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Idanha-a-Nova: Festival de música electrónica testa
sanitários sem água
7/30/2006 ás 09:44
Sanitários que não precisam de água e chuveiros concebidos para a
poupar vão ser testados em Idanha-a-Nova durante o "Boom Festival
2006", festival de música electrónica onde são esperadas cerca de 20
mil pessoas.
Veja Aqui
:: RTPi Notícias
- Transmissão Semanal
Cedido por: RTP ©
O "Boom Festival 2006" é uma iniciativa bienal de "arte global", ligada
à música electrónica de características alternativas (psy-trance), cuja
sexta edição tem como tema a ecologia e decorre nos arredores de
Idanha-a-Nova, na Herdade do Torrão, entre 03 e 09 de Agosto.
As casas de banho e chuveiros ecológicos chegam a Portugal através
de responsáveis brasileiros do IPEC (Instituto de Permacultura e
Ecovilas do Cerrado), entidade com oito anos que promove a
existência de comunidades capazes de suprir as suas necessidades
básicas de forma ecológica, eficiente e com baixo custo.
Mais de 50 Radios disponiveis
"As casas de banho ecológicas eliminam o uso da água. Não faz
sentido, especialmente nos tempos que correm, misturar água, um
bem precioso, com dejectos humanos" afirmou à Agência Lusa André
Soares, investigador do IPEC.
O sistema funciona adicionando uma determinada quantidade de
serradura aos dejectos humanos, que, por acção do sol, são por sua
vez transformados em fertilizante orgânico.
O processo, denominado de compostagem termofílica, é indicado para
utilização em locais onde não há disponibilidade de água ou de
tratamento de esgotos.
Em vez de água "que vai ser poluída e desperdiçada na descarga", é
adicionada matéria orgânica seca (serradura) aos dejectos humanos.
Depois (os dejectos) são deixados ao sol a uma temperatura de cerca
de 65 graus, resultando na esterilização de todos os agentes
patogénicos" explica André Soares.
Os dejectos saem dos sanitários directamente para recipientes, onde,
"de uma forma natural, o problema é resolvido pela Natureza", afirma.
Quatro meses volvidos, o processo de esterilização e aptidão de uso
como fertilizante está concluído e o adubo pronto para ser utilizado
nas culturas agrícolas.
No recinto do "Boom Festival", situado nas margens da albufeira da
barragem Marechal Carmona, estão instalados 18 sanitários que
utilizam aquela "tecnologia natural", a qual - garante André Soares não produz cheiros desagradáveis".
"Não tem cheiros ao contrário dos sanitários 'portáteis' tradicionais que
têm muitos inconvenientes. Cheiram muito mal e utilizam químicos e
água para limpeza" assegura.
O sistema foi financiado pela Fundação Banco do Brasil e apresentado
em 2005 naquele país, estando a ser utilizado em programas sociais
no Nordeste "também como alternativa de renda para famílias pobres",
afirma André Soares.
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"É bom para o ambiente e pode ser até um negócio. A utilização
como fertilizante é uma solução rural perfeita" defendeu André Soares.
Outro projecto com origem no IPEC, também em teste no "Boom
Festival", diz respeito a chuveiros que permitem poupar água,
acoplados a um sistema que reduz significativamente o débito de
efluentes para as estações de tratamento de águas residuais (ETAR).
No total são 56 chuveiros, instalados numa elevação sobranceira ao
recinto do festival, onde a quantidade de água disponibilizada a cada
utilizador é reduzida a cinco litros por duche.
"Uma válvula regula o fluxo para dez por cento de um duche normal,
cinco litros de água por usuário. Consegue-se uma poupança muito
grande, embora com 20 mil pessoas a utilizar seja necessário ainda
um volume de água significativo", frisa André Soares.
à saída dos chuveiros a água passa primeiro por um filtro de sólidos,
sendo conduzida, de seguida, por um canal de curvas suaves, com
pedras, plantas e raízes diversas, cuja função é ajudar à purificação
natural do líquido.
Ao longo de cerca de 600 metros, monte abaixo, a água é conduzida
até um reservatório, "uma espécie de mini-ETAR", onde o caudal
chega diminuto porque se vai evaporando pelo caminho.
"Fizemos um teste com um débito de dez mil litros por hora e a água
não chega à ETAR de Idanha-a-Nova, evapora-se quase toda"
sustenta André Soares.
Por seu turno, Jorge Fialho, coordenador de produção do "Boom
Festival", lembra que em edições passadas a ETAR de Idanha não
tinha capacidade para receber os efluentes com origem na Herdade do
Torrão.
"Tiveram de vir camiões para transportar a água para Castelo Branco"
recorda.
Jorge Fialho acredita que com o novo sistema é possível que os
efluentes não cheguem sequer à ETAR da sede de concelho: "Se
chegar ao máximo de uso, então irá para a ETAR, mas acredito que
este festival pode representar o exemplo de uma cidade de 20 mil
habitantes a viverem de forma sustentável. Durante o festival vai ser
possível tirar essas dúvidas".
Para além dos sanitários e chuveiros ecológicos, o "Boom Festival"
promove a preservação da Natureza através da utilização, nas
construções, de madeira recuperada após os incêndios florestais de
2005 no concelho ou materiais utilizados em anteriores edições do
evento.
Outra novidade diz respeito à utilização de bambu em edifícios,
inspirados nos pagodes do Oriente, obra do arquitecto indonésio Amir
Rabik.
Em declarações à Lusa, durante a construção de um pavilhão que vai
acolher conferências e outras actividades, Amir Rabik confessou-se
"chocado pela positiva" quando conheceu o espaço da herdade, nas
margens da albufeira.
O arquitecto resolveu aplicar as mesmas técnicas de construção
"tradicional e ecológica" proporcionada pelo bambu, que está a
desenvolver num 'resort' turístico, localizado numa ilha indonésia.
"O bambu é muito fácil de ser trabalhado, muito forte, flexível e
durável. É uma maravilha ecológica como material de construção",
garantiu.
Lusa
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