Metodologias analíticas para a determinação da furosemida

Transcrição

Metodologias analíticas para a determinação da furosemida
Lecta, v. 22, n. 1/2, p. 19-26, jan./dez. 2004
19
Metodologias analíticas para a determinação da furosemida
Iara Lúcia Tescarollo Dias1 *
Graciliano de Oliveira Neto2
Jorge Luiz Seferin Martins3
Resumo: Este trabalho apresenta uma revisão das diferentes técnicas analíticas utilizadas para a quantificação
da furosemida em medicamentos, fluidos biológicos e estudos de estabilidade.
Palavras-chave: Furosemida; Análise farmacêutica.
Analytical methods for the determination of furosemide
Abstract: This work shows a review of the analytical procedures used for the dosage of furosemide in
pharmaceutical preparations, biological fluids and stability studies.
Keywords: Furosemide; Pharmaceutical analysis.
Introdução
A furosemida (Figura 1) corresponde quimicamente
ao ácido 5-(aminosulfonil)-4-cloro-2-[(2-furanilmetil)
amino]-benzóico, ou ácido 4-cloro-N-furfuril-5sulfamoilantranílico (British pharmacopoeia, 1993; Merck,
1989; Sturn et al., 1966). O fármaco tem sido amplamente utilizado em virtude de sua rápida ação diurética,
sobretudo em quadros agudos (Martindale, 1991; Silva,
1994).
Cl
N
O
H2NO2S
COOH
Figura 1 – Furosemida
A furosemida, também denominada de diurético
potente ou de alça, inibe a reabsorção de eletrólitos
predominantemente na membrana luminal das células do
ramo ascendente da alça de Henle e, como conseqüência,
favorece a redução da reabsorção de água, resultando
em diurese profusa. Tem sido relatado que a furosemida
também possui uma ação vasodilatadora, que parece estar
relacionada com a diminuição da retenção de sódio e
aumento na síntese de algumas prostaglandinas. Dentre
os diuréticos de alça, a furosemida parece ser mais efetiva
por apresentar ampla curva dose-resposta, sendo empregada no tratamento de edema associado com insuficiência
cardíaca congestiva, cirrose hepática e doença renal
crônica, inclusive síndrome nefrótica; como adjuvante
no tratamento de edema pulmonar agudo; na crise
hipertensiva; na hipertensão leve e moderada associada
a outros agentes anti-hipertensivos. Pode ainda ser usada
em casos de hepatopatias e situações acompanhadas de
hipercalcemia e oligúria por insuficiência renal
(Martindale, 1991; Ponto; Shoenwald, 1990a, 1990b).
A furosemida sofre hidrólise e precipita-se em
meio ácido, além de ser suscetível à fotodecomposição, o
que obriga ao uso de preparações líquidas em meio alcalino,
além da necessidade de embalagens adequadas que evitam
a exposição à luz (Kovar et al., 1974; Moore; Sithipitaks,
1982; Moore; Tamat, 1980; Rowbotham et al., 1976).
No Brasil, o fármaco é comercializado sob as
formas comprimido, cápsula e solução injetável, e em
Universidade São Francisco, Bragança Paulista, São Paulo, Brasil
Instituto de Química, Unicamp, Campinas, Brasil
3 Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil
1
2
*
Endereço para correspondência:
(Coml.) Universidade São Francisco – Curso de Farmácia
Av. São Francisco de Assis, 218 – Bragança Paulista-SP – 12916-900 – Tel.: +55-11-4034-8076
(Res.) Avenida Carlos Tescarollo, n. 6 – Bairro da Ponte – Itatiba-SP – 13250-000 – Tel.: +55-11-4538-3091
E-mail: [email protected]
20
Iara Lúcia Tescarollo Dias, Graciliano de Oliveira Neto, Jorge Luiz Seferin Martins
associações, sob as formas comprimido e cápsula
(Korolkovas, 1995/96). Também é comercializado na
forma farmacêutica injetável para uso veterinário.
Em decorrência da importância terapêutica da
furosemida, suas propriedades físico-químicas como
instabilidade à luz, hidrólise em meio ácido e também
por ser comercializada em associações medicamentosas,
o presente trabalho traz uma revisão das principais
técnicas analíticas utilizadas para a determinação do
fármaco em medicamentos, estudos de estabilidade e
fluidos biológicos.
Método dos analíticos para a determinação da
furosemida
Titulação em meio aquoso
A titulação com solução 0,10 M em hidróxido de
sódio empregando-se azul de bromotimol como indicador
é preconizada pela Farmacopéia brasileira, 3a edição (1977),
britânica (British pharmacopoeia), edição de 1988 e 21a
edição americana (United States pharmacopoeia, 1985), para a
determinação da furosemida em matéria-prima. Apesar de
ser uma técnica relativamente simples e econômica, apresenta a desvantagem de baixa seletividade na análise de
amostras complexas, além de não poder ser utilizada para
formas injetáveis de furosemida, pelo fato das mesmas
serem comercializadas em pH superior a 7,0 (British
pharmacopoeia, 1988).
Espectrofotometria no ultravioleta e colorimetria
A espectrofotometria na região do ultravioleta é
o método preconizado pela Farmacopéia britânica, edição
de 1993 (British pharmacopoeia), e americana, 21a edição
(United States pharmacopoeia, 1985) para a análise do
fármaco em medicamentos, e consiste na leitura das
amostras a 271 nm, utilizando solução de hidróxido de
sódio como solvente. Outros métodos espectrofotométricos para análise da furosemida na matéria-prima e
medicamentos estão descritos na literatura.
Salim et al. (1968) analisaram comprimidos de
furosemida mediante a espectrofotometria na região do
ultravioleta, utilizando metanol como solvente e leituras
efetuadas a 274 nm.
Moustafa e Abdel-Moety (1987) desenvolveram
um método baseado no perfil espectrofotométrico apresentado pela furosemida entre 200 e 400 nm, utilizando
etanol como solvente. Os autores verificaram que a
furosemida apresentou picos máximos a 225, 273 e 326 nm,
parâmetro, este, utilizado pelos autores para identificar e
dosear o fármaco em medicamentos.
Erran e Tipnis (1993) preconizaram métodos
espectrofotométricos na região do ultravioleta para
determinar a furosemida e cloridrato de amilorida em
associações medicamentosas. Os autores empregaram
soluções de hidróxido de sódio, ácido clorídrico e
metanol como solventes para cada método e leituras
efetuadas a 260 e 243 nm.
Hadju e Haussler (1964) utilizaram a espectrofotometria na região do visível para identificar e dosear
a furosemida. O método baseou-se na hidrólise do
fármaco em meio ácido e na reação com dicloridrato de
N-(1-naftil)etilenodiamina; o produto colorido foi
analisado a 530 nm.
Cassasas e Fabregas (1979) determinaram indiretamente a furosemida por meio da reação de condensação do furaldeído, um dos produtos de sua hidrólise
ácida, com o reagente colorimétrico floroglucinol e
leitura do produto colorido a 558 nm.
A existência do grupo carboxílico (-COOH) na
molécula de furosemida levou Abdel-Hady Elsayed e
Nwakanma (1979) a desenvolverem um método baseado
na reação deste radical com um reagente colorimétrico
básico, a safranina. O produto de reação foi extraído
com clorofórmio e analisado a 540 nm. O mesmo
princípio foi adotado por Prasad et al. (1987); neste
caso, a reação envolveu o reagente azul de metileno e
leituras efetuadas a 655 nm.
Sastry et al. (1988) analisaram a furosemida pela
reação de copulação do fármaco com o reagente 3-metil-2benzotiazolinona hidrazona (MBTH), utilizando cloreto
férrico como agente oxidante. As leituras das
absorbâncias das amostras foram efetuadas a 630 nm.
Issopoulos (1989) determinou microquantidades
de furosemida em medicamentos baseados na oxidação
do fármaco em presença de iso e heteropoliânions de
molibdênio (IV). A redução do molibdênio (IV) levou à
formação de um composto azul, cuja concentração foi
proporcional à quantidade de furosemida oxidada. Os
comprimentos de onda usados para análise foram 690
nm para o produto de reação com o isopoliânion e 700
nm para o heteropoliânion de molibdênio (IV).
Zivanovic et al. (1990) utilizaram cloreto férrico
em presença de tiocianato de amônio (pH 6,5) para a
análise da furosemida em medicamentos. O complexo
vermelho formado foi extraído com clorofórmio e
determinado a 463 nm. A formação de complexos para
a determinação da furosemida também foi preconizada
por Agatonovic et al. (1990), neste caso com a utilização
de paladium (II) em pH 10; a leitura da absorbância do
produto colorido foi efetuada a 527 nm. Sevillano et al.
(1997) preconizaram a espectrofotometria por extração,
utilizando o reagente naftoquinona sulfonato de sódio.
Garcia et al. (1997) utilizaram análise em fluxo
empregando detecção espectrofotométrica.
De forma geral, os maiores problemas envolvendo a utilização da espectrofotometria na determinação da
Lecta, v. 22, n. 1/2, p. 19-26, jan./dez. 2004
Metodologias analíticas para a determinação da furosemida
furosemida em medicamentos, estão relacionados à
necessidade de extração ou presença de substâncias
interferentes, o que inviabiliza, muitas vezes, a utilização
destes métodos como rotina em laboratórios de
controle de qualidade.
Métodos cromatográficos
A Farmacopéia americana, 23a edição (United States
pharmacopoeia, 1995), preconiza a cromatografia líquida
de alta eficiência para a determinação da furosemida em
comprimidos e injetável. A coluna recomendada é L1,
de 4,6 mm x 25 cm, fase móvel constituída por água,
tetrahidrofurano e ácido acético glacial (70:30:1) e
detecção a 254 nm e 272 nm.
Roth et al. (1981) empregaram a cromatografia
líquida de alta eficiência com a utilização da bumetanida
como padrão interno para a análise da furosemida em
comprimidos e injetável. A coluna escolhida foi a
Bondapak C18, fase móvel constituída por acetonitrila e
acetato de sódio (pH 5) na proporção de 40:60 e
detecção a 280 nm.
Anapure et al. (1989) utilizaram a cromatografia
líquida de alta eficiência para análise de preparações
farmacêuticas contendo furosemida associada à espironolactona. A coluna utilizada foi Novopak C18, fase
móvel constituída de acetonitrila e (NH4)2HPO4 0,02 M
(pH 4) na proporção de 55:45 e detecção a 254 nm. Sadana
e Ghogare (1990) também utilizaram a cromatografia
líquida de alta eficiência para a análise da furosemida
associada à espironolactona, neste caso, utilizando a coluna
Bondapak C18, eluente constituído por acetonitrila 0,05 M
e tampão fosfato (pH 4) na proporção de 15:85 e detecção
a 240 nm. A reserpina foi utilizada como padrão interno.
A utilização de técnicas cromatográficas para a
determinação da furosemida tem apresentado inúmeras
vantagens, como capacidade de realizar separações e
análises quantitativas do fármaco presente em vários
tipos de amostras, com alta resolução, eficiência e
sensibilidade; entretanto, muitos exigem trabalhosos
procedimentos pré-analíticos.
Métodos potenciométricos
O desenvolvimento de métodos potenciométricos empregando eletrodos íon-seletivos foram
Lecta, v. 22, n. 1/2, p. 19-26, jan./dez. 2004
21
impulsionados com a evolução dos eletrodos seletivos
aos fármacos desenvolvidos desde a década de 70. Os
eletrodos íon-seletivos, na sua grande maioria, têm
demonstrado vantagens por permitir a medida da
atividade de vários íons orgânicos, em muitos casos,
sem separação prévia da substância na amostra, bem
como a determinação de fármacos em medicamentos,
sendo necessária apenas uma etapa de pré-diluição ou
dissolução de amostras sólidas no solvente apropriado
seguida do ajuste de pH e força iônica (Cosofret, 1991;
Cosofret; Buck, 1993; Ligth, 1997; Stefan et al., 1997).
Neste sentido, Tescarollo Dias et al. (2004) efetuaram a
determinação quantitativa da furosemida, de uma forma
simples, rápida e econômica mediante a utilização da
potenciometria com eletrodos íon-seletivos. O método proposto demonstrou ser útil quando aplicado em amostras
complexas, sendo possível a análise em uma única etapa de
dissolução, sem necessidade de filtração. O estudo da seletividade analítica demonstrou que os excipientes, veículos,
o produto de decomposição da furosemida e fármacos de
associação como a espironolactona não interferiram no
método proposto. Os autores evidenciam as vantagens da
potenciometria com eletrodos íon-seletivos.
Nikolic e Medenica (1990) também preconizaram
a potenciometria para a determinação da furosemida em
medicamentos.
Determinação da furosemida em estudos de
estabilidade
A literatura destaca vários trabalhos relacionados
com a estabilidade da furosemida em preparações farmacêuticas. Além da exposição à irradiação ultravioleta,
fatores como pH, solventes e adjuvantes farmacotécnicos
podem afetar a estabilidade do fármaco. A Figura 2
apresenta, simplificadamente, a degradação da furosemida
(Kovar et al., 1974; Moore; Sithipitaks, 1982; Moore;
Tamat, 1980; Rowbotham et al., 1976).
Em condições ácidas a furosemida (I) sofre hidrólise, havendo ruptura do grupo furfuril para formar seu
principal produto de decomposição, o ácido 4-cloro-5amino-sulfamoilantranílico ou saluamina (II) e álcool furfurílico (III), que decompõe-se, subseqüentemente, em ácido
levulínico (IV) (Kovar et al., 1974; Moore; Sithipitaks, 1982).
22
Iara Lúcia Tescarollo Dias, Graciliano de Oliveira Neto, Jorge Luiz Seferin Martins
H
N
Cl
O
OH
H2NO2S
NH2
Cl
+
H
H2O
O
OH
H2NO2S
O
HO
+
( III )
O
(I)
MeOH
u.v.
MeOH
u.v.
Cl
H
N
H2O
( II )
MeOH
u.v.
H2NO2S
( IV )
NH2
O
OH
CH3COH2CH2COOH
OH
HO3S
O
( VI )
O
(V)
Figura 2 – Degradação da furosemida
Rowbotham et al. (1976) avaliaram a solubilidade
e a estabilidade da furosemida em soluções aquosas
neutras e tamponadas submetidas à irradiação ultravioleta.
O fármaco foi analisado pela espectrofotometria a
271 nm, utilizando-se hidróxido de sódio como solvente.
Os autores concluíram que além da hidrólise em meio
ácido, a presença de agentes oxidantes favorece a
decomposição do grupo sulfamoil (-SO2NH2), formandose o ácido 4-cloro-5-sulfoantranílico (V).
Os efeitos da temperatura, tempo, influência do
pH e presença de agentes estabilizantes em preparações
contendo furosemida foram avaliados por Ghanekar et al.
(1978). O fármaco foi analisado pela cromatografia líquida
de alta eficiência com detecção a 254 nm, coluna Bondapak
C18 e fase móvel constituída por (NH4)2HPO4 0,01 M e
metanol a 25%. Os autores concluíram que a furosemida
possui estabilidade limitada em presença de sorbitol, álcool
e conservantes como o metilparabeno e propilparabeno.
Cruz et al. (1979) avaliaram a cinética da reação
de hidrólise da furosemida em relação à variação do pH
do meio e temperatura. A identificação do fármaco e
seu produto de hidrólise ácida, a saluamina, foi efetuada
por meio da cromatografia em camada delgada
utilizando placa de celulose como fase estacionária e
mistura de 2-propanol, acetato de butila, água e amônia
concentrada (50:30:15:1) como fase móvel. Após secagem
do solvente, os cromatogramas foram revelados sob luz
ultravioleta. O doseamento foi feito pela espectrofotometria na região do ultravioleta a 271 nm em solução de
hidróxido de sódio. Os autores concluíram que a
hidrólise obedece à cinética de 1a ordem e que em meio
alcalino o processo hidrolítico é irrelevante.
Moore e Tamat (1980) estudaram os efeitos da
irradiação ultravioleta em soluções aquosas e metanólicas
contendo furosemida e outros fármacos halogenados. Os
autores observaram completa substituição do cloro após
poucos minutos de exposição; o halogênio substituído foi
analisado potenciometricamente. Em complementação ao
trabalho anterior, Moore e Sithipitaks (1982) utilizaram a
cromatografia gasosa, a espectroscopia de massa, a cromatografia líquida de alta eficiência e a espectrofotometria na
região do visível para avaliar a estabilidade e identificar
os produtos de decomposição do fármaco em soluções
aquosas e metanólicas expostas à luz. Os autores concluíram
que em presença de metanol o fármaco sofre fotorredução
com formação do ácido N-furfuril-5-sulfamoilantranílico
(VI) e o ácido 4-cloro-5-sulfoantranílico (VI).
Rapaka et al. (1982) preconizaram metodologia
baseada na cromatografia líquida de alta eficiência para
determinar quantitativamente a saluamina em preparações
farmacêuticas contendo furosemida. Os autores utilizaram
coluna C18 e fase móvel constituída por acetonitrila 0,08
M e ácido fosfórico na proporção de 20:80 e detecção a
280 nm.
Neil et al. (1984) utilizaram a cromatografia
líquida de alta eficiência para separar e dosear a furosemida
em presença da saluamina em soluções injetáveis expostas
à luz. Para a análise foi utilizada coluna SAS-Hypersil
Lecta, v. 22, n. 1/2, p. 19-26, jan./dez. 2004
Metodologias analíticas para a determinação da furosemida
fase móvel constituída por n-propanol e KH2PO4 20
mM (pH 7) na proporção de 25:75, contendo 0,25% de
cetrimida e detecção a 273 nm. O método demostrou
ser eficiente na determinação do fármaco em presença
de produtos de decomposição.
Abdel-Hay (1993) avaliou a estabilidade do fármaco
sob condições ácidas em temperatura de 80° + 1°C. O
método empregado para análise foi espectrofotometria por
derivada de 1a e 2a ordem na região do ultravioleta com
leituras efetuadas a 254 e 262 nm. A espectrofotometria por
derivada de 1a ordem também foi proposta por
Tescarollo (1997); para a análise da furosemida em
amostras expostas sob irradiação ultravioleta, as leituras
foram efetuadas a 262 nm empregando-se NaOH 0,1 M
como solvente. Este método também foi preconizado por
Panchagnula et al. (1997), para análise da furosemida em
preparações farmacêuticas contendo associação do fármaco
com a espironolactona, em decorrência da interferência
que esta causa nos métodos comumente utilizados.
Outros estudos também revelaram que a
estabilidade da furosemida pode estar relacionada com a
natureza polimórfica dos cristais do fármaco (Coherty;
York, 1988; Matsuda; Tatsumi, 1990).
Determinação da furosemida em fluidos biológicos
A furosemida pode apresentar dois metabólitos,
um sob a forma de conjugação glicuronida e outro caracterizado pela saluamina, porém a origem desta, in vivo,
ainda não está bem definida (Ponto; Shoenwald, 1990a,
1990b). Acredita-se que a acidificação das amostras de
plasma, soro e urina utilizada para minimizar a interferência
de substâncias endógenas no método pode favorecer a
23
formação da saluamina. Entretanto, alguns autores preconizam técnicas para sua determinação em presença de furosemida. Dentre os métodos destacam-se a cromatografia
líquida de alta eficiência (MacDougal et al. 1975; Rapaka et
al., 1982) e cromatografia em camada delgada (Mikkelsen;
Andreasen, 1977; Wesley-Hadzija; Mattocks, 1991).
Os métodos mais utilizados para a análise da
furosemida em fluidos biológicos são a cromatografia
líquida de alta eficiência (Bauza et al., 1985; Carr et al.,
1978; Farting et al., 1992; Guermouche et al., 1985;
Kerremans et al., 1882; Lin et al., 1979; Love; Fett, 1991;
Nation et al., 1979; Panchagnula et al., 1997; Prandi et
al., 1992; Prasad et al., 1987; Radeck; Heller, 1980;
Rapaka et al., 1982; Reeuwijk et al., 1992; Russel et al.,
1989; Saugy et al., 1991; Sidhu; Charles, 1993; Uchino et
al., 1984; Wolfgang; Heller, 1989), a cromatografia em
camada delgada associada à análise densitométrica
(Steiness et al., 1979), a espectrofotometria (Ahmad et
al., 1980; Hadju; Haussler, 1964; Lim et al., 1986) e a
espectrofluorimetria (Andreasen; Jakobsen, 1974).
Conclusão
A furosemida ocupa lugar de destaque na
terapêutica médica. As pesquisas apontadas neste artigo
indicam que vários fatores podem interferir na determinação quantitativa do fármaco em medicamentos;
assim, observa-se grande interesse no desenvolvimento
de metodologias capazes de oferecer resultados seletivos,
exatos e precisos, sobretudo quando aplicados em testes
de estabilidade ou em amostras complexas. Desta forma,
pode-se concluir que a análise deste fármaco ainda
merece atenção na procura de novas metodologias.
Referências bibliográficas
ABDEL-HADY ELSAYED, M.; NWAKANMA, C.
O. Basic dye method for assay of hydrochlorothiazide
and furosemide in tablets. Pharmazie, Berlin, v. 34,
n. 4, p. 251-252, 1979.
ABDEL-HAY, M. H. Stability-indicating derivative
spectrophotometric determination of frusemide. Int. J.
Pharm., Amsterdam, v. 99, p. 333-336, 1993.
AGATONOVIC, S.; ZIVANOVIC, L.; RADULOVIC,
D.; PECANAC, D. Spectrophotometric determination
of furosemide and palladium (II) complex. J. Pharm.
Biomed. Anal., Oxford, v. 8, p. 983-986, 1990.
AHMAD, A. K.; ABDEL-MOETY, E. M.; MOUSTAFA,
A. A.; ELGENDY, A. E. Flow injection analysis of
pharmaceutical compounds. Part 3. Quantification of
furosemide with spectrophotometric detection. Arch.
Pharm. Chem. Sci. Ed., Copenhagen, v. 14, p. 113-118, 1980.
Lecta, v. 22, n. 1/2, p. 19-26, jan./dez. 2004
ANAPURE, S. A.; KHANNA, S.; DIGHE, V. S. Highperformance liquid chromatographic method for
frusemide and spironolactone combination. The East
Pharm., New Deli, v. 32, p. 193-194, 1989.
ANDREASEN, F.; JAKOBSEN, P. Determination of
furosemide in blood plasma and its binding to proteins
in normal plasma and in plasma from patients with
acute renal failure. Acta Pharmacol. Toxicol., Copenhagen,
v. 35, p. 49-57, 1974.
BAUZA, M. T.; LESSER, C. L.; JOHNSTON, J. T.;
SMITH, R. V. Comparison of extraction and
precipitation methods for the HPLC determination of
furosemide in plasma and urine. J. Pharm. Biomed. Anal.,
Oxford, v. 3, n. 5, p. 459-467, 1985.
BRITISH pharmacopoeia. London: Her Majesty’s
Stationary Office, 1988. v. 1, p. 262-263.
24
Iara Lúcia Tescarollo Dias, Graciliano de Oliveira Neto, Jorge Luiz Seferin Martins
BRITISH pharmacopoeia. London: Her Majesty’s
Stationary Office, 1993. v. II, p. 924.
CARR, K.; RANE, A.; FRÖLICH, J. C. Simplified assay
of furosemide in plasma and urine by high-pressure liquid
chromatography. J. Chromatogr., Amsterdam, v. 145,
p. 421-427, 1978.
CASSASAS, E.; FABREGAS, J. L. Spectrophotometric
determination of furosemide with phoroglucinol. Anal.
Chim. Acta, Amsterdam, v. 106, p. 151-154, 1979.
COHERTY, C.; YORK, P. Frusemide crystal forms,
solid state and physicochemical analyses. Int. J. Pharm.,
Amsterdam, v. 47, p. 141-155, 1988.
COSOFRET V. V. Drug membrane sensors and their
pharmaceutical applications. Trends Anal. Chem.,
Amsterdam, v. 10, n. 9, p. 298-301, 1991.
COSOFRET, V. V.; BUCK, R. P. Recent advances in
pharmaceutical analysis with potentiometric membrane
sensors. Crit. Rev. Anal. Chem., Boca Raton, v. 24, n. 1,
p. 1-58, 1993.
CRUZ, J. E.; MANESS, D. D.; YAKATAN, G. J.
Kinetics and mechanism of hydrolysis of furosemide.
Int. J. Pharm., Amsterdam, v. 2, p. 275-281, 1979.
ERRAN, S. V.; TIPNIS, H. P. Simple spectrophotometric analysis of furosemide and amiloride
hidrochloride from combined pharmaceutical dosages.
Indian Drugs, Bombay, v. 30, p. 371-376, 1993.
FARMACOPÉIA brasileira. 3. ed. São Paulo: Organização Andrei, 1977. p. 487-488.
FARTING, D.; KARNES, T.; GEHR, T. W.; MARCH,
C.; SICA, D. A. External standard high-performance
liquid chromatographic method for quantitative determination of furosemide in plasma by use in solid phase
extraction and online elution. J. Pharm. Sci., Washington,
v. 81, p. 569-571, 1992.
GARCIA, M. S.; SANCHES-PEDRENO, C.; ALBERO,
M. I.; RODENAS, U. Flow-injection spectrophotometric
determination of frusemide or sulphathiazole in
pharmaceuticals. J. Biomed. Anal., Oxford, v. 15, n. 4,
p. 453, 1997.
GHANEKAR, A. G.; DAS GUPTA, V.; GIBBS, C. W.
Stability of furosemide in aqueos systems. J. Pharm. Sci.,
Washington, v. 67, n. 6, p. 808-811, 1978.
GUERMOUCHE, S.; GUERMOUCHE, M. H.; MANSOURI, M.; ABED, L. Determination of furosemide in
rat plasma using HPLC and liquid scintillation. J. Pharm,
Biomed. Anal., Oxford, v. 3, n. 5, p. 453-458, 1985.
HADJU, P.; HAUSSLER, A. Untersuchungen mit
dem salureticum 4-chlor-N(2-furfurylmethyl)-5-sulfamoyl-
antranilsaure. Arzeneim. Frosch., Aulendorf, v. 14,
p. 709-710, 1964.
ISSOPOULOS, P. B. Spectrophotometric determination
of microquantities of frusemide using iso and heteropolyanions of molybdeniun (VI) as oxidising agents. Frezenius
Z. Anal. Chem., Wiesbaden, v. 334, p. 554-557, 1989.
KERREMANS, A. L. M.; TAN, Y.; VAN GINNEKEN,
C. A. M.; GRIBNAU, F. W. J. Specimen handling and
high-performance liquid chromatographyc determination
of furosemide. J. Chromatogr. Biomed. Appl., Amsterdam,
v. 229, p. 129-139, 1882.
KOROLKOVAS, A. Dicionário terapêutico Guanabara. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 1995/1996.
KOVAR, K. A. et al. Die hydrolytische spaltung einiger
sulfonamide diuretika. Archiv. Pharmazie, Weinheim,
v. 307, p. 657, 1974.
LIGTH, T. Industrial use and applications of ion seletive
electrodes. J. Chem. Educ., v. 74, n. 2, p. 171-177, 1997.
LIM, C. F.; WYNNE, K. N.; BARNED, J. M.;
TOPLISS, D. J.; STOCKIGT, J. R. Non-isotopic
spectrophotometric determination of the unbound
fractrion of drugs in serum. J. Pharm. Pharmacol.,
London, v. 38, p. 795-800, 1986.
LIN, E. T.; SMITH, D. E.; BENET, L. Z.; HOENER,
B. A. High-performance liquid chromatographic assays
furosemide in plasma and urine. J. Chromatogr.,
Amsterdam, v. 163, p. 315-321, 1979.
LOVE, L. J.; FETT, J. J. Optimization of selectivity in
micellar chromatographic procedures for the
determination of drugs in urine by direct injection. J.
Pharm. Biomed. Anal., Oxford, v. 9, p. 323-333, 1991.
MACDOUGAL, M. L.; SHOERMAN, D. W.;
AZARNOFF, D. L. Separation and quantitative of
furosemide and 4-choro-5-sulfamoylanthranilic acid
(CSA) by high-performance liquid chromatography. Res.
Commun. Chem. Pathol. Pharmacol., Westbury, v. 10,
p. 285-292, 1975.
MARTINDALE, W. H. The extra pharmacopoeia, 30. ed.
London: Pharmaceutical Press, 1991. p. 815-818.
MATSUDA, Y.; TATSUMI, E. Phisicochemical
characterization of furosemide modification. Int. J.
Pharm., Amsterdam, v. 60, p. 11-26, 1990.
MERCK index. 11 ed. Rahway, 1989, p. 674.
MIKKELSEN, E.; ANDREASEN, F. Simultaneous
determination of furosemide and two of its possible
metabolites in biological fluids. Acta Pharmacol. Toxicol.,
Copenhagen, v. 41, p. 254-262, 1977.
MOORE, D. E.; TAMAT, S. R. Photosensitization by
Lecta, v. 22, n. 1/2, p. 19-26, jan./dez. 2004
Metodologias analíticas para a determinação da furosemida
drugs: photolysis of some chlorine-containing drugs. J.
Pharm. Pharmacol., London, v. 32, p. 172-177, 1980.
MOORE, D. E.; SITHIPITAKS, V. Photolytic degradation of frusemide. J. Pharm. Pharmacol., London, v. 35,
p. 489-493, 1982.
MOUSTAFA, A. A.; ABDEL-MOETY, E. M. Identification and quantification of frusemide in raw material
and in tablets. Farmaco, Pavia, v. 42, p. 51-57, 1987.
NATION, R. L.; PENG, G. W.; CHIOU, W. L.
Quantitative analysis of furosemide in micro plasma
volumes by high-performance liquid chromatography. J.
Chromatogr., Amsterdam, v. 162, p. 88-93, 1979.
NEIL, J. M.; FELL, A. F.; SMITH, G. Evaluation of
the stability of furosemide in intravenous infusion by
reversed-phase high-performance liquid chromatography.
Int. J. Pharm., Amsterdam, v. 22, p. 105-126, 1984.
NICOLIC, K. I.; MEDENICA, M. Potenciometric
determination of furosemide. Acta Pharm. Jugosl.,
Zagreb, v. 40, p. 521-525, 1990.
PANCHAGNULA, R.; KAUR, K.; SOOD, A.;
SINGH, I. Analysis of frusemide and spironolactone
mixtures using first-derivative spectrophotometry.
Pharm. Sci., v. 3, n. 8, p. 425-429, 1997.
PONTO, L. B.; SHOENWALD, R. D. Furosemide
(frusemide) a pharmacokinetic/pharmacodinamic. Review
(Part I). Clin. Pharmacokinet., Auckland, v. 18, n. 5,
p. 381-408, 1990a.
______. Furosemide (frusemide) a pharmacokinetic/
pharmacodinamic. Review (Part II). Clin. Pharmacokinet.,
v. 18, n. 6, p. 460-471, 1990b.
PRANDI, C.; FAGIOLINO, P.; MANTA, E.; LLERA,
L. D. Bioavaiability study of furosemide prodrugs in
rats. Farmaco, Pavia, v. 47, n. 9, p. 1225-1234, 1992.
PRASAD, T. N. V.; SASTRY, B. S.; RAO, E. V.;
SASTRY, C. S. P. Extractive spectrophotometric
determination of diuretics usings basis dyes. Pharmazie,
Berlin, v. 42, p. 135-136, 1987.
RADECK, W.; HELLER, M. Improved method for the
determination of furosemide in plasma by high
performance-liquid chromatography. J. Chromatogr.,
Amsterdam, v. 497, p. 367-370, 1980.
RAPAKA, R. S.; ROTH, J.; PRASAD, V. K. The
analysis of 4-chloro-5-sulfamoyianthranilic acid in bulk
material and pharmaceutical preparation of furosemide
by a high-performance liquid chromatographic method.
Int. J. Pharm., Amsterdam, v. 11, p. 237-247, 1982.
RAPAKA, R. S.; ROTH, J.; VISWANATHAN, C. T.;
GOEHL, T. J.; PRASAD, V. K.; CABANA, B. E.
Lecta, v. 22, n. 1/2, p. 19-26, jan./dez. 2004
25
Improved method for the analysis of furosemide in
plasma by high-performance liquid chromatography. J.
Chromatogr., Amsterdam, v. 227, p. 463-469, 1982.
REEUWIJK, H. J. E. M.; TJADEN, U. R.; GREEF, J.
Simultaneous determination of furosemide and amiloride
in plasma using high-performance liquid chromatography
with fluorescence detection. J. Chromatogr., Amsterdam,
v. 575, p. 269-274, 1992.
ROTH, J.; RAPAKA, R. S.; PRASAD, V. K. An highperformance liquid chromatography procedure for the
analysis of furosemide in pharmaceuticals-analysis of
furosemide tablets and furosemide injections. Anal.
Lett., New York, v. 14, n. 13, p. 1013-1030, 1981.
ROWBOTHAM, P. C.; STANFORD, J. B.; SUGDEN,
J. K. Some aspects of the photochemical degradation of
frusemide. Pharm. Acta Helv., Zurich, v. 51, p. 304-307,
1976.
RUSSEL, F. M. G.; TAN, Y.; MEIJEL, J. J. M.;
GRIBNAU, F.; VAN GINNEKEN, C. A. M. Solidphase extraction of furosemide from plasma and urine
and subsequent analysis by high-performance liquid
chromatography. J. Chromatogr., Amsterdam, v. 496,
p. 234-244, 1989.
SADANA, G. S.; GHOGARE, A. B. Simultaneous
determination os spironolactone and frusemide in
pharmaceutical dosage forms by HPLC. Indian J. Pharm.
Sci., Bombay, v. 52, p. 244-246, 1990.
SALIM, E. F.; HAUSSLER, A.; VAUGHAN, J. B.
Qualitative and quantitative tests of furosemide. J.
Pharm. Sci., Washington, v. 57, n. 4, p. 640-641, 1968.
SASTRY, C. S. P.; PRASAD, T. N. V.; SASTRY, B. S.;
RAO, E. V. Spectrophotometric methods for the
determination of some diuretics using 3-metyl-2benzothiazolinone hydrazone. Analyst, London, v. 133,
p. 255-258, 1988.
SAUGY, M.; MEUWLY, P.; MUNAFO, A.; RIVIER,
L. Rapid high-performance liquid chromatographic
determination with fluorescence determination of
furosemide in human body fluids and confirmation by
gas chromatography-mass spectrometry. J. Chromatogr.,
Amsterdam, v. 546, p. 567-578, 1991.
SEVILLANO-CABEZA, A.; CAMPINS-FALCO, P.;
SERRADOR-GARCIA, M. Extractive-spectrophotometric determination of furosemide with sodium 1,2naphtoquinone-4-sulfonate in pharmaceutical formulations. Anal. Lett., New York, v. 30, n. 1, p. 91-107, 1997.
SIDHU, J. S.; CHARLES, B. G. Simple microscale
high-performance liquid chromatographic method for
determination of frusemide in neonatal plasma. J.
26
Iara Lúcia Tescarollo Dias, Graciliano de Oliveira Neto, Jorge Luiz Seferin Martins
Chromatogr., Amsterdam, v. 123, p. 161-165, 1993.
SILVA, P. Farmacologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 1994. p. 697.
STEFAN, R. I.; BAIULESCU, G. E.; ABOULENEIN, H. Y. Ion-selective membrane electrodes in
pharmaceutical anlysis. Crit. Rev. Anal. Chem., Boca
Raton, v. 27, n. 4, p. 307-321, 1997.
STEINESS, I.; CHRISTIANSEN, J.; STEINESS, E.
Direct thin-layer densitometric determination of pharmacological concentration of furosemide in plasma and
urine. J. Chromatogr., Amsterdam, v. 164, p. 241-246, 1979.
STURN, K.; SIEDEL, W.; WEYER, R.; RUSCHIG, H.
Synhesen von 5-sulfamoyl-anthranilsaure derivaten.
Chem. Ber., Weinheim, v. 99, p. 328-344, 1966.
TESCAROLLO, I. L. Determinação da furosemida por
espectrofotometria derivada em presença de saluamina. 1997.
89 f. Dissertação (Mestrado) – USP, São Paulo, 1997.
TESCAROLLO DIAS, I. L.; OLIVEIRA NETO, G.
de; VENDRAMINI, D. C.; SOMMER, C.; MARTINS,
J. L. S. A Poly (vinyl chloride) membrane electrode for
the determination of the diuretic furosemide. Anal.
Lett., v. 37, p. 35-41, 2004.
UCHINO, K.; ISOZAKI, S.; SAITOH, Y.;
NAKAGAWA, F.; TAMURA, Z. Quantitative determination of furosemide in plasma, plasma water, urine and
ascites fluids by HPLC. J. Chromatogr., Amsterdam,
v. 308, p. 241-249, 1984.
UNITED States pharmacopoeia. 21. ed. Rockville: United
States Pharmacopoeial Convention, 1985. p. 452-454.
______. 23. ed. Rockville: United States Pharmacopoeial
Convention, 1995. p. 696-698.
WESLEY-HADZIJA, B.; MATTOCKS, A. M. Tinlayer chromatographic determination of furosemide and
4-chloro-5-sulfamoilanthranilic acid in plasma and
urine. J. Chromatogr., Amsterdam, v. 229, p. 425-432,
1991.
WOLFGANG, R.; HELLER, M. Improved method for
the determination of furosemide in plasma by highperformance liquid chromatography. J. Chromatogr.,
Amsterdam, v. 497, p. 367-370, 1989.
ZIVANOVIC, L.; AGATONOVIC, S.; RADULOVIC,
D. Extraction spectrophotometric determination of
furosemide as its Fe(III) complex. Pharmazie, Berlin,
v. 45, p. 935, 1990.
Lecta, v. 22, n. 1/2, p. 19-26, jan./dez. 2004

Documentos relacionados