carne reta Foiles
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Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango RELATÓRIO ANUAL 2003 Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango Brazilian Chicken Producers and Exporters Association Índice Destaques 5 Mensagem do presidente 7 Empresas associadas em 2003 9 Índice Mercado de carnes no Brasil, cenário 13 O mercado mundial 15 Exportações brasileiras 19 Vantagens competitivas 31 Promoção comercial 35 Perspectivas 2004 37 relatório anual ABEF - 3 estaque Destaques Uma conquista histórica: a liderança na exportação mundial de frangos, em receita cambial Vinte e dois novos mercados para o frango brasileiro Novos recordes em receita cambial e nos volumes embarcados Uma estratégia bem-sucedida para valorizar as exportações Crescimento relativo da receita supera o dos volumes em todos os segmentos Exportação de industrializados tem desempenho excepcional A parceria de exportadores e governo para enfrentar as barreiras protecionistas A importância de mais investimentos em sanidade e qualidade avícola As perspectivas para o ano de 2004 relatório anual ABEF - 5 resident Mensagem do Presidente “Um ano para ficar na história” Ao ser empossado na presidência da ABEF, em abril de 2003, fiz questão de enfatizar que o frango brasileiro já era o primeiro em qualidade. E que a meta deveria ser a busca da valorização de nossas mercadorias e a recuperação de preços no mercado internacional. O resultado desta estratégia não poderia ser mais positivo. O ano passado foi marcado por mais um desempenho recorde, tanto em divisas quanto em volume embarcado. Uma performance que levou o Brasil à condição, inédita, de maior exportador mundial de carne de frango em receita cambial, superando os Estados Unidos. Os associados da ABEF, com o apoio de todo o setor avícola, aprimoraram a política de exportação. Foram conquistados 22 novos mercados, com a ampliação de nossa presença no Oriente Médio, na Ásia e na União Européia. Hoje, o produto brasileiro é degustado na mesa de 122 diferentes mercados. Essa expansão no mercado internacional, diga-se de passagem, foi obtida apesar de barreiras protecionistas que o nosso produto continua enfrentando. Neste momento é fundamental destacar, também, o total apoio que os exportadores receberam, nas diversas negociações internacionais, dos Ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e das Relações Exteriores (MRE). Da mesma forma, foi inestimável a constante presença, ao lado dos exportadores, da Agência de Promoção de Exportações (APEX-Brasil), nas ações de divulgação internacional da qualidade e sanidade de nosso produto. O ano de 2003 representa uma vitória de todos, e foi resultado da união da cadeia agrícola e do apoio dos órgãos de governo. União, aliás, que será fundamental para enfrentarmos novos desafios que teremos pela frente a fim de manter o Brasil na liderança mundial das exportações em qualidade, sanidade e divisas cambiais, tão importantes para o fortalecimento da balança comercial e pagamento da dívida externa de nosso país. Afinal, levando-se em conta que a presença no mercado internacional é uma batalha constante e citando uma máxima da doutrina militar, é mais difícil manter do que conquistar. Parabéns à classe exportadora pelos excelentes resultados alcançados. Julio Cardoso Presidente ABEF relatório anual ABEF - 7 ssociada Empresas Associadas em 2003 AGROAVÍCOLA VÊNETO LTDA. www.agroveneto.com.br Produção: 21.520.544 cabeças abatidas Participação: 0,58% Exportação: 20.618.400 kg líquido Participação: 1,07% AVÍCOLA PAULISTA LTDA. www.avicolapaulista.com.br Produção: 22.421.847 cabeças abatidas Participação: 0,60% Exportação: 3.473.865 kg líquido Participação: 0,18% BIG FRANGO IND. COM. DE ALIMENTOS LTDA. www.bigfrango.com.br Produção: 41.881.434 cabeças abatidas Participação: 1,13% Exportação: 6.103.950 kg líquido Participação: 0,32% COOPERATIVA AGRÍCOLA CONSOLATA LTDA. - COPACOL www.copacol.com.br Produção: 56.438.391 cabeças abatidas Participação: 1,52% Exportação: 21.968.715 kg líquido Participação: 1,14% relatório anual ABEF - 9 COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL LAR www.lar.ind.br Produção: 36.209.904 cabeças abatidas Participação: 0,98% Exportação: 38.946.467 kg líquido Participação: 2,03% COOPERATIVA CENTRAL OESTE CATARINENSE LTDA. – AURORA www.auroraalimentos.com.br Produção: 87.567.045 cabeças abatidas Participação: 2,36% Exportação: 42.693.561 kg líquido Participação: 2,22% FRANGO SERTANEJO LTDA. www.gruposertanejo.com.br Produção: 48.426.390 cabeças abatidas Participação: 1,30% Exportação: 5.413.410 kg líquido Participação: 0,28% MOINHOS CRUZEIRO DO SUL S/A www.predileto.ind.br Produção: 72.163.169 cabeças abatidas Participação: 1,94% Exportação: 27.186.092 kg líquido Participação: 1,41% RIO BRANCO ALIMENTOS S/A www.pifpaf.com.br Produção: 48.561.267 cabeças abatidas Participação: 1,31% Exportação: 4.577.339 kg líquido Participação: 0,24% FRANGOSUL S/A - AGROAVÍCOLA INDUSTRIAL www.frangosul.com.br Produção: 237.804.287 cabeças abatidas Participação: 6,40% Exportação: 276.350.593 kg líquido Participação: 14,38% PENASUL ALIMENTOS LTDA. www.penasul.com.br Produção: 36.157.413 cabeças abatidas Participação: 0,97% Exportação: 22.999.107 kg líquido Participação: 1,20% SADIA S/A www.sadia.com.br Produção: Participação: Exportação: Participação: MACEDO, KOERICH S/A www.macedo.com.br Produção: 21.841.585 cabeças abatidas Participação: 0,59% Exportação: 9.627.891 kg líquido Participação: 0,50% PERDIGÃO AGROINDUSTRIAL S/A www.perdigao.com.br Produção: 427.439.592 cabeças abatidas Participação: 11,51% Exportação: 407.446.988 kg líquido Participação: 21,20% SEARA ALIMENTOS S/A www.seara.com.br Produção: 246.151.173 cabeças abatidas Participação: 6,63% Exportação: 307.674.210 kg líquido Participação: 16,01% 479.900.928 cabeças abatidas 12,92% 441.697.425 kg líquido 22,98% associadas DAGRANJA AGROINDUSTRIAL LTDA. www.dagranja.com.br Produção: 95.784.494 cabeças abatidas Participação: 2,58% Exportação: 22.017.633 kg líquido Participação: 1,15% relatório anual ABEF - 10 relatório anual ABEF - 11 EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE CARNES O Mercado de Carnes no Brasil, Cenário O Brasil bateu, em 2003, mais um recorde na exportação de carnes. O setor respondeu por divisas de US$ 4,1 bilhões, ou quase US$ 1 bilhão a mais que em 2002, o que correspondeu a um expressivo crescimento de 31%. Para se ter uma idéia da importância deste desempenho, basta dizer que as exportações do setor de carnes contribuíram com 17% do aumento de US$ 5,8 bilhões nas exportações do agronegócio no ano passado, que também foi um recorde histórico. Apesar do aumento expressivo das vendas no exterior, o maior mercado do setor brasileiro de carnes ainda é mesmo o Brasil. No caso do frango, por exemplo, 75% da produção são negociados no mercado interno. A performance de 2003 foi obtida com qualidade, sanidade e agressividade comercial, onde foi fundamental o apoio da APEX-Brasil. E teria sido ainda melhor, no caso do frango e do suíno, se não fosse o sistema de cotas estabelecido pela Rússia, que restringiu as vendas brasileiras dos dois produtos para aquele mercado. No geral, o destaque foi para o setor de carne bovina. As vendas foram ampliadas em 39% na receita, que chegou a US$ 1,509 bilhão, e de 32% nos volumes, com embarques de 1,362 milhão de toneladas. Com este desempenho, o Brasil superou a Austrália a assumiu a posição de primeiro maior produtor e exportador mundial. Mas a liderança em números absolutos continuou com o setor avícola. A receita com as exportações passou de US$ 1,4 bilhão em 2002 para US$ 1,8 bilhão em 2003, com crescimento de 29%. E os embarques aumentaram, no mesmo período, de 1,624 milhão para 1,922 milhão de toneladas, o que correspondeu a um incremento de 20,6%. O resultado elevou o Brasil à posição de primeiro exportador mundial de carne de frango em divisas, superando os Estados Unidos. Em volume, onde ocupamos o segundo lugar nas vendas internacionais, os embarques ficaram apenas 237 mil toneladas abaixo dos realizados pelos EUA no ano passado. É bom destacar que os exportadores brasileiros, tendo conquistado 22 novos mercados em 2003 e ampliado para 122 a relação de clientes, entraram em 2004 com apenas oito países a menos na comparação com os Estados Unidos. No caso dos suínos, em função das restrições do mercado russo, as vendas - que tinham sido recorde em 2002 - cresceram 13,5% em receita e apenas 3% em volume. relatório anual ABEF - 13 Produção Em 2003 a produção mundial de carne de frango atingiu 52,833 milhões de toneladas, contra 52,825 milhões de toneladas em 2002. A produção do Brasil foi de 7,843 milhões de toneladas, ou 4,3% acima do ano anterior. Um desempenho, portanto, bem acima da média mundial e que manteve o país como o terceiro maior produtor. Nos EUA, maior produtor de frangos do mundo, a produção ficou estável, atingindo 14,610 milhões de toneladas. Importação O volume de compras de carne de frango no comércio internacional, 4,279 mil toneladas, que havia se estabilizado em 2002, caiu 0,11% em 2003. O principal motivo foi a redução de 2,3% nas compras da Rússia, o maior importador mundial, por conta das restrições através do sistema de cotas. Entre os dez maiores do ranking da importação, até o ano passado o Brasil só não exportava para Coréia do Sul e México. Porém é prevista para breve a primeira negociação já que a parte sanitária está sendo ajustada pelos dois governos. E no caso mexicano a ABEF já iniciou, em 2003, promissoras negociações com as autoridades locais. Exportação No ano passado as vendas internacionais de carne de frango somaram 5,861 milhões de toneladas, ou 1,4% acima de 2002. O Brasil manteve sua participação de 33% nas exportações, bem como a posição de país com maior crescimento nas vendas nos últimos anos. O crescimento de 20,6% no volume das exportações brasileiras superou amplamente os 2,3% de acréscimo nas vendas dos Estados Unidos, primeiro exportador mundial, que negociaram 2,230 milhões de toneladas. Os nossos principais concorrentes continuam sendo a Tailândia, a China e a União Européia. relatório anual ABEF - 15 ercad O Mercado Mundial PRODUÇÃO MUNDIAL DE CARNE DE FRANGO (MIL/TON.) IMPORTAÇÃO MUNDIAL DE CARNE DE FRANGO (MIL/TON.) EXPORTAÇÃO MUNDIAL DE CARNE DE FRANGO (MIL/TON.) PRINCIPAIS PAÍSES (1999-2004*) PRINCIPAIS PAÍSES (1999-2004*) PRINCIPAIS PAÍSES (1999-2004*) relatório anual ABEF - 16 relatório anual ABEF - 17 xportaçõe Exportações Brasileiras O Brasil encerrou o ano de 2003 com novos recordes e também como o líder no ranking mundial da exportação de carne de frango em receita cambial. As vendas somaram divisas de US$ 1,8 bilhão, o que representa um expressivo crescimento de 28,2% sobre o resultado de 2002. E os embarques, de 1,960 milhão de toneladas, aumentaram 20,6% em relação ao ano anterior. A lista de mercados de destino foi ampliada de 100 para 122 países. Ou seja, um crescimento de 22% em apenas um ano ou quase dois novos mercados por mês. A organização dos associados dentro da estratégia de buscar a valorização de nosso produto no mercado internacional, além do apoio do MDIC, do MAPA, do MRE e da APEX-Brasil, são fatores essenciais do excepcional resultado obtido em 2003. As vendas brasileiras também foram beneficiadas por problemas sanitários em países como Alemanha, Bélgica, Holanda e China, que favoreceram um aumento dos embarques para países do Leste Europeu e do Oriente Médio, além do Japão. Mas o desempenho do ano passado teria sido ainda melhor não fossem as barreiras protecionistas ainda enfrentadas pelos exportadores brasileiros, como o aumento de 15% para 75% na sobretaxa sobre o corte de peito de frango salgado, pela União Européia, e o sistema de cotas da Rússia. relatório anual ABEF - 19 Comportamento das vendas externas por segmento Quase dois novos mercados por mês em 2003 Crescimento maior na receita aponta valorização do produto brasileiro EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE CARNE DE FRANGO 2002 x 2003 (UNIDADE: KG LÍQUIDO) Frango inteiro As vendas, que corresponderam a 41,5% do volume, somaram 798 mil toneladas no ano passado, com um incremento de 18,3% sobre 2002. Mas o crescimento da receita cambial foi bem mais expressivo, de 36%, correspondendo a divisas de US$ 617,2 milhões. O resultado foi um preço médio por tonelada de US$ 773, ou 15% acima do verificado em 2002. Oriente Médio Aumentou suas encomendas em 22%, chegando a 550 mil toneladas e mantendo-se como o principal comprador. ESTADOS PRODUTORES E EXPORTADORES EM 2003 África As vendas brasileiras somaram 33 mil toneladas, ou 6% acima de 2002. Ásia DESTINO DA PRODUÇÃO BRASILEIRA EM 2003 A região ampliou em 42% as compras do frango brasileiro, com encomendas de 26,2 mil toneladas. União Européia As exportações brasileiras para a região tiveram um crescimento residual, de 2%, ficando em 17 mil toneladas. Mercosul A retomada das vendas para a Argentina, no início de 2003, contribuíram para um desempenho relativo excepcional, com uma taxa de 1.121%. Foram embarcadas 6 mil toneladas. Não podemos esquecer que no final dos anos 90, antes das medidas protecionistas adotadas contra o produto brasileiro, a performance do volume embarcado em todo o ano de 2003 era realizada mensalmente. Rússia Foi o destaque negativo entre os mercados de destino. A adoção do regime de cotas provocou uma redução de 38% nos embarques do produto brasileiro, em relação a 2002, que ficaram em 79 mil toneladas. relatório anual ABEF - 20 relatório anual ABEF - 21 Cortes de frango EXPORTAÇÃO DE CARNE DE FRANGO POR DESTINOS SELECIONADOS 2003 x 2002 (UNIDADE: KG LÍQUIDO) Também neste segmento, que correspondeu a 58,5% do volume das vendas brasileiras de carne de frango, o crescimento relativo da receita superou o do volume. Enquanto os embarques foram de 1,124 milhão de toneladas, com incremento de 21,5% sobre 2002, a receita, de US$ 1,092 milhão, foi 24% superior à do ano anterior. O preço médio por tonelada, de US$ 972, representou um incremento de 2%. Ásia Maior comprador, ampliou em 26% suas encomendas. As exportações brasileiras somaram 433 mil toneladas para este destino. União Européia A exemplo do segmento de frango inteiro, as exportações brasileiras para aquela região tiveram um crescimento modesto, de 2,6%, ficando em 268 mil toneladas. África Foi o mercado que exibiu o segundo maior crescimento relativo nas compras: 69%, com encomendas de 75,5 mil toneladas. Oriente Médio As exportações brasileiras para a região somaram 43 mil toneladas, ou 18% a mais do que em 2002. Mercosul Como no frango inteiro, teve o maior crescimento relativo em 2003 em função da retomada das vendas para a Argentina. As 1,9 mil toneladas embarcadas representaram um incremento de 734% sobre o ano anterior. Rússia Da mesma forma que no outro segmento, o sistema de cotas instituído pelo governo russo, provocou uma expressiva redução nas vendas brasileiras, de 27% sobre 2002, correspondendo a 122 mil toneladas. relatório anual ABEF - 22 relatório anual ABEF - 23 EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE CARNE DE FRANGO POR ÁREA GEOGRÁFICA Frango industrializado (UNIDADE: VOLUME) Outro importante indicador do excepcional desempenho das exportações em 2003. A receita cambial neste segmento foi de US$ 89,209 milhões, ou 54,5% a mais do que no ano anterior. E os volumes somaram 37.730 toneladas, o que corresponde a um incremento de 51% sobre o resultado de 2002. EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE CARNE DE FRANGO POR SEGMENTO (UNIDADE: VOLUME) EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE CARNE DE FRANGO POR SEGMENTO (MIL/TON.) relatório anual ABEF - 24 relatório anual ABEF - 25 América do Norte Canadá Estados Unidos Peru Suriname Venezuela América Central Europa Ant. Holandesas Aruba Bahamas Bermudas Cayman, Ilhas Cuba Granada Haiti Trinidad e Tobago Albânia Alemanha Armênia Azerbaijão Belarus Bélgica Bósnia-Herzegovina Bulgária Croácia Dinamarca Eslováquia Eslovênia Espanha Finlândia França América do Sul Argentina Bolívia Guiana Paraguai Geórgia, Rep. da Grécia Hungria Irlanda Islândia Itália Iugoslávia Letônia, Rep. da Lituânia, Rep. da Luxemburgo relatório anual ABEF - 26 Macedônia, antiga R.I. Moldávia, Rep. da Países Baixos Polônia Portugal Reino Unido Rep. Tcheca Romênia Rússia Suécia Suíça Ucrânia Ásia Arábia Saudita Bahrein Bangladesh Casaquistão, Rep. Catar China Chipre Cingapura Coréia, R.P.D. Norte Coréia, Rep. Sul Coveite Emirados Árabes Filipinas Hong Kong Iemem Índia Irã, Rep. do Iraque Japão Jordânia Líbano Macau Malásia Maldivas Omã Sri Lanka Tadjiquistão, Rep. Turcomenistão Turquia Uzbequistão, Rep. África África do Sul Angola Benin Cabo Verde Camarões Canárias, Ilhas Comores Congo Congo, Rep. Dem. do Costa do Marfim Djibuti Egito relatório anual ABEF - 27 Gabão Gâmbia Gana Guiné Guiné Equatorial Guiné-Bissau Libéria Madagascar Marrocos Maurício Mauritânia Moçambique Namíbia Nigéria S. Tomé e Príncipe Senegal Serra Leoa Seychelles Tanzânia Togo Tunísia Zâmbia Oceania Nova Caledônia Nova Zelândia Samoa EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE CARNE DE FRANGO PARA OUTROS DESTINOS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE CARNE DE FRANGO (TON.) SÉRIE HISTÓRICA (1975 - 2003) relatório anual ABEF - 28 relatório anual ABEF - 29 antagen Vantagens Competitivas Poucos produtos na pauta de exportação do Brasil apresentam desempenho tão significativo. Competitividade, agressividade comercial da avicultura de exportação do Brasil, menor custo de produção do mundo, o mais eficiente produtor mundial, segundo a International Finance Corporation (IFC), explicam o brilhante resultado alcançado pelo setor. O Brasil é o segundo maior produtor e exportador mundial de frangos, em volume, e o primeiro exportador mundial em receita cambial. Esta atividade representa o terceiro maior produto de exportação do agronegócio brasileiro. Aqui as condições de clima e meio ambiente são ideais para a criação. Toda a matéria-prima necessária (milho e soja) é produzida aqui. Há ainda outras vantagens competitivas. Sistema integrado Um competente sistema de integração desenvolvido pelas agroindústrias, difundido nas áreas de produção, é o responsável pelas conquistas brasileiras. Sinérgico, o modelo conciliou a eficiência produtiva de milhares de pequenos avicultores e a enorme capacidade de produção em escala e distribuição dos processadores de carnes. Os avicultores recebem orientação das indústrias para: * Construção e instalação de aviários e equipamentos. * Treinamento de manejo. * Ração balanceada, baseada em milho (66%) e soja (24%). * Acompanhamento veterinário. * Entrega das aves para abate no prazo e peso necessários. * Escalas de abate e tamanho das aves para diferentes mercados. O processo integrado garante: * Baixo custo de produção. * Tecnologia, qualidade e inovação no processo produtivo, com rigoroso controle sanitário. * Empresas com certificação internacional. * Capacidade de adaptação em relação à demanda por produtos especiais exigidos pelo mercado comprador. relatório anual ABEF - 31 Avançada tecnologia O desempenho dos produtores e da indústria tem apoio no reforço da engenharia genética, que, com sucesso, fez do frango o seu mais importante laboratório. É também pela genética que se programa o tipo de frango desejado, com o objetivo de render maiores porções de partes nobres, como peito, coxas e sobrecoxas. As indústrias brasileiras contam com avançada tecnologia, que permite o controle automático de temperatura, umidade, fornecimento de água e ração, aprimorando o coeficiente alimentar do frango. Incubadores e nascedouros equipados eletronicamente permitem o controle de todo o desenvolvimento da ave. Os abatedouros são altamente industrializados e as condições de higiene estão em perfeito acordo com as normas internacionais de qualidade e sanidade animal. vantagens Alta sanidade avícola Formada por componentes protéicos, energéticos e vitamínicos de origem vegetal, a alimentação dos frangos brasileiros despreza o cultural e predominante uso de farinhas animais e derivados lácteos, tão utilizados em outros países. Produtos hormonais, tirostáticos, arsenicais e outros que comprometem a qualidade do produto e a saúde do consumidor jamais são utilizados. A garantia do equilíbrio do processo, tanto no campo da saúde pública como nos aspectos de saúde animal, está na criação de instalações adequadas que respeitam as normas de bem-estar animal em ambientes naturais controlados e na biossegurança, sem macular o meio ambiente. Órgãos governamentais do Ministério da Agricultura (destaque SIF - Serviço de Inspeção Federal) são responsáveis pela inspeção e controle sanitário dos produtos de origem animal e têm a missão de normatizar e supervisionar, por meio de legislação federal, medidas que assegurem um alto controle de sanidade avícola brasileira do frango brasileiro. O Brasil tem dois excelentes retratos da excelência da sanidade no setor avícola. Um deles foi o anúncio feito ano passado, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, de que as principais regiões produtoras do país já poderiam ser consideradas como livres da doença de Newcastle, em função da inexistência de casos nos últimos seis anos. O outro é o fato de nunca ter sido verificado qualquer foco da influenza aviária, que tanto afligiu outros países produtores e exportadores, inclusive os Estados Unidos, no início de 2004. relatório anual ABEF - 33 Promoção Comercial promoção No ano de 2003, em que o país alcançou a posição de maior exportador mundial de carne de frango em receita, vale destacar o contínuo apoio da APEX-Brasil aos esforços dos associados da ABEF e, por extensão, ao setor avícola brasileiro. Afinal, para chegar à liderança no ranking e vender o frango brasileiro para 122 diferentes mercados, nossos exportadores competem com empresas fortemente subsidiadas em seus países de origem. Compete à APEX-Brasil a execução de políticas de promoção de exportações, em cooperação com o poder público, com o objetivo de inserir novas empresas exportadoras no mercado internacional, ampliar mercado e, em conseqüência, gerar emprego e renda. Em 2003, por iniciativa do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, a agência ganhou mais autonomia e poder político, o que contribuiu para ampliar ainda mais a eficiência no apoio ao setor exportador. Em parceria com a APEX-Brasil os exportadores brasileiros desenvolvem ações de promoção comercial que incluem participação em feiras e envio de missões comerciais ao exterior, apoio a missões comerciais e veterinárias de países importadores e o desenvolvimento de produtos de promoção comercial. Os convênios dos setores exportadores com a agência são fechados com o estabelecimento de metas. No caso da ABEF, quando o convênio foi assinado as exportações brasileiras somavam US$ 739 milhões (1998) e a meta era gerar receitas de US$ 1,2 bilhão em 2002. O objetivo foi superado em US$ 200 milhões e no ano seguinte o Brasil conquistou uma posição histórica, o que comprova a eficiência e a seriedade dos trabalhos da agência com os exportadores de frango. Abaixo, algumas iniciativas de 2003 onde a ABEF teve o apoio da APEX-Brasil: 15 a 18/09 - Expo Abras 2003 - Sial Mercosul - Rio de Janeiro, RJ (Riocentro) 23 a 26/09 - World Food Moscow 2003 - Moscou, Rússia (Krasnayana Presnya Expocentre) 11 a 15/10 - Anuga 2003 - Colônia - Alemanha (Cologne Trade Fair Complex) 02 a 09/11 - XXI Feira Internacional de Havana - Havana, Cuba relatório anual ABEF - 36 relatório anual ABEF - 35 O foco na questão sanitária erspectiva Perspectivas 2004 As análises do USDA indicavam, no início de 2004, que o consumo mundial de carne de frango teria um pequeno aumento, de 2,5%. Da parte da ABEF, as principais metas para o ano serão: - Manter a posição alcançada no mercado internacional. - Procurar atingir um crescimento sustentado de 10% nos volumes e de 15% na receita cambial. - Acessar novos mercados como Estados Unidos, Coréia do Sul, México e Chile e outros. Estas metas contemplam um esforço coordenado do setor exportador com os órgãos do governo no sentido de negociar a maior abertura de mercados onde o Brasil enfrenta medidas protecionistas. É o caso, por exemplo, da Rússia. Ao Brasil caberá disputar uma cota de importação, na categoria “outros”, de apenas 68 mil toneladas. A ABEF, junto com MDIC, MAPA e MRE, tem participado ativamente de negociações com autoridades do governo russo para reverter este quadro. Um bom exemplo do esforço combinado de governo e setor privado está na bem-sucedida negociação com a União Européia, para reduzir as inspeções laboratoriais em nossas exportações. A partir de outubro de 2002 estes exames passaram a ser aplicados sobre 100% das cargas. Mas depois do engajamento de nossa missão em Bruxelas e do setor privado, em negociações com autoridades da UE, este percentual foi reduzido para 20% a partir de 9 de março de 2004. A questão sanitária também é fundamental para qualquer análise de cenários para 2004, principalmente em função da descoberta de focos da influenza aviária em países da Ásia e até nos Estados Unidos. Antes dos problemas em outros países produtores e exportadores a ABEF já tinha também incluído, entre as metas para 2004, investir cada vez mais, em conjunto com o MAPA, na estrutura de defesa animal do ministério. Esta iniciativa é essencial para que o Brasil garanta o crescimento das vendas de carne de frango pela sanidade animal e qualidade de nossos produtos. relatório anual ABEF - 37 rédito Créditos Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos - ABEF Coordenação de Comunicação Institucional da ABEF Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA DECOM / Sumário da Conjuntura da Carne em 2003 Projeto editorial, gráfico e produção Monsanto Design Fotos Photodisc Arquivo ABEF Daniel Renault Fotolitos Ace digital Impressão Ultra Set Tiragem 3.000 exemplares, sendo 1.500 em português e 1.500 em inglês Editado em 2004 Cópias desta publicação estão disponíveis na Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos - ABEF Av. das Américas, 505 - sala 207 - Barra da Tijuca CEP: 22631-000 - Rio de Janeiro, RJ Tel./fax: 55 21 2493-5007 [email protected] Av. Brigadeiro Faria Lima, 1912 - cj. 12A - Jardim Paulistano CEP: 01452-922 - São Paulo, SP Tel.: 55 11 3812-7666 / Fax: 55 11 3032-8895 [email protected] www.abef.com.br relatório anual ABEF - 38