Projetos de responsabilidade social apoiados pelas empresas

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Projetos de responsabilidade social apoiados pelas empresas
NOME DO ARTIGO -::- NOME DO AUTOR
Projetos de responsabilidade social apoiados
pelas empresas mineiras ou que possuem sedes em Minas Gerais
Renato Sousa
Samuel Moreno dos Reis
Graduandos do 8º período de Comunicação Social com
habilitação em Relações Públicas
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PROJETOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL APOIADOS POR EMPRESAS MINEIRAS
Resumo
Este artigo tem por objetivo investigar as organizações mineiras que possuem sedes no
estado de Minas Gerais e/ou investem em projetos de responsabilidade social dentro das
mais variadas áreas de atuação como o social, cultural, educacional, ambiental, socioambiental, sociocultural dentre outras.
Embasado em pesquisas bibliográficas, podemos verificar vários conceitos do que realmente é sustentabilidade no contexto da Responsabilidade Social; o que mostrará às empresas, considerando não só o lado econômico, mas também o lado social que consequentemente agregará valor à sua marca e fortalecerá a sua imagem diante da comunidade e
em seu entorno.
PALAVRAS-CHAVE
Responsabilidade Social, Comunicação, Sustentabilidade
Abstract
This article aims to investigate mining organizations that have offices in the state of Minas Gerais and / or invest in social responsibility projects within the various business areas such as social, cultural, educational, environmental, socio-environmental, sociocultural
and others.
Grounded in literature searches, we can see various concepts of sustainability that is
really in the context of social responsibility, which show companies considering not only
the economic side but also the social side that consequently add value to your brand and
strengthen its image before the community and its surroundings.
KEYWORDS
Social Responsibility, Communication, Sustainability
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PROJETOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL APOIADOS POR EMPRESAS MINEIRAS
Introdução
Este artigo tem por objetivo investigar as organizações mineiras que possuem
sedes no estado de Minas Gerais e/ou investem em projetos de responsabilidade
social dentro das mais variadas áreas de
atuação como o social, cultural, educacional, ambiental, socioambiental, sociocultural dentre outras.
Sendo assim, estas empresas evidenciarão a importância de apoiarem os projetos que forem sustentáveis para garantir o
bem estar de todos os seus públicos alvos
trazendo para realidade atual o sucesso de
uma dimensão organizacional.
Embasado em pesquisas bibliográficas, podemos verificar vários conceitos do
que realmente é sustentabilidade no contexto da Responsabilidade Social; o que
mostrará às empresas, considerando não
só o lado econômico, mas também o lado
social que consequentemente agregará valor à sua marca e fortalecerá a sua imagem
diante da comunidade e em seu entorno.
Sustentabilidade no contexto
da responsabilidade social
O conceito de responsabilidade social se torna complexo quando levamos
em conta que não existe uma formalização
do grau de comprometimento das corporações, mas há uma liberdade de criação e
da flexibilidade dessas ações.
A ideia de responsabilidade social
incorporada aos negócios é, portanto, relativamente recente. Com o surgimento de
novas demandas e maior pressão por transparência nos negócios, corporações se
veem forçadas a adotar uma postura mais
responsável em suas ações praticadas.
As transformações socioeconômicas
dos últimos 20 anos têm afetado profundamente o comportamento de empresas
até então acostumadas ao puro e exclusivo
aumento dos lucros. Se de um modo o setor privado possui cada vez mais lugar de
destaque na obtenção de riqueza, por outro lado é bem evidente que ,com grande
poder, venha grande responsabilidade.
O histórico da Responsabilidade Social evidenciou-se em 1919, de acordo com
Toldo (2002), com a variável da responsabilidade social corporativa no julgamento na
Justiça norte-americana no caso de Henry
Ford, um dos presidentes acionista majoritário da Ford Motor Company, e seus outros acionistas liderados por John e Horace
Dodge, que não aceitavam a ideia de Ford.
No ano de 1916, explicando a realização de objetos sociais, Ford decidiu não
distribuir parte do faturamento aos acionistas e investiu na produção, no aumento
de ordenados e em fundo de reserva para
diminuição esperada de receitas por causa
da baixa dos preços dos automóveis. Claro que a Suprema Corte decidiu a favor de
Dodge, entendendo que as empresas existem para o bem estar de seus acionistas e
que os diretores têm de garantir o lucro,
não podendo utilizá-lo para outros fins.
Pelo fato das empresas terem de responder somente aos seus acionistas, as
mesmas começaram a receber críticas durante a Segunda Guerra Mundial. Na mesma época, diversas alterações aconteceram
nos Estados Unidos.
Já em 1953, outro fato revelou ao pú65
PROJETOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL APOIADOS POR EMPRESAS MINEIRAS
blico a discussão sobre a colocação da empresa na comunidade e suas responsabilidades foi o caso A. P. Smith. Manufacturing
Company contra seus acionistas que não
aceitavam a doação de recursos financeiros
à Universidade de Princeton. Na época a
Justiça estabeleceu a lei da filantropia corporativa, apoiando que uma corporação
poderia promover o desenvolvimento
social.
Segundo Toldo (2002), na década
de 60, autores europeus se destacavam,
argumentando sobre problemas sociais e
suas prováveis soluções. Nos Estados Unidos as corporações já se preocupavam com
questão ambiental e na divulgação de suas
ações sociais.
Na década de 70 iniciou a preocupação com o como e quando a empresa teria que responder por suas obrigações no
campo social. Na época, a demonstração à
sociedade das ações empresariais tornou-se relevante.
De acordo com Tinoco (2001), a França foi pioneira no mundo em aderir a uma
lei exigindo que as empresas tenham mais
de 300 colaboradores a criar e expor o Balanço Social. Seu foco importante destina-se informar às pessoas o clima social na
corporação, a evolução do feito em estabelecer as articulações da empresa na sociedade. Este balanço, de acordo com o autor,
é corretíssimo, por excluir as coisas econômicas das coisas sociais.
Na década de 90, já com uma participação maior dos autores no negócio da
responsabilidade social, veio a discussão
sobre os temas ética e moral nas corporações, o que contribuiu de modo significativo para a conceituação de responsabilidade social.
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cado em um relatório da ONU. A proposta
desta palavra “sustentabilidade” recebeu
o principio de “atender as necessidades do
presente sem comprometer que as gerações
futuras atendem as suas próprias necessidades”. Desde então este principio tem se
estendido como uma parceria entre organizações/empresas, estado/governo e sociedade civil.
O termo Sustentabilidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e social sem impactar com
agressões o meio ambiente; utilizando os
recursos naturais de maneira racional para
que os mesmos se permaneçam no futuro.
Isto é a conotação real de desenvolvimento
sustentável.
É necessário uma mudança o mais
rápido possível antes que a situação de degradação ambiental piore. O Brasil deve parar com esta política do faz de conta, pois
até o momento, nosso país só faz de conta
que tem um regime rígido que finge punir
quem degrada o meio ambiente.
Consoante Fabio Feldmann (Consultor, advogado, administrador de empresas,
secretário executivo do Fórum Paulista de
Mudanças climáticas Globais e de Biodiversidade e fundador da Fundação SOS Mata
Atlântica de São Paulo), muitas vezes fica
bem nítido a impressão de que a sustentabilidade no Brasil ainda caminha em passos
lentos. Pode-se afirmar que as corporações
utilizam muita publicidade. Na maioria das
vezes o que vemos se chama “greenwashing”, melhor dizendo, maquiagem ambiental.
O autor do artigo ainda defende que
se depender da publicidade que as empresas utilizam, não há como negar que atualmente todos são até mais que sustentáveis;
PROJETOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL APOIADOS POR EMPRESAS MINEIRAS
A expressão sustentabilidade tem
início em 1987, quando este conceito foi
colocado em um relatório da ONU. A proposta desta palavra “sustentabilidade” recebeu o principio de “atender as necessidades do presente sem comprometer que as
gerações futuras atendem as suas próprias
necessidades”. Desde então este principio
tem se estendido como uma parceria entre
organizações/empresas, estado/governo e
sociedade civil.
O termo Sustentabilidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e social sem impactar com
agressões o meio ambiente; utilizando os
recursos naturais de maneira racional para
que os mesmos se permaneçam no futuro.
Isto é a conotação real de desenvolvimento
sustentável.
É necessário uma mudança o mais
rápido possível antes que a situação de degradação ambiental piore. O Brasil deve parar com esta política do faz de conta, pois
até o momento, nosso país só faz de conta
que tem um regime rígido que finge punir
quem degrada o meio ambiente.
Em partes sim, pelo fato de que a sociedade hoje está exigindo dos governos e
das empresas respostas claras às demandas de sustentabilidade, com ênfase nos
aspectos socioambientais. Esta é a razão de
tanta propaganda. Por outro lado, há que
separar o joio do trigo, ou seja, criar mecanismos que assegurem efetivamente a incorporação da sustentabilidade no mundo
empresarial, evitando assim que se esvazie
o conteúdo efetivo da sustentabilidade,
onde traz uma mudança radical no papel
das empresas diante da sociedade. Não é
suficiente gerar lucros para os acionistas e
investidores de maneira geral, mas enfrentar problemas do mundo contemporâneo
como o aquecimento global, esgotamento
dos recursos naturais, desigualdade social.
Ao invés de entenderem que a sustentabilidade empresarial passou a ser
peça fundamental para a sobrevivência
da organização e para o próprio planeta,
muitos empresários creem que seja suficiente tornarem-se adeptos aos recursos
em grandes propagandas, tendo o assunto
como matéria do departamento de marketing ou comunicação.
As organizações devem obrigatoriamente internalizar a dimensão que é a sustentabilidade nas suas atividades diárias,
com visão de perspectivas para curto, médio e longo prazo, aceitando que devem
exercer um papel totalmente estratégico
em todos os campos citados anteriormente.
Visto como consequência de uma
boa tomada de decisão quanto à estratégia adotada pelas organizações em seus
negócios, quando é criado algo voltado
para sustentabilidade com a intenção de
adquirir bens e serviços ,pode-se assegurar
com isto que o consumidor está decidido
por uma boa escolha adequada na visão,
nos valores e na missão de seu cotidiano.
O autor desse artigo afirmou que:
mais uma vez saiu convencido de que o
grande desafio da política do desenvolvimento sustentável é a aliança entre o setor empresarial cosmopolita (cidadão do
universo) e a sociedade civil organizada,
governantes comprometidos como o futuro, a academias científicas e sem esquecer
a mídia que deve ter uma participação que
possa mobilizar a massa. Uma vez estabelecida essa articulação, será possível disponibilizar aos cidadãos, consumidores,
enfim, todos os atores de interesses, um
nicho de opções que possa viabilizar uma
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cidadania protegida pelos seus direitos e
deveres.
O balanço social é um instrumento
de apoio à gestão. Ele vem se fortalecendo como importante elemento nas organizações. Este balanço visa tornar público
a quantidade de investimentos sociais realizados pelas empresas, além de deixar
visível seu grau de comprometimento social; agrega força à sua marca diante do seu
público (colaborador, fornecedor, clientes
e comunidade), com isso deixará evidente
sua preocupação com a responsabilidade
social.
O Brasil possui várias leis de incentivos fiscais de âmbito federal, municipal e
estadual que permitem aos empresários e
cidadãos comuns destinarem uma parte de
seus impostos devidos para ações que são
relacionadas tanto na área social quanto
cultural.
As leis de isenção fiscal vêm reforçar
a atuação de empresas na promoção de
ações socioculturais. É possível propor a redução de imposto para o financiamento de
projetos através da modalidade patrocínio,
onde é concedido espaço para agregar valor à marca do patrocinador ,configurando
assim marketing, ou doação que funciona
como ato filantrópico por não haver associação ao nome do doador no projeto,
onde o abatimento para imposto é maior.
Resumindo: as Leis de Incentivos Fiscais servem para alavancar investimentos e
contribuições à causas sociais via incentivo
fiscal. Ei-las:
• Leis Municipais: Uma extraordinária
ferramenta de apoio a projetos sociais,
as leis de incentivos têm como base a
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renúncia fiscal pelo município em impostos como Imposto Territorial Urbano (IPTU) e Imposto Sobre Serviço
(ISS) e Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN). A lei autoriza
a transferência, por parte dos contribuintes municipais (pessoas físicas ou
jurídicas), para projetos culturais de
até 20% do valor devido dos impostos.
Cada projeto pode ser instigado em
até 85% do seu valor total, restando os
outros 15% por conta do empreendedor.
Todos os anos, entre Fevereiro e Março, é publicado um edital com os procedimentos de inscrição e participação dos
projetos culturais.
• Lei Rouanet/ Lei Federal: Lei de incentivo à cultura, popularmente chamada de Lei Rouanet, é conhecida
principalmente por sua política de
incentivos fiscais. Possibilita que cidadãos (pessoas físicas), empresas (pessoas jurídicas),direcionam parte do
Imposto de Renda devido em ações
voltadas para cultura. Sendo assim,
além de obter como retornos benefícios fiscais sobre o valor do incentivo.
Os apoiadores dessa lei fortalecem as
iniciativas culturais que não se enquadram em programas do Ministério da
Cultura (MINC).
• Lei Estadual: Leis que utilizam isenção fiscal de impostos como o ICMS
(Imposto Sobre Mercadorias e Serviços) para fomentar ações que ampliam benefícios no Estado. Os empreendedores que tiverem seus projetos
aprovados e captados por meio da Lei
Estadual de Incentivo são obrigados
a prestar contas vindas da realização
do mesmo, com toda a documentação
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informações do balanço social,
exigida pelo órgão competente.
Para que o projeto receba a promoção da lei, é necessário que o plano de isenção do mesmo passe por um processo de
exame documental para receber um parecer interno e por sua vez externo e levado
a aprovação por seus órgãos competentes
que liberam o processo para a publicação e
certificação de sua portaria que por sua vez
permite a captação de recursos, seja como
patrocínio ou doação. A gestão de recursos é feita ocorrendo à prestação de contas
para que caso seja aprovada o processo é
arquivado. Do contrário a não aprovação
do projeto ocorrerá no encaminhamento
para prestação de contas ao TCU - Tribunal
de contas da União.
Análise
Para tornar público seus projetos
de responsabilidade social, as empresas deixam visíveis seus graus de comprometimento no balanço social(um demonstrativo publicado todos os anos pela
organização,integrando um conjunto de
informações sobre os projetos, benefícios
e ações sociais voltados aos seus públicos
de interesse como seus empregados, investidores, analistas de mercado, acionistas e
à comunidade). É considerado um instrumento estratégico para avaliar e aumentar
o exercício da responsabilidade social corporativa.
Os dados importantes citados nesse
balanço são:
a) valores monetários que foram investidos na intenção de trazer retornos à
sociedade podem ser vistos no rol de
b) publicações referentes aos projetos
implantados pela organização na área
social, variando de acordo com o modelo aplicado.
O balanço social não está restrito
somente às empresas particulares, pois é
passível de utilização por ONGs, tendo em
vista que podem fazer parte do escopo
das políticas internas que a governa, sendo conveniente para a mesma realizar um
demonstrativo de suas ações no âmbito social.
O balanço social tem ainda como
norteador a implantação de indicadores de
desempenho ou desenvolvimento social,
demonstrando a eficiência das estratégias
e ações praticadas pela organização.
Estes indicadores são, por exemplo:
1 - Indicadores humanos;
2 - Indicadores físicos;
3 - Indicadores monetários.
De acordo com Zarpelon (2006), existem algumas metodologias ou modelos
para a publicação deste Balanço social, que
são:
A. Inventário social = listam as ações
tomadas pela organização, relativas
ao contexto social;
B. Relatório social = é promulgado verbalmente, de acordo com os objetivos e as tomadas de ações relativas ao
contexto social;
C. Contabilidade de Gestão de Pessoas = atribui valores monetários aos
dispêndios com gestão de pessoas
(treinamentos e qualidade de vida no
trabalho);
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D. Relatório de custos = lista todos os
dispêndios relativos à Responsabilidade Social;
E. Abordagem do Valor Agregado = realiza uma avaliação em relação ao valor agregado das ações voltadas para
a Responsabilidade Social e repasse
deste valor agregado para os seus
stakeholders;
F. Balanço de lucros e perdas sociais =
equaciona os benefícios e custos relacionados com a Responsabilidade Social sobre o denominador comum de
valores monetários.
Conforme acompanhamos, existem
leis que beneficiam com incentivo fiscal
as organizações que trabalham com ações
sociais, mas nem todos tornam publico ou
disponibilizam a informação se foram beneficiados por leis de incentivo social tornando assim mais complexa a identificação
e levantamento de dados.
Importante ressaltar que todas as
empresas apontadas neste artigo, só terão
seus projetos patrocinados pelos governos
federais, estaduais e municipais a partir do
momento em que suas propostas estejam
realmente casadas com a sustentabilidade
através de documentações apresentadas
pelas mesmas e só assim terão suas deduções fiscais devidamente realizadas.
No Brasil, o balanço social não tem
sua publicação regulamentada, mas, alguns projetos de lei ou regulamentação
que tratam do Balanço Social seguem os
trâmites nas esferas federal, estadual e municipal.
Apesar de não ser obrigatória a publicação do Balanço Social no Brasil, de acordo pesquisas realizadas, pode-se perceber
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que seis das grandes empresas apontadas
no artigo disponibilizaram o balanço social
do último ano (2011). A publicação do balanço deste ano (2012) provavelmente será
no ano que vem (2013) quando acontecerá
o encerramento de suas atividades.
Baseado no levantamento de dados
das organizações percebe-se que 40%,
mais precisamente quatro das dez pesquisadas , apoiam projetos voltados para o social, assim como a FIAT que trabalha no desenvolvimento do povo com capacitação
de lideranças locais; promovendo reuniões
para discutir alternativas e assistências na
melhoria da qualidade de vida destas regiões. Chegaram a 30% as entidades que voltam suas atenções para os problemas educacionais, como a integração, treinamentos
de jovens da periferia e o preparo destes
para uma educação de qualidade. A FIAT,
em seu projeto Árvore da Vida, realiza muitas ações sociais envolvendo a educação
de jovem e aperfeiçoamento para adequação ao mercado de trabalho e ajudando-o
no desenvolvimento social em 81 comunidades, nas quais uma média de 25% conseguem emprego antes do término do curso.
Outro exemplo, a A&C desenvolve seu projeto com deficientes visuais trazendo-os a
oportunidade de emprego no mercado de
trabalho com a capacitação e ajuste de microcomputadores para obter mais qualifidade para o mercado de trabalho.
As ações dos correios que disponibiliza sua estrutura e logística para campanhas, dentre elas a dos Papai Noel dos
Correios, que estabelecem parcerias com
escolas públicas, creches, abrigos, orfanatos e núcleos socioeducativos, mobilizando assim mais de 110 mil empregados dos
Correios e respondendo pela entrega de
685.698 presentes. 10% focam na área da
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cultura , segundo o balanço realizado.
Não menos importante, mas 10%
que são duas das dez apoiam os projetos
no que diz respeito ao socioambiental.O
motivo dessas corporações investirem em
projetos ambientais é pelo fato do impacto
que se causa ao meio ambiente quando se
utiliza dos recursos naturais com a finalidade de obter resultados.
De modo direto, a ação das empresas
como Santander e Vivo fazem números impressionantes. O Banco Santander em um
acumulado de 589 toneladas de baterias,
e a Vivo com 23 milhões de equipamentos
para a um destino correto como reaproveitamento ou reciclagem têm colaborado
para diminuir a poluição do nosso solo.
As empresas que ocupam 10% do
total da pesquisa visam a área da cultura
e promoção direta de sua marca em seus
projetos. A Energisa demonstra sua marca
no patrocínio de revitalização de centros
culturais e promoção de eventos como teatro e artes. A empresa Vivo promove grandes eventos como o Conexão Vivo, que
como exemplo, carrega a marca no nome
do evento de música e privilegia os clientes
para que possam participar de seus eventos. As corporações Belgo/Arcelor Mittal,
e Copasa ocupam apenas 5% com ações
voltadas para o Ambiental onde procuram
exercer seus deveres e obrigações utilizando todos os recursos naturais como água,
solo e ar sem denegrir o meio ambiente, levando em consideração o cuidado com as
gerações futuras; mas nem por isso deixam
de focar em outras áreas projetos de Responsabilidade Social. A Copasa( Companhia de Saneamento de Minas Gerais), por
sua vez, além de atingir os 5% de investimentos em ações voltadas para o ambiente, atinge também 5% de projetos atrelados
ao socioeconômico pelo fato de ter a missão de prover soluções em abastecimento
de água, esgotos sanitários e resíduos sólidos, contribuindo assim para o desenvolvimento socioeconômico. No ano de 2011,
a Copasa investiu na criação de programas
de conscientização, preservação e desenvolvimento ambiental, investiu em pagamentos pela utilização dos recursos hídricos, em licenças ambientais, entre outros,
como também em projetos e ações tendo
como foco a preservação dos mananciais
mineiros sempre de forma sustentável.
Como disposto no gráfico, pode-se perceber que grande parte dos projetos de Responsabilidade Social são voltados para o
coletivo, porém nos setores privados estão
cobrando resultados dos investimentos realizados em suas ações sociais, já que não
pretendem só liberar recursos financeiros.
Pode-se observar que as organizações participantes desse artigo científico praticam
o que realmente vem informado em sua
identidade como compromisso, visão e valores que possibilitam o fortalecimento da
marca e como recompensa; além das premiações obtém credibilidade de todos os
envolvidos em cada projeto apoiado.
De acordo com o Ipea, as 465 mil empresas
que se envolvem com ação social no País
investiram R$ 4,7 bilhões em 2000. Mesmo
expressivo, o valor corresponde a apenas
0,4% do PIB.
Podemos identificar junto com nossa pesquisa que a organização vem assumindo
mais que um espaço destinado antes atribuído unicamente ao estado e assumindo
uma postura colocando estas instituições
como responsáveis à postura social na sociedade onde atua, assumindo características às vezes emancipadas ou em parceria
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com o estado, para a aceitação do individuo na sociedade a qual atua; tendo assim
uma construção também da imagem de
sua marca.
Esta nova forma de gestão assume aspecto
moderno e permite tratar a Responsabilidade Social como uma parte agora essencial as organizações sobre o ponto de vista
da comunicação e com isso trabalhar a forma como a empresa é vista entre os mais
variados públicos.
Como o conceito de responsabilidade é
novo e muito moderno, tem-se intensificado cada vez mais e nossa pesquisa deixa evidente que a participação da iniciativa privada é muito bem vista e apoiada
pelo poder publico e pela sociedade civil.
A iniciativa privada tem se utilizado desta
oportunidade para conversar com seus públicos, deixar clara a participação social e
assumir como sendo sua obrigação o cuidado com a cultura da responsabilidade
social das empresas.
A crescente competitividade e a importância do relacionamento com os seus diversos
públicos, levaram os conceitos de responsabilidade social e com ele o de sustentabilidade a ser uma estratégia de comunicação e administração de grande valor as
mais diversas empresas.
Empresas investem na área
social
De acordo com o Presidente da organização
não-governamental Parceiros da Vida, especializada em comunicação de marketing
para o terceiro setor, Fernando Credidio
(também é articulista das revistas Melhor –
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Vida & Trabalho, Filantropia, Voluntariado &
Terceiro Setor, Marketing Cultural, Junção e
do jornal Essência Social).
Abordar a importância de as empresas adotarem políticas de responsabilidade social,
nos dias de hoje, seria redundante, haja
vista que as organizações – sejam elas de
qualquer setor ou porte - sabem que não
podem mais contar, apenas, com a qualidade de seus produtos e serviços como
garantia de sobrevivência, porque tal atributo passou a ser uma exigência natural
do mundo competitivo. Essa necessidade,
entretanto, tem levado muitas corporações a adotarem estratégias equivocadas quando não oportunistas - na intenção de
demonstrarem para os diferentes públicos
com os quais se relacionam – os chamados
stakeholders – a preocupação com o papel
que desempenham em favor das comunidades onde atuam, além de gerarem e pagarem impostos. O primeiro erro está no
desconhecimento do verdadeiro significado da expressão marketing social e de seu
limite de atuação.
Credidio afirma ainda que:
Ao contrário do que vem sendo difundido,
inclusive pela mídia, marketing social não
é uma estratégia mercadológica adotada
por uma empresa com o objetivo de vender mais produtos ou serviços. Não é, também, o conjunto de ações tomadas visando
a melhoraria ou o reforço da imagem institucional (goodwill). Marketing social não é,
principalmente, um instrumento que possibilite a uma corporação associar sua marca a causas sociais.
Marketing social é um instrumento de gestão originado na década de 60, no setor da
saúde pública, nos Estados Unidos. É, isto
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sim, o conjunto de estratégias e ações devidamente planejadas para a inserção de
programas realizados para a promoção de
mudança social, por meio do emprego das
técnicas do marketing convencional, o que
se pode dizer é que o autor de uma ação ou
campanha de marketing social é, todavia,
uma organização da sociedade civil sem
fins lucrativos ou um órgão governamental, o que não quer dizer que uma organização não possa desenvolver ações sob esse
escopo. Isso pode ocorrer desde que ela
foque única e necessariamente a multiplicação das soluções e dos impactos sociais
no que diz respeito à adoção de comportamentos, atitudes e práticas que fortalecem a implantação de políticas públicas, a
promoção de causas sociais relevantes e a
transformação social, sem que tal conduta esteja agregada a ganhos de imagem, à
revitalização da marca ou com a intenção
ainda que perdido, de aumentar sua participação de mercado.
Quando bem usado, o marketing de causa
social é um poderoso instrumento estratégico de posicionamento, pois, quando bem
utilizado algumas técnicas do marketing
tradicional, consegue-se associar a marca
de uma empresa a uma questão ou causa
social. O objetivo dessa parceria é que todos os atores são beneficiados: as empresas, pelo aumento de vendas de seus produtos e/ou serviços e pela capitalização de
imagem graças, principalmente, à exposição por meio de mídias espontâneas; as
entidades, por meio da divulgação de suas
causas atraindo mais voluntários e maior
volume de recursos; pra finalizar, a sociedade, como principal beneficiada dessas
ações.
Como se pode perceber a muito ainda o que
ser feito, principalmente no sentido de que
as corporações assumam completamente
o papel de agentes sociais no processo de
desenvolvimento, levando em consideração que a Responsabilidade Social é muito
mais que uma poderosa ferramenta de gestão ou de fortalecimento de imagem e que
deve estar injetado no DNA corporativo e
ser, sobre tudo, uma vocação da empresa
visando traduzir-se, independente e acima
de qualquer causa, fazer do Brasil um país
justo, com menos desigualdades e, sobretudo, mais solidário.
Referências
ALMEIDA, Fernando
Responsabilidade Social e meio ambiente/
Fernando Almeida – Rio de Janeiro: Elsevier,
2009.
DIAS, Reinaldo
Gestão Ambiental: responsabilidade social
e sustentabilidade / Reinaldo Dias. – São
Paulo: Atlas, 2006.
FONTES DE PESQUISAS INTERNET
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http://vivo.mediagroup.com.br/port/
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http://vivo.mediagroup.com.br/port/
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http://www.spaipa.com.br/conteudos/
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coletivo_coca_cola_27/projeto_
coletivo_38
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PROJETOS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL APOIADOS POR EMPRESAS MINEIRAS
http://www.copasa.com.br/cgi/cgilua.exe/
sys/start.htm?sid=108&infoid=39&tpl=sect
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http://www.projetoarvoredavida.com.br/
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http://www.projetoarvoredavida.com.br/
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http://ideca.org.br/projetos/23-fundacaovale-do-rio-doce
http://ideca.org.br/projetos/23-fundacaovale-do-rio-doce
http://www.aec.com.br/responsabilidadecorporativa/apoiosepatrocinios.aspx
http://www.responsabilidadesocial.com/
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http://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/exemplos_desenvolvimento_sustentavel.htm
h t t p : / / t e r r a m a g a z i n e. t e r r a . c o m . b r /
interna/0,,OI3941215-EI11351,00-Sustentabilidade+empresarial+para+valer.html
http://www.estadao.com.br/arquivo/economia/2002/not20020609p31431.htm
http://www.responsabilidadesocial.com/
article/article_view.php?id=135
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