catering petrolífero
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NÚMERO DA SEMANA 30 Mil milhões de usd É quanto foi arrecadado com as exportações de petróleo durante o ano de 2011 Unitel premiada A operadora de telefonia móvel Unitel venceu o prémio de melhor participação “Expo Angotic 2012”, que decorreu de 17 a 20 deste mês, na Feira Internacional de Luanda. Segundo José Henriques, da UNITEL, o primeiro fórum da Feira Internacional das Tecnologias de Informação e Comunicação “Angoptic” serviu para divulgar o objecto social da operadora. Movicel investe A operadora de telefonia móvel, Movicel, investiu cerca de 100 milhões de dólares nos serviços de quarta geração “4G”, anunciou o chefe de departamento de infra-estrutura, Pepino Prazer. Este serviço vai proporcionar vantagens como a largura de banda, vídeo-chamadas, escritório virtual e comunicação de dados de alta velocidade. A aposta visa acompanhar o dinamismo e o ritmo das novas tecnologias de informação, que o país está a registar, disse o responsável da Movicel Fez-se luz Uma nova central termoeléctrica começou a funcionar, nesta quinta-feira, na cidade de Saurimo, Lunda-Sul. Com capacidade de gerar 7,5 megawatts de energia eléctrica, a nova central beneficiará mais de cinco mil clientes. Na cidade de Saurimo foram instalados vários postos de transformação de energia e dois mil, trezentos e trinta e três postos de iluminação pública. Catering petrolífero Logística encalha negócio >>P.06 conjuntura actual fecho Vendas 2010/11 A nova moda Nota positiva Petróleo >>P. 05 BUEs >> P.08 Fitch >>P.11 02 25 Maio 2012 Análise Seguros Proteger os bens ainda não é uma atitude comum Falta quase tudo no sector dos seguros em Angola, apesar dos avanços, das perspectivas animadoras e do pontecial existente. Estas são algumas das conclusões percebidas pela KPMG Angola no estudo sobre o sector, que o Novo Jornal tem vindo a publicar. Ainda não existe de forma generalizada uma cultura de seguros na população angolana, e a valorização dos princípios da protecção de bens e pessoas ainda não é comum. O grau de conhecimento pelos consumidores de produtos de seguros e dos seus direitos e deveres é ainda limitado, factor comprovado pelos baixos níveis de participação de sinistros no Ramo Automóvel. Outro dos factores que demonstra esta tendência, é a reduzida penetração no mercado dos seguros de Vida, tanto na vertente de risco como financeira. Progressivamente, com o aumento do nível médio de rendimento, com o fortalecimento da classe média e com a melhoria do nível médio de vida em Angola, é expectável que também a propensão para procurar proteger bens e pessoas e para a poupança seja superior. O crescimento do sector e a progressiva cobertura do território angolano, quer através da rede própria, quer através da utilização de canais de distribuição alternativos (mediação ou canal bancário), bem como as diversas campanhas de sensibilização em desenvolvimento pelas Companhias, contribuirão para o reforço desta cultura de protecção e poupança. Nível regulamentar Do ponto de vista regulamentar tem-se assistido a um reforço progressivo do regime jurídico e do papel da supervisão. Depois de uma primeira fase após a liberalização do mercado em 2001, em que a prioridade foi dada à criação e aprova- O crescimento do Sector deverá implicar uma maior intensidade regulamentar e um reforço das práticas de supervisão. ção do enquadramento legal em vigor, seguiu-se uma segunda fase de evolução, com o surgimento após 2005 de novos operadores no mercado. Na terceira fase, actualmente em curso, o principal objectivo será de reforçar a presença no mercado com o início das primeiras inspecções e com o reforço do seu papel na expansão da cultura de seguros e fundos de pensões junto do público, tornando-se numa organização moderna, profissional, actuante e eficiente. O crescimento do Sector deverá implicar uma maior intensidade regulamentar e um reforço das práticas de supervisão, promovendo a utilização de práticas e instrumentos destinados a garantir a solidez financeira dos operadores e reforçando as estruturas e mecanismos de governação, com especial incidência no cumprimento de princípios de conduta de mercado e prestação de informação que lhe está associada. Num plano complementar, prevê-se um progressivo reforço do alinhamento com os standards internacionais e as boas práticas de mercado. A nível nacional, destacase o protocolo com o INE bem como as relações regulares com o Banco Nacional de Angola e com a Comissão do Mercado de Capitais. A participação do ISS em diversos fóruns Internacionais, como o International Association of Insurance Supervisors (IAIS) ou o Comité dos Órgãos Supervisores das Instituições Financeiras Não Bancárias, vão igualmente contribuir para o reforço regulamentar, esperandose um enfoque em temas como a Neste primeiro estudo, procurámos partilhar o nosso entendimento sobre alguns dos principais desafios que o Sector Segurador em Angola está a enfrentar, ou irá enfrentar nos próximos anos. 25 Maio 2012 03 A oferta disponível no mercado, está maioritariamente ligada a produtos e coberturas obrigatórias. governação, gestão de risco e controlo interno, conduta de mercado e prestação de informação. Adicionalmente, num mercado em que a cultura de efectuar seguros para protecção de bens e pessoas, bem como o valor da poupança, ainda é limitada, a adopção da obrigatoriedade de alguns seguros tem sido, e deverá continuar a ser, um importante factor de crescimento do mercado. Actualmente, os Ramos obrigatórios são os seguintes: - Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais; - Responsabilidade Civil de Aviação, Transportes Aéreos, Infra- estruturas Aeronáuticas e Serviços Auxiliares; - Responsabilidade Civil Automóvel. O reenquadramento dos benefícios tributários e fiscais bem como a regulamentação de novos segmentos como o microsseguro ou os seguros populares serão importantes factores para o crescimento do mercado. Em suma, neste quadro de evolução torna-se fundamental a existência de uma actuação concertada que permita dar resposta a estas tendências do Sector, tanto numa perspectiva de estratégia de negócio, como operacional pelos diversos intervenientes neste mercado. Apresentamos de seguida a nossa visão sobre alguns dos principais desafios que se colocam ao Sector Segurador e de Fundos de Pensões. Principais Desafios A constante evolução deste Sector, apresenta, sem dúvida, inúmeras oportunidades de crescimento mas também alguns desafios. Neste primeiro estudo, procurámos partilhar o nosso entendimento sobre alguns dos principais desafios que o Sector Segurador em Angola está a enfrentar, ou irá enfrentar nos próximos anos, e sobre os quais entendemos que as Instituições devem fazer alguma reflexão, endereçando os mesmos de forma assertiva, nomeadamente: Procuraremos concretizar os desafios apresentados, ilustrando não apenas os principais constrangimentos e dificuldades que as Companhias poderão encontrar, mas também algumas iniciativas que poderão vir a desenvolver para os endereçar de forma adequada. 1 - Reforçar o grau de conhecimento dos clientes e desenvolver novos produtos, canais de distribuição e parcerias; 2 - Melhorar a eficiência das suas operações e Cobertura dos Sistemas de Informação; 3 - Reforçar a formação e melhorar os mecanismos de retenção de talentos; 4 - Adequar o modelo de Governo aos novos desafios de mercado e regulamentares (Auditoria, Risco e Compliance). Nesta fase inicial de desenvolvimento, o mercado de seguros em Angola tem-se caracterizado em geral por uma abordagem pouco diferenciada por segmentos de clientes. A nível de canais, apesar das primeiras experiências de venda através do Sector Bancário, ainda existe um predomínio da venda directa, através dos balcões das Companhias. Também o número de mediadores a actuar no mercado é ainda reduzido, fazendo com que este canal ainda tenha comparativamente um peso reduzido no total de vendas. Relativamente a produtos, a oferta disponível no mercado, está maioritariamente ligada a produtos e coberturas obrigatórias, havendo ainda uma reduzida penetração de alguns produtos, nomeadamente relacionados com o Ramo Vida. Relativamente à mediação, espera-se também uma supervisão cada vez mais eficiente com o objectivo de reforçar a protecção dos consumidores, de incrementar a profissionalização e valorização da actividade de mediação. Para melhor conhecer os clientes é fundamental o tratamento da informação já disponível nas Companhias. Adicionalmente, uma recolha sistematizada de informação de mercado sobre o seu comportamento e perfil poderá igualmente contribuir para melhor conhecer o tipo de necessidades e preferências e, deste modo, desenvolver uma oferta mais adequada a cada segmento de clientes. Desenvolvimento de novos canais e parcerias O desenvolvimento de novos canais de distribuição e parcerias, principalmente na área da gestão de sinistros, é outro dos desafios para o todo o Sector. A necessidade de garantir uma maior cobertura geográ- fica e melhor responder às necessidades dos diversos segmentos, justifica o desenvolvimento de novos canais de distribuição, complementarmente ao alargamento dos canais mais utilizados actualmente (venda directa e corretores/mediadores). O desenvolvimento de parcerias, principalmente na área de gestão de sinistros, poderá contribuir para a diferenciação e aumento dos níveis de serviço e qualidade percebida pelos clientes no serviço prestado pela seguradora. O desenvolvimento de parcerias, principalmente na área de gestão de sinistros, poderá contribuir para a diferenciação e aumento dos níveis de serviço e qualidade. 04 25 Maio 2012 Negócios A Rede de Supermercados Nosso Super reinaugura hoje a loja do Gamek, a primeira de um total de 29 a serem reabertas em todo o país Na ZEE Fábricas detidas pela Sonangol ainda sem destino A Sonangol Investimentos Industriais, Limitada (SIIND) continuará a gerir as fábricas que construiu na Zona Económica Especial (ZEE) Luanda/Bengo, até que o Executivo decida o futuro a ser atribuído às mesmas, declarou o Presidente da Comissão Executiva deste complexo industrial. “No que respeita à adjudicação das fábricas, devo dizer que a Sonangol não tem ainda qualquer orientação do Executivo. As fábricas estão a ser geridas pela SIIND, pois elas constituem seus activos e investimentos e enquanto não haver orientação contrária a esta, a Sonangol é que tem a titularidade das fábricas e responde pela coordenação de todos estes empreendimentos industriais”, salientou Eugénio Bravo da Rosa. O gestor falava durante uma conferência nesta segunda-feira, 21, depois da cerimónia que assinalou a inauguração de mais seis fábricas da Zona Económica Especial. “Enquanto não haver essa orientação, a Sonangol continuará a fazer a gestão destas unidades industriais. Cabe ao Executivo definir e decidir relativamente ao futuro a dar a todas estas unidades industriais”, acrescentou. No entanto, este responsável admitiu a possibilidade de intervenção do sector privado na futura gestão das mesmas, mediante parcerias Quintiliano dos Santos com o Estado. “É intenção da Sonangol abrir a gestão dessas fábricas a parcerias que poderão ser privadas e para esse caso a empresa negociará com diversas entidades privadas a sua entrada no capital social das diferentes fábricas, definindo uma quota de capital, a adquirir pelas diferentes empresas privadas interessadas e depois fazendo-se também na mesma proporção a repartição do capital investido”, especificou. Na segunda-feira entraram em funcionamento na ZEE, seis unidades fabris, nomeadamente a Telhafal Lda, vocacionada à produção de telhas metálicas, com capacidade produtiva de 2.700 metros quadrados de telhas por ano e emprega 63 trabalhadores. A outra unidade é a Transplás, Lda. Concebida para fabricar aces- sórios de tubos PVC e polietileno, cuja produção ascende as 1900 toneladas anuais, conta com 50 operários. Já a MTBT, Lda, produz material eléctrico de média e baixa tensão, com 20 mil unidades por turno de trabalho de oito horas. Por seu lado, a Inducabos, Lda, fabrica cabos e fios eléctricos de cobre e alumínio. Tem a capacidade de cerca de 72 milhões de metros de cabo no primeiro ano de activi- Debilidades da indústria nacional O ministro da Geologia e Minas e Indústria, Joaquim David, destapou as debilidades da indústria nacional, frisando pertencerem ao passado, ao reconhecer que a mesma era caracterizada por actividades exclusivamente ligadas ao sector petrolífero e diamantífero. “Noutros domínios havia um predomínio acentuado de unidades de pequena dimensão, de fabrico pouco diversificado, voltados quase exclusivamente ao consumo interno”, afirmou Joaquim David. O governante fez estas considerações antes de inaugurar as unidades fabris da ZEE, assinalando que na altura havia consideráveis dificuldades de recrutamento de mão-de-obra especializada em várias categorias profissionais, associadas ao também baixo nível de conhecimento de gestão, capacidade técnica e mentalidade industrial em muitos sectores da indústria transformadora. “Havia dificuldades na colocação dos produtos no mercado nacional e com custos acentuados na aquisição de matérias-primas. Os custos de energia eram elevados e havia outros factores básicos da produção industrial que resulta- vam em graves insuficiências e falta gritante de produtos de qualidade e de controlo para a maioria dos produtos fabricados, além de insuficiência gritante de investimentos”, afirmou. No entanto, com o surgimento da Zona Económica Especial Luanda/ Bengo, o ministro deixou a entender que houve uma viragem no parque industrial nacional, cujos indicadores revelam “substantivo crescimento”, o que fica a dever-se ao empenho do Estado e empreendedores privados. “Os investimentos públicos ultimamente realizados em termos de estradas e transportes, produção, distribuição de energia e da água potável apontam para um funcionamento mais eficiente e sustentável da actividade industrial”, sublinhou. H.S. dade, passando para 163 milhões no ano seguinte. Esta emprega 87 profissionais. Figura também a Ninhoflex, Lda, cuja vocação é fabricar colchões e almofadas, com capacidade produtiva de 42 mil (unidades em espuma), 4.200 (unidades em molas), além de 4 mil almofadas mensais. Por fim, a Indotubos, Lda, está capacitada para produzir 5.082 toneladas de tubos por ano, dispõe de 33 trabalhadores. Na conferência de imprensa, Eugénio Bravo da Rosa, escusou-se a avançar o valor individual das unidades fabris ora inauguradas, referindo que as mesmas custaram ao todo 78 milhões de dólares, que somados às outras oito fábricas que entraram em actividade no ano passado, perfaz um volume global de investimentos, na ordem dos 128 milhões de dólares, aplicados pelo Executivo, por intermédio da Sonangol e sem qualquer recurso à financiamentos bancários. Ao todo estão projectadas 73 fábricas. Questionado sobre os eventuais investimentos que a SIIND poderia realizar noutras regiões do país, Eugénio Bravo da Rosa disse que a este organismo ligado à companhia petrolífera estatal compete apenas gerir as unidades industriais transferidas pelo Gabinete de Reconstrução Nacional (GRN) à Sonangol. HORTÊNCIO SEBASTIÃO Fábricas funcionam a 50% A responsável dos Recursos Humanos da SIIND, Eremita de Carvalho Marques, informou no entanto que, as 14 fábricas que compõem até agora a Zona Económica Especial funcionam apenas a 50% da capacidade instalada. Com cerca de três mil trabalhadores que operam no complexo industrial, repartidos em 1500 com empregos directos e dois mil outros ligados à empresas de apoio (segurança, empreiteiras e logística), as fábricas encontram-se ainda em fase de impulso e sustentadas com recursos da Sonangol. H.S. 25 Maio 2012 Conjuntura 05 O PCA da Endiama EP, Carlos Sumbula, afirmou que o Processo Kimberley cumpriu eficazmente com os objectivos que estiveram na base da sua criação, banindo os diamantes de conflito Crescem exportações e vendas de petróleo As exportações de petróleo bruto da Sonangol no ano passado totalizaram 301 milhões, 608 mil e 585 barris, que resultaram na receita de 30 mil milhões, 375 milhões e 595 mil dólares, refere o relatório de actividades do respectivo ano económico a que o NJ teve acesso. O documento revela que, nesse período o preço médio por barril cifrouse em 100.71 dólares, enquanto as vendas ao exterior do ano anterior renderam 22 mil milhões, 714 milhões, 285 mil e 637 dólares, com 291 milhões, 518 mil e 450 barris vendidos. Aqui o preço médio por barril sofreu queda, situando-se em 77.90 dólares. Segundo o relatório, as exportações foram feitas a partir de 14 campos petrolíferos, nomeadamente Cabinda, Nemba, Palanca, Kuito, Girassol, Xikomba, Mondo, Kissanje, Dália, Plutónio, Gimboa, Xaxi-batuque e Paz-Flor, dos quais o que mais exportou em 2011, foi o campo Dália com 52 milhões, 288 mil, 769 barris, enquanto o campo Xikomba menos exportou, com 475 mil e 615 barris. Outros dados da exportação de petróleo bruto no ano transacto indicam que se seguem os campos Kissanje (43,394,217 barris), Nemba (43,037,704 barris), Hungo (37,018,688 barris) e Cabinda (31,451,053 barris). Enquanto isso, no ano anterior, do campo Kissanje saíram 49 milhões, 459 mil, 167 barris, como o que mais exportou e novamente o Xikomba com menor nível de exportação, com 1,924,470 barris. Entre os produtos refinados da Sonangol, durante o ano passado as exportações do país atingiram 849 milhões, 396 mil e 85 dólares, contra 530 milhões, 255 mil e oito dólares no ano anterior. Relativamente às quantidades em 2011 cifraram- Investimentos crescentes Três mil milhões, 259 milhões e 943 mil dólares foi o volume de investimentos realizado pela Sonangol EP em 2011, segundo o relatório das actividades e em idêntico período do ano que antecedeu esse volume situou-se em dois mil milhões, 898 milhões e 684 mil dólares. se em 964 mil e 52 toneladas métricas, das quais em fuel óleo alcançou (748.16), nafta (153,999), gasolina (4,715), kerosene (1,952), jet A1 (10,853), gás butano (35,359), gás propano (94,050) e oil bend (31,189). Já em 2010, a exportação desses produtos forneceu indicadores, como 842,251 toneladas métricas repartidas entre fuel óleo com (544,389), nafta (150,031), gasolina (6,183), jet A1(22,806), gás butano (25,191) e propano (66,174). O relatório menciona ainda que as vendas internas de derivados de petróleo em 2011 totalizaram 3 milhões, 789 mil, 147 toneladas métricas, ao passo que no ano anterior cifraram-se em 3 milhões, 637 mil e 548 toneladas métricas. Por regiões, Luanda/Bengo foi a que mais vendeu em 2011 (2,318,601 toneladas métricas), seguida da região Oeste (422,956), Norte (246,516), Sul (222,077), Nordeste (200,507), Cabinda (193,366) e Centro Leste (185,125). Em 2010, as vendas registaram um volume de 2,170,609 toneladas métricas na região Luanda/Bengo, Oeste (388,726), Norte (294,996), Sul (265,545), Nordeste (189,633), Centro Leste (185,600) e Cabinda (142,440). Nas vendas de derivados por segmentos de negócios, o relatório da companhia estatal aponta que em 2011, resultou 3 milhões, 789 mil, 147 toneladas métricas, em segmentos de mercado, como de retalho, consumo, aviação, marinha e lubrificantes. Comparativamente, no ano anterior essas vendas quedaram-se em 3 milhões, 637 mil, 548 toneladas métricas, representando uma variação de 4.17 por cento, onde pontificaram produtos derivados como o gás butano, gasolina, jet A1 e B, gás de aviação, kerosene, gasóleo, “fuel oil”, “extra heavy”, asfalto, “cutback”, lubrificantes, entre outros. Note-se que 328 postos de abastecimento de combustíveis estiveram em funcionamento em 2011, enquanto no ano anterior esta cifra situava-se em 432, representando um decréscimo na ordem de menos 24.07 por cento. HORTÊNCIO SEBASTIÃO Angola e Moçambique nas contas do Brasil O Brasil está a afirmar-se como “grande actor político e económico” em Angola, Moçambique e em outros países africanos, com as suas empresas a investirem nos mesmos sectores que importantes interesses chineses ou indianos, afirma o investigador Loro Horta. No artigo “O abraço da anaconda: Um Brasil em ascensão entra em África”, publicado este mês na Latin Business Chronicle, Horta afirma que a crescente presença brasileira tem passado despercebida, com o foco a incidir sobre a China e a Índia, duas outras grandes economias emergentes. “Um Brasil em ascensão com uma comunidade empresarial cada vez mais poderosa está ansioso por encontrar novos mercados para investir a sua riqueza recentemente adquirida”, afirma o investigador. As empresas brasileiras estão a avançar com projectos em países como o Malawi, Zimbabwe e Namíbia, mas o principal destino deste investimento está a ser a África de língua portuguesa, em particular Angola e Moçambique, sublinha. A economia moçambicana vai receber mesmo o maior investimento brasileiro até à data no continente: uma linha de caminho-de-ferro de 41,7 mil milhões de dólares lançada pelo grupo mineiro Vale. “A maior parte do investimento brasileiro deverá ir para o sector mineiro e particularmente para a extracção de carvão”, afirma. Mas também a agricultura poderá tornar-se noutro importante destino de investimento brasileiro, tendo sido noticiado que o governo de Moçambique procura atrair ao país produtores de algodão, soja ou milho disponibilizando terras. Outro foco tem sido a produção de biocombustíveis, a que o governo brasileiro destinou uma linha de crédito de 97 milhões de dólares para pequenos projectos agrícolas, mais tarde alargada para 300 milhões de dólares. Em Angola, o investimento brasileiro cresceu 20 vezes entre 2002 e 2008, envolvendo grandes grupos como a Petrobras, Odebrecht, Andrade Gutierrez ou Vale. Uma nova linha de crédito no valor de 2 mil milhões de dólares criada pelo governo do Brasil para Angola foi formalmente constituída em Brasília com a assinatura formal do documento. Durante a sua visita a Angola, a pre- sidente brasileira Dilma Rousseff definiu como princípios para o envolvimento em África que as empresas brasileiras se esforcem por contratar nacionais, façam da transferência de tecnologia uma prioridade e que lancem parcerias com parceiros locais e respeitem a legislação. Para Loro Horta, “não foi coincidência” estas declarações terem sido feitas em Angola, onde foram algumas vezes feitas críticas públicas à alegada baixa contratação de mãode-obra local pelas empresas chinesas, pelo que esta postura brasileira mostra a “crescente concorrência com a China, outra potência emergente que tem estado a construir uma presença impressionante em todo o continente”. Embora a maior presença chinesa em Angola seja inquestionável, responsáveis da delegação brasileira “fizeram questão de notar” que as empresas brasileiras “são o maior empregador do país”, adianta. 06 25 Maio 2012 Entrevista Luís Fonseca director da Express Support Services “A grande dificuldade é a questão da logística” Assume-se como a empresa nacional líder do catering às petrolíferas que operam no país e olha para o sector mineiro como a próxima aposta. Em conversa com o NJ, o director da Express Support Services falou sobre os desafios do sector. Texto de Faustino Diogo Fotos de Ampe rogério O catering é um sector específico. Como é que funciona, atendendo à multiplicidade de nacionalidades que trabalham no sector petrolífero em Angola? Esta actividade de catering tem duas vertentes. Tem uma, a que chamamos o catering industrial, que procura responder às necessidades dos nossos clientes com um tipo de alimentação, de acordo com as nacionalidades, que nos é solicitado. A outra questão muito importante é que não existem no país escolas profissionais no sector de catering que permitam ter quadros nacionais que possam responder a esta diversidade de exigências que os nossos clientes apresentam. Tendo em atenção esta lacuna e dentro daquilo que consideramos o processo de angolanização, que é fundamental para a nossa empresa, decidimos construir o nosso próprio centro de formação profissional na região do Soyo, que pensamos ser a região futuro do sector petroquímico do país. Este centro de formação só recebe funcionários vossos? Numa primeira fase sim. A nossa ideia é abrir o centro a todos os empresários angolanos do sector que, com certeza, vão utilizar, não só o nosso centro de formação em termos de aprendizagem, mas também estamos perfeitamente abertos a proporcionar estágios a profissionais que não venham a trabalhar directamente com a nossa empresa. Qual é o segredo para ganhar os contratos nestas bases petrolíferas? Temos usado uma vertente comercial que está ligada aquilo que é a relação custo benefício. Uma outra vertente que é muito importante para os nossos clientes é o forte investimento que fazemos na higiene e segurança, com a criação de um único departamento. Eventualmente, somos das contratadas do sector petrolífero que menos acidentes tem tido no desenvolvimento da sua actividade. A questão da higiene e segurança é fundamental para os nossos clientes. Os nossos clientes valorizam também a aquisição de produtos no mercado nacional. Essa questão é estratégica para aquilo que tem sido o nosso trabalho. Temos feito um esforço muito grande e vamos continuar a fazer, reduzindo drasticamente as nossas importações. Como é que se abastece para poder manter um serviço de catering activo? Essa é a parte mais difícil de todo este projecto. Na nossa actividade económica a grande dificuldade é a questão da logística, sobretudo do abastecimento. Sabemos os constrangimentos que temos, 25 Maio 2012 07 “A concorrência para um sector tão técnico como o nosso só é possível com know how, e isso nós temos”. sobretudo ao nível do transporte internacional, razão pela qual temos que ter stocks com bastante antecedência. Para reduzir estes constrangimentos, criámos na região do Soyo estufas de produção própria. Estamos a colaborar com o Ministério da Agricultura e com os agricultores para a aquisição de produtos de produção local. Esta questão da logística permitenos do ponto de vista estratégico fornecer aos nossos clientes produtos com qualidade e de acordo com as suas necessidades. Neste momento, estamos em condições de, em qualquer parte do país, responder às necessidades dos nossos clientes e não só. Quantas bases logísticas têm no país? Neste momento, temos bases nas províncias do Bengo, Cabinda, Luanda, Benguela e Zaire Em termos de produtos, como carne e peixe, como é que funciona? As proteínas são o calcanhar de Aquiles do país. A questão não se coloca no fornecimento casual devido às grandes quantidades que utilizamos. Estamos a tentar trabalhar com o Namibe na busca de um operador consistente que nos possa garantir determinada regularidade. Penso que, no futuro, poderemos estabelecer protocolos com os centros logísticos em construção no país. Infelizmente, nesta questão das proteínas recorremos ainda ao mercado externo. E tem sido fácil importar? Relativamente à importação penso que as coisas estão bastante melhore. Já tivemos alguns problemas no passado, felizmente, com os novos processos e reorganização do comércio tudo tem corrido bastante bem. Contudo, penso que seria de olhar para este sector com outros olhos porque é um dos grandes défices que temos neste momento. O sector petrolífero exige grandes investimentos. Como prestador de serviços quanto é que investiram neste projecto? Não diria que os investimentos são avultados. Agora, o que eu diria é que a dependência do sector das proteínas, e sobretudo as linhas de transporte para as nossas águas, obrigam de alguma maneira a uma stocagem que é superior a outros mercados, exigindo assim mais investimentos em termos de mobili- zados. É esta questão que exige um maior investimento à nossa empresa. Esses riscos afectam o retorno nos investimentos que vão fazendo? Consegue-se ter margens. Obviamente há aqui uma questão que tem muito a ver com a nacionalidade das pessoas, tem muito a ver com aquilo que é a particularidade dos serviços prestados. De qualquer maneira, esta actividade de catering não deixa de ser um gigantesco restaurante. Com isso quero dizer que os menus que são negociados com os clientes é que definem as margens que poderemos ter ou não ter. As margens poderão ser maiores ou menores, dependendo da organização da empresa, sobretudo da logística, é aqui onde se ganha ou perde nesta actividade. Como é discutida a ementa, o cliente tem a liberdade de escolher o que quer? O cliente define a ementa com três meses de antecedência. Provocamos uma rotatividade dos menus para não haver um certo cansaço. Esse menu é provado pelo cliente e tem um custo. É na base deste menu negociado que fazemos as importações necessárias, tendo em consideração o mercado local. Têm recebido pedidos específicos? Não. Quer os nacionais, quer os estrangeiros que operam nas bases petrolíferas, de certa forma, conhecem as contingências do mercado. Quando estamos num local de trabalho tão ermo como o offshore ou dentro das bases, digamos, que um dos grandes prazeres que temos é Apostar na certificação Para além do catering, a Express Support Services desenvolve outra actividade? A nossa actividade, em termos gerais, é a assistência à base vida. Fazemos a gestão do campo, serviços de alimentação, que chamamos em termos técnicos catering. Fazemos também a parte ligada à limpeza dos escritórios e acomodações, toda a parte ligada à lavandaria e em alguns casos a manutenção ligeira. Em 2005, começámos a expandir-nos para o sul do país, para outros operadores diferentes do inicial, os petrolíferos, o que provocou a nossa expansão da província de Cabinda para a do Zaire, na cidade do Soyo. Somos uma empresa de direito angolano, constituída em 2004, e tivemos como primeiro contrato a gestão da base da Chevron na província de Cabinda. Esse contrato deu-nos uma experiência profissional e alargámos o nosso trabalho para o offshore. Quantos trabalhadores têm? Neste momento em que terminou o projecto do Angola LNG, andamos a volta dos 2400 trabalhadores por todo o país, incluindo o offshore angolano. No entanto, temos desenvolvido um trabalho social junto das comunidades nas localidades em que operamos, dando emprego às mulheres, apoiando as crianças para um desenvolvimento integrado destas comunidades. realmente a qualidade da comida. Portanto, é fundamental satisfazer o cliente. Isso significa, não só fazer a comida de acordo com o sabor que a pessoa gosta, mas ter em consideração os aspectos todos da higiene e segurança alimentar e isso só se consegue através da formação profissional contínua, do desenvolvimento dos quadros. Com a experiência adquirida já começa a olhar para o catering noutros sectores? Os nossos alvos são os sectores com grande volume e, sobretudo, sectores com dificuldades em termos de acessos, aquilo que chamamos zonas isoladas, e dentro destes alvos podemos constituir uma panóplia de investimentos. O sector extrativo, como os diamantes, o ferro e outros, vão criar uma grande demanda fora da costa e a nossa filosofia é apostar em áreas que movimentam um grande volume de pessoas. Sente que o mercado já é concorrencial? A concorrência para um sector tão técnico como o nosso só é possível com know how, e isso nós temos. Experiência e crescimento sustentado. A questão da higiene e segurança, apoio às populações, responsabilidade no desenvolvimento integrado e colaboração com a produção local são factores determinantes para o sucesso destas empresas. E as empresas que queiram trabalhar neste sector terão que ter estas questões em atenção. 08 25 Maio 2012 Actual A China comprou a Portugal, entre Janeiro e Março deste ano, produtos no valor de 374 milhões de dólares, mais 73,8% que nos primeiros três meses de 2011 Abertura do BUE Mais oportunidades de negócio Para simplificar o processo de constituição e licenciamento de empresas, a regularização da actividade dos que se encontram no mercado informal e de actos anexos, o Executivo, através da Ministério da Justiça, abriu nesta segunda-feira, 21, em Cacuaco e Viana, o Balcão Único do Empreendedor, denominado abreviadamente por BUE. A ministra da Justiça assegurou que o BUE é a concretização de um projecto do Governo que consiste em dar mais apoios e oportunidades aos cidadãos e jovens para realizarem os seus pequenos negócios. “Aqueles jovens que têm as suas pequenas actividades, como uma oficina de serralharia, o pintor ou canalizador e outras pessoas individuais terão a possibilidade de serem legalizados no mercado formal com um número de contribuinte e registo na Segurança Social. Os seus direitos serão devidamente protegidos e, acima de tudo, beneficiarão de um financiamento dentro de programas como o «Meu Negócio, Minha Vida» ou «Angola Investe», este último destinado às micro, pequenas e médias empresas”, frisou Guilhermina Prata, acrescentando que, para além de combater a pobreza e materializar o empreendedorismo, a instituição congrega ainda vários intervenientes para o processo de licenciamento da actividade económica. Os empreendedores individuais poderão fazer um crédito até 7 mil dólares no banco BCI. E as médias e pequenas empresas poderão atingir cerca de 200 mil, segundo o programa. O BUE é um projecto de âmbito nacional e conta com as áreas da Direcção de Impostos, Instituto de Estatística, Ficheiro Central de Denominação Social, Instituto de Segurança Social, Direcção do Comércio e do Instituto dos Serviços de Veterinária. Por seu turno, a administradora municipal, Rosa Janota dos Santos, garantiu que o projecto é uma mais valia que vem responder aos constantes gritos dos cidadãos em assegurarem os seus pequenos negócios. “Queremos assegurar aos nossos jovens que fazem as formações nos centros do município. Agruparemos alguns para a criação de pequenas e médias empresas, trabalhando com os outros que as desejem criar”, referiu, acrescentando que o objectivo é criar e regularizar os pequenos empregos que ajudarão a reduzir a demanda do emprego”, culminou. A partir desta semana o trabalho de registo para os cidadãos que ainda não possuem o bilhete de identidade será a prioridade, conforme assegurou a ministra. Testemunhou o acto de abertura do Balcão Único do Empreendedor, o governador da província de Luanda, Bento Bento. Fernando Guelengue Cacuaco é zona de risco na falsificação Durante a ronda que efectuou às instalações do Balcão de Emprendedorismo de Cacuaco, Guilhermina Prata reconheceu que existem nos arquivos do seu pelouro dados volumosos da existência de falsificação de documentos no município. “O Cacuaco é uma zona de risco em termos de falsificação, pois os amigos do alheio acorrem a este município com documentos falsos, mas graças a Deus eles são apanhados”, frisou, assegurando que tem tomado todas as medidas necessárias, como a participação à polícia, para acabar com o fenómeno. F.G. Feira de Benguela distingue empresas participantes A II edição da Feira Internacional de Benguela (FIB) distinguiu entre outras as empresas Unitel, Sonangol e Ensa com o prémio de melhor participação no certame que decorreu entre 16 e 20 do mês em curso, naquela cidade. A organização do evento justifica a atribuição dos prémios com o incentivar da participação “activa e dinâmica” das empresas na FIB, sobretudo nas respectivas áreas de negócios. No ramo da indústria, construção civil e obras públicas, o prémio coube à empresa Angolaca, enquanto no domínio da agricultura, pecuária e pescas, a empresa Clusa/Próagro. O título de melhor participação no sector do comércio, máquinas e equipamentos pertenceu a empresa Angolauto/Angomotors. No sector de serviços, o prémio foi entregue à Empresa de Águas e Saneamento de Benguela (EASBL) e a melhor participação internacional, à empresa Electricidade e Automação Industrial (ESTPOR). A Feira Internacional de Benguela foi, de acordo com os organizadores, um verdadeiro sucesso, com o registo de 30 mil visitantes. Para Manuel Novais, Director da Eventos Arena, “a FIB 2012 excedeu todas as expectativas, não só em termos do número de empresas participantes, mas como de visitantes que passaram pelo Estádio Nacional de Ombaka, local que acolheu o evento”. “Recebemos o dobro do que esperávamos, o que veio acentuar o ambiente de festa que se viveu durante aqueles dias”, observou. Considerada uma das maiores feiras multi-sectoriais do país, a FIB contou com a presença de 226 expositores que tiveram a oportunidade de dar a conhecer a sua actividade, serviços, e de reforçar as redes de contactos e parcerias. Para os empresários que se deslocaram a Benguela, esta foi uma excelente plataforma para a promoção dos seus negócios e, consequentemente, para o desenvolvimento económico da região, explica o promotor. “Criámos esta feira com o objectivo de destacar as potencialidades económicas e industriais das regiões de Benguela e Lobito, assim como das áreas envolventes e seus circuitos comerciais, pois essa é a melhor forma de atrair investimentos nacionais e internacionais capazes de apoiar o desenvolvimento da região e contribuir para o seu crescimento. É com muita satisfação que vemos esse propósito novamente cumprido.”, afirmou Manuel Novais. 25 Maio 2012 Opinião 09 O BNA procedeu esta semana na cidade do Waku Kungo, província do Kwanza Sul, ao lançamento do programa financeiro “Bankita”, para incentivar os cidadãos a aderirem ao processo Crescimento concentra-se cada vez mais nos mercados emergentes Cada vez mais executivos internacionais acreditam que o crescimento das suas empresas dependem das economias emergentes de países como Angola. Contudo, um número significativo assume, com preocupação, não ter uma estratégia ou as capacidades operacionais necessárias para tirar partido de oportunidades nos mercados-alvo de grande crescimento. Estas conclusões constam do relatório da Accenture “Fast Forward to Growth: Seizing opportunities in high-growth markets”, que também revela que 73% dos inquiridos acredita que, para obter quota de mercado suficiente nos mercados emergentes, deve acelerar os seus esforços, caso contrário, pode ser demasiado tarde para o fazer. Este documento indica ainda que 57% dos líderes mundiais auscultados acreditam que a sua empresa terá de “reavaliar” ou “repensar profundamente” as abordagens e as capacidades de que necessitam para competir nestes mercados. Os dados não revelam diferenças significativas entre empresas de mercados maduros e de mercados emergentes quanto ao grau de preparação para obter quota de mercado nestas geografias. O relatório analisa a diversidade de taxas de crescimento dos rendimentos familiares em determinadas economias e sugere que existem oportunidades significativas em mercados que são muitas vezes pouco compreendidas pelas empresas multinacionais. De forma a potenciar estas oportunidades, o relatório recomenda como prioridade máxima o investimento no acompanhamento e previsão de alterações rápidas no poder de compra e das tendências de consumo de mercados emergentes, assim como da concorrência nestas geografias. “Há uma tendência das empresas em hesitar quando definem as prioridades dos seus investimentos em novos mercados, preferindo muitas vezes poupar ou abandonar alguns locais até que o ambiente económico global se torne mais claro”, refere Mark Spelman, Responsável global da Accenture pela área de Estratégia, acrescentando: “Muitas organizações estão a manter reservas de dinheiro avultadas que podem ser usadas para expandirem o seu negócio, e na nossa pesquisa identificámos países com mercados de consumo de elevado crescimento e que podem vir a representar oportunidades significativas. Ainda assim, as empresas continuam a ter dúvidas, e essa hesitação pode ser um dos grandes riscos do ambiente competitivo de hoje. O primeiro passo é conhecer melhor novos mercados”. RECESSÃO ACELEROU COMÉRCIO NOS MERCADOS EMERGENTES Para além dos resultados apresentados, o estudo contém ainda uma pesquisa que indica que, se a tendência actual continuar, o valor das trocas comerciais entre as economias emergentes (E2E) irá superar pela primeira vez, até ao final de 2013, o valor deste indicador entre os mercados desenvolvidos (D2D). Até há pouco tempo, as trocas D2D dominaram o volume global de trocas e até ao ano 2000, as trocas E2E eram a componente mais pequena dos fluxos de mercado global. De acordo com a Accenture, a mudança tem sido acelerada pela recessão económica. “À medida que o volume de trocas comerciais se transfere para os mercados de grande crescimento, também as empresas se devem posicionar nestes mercados sob pena de não capitalizar esta tendência”, afirma Mark Spelman. “Mas o cenário dos mercados de consumo de elevado crescimento está a mudar rapidamente e as empresas devem olhar para além das opções óbvias, como os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), quando desenvolvem os seus planos de crescimento. A diversidade de taxas de crescimento entre as diferentes geografias significa que as empresas devem analisar uma série mais alargada de oportunidades e tornarem-se mais específicas na sua segmentação do mercado”. DESCOBRIR NOVOS SEGMENTOS DE MERCADO O relatório da Accenture demonstra como as empresas terão de olhar para além dos segmentos de mercado convencionais para conquistar novos grupos de consumidores. Um dos métodos passa por desenvolver segmentos comuns aos vários países com necessidades e preferências similares. Por exemplo, uma empresa multinacional teve sucesso ao identificar as necessidades dos consumidores masculinos em áreas com escasso acesso a água e desenvolveu produtos de higiene pessoal especificamente para este grupo de consumidores, que replicou em vários mercados. De acordo com a Accenture, outro método consiste no desenvolvimento de planos de negócio baseados no potencial que pode ser encontrado em cidades ou regiões, em vez de países. Por exemplo, uma empresa chinesa de bebidas assegurou uma vantagem de mercado ao definir como alvo 600 cidades mais pequenas, em vez de entrar em cidades maiores onde a concorrência é mais agressiva. Ao utilizar os canais de distribuição local tradicionais nestas cidades mais pequenas, a empresa beneficiou de uma taxa de crescimento anual composta de mais de 100% desde 2005. “Há uma tendência das empresas em hesitar quando definem as prioridades dos seus investimentos em novos mercados, preferindo muitas vezes poupar ou abandonar alguns locais até que o ambiente económico se torne mais claro” Christine Lagarde, directora do FMI ANGOLA FMI prevê crescimento de 8% O Fundo Monetário Internacional (FMI) previu um crescimento de 8% da economia angolana para este ano, graças ao aumento da procura petrolífera e aos programas de investimento público. “O ritmo de actividade económica deverá aumentar em 2012, com a produção petrolífera a recuperar. O crescimento previsto deverá acelerar para os 8%. A actividade económica em diversos sectores beneficia do aumento dos programas do investimento público”, refere em comunicado Mauro Mecagni, líder da delegação do FMI que esteve em Angola entre 2 de Maio e 17 de Maio. Esta foi a primeira missão do FMI ao país desde que terminou, em finais de Março, o acordo de “stand by” com Angola, ao abrigo do qual o fundo concedeu ao país um financiamento de 1,4 mil milhões de dólares. A missão do FMI considerou, no comunicado, que o programa de “stand by” com Angola alcançou os principais objectivos, sobretudo no que toca ao equilíbrio das contas públicas e ao pagamento das dívidas do Estado. “Três anos após a queda abrupta dos preços do petróleo, que afectou a economia com severidade, Angola conseguiu melhorar a sua posição fiscal, um nível mais confortável de reservas cambiais, uma taxa de câmbio estável e uma inflação mais baixa. As dívidas estatais domésticas foram pagas e foram feitos progressos significativos quanto à melhoria da transparência e responsabilidade orçamental”, refere ainda o comunicado do fundo. O FMI alerta ainda que, no futuro próximo, cabe às autoridades de Luanda preparar a economia do país para os possíveis efeitos de contágio da crise de dívida que afecta as economias dos países desenvolvidos. “Várias economias desenvolvidas estão a passar por uma fase de crescimento mais reduzido devido à consolidação orçamental e à redução do endividamento bancário. Estes desenvolvimentos podem afectar indirectamente Angola devido à menor procura pelas exportações e ao aumento da aversão dos investidores ao risco”, diz o fundo. “Neste contexto, as autoridades angolanas reconhecem a necessidade de equilibrar um aumento progressivo, mas sensato, do investimento público face à aconselhável acumulação de novas reservas cambiais e orçamentais”, acrescenta. “O ritmo de actividade económica deverá aumentar em 2012, com a produção petrolífera a recuperar. O crescimento previsto deverá acelerar para os 8%. 10 25 Maio 2012 Mercados Dados cedidos pelo ACTIVIDADE ECONÓMICA Comparação dos Títulos de Dívida Pública em relação à Alemanha Fitch corta o rating do Japão para A+( A agência de notação, Fitch pectiva negativa sugere assim baixou, nesta Terça-feira dia a possibilidade de se seguirem 22, o ‘rating’ da dívida de lon- novos cortes. Este corte reflecgo prazo do Japão em dois ní- te os riscos crescentes quanto veis, de AA para A+, com uma ao perfil da dívida pública do perspectiva negativa. A pers- Japão. A agência argumenta PAÍS que o país não está a tomar nenhuma medida de consolidação fiscal, em comparação com os outros países desenvolvidos com alto nível de endividamento público. A agência afirmou ainda que a dívida do país deve atingir 239% do PIB no final 2012, passando assim a ser o nível mais elevado entre os países que a Fitch acompanha. Vendas de casas usadas nos EUA disparam para máximo de dois anos As vendas de casas usadas nos EUA subiram em Abril pela primeira vez em três meses, dando sinais de uma estabilização do sector imobiliário. De acordo com os dados da Associação Nacional de Corretores Imobiliários, divulgados na Terça-feira dia 22, as vendas de imóveis usados cresceram 3,4%, para um valor anual de 4,62 milhões de unidades no mês passado, atingindo o nível mais alto desde Maio de 2010. Em 2011, foram vendidas 4,26 milhões de casas de segunda mão nos EUA, acima do valor de 4,19 milhões de unidades em 2010. A mediana das previsões dos 73 economistas consultados pela Bloomberg News, que situava-se no intervalo de 4,47 a 4,8 milhões de unidades, era de um aumento de 2,9% para o valor de 4,61 milhões. Por outro lado, o aumento do emprego, os preços baixos das casas assim como os níveis de taxas de hipoteca mais baixos de sempre, podem trazer mais propriedades ao alcance dos compradores; acrescentando assim mais um sinal de boa saúde da maior economia do teorologia daquele país) e com a queda das vendas dos combustíveis. As vendas, incluindo os combustíveis para automóveis, caíram 2,3%, pior que as estimativas dos Serviços Nacionais de Estatística, que previam um recuo TBC- 63 dias TBC- 182 dias EURIBOR 1 M EURIBOR 6 M EURIBOR 12 M LIBOR 1 M LIBOR 6 M LIBOR 12 M Fonte: Bloomberg mundo. Ao mesmo tempo, todos os esforços para reduzir as execuções de hipotecas e aumentar o acesso ao financiamento estão apenas a dar frutos, sinalizando que uma recuperação “W-Shape” e sustentada da habitação vai levar tempo para se desenvolver. de 2% e aquém da mediana de 24 analistas entrevistados pela agência de notícias Bloomberg News que previa uma queda de apenas 0,8%. A queda das vendas foi conduzida pela queda dos vestuários e calçados em 5,2% e alimentos nos 0,6%. O consumo tem sido cortado com a superação da inflação em relação aos rendimentos das famílias e com o desemprego (8,20%) a manter-se no nível mais alto dos últimos dezasseis anos. EMPRESAS termos homólogos, para £11,5 mil milhões (cerca de $10 mil milhões) depois da venda da sua participação na francesa SFR. A sua “joint venture”, Verizon Wireless, com o concor- rente americano Verizon Communications Inc., representa cerca de 42% do valor total. de serviços de energia e química (E & C), ao grupo francês do ramo petrolífero Technip por $300 milhões. Shaw Group vende a sua actividade E&C por $300 milhões A empresa de engenharia americana deu mais um passo para estreitar o seu foco de actividade, com a venda da sua divisão Facebook: quando uma das maiores IPO da historia sofre de sobreavaliação As acções da empresa baixaram 11% no segundo dia de negociação no seguimento do IPO, deixando alguns in- vestidores com um prejuízo de 25%, em relação ao ponto mais alto atingindo na última sexta-feira. mercados Alemanha vende dívida soberana a dois anos a taxa recorde de 0,07% As obrigações governamentais da Alemanha, a maior economia europeia, que têm sido consideradas como o investimento mais seguro e, de referência, por muitas economias do mundo, viu as suas yields a caírem para o nível mais baixo recorde. O Tesouro alemão realizou, na Quarta-feira dia 23, um leilão de títulos a dois anos, onde previa adquirir um financiamento máximo de €5 mil milhões (cerca de $6,33 mil milhões), de acordo com o relatório da instituição, porém, foi 1,2545 Nível mais baixo atingido na quarta-feira, pelo par EUR/USD, desde Julho de 2010, segundo a agência de notícias Bloomberg. Var. Sem. Spread (Bp) 1,381 1,714 11,819 7,13 5,639 28,45 6,162 3,218 2,728 1,768 0,862 33,30 1043,80 574,90 425,80 2706,90 478,10 183,70 134,70 38,70 -51,90 3,10 19,30 14,50 17,40 39,40 21,80 8,80 4,20 -1,30 9,40 71,42 28,40 1214,77 709,36 488,64 N.A 526,35 269,15 211,90 97,50 -22,40 MOEDA AKZ AKZ EUR EUR EUR USD USD USD 21-Mai-12 4,78 3,91 0,393 0,969 1,264 0,240 0,736 1,069 Var. Sm. Bp -75 -189 0 -1 -1 0 1 1 Var. Ac. Bp -231 -289 -72 -69 -72 -5 -7 -5 Var. Sem. 0,00% -1,87% -2,96% -0,50% -1,89% 1,25% 2,29% 0,03% Var. Acum. -0,19% -2,08% -3,05% -2,05% 1,20% 2,85% 11,14% 0,46% Taxas de CÂMBIO SPOT 21-Mai-12 Cotação USD/AKZ EUR/AKZ ZAR/AKZ EUR/USD GBP/USD USD/ZAR USD/BRL USD/CNY 95,339 121,057 11,425 1,2782 1,5803 8,2682 2,0419 6,323 Mercados Accionistas Índice DOW JONES S & P 500 NASDAQ FTSE 100 BOVESPA PSI 20 Nikkei 225 21-Mai-12 12.504,48 1.315,99 2.847,21 5.304,48 56.590,24 4.742,05 8.729,29 Var.Sem. -1,50% -1,67% -1,91% -2,95% -1,65% -6,63% -1,93% Var.Acum. 0,38% 3,05% 7,49% -6,94% -4,09% -16,82% 3,24% Commodities Vodafone regista uma queda de 2,4% no seu lucro O lucro líquido da empresa europeia de telefonia móvel recuou 2,4% no ano passado, em Spread (Bp) Taxas de JURO Vendas a retalho na Inglaterra caem 2,3% As vendas a retalho no Reino Unido caíram de Março a Abril, para o nível mais baixo de dois anos, dificultadas pelo clima (que registou no mês de Abril o seu nível recorde, desde o ano 1910, segundo o Instituto de Me- Alemanha E.U.A. Portugal Irlanda Itália Grécia Espanha Bélgica França Reino Unido Japão CDS 5 anos 10 anos Yelds vendido €4,56 mil milhões da dívida soberana, a uma taxa média de 0,07%. As apostas dos investidores para os títulos a dois anos ascendiam os €7,74 mil milhões, considerados como os mais seguros. Por outro lado, os títulos a cinco e trinta anos também caíram para o nível recorde, com a especulação que o encontro marcado na Quarta-feira dia 23 dos líderes da União Europeia, não chegariam a uma medida para conter a crise de dívida na Zona Euro. $12,5 mil milhões Valor que a google paga pela aquisição da Motorola Mobility. Matérias primas Brent Crud oil (Angola) Gas Natural Ouro Spot Platina 21-Mai-12 111,10 109,85 2,21 1.591,69 1.460,25 Var. Sem. -0,45% -0,80% 10,50% 1,95% 1,25% Var.Acum. 2,55% -1,57% -18,75% 1,68% 4,75% petróleo baixa com inspectores no Irão O preço “spot” do crude baixou 1% depois do Irão ter permitido a entrada de inspectores nucleares internacionais. A entrada dos mesmos levanta a dúvida se o conflito em torno o seu programa de energia nuclear poderá eventualmente interromper o abastecimento a partir do Médio Oriente. Yukiya Amano, Secretário-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), afirmou hoje em Viena (Áustria), após o seu regresso de Tierão, que o acordo foi estabelecido na passada Segunda-Feira, e prevê a assinatura do mesmo para breve. É a primeira vez desde 2007 que o Irão aceita colaborar com a AIEA e permite a visita de inspectores aquele país, sublinhando sempre que o seu programa nuclear resume-se simplesmente a fins pacíficos. O petróleo para ser entregue em Junho baixou cerca de 31 cêntimos, 0.3%, para $92.26, no New York Mercantile Exchange (NYMEX). A entrega para Julho desceu 0.30 para $92.56. €9 mil milhões Valor do aumento de capital, que a Espanha realizará no quarto maior banco para cumprir com as regras de fundos própios (Basileia). 25 Maio 2012 Fecho 11 O Ministério dos Transportes inaugura domingo , a ponte cais do Porto de Cabinda Dívida soberana de Angola em alta A agência de notação de risco Fitch Ratings reviu em alta a perspectiva (“outlook”) da dívida soberana de Angola, passando de estável para positiva, apresentando como justificação políticas monetária e fiscal mais prudentes. “A revisão da perspectiva de Angola para positiva reflecte as políticas económicas prudentes do Governo que ajudaram a repor e a fortalecer as contas públicas, o que faz com que o país fique menos vulnerável a uma quebra nos preços do petróleo”, pode ler-se no comunicado divulgado pela Fitch. Dizendo ser necessária a introdução de melhorias nos domínios da regulação, governação e respeito pela lei, a agência adianta que a inflação mantém-se teimosamente elevada devido aos elevados custos com transportes e elevada percentagem dos produtos que têm de ser importados. A notação de risco da dívida soberana de Angola atribuída pela Fitch Ratings encontra-se três níveis abaixo da classificação com qualidade para investimento. Huíla ganha complexo agro-industrial O primeiro complexo agro-industrial de secagem e armazenamento de milho da província da Huíla foi esta semana inaugurado em Matala pelo ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e das Pescas, Afonso Pedro Canga. Adjudicado à Incatema Consulting, empresa espanhola de consultoria e engenharia, o complexo, que custou 8,3 milhões de dólares, comporta um secadouro de milho e três silos para armazenagem de milho com capacidade total de 12 mil toneladas. O complexo dispõe ainda de uma zona de recepção do grão e um silo de carga sobre transporte, escritórios e laboratório de controlo de qualidade. O projecto inclui o fornecimento de uma debulhadora, um armazém de 450 metros quadrados, transporte mecanizado, báscu- la de pesagem, central de água e electricidade. De acordo com um comunicado da Incatema Consulting, ainda este mês devem ser inaugurados o complexo agro-industrial de desidratação de banana, assim como de processamento e embalagem de polpa de tomate em Caxito, orçado em 24 milhões de dólares, e o projecto de irrigação no perímetro do Mucoso, município do Dondo, província do Kwanza Norte, orçado em mais de 20 milhões de euros. O município da Matala, situado a 120 quilómetros a leste do Lubango, ostenta o segundo maior parque industrial da província da Huíla, sendo igualmente um importante pólo de desenvolvimento agrícola, suportado por um canal de irrigação de 42 quilómetros. Deutsche Bank, quer nova moeda para Grécia O Deutsche Bank, maior banco privado alemão, propôs esta semana a introdução de uma moeda paralela ao euro na Grécia, caso os adversários das medidas de austeridade ganhem as eleições legislativas de 17 de Junho. A medida garantiria a continuação dos apoios financeiros internacionais, para que a Grécia possa pagar as suas dívidas, afirma-se num estudo dos economistas do Deutsche Bank, publicado terça-feira. “A Grécia poderia assim desvalori- zar a sua própria moeda, sem sair formalmente do euro”, explicam os mesmos especialistas, que sugerem também o nome de geuro para a moeda paralela grega. A nova unidade monetária consistiria em títulos da dívida pública emitidos pelo Estado helénico, que poderiam ser vendidos nos mercados de capitais. Inicialmente, o geuro sofreria uma forte desvalorização em relação ao euro, mas de acordo com o estudo do Deutsche Bank o governo gre- go teria a possibilidade de reforçar a nova moeda, através de uma sólida política orçamental. A par da introdução de novas reformas estruturais, a referida política facultaria o regresso em pleno ao euro, explicam os economistas alemães. Uma renúncia total da Grécia ao euro é considerada “improvável” no mesmo estudo, porque a maioria dos gregos deseja continuar na moeda única, referem ainda os autores do estudo. O Deutsche Bank considera ainda “pouco provável” que a troika (FMI, UE e o BCE) suspenda totalmente as ajudas à Grécia, em caso de victória das forças políticas que querem renegociar o memorando assinado por Atenas nas legislativas de Junho. O pagamento de novas prestações do pacote de ajudas de 130 mil milhões de euros, aprovado em Março, seria anulado, mas o serviço da dívida grega deveria continuar a ser assegurado pelos parceiros in- ternacionais, para que os bancos gregos pudessem ser apoiados por um bad bank europeu, onde seriam depositados os chamados títulos tóxicos, prevê o banco alemão. A proposta de introdução de uma moeda paralela ao euro na Grécia já foi avançada anteriormente por outros economistas, mas voltou a ganhar actualidade, face à instabilidade política que se gerou após as legislativas de 6 de Maio, que não permitiram formar novo Governo em Atenas.