OpOrtunidades à frente reciclageM de veículOs

Transcrição

OpOrtunidades à frente reciclageM de veículOs
Cada vez mais o cliente escolhe o canal de compra e o espaço
é grande para o varejo, principalmente o de autopeças
Multicanalidade
PáG. 36
n o105
Sedãs 3 cilindros
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Ano ix
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JUNHO DE 2015
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R$ 6 ,00
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www.balcaoautomotivo.com.br
Novo Ka+ e Novo Versa são
compactos espaçosos com
propulsor 1.0L moderno, potente
e apenas 3 cilindros
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PáG. 40
Oportunidades
à frente
resultado
oãçaicogener
competitividade
aicnêlubrut
proatividade
omsimissep
tendências
2015
oãssecer
Entrevistados da reportagem de capa mostram
que, em meio a essa turbulência, é possível ter a
oportunidade de se fazer bons negócios e ter chances
de crescimento. Agora, é preciso arregaçar as mangas
e colocar as mãos na massa!
PáG. 12
Renova Ecopeças
Iniciativa pioneira na
cidade de São Paulo
oferece um modelo de
reciclagem e reutilização
de peças e componentes
PáG. 6
Reciclagem
de veículos
Lei dos Desmanches
Regulamentação Federal
promete favorecer setor
nas áreas de segurança
pública, econômica,
social e ambiental
PáG. 22
Usina de Reciclagem
Com tecnologia japonesa, usina piloto
na capital mineira servirá de escola
para disseminação do conhecimento
PáG. 45
3
Editorial
JUNHO de 2015 / edição 105
E vamos à luta!
ANO IX - Nº 105 - JUNHO DE 2015
www.balcaoautomotivo.com.br
Editor executivo
Bernardo Henrique Tupinambá
Editor-chefe
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Editor de veículos
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Redação
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Colaboradores
Arthur Henrique S. Tupinambá /
Fauzi Timaco Jorge / Ingo Hoffmann / Karin Fuchs
Departamento de Arte ([email protected])
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Assistente de Arte - Juan Castellanos
Fotografia
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Diretor Comercial
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Executivo de Contas
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([email protected])
Marketing / Assinaturas
Letícia Kido
([email protected])
Internet
([email protected])
Supervisor de Desenvolvimento
Aryel Tupinambá
([email protected])
Financeiro
Analista Financeira
Tatiane Nunes Garcia
([email protected])
Por: Silvio Rocha | Fotos: Divulgação
N
ossa reportagem de capa do mês passado trazia a
opinião de empresários do varejo e reparação sobre o
momento que atravessa o País. Claro que não podemos
fechar os olhos e dizer que não estamos sofrendo os impactos
desse período, porque estamos.
E também é natural que num ano de recessão como o
que estamos vivendo haja um ambiente de pessimismo no ar.
Nossas fontes da reportagem de capa desta edição deixam claro
que não se deve entrar nesse clima.
Segundo elas, se recorrermos à memória é possível lembrar
que o Brasil já passou por muitas crises (e até piores do que a que
vivemos hoje). O momento é de execução e profissionalização
da equipe. Olhar para dentro de casa pode fazer a diferença.
Um outro assunto desta edição é a reciclagem de veículos.
Para se ter uma ideia, nos Estados Unidos quase a totalidade da
frota que sai de circulação é reciclada (95%), já no Brasil esse
percentual é de apenas 1,5%.
De olho nesse filão, a Renova Ecopeças, iniciativa pioneira
do Grupo Porto Seguro para reciclagem e reaproveitamento de
peças e componentes automotivos; Belo Horizonte (MG) ganhará
uma usina de reciclagem; e a Lei Federal dos Desmanches.
Nesta edição, falaremos sobre Entrega, mais um
importante quesito do Prêmio Loja em Destaque. Segundo
especialista ouvido, estudar o público-alvo e elaborar
estratégias de marketing são fatores essenciais para a eficácia
do processo de entrega.
Ainda: da loja física ao mobile, cada vez mais o cliente
escolhe o canal de compra e o espaço é grande para o varejo. E
pensar que até pouco tempo atrás cada empresa se especializava
em um único canal.
Para inaugurar a seção Pérolas da Reposição, trazemos este
mês a história de um verdadeiro desbravador da distribuição,
Edeward Pedro Acerbi, um dos fundadores da Jahu Borrachas
e Autopeças.
Por fim, Novo Ka+ e Novo Versa são sedãs compactos
espaçosos com propulsor 1.0L moderno, potente e apenas 3
cilindros; e a Mercedes AMG apresenta no Brasil a nova geração
dos modelos C63 S, GT S e S63 Coupé com motor V8 biturbo de
510 cavalos.
Até o nosso próximo encontro!
O Editor
Assistente Administrativa:
Stéphany Lisboa
([email protected])
Atendimento ao leitor
Telefone: 11 5084-1090
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Impressão
Coan Gráfica
Jornalista Responsável
Silvio Rocha – MTB: 30.375
Tiragem: 20 mil exemplares
Os anúncios aqui publicados são de responsabilidade
exclusiva dos anunciantes, inclusive com relação a preço e qualidade.
As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores.
Balcão Automotivo é uma publicação mensal da Prána Editora &
Marketing Ltda. com distribuição nacional dirigida aos profissionais
automotivos e tem o objetivo de trazer referências ao mercado, para
melhor conhecimento de seus profissionais e representantes.
í n d i c e
18................................................................ Indústria
26................................................... Fique por Dentro
30............................................................. Fabricante
32............................................................... Sindicato
34....................................................... Capa Pesados
35 ........................................................ Fique de Olho
Destaques da edição
PáG. 04
Teoria das
expectativas
PáG. 42
Lançamentos
Mercedes-Benz
PáG. 46
Nos tempos em que a
indústria automobilística
nacional era incipiente,
Edeward Pedro Acerbi foi
um desbravador do setor
conquistando o interior
paulista e outras regiões.
Diante do atual cenário
político e econômico,
especialista analisa motivação
do indivíduo na realização de
seus objetivos baseados nos
fatores macroambientais e no
ambiente de negócio.
PáG. 44
Contato: 11 5084-1090 ([email protected])
Prána Editora & Marketing Ltda
Jornal Balcão Automotivo
Rua Engenheiro Jorge Oliva, 111 - CEP 04362-060
Vila Mascote - São Paulo - SP
A divisão de superesportivos
da montadora, AMG,
apresenta no Brasil a nova
geração dos modelos C63 S,
GT S e S63 Coupé. Todos são
equipados com motor V8
biturbo 4.0 L de 510 cv.
Referência em
distribuição
Prêmio Loja em
Destaque
Para a eficácia do processo
de entrega, é preciso
estudar o público-alvo para
elaborar estratégias de
marketing que atendam as
expectativas e conquistem a
confiança do consumidor.
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economia e gestão
JUNHO de 2015 / edição 105
Teoria das Expectativas
Por: Fauzi Timaco Jorge* | Foto: Divulgação
O
País vive um momento parecido com tantos outros que já nos afligiram nas últimas
décadas. Um destes momentos diz respeito à incerteza política, com encontros e
desencontros em relação aos programas político-partidários vis-à-vis intenções da
parte do poder Executivo, legalmente eleito pela maioria dos eleitores. Outro momento diz
respeito à incerteza com relação à política cambial, um aspecto de extrema importância para
todos aqueles que dependem de fornecimentos do exterior ou para todos aqueles que atuam
de forma direta e indireta com o comércio exterior, em sua verdadeira acepção. Existe, ainda,
uma incerteza com relação à condução da política econômica, que reluta em equilibrar as
contas do governo federal via aumento de alíquotas de tributos existentes ou mesmo criação
de novos tributos – ampliação da receita – e, do outro lado, eliminação de benefícios sociais
mal geridos nos últimos tempos – diminuição dos gastos públicos. E, se não bastasse, temos
ainda uma incerteza quanto à própria condução dos assuntos de ordem legal e judiciária,
sujeito a interpretações diversas de regulamentos mal observados por todos aqueles ungidos
de um poder nessa área que deveriam ser os primeiros a cumprir com os ditames da ordem
estabelecida. Evidentemente que estas referências não esgotam o mar de incertezas que nos
assola cotidianamente. Apenas são excertos de uma leitura dos veículos de comunicação que
nos chegam às mãos todos os dias.
Dessa leitura, observamos alguns jornalistas e também alguns economistas se referirem
ao pífio crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) como se isso fosse da responsabilidade
exclusiva do governo federal de plantão, que não mais consegue aprovação de medidas
provisórias em sua base de sustentação política, apesar do “presidencialismo de cooptação” em
que se transformou nosso regime político. Crescimento do PIB, ou seja, crescimento da soma
de todos os produtos e serviços que chegam até o fim da linha, isto é, de posse daquele que irá
usufruir deste produto ou serviço, quer seja ele a empresa, o indivíduo, o governo ou mesmo
os não residentes, tem a ver com a expectativa dos agentes econômicos, que são as famílias, as
empresas, os governos e também todos os demais que estão fora de nossas fronteiras, dada
a importância das contas externas neste medidor da atividade econômica cantado em prosa
e verso. Como uma reação “ponderada”, o empresário coloca em ação medidas “corretivas”,
tais como cortes de pessoal, de verba de publicidade e redução em suas compras de material
produtivo e improdutivo, quando lê uma notícia informando que o PIB brasileiro decresceu
0,2% no primeiro trimestre do ano de 2015! Com isso, projeta-se um decréscimo da atividade
econômica também para o próximo trimestre. Por seu turno, bombardeada por notícias
plenas de viés político-ideológico, a dona de casa reduz suas compras e busca produtos
substitutos com preços menores em cada gôndola do supermercado, independentemente
dos aspectos qualitativos que tal demanda possa envolver. E lá vai o PIB pra baixo mais um
tiquinho... Os governos se ressentem desta queda da sua receita, já que, infelizmente nestes
momentos, tal receita está atrelada fundamentalmente à base consumo, e não à base renda.
Daí decorre um efeito multiplicador às avessas, com uma típica construção de um círculo
vicioso da pobreza, em que menos consumo gera menos produção que gera menos emprego
que gera menos renda que gera menos consumo que gera menos produção e... Daí advém
outro tiquinho a menos na formação de riqueza do país.
Também da leitura de alguns artigos assinados na Folha de São Paulo no decorrer dos
últimos dias de maio, vimos um debate sobre a importância da taxa de juros Selic para
o combate à inflação. Esta taxa Selic é considerada a taxa de juros básica da economia
brasileira, mas, na realidade, apenas do ponto de vista da remuneração para o poupador.
Neste particular aspecto, a celeuma nos remete, de um lado, a uma consideração da taxa
Selic como se fora a verdadeira taxa de juros apregoada nos livros-textos de economia e
presente nos simuladores de universidades saxônicas que praticam juros anuais de mercado
da ordem de 2% ao ano! Infelizmente, passa despercebido àqueles que defendem o aumento
da taxa Selic como instrumento de combate à inflação que há um brutal descolamento desta
“taxa básica de juros” daquela praticada no mercado financeiro deste país, em que o spread
bancário – a diferença entre a taxa de juros de captação e a taxa cobrada dos tomadores de
empréstimos junto aos intermediários financeiros – é um dos mais altos do mundo e que,
por isso mesmo, constitui uma das maiores afrontas à racionalidade econômica, de enorme
dificuldade para uma explicação sensata aos nossos colegas economistas radicados em
países com taxas de juros “civilizadas”. Evidentemente, fica mais fácil de entender quando
se destaca a enorme concentração dos ativos financeiros em mãos de alguns poucos bancos,
aqui neste solo tupiniquim. De outro lado, no debate proporcionado pela Folha, temos a
sensatez de um estudioso das repercussões do aumento desta que é a taxa que remunera
os que aplicam em títulos da dívida pública sobre o volume de encargos que deverão ser
suportados pelo Tesouro Nacional junto ao Banco Central, que tem a incumbência de “rolar”
esta (enorme) dívida interna junto ao sistema financeiro nacional e, muito particularmente,
no mercado financeiro mundial. É quando o paradoxo na condução da atividade econômica
do País vem à tona: o Ministro da Fazenda corta o orçamento em R$69 bilhões para fazer
frente aos gastos com juros da dívida interna e, numa penada, o presidente do Banco Central
e os seus diretores, que formam o Comitê de Política Monetária - Copom, aumentam a
despesa financeira do governo em mais de R$43 bilhões, dada a variação desta taxa Selic
em dois pontos percentuais desde dezembro de 2014, quando estava em 11,15%, para
13,15% em termos nominais, em fins de maio passado. Isso se a dívida bruta permanecer
no nível de R$2,3 trilhões, como estava dezembro de 2014! Daí decorre a necessidade de
reforço na receita do governo, com o aumento seletivo de tributos, como é o caso de uma
tributação sobre grandes fortunas e sobre o lucro dos intermediários financeiros, ao lado
de considerações sobre reduções de gastos, sobretudo de custeio e manutenção, que não
proporcionam geração de caixa nas contas públicas.
Outro aspecto relevante na leitura dos jornais aponta para a baixa produtividade da mão
de obra brasileira, comparativamente a outras economias, notadamente à dos EUA, Coreia do
Sul e Chile. Esta medição se faz pela mera divisão do PIB pelo total de empregados, ao longo
dos anos. Aqui, deve-se levar em consideração uma série de aspectos, que vão da escolaridade
formal até a falta de infraestrutura adequada em um sem-número de externalidades, desde
meios e vias de transporte de produtos até mobilidade urbana para o trabalhador. Há, ainda,
uma nítida transferência de mão de obra qualificada do setor industrial para o de serviços e a
força de trabalho está envelhecendo. São infinitas as possibilidades que se abrem às empresas
de pequeno e médio portes ao aperfeiçoarem processos internos, prestarem melhores
serviços ao cliente e competirem no mercado internacional. Não se trata apenas de investir
em máquinas e equipamentos, portanto. Mas... E quanto às expectativas da economia? Ela
favorece tais atitudes, no curto prazo?
Segundo alguns estudiosos da Teoria das Expectativas, nosso tema básico neste ensaio, a
força da motivação de uma pessoa depende do objetivo e da probabilidade de se alcançar este
objetivo. Quanto maior for esta probabilidade, maior será a motivação. E também acontecerá
maior motivação se o valor deste objetivo for maior para a pessoa diretamente envolvida na
sua consecução. Outros pesquisadores se juntaram a esta formulação teórica e acrescentaram
as competências e os conhecimentos para a realização das tarefas, a percepção de tudo o
que é necessário para a sua realização e, ainda, quais os resultados pretendidos. É aqui que
entram o valor atribuído pela pessoa às recompensas extrínsecas, isto é, fora da sua alçada,
como é o caso das condições de trabalho, e também as recompensas intrínsecas, como é o
caso do sentimento de autorrealização. Há que se considerar, ainda, a percepção individual
do que seja efetivamente justo nas recompensas, que acaba influenciando sobremaneira a
intensidade da satisfação que resulta dessas recompensas.
Reflita sobre tudo isso e veja se a sua própria expectativa em relação ao alcance de suas
metas e objetivos está mais atrelada aos fatores macroambientais a que nos referimos nos
primeiros parágrafos ou se ela diz respeito ao seu ambiente de negócios. Deu pra perceber
como os aspectos relacionados ao PIB, à taxa de juros Selic e à produtividade implicam
muito pouco na motivação de cada
um de nós? Talvez seja por esta razão
que a frase “Por não saber que era
impossível, ele foi lá e fez” se aplica *Economista, escreve regularmente nesta
coluna e pode ser acessado pelo e-mail
a tantos apelos de uma liderança
[email protected]
servidora, não é mesmo?
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reciclagem
JUNHO de 2015 / edição 105
Operação Renova Ecopeças
Iniciativa pioneira do Grupo Porto Seguro apresenta um modelo de reciclagem
e reaproveitamento de peças e componentes automotivos
Por: Simone Kühl | Fotos: Eduardo P. Amorim
N
os Estados Unidos quase a totalidade da frota que sai de circulação é reciclada
(95%), já no Brasil esse percentual cai para 1,5%, o que faz com os veículos acabem
em desmanches e coloquem em risco o meio ambiente. Diante deste cenário a
Renova Ecopeças, empresa do Grupo Porto Seguro, trouxe uma solução sustentável para o
mercado.
Somado o fato de que a cada dia mais veículos entram em circulação, e também saem,
seja por roubo, batidas ou envelhecimento, sendo que a idade média da frota brasileira é
de 13 anos, a Renova, que tem como pilar do projeto a sustentabilidade e cuidado com o
meio ambiente, garante uma destinação ambientalmente correta aos veículos através de sua
operação e da comercialização de peças de reuso.
De acordo com a empresa, com base na responsabilidade ambiental, 85% do veículo
são peças reaproveitáveis (reposição), 10% são materiais recicláveis e 5% são descartados
de forma segura. Para conhecermos mais sobre todo o processo que reaproveita e recicla a
maioria dos componentes dos automóveis de forma legalizada e com garantia, Fábio Frasson
Giusti, gerente da Renova Ecopeças, explica como funciona toda a operação, que é uma
iniciativa pioneira no Brasil.
Projeto e aplicação
Para desenvolver a operação, Fábio revela que primeiro foram realizadas pesquisas em
outros países, como nos Estados Unidos, Japão, Espanha e Argentina.“Estudamos suas operações
e como são mercados mais maduros aprendemos as melhores práticas como: trabalhar por box,
cada operador ter uma atividade específica e a ordem das peças a serem retiradas”.
A primeira desmontagem da Renova ocorreu no início de 2013 e durou mais de 8 horas.
“Nós estávamos passando por um aprendizado e com o estudo nos mercados mais maduros
conseguimos otimizar o tempo. Hoje o processo dura 2h30m e pretendemos chegar em 2h15m.
Estamos crescendo nossa operação e queremos fazer 1.000 veículos ao mês até o começo de 2016
e, se trabalharmos em 3 turnos, podemos chegar em 1.500”, acredita.
Hoje, com uma média diária de 20 carros e capacidade para 500 ao mês, a empresa trabalha
com 2 boxes e possui 56 funcionários, divididos em Comercial, Administrativo e Desmontagem,
sendo que no último são 30 profissionais, a maioria vinda do Senai. Além disso, Fábio ressalta que
a Renova ainda conta com dois professores da instituição, que foram responsáveis pela elaboração
do processo e o revisam constantemente.
Outra importante ação que acompanha a operação da Renova é a inclusão social de mão
de obra nas comunidades carentes, projeto este que já faz parte do Grupo Porto Seguro, os
componentes que não são reciclados são transformados, como cintos de segurança que viram
mochilas, carteiras, bolsas e molas que viram artesanato.
Fábio também enfatiza que mesmo essa iniciativa sendo do Grupo Porto Seguro a Renova
Ecopeças está aberta para todo o mercado, qualquer seguradora que tiver interesse em fazer
parceria e dar a destinação ambientalmente correta para o seu veículo pode procurar a Renova.
O mesmo vale para as companhias financeiras, pessoas
jurídicas e oficinas também que não tiverem suporte para
darem a destinação de resíduos automotivos.
Fábio Frasson Giusti,
gerente da Renova Ecopeças
Estoque, preço e vendas
O estoque da Renova Ecopeças foi desenvolvido
com o conceito de latitude e longitude para facilitar a
busca pelas peças, ou seja, na hora da procura o sistema já
indica onde está o item, sendo que os produtos de maior
circulação estão localizados embaixo. A empresa também
tem parcerias com fabricantes e tem em seu estoque
peças novas, tudo para fornecer para o cliente a solução
em apenas um lugar, suas vendas são através do balcão e
e-commerce.
Em relação ao preço, Fábio explica que o cálculo foi
desenvolvido com base no que é praticado nos desmanches, para que assim estimule cada
vez mais o consumidor a comprar um produto de credibilidade, garantia e não fomentar
o mercado informal. Desta forma as peças custam aproximadamente 70% em relação ao
valor da concessionária. Já comparado ao preço das autopeças, o valor de desconto é de
aproximadamente 50%.
“Hoje 70% da frota circulante no Brasil não tem seguro e eles estão expostos tanto a
roubos, furtos ou colisões como os veículos que têm seguro. Desta maneira, quando o
condutor bate o carro, dependendo do preço das peças nas concessionárias e de seu orçamento
familiar, acaba buscando uma alternativa de menor valor através dos desmanches. A ideia
da Renova é praticar o mesmo valor de peças dos desmanches para estimular a mudança de
mentalidade e a prática da compra de um produto legalizado e com procedência”, afirma.
Legislação X Índice de furtos
A regulamentação da Lei de Desmanches, além de estimular a moralização do setor,
também diminui o índice de roubos. Desde que começou a vigorar, há um ano, no Estado
de São Paulo a lei do desmanche, que regulamenta a atividade de desmontagem de carros
e a venda das peças usadas, o índice de roubos e furtos de veículos caiu aproximadamente
16%, comparado ao mesmo período do ano anterior, conforme os dados da Secretaria de
Segurança Pública do Estado.
8
reciclagem
Além disso, 1.040 desmanches foram fiscalizados e desses, 700 fechados. E mais, a
legislação está impulsionando dois outros temas de interesse para a sociedade como um todo:
a reciclagem automotiva e o Seguro Popular. A Porto Seguro está otimista em relação ao futuro,
uma vez que a lei do desmanche passou a vigorar em âmbito nacional, desde junho deste ano, e
pode impulsionar a aprovação do Seguro Popular, que está sob avaliação da SUSEP.
JUNHO de 2015 / edição 105
Uma vez aprovado, a modalidade permitirá que as seguradoras utilizem peças de reuso
nos consertos dos carros nas oficinas, o que atualmente não é permitido. Com isso, o custo da
apólice pode ser reduzido em até 30%, proporcionando assim a inclusão securitária para cerca
de 20 milhões de carros com mais de cinco anos, que não possuem seguro. No Brasil, apenas
30% da frota em circulação é segurada.
Saiba Mais
Renova Ecopeças
Localização: Rua Manoel Monteiro de Araújo, 655,
Vila Jaguara – São Paulo (SP)
Metragem do prédio: 6.300 m2, expansíveis até
40.000 m2
Portal: www.renovaecopecas.com.br
Operação Renova
1) Documentação e Baixa no Detran
Antes de o veículo entrar no processo da Renova, ele deve ter toda a sua documentação em ordem no Detran
atestando que ele não vai mais circular. Ele pode vir de uma companhia seguradora, de uma financeira, de
uma pessoa jurídica ou do próprio Detran. Após isso, quando ele chega à Renova é checado se o motor e
o câmbio estão associados ao veículo, caso não estejam é preciso ir até a delegacia e apresentá-los, e com
a autorização da polícia os componentes são destruídos, pois nestas condições são potenciais ofensores à
legislação e à operação da Renova. Após a baixa no Detran, o carro deixa de ser um automóvel e passa a ser
um conjunto de peças e componentes a serem reutilizados e reciclados.
2) Descontaminação
Com toda a documentação em ordem, o veículo inicia o processo pela área de descontaminação. Nesse
momento é retirado e destinado de forma ambientalmente correta tudo o que for potencialmente
lesivo para o veículo, como: óleo, catalisador, bateria, líquido de arrefecimento, fluido de freio,
gás refrigerante do ar-condicionado. Essa destinação vai para cada empresa especializada e
homologada que dá continuidade ao processo. Em relação ao combustível, ele não é reciclado
por estar muito tempo parado e perder sua qualidade de combustão, então ele é designado para
uma indústria cimenteira que com os filtros adequados o reutiliza. Dentro desta etapa o espaço
da Renova Ecopeças está de acordo com a legislação e apresenta três processos de contenção para
eventuais problemas ambientais. O 1º são os recipientes que vão embaixo das bombas onde são
armazenados os líquidos retirados na descontaminação (combustível, óleo e fluidos). O 2º alinhado
com a Lei de São Paulo e a Lei Federal é o piso de epóxi, que está presente em toda a operação, pois
caso haja vazamento de óleo durante algum processo o solo está protegido. O 3º são as canaletas
de contenção que estão dentro da área de descontaminação e conduzem os líquidos para uma caixa
separadora, que são destinados para uma empresa que a cada 15 dias faz a descontaminação desses
materiais, a torneira para
os operadores lavarem
suas mãos são também
ligadas a essa caixa
separadora. Depois de
descontaminado o veículo,
é realizada uma lavagem a
seco, inclusive nas peças
mecânicas, sem consumir
uma gota de água. Em
cada etapa o veículo
recebe uma etiqueta
indicando por qual
processo ele já passou.
3) Desmontagem
Nesta etapa o veículo também recebe uma série de
etiquetas (de 80 a 180) em suas peças para permitir
a rastreabilidade de cada item, seja por código da
montadora ou da peça. O processo de desmontagem
segue uma ordem lógica: desmontagem das peças
móveis de lataria,
remoção
dos
itens de lataria,
remoção
dos
vidros, remoção dos componentes mecânicos, remoção dos itens
de segurança, remoção dos componentes elétricos e eletrônicos e
recorte do monobloco. Esse corte é feito com técnicas específicas e
caso o componente esteja em bom estado vai para o estoque, caso
não, é destinado à compactação. A empresa conta com uma máquina
para a limpeza das peças do motor, onde o mesmo é colocado em um
recipiente que é aquecido a 78º e utiliza um detergente biodegradável
sem consumir água e após 10 minutos as peças estão limpas. A cada
15 dias uma empresa especializada também retira esse detergente e
devolve para a Renova, ele limpo e pronto para o reuso.
4) Classificação
Feita a desmontagem, as peças são classificadas como A, B e C. A peça A está em perfeitas condições
de uso, é uma peça chamada de Plug Play, que é retirada do veículo e colocada em outro sem ter
que fazer nenhuma benfeitoria. A peça B é uma peça que tem uma pequena avaria estética que não
compromete a sua funcionalidade. E a peça C é uma peça que está comprometida funcionalmente
e toda e qualquer peça relacionada
à segurança do veículo, conforme
determina a legislação do Estado e a Lei
Federal também, a única forma dessas
peças serem comercializadas é através
de logística reversa para o próprio
fabricante para remanufatura ou para
retirar a peça de circulação no setor,
impedindo o fomento do mercado
informal e o comprometimento
da imagem da marca, para isto a
Renova tem parcerias com empresas
fabricantes de peças.
10
reciclagem
5) Rastreabilidade
Depois de classificadas, as
peças vão para o processo
de
rastreabilidade,
onde
recebem duas marcações que
se complementam. A primeira
é com microdots, tecnologia
importada da República Tcheca,
onde através de um tubo a peça
ganha uma série de micropontos
praticamente invisíveis a olho nu
que apresentam um código que permite associar o item à nota fiscal, situação legal
e todo o histórico do veículo (Esta tecnologia só existe em dois países: Austrália e
República Tcheca e a Renova já possui contrato com número de serial exclusivo).
O segundo é o código QR Code, que pode ser visualizado por qualquer cidadão ou
agente fiscalizador que também dá acesso a todas as informações relacionadas ao
veículo. Além disso, todas as peças recebem uma etiqueta do Detran.
JUNHO de 2015 / edição 105
6) Armazenagem e Expedição
Por último, depois de classificadas e marcadas, as peças dos tipos A e B são
armazenadas no estoque para a venda. E as peças C são armazenadas e
destinadas a seus respectivos fabricantes ou são compactadas e enviadas
a uma empresa especializada como matéria-prima. Na compactação,
as peças são depositadas em uma caçamba (peças Renova e peças
retiradas de oficinas que ainda não possuem processos para destinação
ambientalmente correta), e depois são prensadas e compactadas,
e enviadas por toneladas para a Gerdau, empresa que tem contrato
exclusivo com a Renova e retira o material a cada 3 dias, em que através
dos processos adequados faz uso das peças como matéria-prima para
construção civil. Desta forma termina o processo de desmontagem e
destinação correta dos componentes automotivos.
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capa
JUNHO de 2015 / edição 105
Transformando ameaças
em oportunidades
resultado
oãçaicogener
competitividade
aicnêlubrut
proatividade
omsimissep
tendências
2015
oãssecer
Por: Karin Fuchs | Fotos: Divulgação
E
m um ano de recessão como o que estamos vivendo
é natural que um clima de pessimismo paire no ar.
Mas nada de entrar neste clima, ainda mais porque
o Brasil já passou por muitas crises e até piores
do que a que vivemos hoje. Quem é que não se lembra dos
tempos em que a inflação rondava ou superava a casa dos
1.000% ao ano? Dos planos econômicos mirabolantes e
tantas mudanças no nome da moeda?
Nas palavras de Sara Carvalho, consultora nas áreas de
Finanças e Contabilidade, “apesar de todos os problemas
econômicos, segundo o economista brasileiro e ex-ministro
da Fazenda Maílson da Nóbrega, o Brasil vive uma crise e não
um colapso, ou seja, não iremos esmorecer como a Argentina
e a Venezuela. Isso significa que em meio a essa turbulência
é possível ter a oportunidade de se fazer bons negócios e ter
Sara Carvalho, consultora nas áreas de Finanças e Contabilidade
O momento não é de planejamento, mas sim de execução e
profissionalização da equipe. Olhar para dentro de casa pode fazer a
diferença.Tarefa que especialistas vão lhe ajudar nesta empreitada...
chances de crescimento”, afirma.
Segundo ela, o quê insólito da questão vem em como
isso pode ser possível. “O que deve ser de ciência de todos,
principalmente de empresários, é que, nesses momentos
de estagnação e crise, o mercado abre novas frentes para
serem trabalhadas. As palavras certas a serem usadas
nesse momento são: inovação e otimização”, destaca
a consultora, que também é professora do Curso de
Aperfeiçoamento Profissional “Gestão de Inadimplência e
Formas de Pagamento” do Instituto de Pós-Graduação e
Graduação (IPOG).
Na avaliação de Carlos Cruz, diretor do Instituto Brasileiro
de Vendas, IBVendas, “o momento que vivemos não é de
muito planejamento, mas sim de execução. Quando o
mercado diminui de tamanho, a procura tende a diminuir
também e, com isso, o varejista precisa ter uma equipe mais
pró-ativa para ganhar a fatia da concorrência; o pedaço maior
da pizza”, diz.
Para ter uma equipe pró-ativa, Cruz indica que o primeiro
passo é medir os indicadores de resultados de cada um. “O
empresário de autopeças precisa ter vendedores profissionais
em sua equipe, prepará-la para vender mais para novos
clientes ou reativar clientes antigos que pararam de comprar,
ou trabalhar para melhorar o tíquete médio da venda”, orienta.
Ele lembra que em muitas lojas há os atendentes que
ganham salários fixos e, por consequência, não são adotadas
métricas para avaliá-los.“E nesta equipe há os que são ótimos
atendentes e outros que nem tanto. Eles também precisam
ser avaliados”, destaca.
Com a cabeça ou com a perna. “Há a teoria, quem não tem
cabeça tem perna, assim, ou se vende mais correndo atrás do
cliente com o relacionamento e as ferramentas de marketing,
ou trabalha melhor o que está na loja, que é a estratégia da
cabeça, descobrindo outros itens que ele precisa, além do
qual ele foi buscar. Consequentemente, aumentando o tíquete
médio, o valor médio de cada venda. Outra forma é melhorar
o índice de conversão: falou com dez clientes, ao invés de
vender para três, vende para cinco”, especifica.
Cruz resume que a palavra-chave é medir o resultado
da equipe. “Transformando atendentes em vendedores,
preparando-os para melhorar os indicadores do tíquete
médio, do índice de conversão, e para conseguir investigar
melhor as necessidades dos clientes”, sintetiza.
Inove e motive
Sob o seu guarda-chuva, a equipe tem que estar em
harmonia e motivada. Para tanto, o sócio da Tiex Consultoria,
Samuel Lopes, diz que transparência é fundamental. “Manter
todos cientes das condições da empresa e do mercado
pode motivar a equipe a sentir-se parte do processo. E
não somente com a transparência na comunicação, mas
com qualidade da comunicação de forma a valorizar a
equipe. Partilhar conhecimento, incentivar o processo de
compartilhamento do conhecimento, sem ficar apenas no
discurso, mas efetivamente partilhar conhecimentos. E, claro,
reconhecimento e remuneração compatíveis com os desafios
apresentados”, pontua.
Autor dos livros “A Divertida Arte de Vender” e “Motivação
Nota 10”, Erik Penna, que também é palestrante motivacional
e especialista em vendas, destaca que a palavra-chave é
criatividade. “É hora de o líder inovar até mesmo com o
objetivo de manter a equipe motivada. A maioria das pessoas
se motiva pelo amor ou pela dor”, afirma.
Pelo amor, diz ele, “eu gosto muito da teoria RAP de
David McClelland, que apresenta ferramentas para manter a
equipe sempre motivada, como por exemplo, desafios, fatos
novos, sinergia, elogio e reconhecimento. Pela dor, é quando
o líder é transparente e mostra o que poderá ocorrer caso
as metas não se concretizem, não em tom ameaçador, mas
com sinceridade para que todos tenham chance de melhorar,
valorizar o emprego e não serem pegos de surpresa. Ele pode,
ainda, oxigenar a equipe estimulando a leitura de novos livros
e proporcionar treinamentos que abram a mente e ampliem
as ferramentas da força de vendas”, sugere.
14
capa
Penna também comenta que, em tempos difíceis, é hora
de o líder pedir um extra e cada colaborador se dispor a dar
um algo a mais. “Conscientize cada funcionário que, para
vencer a crise, será preciso fazer mais do que ele já tem feito
até agora, um sacrifício que será recompensado logo à frente.
Se está difícil vender, não adianta ficar reclamando da vida e
culpando a crise”, ressalta.
Para exemplificar uma mudança de hábito, ele ilustra que
“se o vendedor tem o hábito de visitar dez clientes por dia, é
melhor que comece a fazer pelo menos doze visitas. Ou, se
costuma realizar vinte e cinco ligações por dia, é hora de fazer
trinta para possíveis compradores. Cinco ligações a mais por
dia podem significar por volta de 750 novas e diferentes
oportunidades no semestre. Ou seja, a ordem é aumentar as
possibilidades!”, revela.
Repense seu negócio
Especificamente no caso de empresas familiares,
Maurício Seriacopi, fundador e presidente do ITE - Instituto
Transformar de Empreendedorismo e sócio-diretor da
M2R2 Consultoria Empresarial, comenta sobre os desafios
em prover mudanças. “O problema se origina na formação
da empresa, quando raríssimas vezes, os fundadores seguem
as recomendações de um bom planejamento equilibrando-o
com o entusiasmo e a euforia da realização de um sonho:
o de ter seu próprio negócio. As resistências às mudanças
se agravam quando o comando é feito de maneira caseira e
amadora, confundindo o que é ser empreendedor com ser
empresário”, ilustra.
Ele orienta que para uma empresa, particularmente a
familiar, ser solidificada é preciso que seus proprietários
tenham a clareza que ela deva ser mais rica que eles próprios.
“É muito comum ouvir queixas dos proprietários dizendo
que não sobra dinheiro no caixa, mas a empresa continua
‘pagando’ diversas contas pessoais, além do uso desenfreado
do cartão corporativo ao mesmo tempo em que não fazem
investimentos na mesma. Empresas de varejo, onde os clientes
pagam em dinheiro, o desfalque no caixa é ainda maior”.
Ele traduz que essa falta de educação financeira acarreta
numa cegueira da real capacidade de rentabilidade,
Carlos Cruz, diretor do Instituto Brasileiro de Vendas, IBVendas
aumentando o risco de quebra. Para rever este cenário ele
faz a seguinte orientação: “definir uma retirada mensal fixa
aos proprietários que não desestabilize o caixa e ao final de
determinado período (semestral ou anual) promover a divisão
dos lucros, depois de separar a verba para reinvestimentos; e
realizar reuniões regulares entre os sócios para avaliação dos
resultados operacionais e do desempenho das atribuições
designadas a cada um no organograma”, pontua.
Independentemente de ser ou não uma empresa familiar,
Lopes, da Tiex Consultoria, fala sobre a importância de
um planejamento adequado. “Em primeiro lugar, analisar
seus objetivos. O estabelecimento de metas é ferramenta
importante para o empresário iniciar seu planejamento,
contudo é importante pesar a dose de otimismo e realismo,
metas inalcançáveis podem causar frustração e metas
excessivamente folgadas podem causar acomodação”, alerta.
Em seguida, ele diz que “deve-se definir suas prioridades,
saber onde concentrar esforços e recursos é peça fundamental
na elaboração de um planejamento adequado. Por fim,
planejar envolve também conhecer a empresa a fundo, é hora
de pensar e, se necessário, redefinir conceitos”, finaliza.
Empresas mais competitivas
Para Seriacopi, sócio-diretor da M2R2 Consultoria
Empresarial, quase sempre cabe aos diretores, o dever
em encontrar alternativas para tornar a empresa
mais competitiva. “No entanto, essa atribuição pode
ser amenizada com o estímulo da participação dos
colaboradores com reuniões de brainstorm como
manda a regra: nenhuma ideia ou sugestão deve ser
ridicularizada, tampouco seu idealizador, que, na maioria
das vezes, sabe as melhores soluções para problemas das
áreas em que atua. Vendedores, por exemplo, estão em
contato permanente com os clientes e o próprio mercado,
avaliando o termômetro dos negócios”, afirma.
Ele também diz que observar e entender novas tendências
podem ser uma grande vantagem e excelente gerador
de oportunidades, fortalecendo os relacionamentos com
participações em eventos e pesquisas que revelem tais
tendências mercadológicas, buscando, antecipadamente,
construir estratégias inovadoras e pioneiras. “E também
estimular a criatividade, de diretores e demais líderes, com
leitura de bons veículos, inclusive os segmentados, que
exaltem o positivismo com informações sobre pessoas e
empresas que deram a volta por cima”, afinal, nada como um
bom exemplo.
Outra sugestão de Seriacopi é desenvolver e testar
permanentemente ações paralelas ao negócio principal.
“Afinal, há sempre alguém lucrando na crise e tornar-se um
fornecedor para essas pessoas ou empresas pode render
excelentes lucros. E atentar-se às ações dos concorrentes,
principalmente os indiretos, pode evitar um distanciamento
com o futuro, pois muitas atividades são findadas pela
substituição de novas tecnologias”, conclui.
Na visão de Lopes, para se manter competitivo é preciso
otimizar processos de forma a redirecionar recursos e
esforços, para concentrar-se na excelência de seus produtos
e serviços, de forma a fidelizar o mercado e expandir sua
base de clientes. “Quebrar paradigmas para colocar em
prática ações e novos conceitos, de forma a identificar
oportunidades e, se necessário, mudar os rumos do negócio
JUNHO de 2015 / edição 105
Samuel Lopes, sócio da Tiex Consultoria
como o desenvolvimento de novos produtos ou novos
mercados. Manter a mente aberta, pensar prospectivamente
sem esquecer as lições aprendidas com os erros do passado.
E não se esquecer de três tarefas cruciais: planejamento,
planejamento e planejamento”, acrescenta.
De olho nos custos
Em tempos de incertezas, um dos primeiros pensamentos
é demitir, por mais que não se queira isso. Para Carlos Cruz,
do IBVendas, em momentos como este é preciso reduzir
custos, mas ao invés de reduzir a equipe, otimizá-la.“É o fazer
mais com menos, cortar custos onde é possível, e otimizar a
equipe, avaliando se a crise é externa ou interna, ou seja, se
há pessoas que não estão desempenhando adequadamente
as suas funções, treiná-las e melhor aproveitá-las antes de
pensar em demissões”, sugere.
Erik Penna comenta que neste sentido há algumas opções
simples que fazem a diferença, como por exemplo, otimizar
a jornada de trabalho, eliminando a hora extra ou criando
Erik Penna, palestrante Motivacional e especialista em Vendas
16
capa
cada funcionário. Outra fez algo ainda melhor: como atendia
clientes de todo o Brasil, a conta chegava a R$ 1.800,00. Então,
ela fez um acordo com uma empresa de telefonia e passou a
utilizar um plano com ligações ilimitadas por apenas R$ 99,00
ao mês, uma economia anual de R$ 20.000,00”, ilustra.
Maurício Seriacopi, fundador e presidente do ITE - Instituto Transformar de
Empreendedorismo e sócio-diretor da M2R2 Consultoria Empresarial
um banco de horas. “Renegociar tarifas bancárias como o
custo mensal na cobrança de títulos também pode ser um
caminho, como economizar com o telefone”, cita.
Para exemplificar, ele conta que “certa vez visitei uma
empresa que começou a descontar as ligações pessoais de
Iniciativa para parcerias
Iniciativas do próprio varejo podem não apenas
incrementar as vendas como também potencializar os
negócios dos seus parceiros, no caso, distribuidores de
autopeças. “O varejista pode criar uma campanha para
conseguir melhorar o resultado, como por exemplo, de meta
de vendas com premiação que pode vir de uma parceria com
fornecedores. Há muitas autopeças que ficam dependendo da
campanha dos fornecedores, enquanto são elas que deveriam
definir qual é o produto-foco, qual gera mais rentabilidade
para a loja”, ressalta.
E, para tanto, ele diz que se faz necessário uma análise do
estoque. “Para produtos que não giram há muito tempo, por
exemplo, pode-se fazer um trabalho ativo para clientes que
tenham interesse neles. Assim, o varejista consegue renovar e
comprar itens de maior giro, mais rentabilidade. Vale ressaltar
que muitos varejistas ainda compram dos fornecedores sem
um planejamento”, alerta Carlos Cruz, referindo-se a estoques
que podem ficar obsoletos.
Na avaliação de Erik Penna, é hora de rever e talvez ampliar
os fornecedores. “Também é o momento ideal para fazer
JUNHO de 2015 / edição 105
parcerias com não concorrentes, por exemplo, já pensou em
somar os clientes de outra empresa em seu banco de dados?
Outro dia, um restaurante e uma agência de viagem fizeram
uma parceria interessante. O restaurante tinha cinco mil
clientes cadastrados e a agência algo em torno disso também.
Uma empresa divulgou o seu produto na base de dados da
outra e novos clientes apareceram”, exemplifica.
Ilustrando a importância de inovar para não sucumbir,
Penna conta que, em 1973, a Exame/FGV elaborou um
ranking com as 500 maiores empresas do Brasil e que,
atualmente, 77% dessas organizações simplesmente
desapareceram, conforme aponta um estudo da Fundação
Dom Cabral. “Portanto, agora é a hora, inove, seja ainda
mais proativo e saiba que, daqui a algum tempo, será muito
motivador lembrar que o sacrifício foi momentâneo, mas a
vitória ficará para sempre!”, ressalta.
Para finalizar, Sara Carvalho comenta que nessa época de
finanças enxutas, as pessoas irão querer comprar e reparar
carros usados, ao invés de comprar novos. “O diferencial será
a oferta a esses clientes, já que os produtos e serviços terão
que ser de qualidade, modernos e com preço acessível. Para
não deixar de agarrar essas oportunidades de bons negócios
em meio à crise, a empresa deverá ficar atenta à sua saúde e
gestão financeira. Torna-se obrigatório fazer análise de fluxo
de caixa periodicamente; reformulação do plano de negócio;
refazer planos estratégicos e orçamentários; traçar novos
projetos de cobranças, etc.”, conclui.
18
indústria
JUNHO de 2015 / edição 105
De olho no futuro,
Dayco foca no
atendimento
ao cliente
Nova estratégia nos canais
de venda amplia a atuação e
aproximação com o mercado
Por: Silvio Rocha | Fotos: Divulgação
R
eferência em correias, tensores, polias, cabos de ignição e mais recentemente
cilindros e atuadores hidráulicos, a Dayco trabalha com uma política de sempre
estar mais próxima do cliente para melhor atendê-lo e com produtos de qualidade
e eficiência na entrega, como principais diferenciais.
Dado o crescimento da empresa e ampliação de marcas, a fabricante, alinhada com
seus objetivos, apresenta uma nova estratégia para aprimorar o atendimento ao cliente,
com profissionais técnicos dedicados exclusivos aos distribuidores.
Novo atendimento
Silvio Alencar, diretor Comercial América do Sul da Dayco, explica que a estratégia
foi planejada de acordo com as exigências do mercado. “Percebemos a necessidade de ter
profissionais dedicados full time nas duas marcas, Dayco e Nytron, nos distribuidores,
tanto nas filiais, como nos regionais”.
Para isto, a empresa conta que agora fará uma transição nos canais de venda,
em que não mais irá trabalhar com representantes, mas sim com promotores e
supervisores de venda. “Queremos destacar que temos muito respeito pelo trabalho
que já realizaram, mas essa mudança foi feita para termos profissionais mais focados
nas linhas das duas marcas”.
O diretor Comercial explica que o promotor de Vendas, além de promoções e ações,
oferecerá assistência técnica e também consultoria ao cliente. “Eles estão treinados para
dar uma resposta imediata, sem ter que esperar pelos canais de comunicação da empresa.
Trouxemos profissionais experientes e conhecidos no mercado para facilitar esse processo
de substituição, eles vão fazer um trabalho bem prático e objetivo no sentido de ajudar na
comercialização do produto”.
E os supervisores de Vendas atuarão de maneira mais efetiva na parte Comercial,
em que terá todas as informações para atender e suprir as necessidades do cliente. Desde
fevereiro, a empresa já está em fase de implantação desses profissionais e até julho esse
processo será finalizado. No total serão 22 pessoas, sendo 10 supervisores e 12 promotores,
que cobrirão o território brasileiro.
A empresa também tem uma área Customer Service focada no atendimento ao cliente,
que além da equipe que estará em campo, seis profissionais farão todo o processamento
do pedido, e caso haja alguma dúvida ou seja necessário alguma informação adicional,
eles ficarão responsáveis por contatar o cliente, sem precisar passar pelo promotor ou
supervisor de Vendas.
Em relação à equipe técnica, Luiz Gustavo Zappa, gerente Nacional de Vendas da
Dayco e Nytron, ainda comenta que o número de colaboradores não diminuiu e, pelo
contrário, aumentou. “Continuamos com o mesmo time de técnicos no nosso suporte
0800. O reparador se sentirá muito mais seguro com as nossas marcas”.
Mais perto do cliente
Zappa também reforça que o objetivo da empresa é estar mais próxima. “Tendo em
vista que nossos produtos são extremamente técnicos, temos que ter esse cuidado de
melhor respondê-lo, e os promotores e supervisores irão ajudar muito neste sentido”.
“Temos um portfólio em constante crescimento e diversos lançamentos. Precisamos
ter pessoas tecnicamente treinadas para atender na ponta”, emenda Zappa. “Ano passado
foram quase 8.000 técnicos treinados e esse programa só tende a expandir porque
agora estaremos mais próximos, o próprio promotor estará capacitado para realizar
treinamentos, eles serão multiplicadores de conhecimento. Outro fator importante é que
os promotores serão da própria região, por isso além de conhecerem bem a frota, eles
conhecem as principais necessidades dos reparadores”, aponta.
Essa nova estratégia reflete na mudança de conceito também no quesito
treinamento. “O mercado
encara o treinamento apenas
no formato de sala, aula e
lanche, e queremos fazer esse
treinamento de maneira mais
efetiva, no local das oficinas,
mostrando na prática do dia a
dia”, diz Silvio.
Outra ação que junto
com esse novo atendimento
vem para facilitar o trabalho
do cliente é o E-business,
que através do portal da
empresa é possível realizar
o pedido direto na Dayco
e não precisa passar antes
pelo supervisor, o que agiliza
ainda mais os processos. “Esse
sistema já está inserido e em
funcionamento em 95% do
volume do nosso negócio”,
garante o diretor Comercial
para América do Sul.
Investimentos e ações
Em relação ao momento Silvio Alencar, diretor Comercial América do Sul
20
de crise que o País se encontra, Silvio enfatiza
que a Dayco sempre trabalhou com o princípio
de ética e independentemente da economia a
empresa continua investindo forte no Brasil. “O
que fazemos é redirecionar nossos investimentos
de acordo com o que o mercado precisa hoje,
sempre com uma política séria, equilibrada e
constante para darmos suporte ao distribuidor”.
Zappa também completa e diz que o foco
da empresa é prestigiar o canal de vendas
com um atendimento diferenciado ao
cliente e uma política séria. “Esta é a decisão
indústria
JUNHO de 2015 / edição 105
da Dayco para os próximos anos. Além disso,
realizamos constantes investimentos nas
nossas linhas de produtos”.
Um fator que exemplifica o bom
trabalho com que a empresa já atua no
mercado é seu diferencial na entrega.
“Nossa entrega atualmente é de 48 horas em
relação à data do pedido. Nós tivemos uma
atenção especial nessa área, investimos
em logística e temos esse desempenho
excepcional, que é fundamental nos dias
de hoje”, destaca Silvio.
Balanço do primeiro semestre
Sobre as dificuldades encontradas para se investir no setor,
Silvio alerta a respeito da acomodação de muitas empresas, que
tendem a praticar as mesmas ações com resultados que muitas vezes
não condizem com a realidade. “Pelo momento que o País atravessa,
é necessário ter as verbas mais controladas e com os recursos
mais escassos, é preciso ter criatividade para se sobressair e medir
corretamente os resultados”.
Em relação ao ano, Silvio revela que a Dayco traçou grandes
metas. “Já temos praticamente 40% da fatia do mercado e buscamos
mais, queremos também aumentar nosso faturamento na ordem de
13% neste ano.
Luiz Gustavo Zappa
Formado em Engenharia Elétrica Eletrônica pela Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo (PUC-SP), tem
mais de 10 anos de experiência na
indústria automobilística, atuando nos
segmentos de peças originais (OEM)
e reposição (AM) pelas empresas
Continental (VDO), ZF (Sachs) e está há
dois anos na Dayco.
Duas marcas
Prova de sua qualidade e consolidação no setor são os constantes reconhecimentos que a Dayco recebe,
como a premiação da Revista Autodata, que avalia a participação da empresa no mercado e as conquistas
já alcançadas. E agora recentemente o Prêmio Sindirepa-SP, este que foi fruto do forte trabalho com os
reparadores.
“Nosso 0800 atende diariamente em média de 120 a 150 ligações, a maioria para pedir informações
sobre os produtos, então oferecemos todo o suporte aos aplicadores e isto reflete na preferência pela nossa
marca”, analisa Silvio. A Nytron também, segundo Zappa, é líder nas pesquisas das marcas mais lembradas
pelo reparador por oferecer o melhor custo/benefício.
O gerente nacional de Vendas da Dayco e Nytron ressalta: “Nossa principal mensagem é apresentar este
novo modelo de atendimento com foco na aproximação do cliente, melhoria nos processos, cobertura de linha e
E-Business, enfim, todas as ações para garantir a excelência no serviço ao cliente”, completa.
22
regulamentação
JUNHO de 2015 / edição 105
Lei Federal dos Desmanches
Regulamentação promete beneficiar setor nas áreas de segurança
pública, social, econômica e ambiental
Por: Simone Kühl | Fotos: Divulgação
D
esde o dia 20 de maio de 2015, a Lei Federal
nº 12.977, que regula e disciplina a atividade
de desmontagem de veículos automotores
terrestres, passou a vigorar. Para isto, é importante as
empresas estarem atentas às adequações que devem ser
feitas, pois o prazo é de três meses.
Para entendermos melhor sobre a Lei, falamos com
o Administrador e Perito Judicial, também Arquiteto do
SIDEL (Sistema Desmanche Legal), Marcelo Magalhães,
que contou como foi o processo de regulamentação e os
benefícios que serão gerados.
A regulamentação
De acordo com Magalhães, a regulamentação das
atividades de desmontagem de veículos, comercialização
das partes e peças, reciclagem de inservíveis descartados
no processo de desmontagem vem sendo um desafio para
os Estados da Federação.
Em 1986, a Lei Paulista 4.980/ 1986 disciplinou o
registro de oficinas mecânicas de desmanche de veículos,
complementada pela Lei Federal 9503/ 1997, que instituiu
o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Já em 2007 (vinte e
um anos depois e ainda em São Paulo-SP), através da Lei
12.521/ 2007 de autoria do Deputado Vanderlei Siraque,
no mesmo ano no Rio Grande do Sul 12.745/ 2007, de
autoria do Deputado Adroaldo Loureiro, foi regularizado
o funcionamento de
estabelecimentos
comerciais de desmonte
de veículos automotores
de via terrestre.
Depois, no dia 2 de
janeiro de 2014, em São
Paulo pela Lei 15.276,
são estabelecidas normas
sobre a destinação de
veículos em fim de
Marcelo Magalhães, Administrador,
vida útil. E agora pela
Perito Judicial e Arquiteto do SIDEL
Lei Federal nº 12.977,
(Sistema Desmanche Legal)
que passou a vigorar a
partir do dia 20 de maio, é regulamentada e disciplinada
a atividade de desmontagem de veículos automotores
terrestres; a lei altera o Art. 126 da Lei no 9.503, de 23 de
setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro.
Primeiro passo: o registro
Em relação às normas que os estabelecimentos
devem seguir, Magalhães diz que para o registro
as empresas devem se adequar primeiramente às
documentações exigidas em cada estado e no distrito
federal. As empresas deverão apresentar no Detran do seu
estado e do DF diversas certidões (Fazenda, Segurança
Pública, Meio Ambiente e Bombeiros), alterar o CNAE, se
necessário, adotar NF-e em alguns estados, adequar área
de desmontagem, apresentar um responsável técnico,
inventariar o estoque e adotar sistema de rastreabilidade.
Após entrega correta da documentação o
estabelecimento receberá a visita do Detran para
constatar a conformidade das instalações. O registro terá
validade de um ano na primeira solicitação e renovação
a cada cinco anos após o primeiro. As penalidades são
divididas entre leves, médias e graves. “Que são multas de
2 a 8 mil, cobradas em dobro em caso de reincidências e
se somarem 20 mil em multas no período de 12 meses o
registro será caçado”.
Sobre as influências que a regulamentação acarretará
no setor, está a redução do valor do seguro, conforme
comenta Magalhães. “Sendo os índices de criminalidade
um dos fatores para formação do valor do seguro, com a
redução será possível pleitear esse repasse ao consumidor,
além da possível criação do Seguro Popular, que trata
sobre a possibilidade de utilização de peças oriundas de
desmanches pelos segurados para reparação de veículos,
quando aceitas e autorizadas na apólice”, explica.
Benefícios para todos
“A regulamentação colabora para desmarginalização
no setor de desmontagem e comércio de peças usadas,
para a transparência aos consumidores quanto à origem
das peças”, informa. Magalhães também aponta benefícios
nos âmbitos:
Social
• Geração de empregos diretos e indiretos.
• Desmarginalização do segmento de peças.
• Redução de furtos, roubos e latrocínios ligados
a veículos e motocicletas.
• Fomento do mercado de peça.
Econômico:
• Aumento do volume de negócios em toda a cadeia.
• Surgimentos de novos modelos de negócios
e expansão dos já existentes.
Ambiental:
• Destinação correta de resíduos e inservíveis.
• Acompanhamento da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental).
• Sem geração de passivo ambiental.
Mais informações
Portal: www.leidodesmanche.com.br
Facebook: leidodesmanche
balcão automotivo / JUNHO de 2015 / edição 105
Magneti Marelli entra na Open
Automotive Alliance
MAHLE é líder
nacional na
solicitação de
patentes no setor
automobilístico
A Magneti Marelli passou a integrar a Open Automotive Alliance (OAA), uma aliança global de empresas
líderes do setor automotivo e de tecnologia, comprometidas em disponibilizar as soluções Android para
os carros. O anúncio foi feito durante o Google I/O, conferência de desenvolvedores da Google ocorrida
recentemente em São Francisco, nos Estados Unidos. A empresa fornecerá sistemas de Infotainment
automotivo equipados com esse recurso a partir do final de 2016. O Android Auto leva a experiência
do sistema Android para dentro dos carros através de aplicativos e serviços acessíveis na tela de centrais
multimídia e é projetado para transmitir as informações de que o motorista necessita de maneira
mais fácil e segura. No Brasil, modelos das marcas Citroën, Peugeot e Fiat, entre outras, já contam com
modernos sistemas multimídia desenvolvidos e produzidos pela Magneti Marelli.
Os números obtidos no
decorrer dos últimos três
anos de atividades do
Centro Tecnológico de
Jundiaí (SP) mostram
que a unidade de
excelência brasileira depositou 82 novos
pedidos de patentes e muitos deles no Patent
Cooperation Treaty (PCT). Segundo dados
do PCT, essa cifra consolida a empresa como
líder nacional na solicitação de patentes para
novas invenções no segmento automobilístico
nacional. O Tech Center MAHLE também está
entre os dez maiores depositários de pedidos
de patentes em meio às principais empresas e
universidades brasileiras.
Neste mês de junho, a Ford lança o médio Novo
Focus, a primeira aparição do carro aconteceu
em São Paulo. No evento foi divulgado que o
sistema SYNC de conectividade evoluiu, ele tem
comandos de voz para operação do celular, rádio
e climatização, AppLink, de acesso a aplicativos
dos smartphones, entre outros. O carro também
conta com estacionamento automático para vagas
paralelas e perpendiculares, sem que o motorista
precise mexer no volante.
Fotos: divulgação
Ford mostra Novo
Focus e investe em
tecnologia
ZF América do Sul conquista o Prêmio
REI 2015 com seu presidente
O presidente da ZF América do Sul, Wilson Bricio (10 da esq. p/ dir.), foi eleito como o melhor
profissional de autopeças no V Prêmio Rei – Reconhecimento à Excelência e Inovação, realizado
no dia 10/06 em São Paulo (SP). A premiação é organizada pela revista especializada Automotive
Business. A escolha pelo presidente da ZF América do
Sul foi motivada por diversos fatores, como o aumento
o portfólio de produtos produzidos pela ZF no Brasil,
antecipando-se às demandas cada vez mais competitivas
do mercado automotivo. Outro fator que destacou o
executivo foi o seu papel como artífice, na ultima década,
de um expressivo processo de integração organizacional
e utilização de sinergias entre as diferentes unidades de
negócios do Grupo ZF na América do Sul, indo ao encontro
das demandas do mercado por produtos cada vez mais
competitivos e com qualidade reconhecida pelos clientes.
Dayco: 110 anos de mercado mundial
Inicialmente conhecida como Dayton Rubber Manufacturing Company, a empresa iniciou seus
negócios em 17 de maio de 1905 tornando realidade o sonho de seus cinco fundadores. Depois
de um modesto começo com a fabricação de mangueiras e anéis de vedação de borracha, a Dayco
cresceu mundialmente. Hoje é uma fabricante mundial de correias sincronizadoras, correias de
acessórios, produtos de transmissão, sistemas e soluções. Com 4.300 colaboradores e mais de
40 fábricas, centros de distribuição e de tecnologia e escritórios
de vendas em 16 países, a empresa tem aproveitado sua presença
global para manter o relacionamento com todos os equipamentos
originais, fabricantes (OE) e mais de 1.500 distribuidores em todo
o mundo. A Dayco também anuncia João Simões Ramon como
novo diretor-presidente para seus negócios na América do Sul. O
executivo é formado em Engenharia e Administração de Negócios.
Fras-le e Controil conquistam Prêmio Exportação RS
A Fras-le e a Freios Controil, integrantes das Empresas Randon, conquistaram o Prêmio Exportação RS 2015,
respectivamente, nas categorias Diversificação de Mercados e Destaque Setorial Autopeças. Além da categoria na qual é
vencedora, a Fras-le também recebeu uma Distinção Especial – Exportador Diamante, em reconhecimento à sua postura
exportadora que demonstra perenidade em seus resultados. Em sua 43ª edição, sob a temática “Inovação como caminho
para exportar marca e alavancar a competitividade no mercado internacional”. Promovido por inúmeras entidades, o
prêmio objetiva valorizar as organizações que consolidam os produtos brasileiros no exterior e distingue as empresas que
obtiveram os melhores resultados mercadológicos e desenvolveram estratégias inovadoras para expor e comercializar seus
produtos neste mercado.
26
CURTAS
Litton BRAKES inicia atividades
comerciais no Brasil
em julho de 2015
A fabricante de material de fricção tem como
visão a constante capacitação tecnológica,
destinada a oferecer segurança e excelência
em seus componentes. Com uma capacidade inicial de 12 milhões
de peças ao ano, oferece a seus clientes a gama mais completa do
mercado, cobrindo as aplicações europeias, americanas e asiáticas. As
operações no Brasil fazem parte de um avanço estratégico na América
do Sul, por ser um dos mercados com uma frota renovada, um maior
potencial de consumo e um grau de exigência por parte das cadeias
de suprimento compatíveis com a visão mercadológica da Litton. As
operações no Brasil serão comandadas por Danilo Zille Dutra (exRemsa) no segmento de freios automotivos.
Grupo CAOA investe
em pós-vendas
A empresa montou em São Paulo um centro especializado numa
área de 10 mil m², dos quais 7 mil m² são de área construída,
para atender os modelos da Hyundai de fabricação nacional e
importados. No CAOA Hyundai Premium Services, a capacidade é
de atender até 3 mil veículos/mês. As instalações têm uma moderna
estrutura para descarte de resíduos formada por uma linha aérea de
2 mil metros de tubulações, por onde são dispensados óleo e fluidos
extraídos dos veículos e por onde também passam lubrificantes e
fluidos novos para abastecimento dos carros em reparo nos boxes de
serviço. No espaço há ferramentas
de última geração e será utilizado
para treinamento das equipes de
pós-vendas das concessionárias de
todo o Brasil.
Federal-Mogul lança linha de fluidos
Jurid e recomenda revisão do carro
antes das férias
A divisão Motorparts, da FederalMogul, anuncia o lançamento
da linha de fluidos Jurid para
automóveis e veículos comerciais.
O lançamento faz parte do programa de ampliação da gama de
produtos da empresa para atender aos veículos em circulação nos
mercados do Brasil e da América do Sul. Toda a linha está disponível
em frascos de 500 ml, nas especificações DOT 3 e DOT 4, que indicam
os elevados níveis de resistência ao ponto de ebulição do líquido em
função da ação de frenagem.
General Motors premia
fornecedores com Prêmio
de Sustentabilidade
Anualmente acontece o Prêmio GM de Sustentabilidade para
Concessionárias e Fornecedores da Chevrolet. Este ano a entrega foi
feita dia 3 de junho e os vencedores na categoria fornecedores foram:
Eaton, ARaymond e White Martins. Na categoria de concessionárias
venceram: Espacial Veículos, de Natal (RN), Uvel, de Brusque (SC) e CVC,
de Vitória (ES). “O objetivo do prêmio é difundir e
estimular a aplicação prática de ações baseadas
nos princípios da sustentabilidade, gerando,
assim, benefícios para os concessionários,
fornecedores e para toda a comunidade”, declara
Marcos Munhoz, vice-presidente da GM do Brasil
e Chairman do Comitê de Sustentabilidade.
28
balcão automotivo / JUNHO de 2015 / edição 105
Pósitron lança
novo DVD Player
automotivo
Com o objetivo de ampliar seu portfólio, e incorporar
tecnologias de entretenimento e conforto em
seus produtos, a Pósitron lança o SP4330 BT, DVD
Player com tela TFT LCD Wide de 3” e conexão
Bluetooth®. Dentre as principais características do
equipamento, destaque para a função Hands Free,
que permite a realização de chamadas telefônicas
pelo viva-voz, e para o Audio Streaming, que
reproduz as músicas armazenadas em dispositivos
móveis sem a utilização de cabos. Também é
possível comandar as funções do aparelho por meio
do controle remoto integrado ao volante.
TV Takao estreia na
Automec 2015
Diferente de qualquer
outro canal de TV
coorporativa em que
o foco é falar sobre a
empresa, a TV Takao
tem por objetivo
trazer a “voz” dos seus
clientes em todos
os acontecimentos
onde a Takao estiver
presente neste meio.
A estreia do canal
aconteceu na última
Automec 2015 onde a
apresentadora Cintia Silotto fez a cobertura do evento,
entrevistando visitantes, aplicadores, distribuidores
e mostrando um pouco deste cuidado da Takao em
trazer o futuro para o mercado de motor. Assista a
reportagem completa no www.takao.com.br/blog
Audi apresenta Centro de
treinamento
CURTAS
Fabricante alemã reforça estratégia de voltar a produzir no Brasil com a inauguração
do CT para capacitação da equipe e desenvolvimento de tecnologia locais
Por: Edison Ragassi
A Audi inaugurou em São Paulo (SP), na região de Santo Amaro, dia 28 de maio, o Centro de Treinamento e
Competência Tecnológica (CT). Os investimentos somam R$ 10 milhões até 2016. O prédio de mais de 4 mil
m² conta com oficinas, salas de aulas, escritório e showroom, modelo padrão para a rede de concessionários.
No local está o Technical Support Center Latin America
(TSC LATAM), que conta com uma equipe inicial de cinco
engenheiros para oferecer suporte técnico aos mercados
da América Latina, no total de 29 países. Eles trabalham
no desenvolvimento de tecnologias específicas, como
os sistemas de injeção de combustível, já que a gasolina
brasileira tem a mistura do etanol e motor do A3 sedã que
será produzido no Brasil, 1.4L turbo, conta com a tecnologia
Flex, características exclusivas do nosso mercado.
Entidades divulgam projeções para 2015
A Anfavea, divulgou o balanço da indústria automobilística em maio e na soma dos primeiros cinco meses
do ano. Segundo a associação a nova expectativa é de queda de 20,6% no licenciamento e de 17,8%
na produção de autoveículos. A entidade ainda não revisou a previsão para exportações em função da
expectativa de anúncio do Plano Nacional de Exportação e dos acordos comerciais com outros países
que estão em andamento. As projeções para o segmento de máquinas autopropulsadas também não
foram alteradas em razão da apresentação das condições do Plano Agrícola e Pecuário. De acordo com a
Fenabrave sobre o mês de maio e do acumulado de 2015, para o setor da distribuição de veículos o mês
de maio apresentou retração de 2,70% em
relação a abril. Foram emplacadas 333.806
unidades em maio, contra 343.068 no mês
anterior. Na comparação entre os meses de
maio 2014 (440.109 unidades) e o mesmo
mês de 2015, o setor teve queda de 24,15%.
Perfect anuncia novidades
Referência de bons negócios para o mercado de reposição de autopeças,
a Perfect Peças Automotivas ampliou seu portfólio de produtos e passa
a oferecer ao mercado diversos itens de cabos axiais, pivôs, terminais de
direção e amortecedores, para diferentes marcas e modelos de veículos em
circulação no País. Outra novidade anunciada pela empresa é a promoção de
Débora Coronado (foto) ao cargo de gerente de Marketing. Nesta nova função,
Débora manterá a responsabilidade por Estratégia, Marketing e Comunicação
Corporativa e assumirá as áreas como Planejamento de Mídias, Controle de
Metas, Campanhas Internas e Mapeamento de Vendas. A Perfect tem como
missão aceitar e oferecer aos clientes e fornecedores soluções, experiências
memoráveis e produtos competitivos com qualidade e tecnologia para o mercado automotivo globalizado.
Produção de motocicletas atinge o menor nível em
10 anos
A produção acumulada de motocicletas de janeiro a maio deste ano totalizou 582.528
unidades, volume 16,2% inferior ao registrado em igual período de 2014, que havia
chegado a 695.155 unidades. O resultado dos primeiros cinco meses deste ano, no
entanto, é o pior do setor desde 2005, quando foram produzidas apenas 495.098
motocicletas em igual período, conforme levantamento divulgado pela Abraciclo,
Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas,
Bicicletas e Similares. “A instabilidade macroeconômica, atrelada à falta de confiança
do consumidor, reforça o momento de cautela. O setor já havia feito uma redução nas projeções de produção e vendas para 2015,
porém, diante da piora do cenário, novos ajustes não estão descartados”, afirma Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo.
Schaeffler tem seu
desempenho reconhecido pela
Moto Honda
A Schaeffler, que reúne as marcas INA, FAG e LuK, recebeu o
Certificado de Desempenho 2014 – Evolução em Qualidade
e Entrega, concedido pela Moto Honda Amazônia. Foram
premiadas 13 empresas em quatro categorias: Excelência
em Qualidade e Entrega, Evolução em Qualidade e Entrega,
Destaque Empresarial, e Qualidade Custo Entrega – Divisão
de Peças. Os requisitos analisados para que a Schaeffler
fosse escolhida foram: Qualidade, Custo e Entrega, além de
apresentar novas tecnologias.
MANN+HUMMEL promove
atividade voluntária em
hospital
No dia 12 de junho, uma equipe de colaboradores da
multinacional MANN+HUMMEL realizou mais uma visita do
Projeto Sexta-Feira da Alegria. Caracterizados de palhaços,
eles percorrem os corredores das alas feminina, masculina e
pediátrica do Hospital Augusto de Oliveira Camargo (HAOC)
levando música, brincadeiras
e conversando com os
internos. Os encontros são
mensais e ocorrem em
períodos alternados neste
hospital, localizado em
Indaiatuba (SP).
Peugeot comunica
reposicionamento da marca
A Peugeot reduziu o número de concessionárias, tem agora
108 e deve chegar a 120 até o fim do ano. Não aumentou
o preço do compacto 208 linha 2016 e ampliou a lista de
equipamentos. A primeira versão, Active, que já trazia direção
elétrica, ar-condicionado, rádio com entrada USB e conexão
Bluetooth, luzes diurnas e lanternas em Leds, ganhou faróis de
neblina, vidros elétricos nas portas traseiras, retrovisores com
ajuste elétrico, alarme ultrassom, banco traseiro com apoio de
cabeça para o passageiro do centro e volante multifuncional.
As revisões têm preços fixos
(R$ 314,00 para a de 10 mil
km/ R$ 486,00 de 60 mil
km). Os preços do 208 variam
de R$ 45.990 (Active motor
1.5L Flex)/ R$ 62.890 (Griffe
Automática, motor 1.6L Flex).
Kolbenschmidt (KS)
apresenta lançamentos
A MS Motorservice, Divisão de Aftermarket do Grupo KSPG, iniciou o mês de maio com
lançamentos de anéis de segmento para motos Honda 125cc modelos Biz 125 e CG 125
produzidas entre 2006 e 2011. No segmento leve os
novos produtos abrangem tanto a linha de camisas
como a linha de filtros de óleo das montadoras
Fiat, Ford, General Motors e Volkswagen. Para
mais informações, entre em contato com a fábrica
através do SAKS 0800 721 7878 ou por meio do
e-mail [email protected]
30
fabricante
téria de capa
JUNHO de 2015 / edição 105
Juntalima destaca investimentos
Fabricação própria e lançamentos constantes fazem parte dos diferenciais da empresa
Por: Simone Kühl | Fotos: Divulgação
C
om 22 anos de história, a Juntalima é referência quando
se trata de produtos de qualidade e um portfólio
completo. De acordo com Felipe e Sérgio Lima, diretores
da empresa, enquanto outras fábricas deram pouca atenção às
novas linhas de veículos, a Juntalima buscou investir em todas,
para assim oferecer ao consumidor uma variedade maior de
itens, se tornando hoje essa referência no setor.
Atualmente a empresa conta com duas plantas próprias,
onde além de processar a matéria-prima, possui o maquinário
necessário para desenvolver suas ferramentas e agilizar o processo
de lançamento. Para este ano, a fabricante pretende investir ainda
mais na linha asiática e nos modelos novos de veículos.
Diferenciais competitivos
Através de seu forte trabalho de investimento em todas
as linhas de veículos ao longo dos anos, a empresa realiza
lançamentos constantes. “Recentemente, investimos na linha
Sérgio e Felipe Lima, diretores da empresa
chinesa, que tem crescido muito no mercado. Nossos objetivos
são: sermos pioneiros no segmento, estarmos sempre atualizados
e ampliar nossos produtos. E, por causa disso, chegamos no
patamar atual. Pois, nossos clientes sabem que vão encontrar as
linhas mais completas do mercado na Juntalima”, destaca Felipe.
Um dos principais fatores responsáveis pelo sucesso
da empresa é o desenvolvimento próprio do ferramental.
“Tomamos a decisão de ir por este lado há muitos anos,
criamos toda uma estrutura para chegarmos nesta velocidade e
qualidade de lançamentos, investimos em maquinários muitas
vezes caros e em treinamentos, não foi fácil e nem rápido, mas
hoje colhemos os frutos”, ressalta Felipe.
“Desta forma, nós saímos na frente nos lançamentos, e
por estarmos fabricando no Brasil, podemos garantir uma
maior estabilidade e continuidade aos clientes, estamos
menos vulneráveis a problemas como alta do dólar,
atraso de entrega e canal vermelho, dificuldades estas da
importação”, emenda Sérgio.
Já no caso da Juntalima, a diferença do dólar veio a fortalecer
ainda mais a empresa. “Essa diferença aumentou a nossa
competitividade na exportação, sempre vendemos bem para o
mercado sulamericano, mas estávamos sofrendo para competir
com os chineses em território neutro. Hoje, quando mandamos
nossa tabela de valores, percebemos na hora que ganhamos em
competitividade”, afirma Felipe.
Cenário econômico
Para a Juntalima, a primeira
atitude que deve ser tomada em
um cenário de crise é continuar
a investir no negócio e não deixar de lançar produtos. “Sempre
com criatividade, estamos ampliando as campanhas de vendas
com os clientes, mantemos a mesma velocidade de lançamentos
e confiamos que este momento do mercado em breve vai passar”,
ressalta Felipe.
Sérgio também comenta: “A economia leva algum tempo
para se adequar, mas acredito que no ano que vem já estaremos
ensaiando uma recuperação. A Juntalima está completamente
preparada para um momento como este, não temos despesas
com aluguéis, por exemplo, e o grosso do maquinário foi
adquirido anos atrás, somos uma empresa familiar e honramos
os profissionais que trabalham conosco, então não tenho
dúvidas que atravessaremos bem este momento”.
Investimentos em equipamentos são um dos diferenciais da empresa
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sindicato
Sincopeças em Ação
O Sincopeças-SP está na rede mundial - Acesse: - facebook.com/sincopecas - twitter.com/sincopecas - youtube.com/portaldaautopeca.com.br
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fique de olho
Matéria de capa
Voith Turbo fornece 190 transmissões
automáticas
A Voith, por meio da divisão Voith Turbo, acaba de fornecer 190
transmissões automáticas DIWA.5 para operadores de transporte
da Argentina e do Equador. A solução equipa 150 ônibus MercedesBenz O500U (padrón) adquiridos por clientes argentinos - com
destaque para a empresa Rosário Bus, que recebeu a maior parte
dos veículos. Outras 40 transmissões equipam o modelo O500MA
(articulado), fornecido para a Empresa Pública Metropolitana de Transportes de Passageiro de Quito
(EPMTPQ), que opera o BRT da capital equatoriana.
capa
Ford Caminhões produz 400 mil unidades
A marca foi alcançada em São Bernardo do Campo. A empresa ainda programa seis lançamentos este ano, entre eles o de câmbio
automatizado e a configuração 8x2
Novo Alternador Delco Remy® 18SI para aplicações
Mercedes-Benz
Remy International, Inc fabricante dos motores de partida e alternadores Delco Remy®
para linha pesada, anuncia o lançamento do Alternador 18SI – 8600658 – 12V 75A.
O novo alternador Delco Remy® projetado para aplicações Mercedes-Benz (caminhão
Accelo e diversas versões Sprinter), chega para complementar o amplo portfólio
da marca, e conta também com os vários benefícios para atender as exigências do
mercado de reposição. Para baixar catálogos, informativos e mais informações sobre
as novidades, acesse ao portal www.remyinc.com
Castrol apresenta óleo lubrificante para picapes e
SUVs movidos a Diesel
A Castrol, referência mundial em produção e distribuição de lubrificantes
premium, lança o Castrol GTX Diesel, especialmente desenvolvido para picapes
e SUVs a Diesel que possuem recomendação específica API CI-4, Mineral, SAE
15W-40, para modelos entre 2009 e 2014 de diversas montadoras. Composto por
uma base mineral, apresenta fórmula exclusiva que ajuda a evitar o acúmulo de
fuligem no motor, evitando o aumento da viscosidade do lubrificante. Ao facilitar
a circulação, garante uma vida mais longa ao veículo e protege as principais peças.
Por: Edison Ragassi | Fotos: Divulgação
N
o dia 8 de junho, a unidade produtiva
da Ford Caminhões em São
Bernardo do Campo (SP) atingiu
a marca de 400.000 unidades produzidas,
desde o início das atividades em 2001. O
modelo responsável por este número foi o
Cargo 2429 da linha de pesados.
No segmento de caminhões as vendas
estão em queda livre, mas a empresa é a que
vem demonstrando menor queda. De janeiro
a maio foram emplacadas 31.416 unidades,
o que representa redução de 41,6%. Somente
o mês de maio, a redução foi de 52% (6.064
unidades). Já na empresa de São Bernardo
do Campo, a queda de volume foi de 15% no
acumulado do ano (5.926 caminhões) e de
31,5% em maio (1.122 unidades).
Apesar das incertezas do mercado, a companhia investe em novos produtos. Sem
ainda divulgar mais detalhes, promete seis lançamentos, entre eles modelos com
transmissão automatizada e de configuração 8x2.
Também apresentou o novo diretor para as operações na América do Sul, João
Pimentel. Ele está na companhia há 35 anos, atuou em diversas funções nas áreas
de Desenvolvimento de Produto, Qualidade e de Compras, as quais foi diretor. O
executivo sucede a Guy Rodriguez, que passou a comandar a diretoria de Marketing,
Vendas e Serviços para automóveis e picapes.
Fotos: divulgação
FIQUE DE OLHO
Goodyear lança banda pré-curada AGS
A Goodyear do Brasil está lançando no mercado de recapagem a banda pré-curada AGS. Trata-se de uma
banda para pneus radiais recomendada para eixo livre e tração moderada em veículos comerciais que
atuam no serviço regional. Com performance premium, a AGS é uma banda pré-curada leve que preserva
a carcaça dos pneus. Seus ombros arredondados diminuem o atrito com o solo e minimizam os efeitos de
arraste lateral que podem gerar arrancamento. Além disso, seu desenho com cinco raias proporciona maior
refrigeração da banda de rodagem e melhor escoamento de água.
Eaton chega à marca de 8 mil transmissões
remanufaturadas no Brasil
O Grupo Veículos da Eaton alcançou um número expressivo:
oito mil transmissões foram remanufaturadas no Brasil desde o
lançamento da Linha ECOBox. Aproximadamente 50 modelos
diferentes passam pelo processo de reindustrialização executado pela
empresa com os mesmos critérios e a mesma qualidade da fabricação
de um equipamento novo. Mais de dois terços das transmissões
remanufaturadas pela Eaton correspondem a modelos destinados a
caminhões de uso urbano, ônibus e micro-ônibus, entretanto a procura por modelos de caixa de câmbio
reman para caminhões pesados e pick ups aumenta ano a ano.
MWM Motores realiza Encontro Regional
com a Rede de Distribuição
A MWM Motores, fabricante independente de motores diesel no Mercosul,
realizou no mês de maio o primeiro encontro regional do ano com sua Rede
de Distribuição – evento denominado Road Show. A edição ocorreu em Belo
Horizonte (MG). O evento mineiro contou com a participação dos executivos
da MWM Motores, das áreas de Vendas de Motores e Peças de Reposição,
Marketing e Assistência ao Cliente/Pós-Vendas, além de 20 representantes
que compõem a Rede de Distribuição da empresa no Estado de Minas Gerais.
36
tendência
JUNHO de 2015 / edição 105
Os caminhos da multicanalidade
Da loja física ao mobile, cada vez mais o cliente escolhe o
canal para comprar e o espaço é grande para o varejo
Por: Karin Fuchs | Fotos: Divulgação
A
té pouco tempo atrás, cada empresa se especializava muito bem em um único
canal, seja a loja física, comércio eletrônico, telemarketing, venda direta e, até
mesmo, visitas às oficinas. Ultimamente, como bem explica Gustavo Carrer,
consultor do Sebrae-SP, vem se intensificando os canais internet e mobile, pelo tablet
ou smartphone, associados à mobilidade.
“O conceito de omni-channel é quando se une todas as ferramentas de mobilidade
mantendo também os canais tradicionais, de forma que o consumidor tem à sua
disposição todos os canais e a percepção de uma empresa única, uma marca
somente”, explica o consultor.
Conceito que também oferece a opção ao cliente
de comprar onde quiser (loja física, virtual
ou pelo celular) e receber o produto
onde escolher (casa, trabalho ou
retirar na loja física). “É o omnichannel sem a costura de
canais, a possibilidade de o
cliente ter acesso a todos
eles sem barreiras. Uma
costura seria, por exemplo,
você comprar pela internet
e não poder trocar em
uma loja física”, especifica
Carrer, acrescentando que a
empresa pode também adicionar
serviços como a garantia estendia ou
instalação. “Com uma única relação com a
empresa, com a marca que proporciona toda a
experiência de compra”, pontua.
Para Claudio Felisoni de Angelo, presidente do PROVAR/
IBEVAR, cada vez mais o consumidor comprará pelos diversos canais e a crença que a
loja física deixará de existir não é verdadeira. “Existe uma máxima da tecnologia que
diz que as pessoas e empresas tendem a superestimar os seus efeitos em curto prazo,
então, a loja física acabará e ela não acabou. Por outro lado, subestimam os efeitos da
tecnologia acreditando que por elas não deixarem de existir, serão modificadas por
essa nova tecnologia, o que não é verdade”, diz.
Segundo ele, “fala-se muito do omni-channel presente em vários mercados, todo
mundo diz que faz, mas ninguém sabe exatamente como é. Hoje há uma grande
discussão a respeito destas possibilidades e claramente estes canais tendem a
fazer com que os preços gradativamente convirjam para um valor médio. A grande
discussão neste ano na NRF - National Retail Federation foi que não cabe mais saber
se de fato devo ou não atuar desta forma, pois, como dito
anteriormente, é o consumidor que escolhe por qual canal
quer comprar”.
E, para ilustrar este cenário, Carrer cita uma pesquisa
do varejo americano que foi apresentada na NRF, maior
feira do mundo sobre tecnologia para varejo, indústrias
e prestadores de serviços, realizada anualmente em Nova
Iorque. “A pesquisa da NRF mostrou que 74% dos varejistas
diziam que suas operações de omni-channel ainda
precisavam de ajustes, 85% disseram que vão fazer mais
investimentos no omni-channel neste ano e 5% que vão Sebastião Bomfim Filho, CEO do
Grupo SBF, rede de varejo esportivo
mantê-lo. Já 10% não vão entrar nisso, provavelmente por serem mercados que não
têm esta aderência”, comenta.
Resultados que mostram que ele está esta transformação. “Talvez no início de
um processo de uma revolução na maneira de lidar com o consumidor e as pessoas
entenderem que precisam melhorar, investindo no omni-channel. O mais importante
é que a pesquisa mostrou que o assunto faz parte da pauta destes varejistas”, destaca.
Traçando um paralelo com o Brasil, Carrer avalia que não estamos tão atrasados.
“Não estamos no patamar do varejo americano, mas por ser algo
recente, de cerca de três anos, não estamos tão atrasados.
Quando se fala em omni-channel algumas
empresas já estão neste caminho, como
por exemplo, o Pão de Açúcar com
uma operação piloto de compra
pela internet e retirada
na loja. Nós temos aqui
empresas que no mínimo
já
estão
pilotando
este tipo leitura do
mercado”, informa.
Aplicado
às
autopeças
Para o presidente do
PROVAR/IBEVAR, o segmento
de autopeças será um dos
mais impactados pelas mudanças
tecnológicas.
“Por
comercializarem
produtos padronizados, o consumidor estará
muito mais bem informado sobre eles e a respeito das
diversas alternativas que tem (canais). Dificilmente alguém no futuro poderá
ficar afastado desta maneira de se relacionar com o cliente, particularmente neste
segmento”, prevê.
Até porque o custo de operação na internet e nas lojas físicas é um dos desafios
no varejo, não exclusivamente das autopeças. “E a tendência é que estes preços se
aproximem cada vez mais. Portanto, será preciso ter estruturas logísticas capazes de
suportar esta condição ou o lojista perderá mercado”, alerta.
Carrer destaca que é preciso separar o que é B2B do B2C. “Na relação entre
empresas permanece crescente a participação da internet, a interatividade com outros
meios online, não somente pelo comércio eletrônico, como também pelos aplicativos
como Skype e WhatsApp. Ainda temos o que crescer no B2B, criar mecanismos mais
João Appolinário, presidente
e fundador da Polishop
Claudio Felisoni de Angelo,
presidente do PROVAR/IBEVAR
Gustavo Carrer, consultor
do Sebrae-SP
38
tendência
modernos para se ter uma sintonia maior entre fornecedores,
sejam atacadistas ou indústrias”, analisa.
Ele cita que nos Estados Unidos é mais comum o atacadista
abrir o estoque para o comprador e vice-versa ou ter tabelas de
descontos, ou de comissões pré-definidas e abertas. “À medida
que se estabelece melhores regras nas negociações, os custos
de transação diminuem, aumenta a confiança, diminuem as
especulações e o jogo do vendedor e comprador”, afirma. Sobre o
B2C, Carrer avalia que “hoje, por exemplo, muitos acessórios são
comprados pela internet, uma tendência que crescerá. E se antes
a compra era associada a serviço, hoje o consumidor adquire o
produto e escolhe onde o serviço será executado”, conclui.
JUNHO de 2015 / edição 105
NRF - National Retail Federation 2015
Grupo SBF
Polishop
O Grupo SBF, que nasceu com a Centauro, atualmente a maior rede de varejo esportivo da América Latina, com mais de 230 lojas em 22 estados mais
o Distrito Federal, tem também sob seu guarda-chuva a By Tennis, a licença das lojas da Nike no Brasil e a operação de comércio eletrônico Centauro.
com, operando como varejo multicanal.
Com mais de 6 milhões de clientes cadastrados, 218 lojas próprias em
26 estados, um batalhão de 80 mil vendedores porta a porta e com
os canais internet e TV, incluindo mobile, a Polishop iniciou suas
atividades em 1999, adquirindo espaços em horários de TV. Hoje, tem
seu próprio canal.
“Antes, tratávamos o comércio eletrônico como algo adicional, uma loja a mais. Há alguns anos, decidimos que ele seria um business próprio com gente
especializada. Assim, o cliente pode comprar pelo site e retirar o produto em uma das nossas lojas ou comprar na loja e receber em casa, por exemplo”,
diz Sebastião Bomfim Filho, CEO do grupo.
E com a tecnologia em constante evolução, ele traça um paralelo. “Antes, as empresas desenvolviam tecnologias para se relacionarem com o consumidor,
hoje são as pessoas que as carregam no bolso. Se antes para nos comunicarmos com elas o esforço era todo nosso, hoje, elas conversam com a gente em
tempo real”, comenta.
Para Bomfim, não há dúvida que o futuro do varejo é ser multicanal, omni-channel. “O que faz com que a marca esteja mais próxima ao cliente por
mais tempo, por mais momentos. Não acho que as redes que têm apenas lojas físicas ou comércio eletrônico sejam as empresas do futuro. Mas sim as
que conseguirão trabalhar bem e juntar os canais de vendas”, finaliza.
“A Polishop é a história do multicanal que virou omni-channel,
uma forma não linear de fazer varejo, diferentemente da linear que
tem começo, meio e fim, ou seja, começa na ponta com o produto,
depois tem o marketing e propaganda, colocação no ponto de venda,
demonstração ao cliente e concretização da venda. O não linear é a
interação com o consumidor, inclusive pelo próprio e-commerce”, diz
o presidente e fundador da empresa, João Appolinário.
40
comparativo
JUNHO de 2015 / edição 105
Sedãs compactos com motor 3 cilindros
JUNHO de 2015 / edição 105
41
Matéria de capa
comparativo
Filtro de combustível
Amortecedor e mola traseira
Motor
Ford e Nissan inovaram no mercado brasileiro ao oferecer sedãs compactos espaçosos com
propulsor 1.0L moderno, potente e apenas 3 cilindros
O elemento filtrante de combustível do Ka +, na foto à esquerda, é encoberto
pelas mangueiras, já o do novo Versa não tem obstáculo para acesso
Suspensão traseira
Ka + e novo Versa utilizam na parte traseira as molas separadas dos
amortecedores. Isso facilita acesso e substituição
Filtro de óleo
Por: Edison Ragassi | Fotos: Estúdio Prána
E
m novembro do ano passado, a Ford Motor
Company iniciou as vendas no mercado nacional
do Ka+, a versão sedã do hatch Ka com motor flex
de 3 cilindros, 1.0 TiVCT, 12 válvulas, comando variável na
admissão e escape. Sua potência é de 85cv (E)/ 80cv (G) a
6.500 rpm e torque de 10,7 kgfm (E)/10,2 kgfm (G) a 4.500
rpm. O sistema de partida a frio utiliza velas aquecedoras
e não o tanquinho de gasolina. A transmissão é manual de
cinco marchas. Trata-se de um modelo global da empresa,
desenvolvido no Centro de Desenvolvimento do Produto
em Camaçari (BA).
O design usa na frente uma grande grade central na cor
preta, outra inferior na mesma cor do veículo e conjunto
ótico embutido nos para-lamas. As laterais com vincos
na região das maçanetas e na parte debaixo das portas. A
traseira usa um vinco, o break light está acima e as lanternas
nas colunas.
Não demorou, em março deste ano, a Nissan iniciou as
vendas do Novo Versa para rivalizar com o carro da Ford. O
modelo antes importado do México passou a ser produzido
no Complexo Industrial de Resende (RJ). Recebeu na frente
um novo conjunto ótico, semelhante ao do Sentra, em forma
de bumerangue e grade cromada. O para-choque traseiro
foi reestilizado também para ficar mais angular.
Embaixo do capô, o propulsor 1.0L 3 cilindros, 12
válvulas, com variador na admissão, também fabricado
no Complexo Industrial, o qual entrega 77 cv a 6.200 rpm
(etanol/gasolina) e torque de 10 kgfm a 4.000 rpm (E/G).
Ele é derivado do HR12 (1.2L) comercializado em
vários países do mundo. Seu desenvolvimento contou com
a participação da engenharia brasileira e japonesa. Também
flex, aceita etanol, gasolina ou a mistura dos dois em
qualquer proporção, sem tanquinho de partida a frio e velas
aquecedoras. Completa o trem de força o câmbio manual
de cinco marchas.
Os dois sedãs compactos têm suspensão dianteira
Painel
Os compactos têm painel amplo, tanto o Ford como o Nissan
utilizam mostradores que misturam informações analógicas
e digitais
independente McPherson. Na parte traseira, o eixo do Ka+
é autoestabilizante tipo Twist Beam, enquanto que no Versa
o eixo é de torção com barra estabilizadora. Os freios são a
disco na dianteira e tambores na traseira.
O interior do carro Ford é no estilo cockpit, os
mostradores com fundo escuro, grafia branca e luzes ice
blue, no total são 21 porta-objetos.
Por dentro, o modelo Nissan tem os bancos em tecido,
camurça ou couro, de acordo com a versão. O novo console
apresenta a opção de acabamento Piano Black e as portas,
forração em tecido. Há detalhes cromados no botão do freio
de estacionamento e maçanetas das portas, o volante pode
ser forrado com couro.
O comprimento do Ka+ é de 4.254 mm, largura de 1.911
mm, altura de 1.525 mm e distância entre os eixos de 2.491
mm. Com tampa de dobradiças pantográficas, a capacidade
volumétrica do porta-malas é de 445 litros. Enquanto que
o Novo Versa mede 4.492 mm de comprimento, largura de
1.695 mm, a altura é de 1.695 mm e distância entre- eixos
de 2.600 mm. No compartimento traseiro a capacidade
volumétrica é de 460 litros.
O Novo Ka+ 1.0L tem preço sugerido de R$ R$41.990
na versão SE, vem equipado com: ar-condicionado, direção
elétrica, vidros elétricos dianteiros, travas elétricas com
controle remoto, som MyConnection com rádio AM/FM,
USB, Bluetooth e MyFord Dock, ajuste de altura da coluna
de direção, indicador de troca de marcha e abertura elétrica
do porta-malas. As rodas são de aro 14 polegadas e pneus
verdes 175/65. A opção SE Plus inclui vidros elétricos
traseiros e o sistema de conectividade SYNC, com rádio, CD
Na foto da esquerda o filtro do óleo do carro da Ford e na da direta o do
Nissan, ambos são do tipo convencional
No Ka+ o eixo é autoestabilizante tipo Twist Beam, já o novo Versa tem
eixo de torção com barra estabilizadora
e MP3-player com Bluetooth, controles no volante e
comandos de voz para celular e áudio, leitor de SMS
e download automático da agenda de telefones, por
R$ 44.090.
O Nissan Novo Versa 1.0 Flex com preço sugerido
de R$ 41.990 é o modelo básico, vem equipado de série
com direção elétrica progressiva, bancos do motorista
com regulagem de altura, computador de bordo, arcondicionado, ajuste de altura da coluna da direção,
desembaçador do vidro traseiro com temporizador,
vidros dianteiros elétricos, rodas de aço aro 15
O propulsor 3 cilindros da Ford utiliza correia
sincronizadora embebida em óleo, enquanto que o
3 cilindros da Nissan tem corrente sincronizadora
polegadas com calotas e pneus 185/65 R15, alarme de
acionamento por controle remoto, entre outros. A opção
seguinte 1.0 S sai por R$ 44.990, tem a mais sistema de
som com rádio, CD Player, função RDS, entrada auxiliar,
conector USB e quatro alto-falantes, comando de áudio
e telefone Bluetooth, comandos no volante e rodas de
liga leve aro 15 polegadas.
Os motores de 3 cilindros chegaram para
ficar, nos próximos meses, mais novidades nesta
configuração chegam ao mercado, inclusive com
turbo. É só aguardar.
Custos de peças e serviços
Novo Ka + 1.0L 3 cilindros
Peças
Serviços
Amortecedor dianteiro:.........................................................................R$ 197,00- cada ...........................R$ 90,00 -cada lado
Amortecedor traseiro:............................................................................R$ 175,00- cada ...........................R$ 90,00 -cada lado
Disco de freio dianteiro:.........................................................................R$ 58,00- cada ..............................R$ 85,00 -cada lado
Jogo de pastilhas dianteiras:..............................................................R$ 235,00 .........................................R$ 85,00
Lonas de freios traseiras:.......................................................................R$ 206,00 .........................................R$ 90,00 -cada lado
Óleo/ litro:......................................................................................................R$ 42,56.............................................R$ 40,00
Filtro de óleo:...............................................................................................R$ 31,00.............................................R$ 25,00
Filtro de ar:.....................................................................................................R$ 68,00.............................................R$ 25,00
Filtro de combustível:.............................................................................R$ 40,00 ............................................R$ 25,00
Filtro anti-pólen:.........................................................................................R$ 25,00.............................................R$ 25,00
Velas:.................................................................................................................R$ 76,00- jogo................................R$ 40,00
Novo Versa 1.0L 3 cilindros
Peças Serviços
Amortecedor dianteiro: .............................R$ 219,00- cada ...........................................................................R$ 178,15- cada lado
Amortecedor traseiro:..................................R$ 199,00- cada............................................................................R$ 127,25- cada lado
Disco de freio dianteiro:...............................R$ 161,39- cada............................................................................ R$ 254,50 - o par
Jogo de pastilhas dianteiras:....................R$ 99,00 ........................................................................................... R$ 127,25 - o par
Lonas de freios traseiras:.............................R$ 99,00............................................................................................ R$ 254,50
Óleo: (5W30 GF5 Nissan)/ litro:................R$ 35,90 ........................................................................................... R$ 127,25
Filtro de óleo: ....................................................R$ 39,90 ........................................................................................... R$ 127,25
Filtro de ar:...........................................................R$ 45,00 ........................................................................................... R$ 50,90
Filtro de combustível:...................................R$ 29,90 ........................................................................................... R$ 50,90
Filtro anti-pólen: ..............................................R$ 69,00 ........................................................................................... R$ 50,90
*Vela:.......................................................................R$59,00- cada ............................................................................... R$ 254,50
*Velas de platina, recomenda-se a troca com 100 mil km
Colaboraram: Ford Motor Company, Nissan do Brasil, concessionária Ford Navesa- Morumbi e concessionária Nissan AR Motors- Nações Unidas.
42
pérolas da reposição
JUNHO de 2015 / edição 105
Desbravador da distribuição
Nos tempos em que a indústria automobilística nacional era incipiente,
Edeward Pedro Acerbi foi um dos pioneiros no setor a conquistar o interior
paulista e, posteriormente, outras regiões
Por: Karin Fuchs | Fotos: Divulgação
U
m dos fundadores da“Jahu Borrachas e Autopeças”,
Edeward Pedro Acerbi, atual diretor Comercial da
empresa, foi um desbravador da distribuição em
uma época em que a indústria automobilística nacional
era ainda incipiente, prevalecendo os veículos importados,
entre eles, Chrysler, Plymouth, Dodge e Fargo. Nascido no
interior de São Paulo, na cidade de Jaú, Acerbi mudou-se
para a capital paulista com a família em janeiro de 1958,
mas anteriormente, em sua cidade natal, ele já havia
trabalhado nas agências Fargo, Chrysler e Volkswagen, no
ano de 1952.
“Naquela época nós começávamos a trabalhar cedo, eu
tinha 12 anos quando trabalhei na Sajac, uma das primeiras
agências da Volkswagen no interior de São Paulo a entrar no
mercado com o carro de fabricação nacional. Eu trabalhava
na seção de peças e atendia a oficina da própria empresa.
A venda no balcão era pequena e a quantidade de carros
também”, recorda-se.
Na capital, Acerbi conseguiu emprego na Borghoff,
uma das maiores distribuidoras de autopeças à época.
Coincidentemente, mais tarde, o prédio que abrigava essa
empresa viria a se tornar a sede da Jahu.
Em 1961, surgiu a oportunidade da compra de 50% da
sociedade de uma pequena loja de autopeças na rua Lopes
Oliveira, na Barra Funda, mas a sociedade não prosperou.
“Em 1963, eu e mais três irmãos, fundamos a Comercial
Jahu, no nº 448 da rua Lopes de Oliveira e, posteriormente,
nos mudamos para os nºs 477 e 501 da mesma rua, já em
prédio próprio. Em 1994 um dos sócios fundadores, por
Edeward Pedro Acerbi, diretor Comercial
motivo de mudança, deixou a sociedade.
Em 1997, ampliando nosso espaço físico, viemos para o
atual endereço, à rua Robert Bosch, nº 280, onde estamos há
18 anos”, diz Acerbi.
Primeiros itens
Inicialmente no portfólio da Comercial Jahu constavam
artigos de borracha para as linhas automobilística,
industrial e doméstica. “A linha de veículos importados
Ford 48, Dodge, Chevrolet 50 e 51, entre outros, era
atendida por algumas indústrias nacionais que
fabricavam mangueiras, guarnições de para-brisa,
coxins, buchas e tapetes de borracha. Aliás, os tapetes
nós chamávamos de “universais”, pois havia um único
modelo que recortávamos para adequá-lo a cada veículo,
conforme a necessidade”, revela.
“Por sorte ou coincidência, a localização da Jahu era
extremamente privilegiada. Nessa época começavam a
surgir os veículos nacionais da linha Volkswagen, DKV,
Ford, Chevrolet e os caminhões Chevrolet, Ford, MercedesBenz e F.N.M. Desenvolvemos e ampliamos essa linha
nacional na Barra Funda, região que concentrava um
grande número de oficinas mecânicas, sendo que as lojas
de peças se fixavam mais na rua Duque de Caxias e Barão
de Limeira. Como estávamos no bairro, estávamos mais
próximos dos mecânicos, o que pode ser considerada uma
estratégia para a época”.
Aos poucos, a Jahu ficou pequena para abrigar os
três mercados. “De comum acordo, em meados de 1965,
resolvemos não comercializar mais as duas outras linhas
(industrial e doméstica) e aumentar a automobilística.
Também em nossas imediações havia algumas
concessionárias, como a Codema (DKV e Scania), Cipan
(hoje Caltabianco), Itatiaia (Mercedes-Benz). Começamos
a fornecer para elas e buscamos contatar os fabricantes de
peças para a linha nacional. Assim, oferecíamos produtos
originais a preços mais atraentes. E não era somente uma
questão de preço, mas as montadoras não conseguiam
suprir as necessidades dessas concessionárias, e a logística
era problemática, o que para nós foi favorável”, comenta.
Porta a porta
Com um portfólio que contemplava as necessidades
dos clientes locais, inclusive já atendendo concessionárias
fora da região da Barra Funda, Acerbi teve a ideia de
expandir sua atuação para outros mercados. “Montei duas
Edeward em 1965 na Rua Lopes de Oliveira
pastas, uma para o mostruário e outra com a tabela de
preços, e parti para Jaú de trem, pois lá conhecia todo
mundo e podia ficar hospedado em casa de parentes.
Isso foi antes do início dos anos 70 e havia coisas que só
aconteciam naquela época”.
Ele se lembra do Sr. Alécio, dono de uma casa de peças
no interior do estado, representante da DKV, que morava
em frente à sua loja. “Eu era um dos primeiros a chegar
e, logo depois, ele mandava trazer para mim um café
completo com produtos que vinham da sua fazenda; pedia
ao seu gerente para verificar quais itens faltavam para
fazer o pedido, e nem via o preço. Enquanto isso, queria
conversar e saber o que estava acontecendo na capital, pois
o jornal chegava lá três dias depois, não havia TV e, para
escutar rádio e acompanhar o repórter Esso, era preciso
grudar o ouvido no aparelho”. E, assim, muitas outras
histórias aconteceram em sua trajetória. “São coisas boas,
impossíveis de esquecer”, ele nos conta.
De Jaú, Acerbi começou a cobrir toda a região
e, posteriormente, a região de São José do Rio Preto,
44
pérolas da reposição
Araçatuba até Três Lagoas (Mato Grosso). Sozinho,
ele levava os mostruários, tirava os pedidos e fazia a
cobrança das duplicatas. “A comunicação entre as
agências bancárias levava dias e depois o pagamento
demorava cinco dias ou mais para entrar na conta.
No começo nem havia conta corrente para isso”. Ele
voltava então para São Paulo com os pedidos em
mãos (pelo Correios levaria dias para chegar ) e fazia
a separação da mercadoria. As entregas eram feitas
por transportadoras e usava-se muito, naquela época,
o trem da Sorocabana ou da Companhia Paulista de
Estradas de Ferro. Nas estações havia os chamados
carroceiros, que faziam as entregas das mercadorias
para os clientes da cidade.
Por um bom tempo, essa sua trajetória era feita
de trem, ônibus, ou melhor, de “jardineira”, até ser
comprado o primeiro carro da empresa. “Um Gordini
usado que compramos na CIPAN. São coisas boas que
acontecem e que a gente nunca se esquece”, afirma.
Posteriormente, expandindo sua área de atuação,
passou a atender outros estados do Brasil: Rio
de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais,
quando então vieram os primeiros representantes.
Hoje a “Jahu” conta com 150 representantes, que
atendem todo o País, um portfólio de mais de 30
mil itens e uma estrutura que inclui a matriz e mais
quatro filiais, em Pernambuco, Minas Gerais, Rio de
Janeiro e Rio Grande do Sul.
JUNHO de 2015 / edição 105
Ontem e hoje
Aos 75 anos de idade, Acerbi continua fazendo
viagens, visitando clientes, fazendo reuniões
setoriais com seus representantes, acompanhado
os funcionários do Departamento de Vendas. Ele
faz uma reflexão do que mudou desde os tempos
que começou. “Antes não havia tanta concorrência
no mercado. Porém, as dificuldades estavam em
adquirir produtos com qualidade e ganhar com
preços competitivos e honestos o mercado. A figura
do viajante, hoje conhecido como representante
comercial, era extremamente importante, profissional
esse que encontrava enormes dificuldades para abrir
novas fronteiras. As estradas não eram asfaltadas, a
comunicação por telefone era precária (uma carta
demorava até 15 dias para chegar) e também era difícil
conquistar clientes pela desconfiança que eles tinham.
Quando o profissional chegava a determinado lugar e
o cliente fazia uma compra, se ele não era atendido
conforme o combinado, a dificuldade era grande para
mandar os itens de volta (devolução)”.
Ao término da nossa entrevista, Acerbi também
comenta sobre a ampliação de marcas e modelos de
Em 1983, o diretor Comercial em
veículos e as oportunidades que há no Brasil. “Um
uma reunião com representantes
país de grande extensão territorial e que oferece
oportunidades para todos que ousam sonhar com da cadeia, pois a cada dia entram mais carros no
um futuro melhor. Trabalhando corretamente, o território nacional, daí a crença no crescimento do
crescimento do aftermarket dá oportunidade a todos nosso setor automobilístico”, enfatiza Acerbi.
lançamento
junho de 2015 / edição 105
Nova geração de
superespotivos
Mercedes AMG lança no Brasil a nova
geração dos modelos C63 S, GT S e S63
Coupé com motor V8 biturbo de 510 cavalos
Por: Edison Ragassi | Foto: Divulgação
A
divisão de superesportivos da Mercedes-Benz,
AMG, reuniu a imprensa especializada brasileira,
dia 21 de maio, em Mogi Guaçu (SP), e lançou os
modelos C63 S, GT S e S63 Coupé. Todos são equipados
com motor V8 biturbo 4.0 L de 510 cv, disponíveis entre
5.500 a 6.250 rpm e 71,4 kgfm de torque entre 1.750 e
4.500 rpm.
A injeção direta de terceira geração é piezelétrica,
o processo de combustão dirigido por aspersão e os
turbocompressores são montados dentro do V formado
pelos cilindros.
Já o sistema de arrefecimento do motor utiliza um
radiador adicional na caixa de roda.
De acordo com as condições de rodagem e estilo de
condução, os coxins do motor modificam sua rigidez, pois
são dinâmicos.
O propulsor é montado manualmente segundo o
princípio da fabricante, “um homem, um motor”. É uma
marca registrada da AMG para atestar a qualidade e
precisão, e o logotipo dos motores AMG vem com a
assinatura do técnico responsável.
A transmissão é esportiva AMG SPEEDSHIFT MCT com
sete velocidades, suspensão dianteira com quatro braços, a
qual utiliza conexões de freios especiais para competição
e diferencial blocante traseiro. Os amortecedores são
controlados eletronicamente, a elastocinemática foi
desenvolvida especificamente para estes modelos.
Entre as tecnologias embarcadas está o sistema de
controle de estabilidade (ESP) de três estágios, com
as funções “ESP ON”, “ESP SPORT Handling Mode” e
“ESP OFF”.
A AMG comercializa estes veículos com os preços em
dólar e fixou o câmbio de R$ 2,60.
O C63 S AMG custa US$ 209.900 (R$ 545.740), o AMG
GT S sai por US$ 329.900 (R$ 857.740) e o S63 AMG Coupé
custa US$ 346.900 (R$ 901.940).
JUNHO de 2015 / edição 105
45
Matéria de capa
reciclagem
Minas Gerais se prepara
para receber usina de
reciclagem
Com tecnologia japonesa, usina piloto servirá de
escola para disseminação do conhecimento
Por: Simone Kühl | Foto: Divulgação
O
tema
reciclagem
está em alta no setor,
contudo ainda são
poucas as iniciativas
neste
sentido.
Pensando
nisto, a parceria da Cefet
(Centro Federal de Educação
Tecnológica de Minas Gerais)
com a Agência de Cooperação
Internacional do Japão (Jica) e
a empresa Kaiho Sangyo, líder
em reciclagem de veículos no
país oriental, apresentam um
novo projeto de reciclagem
de veículos voltado ao
treinamento de profissionais
que em breve chegará à cidade Daniel Enrique Castro, professor de Engenharia
Mecânica do Cefet-MG
de Belo Horizonte (MG).
O projeto
De acordo com professor de Engenharia Mecânica do Cefet-MG,
Daniel Enrique Castro, que coordena o projeto, a ideia surgiu em uma
viagem ao Japão a convite do governo nipônico aos profissionais das
instituições de ensino na América Latina para conhecerem o processo
de reciclagem no país. “Me surpreendi com o processo e resolvi trazer
este conceito para o Brasil”, destaca.
A Usina está sendo montada no Campus II do Cefet-MG, em uma
área de 400m2 e irá reaproveitar 95% dos veículos no fim da vida útil.
“A Usina terá como foco treinamentos, queremos mostrar à sociedade
como se recicla um veículo e treinar mão de obra nessa linha. Não
iremos comercializar as peças”, informa.
Com um prazo de dois anos para a conclusão de todo o projeto,
as tecnologias empregadas estão sendo importadas do Japão com o
apoio de seu governo. A Jica, também parceira do programa, investiu
R$ 1 milhão na formação de professores e técnicos, que irão passar
uma temporada no país para aprender as técnicas de reciclagem de
veículos.
Segundo Daniel, inicialmente a usina piloto terá 10 profissionais,
estes professores do próprio Campus da Universidade, que trabalharão
no local, e à medida que o projeto começar a crescer esse número
aumentará.
O professor ressalta que um dos principais objetivos do projeto é
criar uma maior conscientização e prática de reciclagem.“Se fala muito
sobre esse tema, mas ele não é muito abraçado pelas universidades.
Por isso, vamos buscar evoluir nesta área trabalhando na linha de
pesquisa e inovação tecnológica no que diz respeito à reciclagem de
veículos”, completa.
46
entrega
téria de capa
JUNHO de 2015 / edição 105
Entrega: do planejamento à ação
Estudar o público-alvo e elaborar estratégias de marketing são fatores essenciais
para a eficácia do processo de entrega
Por: Simone Kühl | Fotos: Divulgação
C
om o consumidor mais exigente e as atuais condições econômicas, é preciso mais do que
atender as expectativas, mas conquistar a confiança dos clientes em todos os quesitos. E
este mês falaremos sobre a Entrega e suas características que fazem a diferença na hora
da escolha de uma autopeça.
E, para falar sobre este importante quesito do Prêmio Loja em Destaque, entrevistamos o
Professor de Marketing e Consultor Organizacional, Luiz Claudio Zenone, que também é especialista
em Comunicação Empresarial, Atendimento a Clientes e Marketing Estratégico, e autor de diversos
livros de Marketing e Palestrante em temas relacionados a Marketing e Vendas.
Comportamento do consumidor
Independentemente do segmento, o professor ressalta que o consumidor está mais exigente
em relação ao produto e atendimento. “Isso acontece, primeiramente, porque a oferta de produtos e
serviços está cada vez maior. A cada dia novos produtos, serviços e marcas são colocados no mercado
e, cada um destes procura diferencial em relação aos seus concorrentes diretos e indiretos”.
Outro fato significativo para esse comportamento exigente é a quantidade de informações
disponíveis nos meios de comunicação. “A Internet propicia ao consumidor um universo enorme de
informações sobre produtos, serviços e marcas colocando-o em uma posição não mais de passivo
em relação ao que recebe, mas ativo. O consumidor investiga, observa, interage e, somado a tudo isso,
vai até suas redes sociais e pede opiniões aos grupos virtuais aos
quais pertence”, emenda.
Diante de todo esse cenário, o professor enfatiza que o
ambiente, experiência com a compra e a atmosfera da loja
possuem um papel fundamental no processo de decisão de
compra. Portanto, além do preço e qualidade do produto, a
eficiência e eficácia do atendimento, e a consequente entrega, são
fatores determinantes também.
A entrega
Luiz Claudio explica que a entrega é um dos elementos que compõem as estratégias de canais de
marketing, que por sua vez fazem parte de um composto mercadológico, que deve estar alinhado às
estratégias de produto / marca, serviços, preço e comunicação.“Essa estratégia de canais de marketing
envolve decisões sobre formatos de ponto de venda, níveis de distribuição, cobertura e abrangência
no atendimento, ações de merchandising e logística”.
Neste sentido a entrega envolve todas essas ações e, por isso, deve estar alinhada às demais
ferramentas do composto e integrar as estratégias de canais. “Tudo isso para não apenas ‘entregar’
um produto, mas agregar valor ao relacionamento”, destaca. “Quando uma entrega está de acordo
com as expectativas do cliente, completa-se o ciclo do atendimento e, portanto, abre caminho para o
processo de fidelização”.
O professor também comenta que o cenário econômico não deve abalar o empresário, pois
crise representa também oportunidades, como: poder reavaliar o processo de comercialização de
um produto ou serviço, verificar pontos de melhoria e, sobretudo, aumentar o valor da conveniência.
“Quem determina o nível de conveniência é o consumidor de um produto ou serviço e, por isso, a
forma que o produto será ‘entregue’ ao consumidor depende do nível de expectativa e de exigência
que o mesmo busque. Tem consumidor que entende que é conveniente e cômodo que o produto
chegue em casa, ou em algum lugar de sua preferência, outros entendem como conveniente e cômodo
ir até o ponto de venda”, exemplifica.
“Um atendimento bem feito em relação à entrega não deveria aumentar o custo nem apresentar
prejuízo. Se isso ocorre, algo está errado na estratégia! Ou a empresa não conduziu a estratégia
adequadamente ou não mensurou os resultados de forma a verificar o grau de aderência do
consumidor”, alerta.
Prazos e estratégias
Para planejar quais devem ser as ações da empresa, o professor frisa a importância de estudar
e pesquisar o público-alvo, para assim identificar quais são suas perspectivas em relação ao quesito
entrega, pois os prazos de entrega devem estar de acordo com suas expectativas.
Como exemplo, ele aponta dois cenários: “Se consumidor está com seu carro em uma oficina e
dependendo dele para realizar suas atividades diárias ou os profissionais que trabalham lá necessitam
de forma urgente aquela peça para completar o serviço, evidente que o ‘para ontem’ se torna fator
determinante no processo de compra. Mas, se é uma manutenção do veículo, para abastecer o estoque
da oficina esse prazo poderá ser maior. Recomendo que
a empresa estruture um competente banco de dados e
um sistema de informação onde será possível identificar
as necessidades do consumidor e verificar a forma e o
tempo que deverá ser atendido”.
Outro ponto determinante no processo de
comercialização são os bons relacionamentos com
fornecedores. Luiz informa que esse relacionamento
equivale a um patrimônio que a empresa tem, pois Luiz Claudio Zenone, professor de Marketing e
permite desenvolver uma série de ações conjuntas de consultor Organizacional
marketing aumentando a força das ações estratégicas.
“No processo de entrega, essa parceria é de suma importância, pois permite acompanhar o processo
de atendimento em todas as fases e garantir que o produto chegue na hora certa, com a qualidade
certa e com o preço certo”, afirma.
Feita a entrega, é necessário também dar uma atenção especial ao pós-venda, pois é nesse
momento que a empresa garante a eficiência e a eficácia de toda ação de marketing desenvolvida.
“Esse pós-venda ou pós-marketing funciona como uma espécie de auditoria de marketing, onde
se analisa todos os processos desenvolvidos e se estabelece métricas para avaliar o desempenho
de todas as áreas envolvidas e todas as atividades realizadas. Essas métricas devem alimentar com
informações todas as áreas para garantir as adaptações necessárias para, cada vez mais, agregar valor
ao cliente através do atendimento. Esse processo ‘cíclico’, conduzirá os envolvidos a diagnosticar
todo tipo de problema em relação à entrega e criar um processo de relacionamento que envolva o
consumidor, ou seja, torná-lo parte do processo”, justifica.
Como dicas, o professor lista três pontos importantes que devem ser
levados em consideração:
• Estreitar cada vez mais a relação com os clientes e parceiros de negócios.
• Criar e trabalhar com banco de dados de clientes e desenvolver estratégias de
relacionamento com o objetivo de agregar valor aos envolvidos.
• Entender que a entrega é parte de uma estratégia de canais de marketing e
que envolve decisões conjuntas sobre formato e níveis de canal, cobertura e
abrangência do atendimento, ações de merchandising conjuntas entre fabricante
e ponto de venda e uma boa e eficiente logística.

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