2[ H ] T = = = 11,8[ ms] ind R 17[W ] 5 Projeto do regulador de tensão Para que o erro em regime permanente seja nulo será utilizado um Regulador Proporcional-Integral. O ganho proporcional e a constante de tempo dele serão determinados pelo Método da Otimização pelo Módulo, Fröhr, F. & Orttenburger, F. (1986). Mas, para que este método seja utilizado, a seguinte inequação deve ser satisfeita: T 4s á1 Onde T é a maior constante de tempo e a soma das pequenas constantes de tempo do circuito de regulação. Nota-se, pela Fig. 8, que a maior constante de tempo do circuito de regulação é a do bloco que representa o indutor, isto é, T=11,8 [ms] e a soma das pequenas constantes de tempo do circuito de regulação é a soma das constantes de tempo do circuito de disparo e da constante de tempo do filtro de realimentação, s = 1,5 + 1,5 = 3,0 [ms] ( vide Fig. 8). T 4s = 11,8 = 0,98 4´3 Conclui-se, então, que o método OM pode ser utilizado. Desprezando-se o pequeno efeito transitório do “derivador amortecido” da fig. 8, (delta ic= C.du/dt), pode-se afirmar que no diagrama de blocos da Fig. 8 o ganho no circuito de regulação de tensão Vsia é a multiplicação dos ganhos individuais de malha direta, isto é, a multiplicação dos ganhos do circuito de disparo, do conversor estático, do banco de indutores, e da curva de magnetização. Portanto, Vsia = 1 ´ 4,35 ´ 0,53 ´ 1 = 2,31 ö ÷ ø - 1 2 æ - 1 + cos 2a ç p è ö ÷ ø (9) Segundo o método OM, o ganho proporcional do regulador PI é dado por: Kp = T 2Vsia s = 11,8 2 ´ 2,31 ´ 3 = 0,85 e o tempo de ação integral por: Ti = T = 11,8 [ ms ] Logo, o regulador PI ilustrado na Fig. 2 pode ser utilizado, pois é atendida a condição fundamental de o ganho proporcional projetado para tal regulador satisfazer a inequação (1), e o tempo de ação integral a inequação (2). Uma vez que a máquina de indução tenha estabelecido sua tensão em 1[pu], as cargas podem ser conectadas. A conexão de uma carga elétrica causa uma queda de tensão no gerador. Para manter constante a tensão gerada é necessário que, em regime permanente, a corrente de magnetização seja aumentada, através do aumento do ângulo de disparo dos tiristores, reduzindo-se a corrente no indutor, uma vez que não se tem controle sobre a corrente do capacitor. 6 Simulação A Fig. 6 ilustra a tensão do gerador como resultado da simulação. Entre os instantes 0 [s] e 0,2 [s] considera-se que o gerador está no período de amorçamento. No instante 0 [s] aplica-se na referência um degrau de tensão de 1[pu], representado pelo bloco degrau 1. A entrada de carga é representada pelo degrau 2 de 0,1 pu de queda de tensão em 0,6 [s]. Pode-se notar que sem o regulador PI o sistema é estável, mas há um erro estacionário bastante elevado, conforme mostra a curva em linhas tracejadas. Evidentemente, o melhor compensador para esta condição é o compensador PI. 7 Resultados experimentais Para uma entrada abrupta de carga 1,3[kW], tem-se a Fig. 7 apresentando a tensão quando a máquina opera com regulador. Nota-se que houve estabilização da tensão em aproximadamente 75[ms], resultado compatível com a simulação. 8 Conclusão O método da Otimização pelo Módulo mostrou-se eficiente para determinação dos parâmetros do regulador PI utilizado no sistema de controle proposto. Houve estabilização da tensão, onde a freqüência elétrica não permanece constante, diminuindo com a aplicação da carga. A sistemáti- Figura 5 – Ângulo de extinção b em função de a, tomando f como parâmetro, Barbi (1997). Tabela 2 – Linearização do ganho do conversor estático. Curva para f=80o da Fig. 5 140o 125o a o 228,8o 212,4 b du RL da u -4,59 -4,10 Figura 6 – Tensão gerada. Linha tracejada: sem regulador. Linha sólida: com regulador PI. Figura 7 - Resultado experimental para uma entrada de carga de 1,3[kW]. 1 div. Vert. =38 [V]. 21 ca simples de modelagem e ajuste do regulador de tensão, utilizando-se compensador estático, mostrou-se estável e eficiente, sendo esta a principal contribuição do trabalho, evidentemente como também a comprovação experimental da proposta. Utilizou-se no trabalho, como exemplificação, um sistema de controle de potência reativa para gerador de indução, mas a metodologia de ajuste do regulador pode evidentemente ser empregada em algum outro sistema de compensação de potência reativa, para outra finalidade, como por exemplo aplicação em sistemas de potência. Simulou-se também em MATLAB o sistema proposto, cujo diagrama de blocos para tal é apresentado na Fig. 8. Neste trabalho apresentamos o resultado de simulação da estabilização da tensão, quando da entrada súbita de carga (Fig. 6). Este resulta- do foi comprovado pela verificação experimental (Fig. 7). Como continuação deste trabalho, pretende-se também implementar o controle de frequência do gerador, controlando-se também a rotação da máquina primária ou ainda implementar-se um regulador de carga. 9 Agradecimento Os autores deste trabalho agradecem à FAPEMIG- MG, Proc. TEC 2917/98, ao qual este trabalho de pesquisa está vinculado. 10 Referências Barbi, I. (1997). Eletrônica de Potência. Edição do Autor, Florianópolis, SC, Brasil. Braga, A.V. (2002). Modelagem, Ajuste e Implementação de um Sistema de Controle de Tensão para o Gerador de Indução. Dissertação de mestrado,UNIFEI, ItajubáMG. Fröhr, F. & Orttenburger, F. (1986). Introducción al Control Electrónico. Siemens, Marcombo S.A., Barcelona. Resende, J.T. (1994). Operação Isolada e Interligada do Gerador de Indução. Dissertação de mestrado, EFEI, Itajubá – MG, Brasil. Rezek, A.J.J; Coelho, C.A.D.; Vicente, J. M. E.; Cortez, J.A.; Laurentino, P.R. (2001). O Método da Otimização pelo Módulo (OM) Aplicado a Sistema de Regulação de Tensão: Modelagem, Ajuste e Implementação. IX Encontro Regional LatinoAmericano da Cigré, IX ERLAC, Fóz do Iguaçú , PR, Brasil, maio. Apêndice. A Fig. 8 ilustra o diagrama de blocos em pu para simulação aproximada em MATLAB do sistema proposto. Os ganhos de 0,53 e 1,63 são necessários para que as correntes do indutor ( nominal de 2,34[A]) e do capacitor (nominal de 7,18[A]), respectivamente, sejam referidas em pu na corrente de magnetização da máquina (nominal de aproximadamente 4,40[A] a vazio e de aproximadamente 4,84 [A] para compensar a queda de tensão com a aplicação da carga). Figura 8 - Diagrama de blocos para simulação em MATLAB do sistema proposto. 22 Chamada de Artigos Em circulação desde 1998, a revista “PCH Notícias & SHP News” trata de assuntos relevantes a energia renovável, artigos técnicos e funciona como meio para discussão entre membros da comunidade cientifica, sociedade civil e entidades governamentais a fim de diminuir as distâncias seus diversos públicos. A revista é indexada pelo Qualis Capes como Nacional C, no grupo da engenharia I, e Local A, no grupo de multi-disciplinaridade. Com tiragem de 4.500 exemplares distribuídos gratuitamente em varias instituições pelo Brasil, outros paises da América Latina, Europa, Ásia e América do Norte. Convidamos pesquisadores, estudantes e profissionais interessados em Pequenas Centrais Hidrelétricas; analises financeiras, legislação, aspectos técnicos e aspectos ambientais à submeter trabalhos técnicos ou relatos de experiências para a revista PCH Noticias & SHP News, segundo as instruções e diretrizes disponibilizadas no site: www.cerpch.unifei.edu.br/enviodeartigos Contamos com a sua participação. Divulgue e envie seu trabalho. Maiores Informações: [email protected] (35) 3629-1443 Call for Papers Having been issued since 1998, the magazine “PCH Notícias & SHP News” deals with subjects that are relevant to renewable energy, it works as a means of discussion among the members of the scientific community, the society in general and government institutions in order to reduce the distance among its readers. The magazine is indexed by Qualis Capes as Nacional C, in the engineering group I, and Local A, in the group of 'multidisciplinarity'. 4,500 copies are distributed free of charge to several institutions throughout Brazil and other Latin American countries, Europe, Asia and North America. We would like to invite researchers, students and professionals who are interested in Small Hydropower Plants, financial analysis, legislation, technical aspects ad environmental aspect to submit their papers or experience reports to the magazine according to the instructions and guidelines that are available at the website: www.cerpch.unifei.edu.br/enviodeartigos We are looking forward to your participation. Disseminate and sent your work. More information: [email protected] (35) 3629-1443 23 INSTRUCTIONS FOR AUTHORS TO PREPARE TO HAVE ARTICLES TO BE SUBMITTED INSTRUÇÕES AOS AUTORES Forma e preparação de manuscrito Form and preparation of manuscripts Primeira Etapa (exigida para submissão do artigo) O texto deverá apresentar as seguintes características: espaço 1,5; papel A4 (210 x 297 mm), com margens superior, inferior, esquerda e direita de 2,5 cm; fonte Times New Roman 12; e conter no máximo 16 laudas, incluindo quadros e figuras. Na primeira página deverá conter o título do trabalho, o resumo e as Palavras-Chaves. Nos artigos em português, os títulos de quadros e figuras deverão ser escritos também em inglês; e artigos em espanhol e em inglês, os títulos de quadros e figuras deverão ser escritos também em português. Os quadros e as figuras deverão ser numerados com algarismos arábicos consecutivos, indicados no texto e anexados no final do artigo. Os títulos das figuras deverão aparecer na sua parte inferior antecedidos da palavra Figura mais o seu número de ordem. Os títulos dos quadros deverão aparecer na parte superior e antecedidos da palavra Quadro seguida do seu número de ordem. Na figura, a fonte (Fonte:) vem sobre a legenda, à direta e sem pontofinal; no quadro, na parte inferior e com ponto-final. O artigo em PORTUGUÊS deverá seguir a seguinte seqüência: TÍTULO em português, RESUMO (seguido de Palavras chave), TÍTULO DO ARTIGO em inglês, ABSTRACT (seguido de key words); 1. INTRODUÇÃO (incluindo revisão de literatura); 2. MATERIAL E MÉTODOS; 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO; 4. CONCLUSÃO (se a lista de conclusões for relativamente curta, a ponto de dispensar um capítulo específico, ela poderá finalizar o capítulo anterior); 5. AGRADECIMENTOS (se for o caso); e 6. REFERÊNCIAS, alinhadas à esquerda. O artigo em INGLÊS deverá seguir a seguinte seqüência: TÍTULO em inglês; ABSTRACT (seguido de Key words); TÍTULO DO ARTIGO em português; RESUMO (seguido de Palavras-chave); 1. INTRODUCTION (incluindo revisão de literatura); 2. MATERIALAND METHODS; 3. RESULTS AND DISCUSSION; 4. CONCLUSIONS (se a lista de conclusões for relativamente curta, a ponto de dispensar um capítulo específico, ela poderá finalizar o capítulo anterior); 5. ACKNOWLEDGEMENTS (se for o caso); e 6. REFERENCES. O artigo em ESPANHOL deverá seguir a seguinte seqüência: TÍTULO em espanhol; RESUMEN (seguido de Palabra llave), TÍTULO do artigo em português, RESUMO INTRODUCCTIÓN em português (incluindo (seguido revisão de de palavras-chave); literatura); 2. 1. MATERIALES YMETODOS; 3. RESULTADOS YDISCUSIÓNES; 4. CONCLUSIONES (se a lista de conclusões for relativamente curta, a ponto de dispensar um capítulo específico, ela poderá finalizar o capítulo anterior); 5. RECONOCIMIENTO (se for o caso); e 6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS. Os subtítulos, quando se fizerem necessários, serão escritos com letras iniciais maiúsculas, antecedidos de dois números arábicos colocados em posição de início de parágrafo. No texto, a citação de referências bibliográficas deverá ser feita da seguinte forma: colocar o sobrenome do autor citado com apenas a primeira letra maiúscula, seguido do ano entre parênteses, quando o autor fizer parte do texto. Quando o autor não fizer parte do texto, colocar, entre parênteses, o sobrenome, em maiúsculas, seguido do ano separado por vírgula. O resumo deverá ser do tipo informativo, expondo os pontos relevantes do texto relacionados com os objetivos, a metodologia, os resultados e as conclusões, devendo ser compostos de uma seqüência corrente de frases e conter, no máximo, 250 palavras. Para submeter um artigo para a Revista PCH Noticias & SHP News o(os) autor (es) deverão entrar no site www.cerpch.unifei.edu.br/Submeterartigo. Serão aceitos artigos em português, inglês e espanhol. No caso das línguas estrangeiras, será necessária a declaração de revisão lingüística de um especialista. Segunda Etapa (exigida para publicação) O artigo depois de analisado pelos editores, poderá ser devolvido ao (s) First Step (required for submition) The manuscript should be submitted with following format: should be typed in Times New Roman; 12 font size; 1.5 spaced lines; standard A4 paper (210 x 297 mm), side margins 2.5 cm wide; and not exceed 16 pages, including tables and figures. In the first page should contain the title of paper, Abstract and Keywords. For papers in Portuguese, the table and figure titles should also be written in English; and papers in Spanish and English, the table and figure titles should also be written in Portuguese. The tables and figures should be numbered consecutively in Arabic numerals, which should be indicated in the text and annexed at the end of the paper. Figure legends should be written immediately below each figure preceded by the word Figure and numbered consecutively. The table titles should be written above each table and preceded by the word Table followed by their consecutive number. Figures should present the data source (Source) above the legend, on the right side and no full stop; and tables, below with full stop. The manuscript in PORTUGUESE should be assembled in the following order: TÍTULO in Portuguese, RESUMO (followed by Palavras-chave), TITLE in English; ABSTRACT in English (followed by keywords); 1.INTRODUÇÃO (including references); 2. MATERIAL E METODOS; 3. RESULTADOS E DISCUSSAO; 4. CONCLUSAO (if the list of conclusions is relatively short, to the point of not requiring a specific chapter, it can end the previous chapter); 5. AGRADECIMENTOS (if it is the case); and 6. REFERÊNCIAS, aligned to the left. The article in ENGLISH should be assembled in the following order: TITLE in English; ABSTRACT in English (followed by keywords); TITLE in Portuguese; ABSTRACT in Portuguese (followed by keywords); 1. INTRODUCTION (including references); 2. MATERIAL AND METHODS; 3.RESULTS AND DISCUSSION; 4. CONCLUSIONS (if the list of conclusions is relatively short, to the point of not requiring a specific chapter, it can end the previous chapter); 5. ACKNOWLEDGEMENTS (if it is the case); and 6. REFERENCES. The article in SPANISH should be assembled in the following order: TÍTULO in Spanish; RESUMEN (following by Palabra-llave), TITLE of the article in Portuguese, ABSTRACT in Portuguese (followed by keywords); 1. INTRODUCCTIÓN (including references); 2. MATERIALES Y MÉTODOS; 3. RESULTADOS Y DISCUSIÓNES; 4. CONCLUSIONES (if the list of conclusions is relatively short, to the point of not requiring a specific chapter, it can end the previous chapter); 5.RECONOCIMIENTO (if it is the case); and 6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS. The section headings, when necessary, should be written with the first letter capitalized, preceded of two Arabic numerals placed at the beginning of the paragraph. Abstracts should be concise and informative, presenting the key points of the text related with the objectives, methodology, results and conclusions; it should be written in a sequence of sentences and must not exceed 250 words. References cited in the text should include the author\'s last name, only with the first letter capitalized, and the year in parentheses, when the author is part of the text. When the author is not part of the text, include the last name in capital letters followed by the year separated by comma, all in parentheses For paper submission, the author(s) should access the online submission Web site www.cerpch.unife.edu.br/submeterartigo (submit paper). The Magazine SHP News accepts papers in Portuguese, English and Spanish. Papers in foreign languages will be requested a declaration of a specialist in language revision. Second Step (required for publication) Comitê Editorial da Revista. After the manuscript has been reviewed by the editors, it is either returned to the author(s) for adaptations to the Journal guidelines, or rejected because of the lack of scientific merit and suitability for the journal. If it is judged as acceptable by the editors, the paper will be directed to three reviewers to state their scientific opinion. Author(s) are requested to meet the reviewers\' suggestions and recommendations; if this is not totally possible, they are requested to justify it to the Editorial Board Obs.: Os artigos que não se enquadram nas normas acima descritas, na sua totalidade ou em parte, serão devolvidos e perderão a prioridade da ordem seqüencial de apresentação. Obs.: Papers that fail to meet totally or partially the guidelines above described will be returned and lose the priority of the sequential order of presentation. autor (es) para adequações às normas da Revista ou simplesmente negado por falta de mérito ou perfil. Quando aprovado pelos editores, o artigo será encaminhado para três revisores, que emitirão seu parecer científico. Caberá ao(s) autor (es) atender às sugestões e recomendações dos revisores; caso não possa (m) atender na sua totalidade, deverá (ão) justificar ao 24 AGENDA XII Encontro Regional Ibero-americano do CIGRÉ De: 20 a 24 de Maio de 2007 Local: Foz do Iguaçu – PR Mais Informações: http://www.itaipu.gov.br/xiieriac/ XXVII Seminário Nacional de Grandes Barragens promovido pelo Comitê Brasileiro de Barragens De: 27 a 31 de Maio de 2007 Local: Belém – PA Mais Informações: http://www.cbdb.org.br/xxviisngb I Congresso Brasileiro de Energia Solar De:08 a 11de abril de 2007 Local:Fortaleza, CE Mais Informações: www.icbens.dee.ufc.br Ethanol Summit 2007 De: 04 a 05 de Junho de 2007 Local São Paulo, SP Mais Informações: www.ethanolsummit.com 8º Encontro Anual Energy Summit 2007 De: 23 a 25 de Julho de 2007 Local: Rio de Janeiro, RJ Mais Informações: www.ibcbrasil.com.br APOIO: REALIZAÇÃO: 1º CURSO de 19 a 23 / 03 / 2007 25 DESENVOLVIMENTO SOCIAL Entre os cinco melhores do país Projeto 'Boa Esperança: BFT/MIG' colocou a UNIFEI entre as melhores universidades do país Por Fabiana Gama Viana “ P r eenchemos os formulários e mandamos para a revista”, relata o professor do Instituto de Recursos Naturais da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), Augusto Nelson Carvalho Viana, após o primeiro contato do Guia do Estudante, publicação da Editora Abril. Um mês depois, em agosto deste ano, o grupo de Viana foi informado de que o trabalho 'Boa Esperança: BFT/MIG', coordenado por ele, estava entre os 25 melhores projetos na categoria 'Inovação e Sustentabilidade', a de maior destaque dentro do 'Prêmio Melhores Universidades Guia do Estudante e Banco Real', uma realização da Editora Abril em parceria com o Banco Real. A partir daí, uma empresa de jornalismo, contratada pela Editora Abril, procurou o grupo para saber mais detalhes do projeto. Depois da apresentação, Viana foi informado de que o trabalho de seu grupo estava classificado entre os cinco melhores, dentre os 173 projetos de universidades públicas e privadas avaliados. O Projeto Inteiramente dentro da categoria em que foi avaliado: Inovação e Sustentabilidade, o projeto 'Boa Esperança: BFT/MIG' tem o objetivo de levar desenvolvimento econômico e social a comunidades isoladas, através da utilização de tecnologias nacionais (leia mais na matéria seguinte). O trabalho, iniciado na própria UNIFEI a partir de pesquisas realizadas na década de 1980 para a dissertação do então mestrando Augusto Nelson Carvalho Viana, apresenta a geração de energia elétrica por meio da utilização de bombas hidráulicas funcionando como turbinas. Em 2002, o professor Ângelo Rezek, também da UNIFEI, desenvolveu pesquisas sobre máquinas de indução operando como geradores, junto ao aluno Daniel Macedo, hoje membro do grupo de Viana, complementando a pesquisa em nível de laboratório. O Prêmio A cerimônia de premiação aconteceu no dia 02 de outubro de 2006, no Teatro Abril, em São Paulo (SP), onde estavam presentes Viana e seu grupo. Com o objetivo de identificar, valorizar e difundir as melhores instituições de ensino superior brasileiras, o prêmio, anual e com primeira edição realizada em 2005, contemplou as instituições de ensino públicas e privadas nas categorias 'As melhores Universidades do Brasil', 'Empregabilidade/Inserção no Mercado', 'Destaque Regional' e 'Inovação e Sustentabilidade', esta última com participação do projeto oriundo da UNIFEI. O projeto 'Boa Esperança: BFT/MIG' não foi contemplado com o prêmio, que foi recebido pela Pontifica Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) com o trabalho 'Planta Piloto de Produção de Módulos Fotovoltaicos com Tecnologia Nacional / CB-Solar'. Este se propõe a propagar a energia solar no país com o desenvolvimento de tecnologias nacionais – mais acessíveis economicamente – para a produção de equipamentos como células solares, módulos e sistemas fotovoltaicos. 26 Apenas o início Mesmo sem o prêmio, Viana destaca a importância de ter ficado entre os cinco finalistas. “Ficamos muito contentes, pois é um trabalho que vem sendo desenvolvido desde 1986 e somente agora está sendo valorizado”, destaca o coordenador do trabalho. Além disso, ter ficado entre os finalistas serve de incentivo à jovem equipe que trabalha neste projeto, no desenvolvimento de novos equipamentos e busca de soluções que atendam às camadas menos favorecidas da sociedade. “Para a UNIFEI e prin- Eng.Msc. Daniel Macedo,Eng. Mateuus Ricardo e Prof.Dr. Augusto Viana cipalmente para o Curso de Engenharia Hídrica”, completa Viana, “o prêmio serviu para mostrar ao país e aos jovens leitores do Guia do Estudante que nosso curso e nossas pesquisas têm sempre caráter aplicativo, consolidando os ideais de Theodomiro Santiago no início do século XX, quando fundou o então Instituto Eletrotécnico de Itajubá, hoje UNIFEI”. Finalistas na categoria 'Inovação e Sustentabilidade' - 'Planta Piloto de Produção de Módulos Fotovoltaicos com Tecnologia Nacional / CBSolar': Pontifica Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUC-RS projeto vencedor - 'Projeto Boa Esperança: BFT/MIG': Universidade Federal de Itajubá - UNIFEI - Geração de Energia a partir de Oleaginosas da Amazônia para Atendimento às Comunidades Isoladas: Instituto Militar de Engenharia – IME - Kits Do-it-Yourself Sustentáveis para a Habitação de Interesse Social: Universidade Federal do Paraná – UFPR - Disponibilização, Avaliação e Difusão de Tecnologia Inovadora Aplicada no Manejo de Água de Irrigação para Pequenos e Médios Produtores Agrícolas do Estado de Minas Gerais: Universidade Federal de Viçosa – UFV SOCIAL DEVELOPMENT Among the top five of the country Project 'Boa Esperança: BFT/MIG' has placed UNIFEI among the best university in the country By Fabiana Gama Viana Translation Adriana Candal “We filled the forms and send them to the magazine,” says Mr. Augusto Nelson Carvalho Viana, professor with the Institute of Natural Resources of the Federal University of Itajubá (UNIFEI), after the first contact with Guia do Estudante, a student guide published by Editora Abril. One month later, in August 2006, professor Viana's group was informed that their project, 'Boa Esperança: BFT/MIG', was among the 25 top projects within the category 'Innovation and Sustainability'. This is the most important category that is part of an award sponsored by a partnership between Editoral Abril and Banco Real: 'Prêmio Melhores Universidades Guia do Estudante e Banco Real' (an award that selects the best universities in the country). After that a journalistic company, hired by Editora Abril, looked for the group to find out more details of the project. After the presentation, Professor Viana was informed that out of the 173 projects from public and private universities his group's project had been classified among the top five. The Project Completely within the category in which it was evaluated, 'Innovation and Sustainability', the project 'Boa Esperança: BFT/MIG' aims at taking economic and social development to isolated communities through the use of national technologies (more details in the next article). The study, which started at UNIFEI based on researches carried out by Professor Viana, who at that time, 1980s, was a graduate student working on his dissertation, presents the generation of electric power by using hydraulic pumps working as turbines. In 2002, Professor Ângelo Rezek, who also works for UNIFEI, carried out researches on induction machines operating as generators. At the time he worked with the undergraduate student Daniel Macedo, who, today, is a member of Professor Viana's group, completing the research at laboratory level. The Award Professor Viana and his group were present at the awarding ceremony, which took place at Teatro Abril in the city of São Paulo on October 2nd, 2006. Aiming at identifying, valuing and disseminating the best Brazilian Universities, the annual prize, first held in 2005, was awarded to public and private universities in the following categories: 'The best universities in the country', 'Employability/Market Insertion', 'Regionally Outstanding' and 'Innovation and sustainability'. The project 'Boa Esperança: BFT/MIG' did not receive the prize, which was awarded to Pontificia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) with the project 'A Pilot Plant for the Production of Photovoltaic Modules with National Technology / CB Solar. This project aims at disseminating solar energy throughout the country with the development of national technologies – more accessible economically speaking – for the production of equipment such as solar cells, modules and photovoltaic systems. Just the Beginning Even without the prize, Professor Viana highlights the importance of being among the five finalists. “We were very happy, for it is a project that has been developed since 1986 and now it received the attention it deserved,” said the coordinator of the project. Besides, the fact that they were among the finalists is an encouragement to the young team that is working on this project, to the development of new equipment and to the search for solutions that meet the needs of that part of society that is Finalists of the category 'Innovation and sustainability' less fortunate. “For UNIFEI and mainly for the Water Engineering Course,” Professor Vi- 'A Pilot Plant for the Production of Photovoltaic Modules with National Technology / CB ana goes on, “the prize was good to show Solar': Pontifica Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUC-RS wining project the country and the young readers that our - 'Projeto Boa Esperança: BFT/MIG': Universidade Federal de Itajubá - UNIFEI researches always have a practical charac- 'Power Generation out of Amazon Oleaginous Plants to Meet the Needs of Isolated Communities': Instituto Militar de Engenharia – IME ter, consolidating Mr. Theodomiro Santia- 'Kits Do-it-Yourself: Socially interesting sustainable kits for building houses': Univergo's ideals when he founded the former sidade Federal do Paraná – UFPR Instituto Eletroténico de Itajubá (Electro- 'Release, Assessment and Dissemination of an Innovating Technology for Irrigation technical Institute of Itajubá) in the 20th Water Management for Small and Medium Farmers of the state of Minas Gerais': Universicentury, today UNIFEI.” dade Federal de Viçosa – UFV 27 DESENVOLVIMENTO SOCIAL Inovação para Sustentabilidade Tecnologia BFT/MIG inova na geração de energia elétrica, buscando o desenvolvimento sustentável de comunidades rurais e/ou isoladas Por Fabiana Gama Viana A energia possui um papel fundamental na sociedade. Além de ser indispensável para o desenvolvimento econômico de uma nação, é força motriz para o desenvolvimento social de comunidades rurais e/ou isoladas, auxiliando no florescimento econômico e no incremento de programas de saúde e educação junto a essas comunidades. Neste cenário, o Grupo de Energia (GEN) do Instituto de Recursos Naturais (IRN) da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) está desenvolvendo o projeto 'Boa Esperança: BFT/MIG', sob coordenação do professor Augusto Nelson Carvalho Viana e com financiamento do Ministério de Minas e Energia (MME). O projeto A pesquisa tem o objetivo de levar desenvolvimento econômico e social a comunidades rurais e/ou isoladas por meio da geração de energia elétrica a partir de microcentrais hidrelétricas (μCH's) com a utilização de tecnologias nacionais e de baixo custo. O trabalho, iniciado na UNIFEI na década de 1980 durante o mestrado do professor Viana, apresenta a geração de energia elétrica através da utilização de bombas hidráulicas funcionando como turbinas (BFT). Esta pesquisa foi complementada em 2002 com os estudos sobre máquinas de indução operando como geradores (MIG) desenvolvidos pelo professor da UNIFEI Ângelo Rezek e pelo aluno Daniel Macedo. Fases do projeto O projeto, que terá duração de dois anos (2006 e 2007), está sendo desenvolvido em duas fases. A primeira tem o propósito de avaliar o comportamento do grupo BFT/MIG em campo, por meios de ensaios, cujos resultados serão confrontados com aqueles obtidos por Viana ainda na década de 1980. Para isso, a microcentral hidrelétrica Mireta Bastos, localizada na Fazenda Boa Esperança, no município de Delfim Moreira (MG), foi reformada e repotenciada para receber o grupo gerador BFT/MIG. Já a segunda fase da pesquisa será realizada no Estado do Tocantins, na comunidade isolada de Arraias, localizada no sul do Estado, onde o Percentual de Exclusão Elétrica é alto e o Índice de Desenvolvimento Humano é baixo. Nesta fase, será construída uma μCH, utilizando uma tecnologia simples, de baixo custo a qual será gerida pelos próprios moradores, que receberão treinamento adequado para realizar a operação, manutenção e gestão da microcentral. Tecnologia Convencional versus BFT/MIG As usinas hidrelétricas convencionais são compostas basicamente por estruturas civis, equipamentos hidromecânicos e elétricos. A unidade básica de geração de energia - o grupo gerador - é constituída por uma turbina hidráulica acoplada a um gerador, realizando-se a conversão do potencial hidráulico em energia mecânica e, finalmente, energia elétrica. Já um conjunto moto–bomba, ou seja, bomba centrífuga acoplada a um motor elétrico, realiza um processo inverso de conversão. Enquanto em uma usina hidrelétrica a água chega até a turbina vinda de um ponto mais elevado, saindo pelo tubo de sucção, em um conjunto moto-bomba, a água percorre o sentido oposto em relação à bomba. Dessa forma, explica o coordenador do projeto, “invertendo-se o sentido de rotação de uma bomba centrífuga acoplada a um motor de indução, estes passarão a funcionar da mesma forma que uma turbina acoplada a um gerador”. Essa é a grande diferença na operação desses dois conjuntos de equipamentos, ou seja, o sentido de escoamento. No Brasil, esta é a primeira vez que a tecnologia BFT/MIG está sendo implantada em uma microcentral hidrelétrica real. Antes disso, ela foi utilizada pelo grupo da UNIFEI em ensaios de laboratório, coordenados por Viana. Segundo o engenheiro hídrico e um dos pesquisadores do projeto, Mateus Ricardo, em termos técnicos, este é o principal objetivo do estudo, ou seja, avaliar o comportamento das BFT's e MIG's em campo, sem o controle inerente a um laboratório, possibilitando a consolidação e difusão da tecnologia junto ao grande público. Redução de Custos Nesse contexto, o carro-chefe do projeto é a redução dos custos da implantação de μCH's com a utilização desse grupo gerador. Para se ter uma idéia dos benefícios econômicos dessa tecnologia, na μCH Mireta Bastos, presente na primei 28 Sai água (energia hidráulica) Water outlet (hydraulic power) Motor de Indução Induction engine Entra energia elétrica Electric power inlet Princípio de funcionamento de um grupo moto – bomba. Working principle of a engine – pump group Entra água (energia hidráulica) Water inlet (hydraulic power) MIG Sai energia elétrica Electric power outlet Princípio de funcionamento de um grupo – gerador (BFT/MIG) Working principle of a BFT/MIG generating group SOCIAL DEVELOPMENT Innovation for Sustainability BFT/MIG technology is an innovation as far as power generation is concerned, aiming at the sustainable development of rural and/or isolated communities By Fabiana Gama Viana Translation Adriana Candal Energy plays an important role in society. Besides being indispensable for the economic development of a nation, it is the driving power for the social development of rural and/or isolated communities, helping them flourish economically and enhancing their health and economic programs. Within this scenario, the Energy Group (GEN) of the Institute of Natural resources (IRN), which is part of the Federal University of Itajubá (UNIFEI) is developing the project 'Boa Esperança: BFT/MIG', under the supervision of Professor Augusto Nelson Carvalho Viana and funded by the Ministry of Mines and Energy (MME). The Project The goal of the research is to take economic and social development to rural and/or isolated communities by generating electric power by using micro hydropower plants (MHP) that use low cost national technologies. The study, which started at UNIFEI in the 80s during Professor Viana's the master's course, presents electricity generation through hydraulic pumps working as turbines (BFT). This research was completed in 2002 with the study of induction machines operating as generators (MIG) carried out by Professor Ângelo Resek (UNIFEI) and the undergraduate student Daniel Macedo. Phases of the Project The project, which will be carried out within a period of two years (2006 and 2007), is being developed in two phases. The first one aims at assessing the behavior of the BFT/MIG group in the field through tests, and the results will be compared to those obtained by Professor Viana in the 80s. For that, Mireta Bastos Micro Hydropower Plant, located at Boa Esperança farm in the city of Delfim Moreira (Minas Gerais), has been refurbished and repowered to receive the BFT/MIG generating group. The second phase of the research will be carried out in the state of Tocantins, in the isolated community of Arraias. The community is located in the south of the state where the percentage of electric exclusion is high and the Human Development Index is low. During this phase, using a low cost and simple technology, a MHP will be built there and it will be managed by the community dwellers, who will receive the appropriate training to carry out the operation, maintenance and the MHP management. Bomba Centrífuga Centifugal pump Entra água Water inlet BFT Sai água Water outlet Conventional Technology x BFT/MIG The conventional hydropower plants are basically formed by civil works and hydro-mechanical and electrical equipment. The basic power generating unit – the generating group – is constituted by a hydraulic turbine coupled to a generator, carrying out the conversion of the hydraulic potential into mechanical power and finally into electric power. On the other hand, a motor–pump set, i.e., a centrifugal pump coupled to an electrical engine, carries an inverse conversion process. Whereas in a hydropower plant the water gets to the turbine coming from a more elevated point coming out from the draft tube, in a motor-pump set the water flows the opposite direction in relation to the pump. 'This way,' explains the coordinator of the project, 'by inverting the rotation direction of a centrifugal pump coupled to an induction engine, they will work in the same way as a turbine coupled to a generator.” This is the great difference in the operation of these two sets of equipment, i.e., the direction of the flow. In Brazil, this is the first time the BFT/MIG technology is being implemented at a real Micro Hydropower Plant. Before that, it was used by UNIFEI's group in laboratory simulations coordinated by Professor Vuana. According to him and one of the project researches, Mateus Ricardo, this is the principal objective of the study technically speaking, that is assess the behavior of the BFT and of the MIG in the field, without the constant control of a laboratory, making it possible to consolidate and disseminate this technology to the society as a whole. Cost Reduction Within this scenario, the most important aspect regarding this project is the reduction in the implementation costs of the MHPs by using this type of generating group. Just as an example of the economic benefits of this technology, Mireta Bastos MHP, part of the first phase of the research, has a generating group formed by a Michell-Banks turbine coupled to a conventional generator. The cost of 29 DESENVOLVIMENTO SOCIAL ra fase da pesquisa, um grupo gerador composto de turbina Michell-Banki acoplada a um gerador convencional foi cotado em R$37 mil para uma potência instalada de 43kW. Por outro lado, de acordo com o engenheiro eletricista Daniel Macedo, também pesquisador do projeto, “para essa mesma potência, um grupo gerador constituído por uma BFT acoplada a um MIG teve um custo de R$15 mil”. Equipamentos de Prateleira Em se tratando de operação e manutenção, o conjunto BFT/MIG também é vantajoso se comparado a grupos geradores convencionais. As bombas centrífugas e os motores de indução e suas respectivas peças de reposição são fabricados em grande escala no mundo e facilmente encontrados no mercado brasileiro, sendo utilizados nas mais diversas atividades como saneamento, irrigação, aplicações industriais, dentre outras. “Além disso, cria-se um novo mercado para as indústrias brasileiras de bombas e motores, que poderão comercializar seus produtos para um uso final diferente dos tradicionais”, completa Viana. O mesmo não vale para as turbinas hidráulicas, já que o Brasil conta com poucos fabricantes deste equipamento para potências inferiores a 100kW. Dificuldades a serem superadas Por outro lado, as bombas centrífugas, diferentes das turbinas hidráulicas, não possuem um sistema de regulação de velocidade. Dessa forma, uma BFT deve gerar continuamente sua potência máxima, não aceitando variações de carga. Inicialmente será utilizado um regulador eletrônico de carga desenvolvido pelo professor Rezek. Em seguida, pesquisas serão realizadas para desenvolvimento de um sistema de regulação do fluxo de água a partir de válvulas acionadas por controladores eletrônicos. Além disso, a inversão do sentido de rotação de uma bomba para que ela funcione como turbina apresenta perdas de carga. “A compensação dessas perdas no interior da bomba se dá no momento de sua seleção, por meio de metodologias específicas”, explica o pesquisador Ricardo. Para a seleção de BFT's, aponta Ricardo, existem dois métodos, ambos baseados na adoção de coeficientes de vazão e altura, obtidos experimentalmente, e que compensam as perdas de carga geradas pela inversão do sentido de escoamento: o método de Viana, desenvolvido na década de 1980 no mestrado do professor Augusto Viana, e o método de Chapallaz, que surgiu nos anos de 1990 a partir dos estudos do pesquisador suíço homônomo ao método. Outra dificuldade na utilização dessa tecnologia refere-se ao 30 Grupo Gerador BFT controle de tensão gerada pelo motor de indução. Nesse caso, explica o coordenador do projeto, “para cargas provenientes de iluminação, aquecimento e pequenas cargas indutivas, tais como geladeiras e pequenos motores, um controlador eletrônico de carga é suficiente para garantir uma geração de energia com qualidade”. Contudo, em se tratando de motores de maior porte, há necessidade de sistemas mais complexos que tornariam a utilização do motor inviável. Por isso, a tecnologia BFT/MIG é potencial ferramenta em microcentrais hidrelétricas e no atendimento a comunidades rurais e/ou isoladas. SOCIAL DEVELOPMENT n e s and their respective replacing parts are largely manufactured all over the world and they are easily found in the Brazilian market, where they are used for a wide range of activities such as sanitation, irrigation, industrial applications, among others. “In addition, a new market can be created for the Brazilian industries that manufacture pumps and engines, for they will be able to commercialize their product for a different end-use,” completes Professor Viana. The same do not happen with hydraulic turbines, given that Brazil has a few industries that manufacture this equipment for powers below 100kW. the equipment was R$37 thousand for an installed power of 43kW. On the other hand, according to engineer Daniel Macedo, who is also a research working on the project, for the same power, the cost of a generating group formed by a BFT coupled to a MIG was R$15 thousand”. Difficulties to be Overcome On the other hand, differently from the hydraulic turbines, centrifugal pumps do not have a speed regulating system. This way a BFT must generate its maximum power continuously, for they do not accept load variations. Initially, an electronic load regulator, developed by Professor Resek, will be used. The, the researches will be carried out in order to develop a flow regulating system based on valves driven by electronic controllers. Besides, the inversion of the rotation direction of a pump so that it can work as a turbine presents load losses. “The compensation of these losses inside the pump takes place at the time it is selected, by means of specific methodology,” explains the researcher Ricardo. For the selection of the BFTs, there are two methods. Both of them are based on the adoption of flow and height coefficients, experimentally obtained, and that compensate for the load losses caused by the inversion of the outgoing flow: Professor Viana's method, developed in the 80s, and the Chapallaz method, which appeared in the 90s based on the studies carried out by the homonymous Swiss researcher. Another difficulty when it comes to using this technology regards the control of the voltage generated by the induction engine. “In this case,” explains Professor Viana, “for loads coming from lighting, heating and small inductive loads such as fridges, and small engines, a load electronic controller is sufficient is ensure a good quality energy generation”. However, when it comes to larger engines, more complex systems are necessary and that would make the use of the engine unfeasible. That is the reason why the BFT/MIG technology is a potential tool at Micro Hydropower Plants and in rural and/or isolated communities. Shelf Equipment As far as operation and maintenance are concerned, the BFT/MIG set has other advantages when compared to conventional generating groups. The centrifugal pumps and the induction engi- 31