diorama rural material utilizado

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diorama rural material utilizado
DIORAMA RURAL
Iniciei no hobby com a escala Ho onde ainda curto muito, mas também sou fã da escala N, até mesmo por questão tão
de espaço. Infelizmente não encontramos todos os modelos de nossas ferrovias nesta escala, o jeito é improvisar.
Apesar de morar em cidade sou fascinado com paisagens do interior. Retratei em escala N neste diorama um trecho
ferroviário rural, citando algumas técnicas que aprendi com muita insistência e erros no meu primeiro diorama. Ressalto
que os únicos itens não fabricados que compõe o diorama são as vacas e os trilhos.
MATERIAL UTILIZADO:
-1 Pedaço de madeira 12x25CM (sucupira ou madeira similar)
-1 Verniz impermeabilizante.
-1Tintas acrílicas, cores, areia, palha, verde oliva, verde musgo, amarelo, vermelho.
-1folha de papel Paraná
-Giz pastel (cores para envelhecimento)
-1 Pinça para auxiliar no processo de encaixa das peças
-1 Esquadro, 1 tesoura
-1 Régua 30 cm
-1 Lata de 900 ml de massa corrida
-Cola comum, 1 cola tipo Super bonder e 1 cola de isopor.
-1 Metro de pelúcia de 5 mm
-1 Metro de pelúcia de 7 cm
-2 Miçangas de bijuterias
-1 Trilho curvo e 1 reta (no caso escala N)
-1 Pedaço de Isopor
-1 Bucha de limpeza.
-1 Maço de arame de bijuteria
-6 Fitas de fecho- prático
-1Pacote de brita triturada na cor cinza (Achada em lojas de aquários)
-1Cartela de figura de vacas na escala
Para começar utilizei um pedaço de madeira 12x25CM
Depois de tudo lixado, passei uma mão de verniz impermeabilizante para evitar cupins.
Depois de seco vem o próximo passo, preferi marcar o lastro onde iria passar os trilhos. Após marcado com lápis a
curvatura recortei uma fita de E.V.A (4 mm) com a medida de largura em 1,5 cm para acomodar os trilhos e elevar
posteriormente para o empedramento.
Colada a fita, assente os trilhos colando-os sobre a mesma, você pose utilizar um alfinete nos furos dos dormentes para
melhor ajuste sobre a fita E.V.A
Removi os trilhos depois de feito o acerto na curva. A próxima etapa vem a confecção do relevo, para isso utilizei massa
corrida em toda a base ou se preferir pode ser usado papel/jornal molhado em cola na base também ajuda bastante a
aderência da massa.
Recortei e modelei um pedaço de isopor contornando os trilhos e colei na base com cola de isopor. Você pode usar
pedrinhas de aquário para colar na parede do isopor e pintá-las chapiscando com pincel em três tons de cinza
(imantado a rochas laterais do corte) ou pintar na cor de terra se preferir reproduzir somente o barranco.
Onde seria a estrada/caminho elevei um pouco mais com a massa. Para imitar as marcas de barro e rodas dos veículos
passei uma rodinha de um veículo na escala pressionando sobre a massa até marcar (*Deixe para fazer isso quando a
massa estiver quase seca fica mais fácil).
Depois de seca, pintei com tinta acrílica PVA imitando tonalidade de terra (Usei as cores palha/areia, amarelo e rosa)
misture até achar o ton mais próximo da realidade do solo a ser reproduzido.
Agora com os trilhos já envelhecidos e assentados sobre a fita de E.V.A pintada na cor do terreno, colocamos mais
massa na estrada elevando-a até o nível dos trilhos para imitar a travessia, nesta podemos recortar um pedaço de fita
de E.V.A de 2 mm e colar entre os trilhos, cobrindo os dormentes caso tenha dificuldade em cobrir com a massa, o
acabamento também fica bom. No caso da massa é bom passar um vagão sobre os trilhos com ela ainda quase seca
para marcar a passagens das rodas. Lembrar de limpar o excesso de massa nos trilhos, no caso de um diorama é mais
estético, mas numa maquete pode ocorrer mal contato no circuito ou descarrilamento. Depois de tudo seco é só
começar o empedramento da linha e partir para a vegetação.
REPRODUZINDO A VEGETAÇÃO
O que difere nosso hobby dos demais e representar em maquete. Um cenário também pode ficar bem feito usando
material de fácil acesso e itens baratos, que encontramos ao nosso redor, basta ser um bom observador e usar a
criatividade.
AS MOITAS
Encontradas as margens do lastro ferroviário, barrancos e próximo do gramado, dão um toque a mais no cenário, veja
como foram feitas:
A GRAMA
Pelúcia já tingida sendo colada no isopor. Pode ser usado cola de isopor ou cola normal.
O BAMBUZAL
MOITAS DE SERRAGEM
Você também pode variar fazendo moitas de serragem, também são ótimas para disfarçar e cobrir as emendas
na pelúcia nos encontros do isopor nas partes do barranco. Utilizei manta acrílica (Barba de papai Noel)
Pode ser tingida de verde ou marrom, depois de colorida passe com os dedos um pouco de cola comum e jogue
serragem por cima na quantidade de seu agrado.
Moita já pronta sendo colocada no relevo, neste caso usei cor marrom na manta para causar efeito de ramagem
Mas também fica bom com verde. Estas moitas também foram aproveitadas para confeccionar as árvores, pois são
flexíveis de fácil colocação nas armações de arames. Elas sem serragem na cor verde causam aspectos de vegetação
cerrada, podendo ser adicionada sem problema no cenário.
AS BANANEIRAS
Ainda não testei esta técnica com coqueiros e palmeiras, mas acredito que pode dar certo. As folhas só precisam ser
mais desfiadas. Quando queremos retratar uma paisagem de interior a diversidade faz a diferença no cenário. Depois de
tudo confeccionado, colei a grama na base já pintada com cola de isopor, fui fazendo acertos da pelúcia recortando com
tesoura, em seguida foi colando as árvores, moitas próximas do lastro dos trilhos, em cima do barranco, nas laterais do
barranco etc. Procure fazer tudo o mais próximo de uma vegetação real, observe fotos do que está tentando reproduzir,
fica muito mais fácil de retratar com fidelidade e agradando aos olhos de quem vê.
AS CONSTRUÇÕES
Nas construções queria reproduzir ambiente com casas de interior, pesquisei em fotos de casas antigas, não queria
utilizar Kits de plástico que não tem nada e em comum com nossas construções. Achado os modelos desenhei em papel
Paraná (Utilizado para fabricação de embalagens) as fachadas e laterais na escala, depois desenhei no programa Paint
ou Corel os modelos de portas e janelas sendo reduzidas e impressas, coladas dentro do recorte de sua profundidade
nas peças.
Depois de desenhado no papel Paraná, comecei a recortar com estilete. Após terminado os cortes das janelas e as
partes das paredes, usei cola para unir todas as partes da casa com auxílio de um esquadro.
Abaixo já temos as partes cortadas e coladas formando a estrutura da casa onde também foram coladas as portas e
janelas impressas. *Na colagem de algumas das janelas colei apenas metade assim parece que está com uma parte
aberta.
Para a pintura utilizei tinta acrílica PVA, usei um tom mais claro primeiro e depois um degradê num tom mais escuro.
Olhando fotos e respeitando a coloração de pintura de casas desgastadas com a ação do tempo facilita muito o
trabalho. Cortei as pontas de um pincel para fazer a aplicação do pó de giz pastel para dar um sombreado. Assim
criando manchas de umidade e escorrimento de água da chuva.
Abaixo, a casa já acabada com o telhado colocado e escadaria colada. Se você quiser detalhar com plantas, usei bolinhas
de bijuterias para imitar os vasos e colei pequenos pedaços de espuma.
No telhado podemos usar 2 técnicas: acima ele foi impresso e colado em suas emendas uma fileira cortada e dobrada
em curva. No modelo de casa abaixo usei papelão de caixa de sapatos, retirando a camada superior deixando a parte
ondulada onde foram recortadas em tiras de 3mm e coladas de maneira sobrepostas em 2mm imitando assim a
disposição das telhas de um telhado real. Você pode escolher qual o estilo do telhado de sua casa e sua habilidade na
técnica.
(*OBS: SE VOCÊ QUISER EM ESTILO TELHA FRANCESA, É SÓ AMASSAR OS ONDULADOS COM UMA PINÇA DE PONTA
FINA, FICA MUITO LEGAL TAMBÉM).
Diorama pronto:
Agora é só apreciar a paisagem e sentir como se estivesse no campo, abaixo tem fotos de outros ângulos
Meu primeiro diorama abaixo:
Eu Hilton Miranda, autorizo o Cartel Caipira a publicar o tutorial acima para o Concurso de
Dioramas.