Arte e Movimento

Arte e Movimento
José Manuel Russo
Introdução
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O Movimento na Arte é uma técnica que
os artistas procuram aplicar na Pintura e
na Escultura, de forma a dar a sensação
de movimento às manifestações
artísticas que na verdade se compõem
de formas estáticas.
Foi no séc. XX que surgiram estilos cujo
movimento era a essência da arte
plástica, no entanto, desde a antiguidade que existiram momentos de
expressão desse movimento.
Introdução
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Terminologias relaccionadas:
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Movimento;
Dinâmica;
Cinética.
Metodologias utilizadas:
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Composição – estruturas dinâmicas;
Formas dinâmicas – figuras humanas ou
animais em posição de movimento e adereços
sob o efeito da deslocação do ar (como o
vento);
Sobreposição de formas – efeito cinético dado
pela sucessão captada, como quadros de um
filme, de objectos ou figuras vivas em
deslocação;
Atracção de formas – efeito obtido pela
percepção que provoca um efeito de
movimento.
Pré-história
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A primeira
manifestação de
movimento pode ser
encontrada na Pré-história:
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Cueva de Altamira
(Espanha),
Paleolítico – bisontes
representados em
corrida e em
diversas posições;
Cueva Cingle (Levante Espanhol),
Neolítico –
caçadores surgem
em grupo e em
corrida.
Helenismo
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Na Grécia Antiga,
após os períodos
estáticos do Arcaico e
do Clássico, as
figuras do período
Helenístico são
representadas em
posições dinâmicas:
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Laoconte – grupo
complexo de figuras
retorcidas;
Victória de Samotrácia – com as asas
e a roupagem sob a
acção do vento.
Barroco
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Só no Barroco, séc.
XVII-XVIII, é retomada a representação
de figuras que sugerem o movimento,
reforçado pelo claroescuro na pintura:
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Le Triomphe de
Neptune et
Amphitrite, 1634, de
Nicolas Poussin;
A Batalha das
Amazonas, 1618, de
Paul Rubens;
Barroco
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Na Escultura, à
semelhança da
pintura, e na
Arquitectura, com
uma organização do
espaço em planta
elíptica, a linha curva
acentuou o
dinamismo da forma:
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Apollo e Daphne,
1622-25, de Gian
Lorenzo Bernini;
Klosterkirche St.
Anna im Lehen,
1725, München.
Romantismo
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À composição estática
do Neo-clássico, de
linhas horizontais,
verticais e simetria:
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Le Jugement des
Horaces, 1784, de
Jacques-Louis
David;
o Romantismo do
séc. XIX opôs-se com
uma estrutura de
composição dinâmica,
de linhas oblíquas,
diagonais e da assimetria:
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La Liberté guidant le
peuple, 1830, de
Eugène Delacroix;
Romantismo
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No Romantismo, a
representação de
episódios dramáticos
e de animais, com
uma acentuação da
sua anatomia
(músculos), reforma
a dinâmica
estrutural:
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Corrida de Cavalos
Selvagens, 1817, de
Théodore Géricault;
Jaguar dévorant un
lièvre, 1850, de
Antoine-Louis Barye;
Romantismo
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E que dizer da
pintura de William
Turner? Percursor do
Impressionismo, os
efeitos atmosféricos
captados em situações adversas são os
melhores exemplo do
movimento na arte
romântica:
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A Storm –
Shipwreck, 1823;
Snow Storm –
Steam-boat off a
Harbour, 1842.
Futurismo
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O Manifesto de
Marinetti, abre as
portas do Futurismo,
em 1912, movimento
que defendia a
máquina, o automóvel, a velocidade:
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Automobile in corsa,
1912, de Giacomo
Balla;
Nu descendant un
escalier, 1912, de
Marcel Duchamp – a
influência do cinema
(ainda na infância) é
evidente;
Futurismo
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Umberto Boccioni,
quer na pintura quer
na escultura, aplicou
os princípios do
Futurismo italiano,
em muitos aspectos,
influenciado pelo
Cubismo:
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Dinamismo del
Corpo Umano, 1913;
Forme uniche della
continuità nello
spazio, 1913.
Op Art
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Nos anos 60 surge a
Op Art, que tira
partido da ilusão de
óptica obtida por
formas geométricas,
frequentemente em
preto e branco. A
impressão dada é de
movimento, imagens
escondidas, “flashing”
e vibração, padrões.
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Movement in
Squares, 1961, de
Bridget Riley;
Intrinsic Harmony,
1965, de Richard
Anuszkiewicz;
Op Art
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O pintor húngaro
Victor Vasarely é
considerado o pai da
Op Art. As
deformações e as
relações cromáticas
contribuem para o
efeito de ilusão de
óptica:
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Riu-Kiu-C, 1960;
Vega 201, 1968.
Calder
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Alexander Calder
assume um papel
particular na arte
cinética. Concebe os
primeiros modelos
cuja forma varia com
o movimento dos
elementos escultóricos que constituem
os seus Mobile:
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Four Leaves and
Three Petals, 1939
Redmobile, 1956;
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fim