História da Arte - 7º ano - Pré-colombianos

Transcrição

História da Arte - 7º ano - Pré-colombianos
Natal, RN
___/___/2015
ALUNO:
Nº
SÉRIE/ANO:
TURMA:
TURNO:
7º
DISCIPLINA:
TIPO DE ATIVIDADE:
História da Arte
Texto complementar -I
PROFESSOR(As):
3º Trimestre
A arte Pré- colombiana e a arte pré- cabralina
O que se entende por arte pré-colombiana?
Ao chegar á América, em 1492, liderados pelo italiano Cristóvão Colombo, os espanhóis
encontraram civilizações bem organizadas, originadas de populações pré- históricas de
várias regiões do continente. A arte desses povos é comumente chamada de précolombiana.
Santa Maria,uma das caravelas da esquadra de Colombo.
No fim do século XV, enquanto a Europa vivia o chamado Renascimento, portugueses e espanhóis lançavam-se ao Atlântico em grandes
viagens, que resultaram na dominação do continente americano. Aqui, eles encontraram povos com culturas muito diferentes da
européia.
A arte dos antigos povos mexicanos
Na parte sul do atual território mexicano, na região da Península do Lucatã, fixou-se a civilização Maia.
Iniciada por volta do ano 1000 a. C., ela teve seu auge entre os anos 300 e 1000 da era cristã. Quando os colonizadores chegaram á
América, em 1492, essa cultura já se encontrava em declínio.
Os maias construíram grandes cidades e desenvolveram uma arquitetura monumental, como mostram obras encontradas em regiões do
sul do México, da Guatemala e de Honduras.
Templo das inscrições em Palenque, México.
Palácio do Governador, em Uxmal, Lucatã.
Rainha de Uxmal, museu, México.
Os templos maias eram geralmente erguidos sobre uma base piramidal, onde no topo fica o templo, na fachada há uma espécie de
frontão em relevo. O acesso ao templo é feito por uma escadaria bastante inclinada. Os palácios eram construídos sobre plataformas,
tem apenas um andar e assim como os templos, apresentam forma retangular e ornamentos em relevo.
A civilização maia desenvolveu também a escultura, na decoração dos templos e palácios ou na forma de monólitos(obra ou
monumento feita com um só bloco de pedra), e a cerâmica, que impressiona por sua técnica refinada.
Astecas
A última civilização desenvolvida na região antes da chegada dos espanhóis, já entre os séculos XIV e
XVI, foi a asteca, com uma rígida organização social de senhores e escravos.
A cidade de Tenochtitlan, ás margens do lago Texcoco, os astecas criaram um próspero centro urbano,
com imponentes templos, pirâmides e palácios.
O Calendário Asteca, também conhecido como Pedra do Sol, Este calendário era baseado no ano solar, assim
possuindo 365 dias. O calendário asteca possui semelhanças com o calendário maia.
A arte dos antigos povos peruanos
Na América do Sul as culturas mais organizadas fixaram-se principalmente ao norte, na região do atual Peru. Entre eles destacam-se a
mochica, a Chimu e a tiahuanaco.
Mais ou menos entre 1400 e 1532 desenvolveu-se a civilização inca, situada nas montanhas da cordilheira dos Andes. Sua arquitetura
grandiosa e ao mesmo tempo simples pode ser vista em Cuzco, antiga capital do Império, e na vizinha fortaleza de Sacsahuaman.
Brinco- cultura Mochica- museu do ouro, Lima.
Tumi, Faca cerimonial em ouro Chimu
Tiahuanaco, La Paz, Bolívia
A cidade que melhor representa a cultura Inca é Machu Picchu, localizada no topo de uma montanha andina, a 2450 metros de altitude.
Suas ruínas foram descobertas em 1911.
Também em Machu Picchu encontramos exemplos da já citada simplicidade arquitetônica inca.
Rua da cidade de Cuzco, Peru.Amarrações em
pedras para proteger as casas dos terremotos.
Machu Picchu, Cidade admiráavel e misteriosa
Porta em forma de trapézio
A arte indígena anterior a Cabral
Segundo a Fundação Nacional do Índio- FUNAI, quando os portugueses chegaram ao Brasil, havia aqui de 1 milhão a 10 milhões de
indígenas. Hoje restam cerca de 345 mil, distribuídos em reservas por todo o país. Além da redução numérica, impressiona e assusta a
destruição de culturas que criaram, ao longo dos séculos, objetos de tão grande beleza.
Cestos indígenas, composição de fibras
Manto Tupinambá- confeccionado no século XVII, para uso dos pajés, significado sagrado
Uma arte integrada à cultura
Nas sociedades indígenas a preocupação com a beleza aparece com muito capricho e perfeição em colares, tangas, cocares, redes, cestos,
potes, nas máscaras e objetos rituais, bem como nas pinturas corporais.
Outro aspecto importante da arte indígena é que ela representa mais as tradições da comunidade que as preferências do artista. Assim, o
estilo da pintura corporal, do trançado e da cerâmica varia muito de um grupo para outro, como se fosse a “marca” de cada comunidade.
A fase marajoara e a cultura Santarém
No período pré- cabralino dois conjuntos de produção artística se destacam: a fase marajoara e a cultura Santarém.
A fase marajoara é a quarta das cinco fases em que se dividiu a produção cultural dos povoadores da ilha de Marajó, a nordeste do atual
estado do Pará. Essa produção destaca-se sobretudo pela cerâmica: vasos domésticos, simples; e vasos cerimoniais e funerários, com
decoração mais elaborada. Despertam interesse também as estatuetas com representações humanas. A cultura dessa fase sofreu um lento,
mas constante declínio, até desaparecer completamente por volta de 1350, talvez absorvida por outros povos que chegaram a ilha.
A cultura Santarém corresponde aos vestígios culturais
encontrados na região próxima á junção dos rios Tapajós e
Amazonas, no estado do Pará. Seus vasos de cerâmica são
ricamente decorados com pinturas, desenhos e relevos com
figuras humanas ou de animais.
A arte santarena produziu também objetos e estatuetas de
formas variadas. Essa cultura prosseguiu até a chegada dos
colonizadores, mas, por volta do século XVII, desapareceu.
A arte indígena mais recente
Entre as atividades das comunidades indígenas atuais estão a cerâmica, a tecelagem e o trançado de cestos e balaios. De modo geral,
essas comunidades contam com uma ampla variedade de matérias- primas: madeira, cortiça, fibras, palha, cipó, sementes, coco, resinas,
couro, ossos, dentes, conchas, garras e plumas das mais variadas aves.
Na arte indígena, despertam interesses também a arte plumária, as máscaras e a pintura corporal. A arte plumária é muito especial: não
está ligada a uma finalidade, mas apenas á busca da beleza. Apresenta dois estilos mais importantes: peças maiores, como diademas e
peças mais delicadas, sobre faixas de tecido de algodão, como colares e braceletes.
Redes Kamaiurá- Mato Grosso
Arte plumária , diadema e colar kaapor,- Maranhão
A pintura corporal é usada para transmitir ao corpo a alegria nas cores vivas e intensas, Por isso a escolha de cores é tão importante. As
mais usadas são o vermelho vivo do urucum (fruto, cujo a polpa extrai uma tinta), o negro esverdeado da tintura do suco de jenipapo, e
o branco da tabatinga (terra argilosa que apresenta cores variadas).
Para os índios, as máscaras são artefatos produzidos por homens comuns. Ao mesmo tempo, porém, tornam-se a figura viva do ser
sobrenatural que representam. Podem ser feitos de troncos de árvores, palhas de buriti e cabaças.
Máscara cerimonial Kaiapó, Pará.
Cerâmica dos índios Kadiwéu – Mato grosso do Sul
pintura corporal
Texto adaptado: Descobrindo a história da arte – Graça Proença
Bons estudos meus amores!