PE_14_17 - Externato Maria Droste
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PE_14_17 - Externato Maria Droste
Externato Maria Droste Quinta do Cruzeiro N.º de tel. 229710004 Fax 22 971 70 98 www.e-mariadroste.pt PROJETO EDUCATIVO EDUCAÇÃO PELA ARTE 2014-2017 ÍNDICE NOTA INTRODUTÓRIA .............................................................................................................................................................................. 2 ENQUADRAMENTO DO PROJETO ............................................................................................................................................................ 5 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO .............................................................................................................................................................................7 Denominação, âmbito, dependência orgânica e breve historial .............................................................................................. 7 Características das instalações e funcionamento ..................................................................................................................... 11 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL / FUNCIONAL............................................................................................................................................................. 15 Organigrama geral ....................................................................................................................................................................... 15 PROJETO CURRICULAR DE ESCOLA ....................................................................................................................................................... 16 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E PLANO DE AÇÃO................................................................................................................................. 17 “A ARTE DE OUVIR E ESCUTAR” _ 2014/2015 ........................................................................................................................................................... 19 Plano de ação .............................................................................................................................................................................. 29 “A ARTE DE FAZER E EXPERIMENTAR” 2015/2016...................................................................................................................................................... 30 Plano de Ação .............................................................................................................................................................................. 35 “A ARTE DE CRIAR E RECRIAR” 2016/2017 .............................................................................................................................................................. 36 Plano de ação .............................................................................................................................................................................. 42 PROJETO PASTORAL DE ESCOLA 2014 - 2017 ....................................................................................................................................... 43 ENQUADRAMENTO DO PROJETO PASTORAL DE ESCOLA ............................................................................................................................................. 44 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROJETO PASTORAL DE ESCOLA 2014-2017 “A ARTE DE CUIDAR” ..................................................................................... 45 ÍNDICE Plano de ação 2014/2015 ............................................................................................................................................................ 47 Plano de ação 2015/2016 ............................................................................................................................................................ 48 Plano de ação 2016/2017 ............................................................................................................................................................ 49 OBJETIVOS E AVALIAÇÃO DO PEE ........................................................................................................................................................ 50 FORMAS DE DIVULGAÇÃO .................................................................................................................................................................... 52 BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................................................................................ 53 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE “Numa pedagogia atenta às virtualidades da criança, vai possibilitar-se-lhe, primordialmente, a espontaneidade das suas expressões, as quais livremente desabrochando numa atividade lúdica proporcionam também, quando essa actividade apresenta já uma feição artística, uma abertura para a criatividade.” (Arquimedes Santos, 1977, in educação pela arte, p177) Página 1 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE Nota Introdutória O pluralismo da nossa sociedade e a diversidade existente entre os múltiplos conceitos de pessoa, da vida e do mundo, provocam uma grande diversidade de propostas educativas. Todos os conceitos de liberdade expressos na Constituição da República Portuguesa servem de orientação para encontrar uma proposta educativa coerente e com continuidade. De acordo com estes princípios, o Externato Maria Droste, como parte integrante da Congregação do Bom Pastor, rege-se segundo o seu carisma, querendo colaborar na resolução de problemas com os quais se debate a nossa sociedade. O serviço educativo prestado pelo externato como base modernas metodologias pedagógicas desenvolvidas por um corpo docente e não docente qualificado, competente e muito motivado, que desenvolve práticas pedagógicas assentes na qualidade. “Um projeto educativo é um documento de orientação estratégica relacionado com o tipo de ações que se deverão assumir no seio dos estabelecimentos de ensino, de forma a conferir intencionalidade a essas ações e a concretizar os propósitos educativos que, nesse mesmo projeto, essas escolas identificaram como os vetores que deverão justificar e nortear a sua existência. Nesse sentido, um projeto educativo não é um plano de ação, mas um documento que irá permitir apoiar essa ação, estimulando a construção dos consensos e dos compromissos que o desenvolvimento de uma avaliação prospetiva, capaz de sustentar a formulação de estratégias a médio/longo prazo, possibilita e favorece.” (In Projeto Educativo, A. Carvalho e F. Diogo, 1994.) Página 2 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE Na nossa prática educativa proporcionamos às crianças situações de aprendizagem diversificadas e com crescente complexidade ao longo do seu desenvolvimento, estimando sempres as suas experiências. Por isso, o nosso projeto assenta no conceito de uma (…) educação integral a nível espiritual, ético, cristão e da comunidade educativa, onde todos os seus agentes – professores, alunos, auxiliares de educação, administrativos, pais e toda a comunidade, foram e são chamados a dar o seu contributo ao projeto. (Cabral 2007:3) E neste sentido o Externato procura dar especial atenção ao ser humano, numa perspetiva cristão e Humanista, adotando um sistema de valores que assenta no respeito pela dignidade da pessoa, A pessoa vale mais do que o mundo (Santa Maria Eufrásia). Tem também como intenção proporcionar às novas gerações uma maior convivência com valores como, a fraternidade, o respeito mútuo, a entreajuda, baseando-se num espírito evangélico de acolhimento, bondade, compreensão e serviço social cujo objetivo é salientar o valor da pessoa humana. Pessoa que é única para Jesus e a quem Ele dá o nome de Amigo. Pela sua opção evangelizadora, o Externato Maria Droste identifica-se como uma escola Católica como uma vontade decidida de oferecer um serviço àquelas famílias que escolhem para os seus filhos a nossa proposta educativa, sendo exemplo disso as celebrações efetuadas ao longo do ano letivo (Abertura, Natal, Páscoa e Encerramento), a Comemoração do Mês de Maria, a Festa da Padroeira, as orações diárias e a Peregrinação anual a Fátima. Página 3 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE A sua proposta é claramente definida, mas respeita sempre outras opções tomadas a partir de critérios e leituras diferentes do ser e do fazer da pessoa humana. Ao longo de todo o projeto apresentamos as ideias-força ou o carácter específico, que define a nossa escola, tornando público o nosso compromisso com a sociedade e com a igreja, enquanto escola cristã, inserida na realidade social do nosso país. No que concerne ao tema do Projeto Educativo, elegemos a “Educação pela Arte”. São vários os autores nas áreas de conhecimento da psicologia e educação que nos permitem ter a convicção da importância das vivências afetivas no desenvolvimento das competências cognitivas e como se inter-relacionam, citando Jean Piaget “a infância é o tempo de maior criatividade na vida de um ser humano”. Neste projeto, salientamos a importância de uma educação globalizadora e integrante que potencia, valoriza e promove a capacidade de observação, sentido crítico, transformação, exploração, vivência das experiências e desenvolvimento da criatividade das crianças, possibilitando-lhes uma diversidade de experiências educativas e curiosidade em conhecer o mundo que as rodeia. O nosso projeto educativo tem como objetivo fundamental, a formação integral das nossas crianças. Para tal, criamos mecanismos e estratégias que irão permitir a toda a comunidade educativa participar em todo o processo de formação das nossas crianças. Página 4 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE Enquadramento do projeto O trabalho pedagógico desenvolvido no externato assenta em boas práticas educativas que promovem o desenvolvimento da aquisição de valores, como a interajuda, a educação, a amizade, o amor ao próximo, igualdade, autonomia, felicidade, respeito e responsabilidade. É de nossa opinião que, quanto mais cedo estes valores forem apresentados às crianças, recorrendo a experiências de vida democrática, melhor será o seu desenvolvimento pessoal e social. A congregação do Bom Pastor, na sua expansão, tem contribuído para a difusão da Escola Católica, com a sua identidade específica e com as suas instituições pedagógicas. Os seus princípios são orientados pela Congregação do Bom Pastor e baseiam-se: Na criação de uma escola popular livre e aberta a todas as classes sociais (Paulo Freire) Na colocação do aluno no centro do processo educativo Na escola como “família educadora” de forma a que as crianças a sintam como a sua própria casa Na pedagogia do amor, acolhimento e alegria No desenvolvimento das capacidades cognitivas, psicológicas e expressivas, contribuindo para a realização individual, em harmonia com os valores da sociedade e da liberdade social Na observação e compreensão do meio natural. Humano e social, com vista a uma melhor integração participação e socialização da criança Na valorização do respeito pela natureza e por todas as criaturas Página 5 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE Desta forma mantém-se fiel a todos os princípios da congregação, baseando-se no ideal de vida da Irmã Maria Droste (…) Senhor, deixei tudo, para vos amar até ao último momento da minha vida e para transmitir, tanto quanto me seja possível, a devoção ao vosso Santíssimo Coração (…). Embora a “Educação pela Arte” seja efetivamente a temática central do nosso projeto, destacamos também os quatro pilares da educação para o séc. XXI (relatório Delors 1996), pelos quais o externato se rege: Aprender a Conhecer Aprender a Fazer Aprender a Viver Juntos Aprender a Ser Estes pilares estão assim presentes em todos os anos letivos, no desenvolvimento do trabalho educativo e pedagógico apresentando-se transversal a todas as salas e faixas etárias. A “Educação pela Arte” constitui um estímulo à formação individual e coletiva. É um incentivo à criatividade, mas também a uma aprendizagem ampla e íntegra, onde a liberdade de expressão e a experimentação de várias técnicas e materiais expõe os nossos alunos a novos desafios desde muito cedo. Assim, é nossa proposta trabalhar a expressão musical, a expressão plástica e a expressão dramática concretizadas em três temas “A arte de ouvir/escutar” (2014/2015), “A arte de fazer e experimentar” (2015/2016) e “A arte de criar e recriar” (2016/2017). A par destes três temas trabalharemos sempre “A arte de cuidar” integrado no projeto pastoral. Página 6 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE Pretendemos fomentar nos nossos alunos a liberdade de expressão, potenciando a concretização de emoções, de novas experiências e do contacto com o mundo que as rodeia. É assim usada uma forma de linguagem nãoverbal que lhes permite mostrar o que são e o que sentem, estimular a sua capacidade intelectual, assim como a sua intuição. CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO Denominação, âmbito, dependência orgânica e breve historial O Externato Maria Droste situa-se em Ermesinde, cidade portuguesa do concelho de Valongo, pertencente ao Distrito do Porto, região Norte de Portugal. Pertence à área metropolitana do Porto e encontra-se a 10 km a nordeste desta cidade. É a menor das cinco freguesias do concelho de Valongo com 7,42 km² e também a mais populosa com cerca de 45.000 habitantes (2005), fazendo que a sua densidade populacional exceda os 5 000 hab/km². É a cidade e a freguesia mais populosa do município de Valongo, sendo freguesia desde 1836 e foi elevada a vila em 1938. No primeiro quarto do século XX era tida como promissora estância de repouso, tal o sossego e enquadramento rural que oferecia. Em 1990, Ermesinde foi elevada a cidade. Ermesinde confronta a Norte com a freguesia de S. Pedro Fins (Maia), a Oeste com a freguesia de Águas Santas (Maia), a Este com a freguesia de Valongo, a Nordeste com a freguesia de Alfena e a sul com a freguesia de Baguim do Monte (Gondomar). Página 7 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE Atravessada pelo rio Leça , e abrangendo uma área de cerca sete quilómetros quadrados, esta cidade apresenta uma topografia pouco acidentada, com uma altitude média que ronda os noventa metros. O seu ponto mais elevado encontra-se no Lugar da Formiga (com cerca de 140 metros de altitude), ao passo que a cota mais baixa será atingida nos lugares da Cancela e da Travagem. Nos últimos dez anos, Ermesinde tem experimentado um gradual crescimento populacional acompanhado da construção de novas e modernas infraestruturas que contribuem para a melhoria da qualidade de vida na cidade. O programa Polis permitiu não só a requalificação do centro de Ermesinde, mas também a criação de uma nova estação ferroviária e de espaços culturais e de lazer, como o Fórum Cultural de Ermesinde, integrado no Parque Urbano Dr. Fernando Melo. Ao nível das acessibilidades, Ermesinde pela sua privilegiada localização, beneficia em muito por estar perto dos principais eixos viários da região. A A4, que tem aqui as respetivas portagens,A3 e A41 que passam relativamente perto, são disso o melhor exemplo. Muito importante também ao nível dos acessos é a linha de Caminho-de-Ferro do Minho e do Douro, assim como o ramal de Leixões, tornando Ermesinde numa importante estação e o Aeroporto Francisco Sá Carneiro que se encontra relativamente perto, no vizinho concelho da Maia. A cidade de Ermesinde pode ser considerada como uma “cidade dormitório”, pois cerca de 50% da sua população ativa, desloca-se diariamente para trabalhar na cidade do Porto. Ermesinde sofreu um crescente aumento populacional justificado pela existência de uma boa rede de transportes públicos, dos quais se destacam o caminho-de-ferro, onde se faz a troca entre Douro e Minho. Página 8 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE Toda a ação educativa do Externato procura inserir-se no seu contexto geográfico, social, cultural e eclesial, de forma a responder adequadamente às necessidades integrais das crianças e da população. Com base nesta finalidade, o externato pretende: Ajudar a descobrir os elementos próprios da nossa região e comunidade, dando-os a conhecer às novas gerações Potenciar os valores específicos da realidade local, estabelecendo diálogo e abertura com todos os povos Facilitar a inserção das crianças no contexto sociocultural através da aprendizagem, do uso da língua, dos costumes e das tradições da cultura do nosso país Ajudar os alunos e as famílias a conhecer o contexto geográfico, histórico e social do qual fazem parte de forma a construírem e darem vida à comunidade local Fomentar a participação na vida e missão da igreja local Todos estes aspetos são a expressão concreta da identidade cristã e da vocação evangelizadora da nossa escola. O Externato Maria Droste pretende ser um espaço privilegiado de reflexão e ação educativa. Assim, a linha orientadora desta Instituição visa o desenvolvimento integral e harmonioso do educando baseada no diálogo entre o aluno, professores, pais, outros profissionais de apoio educativo e entidades interessadas na Educação, designadamente a Autarquia e organismos sócio culturais e económicos da região. A sua fundação data de 1965, tem como entidade titular a Congregação do Bom Pastor e assume-se como escola Católica aberta à comunidade, procurando refletir nas diversas situações e integrando-se num âmbito estritamente educativo. Página 9 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE O Externato Maria Droste deve o seu nome a uma Religiosa de origem alemã e descendente de famílias nobres que, segundo o Carisma e Missão da Congregação do Bom Pastor, se dedicou, de forma árdua, ao Apostolado da Congregação. Dedicou a sua vida a ajudar crianças, jovens e mulheres em dificuldades, que a tornou ainda mais nobre pela Caridade, Santidade de Vida e Confidente do Divino Coração de Jesus, solicitando ao Papa Leão XIII, a Consagração do Mundo ao Sagrado Coração de Jesus. Esta consagração virá a concretizar-se em 11 de Junho de 1899. "... Senhor, deixei tudo, para vos amar até ao último momento da minha vida e para transmitir, tanto quanto me seja possível, a devoção ao Vosso Santíssimo Coração... " Esta citação da nossa Irmã Maria Droste, de origem Condessa Droste Zu Vischering, poderá ser o ponto de partida para conhecermos e compreendermos uma vida: Vivida na mais completa renúncia Que procura unicamente a glória de Deus Que é apostolado ativo, amor e sofrimento. Efetivamente realizou uma grande obra, numa vida muito breve, mas com energia e sacrifício de todo o seu ser. Isto foi reconhecido pela Igreja que a proclama Bem--aventurada pela voz de Paulo VI, no dia 1º de Novembro de 1975. Esta obra, iniciada no Porto, pela Irmã Maria do Divino Coração - Maria Droste, foi mais tarde continuada pelas suas sucessoras em diferentes pontos de Portugal, nomeadamente em Ermesinde. É deste modo que surge o nome MARIA DROSTE para este Externato, homenageando assim a sua simplicidade, devoção, zelo e espírito de sacrifício pelos mais necessitados. Página 10 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE Características das instalações e funcionamento Recursos Físicos/Finalidade Recursos Físicos Pré-Escolar Espaços Comuns 2º Ciclo 1º Ciclo Creche 2 Dormitórios Finalidade Proporcionar um período de descanso 6 Salas de atividade Proporcionar ao aluno o desenvolvimento harmonioso nas várias áreas 2 Refeitórios Espaço reservado às refeições 2 WC Implementar o gosto pela higiene 4 Salas de atividades Proporcionar ao aluno o desenvolvimento harmonioso nas várias áreas 1 Refeitório Espaço reservado às refeições 1 WC Implementar o gosto pela higiene 2 Salas de atividades Proporcionar ao aluno o desenvolvimento harmonioso nas várias áreas 1 WC Implementar o gosto pela higiene 1 Refeitório Espaço reservado às refeições Sala de E.V.T. / laboratório Sala de educação musical Espaço reservado às aulas de EVT, Artes e realização de experiências na área das Ciências / Estudo do Meio Espaço reservado à disciplina de Educação Musical e às aulas de NEE Página 11 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE Sala de educação Especial/Estudo Espaço reservado à educação especial e atividades de apoio ao estudo 2 Salas Multiusos Espaço reservado a diversas atividades livres (xadrez, ballet…) Sala de Recursos Espaço reservado às Tecnologias de informação e comunicação Salão Espaço reservado para as festas e exposições 1 WC Implementar o gosto pela higiene Secretaria Espaço reservado a assuntos administrativos Sala “Os moranguinhos” Espaço destinado às refeições dos alunos de dois anos Ginásio Espaço reservado às aulas de Educação Física e recreio interior Balneários Espaço de apoio às aulas de Educação Física 1 Recreio interior Espaço lúdico 1 Recreio exterior Espaço lúdico 2 Parques infantis Espaço lúdico 1 Campo de futebol ao ar livre Espaço reservado para as aulas de educação física Quinta Pedagógica Espaço destinado à exploração da Natureza Biblioteca / Sala dos Professores Espaço destinado à pesquisa bibliográfica e reuniões de professores Página 12 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE 1 Gabinete Direção Espaço de Acesso Reservado Viaturas Pedagógica Espaço destinado à Direção Pedagógica 1 Gabinete Psicologia Espaço destinado aos encontros com o psicólogo 1 Carrinha de 9 lugares Viatura destinada ao transporte das crianças Cozinha Espaço destinado à confeção das refeições Copa Espaço de apoio à cozinha Despensa Espaço de armazenamento de alimentos Garagem Espaço destinado às viaturas Vestiário Espaço destinado aos funcionários não docentes 1 WC Implementar o gosto pela higiene Casa das máquinas Espaço destinado às máquinas Sala de tratamento de roupa Espaço destinado ao tratamento da roupa de uso diário. Página 13 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE Recursos Humanos No Externato Maria Droste trabalham 43 funcionários, dos quais 20 são docentes, na sua maioria em regime de efetividade. É um externato que se orgulha da sua pedagogia de amor, acolhimento e alegria, onde se pretende proporcionar o desenvolvimento das capacidades cognitivas, psicológicas e expressivas das crianças, contribuindo para a realização pessoal de cada um, em harmonia com os valores da sociedade e da liberdade social. Docentes e não docentes trabalham em conjunto para enriquecer a qualidade do serviço prestado às crianças e suas famílias. É nossa intenção permanente investir em tempos de qualidade, em que o adulto esteja completamente disponível para a criança, respeitando-a enquanto pessoa de valor. Assim, o conhecimento técnico e específico dos funcionários auxilia no desenvolvimento integral da criança, ao adotar uma atitude educativa empática, assertiva, clara e coerente. Página 14 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE ESTRUTURA ORGANIZACIONAL / FUNCIONAL Organigrama geral Página 15 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE Projeto curricular de escola O nosso Externato, pelo conjunto de objetivos apresentados no projeto educativo e no presente documento promove a educação integral e a dignidade de todos os que se cruzam com a nossa ação educativa ou aqueles a quem a nossa missão educativa abraça. Os professores ao trabalharem em equipa centram-se no desenvolvimento das competências gerais das orientações curriculares para a educação pré-escolar, das metas de aprendizagem e no currículo nacional, privilegiando, em cada momento, as competências adequadas às situações reiais do Externato, para que todas as áreas curriculares disciplinares e/ou disciplinas contribuam para uma eficaz construção de aprendizagens nos domínios do conhecimento, capacidade e atitudes. É neste contexto que surge o projeto curricular de escola, o qual deve ser contextualizado de acordo com a especificidade do Externato. O presente projeto contribui para a fundamentação dos projetos curriculares de turma, concretamente na operacionalização dos mesmos, tendo em consideração o trabalho desenvolvido e/ou a desenvolver pela respetiva equipa de professores. O projeto curricular de escola assume a forma como o Externato desenvolve a proposta curricular nacional, conforme o Dec. Lei nº 139/2012 de 5 de julho, definindo opções e intencionalidades próprias e construindo modos de organização e gestão curricular, adequados à consecução das aprendizagens que integram o currículo para os alunos. Página 16 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE Fundamentação teórica e plano de ação Entender-se o pensamento como complexo, integrado, dinâmico e aberto é o desafio proposto, nas sociedades atuais. Dessa forma, a Escola deve ambicionar e estimular a descoberta das possibilidades dos vários sentidos; a capacidade de intervir; o uso da liberdade e da análise crítica. Afinal, uma Escola que apele à diversidade e à criatividade. A arte surge, assim, como essencial para uma educação integral e para a construção de indivíduos desafiadores da procura, da crítica, do conhecimento partilhado, da intervenção social e da autonomia, num contexto rico, diversificado e desafiador que é o nosso mundo atual. “Quando uma criança, depois de algumas aulas em que teve de estar sentada e quieta fazendo apelo à sua concentração, à sua memória, ao seu raciocínio, refreando todos os seus impulsos de exteriorização e de movimento, chega ao pátio de recreio, vemos que, imediatamente e sob a forma muito natural de corridas e saltos, se liberta de tudo quanto estava internamente oprimido, expressando nitidamente a sua alegria em o fazer.” (Sousa, 2003:183) Assim, “uma educação iminentemente voltada para objectivos imediatos expressivos, contribui de modo muito significativo para a manutenção de uma vida mental saudável.” (Sousa, 2003:183) Como é referido por muitos autores, a educação pela arte e com a arte traz um crescimento e enriquecimento pessoal e coletivo a todos aqueles que com ela se envolvem. Desse modo, todos os agentes educativos devem assegurar caminhos que enfatizam a importância das expressões artísticas no processo educativo, onde o desenvolvimento global da criança é encorajado. Começando desde cedo, as crianças devem aceder e participar na realização de atividades desafiadoras, que promovam o diálogo estético através de projetos que Página 17 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE as envolvam na própria arte, com atividades criativas e impulsionadoras da reflexão crítica. Assim, é importante que as práticas educativas no ensino, se orientem para uma educação onde sobressaia a criação de espaços/tempos/desafios educativos com, e através da arte, onde a criança possa desenvolver o seu potencial em toda a sua dimensão. Página 18 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE “A ARTE DE OUVIR E ESCUTAR” _ 2014/2015 A música marca presença desde o início da humanidade, a qualquer nível. Desse modo, é imprescindível que a música, também como marco cultural, possa chegar a todos os alunos, em qualquer lugar, compreendendo e incluindo o máximo possível de estilos e géneros musicais, refletindo, em simultâneo e de forma constante, na forma como abordamos e ensinamos os conteúdos musicais. Perante esta conceção, defende-se uma Educação Musical que acompanhe todo o percurso do tempo e que tenha em conta os espaços inerentes a esta arte, nunca esquecendo cada aluno, com os seus históricos pessoais, culturais e sociais. Como fazer? É proposto o exercício de cantar, tocar, ouvir e escutar, ter a capacidade de identificar e comparar, percecionar e trazer ao de cima a sensibilidade e a emoção, isto é, estabelecer uma relação intimista e completa com a música. No âmbito dessa relação, uma prática substancial e significativa, nesse sentido, é o trabalho de criação, no qual é possível relevar, sobretudo, a representação (em qualquer instância) individual de cada aluno. A música na escola deve afirmar-se, do ponto de vista pedagógico, como um trabalho sério, envolvente e assumido, encontrando um ponto de equilíbrio com toda a componente estética, histórica e artística inerente. Neste projeto pretende-se, também, que os alunos integrem uma educação o mais abrangente possível e que, nesse sentido, possam contactar, relacionarem-se e terem conhecimento de outras culturas, ou seja, garantir aos alunos uma vivência que integre, pelo menos três tipos de cultura (científica, humanística e artística). Na generalidade, os alunos devem sentir que a música é uma área próxima deles e que, em consequência disso, mostrem uma dada recetividade ao longo das práticas musicais. O percurso que os alunos percorrem ao longo do ensino, ao nível da Educação Musical, deve integrar uma relação ampla e ativa, contribuindo para a formação global dos indivíduos. Tendo em conta esta visão do Página 19 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE trabalho musical, é determinante que se tome especial atenção para as componentes impressivas e expressivas dos alunos. Neste sentido, por impressão entende-se tudo que é extrínseco vem influenciar o que é intrínseco, o que é natural no aluno. No entanto, a componente ou impulso básico, quando envolvidos com o que é externo ou imposto, estabelecem uma fusão vantajosa para cada indivíduo mostrar-se do ponto de vista da originalidade. O objetivo final é que o aluno desenvolva a capacidade de expressão, o seu constructo musical interior e que o processo e produto final possam ser apresentados à comunidade escolar. Muszkat (2012) aponta para a existência de técnicas que mostram o registo e processo cerebral no campo emotivo e lógico, o som e o silêncio. Se, por uma via, a neurociência estabelece um trabalho mais objetivo, este deverá ser complementado com toda a subjetividade, o lúdico e as multiactividades que a música tem como inerentes e próprias. A forma como se faz o processamento musical (altura, dinâmica, contorno melódico, ritmo…) varia consoante as capacidades próprias de cada nível de desenvolvimento humano. A música tende a ser estimulada e processada no hemisfério direito do cérebro, quando falamos em emoção, altura e timbre, enquanto o ritmo, a duração, a métrica, a sintaxe musical e a identificação da tonalidade situam-se mais no lado esquerdo do cérebro. A prática e vivência musical constante contribuem sobretudo para aumentar a dita plasticidade cerebral, estimula a flexibilidade mental e a coesão social (vínculos e partilhas emocionais). A inteligência musical é considerada como algo partilhado e mutável. É possível que a inteligência musical possa relevar-se e destacar-se mesmo em indivíduos com deficiência (Muszkat, 2012). Hoje em dia a temática da música na escola é abordada em diversos campos como o da pedagogia. Foram feitas investigações em áreas cognitivas, motoras, de saúde e perceção, as quais, na sua maioria, são conclusivas quanto às vantagens de quem estuda ou tem contacto constante com a música. Talvez o mais Página 20 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE importante, ao estudar música, seja a diversão, a socialização e o prazer de fazer música. Porém, enquanto nos divertimos desenvolvemos certas habilidades e competências que são úteis noutras instâncias da nossa vida, como o processo da linguagem, a inteligência, a criatividade, a lógica, a coordenação motora e cognitiva, o contacto e maior identificação/aceitação/curiosidade/tolerância com outras culturas, melhor desempenho a nível interdisciplinar, a atenção e concentração. Também, o estudo musical, na escola, pode propiciar uma maior ajuda ao enfrentar desafios e estimular o desenvolvimento emocional, bem como pode fortalecer a relação interpessoal e social. Além disso, quem estuda música torna-se, provavelmente, um ouvinte mais qualificado, amplia o seu prazer na audição, aplica e aprofunda os seus critérios estéticos. É possível, então afirmar que deve-se pensar a escola de forma a atender aos seus desígnios seja no campo da formação seja nas suas práticas formais e informais, através das quais se angariam novos conhecimentos, melhoram as aptidões, certificam-se práticas e desenvolvem-se várias capacidades. Nas palavras de Jarvis (1995:2) “aprender é transformar a experiência em conhecimento, capacidades, atitudes, valores, sentidos e emoções”. A Educação Musical trabalha de forma direta os sentidos e as emoções que têm tido grande dificuldade em encontrar um posto avocado dentro das aprendizagens prescritas pelo currículo. Esta conceção que alia a emoção e a razão em contexto educativo é passível de ser encontrada através das práticas artísticas, uma conceção difundida na teoria, mas difícil de consolidar-se na prática. Para tudo isto, é necessário encontrar caminhos para uma escola que queira aprender a conhecer as necessidades concretas dos seus atores sociais, que saiba reconhecer práticas, que consiga encontrar um novo sentido para os saberes que transmite e, sobretudo, que saiba reorganizar-se perante novos desafios. (Agirre, 2005; Best, 1996; Gardner, 1990; Lowenfeld, 1970; Read, 1958; Robinson, 1982). Página 21 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE Como afere Efland (1990b), o enquadramento e incremento da arte na educação está relacionado com a educação generalista. Ora, é sabido que a discussão em torno da fundamentação da arte nos currículos escolares, desde os seus objetivos até aos contributos dela para formação dos alunos, é sustentada por opiniões díssonas, geradas pelas diferentes conceções sobre o que e como se defende o papel da arte na escola. Eisner (1997) classifica estas conceções ideológicas em dois polos: essencialista e contextualista. Já Dobbs (1998) assenta no mesmo propósito atribuindo a terminologia de não instrumentalista e instrumentalista. Na aplicabilidade destes termos em consonância com a situação da arte na educação, entende-se que a perspetiva essencialista de Eisner ou não instrumentalista de Dobbs, caracteriza-se pela valorização da arte, enquanto experiência única e diferente de todas as que podem ser vivenciadas através das outras áreas curriculares e do conhecimento, assim, o que torna realmente a arte tão importante e peculiar na educação é ser única como meio de perceção e interpretação do mundo. Por outro lado, a perspetiva contextualista ou instrumentalista, dos mesmos autores, respetivamente, foca-se no argumento de que a arte propicia o desenvolvimento de várias competências de foro artístico, comportamental, motor e cognitivo. Ao contrário da visão anterior, esta conceção preceitua a arte como um instrumento para atingir diferentes objetivos, os quais devem corresponder às diferentes aspirações e contextos dos indivíduos e/ou da comunidade. Ainda no molde contextualista, Eisner (1997:8) refere que a arte aclara: Satisfação proporcionada pelas atividades artísticas; Natureza terapêutica, pois a arte promove a comunicação e a expressão de sentimentos, emoções e ideias, criando oportunidades que não encontram lugar noutras áreas curriculares; Página 22 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE Desenvolvimento da criatividade como um objetivo educativo, o que implica que a arte deve ser incluída nos currículos escolares, já que constitui um instrumento importante no domínio da imaginação e da criatividade; As atividades artísticas promovem o conhecimento de outras áreas académicas; Dobbs (1998) acentua o carácter da arte como forma de ultrapassar diferenças, destacando em particular o seu contributo para o respeito e conhecimento de outras culturas, numa perspetiva de formação multicultural. Neste sentido destacam-se duas abordagens diferentes no que diz respeito à ligação entre arte e educação. Numa, a arte é compreendida como área de estudo, em que é atribuída às diferentes disciplinas artísticas, (dança, música, artes visuais, multimédia, etc.) a responsabilidade de desenvolver no aluno o domínio das técnicas artísticas, a sensibilidade estética e o gosto pela arte. Quanto à outra vertente, defende o uso da arte como metodologia de ensino de diferentes áreas do conhecimento, ou seja, o ensino da matemática, língua portuguesa e línguas estrangeiras, entre outras, através da prática das artes. Deste modo, é possível compreender que perante este panorama há uma espécie de duelo Artes na Educação vs Educação pela Arte. Por outro lado, as formulações numa vertente pedagógica realçam o contributo da arte no desenvolvimento global do indivíduo, (Read, 1958). As atividades artísticas propiciam o desenvolvimento integral do indivíduo, uma vez que proporcionam a aprendizagem em diferentes domínios, tais como físicas (Barret& Landier, 1991; Lowenfeld e Britain, 1970) criativas (Agirre, 2005; Robinson, 1982; Lowenfeld & Britain, 1970; Eisner, 1997; Sousa, 2003a) estéticas (Forquin, 1982; Agirre, 2005; Lowenfeld & Britain, 1970) cognitivas (Caldas & Pacheco, 1999; Piaget, 1997; Agirre, 2005; Gardner, 1995; Siegesmund, 1998) e emocionais (Goleman, 2003; Figueira, 2002; Gardner, 1990) e, segundo este raciocínio entende-se que as práticas educativas que contemplam aspetos como a comunicação, a confiança, a criatividade, apelando ao sentido crítico e reflexivo podem contribuir para Página 23 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE o desenvolvimento de alunos mais despertos e interessados no seu meio envolvente. Daí que seja cada vez mais aceite que para as crianças, tendo em conta toda a heterogeneidade própria de cada grupo, uma atividade musical aprofundada, com carácter holístico e transversal pode significar uma das poucas atividades a criar situações onde as desvantagens e as desigualdades sociais e culturais são atenuadas ou até mesmo dissipadas. Perante esta perspetiva, a educação pela arte, no caso particular da Educação Musical, por contemplar nas suas metodologias aspetos lúdicos e criativos, parece responder com sucesso e tornar-se flexível perante algumas necessidades que o currículo prescrito, por exemplo, incita. Não obstante, Mota (2007) coloca algumas questões relacionadas com o lugar da Música no ensino. Segundo a autora, nas últimas décadas assistiu-se ao desenvolvimento de uma filosofia, cujas raízes se encontram no movimento internacional de Educação pela Arte, que preconiza um tipo de inserção das várias artes no currículo do ensino geral, facilitadora da interdisciplinaridade e transversalidade das mesmas e destas com outras áreas do saber. No entanto, educar musicalmente terá sempre um só objetivo: a Música, entendida como arte, com um código que lhe é inerente, compreendida por múltiplos idiomas que percorrem a sua própria história. A Música, nas suas três vertentes fundamentais (composição, audição e interpretação) é compreendida como prática musical, a qual envolve um sujeito, um processo e um produto. “A Música é um importante sistema de expressão cultural e artística com valor educativo particular, que a insere no processo de transmissão de conhecimento como linguagem diferenciada de outras formas de estruturação e (des) organização dos saberes.” (Queiroz, 2007:70) Página 24 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE “ (…) É preciso assumir um compromisso com a educação musical nas escolas, o que implica buscar alternativas metodológicas que se mostrem eficazes para as suas condições, tantas vezes desfavoráveis. Que se mostrem, ainda, capazes de atender às necessidades desse contexto escolar (…)”(Penna, 2003:76) A educação musical deve abranger o mais possível do vastíssimo leque musical (estilos, instrumentos, culturas musicais, etc.), como maneira de fornecer, no caso das crianças, um conhecimento empírico musical que não se baseie apenas na música erudita ou mais comercial e industrializada. São aspetos simples que podem criar e amplificar a visão dos alunos perante a sociedade, ajudando a combater o racismo, a exclusão social, por exemplo, e melhorarem o seu padrão de vida no dia-a-dia. “A educação musical, na escola básica, tem como objetivo uma mudança na experiência de vida, no modo de se relacionar com a música e com a arte no quotidiano - ou seja, os seus resultados precisam ser capazes de ultrapassar os muros da escola.” (Penna, 2003:77) A música propõe o desenvolvimento motor e mental, principalmente através da frequente execução de instrumentos e aprendizagem e memorização de canções (interpretação), audição das mesmas, de sons do quotidiano, ou de outros meios, vivenciar sensações e estabelecer articulações com outras disciplinas e viceversa. “ (…) de grande pertinência, que em muito poderá contribuir para a literacia artística das crianças, do seu desenvolvimento global nos seus múltiplos aspetos, nomeadamente o desenvolvimento cognitivo, emocional, pessoal e social e consequentemente para o sucesso escolar.” (Lessa, 2006:21, referindo-se ao Ensino da Música nas Atividades de Enriquecimento Curricular) Página 25 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE A nossa própria formação transformou-nos em senhores feudais dos nossos conhecimentos e disciplinas, impedindo-nos de vislumbrar com alguma clareza as perspetivas possíveis e desejáveis no mundo de hoje no ensino de uma arte, neste caso a Música, e por outro, as possibilidades que se oferecem à interpenetração das artes. (…) uma compreensão algo desfocada destas questões contribuiu sistematicamente para uma definição do papel das expressões artísticas como sendo essencialmente propedêutico no domínio de destrezas necessárias à leitura, escrita e cálculo. (Mota, 2007:17) Vasconcelos (2007), autor do artigo “ A Música no 1.º Ciclo do Ensino Básico: o estado, a sociedade, a escola e a criança” refere-nos cinco aspetos determinantes na reconfiguração das práticas artístico-musicais na escola: a criança como artista; a aprendizagem musical contextualizada; a articulação entre o formal e o informal; o conectar os diferentes contextos sociais, culturais e artísticos; a participação em espetáculos, na produção e difusão musicais. A Dra. Graça Mota no seu artigo refere a música como facilitadora da interdisciplinaridade e transversalidade das áreas do saber. A autora refere ainda que “educar musicalmente, terá sempre um e um só objeto: a Música”. Deste modo, a Música no ao longo do percurso escolar de cada aluno deverá ter que ser trabalhada não só como um meio de fazer ligação entre disciplinas, casa e escola, culturas, mas ser também, e principalmente, entendida por si só, nas suas vertentes fundamentais de composição, audição e performance como perspetivou Swanwick (2003). Estes três pilares são interdependentes, relacionando-se através de diversos organizadores. No organizador Interpretação e Comunicação o Currículo aponta-nos para um desenvolvimento da musicalidade e do controlo técnico por parte do aluno. Assim, este deverá ser capaz de interpretar sozinho e/ou Página 26 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE em grupo. É capaz de avaliar interpretações e de saber como técnicas e tecnologias são importantes para a comunicação musical. No âmbito do organizador criação e experimentação é suposto que o aluno explore sons, as suas propriedades e características. Aqui é trabalhada a parte mais criativa do aluno, deixando-o experienciar, explorar e criar sons. Quanto à perceção sonora e musical, neste o organizador o aluno deve ouvir, analisar, compreender e avaliar os diferentes códigos da linguagem musical em várias culturas. O aluno deverá também dominar as diferentes formas e símbolos de notação. É ainda capaz de comparar características semelhantes entre músicas diferentes, associando-as no estilo e origens culturais. O último organizador, culturas musicais nos contextos, diz-nos que a compreensão e o conhecimento do aluno devem-se ao contexto sociocultural em que este está inserido. Em suma, Interpretar, ouvir e compor são vistos como uma base para um bom desenvolvimento do ensino da música, de modo a que, o aluno possa atingir as competências definidas no currículo nacional do ensino básico. Ao analisar a disciplina de expressão e educação musical inserida na organização curricular e programas, desde logo nos princípios orientadores: A voz é considerada um instrumento primordial, dado o modo natural da criança se expressar e comunicar, quer pela vivência familiar quer pela cultura. É importante a entoação, timbre, expressão, capacidade de criar ou recriar melodias, etc.; Página 27 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE O corpo é outro meio importante para a criança expressar e comunicar naturalmente o que ouve. Dança, movimento, percussão corporal, são meios para desenvolver a musicalidade nas crianças, devendo ser trabalhados com agrado; Dos instrumentos é relevante como estes podem ser usados como ponto de partida para jogos de exploração. A partir deles a criança pode experimentar as potencialidades sonoros de matérias, construir fontes sonoras elementares, construir instrumentos musicais elementares seguindo indicações ordenadas de construção, etc. Kodály considerava os elementos musicais essenciais na educação e formação de uma pessoa: “Existem elementos musicais preciosos na educação; o ritmo desenvolve a atenção, a concentração, a determinação e o autocontrole; a melodia abre o mundo das emoções; as variações dinâmicas e tímbricas aguçam a audição; finalmente o canto favorece tantas actividades físicas que os seus efeitos na educação física são imensuráveis.” (Kodaly cit in Cruz, 1988). Página 28 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE Plano de ação Propostas de Atividades Objetivos Comemoração do Dia Mundial da Música - Desenvolver a criatividade e o sentido crítico da criança; Visita de estudo à Casa da Música - Proporcionar experiências diversificadas à criança; Construção do cenário de festas - Proporcionar às crianças serviços e práticas culturais; Elaboração de instrumentos musicais - Promover o respeito e o valor pela diversidade cultural; Ouvir música com vários estilos musicais e criar - Dar a conhecer o valor e a aplicabilidade das artes no processo de aprendizagem coreografias espontâneas ou planificadas e a sua importância no desenvolvimento das capacidades cognitivas e sociais; Visita de estudo à rádio Local - Fomentar e criar na sala de aula, áreas relacionadas com a música; Musicas Dia Pai/Mãe - Sensibilizar os alunos para a preservação do seu património cultural. Baile de Carnaval - Reconhecer a nossa identidade dando valor à nossa história, língua e herança Animação das Eucaristias pelos alunos do 1º e 2º cultural; ciclo Grupo Coral do Ext. Maria Droste (aberto à comunidade) - Desenvolver nos alunos o gosto pela música - Realizar trabalhos com a finalidade de criar uma consciência musical. - Realizar trabalhos alusivos a dias comemorativos. Concerto de Natal (Festa de Natal) - Desenvolvimento de atividades educativas, visitas de estudo e projetos de turma, Musical (festa de fim de ano) para além da sala de aula, que potenciem a aquisição de conhecimentos e Exposição de instrumentos musicais competências. CD Final do ano (Parábolas, musicas das - Valorizar e promover saberes de expressão e educação artística em regime de diferentes atividades, Eucaristias) mono docência coadjuvada. - Desenvolver nas crianças atitudes de auto estima, solidariedade, democraticidade e respeito pelos outros. Página 29 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE “A ARTE DE FAZER E EXPERIMENTAR” 2015/2016 Desde o início da Humanidade, a expressão plástica possui um papel importante no desenvolvimento da comunicação e na expressão do Homem. Pintar e decorar as paredes das cavernas merecia a mesma dedicação que a criação de ferramentas e utensílios de caça. Mas porquê? Porque é que os primeiros homens despendiam tempo e recursos numa atividade que nada tem a ver com a satisfação de necessidades básicas, como alimentação e segurança? A resposta está dentro de nós, na nossa necessidade de expressar o nosso ponto de vista, aquilo que é importante para nós e a realidade que nos rodeia de forma pessoal. Essa característica inata está presente quando uma criança desenha na areia com os seus dedos, ou quando está no banho e tenta desenhar com as gotas de água nas paredes da banheira. Pedagogos e peritos em educação defendem que a expressão criadora é própria da infância. Assim, a expressão plástica é um dos meios que a criança encontra de forma imediata para comunicar. “A procura pela criança de situações de prazer estético que se ligam ao fruir do prazer da criatividade materializada nas suas produções, no uso dos meios artísticos, na contemplação de algo que espontaneamente surge de si, das outras crianças, independentemente de modelos ou avaliações de adulto, mas com o aval do adulto próximo, do educador, é um passo importante logo aí para o futuro” (Sousa, et al., 2000). Neste sentido, a expressão plástica possibilita diversas atividades que ampliam o prazer e desenvolvimento estético. A pintura, o desenho, a modelagem e a colagem são atividades comuns na escola. Página 30 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE O acesso a vários materiais e técnicas de expressão plástica possibilita a exploração e descoberta em novas produções, que vão enriquecer o universo das artes visuais junto das crianças. No entanto, a utilização destas atividades não deve ser vulgarizada, com a utilização exclusiva de ocupação sem sentido educativo. É a partir da manipulação e exploração dos materiais e consequentes descobertas sensoriais que a criança desenvolve formas pessoais de expressão do seu mundo interior bem como a sua representação da realidade. A exploração livre dos meios de expressão gráfica e plástica não contribui apenas para o desenvolvimento da imaginação e criatividade das crianças, mas também permite o aperfeiçoamento da destreza manual e a descoberta e organização progressiva das formas e dos volumes. O professor deve proporcionar materiais e técnicas variadas escolhidas criteriosamente pela sua qualidade e amplitude de utilização. Tintas, pastéis, carvão, grafite, papéis de várias formas e gramagem, pincéis de diferentes tamanhos, massas de modelagem variadas, entre outros, devem fazer parte do espólio plástico de uma escola. Depois, temos todo o material que considere propiciador de produções tridimensionais, não necessariamente oneroso, com grandes potencialidades, como o de desperdício. Se cingirmos unicamente os aspetos de exploração e descoberta de novas possibilidades aos materiais e técnicas, incorremos, em nossa opinião, numa visão redutora da importância da expressão plástica. A necessidade natural que a criança tem de exprimir e de comunicar sensações corporais, sentimentos de alegria, tristeza e serenidade, desejos, ideias, curiosidade e experiências, um conjunto de factos emotivos, impõe que o educador a ajude a exprimir-se pela pintura, pelo desenho, pelos trabalhos manuais ou por qualquer outra expressão. Página 31 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE Desse modo, as atividades de expressão plástica a desenvolver na escola devem atender a duas formas de ação: uma, relacionada com atividades de ordem funcional (desenhar, pintar, cortar, rasgar, modelar) de forma livre e ou orientada. E outra, relacionada com atividades de aproximação á arte: apreciação de obras de arte, aplicação de técnicas relacionas com as mesmas e criação a partir das mesmas. Do mesmo modo que se desenvolvem atividades de expressão plástica que permitem a exploração ou catarse expressiva (Godinho e Brito, 2010:15) as atividades devem também servir outros propósitos, nomeadamente, relacionados com a ampliação das possibilidades imagéticas com o processo de olhar e o ver, o diálogo sobre a obra/objeto e o fazer plástico (ME, 2010). É que o contacto com diversas formas de manifestações artísticas no campo das artes visuais permite enriquecer e ampliar o conhecimento do mundo, levando a criança a desenvolver o sentido estético (op.cit, 2010). Em simultâneo com o desenho e com a pintura, a criança pode modelar, rasgar, recortar e colar, com diversos materiais. Também, através da modelagem, a criança exercita os seus próprios dedos e desenvolve o seu sentido de volume e de espaço. A perceção táctil dos materiais, (areia, barro, argila, plasticina, tecidos, lixa, cartão, papel, etc.), permite à criança descobrir através do uso das mãos, (apalpar, tocar, agarrar, modelar), a forma e a textura. Alguns autores garantem que a utilização de diferentes matérias são, acima de tudo, um estímulo para a criança. A criança começa assim a descobrir diferentes aplicações para os materiais. Através destas técnicas que lhe conferem uma maior coordenação psicomotora, que consiste em que esta faça com as mãos o que a mente concebe e imagina, permite-lhe ainda, adquirir uma perceção visual mais nítida das formas e imagens. A criança toma posse do conhecimento mediante a sua representação. Seja, no início, por meio de rabiscos até um esquema corporal mais elaborado, cada desenho da criança reflete um estágio de desenvolvimento. E se o Página 32 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE desenho revela um estágio do desenvolvimento da criança, o mesmo pode ser dito em relação ao progresso do desenho propriamente dito, pois mediante o crescimento dela, o seu desenho também evolui a olhos vistos. Se, a princípio, a criança apenas experimenta muito mais do que expressa (por volta dos 18 aos 24 meses), o mesmo não acontece à medida que cresce, pois o desenho ganha um outro aspeto, ou seja, o de não só representar o que para ela significa o real, ao mesmo tempo em que se transforma num jogo. O desenho representa, em parte, a mente consciente da criança, mas também é uma forma interessante de fazer uma conexão com o inconsciente. Portanto essa manifestação da criança está repleta de simbolismo e mensagens. Se, antigamente, o desenho não tinha qualquer relevância, ou seja, era visto como uma linguagem num sentido mais restrito, atualmente, por meio de pesquisas na área, percebe-se que procurar entender o grafismo infantil é uma forma de entender a própria criança e a sua vertente emocional. Ao analisar o grafismo infantil, o profissional da área passa a compreender melhor a criança, a sua vida, o seu grupo social e, principalmente, o seu emocional. Portanto, ao refletir sobre a importância do desenho, o seu desenvolvimento e a sua interpretação, cabe pensar que a criança é um ser completo e ao tomar posse do papel, ela mostra-nos a sua realidade e o produto dessa realidade que está repleto de sentimentos. A Expressão Plástica é essencialmente uma atitude pedagógica diferente, não centrada na produção de obras de arte, mas da criança, no desenvolvimento das suas capacidades e na satisfação das suas capacidades. As artes plásticas ao serviço da criança e não esta ao serviço das artes plásticas. O seu principal objetivo é a expressão das emoções e sentimento, através da criação com materiais plásticos. Não se pretende a produção Página 33 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE de obras de arte, nem a formação de artistas, mas apenas a satisfação das necessidades de expressão e de criação da criança. (Sousa, 2003) Barbosa (2002) afirma que a arte na educação como expressão pessoal e como cultura é um importante instrumento para a identificação cultural e o desenvolvimento individual. Por meio da Arte é possível desenvolver a perceção, a imaginação, a criatividade, a capacidade crítica, permitindo ao indivíduo apreender, analisar e mudar a realidade. Em suma, a expressão plástica é fundamental para o completo desenvolvimento da criança e deve ser uma presença constante na sua vida. Página 34 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE Plano de Ação Propostas de Atividades Objetivos Ateliês de manualidades (aberto à - Desenvolver a Expressão e a Comunicação através de linguagens múltiplas, Comunidade) Pintura a como meios de relação, de informação, de sensibilização estética e de “Duas mãos” (dia pai/Mãe) - Exposição de caricatura, pintura, fotografia, escultura, “Tela de Honra”. Desenvolver nas crianças atitudes de auto estima, solidariedade, democraticidade e respeito pelos outros. - Reconhecer a educação artística como contributo de uma melhoria da aprendizagem. Convidar para compreensão do mundo. artistas fazer plásticos workshops locais de artes plásticas. - Desenvolver capacidades de observação, crítica construtiva e escuta; - Desenvolver a criatividade e o sentido estético nas crianças. - Promover a arte como fio condutor de transmissão cultural. Ilustrar contos e lendas. - Desenvolver a criatividade e o sentido crítico da criança Visitar galerias de arte e museus. - Fomentar e criar na sala de aula, áreas relacionadas com a expressão plástica; Visita de estudo final de ano: CCB. Construção do cenário de festas Pintar os espaços exteriores do externato Realização de atividades plásticas Página 35 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE “A ARTE DE CRIAR E RECRIAR” 2016/2017 A sociedade compreende a necessidade das pessoas utilizarem a criatividade como forma de solucionar os desafios que se lhes apresentam e, é manifestamente notório, que estas soluções enriquecem a humanidade. A criatividade, a representação e a partilha das nossas experiências com os outros, parece ser uma característica humana fundamental que existiu ao longo de toda a história e em todas as comunidades. Nascemos com a necessidade de partilhar e compreender as ideias, pensamentos e sentimentos e a partir desta necessidade desenvolvemos as representações da nossa cultura (Duffy, 2004). A expressão dramática é uma das atividades que corresponde à criação artística na criança. As vivências e a ação são os fatores que fazem com que esta expressão seja tanto do seu gosto e, de acordo com Martins (2009:1): “ (…) Esta expressão da criança tem origem na utilização livre de cinco elementos: o corpo, a voz, os objetos, o espaço e a linguagem. O jogo e o brincar da criança estão intimamente ligados ao faz-de-conta, ao jogo simbólico e ao jogo de papéis, à sua exploração induzida pela dinâmica da espontaneidade e da improvisação”. A expressão dramática deve ser encarada como uma atividade lúdico-expressiva, tornando-se num elemento que não só desenvolve competências próprias de cada criança: de perceção, expressão e comunicação; como também promove a construção de novas ideias e posições pessoais sobre o mundo (Martins, 2002; Kowalsky, 2009). Para alguns autores, a expressão dramática é, com efeito, a expressão que mais intimamente está ligada à concretização de experiências imaginativas e criativas, uma vez que é a atividade que melhor coordena todas Página 36 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE as outras formas de educação pela arte e que deverá ser a prática principal na criança (Read, 1949, cit., Sousa, 2003). Read, um dos críticos de arte mais conceituados a nível internacional, chega mesmo a considerar o jogo dramático como “um dos melhores métodos educativos” (Sousa, 2003:20). De acordo com Aguilar (2001:19) “As atividades de expressão e comunicação dramáticas têm conhecido um desenvolvimento gradual autónomo, intrínseco, que as tornam decisivas ao conhecimento, à revelação e ao desenvolvimento da pessoa”, levando não só ao desenvolvimento do indivíduo enquanto pessoa, mas simultaneamente a um maior conhecimento de si próprio e do que o rodeia. O jogo dramático tem vindo assim a demonstrar ser uma necessidade intrínseca que o Homem possui desde os tempos mais remotos, sendo através deste que se desenvolvem inúmeras competências. Sousa (2003:17) vem referir-nos que “O jogo de faz-de-conta, de fantasia, de imaginação, de desempenhar mentalmente papéis fictícios, existirá certamente desde que existem crianças”, o que o torna numa atividade privilegiada de aprendizagem ativa, de interação, de comunicação e de cooperação. “Fazer de conta e representar papéis tendem a ser atividade francamente sociais, e parecem ter um efeito positivo no desenvolvimento social e de linguagem das crianças” (Hohmann & Weikart, 2011:494). Parece clara a importância do desenvolvimento de atividades de expressão dramática, como forma de promover a cooperação e a interação entre as crianças. As atividades de Expressão Dramática “ implicam a cooperação de todos os membros, unindo as suas ações para conseguirem um fim comum” (Sousa, 2003, p.33). Assim, a expressão dramática apresenta-se como uma área de conteúdo de extrema importância, a qual deverá ser implementada no quotidiano escolar de forma a proporcionar oportunidades para o desenvolvimento Página 37 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE integral das capacidades das crianças, assim como a melhoria da interação social e enriquecimento cultural das mesmas. “A expressão dramática é um meio de descoberta de si e do outro, de afirmação de si próprio na relação com o(s) outro(s) que corresponde a uma forma de se apropriar de situações sociais. Na interação com outra ou outras crianças, (…) os diferentes parceiros tomam consciência das suas reações, do seu poder sobre a realidade, criando situações de comunicação verbal e não-verbal.” (Ministério da Educação, 1997:59) A Expressão Dramática/Teatro contribui para o desenvolvimento das competências gerais, a serem gradualmente apreendidas ao longo da educação básica, na medida em que, em todas as atividades próprias desta área, se procura promover na criança hábitos e oportunidades de questionar a realidade a partir de improvisações, tendo como suporte as vivências pessoais, a observação e interpretação do mundo e os conhecimentos do grupo; utilizar a linguagem corporal e vocal para expressar sentimentos e ideias; utilizar saberes tecnológicos ligados à luz, som, imagem e formas plásticas como produtores de sinais enriquecedores da linguagem teatral; explorar a dimensão da palavra enquanto elemento fundamental da teatralidade na sua vertente escrita, lida, dita, falada e cantada; Enriquecer o uso da palavra pelo desenvolvimento dos aspetos ligados à dicção, sonoridade, ritmo, intenção e interpretação; estimular a reflexão individual e coletiva, escrita e oral, como forma de desenvolvimento de um discurso próprio; valorizar a compreensão de línguas estrangeiras como um veículo de acesso à informação, nomeadamente nos suportes informáticos e novas tecnologias multimédia, à comunicação entre pessoas de culturas e origens diferentes e, mesmo, como elemento enriquecedor da representação e do jogo dramático; estimular a autonomia de pesquisa geradora de formas e exercícios teatrais; adequar as metodologias e as técnicas à dinâmica do grupo de trabalho; estimular a reflexão Página 38 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE coletiva sobre o trabalho em curso; estimular a diversificação das fontes de pesquisa; estimular a adaptação a diferentes grupos de trabalho; incentivar a pesquisa e a seleção do material adequado para a construção de personagens, cenas e projetos teatrais; ser capaz de tomar decisões rápidas e adequadas ao contexto artístico em causa, em situação performativa; analisar as situações dramáticas em jogo e ser capaz de antecipar os efeitos do seu desenvolvimento, com vista a uma resolução criativa do problema; Desenvolver a espontaneidade e a criatividade dramática individual; Incentivar a responsabilização individual no seio do grupo, e do grupo no grupo alargado; dividir um projeto de trabalho em tarefas a desenvolver por pequenos grupos (cenários, figurinos, produção, som, luz e interpretação);trabalhar a dinâmica de grupo a partir da ação simultânea, em grupo alargado, em pequeno grupo e a pares; desenvolver a postura, flexibilidade e mobilidade corporal; desenvolver a consciencialização e o domínio respiratório e vocal; promover o respeito pelas regras estabelecidas e adequadas a cada atividade; estimular o respeito pela diversidade cultural. Nas atividades dramáticas as crianças deverão desenvolver uma série de competências, físicas, pessoais, relacionais, cognitivas, técnicas, de forma que possam expressar-se criativamente, improvisando e interpretando pela forma dramática. No processo de aprendizagem as crianças devem desenvolver continuamente a utilização do corpo, voz e imaginação enquanto veículos de expressão e comunicação. Procura-se desenvolver competências individuais alicerçadas e sustentadas no seio do desenvolvimento do grupo, através de atividades de exploração dos instrumentos expressivos: corpo, voz, espaço; exploração temática pela improvisação; criação de dramatizações; pesquisa ativa e criativa baseada na interação com pessoas, espaços, vivências diferenciadas que permitam o aprofundamento da criação dramática; pesquisa documental (bibliográfica, videográfica, sonora...) que estimule o crescimento criativo; exploração das Página 39 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE potencialidades interdisciplinares na criação de um projeto dramático; alargamento de referências através da assistência a espetáculos; concretização de projetos com público; promoção e participação em iniciativas de intercâmbio de experiências, tais como mostras, encontros ou festivais de teatro com e para jovens. Para as crianças, “o jogo é a realização, é assunto sério, é um exercício físico e psíquico interligado com o movimento e o divertimento, que são a essência da sua vida” (Martins, 2002:234). Elas precisam de representar as suas experiências, sentimentos e ideias, e o jogo ocupa um papel muito importante nesta sua necessidade. Para além do jogo expressar o modo como as crianças veem o mundo e o que este lhes provoca, Vigotsky (2000) afirma que é a partir dele que partem todos os aspetos ligados à atividade criadora nas crianças. Ao existir um paralelismo entre criatividade e arte nas crianças, devem ser-lhes dados estímulos para que haja criação artística, com o jogo a representar o tronco comum de todas as atividades artísticas. No entanto, como refere Read (2007:269): […] o jogo deve ser conduzido corretamente, com objetivos, para que a sua função não se cinja ao brincar na aprendizagem e sim, aprender através do brincar. Segundo Kowalsky (2009) é necessário que se criem ambientes propícios para que o jogo, integrado nas diversas linguagens artísticas, aconteça. Este ambiente deve proporcionar a expressão criativa e, também, a fruição. A intencionalidade e consciência pedagógica que o educador deve possuir quando promove uma educação onde as diversas linguagens artísticas se revelem, potenciam o desenvolvimento pessoal da criança Surge então, o entendimento que a educação artística proporciona o desenvolvimento da sensibilidade estética, o desenvolvimento cognitivo, emocional, social e cultural, tornando-a numa dimensão pedagógica importante e necessária para o desenvolvimento da criança. Página 40 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE Desta forma, podemos entender a educação artística, expressa de diferentes formas, como incentivadora de aprendizagens variadas, ricas, criativas e inovadoras que influem no modo de pensar e, consequentemente, no modo de agir e de ser, porque a educação artística hoje é uma educação para a vida (André, 2010:54). Página 41 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE Plano de ação Propostas de Atividades Objetivos Clube de Teatro (aberto à Comunidade) - Sensibilizar a comunidade educativa para a expressão dramática Teatro na escola - Promover o respeito e a valorização da diversidade cultural. Marionetas - Reconhecer a educação pela arte como fio condutor, que conduza ao Atuações dramáticas Dia Pai/Mãe. desenvolvimento de competências e aptidões. Contadores de Histórias. - Favorecer e promover o desenvolvimento da expressão dramática. Visitas de estudo a teatros Históricos: S. - Contribuir para uma igualdade de oportunidades que visa o sucesso João. educativo de todas as crianças. Interação com grupos de teatro locais. - Fomentar parcerias ativas e sustentáveis que levem à cooperação entre Dramatização de histórias/ lendas a escola e a comunidade em que estamos inseridos. Apresentar - Reconhecer a expressão dramática como forma de comunicação e e assistir representações teatrais a pequenas transmissão de sentimentos; - Desenvolver a expressão corporal como meio de comunicação verbal; - Conseguir uma progressiva adoção de posturas corporais e adaptá-las a um padrão social comum; Página 42 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE Projeto Pastoral de Escola 2014 - 2017 “Cuidemos do nosso coração, porque é de lá que sai o que é bom e ruim, o que constrói e destrói.” Papa Francisco Ano Letivo “Educação pela arte” “A arte de cuidar” 2014/2015 A arte de ouvir e escutar… Parábolas 2015/ 2016 A arte de fazer e experimentar… Iconografia religiosa 2016 / 2017 A arte de criar e recriar… A vida de Maria Droste Página 43 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE ENQUADRAMENTO DO PROJETO PASTORAL DE ESCOLA A escola deve ser um projeto de sociedade. Evangelizar é propor um determinado modo de pensar, agir e intervir em sociedade á maneira de Cristo. A escola católica deve ser um lugar de humanização, marcada por um projeto educativo próprio, integrado na comunidade cristã. O externato enquanto escola católica, está empenhado na construção do Homem novo; importa educar com profundidade, indo às raízes da nossa cultura, mas partindo sempre da pessoa. A Boa Nova deve ser proclamada pelo testemunho, daí sentirmos a necessidade de ter um corpo docente dotado de valores e de uma fé que vai além do que se vê. Numa sociedade em constante mudança há que valorizar os educadores, que formam os nossos alunos, pois eles são adultos de referência; são a presença pessoal, física e humana daquele que ensina. Se educarmos bem as pessoas nos valores, onde o que impera é a colaboração e não a competição, estamos a contribuir para os bons resultados dos alunos. Um bom resultado educativo pode passar por ajudar a formar valores. No nosso ponto de vista, enquanto escola católica, temos a obrigação de ser uma escola de qualidade e promover uma formação integral, pois se um aluno não é sério a estudar, prejudicará a sociedade. A Igreja é uma proposta inovadora; uma escola com propostas novas. A escola católica tem que encarar os novos desafios da sociedade e propor novas formas de enfrentar esses desafios. Onde existe uma crise de Página 44 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE valores, há também a exigência de mudança de paradigma pastoral, pois os que os nossos alunos procuram hoje não é o que procuravam no passado. Há que marcar a diferença, fruto desta necessidade de mudança. A originalidade da Escola católica pode passar por voltarmos à origem. Jesus foi original na simplicidade das coisas que faz “Deixai vir a mim as criancinhas.” Neste sentido, faz parte integrante da componente letiva de todos os alunos do externato a formação cristã através das histórias bíblicas a nível do ensino pré-escolar, da disciplina de religião moral e religiosa católica no primeiro e segundo ciclos. A vertente cristã é parte integrante do projeto educativo de escola, com um plano de ação próprio dinamizado de acordo com as temáticas do mesmo. A equipa pastoral existe integrada nas várias equipas de trabalho, porque a escola é uma equipa católica. CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROJETO PASTORAL DE ESCOLA 2014-2017 “A ARTE DE CUIDAR” “A Arte de cuidar” é um título bem oportuno e exigente e ao mesmo tempo, deverá ser um imperativo para toda a comunidade escolar. Este tema foi inspirado na homilia do Papa Francisco na Missa inaugural do seu Pontificado, a 19 de março de 2013: “Guardar a criação inteira… respeitar todas as criaturas de Deus e o ambiente onde vivemos. Guardar as pessoas, cuidar carinhosamente de todas e de cada uma delas, especialmente das crianças, dos idosos, daqueles que são os mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do nosso coração. Cuidar dos outos na família… Cuidar de nós mesmos… guardar com amor os dons que Deus nos concedeu”. Página 45 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE A palavra “Cuidar” revela imensa riqueza e fecundidade com múltiplas associações; “Cuidar a sério pressupõe crer, acreditar (no Homem, na gramática da Criação, na infinita Bondade do Criador” e depois há um percurso a fazer: começa com a atenção, o interessar-se pela realidade de forma genuína, continua com a capacidade de imaginar, cogitar sobre o outro e a sua situação, passa depois para o trabalhar, mobilizar para fazer convergir o que está disperso e termina no curar, no resolver, no reparar. E isto é arte para a qual é preciso acreditar. Objeto explícito do cuidar é a vida. Cuidar da vida no mundo de hoje, “mundo que é tudo menos um mundo resolvido”, onde o jogo está em aberto. Onde tudo se articula, nesta sociedade em rede: a economia, as finanças, a política, a democracia. Um mundo em aberto, um mundo que precisa do religioso para enfrentar o tema da sustentabilidade, definindo a Evangelização como nossa razão de Ser Nesse sentido continuamos a assumir-nos como uma escola inclusiva de todos e para todos. Cuidar é incluir os que estão fora. O cântico da vinha, no capítulo quinto de Isaías, mostra o cuidado extremo de Deus para connosco. Faz-nos irmãos e entrega-nos irmãos para que cuidemos mutuamente, e espera frutos de fraternidade e amor. O Papa Francisco critica a “cultura de exclusão”, que marginaliza as pessoas. Cuidar é uma arte que se aprende. Aprendemos de Deus, de Jesus, de Maria de Nazaré, dos modelos bíblicos, aprendemos uns dos outros. E aprender ocupa lugar, por isso objetivamos aprender e cuidar com arte durante o próximo triénio. Página 46 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE Plano de ação 2014/2015 Propostas de atividades Objetivos Musicar Parábolas: 1º Período: O Bom Pastor / O Semeador 2º Período: A ovelha perdida / O filho pródigo Despertar vivências sugeridas por estas parábolas: inclusão; cuidado; contacto 3º Período: A parábola dos talentos / O bom samaritano Eucaristias de início de ano, de Natal, de Páscoa e de encerramento de ano; Reconciliações Via-Sacra Retiro / Convívio Criar momentos de intimidade com Deus na vida da comunidade escolar Momentos Diários de oração: oração da manhã e tenda de Maria Página 47 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE Plano de ação 2015/2016 Propostas de atividades Objetivos Iconografia Religiosa 1º Período: Sagrada Família 2º Período: Ressurreição Aprender a cuidar da nossa família, segundo o modelo da família de Nazaré. Aprender a cuidar da vida: valorizar a própria vida, a vida do outro e a vida da Terra. Conhecer a origem e modelos de vida de alguns Santos. 3º Período: Santos Populares Eucaristias de início de ano, de Natal, de Páscoa e de encerramento de ano; Reconciliações Via-Sacra Momentos Diários de oração: Criar momentos de intimidade com Deus na vida da comunidade escolar oração da manhã e tenda de Maria Página 48 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE Plano de ação 2016/2017 Propostas de Atividades 2016/ 2017 A vida de Maria Droste - Dramatização Eucaristias de início de ano, de Natal, de Páscoa e Objetivos Conhecer a espiritualidade de Maria Droste, e sua dimensão carismática – o seu grande Amor a Deus, à Igreja e ao próximo. de encerramento de ano; Reconciliações Via-Sacra Momentos Diários de oração: oração da manhã e Criar momentos de intimidade com Deus na vida da comunidade escolar tenda de Maria Página 49 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE Objetivos e avaliação do pee O projeto educativo que entra em vigor no ano letivo 2014/2015 terá a constância de três anos letivos. O processo de avaliação é parte integrante do projeto educativo e deverá permitir uma dinâmica contínua ao nível do desenvolvimento e da criatividade subjacente. A avaliação do projeto educativo implicará três formas distintas, mas complementares: Avaliação inicial - em que será avaliada a intencionalidade do projeto, em termos globais, ou seja, a equipa pedagógica terá o papel de construir uma reflexão que terá por base indicadores como a pertinência (se o que se pretende levar a cabo se coaduna com a realidade e necessidades da instituição); a inovação (nível criativo das respostas e estratégias criadas para as necessidades da comunidade educativa). Avaliação anual - em que é apreciado o desempenho e os resultados ao nível das atividades e projetos, ou seja, a equipa pedagógica terá de refletir sobre o que foi levado a cabo durante o ano letivo, apoiando-se nos seguintes indicadores: conformidade (entre os objetivos e as ações realizadas); eficiência (na rentabilização de todos os recursos disponibilizados); pertinência (se o que se levou a cabo se coaduna com a realidade e necessidades da instituição); consistência (entre o que se perspetivava e o que se alcançou); eficácia (avaliar o enquadramento dos resultados com os recursos investidos). Ainda neste âmbito é importante contar com a opinião da comunidade educativa, pelo que será levado a cabo um inquérito, cujos itens têm como propósito enriquecer esta fase da avaliação. Página 50 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE Perguntas como, o projeto educativo é disponível a toda a comunidade educativa? É funcional, útil, prático para a comunidade educativa? Apresenta-se completo em temas, estratégias, necessidades, problemas e participação de todos os intervenientes da comunidade educativa? É benéfico para a comunidade escolar? Gestor de responsabilidades, tempo, recursos…? Inovador na criação de respostas e estratégias perante os problemas e necessidades da comunidade educativa? Atribuirão os inquiridos um carácter objetivo e enriquecido ao Projeto educativo? Avaliação final – serão tidos em consideração os objetivos e as concretizações dos três anos, ou seja, a equipa pedagógica realizará uma reflexão onde avaliará a evolução e concretização dos três anos, de acordo com os objetivos traçados inicialmente e, simultaneamente, pensará o que futuramente poderá ser melhorado. Página 51 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE Formas de divulgação O projeto educativo deve ser parte integrante da comunidade educativa, consequentemente, pretendemos torná-lo acessível a todos os agentes para que seja consultado sempre que for necessário. Inicialmente será construída uma brochura com base nos pressupostos deste projeto e que será entregue aos pais. Irão também ser divulgadas as iniciativas através de panfletos, do jornal do externato, etc. Através da página da Internet, o projeto educativo será colocado na plataforma weduc do externato, como meio de divulgação, que será atualizado no decorrer das iniciativas que o integram. Para além disso, estará sempre disponível um exemplar impresso para consulta de toda a comunidade escolar, na secretaria. O objetivo da divulgação do nosso projeto tem como principal fundamento a importância que atribuímos à integração e participação de toda a comunidade. Página 52 PROJETO EDUCATIVO _ EDUCAÇÃO PELA ARTE Bibliografia AGIRRE, I. (2005). Teorías y Prácticas en Educación Artística. Barcelona: OCTAEDRO/EUBUniversidad Pública de Navarra. Aguilar, L. (2001). Expressão e Educação Dramática. Guia Pedagógico para o 1.º Ciclo do Ensino Básico. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional. ANDRÉ. 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