a Torreciudad - São Josemaria Escrivá. Fundador do Opus Dei

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a Torreciudad - São Josemaria Escrivá. Fundador do Opus Dei
Início - Notícias - 100 anos da romaria dos Escrivá a Torreciudad
100 anos da romaria dos Escrivá a
Torreciudad
12.7.2004
Em 2004 cumpre-se o centenário da romaria de acção de graças à Virgem Maria
que o casal Escrivá realizou à ermida de Nossa Senhora de Torreciudad. A ela
atribuíam a cura do filho, São Josemaría, que tinha sido dado como um caso
perdido por um médico.
Em 1930, São Josemaría escrevia nas suas notas pessoais: “Senhora e Mãe
minha! Tu deste-me a graça da vocação; salvaste-me a vida, sendo criança;
tens-me ouvido muitas vezes!...”. Referia-se à cura milagrosa que os seus pais
tinham alcançado da Virgem Maria em 1904, quando o menino tinha dois anos.
Andrés Vázquez de Prada, um dos biógrafos do fundador do Opus Dei, conta
assim: “Por essa altura, esteve às portas da morte, por causa de uma doença
grave. É possível que se tratasse de uma infecção aguda. (…) Na noite anterior
ao inesperado acontecimento, o Dr. Ignacio Camps Valdovinos, médico da
família, foi visitar o menino. Era um galeno experiente, com bom olho clínico, mas
naquele tempo não era possível atalhar o curso virulento da infecção. E chegou o
momento em que o Dr. Camps teve de dizer a José Escrivá: - «Olha, Pepe, desta
noite não passa»”.
“Cheios de fé, os pais pediam a Deus a cura do filho. Dolores Escrivá iniciou, com
grande confiança, uma novena ao Sagrado Coração de Maria; e o casal
prometeu à Virgem que, caso se curasse, o pequeno seria levado em
peregrinação à imagem que era venerada na ermida de Torreciudad”.
Esperanza Corrales, vizinha dos Escrivá, recorda muitos anos mais tarde, o caso:
“A doença teve um desenlace inesperado e o pequeno Josemaría sobreviveu
apesar do sombrio augúrio dos médicos. Quando ficou bem, o casal Escrivá,
cumpriu a promessa de ir agradecer à Virgem de Torreciudad, com o menino nos
braços”.
“A cavalo e por caminhos de cabras, fizeram quatro longas léguas. D. Dolores
levava o filho nos braços. Sentada na cadeirinha, à amazona, teve algum medo
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durante o trajecto, que passava, por entre penhascos e barrancos abruptos, a
pique sobre o rio Cinca. Lá no alto ficava a ermida de Torreciudad e, aos pés da
Virgem, ofereceram o menino em acção de graças”. Anos mais tarde, recordando
este episódio, D. Dolores repetiu mais de uma vez ao filho: «Meu filho, foi por
alguma razão de peso que a Virgem te deixou neste mundo, porque estavas mais
morto do que vivo».
“Turris Civitatis”
Os pais de Josemaría recorreram a Nossa Senhora de Torreciudad pela devoção
que havia na zona a essa invocação. Desta devoção popular dá conta um artigo
publicado recentemente no ‘Heraldo de Huesca’:
A ermida de Torreciudad ergue-se no cimo de um promontório sobre o rio Cinca,
num sítio belo e agreste. O acesso era difícil e chegava-se lá a pé ou a cavalo.
Desde o ano de 1084, de geração em geração, os povos que rodeiam o santuário
de Torreciudad têm mantido vivo o costume de ir em peregrinação a este lugar.
Eram frequentes as peregrinações de povoações inteiras, com pendões e
estandartes. Ao chegar ao santuário, havia um tempo para confissões, a que se
seguia a santa Missa. Pela tarde, havia a exposição do Santíssimo e a recitação
do Terço. A assistência a essas romarias tinha um cariz claramente familiar e
penitencial, uma vez que se juntavam famílias inteiras, transmitindo a devoção de
geração em geração.
A devoção a Torreciudad é muito antiga no Somontano. Segundo os
especialistas, é completamente desconhecida a origem do santuário primitivo e
da sua imagem. Supõe-se que data do ano de 1084, em que libertadas as terras
do Somontano do domínio árabe, foi encontrada a imagem e construída a ermida.
Trata-se de uma Virgem negra, semelhante à de Nossa Senhora de Monserrate,
e existe a lenda de que apareceu a uns lenhadores de Bolturina declarando-lhes
o seu desejo de ser ali venerada.
Torreciudad está situada a 24 quilómetros a norte de Barbastro, junto à barragem
do Grado. Na documentação medieval que se conserva chama-se “Civitas”
(topónimo do qual derivou mais tarde o de “Turris Civitatis”, Torreciudad), ao
baluarte que os invasores muçulmanos tinham para se defender dos cristãos que
a partir do norte se empenhavam por reconquistar as terras que os árabes lhes
tinham arrebatado.
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