Floriana Breyer - Fórum Permanente
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Floriana Breyer - Fórum Permanente
Interações Florestais Residência Artística Terra UNA Artistas selecionados Floriana Breyer São Paulo, SP De eiras em beiras A idéia é encontrar pequenos espaços dentro da Ecovilla e habita-los estrutural e afetivamente, levando em conta o entorno no qual ela se inscreve e o próprio ambiente florestal no qual está situada.Uma seguna etapa de extrema relevância para o estudo será como habitar este local, estando sensivelmente atenta a todo este complexo sistema que a prática do habitar contempla tais como: estruturas construtivas, móveis domésticos, matérias disponíveis no local, hábitos alimentares, plantas nativas, cores e formas de se relacionar com o ambiente. Também está prevista a contratação de algum membro da comunidade com experiência em construção para auxiliar no processo como um todo. Sendo assim o atual projeto de Imersão Ambiental, sob um olhar poético atento, envolvido com a sustentabilidade e interdependência se propõe a interagir com estes dois ambientes a Ecovilla Terra Una e a comunidade de Soberbo, propondo a partir da imersão, inaugurar acessos até então invisíveis, mas já em potencial nestes dois ambientes. Floriana Breyer desde 2004 vem desenvolvendo sua pesquisa em torno da pratica do habitar, tendo como eixo central a ativação de espaços tempo vitais dentro de centros urbanos. As propostas são desenvolvidas em torno da intervenção em espaços públicos, inserções em comunidades e trabalhos coletivos. A intenção principal é inaugurar acessos, reinventar a lógica de atuação e relação com dado ambiente e seus habitantes. Estas proposições têm sido chamadas pela própria artista de Imersões Ambientais. Compreendendo Ambiental em seu sentido ampliado graças às contribuições plásticas e escritas de Oiticica, o qual atuou dentro de uma estratégia que chamou de Programa Ambiental, caracterizado pela procura de totalidades ambientais; e do contato presencial com o Grupo de Interferência Ambiental, GIA, durante o primeiro Salão de Maio em 2004, o qual serviu de inspiração para uma experiência similar em SP, da qual Floriana participa e é uma das fundadoras: o EIA, Experiência Imersiva Ambiental, que se propõe imergir no ambiente urbano realizando projetos de arte pública de diversos artistas do Brasil. Interações Florestais Residência Artística Terra UNA Artistas selecionados Guilherme Teixeira São Paulo, SP, 1977 Unidade Epífita O Projeto Unidade Epífita constitui-se da construção e utilização de uma estação de trabalho suspensa, que permita aos artistas o trabalho de estúdio, imerso no ambiente florestal, causando o mínimo impacto ao meio natural. A unidade funcionará como um estúdio de uso comum, portanto poderá ser utilizada por qualquer artista residente ou morador da região desde que respeitando os procedimentos de segurança. O espaço contará com uma infra-estrutura mínima de ateliê, podendo ser usado para pintura, desenho, estudo, observação, ou registro áudiovisual. As plantas epífitas características de florestas tropicais, crescem sobre outras plantas e ao armazenar água criam pequenos habitats, possibilitando a reprodução e a alimentação de diversas espécies animais. O projeto Unidade Eífita pretende criar um ambiente propício aos artistas interagirem com a floresta e se relacionarem entre si. Para a realização do projeto serão utilizadas técnicas e equipamentos de segurança utilizados na prática de arvorismo. Guilherme Teixeira, nascido em São Paulo em 1977 onde reside. Forma-se Bacharel em artes em 1999 pela FAAP. A relação com a natureza e a paisagem é uma das questões centrais na produção do artista desde o periodo de sua formação. O artista atua como educador e produtor cultural em diversas instituições, sobretudo na periferia de São Paulo. Exposições Coletivas: 2007 - Galeria Vermelho- Fluxografia#4- Fachada da Exposição Daniel Senise \\ Galeria Vermelho - Objeto Suprematista, Verbo \\ 2006 - Galeria Vermelho – Cássio Vasconcellos, Gisele Bielgelman e Guilherme Teixeira \\ Leilão Pratos Para a Arte – Museu Lasar Segall 2002 - Salão de Artes Plásticas de Santo André 2001 - Salão Vinhedense de Arte Contemporânea (Prêmio Aquisição) \\ Salão de Artes de Americana \\ Salão de Artes Plásticas de Ribeirão Preto (Prêmio Aquisição) Exposições Individuais: 2002 - Programa Anual de Exposições do Centro Cultural São Paulo 2001 - Paisagem Suspensa- Galeria da ECA- USP Interações Florestais Residência Artística Terra UNA Artistas selecionados Hélène Delmonte Rio de Janeiro, 1960, vive em Itamonte, MG Jogo Interativo Minha proposta é criar um JOGO INTERATIVO com base na peça A Velha e a Cachoeira e seus questionamentos. Ele possibilita: a interação lúdica, investigativa e socializadora entre pessoas, que podem ser, de diversas idades, culturas, realidades, instituições; um novo olhar para a realidade cotidiana local e global; a experiência de se colocar no lugar do outro; propõe uma metodologia de estudo e pesquisas afins, através do desdobramento dos temas implícitos na peça. Sendo assim, os jogadores são co-autores do jogo. A interação com as pessoas de Terrauna e vizinhança será fundamental para a leitura do meio, a partir da qual surgirão: o tabuleiro-mapa, peões, cartinhas, desenhos, palavras-chaves, tabelas, textos, livreto com proposta de roteiro do jogo, etc. Pretendo usar lã de carneiro bruta, fiação e tecelagem manuais, croch; papier-maché; tecidos e retalhos; fotos; etc; materiais da natureza de fácil acesso na Terra Una (pauzinhos, etc); na confecção do jogo. Hélène Delmonte: " Sou artista e educadora por natureza. Formação: curso de cerâmica e litografia; estágio/Terapia Ocupacional com Dra. Nise da Silveira; graduação/PedagogiaUNINCOR; pós-graduação/ Plantas Medicinais-UFLA; cursando especializ./Design Instrucional - Ensino a Distância-UNIFEI. 1982: Pedro e eu, estudantes de biologia-UFRJ, escolhemos morar e criar nossos filhos em Campo Redondo, criando abelhas e vivendo o cotidiano de quem mora na roça. 1983-2007: Participo ativamente da educação local - formal e informal - criação da pré-escola, 5ª/8ª séries; Proj. Interação entre escolas e comunidades rurais; Projeto Centelha… arte, educação ambiental, resgate cultural, inglês, teatro, tecelagem, costura… com os alunos, professores e comunidade, buscando sempre referências na realidade local. Eu tenho desenvolvido o JOGO INTERATIVO há alguns anos: Encontros de Educação Ambiental; aulas de inglês (escola do Campo Redondo e Casa de Estudos); Oficina de elaboração da Cartilha Nossa APA; etc." Interações Florestais Residência Artística Terra UNA Artistas selecionados Eduardo Verderame São Paulo, SP, 1971 O Templo do Esquecimento " Por eles soube que somente haveria salvação se eu chegasse ao Templo do Esquecimento" (Araken Passos Vaz Galvão Sampaio) 'O Templo do Esquecimento' é uma lenda que aparece em várias narrativas da antiguidade. Gostaria usar essa idéia para fazer uma instalação que funcionará como um espaço de culto ao esquecimento, e que será queimado no último dia da residência numa performance ritualística. Não haverá nenhuma figura a ser louvada no templo, exceto a idéia do esquecimento. O fogo será o elemento purificador e libertador da memória e da história invididual de cada participante. Todos participantes da Ecovila serão convidados a interagir com o templo, levando objetos, mensagens, desenhos ou o que desejem e poderia abrigar outras manifestações artísticas durante sua existência. Eduardo Verderame, nascido em S„o Paulo, 1971. Ganha Bolsa para estudo de gravura metal MAM/SP 1989/90. Formado em Artes Pl·sticas na Universidade de S„o Paulo em 1997. Bolsa iniciaÁ„o cientÌfica CNPQ 1994/96. Professor de arte em centros culturais na cidade de Diadema (2000/2001) Expos em: VestkunstMuseum (Dinamarca, 2005); Projeto Intinerante Mediterr‚neo (SESC SP, 2005); Sticker, a Arte que NinguÈm VÍ (SESC Santo Amaro, 2005); Centro Cultural CPFL (Campinas, 2005). Assistente da artista pl·stica Regina Silveira 1994/2007 Fundador e participante dos coletivos de arte EIA (Experiencia imersiva Ambiental) e Esqueleto Coletivo. Curador e organizador de diversas mostras e iniciativas culturais como Arte Funa Arte (Santiago de Chile); Onde Fica; SPLAC!; EIA 1,2 e 3; Suspensão, Atitude Suspeita (São Paulo) Como artista participou de cerca de 100 mostras coletivas e individuais no Brasil, Colombia, Chile, Inglaterra, França, Austria e Itália. Participou da Residencia artística Museumsquartier, Wien 2006 e Apexart, New York, 2007 Interações Florestais Residência Artística Terra UNA Artistas selecionados Julio Callado Rio de Janeiro, RJ, 1981 Um guia abstrato sobre os caminhos de Terra UNA Como podemos separar o conceito de espaço dos mecanismos de controle? Quem pode inventar para nós uma cartografia da autonomia, quem pode desenhar um mapa que inclua nossos desejos? - Hakim Bey Proponho desenvolver caminhadas coletivas pelas trilhas, estradas e veredas do território de Terra UNA, suas fronteiras e seu entorno, compreendendo a ação de caminhar como uma interação entre indivíduos e ambiente, no intuito de exercitar um olhar estético/poético sobre os espaços experimentados. E a partir das impressões e registros coletados, criar um guia abstrato/sensorial/imaginativo sobre os caminhos de Terra UNA; como um diário de viagens que seja um livroobjeto-sitespecific, que futuramente possa ser usado como um instrumento lúdico que proponha formas de interação com o ambiente. Desenhar um mapa portátil através da experiência ambulante, que não seja objetivo/ortogonal/metrificado/técnico, algo que seja uma topografia dos desejos e sensações subjetivas vividas durante a residência. PARTICIPAÇÃO EM GRUPOS E AGENCIAMENTOS Organização/concepção do coletivo OPAVIVARÁ!, junto a Daniel Murgel e Daniel Toledo. Organização/concepção do Grupo Py, junto a Daniel Murgel, Daniel Toledo, Joana Traub Csekö e Julia Csekö. Produção e assistência para o coletivo Chelpa Ferro EXPOSIÇÕES E AÇÕES (2007 ) ArtBo Feira internacional de Arte de Bogot \\ VERBO - Festival de Performances, Galeria Vermelho \\ Associados Espaço Orlândia, RJ \\ SPArte - Feira Internacional de Arte de São Paulo \\ Novas Aquisições 2006-2007 - coleção Gilberto Chateaubriand, MAM RJ (2006) Rede Ocuação - Casar„o da UNEI, RJ \\ CTRLC+CTRLV - CEP20000, RJ \\ Prêmio Chave Mestra de Intervenções EfÍêmeras Casar„o da UNEI, RJ \\ Pylar - evento/exposiÁ„o do Grupo Py, Santa Teresa, RJ \\ Rede Nacional FUNARTE de Artes Visuais - conex„o Contempor‚nea Rio de Janeiro (2005) Pyrata - evento do Grupo Py, BaÌa de Guanabara, RJ \\ FotoRio - Encontro Internacional de Fotografia do Rio de Janeiro, Espaço UFF de Fotografia. Interações Florestais Residência Artística Terra UNA Artistas selecionados Krishna Passos Brasília, DF Som das imagens Trata-se de uma composição (experiência sonora) Imersiva. Processo: fruto de uma documentação/composição sonora musicada, conectada aos acontecimentos da Residência em questão e seu ambiente. “Determinada” (conduzida) pelas circunstâncias residenciais, registros e experiencias anteriores… ou casualmente ... lembradas... e/ou vividas..! Capturados e processados com os seguintes equipamentos: Câmera de vídeo Mini DV, MP3, REC, Laptop, Microfones e cabos diversos Referência textual com base visual, resultante em um trabalho em áudio, ou seja: som que conduz á imagem… Enfocado nos seguintes assuntos: - Arte - Criação Coletividade (s )- Saudades.. de casa e pessoas queridas (o individual coletivo) - Sustentabilidade… Uma obra-processo, composta a partir de registros sonoros na Residência. Estes serão trabalhados diariamente em regime aberto, onde os participantes poderão acompanhar o processo e opinar, havendo para isso audições abertas periódicas, aptas a todo tipo de crítica que enriqueça o trabalho. Krishna Passos é mestrando em Arte e Tecnologia pela Universidade de Brasília, artista plástico e vídeo-artista. Desde 2003, desenvolve pesquisa sobre arte e tecnologia, focadas principalmente no vídeo experimental e sua relação com a sociedade. Atualmente desenvolve pesquisa sobre novas mídias e formas de articulação colaborativas, independentes e autônomas, na rede. Mostras, Prêmios, Salões e Intervenções: 2007 - Residência Aberta/ Exposição, Galeria COHAB, Brasília-DF. \\ Exposição O Círculo, Museu da República, Brasília-DF. \\ Exposição Ágoragora, Arte e tecnologia, Museu do STJ, Brasília-DF. 2006 - Semana de Artes Visuais do Recife-SPA 2006. 2005 - Elétrica Eclética, coletiva de vídeo-arte, exposição de pré-inauguração do Espaço Piloto, UnB, Brasília-DF. 2005 - X Festival Nacional de Vídeo- Imagem em Cinco Minutos, Salvador-BA. \\ - Semana de Artes Visuais do RecifeSPA 2005 \\ - Mostra de vídeo-arte “Ultima Quarta”, Teatro Nacional, Brasília-DF. \\- A. CON. TE. CIMENTO. I, II, III e IV, Intervenções Públicas, coletiva ambientes urbanos de Brasília. 2004 - Individual na CAL- Casa da Cultura da América Latina, UnB,Brasília-DF \\ - Coletiva no Projeto Prima Obra, Funarte, Brasília-DF. 2003 - 2o Lugar no VII Salão de Arte Contemporânea do Iate Clube, Brasília-DF. \\- Obra incorporada ao acervo do MAB (Museu de Arte de Brasília), Brasília-DF. \\ - Coletiva de Arte Eletrônica, Galeria da Agencia Filatélica dos Correios, Brasília-DF. Interações Florestais Residência Artística Terra UNA Artistas selecionados Maicyra Leão Brasília, DF Medida aérea de nossa relação na terra Para ir para a residência em Terra Una, irei de avião até Belo Horizonte. Neste avião, distribuirei um panfleto com os seguintes dizeres: No avião de volta a Brasília, distribuirei: Durante a residência em Terra Una, me manterei “sem palavras” assim como descrito no panfleto. Estarei disposta ao silêncio e a ouvir. Buscarei experiências de formas de articulação e relação para além texto e discurso. Como elemento de conexão com os outros habitantes-viventes-residentes estarei acompanhada de artifícios sonoros como apitos, sons de flautas, tamborins, apitos depássaros… Me alimentarei de uma comunicação baseada em palmas, sopros, olhos, toques e o que mais ocorrer, enquanto registrarei a experiência silenciosa em discurso e composições de palavras. Maicyra Leão é mestranda em Arte Contemporânea, na Universidade de Brasília UnB, atriz, performer e produtora cultural. Atuou em espetáculos de reconhecido mérito artístico, todos premiados em mais 5 festivais nacionais, e desenvolve pesquisa sobre performance e interatividade. Nos últimos anos, vem se dedicando à realização independente de performances em ambientes públicos, urbanos e virtuais, realizado reflexão teórica a partir dessa experiência. Atualmente é gestora do Programa de Arte e Cultura da Universidade Católica de Brasília e colaboradora do Grupo de Pesquisa Corpos Informáticos. Interações Florestais Residência Artística Terra UNA Artistas selecionados Manuela Eichner Arroio do Tigre, RS, 1984, vive em Porto Alegre Antes da imagem Onde me perco? Eu me perco na paisagem para possibilitar uma experiência de resgate de uma sensorialidade já esquecida: “antes da imagem”. Para pensar o sentido da experiência artística antes da imagem. Vou em busca de lugares onde a paisagem tenha algum aspecto que a minha intuição trace e escolha, após planejo uma relação. Uma experiência direta do corpo em seu ambiente de origem para condensar esse material, futuramente, em imagens sensoriais: as quais chamo de sensa-cine. Imagens de uma experiência em busca de uma pré-imagem. Manuela Eichner, Arroio do Tigre, RS, 1984. Freqüenta artes plásticas habilitação em escultura – UFRGS. Produção artística: espaços poéticos, intervenção na escola de belas artes da UFMG (2004); performance corpos(im)penetráveis, CATC do Instituto de Artes (2005); laboratório, proposta coletiva de atelier aberto na Pinacoteca Barão de Santo Ângelo IA/UFRGS (2005); performance aoalcancedosseusbraços no 4º vaga-lume, mostra de vídeo experimental, IA/UFRGS (2005); adormece, performance com mochila-travesseiro nas faixas de segurança de são paulo (2005); gramas urbanas, intervenção na avenida paulista durante o eia, experiência imersiva ambiental - SP (2005); mergulho, exposição do coletivo mergulho na galeria de arte do DMAE - POA (2006); mergulho em recife, spa das artes de recife semana das artes visuais do Recife - PE (2006); esconde-esconde, performance através de jogo na galeria de arte do dmae (2006); troca-se sonhos, performance na viii bienal do recôncavo baiano ba (2006); louva-a-deus, organização e participação na mostra de vídeoarte ambulante em POA (2006); curto-circuito, organização da mostra dos vídeos louva-a-deus com os vídeos bastardos Usina do Gasômetro - POA (2006); estados temporários, performance em vídeo do coletivo mergulho no IAB - POA (2006); mapa humano, vídeo-investigação dos sonhadores de rua POA (2006); estados temporários, performance em vídeo no Auditorium Tasso Corrêa (2007); quandonãosoubermosmaiscomo, instalação do coletivo mergulho no porão do Paço Municipal - POA (2007); organismo vivo, vídeo na mostra Vídeos Bastardos - POA (2007). Interações Florestais Residência Artística Terra UNA Artistas selecionados Elisabete Finger e Michelle Moura Curitiba, PR Experiências nômades Experiências nômades configura-se como um desdobramento do projeto de pesquisa pratica “o que me move a me mover” desenvolvido entre junho e agosto de 2007, buscando investigar motivações para o movimento a partir das relações entre corpo, espaço/tempo e materiais/corpos (linóleo, elástico, balões), formando com a arquitetura do espaço um sistema em movimento. Recentemente saímos do estúdio e “migramos” com essas experiências para espaços abertos. A estranheza das imagens geradas pelos materiais nesses novos espaços nos fizeram pensar em ficções (outros modos de perceber e habitar este espaço). Como tornar essas ficções concretas, ultrapassando o episódico e carnavalesco? Como oferecer ao observador uma outra fruição do espaço conhecido dando a ver outras relações, movimentos, formas, volumes, texturas? Estas são algumas das questões que pretendemos investigar durante a residência TerraUna, alimentados por um ambiente de trocas com outros artistas e com a comunidade local. Michelle Moura e Elisabete Finger são integrantes do coletivo Couve-flor Minicomunidade Artística Mundial, composto por artistas independentes de Curitiba que produzem obras situadas no cruzamento entre questões da dança contemporânea, das artes visuais e da performance art. Foram bolsistas da Casa Hoffmann - Centro de Estudos do Movimento, em Curitiba, onde organizaram o Ciclo de Ações Performáticas, buscando um espaço de diálogo entre as diversas manifestações artísticas da cidade. Elisabete concluiu em 2006 a formação Essais na Escola Superior de Dança do Centre National de Danse Contemporaine d'Angers-FR, e recebeu recentemente a bolsa do Programa Rumos Dança 2006/07 para a produção da obra coreográfica Amarelo. Michelle formou-se em dança pela FAP PR, pós-graduou-se na UFBA. Integrante da Cia Dani Lima. Participou do CoLABoratório - Encontro de coreógrafos sul-americano e europeu, e recentemente colaborou com Alex Cassal na peça Gêmeos também contemplada pelo programa Rumos. Interações Florestais Residência Artística Terra UNA Artistas selecionados Otávio Avancini Rio de Janeiro, RJ Projeto PÉ de PÉ O projeto Pé de Pé esculpe árvores mortas sem retirá-las do seu espaço de origem, tornando-as obras de arte vivas, buscando construir com as pessoas da comunidade que participam do processo de criação um novo olhar para a natureza e a sociedade. Pé de Pé busca a articulação do plano artístico, ambiental e antropológico. A concepção da árvore-escultura é criada a partir de um diálogo com o espaço onde ela está localizada e as referências sociais, históricas e culturais locais e globais. Nesta perspectiva elas se transformam em árvores-conceitos. A árvore símbolo da ancestralidade, da conexão entre a terra e o céu, depois de sua “morte” ganha uma nova forma significando a síntese do espaço e suas vivências. A escultura Árvore será desenvolvida a partir do momento em que o artista estiver presente no espaço, estabelecendo convivência com os demais participantes e a comunidade local. Otávio Avancini nasceu no Rio de Janeiro. Professor da OFICINA ESPAÇO CRIATIVO, Ambulatório psiquiátrico do Hospital Pedro Ernesto, RJ. Professor do curso de MODELO VIVO E PINTURA, Centro Cultural da UERJ, Professor do curso de DESENHO, SENAC IRAJÁ , Rio de Janeiro, RJ. Professor do curso, TÉCNICAS E AUTOCRÍTICA NO DESENHO E NA PINTURA. Centro Cultural Calouste Gulbeikian. Rio de Janeiro, RJ. Exposições, esculturas e demais mostras selecionadas 2007 - Árvore, Pacatuba. Catete, Praça Jose de Alencar e Santa Teresa, Largo do Curvelo, Rio de Janeiro, RJ) 2006 - Árvore, Cadê Cunhambebe? (Cristo Redentor. Rio de Janeiro, RJ) 2004 - Árvore, Central do Brasil. (Rio de Janeiro, RJ) 2004 - Pintura, coletiva. Galeria Thomas Coon, São Paulo, SP. 2003 - Árvore, Pé de Pé. ( Parque do Flamengo. Rio de Janeiro, RJ) 2003 - Fotografia, Orlandia. São Cristóvão, Rio de Janeiro, RJ. Interações Florestais Residência Artística Terra UNA Artistas selecionados Rodrigo Braga Recife, PE Da comunhão dos reinos Tendo como ponto de partida (e continuidade) minha produção artística mais recente, pretendo desenvolver na Terra UNA uma série de trabalhos que tenham referências no próprio movimento cíclico de origem e fim das coisas, de decomposição e fertilidade, de vida e morte, de integração inevitável contínua entre os reinos naturais. Assim como em trabalhos que realizei, sobretudo nos últimos dois anos (como Comunh„o, Hiato e Teu), desejo aprofundar ainda mais minha poética no sentido de estabelecer relações de integração física e simbólica entre animais, vegetais e minerais; ora agindo diretamente com o corpo (ou evidenciando seus rastros), ora revelando a paisagem e o meio. Apesar de já ter algumas concepções como fio condutor (vide croquis em anexo), as idéias surgidas e desenvolvidas no período da residência só serão possíveis através de uma pesquisa in loco, levando-se em conta o meio natural e social da região, para uma seleção de elementos e espaços a serem trabalhados. Apesar de terem caráter performático ou de investigação processual, os trabalhos deverão ter como “produto final” o suporte fotográfico. Robrigo Braga vive e trabalha em Recife, onde se graduou em Artes Plásticas pela UFPE (2002). Em 2004 foi contemplado com o prêmio/bolsa do 45o Salão de Artes Plásticas de Pernambuco, realizando a série Fantasia de compensaÁ„o. Entre 2005 e 2007 foi Gerente de Artes Visuais da Prefeitura do Recife, onde coordenou o SPA das Artes Recife. Ministra workshops no Brasil e no exterior. Principais individuais: Fundaj (Recife, 2007); Museu da UFPA (PA, 2007); Itaú Cultural (SP, 2006); Galeria Marcantonio Vilaça (PE, 2006); Galeria Clairefontaine (LUX, 2005); Galeria Susini (FRA, 2005). Principais coletivas: Rumos Itaú Cultural de Artes Visuais (SP, RJ e PA, 2006); Vizinhos: networked art in Brazil (AUT, 2006); O Corpo na Arte Contemporânea Brasileira, Itaú Cultural (SP, 2005); Photomeetings Luxemburg (LUX, 2005); Projéteis de Arte Contemporânea, Funarte (RJ, 2005); Projeto Prima Obra, Funarte (DF, 2004); Arte Pará (PA, 2002 e 2006). Participou de feiras internacionais de arte, como: ARCO'06, (ESP, 2006); Paris Photo (FRA, 2005); Art Cologne (DEU, 2005); D-Foto (ESP, 2005). Interações Florestais Residência Artística Terra UNA Artista coordenador Cristina Ribas São Borja, RS, 1980, vive no Rio de janeiro PENETRÁVEL 21 BABYLONESTS TERRA UNA Durante a residência Cristina realizou um projeto em especial, além de permanecer num estado heterônimo "natuEUza". O projeto foi concebido com base em experiências propostas por Hélio Oiticica. A artista propôs um desdobramento dos "penetráveis" concebendo uma situação específica para a Terra UNA transformando uma das casinhas de "banheiro seco" em um ambiente com tecidos como divisórias do espaço com cores e texturas diversas e um filtro amarelo para o teto. O local foi sinalizado com o nome do penetrável. O ambiente foi transformado em um local experimental da sensorialidade e da partilha coletiva do "banheiro", procurando exceder a apreensão espacial para além do uso ao qual é premeditado, o mesmo com o qual se propõe interagir. (A artista, contudo, não considera este trabalho uma autoria individual, mas em colaboração com o artista referendado.) O 'estado corpóreo' que lhe conferiu o heterônimo "naturEUza" foi fruto do movimento de integração à realidade circundante, da tentativa de transposição de universos significantes considerando que o espaço urbano ainda é muito o habitat da arte contemporânea, por estar repleto de signos em relação a este universo informacional. "NatuEUza" é um estado corpóreo que só pode ser explicitado pelo verbete que o conceitua, sempre em experiência. Cristina Ribas, natural de São Borja, Rio Grande do Sul, Brasil, 1980. Vive no Rio de Janeiro. Desenvolve a pesquisa militante Arquivo de emergência: documentação de eventos de ruptura, arquivando e dispondo material sobre arte contemporânea brasileira. Faz parte do grupo Laranjas. Trabalhou na organização de Acampamentos da Juventude, no Fórum Social Mundial em Porto Alegre, nos anos de 2003 e 2005. Participou do projeto Formas de Pensar a Escultura (FPES – Perdidos no Espaço) coordenado a partir do Instituto de Artes da UFRGS em 2004 e 2005. Recebeu prêmio das instituições: Chave Mestra (Prêmio Interferências Urbanas, Rio de Janeiro, 2006); FUNDARPE (Bolsa de Pesquisa do 46º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco, Recife, 2005); e Museu de Arte da Pampulha – MAP (Bolsa Pampulha, programa de artista residência, Belo Horizonte, MG, 2003). Realizou diversas exposições individuais e coletivas, e participou de mostras de vídeo e cinema. Trabalha com intervenção urbana e outros agenciamentos. Cursa Mestrado em Artes Visuais no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais, Instituto de Artes, UERJ, , RJ. Possui Bacharelado em Artes Plásticas no Instituto de Artes, UFRGS, Porto Alegre, RS (2004). Interações Florestais Residência Artística Terra UNA Artista coordenador Domingos Guimaraens Rio de Janeiro, 1979 Land Poetry Nesta série de poemas paisagem palavras são desenhadas na matéria do mundo. Os Sentidos das letras, das palavras, da matéria e da paisagem se sobrepõem gerando vibrações que vão além do texto e além da imagem. Foram realizadas cinco intervenções na paisagem cada uma independente da outra: "Onde" escrito na lama, "Nenhum caminho" escrito na estrada, "Corte" escrito com letras-foices manufaturadas pelo ferreiro Roberto vizinho de Terra Una, "Meu" escrito no fundo do rio, e "Mar" escrito em cerca de 200 metros quadrados de pastagem. Juntas esta obras formam o "hai kai" "onde nenhum caminho corte meu mar" Domingos Guimaraens nasceu em 1979 no Rio de Janeiro, é poeta e artista visual. Formado em Literaturas de Língua Portuguesa realiza suas performances relacionando-as com sua poesia e procurando fundir linguagens. Desde 2003 trabalha junto com o Grupo UM, coletivo de artistas formado no mesmo ano que promove discuções e eventos coletivos como o VISOR. Agora, com o grupo UM desmembrado, segue os trabalhos com o NGDG. Aprofundando as pesquisas sobre a pintura em frequência variada entre outras técnicas. Desde 2003 é também curador afetivo e efetivo do CEP20000, Centro de Experimentação Poética que acontece mensalmente no Rio de Janeiro desde 1990. APARIÇÕES 2007: 1° Encuentro Internacional de Teatro de Sombras (Argentina);Instalações em parceria com Nadam Guerra no evento Associados no espaço Orlândia; Instalação Horizontes com Nadam Guerra na exposição do Prêmio Chave Mestra em Santa Teresa. 2006 - Instalação Oceano Lunar na abertura do NAT (Parque Lage); Prêmio Projéteis Funarte de Arte Contemporânea em parceria com Nadam Guerra; Vencedor do prêmio de melhor performance do Mercadão Cultural. 2005 - Selecionado para representar o Brasil no encontro internacional de performance Emanaciones Performativas Exploratórios Críticos do Centro Cultural Ex-Tereza, México D.F.; Apresentação de suas Performances na Casa de La Ciudad, Oaxaca, México. Interações Florestais Residência Artística Terra UNA Artista coordenador Flavia Vivacqua São Paulo, SP, 1975 Travessia Água Do ponto de partida, ao encontro com as águas do percurso, riachos, cachoeiras, lago, de Liberdade/MG. Descalça. Adentrando. Deixando estar. Caminhando e sendo levada. Vestida pela transparência de um vestido branco que remete aos contos de fadas de um imaginário onírico. Narrativa vivenciada. Mortes simbolicas. Atenta aos sentidos plenos do ambiente. Ser sensório-ambiental. concepção e performer: Flavia Vivacqua Fotos por Rodrigo Braga Flavia Vivacqua, nascida em São Paulo no ano de 1975, mora e trabalha a partir de São Paulo, Brasil. Artista, curadora e educadora, é formada em Licenciatura em Artes Visuais pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Teve como primeira formação as Artes Cênicas pelo Teatro Escola Célia Helena, Teatro Escola Macunaima e Scuola Internazionale Dell'attore Commico, na Itália, especializando-se em Teatro de Rua e Mascaras. De 1989 a 1998 realiza trabalhos como atriz e direção teatral. Em 2003 tem como iniciativa o CORO - Coletivos em Rede e Organizações (www.corocoletivo.org), agregando uma rede de coletivos de arte e outros diferentes profissionais pelo Brasil. É integrante do coletivo Elefante (http://elefante0.zip.net). Idealizadora, Curadora e articuladora de diversas iniciativas como o 48horas em 2002, ReverberAções 2004 e 2006, Encontro de Coletivos Chave Mestra(RJ) - 2004, Coletivações - 2005 (projeto de intercambio/Brasil e França), seminário RITMOS DA URGENCIA (Prêmio Cultura e Pensamento 2006), entre outros. Desde 1998 vem realizando exposições de suas performances, intervenções, instalações e fotografias em diversas cidades Brasileiras e no exterior (http://flaviavivacqua.wordpress.com). Integra o Conselho do 'Interações Florestais', criando, desenvolvendo e coordenando a Residência Artística na ecovila Terra UNA (Prêmio Conexões 2007). Interações Florestais Residência Artística Terra UNA Artista coordenador Nadam Guerra Rio de Janeiro, 1977 Duas terras “Cavo buracos. Revelo camadas ancestrais. Volto no tempo da terra a dias remotos quando não havia gente, nem bicho, nem árvore. Entro na terra. Estou hoje e ontem. Danço a intemporalidade dos antepassados. Danço a potencialidade das próximas gerações. Sou e estou, faço parte.” Duas terras é uma vídeoperfomance realizada com a animação de fotografias. Dois buracos foram cavados e habitados. Em cada buraco uma terra. Para cada buraco uma vida. Nadam Guerra Constrói obra multidisciplinar unindo as artes visuais a dança, teatro, vídeo, poesia, pois acredita que todas as artes são uma só. Ganhou o Prêmio Projéteis da FUNARTE (2006), menção honrosa no festival Art.mov (MG) e o Prêmio Ornitorrinco de Poesia do Cep 20.000. Entre os lugares onde já se apresentou: Interferências Urbanas (RJ); Panorama de Dança (RJ), Oi Futuro(RJ), Espaço Sesc(RJ); Cinemateca do MAM (RJ), Fórum Cultural Mundial (SP); Jornadas de Performance Latino Americanas, ExTeresa Arte Atual (México), Centro Multimídia 102 (França), Casa Pueblo (Uruguay) e Sur Despierto (Argentina). Organiza eventos de arte viva como o V::E::R (parque lage, 2005) e o Grupo UM. Ministrou cursos de performance em São Paulo, Cuiabá (pela rede de artes visuais da funarte), no México, na Argentina e no Rio de Janeiro na EAV Parque Lage. Faz parte do Conselho Deliberativo da Chave Mestra, Ass. dos Artistas Visuais de Santa Teresa (de 2004 a 2008) coordenando eventos como o Encontro de Coletivos e o Prêmio Chave Mestra. É sócio da Associação e Ecovila Terra UNA em Liberdade, MG. www.terrauna.org.br. Vive e trabalha no Rio de Janeiro e em Liberdade, MG.