Hopi Hari_DFP 2014_FINAL

Transcrição

Hopi Hari_DFP 2014_FINAL
Hopi Hari S.A.
Relatório dos auditores independentes
sobre as demonstrações financeiras
31 de dezembro de 2014
HOPI HARI S.A.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
REFERENTES AOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E DE 2013
CONTEÚDO
Relatório da administração
Relatório dos auditores independentes
Quadro 1 - Balanços patrimoniais
Quadro 2 - Demonstrações do resultado
Quadro 3 - Demonstrações das mutações do patrimônio líquido (passivo a descoberto)
Quadro 4 - Demonstrações dos fluxos de caixa
Quadro 5 - Demonstrações do valor adicionado
Notas explicativas às demonstrações financeiras
Relatório da administração
O HOPI HARI S.A., maior parque temático da América Latina, submete à apreciação de seus
acionistas, fornecedores, clientes e ao mercado mobiliário brasileiro o Relatório da Administração e as
correspondentes Demonstrações Financeiras, acompanhadas do Relatório sobre auditoria das
demonstrações financeiras dos Auditores Independentes, referente aos exercícios findos em 31 de
dezembro de 2014 e de 2013, elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com
as Normas Internacionais de Relatórios Financeiros (International Financial Reporting Standards IFRS) emitidos pelo International Accounting Standards Board.
MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO
Há mais de 15 anos, Hopi Hari têm como missão proporcionar alegria e diversão a seus visitantes.
Mais de 20 milhões de pessoas já honraram o parque com sua presença. Diariamente focamos nosso
trabalho na diversão segura de nossos visitantes por meio da excelência dos nossos padrões de operação
e do empenho de nossos colaboradores.
O 4º trimestre de 2014 apresentou redução da visitação, impactando inclusive em redução no
acumulado do semestre, e revertendo o crescimento que vinha sendo observado no acumulado do ano
até o 3º trimestre, sempre comparados aos mesmos períodos do ano anterior.
Mantendo seu processo de melhoria contínua, o Hopi Hari reavalia constantemente cada detalhe
de seus padrões e processos em todas as áreas e recebeu a certificação internacional ISO 9001:2008 em
outubro de 2012, sendo re-certificado em outubro de 2013. Hopi Hari é o primeiro parque certificado
ISO do Brasil. A Certificação foi realizada pelo Grupo SGS, líder mundial em inspeção, verificação,
testes e certificação.
Importante destacar que o sucesso do investimento na tematização com o conteúdo Warner Bros
perante os visitantes não é por acaso, uma vez que o enredo temático das áreas dos Estúdios do
Pernalonga e da Liga da Justiça no Hopi Hari ficou a cargo da Thinkwell Inc., empresa internacional
responsável dentre outros projetos, do enorme sucesso da experiência temática de Harry Potter em
Orlando - Flórida, e parceira internacional da Warner Brothers, garantindo um padrão global de
entretenimento.
Tais realizações posicionaram Hopi Hari com importante vantagem competitiva de médio prazo
no mercado de entretenimento, ofertando novidades em linha com padrão global de entretenimento. A
capacidade de geração de receita interna foi alavancada pela estruturação de praças de alimentação e
lojas, com produtos customizados dos personagens em Hopi Hari.
Destaca-se aqui, como parte da estratégia do parque de renovação de seu conteúdo de
entretenimento em patamares de excelência mundial, a aquisição de uma Nova Montanha Russa,
recorde mundial de inversões do maior fabricante de brinquedos do mundo, Intamim. Além de
potencializar a geração de tráfego para o parque, será um marco no mercado de turismo nacional, sendo
a primeira nova montanha russa do Brasil em 15 anos. A atração encontra-se no parque e com 90% do
seu valor quitado e terá sua montagem planejada para aumentar o nível de visitação no momento
sazonal adequado.
Os investimentos realizados desde 2009, cuja origem do recurso foi praticamente gerada através
do caixa acumulado nos últimos anos, promoveram desencaixe de recursos na Companhia de mais de
R$ 60 milhões, sendo em torno de R$ 25 milhões apenas em 2012. Diante destes elementos, a
Administração da Companhia, sempre com o apoio dos Stakeholders, mantém-se firme em suas
estratégias de reestabelecer o equilíbrio econômico-financeiro e o aumento constante da visitação,
posicionando-se como referência internacional de entretenimento.
Atualmente a Companhia apresenta índices econômico-financeiros negativos, como capital
circulante líquido, e Patrimônio Líquido negativo, resultados dos últimos anos de visitação aquém da
capacidade de atendimento do empreendimento, todavia considerando os esforços de captação de
recursos tanto da Companhia quanto dos acionistas, aliado ao esforço de renegociação da dívida com o
BNDES, é esperado a reversão desta situação ao longo do ano de 2015.
Comentários sobre desempenho e situação financeira da Companhia estão contidos nas Notas
Explicativas.
EVENTO DO ANO
A Magia dos Dinossauros
No período de 03 de janeiro a 23 de fevereiro, Hopi Hari voltou ao tempo. O parque foi invadido
pela “A Magia dos Dinossauros”, uma temporada onde estes gigantes, que fascinam gerações, ficaram
espalhados pelo parque. Foram 20 réplicas de vários tamanhos com tecnologia que simulam os
movimentos de cabeça, patas e respiração dos dinossauros, além de emitir sons, tudo com um realismo
surpreendente.
Foi como viver uma aventura no safári pré-histórico! Todas as espécies replicavam com perfeição a
anatomia destes animais, transformando um dia perfeito de lazer também em aprendizado sobre cada
espécie. Os dinossauros eram extremamente reais e ficaram dispostos nas regiões do Pernalonga e sua
Turma, Misteri e Wild West como se estivessem em seu habitat original há milhões de anos.
Outro grande sucesso entre as crianças foi o Brutamontis, com tecnologia única no Brasil, este
Tiranossauro Rex andava solto pelas ruas do parque acompanhado de seu treinador, interagindo com os
visitantes e impressionando a todos com o realismo dos movimentos.
Hopi Night
No período de 11 de abril a 9 de junho aconteceu a 5º edição do Hopi Night, um dos eventos mais
aguardados pelos jovens, que mistura música eletrônica e tecnologia. Quem veio ao país mais divertido
do mundo, pode encontrar toda a adrenalina das atrações do Parque durante o dia e ao anoitecer, o show
ao som eletrizante do DJ Gilson Dell Passo com muitas performances de artistas, projeções e
conectividade, sendo esse último a grande novidade desse ano.
O Hopi Night Connect teve todos os elementos baseados em tecnologia e interação, colocando o
visitante como a principal estrela deste surpreendente evento a céu aberto. Ao entrar no parque, todos
eram convidados a preencher um cadastro simples, com seu nome e foto, que puderam ser tirada na
hora mesmo por promotoras. Quando a noite caia, as projeções de mapping iluminaram e tomaram a
forma do palco de 30 metros de comprimento; nesta hora, os visitantes puderam ver suas fotos como
parte do espetáculo. Foi uma ótima oportunidade para quem gosta de ver e ser visto. Com os próprios
celulares, os visitantes também puderam participar da festa enviando mensagens que apareceram no
palco, mais uma maneira de facilitar a azaração, que sempre faz parte deste show.
Hora do Horror
A 13ª Edição da Hora do Horror, o maior evento do gênero da América Latina, levou a Hopi Hari o
tema: “A Loja de Brinquedos”, onde o visitante foi convidado a uma grande aventura, com requintes de
realidade e repleta de mistérios com muita adrenalina e sustos. Nesta loja, todos eram convidados a
brincar com brinquedos, que pareciam inocentes, mas que escondem um lado aterrorizante.
De 15 de agosto até 02 de novembro, o parque ganhou um ar de mistério. A história conta que em
uma loja de brinquedos algo sinistro aconteceu. Misteriosamente os brinquedos ganharam vida e
queriam se tornar humanos a qualquer custo. O criador da loja, não soube explicar o que viu no interior
da loja e enlouqueceu, a ponto de ser internado às pressas em um manicômio. Para que os visitantes
vivessem essa história, duas novas atrações foram criadas especialmente para o evento. As portas da
“Loja de Brinquedos” ficaram abertas para quem tivesse curiosidade de entrar e, sobretudo, coragem
para descobrir o fenômeno que originou toda essa história. O medo espreita entre as prateleiras e os
corredores que levam até o ateliê do artista que deu vida a todos os brinquedos. E quem quisesse
conhecer pessoalmente o artista poderia marcar uma visita no “Manicômio”. O lugar também guardava
seus mistérios, que estavam prontos para serem revelados.
As ruas de Wild West e Mistieri eram tomadas por personagens desta história, nelas o visitante
poderia se deparar com criaturas como uma simples boneca de porcelana ou até mesmo desafiar o
mortal jogo de forca. Em todos os dias do evento aconteceu shows temáticos no palco montado
especialmente no centro do Parque, que neste ano foi o maior de todas as edições.
Natal Mágico
O Hopi Hari se une novamente com a Coca-Cola para encantar os visitantes com a 2º Edição do
Natal Mágico. Este ano, além de outras atrações, o evento ganhou um emocionante show Piromusical.
Do dia 27 de novembro até 21 de dezembro, o visitante pode compartilhar do espírito natalino em um
espetáculo de fogos “dançantes” sincronizados com lindas canções natalinas.
O Natal Mágico ofereceu para toda a família um momento único e especial com o Papai Noel e
outros apaixonantes personagens, como duendes, renas, bonecos de neve, biscoitos de gengibre e os
encantadores brinquedos da Árvore de Natal: ursinho de pelúcia, bailarinas e soldadinhos de chumbo.
Os visitantes puderam ir até a Casa do Papai Noel, tirar foto com todos os personagens ou até assistir os
Passeios Di Natal, onde o Urso Polar da Coca-Cola e seus amigos desfilaram pelo parque compartilhando
a alegria do Natal, num evento cheio de magia e emoção.
DESCRIÇÃO DO NEGÓCIO
Importância econômica
A inauguração do Hopi Hari, em 27 de novembro de 1999, na região metropolitana de Campinas, é
fato extremamente relevante para o desenvolvimento da indústria do turismo no Estado de São Paulo:
•
Localizado a menos de 70 km dos três principais aeroportos brasileiros;
•
Malha viária próxima composta pelos principais eixos rodoviários do País;
•
Malha ferroviária articulada com o interior do Estado e o porto de Santos;
•
Rede instalada com mais de 500 km de fibra ótica; e
•
Clima muito favorável com média de mais de 300 dias de sol por ano.
(Fonte: Campinas e Região Convention & Visitor’s Bureau)
PAPEL EDUCACIONAL E SOCIAL
LED – Laboratório Educativo de Hopi Hari
O valor Educação nasceu junto com os alicerces do Hopi Hari e ganhou forma em 2002, quando
foi criado o Laboratório Educativo (LED) com a finalidade de reunir experiências educativas realizadas
por professores e alunos nas suas dependências. Utilizando suas atrações como uma grande sala de aula
a céu aberto, Hopi Hari oferece Oficinas Educativas que possibilitam a aprendizagem de matérias como
física, por exemplo. Além das Oficinas que são frequentadas pelos alunos antes da abertura do parque,
Hopi Hari promove a capacitação de professores que estão diretamente envolvidos nas atividades. Todo
o trabalho é desenvolvido utilizando o conceito de “Experimentação Consciente”, que consiste na
validação da atividade lúdica que o parque naturalmente oferece ao aluno - visitante, por meio de
reflexões e análises das situações reais. São os saberes práticos e acadêmicos que se transformam no
aprendizado escolar. Tanto a Oficina Educativa quanto a Capacitação de Professores são ofertadas
gratuitamente as excursões que visitam o parque.
Hopi Venturi
Os chamados “treinamentos experienciais”, que têm esse nome por proporcionarem vivências
conforme as necessidades das empresas, vêm sendo amplamente utilizados como ferramenta de
capacitação e treinamento do público empresarial. Acreditamos que um parque de diversões também é
um cenário interessante para uma vivência corporativa diferente e inesquecível. No Hopi Hari é
desenvolvido o programa Hopi Venturi, um treinamento empresarial vivencial ao ar livre, que
desenvolve habilidades e atitudes por meio da aprendizagem prática e lúdica. No Hopi Venturi, o
participante é exposto a uma série de situações e desafios que, como metáforas da vida corporativa,
promovem a aquisição e o aperfeiçoamento das competências essenciais para a estratégia de cada
empresa. Para tanto, o treinamento explora os 7 tipos de inteligência: corporal, verbal, auditiva,
racional, espacial, intrapessoal e interpessoal numa divertida Corrida ao Tesouro .
Dia da Alegria
O parque recebe exclusivamente crianças carentes de instituições do estado de São Paulo para
usufruírem de um dia inteiro de diversão, no Dia da Alegria. Neste dia, todos os participantes recebem,
gratuitamente, passaporte, lanche, refrigerante, batata-frita e sorvete, podendo desfrutar das atrações do
Hopi Hari. A ação ocorre anualmente no parque e faz parte do Programa de Responsabilidade Social do
Hopi Hari, implantado em 2001. Mais de 100 mil crianças já foram beneficiadas.
DNPD – Dia Nacional da Pessoa com Deficiência ou Dia Especial
Na busca contínua da diversão acessível para todos, Hopi Hari adota posturas que respeitam
pessoas com deficiências permanentes ou temporárias, com rampas e acessos adequados às suas
atrações. O Código Azul, um programa de orientação de segurança, informa a programação adequada e
segura para cada pessoa, de acordo com suas deficiências, oferecendo um roteiro sob medida para que
todos se divirtam muito. Anualmente, desde 2001, Hopi Hari abre suas portas para pessoas com
deficiência, no Dia Nacional da Pessoa com Deficiência, celebrando a diversão para todos. Neste dia,
todos recebem gratuitamente passaporte de acesso ao parque, lanche e sorvete.
RECURSOS HUMANOS
Desenvolvemos treinamento institucional e funcional para todos os nossos colaboradores, voltado
à comunicação de nossos valores e objetivos e na capacitação funcional, ou seja treinamento teórico e
prático para o exercício de suas funções. A política de treinamento atende aos requisitos internos de
qualidade, sempre com foco em segurança e no encantamento do visitante.
MEIO AMBIENTE
Mantemos inúmeras ações para minimizar os impactos causados por nossa atividade, entre elas, o
Programa de Reflorestamento, o Programa de Proteção e Defesa da Fauna e o Programa de Meio
Ambiente. Este último, destaca-se pela
preservação dos mananciais, o tratamento de efluentes, a
captação subterrânea de água potável e o gerenciamento de resíduos.
O Hopi Hari foi a primeira empresa da América Latina a adotar a Estação de Tratamento de
Efluentes (ETE) com a moderna tecnologia canadense, que tem operação totalmente automatizada, e
que trata todo o esgoto gerado pelo parque. Por meio desse sistema, dois grandes problemas são
solucionados ao mesmo tempo: o desperdício de água e a poluição dos mananciais.
O parque também se preocupa com os rios e lagos da região onde está instalado. Por isso, faz o
monitoramento constante do Rio Capivari, garantindo a sua qualidade para atender a fauna e a flora
local (que é abundante).
Para garantir que a mata do parque continue capacitada para a preservação de suas nascentes, é
feito um monitoramento da área de APP (Área de Preservação Permanente) e reflorestamento em seu
entorno.
Por meio de ações tão importantes como essas, o Hopi Hari cumpre seu papel na preservação do
meio ambiente, colaborando com a qualidade de vida das comunidades que estão ao seu redor.
AUDITORIA EXTERNA
A política da Companhia na contratação de serviços não relacionados à auditoria externa junto aos
auditores independentes se fundamenta nos princípios que preservam a independência desses
profissionais. Esses princípios consistem, de acordo com as normas internacionalmente aceitas, em: (a)
o auditor não deve auditar seu próprio trabalho; (b) o auditor não deve exercer funções de gerência de
seu cliente; e (c) o auditor não deve promover os interesses de seus clientes.
A Companhia contratou, para a auditoria de suas demonstrações financeiras do exercício findo em
31 de dezembro de 2014, a empresa PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes. Durante o ano
de 2014, não foram prestados, por essa referida empresa, nenhum outro tipo de serviço não relacionado
à auditoria externa.
DECLARAÇÃO DA DIRETORIA
Em observância às disposições constantes da Instrução CVM nº 480/09, a Diretoria declara que
discutiu, reviu e concordou com as opiniões expressas no relatório dos auditores independentes e com as
demonstrações financeiras relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2014.
A Companhia ao longo de 2013 e 2014 envidou seus melhores esforços no sentido de alavancar
visitação e receita, retomando níveis de receita observados ao longo de vários anos anteriores, através
dos investimentos realizados e citados acima, bem como através de eventos temáticos ao longo do ano.
AGRADECIMENTOS
Finalmente, gostaríamos de agradecer a todos os nossos Acionistas, Visitantes, Clientes e
Fornecedores pelo apoio e confiança dispensados, e aos nossos Colaboradores pela dedicação e
empenho.
A Administração
Hopi Hari S.A.
Relatório dos auditores independentes
sobre as demonstrações financeiras
Aos Administradores e Acionistas
Hopi Hari S.A.
Examinamos as demonstrações financeiras do Hopi Hari S.A. (a "Companhia") que compreendem o
balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2014 e as respectivas demonstrações do resultado, das
mutações do patrimônio líquido (passivo a descoberto) e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa
data, assim como o resumo das principais políticas contábeis e as demais notas explicativas.
Responsabilidade da administração
sobre as demonstrações financeiras
A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas
demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e as normas
internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board
(IASB), e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de
demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou
por erro.
Responsabilidade dos auditores independentes
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base
em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas
normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelo auditor e que a auditoria seja planejada e
executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres
de distorção relevante.
Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito
dos valores e das divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos
selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção
relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou por erro.
Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e
adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia para planejar os procedimentos
de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a
eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui também a avaliação da
adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela
administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em
conjunto.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa
opinião.
Opinião
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos
os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Hopi Hari S.A. em 31 de dezembro de 2014,
o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo
com as práticas contábeis adotadas no Brasil e as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS)
emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB).
Ênfase
Chamamos a atenção para a Nota 1 às demonstrações financeiras, que descreve que a Companhia tem
apurado prejuízos repetitivos em suas operações, bem como, no encerramento do exercício, apresentou
excesso de passivos sobre ativos circulantes no montante de R$ 244.995 mil e passivo a descoberto no
montante de R$ 54.677 mil. Essa situação, entre outras descritas na Nota 1, suscita dúvida substancial
sobre a sua continuidade operacional. As demonstrações financeiras não incluem quaisquer ajustes em
virtude dessas incertezas. Nossa opinião não está ressalvada em função desse assunto.
Outros assuntos
Informação suplementar – demonstração
do valor adicionado
Examinamos também a demonstração do valor adicionado (DVA), referente ao exercício findo em 31 de
dezembro de 2014, preparada sob a responsabilidade da administração da Companhia, cuja
apresentação é requerida pela legislação societária brasileira para companhias abertas, e como
informação suplementar pelas IFRS que não requerem a apresentação da DVA. Essa demonstração foi
submetida aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, está
adequadamente apresentada, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações
financeiras tomadas em conjunto.
Campinas, 25 de maio de 2015
PricewaterhouseCoopers
Auditores Independentes
CRC 2SP000160/O-5 “F”
Marcos Roberto Sponchiado
Contador CRC 1SP175536/O-5
QUADRO 1
HOPI HARI S.A.
Balanços patrimoniais
Em milhares de reais
Ativo
31 de
dezembro
de 2014
Nota
31 de
dezembro
de 2013
Circulante
Caixa e equivalentes de caixa
Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado
Contas a receber
Estoques
Despesas antecipadas
Outros ativos
Passivo
31 de
dezembro
de 2014
Nota
31 de
dezembro
de 2013
Circulante
4
5
6
7
8
Total do ativo circulante
1.065
2.527
8.457
5.665
753
1.689
1.498
2.315
8.273
6.816
1.624
3.490
20.156
24.016
Empréstimos e financiamentos
Fornecedores
Salários e encargos sociais a pagar
Impostos a recolher
Parcelamentos de tributos
Serviços a prestar
Contas a pagar
12
17
195.252
15.065
25.066
15.886
518
7.046
6.318
181.775
12.484
16.061
9.382
371
6.322
5.665
265.151
232.060
62.198
3.419
994
5.174
2.345
699
61.963
4.154
1.113
7.306
2.188
948
74.829
77.672
275.105
(405.607)
75.825
275.105
(359.717)
79.813
Total do patrimônio líquido (passivo a descoberto)
(54.677)
(4.799)
Total do passivo e do patrimônio líquido
285.303
13
14
15
16
Total do passivo circulante
Não circulante
Não circulante
Realizável a longo prazo
Contas a receber
Despesas antecipadas
Imobilizado
Intangível
Total do ativo não circulante
6
10
11
4.367
305
259.885
590
5.940
471
273.797
709
265.147
280.917
Empréstimos e financiamentos
Parcelamentos de tributos
Contingências
Serviços a prestar
Partes relacionadas
Contas a pagar
12
14
19
15
18
16
Total do passivo não circulante
Patrimônio líquido (passivo a descoberto)
Capital social
Prejuízos acumulados
Ajuste de avaliação patrimonial
Total do ativo
285.303
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
304.933
20
20.1
304.933
QUADRO 2
HOPI HARI S.A.
Demonstrações do resultado
Exercícios findos em 31 de dezembro
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Nota
Receitas
Custo dos produtos vendidos e serviços prestados
2014
21
24
Lucro bruto
2013
67.051
(65.796)
69.551
(64.995)
1.255
4.556
(6.283)
(17.861)
(35)
(5.251)
(16.083)
140
(22.924)
(16.638)
Receitas (despesas) operacionais
Despesas comerciais
Despesas administrativas
Outras (despesas) receitas, líquidas
22 e 24
23 e 24
24
Prejuízo operacional
Receitas financeiras
Despesas financeiras
25.1
25.2
919
(27.873)
1.090
(27.357)
Resultado financeiro
25
(26.954)
(26.267)
(49.878)
(42.905)
Prejuízo do exercício antes do imposto de renda e da
contribuição social
Imposto de renda e contribuição social
26
Prejuízo do exercício
(49.878)
Número de ações em circulação na data-base dos exercícios
6.464.255
(42.905)
6.464.255
Prejuízo básico e diluído por ação ordinária - em R$
Prejuízo básico e diluído por ação preferencial - em R$
28.1
28.1
(7,72)
(7,72)
(6,64)
(6,64)
Prejuízo líquido por ação no final do exercício - em R$
28.1
(7,72)
(6,64)
Em 31 de dezembro de 2014 e de 2013, não há componentes do resultado abrangente além do prejuízo do exercício,
motivo pelo qual não estão sendo apresentadas as demonstrações do resultado abrangente.
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
Quadro 3
HOPI HARI S.A.
Demonstrações das mutações no patrimônio líquido (passivo a descoberto)
Em milhares de reais
Em 1º de janeiro de 2013
Capital
social
Prejuízos
acumulados
Ajuste de
avaliação
patrimonial
Total do
Patrimônio
Líquido
275.105
(321.543)
84.544
38.106
(42.905)
4.731
(4.731)
(42.905)
-
(359.717)
79.813
(4.799)
(49.878)
3.988
(3.988)
(49.878)
-
(405.607)
75.825
(54.677)
Prejuízo do exercício
Realização da mais valia de ativo imobilizado
Em 31 de dezembro de 2013
275.105
Prejuízo do exercício
Realização da mais valia de ativo imobilizado
Em 31 de dezembro de 2014
275.105
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
QUADRO 4
HOPI HARI S.A.
Demonstrações dos fluxos de caixa
Em milhares de reais
2014
Fluxos de caixa das atividades operacionais
Prejuízo antes do imposto de renda e da contribuição social
Ajustes para reconciliar o resultado o caixa gerado pelas atividades operacionais:
Depreciações e amortizações
Juros, variações monetárias e cambiais
Constituição (reversão) de provisões para contingências, para devedores duvidosos e outras provisões
Valor residual do ativo imobilizado e intangível baixados
(Aumento) diminuição dos ativos:
Contas a receber
Estoques
Despesas antecipadas
Outros ativos
Aumento (diminuição) dos passivos:
Fornecedores
Salários e encargos sociais a pagar
Impostos a recolher
Parcelamentos de tributos
Serviços a prestar
Contas a pagar
(49.878)
(42.905)
14.242
22.310
(616)
(959)
17.010
24.831
695
(1.063)
(14.901)
(1.432)
1.564
1.151
1.037
1.801
(4.250)
(822)
(561)
(795)
5.553
(6.428)
2.581
9.005
6.504
(1.408)
658
(108)
6.161
6.001
3
5.943
2.049
17.340
Juros pagos
2013
20.049
(3.674)
(4.158)
4.318
8.031
Adições de bens do ativo imobilizado e intangível
(422)
(2.492)
Caixa líquido aplicado nas atividades de investimentos
(422)
(2.492)
15.931
(20.260)
23.264
(33.347)
(4.329)
(10.083)
(433)
(4.544)
Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais
Fluxos de caixa das atividades de investimentos
Fluxos de caixa das atividades de financiamento
Captação de Empréstimos e financiamentos
Pagamentos de empréstimos e financiamentos - principal
Caixa líquido aplicado nas atividades de financiamento
Aumento (diminuição) de caixa e equivalentes de caixa, líquido
A variação do caixa e equivalentes de caixa é assim demonstrada:
No início do exercício
No fim do exercício
Diminuição do caixa e equivalentes de caixa
As notas explicativas da administração ão parte integrante das demonstrações financeiras.
1.498
1.065
(433)
6.042
1.498
(4.544)
QUADRO 5
HOPI HARI S.A.
Demonstrações do valor adicionado
Em milhares de reais
2014
Receitas:
Venda brutas de mercadorias, produtos e serviços
Outras receitas
Provisão para crédito de liquidação duvidosa - reversão
Insumos adquiridos de terceiros:
Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos
Materiais, energia, serviço de terceiros e outros
Perda na realização de ativos
Outros custos de produtos e serviços vendidos
VALOR ADICIONADO BRUTO
Retenções
Depreciação, amortização e exaustão
VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA COMPANHIA
Valor adicionado recebido em transferência:
Receitas financeiras
VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR
2013
72.505
266
(791)
75.494
485
(957)
71.980
75.022
(9.153)
(29.421)
(195)
-
(15.026)
(26.199)
(176)
-
(38.769)
(41.401)
33.211
33.621
(14.242)
(17.010)
18.969
16.611
919
1.090
19.888
17.701
24.705
4.714
1.590
72
20.541
4.060
1.435
471
31.081
26.507
8.902
1.025
791
-
5.669
134
895
-
10.718
6.698
27.873
94
27.357
44
27.967
27.401
(49.878)
(42.905)
19.888
17.701
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO
Pessoal:
Remuneração direta
Benefícios
F.G.T.S
Outros
Tributos:
Federais
Estaduais
Municipais
Diferidos
Remuneração de capitais de terceiros:
Juros
Outras
Remuneração de capitais próprios:
Prejuízos incorridos
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
1.
Informações Gerais
O Hopi Hari S.A. (“Companhia”), constituído em 14 de agosto de 1995, é uma sociedade anônima
registrada originalmente na Bovespa, que tem como objeto social a exploração de parques de
diversões, centros de recreação, boliches, brinquedos eletrônicos e ramo de diversões públicas em
todas as suas modalidades, como shows, eventos promocionais, áreas de lazer, além de outras
atividades relacionadas. O empreendimento está localizado em Vinhedo - SP.
Em 3 de outubro de 1999, a Companhia iniciou as operações de teste (soft-openning) do parque
temático Hopi Hari, sendo que sua inauguração oficial ocorreu em 27 de novembro de 1999 e, a
partir de 1º de dezembro de 1999, iniciou-se sua operação comercial.
No ano de 2011 foi celebrado o “Themed Entertainment Venue Agreement” (“Contrato”) entre a
Companhia e a Warner Bros. Consumer Products Inc. (“Warner Bros.”), no qual a Companhia
tornou-se licenciada da Warner Bros, uma das organizações líderes do mundo de licenciamento,
para dentre outros, utilizar renomados personagens, para fins de tematização de atrações em suas
instalações e venda de produtos licenciados.
Em 17 de janeiro de 2012, o Hopi Hari realizou o lançamento da nova área infantil, agora tematizada
com os personagens de Looney Tunes. O público pode interagir com os famosos personagens do
Pernalonga e sua Turma com direito a show ao vivo e diversas atrações que simulam um grande
estúdio de filmagem. O mês de janeiro de 2012 registrou o maior volume de visitação e faturamento
da história do parque, confirmando a decisão do Hopi Hari por optar pela tematização com
personagens da Warner Bros.
Em 19 de dezembro do mesmo ano, foi realizado o lançamento para a imprensa da região da Liga da
Justiça e a inauguração oficial ao público foi realizada em 9 de janeiro de 2013. Repleta de
adrenalina, a região da Liga da Justiça tem como alvo os jovens e apresenta uma rica tematização
baseada nos famosos super-heróis como Super-Homem, Batman, Lanterna Verde, Mulher
Maravilha, Aquaman e The Flash. Cada atração é uma batalha entre estes super –heróis e os vilões,
proporcionando uma experiência repleta de aventura para os visitantes.
Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia apurou prejuízo de R$ 49.878, bem como apresentou
capital circulante líquido negativo de R$ 244.995, principalmente decorrente de descumprimento de
cláusulas restritivas contratuais de passivo financeiro com o BNDES, conforme mencionado na Nota
12.1, bem como da redução de visitação do parque nos 25 meses subsequentes após o acidente em
fevereiro de 2012, conforme mencionado na Nota 19.
O 4º trimestre de 2014 apresentou redução da visitação, impactando inclusive em redução no
acumulado do semestre, e revertendo o crescimento que vinha sendo observado no acumulado do
ano até o 3º. Trimestre. Tais dados seguem comparativos aos mesmos períodos do ano anterior. O
impacto não foi maior principalmente pelo grande sucesso com a tematização de duas regiões
temáticas com conteúdo Warner Brothers, resultado dos investimentos realizados com a tematização
da região de Infantasia com conteúdo Looney Tunes - um grande set de filmagem com o Pernalonga
e sua turma, e também com a tematização da região de Aribabiba com conteúdo Liga da Justiça,
frutos do contrato de licenciamento de utilização de direitos autorais com a Warner Bros Consumer
Products. A Companhia mantém a busca de novos financiamentos para concluir os investimentos
programados e incrementar seu fluxo de caixa.
Dentro do plano da Companhia da retomada de novos investimentos iniciado em 2011, Hopi Hari
tem o objetivo de ampliar sua plataforma de entretenimento com novas atrações, reformas e
modernização do parque, com investimento de R$ 150 milhões. Sendo que nos últimos 4 anos foram
investidos R$ 58 milhões no projeto de revitalização. Estes investimentos proporcionarão que nos
próximos dez anos, o parque estime que o número anual de visitantes supere a média histórica ao
longo de seus 13 anos de atividades, e chegue a quatro milhões.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Um dos destaques dos novos investimentos será uma nova montanha-russa no valor de R$ 50
milhões, que já se encontra dentro das instalações do Hopi Hari aguardando a decisão para iniciar
sua instalação. Com 10 inversões, ela foi desenvolvida pela empresa suíça Intamin, a maior
fabricante mundial de brinquedos para parques temáticos. Com velocidade máxima de 85 km/h, terá
um percurso de 875 metros e será uma das atrações mais importantes do parque, desempenhando
um importante fator de alavancagem da visitação.
A Companhia, com base nas projeções, análises e no andamento das ações tomadas e das
negociações com as instituições financeiras, entende que os fluxos futuros de caixa serão suficientes
para a manutenção das atividades.
Em 13 de janeiro de 2014, a Companhia adquiriu a totalidade das ações de emissão da A.W.A.S.P.E.
Empreendimentos e Participações S.A., inscrita no CNPJ sob o nº. 18.846.432/0001-83
devidamente constituída em 6 de agosto de 2013, atual denominação HH Consultoria e Gestão
Empresarial S.A. (a “Sociedade”), bem como celebrou com esta Sociedade, contrato de prestação de
serviços de depósito e administração de recursos. A referida subsidiaria permaneceu sem operação
até abril de 2015, quando passou a administrar recursos financeiros da Companhia. Não ocorreu
consolidação em razão da imaterialidade do valor do investimento (R$ 200,00).
A emissão dessas demonstrações financeiras foi autorizada pela administração da Companhia, em 25
de maio de 2015.
2.
Resumo das principais práticas contábeis
As demonstrações financeiras foram preparadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil
incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e as
normas internacionais de relatório financeiro (International Financial Reporting Standards (IFRS),
emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB)).
As principais políticas contábeis aplicadas na preparação dessas demonstrações financeiras estão
definidas abaixo. Essas políticas foram aplicadas de modo consistente nos exercícios apresentados,
salvo disposição em contrário.
2.1.
Base de preparação
As demonstrações financeiras foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor e
ajustadas para refletir o custo atribuído dos ativos imobilizados na data de transição para o
IFRS/CPC.
A preparação de demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e
também o exercício de julgamento por parte da administração da Companhia no processo de
aplicação das políticas contábeis da Companhia. Aquelas áreas que requerem maior nível de
julgamento e possuem maior complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas
são significativas para as demonstrações financeiras, estão divulgadas na Nota 3.
A apresentação da Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é requerida pela legislação societária
brasileira e pelas práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis a companhias abertas. As IFRS não
requerem a apresentação dessa demonstração. Como consequência, pelas IFRS, essa demonstração
está apresentada como informação suplementar, sem prejuízo do conjunto das demonstrações
contábeis.
(a)
Mudanças nas políticas contábeis e divulgações
Alterações e interpretações adotadas pelo Grupo
As seguintes normas e alterações de normas foram adotadas pela primeira vez para o exercício
iniciado em 1o de janeiro de 2014 e tiveram impactos para a Companhia.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(i)
Alteração ao CPC 01/IAS 36 - "Redução no Valor Recuperável de Ativos" sobre a divulgação do valor
recuperável de ativos não financeiros. Essa alteração elimina determinadas divulgações do valor
recuperável de Unidades Geradoras de Caixa (UGC) que haviam sido incluídas no IAS 36 com a
emissão do IFRS 13.
(ii)
OCPC 07 - "Evidenciação na Divulgação dos Relatórios Contábil-financeiros de Propósito Geral",
trata dos aspectos quantitativos e qualitativos das divulgações em notas explicativas, reforçando as
exigências já existentes nas normas contábeis e ressaltando que somente as informações relevantes
para os usuários das demonstrações financeiras devem ser divulgadas.
Outras alterações e interpretações em vigor para o exercício financeiro a ser iniciado em 1o de janeiro
de 2014 não são relevantes para a Companhia.
2.2.
Conversão de moeda estrangeira
(a)
Moeda funcional e moeda de apresentação
Os itens incluídos nas demonstrações financeiras da Companhia são mensurados usando a moeda do
principal ambiente econômico, no qual a Companhia atua ("a moeda funcional"). As demonstrações
financeiras estão apresentadas em reais, que é a moeda funcional da Companhia.
(b)
Transações e saldos
As operações com moedas estrangeiras são convertidas para a moeda funcional, utilizando as taxas
de câmbio vigentes nas datas das transações ou das avaliações, na qual os itens são remensurados.
Os ganhos e as perdas cambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão pelas
taxas de câmbio do final do exercício, referentes a ativos e passivos monetários em moedas
estrangeiras, são reconhecidos na demonstração do resultado como receita ou despesa financeira.
Em 31 de dezembro de 2014 a taxa utilizada na atualização cambial no fechamento do exercício para
as contas patrimoniais foi de R$/USD 2,6562 (R$ 2,3426 em 31 de dezembro de 2013).
2.3.
Caixa e equivalentes de caixa
Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depósitos bancários e outros investimentos de curto
prazo de alta liquidez, com vencimentos originais de até três meses, e com risco insignificante de
mudança de valor. As contas garantidas são demonstradas no balanço patrimonial como
"Empréstimos", no passivo circulante.
2.4.
Ativos financeiros
2.4.1. Instrumentos financeiros derivativos e atividade de hedge
A Companhia não faz uso de instrumento ou tão pouco tem atividade de hedge.
2.4.2. Classificação
A Companhia classifica seus ativos financeiros, no reconhecimento inicial, sob as seguintes
categorias, mensurados ao valor justo por meio do resultado e empréstimos e recebíveis. A
classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos.
Os ativos financeiros são apresentados como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de
vencimento superior a 12 meses após a data do balanço.
2.4.3. Reconhecimento e mensuração
Os investimentos são, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, acrescidos dos custos da transação
para todos os ativos financeiros não classificados como ao valor justo por meio do resultado. Os
ativos financeiros ao valor justo por meio de resultado são, inicialmente, reconhecidos pelo valor
justo, e os custos da transação são debitados à demonstração do resultado. Os ativos financeiros são
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
baixados quando os direitos de receber fluxos de caixa tenham vencido ou tenham sido transferidos;
neste último caso, desde que a Companhia tenha transferido, significativamente, todos os riscos e os
benefícios de propriedade. Os ativos financeiros disponíveis para venda e os ativos financeiros
mensurados ao valor justo por meio do resultado são, subsequentemente, contabilizados pelo valor
justo. Os empréstimos e recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado, usando o método da
taxa efetiva de juros.
Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no valor justo de ativos financeiros mensurados ao
valor justo por meio do resultado são apresentados na demonstração do resultado em "Outras
receitas (despesas), líquidas" no período em que ocorrem.
2.4.4 Compensação de instrumentos financeiros
Ativos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido é apresentado no balanço
patrimonial quando há um direito legal de compensar os valores reconhecidos e há a intenção de
liquidá-los em uma base líquida, ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente. O direito
legal não deve ser contingente em eventos futuros e deve ser aplicável no curso normal dos negócios
e no caso de inadimplência, insolvência ou falência da empresa ou da contraparte.
2.4.5. Impairment de ativos financeiros
Ativos mensurados ao custo amortizado
A Companhia avalia na data de cada balanço se há evidência objetiva de que um ativo financeiro ou
grupo de ativos financeiros está deteriorado. Um ativo ou grupo de ativos financeiros está
deteriorado e as perdas por impairment são incorridas somente se há evidência objetiva de
impairment como resultado de um ou mais eventos ocorridos após o reconhecimento inicial dos
ativos (um "evento de perda") e aquele evento (ou eventos) de perda tem um impacto nos fluxos de
caixa futuros estimados do ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros que pode ser estimado de
maneira confiável.
O montante da perda é determinado pela diferença entre o valor contábil dos ativos e o valor
presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo os prejuízos de crédito futuro que não
foram incorridos) descontados à taxa de juros em vigor original dos ativos financeiros. O valor
contábil do ativo é reduzido e o valor da perda é reconhecido no resultado do exercício. Como um
expediente prático, a Companhia pode mensurar o impairment com base no valor justo de um
instrumento utilizando um preço de mercado observável.
Se, num período subsequente, o valor da perda por impairment diminuir e a diminuição puder ser
relacionada objetivamente com um evento que ocorreu após o impairment ser reconhecido, a
reversão da perda por impairment registrada anteriormente será reconhecida no resultado do
exercício.
2.4.6. Determinação do valor justo de instrumentos financeiros
Os valores justos dos instrumentos com cotação pública são baseados nos preços atuais de compra.
Para os ativos financeiros sem mercado ativo ou cotação pública, a Companhia estabelece o valor
justo por meio de técnicas de avaliação. Essas técnicas incluem o uso de operações recentes
contratadas com terceiros, a referência a outros instrumentos que são substancialmente similares, a
análise de fluxos de caixa descontados e os modelos de precificação de opções que fazem o maior uso
possível de informações geradas pelo mercado e contam o mínimo possível com informações geradas
pela administração da própria Companhia.
2.5.
Contas a receber
As contas a receber correspondem aos valores a receber de clientes pela venda de ingressos,
contratos de patrocínio e locação de espaço. As contas a receber de clientes são, inicialmente,
reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do
método da taxa efetiva de juros menos a provisão para devedores duvidosos "PDD" (impairment).
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
2.6.
Estoques
Os estoques, incluindo as peças de reposição, estão demonstrados ao custo ou ao valor líquido de
realização, dos dois o menor. O custo é determinado pelo custo médio de aquisição. O valor líquido
de realização é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios, menos os custos estimados
necessários para efetuar a venda.
2.7.
Intangível
Referem-se a custos para registro de marcas e patentes e softwares. As aquisições são demonstradas,
inicialmente, pelo custo histórico. A amortização de software é calculada pelo método linear para
alocar ao custo, durante sua vida útil estimada.
2.8.
Imobilizado
Terrenos, Edificações e Atrações compreendem, principalmente, espaço para atrações, os “rides” e
escritórios. O imobilizado é mensurado pelo seu custo histórico, menos depreciação acumulada. Esse
custo foi ajustado para refletir o custo atribuído de terrenos e edificações da data de transição para
IFRS/CPCs, como mencionado na nota explicativa 10. O custo histórico inclui os gastos diretamente
atribuíveis à aquisição ou construção dos itens e também os custos de financiamento relacionados
com a aquisição de ativos qualificáveis.
Os custos subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como um ativo
separado, conforme apropriado, somente quando for provável que fluirão benefícios econômicos
futuros associados ao item e que o custo do item possa ser mensurado com segurança. O valor
contábil de itens ou peças substituídos é baixado. Todos os outros reparos e manutenções são
lançados em contrapartida ao resultado do exercício, quando incorridos.
Terrenos não são depreciados. A depreciação dos demais itens é calculada pelo método linear, com
base nas taxas que levam em consideração a vida útil dos bens e das atrações, conforme descrito na
nota 10.
Os valores residuais e a vida útil dos ativos são revisados e ajustados, se apropriado, ao final de cada
exercício.
O valor contábil de um ativo é imediatamente baixado ao seu valor recuperável quando o valor
contábil do ativo é maior do que o seu valor recuperável estimado. Os ganhos e as perdas de
alienações são determinados pela comparação das receitas com o valor contábil e são reconhecidos
em "Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas" na demonstração do resultado.
2.9.
Impairment de ativos não financeiros
Os ativos que estão sujeitos à amortização ou depreciação são revisados para a verificação de
impairment sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil
pode não ser recuperável. Uma perda por impairment é reconhecida pelo valor ao qual o valor
contábil do ativo excede seu valor recuperável. O valor recuperável é o maior valor entre o valor
justo de um ativo menos os custos de venda e o seu valor em uso. Para fins de avaliação do
impairment, os ativos são agrupados nos níveis mais baixos para os quais existam fluxos de caixa
identificáveis separadamente (Unidades Geradoras de Caixa ou “UGC”). Os ativos não financeiros,
que tenham sofrido impairment, são revisados subsequentemente para a análise de uma possível
reversão do impairment na data das demonstrações financeiras.
2.10.
Contas a pagar aos fornecedores
Os saldos a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos
de fornecedores no curso normal dos negócios, sendo classificadas como passivos circulantes se o
pagamento for devido no período de até um ano (ou no ciclo operacional normal dos negócios, ainda
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
que mais longo). Caso contrário, os saldos a pagar aos fornecedores são apresentados como passivo
não circulante.
Elas são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo
amortizado com o uso do método de taxa efetiva de juros.
2.11.
Empréstimos e financiamentos
Os empréstimos e financiamentos são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, no recebimento
dos recursos, líquidos dos custos de transação. Subsequentemente, os empréstimos são apresentados
pelo custo amortizado, utilizando o método da taxa efetiva de juros.
Os empréstimos são classificados como passivo circulante, a menos que a Companhia tenha um
direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do
balanço.
2.12.
Serviços a prestar
Referem-se aos passaportes vendidos, cuja visitação ao parque ainda não ocorreu e adiantamentos
recebidos por conta de concessão de exclusividade de patrocínio da marca e fornecimento de
produtos por terceiros na área do empreendimento. Os adiantamentos são apropriados
mensalmente ao resultado de acordo com o prazo de vigência de cada contrato.
2.13.
Provisões
As provisões, incluindo aquelas relacionadas a processos trabalhistas, tributários e cíveis, nas
instâncias administrativas e judiciais, são reconhecidas quando a Companhia tem uma obrigação
presente, legal ou não formalizada, como resultado de eventos passados e é provável que uma saída
de recursos seja necessária para liquidar a obrigação e uma estimativa confiável do valor possa ser
feita.
As provisões são mensuradas pelo valor presente dos gastos que devem ser necessários para liquidar
a obrigação, usando uma taxa antes de impostos, a qual reflita as avaliações atuais de mercado do
valor temporal do dinheiro e dos riscos específicos da obrigação. O aumento da obrigação em
decorrência da passagem do tempo é reconhecido como despesa financeira.
2.14.
Imposto de renda e contribuição
social corrente e diferido
As despesas de imposto de renda e contribuição social do período compreendem os impostos
corrente e diferido. Os tributos sobre a renda são reconhecidos no resultado do exercício, exceto na
proporção em que estiverem relacionados com itens reconhecidos diretamente no patrimônio
líquido ou no resultado abrangente. Nesse caso, os tributos também são reconhecidos no patrimônio
líquido ou no resultado abrangente.
O encargo de imposto de renda e contribuição social corrente é calculado com base nas leis
tributárias brasileiras promulgadas, ou substancialmente promulgadas, na data das demonstrações
financeiras.
O imposto de renda e contribuição social corrente são apresentados líquidos, por entidade
contribuinte, no passivo quando houver montantes a pagar, ou no ativo quando os montantes
antecipadamente pagos excedem o total devido na data do relatório.
O imposto de renda e a contribuição social diferidos são reconhecidos usando-se o método do
passivo sobre as diferenças temporárias decorrentes de diferenças entre as bases fiscais dos ativos e
passivos e seus correspondentes valores contábeis nas demonstrações financeiras. O imposto de
renda e contribuição social diferidos são determinados, usando alíquotas de imposto promulgadas,
ou substancialmente promulgadas, na data das demonstrações financeiras, e que devem ser
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
aplicadas quando o respectivo imposto diferido ativo for realizado ou quando o imposto diferido
passivo for liquidado.
As alíquotas desses impostos, definidas atualmente, são de 15%, acrescido do adicional de 10% para
os lucros que excederem R$240 no período de 12 meses, para o imposto de renda e de 9% para a
contribuição social.
O imposto de renda e contribuição social diferidos ativos são reconhecidos somente na proporção da
probabilidade de que lucro tributável futuro esteja disponível e contra o qual as diferenças
temporárias possam ser compensadas.
Os impostos de renda diferidos ativos e passivos são compensados quando há um direito legal de
compensar os ativos fiscais correntes contra os passivos fiscais correntes e quando os impostos de
renda diferidos ativos e passivos se relacionam com os impostos de renda incidentes pela mesma
autoridade tributária, os quais há intenção de liquidar os saldos numa base líquida.
2.15.
Benefícios a empregados
Participação nos lucros e bônus
A Companhia reconhece um passivo e uma despesa de participação nos resultados com base em uma
metodologia que leva em conta o lucro atribuível aos acionistas da Companhia após certos ajustes.
2.16.
Capital social
As ações ordinárias e as preferenciais são classificadas no patrimônio líquido.
Os custos incrementais diretamente atribuíveis à emissão de novas ações ou opções são
demonstrados no patrimônio líquido como uma dedução do valor captado, líquida de impostos.
2.17.
Reconhecimento da receita
A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela venda de
mercadorias e serviços no curso normal das atividades da Companhia. A receita é apresentada
líquida dos impostos, das devoluções, dos abatimentos e dos descontos.
A Companhia reconhece a receita quando: (i) o valor da receita pode ser mensurado com segurança,
(ii) é provável que benefícios econômicos futuros fluirão para a entidade e (iii) quando critérios
específicos tiverem sido atendidos para cada uma das atividades da Companhia, conforme descrição
a seguir.
(a)
Venda de produtos, mercadorias e serviços
A receita é reconhecida pela emissão de nota fiscal ou cupom fiscal, no caso em que a nota fiscal não
tenha sido demanda por consumidor vinculando a um cupom fiscal, no momento em que os
produtos ou mercadorias são entregues aos clientes.
(b)
Venda de passaportes
A receita com venda de passaportes é reconhecida quando do acesso do visitante ao parque, pelo
sistema de emissão de passaportes e os registros de acesso nas catracas, ou mediante o prazo de
expiração do passaporte, sem sua respectiva utilização.
(c)
Venda de patrocínio
A receita decorrente da concessão de patrocínio e venda de espaço para ativação das marcas é
reconhecida no resultado do exercício de modo linear de acordo com o tempo e o prazo de vigência
de cada contrato.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(d)
Receita financeira
A receita financeira é reconhecida conforme o prazo decorrido, usando o método da taxa de juros
efetiva.
2.18.
Custo dos produtos vendidos, dos serviços prestados e despesas operacionais
São reconhecidos pelo regime de competência.
2.19.
Resultado por ação
O resultado básico por ação ordinária e preferencial é calculado pela divisão do lucro líquido
disponível aos acionistas pela quantidade média de ações ordinárias em circulação durante o
período; já o resultado por ação diluído é calculado de maneira similar ao resultado por ação básico,
exceto pelo fato de que as quantidades de ações em circulação são ajustadas para refletir as ações
adicionais que estariam em circulação caso as transações com potencial efeito de diluição tivessem
sido emitidas durante o exercício.
Para fins de atendimento à legislação societária, a Companhia também apresenta o resultado por
ação calculado considerando a quantidade de ações em circulação existentes na data das
demonstrações financeiras, deduzido das ações em tesouraria.
2.20. Demonstração dos fluxos de caixa
A demonstração dos fluxos de caixa foi preparada e está sendo apresentada utilizando o método
indireto.
Os termos utilizados na demonstração do fluxo de caixa são os seguintes:
2.21.
•
Atividades operacionais: são as principais atividades geradoras de receita da Companhia e
outras atividades que não sejam atividades de investimento ou de financiamento.
•
Atividades de investimentos: são as atividades relativas à aquisição e alienação de ativos
não circulante e outros investimentos não incluídos em atividades operacional e de
financiamento.
•
Atividades de financiamentos: são as atividades que têm como consequência alterações na
dimensão e composição do capital próprio e nos empréstimos obtidos pela Companhia.
Demonstração do valor adicionado
A demonstração do valor adicionado reflete informações relativas à riqueza criada pela Companhia e
a forma como tais riquezas foram distribuídas no exercício.
2.22.
Informação por segmentos
As informações avaliadas pelo principal tomador de decisões operacionais são baseadas na atividade
principal da Companhia, que é operação de parque de diversão. Dessa forma, o relatório interno
fornecido ao principal tomador de decisões da Companhia é consistente com as demonstrações
financeiras, uma vez que existe um único segmento operacional. O principal tomador de decisões
operacionais, responsável pela alocação de recursos e pela avaliação de desempenho dos segmentos
operacionais, é a Administração da Companhia e Conselho de Administração, responsáveis inclusive
pela tomada das decisões estratégicas da Companhia.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
3
Estimativas e julgamentos contábeis críticos
As estimativas e os julgamentos contábeis são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência
histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros, consideradas razoáveis para
as circunstâncias.
3.1.
Estimativas e premissas contábeis críticas
Com base em premissas, a Companhia faz estimativas com relação ao futuro. Por definição, as
estimativas contábeis resultantes raramente serão iguais aos respectivos resultados reais. As
estimativas e premissas que apresentam um risco significativo, com probabilidade de causar um
ajuste relevante nos valores contábeis de ativos e passivos para o próximo exercício social, estão
contempladas a seguir:
(i)
Determinação das vidas úteis dos ativos imobilizados e dos ativos intangíveis
A vida útil dos imobilizados foi determinada através de laudo de avaliação, executado segundo as
diretrizes da norma NBR14653 – 5 da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas e pelo
estudo "Avaliações de Máquinas, Equipamentos e Instalações Industriais" publicado pelo IBAPE –
Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia, no livro "Engenharia de Avaliações" da
Editora Pini, assim como as demais determinações contidas na legislação vigente. A vida útil dos
ativos imobilizados é revisada anualmente pela Companhia, sendo que a última revisão foi feita em
dezembro de 2014, onde não houve nenhuma alteração para a vida útil dos ativos imobilizados.
Todos os possíveis impactos das revisões das vidas úteis são reconhecidos sempre prospectivamente
nas demonstrações financeiras. A tabela com as vidas úteis vigentes dos ativos imobilizados estão
demonstradas na nota 10.
(ii)
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
Constituída com base na média móvel dos últimos 12 meses das ocorrências de atraso ou perdas nos
recebíveis da Companhia, sobre as receitas com acesso de visitantes dos últimos 4 meses, dos
públicos gerados por canais de venda que praticam a venda através de distribuidores que
comercializam os passaportes diretamente ao público, e adquirem da Companhia com prazo, cuja
adoção deste período deve-se à consideração de 4 meses como sendo o ciclo entre venda ao
distribuidor, acesso do visitante e condição de pagamento concedida ao distribuidor. Em caso de
vencimento de título, enquanto sem negociação de ampliação de prazo, também é considerado na
provisão. A provisão para as demais contas a receber é constituída quando a Companhia entende que
foram atingidos os critérios para impairment descritos na nota de ativos financeiros (Nota 2.4.5)
(iii)
Análise de recuperação dos valores dos ativos imobilizados e intangíveis
A análise é feita a partir de projeção econômico-financeira por período de tempo que a Companhia
julgue que os ativos atuais irão gerar receita, até o limite da vida útil remanescente, adotando
premissas de crescimento de público e receita, bem como determinação de custos e despesas, as mais
conservadoras possíveis. A taxa para desconto dos fluxos de caixa anuais gerados é determinada
tomando-se por base a maior taxa das captações da Companhia.
(iv)
Imposto de renda e contribuição social diferidos
O imposto de renda e a contribuição social diferidos foram calculados tomando-se por base o critério
de diferenças temporais tributáveis, em razão do diferimento de IR e CSLL sobre avaliação dos
ativos, de acordo com o CPC 32 – Tributos sobre o lucro e IAS 12 – Income Taxes.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
4.
Caixa e equivalentes de caixa
31/12/2014
Caixa
259
207
Depósitos em contas correntes
803
1.177
3
114
1.065
1.498
31/12/2014
31/12/2013
Aplicações financeiras de liquidez imediata
5.
31/12/2013
Ativos financeiros ao valor justo
por meio do resultado
Aplicação financeira compromissada - Banco Safra S.A.
2.527
2.315
2.527
2.315
O montante remanescente das aplicações financeiras compromissadas com o Banco Safra, no
importe de R$ 2.527, será liberado quando o saldo a receber das vendas feitas em cartão de crédito
das bandeiras Visa e Mastercard, atingir o valor da aplicação acima.
6.
Contas a receber
31/12/2014
Cheques em custódia
Duplicatas e contratos a receber
Cartões de crédito
Cheques descontados (Nota 12)
31/12/2013
3.238
12.154
361
475
3.290
11.320
773
2.409
16.228
17.792
(3.404)
(3.579)
12.824
14.213
(-) Ativo circulante
8.457
8.273
Ativo não circulante
4.367
5.940
Provisão para créditos de liquidação duvidosa
As duplicatas a receber da Companhia são substancialmente mantidas em reais.
O valor justo das duplicatas e contratos a receber e demais contas a receber se aproximam do valor
contábil.
As movimentações na provisão para impairment de contas a receber de clientes são as seguintes:
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
31/12/2014
31/12/2013
(3.579)
(2.927)
(482)
(1.295)
No início do exercício
Provisão para impairment de contas a receber
Contas a receber de clientes baixadas durante o exercicio
como incobráveis
657
No fim do exercício
643
(3.404)
(3.579)
A Companhia tem como política provisionar como perda os cheques em custódia a receber não
honrados na data de seu vencimento, sendo que os demais valores a receber são provisionados
seguindo o critério de inadimplência histórica (média móvel dos últimos 12 meses – prazo de
recuperação) que antecedem o prazo médio de venda e recuperação (4 meses) aplicado à receita da
venda dos distribuidores.
A Companhia também procede com a conciliação no término dos exercícios do montante
provisionado x montante vencido acima de 360 dias, bem como provisões adicionais que a
administração julgue necessária.
A exposição máxima ao risco de crédito na data das demonstrações financeiras é o valor contábil de
cada classe de contas a receber mencionada acima. A Companhia não mantém nenhum título como
garantia.
O aging de contas a receber em 31 de dezembro de 2014:
A vencer
Até 30 dias
De 30 a 60
dias
De 60 a 90
dias
3.250
431
21
11
-
Duplicatas e contratos a receber
-
2.082
429
925
8.718
Cartões de crédito
-
241
70
35
15
3.250
2.754
520
971
8.733
Vencido
Cheques em custódia/descontados
Após 90
dias
O valor acima é composto por cheques em custódia (20%), contratos de vendas de passaportes a
prazo e contratos de patrocínio (39% e 36%, respectivamente), cheques descontados (3%) e cartões
de crédito (2%).
O aging de contas a receber em 31 de dezembro de 2013:
A vencer
Até 30 dias
De 30 a 60
dias
De 60 a 90
dias
3.308
1.703
457
112
119
Duplicatas e contratos a receber
-
2.021
284
825
8.190
Cartões de crédito
-
515
150
76
32
3.308
4.239
891
1.013
8.341
Vencido
Cheques em custódia/descontados
Após 90
dias
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
O valor acima é composto por cheques em custódia (18%), contratos de vendas de passaportes a
prazo e contratos de patrocínio (28% e 36%, respectivamente), cheques descontados (14%) e cartões
de crédito (4%).
7.
Estoques
31/12/2014
Material de manutenção
Souvenires
Comestíveis
Material de proteção e vestuário
Material promocional
Material de embalagem
Importações em andamento
Outros
31/12/2013
2.904
681
290
357
162
502
449
320
3.425
719
543
454
198
643
410
424
5.665
6.816
O custo dos estoques reconhecidos como despesas e incluídos em "Custo dos produtos vendidos”
totalizou R$ 7.117 em 31 de dezembro de 2014 e R$ 7.463 em 31 de dezembro de 2013.
8.
Outros ativos
31/12/2014
Adiantamentos a fornecedores
Impostos a recuperar
Adiantamentos de comissões
Adiantamentos a funcionários
Adiantamentos de despesas diversas
9.
31/12/2013
695
645
129
208
12
2.503
727
143
104
13
1.689
3.490
Imposto de renda e contribuição
social diferidos
O imposto de renda e a contribuição social diferidos foram calculados tomando-se por base o critério
de diferenças temporais tributáveis, em razão do diferimento de Imposto de Renda e Contribuição
Social sobre avaliação dos ativos pelo valor de R$ 39.061 em 31 de dezembro de 2014. Para efeito de
determinação do montante de imposto de renda diferido a ser registrado, a Administração da
Companhia adotou o direito legal de compensar o ativo diferido com o passivo fiscal, desta forma, o
Imposto de Renda e a Contribuição Social diferidos ativos foram reconhecidos até o limite do
Imposto de Renda e Contribuição diferidos passivos.
Os tributos diferidos passivos referem-se, exclusivamente, aos impactos tributários da adoção do
deemed cost, de acordo com o CPC 27 – Ativo imobilizado, e sua respectiva interpretação o ICPC 10.
Sua composição está demonstrada abaixo:
Ajuste de avaliação patrimonial
Tributos diferidos
Em 31 de dezembro de 2014
114.886
39.061
Em 31 de dezembro de 2013
120.910
41.109
A movimentação dos ativos e passivos de imposto de renda diferido durante o exercício, sem levar
em consideração a compensação dos saldos é a seguinte:
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Prejuízos acumulados e
diferenças temporárias
Avaliação de ativos
imobilizados
Saldo em 31 de dezembro de 2013
41.109
(41.109)
Creditado à demonstração do resultado (Nota 26)
(2.048)
2.048
Saldo em 31 de dezembro de 2014
39.061
(39.061)
Os valores de compensação são os seguintes:
31/12/2014
37.013
2.048
38.665
2.444
Ativo do imposto diferido líquido
39.061
41.109
Passivo do imposto diferido
Imposto diferido a ser desembolsado depois de mais de 12 meses
Imposto diferido a ser desembolsado em até 12 meses
(37.013)
(2.048)
(38.665)
(2.444)
Passivo do imposto diferido líquido
(39.061)
(41.109)
-
-
Imposto diferido líquido
10.
31/12/2013
Ativo do imposto diferido
Imposto diferido a ser recuperado depois de mais de 12 meses
Imposto diferido a ser recuperado em até 12 meses
Imobilizado
Líquido
Taxa anual de
depreciação
em %
Edifícios
Atrações
Instalações
Máquinas, equipamentos e acessórios
Terrenos
Computadores e periféricos
Imobilizado em andamento (*)
Outros
1,25 a 5
3,5 a 12,5
5 a 10
3,5 a 14
6 a 25
5 a 24
Custo
Depreciação
acumulada
31/12/2014
31/12/2013
98.302
136.494
67.090
32.865
72.656
4.209
26.997
9.857
(34.205)
(71.050)
(44.620)
(27.849)
(4.048)
(6.813)
64.097
65.444
22.470
5.016
72.656
161
26.997
3.044
65.427
72.751
25.707
6.038
72.656
507
27.022
3.689
448.470
(188.585)
259.885
273.797
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Movimentação do imobilizado
31/12/2013
Custo
Edifícios
Atrações
Instalações
Máquinas, equipamentos e acessórios
Terrenos
Computadores e periféricos
Imobilizado em andamento (*)
Importação de imobilizado em andamento (*)
Outros
Final
98.493
136.541
66.859
33.010
72.656
4.225
26.688
334
9.844
448.650
31/12/2014
Adições
Baixas
(191)
(75)
3
202
79
Transferências
25
29
(224)
3
80
20
18
(19)
(71)
405
(585)
(54)
(5)
-
Final
98.302
136.494
67.090
32.865
72.656
4.209
26.643
354
9.857
448.470
Depreciação acumulada
Edifícios
Atrações
Instalações
Máquinas, equipamentos e acessórios
Computadores e periféricos
Outros
(33.066)
(63.790)
(41.152)
(26.972)
(3.718)
(6.155)
(1.217)
(7.328)
(3.468)
(1.083)
(348)
(662)
78
68
(34.205)
(71.050)
(44.620)
(27.849)
(4.048)
(6.813)
206
18
4
(174.853)
(14.106)
374
-
(188.585)
273.797
(13.701)
211
-
259.885
O montante de R$ 14.106 (R$ 16.880 em dezembro de 2013) referente à despesa de depreciação foi
integralmente reconhecido no resultado em "Custo dos serviços prestados".
Movimentação do imobilizado
31/12/2012
Custo
Edifícios
Atrações
Instalações
Máquinas, equipamentos e acessórios
Terrenos
Computadores e periféricos
Imobilizado em andamento (*)
Importação de imobilizado em andamento (*)
Outros
Final
97.933
133.032
42.901
32.240
72.656
4.223
54.542
426
9.253
31/12/2013
Adições
560
223
120
130
1.379
Baixas
(1)
(36)
Transferências
Final
556
98.493
136.541
66.859
33.010
72.656
4.225
26.688
334
9.844
-
448.650
3.287
23.838
676
2
(28.359)
49
(874)
(92)
(14)
447.206
2.461
(1.017)
(31.909)
(54.883)
(36.575)
(25.933)
(3.240)
(5.479)
(1.157)
(8.908)
(4.577)
(1.071)
(478)
(689)
(158.019)
(16.880)
46
-
(174.853)
289.187
(14.419)
(971)
-
273.797
Depreciação acumulada
Edifícios
Atrações
Instalações
Máquinas, equipamentos e acessórios
Computadores e periféricos
Outros
(33.066)
(63.790)
(41.152)
(26.972)
(3.718)
(6.155)
1
32
13
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
O montante de R$ 16.880 (R$ 12.579 em dezembro de 2012) referente à despesa de depreciação foi
integralmente reconhecido no resultado em "Custo dos serviços prestados".
Os empréstimos bancários estão garantidos por terrenos, atrações e edificações (Nota 12.1.).
Testes para verificação de impairment
O teste de impairment foi feito com base nas Unidades Geradoras de Caixa (UGCs), identificadas de
acordo com o segmento operacional. Como demonstrado na Nota 2.22, a Companhia classifica todas
as suas operações como uma mesma Unidade Geradora de Caixa (UGC) e, desta forma, efetuou o
teste de forma consolidada para todos os ativos da Companhia.
O valor recuperável de uma UGC é determinado com base em cálculos do valor em uso. Esses
cálculos usam projeções de fluxo de caixa, antes do imposto de renda e da contribuição social,
baseadas em orçamentos financeiros aprovados pela administração para um período de cinco anos.
Os valores referentes aos fluxos de caixa posteriores ao período de cinco anos foram extrapolados
com base nas taxas de crescimento estimadas apresentadas a seguir. A taxa de crescimento não
excede a taxa de crescimento média de longo prazo do setor de parques temáticos no qual a UGC
atua.
As premissas-chave utilizadas nos cálculos do valor em uso em 31 de dezembro de 2014 e de 2013
são as que seguem:
Taxa de crescimento - %
Taxa de desconto - %
Valor recuperável da UGC - R$
11.
5%
14,83%
357.845
Intangível
Amortização
acumulada
Descrição
Custo
Softwares
Marcas e patentes
Licenças
4.941
384
15
(4.750)
191
384
15
310
384
15
5.340
(4.716)
590
709
31/12/2014
31/12/2013
Movimentação do intangível
31/12/2013
Custo
Software
Marcas e patentes
Licenças
Depreciação acumulada
Software
Final
31/12/2014
Adições
Baixas
Final
4.924
384
15
17
4.941
384
15
5.323
17
5.340
Final
Adições
(4.614)
(136)
(4.750)
(4.614)
(136)
(4.750)
709
(119)
Baixas
Final
590
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Movimentação do intangível
31/12/2012
Custo
Final
Software
Marcas e patentes
Licenças
Depreciação acumulada
Software
Adições
Baixas
Final
4.893
384
15
31
4.924
384
15
5.292
31
5.323
Final
Adições
(4.484)
(130)
(4.614)
(4.484)
(130)
(4.614)
808
12.
31/12/2013
Baixas
(99)
Final
709
Empréstimos e financiamentos
Modalidade
Taxa pactuada
Vencimento
31/12/2014
31/12/2013
Moeda nacional
BNDES
TJLP + 1,5%a.a.
de 18/06/09 a 15/06/29
182.368
171.088
Debêntures
INPC + (4% e 2% a.a.)
18/06/24 e 18/11/39
53.723
49.891
Safra - Empréstimos
1,52% a m.
12/2016
8.908
10.897
ID - Empréstimos
IGPM + 1,4351 a m.
10/03/18
8.301
9.629
CF - Empréstimos
0,5% a m. + CDI
15/04/15
3.308
-
Cheques Descontados
Várias
de 07/2014 a 02/2015
395
1.863
Outras
Várias
de 01/2011 a 10/02/15
447
370
257.450
243.738
195.252
62.198
181.775
61.963
257.450
243.738
Passivo circulante
Passivo não circulante
12.1.
BNDES
A operação com o BNDES é um passivo financeiro classificado pelo custo amortizado. A seguir está
demonstrada a movimentação da operação do BNDES ocorrida em 2014:
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Descrição
Valor
Saldo em 31 de dezembro de 2013
171.088
(+) Juros da operação
11.280
Saldo em 31 de dezembro de 2014
182.368
Em 31 de dezembro de 2014, o acordo judicial firmado em 18 de junho de 2009 com o BNDES estava
descumprido, em razão do inadimplemento das parcelas acordadas. Em atendimento ao
Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, tal
fato levou a Companhia a reconhecer, no resultado do exercício findo em 31 de dezembro de 2012, o
montante final dos subcréditos D a I, no montante de R$ 63.280 (R$ 43.100 de principal e R$
20.180 de juros), e a proceder com a reclassificação do saldo devedor para o curto prazo. A
contrapartida da incorporação dos subcréditos com dispensa condicionada à adimplência contratual
foi feita a partir do resultado do exercício findo em 31 de dezembro de 2012, na rubrica “Despesas
financeiras”. Em 31 de dezembro de 2014 o montante dos subcréditos D a I é no valor de R$ 71.887
(R$ 43.100 de principal e R$ 28.787 de juros).
Diante do descumprimento do Acordo, a Companhia iniciou a renegociação e protocolou carta pleito
ao BNDES em 2013, retomando pagamentos à instituição, que até o momento não foi finalizada.
A proposta feita em 2013 está em revisão e discussão e considera a capacidade da Companhia de
geração de caixa, bem como a continuidade da execução do plano de investimentos iniciado em
2010. A companhia mantém a negociação.
A Companhia trabalha na renegociação do valor devido ao BNDES, em paralelo à execução do
acordo judicial, para após a homologação da repactuação BNDES, avaliar a possibilidade de
aplicação das regras descritas no Pronunciamento Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento e Mensuração, para reversão das parcelas dos sub-créditos reconhecidos nas
demonstrações financeiras de 2012.
12.2.
Debêntures
12.2.1. Composição
Emissão
Série
01/07/1996 - 1a.
01/07/1996 - 1a.
01/07/1996 - 1a.
01/07/1996 - 1a.
06/03/2009 - 3a.
Primeira
Segunda
Terceira
Quarta
U
Quantidade Indexador
1.029
1.029
588
294
25.380
INPC
INPC
INPC
INPC
INPC
28.320
Passivo circulante
Passivo não circulante
Juros
4% a.a.
4% a.a.
4% a.a.
4% a.a.
2% a.a.
31/12/2014
31/12/2013
13.545
13.449
7.553
3.774
15.402
12.519
12.429
6.980
3.488
14.475
53.723
49.891
1.398
52.325
623
49.268
53.723
49.891
12.2.2. Primeira emissão - Debêntures emitidas em 1996
Em 20 de dezembro de 2010, foi realizada Assembleia Geral de Debenturistas (AGD) que repactuou
as condições da debênture, alterando a remuneração de INPC (anual) + 12% a.a. para INPC (anual)
+4% a.a., estabelecendo parcelas fixas de pagamento até o vencimento em 2039.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Em fevereiro de 2013, por meio de Assembleia Geral de Debenturistas realizada, foram repactuados
os pagamentos de fevereiro, março e abril para ocorrerem em julho, agosto e setembro, com a devida
correção prevista na escritura das debêntures. Os pagamentos referentes aos demais meses de 2013,
conforme prevista em escritura, ocorreram nos efetivos meses.
A Companhia realizou a repactuação das condições de pagamento das Debêntures de Primeira
Emissão, especificadamente, abrangendo a postergação do valor das parcelas com vencimento em
2013, 2014 e 2015, mantendo-se a remuneração acordada, INPC (anual) +4% a.a, conforme
Assembleia Geral de Debenturistas realizada em 15 de agosto de 2014.
Essa emissão tem como Agente Fiduciário a empresa Oliveira Trust DTVM S.A.
12.2.3. Terceira emissão - Debêntures emitidas em 2009
As debêntures de 3ª emissão foram adquiridas pelos debenturistas da 1ª emissão em 18 de junho de
2009 e possuem cláusula garantidora aos acionistas atuais da Companhia de possíveis
materializações de contingências determinadas por fatos ocorridos anteriormente a 18 de junho de
2009, as quais serão reduzidas do crédito devido a estes debenturistas.
As amortizações devem ocorrer em parcelas anuais, com início em junho de 2013 e término em
junho de 2024, tendo ocorrido o pagamento da primeira parcela em 18 de junho de 2013. A
remuneração fixada corresponde ao INPC (anual) + 2% a.a.
Na Assembleia Geral de Debenturistas realizada em 17 de dezembro de 2014, a Companhia realizou a
repactuação da parcela devida aos debenturistas das Debentures de Terceira Emissão, vencida em 18
de junho de 2014, tendo realizado o pagamento da parcela devida em 30 de dezembro de 2014.
Essa emissão tem como Agente Fiduciário a empresa SLW Corretora de Valores e Câmbio Ltda.
12.3
Safra – Empréstimos
Em 7 de dezembro de 2011, a Companhia assinou um contrato de empréstimos junto à Instituição
Banco Safra S/A. para captação de recursos na implementação do novo conteúdo conforme descrito
na Nota 1. As amortizações serão feitas em parcelas mensais, com o primeiro vencimento em junho
de 2012 e com vencimento final em dezembro de 2016. A remuneração é a taxa pré-fixada em 1,52%
a. m.
O contrato inicial previa vencimento em 2014, 6 meses de carência de principal e 30 parcelas, com
parcela final equivalente a 50% do valor da dívida original, parcela esta que seria negociada em 2014
em pagamentos mensais com vencimento final em 2016. Em agosto de 2012 o Banco Safra e a
Companhia reviram as condições, estabelecendo parcelas até 2016, mantendo a taxa de juros
contratada inicialmente.
12.4
ID – Empréstimos
Em março de 2013, a Companhia assinou um contrato de cessão de crédito, pela totalidade dos
direitos sobre o crédito correspondente ao valor mínimo do aluguel mensal fixado no Contrato de
Locação entre Hopi Hari e a empresa Allpark Empreendimentos, Participações e Serviços S/A.
referente à área do Estacionamento, parte integrante do imóvel de propriedade do Hopi Hari. O
valor do aluguel mensal fixado no Contrato de Locação é no valor de R$ 250 mil, por 60 meses,
atualizado monetariamente anualmente, de acordo com a variação anual do IGP-M divulgado pela
Fundação Getúlio Vargas nas mesmas datas e condições de aplicação de reajuste estabelecido no
contrato de locação.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
12.5
CF – Empréstimos
Em 23 de dezembro de 2014, a Companhia celebrou empréstimo com Sr. César Federmann, por
meio de Contrato de Mútuo e Outras Avenças (“empréstimo”), no montante de R$ 5.000 com
recebimento em 04 (quatro) parcelas, remunerado pela variação do CDI mais juros de 0,5% a.m. e
vencimento em 15 de abril de 2015, com garantias prestadas através de cessão fiduciária de direitos
creditórios e compra e venda de ativo da Companhia (Montanha Russa), registrado na rubrica
Imobilizado em andamento (Nota 10).
Em 9 de fevereiro de 2015, houve inadimplemento contratual por parte do Sr. César Federmann de
suas obrigações previstas no Contrato e seu Primeiro Aditamento celebrado em 30 de janeiro de
2015 (o “Aditamento”), sobretudo, com relação à liberação da quarta e última parcela do
empréstimo, no montante de R$ 700 que está em atraso desde 9 de fevereiro de 2015.
No dia 31 de março de 2015, a Companhia recebeu notificação por parte do Sr. César Federmann, em
que este comunica suposto descumprimento contratual por parte de Hopi Hari, como causa do seu
descumprimento por não pagamento do empréstimo pelo Hopi Hari. A Companhia, em 14 de abril
de 2015, contestou o disposto na notificação, tendo em vista o descumprimento da liberação da
quarta e última parcela do empréstimo.
A Companhia recebeu nova notificação no dia 22 de abril de 2015, sem regularização da liberação da
quarta parcela de empréstimo ao Hopi Hari descumprida e sem manifestação do Sr. César
Federmann sobre o descumprimento da obrigação de liberação da quarta e última parcela. A referida
notificação noticia o vencimento da obrigação de quitação do empréstimo em 14 de abril de 2015 e
possibilidade de execução da garantia prestada.
A notificação recebida em 22 de abril de 2015 foi respondida pela Companhia em 30 de abril de
2015, com o fim de reiterar a necessidade de cumprimento da obrigação inadimplida, por parte do
Sr. César Federmann, com suspensão de qualquer execução das garantias constituídas no Contrato
de empréstimo e outros a ele vinculados.
Em 13 de maio de 2015, a Companhia recebeu nova notificação, que será respondida, para
posicionamento final, visando o pagamento do empréstimo contraído e extinção das obrigações
entre as partes.
12.6
Valor justo das dívidas
Os valores contábeis e os valores justos dos empréstimos não circulantes são os seguintes:
(a)
BNDES
O empréstimo de curto prazo junto ao BNDES (Nota 12.1) está registrado pelo custo amortizado,
utilizando o método da taxa de juros efetiva. Considerando as características de operações de longo
prazo no mercado local, o valor justo do financiamento junto ao BNDES se aproxima do seu valor
contábil.
(b)
Debêntures
Considerando os aspectos das debêntures mencionados nas notas 12.2.2 e 12.2.3, bem como
ausência de negociação desses títulos em um mercado ativo e termos específicos pactuados entre as
partes recentemente, o valor justo dessas debêntures, tanto de primeira emissão quanto de terceira
emissão, é calculado com base no preço unitário divulgado por corretora de valores (Oliveira Trust e
SLW Corretora de Valores e Câmbio Ltda., respectivamente), as quais são formadoras de preços de
mercado reconhecidas pela ANBIMA - Associação Brasileira das Entidades dos Mercados
Financeiros e de Capitais, sendo que os valores justos dessas debêntures se aproximam dos seus
valores contábeis.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(c)
Outros passivos financeiros
Os demais passivos financeiros possuem características de curto prazo e seus valores justos se
aproximam dos valores contábeis.
13.
Impostos a recolher
31/12/2014
Imposto Federal
Imposto Estadual
Imposto Municipal
31/12/2013
9.693
3.523
2.670
5.662
2.093
1.627
15.886
9.382
A Companhia está inadimplente com impostos no montante de R$ 15.886 e tão logo a situação
financeira permita, regularizará os pagamentos. Deste montante, R$ 3.652 correspondem a juros e
multa por atraso nos pagamentos.
14.
Parcelamento de tributos
31/12/2014
Parcelamentos - Previdenciários
Parcelamentos - Tributos Federais
Passivo circulante
Passivo não circulante
15.
31/12/2013
2.383
1.554
2.745
1.780
3.937
4.525
518
3.419
371
4.154
3.937
4.525
Serviços a prestar
31/12/2014
Adiantamento de patrocínio e contrato de exclusividade
Serviços a prestar
Passivo circulante
Passivo não circulante
31/12/2013
7.771
4.449
8.896
4.732
12.220
13.628
7.046
5.174
6.322
7.306
12.220
13.628
Adiantamento de patrocínio e contrato de exclusividade refere-se a contrato que a Companhia
firmou em julho de 2013 com a empresa Spal Indústria Brasileira de Bebidas S.A para a
comercialização de bebidas, sob regime de exclusividade.
Os serviços a prestar referem-se a passaportes emitidos que ainda não foram utilizados. A receita
relativa a tais passaportes é reconhecida no momento da utilização ou da data de expiração da
validade.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
16.
Contas a pagar
31/12/2014
Provisão derivada de apropriações por competência (*)
Acordo judicial
Comissões a pagar
Outras contas
Passivo circulante
Passivo não circulante
31/12/2013
5.091
443
1.408
75
4.683
671
1.259
-
7.017
6.613
6.318
699
5.665
948
7.017
6.613
(*) Refere-se à provisão dos serviços prestados sem recebimento da documentação comprobatória
em tempo hábil à competência do fato gerador.
17.
Fornecedores
O aging de fornecedores em 31 de dezembro de 2014 está demonstrado abaixo:
A vencer
Até 30 dias
De 30 a 60
dias
De 60 a 90
dias
Após 90
dias
8.893
1.771
784
417
1.459
-
-
-
-
1.741
8.893
1.771
784
417
3.200
Vencido
Fornecedores Nacionais
Fornecedores Internacionais
O aging de fornecedores em 31 de dezembro de 2013 está demonstrado abaixo:
A vencer
Vencido
Fornecedores Nacionais
5.989
Até 30 dias
De 30 a 60
dias
De 60 a 90
dias
2.548
624
382
Fornecedores Internacionais
Após 90
dias
1.060
1.881
5.989
2.548
624
382
2.941
O montante vencido em 31 de dezembro de 2014 no montante de R$ 8.893 inclui juros pelo atraso
no montante de R$ 479, reconhecidos na rubrica “Despesas financeiras.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
18.
Partes relacionadas
(a)
Remuneração do pessoal-chave da administração
O pessoal-chave da administração inclui os conselheiros e diretores com poder de decisão na
Companhia. A remuneração paga ou a pagar por serviços de empregados está apresentada a seguir:
Pró- Labore
(b)
31/12/2014
31/12/2013
(2.103)
(1.654)
(2.103)
(1.654)
Empréstimo com partes relacionadas
2014
Total dos empréstimos para partes relacionadas
Em 31 de dezembro 2013
Atualização empréstimos efetuados durante o exercício
Pagamento de empréstimos efetuados durante o exercício
2.188
535
(378)
2.345
Em julho de 2012, a Companhia aprovou a contratação de mútuos entre o Hopi Hari e acionistas da
sua controladora indireta HH Participações, seja diretamente ou por meio de empresas das quais
participem. O mútuo ora contratado tem como objetivo o pagamento de fornecedores e prestadores
de serviços da Companhia.
Os empréstimos a coligadas tem acordo com os credores vencimento até o dia 15 de dezembro de
2016. O valor será corrigido pela taxa correspondente à variação acumulada das taxas médias diárias
dos DI – Depósitos Interfinanceiros de um dia, over extra-grupo, calculada e divulgada pela CETIP
S.A. – Balcão Organizado de Ativos e Derivativos (a “Taxa CDI”), acrescida de spread ou sobretaxa
de 1% ao mês, calculados de forma exponencial e cumulativa, pro rata temporis, desde a data de
assinatura do contrato até a data do pagamento.
19.
Depósitos judiciais e provisão para contingências
Natureza
Contingências
Trabalhista
Tributária
Cíveis
Reclassificado para o passivo não circulante
Depósitos
judiciais
31/12/2014
31/12/2013
1.467
8.272
215
339
8.302
319
1.128
(30)
(104)
1.221
(27)
(81)
9.954
8.960
994
1.113
(994)
(1.113)
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Movimentação da provisão para contingência
31/12/2013
Final
Trabalhista
Tributária
Cíveis
31/12/2014
Adições
Baixas
Final
1.592
7.746
197
2.474
526
119
(2.599)
(101)
1.467
8.272
215
9.535
3.119
(2.700)
9.954
Movimentação do depósito judicial
31/12/2013
Final
Trabalhista
Tributária
Cíveis
31/12/2014
Adições
Baixas
Final
371
7.773
278
73
529
69
(105)
(28)
339
8.302
319
8.422
671
(133)
8.960
Contingência Cível e Tributária
As contingências cíveis e tributárias observam os critérios que envolvem tanto a natureza quanto as
chances de ocorrência dos litígios. Para os casos em que os assessores jurídicos externos da
Companhia consideram perda provável (mais provável do que não haja o desembolso de caixa), a
Administração constituiu provisão por valores considerados suficientes para cobrir eventuais perdas
decorrentes de desfechos desfavoráveis.
ICMS a recuperar sobre importação de imobilizado
Refere-se à discussão judicial sobre a incidência de ICMS sobre a Importação de equipamentos. O
valor total dos processos envolvidos em 31 de dezembro de 2014 é de R$ 8.272, cuja perda é
considerada provável pelos consultores jurídicos. Todos os valores envolvidos encontramse provisionados e depositados em juízo, à título de garantia das demandas.
Contingência Trabalhista
A Companhia adota como critério de provisão das contingências trabalhistas, a média móvel,
calculada sobre os processos trabalhistas encerrados nos últimos anos e sobre sua média de
desembolso de caixa. Para processos cujo valor é superior a R$ 100, a administração, juntamente
com os assessores jurídicos, analisa a probabilidade de perda para reconhecimento do processo.
Processos de perda possível
Adicionalmente, a Companhia mantinha em andamento, em 31 de dezembro de 2014, outros
processos, cuja materialização, na avaliação dos consultores jurídicos, é de perda possível (menos
provável do que sim de que ocorra o desembolso de caixa), no valor aproximado de R$ 5.418 (R$
6.656 em 31 de dezembro de 2013), para os quais a Administração da Companhia entende não ser
necessária a constituição de provisão para eventuais perdas.
Acidente ocorrido no parque
Sobre o acidente fatal ocorrido em 24 de fevereiro de 2012, o Hopi Hari informa que realizou acordo
judicial com a família, em fevereiro de 2013, antes de qualquer decisão judicial, o qual está
adequadamente refletido nessas demonstrações financeiras. Quanto ao processo criminal, o Hopi
Hari mantém apoio aos seus funcionários e aguardará a efetiva apuração e a decisão final judicial.
O parque sempre operou dentro de padrões e processos em busca da excelência e melhoria contínua.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Anualmente o Hopi Hari é inspecionado pela TÜV SÜD Industrie Service, empresa alemã que audita
os maiores parques do mundo. O Hopi Hari mantém padrões e processos de segurança, seguidos
pela equipe de manutenção e operação do parque, de acordo com o manual dos fabricantes e as
normas da ABNT. Dentro desta diretriz de trabalho, após o acidente, Hopi Hari avaliou
profundamente cada detalhe de seus processos em todas as áreas. Como resultado deste processo,
Hopi Hari recebeu a certificação internacional em conformidade à norma ISO 9001:2008, sendo o
primeiro parque do país a obter a certificação. Este certificado é o reconhecimento da qualidade de
serviços e processos do parque.
Sobre a atração La Tour Eiffel, Hopi Hari solicitou o desenvolvimento de um projeto de modificação
da atração, com implantação de um sistema adicional de segurança, que já foi apresentado pelo
fabricante. O projeto total de alteração do sistema deve ser aprovado pelos responsáveis técnicos do
parque e certificado pela TUV SUD Industrie Service, com base nas normas da ABNT, bem como
passar por avaliação do cronograma de investimentos da empresa, sem data prevista para ocorrer.
20.
Patrimônio líquido
20.1.
Capital social
O capital social realizado é de R$ 275.105, integralizado e está representado por 6.182.736.196 ações
ordinárias escriturais e 281.518.889 ações preferenciais, no valor nominal de R$ 0,04.
Ações
Ordinárias
Preferenciais
31/12/2014
31/12/2013
6.182.736.196
281.518.889
6.182.736.196
281.518.889
6.464.255.085
6.464.255.085
20.2. Distribuição de lucros
De acordo com o seu estatuto, a Companhia deve distribuir dividendos mínimos de 25% de seus
resultados. Entretanto, devido ao fato de estar presentemente com prejuízos acumulados, não existe
a possibilidade de tal distribuição.
Adicionalmente, por conta do acordo firmado entre o BNDES e o Hopi Hari S/A, em 18 de junho de
2009, quando se deu a reestruturação financeira e societária da Companhia, o Hopi Hari e sua
controladora assumiram o compromisso de não distribuir dividendos, caso existam, superiores a
25% de seus resultados, por um período de 5 (cinco) anos, a contar da data da celebração do acordo,
a não ser quando obrigado por lei ou regulamentação aplicável.
O controlador HH Parques Temáticos S.A., por sua vez, se obrigou a reter 100% de eventuais
dividendos recebidos de Hopi Hari, sem prejuízo de poder reinvestir os recursos na atividade fim do
Hopi Hari.
Em havendo venda ou transferência da participação societária de HH Parques Temáticos S.A. no
Hopi Hari durante o referido período, desde que previamente aprovado pelo BNDES, àquela obrigarse-á a transferir tal obrigação para o novo controlador de forma a continuar válida em seu período
remanescente, bem como se obrigará a amortizar, antecipadamente, à vista, em dinheiro, 20% do
saldo devedor dos subcréditos A, B e C (o valor total do débito está dividido em 9 sub-créditos).
Em havendo a venda ou transferência supramencionada, direta ou indiretamente da HH Parques
Temáticos S.A., sem a autorização do BNDES, a dívida vencerá integralmente e o saldo devedor de
todos os subcréditos apurados na data da venda deverá ser quitado à vista e em moeda corrente.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
21.
Receitas
A reconciliação das vendas brutas para a receita líquida é como segue:
22.
31/12/2014
31/12/2013
Vendas brutas de produtos e serviços
Impostos sobre vendas
Outras deduções de venda
72.661
(5.454)
(156)
75.659
(5.943)
(165)
Receita líquida
67.051
69.551
Despesas com vendas
Propaganda, publicidade, eventos, material promocional
Comissões
Constituição de provisão para créditos de liquidação duvidosa
23.
31/12/2013
(4.932)
(560)
(791)
(3.560)
(734)
(957)
(6.283)
(5.251)
31/12/2014
31/12/2013
(7.521)
(4.138)
(6.202)
(7.752)
(3.476)
(4.855)
(17.861)
(16.083)
Despesas administrativas
Despesas com pessoal
Honorários profissionais
Outras
24.
31/12/2014
Despesas por natureza (Custo dos bens e/ou serviços vendidos, Despesas com vendas e
Despesas Gerais e Administrativas)
Matéria-prima e materiais de consumo
Outros materiais utilizados
Despesa de benefícios a empregados
Encargos de depreciação, amortização e impaiment
Custo de publicidade
Manutenção
Honorários
Utilidades
Outras despesas
31/12/2014
31/12/2013
(7.117)
(1.305)
(35.060)
(14.243)
(4.932)
(6.739)
(6.517)
(1.933)
(12.129)
(7.463)
(2.912)
(30.142)
(16.964)
(3.560)
(5.516)
(5.385)
(1.802)
(12.445)
(89.975)
(86.189)
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
25.
Resultado financeiro
25.1.
Receitas
31/12/2014
Variação monetária
Descontos obtidos, juros ativos e outras receitas financeiras
25.2.
558
361
670
420
919
1.090
31/12/2014
31/12/2013
(4.530)
(22.083)
(1.260)
(4.442)
(20.531)
(2.384)
(27.873)
(27.357)
31/12/2014
31/12/2013
Despesas
Juros e variação monetária sobre debêntures
Juros sobre empréstimos, financiamentos e outros passivos
Outras
26.
31/12/2013
Despesa de imposto de renda e contribuição social
Imposto corrente
Estorno Imposto sobre lucro exercício anterior (PN 01/2011)
Imposto corrente sobre o lucro do exercício
-
-
Total do imposto corrente
-
-
Provisão ativo diferido
Amortização da mais valia
Total do imposto diferido
(2.048)
2.048
(2.444)
2.444
-
-
-
-
O imposto sobre o lucro da Companhia, antes do imposto, difere do valor teórico que seria obtido
com o uso da alíquota de imposto aplicável, como segue:
31/12/2014
31/12/2013
Prejuízo antes do imposto
(49.878)
(42.905)
Benefício calculado com base em alíquotas nominais
Benefício fiscal não reconhecido por conta de limitação na realização
Provisão ativo diferido
Amortização da mais valia de ativos
16.959
(16.959)
(2.048)
2.048
14.588
(14.588)
(2.444)
2.444
Benefício fiscal
-
-
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
27.
Instrumentos financeiros e gestão de riscos financeiros
As atividades da Companhia a expõem a diversos riscos financeiros: risco de mercado (incluindo
risco de moeda, risco de taxa de juros de valor justo), risco inflacionário, risco de crédito e risco de
liquidez. O programa de gestão de risco global da Companhia se concentra na imprevisibilidade dos
mercados financeiros e busca minimizar potenciais efeitos adversos no desempenho financeiro da
Companhia. A Companhia não se utiliza de quaisquer instrumentos financeiros derivativos para se
proteger de exposições a esses riscos.
A gestão de risco é realizada pela Tesouraria Central da Companhia, segundo as políticas aprovadas
pelo Conselho de Administração. A Tesouraria identifica, avalia e protege a Companhia contra
eventuais riscos financeiros. O Conselho de Administração estabelece princípios, por escrito, para a
gestão de risco global, bem como para áreas específicas, como risco cambial, risco de taxa de juros,
risco de crédito, uso de instrumentos financeiros derivativos e não derivativos e investimento de
excedentes de caixa.
27.1.
Risco de mercado
A Companhia não possui exposição a riscos de câmbio em suas atividades operacionais e em seus
registros contábeis, exceto pela a qual não é significativa. No exercício findo em 31 de dezembro de
2014, as receitas líquidas de variação cambial totalizaram R$ 71 (R$485 em 31 de dezembro de
2013).
27.2.
Risco inflacionário
Os passivos financeiros da Companhia, debêntures de 1a. e 3a. emissão estão atreladas à correção
pelo INPC.
27.3.
Risco do fluxo de caixa ou valor justo
associado com taxa de juros
Considerando que a Companhia não tem ativos significativos em que incidam juros, o resultado e os
fluxos de caixa operacionais da Companhia são, substancialmente, independentes das mudanças nas
taxas de juros do mercado, sendo que através de orientação dos acionistas, a política da Companhia é
de mitigar qualquer risco de perdas, concentrando as aplicações do disponível em CDB de
instituições de 1a. linha, atualmente Itaú e Safra.
O risco de taxa de juros da Companhia decorre de empréstimos de curto prazo (BNDES, TJLP+1,5%
a a,). Tais empréstimos, emitidos às taxas variáveis, expõem a Companhia ao risco de taxa de juros
de fluxo de caixa. Os empréstimos emitidos às taxas fixas (taxas pré-determinadas em contrato ou na
escritura das debêntures) expõem a Companhia ao risco de valor justo associado à taxa de juros.
Durante 2014 e 2013, os empréstimos da Companhia às taxas variáveis eram mantidos apenas em
reais.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
QUADRO DEMONSTRATIVO DA ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Valores atrelados ao TJLP
Operação/risco
Taxa efetiva anual do TJLP no período
Passivo - Empréstimos
Taxa estimada de acordo com os cenários
Efeito no Passivo
Aumento
Cenário
Provável
Cenário I
25%
Cenário II
50%
5,00%
182.368
5,00%
5,00%
182.368
6,25%
5,00%
182.368
7,50%
-
2.280
4.559
Valores atrelados ao DI
Operação/risco
Taxa efetiva anual do DI no período
Ativo - Aplicações financeiras
Taxa estimada de acordo com os cenários
Efeito no Ativo
Aumento
Operação/risco
Taxa efetiva anual do INPC no período
Passivo - Debêntures
Taxa estimada de acordo com os cenários
Efeito no Passivo
Aumento
Cenário
Provável
10,81%
2.527
10,81%
Cenário
Provável
6,23%
53.723
6,23%
-
Cenário I 25% Cenário II 50%
10,81%
2.527
13,51%
68
10,81%
2.527
16,22%
137
Cenário I 25% Cenário II 50%
6,23%
53.723
7,79%
837
6,23%
53.723
9,34%
1.673
Valores atrelados a taxas pré-fixadas
Operação/risco
Taxa efetiva anual Pré-fixada no período
Passivo - Empréstimos - Safra
Taxa estimada de acordo com os cenários
Efeito no Passivo
Aumento
Cenário
Provável
4,63%
8.908
4,63%
-
Cenário I 25% Cenário II 50%
4,63%
8.908
5,79%
103
4,63%
8.908
6,95%
206
Valores atrelados ao IGMP
Operação/risco
Taxa efetiva anual do IGPM no período
Passivo - Empréstimos - ID
Taxa estimada de acordo com os cenários
Efeito no Passivo
Aumento
Cenário
Provável
3,67%
8.301
3,67%
-
Cenário I 25% Cenário II 50%
3,67%
8.301
4,59%
76
3,67%
8.301
5,51%
153
Valores atrelados ao CDI
Operação/risco
Taxa efetiva anual do CDI no período
Passivo - Empréstimos - CF
Taxa estimada de acordo com os cenários
Efeito no Passivo
Aumento
Cenário
Provável
10,81%
3.308
10,81%
-
Cenário I 25% Cenário II 50%
10,81%
3.308
13,51%
89
10,81%
3.308
16,22%
179
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
A tabela acima, elaborada para cumprir com os requisitos obrigatórios da Comissão de Valores
Mobiliários – CVM, foi elaborada com base nas simulações realizadas, sendo o impacto sobre o
lucro, depois do cálculo do imposto de renda e da contribuição social, com uma variação em torno de
25%,considerada pela administração como mais provável considerando o histórico do mercado,
corresponderia um aumento máximo de R$ 45 (R$ 31 em 31 de dezembro de 2013) ou a uma
redução máxima de R$ 2.234 (R$ 2.040 em 31 de dezembro de 2013), respectivamente. Já uma
variação em torno de 50% corresponderia um aumento máximo de R$ 90 (R$ 61 em 31 de dezembro
de 2013) ou a uma redução máxima de R$ 4.468 (R$ 4.081 em 31 de dezembro de 2013).
27.4.
Risco de crédito
O risco de crédito é administrado corporativamente. O risco de crédito decorre de caixa e
equivalentes e caixa, depósitos em bancos e instituições financeiras, bem como de exposições de
crédito a clientes, incluindo contas a receber em aberto. Para bancos e instituições financeiras, a
Companhia somente trabalha com instituições de primeira linha. No caso de clientes, a área de
análise de crédito avalia a qualidade do crédito do cliente, levando em consideração sua posição
financeira, experiência passada e outros fatores. Os limites de riscos individuais são determinados
com base em classificações internas ou externas de acordo com os limites determinados pela
administração. A utilização de limites de crédito é monitorada regularmente. As vendas para clientes
são liquidadas em dinheiro, cheques ou por meio dos principais cartões de crédito existentes no
mercado.
As principais classificações dos riscos de créditos relacionados aos ativos financeiros estão
demonstradas abaixo:
Classe A – Estão classificados nessa classe as instituições financeiras de primeira linha e os valores a
receber das operadoras de cartão de créditos. Tais ativos representam, em 31 de dezembro de 2014,
cerca de 15,95% do total dos ativos financeiros (20,34% em 31 de dezembro de 2013).
Classe B – Estão classificados nessa classe os clientes cuja análise de crédito foi aprovada e cujo
histórico de adimplência é positivo segundo os critérios de análise adotados.
Classe C – Estão inclusos nessa classe os clientes com histórico de inadimplência, tanto por atraso
nos pagamentos, quanto pelo não cumprimento dos compromissos assumidos junto à Companhia.
Não foi ultrapassado nenhum limite de crédito durante o exercício e a administração não espera
nenhuma perda decorrente de inadimplência dessas contrapartes.
27.5.
Risco de liquidez
É o risco de a Companhia não dispor de recursos líquidos suficientes para honrar seus compromissos
financeiros, em decorrência de descasamento de prazo ou de volume entre os recebimentos e
pagamentos previstos.
Para administrar a liquidez do caixa em moeda nacional, são estabelecidas premissas de
desembolsos e recebimentos futuros, sendo monitoradas diariamente pela área de Tesouraria.
A previsão de fluxo de caixa é realizada pela Tesouraria. Este departamento monitora as previsões
contínuas das exigências de liquidez da Companhia para assegurar que ele tenha caixa suficiente
para atender às necessidades operacionais. Essa previsão leva em consideração os planos de
financiamento da dívida da Companhia e cumprimento de cláusulas.
A Companhia investe o excesso de caixa em contas correntes com incidência de juros, depósitos a
prazo, depósitos de curto prazo e títulos e valores mobiliários, escolhendo instrumentos com
vencimentos apropriados, conforme diretrizes recebidas pelo Conselho de Administração. Na data
das demonstrações financeiras, a Companhia mantinha aplicações financeiras de R$ 2.527 - (R$
2.315 em 31 de dezembro de 2013) que se espera gerem prontamente entradas de caixa para
administrar o risco de liquidez.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
A tabela abaixo analisa os passivos financeiros não derivativos da Companhia, por faixas de
vencimento, correspondentes ao período remanescente no balanço patrimonial até a data contratual
do vencimento.
Os valores divulgados na tabela são os fluxos de caixa nominais não descontados contratados.
Em 31 de dezembro de 2014
Fornecedores e outras contas a pagar
Debêntures
Empréstimos e financiamentos
Partes Relacionadas
Em 31 de dezembro de 2013
Fornecedores e outras contas a pagar
Debêntures
Empréstimos e financiamentos
Partes Relacionadas
Menos
de
um ano
Entre um
e
dois anos
Entre dois
e
cinco anos
Acima de
cinco anos
222.002
16.355
8.966
61.521
20.897
1.185
2.720
3.858
8.142
61.521
196.040
11.312
824
Menos
de
um ano
Entre um
e
dois anos
Entre dois
e
cinco anos
Acima de
cinco anos
200.997
12.409
22.286
65.159
16.279
2.218
601
1.593
2.233
9.648
180.936
7.957
12.037
2.345
65.159
2.188
Na linha de Empréstimos e Financiamentos está considerado o montante de $ 71.887 (R$ 67.440 em
dezembro de 2013) comentado na nota 25.2, e somado a isto o fato da reclassificação de toda a dívida
para curto prazo, situação que a Companhia considera temporária, em razão dos esforços de
negociação junto ao BNDES.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
27.6.
Instrumentos financeiros por categoria
Ao valor
justo por
meio do
resultado
31 de dezembro de 2014
Ativos, conforme o
balanço patrimonial
Contas a receber de clientes
Outros ativos
Aplicações financeiras
Caixa e equivalentes de caixa
Caixa e
equivalentes
de caixa
31 de dezembro de 2014
Passivo, conforme o balanço patrimonial
Empréstimos e financiamentos
Contas a pagar
Fornecedores
Partes Relacionadas
Ao valor
justo por
meio do
resultado
14.513
18.105
Outros
passivos
financeiros
Total
257.450
7.017
15.065
2.345
257.450
7.017
15.065
2.345
281.877
281.877
Caixa e
equivalentes Empréstimos
de caixa
e recebíveis
14.213
3.490
2.315
1.498
17.703
21.516
1.498
1.498
Total
14.213
3.490
2.315
2.315
31 de dezembro de 2013
Passivo, conforme o balanço
patrimonial
Empréstimos e financiamentos
Contas a pagar
Fornecedores
Partes Relacionadas
12.824
1.689
2.527
1.065
1.065
1.065
Total
12.824
1.689
2.527
2.527
31 de dezembro de 2013
Ativos, conforme o
balanço patrimonial
Contas a receber de clientes
Outros ativos
Aplicações financeiras
Caixa e equivalentes de caixa
Empréstimos
e recebíveis
Outros
passivos
financeiros
Total
243.738
6.613
12.484
2.188
243.738
6.613
12.484
2.188
265.023
265.023
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Os Empréstimos e Financiamentos de 2014 estão impactados pelo comentado em 24.2 acima.
27.7.
Gestão de capital
Os objetivos da Companhia ao administrar seu capital são os de salvaguardar a capacidade de
continuidade da Companhia para oferecer retorno aos acionistas e benefícios às outras partes
interessadas, além de manter uma estrutura de capital ideal para reduzir esse custo.
31/12/2014
Total de empréstimos (Nota 12)
Total de partes relacionadas (Nota 18)
Caixa e equivalentes de caixa (Nota 4) e ativos financeiros ao valor
justo por meio do resultado (Nota 5)
Dívida líquida
257.450
243.738
2.345
2.188
(3.592)
(3.813)
256.203
Total do patrimônio líquido
(54.677)
Total do capital
201.526
Índice de alavancagem financeira
31/12/2013
127%
242.113
(4.799)
237.314
102%
O 4º trimestre de 2014 apresentou redução da visitação, impactando inclusive em redução no
acumulado do semestre, e revertendo o crescimento que vinha sendo observado no acumulado do
ano até o 3º trimestre, sempre comparados aos mesmos períodos do ano anterior.
27.8.
Estimativa do valor justo
Pressupõe-se que os saldos das contas a receber de clientes e contas a pagar aos fornecedores pelo
valor contábil, menos a perda (impairment), esteja próximo de seus valores justos. O valor justo dos
passivos financeiros, para fins de divulgação, é estimado mediante o desconto dos fluxos de caixa
contratuais futuros pela taxa de juros vigente no mercado, que está disponível para a Companhia
para instrumentos financeiros similares.
A Companhia aplica CPC 40/IFRS 7 para instrumentos financeiros mensurados no balanço
patrimonial pelo valor justo, o que requer divulgação das mensurações do valor justo pelo nível da
seguinte hierarquia:
•
•
•
Nível 1 - Preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos e passivos
idênticos.
Nível 2 - Informações, além dos preços cotados, incluídas no nível 1 que são adotadas
pelo mercado para o ativo ou passivo, seja diretamente (ou seja, como preços) ou
indiretamente (ou seja, derivados dos preços).
Nível 3 - Inserções para os ativos ou passivos que não são baseadas nos dados adotados
pelo mercado (ou seja, inserções não observáveis).
28.
Resultado por ação
28.1.
Básico e diluído
O resultado básico e diluído por ação foi calculado mediante a divisão do resultado atribuível aos
acionistas da Companhia, pela quantidade média ponderada de ações ordinárias em circulação
durante o exercício, excluindo as ações ordinárias compradas pela sociedade e mantidas como ações
em tesouraria. Considerando que não há transações com potencial efeito diluidor, o resultado básico
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
e diluído são iguais.
Prejuízo atribuivel aos acionistas da sociedade
Prejuízo atribuível aos acionistas ordinários
Prejuízo atribuível aos acionistas preferenciais
Quantidade de ações (milhares)
Quantidade média ponderada de ações ordinárias em circulação
Quantidade média ponderada de ações preferenciais em circulação
Resultado básico e diluído por ação
Prejuízo por ação ordinária - em R$
Prejuízo por ação preferencial - em R$
31/12/2014
31/12/2013
(49.878)
(42.905)
(47.706)
(2.172)
(41.036)
(1.869)
6.464.255
6.464.255
6.182.736
281.519
6.182.736
281.519
(0,00772)
(0,00772)
(0,00664)
(0,00664)
O resultado por ação de acordo com a legislação societária foi calculado mediante a divisão do
resultado atribuível aos acionistas da Companhia pela quantidade de ações em circulação no final do
exercício.
Prejuízo atribuivel aos acionistas da sociedade
Quantidade ações em circulação ao final do exercício (milhares)
Prejuízo por ação
29.
31/12/2014
31/12/2013
(49.878)
(42.905)
6.464.255
(0,00772)
6.464.255
(0,00664)
Seguros
Hopi Hari mantém apólices de seguros. As coberturas e as importâncias seguradas são determinadas
e contratadas em bases técnicas suficientes para a indenização de eventuais perdas decorrentes de
sinistros com bens do ativo não circulante e ainda mantêm cobertura de responsabilidade civil e
dano moral a terceiros.
As premissas de risco adotadas não fazem parte do escopo de uma auditoria das demonstrações
financeiras. Consequentemente, não foram revisadas por nossos auditores independentes.
30.
Eventos subsequentes
(a)
Início da ação de execução - BNDES
Em março de 2015, a Companhia teve conhecimento de Ação de Execução proposta pelo BNDES, por
meio do Processo n.º 0004029-71.2014.8.26.0659, que abrange Carta Precatória Cível, em
cumprimento do Processo n.º00184359420044036100, em tramite 3ª Vara Cível Federal – Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES – Hopi Hari S.A. Trata-se de reavaliação
dos bens que compõem a garantia do acordo inadimplido, conforme mencionado na Nota 12.1. A
Companhia já indicou assistente técnico, para acompanhar os trabalhos e, ao mesmo tempo, avalia
as condições para renegociação do acordo com a instituição. Em 31 de dezembro de 2014, o passivo
registrado em conexão com essa dívida compreende todos os encargos e multas por inadimplemento,
conforme também divulgado na Nota 12.1.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(b)
Atos societário
Em 5 de maio de 2015, o Sr. Renato Carvalho Franco alienou a totalidade das ações que detinha da
HH Participações S.A. (Sociedade), para a própria Sociedade, que é a única acionista da HH Parques
Temáticos S.A, que por sua vez, detém a totalidade das ações da Companhia. Com a referida
alteração, o capital social da HH Participações S.A., encontra-se distribuído entre:
(a) Luciano Correa, brasileiro, casado, economista, portador da Cédula de Identidade RG n.º
13.038.435-5 (SSP/SP), inscrito no CPF/MF sob o n.º 086.461.548-58, com endereço comercial na
Estrada Vinhedo-Itupeva, 7001, sala 02, bairro Moinho, na cidade de Vinhedo, Estado de São Paulo,
que é titular do correspondente a 50,00% das ações ordinárias de HH Participações S.A; e,
(b) HH Participações S.A, que é titular do correspondente a 50,00% das suas ações ordinárias,
mantidas em tesouraria.
Em 5 de maio de 2015, os membros do Conselho de Administração da Companhia, Srs. Renato
Carvalho Franco e Osvaldo Coltri Filho apresentaram renuncia aos cargos. Na Assembleia Geral
Extraordinária de 6 de maio de 2015, houve a eleição dos conselheiros Srs. Sergio Loureiro Valente e
Adailson Ferreira dos Santos, que tomaram posse na mesma data de eleição.
No dia 6 de maio de 2015, nos termos da Ata de Reunião do Conselho de Administração da
Companhia, houve a destituição do Sr. Claudio Luis Pinheiro Guimaraes do cargo de Diretor
Presidente da Companhia e respectiva eleição do Sr. Luciano Correa, que tomou posse na mesma
data. Neste mesmo ato, o Sr. Sergio Loureiro Valente foi também eleito para o cargo de Presidente
do Conselho de Administração da Companhia, com mandato vigente até a data de realização da
próxima Reunião do Conselho de Administração.
(c)
Processo judicial de ICMS – n° 0426489-55.1997.8.26.0053
Trata-se de ação judicial que discutia a incidência do ICMS sobre importação de equipamentos. A
Ação tramitava desde 1997.
Paralelo à propositura da Ação Judicial, houve lançamento de 02 (dois) autos de infração para
cobrança do ICMS incidente sobre importação de equipamentos do Parque – AIIM nº 3.000.290-4 e
AIIM nº 3.000.587-5.
A Companhia realizou depósitos judiciais para suspensão da exigibilidade dos respectivos créditos.
O AIIM nº 3.000.290-4 foi cancelado administrativamente em razão de decisão, proferida em 2004,
consistente no reconhecimento de decadência.
Em junho de 2014, após avaliação dos benefícios do PEP (Programa de Parcelamento do Estado de
São Paulo), a Companhia observou que a adesão possibilitaria a redução do valor envolvido no AIIM
nº 3.000.587-5 ainda em discussão.
Após avaliação interna, a Companhia identificou que, em razão da decadência o valor depositado
com relação ao AIIM nº 3.000.290-4 é devido à Companhia e, nesse sentido, realizou a adesão ao
PEP, para encerramento da discussão judicial e pedido de levantamento do valor integral
relacionado ao AIIM nº 3.000.290-4 e, parcial do AIIM nº 3.000.587-5, neste último caso,
decorrente dos benefícios do PEP.
A Companhia ingressou com o pedido de levantamento após a tramitação da desistência da Ação
Ordinária. Em primeira instância, o levantamento não foi autorizado, em razão de manifestação
contrária da procuradoria Geral do Estado. O levantamento do valor envolvido foi realizado em
razão de liminar favorável, conforme decisão proferida em sede de Recurso de Agravo de
Instrumento n.º 2058912-34.2015.8.26.0000 - 6ª Câmara de Direito Público.
Notas explicativas da administração às demonstrações
financeiras em 31 de dezembro de 2014
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
O levantamento autorizado envolve apenas o valor integral do depósito correspondente ao AIIM nº
3.000.290-4, restando pendente o levantamento do saldo correspondente ao AIIM nº 3.000.587-5.
A Companhia aguarda a decisão definitiva do Agravo de Instrumento, para avaliação de eventuais
recursos por parte da Procuradoria Geral do Estado e eventual reversão do valor provisionado (Nota
19).
(d)
Contrato de empréstimo – César Federman
Com relação aos eventos subsequentes relativos ao contrato de empréstimo contraído com o Sr.
César Federman, vide Nota 12.5.
*
*
*
Diretoria