Revista Fecomércio - Setembro

Transcrição

Revista Fecomércio - Setembro
Revista do Sistema
Fecomércio-DF:
Sesc, Senac e
Instituto Fecomércio
Ano XVIII nº 207
Setembro de 2015
Em expansão no DF,
ECONOMIA CRIATIVA
É UM CAMINHO
frente à
Entrevista // Pág. 8
Marcelo Melo
Consultor Jurídico da CNC
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a alterações, por parte das respectivas operadoras de saúde, respeitadas as disposições contratuais e legais (Lei nº 9.656/98). Condições contratuais disponíveis para análise. Agosto/2015.
Preços e condições obtidos pela negociação coletiva da Qualicorp com as operadoras de saúde parceiras. 2R$ 194,66 – Amil 400 QC Nacional R Copart PJCA (registro na ANS nº 472.929/14-3), da Amil, faixa etária até 18 anos,
com coparticipação e acomodação coletiva (tabela de julho/2015 – DF).
1
registradora
[email protected]
Raphael Carmona
Homenagem
aos pioneiros
O presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, foi um dos
homenageados pela Administração do Lago Sul, nos 55 anos
da Região Administrativa. Durante a solenidade de entrega, na
praça do Centro Comercial Gilberto Salomão, ele agradeceu a
homenagem, dizendo que “é uma grande honra ser lembrado
ao lado de nomes importantes. Todos temos um passado
marcante na cidade. Este prêmio, realmente, envaidece a todos
nós, uma vez que acreditamos no sonho de engrandecer o Lago
Sul e no projeto chamado Brasília”.
Força das
pequenas
revista
O Sebrae lançou em agosto um
movimento para estimular a
sociedade a consumir produtos
e serviços fornecidos por micro e
pequenas empresas (MPEs) que,
segundo a entidade, somam mais
de 10 milhões no País. Juntas,
elas faturam R$ 3,6 milhões ao
ano e são responsáveis por 27%
do PIB. O objetivo é fortalecer a
economia.
COORDENADOR DE COMUNICAÇÃO DO
SISTEMA FECOMÉRCIO-DF
Diego Recena
REVISTA FECOMÉRCIO
Diretor de Redação: Diego Recena
Editora-Chefe: Taís Rocha
Editora Senac: Ana Paula Gontijo
Mais informações:
compredopequeno.com.br
Amore mio
Bob’s conceitual
A rede Spoleto lança neste mês a
coleção Viva Itália, com pratos da
ilustradora Kalina Juzwiak, a kaju. Para
ganhar um dos seis pratos, basta adquirir uma das três opções de combos,
a partir de R$ 29,40.
O Bob’s vai inaugurar a
sua primeira loja conceito no DF (QE 40 do Guará
II). Ambiente moderno e
cardápio com autosserviço de bebidas, lanches
em vários tamanhos e
acréscimo de ingredientes sem cobrança extra. O
restaurante tem projeto
do escritório be.bo, da
arquiteta Bel Lobo.
@fecomerciodf
4
Revista Fecomércio DF
/fecomerciodf
fecomerciodf.com.br
Editor Sesc: Marcus César Alencar
Fotógrafo: Raphael Carmona
Repórteres: Andrea Ventura, Daniel
Alcântara, Fabíola Souza, Luciana Corrêa,
Liliam Rezende, Sacha Bourdette e Sílvia Melo
Projeto Gráfico Gustavo Pinto e
Anderson Ribeiro
Diagramação: Gustavo Pinto
Capa: Anderson Ribeiro
Revisora: Fátima Loppi
Impressão: Coronário
Tiragem: 60 mil exemplares
REDAÇÃO
SCS, Quadra 6, bl. A, Ed. Jessé Freire,
5º andar - Brasília - DF - 70.306-908
(61) 3038-7527
CONTATO COMERCIAL
Joaquim Barroncas – (61) 3328-8046
[email protected]
setembro 2015
36
8
Tendência
mundial,
Artigos
crescimento da
economia criativa
faz surgir novas
atitudes diante
do consumo
12
Entrevista
Marcelo Melo
Parcerias
Público-Privadas
GDF lança projeto para
revitalizar espaços da cidade
por meio de PPPs
Raphael Carmona
14
Economia
Raul Velloso
18
Agenda Fiscal
Adriano Marrocos
20
Doses Econômicas
Flauzino Antunes Neto
54
Direito no Trabalho
Lirian Sousa Soares
Colunas
16
Gastronomix
Rodrigo Caetano
22
Gente
Gabriela Vieira e
José do Egito
50
Vitrine
Taís Rocha
56
Tecnologia
Jens Schriver e
Renato Carvalho
Seções
28
eSocial
Apesar do prazo curto, sobram
dúvidas e empecilhos para
empresas se adequarem ao
programa do governo federal
48
52
55
62
66
Indicadores do Comércio
Caso de Sucesso
Empresário do Mês
Pesquisa Conjuntural
Pesquisa Relâmpago
Revista Fecomércio DF
5
CONSELHO CONSULTIVO
Conselheiro Presidente
Alberto Salvatore Giovani Vilardo
Conselheiros
Antônio José Matias de Sousa
Jose Djalma Silva Bandeira
Laudenor de Souza Limeira
Luiz Carlos Garcia
Mitri Moufarrege
Rogerio Torkaski
DIRETORIA (TITULARES)
Presidente
Adelmir Araujo Santana
1º Vice-presidente
Miguel Setembrino Emery de Carvalho
2º Vice-presidente
Francisco Maia Farias
3º Vice-presidente
Fábio de Carvalho
VICE-PRESIDENTES
Antonio Tadeu Peron
Carlos Hiram Bentes David
Edy Elly Bender Kohnert Seidler
Francisco das Chagas Almeida
Glauco Oliveira Santana
José Geraldo Dias Pimentel
Tallal Ahmad Ismail Abu Allan
DIRETORES-SECRETÁRIOS
Vice-Presidente-Administrativo
José Aparecido da Costa Freire
2º Diretor-Secretário
Hamilton Cesar Junqueira Guimarães
3º Diretor-Secretário
Roger Benac
DIRETORES-TESOUREIROS
Vice-Presidente-Financeiro
Paolo Orlando Piacesi
2º Diretor-Tesoureiro
Joaquim Pereira dos Santos
3º Diretor-Tesoureiro
Charles Dickens Azara Amaral
DIRETORES ADJUNTOS:
Hélio Queiroz da Silva
Diocesmar Felipe de Faria
Francisco Valdenir Machado Elias
DIRETORES SUPLENTES:
Alexandre Augusto Bitencourt
Ana Alice de Souza
Antonio Carlos Aguiar
Clarice Valente Aragão
Edson de Castro
Elaine Furtado
Erico Cagali
Fernando Bezerra
Francisco Messias Vasconcelos
Francisco Sávio de Oliveira
Geraldo Cesar de Araújo
Jó Rufino Alves
Jose Fagundes Maia
Jose Fernando Ferreira da Silva
Luiz Alberto Cruz de Moraes
Milton Carlos da Silva
Miguel Soares Neto
Roberto Gomide Castanheira
Sérgio Lúcio Silva Andrade
Sulivan Pedro Covre
CONSELHO FISCAL:
Titulares:
Alexandre Machado Costa
Benjamin Rodrigues dos Santos
Raul Carlos da Cunha Neto
Suplentes:
Antônio Fernandes de Sousa Filho
Maria Auxiliadora Montandon de
Macedo
Henrique Pizzolante Cartaxo
DELEGADOS REPRESENTANTES
JUNTO À CNC
Delegados Titulares
1- Adelmir Araujo Santana
2- Rogerio Torkaski
Delegados Suplentes:
1 - Antônio José Matias de Sousa
2 - Mitri Moufarrege
DIRETOR REGIONAL DO SESC
José Roberto Sfair Macedo
DIRETOR REGIONAL DO SENAC
Luiz Otávio da Justa Neves
DIRETOR DE ÁREA
DE COMBUSTÍVEIS
José Carlos Ulhôa Fonseca
SUPERINTENDENTE
DA FECOMÉRCIO
João Vicente Feijão Neto
DIRETOR DA ÁREA DE HOTÉIS,
BARES, RESTAURANTES E SIMILARES
Jael Antônio da Silva
DIRETORA-EXECUTIVA DO
INSTITUTO FECOMÉRCIO
Elizabet Garcia Campos
SINDICATOS FILIADOS
Sindicato do Comércio Atacadista de Álcool e
Bebidas em Geral do DF (Scaab) • Sindicato
das Empresas de Compra, Venda, Locação
e Administração de Imóveis Residenciais e
Comerciais do DF (Secovi) • Sindicato dos
Salões de Barbeiros, Cabeleireiros, Profissionais
Autônomos na Área de Beleza e Institutos
de Beleza para Homens e Senhoras do DF
(Sincaab) • Sindicato do Comércio Varejista de
Produtos Farmacêuticos do DF (Sincofarma)
• Sindicato das Auto e Moto Escolas e Centros
de Formação de Condutores Classes “A”, “B” e
“AB” do DF (Sindauto) • Sindicato das Empresas
de Representações, dos Agentes Comerciais
Distribuidores, Representantes e Agentes
Comerciais Autônomos do DF (Sindercom)
• Sindicato das Empresas de Serviços de
Informática do DF (Sindesei) • Sindicato das
Empresas de Promoção, Organização, Produção
e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos
do DF (Sindeventos) • Sindicato das Empresas
Videolocadoras do DF (Sindevídeo) • Sindicato
do Comércio Atacadista do DF (Sindiatacadista)
• Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis
e Acessórios do DF (Sindiauto) • Sindicato de
Condomínios Residenciais e Comerciais do
DF (Sindicondomínio) • Sindicato do Comércio
Varejista dos Feirantes do DF (Sindifeira) •
Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas,
Gêneros Alimentícios, Frutas, Verduras, Flores e
Plantas de Brasília (Sindigêneros) • Sindicato dos
Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do
DF (Sindilab) • Sindicato das Empresas Locadoras
de Veículos Automotores do DF (Sindiloc) •
Sindicato das Empresas de Loterias, Comissários
e Consignatários e de Produtos Assemelhados
do DF (Sindiloterias) • Sindicato do Comércio
Varejista de Materiais de Construção do DF
(Sindmac) • Sindicato do Comércio de Material
Óptico e Fotográfico do DF (Sindióptica)• Sindicato
do Comércio Varejista de Material de Escritório,
Papelaria e Livraria do DF (Sindpel) • Sindicato
dos Supermercados do DF (Sindsuper) • Sindicato
do Comércio de Vendedores Ambulantes do DF
(Sindvamb) • Sindicato do Comércio Varejista do
DF (Sindivarejista) • Sindicato dos Fotógrafos e
Cinegrafistas Profissionais Autônomos do DF
(Sinfoc) • Sindicato das Empresas Locadoras de
Veículos Automotores do DF (Sindloc) • Sindicato
das Empresas de Sistemas Eletrônicos de
Segurança do Distrito Federal (Siese)
SINDICATO ASSOCIADOS
Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e
Similares de Brasília (Sindhobar) • Sindicato
do Comércio Varejista de Combustíveis e de
Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis)
SCS Qd. 6, Bl. A, Ed. Newton Rossi – 5º e 6º andares – Brasília -DF – 70306-911 – (61) 3038-7500
6
Revista Fecomércio DF
editorial
Criar para
empreender
dade criativa. Trazemos o caso de
quem já foi atrás de seus sonhos
e fez da economia criativa uma
maneira de empreender e mostrar
seu valor na sociedade.
Esse nicho de mercado e produção tem despertado tanto o interesse que a Codeplan realizou
uma pesquisa para mensurar as
atividades econômicas que têm o
uso da criatividade e do conhecimento como o principal fator para
a produção de bens e serviços.
Uma das conclusões é de que, em
geral, as empresas criativas têm
um desempenho melhor que empresas que não inovam, com uma
taxa de sobrevivência alta, podendo chegar a 80%.
“O DF é terreno
fértil para atividades
que envolvam
a criatividade, a
produção limpa, com
perfil tecnológico,
como a criação
de startups e o
desenvolvimento de
aplicativos”
Cristiano Costa
Venho defendendo incessantemente o fato de que em um
cenário árido economicamente,
como o que vivemos na atualidade, é imprescindível que os jovens
empreendam. Apostar no próprio
negócio é tarefa árdua, diária, mas
é de grande retorno, tanto pessoal
quanto profissional. É preciso que
o jovem entenda que existe a possibilidade de empreender, seguir o
próprio caminho. É arriscado, incerto, há frustrações, é um desafio, mas é igualmente estimulante.
Em contrapartida, o governo
deve apostar em novos projetos
educacionais que incentivem a entrada de jovens no setor produtivo
e, com isso, ultrapassar a barreira da burocracia. Esse é um ponto
que deve ser desenvolvido na nossa cultura nacional.
No DF, onde não há grandes
indústrias, boa parte da economia
é voltada para comércio, serviços e
turismo. Além disso, aqui 20% das
pessoas com mais de 25 anos têm
escolaridade superior. Ou seja, o
DF é terreno fértil para atividades
que envolvam a criatividade, a produção limpa, com perfil tecnológico, como a criação de startups e o
desenvolvimento de aplicativos.
De acordo com o Sebrae, hoje
ter o próprio negócio é o terceiro
sonho do brasileiro, o que corresponde a 31,4%. Dessa maneira,
estamos com “a faca e o queijo nas
mãos”. O que falta, então, para decolarmos nesse sentido?
Para alguns jovens que encontramos e apresentamos nesta edição, não falta nada mais! Eles já
estão fazendo de Brasília uma ci-
Adelmir Santana
Presidente do Sistema
Fecomércio-DF:
Fecomércio, Sesc, Senac
e Instituto Fecomércio
Revista Fecomércio DF
7
entrevista
Em prol do
comércio
//Por Taís Rocha
Fotos: Raphael Carmona
O consultor jurídico da
Confederação Nacional do
Comércio de Bens, Serviços
e Turismo (CNC), Marcelo
Melo Barreto de Araújo, tem
se dedicado nos últimos
meses à coordenação do
Grupo de Trabalho (GT) que
examina o projeto do novo
Código Comercial Brasileiro,
em trâmite na Câmara dos
Deputados. A futura legislação
substituirá o antigo Código
Comercial, de 1850, e trará
inovações e facilidades para o
empresário. Marcelo explica a
importância do novo código para o
comércio e a sociedade em geral.
8
O Grupo de Trabalho-GT da
Confederação Nacional do
Comércio de Bens, Serviços e
Turismo (CNC), constituído para
acompanhar o Projeto de Lei (PL)
nº 1.572/2011, que institui o novo
Código Comercial, tem promovido
vários encontros de advogados
e assessores jurídicos com o
intuito de possibilitar um melhor
entendimento por parte da classe
empresarial sobre os impactos
que o novo código trará para os
negócios. De que outra maneira,
além dessa, os empresários
poderão ter acesso e entender
essas mudanças?
O Projeto de Lei 1.572/2011, do
deputado Vicente Cândido, que
trata do futuro Código Comercial,
encontra-se em andamento
no Congresso Nacional.
Esse projeto tramita em uma
Comissão Especial da Câmara
dos Deputados, presidida pelo
deputado Laércio Oliveira (SDSE), vice-presidente da CNC.
Ultimamente, a tramitação tem
sido bastante dinâmica, tendo
sido nomeada uma comissão de
juristas que assessora aquele
órgão legislativo, designando-se
sub-relatores para a discussão
de temas específicos do código,
como a empresa comercial,
as sociedades empresariais, o
tema das obrigações e contratos
dos empresários, a crise na
empresa (traduzida pela falência
e recuperação judicial), o
direito marítimo e o direito do
agronegócio. A CNC tem feito um
esforço enorme de divulgação,
tanto interna quanto externamente.
Nos meios internos, foram
expedidas diversas e frequentes
notícias nos meios de comunicação
da CNC online e na revista CNC
Notícias. No âmbito externo, as
notícias têm sido repercutidas
nas redes sociais e nos jornais de
grande circulação nacional. A CNC
preparou também uma cartilha
com as principais mudanças do
código comercial.
Qual o próximo passo que o Grupo
de Trabalho-GT pretende adotar
depois de analisar os diferentes
temas do projeto do novo Código
Comercial?
O Grupo de Trabalho (GT) está
trabalhando para elaborar uma
síntese de suas conclusões, a
partir dos debates que realizou
recentemente, para entregá-la
ao deputado Laercio de Oliveira.
A partir de agora, os projetos
parciais, elaborados pelos
Subrelatores, serão enviados
ao relator geral, deputado Paes
Landim, que terá a tarefa de
reorganizar o texto e produzir um
futuro substitutivo, aproveitando
as ideias dos projetos temáticos.
Depois que for apresentado o novo
texto pelo deputado Landim, o
presidente da Comissão Especial,
deputado Laércio Oliveira, o
submeterá à Comissão Especial.
Se aprovado, o substitutivo será
encaminhado ao presidente da
Câmara dos Deputados, onde
serão reiniciados os debates
legislativos. Acolhido o projeto
de lei naquela Câmara, o assunto
passa a ser reexaminado no
Senado Federal e finalmente será
submetido à sanção presidencial.
O Grupo de Trabalho-GT pretende
acompanhar toda essa tramitação
até que o novo Código Comercial
se torne uma realidade.
“O que se percebe
no meio empresarial
e no meio jurídico
é a necessidade da
sistematização de
normas de natureza
comercial, que é
um fato que não
acontece desde o
tempo do Império,
em 1850, quando
foi editado o Código
comercial ainda
vigente”
Em linhas gerais, quais são as
mudanças que o novo Código
Comercial pode trazer para os
empresários e para a sociedade?
O que se percebe no meio
empresarial e no meio jurídico é
a necessidade da sistematização
de normas de natureza comercial,
que é um fato que não acontece
desde o tempo do Império, em
1850, quando foi editado o Código
comercial ainda vigente. Esse
código, no entanto, está hoje
quase todo revogado, com exceção
do capítulo do direito marítimo e
foi substituído por uma legislação
Revista Fecomércio DF
9
esparsa, que requer uma
completa reorganização, o que se
fará mediante os esforços para
uma nova codificação, adaptada
às exigências do comércio no
século 21. Em verdade, esse
código é da empresa, não só a
empresa comercial, industrial,
mas também as empresas das
áreas de prestação de serviço.
as agrárias e as empresas de
comércio marítimo, porque
empresa nada mais é que uma
atividade econômica organizada,
voltada para a circulação de
bens e serviços. Todas essas
empresas serão contempladas
no novo código comercial. Nós
queremos corrigir um equívoco
que ocorreu em 2002, quando a
matéria comercial foi introduzida
no Código Civil, quando já
merecia, há muito tempo, um
estatuto especial. Isso porque a
identidade da norma comercial é
diferente da norma civil. Sentimos
a necessidade da criação de
regras claras e específicas
sobre as obrigações comerciais,
de forma a dar estabilidade e
segurança aos negócios jurídicos.
As regras claras permitem
que os contratos se tornem
mais seguros, com execução
garantida, com critérios e regras
bem definidos e estruturados
e dotados da melhor técnica
jurídica possível. Essa demanda,
que não é só do comércio, mas
de toda a sociedade, motivou
a criação de um Grupo de
10 Revista Fecomércio DF
“Nós queremos
corrigir um equívoco
que ocorreu em
2002, quando a
matéria comercial
foi introduzida no
Código Civil, quando
já merecia, há muito
tempo, um estatuto
especial”
Trabalho, no âmbito da CNC, que
reúne a Consultoria Jurídica e a
Assessoria Parlamentar da CNC,
o qual passou a discutir todos os
projetos temáticos apresentados
pelos sub-relatores, objetivando
constituir um posicionamento
da CNC, sobre essa questão.
Nosso objetivo é prestigiar os
projetos parciais, todos eles
de grande valor técnico, sem
prejuízo das necessárias críticas
e sugestões que formulamos
em prol do aperfeiçoamento
daqueles documentos. Também
tive a oportunidade de debater
tais assuntos em diversas sessões
públicas da Comissão Especial da
Câmara dos Deputados.
Qual é o papel da CNC nesse
debate?
Nossa preocupação é
eminentemente institucional,
é fazer com o que o código
se transforme em uma obra
duradoura, perene, em prol do
desenvolvimento e do progresso
do País. Nesse sentido, o
Dr. Antonio Oliveira Santos,
presidente da CNC, viabilizou
todas as condições para a
realização de seminários em
muitos estados brasileiros para
debater o código, pois, assim
como nós, ele acredita que nem
sempre o comércio consegue
operar com eficiência as suas
atividades, sem saber com nitidez
as regras que vão disciplinar as
suas atividades. O código virá em
boa hora e vem sendo discutido
de forma democrática. A CNC
está exercendo um papel de
pioneirismo na análise da matéria,
em absoluto apoio à Comissão
Especial da Câmara, onde tramita
o PL do Código.
Há previsão de quando o PL será
votado?
Acredito que, no decorrer do
segundo semestre, a matéria seja
aprovada na Comissão Especial,
mas a aprovação em plenário da
Câmara deverá acontecer, dentro
da minha avaliação, no final deste
semestre ou no primeiro semestre
de 2016. Não é possível ainda
fazer expectativa sobre o tempo
em que o PL tramitará no Senado
e, ao final, ser encaminhado à
sanção presidencial. O deputado
Laércio Oliveira tem agido com
bastante dinamismo e objetividade
para que o projeto do Código
Comercial tramite com razoável
duração na Comissão Especial,
sem prejuízo da realização dos
necessários debates e do trabalho
de assessoria qualificada prestada
pela Comissão de Juristas que
ele nomeou. Também ele vem
sensibilizando o deputado Paes
Landim (PTB-PI) , pleiteando que
ele estude a matéria com afinco
e, com a possível brevidade,
apresente o substitutivo para
que a proposta legislativa possa
avançar.
O senhor poderia explicar um
pouco a respeito da criação do
regime fiduciário proposto pelo
projeto de lei 1.572/2011?
Uma das inovações do código se
refere ao trabalho do empresário
individual, antes chamado
de comerciante individual. O
empresário, individualmente, pode
exercer atividades empresariais,
mas tem como compromisso
a garantia do seu patrimônio,
caso o empreendimento não dê
certo. A criação do empresário
“A criação do empresário individual sob o
regime fiduciário tem uma enorme vantagem
de identificar a garantia das obrigações sociais
dentro de um patrimônio específico, diferente do
patrimônio geral do empresário”
individual sob o regime fiduciário
tem uma enorme vantagem
de identificar a garantia das
obrigações sociais dentro de um
patrimônio específico, diferente do
patrimônio geral do empresário.
Desse modo, ele pode instituir um
patrimônio separado e exclusivo
para as atividades empresariais,
sem comprometer seu patrimônio
geral. Isso, naturalmente, será um
estímulo para que o empresário
individual exerça suas atividades
sem grandes riscos para os seus
bens pessoais.
O que o código apresenta de
avanços em termos de proteção
ao comércio eletrônico?
Quanto ao comércio eletrônico,
há regras estipuladas no projeto
original, do deputado Vicente
Cândido, e há também regras
da mesma natureza em um dos
livros temáticos produzido pelo
deputado Décio Lima, quando
trata especificamente da empresa.
Mas a opinião do GT é que, diante
da complexidade e dinamismo
do comércio eletrônico, não
seria adequado prevermos
normas sobre a matéria em um
código, que tem a natureza mais
genérica. Melhor que lei especial
regule a matéria. Assim, se
houver inovações tecnológicas,
por exemplo, uma lei pode ser
rapidamente ser alterada sem
necessidade de mudanças
significativas no código comercial.
Revista Fecomércio DF 11
concessão
Agilidade à
máquina estatal
//Por Fabíola Souza
Fotos: Raphael Carmona
GDF lança iniciativa para que espaços
públicos sejam explorados economicamente
por meio de Parcerias Público-Privadas
F
ormar parcerias entre o público e o privado é o principal objetivo do
Governo de Brasília para aproveitar melhor algumas áreas da cidade.
O Decreto 36.554, de 17 de junho de 2015, trata da Manifestação de Interesse Privado em Parcerias Público-Privadas (PPPs) e em concessão comum ou permissão de serviços públicos, arrendamento de bens públicos e
concessão de direito real de uso no âmbito da administração pública distrital.
O secretário de Economia e Desenvolvimento Sustentável, Arthur Bernardes,
explica que a iniciativa para a realização da parceria parte do empreendedor
e caso avalie positivamente a proposta para concessão de uma determinada
área, o Estado abre uma licitação para concretizá-la.
Segundo Bernardes, o empresário interessado em apresentar o projeto
deve enviar a proposta para a secretaria responsável pelo espaço. Todo o processo será acompanhado pelas Secretarias de Economia e Desenvolvimento
Sustentável; de Planejamento, Orçamento e Gestão; de Fazenda; e pela Procuradoria-Geral do DF. “O governo entende que não precisa mais tomar conta
da válvula do banheiro da descarga do Parque da Cidade que está quebrada,
por exemplo. Temos outras preocupações, como saúde, segurança, educação, que necessitam prioridade. E ao mesmo tempo, temos um gasto grande
com essas áreas que não precisaríamos estar tendo”, explica o secretário.
Algumas parcerias possíveis citadas por Arthur Bernardes são em relação
ao Centro de Convenções Ulysses Guimarães, aos Parques da Cidade e Burle
Marx, e ao complexo esportivo que inclui o Estádio Nacional Mané Garrincha,
o Ginásio Nilson Nelson e o Autódromo Internacional Nelson Piquet.
Dessa forma, os empreendedores já podem indicar os locais onde têm
interesse de investir. Se o Executivo local entender que a proposta é relevante
para o bem público, será aberta uma licitação para a escolha da empresa
que irá explorar o empreendimento. Dependendo da complexidade do acordo,
haverá audiências públicas e estudos de impacto econômico. E durante a vigência do contrato, a administração pública ficará responsável por fiscalizar o
cumprimento das obrigações da instituição privada.
De acordo com o secretário, atualmente o Governo de Brasília não tem
lucro com as áreas que serão objeto das PPPs. No caso do Parque da Cidade,
por exemplo, o governo arrecada de aluguel com os estabelecimentos que
estão na área do parque cerca de R$ 20 mil, pois cada estabelecimento paga
em torno de R$ 1,5 mil por mês. Entretanto, o custo com a manutenção do local é muito maior que esse montante. “Estamos pegando todo o equipamento
público do Parque e vamos conceder para o privado, de forma que haja melhorias nos serviços públicos e menor gasto do Estado, sem causar ao con-
12 Revista Fecomércio DF
tribuinte um gasto extra”, explicou.
A vantagem para o empresário é que os espaços poderão ser
explorados comercialmente, sob a
condição de remunerar o Estado
com percentuais estabelecidos em
contrato. Sendo assim, o secretário
descarta a hipótese de privatização.
“Esse tipo de concessão funciona
no mundo todo. O Central Park, em
Nova Iorque, e a Torre Eiffel, em Paris, são administrados por iniciativa
privada”, aponta.
TIPOS DE PARCERIAS
O secretário afirma que ainda
não tem nada definido pelo governo,
pois neste momento estão sendo
recebidos os documentos de Manifestação de Interesse Privado (MIP).
Existem quatro maneiras do governo e da iniciativa privada serem parceiros.
As mais conhecidas são as Parcerias Público-Privadas, por meio
das quais o Estado divide o risco
do investimento com o empresário.
Essa iniciativa foi realizada no Setor
Habitacional Jardins Mangueiral.
Outra é a concessão, que o privado remunera o Estado de alguma
forma, mas assume integralmente
possíveis ônus, como foi realizado
no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek.
Já o arrendamento funciona
como uma espécie de aluguel. O
empresário fica autorizado a explorar comercialmente o espaço
público, mas é obrigado a repassar
parte do lucro ao governo. Por último, existe a permissão, que significa
transferir à iniciativa privada a responsabilidade por um serviço, como
ocorre hoje com o sistema de táxis.
A diferença da concessão é que, na
permissão, o contrato pode ser rompido unilateralmente.
Segundo Bernardes, o empresário tem uma expertise que o governo
não tem em relação à exploração
comercial, por isso, é fundamental
ouvir as ideias dos empreendedores. “Qual é o nosso foco com isso?
Gerar emprego, renda, arrecadação
e proporcionar uma melhor qualidade de serviço para a população.
Enxergamos nessa iniciativa uma
maravilhosa ferramenta para atrair
investimento privado para dinamizar
a economia de Brasília”, diz.
Alguns espaços terão que ser
analisados com cautela. De acordo
com o secretário, é o caso do Mané
Garrincha, pois, para se tornar viável economicamente, é necessário
mudar a destinação da área. “Para
que consigamos atrair o privado,
teremos que aceitar restaurantes,
teatro. Ele tem estrutura para isso,
então é uma discussão maior e que
precisa ter autorização de alguns
órgãos”, aponta Arthur. Nesse sentindo, outro exemplo que está sendo
estudado é o do Autódromo Internacional Nelson Piquet. “Cabe ao
governo proporcionar ao empresário
uma forma de ele ganhar dinheiro e
o governo também. Não adianta resolvermos todos os problemas. Temos que trazer o privado e ele tem
que ajudar a administrar. A ideia é
movimentar a economia no momento de crise”, conclui.
“Qual é o nosso foco com isso? Gerar emprego,
renda, arrecadação e proporcionar uma
melhor qualidade de serviço para a população.
Enxergamos nessa iniciativa uma maravilhosa
ferramenta para atrair investimento privado
para dinamizar a economia de Brasília”
Arthur Bernardes,
secretário de Economia e Desenvolvimento Sustentável
Revista Fecomércio DF 13
artigo economia
Ajustar a economia
e mudar o modelo
14 Revista Fecomércio DF
mente insustentáveis, mas principalmente pelo efeito devastador da
desaceleração da economia sobre a
arrecadação tributária.
Hoje, o grande desafio do novo
ministro da Fazenda é reequilibrar
as contas públicas enquanto o governo como um todo lida com os
escândalos e com a fragmentação
de sua base de sustentação, em perigoso momento de baixa aprovação
popular. O objetivo principal desse
esforço é evitar a perda da classificação de “bom pagador de dívidas”
conferida há algum tempo pelas
agências internacionais de risco, o
que adicionaria ingredientes ainda
mais complicados ao quadro atual.
Que a crise de curto prazo se
dissipe e possamos redirecionar
as baterias para a construção de
um novo modelo econômico – agora pró-investimento –, a fim de reconduzir o País à rota de um maior
crescimento econômico. O novo
entendimento do Executivo com o
Congresso, que hoje se esboça na
divulgação de uma lista de ações
prioritárias acertada entre dirigentes do governo e do Senado, parece
o começo de um novo reordenamento político em prol do progresso do Brasil.
Raul Velloso
Doutor em Economia pela
Universidade de Yale (EE.UU).
Atualmente é consultor
econômico em Brasília
Deixando de
lado os temas da
corrupção e da crise
política, o fracasso
do modelo próconsumo adotado
no Brasil nos últimos
tempos se mostra
principalmente pela
queda da taxa de
investimento
Cristiano Costa
Enquanto prosseguem as investigações sobre corrupção no
contexto da Operação Lava Jato, o
Brasil vive o difícil momento de esgotamento de dois ciclos que irão
marcar com tintas fortes a história recente do País. O primeiro se
refere ao modelo de crescimento
econômico baseado na expansão
do consumo a qualquer custo, com
claros sinais de exaustão. O segundo é o ciclo político dominado pelo
Partido dos Trabalhadores e seus
aliados, que, diante do forte desgaste decorrente dos acontecimentos recentes, dificilmente chegará
às próximas eleições em condições
de permanecer em posições de
destaque no plantel político do País.
Deixando de lado os temas da
corrupção e da crise política, o fracasso do modelo pró-consumo adotado no Brasil nos últimos tempos
se mostra principalmente pela queda da taxa de investimento (parcela
do PIB destinada ao investimento), que vem ocorrendo há alguns
anos; pelo declínio da própria taxa
de crescimento do PIB, que decorre em grande medida do medíocre
desempenho dos investimentos; e,
finalmente, pela perda de força de
nossa produção industrial, que é o
segmento mais prejudicado pela
derrocada da economia nos últimos
tempos.
Outro problema grave foi a crise fiscal que se manifestou na esteira do processo de esgotamento
do modelo pró-consumo, em parte pela vã tentativa de o governo
compensar os segmentos mais
prejudicados com desonerações e
financiamentos subsidiados, nitida-
Parceria
com o
BB
Associado Fecomércio tem
Assistência Casa Gratuita na contratação do
Conte com a mão de obra especializada para execução de serviços de:
• Reparos emergenciais de hidráulica;
• Chaveiro;
• Eletricista;
• E diversos outros serviços;
Saiba mais em www.fecomerciodf.com.br ou se preferir,
ligue 0800 729 0400 e informe ser associado
Fecomércio DF
Um produto da Brasilveículos Cia. de Seguros - CNPJ: 01.356.570/0001-81 - comercializado pela BB Corretora de Seguros e
Administradora de Bens S.A. - CNPJ: 27.833.136/0001-39. Processo SUSEP nº 15414.901053/2013-88. O registro desses
planos na SUSEP não implica, por parte da Autarquia, incentivo ou recomendação à sua comercialização. SAC: 0800 570
7042 – SAC Deficiente Auditivo ou de Fala: 0800 775 5045 - atendimento 24 horas, sete dias da semana. A Ouvidoria poderá
ser acionada para atuar na defesa dos direitos dos consumidores, para prevenir, esclarecer e solucionar conflitos não
atendidos pelos canais de atendimento habituais. Ouvidoria: 0800 775 2345 - Ouvidoria Deficiente Auditivo ou de Fala: 0800
962 7373 – atendimento das 8h às 18h, de segunda à sexta-feira (exceto feriados). Ou pelo site www.bbseguros.com.br. *Para
mais informações sobre as condições contratuais do produto, garantias, limites, exclusões, lista dos parceiros e serviços
oferecidos, regras de utilização das assistências e o manual dos serviços acesse: www.bbseguros.com.br. O custo das peças
necessárias a execução do serviço serão de responsabilidade do cliente.Janeiro/13.
Revista Fecomércio DF 15
gastronomix
Rodrigo Caetano
Jornalista
e blogueiro
http://bloggastronomix.blogspot.com
[email protected]
www.facebook.com/sitegastronomix
Linguiças artesanais em clima de tango
Linguiças de boa qualidade feitas
pelo charcuteiro André Batista são
a base do El Manfredo, bar na Asa
Norte com pegada argentina. A
grande estrela da casa é o choripán
- fusão de chorizo (linguiça) e
pan (pão). É isso mesmo. O nosso
tradicional pão com linguiça.
Neste mês, a casa amplia seu
cardápio de opções. Para montar
o sanduíche, você escolhe nove
tipos de linguiças diferentes, seis
molhos (chimichurri, palta - molho
chileno à base de abacate, limão,
cebola e molho de pimenta, salsa
criolla, salsa pebre, fondue de
queijo e El Manfreo, à base de
abacaxi) e, ainda, cinco opções de
acompanhamentos, como picles
de japaleño, pepino ou cebola,
folhas de rúcula e tomate-cereja.
Os preços variam entre R$ 14,90
e 17,90. Vai ser difícil você enjoar.
Ah...e o bar ainda vende alfajor
recheado de doce de leite ou paçoca
(R$ 4,90).
€ 11 bilhões
Viagens gastronômicas
Quase um terço das despesas
de férias de turistas e locais
na Itália está relacionado
com a alimentação. É o que
diz estudo da Confederação
Nacional de Cultivadores
Diretos (Coldiretti). A Itália
conquistou a liderança mundial
no turismo enogastronômico
graças a 4.886 produtos
tradicionais de suas regiões,
272 especialidades com
Denominação de Origem
Protegida (DOP), 415 vinhos
com Denominação de Origem
Controlada (DOC) e quase 21
mil pontos de turismo rural.
409 Norte, bloco C
Telefone: (61) 9657-5038
São Paulo
Jiquitaia – Pense em um lugar bom. Multiplique por 15.
Esse é o Jiquitaia, restaurante-bar de comida brasileira
tocado pelo chef Marcelo Bastos. Sua irmã Nina faz a
melhor caipirinha de caju paulistana. O arroz de polvo é um
dos clássicos da casa, assim como o nhoque de banana com
ragu de carne-seca. E para completar uma mousse de chocolate amargo
com calda de cupuaçu. No jantar, qualquer trio com entrada + principal +
sobremesa sai por R$ 69. Bom para o bolso, melhor ainda para o paladar.
Rua Antônio Carlos, 268 - Consolação
(11) 3262-2366
Tête à Tête – O chef Gabriel Mateuzzi é deveras criativo. Unir
em uma de suas entradas o foie gras com compota de
cupuaçu ou um ceviche com tucupi é uma ideia, no mínimo,
arriscada. E não é que deu certo? Tudo bem acompanhado
por drinks e por uma carta de vinhos. No almoço executivo,
entrada, principal, sobremesa e água (R$ 49). Uma pechincha
para os preços paulistas.
Rua Doutor Melo Alves, 216 - Cerqueira César
16 Revista Fecomércio DF
iquitaia.com.br
(11) 3796-0090
Aos sábados, Sunset
Sound no Loca
A chef Renata Carvalho não para
de inventar moda. Sua nova ideia
foi movimentar as tardes de sábado
(das 14h às 19h) com o Sunset
Sound, que une gastronomia,
drinques e boa música. Para o
projeto, estará disponível o cardápio
de almoço do Loca, que também
inclui algumas das comidinhas
mais pedidas do gastropub.
Entre elas, Bolinho de Feijoada
(R$ 31); Bolinho Acostelado (R$
27); Almôndegas Caprese (R$
31); Dadinho de Rabada (R$ 24);
Carpaccio de Polvo (R$ 28). E,
na compra de dois Spritz Aperol
(espumante, Aperol e laranja), a R$
16 a unidade, o cliente ganha uma
taça de cristal do drinque. O couvert
do DJ que toca ao vivo custa R$ 7.
306 Sul, Bloco C, Loja 36
Telefone: (61) 3244-5828
Rotisseria
árabe-mediterrânea
Comida indiana
Brasília ganhou uma opção de
indiano: o Ashram. Na casa, o casal
Nina Carniel e Arjun Khajuria investiu
em cinco cozinheiros: paquistaneses,
indiano, brasileiro e um de
Bangladesh. Eles preparam pratos
no almoço e jantar como o curry do
dia (R$ 40), cubos de tofu salteado em
molho de tomates e curry com ervas
(R$ 35) e as deliciosas samosas (R$
por R$ 15). O carro-chefe é o Indian
Thali (espetinho de queijo grelhado,
arroz integral, salada de iogurte
com vegetais, pão indiano e pimenta
à parte, com opção de tofu para
veganos a R$ 35.
103 Norte, bloco A, loja 52
Telefone: (61) 3541-5670
O Mar Mediterrâneo é uma beleza.
Aquele azul que parece que não tem
mais fim. A região é extremamente
rica em boa gastronomia, com um
tronco comum de uso de ingredientes
frescos e saudáveis. Mas, à medida
que muda de país, novos ingredientes
e sabores explodem no paladar.
Foi com essa ideia na cabeça que
a família Hamu – dona da marca
Lagash há quase 30 anos – resolveu
abrir uma rotisseria na 112 Norte, a
Lagash Mediterranée. A loja oferece
produtos para serem levados para
casa como as deliciosas esfirras de
massa folhada, quibes, coalhada,
tabule, salada de bacalhau, cordeiro
marroquino e pernil de cordeiro ao
molho de romã. Todos fresquinhos
vendidos por peso ou por unidade.
Mas há também congelados para
Guia da pimenta
Letícia Massula, conhecida como
a “Louca da Pimenta”, lançou o
blog Pequeno Guia Sobre Pimentas
(www.cozinhadamatilde.com.br).
“Ela é um estado de espírito, já
que a vida pede tempero, picância
e calor, não dá pra ser insossa”,
afirma. Na página, história,
tipos, explicações e truques para
saboreá-las sem sofrimento.
quem curte manter o estoque em
casa garantido.
112 Norte, bloco C , loja 6
Telefone: (61) 3273-0098
Revista Fecomércio DF 17
agenda fiscal
Mais investimentos
à frente
Mais uma fase da implantação
do Sistema Público de Escrituração
Digital (SPED). Em 23/10/2014 foi editada pela Secretaria de Fazenda do
DF a Portaria 234 que dispõe sobre
Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica – NFC-e, modelo 65, cuja emissão
será obrigatória a partir de 2016 e que
substituirá a Nota Fiscal de Venda a
Consumidor (Modelo 2), a Nota Fiscal
de Serviços (Modelo 3-A) e o Cupom
Fiscal emitido por equipamento ECF
(art.1º). O cronograma (art.5º) é o seguinte: 1) a partir de jan/2016 – todos
Calendário
os contribuintes em início de atividade
e dos enquadrados no regime de apuração normal. 2) a partir de jul/2016
- contribuintes optantes pelo Simples
Nacional, que tenham auferido em
2015 receita bruta superior a R$ 1,8
milhão e os enquadrados em regimes
de apuração diferente do normal ou
do Simples Nacional. 3) a partir de
jan/2017 - contribuintes optantes pelo
Simples com receita bruta superior a
R$ 360 mil. 4) a partir de jul/2017 - demais contribuintes optantes pelo Simples. É importante registrar que o Mi-
croempreendedor Individual (MEI) não
está obrigado a emitir a NFC-e (§3º,
art.5º) e que, de forma voluntária, algumas empresas já estão emitindo
o documento desde nov/2014. Outro
ponto é que os equipamentos ECF (III,
§1º, art.5º) somente poderão ser utilizados pelo prazo de dois anos ou até
esgotarem a memória, o que ocorrer
primeiro, portanto, nada de investir
em máquinas novas. Assim, melhor
investir em estrutura e pessoal: computadores, impressoras, instalações e
qualificação de funcionários.
4 a 30/09/2015
O QUÊ e QUANDO pagar?
5/9
FGTS (GFIP - Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia e Informações à Previdência Social)
referente a 8/2015.
Data-limite para pagamento dos Salários referente a 8/2015.
8/9
Contribuição Previdenciária (contribuintes domésticos) referente a 8/2015.
15/9
Contribuição Previdenciária (contribuintes individuais e facultativos) referente a 8/2015.
Contribuição Previdenciária (SIMPLES e Empresas em Geral, incluindo retenção de 11% e empresas
desoneradas) referente a 8/2015.
COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, referente a 8/2015.
4/9
18/9
Imposto de Renda Retido na Fonte nos códigos 0561, 0588 e 1708 referente a 8/2015.
21/9
SIMPLES NACIONAL referente a 8/2015
ISS e ICMS referente a 8/2015 (observar datas específicas para o ICMS – ST e outras situações).
25/9
PIS e COFINS referente a 8/2015.
30/9
Contribuição Sindical Laboral Mensal referente a 8/2015.
3ª quota ou cota única do IRPJ e da CSLL referente ao 2º trimestre/2015 pelo Lucro Real, Presumido
ou Arbitrado.
Carnê Leão referente a 8/2015.
IRPJ e CSLL referente à 8/2015, por estimativa.
Parcela do REFIS, do PAES, do PAEX, do Parcelamento do SIMPLES Nacional e do Parcelamento da
Lei 11.941/2009 (consolidado).
O QUÊ e QUANDO entregar?
4/9
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) ao MTPS referente à 8/2015.
15/9
Escrituração Digital do PIS/Pasep, da COFINS e da Contribuição Previdenciária s/
Receita (EFD CONTRIBUIÇÕES) a SRF/MF referente a 7/2015.
22/9
Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF Mensal) a SRF/MF
referente à 07/2015.
30/9
Cristiano Costa
Várias
Declaração de Operações Imobiliárias (DOI) a SRF/MF referente à 8/2015.
Escrituração Contábil Fiscal (ECF) a SRF/MF referente a 2014.
Livro Fiscal Eletrônico (LFE) a SEF/DF referente à 08/2015: observar Portaria/SEFP nº
398 (09/10/2009).
Adriano de Andrade Marrocos
Contador da Fecomércio-DF e do IFPD e vice-presidente do CRC/DF
18 Revista Fecomércio DF
伀 洀攀爀挀愀搀漀 椀洀漀戀椀氀椀爀椀漀 挀漀渀琀椀渀甀愀 愀 猀漀昀爀攀爀 愀猀 挀漀渀猀攀焀甀渀挀椀愀猀 搀愀猀 洀攀搀椀搀愀猀 爀攀猀琀爀椀琀椀瘀愀猀 搀攀 挀爀搀椀琀漀 愀漀 昀椀渀愀渀挀椀愀洀攀渀琀漀  瀀爀漀搀甀漀 攀 愀漀猀 愀搀焀甀椀爀攀渀琀攀猀 搀攀 甀渀椀搀愀搀攀猀 椀洀漀戀椀氀椀爀椀愀猀Ⰰ 焀甀攀 昀漀爀愀洀 爀攀挀攀渀琀攀ⴀ
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artigo doses econômicas
Ajuste Fiscal:
bom para quem?
se as contas do Setor Público (SP)
tivessem na sua equação apenas
Receitas (R) menos Despesas (D),
[SP=(R−D)], em que o resultado fiscal positivo da equação é o chamado superávit primário e negativo,
déficit primário; mas na realidade,
o superávit primário é usado para
quitar mais um componente da
equação o Gastos com os Juros
(J), portanto a equação completa,
[SP=(R−D)−J], na qual veremos se
o orçamento da União tem seu resultado nominal.
Analisando os resultados orçamentários (fiscal e nominal), percebemos que quanto mais o BC
eleva os Juros Selic (J), mais se faz
necessário o aperto do governo em
suas contas, diminuindo as despesas (D) e elevando as receitas (R).
Isto é, no geral, despesas são os
investimentos em políticas públicas e com a sociedade. Elevar as
receitas com aumento de tributos,
travando a economia nacional desequilibra mais ainda as contas do
governo federal.
Ainda há os aspectos mais cruéis: o desemprego e a falta de investimentos que se alastram por
todos os setores da economia. Sobre o mercado de trabalho, somente em maio foram fechados 115.599
postos de trabalho com carteira
assinada e no acumulado de janeiro
a maio, 243.948 vagas, segundo o
Ministério do Trabalho.
Parceria:
Flauzino Antunes Neto
Economista do Ministério do
Desenvolvimento Agrário (MDA),
vice-presidente do Sindecon-DF e
Conselheiro do Corecon-DF
20 Revista Fecomércio DF
O único setor que mantém lucros exorbitantes é o financeiro, que
vem demonstrando, ano a ano, recordes de lucro. Somente em 2015,
os bancos tiveram aumento de 22%
nos lucros. Portanto, fica clara a
opção do atual governo, apoiar o
setor financeiro e de virar as costas
aos setores que sustentam o Brasil.
Não há uma justificativa econômica
plausível, na situação que a Dilma,
nos coloca, tirando dos setores
mais carentes e do setor produtivo
montantes cada vez maiores dos
recursos públicos em forma de juros para o setor financeiro. Veremos um País com mais desigualdades e com cenas de empresários
quebrando, e o setor financeiro batendo recordes e mais recordes de
lucros altos. Os únicos que estarão
se beneficiando do ajuste fiscal promovido pela Dilma são os bancos.
Joel Rodrigues
O Brasil vive uma grave crise
econômica, inflação de preços e
queda da atividade econômica, decorrentes da política econômica do
governo Dilma, com os juros mais
altos do mundo, em detrimento da
atividade produtiva. Dados do IBGE,
já em 2014, apontavam para a desaceleração da economia nacional,
com recorrentes monitoramentos
dos indicadores do PIB que mantinham resultados pífios, os famosos “PIBinhos”; fechamos esse ano
com 0,15% de aumento do PIB. Deveria então a presidente assim que
assumisse em 2015, promover o
crescimento do PIB brasileiro, propondo medidas que fortalecessem
a produção e encorajassem os investimentos locais, revertendo positivamente a situação.
Ledo engano, pois, findado o
período eleitoral, Dilma tem promovido o aumento dos juros Selic
pelo Copom do Banco Central (BC),
no chamado plano de ajuste fiscal.
Esse plano tem um caráter recessivo e levará a um profundo desaquecimento da atividade produtiva,
com a justificativa de “equilibrar as
contas públicas do governo e controlar a inflação”.
O ajuste fiscal vem em seu bojo
iludir a opinião pública pregando
que seria a salvação das contas
públicas e talvez pelos mais sinceros o “mal necessário para equilibrar os gastos fiscais”. Seria sim,
Participe nas categorias Contos e Crônicas.
Inscrições abertas até 30 de novembro.
Para mais informações acesse nosso site, redes sociais ou ligue para nossa central de atendimento:
gente
Arte nos
sacos de pão
//Por José do Egito
Seminus em
pontos turísticos
//Por Gabriela Vieira
Foto: Joel Rodrigues
Nascido em Brasília, o fotógrafo Henrique François, de 27 anos, teve sua primeira experiência com
a fotografia quando um amigo lhe emprestou uma
câmera digital por alguns dias. Henrique aprendeu
a fotografar de maneira autodidata e tem apenas o
curso de limpeza e manutenção de equipamentos.
Atualmente, é idealizador do projeto “Ideias Nuas”,
que tem chamado a atenção por fazer fotos de modelos seminuas em pontos turísticos da capital. O
objetivo é mostrar a beleza do corpo feminino em
sintonia com a arquitetura urbana. “A gente vê por
aí muitos ensaios sensuais na rua, mas nenhum
que tenha como cenário os pontos turísticos de
uma cidade”, conta. A Ponte JK, o Palácio da Justiça, o Clube do Choro, o Teatro Nacional e Estádio
Mané Garrincha já foram cenários para Henrique,
que não pretende parar por aí. Futuramente, o
fotógrafo pretende expor as fotos do projeto e até
mesmo expandir os ensaios em pontos turísticos
de outras cidades. O assédio é uma das maiores
dificuldades em fotografar modelos seminuas em
espaços públicos. Recentemente, Henrique fotografava uma modelo no Teatro Nacional quando foi
abordado por policiais, mas, após explicar que se
tratava de um projeto de fotografia, foi apenas alertado sobre o perigo da região.
22 Revista Fecomércio DF
Foto: Joel Rodrigues
A ideia inovadora aproxima as artes visuais do
público, ao transformar simples sacos de pão em
telas para impressão de obras de arte. A iniciativa
é do Arte Quentinha, projeto idealizado e coordenado pela artista plástica e produtora cultural
Susanna Aune, 28 anos, com produção executiva
de Henrique Rocha. Ela garante que o objetivo do
projeto é democratizar as artes por meio de exposição nas padarias. “A arte é viva. É interessante
que ela transite em todos os lugares”. Ela conta
que cada saquinho vai trazer duas obras de arte,
a identificação dos artistas e um resumo da carreira deles. Para fazer com que as obras circulem
em todo o DF, Susanna conta que o projeto firmou
parcerias com padarias, que venderão seus pães
nesses sacos especiais. No entanto, ela afirma
que a ideia é não se prender somente aos saquinhos de pães. “Recebemos propostas de vários
lugares além das padarias”, garante. Ao todo,
foram selecionados 24 artistas, dos quais nove via
inscrição e seleção, seis convidados e outros nove
escolhidos pelo voto popular.
Cinco
perguntas
para Thiago Da Matta
//Por Gabriela Vieira
O brasiliense Thiago Da Matta, de 32 anos,
formado em Turismo, atua há quatro meses
como representante do Café Orgânico IAO
(61-9877-6342), marca consolidada no mercado
desde 2002.
Qual o diferencial do café orgânico?
A não-utilização de agrotóxicos ou fertilizantes.
O cultivo é feito apenas com matérias-primas
naturais e orgânicas.
//Por José do Egito
Foto: Joel Rodrigues
É reciclando o vidro inutilizado por várias pessoas que a Glas, ateliê de decoração de interiores
da artista plástica Lucy Aguirre, 30 anos, está
transformando garrafas e potes de todos os tamanhos em utensílios para o lar. De acordo com ela,
a paixão pelo trabalho aconteceu justamente pelo
material ser facilmente reutilizável e possibilitar a
transformação. “Meu trabalho é criar produtos reaproveitando materiais e trabalhando no ateliê, minha
criatividade flui livremente”, explica. Se para uns o
produto acaba ali, no lixo, para outros, o lixo é a solução. Segundo Lucy, a mudança é tão grande que os
produtos finais não se parecem nada com material
descartado. “Tirar o rótulo, lacres e tampas é como
“despir” o vidro, para depois “vesti-lo” novamente
com minha arte”, ensina. Aos poucos ela fez da casa,
no Park Way, um ateliê e, depois, por consequência,
utiliza as peças para decorar a casa. “O ambiente de
trabalho também ajuda muito. Um clima agradável
e descontraído influencia até na mensagem que é
transmitida nas peças.” Para Lucy, não é preciso ser
muito criativo, basta entender a relação entre arte
e reciclagem e imaginar novos produtos feitos dos
materiais “velhos”. “Com um pouco de criatividade
podemos fazer muito gastando pouco”, ensina.
Qual o preço médio do café orgânico
no mercado?
Um pacote com 250g custa a partir de R$12.
O preço irá depender das características do
produto, como a qualidade do grão, o tipo de
seleção, a torra, entre outras coisas.
Como você classifica a procura
pelo produto em Brasília?
As pessoas têm percebido que,
além dos benefícios, o café
orgânico é bastante saboroso e
quem experimenta dificilmente
volta a tomar o café não
orgânico.
Joel Rodrigues
Reinventando
e reciclando
Quais os benefícios desse tipo de café?
Além da preservação do solo, evita problemas
de saúde que são causados nas pessoas pela
ingestão de alimentos com a presença de
substâncias químicas.
Onde ele é
comercializado?
Em feiras
orgânicas, Ceasa,
mercados de
orgânicos e
restaurantes
naturais.
Revista Fecomércio DF 23
mercado
Além
dos ipês
//Por Sílvia Melo
Fotos: Joel Rodrigues
Alguns setores do Distrito Federal apostam no período de seca
para aumentar o lucro de seus negócios
A
beleza dos ipês, que tem
seu auge nos meses de
julho e agosto, contrasta
com a época em que os brasilienses
e os visitantes da cidade mais sofrem
com o clima seco do Distrito Federal.
O período de baixa umidade normalmente é registrado entre maio
e setembro, em que julho e agosto
são os meses mais críticos. Nesses
meses, é comum a população sofrer
com sangramentos nasais, dores de
cabeça, ressecamento da pele e irritações nos olhos. É justamente nessa
época do ano que alguns setores re-
24 Revista Fecomércio DF
gistram aumento nas vendas de produtos que aliviam os efeitos da seca.
Além dos ipês e da comercialização
desses produtos, a época é propícia à
safra do morango, que tem seu pico
de colheita no final de julho e durante
os meses de agosto e setembro.
De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal
(Sindivarejista-DF), umidificadores
de ar, cremes e óleos hidratantes são
as mercadorias mais procuradas no
período que segue até outubro. “Uma
das culturas desenvolvidas ao longo
dos 55 anos de Brasília é o uso cres-
cente de umidificadores de ar nos
meses da seca, que visa combater
a baixa umidade relativa do ar. Ao
mesmo tempo, também é expressivo
o consumo de cremes e óleos hidratantes para o corpo, principalmente,
por pessoas que praticam esportes
ao ar livre. A baixa umidade contribui
para elevar a venda desses produtos,
gerando emprego e renda”, destaca
Edson de Castro, presidente do Sindicato. Segundo ele, as vendas de
produtos relacionados com o período
da seca devem crescer este ano pelo
menos 2% em comparação a 2014,
quando se registrou o mesmo percentual. “As lojas estão facilitando a
compra de umidificadores a partir de
R$ 160, dividindo em até seis vezes
sem juros”, afirmou.
No setor farmacêutico, esse é
o período que os clientes mais procuram pelos estabelecimentos.
Segundo o presidente do Sindicato
do Comércio Varejista de Produtos
Farmacêuticos do Distrito Federal
(Sincofarma-DF), Francisco Messias
Vasconcelos, nos meses de julho
e agosto as vendas nas mais de 1,2
mil farmácias do DF aumentam em
30% em relação aos demais meses.
“Em 2015 não está sendo diferente.
É a época que mais vendemos medicamentos para gripe, doenças e
alergias respiratórias, além de umidificadores e nebulizadores”, explica.
Os efeitos da seca na saúde atingem grande parte da população. Mas
os pacientes que mais sofrem são os
idosos e as crianças. “Eles possuem
uma saúde diferenciada. O idoso, por
exemplo, é mais debilitado e faz uso
de outras medicações. As crianças
também são mais vulneráveis devido à imunidade ainda estar amadurecendo”, explica Adriana Carrijo de
Medeiros, farmacêutica bioquímica
da Drogaria Messias, localizada no
Setor O, em Ceilândia. “Aqui na drogaria os medicamentos que mais
saem são os xaropes para tosse,
tanto a seca quanto a irritativa, porque Brasília tem um clima propício
a alergias, além do soro fisiológico
para nebulização e soros nasais, para
umidificar”, informa.
Nessa época, os cremes hidratantes também possuem uma boa
saída. “Uma forma de agregar a venda dos hidratantes é a utilização de
alguns outros produtos, chamados
varejinho, como glicerina e óleo mineral, para potencializar o efeito da
hidratação. É um produto com grande saída também”, destaca Adriana, lembrando que produtos como
manteiga de cacau, protetores labial
e solar, aparelhos de nebulização e
umidificadores de ar também registram boas vendas durante o período
de seca na drogaria em que trabalha.
POUCO AGROTÓXICO
Apesar de todo o incômodo que
a baixa umidade do ar traz, esta é a
época em que a população e os visitantes são agraciados com a comercialização do morango, que é cultivado principalmente em Brazlândia,
onde existem atualmente mais de
120 produtores. A cidade é a 7ª maior
produtora de morango do País e a
primeira dO Centro-Oeste. De acordo
com a Emater-DF, em 2014 foram
produzidas 5.250 toneladas da fruta
em 150 hectares, o que injetou R$ 22
milhões na economia local. O morango produzido em Brazlândia vai para
Brasília e Entorno, Minas Gerais, Tocantins e Bahia.
Na safra normal, o período de
colheita vai de maio a outubro. Na
entressafra, que ocorre de outubro a
maio do ano seguinte, a produção é
um pouco menor. “No DF conseguimos produzir o ano todo. Só que o
período de melhor produção, quando
colhemos o fruto de melhor sabor
e mais bonito é do período da safra,
que tem seu pico no final de julho,
agosto e setembro”, explica José Ricardo Serrano Alescio, de 41 anos,
produtor de morango há 21 anos.
O clima do DF é ideal para a plantação desse tipo de hortaliça. “Como
aqui o clima é muito seco e irregular,
usamos pouco agrotóxico. A plantação não desenvolve muito fungo ou
bactéria, porque a umidade é baixa, o
que torna o morango mais saboroso
do que o dos outros estados”, diz ele,
que veio de São Paulo, onde também
produzia morango com a família. “Lá
tem muita umidade, chove muito
durante o ano, então é muito difícil
controlar pragas e outras doenças”,
afirma. José Ricardo cultiva em torno
de 250 mil plantas em quatro hectares de terra e comercializa de 50% a
60% da produção no DF.
Tão tradicional quanto sua produção é a Festa do Morango de Brasília,
realizada anualmente em Brazlândia
desde 1995 e que movimenta a economia local. Somente no ano passado, de acordo com a Emater, foram
comercializadas 10 mil caixas de
morango. A festa movimentou cerca
de R$ 1 milhão, na qual foram comercializados também derivados de
morango como tortas, doces, geleias,
cremes e sucos. Em sua 20ª edição,
o evento acontece no final de agosto
e início de setembro e espera receber um público de 200 mil pessoas.
Além da comercialização da fruta, a
festa conta com shows, concurso de
beleza, negócios, diversão, culinária
variada e exposição agrícola.
De acordo com Edson de
Castro, a baixa umidade
contribui para elevar a venda
de alguns produtos específicos,
gerando emprego e renda
Revista Fecomércio DF 25
formatura
Prontos para o mercado de trabalho
//Por Luciana Corrêa
Foto: Rapahel Carmona
Faculdade de Tecnologia realizou a colação de grau dos alunos
dos cursos das unidades de Taguatinga e da 903 Sul
A Faculdade de Tecnologia Senac-DF realizou, dia 19 de agosto,
a Colação de Grau de mais de 170
alunos dos cursos de Gestão Comercial e de Gestão de TI, ambos
das unidades 903 Sul e Taguatinga;
e Gestão de Recursos Humanos e
Marketing, da unidade 903 Sul. A
formatura ocorreu no espaço Clube
Net Live (SHTN, Trecho 2), com a presença de colaboradores, professores
e diretores da instituição, além dos
familiares e amigos dos formandos.
Antes da colação, os alunos participaram da Aula da Saudade, dia 17, no
auditório da unidade 903 Sul. O Culto
Ecumênico foi no dia 18, às 20h, no
Santuário Nossa Senhora de Fátima,
na 706/906 Sul.
O paraninfo das turmas e diretor
regional do Senac-DF, Luiz Otávio
da Justa Neves, reconheceu a dedicação e dificuldades que todos os
Mais informações
26 Revista Fecomércio DF
formandos passaram para chegar à
formatura. “Todo o esforço fez com
que pudéssemos entregar hoje à
sociedade esse grupo repleto de vontade, conhecimento e ideias novas.
Sugiro que primem pelos princípios
da razoabilidade e da legalidade nas
suas vidas profissionais. Defendam
suas posições com elegância, sutileza e objetividade. Sejam cidadãos
exemplares. Desejo a todos, muito
sucesso, e tenho certeza que não
lhes faltará firmeza, coragem, nem
convicção para prosseguir”, motivou.
A diretora da Faculdade Senac-DF,
Antônia Maria Ribeiro Rodrigues,
agradeceu a escolha dos formandos
por fazerem seu curso na instituição. “É com orgulho que conferimos
a vocês o grau de tecnólogos e nos
sentimos honrados por termos sido
escolhidos entre as diversas entidades de educação, para promover a
@senacdf
/senacdistritofederal
educação e identidade profissional
de cada um. Foram anos de intenso
aprendizado e a história da instituição e de vocês estarão sempre
interligadas. Isso nos faz trabalhar
sempre para o melhor. A vitória é de
todos”, comemorou.
Compuseram a mesa de honra,
além do diretor regional do Senac-DF, Luiz Otávio da Justa Neves e
da diretora da Faculdade Senac-DF,
Antônia Maria Ribeiro Rodrigues, a
diretora financeira e administrativa,
Francimeire Galdino; o coordenador
de Gestão de TI - campus Plano
Piloto, Douglas Almeida; o coordenador de Gestão de TI - campus
Taguatinga, Nasser Youssif; a coordenadora de Gestão de Comercial e
de Marketing - campus Plano Piloto,
Graciere Barroso; e o coordenador
de Gestão de Comercial - campus
Taguatinga, Demóstenes Azevedo.
www.senacdf.com.br
campeonato
A bola
vai rolar
Cristiano Costa
Nona edição da Copa
Brasília de Futsal terá
participação de 31
equipes de todo o DF
//Por Sacha Bourdette
O maior campeonato de futsal
do Distrito Federal já tem data marcada para começar. A 9ª edição da
Copa Brasília de Futsal terá início 19
de setembro e seguirá até 21 de novembro. A competição é uma parceria entre o Sesc-DF e a Rede Globo
Brasília. O objetivo dos jogos é proporcionar a integração entre as regiões administrativas do DF e estimular a prática do futsal. As disputas
vão ocorrer no Centro de Atividades
Sesc Ceilândia e em ginásios do DF.
No total, 31 equipes das regiões
do DF participarão da competição
que mobiliza atletas e suas torcidas
nas arquibancadas. Para o técnico
da Coordenação de Esporte e Lazer do Sesc-DF, Élisson Fabrício de
Oliveira, o evento já faz parte do calendário esportivo da capital. “A cada
edição, a Copa Brasília de Futsal ganha mais força e público. Na partida
da final, esperamos receber 5 mil
pessoas. Estamos animados para
que a competição seja um sucesso
como nos anos anteriores. Vemos as
famílias e amigos animando as arquibancadas e vibrando pelos times
de sua região”, apontou.
De acordo com a gerente de
Marketing da Rede Globo, Joana Alvarez, a parceria com o Sesc é fundamental para a viabilização do evento
esportivo. “Desde o início do processo, a Globo e o Sesc estão unidos
para fazer o torneio da melhor for-
ma possível. Entre outras funções,
a equipe do Sesc é responsável pela
elaboração da tabela, organização
das partidas e também disponibiliza seu espaço para a realização dos
jogos. É por conta de toda essa operação que a Globo possui o conteúdo
para promover o torneio em seus
telejornais locais e programação,
além de realizar a transmissão da
final da Copa”, destacou.
As inscrições para participar do
torneio seguem abertas até 9 de setembro. O Congresso Técnico está
marcado para o dia 12 de setembro,
às 15h, no Sesc Ceilândia. As partidas são abertas ao público e terão
duração de 50 minutos, com dois
tempos de 25, e serão realizadas às
terças-feiras, às quintas-feiras e aos
sábados. Serão premiados com medalhas e troféus os três primeiros
colocados, o goleiro menos vazado,
o artilheiro e o time com mais “fair
play”. Todas as equipes receberão
troféu pela participação.
9ª Copa Brasília de Futsal
Inscrições: até 9/9
Partidas: 19/9 a 21/11
Local:
Sesc Ceilândia
e ginásios do DF
Informações:
0800 617 617
@sescdf
/sescdistritofederal
www.sescdf.com.br
Revista Fecomércio DF 27
cronograma
Longo caminho
do eSocial
//Por Daniel Alcântara
Fotos: Raphael Carmona
A um ano de ser implantado, o sistema ainda é
um calvário para os empresários
O
s Ministérios da Fazenda, do
Trabalho, da Previdência Social e a Secretaria da Micro
e Pequena Empresa oficializaram
o cronograma de implantação do
Sistema de Escrituração Digital das
Obrigações Fiscais, Previdenciárias
e Trabalhistas – batizado de eSocial.
Os primeiros empreendimentos
a se adequarem às exigências do
Alessandra Laura, do
Sushiloko: as 25 lojas
da rede no DF já estão
se adequando à nova
ferramenta desde o
início do ano
28 Revista Fecomércio DF
programa serão as empresas cujo
faturamento anual é superior a R$
78 milhões, a partir de setembro de
2016. As demais devem entrar obrigatoriamente a partir de janeiro de
2017. O empresário que não se adequar nesse prazo estará sujeito à
multa, prevista em legislação, além
de não conseguir emitir certidão negativa de débitos, provando que está
em conformidade com o Fisco.
A Fecomércio-DF acredita que a
ideia do projeto é boa. Porém, o presidente da entidade, Adelmir Santana, entende que seria necessário um
melhor planejamento na execução
do programa. “É necessário mais
debate com as empresas. Hoje, a
um ano da implementação, poucos
empreendedores estão prepara-
dos. Sem contar que o custo para
se adaptar ao programa vai onerar
ainda mais a atividade econômica
no Brasil e elevar mais uma vez os
encargos trabalhistas”, diz. Para ele,
é importante ressaltar ainda que os
empresários não são contrários à
prestação de informações, mas sim
à forma como o programa está sendo conduzido e a sua complexidade.
De acordo com estudos da Confederação Nacional do Comércio
(CNC), os custos das empresas com
a mudança de procedimento podem
chegar a mais de R$ 5 bilhões, somente nos setores de comércio,
serviços e turismo. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, os custos com consultorias
contábil e jurídica dos empresários
aumentaria em 10% somente devido
ao eSocial.
DIFICULDADE NA
IMPLANTAÇÃO
O eSocial é uma ferramenta
digital e tem como objetivo padronizar a transmissão, validação, armazenamento e acesso de dados
relativos às obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas de empregados, como admissões, demissões, férias, acidente de trabalho,
mudança de salário, FGTS informações sobre imposto de renda, além
de unificar obrigações acessórias
como CAGED, DIRF, RAIS e GFIP,
entre outros.
Ciente de todos os desafios que
o eSocial representa para as empresas, a PwC realizou uma pesquisa,
divulgada em fevereiro deste ano,
para entender como elas estão se
preparando para cumprir a nova
obrigação. De acordo com o estudo,
dos empreendimentos pesquisados,
42% estão levantando informações e
analisando a adequação, a qualidade e a segurança das informações
ou avaliando a exposição a riscos
trabalhistas, previdenciários e fiscais. Enquanto os empreendimen-
tos que já concluíram o diagnóstico
estão na fase de implementação e
desenvolvendo soluções sistêmicas
e adequando os processos internos
correspondem a 29% da amostra. O
estudo revela ainda que apenas 6%
estão aguardando a versão final do
manual para fazer os últimos ajustes necessários. Porém, uma parcela relevante do estudo (23%) ainda
não realizou qualquer atividade com
relação ao eSocial.
A pesquisa da PwC mostra ainda
que entre as dificuldades de implementação do projeto foram listadas:
mudança cultural (30%); processos
internos (29%); sistema e tecnologia (16%); comprometimento dos
gestores da empresa (10%); pleno
cumprimento da legislação vigente
(8%); estrutura e governança (5%)
e capacitação dos profissionais envolvidos (3%). De acordo com o sócio da PwC Brasil e líder da área
de pessoas e organizações, João
Lins, a vida do empresário mudará
bastante depois da implementação
do eSocial. “O desafio de mudança
cultural dos empregados é a maior
barreira que as empresas estão enfrentando. Será necessário garantir
que as pessoas dentro da empresa
percebam que grande parte da responsabilidade depende delas, não é
só um trabalho de recursos humanos, mas uma realidade de quase
todo gestor das empresas”, explica
Lins. “Essa mudança de comportamento por parte da administração
da empresa é fundamental, o próprio funcionário também precisa ser
consciente, pois é de obrigação dele
informar a empresa, por exemplo,
se mudou de endereço, se casou
ou separou ou até mesmo informar
mudanças de documentos para que
a empresa garanta que ele esteja regular perante as regras do eSocial”,
afirma Lins.
A PwC confirma também que as
empresas terão que investir na área
de Recursos Humanos (RH) para
R$ 5 bi
são os custos das
empresas com
a mudança de
procedimento,
somente nos
setores de
comércio, serviços
e turismo,
conforme estudo
da CNC
Revista Fecomércio DF 29
cronograma
iniciarem o processo de adequação do eSocial. “As empresas que
fizerem um investimento adicional
de maneira inteligente vão se beneficiar com uma área de RH mais
ágil e mais eficiente com condições
de operar sem expor a empresa a
riscos. As empresas que não atentarem a isso vão gastar mais e não
terão benefícios”, conclui João Lins.
TRABALHO CONJUNTO
A gerente financeira da rede de
comida fast food japonesa Sushiloko, Alessandra Laura, afirma que
a empresa, que conta com 25 lojas
no Distrito Federal, está se adequando à ferramenta desde o início deste ano. De acordo com ela,
a implementação do eSocial será
benéfica para a empresa, porém,
trabalhosa, pois existem várias peculiaridades às quais os funcionários terão que se adequar. “Como
toda e qualquer outra empresa na
fase de implementação de um novo
projeto, nós encontramos dificuldades. É uma mudança de cultura
para manter o sistema sempre atualizado. O eSocial depende de um
trabalho conjunto da empresa para
o contador e de lá para os órgãos do
governo federal”, explica Alessandra. “Mas, acredito que empresas
que gostam de resolver tudo em
cima da hora vão sofrer com a novidade. Aqui fazemos de tudo para
trabalhar de acordo com as normas
da CLT”, explica.
O presidente da Federação Nacional das Empresas de Serviços e
Limpeza Ambiental (Febrac), Edgar
Segato Neto, instituição que agrega
mais de 11 mil empresas de asseio,
segue a mesma linha de pensamento da Fecomércio e da CNC e
reitera que o projeto é bom, porém,
de difícil implementação em todo o
País. Segundo ele, algumas empresas não têm nem acesso à internet
e não poderão reportar acidentes de
trabalho ou demissões e contrata30 Revista Fecomércio DF
“O desafio de
mudança cultural
dos empregados
é a maior barreira
que as empresas
estão enfrentando.
Será necessário
garantir que as
pessoas dentro da
empresa percebam
que grande parte
da responsabilidade
depende delas”
João Lins,
sócio da
PwC Brasil
ções instantaneamente ao governo.
“Imagine um trabalhador que presta serviços em uma usina de cana
no interior de Goiás, que fica a 60km
da cidade mais próxima. Como ele
irá informar um acontecimento de
forma rápida, por meio de internet?
Sem citar alguns estados em que
o acesso à internet é difícil, como o
Acre, Rondônia e Amapá? Estamos
falando de um País com dimensões
continentais”, explica Segato. Ele
também questiona como empresas
pequenas, que têm quatro ou cinco
funcionários, vão conseguir atender
à demanda e à rapidez que o governo está esperando.
O presidente da Febracs acredita
que o projeto vai ser adiado por causa das inúmeras dúvidas recorrentes
por parte do setor produtivo. “O setor de asseio, por exemplo, no qual
a Febracs representa a maioria dos
empresários não tem conhecimento
de como aderir, está preocupado. Alguns estados como Goiás, por exemplo, já fizeram algumas palestras
para tentar explicar, o que acabou
gerando mais dúvidas por parte dos
empreendedores”, diz Segato.
lazer
Diversão também aos
fins de semana
//Por Andrea Ventura
Foto: Cristiano Costa
Unidades do Sesc-DF
oferecem opções para toda
a família
Q
uem frequenta as unidades
do Sesc no Distrito Federal encontra uma ampla
programação que inclui atividades
esportivas, culturais, de saúde e
turismo, entre outras. As atividades
ocorrem de segunda a sexta-feira e
seguem nos fins de semana, com a
abertura das unidades do Sesc Guará, Sesc Ceilândia, Sesc Taguatinga
Sul, Sesc Taguatinga Norte e Sesc
Gama para o lazer recreativo. As
atividades são voltadas para comerciários, dependentes e comunidade
em geral.
“Todas essas unidades que
abrem aos finais de semana possuem uma variedade de atrações e
estruturas adequadas para proporcionar divertimentos, ensinamentos
e congraçamentos. Temos piscinas,
churrasqueiras, quadras de esporte,
gibitecas, espaço de leitura, espaço para banho de sol, lanchonetes,
brinquedos recreativos, atividades
guiadas por recreadores, além de,
regularmente, oferecermos atrações musicais em nossos clubes”,
explica o chefe da Divisão de Desenvolvimento Humano do Sesc-DF,
Guilherme Reinecken de Araújo.
Entre essas atividades, as mais procuradas são as piscinas, além dos
jogos recreativos e do banho de sol.
Uma das unidades mais procuradas é a de Ceilândia, que possui
a maior estrutura entre as unidades
do DF. O local chega a receber mais
de 10 mil pessoas em alguns finais
de semana. “As 10 piscinas, as qua-
dras de esporte, o preço acessível e
o espaço de brinquedos infantis são,
sem dúvida, um diferencial para termos essa grande demanda no Sesc
Ceilândia”, explica Guilherme.
A unidade de Ceilândia foi a escolhida pela autônoma Isis de Carvalho, que frequenta o local desde a
sua inauguração em 2007. Durante
a semana, Isis utiliza a academia
e aos finais de semana aproveita o
clube com a família. “Gosto muito de
frequentar o Sesc, inclusive convido
as amigas para fazerem o mesmo”,
revela. Ela gosta de tomar sol e elogia a equipe do Sesc. “Os salva-vidas
estão sempre atentos e os funcionários também são atenciosos”, conta.
Moradora do Sol Nascente, Isis ainda aproveita a programação cultural
da unidade, pois assiste às peças
que são encenadas na unidade que
frequenta regularmente.
Para fazer como Isis, basta estar com a carteirinha atualizada do
Sesc. Os comerciários e seus dependentes têm entrada gratuita. Já
para a categoria de Usuários e seus
dependentes, a entrada é de R$ 5.
Os horários mais frequentados
são durante o dia, mas à noite as
unidades também oferecem atividades para seus frequentadores. Há
happy hour no Sesc 913 Sul, além
de espetáculos e shows, no Teatro
Garagem, que também é palco de
festivais e premiações, como o Palco
Giratório e o Prêmio Sesc do Teatro
Candango. Outro evento que merece destaque é o Sesc Flash Back,
evento noturno que recebe cerca de
mil pessoas e ocorre na unidade de
Taguatinga Sul. As unidades do Sesc
abrigam ainda espetáculos teatrais,
cinema e shows para toda a família.
@sescdf
/sescdistritofederal
www.sescdf.com.br
Revista Fecomércio DF 31
exposição
Tradição da escrita artística japonesa
//Por Líliam Rezende Foto: Danyella Nunes
Inédita na cidade, a mostra de arte da
japonesa Yuki Kokamata é atração na
unidade da 504 Sul
D
urante um mês o Sesc da 504 Sul dará espaço
para a escrita artística da japonesa Yuki Kokamata. A exposição Shodô - Caligrafia tradicional japonesa, que começa no dia 26 de setembro, vai trazer
parte da obra da artista que é reconhecida por seus traços na escrita.
De acordo com a gerente da unidade, Cristina Nogueira, a exibição é de alto grau cultural para japoneses e
brasileiros. “A escrita do Japão desperta curiosidade em
todo o mundo. O uso de ideogramas é uma tradição e a
técnica deve expressar o sentimento e a forma como são
feitos. O Sesc orgulha-se em colaborar com a Embaixada do Japão e, dessa forma, proporcionar à população
de Brasília a oportunidade de apreciar essa cultura tão
rica”, conclui. As obras de Yuki já foram expostas em várias partes do Japão e estão sendo trazidas em primeira
mão para Brasília.
Os materiais de caligrafia são conhecidos como
“os quatro tesouros da caligrafia”, constituídos
de tinta (sumi), papel (kami), pincel (fude) e o
HISTÓRIA
A origem da caligrafia artística realizada com pincéis
especiais tem cerca de 3000 anos e é uma das artes mais
respeitadas no Japão. Com o passar dos séculos, desenvolveram-se e vários estilos foram criados.
Os imigrantes japoneses praticavam a arte como forma de manter o vínculo com a cultura japonesa, e o mais
utilizado até hoje é o Shodô. “Sho” significa “escrita” e
“dô” se traduz como caminho, ou seja, “o caminho da escrita”. No Japão, o termo se refere à caligrafia japonesa
mais tradicional.
A arte do Shô se define pelos seus traços. Não é permitido fazer retoques. Em um movimento único e sem volta, interagindo com a linha e espaço, pode-se diferenciar a
arte de um puro treinamento. A força, velocidade e pressão
do pincel, assim como o movimento da linha e os diferentes materiais usados (papel, tinta e pincel), são outros fatores que enriquecem a apreciação de uma obra do Shô. No
Brasil, os primeiros imigrantes japoneses que chegaram
em 1908 já trouxeram a arte do Shodô, em muitos casos,
aprendida na escola. Além disso, era comum trazerem na
bagagem exemplares da arte caligráfica desenhados por
artistas e personalidades de destaque na região onde moravam, para adornarem as paredes da nova casa.
32 Revista Fecomércio DF
recipiente de tinta (suzuri). A água é o elemento de
ligação entre eles, considerando que a combinação
de cada material pode gerar efeitos diversos.
Exposição:
Shodô - Caligrafia tradicional japonesa
Local: Sesc 504 Sul
Dia: 26 de setembro a 23 de outubro
Horário: Das 8h às 18h (segunda a sexta-feira)
@sescdf
/sescdistritofederal
www.sescdf.com.br
capa
Onde
nascem
as boas
ideias
//Por Liliam Rezende e Sacha Bourdette
Fotos: Raphael Carmona
Economia criativa
movimenta o cenário
empresarial da capital
e faz surgir novos
comportamentos, como a
troca de produtos em vez
da compra
Revista Fecomércio DF 33
capa
T
1,5%
dos empregados
formais de Brasília têm
a criatividade como
principal elemento para
a produção de bens
e serviços
34 Revista Fecomércio DF
er uma ideia surpreendente
e criativa, em um mercado
tão saturado como o de hoje,
é uma das portas de entrada para os
empreendedores brasilienses obterem sucesso. Investir em uma opção
diferenciada é uma saída para escapar da competitividade e da crise. Isso
porque a economia criativa tem um
potencial crescente na capital, como
indica o último estudo divulgado pela
Companhia de Planejamento do DF
(Codeplan), com o apoio do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O
conceito apresentado pela Codeplan
abrange atividades econômicas que
têm o uso da criatividade e do conhecimento como o principal fator para a
produção de bens e serviços.
A diferença de uma empresa
criativa para a tradicional está nos
insumos (criatividade) que os empreendimentos utilizam e no grau
de inovação em produtos e processos que elas apresentam. Em geral, as empresas criativas têm um
desempenho melhor que empresas
que não inovam. Para a Codeplan,
os profissionais que têm a criatividade como principal elemento para
a produção de bens e serviços correspondem a 1,5% dos empregados
formais de Brasília e somam 22,6
mil pessoas. Entre os setores que
fazem parte dessa concepção estão
os ligados à produção artística —
como música, dança e teatro , às expressões ou atividades relacionadas
às novas mídias — startups, cinema
e televisão; à produção de conteúdo
— jornalismo, por exemplo; à arquitetura, aos games e à moda.
A pesquisa constatou que todos
os setores no âmbito da economia
criativa são promissores no DF, em
especial os referentes à comunicação e pesquisa. Esses setores remuneram acima da média e mostram
o potencial da cidade nos cenários
nacional e internacional. Para o diretor de Estudos e Políticas Sociais
da Codeplan, Flávio Gonçalves, a
demanda por esse mercado no DF
é enorme. “O mercado de economia criativa, principalmente aquele
ligado a atividades culturais, tem
uma relação com a alta renda do DF
(maior renda per capita do Brasil).
O crescimento da demanda por tais
produtos responde a aumentos da
renda disponível, o que, no caso do
DF, é comum”, explica.
Brasília se destaca entre as outras metrópoles brasileiras pela oferta de trabalhadores altamente qualificados, aproximadamente 20% das
pessoas com mais de 25 anos têm
escolaridade superior. Segundo a Codeplan, o setor de serviços representa
mais de 90% da atividade econômica
do DF. Portanto, o perfil da população
é favorável à ampliação de instituições de pesquisa e apoio à inovação.
Isso porque o DF dispõe de patrimônio cultural e ambiental relevante.
Os setores que fazem parte da
economia criativa apontados como
os mais promissores da capital são
o turismo patrimonial, urbanístico,
arquitetônico, paisagístico, ecológico
e cívico; as artes visuais e performáticas; a mídia; os serviços de produção
de conteúdo; e os de pesquisa e desenvolvimento. O diretor afirma ainda
que a economia criativa é uma saída
bastante positiva, principalmente em
tempos de crise. “Tendo em vista as
questões geográficas, o que dificulta
a presença das indústrias, a economia do DF depende da criatividade. É
uma alternativa que deu muito certo na capital, pois agrega qualidade,
inovação e sofisticação, o que faz toda
a diferença no produto”, conclui.
Para o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, é preciso
incentivar esse empreendedorismo
criativo. “O Distrito Federal tem um
enorme potencial para desenvolver
negócios ligados à criatividade. O
desafio é dar oportunidade aos profissionais que atuam nesses segmentos, oferecendo visibilidade e
criando políticas públicas para o incentivo de produções e na criação de
empresas. Uma das grandes dificuldades é fazer com que a economia
criativa se torne mais palpável. Temos a emergência de um novo segmento, mas que ainda falta qualificar os profissionais que atuam nesta
cadeia produtiva de criatividade,
além de abrir linhas de crédito para
estes empreendedores”, avaliou.
20%
das pessoas com mais de
25 anos têm escolaridade
superior em Brasília
BOLA DA VEZ
De acordo com a gerente da
Unidade de Atendimento Coletivo
de Serviços do Sebrae, Aparecida
Vieira, a economia criativa é um
segmento prioritário da instituição. “Há todo um ambiente favorável para que se dê atenção tendo em vista os números que esse
setor hoje representa. O brasileiro
por natureza é criativo, antes ele
empreendia por necessidade e não
por oportunidade. Hoje ter o seu
próprio negócio é o terceiro sonho
do brasileiro, que corresponde a
31,4%. Por isso, mapeamos os
setores como prioritários que vão
desde gastronomia, artesanato,
moda, design, tecnologia da informação a setores de audiovisual,
música e fotografia”, apontou.
A taxa de sobrevivência de empresas criativas é alta, podendo
chegar a 80% no Distrito Federal
por conta da renda do consumidor
de Brasília. Para dar suporte para
quem quer se aventurar nesse setor, o Sebrae oferece serviços e
realiza eventos. “Contamos com
um conjunto de ações que vão
desde a hora que ele tem a ideia e
quer tirar do papel à capacitação
e montagem do plano de negócio.
Ensinamos o passo-a-passo para
saber onde e como investir. Nosso
objetivo é ajudar o empreendedor
a criar sua empresa, queremos
que ele cresça. Para se ter uma
ideia, o negócio criativo em tempos de crise sai na frente, é um
diferencial competitivo”, concluiu
a gerente do Sebrae.
“Nosso objetivo é
ajudar o empreendedor
a criar sua empresa,
queremos que ele cresça”,
diz Aparecida Vieira,
do Sebrae
capa
Thatiana Dunice:
“eu sentia falta de
comprar itens com
as características de
Brasília que não fossem
artesanais”
BRASÍLIA, MUSA INSPIRADORA
Na prática, a criatividade é garantia de sucesso. No comércio, a
cientista política Thatiana Dunice,
se destaca com um negócio que
vende artigos inspirados em detalhes da capital federal, com a
loja BSB Memo. A repercussão da
morte do arquiteto Oscar Niemeyer
deixou claro o impacto de sua obra.
Foram justamente seus traços modernistas que serviram de base
para a criação dos produtos de suvenir da empresa.
“Não havia uma loja com a cara
da cidade. Eu sentia falta de comprar itens com as características
de Brasília que não fossem artesanais”, explica. A BSB Memo oferece
camisetas, mantas, ímãs, canecas
e réplicas das placas verdes de
sinalização. A média de preço varia entre R$ 20 e R$ 50, o produto
mais barato custa R$ 19 (ímãs) e o
mais caro (mantas) custa R$ 297.
Thatiana conta que o diferencial da
marca está em oferecer um produto
de design. “É um trabalho mais cuidadoso, o que tem tudo a ver com
Brasília.”
Em 2011 ela vendia informalmente as camisetas pela internet
e no estacionamento de um supermercado em Brasília aos finais de
36 Revista Fecomércio DF
semana. Em setembro de 2013, começou a venda formal em uma loja física
na Asa Norte. O carro-chefe da Bsb Memo são plaquinhas que remetem à
sinalização de Brasília e podem ser personalizadas sob encomenda. A marca
vende hoje em torno de 120 placas por mês.
A atração que a arquitetura exerce nos criadores da BSB Memo também
tem sua força nos moradores locais, os principais clientes da marca. “Os moradores têm um vínculo muito forte com a história de Brasília. É comum chegarem para comprar e compartilharem curiosidades da cidade conosco. Essa
troca é muito boa e até nos inspira em novas peças.”, afirma Thatiana.
Bruno Sartório
comemora o sucesso
do evento que reuniu
60 mil visitantes
PRAIA EM BRASÍLIA
Dizem que o céu é o mar de
Brasília. Esse ditado retrata bem
que o aproveitamento diurno da
cidade só deixa a desejar em um
quesito: Brasília não tem praia.
Não tinha! Criado no começo de
julho e estendido até 30 de agosto,
o Na Praia – foi montado em 6 mil
metros quadrados de área, preenchidos com 400 toneladas de areia,
em um complexo “day use”, que
oferece ao público atividades nas
sextas, sábados e domingos, com
programação diferenciada.
De acordo com Bruno Sartório,
da R2 Produções (idealizadora do
evento), para o Na Praia sair do papel foram necessários sete meses
para o desenvolvimento do projeto,
captação de recursos, pré-produção e inauguração. Já a ideia surgiu das experiências vividas pela
empresa nos últimos anos, como a
produção de réveillon no litoral alagoano, na cidade de São Miguel dos
Milagres. “Além desses fatores que
nos gabaritaram para pensar em
executar o projeto Na Praia, como
bons brasilienses, tínhamos o sonho de ter uma praia em Brasília.
Hoje, realizamos esse sonho para
todos”, destaca.
A ideia de levar os brasilienses
diretamente aos deslumbrantes
cenários do Nordeste, sem sair da
capital, deu certo. O investimento foi
alto, cerca de R$ 3,5 milhões, desde
a cenografia, com réplicas de igrejas tradicionais e casas coloridas,
ao grande redário disponível para
quem quiser contemplar a paisagem. Barraquinhas espalhadas pelo
local ofereceram iguarias típicas,
como acarajé, tapioca, milho cozido,
biscoito Globo e queijo coalho.
A Praia de Brasília também contou com programação própria e ofereceu ao público opções de lazer durante todo final de semana. Segundo
Bruno, o investimento é totalmente
particular, das produtoras, dos patrocinadores e apoiadores do evento. “São cinco patrocinadores e onze
apoiadores privados. Temos ainda
dois apoios institucionais - Administração do Plano Piloto e Secretaria
Jéssica Behrens teve o projeto de
criação de um aplicativo para trocas
aprovado em Harvard
de Turismo. Desses, não existe contrapartida financeira”, ressalta.
O alcance do projeto é expressivo:
60 mil visitantes, 700 postos de serviços diretos e indiretos, R$ 1 milhão
em impostos recolhidos, 50 atrações
musicais contratadas, sendo em sua
maioria do DF, fomentando a cadeia
produtiva. Já no turismo, apenas a
produção do evento utilizou 300 leitos, e durante todo o período, cerca
de 1,5 mil leitos foram ocupados em
um período de baixíssima temporada para os hotéis.
Bruno destaca que o sucesso
da Praia superou as expectativas,
mas que isso só foi possível graças ao fruto do trabalho em equipe.
“Apesar da concepção do evento ter
sido da R2, a parceria com outras
empresas consolidadas no DF foi
fundamental. Dessa forma, a KM
Eventos, Carlos Constantino Produções, Agência Nout, Medley Produções, Manifesto Lab e Verri e Verri
Produções também assinam o projeto”, conclui.
“TINDER” COMERCIAL
Quem um dia imaginou ter um
projeto aceito pela universidade
mais prestigiada do mundo? Pois é,
a jovem empresária brasiliense de
23 anos, Jéssica Behrens, sabe bem
qual a sensação de passar por isso.
Ela idealizou um aplicativo que possibilita a compra, venda, troca e doação de objetos. O projeto foi aprovado pelo Laboratório de Inovação da
Universidade Harvard, nos Estados
Unidos. Em conjunto com um amigo, que estudou na universidade
norte-americana, Jéssica e ele criaram o plano de negócio do aplicativo
chamado Tradr.
A ideia surgiu em novembro de
2014, quando ela decidiu se desfazer
de uma coisa por dia e foi então que
ela teve um insight. Para ela tinha
que existir uma maneira fácil, divertida e criativa para dar um destino a
coisas que não usava mais. Então,
por que não um Tinder, aplicativo de
paquera, mas voltado para produtos? “A nossa inspiração para criar
Revista Fecomércio DF 37
capa
o Tradr foi o Tinder. O meu amigo
me disse que a ideia era muito boa
e apresentou para outros estudantes de Harvard. Eles me convidaram
para ir para a universidade desenvolver um projeto. Na hora nem acreditei e, em maio deste ano, iniciamos
os testes do aplicativo e no momento
em que lançamos surgiu um investidor”, contou impressionada.
Atualmente, o aplicativo está disponível para o sistema iOS e é 100%
gratuito. Conta com três mil produtos e espera-se que em setembro
alcance dez mil usuários, tendo em
vista que entram em média 400 pessoas por dia. O Tradr funciona da
seguinte maneira: a pessoa tira foto
do que não quer mais e coloca na
rede; em seguida, as pessoas ao seu
redor, por meio de um sistema de
geo-localização, e seus amigos,
através de uma integração com o
Facebook, é possível passar pelos
produtos; e caso a pessoa goste de
alguma coisa já é possível combinar
a compra, venda, troca ou doação.
Segundo Jéssica, a empresa é
globalizada, com 11 pessoas atuando de forma colaborativa no Brasil
e em diversas partes dos Estados
Unidos. Ela adianta que estão trabalhando para disponibilizar para
o sistema Android, mas ainda sem
previsão. Além disso, a empresária quer possibilitar formas de pagamento dentro do aplicativo. “É
muita informação para assimilar
desde o início do ano, primeiro era
pensar em Harvard, depois eu estou
em Harvard. Eu encaro como uma
transformação social que ocorre por
meio da economia colaborativa e
criativa que apoia a sustentabilidade
e pequenos negócios. Eu vejo como
uma grande oportunidade para todos”, concluiu.
Para o jovem inglês e CEO do
aplicativo que estudou Economia e
comportamento do consumidor em
Harvard, Zaki Djemal, o programa
Victor Parucker trouxe
para Brasília a ideia da loja
colaborativa
38 Revista Fecomércio DF
simplifica o processo de decisão
e otimiza o crescente mercado de
bens usados e criativos. “Quando
conheci a Jéssica nossas ideias se
encontraram. Para mim, o Tradr é a
solução de um problema do mundo
real e um modelo de negócio intrigante com o potencial de perturbar
um mercado estagnado. O Tradr é
eficiente e sociável. Outros aplicativos não são fáceis de usar e demandam muito tempo”, explicou.
“O nosso principal diferencial é o
algoritmo desenvolvido que aprende
os gostos de um usuário em tempo
real. A curadoria está se tornando
cada vez mais importante no espaço
do consumidor, com empresas como
Pinterest, Pandora e Netflix, todas
tentando descobrir como mostrar às
pessoas o que elas querem. Por que
isso não seria diferente com os bens
usados e com a indústria criativa? Eu
acho que as pessoas têm percebido
que a tendência é que o mercado
para bens usados e para produtos
criativos tenha um grande sucesso.
A equipe de Harvard está bastante
otimista com o progresso do aplicativo no Brasil, pois o País é porta de
entrada para o sucesso na América
Latina”, apontou o Zaki.
O produtor de Audiovisual, Pedro
Borges, é um dos usuários do Tradr.
Ele baixou o aplicativo há mais ou
menos um mês e meio e já faturou
R$ 150. “Hoje devo ter algo em torno
de 15 objetos anunciados, que variam
de zero a R$ 250. Tenho livros que decidi doar e outros vender por R$ 10,
um taco de beisebol que nunca usei,
uma jaqueta, uma lente Canon e outros objetos que não usava mais. Já
comprei desodorante natural, peguei
uma camisa de graça e livros e estou quase comprando uma câmera.
Acho a ideia muito boa, a economia
criativa é parte da mudança em que
estamos vivendo”, relatou.
CONSTRUÍDO POR CENTENAS
Descobrir uma maneira nova de
explorar segmentos já consolidados
exige muita criatividade e perseverança. O empresário e contador,
Victor Parucker, conheceu em São
Paulo a loja Endossa e trouxe há três
anos e meio para Brasília, na 306
Sul, uma forma inovadora de reunir
diversas marcas em um só ambiente. Ele conta com as duas sócias,
Luana Isidro e Maíra Belo, mais três
funcionários, além dos 104 colaboradores. “Eu percebi que a Endossa
resolvia muitos problemas do comércio. Na questão de como estocar, na curadoria para saber o que
vende ou não vende, na divulgação
e atendimento. A loja traz diversas
soluções dando espaço para quem
produz e para quem tem marcas pequenas”, destacou.
Na loja é possível alugar um espaço para expor o trabalho, entre
104 pequenos stands disponíveis. Os
valores mensais dessas caixas vão
de R$ 160 a R$ 580, de acordo com
o tamanho. Atualmente, existem 340
marcas na fila de espera. “Brasília é
uma cidade muito cara, então para
você começar um negócio, o valor
de um aluguel de uma loja é muito
alto. A Endossa dá supoerte às novas marcas e às pequenas para que
façam um teste com um risco bem
pequeno. Como regra a marca tem
que vender o valor do seu aluguel
por pelo menos três meses”, disse.
Para se ter uma ideia, circulam
por dia uma média de 80 pessoas.
Segundo Victor, a expectativa é abrir
outro ponto de venda. “A loja é feita
por quem compra e por quem vende. A Endossa é uma loja boa para
todo mundo, para quem vende, para
quem compra e até para o governo.
Isso porque pagamos imposto, tudo
com nota fiscal e com segurança
para quem quer expor os seus produtos. Temos estrutura com facilidade, conveniência e credibilidade.
Está valendo a pena e queremos
abrir nova loja. Quem quiser tentar
um espaço na Endossa é preciso cadastrar a marca no site da loja (bsb.
endossa.com)”, finalizou.
Segundo o produtor cultural e
empresário da marca Brechó dos
Óculos, Mayton Campelo, a Endossa é uma grande vitrine para quem
quer testar os seus produtos. “Já
alugo um espaço na Endossa há um
ano e acho maravilhoso. É um tipo
de economia que faz a diferença”,
apontou. A empresária, Kate Gomes
do Carmo, também aluga uma caixa
e consome muita coisa lá. “É uma
ideia fantástica, dá oportunidade
para várias pessoas, é uma superescola onde você pode se projetar
para um universo maior. Vejo como
um microshopping. Já estou há dois
anos com a loja Bendita. São vários
universos em um espaço só. Quase
todo dia eu compro aqui”, contou.
Débora Leite e Lucas Caixeta: empresa venceu concurso de startups
DESAFIO ANIMAL
Para quem tem animal às vezes é um desafio encontrar um
par para o seu pet. Pensando nisso, quatro empresários tiveram a
ideia de solucionar esse problema
encurtando as distâncias por meio
da internet. Formada por Débora
Leite Vilela, Brayan Dichtl, Lucas
Caixeta e Tayana Alves Souza, a
empresa Parpet foi a grande vencedora em um concurso de startups
do Sebrae. O site de encontro para
animais surgiu em maio deste ano.
De acordo com uma das sócias,
Débora Leite Vilela, a ideia foi apresentada no primeiro dia do evento
Startup Weekend, da UP Global,
com o apoio do Sebrae. “O Brayan e
eu apresentamos coincidentemente a mesma ideia. Para ele surgiu
depois de conhecer um vizinho que
teve dificuldades para encontrar um
cachorro da mesma raça que seu
animal para cruzar. Já eu tirei a ideia
de um bate-papo com um amigo
que tinha uma cachorrinha da raça
jack russel terrier e não conseguia
um macho para cruzar”, revelou.
“No momento um dos diferenciais do projeto é que para o cadastro necessariamente o dono do pet
deve enviar o cartão de vacinação. A
exigência é que o animal seja saudável e esteja bem cuidado. O ParPet tem a intenção de facilitar, en-
curtar a busca pelo “parceiro ideal”
e para o pet da pessoa. Isso porque
as pessoas que possuem animais
com raça muito específica ou raças
muito caras dificilmente conseguem encontrar um outro animal
da mesma raça, porte, pelagem,
bem cuidado, vacinado, saudável e
na mesma região geográfica”, explicou Débora.
O ParPet funciona como um
banco de dados, no qual os donos
podem se comunicar e combinar a
cruza, ou mesmo para amizade, ou
troca de experiências dos seus animais. O cadastro é gratuito pelo site
(parpet.co). Na hora do pagamento
do encontro, o sistema também é
inovador. “O dono do pet paga uma
recompensa de valor livre. Entretanto, essa forma de monetização
é temporária e estamos analisando
uma outra maneira mais viável e
fácil para todas as partes. Estamos
também desenvolvendo melhorias
para o site e um aplicativo que facilitará o acesso. Por fim, queríamos
prestar uma homenagem ao Bruce,
um buldogue francês, que foi nosso
garoto-propaganda, nosso primeiro
‘cliente’ e que, infelizmente, acabou
nos deixando recentemente. O Bruce era muito alegre e bonitão e deixou saudades, mas que ficará para
sempre na memória da equipe do
ParPet”, finalizou Débora.
Revista Fecomércio DF 39
burocracia
O longo caminho
para empreender
//Por Luciana Corrêa
Foto: Raphael Carmona
Ter uma empresa formalizada no Brasil ainda
é um martírio para muitos empresários
V
ocê tem uma ideia fantástica, quer abrir seu
próprio negócio, mas não
sabe como começar? Os especialistas da área de comércio e serviços
fornecem várias dicas, mas concordam que antes de seguir o passoa-passo burocrático para ter a sua
empresa formalizada, é impreterível que seja feita, primeiramente,
uma pesquisa de viabilidade. Isso
engloba tanto uma análise da atividade, local físico, planejamento,
cidade escolhida, quanto saber se
o perfil do futuro empresário realmente se encaixa nas necessidades
do mercado.
“São muitos
órgãos envolvidos
e não queremos
que o empresário
tenha que passar
mais por tudo
isso. Queremos
que ele consiga
fazer tudo
automaticamente”
Gisela Ceschin
presidente da Junta
Comercial do DF
40 Revista Fecomércio DF
O consultor de atendimento
do Sebrae-DF, Gustavo Baião, explica que muitas vezes as pessoas acham que podem atuar como
empresários, mas na maioria das
vezes não aguentam o processo. “É
importante que o futuro empreendedor entenda muito bem do negócio que pretende abrir, para não
fechar as portas logo no começo.
Aqui no Sebrae damos orientação
e ele pode fazer uma capacitação
gerencial para entender as estratégias para sustentação”, explica.
Para o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, abrir uma
empresa deveria ser extremamente
simples, pois há empresas que não
precisam de tanta complexidade
para funcionamento. “Sei que neste
instante está sendo feito um entendimento entre o GDF e a Secretaria
de Micro e Pequena Empresa para
implantar um projeto-piloto em
Brasília, que visa agilizar abertura
e fechamento de empresas e diminuir os entraves burocráticos, com
previsão de ser implementado imediatamente”, explica.
A presidente da Junta Comercial do DF, Gisela Ceschin, confirma essa implementação. Em relação à abertura, lembra que o órgão
trabalha com o prazo de cinco dias
úteis e o fechamento é feito na hora,
por meio do sistema Registro e Licenciamento de Empresas (RLE),
que dá a baixa no CNPJ, na Junta
Comercial e na Receita Federal,
desde outubro de 2014. O foco agora é colocar para funcionar o RLE
Abertura, que será integrado aos
órgãos necessários e facilitará todo
o processo. “São muitos órgãos envolvidos e não queremos que o empresário tenha que passar mais por
tudo isso. Queremos que ele consiga fazer tudo automaticamente”,
comemora.
Gisela garante que até o fim
deste mês, o RLE Abertura estará em pleno funcionamento, “Pelo
sistema iremos facilitar para 95%
tipos de empresas abertas no DF. A
ideia é que seja como o MEI, com
todos os órgãos integrados, inclusive o licenciamento”, comemora.
A implementação do RLE faz parte
do projeto Bem Mais Simples Brasil, lançado em fevereiro de 2015,
pelo governo federal. O DF serviu de
teste para aplicação do projeto piloto de fechamento das empresas,
e, segundo a presidente, até hoje já
foram finalizadas 3 mil empresas.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindvarejista-DF), Edson de Castro, conta que
a primeira orientação que o empreendedor recebe quando procura o
sindicato é que faça uma pesquisa
e estude sobre empreendedorismo.
“Qualquer pessoa pode procurar o
sindicato para saber como está o
mercado. Iremos analisar com ele
se o preço de aluguel está dentro
do normal, se o local é recomendado para a atividade, por exemplo.
Damos as orientações financeira e
R$ 60 mil
por ano é o
valor máximo
do faturamento
para o cadastro da
empresa poder ser
feito todo online
administrativa”, explica. Edson deixa claro que quem não se preparar,
fechará as portas. “Não existe sorte, existe profissionalismo. Abre-se
e fecha-se empresa todos os dias.
As que fecham são as que não se
prepararam, pois o mercado está
muito profissional”, destaca.
FALTAM ESCLARECIMENTOS
Diante dessa primeira análise,
o empreendedor pode começar sua
saga pelo Cadastro Nacional de
Pessoa Jurídica (CNPJ) e demais
documentos para iniciar o funcionamento. Com um planejamento
certo, é possível saber em qual modalidade a empresa será cadastrada: Microempreendedor Individual
(MEI), empresário individual, microempresa ou empresas de pequeno,
médio e grande porte. As regras
para cada um são claras e é preciso
muita atenção. O MEI, por exemplo,
é totalmente automatizado e serve
para quem vai abrir um negócio sozinho, pois não há a possibilidade
de ter um sócio, mas pode ter um
funcionário. É bom lembrar que deverá seguir a Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT), como qualquer
outra empresa.
Depois disso, é preciso projetar
se o faturamento da empresa será
de até R$ 60 mil anual. Sendo assim, o cadastro pode ser feito todo
online, pelo portal do empreendedor e o CNPJ fica pronto de 5 a 10
minutos. Com registro pronto, o
pagamento da taxa mensal, é permitido o funcionamento imediato do
estabelecimento, pois o documento
gerado no ato serve como prévia de
alvará por 180 dias. Para prestar
contas do seu rendimento, o empresário é obrigado a fazer apenas
uma declaração anualmente, que
também pode ser feita pela internet. Uma dica importante é que
o MEI tem direito a atendimento
gratuito em escritórios de serviços
contábeis optantes pelo Simples
Nacional ou pode procurar o próprio Sebrae para fazer a abertura.
Quando a previsão do faturamento
da empresa está acima de R$ 60
mil e dentro do limite de até R$ 360
mil anual, o cadastro passa a ser
feito então pelo regime da microempresa ou empresário individual.
É a partir daí que normalmente o
empreendedor começa a ter mais
dificuldades e a indicação é procurar um profissional.
O vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do Conselho
Regional de Contabilidade do DF,
Adriano Marrocos, explica que a
facilidade do MEI se dá por ser um
processo tanto comercial quanto
tributário e que já existe um sistema unificado. “Para qualquer outro
tipo de empresa é preciso entender
bem que essas duas vertentes são
separadas”, pondera. Na opção comercial, por exemplo, a empresa
será registrada em cartório ou na
junta comercial. No cartório é para
atividade simples, profissionais ou
que por força de lei precisam desse
tipo de registro. “Já em cartório, o
processo é um pouco mais complexo, pois os órgãos de fiscalização
não estão juntos e é preciso entendimento de onde ir, como elaborar
os documentos, criar o processo, ir
até a Receita Federal e a Secretaria
de Fazenda. É um processo com fases bastante distintas”, explica.
Seja uma atividade comercial,
seja de serviço, assim que tiver
contratado os serviços de um contador, esse abrirá o processo na
Junta Comercial do DF. Após dar
entrada na documentação, leva em
torno de cinco dias para sair o registro da empresa. A parte burocrática será feita toda pelo profissional.
Mas segundo Marrocos, o registro
na Junta Comercial tem enfrentado
uma série de problemas, como o
longo prazo. Há épocas em que os
processos estão circulando de forma rápida, mas isso pode levar de
20 a 30 dias, ou até mais.
Para o presidente do Sindicato
do Comércio Varejista de Carnes
Frescas, Gêneros Alimentícios,
Frutas, Verduras, Flores e Plantas
de Brasília (Sindigêneros-DF), Joaquim Pereira dos Santos, o processo está realmente lento. “Quando
vamos abrir uma empresa, falam
Revista Fecomércio DF 41
burocracia
que são cinco dias. Na prática, não
é isso, está sendo de pelo menos
um mês. São muitos formulários
parecidos que poderiam unificar”,
reclama. Joaquim destaca ainda
que perde-se muito tempo entre
idas e vindas quando há erros nos
documentos. “Não temos tido mui-
to esclarecimento sobre o processo
e se o empresário ou o contador
não tiver experiência, não vai saber
fazer”, finaliza.
Passo-a-passo para
abertura de empresa
Preencher com
CPF e data de
nascimento
Micro
Empreendedor
Individual (MEI)
Até R$ 60
mil/ano,
só um
funcionário,
sem
participação
de outra
empresa
como sócio
ou titular
Cadastro:
portaldoempreendedor.gov.br
Escritórios de serviços
contábeis optantes pelo
Simples
Fornecer
documentos
para o contador
fazer a inscrição
gratuita e
entregar
a primeira
Declaração
Anual, com
emissão dos
carnês de
pagamento
Imprimir online
o Certificado
da Condição
de MEI, com
função de
Alvará de
Licença e
Funcionamento
Provisório,
até 180 dias
Inscrição na
Receita Federal
(CNPJ)
Empresário
Individual/
Microempresa
Faturamento
anual de R$
60 mil até
R$ 360 mil
Necessário registro na
Junta Comercial
Escritórios de serviços
contábeis optantes pelo
Simples Nacional
Fornecer
documentos
para o contador
fazer a inscrição
gratuita e
entregar
a primeira
Declaração
Anual, com
emissão dos
carnês de
pagamento
Faturamento
anual entre
R$ 360 mil
e R$ 3,6
milhões
Necessário registro na
Junta Comercial
Escritórios de serviços
contábeis optantes pelo
Simples Nacional
42 Revista Fecomércio DF
Fornecer
documentos
para o contador
fazer a inscrição
gratuita e
entregar
a primeira
Declaração
Anual, com
emissão dos
carnês de
pagamento
Manter o relatório
arquivado para
apresentação à
fiscalização quando
solicitado
Inscrição na
Secretaria de
Fazenda do
DF (inscrição
estadual e
ICMS)
Cadastro na
Administração
da cidade
(concessão
do alvará de
funcionamento
e autorização
de órgãos
responsáveis,
conforme a
natureza da
atividade)
Inscrição
no
FGTS
(Caixa)
Inscrição nos
conselhos
de classe,
quando for o
caso
Inscrição na
Secretaria de
Fazenda do
DF (inscrição
estadual e
ICMS)
Cadastro na
Administração
da cidade
(concessão
do alvará de
funcionamento
e autorização
de órgãos
responsáveis,
conforme a
natureza da
atividade)
Inscrição
no
FGTS
(Caixa)
Inscrição nos
conselhos
de classe,
quando for o
caso
Inscrição na
Receita Federal
(CNPJ)
Empresa de
Pequeno Porte
Imprimir
as guias de
pagamento
Assinar o relatório e
anexar os documentos
fiscais, de compras
de mercadorias ou de
prestação de serviços
PRODUTO GRÁFICO
PRESENTE EM TODOS OS
MOMENTOS DA SUA VIDA
NO DINHEIRO QUE FAZ A COMPRA
NO CARTÃO QUE DÁ O CRÉDITO
NA EMBALAGEM QUE PROTEGE
NO RÓTULO QUE IDENTIFICA
NA REVISTA QUE ANUNCIA
NO JORNAL QUE TRAZ A OFERTA
NO PRESENTE QUE FAZ A ALEGRIA
SINDICATO DAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS DO DF
crise
Facilitar o pagamento e
trabalhar com margem
pequena de lucro são
algumas das táticas que
os empresários têm usado
para não perder vendas
em tempos de crise
//Por Andrea Ventura
E
Fotos: Joel Rodrigues
m tempos de “vacas magras” para o
comércio, os empresários buscam alternativas para não perder mais vendas. Uma das estratégias é o uso da negociação, que pode contemplar desde a divisão de
parcelas, juros mais baixos e participação em
eventos que estimulem os negócios.
A consultora organizacional, Graça Melo,
acredita que a negociação é sempre a forma
correta de obter o que se deseja. Primeiro,
segundo Graça, há uma oferta inicial e, em
seguida, uma contraoferta. “As duas partes
são componentes de uma negociação. Entre
um e outro está a chamada ‘linha da morte’,
que é o ponto abaixo do qual perdemos a negociação. O grande segredo é trabalhar com
a oferta de abertura de modo a encobrir essa
linha. O objetivo é forçar uma contraoferta
acima de sua própria linha da morte”, explica
Graça, que é pós-graduada em Negociação,
Mediação e Arbitragem.
“Nunca se deve abrir mão do ‘ganha-ganha’, isto é, desejar ganhar sem fazer o outro
perder, mesmo que o outro seja um tremendo ‘tubarão’ que esteja jogando o ganha-perde. Percebendo isso, temos de conduzir
a negociação de forma a deixá-lo ganhar
também, além de lutar pelo próprio ganho”,
ressalta. Segundo a especialista, planejando
a linha de morte e jogando o ganha-ganha
ambos os negociadores saem satisfeitos, não
“Negociar
é a arte de
conquistar as
pessoas de quem
você deseja
alguma coisa”
Graça Melo
Consultora organizacional
importa se o País está em crise ou não. Para Graça, a negociação deve sempre estar presente nas empresas e é imprescindível nas relações de consumo. “Entretanto, os tempos de fartura
viciam e as negociações são duras. Os tempos de crise obrigam
os empresários a serem mais maleáveis. A maleabilidade é uma
tendência. A negociação é uma imposição de mercado”, acredita.
Para Graça, “negociar é a arte de conquistar as pessoas de
quem você deseja alguma coisa”. Nesse caso, se o empresário
vende algo, ele precisa conquistar o comprador. Se ele compra
insumo, por exemplo, precisa conquistar o vendedor.
ERA DA
NEGOCIAÇÃO
44 Revista Fecomércio DF
MARGEM PEQUENA
10%
foi o aumento
registrado nas
vendas neste ano
no Super Adega
Supervisor de vendas do Super Adega, hipermercado com vendas no atacado e no varejo, Márcio Henrique dos Passos Lima conta que a loja trabalha com
margem de lucro reduzida. “Sempre adotamos essa política e por isso temos
um volume de clientes grande”, revela. Para ele, essa política, que existe desde
que a loja foi inaugurada há oito anos, tem dado certo.
“As vendas só crescem, nem podemos falar em crise, pois estamos vendendo bem. Adotamos práticas de vendas agressivas. Compramos em grande
volume e por isso conseguimos bons descontos e repassamos ao consumidor”,
garante. Com essas negociações, o retorno do cliente é garantido.
“Registramos aumento nas vendas de cerca de 10% neste ano”, revela. O
fato de a loja não possuir embalagem também torna os produtos mais baratos,
já que o custo não é repassado ao consumidor. Outro atrativo no Super Adega
é a forma de pagamento. “Dividimos o pagamento em duas vezes no cartão de
crédito, uma estratégia de negociação que flexibiliza e não interfere na nossa
margem de lucro”, explica Márcio.
Com os fornecedores, o Super Adega segue também uma linha de negociação. “Compramos muitos produtos à vista e também pagamos antecipadamente. Por isso, conseguimos preços melhores, com cerca de 5% de desconto”
aponta. As vendas no Super Adega representam 30% no atacado e 70% para o
varejo. “Estamos sempre em busca de novas estratégias para impulsionar as
vendas, sempre de olho na concorrência, buscando oferecer o melhor preço ao
cliente, com oferta de novos produtos” destaca, o supervisor.
Além de produtos alimentícios, a loja conta com uma Adega para vinhos e
bebidas destiladas em geral. “Investimos bastante no consumidor final. Antes
da loja no SIA, os clientes não tinham acesso a vinhos de boa qualidade, a um
custo acessível. Agora encontram qualidade e preço atrativo. Praticamente todas as festas de Brasília têm bebidas oriundas da nossa loja”, explica.
Revista Fecomércio DF 45
crise
FACILIDADE NO PAGAMENTO
O gerente comercial da Estação
Fiat, Cláudio Roberto Motta, acredita
que o grande diferencial na negociação é oferecer excelência em qualidade ao cliente. “A questão só do
preço não adianta, porque o cliente
hoje sabe mais do preço do que nós
mesmos. Ele está muito exigente”,
afirma. A empresa também inicia as
negociações pela internet. “Temos o
foco online porque muitos clientes
hoje estão comprando o carro pela
internet. Temos um sistema que é a
intenção de compra online. O cliente
entra no nosso site, vê o que precisa e
nos envia uma proposta. A partir daí,
em no máximo 20 minutos respondemos a esse cliente”, reforça.
Para o gerente não dá mais para
vender o carro de qualquer maneira.
“Hoje não adianta vender um carro
de qualquer jeito, tem que fazer um
test-drive detalhando, mostrando o
carro. Buscamos a excelência total. É
o que fazemos hoje para nos manter
no mercado”, relata.
Uma das estratégias na negociação de vendas, segundo Cláudio, é a
facilidade de pagamento. “Por conta
46 Revista Fecomércio DF
“Buscamos a
excelência total.
É o que fazemos
hoje para nos
mantermos no
mercado”
Cláudio Motta
Gerente comercial
da restrição de crédito que vem ocorrendo, percebemos que possibilitar
que o cliente divida a entrada, que
deve ser 20% do valor do carro, em
até seis vezes, foi uma saída”.
Outra estratégia é a taxa de juros.
“Temos taxa subsidiada, resultado de
uma parceria com os bancos. Nossa
taxa é de 0,99%. A empresa não tinha
essa taxa zero antigamente. Foi criada por conta da crise mesmo, desde
o mês de agosto”.
De acordo com Cláudio, a concessionária teve que reduzir os custos,
com a economia em recessão. “Tivemos que reduzir, dar um enxugada, porque aqui a despesa é grande.
Tínhamos 25 vendedores e hoje são
15. Deixamos os que mais vendem e
que têm melhor atendimento. Nosso
faturamento não despencou – no começou deu uma abalada, mas hoje
temos tido bons resultados”, explica.
Para ajudar nas vendas, a concessionária oferece serviço de oficina. “Não trabalhamos apenas com
a venda de veículos. Vendemos também peças, acessórios e isso contribuiu muito para a manutenção da
empresa. Os veículos novos também
têm dado bom resultado”, destaca.
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Revista Fecomércio DF 47
economia
Indicadores
do comércio
//Por José Eustáquio Moreira de Carvalho
E
m julho, as incertezas continuam sendo o grande entrave das expectativas dos
empresários. Ainda pairam
muitas dúvidas quanto à extensão
das medidas de contenção de gastos, aumentos de impostos e volume de investimentos, tanto na esfera local quanto na federal. A não
concessão ou o parcelamento de
aumentos salariais aos servidores
públicos continuam ameaçando o
volume de recursos a ser injetado na economia do DF. O poder de
compra do consumidor de Brasília
continua reduzido.
Reflexos negativos estão presentes em todos os indicadores. O endividamento teve um leve crescimento, mas a inadimplência aumentou
consideravelmente; houve queda
continuada no semestre, e expressi-
PEIC - Endividamento e Inadimplência das Famílias Distrito Federal
Julho
Junho
Inadimplência
Dívida Total
48 Revista Fecomércio DF
Julho 2015
Maio
89,2
89,5
89,4
Cartão de Crédito
Dívida impágavel
va em julho, na intenção de consumo das famílias, especialmente pela
restrição ao crédito. A confiança dos
empresários apresentou uma sensível redução em relação às condições
da economia e elevação de investimentos e expectativas do setor.
O nível de endividamento das
famílias em Brasília (82,7%), como
vem ocorrendo há algum tempo,
superou, em julho, o nível nacional
(63,0%) em cerca de 20%. A taxa de
inadimplência (dívidas não pagas
há mais de 90 dias) atingiu 11,7%,
apresentando uma alta de 2,2 pontos percentuais em relação a junho.
Redução de 0,3 ponto percentual
nas dívidas parceladas no cartão
de crédito. Abaixo o quadro de desempenho dos principais índices da
Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC).
0,3
0,1
0,3
11,7
9,5
9,9
82,7
82,2
82,3
Fonte: CNC
A tendência de queda no ICF se agravou. Em relação a junho, o indicador caiu 9,6 pontos. A queda se deu
tanto nas famílias de renda maior que 10 salários mínimos (8,9 pontos), quanto nas de renda menor que 10
salários mínimos (4,2 pontos).
ICF - Intenção de Consumo das
Famílias Distrito Federal
Julho
Junho
Julho 2015
Maio
103,8
112,7
113,9
Mais de
10 SM
85,8
90,0
95,2
Até
10 SM
As taxas de juros nominais, praticadas no mês de julho,
continuam em escalada de crescimento, sem horizonte
para estancar.
Na comparação de julho em relação a junho, não houve alterações significativas em relação aos juros cobrados
da Pessoa Jurídica. No crédito à Pessoa Física continuam
campeãs, tanto em valores nominais quanto em variação
no mês, as taxas do Cheque Especial (217,28% em julho,
contra 214,19% em junho) e do Cartão de Crédito (334,84%
em julho, contra 312,75% em junho).
Taxas de Juros Pessoa Jurídica
Conta garantida
91,5
97,2
101,1
40,10%
32,61%
SM: Salário Mínimo
Fonte: CNC
Junho
39,78%
32,30%
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio
do DF em julho apresentou queda de 0,1 ponto no índice
geral, em relação ao mês de junho. Destaca-se: alta de
2,0 pontos na confiança geral no setor e de 0,9 no volume
de investimentos.
Maio
ICEC - Índice de Confiança do
Empresário do Comércio DF
Julho
Indicadores
investimento
Junho
38,96%
31,99%
Fonte: CNC
122,71%
122,21%
Fonte: ANEFAC
Taxas de Juros Pessoa Física
Julho 2015
Julho
Maio
Empréstimo
pessoal
bancos
131,1
129,1
120,2
CDC
automóveis
Maio
143,55%
141,93%
140,85%
Empréstimo
pessoal
financeiras
90,7
89,8
87,2
51,7
54,8
52,3
Junho
62,52%
61,96%
61,22%
28,63%
28,32%
28,02%
217,28%
214,19%
210,44%
Cheque
Especial
334,84%
312,75%
304,03%
Cartão de
Crédito
Geral
123,71%
Julho 2015
Indicadores das
expectativas
Indicadores das
condições atuais
Capital
de giro
Desconto de
duplicatas
Julho
Geral
Julho 2015
91,1
91,2
86,6
Juros do
Comércio
84,78%
84,36%
83,94%
Fonte: ANEFAC
Revista Fecomércio DF 49
vitrine
Taís Rocha
Jornalista,
editora-chefe
da Revista
Fecomércio
[email protected]
(61) 3038-7525
Setembro em Brasília, além de calor e baixa umidade, traz também os primeiros dias da
primavera, a estação mais colorida do ano. Confira o que as vitrines terão neste mês.
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50 Revista Fecomércio DF
R$
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capacitação
Cada vez mais
qualificados
//Por Por Luciana Corrêa
Pesquisa do IF apontou que 74% dos estabelecimentos de beleza do DF
exigem qualificação profissional específica
O
mercado de trabalho tem se
mostrado cada vez mais exigente, e a pesquisa encomendada pelo Senac-DF, realizada pelo
Instituto Fecomércio-DF, apontou que
74% dos estabelecimentos de beleza
do DF exigem qualificação profissional específica. Além disso, os estabelecimentos abordados na pesquisa
mostram que 78,9% dos empresários
do DF adotam procedimentos de seleção de profissionais e 51% pedem
experiência em empregos anteriores.
O mapeamento foi realizado diante da necessidade de aprimorar a
oferta de cursos de qualificação profissional, aperfeiçoamentos e técnicos da instituição. O presidente do
Senac-DF, Adelmir Santana, explica
que o objetivo da pesquisa é mapear o
setor, entendê-lo e aprimorar a oferta
de cursos de qualificação profissional,
aperfeiçoamentos e técnicos da instituição. “Estamos diante de uma pesquisa inédita e detalhada da realidade
do setor e que pode servir como um
guia para empresários e funcionários.
É uma visão real das necessidades
desse mercado. Assim, podemos nos
planejar para suprir essas carências”,
explica. Adelmir destaca ainda a importância da capacitação com estágio
obrigatório, como nos cursos ofertados pela instituição. “A maioria dos
cursos da instituição são com estágio
supervisionado obrigatório, para que o
aluno vivencie na prática o que aprendeu nas salas de aula e laboratórios
do Senac. No caso da área de beleza,
temos muitos salões parceiros que
muitas vezes contratam o aluno antes
mesmo de terminar o estágio”, conta.
Para a presidente do Sindicato
dos Salões de Barbeiros, Cabeleireiros, Profissionais Autônomos na Área
de Beleza e Institutos de Beleza para
Homens e Senhoras do DF (SINCAAB/DF), Elaine Furtado, trabalhar
com prestação de serviço exige do
profissional mais do que a venda de
um produto. “É um trabalho direto,
não tem como devolver, como no caso
de um produto. E no ramo da beleza,
tratamos direto com a autoestima
da pessoa. Agradar ou não tem um
grande risco. Com isso, o empresário
precisa exigir excelente capacitação e
experiência dos funcionários”, alerta.
Elaine conta ainda que já existem profissionais no mercado se destacando
com dois ou três anos de formado.
“Isso mostra que a formação em uma
boa escola e a reciclagem constante
fazem toda a diferença”.
A PESQUISA
O levantamento foi feito entre 30
de março e 28 de abril, nas regiões administrativas de Brasília, Taguatinga,
Sobradinho, Gama e Ceilândia, regiões onde existem unidades do Senac.
Foram localizados nas regiões 700
estabelecimentos, entre salões, empresas ofertantes de cursos e representantes de empresas de produto.
Nas regiões apontadas, a maioria está
no comércio de rua (79,9%), sendo
os demais em residências, galerias e
shoppings, entre outros. A pesquisa
aponta que 96,6% contam com a
presença do proprietário no estabelecimento e que 86% possuem até cinco
funcionários. A concentração de Microempreendedores Individuais (MEI)
está em Taguatinga e Ceilândia, com
uma renda declarada entre R$ 1.577
e R$ 2.364. O rendimento médio, independentemente do porte do estabelecimento, foi estimado em R$ 3.651,12.
De acordo com a pesquisa, no
âmbito da educação profissional,
no DF, as escolas de ensino técnico
na área de beleza se dividem entre
Taguatinga (36,7%), Brasília (33,3%),
Ceilândia (30%) e as instituições de
ensino superior: 66,7% em Brasília
e 33,3% em Taguatinga. De todos os
entrevistados, 90% afirmaram ter
aprendido a profissão em cursos e
treinamentos. Os profissionais atuantes possuem em sua maioria entre 21
e 40 anos (70%), e 76% dessa faixa etária, mulheres. Mais de 75% dos trabalhadores do setor de beleza possuem
ensino médio incompleto, completo
ou curso de educação profissional, e
80,2% dos profissionais autônomos
estão em Ceilândia.
Mais informações
@senacdf
/senacdistritofederal
www.senacdf.com.br
Revista Fecomércio DF 51
caso de sucesso
Arte em frutas e legumes
//Por Sílvia Melo
Foto: Joel Rodrigues
Jovem aprendeu
a esculpir frutas e
verduras em curso
do Senac
Ao aproveitar a oportunidade de fazer um
curso profissionalizante gratuito, o jovem Abel
Kleber dos Santos Faria, de 25 anos, descobriu
o dom pelas esculturas em frutas e legumes.
Morador de Brazlândia, formado em Gestão
Empresarial, Abel estava desempregado quando
a mãe viu que a escola-móvel do Senac estava
em Brazlândia oferecendo vários cursos. Amante
da gastronomia, decidiu pelo curso Técnicas em
Decoração com Frutas e Legumes por nunca ter
visto algo nessa área. O curso foi o primeiro passo
para a busca de aperfeiçoamentos e especializações. Depois de um ano treinando, resolveu participar de um campeonato nacional em São Paulo,
na categoria iniciante, onde foi campeão nacional
e também agraciado com o troféu Talento 2014.
“Fui para o campeonato pensando em trazer
uma medalha de bronze para Brazlândia. Se não
desse, pelo menos ia participar e adquirir experiência”, disse o jovem, que ficou surpreso com
o resultado obtido. “Uma das provas era esculpir
uma melancia na hora, no tempo máximo de 3
horas”, explica ele, que foi campeão com a escultura da melancia e com a ornamentação da mesa
com outras frutas. “Tudo começou pelo Senac,
52 Revista Fecomércio DF
que despertou em mim a curiosidade pela técnica, pois quando decidi pelo curso não sabia se iria
gostar. Para mim é um trabalho e um hobby”, diz
ele, que trabalha com as esculturas na empresa
da mãe, que fornece pães caseiros, salgados e
bombons para festas, bufês, entre outros eventos. “Meu sonho é ir para a Tailândia fazer mais
cursos”, explica.
SOBRE O CURSO
O curso Técnicas em Decoração com Frutas
e Legumes tem carga horária de 40h e será realizado de 19 a 30 de outubro, das 7h30 às 11h30,
no Senac Gastronomia (SCS). Para participar é
preciso ter idade mínima de 18 anos e a 6ª série
do Ensino Fundamental. O participante criará
arranjos para decorar utilizando frutas e legumes
recortados com técnicas modernas e criativas.
Mais informações
@senacdf
/senacdistritofederal
www.senacdf.com.br
EMPRES
A
IA
UNICEF/BRZ/João Ripper
UNICEF/BRZ/João Ripper
UNICEF/BRZ/Manuela Cavadas
© UNICEF/NYHQ2009-1911/Pirozzi
UNICEF/BRZ/João Ripper
UNICEF/BRZ/Manuela Cavadas
NC
À IN F Â
secure.unicef.org.br/empresasolidaria
0800 605 2020
[email protected]
Empresa Solidária à Infância é um programa que o UNICEF criou para mudar a realidade
de milhares de crianças e jovens. Ao fazer uma doação, sua empresa colabora com o nosso trabalho
e ajuda a levar oportunidades e direito à saúde, educação e proteção. É assim que, juntos, faremos
a nossa parte por um mundo melhor. Acesse o site, saiba mais sobre o programa e participe.
Revista Fecomércio DF 53
artigo direito no trabalho
Principais pontos de
proteção ao emprego
54 Revista Fecomércio DF
trabalho temporariamente reduzida enquanto vigorar a adesão ao
PPE e, após seu término, durante
o prazo equivalente a 1/3 do período de adesão. A empresa deve
estar inscrita no CNPJ há pelo menos dois anos; e deve estar em dia
com suas obrigações fiscais, previdenciárias e do FGTS. A empresa
que aderir ao PPE fica proibida de
contratar empregados para executar as atividades dos empregados
abrangidos pelo programa.
As regras para adesão e funcionamento do Programa serão
estabelecidas pelo Comitê do Programa de Proteção ao Emprego
(CPPE), formado pelos ministros
de Estado do Trabalho e Emprego, que o coordenará; do Planejamento, Orçamento e Gestão;
da Fazenda; do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior; e
pelo chefe da Secretaria-Geral da
Presidência da República. Será
esse Comitê que determinará se
a empresa encontra-se ou não em
situação de dificuldade que possibilite sua adesão. Apesar de o PPE
visar à manutenção dos empregos
e a recuperação das empresas, os
requisitos impostos não permitem
o atendimento de grande parte de
empregadores e empresas que
estão em dificuldade econômica
nesse momento, portanto, ao que
parece o programa não atenderá a
seu fim.
Lirian Sousa
Consultora jurídica
da Fecomércio-DF e da
Ope Legis Consultoria
Empresarial
A empresa que
aderir ao PPE fica
proibida de contratar
empregados para
executar as atividades
dos empregados
abrangidos pelo
programa
Joel Rodrigues
No último 6 de julho o governo
federal enviou para o Congresso
Nacional a Medida Provisória 680,
que cria o Programa de Proteção
ao Emprego, que em sua exposição de motivos, assim diz: o PPE
é um programa de redução temporária da jornada de trabalho.
Nele, o trabalhador tem seu salário proporcionalmente reduzido
pela empresa, mas compensado
parcialmente pelo governo (EMI
nº 00095/2015 MP MTE).Poderão
aderir empresas em situação de
dificuldade econômico-financeiro.
O programa tem duração de 12
meses, e o prazo para adesão é até
31 de dezembro de 2015.
A vantagem para as empresas
é a redução de até 30% da jornada de trabalho dos empregados,
com a redução proporcional do
salário, que terá um valor mínimo,
que é o salário-mínimo. A redução está condicionada à celebração de acordo coletivo específico
com o sindicato de trabalhadores
representativo da categoria da atividade econômica preponderante.
Essa redução temporária da jornada de trabalho deverá abranger
todos os empregados da empresa
ou, no mínimo, os empregados de
um setor específico. Quem tiver
salário reduzido fará jus à compensação pecuniária equivalente
a 50% do valor da redução salarial
e limitada a 65% do valor máximo
da parcela do seguro-desemprego,
enquanto perdurar o período de
redução temporária da jornada de
trabalho. A obrigação da empresa
durante a adesão ao programa é a
vedação da dispensa arbitrária ou
sem justa causa de seus empregados que tiverem sua jornada de
empresário do mês
Moda delicada
//Por Liliam Rezende
Foto: Joel Rodrigues
Luísa Peleja lança marca de lingerie
confortável sem perder a sofisticação
L
uísa Peleja tem 24 anos e é jornalista. Antes de se
formar, fez estágio no Congresso Nacional, passou
por assessorias de empresas privadas, até pegar
uma editoria de moda em um jornal da cidade e se apaixonar pelo ramo. De lá pra cá se especializou em mídias
sociais e usa essa ferramenta tão atual para divulgar sua
recém-lançada marca de lingeries, a Lace It. Luísa, que
divulga seu estilo de vida nas redes, já tem mais de 22 mil
seguidores no Instagram. Referência de estilo na cidade,
ela agora inova com um portal de moda íntima confortável,
sofisticada e elegante (www.laceit.com.br).
Para Luísa, um dos fatores que influenciaram na escolha do produto foi o fato de as mulheres estarem mais independentes e preocupadas com saúde, vida profissional e
pessoal. “A Lace It é uma marca que imprime em lingeries
a harmonia entre conforto e liberdade que toda mulher
deseja. Todas as peças são desenvolvidas para mulheres
com diferentes rotinas e necessidades”, destaca.
A dificuldade de encontrar no mercado nacional lingeries dentro de suas expectativas foi o principal motivo
que levou à criação da Lace It. “As peças que eu via eram
básicas ou ousadas demais, a ponto de comprometer o
conforto e a elegância, além de terem um preço proibitivo”, afirma. Segundo a empresária, a concepção da Lace It
teve foco no investimento em matéria-prima de boa qualidade, com diferentes rendas, cores e recortes que valorizam o corpo feminino. O preço acessível também foi uma
prioridade para a marca. “O processo de criação foi feito
com muito cuidado, sempre pensando em oferecer um
produto com bom custo-benefício e diferenciado do que
se encontra no mercado”. Variando entre R$ 30 e 75, as
calcinhas e sutiãs já estão disponíveis em várias cores e
modelos no site.
PESQUISA E INVESTIMENTO
Com a sócia, Isadora Tupinambá, formada em Desenho Industrial e especialista em estamparia, investiu
R$ 20 mil na marca. Entre a idealização e o lançamento
do site foram necessários nove meses. O valor investido
ainda deve ser ampliado para acompanhar as tendências
e inovações do segmento, além de obter a confiança e a
satisfação dos clientes, com o aprimoramento constante
do produto.
A opção por comercializar lingerie pela internet, sem
ter uma loja física, foi pensada para que a Lace It seja conhecida nacionalmente. “O e-commerce é uma tendência,
e depois do lançamento tivemos um ótimo resultado de
vendas, acima do esperado para o primeiro mês. O bom da
internet também é que qualquer pessoa, do Norte ao Sul
do Brasil, pode ter acesso aos nossos produtos.”
Para se destacar no mercado, a jovem empresária
conta que pesquisou muito sobre o produto, o público-alvo
e concorrentes, além de ter uma reserva financeira para
trabalhar com tranquilidade. Outro fator essencial, na opinião dela, é a dedicação: “Para dar mais atenção ao empreendimento, me dediquei bastante ao projeto e às pesquisas de mercado, para oferecer uma peça diferenciada,
pensei em toda divulgação e marketing para a empresa
em longo prazo”. A Lace It promete ir longe. “A ideia é expandir o negócio, o estoque e ter pontos de venda”.
Revista Fecomércio DF 55
tecnologia
Renato Carvalho
Gerente de Mídias
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da ClickLab
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Jens Schriver
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Diretor-Executivo
da ClickLab
O Twitter continua na briga
Depois de sua explosão mundial no final da década passada, o Twitter virou uma febre entre os brasileiros que, como de
costume, invadiram a rede social e fizeram do Português a segunda língua mais usada na rede. Contudo, com a popularização crescente do Facebook e o surgimento de novidades, como
o Instagram, o Twitter foi ficando cada vez mais em segundo
plano, hoje somente a 5ª rede social de mais sucesso no País.
Esse cenário, no entanto, parece que está prestes a mudar.
No final de 2014, o Twitter registrou um crescimento no
número de usuários brasileiros de 25,6%, o maior desde 2010,
e hoje a rede conta com 161 dos 200 maiores anunciantes do
Brasil. Houve também um aumento de mais de 300% em relação ao número de parcerias com canais de televisão nacionais.
Seus escritórios, em São Paulo e no Rio de Janeiro, já contam
com mais de 60 funcionários, e a previsão é que esse número
cresça ainda mais até o final de 2015.
Além dos números impressionantes, o Twitter também
tem trazido muitas novidades para seus usuários. A mais interessante para empresas foi a abertura de uma plataforma
de anúncios que, assim como o Facebook Ads, permite ao
gestor da conta divulgar seu perfil e suas postagens, possibilitando um crescimento de sua base de seguidores e um maior
envolvimento dos seguidores com seus tweets. A plataforma
de anúncios também permite uma grande segmentação dos
usuários, o que garante que cada um dos perfis possam buscar
leitores que mais se identificam com seu conteúdo.
Outra novidade ficou por conta do aplicativo Periscope,
lançado em março deste ano, que permite ao usuário fazer a
transmissão ao vivo (streaming) de vídeos. Para empresas ou
particulares que já trabalham com esse formato de conteúdo,
o Periscope traz uma nova dimensão a ser explorada além de
novas possibilidades de interação com os usuários.
Para quem ameaçava seguir os mesmos passos do Orkut,
o Twitter parece estar realmente conseguindo se reinventar
neste último ano. Se sua empresa está em um momento de
repensar a estratégia digital, recomendamos que comecem
(ou voltem) a prestar atenção aos 140 caracteres. Estamos
ansiosos para saber quais são as novidades que eles estão preparando para nós.
Empreendedorismo
cresce no Brasil
Apesar do cenário de crise pelo qual o País está passando, o
último relatório da Fundacity sobre o Brasil, referente ao primeiro semestre de 2015, mostra que o empreendedorismo nacional cresceu
significantemente na última década, ainda mais em comparação com
países europeus ou com os Estados Unidos. Outro dado interessante
é que a maior parte do investimento nas startups nacionais é feita
com capital privado, seja por incubadoras, investidores anjo ou capitais de risco. Apenas 17,9% do total de investimentos vieram do setor
público. Como comparação, esse número chega a 55% na Europa.
Atualmente, os mercados com maior potencial de atração de investimento são aqueles ligados a educação, saúde e negócios online.
56 Revista Fecomércio DF
25,6%
é o crescimento de usuários do
Twitter no Brasil em 2014
Galaxy com
produção
nacional
Os novos modelos top de linha da
Samsung já estão sendo produzidos
no Brasil. O Galaxy S6 Edge Plus e o
Note 5, anunciados em agosto em
um evento em Nova Iorque, serão
produzidos nas unidades da empresa
em Campinas (SP) e Manaus (AM).
A expectativa da Samsung é que a
produção nacional desses aparelhos permita a inclusão de novos
aplicativos, não disponíveis em outros
países, bem como reduza o valor do aparelho em torno de 40%.
Lembrando que o modelo S6 Edge custa atualmente a partir
de R$ 3.299. A data de lançamento desses modelos no Brasil
ainda não foi definida, mas especula-se que ocorra na primeira
semana de setembro.
Preciso de
mais força,
Sr. Scott!
Não é de hoje que mencionamos o quão chato é ficar
sem bateria no meio do dia. Para contornar esse
problema, sugerimos a adoção do Battery Doctor, um
aplicativo que permite ao usuário monitorar o gasto de
bateria do celular, ver quais são as funções do aparelho
que mais gastam energia, além de programar perfis de
funcionamento que irão ativar ou desativar funções do
telefone em determinados horários do dia. Versões para
iOS e Android
Valor: gratuito
Valor:
ainda não
divulgado
R$ 170 milhões
é o valor investido em
startups brasileiras no
primeiro semestre de 2015
Para a falta de memória
Hoje em dia, todos nós
temos que lembrar uma
verdadeira enxurrada
de senhas. Para
facilitar nossa vida,
e melhorar nossa
segurança virtual,
aplicativos como
o LastPass,
Keeper,
Dashlane entre
vários outros
permitem que
você gerencie suas
senhas e conecte
em suas redes com
mais tranquilidade e
segurança. Deixe sua
memória para o que
realmente importa.
Valores: variam de aplicativo
para aplicativo.
Revista Fecomércio DF 57
literatura
Senac-DF participa da Bienal do Livro
//Por Sílvia Melo
Público poderá conferir o lançamento das quatro obras
pela editora da instituição
A Editora Senac-DF participa da 17ª edição da Bienal Internacional do Livro Rio, realizada de 3 a 13 de
setembro, por meio do estande do Senac Editoras - selo
que reúne as publicações do Senac São Paulo, Rio, Departamento Nacional, Ceará e Distrito Federal. Durante
onze dias, os visitantes poderão circular por centenas de
estandes distribuídos em uma área de 55 mil metros quadrados no Riocentro, ocupando três pavilhões do centro
de convenções, na Barra da Tijuca. Neste ano, o evento
comemora 31 anos e homenageia a Argentina.
Além de comercializar os títulos já publicados, a
Editora do Distrito Federal promoverá o lançamento das
obras Alegria na Cozinha – Lanches divertidos, de Evelyne
Ofugi; Faturamento Hospitalar – Produtos e serviços,
de Pedro Luiz da Silva; Haja Luz - Manual de iluminação
cênica, de Marcelo Augusto Santana; e Brasil Sabor Brasília, Segredos dos Chefs, edição de comemoração de 10
anos do Festival Gastronômico Brasil Sabor Brasília.
De acordo com Adelmir Santana, presidente do Conselho Regional do Senac, essa é mais uma oportunidade
para a Editora Senac-DF mostrar a qualidade de seus
livros. Desde sua inauguração, em 2004, foram editados
99 títulos, alguns premiados tanto nacionalmente quanto
internacionalmente. “Somente em 2014, a editora lançou
oito títulos inéditos e teve 25 obras reeditadas”, destaca o
presidente. A editora publica títulos de turismo e hospitalidade, tecnologia da informação, imagem pessoal, saúde, artes, design, comércio, gestão, comunicação, meio
ambiente, tecnologia educacional, idiomas, literatura,
história e economia, entre outros temas.
Alegria na Cozinha - Lanches divertidos
De Evelyne Ofugi (116
páginas, R$ 49,90)
O que fazer para uma
criança comer bem? Essa
é uma das inúmeras preocupações que acometem
as mães de forma sistemática. Pensando nisso,
Evelyne Ofuji apresenta
o passo-a-passo de receitas criativas de lanches
originais, com formas
inusitadas, sempre com
o objetivo de incentivar
nas crianças o gosto pela
alimentação saudável.
Haja Luz - Manual de
iluminação cênica
De Marcelo Santana (184
páginas, R$ 59,90)
Livro de leitura fácil e
imprescindível para o
mercado da iluminação
cênica. O autor percorre
o caminho da história
da iluminação de palco,
passando por apontamentos mais científicos
e revelando os aspectos
técnicos, sem deixar de
lado questões estéticas e
conceituais. Com estrutura semelhante a das
melhores publicações.
Faturamento Hospitalar Produtos e serviços
De Pedro Luiz da Silva
(236 páginas, R$ 79,90)
Obra inédita sobre o assunto esclarece as ações,
métodos e processos administrativos e financeiros
relativos a cobranças,
pagamentos de cirurgias,
com auxílio de tabelas,
gráficos e simuladores
de cálculos auxiliam o
desempenho dos profissionais da área.
Mais informações
58 Revista Fecomércio DF
@senacdf
/senacdistritofederal
Brasil Sabor Brasília,
Segredos dos Chefs
Autor: Abrasel
(148 páginas, R$ 49)
Brasília, com sua infinita
diversidade, hoje é o terceiro polo gastronômico
do País. A Fecomércio-DF,
por meio da Editora Senac-DF, apoia e incentiva
as iniciativas da Abrasel/
DF. Esse livro reúne cerca
de 67 receitas inéditas,
oferecidas pelos chefs e
restaurantes que participam da primeira edição
do Festival Gastronômico
de Brasília.
www.senacdf.com.br
IF
Estágio
Vagas disponíveis para
estudantes com mais de 16
anos que estejam cursando
o ensino médio, curso
técnico, ensino de jovens e
adultos ou ensino superior.
Oportunidades em todo DF.
Programa
Jovem Aprendiz
Cursos abertos para auxiliar de serviço de postos
de combustíveis (18 a 24 anos) e auxiliar de
serviço administrativo e comercial (14 a 24
anos). Para participar, o estudante deve estar no
ensino fundamental ou médio, ou já ter concluído
o ensino médio.
A nossa maior conquista
é a conquista dos nossos alunos.
Em 18 anos, o Instituto Fecomércio realizou diversos
programas de estágio e de jovens aprendizes.
Só em 2015, 47 empresas firmaram parcerias com a Instituição.
Veja quem já é nosso parceiro:
Fundação Cultural Palmares | Clinica de Imagem Village |
Livraria Leitura | Conselho Federal de Medicina | Hospital Anchieta
Conselho Federal de Administração | Emater.
Revista Fecomércio DF 59
sindicatos
//Por Daniel Alcântara
Foto: Raphael Carmona
Garantia
de qualidade
Selo de Certificação criado pelo
Sindicondomínio trará vários benefícios para
os trabalhadores e moradores dos 11,6 mil
condomínios no DF
C
om o objetivo de evitar transtornos nos condomínios do Distrito Federal, o Sindicato dos Condomínios Residenciais e Comerciais do DF
(Sindicondomínio-DF), filiado à Fecomércio-DF, a Associação das
Empresas Prestadoras de Serviços para Condomínios e Mercado Privado do
DF e Entorno (Asprecon) e o Sindicato dos Trabalhadores em Imobiliárias e
Condomínios do DF (Seicon-DF) lançaram o Selo de Certificação de Qualidade. Voltado para todas as empresas de prestação de serviço e de terceirização de mão de obra que atuam nos condomínios da região, a intenção
60 Revista Fecomércio DF
do selo é certificar se a empresa
contratada para prestar serviços é
um empreendimento idôneo, com
plena capacidade de desenvolver
as obras com qualidade, sem causar preocupações e transtornos a
quem contratou.
De acordo com o presidente
do Sindicondomínio, Geraldo Dias
Pimentel, a criação do selo foi necessária por conta das dificuldades
na terceirização de mão de obra
dos condomínios residenciais e comerciais do DF. As empresas que
prestavam esse tipo de serviço não
tinham vinculação com nenhuma
entidade representativa. Nesse aspecto, os empreendimentos ditavam livremente as regras de comportamento e formação de preços,
causando prejuízos ao setor.
“Algumas empresas desapareciam do mercado, não honravam
com os seus compromissos e com
as verbas rescisórias. Isso sem
contar com os salários dos trabalhadores que não eram pagos”,
afirma Pimentel. Visando sanar
esse problema, a diretoria do sindicato teve a ideia de certificar as
empresas, fazendo com que, ao receberem o Selo de Certificação de
Qualidade, se diferenciem no mercado. Pimentel explica ainda que a
intenção do selo é garantir que a
empresa contratada preste serviços
aos condomínios com qualidade.
Para manter a qualidade do selo,
Pimentel ressalta que as empresas
passarão por uma análise rigorosa
antes de receberem a certificação.
SEGURANÇA JURÍDICA
Além disso, o selo funcionará
como uma forma de proteger os
condomínios de possíveis ações
judiciais oriundas do não-cumprimento da legislação tributária e
trabalhista vigente. Na opinião do
presidente, é uma novidade muito
positiva para o setor e trará inúmeros benefícios para os trabalhadores e moradores dos 11,6 mil condomínios existentes no DF.
“O selo não é obrigatório. Porém, é uma conquista e vai se
tornar objeto de desejo. Entre os
“O governo não reconhece ou
não sabe que os condomínios
injetam na economia brasiliense
mensalmente R$ 7,8 milhões.
Em 12 meses, esse valor salta
para R$ 93,6 milhões”
Geraldo Pimentel
presidente do Sindicondomínio
benefícios que ele traz estão a segurança jurídica, a tranquilidade
na contratação das empresas que
fornecem mão de obra, a prática de
preços justos, a concorrência leal e
a qualidade na prestação do serviço”, enumerou.
“O Selo de Certificação de Qualidade será entregue às empresas
que são socialmente responsáveis
e que cumprem legalmente com
todas as exigências trabalhistas e
fiscais. O empreendimento também
precisará ter um projeto de responsabilidade ambiental e social.
A ideia é que inclua as pessoas que
estão envolvidas no dia a dia em seu
relacionamento na prestação de
serviços”, explica o presidente do
Sindicondomínio, Geraldo Pimentel. “A partir disso, é realizado um
trabalho de visitação técnica para
confirmar por meio de um relatório
se o empreendimento verdadeiramente preenche os requisitos impostos”, explica Pimentel.
O Sindicondomínio está recebendo os primeiros processos
para a entrega do selo. De acordo com a entidade, são esperadas
que, em um primeiro momento,
entre setembro e dezembro deste
ano, 60 empresas se certifiquem.
Os interessados que necessitarem
de outros esclarecimentos podem
acessar o site do sindicato: www.
sindicondominio.com.br ou ligar no
número 3325-9552.
FALTA DE DIÁLOGO
Apesar de ser um segmento
atuante e pujante economicamen-
te, o Sindicondomínio reclama da
falta de diálogo com o governo local. Segundo Pimentel, a relação
com o GDF está estagnada. “O governo não reconhece ou não sabe
que os condomínios injetam na
economia brasiliense mensalmente R$ 7,8 milhões. Em 12 meses,
esse valor salta para R$ 93,6 milhões”, ressalta.
“Nos últimos três anos, o setor
teve um crescimento de 42,6%. Ou
seja, é um setor forte que precisa
ser olhado com carinho pelas autoridades. Estamos prontos para
juntos discutir, inclusive, a política
habitacional do governo e da própria população, mas infelizmente
não temos tido por parte do governo abertura para tratarmos do assunto”, lamentou.
EM PROL DA CATEGORIA
O Sindicato dos Condomínios
foi criado em 1995, inicialmente
para representar os síndicos de
condomínios residenciais das Asas
Sul e Norte. Atualmente, a entidade representa 11,6 mil edifícios
residenciais, 968 comerciais, 32
shoppings, 132 centros clínicos e
1,480 condomínios horizontais, dos
quais uma quantidade mínima está
regularizada. Números expressivos
mostram o reflexo de uma unidade da Federação que já conta com
mais de 2,5 milhões de habitantes,
dos quais cerca de 80% vivem em
condomínios. “Hoje, a entidade tem
uma representação de mais de 1,96
milhão de pessoas”, diz o presidente do sindicato.
Revista Fecomércio DF 61
pesquisa conjuntural
Queda nas
vendas
//Por Fabíola Souza
Na comparação com junho, as vendas no mês de
julho caíram 2,25%
Desempenho de vendas
Fev x Jan
Autopeças e Acessórios
-22,68%
4,91%
Bares, Restaurantes e Lanchonetes
-6,85%
Calçados
5,76%
Maix Abr
Jun x Mai
Julx Jun
5,44%
0,42%
4,51%
-2,28%
4,22%
-2,67%
-7,64%
1,53%
-1,92%
5,17%
-1,31%
-3,94%
-2,78%
-5,89%
Farmácia e Perfumaria
-6,55%
5,69%
0,20%
0,50%
0,50%
-3,50%
Floricultura
-7,06%
12,57%
-5,70%
1,48%
-2,16%
-15,77%
Informática
-10,28%
7,41%
-4,89%
-0,57%
0,62%
-2,05%
Livraria e Papelaria
15,73%
-6,37%
-29,72%
-0,79%
-0,20%
-0,60%
Lojas de Utilidades Domésticas
-10,46%
9,73%
-7,72%
-3,26%
4,12%
9,46%
Material de Construção
-1,77%
-3,11%
-5,63%
-2,68%
-5,95%
-2,84%
Mercado e Mercearia
-2,98%
12,58%
-11,30%
-1,10%
-2,07%
-3,66%
Móveis e Decoração
-15,33%
2,80%
-1,22%
16,88%
-7,14%
2,42%
Óticas
-2,08%
1,56%
9,46%
7,47%
-2,65%
2,81%
Tecidos
-13,66%
-1,30%
-5,13%
5,71%
3,54%
-19,90%
Vestuário
-10,40%
9,32%
-8,61%
2,32%
4,14%
-0,73%
Total
-6,34%
5,44%
-5,18%
-0,20%
-0,16%
-2,25%
Academia
-17,96%
5,79%
0,84%
0,84%
-11,39%
2,91%
Agências de Viagem
-9,87%
-2,01%
-3,88%
-3,88%
-6,92%
26,06%
Aluguel de Artigos para Festa
5,62%
14,76%
-21,88%
-21,88%
1,29%
-2,40%
Autoescola
17,05%
17,80%
14,98%
14,98%
17,14%
-0,28%
Casa de Eventos
14,97%
4,51%
-6,72%
-6,72%
-8,22%
-14,61%
Clínica de Estética
-13,18%
-14,93%
7,40%
7,40%
1,68%
2,58%
Ensino de Idiomas
1,71%
9,89%
-5,95%
-5,95%
0,22%
6,56%
Pet Shop
-11,76%
2,52%
0,18%
0,18%
0,01%
-4,92%
Reparação de Eletroeletrônicos
-5,09%
6,64%
-13,20%
-13,20%
3,79%
-16,78%
Salão de Beleza
-15,04%
5,90%
-0,60%
-0,60%
2,34%
0,71%
Total
-7,03%
5,48%
-4,83%
-4,83%
-1,66%
5,82%
Total
-6,49%
5,45%
-5,11%
-5,11%
-0,45%
-0,40%
Comércio
62 Revista Fecomércio DF
Marx Fev Abril x Mar
Serviço
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
A
s vendas do comércio
brasiliense registraram
queda de -2,25% em
julho na comparação
com junho. Já as vendas do setor
de serviços tiveram alta de 5,82%.
No acumulado dos últimos 12 meses (julho de 2014 – julho de 2015),
comércio e serviços apresentam
um saldo negativo de -10,94%. É o
que mostra a Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas
do Distrito Federal, realizada pelo
Instituto Fecomércio, com apoio do
Sebrae.
O presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, explica que
nos meses de abril, maio, junho e
julho os indicadores do comércio foram todos negativos. Dessa forma,
fica evidenciada uma desaceleração no ritmo de compras pelo consumidor. Outro ponto analisado por
ele é em relação à inflação, que tem
sido crescente e força o brasiliense
a substituir alguns bens e serviços.
“A crise continua refletindo nas escolhas do consumidor, que diante
dos custos permanece cauteloso
no processo de compras”, afirma
Adelmir Santana.
5,82%
foi a alta nas
vendas do setor de
serviços
Os únicos segmentos do comércio que registraram crescimento nas
vendas em julho foram: Lojas de Utilidades Domésticas (9,46%); Óticas
(2,81%); e Móveis e Decoração (2,42%). Os segmentos que apresentaram
queda foram: Tecidos (-19,90%); Floricultura (-15,77%); Calçados (-5,89%);
Mercado e Mercearia (-3,66%); Farmácia e Perfumaria (-3,50%); Material
de Construção (-2,84%); Autopeças e Acessórios (-2,28%); Informática
(-2,05%); Bares, Restaurantes e Lanchonetes (-1,92%); Vestuário (-0,73%) e
Livraria e Papelaria (-0,60%).
No setor de serviços, o destaque em vendas em julho ficou para o
segmento de Agência de Viagem (26,06%); seguido de Ensino de Idiomas
Formas de pagamento // Julho
Serviçco
100%
Comércio
100%
46,72%
28,36%
45,76%
21,07%
20,47%
15,41%
0,31%
0%
À vista
Cheque
Cartão de
Crédito
Débito
32,85%
1,29%
A prazo
Boleto
0%
À vista
Cheque
11,37%
4,69%
1,69%
Cartão de
Crédito
Débito
A prazo
Boleto
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Revista Fecomércio DF 63
pesquisa conjuntural
(6,56%); Academia (2,91%); Clínica
de Estética (2,58%); e Salão de Beleza (0,71%). Os segmentos de serviços que apresentaram queda nas
vendas foram: Reparação de Eletroeletrônicos (-16,78%); Casa de Eventos (-14,61%); Petshop (-4,92%); Aluguel de Artigos para Festa (-2,40%) e
Autoescola (-0,28%).
Entre as formas de pagamento,
Nível de emprego
Fev x Jan MarxFev AbrilxMar Mai1xAbr
JunxMai
JulxJun
Autopeças e Acessórios
13,33%
-2,94%
3,01%
-7,60%
0,63%
-2,52%
Bares, Restaurantes e Lanchonetes
-4,37%
3,99%
1,69%
-4,94%
0,52%
-3,78%
Calçados
8,65%
-3,42%
2,65%
-0,86%
-6,96%
0,00%
Farmácia e Perfumaria
-0,37%
5,99%
-1,77%
-0,72%
1,09%
5,38%
Floricultura
12,50%
-3,70%
0,00%
7,69%
-10,71%
-8,00%
Informática
-9,30%
0,00%
7,69%
-10,71%
0,00%
5,41%
Livraria e Papelaria
1,90%
-8,18%
-5,50%
-24,27%
20,27%
-2,02%
Lojas de Utilidades Domésticas
1,69%
0,00%
-10,17%
11,54%
-6,56%
-3,51%
Material de Construção
-5,46%
-8,67%
9,49%
-12,72%
5,96%
3,75%
Mercado e Mercearia
-0,45%
-0,45%
0,00%
2,02%
1,10%
-2,21%
Móveis e Decoração
-1,54%
1,52%
0,00%
1,41%
0,00%
-6,94%
Óticas
0,00%
0,00%
10,00%
-6,06%
0,00%
9,68%
Tecidos
8,70%
32,00%
-27,27%
4,17%
0,00%
4,00%
Vestuário
3,50%
-1,13%
-1,10%
2,97%
-1,08%
-3,97%
Total
-0,68%
0,86%
0,70%
-3,41%
0,72%
-1,57%
Academia
-7,45%
5,36%
-2,91%
4,49%
-14,45%
-0,81%
Agências de Viagem
17,78%
-7,55%
-1,96%
0,00%
2,04%
-2,99%
Aluguel de Artigos para Festa
-3,55%
-3,05%
-5,43%
5,74%
-3,10%
-16,80%
Autoescola
9,43%
-7,14%
12,82%
-4,55%
-9,52%
-15,79%
Casa de Eventos
-4,44%
2,33%
0,00%
0,00%
0,00%
4,55%
Clínica de Estética
-16,05%
12,31%
1,37%
-6,67%
2,70%
1,35%
Ensino de Idiomas
3,03%
2,21%
7,91%
1,33%
-27,63%
19,61%
Pet Shop
1,74%
0,85%
-1,69%
5,17%
-4,10%
-1,71%
Reparação de Eletroeletrônicos
0,00%
2,83%
-0,92%
0,93%
-0,92%
-5,56%
Salão de Beleza
2,13%
-1,05%
1,06%
1,05%
-11,11%
15,91%
Total
-1,87%
1,57%
-0,09%
2,06%
-9,39%
-0,20%
-1,02%
1,06%
0,49%
-1,93%
-2,11%
-1,21%
Total
Comércio
64 Revista Fecomércio DF
o cartão de crédito foi o mais utilizado. No comércio, a modalidade
respondeu por 46,72% das vendas.
No setor de serviços, foi responsável por 41,94%. A Pesquisa Conjuntural é realizada mensalmente pelo
Instituto Fecomércio com o apoio
do Sebrae. Foram consultadas 900
empresas, das quais 596 do comércio e 304 de serviços.
Serviço
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Desempenho de vendas
Fev x Jan Marx Fev AbrilxMar
MaixAbr
JunxMai
JulxJun
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
-7,59%
10,47%
-7,23%
0,42%
-1,97%
-0,38%
Candangolândia, Guará e
Núcleo Bandeirante
4,05%
4,69%
0,97%
-7,64%
3,85%
-6,49%
Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires
e Águas Claras
-4,33%
-0,97%
-5,79%
-3,94%
4,52%
-3,79%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
-4,25%
1,68%
-5,40%
0,50%
3,57%
0,40%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
-4,77%
1,36%
0,56%
1,48%
-1,86%
-1,38%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
-12,40%
7,61%
-4,92%
-0,57%
-3,33%
-8,02%
Total
-6,34%
5,44%
-5,18%
-0,79%
-0,16%
-2,25%
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
-3,04%
7,12%
-1,38%
-3,26%
-2,16%
15,51%
Candangolândia, Guará e
Núcleo Bandeirante
-17,27%
-7,93%
7,52%
-2,68%
-4,94%
-3,90%
Ceilândia, Taguatinga,
Vicente Pires e Águas Claras
-9,12%
3,36%
-3,71%
-1,10%
0,50%
-8,69%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
-0,80%
4,27%
-16,66%
16,88%
1,47%
-3,17%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
-4,15%
-8,40%
5,14%
7,47%
-1,18%
-1,10%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
-16,84%
15,78%
-9,10%
5,71%
-7,22%
8,66%
Total
-7,03%
5,48%
-4,83%
2,32%
-1,66%
5,82%
Total
-6,49%
5,45%
-5,11%
-0,20%
-0,45%
-0,40%
Comércio
Serviço
Nível de Emprego
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Fev x Jan Marx Fev Abrilx Mar Mai1x Abr
Junx Mai
Jul x Jun
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
-2,35%
10,47%
0,00%
-2,83%
-0,17%
-1,03%
Candangolândia, Guará e
Núcleo Bandeirante
13,18%
4,69%
5,88%
-6,58%
5,19%
4,23%
Ceilândia, Taguatinga,
Vicente Pires e Águas Claras
0,83%
-0,97%
2,32%
-9,12%
3,00%
1,89%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
-4,64%
1,68%
-3,02%
-0,75%
1,14%
-3,01%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
4,24%
1,36%
-2,62%
1,01%
-3,67%
2,41%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
-3,86%
7,61%
4,18%
0,29%
1,72%
-13,83%
-0,68%
5,44%
0,70%
-3,41%
0,72%
Brasília (Asa Sul e Asa Norte)
8,44%
7,12%
1,46%
1,08%
-2,08%
-5,05%
Candangolândia, Guará e Núcleo
Bandeirante
-5,77%
-7,93%
-3,70%
-1,89%
0,00%
-3,92%
Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas
Claras
-5,11%
3,36%
-0,91%
9,51%
-7,28%
-1,81%
Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste
-4,58%
4,27%
-1,67%
0,85%
-18,49%
12,37%
Total
-1,57%
Gama, Recanto das Emas e Samambaia
1,52%
-8,40%
-5,80%
-3,08%
3,17%
18,46%
Paranoá, Sobradinho e São Sebastião
-9,86%
15,78%
2,67%
-4,35%
-24,75%
-1,76%
Total
Total
Comércio
Serviço
-1,87%
5,48%
-0,09%
2,06%
-9,39%
-0,20%
-1,02%
5,45%
0,49%
-1,93%
-2,11%
-1,21%
Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços.
Revista Fecomércio DF 65
pesquisa relâmpago
Reginaldo Pires,
comerciante e
beneficiário do Pró-DF
Cliente tem direito
à água filtrada nos
restaurantes do DF
BOM
A água é um bem de
todos. O cliente tem
esse direito.
25 anos do Código
de Defesa do
Consumidor
BOM
Aos poucos o Código
do Consumidor vem
oferecendo o suporte
necessário.
Mudanças à
vista no Pró-DF
BOM
Esse apoio a curto
prazo ajuda e muito o
empresário.
Tarifa de energia
elétrica sobe
novamente
RUIM
O frequente aumento
na tarifa é excessivo.
O comerciante só tem
a perder.
66Untitled-4
Revista Fecomércio
DF
1
Rafael Benevides,
empresário e proprietário
do restaurante Dona Lenha
BOM
Trata-se de um gesto
sustentável. Nosso
restaurante aderiu a
essa iniciativa.
BOM
É um órgão que define
bem as regras de
como proceder em
algumas situações.
RUIM
BOM
Diminui a burocracia e
evita que o empresário
dependa tanto do
governo.
RUIM
Temos um péssimo
serviço e um alto custo.
Isomar Vasconcelos,
aposentado
BOM
Colabora com o
direito que é do
consumidor.
REGULAR
Os serviços ainda
deixam a desejar.
BOM
Facilita até o
relacionamento
do governo com o
empresário.
RUIM
Mais uma vez sobra
para o bolso das
pessoas .
Rodrigo Pinheiro,
advogado especialista em
Direito do Consumidor
BOM
Bela iniciativa, a capital
federal é umas das
cidades que mais sofrem
com a seca.
BOM
Vários
consumidores já
foram protegidos
em virtude do CDC.
BOM
Beneficia o trabalho
do empresário.
RUIM
A tarifa de energia
é uma lástima,
o contribuinte
não aguenta com
tamanho reajuste.
Lisete Caetano,
gerente do
Comper
BOM
O acesso à água
é um direito de
todos. E agora
com essa lei
poderemos exigir o
nosso direito.
BOM
Ele estabelece
normas que
auxiliam tanto
o consumidor
quanto
empresário,
sua utilização
beneficia a todos.
RUIM
Esse projeto
beneficia a
poucos, pois a
lista de espera
é grande, sem
contar que alguns
terrenos não
estão bons.
RUIM
Hoje o gasto com
energia é enorme,
o que nos faz
buscar alternativas
para reduzir os
gastos.
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Revista Fecomércio DF 67
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