Revista Fecomércio - Setembro
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Revista Fecomércio - Setembro
Revista do Sistema Fecomércio-DF: Sesc, Senac e Instituto Fecomércio Ano XVIII nº 207 Setembro de 2015 Em expansão no DF, ECONOMIA CRIATIVA É UM CAMINHO frente à Entrevista // Pág. 8 Marcelo Melo Consultor Jurídico da CNC Quando você precisa de um plano que une qualidade e melhor preço, a Qualicorp está do seu lado.1 Empregador do Comércio: só a Qualicorp oferece o plano de saúde do jeito que você precisa, em condições especiais. São inúmeras opções com o melhor da medicina para você escolher uma que atenda às suas necessidades. Somos líder de mercado e administramos os planos de milhões de brasileiros. 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Força das pequenas revista O Sebrae lançou em agosto um movimento para estimular a sociedade a consumir produtos e serviços fornecidos por micro e pequenas empresas (MPEs) que, segundo a entidade, somam mais de 10 milhões no País. Juntas, elas faturam R$ 3,6 milhões ao ano e são responsáveis por 27% do PIB. O objetivo é fortalecer a economia. COORDENADOR DE COMUNICAÇÃO DO SISTEMA FECOMÉRCIO-DF Diego Recena REVISTA FECOMÉRCIO Diretor de Redação: Diego Recena Editora-Chefe: Taís Rocha Editora Senac: Ana Paula Gontijo Mais informações: compredopequeno.com.br Amore mio Bob’s conceitual A rede Spoleto lança neste mês a coleção Viva Itália, com pratos da ilustradora Kalina Juzwiak, a kaju. Para ganhar um dos seis pratos, basta adquirir uma das três opções de combos, a partir de R$ 29,40. O Bob’s vai inaugurar a sua primeira loja conceito no DF (QE 40 do Guará II). Ambiente moderno e cardápio com autosserviço de bebidas, lanches em vários tamanhos e acréscimo de ingredientes sem cobrança extra. O restaurante tem projeto do escritório be.bo, da arquiteta Bel Lobo. @fecomerciodf 4 Revista Fecomércio DF /fecomerciodf fecomerciodf.com.br Editor Sesc: Marcus César Alencar Fotógrafo: Raphael Carmona Repórteres: Andrea Ventura, Daniel Alcântara, Fabíola Souza, Luciana Corrêa, Liliam Rezende, Sacha Bourdette e Sílvia Melo Projeto Gráfico Gustavo Pinto e Anderson Ribeiro Diagramação: Gustavo Pinto Capa: Anderson Ribeiro Revisora: Fátima Loppi Impressão: Coronário Tiragem: 60 mil exemplares REDAÇÃO SCS, Quadra 6, bl. A, Ed. Jessé Freire, 5º andar - Brasília - DF - 70.306-908 (61) 3038-7527 CONTATO COMERCIAL Joaquim Barroncas – (61) 3328-8046 [email protected] setembro 2015 36 8 Tendência mundial, Artigos crescimento da economia criativa faz surgir novas atitudes diante do consumo 12 Entrevista Marcelo Melo Parcerias Público-Privadas GDF lança projeto para revitalizar espaços da cidade por meio de PPPs Raphael Carmona 14 Economia Raul Velloso 18 Agenda Fiscal Adriano Marrocos 20 Doses Econômicas Flauzino Antunes Neto 54 Direito no Trabalho Lirian Sousa Soares Colunas 16 Gastronomix Rodrigo Caetano 22 Gente Gabriela Vieira e José do Egito 50 Vitrine Taís Rocha 56 Tecnologia Jens Schriver e Renato Carvalho Seções 28 eSocial Apesar do prazo curto, sobram dúvidas e empecilhos para empresas se adequarem ao programa do governo federal 48 52 55 62 66 Indicadores do Comércio Caso de Sucesso Empresário do Mês Pesquisa Conjuntural Pesquisa Relâmpago Revista Fecomércio DF 5 CONSELHO CONSULTIVO Conselheiro Presidente Alberto Salvatore Giovani Vilardo Conselheiros Antônio José Matias de Sousa Jose Djalma Silva Bandeira Laudenor de Souza Limeira Luiz Carlos Garcia Mitri Moufarrege Rogerio Torkaski DIRETORIA (TITULARES) Presidente Adelmir Araujo Santana 1º Vice-presidente Miguel Setembrino Emery de Carvalho 2º Vice-presidente Francisco Maia Farias 3º Vice-presidente Fábio de Carvalho VICE-PRESIDENTES Antonio Tadeu Peron Carlos Hiram Bentes David Edy Elly Bender Kohnert Seidler Francisco das Chagas Almeida Glauco Oliveira Santana José Geraldo Dias Pimentel Tallal Ahmad Ismail Abu Allan DIRETORES-SECRETÁRIOS Vice-Presidente-Administrativo José Aparecido da Costa Freire 2º Diretor-Secretário Hamilton Cesar Junqueira Guimarães 3º Diretor-Secretário Roger Benac DIRETORES-TESOUREIROS Vice-Presidente-Financeiro Paolo Orlando Piacesi 2º Diretor-Tesoureiro Joaquim Pereira dos Santos 3º Diretor-Tesoureiro Charles Dickens Azara Amaral DIRETORES ADJUNTOS: Hélio Queiroz da Silva Diocesmar Felipe de Faria Francisco Valdenir Machado Elias DIRETORES SUPLENTES: Alexandre Augusto Bitencourt Ana Alice de Souza Antonio Carlos Aguiar Clarice Valente Aragão Edson de Castro Elaine Furtado Erico Cagali Fernando Bezerra Francisco Messias Vasconcelos Francisco Sávio de Oliveira Geraldo Cesar de Araújo Jó Rufino Alves Jose Fagundes Maia Jose Fernando Ferreira da Silva Luiz Alberto Cruz de Moraes Milton Carlos da Silva Miguel Soares Neto Roberto Gomide Castanheira Sérgio Lúcio Silva Andrade Sulivan Pedro Covre CONSELHO FISCAL: Titulares: Alexandre Machado Costa Benjamin Rodrigues dos Santos Raul Carlos da Cunha Neto Suplentes: Antônio Fernandes de Sousa Filho Maria Auxiliadora Montandon de Macedo Henrique Pizzolante Cartaxo DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO À CNC Delegados Titulares 1- Adelmir Araujo Santana 2- Rogerio Torkaski Delegados Suplentes: 1 - Antônio José Matias de Sousa 2 - Mitri Moufarrege DIRETOR REGIONAL DO SESC José Roberto Sfair Macedo DIRETOR REGIONAL DO SENAC Luiz Otávio da Justa Neves DIRETOR DE ÁREA DE COMBUSTÍVEIS José Carlos Ulhôa Fonseca SUPERINTENDENTE DA FECOMÉRCIO João Vicente Feijão Neto DIRETOR DA ÁREA DE HOTÉIS, BARES, RESTAURANTES E SIMILARES Jael Antônio da Silva DIRETORA-EXECUTIVA DO INSTITUTO FECOMÉRCIO Elizabet Garcia Campos SINDICATOS FILIADOS Sindicato do Comércio Atacadista de Álcool e Bebidas em Geral do DF (Scaab) • Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais do DF (Secovi) • Sindicato dos Salões de Barbeiros, Cabeleireiros, Profissionais Autônomos na Área de Beleza e Institutos de Beleza para Homens e Senhoras do DF (Sincaab) • Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do DF (Sincofarma) • Sindicato das Auto e Moto Escolas e Centros de Formação de Condutores Classes “A”, “B” e “AB” do DF (Sindauto) • Sindicato das Empresas de Representações, dos Agentes Comerciais Distribuidores, Representantes e Agentes Comerciais Autônomos do DF (Sindercom) • Sindicato das Empresas de Serviços de Informática do DF (Sindesei) • Sindicato das Empresas de Promoção, Organização, Produção e Montagem de Feiras, Congressos e Eventos do DF (Sindeventos) • Sindicato das Empresas Videolocadoras do DF (Sindevídeo) • Sindicato do Comércio Atacadista do DF (Sindiatacadista) • Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis e Acessórios do DF (Sindiauto) • Sindicato de Condomínios Residenciais e Comerciais do DF (Sindicondomínio) • Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes do DF (Sindifeira) • Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas, Gêneros Alimentícios, Frutas, Verduras, Flores e Plantas de Brasília (Sindigêneros) • Sindicato dos Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do DF (Sindilab) • Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindiloc) • Sindicato das Empresas de Loterias, Comissários e Consignatários e de Produtos Assemelhados do DF (Sindiloterias) • Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção do DF (Sindmac) • Sindicato do Comércio de Material Óptico e Fotográfico do DF (Sindióptica)• Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria e Livraria do DF (Sindpel) • Sindicato dos Supermercados do DF (Sindsuper) • Sindicato do Comércio de Vendedores Ambulantes do DF (Sindvamb) • Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindivarejista) • Sindicato dos Fotógrafos e Cinegrafistas Profissionais Autônomos do DF (Sinfoc) • Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do DF (Sindloc) • Sindicato das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança do Distrito Federal (Siese) SINDICATO ASSOCIADOS Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar) • Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis) SCS Qd. 6, Bl. A, Ed. Newton Rossi – 5º e 6º andares – Brasília -DF – 70306-911 – (61) 3038-7500 6 Revista Fecomércio DF editorial Criar para empreender dade criativa. Trazemos o caso de quem já foi atrás de seus sonhos e fez da economia criativa uma maneira de empreender e mostrar seu valor na sociedade. Esse nicho de mercado e produção tem despertado tanto o interesse que a Codeplan realizou uma pesquisa para mensurar as atividades econômicas que têm o uso da criatividade e do conhecimento como o principal fator para a produção de bens e serviços. Uma das conclusões é de que, em geral, as empresas criativas têm um desempenho melhor que empresas que não inovam, com uma taxa de sobrevivência alta, podendo chegar a 80%. “O DF é terreno fértil para atividades que envolvam a criatividade, a produção limpa, com perfil tecnológico, como a criação de startups e o desenvolvimento de aplicativos” Cristiano Costa Venho defendendo incessantemente o fato de que em um cenário árido economicamente, como o que vivemos na atualidade, é imprescindível que os jovens empreendam. Apostar no próprio negócio é tarefa árdua, diária, mas é de grande retorno, tanto pessoal quanto profissional. É preciso que o jovem entenda que existe a possibilidade de empreender, seguir o próprio caminho. É arriscado, incerto, há frustrações, é um desafio, mas é igualmente estimulante. Em contrapartida, o governo deve apostar em novos projetos educacionais que incentivem a entrada de jovens no setor produtivo e, com isso, ultrapassar a barreira da burocracia. Esse é um ponto que deve ser desenvolvido na nossa cultura nacional. No DF, onde não há grandes indústrias, boa parte da economia é voltada para comércio, serviços e turismo. Além disso, aqui 20% das pessoas com mais de 25 anos têm escolaridade superior. Ou seja, o DF é terreno fértil para atividades que envolvam a criatividade, a produção limpa, com perfil tecnológico, como a criação de startups e o desenvolvimento de aplicativos. De acordo com o Sebrae, hoje ter o próprio negócio é o terceiro sonho do brasileiro, o que corresponde a 31,4%. Dessa maneira, estamos com “a faca e o queijo nas mãos”. O que falta, então, para decolarmos nesse sentido? Para alguns jovens que encontramos e apresentamos nesta edição, não falta nada mais! Eles já estão fazendo de Brasília uma ci- Adelmir Santana Presidente do Sistema Fecomércio-DF: Fecomércio, Sesc, Senac e Instituto Fecomércio Revista Fecomércio DF 7 entrevista Em prol do comércio //Por Taís Rocha Fotos: Raphael Carmona O consultor jurídico da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Marcelo Melo Barreto de Araújo, tem se dedicado nos últimos meses à coordenação do Grupo de Trabalho (GT) que examina o projeto do novo Código Comercial Brasileiro, em trâmite na Câmara dos Deputados. A futura legislação substituirá o antigo Código Comercial, de 1850, e trará inovações e facilidades para o empresário. Marcelo explica a importância do novo código para o comércio e a sociedade em geral. 8 O Grupo de Trabalho-GT da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), constituído para acompanhar o Projeto de Lei (PL) nº 1.572/2011, que institui o novo Código Comercial, tem promovido vários encontros de advogados e assessores jurídicos com o intuito de possibilitar um melhor entendimento por parte da classe empresarial sobre os impactos que o novo código trará para os negócios. De que outra maneira, além dessa, os empresários poderão ter acesso e entender essas mudanças? O Projeto de Lei 1.572/2011, do deputado Vicente Cândido, que trata do futuro Código Comercial, encontra-se em andamento no Congresso Nacional. Esse projeto tramita em uma Comissão Especial da Câmara dos Deputados, presidida pelo deputado Laércio Oliveira (SDSE), vice-presidente da CNC. Ultimamente, a tramitação tem sido bastante dinâmica, tendo sido nomeada uma comissão de juristas que assessora aquele órgão legislativo, designando-se sub-relatores para a discussão de temas específicos do código, como a empresa comercial, as sociedades empresariais, o tema das obrigações e contratos dos empresários, a crise na empresa (traduzida pela falência e recuperação judicial), o direito marítimo e o direito do agronegócio. A CNC tem feito um esforço enorme de divulgação, tanto interna quanto externamente. Nos meios internos, foram expedidas diversas e frequentes notícias nos meios de comunicação da CNC online e na revista CNC Notícias. No âmbito externo, as notícias têm sido repercutidas nas redes sociais e nos jornais de grande circulação nacional. A CNC preparou também uma cartilha com as principais mudanças do código comercial. Qual o próximo passo que o Grupo de Trabalho-GT pretende adotar depois de analisar os diferentes temas do projeto do novo Código Comercial? O Grupo de Trabalho (GT) está trabalhando para elaborar uma síntese de suas conclusões, a partir dos debates que realizou recentemente, para entregá-la ao deputado Laercio de Oliveira. A partir de agora, os projetos parciais, elaborados pelos Subrelatores, serão enviados ao relator geral, deputado Paes Landim, que terá a tarefa de reorganizar o texto e produzir um futuro substitutivo, aproveitando as ideias dos projetos temáticos. Depois que for apresentado o novo texto pelo deputado Landim, o presidente da Comissão Especial, deputado Laércio Oliveira, o submeterá à Comissão Especial. Se aprovado, o substitutivo será encaminhado ao presidente da Câmara dos Deputados, onde serão reiniciados os debates legislativos. Acolhido o projeto de lei naquela Câmara, o assunto passa a ser reexaminado no Senado Federal e finalmente será submetido à sanção presidencial. O Grupo de Trabalho-GT pretende acompanhar toda essa tramitação até que o novo Código Comercial se torne uma realidade. “O que se percebe no meio empresarial e no meio jurídico é a necessidade da sistematização de normas de natureza comercial, que é um fato que não acontece desde o tempo do Império, em 1850, quando foi editado o Código comercial ainda vigente” Em linhas gerais, quais são as mudanças que o novo Código Comercial pode trazer para os empresários e para a sociedade? O que se percebe no meio empresarial e no meio jurídico é a necessidade da sistematização de normas de natureza comercial, que é um fato que não acontece desde o tempo do Império, em 1850, quando foi editado o Código comercial ainda vigente. Esse código, no entanto, está hoje quase todo revogado, com exceção do capítulo do direito marítimo e foi substituído por uma legislação Revista Fecomércio DF 9 esparsa, que requer uma completa reorganização, o que se fará mediante os esforços para uma nova codificação, adaptada às exigências do comércio no século 21. Em verdade, esse código é da empresa, não só a empresa comercial, industrial, mas também as empresas das áreas de prestação de serviço. as agrárias e as empresas de comércio marítimo, porque empresa nada mais é que uma atividade econômica organizada, voltada para a circulação de bens e serviços. Todas essas empresas serão contempladas no novo código comercial. Nós queremos corrigir um equívoco que ocorreu em 2002, quando a matéria comercial foi introduzida no Código Civil, quando já merecia, há muito tempo, um estatuto especial. Isso porque a identidade da norma comercial é diferente da norma civil. Sentimos a necessidade da criação de regras claras e específicas sobre as obrigações comerciais, de forma a dar estabilidade e segurança aos negócios jurídicos. As regras claras permitem que os contratos se tornem mais seguros, com execução garantida, com critérios e regras bem definidos e estruturados e dotados da melhor técnica jurídica possível. Essa demanda, que não é só do comércio, mas de toda a sociedade, motivou a criação de um Grupo de 10 Revista Fecomércio DF “Nós queremos corrigir um equívoco que ocorreu em 2002, quando a matéria comercial foi introduzida no Código Civil, quando já merecia, há muito tempo, um estatuto especial” Trabalho, no âmbito da CNC, que reúne a Consultoria Jurídica e a Assessoria Parlamentar da CNC, o qual passou a discutir todos os projetos temáticos apresentados pelos sub-relatores, objetivando constituir um posicionamento da CNC, sobre essa questão. Nosso objetivo é prestigiar os projetos parciais, todos eles de grande valor técnico, sem prejuízo das necessárias críticas e sugestões que formulamos em prol do aperfeiçoamento daqueles documentos. Também tive a oportunidade de debater tais assuntos em diversas sessões públicas da Comissão Especial da Câmara dos Deputados. Qual é o papel da CNC nesse debate? Nossa preocupação é eminentemente institucional, é fazer com o que o código se transforme em uma obra duradoura, perene, em prol do desenvolvimento e do progresso do País. Nesse sentido, o Dr. Antonio Oliveira Santos, presidente da CNC, viabilizou todas as condições para a realização de seminários em muitos estados brasileiros para debater o código, pois, assim como nós, ele acredita que nem sempre o comércio consegue operar com eficiência as suas atividades, sem saber com nitidez as regras que vão disciplinar as suas atividades. O código virá em boa hora e vem sendo discutido de forma democrática. A CNC está exercendo um papel de pioneirismo na análise da matéria, em absoluto apoio à Comissão Especial da Câmara, onde tramita o PL do Código. Há previsão de quando o PL será votado? Acredito que, no decorrer do segundo semestre, a matéria seja aprovada na Comissão Especial, mas a aprovação em plenário da Câmara deverá acontecer, dentro da minha avaliação, no final deste semestre ou no primeiro semestre de 2016. Não é possível ainda fazer expectativa sobre o tempo em que o PL tramitará no Senado e, ao final, ser encaminhado à sanção presidencial. O deputado Laércio Oliveira tem agido com bastante dinamismo e objetividade para que o projeto do Código Comercial tramite com razoável duração na Comissão Especial, sem prejuízo da realização dos necessários debates e do trabalho de assessoria qualificada prestada pela Comissão de Juristas que ele nomeou. Também ele vem sensibilizando o deputado Paes Landim (PTB-PI) , pleiteando que ele estude a matéria com afinco e, com a possível brevidade, apresente o substitutivo para que a proposta legislativa possa avançar. O senhor poderia explicar um pouco a respeito da criação do regime fiduciário proposto pelo projeto de lei 1.572/2011? Uma das inovações do código se refere ao trabalho do empresário individual, antes chamado de comerciante individual. O empresário, individualmente, pode exercer atividades empresariais, mas tem como compromisso a garantia do seu patrimônio, caso o empreendimento não dê certo. A criação do empresário “A criação do empresário individual sob o regime fiduciário tem uma enorme vantagem de identificar a garantia das obrigações sociais dentro de um patrimônio específico, diferente do patrimônio geral do empresário” individual sob o regime fiduciário tem uma enorme vantagem de identificar a garantia das obrigações sociais dentro de um patrimônio específico, diferente do patrimônio geral do empresário. Desse modo, ele pode instituir um patrimônio separado e exclusivo para as atividades empresariais, sem comprometer seu patrimônio geral. Isso, naturalmente, será um estímulo para que o empresário individual exerça suas atividades sem grandes riscos para os seus bens pessoais. O que o código apresenta de avanços em termos de proteção ao comércio eletrônico? Quanto ao comércio eletrônico, há regras estipuladas no projeto original, do deputado Vicente Cândido, e há também regras da mesma natureza em um dos livros temáticos produzido pelo deputado Décio Lima, quando trata especificamente da empresa. Mas a opinião do GT é que, diante da complexidade e dinamismo do comércio eletrônico, não seria adequado prevermos normas sobre a matéria em um código, que tem a natureza mais genérica. Melhor que lei especial regule a matéria. Assim, se houver inovações tecnológicas, por exemplo, uma lei pode ser rapidamente ser alterada sem necessidade de mudanças significativas no código comercial. Revista Fecomércio DF 11 concessão Agilidade à máquina estatal //Por Fabíola Souza Fotos: Raphael Carmona GDF lança iniciativa para que espaços públicos sejam explorados economicamente por meio de Parcerias Público-Privadas F ormar parcerias entre o público e o privado é o principal objetivo do Governo de Brasília para aproveitar melhor algumas áreas da cidade. O Decreto 36.554, de 17 de junho de 2015, trata da Manifestação de Interesse Privado em Parcerias Público-Privadas (PPPs) e em concessão comum ou permissão de serviços públicos, arrendamento de bens públicos e concessão de direito real de uso no âmbito da administração pública distrital. O secretário de Economia e Desenvolvimento Sustentável, Arthur Bernardes, explica que a iniciativa para a realização da parceria parte do empreendedor e caso avalie positivamente a proposta para concessão de uma determinada área, o Estado abre uma licitação para concretizá-la. Segundo Bernardes, o empresário interessado em apresentar o projeto deve enviar a proposta para a secretaria responsável pelo espaço. Todo o processo será acompanhado pelas Secretarias de Economia e Desenvolvimento Sustentável; de Planejamento, Orçamento e Gestão; de Fazenda; e pela Procuradoria-Geral do DF. “O governo entende que não precisa mais tomar conta da válvula do banheiro da descarga do Parque da Cidade que está quebrada, por exemplo. Temos outras preocupações, como saúde, segurança, educação, que necessitam prioridade. E ao mesmo tempo, temos um gasto grande com essas áreas que não precisaríamos estar tendo”, explica o secretário. Algumas parcerias possíveis citadas por Arthur Bernardes são em relação ao Centro de Convenções Ulysses Guimarães, aos Parques da Cidade e Burle Marx, e ao complexo esportivo que inclui o Estádio Nacional Mané Garrincha, o Ginásio Nilson Nelson e o Autódromo Internacional Nelson Piquet. Dessa forma, os empreendedores já podem indicar os locais onde têm interesse de investir. Se o Executivo local entender que a proposta é relevante para o bem público, será aberta uma licitação para a escolha da empresa que irá explorar o empreendimento. Dependendo da complexidade do acordo, haverá audiências públicas e estudos de impacto econômico. E durante a vigência do contrato, a administração pública ficará responsável por fiscalizar o cumprimento das obrigações da instituição privada. De acordo com o secretário, atualmente o Governo de Brasília não tem lucro com as áreas que serão objeto das PPPs. No caso do Parque da Cidade, por exemplo, o governo arrecada de aluguel com os estabelecimentos que estão na área do parque cerca de R$ 20 mil, pois cada estabelecimento paga em torno de R$ 1,5 mil por mês. Entretanto, o custo com a manutenção do local é muito maior que esse montante. “Estamos pegando todo o equipamento público do Parque e vamos conceder para o privado, de forma que haja melhorias nos serviços públicos e menor gasto do Estado, sem causar ao con- 12 Revista Fecomércio DF tribuinte um gasto extra”, explicou. A vantagem para o empresário é que os espaços poderão ser explorados comercialmente, sob a condição de remunerar o Estado com percentuais estabelecidos em contrato. Sendo assim, o secretário descarta a hipótese de privatização. “Esse tipo de concessão funciona no mundo todo. O Central Park, em Nova Iorque, e a Torre Eiffel, em Paris, são administrados por iniciativa privada”, aponta. TIPOS DE PARCERIAS O secretário afirma que ainda não tem nada definido pelo governo, pois neste momento estão sendo recebidos os documentos de Manifestação de Interesse Privado (MIP). Existem quatro maneiras do governo e da iniciativa privada serem parceiros. As mais conhecidas são as Parcerias Público-Privadas, por meio das quais o Estado divide o risco do investimento com o empresário. Essa iniciativa foi realizada no Setor Habitacional Jardins Mangueiral. Outra é a concessão, que o privado remunera o Estado de alguma forma, mas assume integralmente possíveis ônus, como foi realizado no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek. Já o arrendamento funciona como uma espécie de aluguel. O empresário fica autorizado a explorar comercialmente o espaço público, mas é obrigado a repassar parte do lucro ao governo. Por último, existe a permissão, que significa transferir à iniciativa privada a responsabilidade por um serviço, como ocorre hoje com o sistema de táxis. A diferença da concessão é que, na permissão, o contrato pode ser rompido unilateralmente. Segundo Bernardes, o empresário tem uma expertise que o governo não tem em relação à exploração comercial, por isso, é fundamental ouvir as ideias dos empreendedores. “Qual é o nosso foco com isso? Gerar emprego, renda, arrecadação e proporcionar uma melhor qualidade de serviço para a população. Enxergamos nessa iniciativa uma maravilhosa ferramenta para atrair investimento privado para dinamizar a economia de Brasília”, diz. Alguns espaços terão que ser analisados com cautela. De acordo com o secretário, é o caso do Mané Garrincha, pois, para se tornar viável economicamente, é necessário mudar a destinação da área. “Para que consigamos atrair o privado, teremos que aceitar restaurantes, teatro. Ele tem estrutura para isso, então é uma discussão maior e que precisa ter autorização de alguns órgãos”, aponta Arthur. Nesse sentindo, outro exemplo que está sendo estudado é o do Autódromo Internacional Nelson Piquet. “Cabe ao governo proporcionar ao empresário uma forma de ele ganhar dinheiro e o governo também. Não adianta resolvermos todos os problemas. Temos que trazer o privado e ele tem que ajudar a administrar. A ideia é movimentar a economia no momento de crise”, conclui. “Qual é o nosso foco com isso? Gerar emprego, renda, arrecadação e proporcionar uma melhor qualidade de serviço para a população. Enxergamos nessa iniciativa uma maravilhosa ferramenta para atrair investimento privado para dinamizar a economia de Brasília” Arthur Bernardes, secretário de Economia e Desenvolvimento Sustentável Revista Fecomércio DF 13 artigo economia Ajustar a economia e mudar o modelo 14 Revista Fecomércio DF mente insustentáveis, mas principalmente pelo efeito devastador da desaceleração da economia sobre a arrecadação tributária. Hoje, o grande desafio do novo ministro da Fazenda é reequilibrar as contas públicas enquanto o governo como um todo lida com os escândalos e com a fragmentação de sua base de sustentação, em perigoso momento de baixa aprovação popular. O objetivo principal desse esforço é evitar a perda da classificação de “bom pagador de dívidas” conferida há algum tempo pelas agências internacionais de risco, o que adicionaria ingredientes ainda mais complicados ao quadro atual. Que a crise de curto prazo se dissipe e possamos redirecionar as baterias para a construção de um novo modelo econômico – agora pró-investimento –, a fim de reconduzir o País à rota de um maior crescimento econômico. O novo entendimento do Executivo com o Congresso, que hoje se esboça na divulgação de uma lista de ações prioritárias acertada entre dirigentes do governo e do Senado, parece o começo de um novo reordenamento político em prol do progresso do Brasil. Raul Velloso Doutor em Economia pela Universidade de Yale (EE.UU). Atualmente é consultor econômico em Brasília Deixando de lado os temas da corrupção e da crise política, o fracasso do modelo próconsumo adotado no Brasil nos últimos tempos se mostra principalmente pela queda da taxa de investimento Cristiano Costa Enquanto prosseguem as investigações sobre corrupção no contexto da Operação Lava Jato, o Brasil vive o difícil momento de esgotamento de dois ciclos que irão marcar com tintas fortes a história recente do País. O primeiro se refere ao modelo de crescimento econômico baseado na expansão do consumo a qualquer custo, com claros sinais de exaustão. O segundo é o ciclo político dominado pelo Partido dos Trabalhadores e seus aliados, que, diante do forte desgaste decorrente dos acontecimentos recentes, dificilmente chegará às próximas eleições em condições de permanecer em posições de destaque no plantel político do País. Deixando de lado os temas da corrupção e da crise política, o fracasso do modelo pró-consumo adotado no Brasil nos últimos tempos se mostra principalmente pela queda da taxa de investimento (parcela do PIB destinada ao investimento), que vem ocorrendo há alguns anos; pelo declínio da própria taxa de crescimento do PIB, que decorre em grande medida do medíocre desempenho dos investimentos; e, finalmente, pela perda de força de nossa produção industrial, que é o segmento mais prejudicado pela derrocada da economia nos últimos tempos. Outro problema grave foi a crise fiscal que se manifestou na esteira do processo de esgotamento do modelo pró-consumo, em parte pela vã tentativa de o governo compensar os segmentos mais prejudicados com desonerações e financiamentos subsidiados, nitida- Parceria com o BB Associado Fecomércio tem Assistência Casa Gratuita na contratação do Conte com a mão de obra especializada para execução de serviços de: • Reparos emergenciais de hidráulica; • Chaveiro; • Eletricista; • E diversos outros serviços; Saiba mais em www.fecomerciodf.com.br ou se preferir, ligue 0800 729 0400 e informe ser associado Fecomércio DF Um produto da Brasilveículos Cia. de Seguros - CNPJ: 01.356.570/0001-81 - comercializado pela BB Corretora de Seguros e Administradora de Bens S.A. - CNPJ: 27.833.136/0001-39. Processo SUSEP nº 15414.901053/2013-88. O registro desses planos na SUSEP não implica, por parte da Autarquia, incentivo ou recomendação à sua comercialização. SAC: 0800 570 7042 – SAC Deficiente Auditivo ou de Fala: 0800 775 5045 - atendimento 24 horas, sete dias da semana. A Ouvidoria poderá ser acionada para atuar na defesa dos direitos dos consumidores, para prevenir, esclarecer e solucionar conflitos não atendidos pelos canais de atendimento habituais. Ouvidoria: 0800 775 2345 - Ouvidoria Deficiente Auditivo ou de Fala: 0800 962 7373 – atendimento das 8h às 18h, de segunda à sexta-feira (exceto feriados). Ou pelo site www.bbseguros.com.br. *Para mais informações sobre as condições contratuais do produto, garantias, limites, exclusões, lista dos parceiros e serviços oferecidos, regras de utilização das assistências e o manual dos serviços acesse: www.bbseguros.com.br. O custo das peças necessárias a execução do serviço serão de responsabilidade do cliente.Janeiro/13. Revista Fecomércio DF 15 gastronomix Rodrigo Caetano Jornalista e blogueiro http://bloggastronomix.blogspot.com [email protected] www.facebook.com/sitegastronomix Linguiças artesanais em clima de tango Linguiças de boa qualidade feitas pelo charcuteiro André Batista são a base do El Manfredo, bar na Asa Norte com pegada argentina. A grande estrela da casa é o choripán - fusão de chorizo (linguiça) e pan (pão). É isso mesmo. O nosso tradicional pão com linguiça. Neste mês, a casa amplia seu cardápio de opções. Para montar o sanduíche, você escolhe nove tipos de linguiças diferentes, seis molhos (chimichurri, palta - molho chileno à base de abacate, limão, cebola e molho de pimenta, salsa criolla, salsa pebre, fondue de queijo e El Manfreo, à base de abacaxi) e, ainda, cinco opções de acompanhamentos, como picles de japaleño, pepino ou cebola, folhas de rúcula e tomate-cereja. Os preços variam entre R$ 14,90 e 17,90. Vai ser difícil você enjoar. Ah...e o bar ainda vende alfajor recheado de doce de leite ou paçoca (R$ 4,90). € 11 bilhões Viagens gastronômicas Quase um terço das despesas de férias de turistas e locais na Itália está relacionado com a alimentação. É o que diz estudo da Confederação Nacional de Cultivadores Diretos (Coldiretti). A Itália conquistou a liderança mundial no turismo enogastronômico graças a 4.886 produtos tradicionais de suas regiões, 272 especialidades com Denominação de Origem Protegida (DOP), 415 vinhos com Denominação de Origem Controlada (DOC) e quase 21 mil pontos de turismo rural. 409 Norte, bloco C Telefone: (61) 9657-5038 São Paulo Jiquitaia – Pense em um lugar bom. Multiplique por 15. Esse é o Jiquitaia, restaurante-bar de comida brasileira tocado pelo chef Marcelo Bastos. Sua irmã Nina faz a melhor caipirinha de caju paulistana. O arroz de polvo é um dos clássicos da casa, assim como o nhoque de banana com ragu de carne-seca. E para completar uma mousse de chocolate amargo com calda de cupuaçu. No jantar, qualquer trio com entrada + principal + sobremesa sai por R$ 69. Bom para o bolso, melhor ainda para o paladar. Rua Antônio Carlos, 268 - Consolação (11) 3262-2366 Tête à Tête – O chef Gabriel Mateuzzi é deveras criativo. Unir em uma de suas entradas o foie gras com compota de cupuaçu ou um ceviche com tucupi é uma ideia, no mínimo, arriscada. E não é que deu certo? Tudo bem acompanhado por drinks e por uma carta de vinhos. No almoço executivo, entrada, principal, sobremesa e água (R$ 49). Uma pechincha para os preços paulistas. Rua Doutor Melo Alves, 216 - Cerqueira César 16 Revista Fecomércio DF iquitaia.com.br (11) 3796-0090 Aos sábados, Sunset Sound no Loca A chef Renata Carvalho não para de inventar moda. Sua nova ideia foi movimentar as tardes de sábado (das 14h às 19h) com o Sunset Sound, que une gastronomia, drinques e boa música. Para o projeto, estará disponível o cardápio de almoço do Loca, que também inclui algumas das comidinhas mais pedidas do gastropub. Entre elas, Bolinho de Feijoada (R$ 31); Bolinho Acostelado (R$ 27); Almôndegas Caprese (R$ 31); Dadinho de Rabada (R$ 24); Carpaccio de Polvo (R$ 28). E, na compra de dois Spritz Aperol (espumante, Aperol e laranja), a R$ 16 a unidade, o cliente ganha uma taça de cristal do drinque. O couvert do DJ que toca ao vivo custa R$ 7. 306 Sul, Bloco C, Loja 36 Telefone: (61) 3244-5828 Rotisseria árabe-mediterrânea Comida indiana Brasília ganhou uma opção de indiano: o Ashram. Na casa, o casal Nina Carniel e Arjun Khajuria investiu em cinco cozinheiros: paquistaneses, indiano, brasileiro e um de Bangladesh. Eles preparam pratos no almoço e jantar como o curry do dia (R$ 40), cubos de tofu salteado em molho de tomates e curry com ervas (R$ 35) e as deliciosas samosas (R$ por R$ 15). O carro-chefe é o Indian Thali (espetinho de queijo grelhado, arroz integral, salada de iogurte com vegetais, pão indiano e pimenta à parte, com opção de tofu para veganos a R$ 35. 103 Norte, bloco A, loja 52 Telefone: (61) 3541-5670 O Mar Mediterrâneo é uma beleza. Aquele azul que parece que não tem mais fim. A região é extremamente rica em boa gastronomia, com um tronco comum de uso de ingredientes frescos e saudáveis. Mas, à medida que muda de país, novos ingredientes e sabores explodem no paladar. Foi com essa ideia na cabeça que a família Hamu – dona da marca Lagash há quase 30 anos – resolveu abrir uma rotisseria na 112 Norte, a Lagash Mediterranée. A loja oferece produtos para serem levados para casa como as deliciosas esfirras de massa folhada, quibes, coalhada, tabule, salada de bacalhau, cordeiro marroquino e pernil de cordeiro ao molho de romã. Todos fresquinhos vendidos por peso ou por unidade. Mas há também congelados para Guia da pimenta Letícia Massula, conhecida como a “Louca da Pimenta”, lançou o blog Pequeno Guia Sobre Pimentas (www.cozinhadamatilde.com.br). “Ela é um estado de espírito, já que a vida pede tempero, picância e calor, não dá pra ser insossa”, afirma. Na página, história, tipos, explicações e truques para saboreá-las sem sofrimento. quem curte manter o estoque em casa garantido. 112 Norte, bloco C , loja 6 Telefone: (61) 3273-0098 Revista Fecomércio DF 17 agenda fiscal Mais investimentos à frente Mais uma fase da implantação do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). Em 23/10/2014 foi editada pela Secretaria de Fazenda do DF a Portaria 234 que dispõe sobre Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica – NFC-e, modelo 65, cuja emissão será obrigatória a partir de 2016 e que substituirá a Nota Fiscal de Venda a Consumidor (Modelo 2), a Nota Fiscal de Serviços (Modelo 3-A) e o Cupom Fiscal emitido por equipamento ECF (art.1º). O cronograma (art.5º) é o seguinte: 1) a partir de jan/2016 – todos Calendário os contribuintes em início de atividade e dos enquadrados no regime de apuração normal. 2) a partir de jul/2016 - contribuintes optantes pelo Simples Nacional, que tenham auferido em 2015 receita bruta superior a R$ 1,8 milhão e os enquadrados em regimes de apuração diferente do normal ou do Simples Nacional. 3) a partir de jan/2017 - contribuintes optantes pelo Simples com receita bruta superior a R$ 360 mil. 4) a partir de jul/2017 - demais contribuintes optantes pelo Simples. É importante registrar que o Mi- croempreendedor Individual (MEI) não está obrigado a emitir a NFC-e (§3º, art.5º) e que, de forma voluntária, algumas empresas já estão emitindo o documento desde nov/2014. Outro ponto é que os equipamentos ECF (III, §1º, art.5º) somente poderão ser utilizados pelo prazo de dois anos ou até esgotarem a memória, o que ocorrer primeiro, portanto, nada de investir em máquinas novas. Assim, melhor investir em estrutura e pessoal: computadores, impressoras, instalações e qualificação de funcionários. 4 a 30/09/2015 O QUÊ e QUANDO pagar? 5/9 FGTS (GFIP - Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia e Informações à Previdência Social) referente a 8/2015. Data-limite para pagamento dos Salários referente a 8/2015. 8/9 Contribuição Previdenciária (contribuintes domésticos) referente a 8/2015. 15/9 Contribuição Previdenciária (contribuintes individuais e facultativos) referente a 8/2015. Contribuição Previdenciária (SIMPLES e Empresas em Geral, incluindo retenção de 11% e empresas desoneradas) referente a 8/2015. COFINS/CSLL/PIS retenção na fonte, referente a 8/2015. 4/9 18/9 Imposto de Renda Retido na Fonte nos códigos 0561, 0588 e 1708 referente a 8/2015. 21/9 SIMPLES NACIONAL referente a 8/2015 ISS e ICMS referente a 8/2015 (observar datas específicas para o ICMS – ST e outras situações). 25/9 PIS e COFINS referente a 8/2015. 30/9 Contribuição Sindical Laboral Mensal referente a 8/2015. 3ª quota ou cota única do IRPJ e da CSLL referente ao 2º trimestre/2015 pelo Lucro Real, Presumido ou Arbitrado. Carnê Leão referente a 8/2015. IRPJ e CSLL referente à 8/2015, por estimativa. Parcela do REFIS, do PAES, do PAEX, do Parcelamento do SIMPLES Nacional e do Parcelamento da Lei 11.941/2009 (consolidado). O QUÊ e QUANDO entregar? 4/9 Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) ao MTPS referente à 8/2015. 15/9 Escrituração Digital do PIS/Pasep, da COFINS e da Contribuição Previdenciária s/ Receita (EFD CONTRIBUIÇÕES) a SRF/MF referente a 7/2015. 22/9 Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF Mensal) a SRF/MF referente à 07/2015. 30/9 Cristiano Costa Várias Declaração de Operações Imobiliárias (DOI) a SRF/MF referente à 8/2015. Escrituração Contábil Fiscal (ECF) a SRF/MF referente a 2014. Livro Fiscal Eletrônico (LFE) a SEF/DF referente à 08/2015: observar Portaria/SEFP nº 398 (09/10/2009). Adriano de Andrade Marrocos Contador da Fecomércio-DF e do IFPD e vice-presidente do CRC/DF 18 Revista Fecomércio DF 伀 洀攀爀挀愀搀漀 椀洀漀戀椀氀椀爀椀漀 挀漀渀琀椀渀甀愀 愀 猀漀昀爀攀爀 愀猀 挀漀渀猀攀焀甀渀挀椀愀猀 搀愀猀 洀攀搀椀搀愀猀 爀攀猀琀爀椀琀椀瘀愀猀 搀攀 挀爀搀椀琀漀 愀漀 昀椀渀愀渀挀椀愀洀攀渀琀漀 瀀爀漀搀甀漀 攀 愀漀猀 愀搀焀甀椀爀攀渀琀攀猀 搀攀 甀渀椀搀愀搀攀猀 椀洀漀戀椀氀椀爀椀愀猀Ⰰ 焀甀攀 昀漀爀愀洀 爀攀挀攀渀琀攀ⴀ 洀攀渀琀攀 椀洀瀀氀攀洀攀渀琀愀搀漀猀 瀀攀氀漀 䜀漀瘀攀爀渀漀 䘀攀搀攀爀愀氀 攀 樀 愀戀漀爀搀愀搀漀猀 渀攀猀琀愀 挀漀氀甀渀愀⸀ 一漀 搀椀愀 ㈀ ⸀ 㠀 漀 匀䔀䌀伀嘀䤀ⴀ䐀䘀 攀 愀 䘀攀挀漀洀爀挀椀漀 瀀愀爀ⴀ 琀椀挀椀瀀愀爀愀洀 搀攀 䄀甀搀椀渀挀椀愀 倀切戀氀椀挀愀 戀甀猀挀愀渀搀漀 洀愀椀漀爀 瀀愀爀琀椀挀椀瀀愀漀 搀漀 䈀刀䈀 ⴀ 䈀愀渀挀漀 搀攀 䈀爀愀猀氀椀愀 渀漀 挀攀渀爀椀漀 搀攀 挀爀搀椀琀漀 椀洀漀戀椀氀椀爀椀漀 搀漀 䐀䘀⸀ 吀愀洀戀洀 昀漀椀 愀洀瀀氀愀洀攀渀琀攀 搀椀猀挀甀琀椀搀愀 愀 渀攀挀攀猀猀椀搀愀搀攀 搀攀 漀 䜀䐀䘀 猀攀爀 洀愀椀猀 挀氀攀爀攀 渀愀猀 愀瀀爀漀瘀愀攀猀 搀攀 瀀爀漀樀攀琀漀猀 攀 瀀攀爀挀攀戀攀爀 焀甀攀 漀 猀攀琀漀爀 椀洀漀戀椀氀椀爀椀漀 搀椀爀攀琀愀洀攀渀琀攀 爀攀猀瀀漀渀猀瘀攀氀 瀀攀氀漀 搀攀猀攀渀ⴀ 瘀漀氀瘀椀洀攀渀琀漀 搀漀 䐀椀猀琀爀椀琀漀 䘀攀搀攀爀愀氀 挀漀洀漀 甀洀 琀漀搀漀Ⰰ 琀愀渀琀漀 攀洀 爀攀氀愀漀 愀漀 椀渀挀爀攀洀攀渀琀漀 搀愀 挀愀爀最愀 琀爀椀戀甀琀爀椀愀 ⠀爀攀挀漀氀栀椀洀攀渀琀漀 搀攀 䤀倀吀唀⼀吀䰀倀 攀 䤀吀䈀䤀⤀Ⰰ 焀甀愀渀琀漀 愀漀猀 搀攀洀愀椀猀 猀攀琀漀爀攀猀 瀀爀漀搀甀琀椀瘀漀猀 ⠀愀焀甀椀猀椀漀 搀攀 戀攀渀猀 攀 猀攀爀瘀椀漀猀 攀洀 氀愀爀最愀 攀猀挀愀氀愀⤀Ⰰ 猀攀洀 猀攀 昀愀氀愀爀 渀愀 猀甀愀 瀀爀瀀爀椀愀 挀愀搀攀椀愀 瀀爀漀搀甀琀椀瘀愀 攀 最攀爀愀搀漀爀愀 搀攀 爀攀渀搀愀 攀 猀攀爀瘀椀漀猀Ⰰ 搀椀爀攀琀漀猀 攀 椀渀ⴀ 搀椀爀攀琀漀猀⸀ 一攀猀猀攀 挀漀渀琀攀砀琀漀 搀攀 搀椀昀椀挀甀氀搀愀搀攀Ⰰ 洀漀爀漀猀椀搀愀搀攀 攀 愀琀 洀攀猀洀漀 椀洀ⴀ 瀀攀搀椀洀攀渀琀漀 愀漀 搀攀猀攀渀瘀漀氀瘀椀洀攀渀琀漀 搀愀 愀琀椀瘀椀搀愀搀攀 攀挀漀渀洀椀挀愀Ⰰ 漀 䈀刀䈀 爀攀瀀爀攀猀攀渀琀愀 攀猀瀀攀爀愀渀愀 愀氀愀瘀愀渀挀愀最攀洀 搀漀 猀攀琀漀爀 瀀爀漀搀甀琀椀瘀漀 椀洀漀戀椀氀椀爀椀漀 漀 䐀椀猀琀爀椀琀漀 䘀攀搀攀爀愀氀⸀ 섀最甀愀猀 䌀氀愀爀愀猀 挀漀渀琀椀渀甀愀 挀漀洀漀 爀攀愀 搀攀 洀攀氀栀漀爀 爀攀氀愀漀 搀攀 爀攀渀琀愀戀椀氀椀搀愀ⴀ 搀攀 攀渀琀爀攀 瘀愀氀漀爀 搀攀 氀漀挀愀漀 攀 瘀愀氀漀爀 搀漀 椀洀瘀攀氀⸀ 嘀攀樀愀 洀愀椀猀 渀漀 䈀漀氀攀琀椀洀 䌀漀洀瀀氀攀琀漀 攀洀 渀漀猀猀漀 猀椀琀攀⸀ 眀眀眀⸀猀攀挀漀瘀椀搀昀⸀挀漀洀⸀戀爀 artigo doses econômicas Ajuste Fiscal: bom para quem? se as contas do Setor Público (SP) tivessem na sua equação apenas Receitas (R) menos Despesas (D), [SP=(R−D)], em que o resultado fiscal positivo da equação é o chamado superávit primário e negativo, déficit primário; mas na realidade, o superávit primário é usado para quitar mais um componente da equação o Gastos com os Juros (J), portanto a equação completa, [SP=(R−D)−J], na qual veremos se o orçamento da União tem seu resultado nominal. Analisando os resultados orçamentários (fiscal e nominal), percebemos que quanto mais o BC eleva os Juros Selic (J), mais se faz necessário o aperto do governo em suas contas, diminuindo as despesas (D) e elevando as receitas (R). Isto é, no geral, despesas são os investimentos em políticas públicas e com a sociedade. Elevar as receitas com aumento de tributos, travando a economia nacional desequilibra mais ainda as contas do governo federal. Ainda há os aspectos mais cruéis: o desemprego e a falta de investimentos que se alastram por todos os setores da economia. Sobre o mercado de trabalho, somente em maio foram fechados 115.599 postos de trabalho com carteira assinada e no acumulado de janeiro a maio, 243.948 vagas, segundo o Ministério do Trabalho. Parceria: Flauzino Antunes Neto Economista do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), vice-presidente do Sindecon-DF e Conselheiro do Corecon-DF 20 Revista Fecomércio DF O único setor que mantém lucros exorbitantes é o financeiro, que vem demonstrando, ano a ano, recordes de lucro. Somente em 2015, os bancos tiveram aumento de 22% nos lucros. Portanto, fica clara a opção do atual governo, apoiar o setor financeiro e de virar as costas aos setores que sustentam o Brasil. Não há uma justificativa econômica plausível, na situação que a Dilma, nos coloca, tirando dos setores mais carentes e do setor produtivo montantes cada vez maiores dos recursos públicos em forma de juros para o setor financeiro. Veremos um País com mais desigualdades e com cenas de empresários quebrando, e o setor financeiro batendo recordes e mais recordes de lucros altos. Os únicos que estarão se beneficiando do ajuste fiscal promovido pela Dilma são os bancos. Joel Rodrigues O Brasil vive uma grave crise econômica, inflação de preços e queda da atividade econômica, decorrentes da política econômica do governo Dilma, com os juros mais altos do mundo, em detrimento da atividade produtiva. Dados do IBGE, já em 2014, apontavam para a desaceleração da economia nacional, com recorrentes monitoramentos dos indicadores do PIB que mantinham resultados pífios, os famosos “PIBinhos”; fechamos esse ano com 0,15% de aumento do PIB. Deveria então a presidente assim que assumisse em 2015, promover o crescimento do PIB brasileiro, propondo medidas que fortalecessem a produção e encorajassem os investimentos locais, revertendo positivamente a situação. Ledo engano, pois, findado o período eleitoral, Dilma tem promovido o aumento dos juros Selic pelo Copom do Banco Central (BC), no chamado plano de ajuste fiscal. Esse plano tem um caráter recessivo e levará a um profundo desaquecimento da atividade produtiva, com a justificativa de “equilibrar as contas públicas do governo e controlar a inflação”. O ajuste fiscal vem em seu bojo iludir a opinião pública pregando que seria a salvação das contas públicas e talvez pelos mais sinceros o “mal necessário para equilibrar os gastos fiscais”. Seria sim, Participe nas categorias Contos e Crônicas. Inscrições abertas até 30 de novembro. Para mais informações acesse nosso site, redes sociais ou ligue para nossa central de atendimento: gente Arte nos sacos de pão //Por José do Egito Seminus em pontos turísticos //Por Gabriela Vieira Foto: Joel Rodrigues Nascido em Brasília, o fotógrafo Henrique François, de 27 anos, teve sua primeira experiência com a fotografia quando um amigo lhe emprestou uma câmera digital por alguns dias. Henrique aprendeu a fotografar de maneira autodidata e tem apenas o curso de limpeza e manutenção de equipamentos. Atualmente, é idealizador do projeto “Ideias Nuas”, que tem chamado a atenção por fazer fotos de modelos seminuas em pontos turísticos da capital. O objetivo é mostrar a beleza do corpo feminino em sintonia com a arquitetura urbana. “A gente vê por aí muitos ensaios sensuais na rua, mas nenhum que tenha como cenário os pontos turísticos de uma cidade”, conta. A Ponte JK, o Palácio da Justiça, o Clube do Choro, o Teatro Nacional e Estádio Mané Garrincha já foram cenários para Henrique, que não pretende parar por aí. Futuramente, o fotógrafo pretende expor as fotos do projeto e até mesmo expandir os ensaios em pontos turísticos de outras cidades. O assédio é uma das maiores dificuldades em fotografar modelos seminuas em espaços públicos. Recentemente, Henrique fotografava uma modelo no Teatro Nacional quando foi abordado por policiais, mas, após explicar que se tratava de um projeto de fotografia, foi apenas alertado sobre o perigo da região. 22 Revista Fecomércio DF Foto: Joel Rodrigues A ideia inovadora aproxima as artes visuais do público, ao transformar simples sacos de pão em telas para impressão de obras de arte. A iniciativa é do Arte Quentinha, projeto idealizado e coordenado pela artista plástica e produtora cultural Susanna Aune, 28 anos, com produção executiva de Henrique Rocha. Ela garante que o objetivo do projeto é democratizar as artes por meio de exposição nas padarias. “A arte é viva. É interessante que ela transite em todos os lugares”. Ela conta que cada saquinho vai trazer duas obras de arte, a identificação dos artistas e um resumo da carreira deles. Para fazer com que as obras circulem em todo o DF, Susanna conta que o projeto firmou parcerias com padarias, que venderão seus pães nesses sacos especiais. No entanto, ela afirma que a ideia é não se prender somente aos saquinhos de pães. “Recebemos propostas de vários lugares além das padarias”, garante. Ao todo, foram selecionados 24 artistas, dos quais nove via inscrição e seleção, seis convidados e outros nove escolhidos pelo voto popular. Cinco perguntas para Thiago Da Matta //Por Gabriela Vieira O brasiliense Thiago Da Matta, de 32 anos, formado em Turismo, atua há quatro meses como representante do Café Orgânico IAO (61-9877-6342), marca consolidada no mercado desde 2002. Qual o diferencial do café orgânico? A não-utilização de agrotóxicos ou fertilizantes. O cultivo é feito apenas com matérias-primas naturais e orgânicas. //Por José do Egito Foto: Joel Rodrigues É reciclando o vidro inutilizado por várias pessoas que a Glas, ateliê de decoração de interiores da artista plástica Lucy Aguirre, 30 anos, está transformando garrafas e potes de todos os tamanhos em utensílios para o lar. De acordo com ela, a paixão pelo trabalho aconteceu justamente pelo material ser facilmente reutilizável e possibilitar a transformação. “Meu trabalho é criar produtos reaproveitando materiais e trabalhando no ateliê, minha criatividade flui livremente”, explica. Se para uns o produto acaba ali, no lixo, para outros, o lixo é a solução. Segundo Lucy, a mudança é tão grande que os produtos finais não se parecem nada com material descartado. “Tirar o rótulo, lacres e tampas é como “despir” o vidro, para depois “vesti-lo” novamente com minha arte”, ensina. Aos poucos ela fez da casa, no Park Way, um ateliê e, depois, por consequência, utiliza as peças para decorar a casa. “O ambiente de trabalho também ajuda muito. Um clima agradável e descontraído influencia até na mensagem que é transmitida nas peças.” Para Lucy, não é preciso ser muito criativo, basta entender a relação entre arte e reciclagem e imaginar novos produtos feitos dos materiais “velhos”. “Com um pouco de criatividade podemos fazer muito gastando pouco”, ensina. Qual o preço médio do café orgânico no mercado? Um pacote com 250g custa a partir de R$12. O preço irá depender das características do produto, como a qualidade do grão, o tipo de seleção, a torra, entre outras coisas. Como você classifica a procura pelo produto em Brasília? As pessoas têm percebido que, além dos benefícios, o café orgânico é bastante saboroso e quem experimenta dificilmente volta a tomar o café não orgânico. Joel Rodrigues Reinventando e reciclando Quais os benefícios desse tipo de café? Além da preservação do solo, evita problemas de saúde que são causados nas pessoas pela ingestão de alimentos com a presença de substâncias químicas. Onde ele é comercializado? Em feiras orgânicas, Ceasa, mercados de orgânicos e restaurantes naturais. Revista Fecomércio DF 23 mercado Além dos ipês //Por Sílvia Melo Fotos: Joel Rodrigues Alguns setores do Distrito Federal apostam no período de seca para aumentar o lucro de seus negócios A beleza dos ipês, que tem seu auge nos meses de julho e agosto, contrasta com a época em que os brasilienses e os visitantes da cidade mais sofrem com o clima seco do Distrito Federal. O período de baixa umidade normalmente é registrado entre maio e setembro, em que julho e agosto são os meses mais críticos. Nesses meses, é comum a população sofrer com sangramentos nasais, dores de cabeça, ressecamento da pele e irritações nos olhos. É justamente nessa época do ano que alguns setores re- 24 Revista Fecomércio DF gistram aumento nas vendas de produtos que aliviam os efeitos da seca. Além dos ipês e da comercialização desses produtos, a época é propícia à safra do morango, que tem seu pico de colheita no final de julho e durante os meses de agosto e setembro. De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista-DF), umidificadores de ar, cremes e óleos hidratantes são as mercadorias mais procuradas no período que segue até outubro. “Uma das culturas desenvolvidas ao longo dos 55 anos de Brasília é o uso cres- cente de umidificadores de ar nos meses da seca, que visa combater a baixa umidade relativa do ar. Ao mesmo tempo, também é expressivo o consumo de cremes e óleos hidratantes para o corpo, principalmente, por pessoas que praticam esportes ao ar livre. A baixa umidade contribui para elevar a venda desses produtos, gerando emprego e renda”, destaca Edson de Castro, presidente do Sindicato. Segundo ele, as vendas de produtos relacionados com o período da seca devem crescer este ano pelo menos 2% em comparação a 2014, quando se registrou o mesmo percentual. “As lojas estão facilitando a compra de umidificadores a partir de R$ 160, dividindo em até seis vezes sem juros”, afirmou. No setor farmacêutico, esse é o período que os clientes mais procuram pelos estabelecimentos. Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Distrito Federal (Sincofarma-DF), Francisco Messias Vasconcelos, nos meses de julho e agosto as vendas nas mais de 1,2 mil farmácias do DF aumentam em 30% em relação aos demais meses. “Em 2015 não está sendo diferente. É a época que mais vendemos medicamentos para gripe, doenças e alergias respiratórias, além de umidificadores e nebulizadores”, explica. Os efeitos da seca na saúde atingem grande parte da população. Mas os pacientes que mais sofrem são os idosos e as crianças. “Eles possuem uma saúde diferenciada. O idoso, por exemplo, é mais debilitado e faz uso de outras medicações. As crianças também são mais vulneráveis devido à imunidade ainda estar amadurecendo”, explica Adriana Carrijo de Medeiros, farmacêutica bioquímica da Drogaria Messias, localizada no Setor O, em Ceilândia. “Aqui na drogaria os medicamentos que mais saem são os xaropes para tosse, tanto a seca quanto a irritativa, porque Brasília tem um clima propício a alergias, além do soro fisiológico para nebulização e soros nasais, para umidificar”, informa. Nessa época, os cremes hidratantes também possuem uma boa saída. “Uma forma de agregar a venda dos hidratantes é a utilização de alguns outros produtos, chamados varejinho, como glicerina e óleo mineral, para potencializar o efeito da hidratação. É um produto com grande saída também”, destaca Adriana, lembrando que produtos como manteiga de cacau, protetores labial e solar, aparelhos de nebulização e umidificadores de ar também registram boas vendas durante o período de seca na drogaria em que trabalha. POUCO AGROTÓXICO Apesar de todo o incômodo que a baixa umidade do ar traz, esta é a época em que a população e os visitantes são agraciados com a comercialização do morango, que é cultivado principalmente em Brazlândia, onde existem atualmente mais de 120 produtores. A cidade é a 7ª maior produtora de morango do País e a primeira dO Centro-Oeste. De acordo com a Emater-DF, em 2014 foram produzidas 5.250 toneladas da fruta em 150 hectares, o que injetou R$ 22 milhões na economia local. O morango produzido em Brazlândia vai para Brasília e Entorno, Minas Gerais, Tocantins e Bahia. Na safra normal, o período de colheita vai de maio a outubro. Na entressafra, que ocorre de outubro a maio do ano seguinte, a produção é um pouco menor. “No DF conseguimos produzir o ano todo. Só que o período de melhor produção, quando colhemos o fruto de melhor sabor e mais bonito é do período da safra, que tem seu pico no final de julho, agosto e setembro”, explica José Ricardo Serrano Alescio, de 41 anos, produtor de morango há 21 anos. O clima do DF é ideal para a plantação desse tipo de hortaliça. “Como aqui o clima é muito seco e irregular, usamos pouco agrotóxico. A plantação não desenvolve muito fungo ou bactéria, porque a umidade é baixa, o que torna o morango mais saboroso do que o dos outros estados”, diz ele, que veio de São Paulo, onde também produzia morango com a família. “Lá tem muita umidade, chove muito durante o ano, então é muito difícil controlar pragas e outras doenças”, afirma. José Ricardo cultiva em torno de 250 mil plantas em quatro hectares de terra e comercializa de 50% a 60% da produção no DF. Tão tradicional quanto sua produção é a Festa do Morango de Brasília, realizada anualmente em Brazlândia desde 1995 e que movimenta a economia local. Somente no ano passado, de acordo com a Emater, foram comercializadas 10 mil caixas de morango. A festa movimentou cerca de R$ 1 milhão, na qual foram comercializados também derivados de morango como tortas, doces, geleias, cremes e sucos. Em sua 20ª edição, o evento acontece no final de agosto e início de setembro e espera receber um público de 200 mil pessoas. Além da comercialização da fruta, a festa conta com shows, concurso de beleza, negócios, diversão, culinária variada e exposição agrícola. De acordo com Edson de Castro, a baixa umidade contribui para elevar a venda de alguns produtos específicos, gerando emprego e renda Revista Fecomércio DF 25 formatura Prontos para o mercado de trabalho //Por Luciana Corrêa Foto: Rapahel Carmona Faculdade de Tecnologia realizou a colação de grau dos alunos dos cursos das unidades de Taguatinga e da 903 Sul A Faculdade de Tecnologia Senac-DF realizou, dia 19 de agosto, a Colação de Grau de mais de 170 alunos dos cursos de Gestão Comercial e de Gestão de TI, ambos das unidades 903 Sul e Taguatinga; e Gestão de Recursos Humanos e Marketing, da unidade 903 Sul. A formatura ocorreu no espaço Clube Net Live (SHTN, Trecho 2), com a presença de colaboradores, professores e diretores da instituição, além dos familiares e amigos dos formandos. Antes da colação, os alunos participaram da Aula da Saudade, dia 17, no auditório da unidade 903 Sul. O Culto Ecumênico foi no dia 18, às 20h, no Santuário Nossa Senhora de Fátima, na 706/906 Sul. O paraninfo das turmas e diretor regional do Senac-DF, Luiz Otávio da Justa Neves, reconheceu a dedicação e dificuldades que todos os Mais informações 26 Revista Fecomércio DF formandos passaram para chegar à formatura. “Todo o esforço fez com que pudéssemos entregar hoje à sociedade esse grupo repleto de vontade, conhecimento e ideias novas. Sugiro que primem pelos princípios da razoabilidade e da legalidade nas suas vidas profissionais. Defendam suas posições com elegância, sutileza e objetividade. Sejam cidadãos exemplares. Desejo a todos, muito sucesso, e tenho certeza que não lhes faltará firmeza, coragem, nem convicção para prosseguir”, motivou. A diretora da Faculdade Senac-DF, Antônia Maria Ribeiro Rodrigues, agradeceu a escolha dos formandos por fazerem seu curso na instituição. “É com orgulho que conferimos a vocês o grau de tecnólogos e nos sentimos honrados por termos sido escolhidos entre as diversas entidades de educação, para promover a @senacdf /senacdistritofederal educação e identidade profissional de cada um. Foram anos de intenso aprendizado e a história da instituição e de vocês estarão sempre interligadas. Isso nos faz trabalhar sempre para o melhor. A vitória é de todos”, comemorou. Compuseram a mesa de honra, além do diretor regional do Senac-DF, Luiz Otávio da Justa Neves e da diretora da Faculdade Senac-DF, Antônia Maria Ribeiro Rodrigues, a diretora financeira e administrativa, Francimeire Galdino; o coordenador de Gestão de TI - campus Plano Piloto, Douglas Almeida; o coordenador de Gestão de TI - campus Taguatinga, Nasser Youssif; a coordenadora de Gestão de Comercial e de Marketing - campus Plano Piloto, Graciere Barroso; e o coordenador de Gestão de Comercial - campus Taguatinga, Demóstenes Azevedo. www.senacdf.com.br campeonato A bola vai rolar Cristiano Costa Nona edição da Copa Brasília de Futsal terá participação de 31 equipes de todo o DF //Por Sacha Bourdette O maior campeonato de futsal do Distrito Federal já tem data marcada para começar. A 9ª edição da Copa Brasília de Futsal terá início 19 de setembro e seguirá até 21 de novembro. A competição é uma parceria entre o Sesc-DF e a Rede Globo Brasília. O objetivo dos jogos é proporcionar a integração entre as regiões administrativas do DF e estimular a prática do futsal. As disputas vão ocorrer no Centro de Atividades Sesc Ceilândia e em ginásios do DF. No total, 31 equipes das regiões do DF participarão da competição que mobiliza atletas e suas torcidas nas arquibancadas. Para o técnico da Coordenação de Esporte e Lazer do Sesc-DF, Élisson Fabrício de Oliveira, o evento já faz parte do calendário esportivo da capital. “A cada edição, a Copa Brasília de Futsal ganha mais força e público. Na partida da final, esperamos receber 5 mil pessoas. Estamos animados para que a competição seja um sucesso como nos anos anteriores. Vemos as famílias e amigos animando as arquibancadas e vibrando pelos times de sua região”, apontou. De acordo com a gerente de Marketing da Rede Globo, Joana Alvarez, a parceria com o Sesc é fundamental para a viabilização do evento esportivo. “Desde o início do processo, a Globo e o Sesc estão unidos para fazer o torneio da melhor for- ma possível. Entre outras funções, a equipe do Sesc é responsável pela elaboração da tabela, organização das partidas e também disponibiliza seu espaço para a realização dos jogos. É por conta de toda essa operação que a Globo possui o conteúdo para promover o torneio em seus telejornais locais e programação, além de realizar a transmissão da final da Copa”, destacou. As inscrições para participar do torneio seguem abertas até 9 de setembro. O Congresso Técnico está marcado para o dia 12 de setembro, às 15h, no Sesc Ceilândia. As partidas são abertas ao público e terão duração de 50 minutos, com dois tempos de 25, e serão realizadas às terças-feiras, às quintas-feiras e aos sábados. Serão premiados com medalhas e troféus os três primeiros colocados, o goleiro menos vazado, o artilheiro e o time com mais “fair play”. Todas as equipes receberão troféu pela participação. 9ª Copa Brasília de Futsal Inscrições: até 9/9 Partidas: 19/9 a 21/11 Local: Sesc Ceilândia e ginásios do DF Informações: 0800 617 617 @sescdf /sescdistritofederal www.sescdf.com.br Revista Fecomércio DF 27 cronograma Longo caminho do eSocial //Por Daniel Alcântara Fotos: Raphael Carmona A um ano de ser implantado, o sistema ainda é um calvário para os empresários O s Ministérios da Fazenda, do Trabalho, da Previdência Social e a Secretaria da Micro e Pequena Empresa oficializaram o cronograma de implantação do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas – batizado de eSocial. Os primeiros empreendimentos a se adequarem às exigências do Alessandra Laura, do Sushiloko: as 25 lojas da rede no DF já estão se adequando à nova ferramenta desde o início do ano 28 Revista Fecomércio DF programa serão as empresas cujo faturamento anual é superior a R$ 78 milhões, a partir de setembro de 2016. As demais devem entrar obrigatoriamente a partir de janeiro de 2017. O empresário que não se adequar nesse prazo estará sujeito à multa, prevista em legislação, além de não conseguir emitir certidão negativa de débitos, provando que está em conformidade com o Fisco. A Fecomércio-DF acredita que a ideia do projeto é boa. Porém, o presidente da entidade, Adelmir Santana, entende que seria necessário um melhor planejamento na execução do programa. “É necessário mais debate com as empresas. Hoje, a um ano da implementação, poucos empreendedores estão prepara- dos. Sem contar que o custo para se adaptar ao programa vai onerar ainda mais a atividade econômica no Brasil e elevar mais uma vez os encargos trabalhistas”, diz. Para ele, é importante ressaltar ainda que os empresários não são contrários à prestação de informações, mas sim à forma como o programa está sendo conduzido e a sua complexidade. De acordo com estudos da Confederação Nacional do Comércio (CNC), os custos das empresas com a mudança de procedimento podem chegar a mais de R$ 5 bilhões, somente nos setores de comércio, serviços e turismo. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, os custos com consultorias contábil e jurídica dos empresários aumentaria em 10% somente devido ao eSocial. DIFICULDADE NA IMPLANTAÇÃO O eSocial é uma ferramenta digital e tem como objetivo padronizar a transmissão, validação, armazenamento e acesso de dados relativos às obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas de empregados, como admissões, demissões, férias, acidente de trabalho, mudança de salário, FGTS informações sobre imposto de renda, além de unificar obrigações acessórias como CAGED, DIRF, RAIS e GFIP, entre outros. Ciente de todos os desafios que o eSocial representa para as empresas, a PwC realizou uma pesquisa, divulgada em fevereiro deste ano, para entender como elas estão se preparando para cumprir a nova obrigação. De acordo com o estudo, dos empreendimentos pesquisados, 42% estão levantando informações e analisando a adequação, a qualidade e a segurança das informações ou avaliando a exposição a riscos trabalhistas, previdenciários e fiscais. Enquanto os empreendimen- tos que já concluíram o diagnóstico estão na fase de implementação e desenvolvendo soluções sistêmicas e adequando os processos internos correspondem a 29% da amostra. O estudo revela ainda que apenas 6% estão aguardando a versão final do manual para fazer os últimos ajustes necessários. Porém, uma parcela relevante do estudo (23%) ainda não realizou qualquer atividade com relação ao eSocial. A pesquisa da PwC mostra ainda que entre as dificuldades de implementação do projeto foram listadas: mudança cultural (30%); processos internos (29%); sistema e tecnologia (16%); comprometimento dos gestores da empresa (10%); pleno cumprimento da legislação vigente (8%); estrutura e governança (5%) e capacitação dos profissionais envolvidos (3%). De acordo com o sócio da PwC Brasil e líder da área de pessoas e organizações, João Lins, a vida do empresário mudará bastante depois da implementação do eSocial. “O desafio de mudança cultural dos empregados é a maior barreira que as empresas estão enfrentando. Será necessário garantir que as pessoas dentro da empresa percebam que grande parte da responsabilidade depende delas, não é só um trabalho de recursos humanos, mas uma realidade de quase todo gestor das empresas”, explica Lins. “Essa mudança de comportamento por parte da administração da empresa é fundamental, o próprio funcionário também precisa ser consciente, pois é de obrigação dele informar a empresa, por exemplo, se mudou de endereço, se casou ou separou ou até mesmo informar mudanças de documentos para que a empresa garanta que ele esteja regular perante as regras do eSocial”, afirma Lins. A PwC confirma também que as empresas terão que investir na área de Recursos Humanos (RH) para R$ 5 bi são os custos das empresas com a mudança de procedimento, somente nos setores de comércio, serviços e turismo, conforme estudo da CNC Revista Fecomércio DF 29 cronograma iniciarem o processo de adequação do eSocial. “As empresas que fizerem um investimento adicional de maneira inteligente vão se beneficiar com uma área de RH mais ágil e mais eficiente com condições de operar sem expor a empresa a riscos. As empresas que não atentarem a isso vão gastar mais e não terão benefícios”, conclui João Lins. TRABALHO CONJUNTO A gerente financeira da rede de comida fast food japonesa Sushiloko, Alessandra Laura, afirma que a empresa, que conta com 25 lojas no Distrito Federal, está se adequando à ferramenta desde o início deste ano. De acordo com ela, a implementação do eSocial será benéfica para a empresa, porém, trabalhosa, pois existem várias peculiaridades às quais os funcionários terão que se adequar. “Como toda e qualquer outra empresa na fase de implementação de um novo projeto, nós encontramos dificuldades. É uma mudança de cultura para manter o sistema sempre atualizado. O eSocial depende de um trabalho conjunto da empresa para o contador e de lá para os órgãos do governo federal”, explica Alessandra. “Mas, acredito que empresas que gostam de resolver tudo em cima da hora vão sofrer com a novidade. Aqui fazemos de tudo para trabalhar de acordo com as normas da CLT”, explica. O presidente da Federação Nacional das Empresas de Serviços e Limpeza Ambiental (Febrac), Edgar Segato Neto, instituição que agrega mais de 11 mil empresas de asseio, segue a mesma linha de pensamento da Fecomércio e da CNC e reitera que o projeto é bom, porém, de difícil implementação em todo o País. Segundo ele, algumas empresas não têm nem acesso à internet e não poderão reportar acidentes de trabalho ou demissões e contrata30 Revista Fecomércio DF “O desafio de mudança cultural dos empregados é a maior barreira que as empresas estão enfrentando. Será necessário garantir que as pessoas dentro da empresa percebam que grande parte da responsabilidade depende delas” João Lins, sócio da PwC Brasil ções instantaneamente ao governo. “Imagine um trabalhador que presta serviços em uma usina de cana no interior de Goiás, que fica a 60km da cidade mais próxima. Como ele irá informar um acontecimento de forma rápida, por meio de internet? Sem citar alguns estados em que o acesso à internet é difícil, como o Acre, Rondônia e Amapá? Estamos falando de um País com dimensões continentais”, explica Segato. Ele também questiona como empresas pequenas, que têm quatro ou cinco funcionários, vão conseguir atender à demanda e à rapidez que o governo está esperando. O presidente da Febracs acredita que o projeto vai ser adiado por causa das inúmeras dúvidas recorrentes por parte do setor produtivo. “O setor de asseio, por exemplo, no qual a Febracs representa a maioria dos empresários não tem conhecimento de como aderir, está preocupado. Alguns estados como Goiás, por exemplo, já fizeram algumas palestras para tentar explicar, o que acabou gerando mais dúvidas por parte dos empreendedores”, diz Segato. lazer Diversão também aos fins de semana //Por Andrea Ventura Foto: Cristiano Costa Unidades do Sesc-DF oferecem opções para toda a família Q uem frequenta as unidades do Sesc no Distrito Federal encontra uma ampla programação que inclui atividades esportivas, culturais, de saúde e turismo, entre outras. As atividades ocorrem de segunda a sexta-feira e seguem nos fins de semana, com a abertura das unidades do Sesc Guará, Sesc Ceilândia, Sesc Taguatinga Sul, Sesc Taguatinga Norte e Sesc Gama para o lazer recreativo. As atividades são voltadas para comerciários, dependentes e comunidade em geral. “Todas essas unidades que abrem aos finais de semana possuem uma variedade de atrações e estruturas adequadas para proporcionar divertimentos, ensinamentos e congraçamentos. Temos piscinas, churrasqueiras, quadras de esporte, gibitecas, espaço de leitura, espaço para banho de sol, lanchonetes, brinquedos recreativos, atividades guiadas por recreadores, além de, regularmente, oferecermos atrações musicais em nossos clubes”, explica o chefe da Divisão de Desenvolvimento Humano do Sesc-DF, Guilherme Reinecken de Araújo. Entre essas atividades, as mais procuradas são as piscinas, além dos jogos recreativos e do banho de sol. Uma das unidades mais procuradas é a de Ceilândia, que possui a maior estrutura entre as unidades do DF. O local chega a receber mais de 10 mil pessoas em alguns finais de semana. “As 10 piscinas, as qua- dras de esporte, o preço acessível e o espaço de brinquedos infantis são, sem dúvida, um diferencial para termos essa grande demanda no Sesc Ceilândia”, explica Guilherme. A unidade de Ceilândia foi a escolhida pela autônoma Isis de Carvalho, que frequenta o local desde a sua inauguração em 2007. Durante a semana, Isis utiliza a academia e aos finais de semana aproveita o clube com a família. “Gosto muito de frequentar o Sesc, inclusive convido as amigas para fazerem o mesmo”, revela. Ela gosta de tomar sol e elogia a equipe do Sesc. “Os salva-vidas estão sempre atentos e os funcionários também são atenciosos”, conta. Moradora do Sol Nascente, Isis ainda aproveita a programação cultural da unidade, pois assiste às peças que são encenadas na unidade que frequenta regularmente. Para fazer como Isis, basta estar com a carteirinha atualizada do Sesc. Os comerciários e seus dependentes têm entrada gratuita. Já para a categoria de Usuários e seus dependentes, a entrada é de R$ 5. Os horários mais frequentados são durante o dia, mas à noite as unidades também oferecem atividades para seus frequentadores. Há happy hour no Sesc 913 Sul, além de espetáculos e shows, no Teatro Garagem, que também é palco de festivais e premiações, como o Palco Giratório e o Prêmio Sesc do Teatro Candango. Outro evento que merece destaque é o Sesc Flash Back, evento noturno que recebe cerca de mil pessoas e ocorre na unidade de Taguatinga Sul. As unidades do Sesc abrigam ainda espetáculos teatrais, cinema e shows para toda a família. @sescdf /sescdistritofederal www.sescdf.com.br Revista Fecomércio DF 31 exposição Tradição da escrita artística japonesa //Por Líliam Rezende Foto: Danyella Nunes Inédita na cidade, a mostra de arte da japonesa Yuki Kokamata é atração na unidade da 504 Sul D urante um mês o Sesc da 504 Sul dará espaço para a escrita artística da japonesa Yuki Kokamata. A exposição Shodô - Caligrafia tradicional japonesa, que começa no dia 26 de setembro, vai trazer parte da obra da artista que é reconhecida por seus traços na escrita. De acordo com a gerente da unidade, Cristina Nogueira, a exibição é de alto grau cultural para japoneses e brasileiros. “A escrita do Japão desperta curiosidade em todo o mundo. O uso de ideogramas é uma tradição e a técnica deve expressar o sentimento e a forma como são feitos. O Sesc orgulha-se em colaborar com a Embaixada do Japão e, dessa forma, proporcionar à população de Brasília a oportunidade de apreciar essa cultura tão rica”, conclui. As obras de Yuki já foram expostas em várias partes do Japão e estão sendo trazidas em primeira mão para Brasília. Os materiais de caligrafia são conhecidos como “os quatro tesouros da caligrafia”, constituídos de tinta (sumi), papel (kami), pincel (fude) e o HISTÓRIA A origem da caligrafia artística realizada com pincéis especiais tem cerca de 3000 anos e é uma das artes mais respeitadas no Japão. Com o passar dos séculos, desenvolveram-se e vários estilos foram criados. Os imigrantes japoneses praticavam a arte como forma de manter o vínculo com a cultura japonesa, e o mais utilizado até hoje é o Shodô. “Sho” significa “escrita” e “dô” se traduz como caminho, ou seja, “o caminho da escrita”. No Japão, o termo se refere à caligrafia japonesa mais tradicional. A arte do Shô se define pelos seus traços. Não é permitido fazer retoques. Em um movimento único e sem volta, interagindo com a linha e espaço, pode-se diferenciar a arte de um puro treinamento. A força, velocidade e pressão do pincel, assim como o movimento da linha e os diferentes materiais usados (papel, tinta e pincel), são outros fatores que enriquecem a apreciação de uma obra do Shô. No Brasil, os primeiros imigrantes japoneses que chegaram em 1908 já trouxeram a arte do Shodô, em muitos casos, aprendida na escola. Além disso, era comum trazerem na bagagem exemplares da arte caligráfica desenhados por artistas e personalidades de destaque na região onde moravam, para adornarem as paredes da nova casa. 32 Revista Fecomércio DF recipiente de tinta (suzuri). A água é o elemento de ligação entre eles, considerando que a combinação de cada material pode gerar efeitos diversos. Exposição: Shodô - Caligrafia tradicional japonesa Local: Sesc 504 Sul Dia: 26 de setembro a 23 de outubro Horário: Das 8h às 18h (segunda a sexta-feira) @sescdf /sescdistritofederal www.sescdf.com.br capa Onde nascem as boas ideias //Por Liliam Rezende e Sacha Bourdette Fotos: Raphael Carmona Economia criativa movimenta o cenário empresarial da capital e faz surgir novos comportamentos, como a troca de produtos em vez da compra Revista Fecomércio DF 33 capa T 1,5% dos empregados formais de Brasília têm a criatividade como principal elemento para a produção de bens e serviços 34 Revista Fecomércio DF er uma ideia surpreendente e criativa, em um mercado tão saturado como o de hoje, é uma das portas de entrada para os empreendedores brasilienses obterem sucesso. Investir em uma opção diferenciada é uma saída para escapar da competitividade e da crise. Isso porque a economia criativa tem um potencial crescente na capital, como indica o último estudo divulgado pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), com o apoio do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O conceito apresentado pela Codeplan abrange atividades econômicas que têm o uso da criatividade e do conhecimento como o principal fator para a produção de bens e serviços. A diferença de uma empresa criativa para a tradicional está nos insumos (criatividade) que os empreendimentos utilizam e no grau de inovação em produtos e processos que elas apresentam. Em geral, as empresas criativas têm um desempenho melhor que empresas que não inovam. Para a Codeplan, os profissionais que têm a criatividade como principal elemento para a produção de bens e serviços correspondem a 1,5% dos empregados formais de Brasília e somam 22,6 mil pessoas. Entre os setores que fazem parte dessa concepção estão os ligados à produção artística — como música, dança e teatro , às expressões ou atividades relacionadas às novas mídias — startups, cinema e televisão; à produção de conteúdo — jornalismo, por exemplo; à arquitetura, aos games e à moda. A pesquisa constatou que todos os setores no âmbito da economia criativa são promissores no DF, em especial os referentes à comunicação e pesquisa. Esses setores remuneram acima da média e mostram o potencial da cidade nos cenários nacional e internacional. Para o diretor de Estudos e Políticas Sociais da Codeplan, Flávio Gonçalves, a demanda por esse mercado no DF é enorme. “O mercado de economia criativa, principalmente aquele ligado a atividades culturais, tem uma relação com a alta renda do DF (maior renda per capita do Brasil). O crescimento da demanda por tais produtos responde a aumentos da renda disponível, o que, no caso do DF, é comum”, explica. Brasília se destaca entre as outras metrópoles brasileiras pela oferta de trabalhadores altamente qualificados, aproximadamente 20% das pessoas com mais de 25 anos têm escolaridade superior. Segundo a Codeplan, o setor de serviços representa mais de 90% da atividade econômica do DF. Portanto, o perfil da população é favorável à ampliação de instituições de pesquisa e apoio à inovação. Isso porque o DF dispõe de patrimônio cultural e ambiental relevante. Os setores que fazem parte da economia criativa apontados como os mais promissores da capital são o turismo patrimonial, urbanístico, arquitetônico, paisagístico, ecológico e cívico; as artes visuais e performáticas; a mídia; os serviços de produção de conteúdo; e os de pesquisa e desenvolvimento. O diretor afirma ainda que a economia criativa é uma saída bastante positiva, principalmente em tempos de crise. “Tendo em vista as questões geográficas, o que dificulta a presença das indústrias, a economia do DF depende da criatividade. É uma alternativa que deu muito certo na capital, pois agrega qualidade, inovação e sofisticação, o que faz toda a diferença no produto”, conclui. Para o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, é preciso incentivar esse empreendedorismo criativo. “O Distrito Federal tem um enorme potencial para desenvolver negócios ligados à criatividade. O desafio é dar oportunidade aos profissionais que atuam nesses segmentos, oferecendo visibilidade e criando políticas públicas para o incentivo de produções e na criação de empresas. Uma das grandes dificuldades é fazer com que a economia criativa se torne mais palpável. Temos a emergência de um novo segmento, mas que ainda falta qualificar os profissionais que atuam nesta cadeia produtiva de criatividade, além de abrir linhas de crédito para estes empreendedores”, avaliou. 20% das pessoas com mais de 25 anos têm escolaridade superior em Brasília BOLA DA VEZ De acordo com a gerente da Unidade de Atendimento Coletivo de Serviços do Sebrae, Aparecida Vieira, a economia criativa é um segmento prioritário da instituição. “Há todo um ambiente favorável para que se dê atenção tendo em vista os números que esse setor hoje representa. O brasileiro por natureza é criativo, antes ele empreendia por necessidade e não por oportunidade. Hoje ter o seu próprio negócio é o terceiro sonho do brasileiro, que corresponde a 31,4%. Por isso, mapeamos os setores como prioritários que vão desde gastronomia, artesanato, moda, design, tecnologia da informação a setores de audiovisual, música e fotografia”, apontou. A taxa de sobrevivência de empresas criativas é alta, podendo chegar a 80% no Distrito Federal por conta da renda do consumidor de Brasília. Para dar suporte para quem quer se aventurar nesse setor, o Sebrae oferece serviços e realiza eventos. “Contamos com um conjunto de ações que vão desde a hora que ele tem a ideia e quer tirar do papel à capacitação e montagem do plano de negócio. Ensinamos o passo-a-passo para saber onde e como investir. Nosso objetivo é ajudar o empreendedor a criar sua empresa, queremos que ele cresça. Para se ter uma ideia, o negócio criativo em tempos de crise sai na frente, é um diferencial competitivo”, concluiu a gerente do Sebrae. “Nosso objetivo é ajudar o empreendedor a criar sua empresa, queremos que ele cresça”, diz Aparecida Vieira, do Sebrae capa Thatiana Dunice: “eu sentia falta de comprar itens com as características de Brasília que não fossem artesanais” BRASÍLIA, MUSA INSPIRADORA Na prática, a criatividade é garantia de sucesso. No comércio, a cientista política Thatiana Dunice, se destaca com um negócio que vende artigos inspirados em detalhes da capital federal, com a loja BSB Memo. A repercussão da morte do arquiteto Oscar Niemeyer deixou claro o impacto de sua obra. Foram justamente seus traços modernistas que serviram de base para a criação dos produtos de suvenir da empresa. “Não havia uma loja com a cara da cidade. Eu sentia falta de comprar itens com as características de Brasília que não fossem artesanais”, explica. A BSB Memo oferece camisetas, mantas, ímãs, canecas e réplicas das placas verdes de sinalização. A média de preço varia entre R$ 20 e R$ 50, o produto mais barato custa R$ 19 (ímãs) e o mais caro (mantas) custa R$ 297. Thatiana conta que o diferencial da marca está em oferecer um produto de design. “É um trabalho mais cuidadoso, o que tem tudo a ver com Brasília.” Em 2011 ela vendia informalmente as camisetas pela internet e no estacionamento de um supermercado em Brasília aos finais de 36 Revista Fecomércio DF semana. Em setembro de 2013, começou a venda formal em uma loja física na Asa Norte. O carro-chefe da Bsb Memo são plaquinhas que remetem à sinalização de Brasília e podem ser personalizadas sob encomenda. A marca vende hoje em torno de 120 placas por mês. A atração que a arquitetura exerce nos criadores da BSB Memo também tem sua força nos moradores locais, os principais clientes da marca. “Os moradores têm um vínculo muito forte com a história de Brasília. É comum chegarem para comprar e compartilharem curiosidades da cidade conosco. Essa troca é muito boa e até nos inspira em novas peças.”, afirma Thatiana. Bruno Sartório comemora o sucesso do evento que reuniu 60 mil visitantes PRAIA EM BRASÍLIA Dizem que o céu é o mar de Brasília. Esse ditado retrata bem que o aproveitamento diurno da cidade só deixa a desejar em um quesito: Brasília não tem praia. Não tinha! Criado no começo de julho e estendido até 30 de agosto, o Na Praia – foi montado em 6 mil metros quadrados de área, preenchidos com 400 toneladas de areia, em um complexo “day use”, que oferece ao público atividades nas sextas, sábados e domingos, com programação diferenciada. De acordo com Bruno Sartório, da R2 Produções (idealizadora do evento), para o Na Praia sair do papel foram necessários sete meses para o desenvolvimento do projeto, captação de recursos, pré-produção e inauguração. Já a ideia surgiu das experiências vividas pela empresa nos últimos anos, como a produção de réveillon no litoral alagoano, na cidade de São Miguel dos Milagres. “Além desses fatores que nos gabaritaram para pensar em executar o projeto Na Praia, como bons brasilienses, tínhamos o sonho de ter uma praia em Brasília. Hoje, realizamos esse sonho para todos”, destaca. A ideia de levar os brasilienses diretamente aos deslumbrantes cenários do Nordeste, sem sair da capital, deu certo. O investimento foi alto, cerca de R$ 3,5 milhões, desde a cenografia, com réplicas de igrejas tradicionais e casas coloridas, ao grande redário disponível para quem quiser contemplar a paisagem. Barraquinhas espalhadas pelo local ofereceram iguarias típicas, como acarajé, tapioca, milho cozido, biscoito Globo e queijo coalho. A Praia de Brasília também contou com programação própria e ofereceu ao público opções de lazer durante todo final de semana. Segundo Bruno, o investimento é totalmente particular, das produtoras, dos patrocinadores e apoiadores do evento. “São cinco patrocinadores e onze apoiadores privados. Temos ainda dois apoios institucionais - Administração do Plano Piloto e Secretaria Jéssica Behrens teve o projeto de criação de um aplicativo para trocas aprovado em Harvard de Turismo. Desses, não existe contrapartida financeira”, ressalta. O alcance do projeto é expressivo: 60 mil visitantes, 700 postos de serviços diretos e indiretos, R$ 1 milhão em impostos recolhidos, 50 atrações musicais contratadas, sendo em sua maioria do DF, fomentando a cadeia produtiva. Já no turismo, apenas a produção do evento utilizou 300 leitos, e durante todo o período, cerca de 1,5 mil leitos foram ocupados em um período de baixíssima temporada para os hotéis. Bruno destaca que o sucesso da Praia superou as expectativas, mas que isso só foi possível graças ao fruto do trabalho em equipe. “Apesar da concepção do evento ter sido da R2, a parceria com outras empresas consolidadas no DF foi fundamental. Dessa forma, a KM Eventos, Carlos Constantino Produções, Agência Nout, Medley Produções, Manifesto Lab e Verri e Verri Produções também assinam o projeto”, conclui. “TINDER” COMERCIAL Quem um dia imaginou ter um projeto aceito pela universidade mais prestigiada do mundo? Pois é, a jovem empresária brasiliense de 23 anos, Jéssica Behrens, sabe bem qual a sensação de passar por isso. Ela idealizou um aplicativo que possibilita a compra, venda, troca e doação de objetos. O projeto foi aprovado pelo Laboratório de Inovação da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Em conjunto com um amigo, que estudou na universidade norte-americana, Jéssica e ele criaram o plano de negócio do aplicativo chamado Tradr. A ideia surgiu em novembro de 2014, quando ela decidiu se desfazer de uma coisa por dia e foi então que ela teve um insight. Para ela tinha que existir uma maneira fácil, divertida e criativa para dar um destino a coisas que não usava mais. Então, por que não um Tinder, aplicativo de paquera, mas voltado para produtos? “A nossa inspiração para criar Revista Fecomércio DF 37 capa o Tradr foi o Tinder. O meu amigo me disse que a ideia era muito boa e apresentou para outros estudantes de Harvard. Eles me convidaram para ir para a universidade desenvolver um projeto. Na hora nem acreditei e, em maio deste ano, iniciamos os testes do aplicativo e no momento em que lançamos surgiu um investidor”, contou impressionada. Atualmente, o aplicativo está disponível para o sistema iOS e é 100% gratuito. Conta com três mil produtos e espera-se que em setembro alcance dez mil usuários, tendo em vista que entram em média 400 pessoas por dia. O Tradr funciona da seguinte maneira: a pessoa tira foto do que não quer mais e coloca na rede; em seguida, as pessoas ao seu redor, por meio de um sistema de geo-localização, e seus amigos, através de uma integração com o Facebook, é possível passar pelos produtos; e caso a pessoa goste de alguma coisa já é possível combinar a compra, venda, troca ou doação. Segundo Jéssica, a empresa é globalizada, com 11 pessoas atuando de forma colaborativa no Brasil e em diversas partes dos Estados Unidos. Ela adianta que estão trabalhando para disponibilizar para o sistema Android, mas ainda sem previsão. Além disso, a empresária quer possibilitar formas de pagamento dentro do aplicativo. “É muita informação para assimilar desde o início do ano, primeiro era pensar em Harvard, depois eu estou em Harvard. Eu encaro como uma transformação social que ocorre por meio da economia colaborativa e criativa que apoia a sustentabilidade e pequenos negócios. Eu vejo como uma grande oportunidade para todos”, concluiu. Para o jovem inglês e CEO do aplicativo que estudou Economia e comportamento do consumidor em Harvard, Zaki Djemal, o programa Victor Parucker trouxe para Brasília a ideia da loja colaborativa 38 Revista Fecomércio DF simplifica o processo de decisão e otimiza o crescente mercado de bens usados e criativos. “Quando conheci a Jéssica nossas ideias se encontraram. Para mim, o Tradr é a solução de um problema do mundo real e um modelo de negócio intrigante com o potencial de perturbar um mercado estagnado. O Tradr é eficiente e sociável. Outros aplicativos não são fáceis de usar e demandam muito tempo”, explicou. “O nosso principal diferencial é o algoritmo desenvolvido que aprende os gostos de um usuário em tempo real. A curadoria está se tornando cada vez mais importante no espaço do consumidor, com empresas como Pinterest, Pandora e Netflix, todas tentando descobrir como mostrar às pessoas o que elas querem. Por que isso não seria diferente com os bens usados e com a indústria criativa? Eu acho que as pessoas têm percebido que a tendência é que o mercado para bens usados e para produtos criativos tenha um grande sucesso. A equipe de Harvard está bastante otimista com o progresso do aplicativo no Brasil, pois o País é porta de entrada para o sucesso na América Latina”, apontou o Zaki. O produtor de Audiovisual, Pedro Borges, é um dos usuários do Tradr. Ele baixou o aplicativo há mais ou menos um mês e meio e já faturou R$ 150. “Hoje devo ter algo em torno de 15 objetos anunciados, que variam de zero a R$ 250. Tenho livros que decidi doar e outros vender por R$ 10, um taco de beisebol que nunca usei, uma jaqueta, uma lente Canon e outros objetos que não usava mais. Já comprei desodorante natural, peguei uma camisa de graça e livros e estou quase comprando uma câmera. Acho a ideia muito boa, a economia criativa é parte da mudança em que estamos vivendo”, relatou. CONSTRUÍDO POR CENTENAS Descobrir uma maneira nova de explorar segmentos já consolidados exige muita criatividade e perseverança. O empresário e contador, Victor Parucker, conheceu em São Paulo a loja Endossa e trouxe há três anos e meio para Brasília, na 306 Sul, uma forma inovadora de reunir diversas marcas em um só ambiente. Ele conta com as duas sócias, Luana Isidro e Maíra Belo, mais três funcionários, além dos 104 colaboradores. “Eu percebi que a Endossa resolvia muitos problemas do comércio. Na questão de como estocar, na curadoria para saber o que vende ou não vende, na divulgação e atendimento. A loja traz diversas soluções dando espaço para quem produz e para quem tem marcas pequenas”, destacou. Na loja é possível alugar um espaço para expor o trabalho, entre 104 pequenos stands disponíveis. Os valores mensais dessas caixas vão de R$ 160 a R$ 580, de acordo com o tamanho. Atualmente, existem 340 marcas na fila de espera. “Brasília é uma cidade muito cara, então para você começar um negócio, o valor de um aluguel de uma loja é muito alto. A Endossa dá supoerte às novas marcas e às pequenas para que façam um teste com um risco bem pequeno. Como regra a marca tem que vender o valor do seu aluguel por pelo menos três meses”, disse. Para se ter uma ideia, circulam por dia uma média de 80 pessoas. Segundo Victor, a expectativa é abrir outro ponto de venda. “A loja é feita por quem compra e por quem vende. A Endossa é uma loja boa para todo mundo, para quem vende, para quem compra e até para o governo. Isso porque pagamos imposto, tudo com nota fiscal e com segurança para quem quer expor os seus produtos. Temos estrutura com facilidade, conveniência e credibilidade. Está valendo a pena e queremos abrir nova loja. Quem quiser tentar um espaço na Endossa é preciso cadastrar a marca no site da loja (bsb. endossa.com)”, finalizou. Segundo o produtor cultural e empresário da marca Brechó dos Óculos, Mayton Campelo, a Endossa é uma grande vitrine para quem quer testar os seus produtos. “Já alugo um espaço na Endossa há um ano e acho maravilhoso. É um tipo de economia que faz a diferença”, apontou. A empresária, Kate Gomes do Carmo, também aluga uma caixa e consome muita coisa lá. “É uma ideia fantástica, dá oportunidade para várias pessoas, é uma superescola onde você pode se projetar para um universo maior. Vejo como um microshopping. Já estou há dois anos com a loja Bendita. São vários universos em um espaço só. Quase todo dia eu compro aqui”, contou. Débora Leite e Lucas Caixeta: empresa venceu concurso de startups DESAFIO ANIMAL Para quem tem animal às vezes é um desafio encontrar um par para o seu pet. Pensando nisso, quatro empresários tiveram a ideia de solucionar esse problema encurtando as distâncias por meio da internet. Formada por Débora Leite Vilela, Brayan Dichtl, Lucas Caixeta e Tayana Alves Souza, a empresa Parpet foi a grande vencedora em um concurso de startups do Sebrae. O site de encontro para animais surgiu em maio deste ano. De acordo com uma das sócias, Débora Leite Vilela, a ideia foi apresentada no primeiro dia do evento Startup Weekend, da UP Global, com o apoio do Sebrae. “O Brayan e eu apresentamos coincidentemente a mesma ideia. Para ele surgiu depois de conhecer um vizinho que teve dificuldades para encontrar um cachorro da mesma raça que seu animal para cruzar. Já eu tirei a ideia de um bate-papo com um amigo que tinha uma cachorrinha da raça jack russel terrier e não conseguia um macho para cruzar”, revelou. “No momento um dos diferenciais do projeto é que para o cadastro necessariamente o dono do pet deve enviar o cartão de vacinação. A exigência é que o animal seja saudável e esteja bem cuidado. O ParPet tem a intenção de facilitar, en- curtar a busca pelo “parceiro ideal” e para o pet da pessoa. Isso porque as pessoas que possuem animais com raça muito específica ou raças muito caras dificilmente conseguem encontrar um outro animal da mesma raça, porte, pelagem, bem cuidado, vacinado, saudável e na mesma região geográfica”, explicou Débora. O ParPet funciona como um banco de dados, no qual os donos podem se comunicar e combinar a cruza, ou mesmo para amizade, ou troca de experiências dos seus animais. O cadastro é gratuito pelo site (parpet.co). Na hora do pagamento do encontro, o sistema também é inovador. “O dono do pet paga uma recompensa de valor livre. Entretanto, essa forma de monetização é temporária e estamos analisando uma outra maneira mais viável e fácil para todas as partes. Estamos também desenvolvendo melhorias para o site e um aplicativo que facilitará o acesso. Por fim, queríamos prestar uma homenagem ao Bruce, um buldogue francês, que foi nosso garoto-propaganda, nosso primeiro ‘cliente’ e que, infelizmente, acabou nos deixando recentemente. O Bruce era muito alegre e bonitão e deixou saudades, mas que ficará para sempre na memória da equipe do ParPet”, finalizou Débora. Revista Fecomércio DF 39 burocracia O longo caminho para empreender //Por Luciana Corrêa Foto: Raphael Carmona Ter uma empresa formalizada no Brasil ainda é um martírio para muitos empresários V ocê tem uma ideia fantástica, quer abrir seu próprio negócio, mas não sabe como começar? Os especialistas da área de comércio e serviços fornecem várias dicas, mas concordam que antes de seguir o passoa-passo burocrático para ter a sua empresa formalizada, é impreterível que seja feita, primeiramente, uma pesquisa de viabilidade. Isso engloba tanto uma análise da atividade, local físico, planejamento, cidade escolhida, quanto saber se o perfil do futuro empresário realmente se encaixa nas necessidades do mercado. “São muitos órgãos envolvidos e não queremos que o empresário tenha que passar mais por tudo isso. Queremos que ele consiga fazer tudo automaticamente” Gisela Ceschin presidente da Junta Comercial do DF 40 Revista Fecomércio DF O consultor de atendimento do Sebrae-DF, Gustavo Baião, explica que muitas vezes as pessoas acham que podem atuar como empresários, mas na maioria das vezes não aguentam o processo. “É importante que o futuro empreendedor entenda muito bem do negócio que pretende abrir, para não fechar as portas logo no começo. Aqui no Sebrae damos orientação e ele pode fazer uma capacitação gerencial para entender as estratégias para sustentação”, explica. Para o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, abrir uma empresa deveria ser extremamente simples, pois há empresas que não precisam de tanta complexidade para funcionamento. “Sei que neste instante está sendo feito um entendimento entre o GDF e a Secretaria de Micro e Pequena Empresa para implantar um projeto-piloto em Brasília, que visa agilizar abertura e fechamento de empresas e diminuir os entraves burocráticos, com previsão de ser implementado imediatamente”, explica. A presidente da Junta Comercial do DF, Gisela Ceschin, confirma essa implementação. Em relação à abertura, lembra que o órgão trabalha com o prazo de cinco dias úteis e o fechamento é feito na hora, por meio do sistema Registro e Licenciamento de Empresas (RLE), que dá a baixa no CNPJ, na Junta Comercial e na Receita Federal, desde outubro de 2014. O foco agora é colocar para funcionar o RLE Abertura, que será integrado aos órgãos necessários e facilitará todo o processo. “São muitos órgãos envolvidos e não queremos que o empresário tenha que passar mais por tudo isso. Queremos que ele consiga fazer tudo automaticamente”, comemora. Gisela garante que até o fim deste mês, o RLE Abertura estará em pleno funcionamento, “Pelo sistema iremos facilitar para 95% tipos de empresas abertas no DF. A ideia é que seja como o MEI, com todos os órgãos integrados, inclusive o licenciamento”, comemora. A implementação do RLE faz parte do projeto Bem Mais Simples Brasil, lançado em fevereiro de 2015, pelo governo federal. O DF serviu de teste para aplicação do projeto piloto de fechamento das empresas, e, segundo a presidente, até hoje já foram finalizadas 3 mil empresas. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista do DF (Sindvarejista-DF), Edson de Castro, conta que a primeira orientação que o empreendedor recebe quando procura o sindicato é que faça uma pesquisa e estude sobre empreendedorismo. “Qualquer pessoa pode procurar o sindicato para saber como está o mercado. Iremos analisar com ele se o preço de aluguel está dentro do normal, se o local é recomendado para a atividade, por exemplo. Damos as orientações financeira e R$ 60 mil por ano é o valor máximo do faturamento para o cadastro da empresa poder ser feito todo online administrativa”, explica. Edson deixa claro que quem não se preparar, fechará as portas. “Não existe sorte, existe profissionalismo. Abre-se e fecha-se empresa todos os dias. As que fecham são as que não se prepararam, pois o mercado está muito profissional”, destaca. FALTAM ESCLARECIMENTOS Diante dessa primeira análise, o empreendedor pode começar sua saga pelo Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e demais documentos para iniciar o funcionamento. Com um planejamento certo, é possível saber em qual modalidade a empresa será cadastrada: Microempreendedor Individual (MEI), empresário individual, microempresa ou empresas de pequeno, médio e grande porte. As regras para cada um são claras e é preciso muita atenção. O MEI, por exemplo, é totalmente automatizado e serve para quem vai abrir um negócio sozinho, pois não há a possibilidade de ter um sócio, mas pode ter um funcionário. É bom lembrar que deverá seguir a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), como qualquer outra empresa. Depois disso, é preciso projetar se o faturamento da empresa será de até R$ 60 mil anual. Sendo assim, o cadastro pode ser feito todo online, pelo portal do empreendedor e o CNPJ fica pronto de 5 a 10 minutos. Com registro pronto, o pagamento da taxa mensal, é permitido o funcionamento imediato do estabelecimento, pois o documento gerado no ato serve como prévia de alvará por 180 dias. Para prestar contas do seu rendimento, o empresário é obrigado a fazer apenas uma declaração anualmente, que também pode ser feita pela internet. Uma dica importante é que o MEI tem direito a atendimento gratuito em escritórios de serviços contábeis optantes pelo Simples Nacional ou pode procurar o próprio Sebrae para fazer a abertura. Quando a previsão do faturamento da empresa está acima de R$ 60 mil e dentro do limite de até R$ 360 mil anual, o cadastro passa a ser feito então pelo regime da microempresa ou empresário individual. É a partir daí que normalmente o empreendedor começa a ter mais dificuldades e a indicação é procurar um profissional. O vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do Conselho Regional de Contabilidade do DF, Adriano Marrocos, explica que a facilidade do MEI se dá por ser um processo tanto comercial quanto tributário e que já existe um sistema unificado. “Para qualquer outro tipo de empresa é preciso entender bem que essas duas vertentes são separadas”, pondera. Na opção comercial, por exemplo, a empresa será registrada em cartório ou na junta comercial. No cartório é para atividade simples, profissionais ou que por força de lei precisam desse tipo de registro. “Já em cartório, o processo é um pouco mais complexo, pois os órgãos de fiscalização não estão juntos e é preciso entendimento de onde ir, como elaborar os documentos, criar o processo, ir até a Receita Federal e a Secretaria de Fazenda. É um processo com fases bastante distintas”, explica. Seja uma atividade comercial, seja de serviço, assim que tiver contratado os serviços de um contador, esse abrirá o processo na Junta Comercial do DF. Após dar entrada na documentação, leva em torno de cinco dias para sair o registro da empresa. A parte burocrática será feita toda pelo profissional. Mas segundo Marrocos, o registro na Junta Comercial tem enfrentado uma série de problemas, como o longo prazo. Há épocas em que os processos estão circulando de forma rápida, mas isso pode levar de 20 a 30 dias, ou até mais. Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas, Gêneros Alimentícios, Frutas, Verduras, Flores e Plantas de Brasília (Sindigêneros-DF), Joaquim Pereira dos Santos, o processo está realmente lento. “Quando vamos abrir uma empresa, falam Revista Fecomércio DF 41 burocracia que são cinco dias. Na prática, não é isso, está sendo de pelo menos um mês. São muitos formulários parecidos que poderiam unificar”, reclama. Joaquim destaca ainda que perde-se muito tempo entre idas e vindas quando há erros nos documentos. “Não temos tido mui- to esclarecimento sobre o processo e se o empresário ou o contador não tiver experiência, não vai saber fazer”, finaliza. Passo-a-passo para abertura de empresa Preencher com CPF e data de nascimento Micro Empreendedor Individual (MEI) Até R$ 60 mil/ano, só um funcionário, sem participação de outra empresa como sócio ou titular Cadastro: portaldoempreendedor.gov.br Escritórios de serviços contábeis optantes pelo Simples Fornecer documentos para o contador fazer a inscrição gratuita e entregar a primeira Declaração Anual, com emissão dos carnês de pagamento Imprimir online o Certificado da Condição de MEI, com função de Alvará de Licença e Funcionamento Provisório, até 180 dias Inscrição na Receita Federal (CNPJ) Empresário Individual/ Microempresa Faturamento anual de R$ 60 mil até R$ 360 mil Necessário registro na Junta Comercial Escritórios de serviços contábeis optantes pelo Simples Nacional Fornecer documentos para o contador fazer a inscrição gratuita e entregar a primeira Declaração Anual, com emissão dos carnês de pagamento Faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões Necessário registro na Junta Comercial Escritórios de serviços contábeis optantes pelo Simples Nacional 42 Revista Fecomércio DF Fornecer documentos para o contador fazer a inscrição gratuita e entregar a primeira Declaração Anual, com emissão dos carnês de pagamento Manter o relatório arquivado para apresentação à fiscalização quando solicitado Inscrição na Secretaria de Fazenda do DF (inscrição estadual e ICMS) Cadastro na Administração da cidade (concessão do alvará de funcionamento e autorização de órgãos responsáveis, conforme a natureza da atividade) Inscrição no FGTS (Caixa) Inscrição nos conselhos de classe, quando for o caso Inscrição na Secretaria de Fazenda do DF (inscrição estadual e ICMS) Cadastro na Administração da cidade (concessão do alvará de funcionamento e autorização de órgãos responsáveis, conforme a natureza da atividade) Inscrição no FGTS (Caixa) Inscrição nos conselhos de classe, quando for o caso Inscrição na Receita Federal (CNPJ) Empresa de Pequeno Porte Imprimir as guias de pagamento Assinar o relatório e anexar os documentos fiscais, de compras de mercadorias ou de prestação de serviços PRODUTO GRÁFICO PRESENTE EM TODOS OS MOMENTOS DA SUA VIDA NO DINHEIRO QUE FAZ A COMPRA NO CARTÃO QUE DÁ O CRÉDITO NA EMBALAGEM QUE PROTEGE NO RÓTULO QUE IDENTIFICA NA REVISTA QUE ANUNCIA NO JORNAL QUE TRAZ A OFERTA NO PRESENTE QUE FAZ A ALEGRIA SINDICATO DAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS DO DF crise Facilitar o pagamento e trabalhar com margem pequena de lucro são algumas das táticas que os empresários têm usado para não perder vendas em tempos de crise //Por Andrea Ventura E Fotos: Joel Rodrigues m tempos de “vacas magras” para o comércio, os empresários buscam alternativas para não perder mais vendas. Uma das estratégias é o uso da negociação, que pode contemplar desde a divisão de parcelas, juros mais baixos e participação em eventos que estimulem os negócios. A consultora organizacional, Graça Melo, acredita que a negociação é sempre a forma correta de obter o que se deseja. Primeiro, segundo Graça, há uma oferta inicial e, em seguida, uma contraoferta. “As duas partes são componentes de uma negociação. Entre um e outro está a chamada ‘linha da morte’, que é o ponto abaixo do qual perdemos a negociação. O grande segredo é trabalhar com a oferta de abertura de modo a encobrir essa linha. O objetivo é forçar uma contraoferta acima de sua própria linha da morte”, explica Graça, que é pós-graduada em Negociação, Mediação e Arbitragem. “Nunca se deve abrir mão do ‘ganha-ganha’, isto é, desejar ganhar sem fazer o outro perder, mesmo que o outro seja um tremendo ‘tubarão’ que esteja jogando o ganha-perde. Percebendo isso, temos de conduzir a negociação de forma a deixá-lo ganhar também, além de lutar pelo próprio ganho”, ressalta. Segundo a especialista, planejando a linha de morte e jogando o ganha-ganha ambos os negociadores saem satisfeitos, não “Negociar é a arte de conquistar as pessoas de quem você deseja alguma coisa” Graça Melo Consultora organizacional importa se o País está em crise ou não. Para Graça, a negociação deve sempre estar presente nas empresas e é imprescindível nas relações de consumo. “Entretanto, os tempos de fartura viciam e as negociações são duras. Os tempos de crise obrigam os empresários a serem mais maleáveis. A maleabilidade é uma tendência. A negociação é uma imposição de mercado”, acredita. Para Graça, “negociar é a arte de conquistar as pessoas de quem você deseja alguma coisa”. Nesse caso, se o empresário vende algo, ele precisa conquistar o comprador. Se ele compra insumo, por exemplo, precisa conquistar o vendedor. ERA DA NEGOCIAÇÃO 44 Revista Fecomércio DF MARGEM PEQUENA 10% foi o aumento registrado nas vendas neste ano no Super Adega Supervisor de vendas do Super Adega, hipermercado com vendas no atacado e no varejo, Márcio Henrique dos Passos Lima conta que a loja trabalha com margem de lucro reduzida. “Sempre adotamos essa política e por isso temos um volume de clientes grande”, revela. Para ele, essa política, que existe desde que a loja foi inaugurada há oito anos, tem dado certo. “As vendas só crescem, nem podemos falar em crise, pois estamos vendendo bem. Adotamos práticas de vendas agressivas. Compramos em grande volume e por isso conseguimos bons descontos e repassamos ao consumidor”, garante. Com essas negociações, o retorno do cliente é garantido. “Registramos aumento nas vendas de cerca de 10% neste ano”, revela. O fato de a loja não possuir embalagem também torna os produtos mais baratos, já que o custo não é repassado ao consumidor. Outro atrativo no Super Adega é a forma de pagamento. “Dividimos o pagamento em duas vezes no cartão de crédito, uma estratégia de negociação que flexibiliza e não interfere na nossa margem de lucro”, explica Márcio. Com os fornecedores, o Super Adega segue também uma linha de negociação. “Compramos muitos produtos à vista e também pagamos antecipadamente. Por isso, conseguimos preços melhores, com cerca de 5% de desconto” aponta. As vendas no Super Adega representam 30% no atacado e 70% para o varejo. “Estamos sempre em busca de novas estratégias para impulsionar as vendas, sempre de olho na concorrência, buscando oferecer o melhor preço ao cliente, com oferta de novos produtos” destaca, o supervisor. Além de produtos alimentícios, a loja conta com uma Adega para vinhos e bebidas destiladas em geral. “Investimos bastante no consumidor final. Antes da loja no SIA, os clientes não tinham acesso a vinhos de boa qualidade, a um custo acessível. Agora encontram qualidade e preço atrativo. Praticamente todas as festas de Brasília têm bebidas oriundas da nossa loja”, explica. Revista Fecomércio DF 45 crise FACILIDADE NO PAGAMENTO O gerente comercial da Estação Fiat, Cláudio Roberto Motta, acredita que o grande diferencial na negociação é oferecer excelência em qualidade ao cliente. “A questão só do preço não adianta, porque o cliente hoje sabe mais do preço do que nós mesmos. Ele está muito exigente”, afirma. A empresa também inicia as negociações pela internet. “Temos o foco online porque muitos clientes hoje estão comprando o carro pela internet. Temos um sistema que é a intenção de compra online. O cliente entra no nosso site, vê o que precisa e nos envia uma proposta. A partir daí, em no máximo 20 minutos respondemos a esse cliente”, reforça. Para o gerente não dá mais para vender o carro de qualquer maneira. “Hoje não adianta vender um carro de qualquer jeito, tem que fazer um test-drive detalhando, mostrando o carro. Buscamos a excelência total. É o que fazemos hoje para nos manter no mercado”, relata. Uma das estratégias na negociação de vendas, segundo Cláudio, é a facilidade de pagamento. “Por conta 46 Revista Fecomércio DF “Buscamos a excelência total. É o que fazemos hoje para nos mantermos no mercado” Cláudio Motta Gerente comercial da restrição de crédito que vem ocorrendo, percebemos que possibilitar que o cliente divida a entrada, que deve ser 20% do valor do carro, em até seis vezes, foi uma saída”. Outra estratégia é a taxa de juros. “Temos taxa subsidiada, resultado de uma parceria com os bancos. Nossa taxa é de 0,99%. A empresa não tinha essa taxa zero antigamente. Foi criada por conta da crise mesmo, desde o mês de agosto”. De acordo com Cláudio, a concessionária teve que reduzir os custos, com a economia em recessão. “Tivemos que reduzir, dar um enxugada, porque aqui a despesa é grande. Tínhamos 25 vendedores e hoje são 15. Deixamos os que mais vendem e que têm melhor atendimento. Nosso faturamento não despencou – no começou deu uma abalada, mas hoje temos tido bons resultados”, explica. Para ajudar nas vendas, a concessionária oferece serviço de oficina. “Não trabalhamos apenas com a venda de veículos. Vendemos também peças, acessórios e isso contribuiu muito para a manutenção da empresa. Os veículos novos também têm dado bom resultado”, destaca. Entre na era digital. A Fecomércio ajuda você a emitir e renovar os certificados necessários para sua empresa trabalhar com segurança, autenticidade e conveniência no mundo da internet. e-CPF Digital a partir de R$ 130 Assinatura digital, acesso a Receita Federal e conectividade social para FGTSs. e-CNPJ Digital a partir de R$ 185 Realiza transações bancárias eletrônicas, assina documentos digitais com validade jurídica e acessa o Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte. NF-e a partir de R$ 270 Reduz custos, emite notas fiscais eletrônicas com validade jurídica, evita multas por descumprimento de obrigações fiscais e acessórias. Em até 3 vezes sem juros (61) 3038 7507 – 3038 7524 [email protected] www.fecomerciodf.com.br Revista Fecomércio DF 47 economia Indicadores do comércio //Por José Eustáquio Moreira de Carvalho E m julho, as incertezas continuam sendo o grande entrave das expectativas dos empresários. Ainda pairam muitas dúvidas quanto à extensão das medidas de contenção de gastos, aumentos de impostos e volume de investimentos, tanto na esfera local quanto na federal. A não concessão ou o parcelamento de aumentos salariais aos servidores públicos continuam ameaçando o volume de recursos a ser injetado na economia do DF. O poder de compra do consumidor de Brasília continua reduzido. Reflexos negativos estão presentes em todos os indicadores. O endividamento teve um leve crescimento, mas a inadimplência aumentou consideravelmente; houve queda continuada no semestre, e expressi- PEIC - Endividamento e Inadimplência das Famílias Distrito Federal Julho Junho Inadimplência Dívida Total 48 Revista Fecomércio DF Julho 2015 Maio 89,2 89,5 89,4 Cartão de Crédito Dívida impágavel va em julho, na intenção de consumo das famílias, especialmente pela restrição ao crédito. A confiança dos empresários apresentou uma sensível redução em relação às condições da economia e elevação de investimentos e expectativas do setor. O nível de endividamento das famílias em Brasília (82,7%), como vem ocorrendo há algum tempo, superou, em julho, o nível nacional (63,0%) em cerca de 20%. A taxa de inadimplência (dívidas não pagas há mais de 90 dias) atingiu 11,7%, apresentando uma alta de 2,2 pontos percentuais em relação a junho. Redução de 0,3 ponto percentual nas dívidas parceladas no cartão de crédito. Abaixo o quadro de desempenho dos principais índices da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC). 0,3 0,1 0,3 11,7 9,5 9,9 82,7 82,2 82,3 Fonte: CNC A tendência de queda no ICF se agravou. Em relação a junho, o indicador caiu 9,6 pontos. A queda se deu tanto nas famílias de renda maior que 10 salários mínimos (8,9 pontos), quanto nas de renda menor que 10 salários mínimos (4,2 pontos). ICF - Intenção de Consumo das Famílias Distrito Federal Julho Junho Julho 2015 Maio 103,8 112,7 113,9 Mais de 10 SM 85,8 90,0 95,2 Até 10 SM As taxas de juros nominais, praticadas no mês de julho, continuam em escalada de crescimento, sem horizonte para estancar. Na comparação de julho em relação a junho, não houve alterações significativas em relação aos juros cobrados da Pessoa Jurídica. No crédito à Pessoa Física continuam campeãs, tanto em valores nominais quanto em variação no mês, as taxas do Cheque Especial (217,28% em julho, contra 214,19% em junho) e do Cartão de Crédito (334,84% em julho, contra 312,75% em junho). Taxas de Juros Pessoa Jurídica Conta garantida 91,5 97,2 101,1 40,10% 32,61% SM: Salário Mínimo Fonte: CNC Junho 39,78% 32,30% O Índice de Confiança do Empresário do Comércio do DF em julho apresentou queda de 0,1 ponto no índice geral, em relação ao mês de junho. Destaca-se: alta de 2,0 pontos na confiança geral no setor e de 0,9 no volume de investimentos. Maio ICEC - Índice de Confiança do Empresário do Comércio DF Julho Indicadores investimento Junho 38,96% 31,99% Fonte: CNC 122,71% 122,21% Fonte: ANEFAC Taxas de Juros Pessoa Física Julho 2015 Julho Maio Empréstimo pessoal bancos 131,1 129,1 120,2 CDC automóveis Maio 143,55% 141,93% 140,85% Empréstimo pessoal financeiras 90,7 89,8 87,2 51,7 54,8 52,3 Junho 62,52% 61,96% 61,22% 28,63% 28,32% 28,02% 217,28% 214,19% 210,44% Cheque Especial 334,84% 312,75% 304,03% Cartão de Crédito Geral 123,71% Julho 2015 Indicadores das expectativas Indicadores das condições atuais Capital de giro Desconto de duplicatas Julho Geral Julho 2015 91,1 91,2 86,6 Juros do Comércio 84,78% 84,36% 83,94% Fonte: ANEFAC Revista Fecomércio DF 49 vitrine Taís Rocha Jornalista, editora-chefe da Revista Fecomércio [email protected] (61) 3038-7525 Setembro em Brasília, além de calor e baixa umidade, traz também os primeiros dias da primavera, a estação mais colorida do ano. Confira o que as vitrines terão neste mês. Sandália Ultragirl Sweet X, da Melissa R$ 130 Relógio da coleção Rock Fellas, da Chilli Beans R$ 298 Óculos de sol da Aventto Vestido estampado, Avanzzo R$ 229 R$ 154 Sapato boneca, da Fulanitas de Tal 50 Revista Fecomércio DF R$ 369,80 capacitação Cada vez mais qualificados //Por Por Luciana Corrêa Pesquisa do IF apontou que 74% dos estabelecimentos de beleza do DF exigem qualificação profissional específica O mercado de trabalho tem se mostrado cada vez mais exigente, e a pesquisa encomendada pelo Senac-DF, realizada pelo Instituto Fecomércio-DF, apontou que 74% dos estabelecimentos de beleza do DF exigem qualificação profissional específica. Além disso, os estabelecimentos abordados na pesquisa mostram que 78,9% dos empresários do DF adotam procedimentos de seleção de profissionais e 51% pedem experiência em empregos anteriores. O mapeamento foi realizado diante da necessidade de aprimorar a oferta de cursos de qualificação profissional, aperfeiçoamentos e técnicos da instituição. O presidente do Senac-DF, Adelmir Santana, explica que o objetivo da pesquisa é mapear o setor, entendê-lo e aprimorar a oferta de cursos de qualificação profissional, aperfeiçoamentos e técnicos da instituição. “Estamos diante de uma pesquisa inédita e detalhada da realidade do setor e que pode servir como um guia para empresários e funcionários. É uma visão real das necessidades desse mercado. Assim, podemos nos planejar para suprir essas carências”, explica. Adelmir destaca ainda a importância da capacitação com estágio obrigatório, como nos cursos ofertados pela instituição. “A maioria dos cursos da instituição são com estágio supervisionado obrigatório, para que o aluno vivencie na prática o que aprendeu nas salas de aula e laboratórios do Senac. No caso da área de beleza, temos muitos salões parceiros que muitas vezes contratam o aluno antes mesmo de terminar o estágio”, conta. Para a presidente do Sindicato dos Salões de Barbeiros, Cabeleireiros, Profissionais Autônomos na Área de Beleza e Institutos de Beleza para Homens e Senhoras do DF (SINCAAB/DF), Elaine Furtado, trabalhar com prestação de serviço exige do profissional mais do que a venda de um produto. “É um trabalho direto, não tem como devolver, como no caso de um produto. E no ramo da beleza, tratamos direto com a autoestima da pessoa. Agradar ou não tem um grande risco. Com isso, o empresário precisa exigir excelente capacitação e experiência dos funcionários”, alerta. Elaine conta ainda que já existem profissionais no mercado se destacando com dois ou três anos de formado. “Isso mostra que a formação em uma boa escola e a reciclagem constante fazem toda a diferença”. A PESQUISA O levantamento foi feito entre 30 de março e 28 de abril, nas regiões administrativas de Brasília, Taguatinga, Sobradinho, Gama e Ceilândia, regiões onde existem unidades do Senac. Foram localizados nas regiões 700 estabelecimentos, entre salões, empresas ofertantes de cursos e representantes de empresas de produto. Nas regiões apontadas, a maioria está no comércio de rua (79,9%), sendo os demais em residências, galerias e shoppings, entre outros. A pesquisa aponta que 96,6% contam com a presença do proprietário no estabelecimento e que 86% possuem até cinco funcionários. A concentração de Microempreendedores Individuais (MEI) está em Taguatinga e Ceilândia, com uma renda declarada entre R$ 1.577 e R$ 2.364. O rendimento médio, independentemente do porte do estabelecimento, foi estimado em R$ 3.651,12. De acordo com a pesquisa, no âmbito da educação profissional, no DF, as escolas de ensino técnico na área de beleza se dividem entre Taguatinga (36,7%), Brasília (33,3%), Ceilândia (30%) e as instituições de ensino superior: 66,7% em Brasília e 33,3% em Taguatinga. De todos os entrevistados, 90% afirmaram ter aprendido a profissão em cursos e treinamentos. Os profissionais atuantes possuem em sua maioria entre 21 e 40 anos (70%), e 76% dessa faixa etária, mulheres. Mais de 75% dos trabalhadores do setor de beleza possuem ensino médio incompleto, completo ou curso de educação profissional, e 80,2% dos profissionais autônomos estão em Ceilândia. Mais informações @senacdf /senacdistritofederal www.senacdf.com.br Revista Fecomércio DF 51 caso de sucesso Arte em frutas e legumes //Por Sílvia Melo Foto: Joel Rodrigues Jovem aprendeu a esculpir frutas e verduras em curso do Senac Ao aproveitar a oportunidade de fazer um curso profissionalizante gratuito, o jovem Abel Kleber dos Santos Faria, de 25 anos, descobriu o dom pelas esculturas em frutas e legumes. Morador de Brazlândia, formado em Gestão Empresarial, Abel estava desempregado quando a mãe viu que a escola-móvel do Senac estava em Brazlândia oferecendo vários cursos. Amante da gastronomia, decidiu pelo curso Técnicas em Decoração com Frutas e Legumes por nunca ter visto algo nessa área. O curso foi o primeiro passo para a busca de aperfeiçoamentos e especializações. Depois de um ano treinando, resolveu participar de um campeonato nacional em São Paulo, na categoria iniciante, onde foi campeão nacional e também agraciado com o troféu Talento 2014. “Fui para o campeonato pensando em trazer uma medalha de bronze para Brazlândia. Se não desse, pelo menos ia participar e adquirir experiência”, disse o jovem, que ficou surpreso com o resultado obtido. “Uma das provas era esculpir uma melancia na hora, no tempo máximo de 3 horas”, explica ele, que foi campeão com a escultura da melancia e com a ornamentação da mesa com outras frutas. “Tudo começou pelo Senac, 52 Revista Fecomércio DF que despertou em mim a curiosidade pela técnica, pois quando decidi pelo curso não sabia se iria gostar. Para mim é um trabalho e um hobby”, diz ele, que trabalha com as esculturas na empresa da mãe, que fornece pães caseiros, salgados e bombons para festas, bufês, entre outros eventos. “Meu sonho é ir para a Tailândia fazer mais cursos”, explica. SOBRE O CURSO O curso Técnicas em Decoração com Frutas e Legumes tem carga horária de 40h e será realizado de 19 a 30 de outubro, das 7h30 às 11h30, no Senac Gastronomia (SCS). Para participar é preciso ter idade mínima de 18 anos e a 6ª série do Ensino Fundamental. O participante criará arranjos para decorar utilizando frutas e legumes recortados com técnicas modernas e criativas. Mais informações @senacdf /senacdistritofederal www.senacdf.com.br EMPRES A IA UNICEF/BRZ/João Ripper UNICEF/BRZ/João Ripper UNICEF/BRZ/Manuela Cavadas © UNICEF/NYHQ2009-1911/Pirozzi UNICEF/BRZ/João Ripper UNICEF/BRZ/Manuela Cavadas NC À IN F Â secure.unicef.org.br/empresasolidaria 0800 605 2020 [email protected] Empresa Solidária à Infância é um programa que o UNICEF criou para mudar a realidade de milhares de crianças e jovens. Ao fazer uma doação, sua empresa colabora com o nosso trabalho e ajuda a levar oportunidades e direito à saúde, educação e proteção. É assim que, juntos, faremos a nossa parte por um mundo melhor. Acesse o site, saiba mais sobre o programa e participe. Revista Fecomércio DF 53 artigo direito no trabalho Principais pontos de proteção ao emprego 54 Revista Fecomércio DF trabalho temporariamente reduzida enquanto vigorar a adesão ao PPE e, após seu término, durante o prazo equivalente a 1/3 do período de adesão. A empresa deve estar inscrita no CNPJ há pelo menos dois anos; e deve estar em dia com suas obrigações fiscais, previdenciárias e do FGTS. A empresa que aderir ao PPE fica proibida de contratar empregados para executar as atividades dos empregados abrangidos pelo programa. As regras para adesão e funcionamento do Programa serão estabelecidas pelo Comitê do Programa de Proteção ao Emprego (CPPE), formado pelos ministros de Estado do Trabalho e Emprego, que o coordenará; do Planejamento, Orçamento e Gestão; da Fazenda; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; e pelo chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República. Será esse Comitê que determinará se a empresa encontra-se ou não em situação de dificuldade que possibilite sua adesão. Apesar de o PPE visar à manutenção dos empregos e a recuperação das empresas, os requisitos impostos não permitem o atendimento de grande parte de empregadores e empresas que estão em dificuldade econômica nesse momento, portanto, ao que parece o programa não atenderá a seu fim. Lirian Sousa Consultora jurídica da Fecomércio-DF e da Ope Legis Consultoria Empresarial A empresa que aderir ao PPE fica proibida de contratar empregados para executar as atividades dos empregados abrangidos pelo programa Joel Rodrigues No último 6 de julho o governo federal enviou para o Congresso Nacional a Medida Provisória 680, que cria o Programa de Proteção ao Emprego, que em sua exposição de motivos, assim diz: o PPE é um programa de redução temporária da jornada de trabalho. Nele, o trabalhador tem seu salário proporcionalmente reduzido pela empresa, mas compensado parcialmente pelo governo (EMI nº 00095/2015 MP MTE).Poderão aderir empresas em situação de dificuldade econômico-financeiro. O programa tem duração de 12 meses, e o prazo para adesão é até 31 de dezembro de 2015. A vantagem para as empresas é a redução de até 30% da jornada de trabalho dos empregados, com a redução proporcional do salário, que terá um valor mínimo, que é o salário-mínimo. A redução está condicionada à celebração de acordo coletivo específico com o sindicato de trabalhadores representativo da categoria da atividade econômica preponderante. Essa redução temporária da jornada de trabalho deverá abranger todos os empregados da empresa ou, no mínimo, os empregados de um setor específico. Quem tiver salário reduzido fará jus à compensação pecuniária equivalente a 50% do valor da redução salarial e limitada a 65% do valor máximo da parcela do seguro-desemprego, enquanto perdurar o período de redução temporária da jornada de trabalho. A obrigação da empresa durante a adesão ao programa é a vedação da dispensa arbitrária ou sem justa causa de seus empregados que tiverem sua jornada de empresário do mês Moda delicada //Por Liliam Rezende Foto: Joel Rodrigues Luísa Peleja lança marca de lingerie confortável sem perder a sofisticação L uísa Peleja tem 24 anos e é jornalista. Antes de se formar, fez estágio no Congresso Nacional, passou por assessorias de empresas privadas, até pegar uma editoria de moda em um jornal da cidade e se apaixonar pelo ramo. De lá pra cá se especializou em mídias sociais e usa essa ferramenta tão atual para divulgar sua recém-lançada marca de lingeries, a Lace It. Luísa, que divulga seu estilo de vida nas redes, já tem mais de 22 mil seguidores no Instagram. Referência de estilo na cidade, ela agora inova com um portal de moda íntima confortável, sofisticada e elegante (www.laceit.com.br). Para Luísa, um dos fatores que influenciaram na escolha do produto foi o fato de as mulheres estarem mais independentes e preocupadas com saúde, vida profissional e pessoal. “A Lace It é uma marca que imprime em lingeries a harmonia entre conforto e liberdade que toda mulher deseja. Todas as peças são desenvolvidas para mulheres com diferentes rotinas e necessidades”, destaca. A dificuldade de encontrar no mercado nacional lingeries dentro de suas expectativas foi o principal motivo que levou à criação da Lace It. “As peças que eu via eram básicas ou ousadas demais, a ponto de comprometer o conforto e a elegância, além de terem um preço proibitivo”, afirma. Segundo a empresária, a concepção da Lace It teve foco no investimento em matéria-prima de boa qualidade, com diferentes rendas, cores e recortes que valorizam o corpo feminino. O preço acessível também foi uma prioridade para a marca. “O processo de criação foi feito com muito cuidado, sempre pensando em oferecer um produto com bom custo-benefício e diferenciado do que se encontra no mercado”. Variando entre R$ 30 e 75, as calcinhas e sutiãs já estão disponíveis em várias cores e modelos no site. PESQUISA E INVESTIMENTO Com a sócia, Isadora Tupinambá, formada em Desenho Industrial e especialista em estamparia, investiu R$ 20 mil na marca. Entre a idealização e o lançamento do site foram necessários nove meses. O valor investido ainda deve ser ampliado para acompanhar as tendências e inovações do segmento, além de obter a confiança e a satisfação dos clientes, com o aprimoramento constante do produto. A opção por comercializar lingerie pela internet, sem ter uma loja física, foi pensada para que a Lace It seja conhecida nacionalmente. “O e-commerce é uma tendência, e depois do lançamento tivemos um ótimo resultado de vendas, acima do esperado para o primeiro mês. O bom da internet também é que qualquer pessoa, do Norte ao Sul do Brasil, pode ter acesso aos nossos produtos.” Para se destacar no mercado, a jovem empresária conta que pesquisou muito sobre o produto, o público-alvo e concorrentes, além de ter uma reserva financeira para trabalhar com tranquilidade. Outro fator essencial, na opinião dela, é a dedicação: “Para dar mais atenção ao empreendimento, me dediquei bastante ao projeto e às pesquisas de mercado, para oferecer uma peça diferenciada, pensei em toda divulgação e marketing para a empresa em longo prazo”. A Lace It promete ir longe. “A ideia é expandir o negócio, o estoque e ter pontos de venda”. Revista Fecomércio DF 55 tecnologia Renato Carvalho Gerente de Mídias Sociais & Conteúdo da ClickLab www.clicklab.com.br [email protected] Jens Schriver www.facebook.com/agencia.clicklab Diretor-Executivo da ClickLab O Twitter continua na briga Depois de sua explosão mundial no final da década passada, o Twitter virou uma febre entre os brasileiros que, como de costume, invadiram a rede social e fizeram do Português a segunda língua mais usada na rede. Contudo, com a popularização crescente do Facebook e o surgimento de novidades, como o Instagram, o Twitter foi ficando cada vez mais em segundo plano, hoje somente a 5ª rede social de mais sucesso no País. Esse cenário, no entanto, parece que está prestes a mudar. No final de 2014, o Twitter registrou um crescimento no número de usuários brasileiros de 25,6%, o maior desde 2010, e hoje a rede conta com 161 dos 200 maiores anunciantes do Brasil. Houve também um aumento de mais de 300% em relação ao número de parcerias com canais de televisão nacionais. Seus escritórios, em São Paulo e no Rio de Janeiro, já contam com mais de 60 funcionários, e a previsão é que esse número cresça ainda mais até o final de 2015. Além dos números impressionantes, o Twitter também tem trazido muitas novidades para seus usuários. A mais interessante para empresas foi a abertura de uma plataforma de anúncios que, assim como o Facebook Ads, permite ao gestor da conta divulgar seu perfil e suas postagens, possibilitando um crescimento de sua base de seguidores e um maior envolvimento dos seguidores com seus tweets. A plataforma de anúncios também permite uma grande segmentação dos usuários, o que garante que cada um dos perfis possam buscar leitores que mais se identificam com seu conteúdo. Outra novidade ficou por conta do aplicativo Periscope, lançado em março deste ano, que permite ao usuário fazer a transmissão ao vivo (streaming) de vídeos. Para empresas ou particulares que já trabalham com esse formato de conteúdo, o Periscope traz uma nova dimensão a ser explorada além de novas possibilidades de interação com os usuários. Para quem ameaçava seguir os mesmos passos do Orkut, o Twitter parece estar realmente conseguindo se reinventar neste último ano. Se sua empresa está em um momento de repensar a estratégia digital, recomendamos que comecem (ou voltem) a prestar atenção aos 140 caracteres. Estamos ansiosos para saber quais são as novidades que eles estão preparando para nós. Empreendedorismo cresce no Brasil Apesar do cenário de crise pelo qual o País está passando, o último relatório da Fundacity sobre o Brasil, referente ao primeiro semestre de 2015, mostra que o empreendedorismo nacional cresceu significantemente na última década, ainda mais em comparação com países europeus ou com os Estados Unidos. Outro dado interessante é que a maior parte do investimento nas startups nacionais é feita com capital privado, seja por incubadoras, investidores anjo ou capitais de risco. Apenas 17,9% do total de investimentos vieram do setor público. Como comparação, esse número chega a 55% na Europa. Atualmente, os mercados com maior potencial de atração de investimento são aqueles ligados a educação, saúde e negócios online. 56 Revista Fecomércio DF 25,6% é o crescimento de usuários do Twitter no Brasil em 2014 Galaxy com produção nacional Os novos modelos top de linha da Samsung já estão sendo produzidos no Brasil. O Galaxy S6 Edge Plus e o Note 5, anunciados em agosto em um evento em Nova Iorque, serão produzidos nas unidades da empresa em Campinas (SP) e Manaus (AM). A expectativa da Samsung é que a produção nacional desses aparelhos permita a inclusão de novos aplicativos, não disponíveis em outros países, bem como reduza o valor do aparelho em torno de 40%. Lembrando que o modelo S6 Edge custa atualmente a partir de R$ 3.299. A data de lançamento desses modelos no Brasil ainda não foi definida, mas especula-se que ocorra na primeira semana de setembro. Preciso de mais força, Sr. Scott! Não é de hoje que mencionamos o quão chato é ficar sem bateria no meio do dia. Para contornar esse problema, sugerimos a adoção do Battery Doctor, um aplicativo que permite ao usuário monitorar o gasto de bateria do celular, ver quais são as funções do aparelho que mais gastam energia, além de programar perfis de funcionamento que irão ativar ou desativar funções do telefone em determinados horários do dia. Versões para iOS e Android Valor: gratuito Valor: ainda não divulgado R$ 170 milhões é o valor investido em startups brasileiras no primeiro semestre de 2015 Para a falta de memória Hoje em dia, todos nós temos que lembrar uma verdadeira enxurrada de senhas. Para facilitar nossa vida, e melhorar nossa segurança virtual, aplicativos como o LastPass, Keeper, Dashlane entre vários outros permitem que você gerencie suas senhas e conecte em suas redes com mais tranquilidade e segurança. Deixe sua memória para o que realmente importa. Valores: variam de aplicativo para aplicativo. Revista Fecomércio DF 57 literatura Senac-DF participa da Bienal do Livro //Por Sílvia Melo Público poderá conferir o lançamento das quatro obras pela editora da instituição A Editora Senac-DF participa da 17ª edição da Bienal Internacional do Livro Rio, realizada de 3 a 13 de setembro, por meio do estande do Senac Editoras - selo que reúne as publicações do Senac São Paulo, Rio, Departamento Nacional, Ceará e Distrito Federal. Durante onze dias, os visitantes poderão circular por centenas de estandes distribuídos em uma área de 55 mil metros quadrados no Riocentro, ocupando três pavilhões do centro de convenções, na Barra da Tijuca. Neste ano, o evento comemora 31 anos e homenageia a Argentina. Além de comercializar os títulos já publicados, a Editora do Distrito Federal promoverá o lançamento das obras Alegria na Cozinha – Lanches divertidos, de Evelyne Ofugi; Faturamento Hospitalar – Produtos e serviços, de Pedro Luiz da Silva; Haja Luz - Manual de iluminação cênica, de Marcelo Augusto Santana; e Brasil Sabor Brasília, Segredos dos Chefs, edição de comemoração de 10 anos do Festival Gastronômico Brasil Sabor Brasília. De acordo com Adelmir Santana, presidente do Conselho Regional do Senac, essa é mais uma oportunidade para a Editora Senac-DF mostrar a qualidade de seus livros. Desde sua inauguração, em 2004, foram editados 99 títulos, alguns premiados tanto nacionalmente quanto internacionalmente. “Somente em 2014, a editora lançou oito títulos inéditos e teve 25 obras reeditadas”, destaca o presidente. A editora publica títulos de turismo e hospitalidade, tecnologia da informação, imagem pessoal, saúde, artes, design, comércio, gestão, comunicação, meio ambiente, tecnologia educacional, idiomas, literatura, história e economia, entre outros temas. Alegria na Cozinha - Lanches divertidos De Evelyne Ofugi (116 páginas, R$ 49,90) O que fazer para uma criança comer bem? Essa é uma das inúmeras preocupações que acometem as mães de forma sistemática. Pensando nisso, Evelyne Ofuji apresenta o passo-a-passo de receitas criativas de lanches originais, com formas inusitadas, sempre com o objetivo de incentivar nas crianças o gosto pela alimentação saudável. Haja Luz - Manual de iluminação cênica De Marcelo Santana (184 páginas, R$ 59,90) Livro de leitura fácil e imprescindível para o mercado da iluminação cênica. O autor percorre o caminho da história da iluminação de palco, passando por apontamentos mais científicos e revelando os aspectos técnicos, sem deixar de lado questões estéticas e conceituais. Com estrutura semelhante a das melhores publicações. Faturamento Hospitalar Produtos e serviços De Pedro Luiz da Silva (236 páginas, R$ 79,90) Obra inédita sobre o assunto esclarece as ações, métodos e processos administrativos e financeiros relativos a cobranças, pagamentos de cirurgias, com auxílio de tabelas, gráficos e simuladores de cálculos auxiliam o desempenho dos profissionais da área. Mais informações 58 Revista Fecomércio DF @senacdf /senacdistritofederal Brasil Sabor Brasília, Segredos dos Chefs Autor: Abrasel (148 páginas, R$ 49) Brasília, com sua infinita diversidade, hoje é o terceiro polo gastronômico do País. A Fecomércio-DF, por meio da Editora Senac-DF, apoia e incentiva as iniciativas da Abrasel/ DF. Esse livro reúne cerca de 67 receitas inéditas, oferecidas pelos chefs e restaurantes que participam da primeira edição do Festival Gastronômico de Brasília. www.senacdf.com.br IF Estágio Vagas disponíveis para estudantes com mais de 16 anos que estejam cursando o ensino médio, curso técnico, ensino de jovens e adultos ou ensino superior. Oportunidades em todo DF. Programa Jovem Aprendiz Cursos abertos para auxiliar de serviço de postos de combustíveis (18 a 24 anos) e auxiliar de serviço administrativo e comercial (14 a 24 anos). Para participar, o estudante deve estar no ensino fundamental ou médio, ou já ter concluído o ensino médio. A nossa maior conquista é a conquista dos nossos alunos. Em 18 anos, o Instituto Fecomércio realizou diversos programas de estágio e de jovens aprendizes. Só em 2015, 47 empresas firmaram parcerias com a Instituição. Veja quem já é nosso parceiro: Fundação Cultural Palmares | Clinica de Imagem Village | Livraria Leitura | Conselho Federal de Medicina | Hospital Anchieta Conselho Federal de Administração | Emater. Revista Fecomércio DF 59 sindicatos //Por Daniel Alcântara Foto: Raphael Carmona Garantia de qualidade Selo de Certificação criado pelo Sindicondomínio trará vários benefícios para os trabalhadores e moradores dos 11,6 mil condomínios no DF C om o objetivo de evitar transtornos nos condomínios do Distrito Federal, o Sindicato dos Condomínios Residenciais e Comerciais do DF (Sindicondomínio-DF), filiado à Fecomércio-DF, a Associação das Empresas Prestadoras de Serviços para Condomínios e Mercado Privado do DF e Entorno (Asprecon) e o Sindicato dos Trabalhadores em Imobiliárias e Condomínios do DF (Seicon-DF) lançaram o Selo de Certificação de Qualidade. Voltado para todas as empresas de prestação de serviço e de terceirização de mão de obra que atuam nos condomínios da região, a intenção 60 Revista Fecomércio DF do selo é certificar se a empresa contratada para prestar serviços é um empreendimento idôneo, com plena capacidade de desenvolver as obras com qualidade, sem causar preocupações e transtornos a quem contratou. De acordo com o presidente do Sindicondomínio, Geraldo Dias Pimentel, a criação do selo foi necessária por conta das dificuldades na terceirização de mão de obra dos condomínios residenciais e comerciais do DF. As empresas que prestavam esse tipo de serviço não tinham vinculação com nenhuma entidade representativa. Nesse aspecto, os empreendimentos ditavam livremente as regras de comportamento e formação de preços, causando prejuízos ao setor. “Algumas empresas desapareciam do mercado, não honravam com os seus compromissos e com as verbas rescisórias. Isso sem contar com os salários dos trabalhadores que não eram pagos”, afirma Pimentel. Visando sanar esse problema, a diretoria do sindicato teve a ideia de certificar as empresas, fazendo com que, ao receberem o Selo de Certificação de Qualidade, se diferenciem no mercado. Pimentel explica ainda que a intenção do selo é garantir que a empresa contratada preste serviços aos condomínios com qualidade. Para manter a qualidade do selo, Pimentel ressalta que as empresas passarão por uma análise rigorosa antes de receberem a certificação. SEGURANÇA JURÍDICA Além disso, o selo funcionará como uma forma de proteger os condomínios de possíveis ações judiciais oriundas do não-cumprimento da legislação tributária e trabalhista vigente. Na opinião do presidente, é uma novidade muito positiva para o setor e trará inúmeros benefícios para os trabalhadores e moradores dos 11,6 mil condomínios existentes no DF. “O selo não é obrigatório. Porém, é uma conquista e vai se tornar objeto de desejo. Entre os “O governo não reconhece ou não sabe que os condomínios injetam na economia brasiliense mensalmente R$ 7,8 milhões. Em 12 meses, esse valor salta para R$ 93,6 milhões” Geraldo Pimentel presidente do Sindicondomínio benefícios que ele traz estão a segurança jurídica, a tranquilidade na contratação das empresas que fornecem mão de obra, a prática de preços justos, a concorrência leal e a qualidade na prestação do serviço”, enumerou. “O Selo de Certificação de Qualidade será entregue às empresas que são socialmente responsáveis e que cumprem legalmente com todas as exigências trabalhistas e fiscais. O empreendimento também precisará ter um projeto de responsabilidade ambiental e social. A ideia é que inclua as pessoas que estão envolvidas no dia a dia em seu relacionamento na prestação de serviços”, explica o presidente do Sindicondomínio, Geraldo Pimentel. “A partir disso, é realizado um trabalho de visitação técnica para confirmar por meio de um relatório se o empreendimento verdadeiramente preenche os requisitos impostos”, explica Pimentel. O Sindicondomínio está recebendo os primeiros processos para a entrega do selo. De acordo com a entidade, são esperadas que, em um primeiro momento, entre setembro e dezembro deste ano, 60 empresas se certifiquem. Os interessados que necessitarem de outros esclarecimentos podem acessar o site do sindicato: www. sindicondominio.com.br ou ligar no número 3325-9552. FALTA DE DIÁLOGO Apesar de ser um segmento atuante e pujante economicamen- te, o Sindicondomínio reclama da falta de diálogo com o governo local. Segundo Pimentel, a relação com o GDF está estagnada. “O governo não reconhece ou não sabe que os condomínios injetam na economia brasiliense mensalmente R$ 7,8 milhões. Em 12 meses, esse valor salta para R$ 93,6 milhões”, ressalta. “Nos últimos três anos, o setor teve um crescimento de 42,6%. Ou seja, é um setor forte que precisa ser olhado com carinho pelas autoridades. Estamos prontos para juntos discutir, inclusive, a política habitacional do governo e da própria população, mas infelizmente não temos tido por parte do governo abertura para tratarmos do assunto”, lamentou. EM PROL DA CATEGORIA O Sindicato dos Condomínios foi criado em 1995, inicialmente para representar os síndicos de condomínios residenciais das Asas Sul e Norte. Atualmente, a entidade representa 11,6 mil edifícios residenciais, 968 comerciais, 32 shoppings, 132 centros clínicos e 1,480 condomínios horizontais, dos quais uma quantidade mínima está regularizada. Números expressivos mostram o reflexo de uma unidade da Federação que já conta com mais de 2,5 milhões de habitantes, dos quais cerca de 80% vivem em condomínios. “Hoje, a entidade tem uma representação de mais de 1,96 milhão de pessoas”, diz o presidente do sindicato. Revista Fecomércio DF 61 pesquisa conjuntural Queda nas vendas //Por Fabíola Souza Na comparação com junho, as vendas no mês de julho caíram 2,25% Desempenho de vendas Fev x Jan Autopeças e Acessórios -22,68% 4,91% Bares, Restaurantes e Lanchonetes -6,85% Calçados 5,76% Maix Abr Jun x Mai Julx Jun 5,44% 0,42% 4,51% -2,28% 4,22% -2,67% -7,64% 1,53% -1,92% 5,17% -1,31% -3,94% -2,78% -5,89% Farmácia e Perfumaria -6,55% 5,69% 0,20% 0,50% 0,50% -3,50% Floricultura -7,06% 12,57% -5,70% 1,48% -2,16% -15,77% Informática -10,28% 7,41% -4,89% -0,57% 0,62% -2,05% Livraria e Papelaria 15,73% -6,37% -29,72% -0,79% -0,20% -0,60% Lojas de Utilidades Domésticas -10,46% 9,73% -7,72% -3,26% 4,12% 9,46% Material de Construção -1,77% -3,11% -5,63% -2,68% -5,95% -2,84% Mercado e Mercearia -2,98% 12,58% -11,30% -1,10% -2,07% -3,66% Móveis e Decoração -15,33% 2,80% -1,22% 16,88% -7,14% 2,42% Óticas -2,08% 1,56% 9,46% 7,47% -2,65% 2,81% Tecidos -13,66% -1,30% -5,13% 5,71% 3,54% -19,90% Vestuário -10,40% 9,32% -8,61% 2,32% 4,14% -0,73% Total -6,34% 5,44% -5,18% -0,20% -0,16% -2,25% Academia -17,96% 5,79% 0,84% 0,84% -11,39% 2,91% Agências de Viagem -9,87% -2,01% -3,88% -3,88% -6,92% 26,06% Aluguel de Artigos para Festa 5,62% 14,76% -21,88% -21,88% 1,29% -2,40% Autoescola 17,05% 17,80% 14,98% 14,98% 17,14% -0,28% Casa de Eventos 14,97% 4,51% -6,72% -6,72% -8,22% -14,61% Clínica de Estética -13,18% -14,93% 7,40% 7,40% 1,68% 2,58% Ensino de Idiomas 1,71% 9,89% -5,95% -5,95% 0,22% 6,56% Pet Shop -11,76% 2,52% 0,18% 0,18% 0,01% -4,92% Reparação de Eletroeletrônicos -5,09% 6,64% -13,20% -13,20% 3,79% -16,78% Salão de Beleza -15,04% 5,90% -0,60% -0,60% 2,34% 0,71% Total -7,03% 5,48% -4,83% -4,83% -1,66% 5,82% Total -6,49% 5,45% -5,11% -5,11% -0,45% -0,40% Comércio 62 Revista Fecomércio DF Marx Fev Abril x Mar Serviço Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. A s vendas do comércio brasiliense registraram queda de -2,25% em julho na comparação com junho. Já as vendas do setor de serviços tiveram alta de 5,82%. No acumulado dos últimos 12 meses (julho de 2014 – julho de 2015), comércio e serviços apresentam um saldo negativo de -10,94%. É o que mostra a Pesquisa Conjuntural de Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal, realizada pelo Instituto Fecomércio, com apoio do Sebrae. O presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, explica que nos meses de abril, maio, junho e julho os indicadores do comércio foram todos negativos. Dessa forma, fica evidenciada uma desaceleração no ritmo de compras pelo consumidor. Outro ponto analisado por ele é em relação à inflação, que tem sido crescente e força o brasiliense a substituir alguns bens e serviços. “A crise continua refletindo nas escolhas do consumidor, que diante dos custos permanece cauteloso no processo de compras”, afirma Adelmir Santana. 5,82% foi a alta nas vendas do setor de serviços Os únicos segmentos do comércio que registraram crescimento nas vendas em julho foram: Lojas de Utilidades Domésticas (9,46%); Óticas (2,81%); e Móveis e Decoração (2,42%). Os segmentos que apresentaram queda foram: Tecidos (-19,90%); Floricultura (-15,77%); Calçados (-5,89%); Mercado e Mercearia (-3,66%); Farmácia e Perfumaria (-3,50%); Material de Construção (-2,84%); Autopeças e Acessórios (-2,28%); Informática (-2,05%); Bares, Restaurantes e Lanchonetes (-1,92%); Vestuário (-0,73%) e Livraria e Papelaria (-0,60%). No setor de serviços, o destaque em vendas em julho ficou para o segmento de Agência de Viagem (26,06%); seguido de Ensino de Idiomas Formas de pagamento // Julho Serviçco 100% Comércio 100% 46,72% 28,36% 45,76% 21,07% 20,47% 15,41% 0,31% 0% À vista Cheque Cartão de Crédito Débito 32,85% 1,29% A prazo Boleto 0% À vista Cheque 11,37% 4,69% 1,69% Cartão de Crédito Débito A prazo Boleto Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. Revista Fecomércio DF 63 pesquisa conjuntural (6,56%); Academia (2,91%); Clínica de Estética (2,58%); e Salão de Beleza (0,71%). Os segmentos de serviços que apresentaram queda nas vendas foram: Reparação de Eletroeletrônicos (-16,78%); Casa de Eventos (-14,61%); Petshop (-4,92%); Aluguel de Artigos para Festa (-2,40%) e Autoescola (-0,28%). Entre as formas de pagamento, Nível de emprego Fev x Jan MarxFev AbrilxMar Mai1xAbr JunxMai JulxJun Autopeças e Acessórios 13,33% -2,94% 3,01% -7,60% 0,63% -2,52% Bares, Restaurantes e Lanchonetes -4,37% 3,99% 1,69% -4,94% 0,52% -3,78% Calçados 8,65% -3,42% 2,65% -0,86% -6,96% 0,00% Farmácia e Perfumaria -0,37% 5,99% -1,77% -0,72% 1,09% 5,38% Floricultura 12,50% -3,70% 0,00% 7,69% -10,71% -8,00% Informática -9,30% 0,00% 7,69% -10,71% 0,00% 5,41% Livraria e Papelaria 1,90% -8,18% -5,50% -24,27% 20,27% -2,02% Lojas de Utilidades Domésticas 1,69% 0,00% -10,17% 11,54% -6,56% -3,51% Material de Construção -5,46% -8,67% 9,49% -12,72% 5,96% 3,75% Mercado e Mercearia -0,45% -0,45% 0,00% 2,02% 1,10% -2,21% Móveis e Decoração -1,54% 1,52% 0,00% 1,41% 0,00% -6,94% Óticas 0,00% 0,00% 10,00% -6,06% 0,00% 9,68% Tecidos 8,70% 32,00% -27,27% 4,17% 0,00% 4,00% Vestuário 3,50% -1,13% -1,10% 2,97% -1,08% -3,97% Total -0,68% 0,86% 0,70% -3,41% 0,72% -1,57% Academia -7,45% 5,36% -2,91% 4,49% -14,45% -0,81% Agências de Viagem 17,78% -7,55% -1,96% 0,00% 2,04% -2,99% Aluguel de Artigos para Festa -3,55% -3,05% -5,43% 5,74% -3,10% -16,80% Autoescola 9,43% -7,14% 12,82% -4,55% -9,52% -15,79% Casa de Eventos -4,44% 2,33% 0,00% 0,00% 0,00% 4,55% Clínica de Estética -16,05% 12,31% 1,37% -6,67% 2,70% 1,35% Ensino de Idiomas 3,03% 2,21% 7,91% 1,33% -27,63% 19,61% Pet Shop 1,74% 0,85% -1,69% 5,17% -4,10% -1,71% Reparação de Eletroeletrônicos 0,00% 2,83% -0,92% 0,93% -0,92% -5,56% Salão de Beleza 2,13% -1,05% 1,06% 1,05% -11,11% 15,91% Total -1,87% 1,57% -0,09% 2,06% -9,39% -0,20% -1,02% 1,06% 0,49% -1,93% -2,11% -1,21% Total Comércio 64 Revista Fecomércio DF o cartão de crédito foi o mais utilizado. No comércio, a modalidade respondeu por 46,72% das vendas. No setor de serviços, foi responsável por 41,94%. A Pesquisa Conjuntural é realizada mensalmente pelo Instituto Fecomércio com o apoio do Sebrae. Foram consultadas 900 empresas, das quais 596 do comércio e 304 de serviços. Serviço Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. Desempenho de vendas Fev x Jan Marx Fev AbrilxMar MaixAbr JunxMai JulxJun Brasília (Asa Sul e Asa Norte) -7,59% 10,47% -7,23% 0,42% -1,97% -0,38% Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante 4,05% 4,69% 0,97% -7,64% 3,85% -6,49% Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas Claras -4,33% -0,97% -5,79% -3,94% 4,52% -3,79% Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste -4,25% 1,68% -5,40% 0,50% 3,57% 0,40% Gama, Recanto das Emas e Samambaia -4,77% 1,36% 0,56% 1,48% -1,86% -1,38% Paranoá, Sobradinho e São Sebastião -12,40% 7,61% -4,92% -0,57% -3,33% -8,02% Total -6,34% 5,44% -5,18% -0,79% -0,16% -2,25% Brasília (Asa Sul e Asa Norte) -3,04% 7,12% -1,38% -3,26% -2,16% 15,51% Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante -17,27% -7,93% 7,52% -2,68% -4,94% -3,90% Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas Claras -9,12% 3,36% -3,71% -1,10% 0,50% -8,69% Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste -0,80% 4,27% -16,66% 16,88% 1,47% -3,17% Gama, Recanto das Emas e Samambaia -4,15% -8,40% 5,14% 7,47% -1,18% -1,10% Paranoá, Sobradinho e São Sebastião -16,84% 15,78% -9,10% 5,71% -7,22% 8,66% Total -7,03% 5,48% -4,83% 2,32% -1,66% 5,82% Total -6,49% 5,45% -5,11% -0,20% -0,45% -0,40% Comércio Serviço Nível de Emprego Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. Fev x Jan Marx Fev Abrilx Mar Mai1x Abr Junx Mai Jul x Jun Brasília (Asa Sul e Asa Norte) -2,35% 10,47% 0,00% -2,83% -0,17% -1,03% Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante 13,18% 4,69% 5,88% -6,58% 5,19% 4,23% Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas Claras 0,83% -0,97% 2,32% -9,12% 3,00% 1,89% Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste -4,64% 1,68% -3,02% -0,75% 1,14% -3,01% Gama, Recanto das Emas e Samambaia 4,24% 1,36% -2,62% 1,01% -3,67% 2,41% Paranoá, Sobradinho e São Sebastião -3,86% 7,61% 4,18% 0,29% 1,72% -13,83% -0,68% 5,44% 0,70% -3,41% 0,72% Brasília (Asa Sul e Asa Norte) 8,44% 7,12% 1,46% 1,08% -2,08% -5,05% Candangolândia, Guará e Núcleo Bandeirante -5,77% -7,93% -3,70% -1,89% 0,00% -3,92% Ceilândia, Taguatinga, Vicente Pires e Águas Claras -5,11% 3,36% -0,91% 9,51% -7,28% -1,81% Cruzeiro, Setor de Indústrias e Sudoeste -4,58% 4,27% -1,67% 0,85% -18,49% 12,37% Total -1,57% Gama, Recanto das Emas e Samambaia 1,52% -8,40% -5,80% -3,08% 3,17% 18,46% Paranoá, Sobradinho e São Sebastião -9,86% 15,78% 2,67% -4,35% -24,75% -1,76% Total Total Comércio Serviço -1,87% 5,48% -0,09% 2,06% -9,39% -0,20% -1,02% 5,45% 0,49% -1,93% -2,11% -1,21% Fonte: Pesquisa Conjuntural de Comércio e Serviços. Revista Fecomércio DF 65 pesquisa relâmpago Reginaldo Pires, comerciante e beneficiário do Pró-DF Cliente tem direito à água filtrada nos restaurantes do DF BOM A água é um bem de todos. O cliente tem esse direito. 25 anos do Código de Defesa do Consumidor BOM Aos poucos o Código do Consumidor vem oferecendo o suporte necessário. Mudanças à vista no Pró-DF BOM Esse apoio a curto prazo ajuda e muito o empresário. Tarifa de energia elétrica sobe novamente RUIM O frequente aumento na tarifa é excessivo. O comerciante só tem a perder. 66Untitled-4 Revista Fecomércio DF 1 Rafael Benevides, empresário e proprietário do restaurante Dona Lenha BOM Trata-se de um gesto sustentável. Nosso restaurante aderiu a essa iniciativa. BOM É um órgão que define bem as regras de como proceder em algumas situações. RUIM BOM Diminui a burocracia e evita que o empresário dependa tanto do governo. RUIM Temos um péssimo serviço e um alto custo. Isomar Vasconcelos, aposentado BOM Colabora com o direito que é do consumidor. REGULAR Os serviços ainda deixam a desejar. BOM Facilita até o relacionamento do governo com o empresário. RUIM Mais uma vez sobra para o bolso das pessoas . Rodrigo Pinheiro, advogado especialista em Direito do Consumidor BOM Bela iniciativa, a capital federal é umas das cidades que mais sofrem com a seca. BOM Vários consumidores já foram protegidos em virtude do CDC. BOM Beneficia o trabalho do empresário. RUIM A tarifa de energia é uma lástima, o contribuinte não aguenta com tamanho reajuste. Lisete Caetano, gerente do Comper BOM O acesso à água é um direito de todos. E agora com essa lei poderemos exigir o nosso direito. BOM Ele estabelece normas que auxiliam tanto o consumidor quanto empresário, sua utilização beneficia a todos. RUIM Esse projeto beneficia a poucos, pois a lista de espera é grande, sem contar que alguns terrenos não estão bons. RUIM Hoje o gasto com energia é enorme, o que nos faz buscar alternativas para reduzir os gastos. 18/11/10 11:29 CARTÕES FECOMÉRCIO AS MELHORES SOLUÇÕES EM BENEFÍCIOS PARA AS EMPRESAS DO SISTEMA Mais de 60 mil estabelecimentos credenciados TOP 5 Of Mind de RH por 9 anos Fale com a gente: Agência Cass FECOMÉRCIO DF. Presente em todas as regiões do país (61) 3327-0897 www.planvale.com.br Revista Fecomércio DF 67 RESERVE SUA AGENDA OPORTUNIDADE. É ISSO QUE SUA EMPRESA ENCONTRA QUANDO VENDE PARA O GOVERNO. DISTRITO FEDERAL O Sebrae no DF convida você para o Fomenta. Um evento que vai capacitar ainda mais sua empresa para vender para o setor público. São palestras, seminários, oficinas, cursos e rodada de negócios sobre tudo o que você precisa saber sobre compras governamentais. 23 e 24 de setembro de 2015 no Quality Hotel Resort SMAS - Setor de Múltiplas Atividades Sul Trecho 3, S/N - Ao lado da Leroy Merlin e em frente ao ParkShopping INSCRIÇÕES GRATUITAS
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