Flyer 2010-06

Transcrição

Flyer 2010-06
Rodrigo Oliveira, “We Cannot Escape
From Each Other”, 2010
“O Dia Pela Noite” é o nome do conjunto de 10
intervenções feitas por 10 artistas plásticos, que durante
10 meses transformam o Lux. É desta maneira que
queremos marcar o começo de uma nova década. A trocar
“O Dia pela Noite”.
10 Artistas Plásticos / 10 Intervenções / 10 Meses / 01 Nova Década
Gabriel Abrantes, Vasco Araújo, Pedro Barateiro, Alexandre Farto,
Pedro Gomes, Rodrigo Oliveira, Francisco Queirós, Mafalda Santos,
João Pedro Vale e Francisco Vidal
odiapelanoite.luxfragil.com
A obra que escolhemos para o flyer deste mês é uma
enorme instalação de Rodrigo Oliveira (n.1978, Sintra).
É impossível não passar por ela, ocupa a totalidade da
parede do bar e da cabine de DJ do piso 1. Alguns, de
longe, já lá viram uma espécie de neon de Las Vegas,
outros o seu reflexo cheio de palavras na câmara
fotográfica do telemóvel.
Somos nós e os outros. A dançar, a falar, de copo na mão.
Vemos o nosso reflexo no espelho, lemos bocados de uma
frase que nos mostra o inevitável. É impossível, também,
escapar a esta obra.
SP
“We Cannot Escape From Each Other”, 2010
Acrílico espelhado, estruturas auxiliares, resina epoxy,
leds com instalação eléctrica
1500 x 300 cm
Foto: Luísa Ferreira
em parceria com a
Cortesia do artista e Galeria Filomena Soares
www.rodrigooliveira.com
Porque é que a luz dourada do Verão nos bronzeia?
Porque é que é o ouro que nos transforma em bronze?
Seja física ou alquimia, seja como for, chegando o Verão o que
interessa é o descanso.
Chega Junho e no solstício o que importa é lavar – a vista,
os pés, a alma. Torrar na areia e imprimir a sol e iodo por
cima da radiação de televisores e monitores de um ano
inteiro de trabalho e tédio. Férias contra as feras e os fretes de
compromissos e comprimidos para descomprimir. Desligar.
E depois de limpos e reiniciados, poder dançar outra vez como
uma debutante nesta vida, com a pele queimada e o cabelo
a cheirar a Timotei, saidinha do duche e da casca, depois de
chegarmos da praia.
Horse Meat Disco
James + Luke convidam:
Sexta 11
Sexta 25 — Hercules & Love Affair Dj Set
Quarta 09
Quinta 24
Sexta 25
Fuck Buttons
Quarta 16
3ªSemana
1ªSemana
Quarta 02
Tensnake
Quarta 02
Se a missão é colocar divertimento
na música, Tensnake é o nosso
homem. Sem um mapa traçado,
o seu trabalho transpira quentes
emanações de um Verão equatorial
permanente: “Coma Cat” – a
euforia que explode desenfreada
– tem “Holding Back (My Love)”
como come down perfeito de piña
colada na mão; músicas duradouras
que se juntam à sensação de
descobrir algo pela primeira vez.
Nas produções ou ao vivo, esquece
o plano, o importante é a ideia, sem
medo da pop e ignorando sempre a
previsível seriedade. MJC Jacques Renault
Quarta 02
Com os estudos em viola foi exposto
à crua house de Chicago, nessa
mesma cidade, no final dos anos 90.
Jacques Renault descobriu assim os
clássicos do estilo e compreendeu
as suas origens no disco. Através de
reedits que se confundem com os
seus originais faz-se valer do gut
feeling em cada DJ set, apostando
nos discos e nos party breaks em
momentos cruciais. Apesar de
incitado à mudança pelos pares
europeus, tem em Nova Iorque o
amor e o epicentro de toda a sua
actividade, a meias com Marcus
Cabral é RUNAWAY e gere também
a editora On The Prowl. MJC
Atlas Sound &
Aquaparque
Sexta 04
concerto
Quarta 16
Quarta 16 — concerto
André Nogueira e Sousa
Dj Glue
Disco
Stardust Balls
Tensnake (live)
JaCques Renault
Dexter
Leonaldo de Almeida
Bar
Bar
Fuck Buttons (concerto)
Quinta 17
Bar
Sexta 04
Leonaldo de Almeida
Mário João
DiscoAquaparque (concerto)
Atlas Sound (concerto)
A to Z
Rui Vargas & Rui Murka
Bar
(JD Twitch & JG Wilkes)
XInobi
Flip
Sexta 18
Bar
Sábado 05
Sexta 04
Disco
U-Night
Slight Delay (Tiago & Dj Al)
Disco
Zé Pedro Moura
Bar
Dois dos nomes que mais
brilham na canção que assume
as formas dos dias de hoje com
o intuito de os rasgar a caminho
da verdade. Bradford Cox / Atlas
Sound é um paladino da poesia
da vida secreta da intimidade dos
incompreendidos. Os Aquaparque,
arriscamos, estarão a escrever
o grande espólio do songbook
português de um futurismo de
século XXI. Juntos na mesma noite,
só pode dar história para contar. PG
Disco
Dexter
D.I.S.C.O. Texas Titan Thursdays
Optimo DJs
SwitchSt(d)ance
Pinkboy
Trust!
Justin Vandervolgen
Tiago
Sábado 19
Leonaldo de Almeida
Cook-E
Zé Pedro Moura
DiscoRui Vargas & André Cascais
Bar
2ªSemana
Todd Terje
Sexta 11
Hold Your Horses. Todd Terje is
Coming! É a fantasia definitiva do
amante de nu disco. Horse Meat
Disco, o colectivo londrino mais
festivo de sempre, divide a noite
com Todd Terje, prolífico norueguês
que engendrou o regresso do trote
e do galope à pista de dança. Não é
a primeira vez para nenhum deles
no Lux, mas é a primeira vez em
conjunto e isso é incrivelmente
especial e promissor. Os Horse Meat
Disco acabam de lançam agora a
nova compilação na Strut, e Todd
Terje uma colectânea misturada
com alguns dos seus êxitos de
sempre. Vai ser mágico! IS
Guy Gerber
Quarta 09
Entre o aclamado “Late Bloomers”
em 2007 e a edição do novíssimo EP
“Hate/Love”, Guy Gerber não parou.
Apresentou o seu live act viciante
nos cinco continentes e, a solo
ou em colaborações com os mais
ilustres intérpretes da ciência de nos
pôr a dançar, continuou a produzir
melodias doces que parecem flutuar
sobre ritmos tropicais imparáveis. É
essa mistura que torna a sua música
tão singular e os seus live acts algo
de perigosamente aditivo.
Quem assistiu às suas duas
anteriores apresentações no Lux
sabe como o israelita transforma
ao vivo os seus temas lânguidos,
imprimindo-lhes um ritmo
imparável e hipnótico que agarra
a pista de dança mais exigente, do
primeiro ao último minuto.
Junho traz-nos as noites mais curtas
do ano, Guy Gerber é o homem
certo para as tornar longas e
inesquecíveis. PR
4ªSemana
Quarta 09
Quinta 17
Quinta 24
Leonaldo de Almeida
Transdisco
Zé Pedro Moura & João Peste
Disco
Guy Gerber (live)
Henriq
Bar
Sexta 11
Bar
Disco
Fiasco
Pinkboy & Pan Sorbe
Horse Meat Disco
James + Luke convidam
Todd Terje
Sábado 12
Sonja
dexter
Disco
Rui Vargas
Bar
Depois de uma triunfal passagem
pela ZDB em Outubro de 2009, há
muito que se aguardava o regresso
dos Fuck Buttons a Lisboa.
Oriundos de Bristol, com
influências tão díspares
como Aphex Twin e Mogwai,
rapidamente deram origem a uma
legião de seguidores, muito por
culpa das suas eléctricas actuações
ao vivo.
É, precisamente esta injecção de
adrenalina, expressão usada pela
revista Time Out para descrever um
dos seus concertos ao vivo, que vai
estar no Lux, dia 16 de Junho.
Um concerto onde a música se
funde com a imagem e o barulho se
funde com a melodia.
Nada, nem ninguém deve ficar
indiferente aos Fuck Buttons e a
um dos concertos mais excitantes a
acontecer este ano em Lisboa. LC
Bar
Disco
Sexta 04
Quarta 02
Pinkboy
Marc Houle (live)
Expander
Sexta 25
Bar
Tiago
Andy Butler
(Hercules & Love Affair Dj Set)
Disco
Theo Parrish
Rui Vargas
Sábado 26
Leonaldo de Almeida
Dexter
Disco
Zé Pedro Moura
Jorge Caiado
Bar
Marc Houle
Quinta 24
Para Marc Houle a nostalgia
dos anos 80 não significa festas
manhosas para trintões com
saudades do Bryan Adams. Significa
Commodore 64 e jogos como
Pong. A informática vintage e o
minimal avant la lettre das bandas
sonoras dos primeiros jogos de
computador assumem muita da
responsabilidade pelo percurso
do canadiano. Marc Houle não se
dedicou aos computadores para
fazer música, ele começou a fazer
música por causa dos computadores
e isso deixa-nos perceber facilmente
porque é que ele encaixou tão
bem na autêntica família de freaks
da tecnologia em que se tornou
a M_nus de Richie Hawtin. Marc
Houle é conhecido pelos seus live
acts recheados de sons tecnológicos
retro e de exclusivos não editados, o
que só reforça o carácter único que
um live act já tem por natureza. Esta
é a razão porque lhe pedimos que
voltasse ao Lux e é a razão porque
vocês devem voltar também. PR
Theo Parrish
Sexta 25
Theo Parrish é um elemento de
união entre o presente da house
(que nas suas mãos é o futuro) e as
origens (jazz, soul, funk, “casa”, como
ele próprio afirma). A dinâmica no
som é constantemente explorada
pelo DJ e produtor de Detroit,
provoca desníveis que transportam
as pessoas para patamares
diferentes na experiência sónica.
Ouvi-lo é um tipo de divertimento
pouco comum na pista de dança,
uma festa com música que depois
vão querer descrever aos vossos
queridos sem saber bem como.
Levem-nos, poupam explicações.
E se alguém vos quiser levar,
aceitem. JAM
Justin Vandervolgen
Sexta 18
Produtor e multi-instrumentista,
Justin Vandervolgen acrescentou
o seu toque aos Out Hud e !!!; agora
com Lee Douglas faz TBD e a solo
dedica-se aos edits como “Try To
Find Me”. Tentem encontrá-lo – a
sério – ele não facilita e a mensagem
pode ser críptica, mas há sempre
recompensa sonora. Num trabalho
de garimpo, deixa à vista pepitas
perdidas da era disco revistas como
futuros clássicos em narrativas
dançáveis que constroem a pista nos
refrões: you gotta like what you do
to do it good para depois informar
que you don’t know how hard it is.
MJC
Design Gráfico:
Diogo Potes w
(Alva DesignStudio • alva-alva.com)
Textos de:
Isilda Sanches, José António
Moura, Luís Carlos, Mário João
Camolas, Pedro Gomes, Pedro
Rodrigues, Quim Albergaria,
Susana Pomba, Zé Pedro Moura.
Revisão:
Marta Martins
Andy Butler
Sexta 25
Andy Butler chegou-nos aos
ouvidos quando a DFA libertou
“Roar” – objecto estranho (e
simultaneamente tão próximo
daquilo que imaginávamos como
dream-music) onde Antony
Hegarty sobrevoava bases rítmicas
inspiradas em Detroit. Sabíamos o
nome do grupo – Hercules & Love
Affair – e que estávamos perante
a aproximação mais declarada de
James Murphy à subcultura gay
norte-americana precursora da
mais extraordinária música nos
últimos 40 anos.
Depois de dissolvidos os equívocos
iniciais do ‘projecto do Antony’
começámos a perceber quem era
Andy Butler. Original da mile-high
Denver, adicto adolescente dos
Muppets e de Vince Clark; demarca
o momento em que as coisas se
tornaram mais ‘sérias’ numa rave
num castelo (no Colorado!!!???)
onde a carga de LSD (... daí o castelo)
tornava mais próximo aquele little
piece of heaven que acompanhava
os relatos dos que tinham
experimentado o Paradise Garage
ou a Sound Factory.
Próximo de Daniel Wang, date de
Derrick Carter, refém da tech-soul
de Kevin Saunderson, Andy Butler
traz ao Lux uma jornada sonora
que se faz pelo prazer de descobrir,
sempre. ZPM

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