2012 - Portway
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2012 - Portway
1 Relatório e Contas 2012 – portway - handling de portugal, s.a. ÍNDICE I. SÍNTESE DE INDICADORES II. ORGÃOS SOCIAIS III. RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 1. O MERCADO 2. VENDAS & MARKETING 3. RECURSOS HUMANOS 4. ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA 5. INFRA-ESTRUTURAS, EQUIPAMENTOS DE HANDLING 6. SISTEMAS DE GESTÃO (QUALIDADE E AMBIENTE) 7. OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES 8. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS 9. EVOLUÇÃO PREVISIVEL DA SOCIEDADE 10. CONSIDERAÇÕES FINAIS IV. RELATÓRIO DO GOVERNO SOCIETÁRIO V. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS VI. RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO E CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS VII. PARECER DO AUDITOR EXTERNO 2 3 I. SÍNTESE DE INDICADORES SÍNTESE DE INDICADORES 2011 2012 Financeiros Volume de Negócios EBITDA (1) EBIT (2) Margem Operacional Resultado Líquido Valor Acrescentado Bruto Activo Líquido Capital Próprio Rentabilidade do Activo (ROA) Rentabilidade do Capital Próprio (ROE) Investimento Autonomia Financeira Estrutura do Capital Próprio - Artº 35º CSC (3) (Euros) D% 12/11 (Euros) 58.320.091 5.037.332 2.883.479 5% 2.711.736 43.578.191 25.233.429 11.540.726 10,7% 23,5% 2.771.104 46% 68% 59.714.732 6.882.010 5.225.679 9% 3.750.042 44.911.943 29.521.739 15.290.768 12,7% 24,5% 1.236.963 52% 90% 2% 37% 81% +4 pp 38% 3% 17% 32% +2 pp +1 pp -55% +6 pp +22 pp 1.253 38.390.859 23.834 48.308 34.779 10.556 1.332 37.704.586 22.433 47.718 33.708 10.118 6% -2% -6% -1% -3% -4% 50.306 12.534.597 69.144 49.681 12.872.189 60.863 -1% 3% -12% Pessoal Trabalhadores no Activo (média FTE) (4) Custos com Pessoal - inclui trabalho temporário (5) Custos de Pessoal por trabalhador (6) Proveitos por trabalhador (apenas handling) Valor Acrescentado Bruto per capita Unidades de Tráfego por trabalhador Actividade (valores) Nº Voos Assistidos Nº Passageiros Assistidos (7) Nº Toneladas Movimentadas (1) EBITDA - Earning before interest, taxes, depreciations, amortizations (2) EBIT - Earning before interest, taxes (3) CSC - Código das Sociedades Comerciais (4) FTE - Full-time Equivalent (em 2011 e 2012, há a acrescer 436 e 432 trabalhadores temporários, respectivamente) (5) incluí Eur 8.526.611 e Eur 7.814.574, respectivamente, referente a custos de trabalho temporário em 2011 e 2012 (6) calculo não inclui custo trabalho temporário (7) incluí passageiros assistidos por outros handlers na área de passageiros (foram 547.064 e 553.466 em 2011 e 2012 respectivamente) Unidades de tráfego: Passageiros assistidos (embarcados e desembarcados) 100 Kgs de carga 4 5 II. ORGÃOS SOCIAIS Da esquerda para a direita: Dr. Frederico Rangel (Vogal Conselho de Administração) Dr. Luís Ribeiro (Vogal Conselho de Administração) Dr. António Ferreira de Lemos (Presidente Conselho de Administração) Dr. José Manuel Santos (Vogal Conselho de Administração) 6 ASSEMBLEIA-GERAL Francisco Sebastian Presidente Maria José Viegas Vice - Presidente CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO António Ferreira de Lemos Presidente Luís Ribeiro Administrador José Manuel Dias dos Santos Administrador Frederico Paias da Silva Torres Rangel Administrador FISCAL ÚNICO Pedro Roque & Carlos Teotónio, SROC, nº 125 (Representada por Pedro Nuno Ramos Roque, ROC nº 828) FISCAL ÚNICO SUPLENTE Jaime Matos, Castanheira Guilherme e Martins da Silva, SROC, nº 167 (Representada por Jaime Abrantes da Silva Matos, ROC nº 556) 1. Os Órgãos Sociais iniciaram o mandato em 24-09-2012 para o triénio 2011-2013, com exceção do Dr. Frederico Rangel em 17-03-2011. 2. A Dra Joana Oliveira Freitas exerceu as suas funções até 25 de Janeiro de 2012, tendo renunciado ao mandato de Administadora. O Eng. Carlos Nunes Odécio Madeira terminou o mandato por renúncia em 13 de Agosto de 2012 tendo sido substituído pelo Dr.António Ferreira de Lemos. Em Assembleia-Geral de Acionistas e por Deliberação Social Unânime por escrito de 24 de Setembro de 2012, procedeu-se à recomposição do Conselho de Administração, que passou a ter a seguinte composição: Presidente – Dr. António Ferreira de Lemos (Relações com o Acionista e Representação da Sociedade e Estratégia); Administrador – Dr. Luís Ribeiro (Direção Financeira e Auditoria); Administrador – Dr. José Manuel Santos (Operações, Direções de Unidade de Handling, Engenharia e Manutenção, Marketing, Comercial, Recursos Humanos e Formação; Administrador – Dr. Frederico Rangel (Juridico e Contencioso, Qualidade e Ambiente, Safety/Security, Secretariado e Administrativa, tendo a tomada de posse ocorrido a 08-10-2012. 3. A Assembleia-geral da portway reuniu em 29/02/2012 para apreciar e aprovar o Relatório e Contas do Exercício 2011. 4. Durante o exercício o Conselho de Administração realizou 25 (vinte e cinco) reuniões ordinárias. 7 8 III. RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 2012 assistiu à consolidação da portway. Operacionalmente o ano foi caracterizado por menos aviões (1%), menos carga (12%), mais passageiros (3%). Tal resultado segue a tendência nacional nos aeroportos geridos pela ANA. Face ao contexto económico e social, nacional e internacional (particularmente EU), as operações das companhias aéreas, estagnaram ou reduziram, quer pela menor utilização de aviões, quer pela utilização de aviões de maior capacidade de passageiros (pax) e carga, o que originou maiores taxas de load factor. Assim, a procura da redução de custos forçou o aumento da capacidade disponível pela oferta, muitas vezes em sacrifício do pax (e.g. cancelamento da operação, redução das frequências semanais, ou mesmo outro horário de operação). Em alguns casos, particularmente onde as frotas das companhias aéreas não dispõem de mais do que um modelo, foi relativamente frequente assistir a situações de overbooking, facto impensável há pouco mais de um ou dois anos atrás, mas que reflecte também um aumento das desistências em viajar, já depois de adquiridos os respectivos bilhetes (nomeadamente low cost). Em termos numéricos, face a 2011, o resultado nacional da portway em 2012 foi o seguinte: a) Menos 625 voos (49681 voos). b) Menos 8281 toneladas de carga (60863 tons.) – não estando contabilizadas 9337 tons por camião avião. c) Mais 337592 passageiros (12.872.189 pax) De referir o número record de passageiros assistidos, cuja contribuição da situação de operador único em Faro ajudou a consolidar, embora tenha sido Lisboa a principal contribuidora para o aumento do número de passageiros. 9 Atendendo a que os preços do handling (turnaround) são normalmente cobrados pela tipologia de avião e serviços a ele prestados, sem relação directa com o número de passageiros transportados, é fácil de compreender que por aqui, operacional e comercialmente, não houve um ganho, mas simplesmente mais passageiros assistidos, excepto no que respeito às actividades conexas de handling (cobrança de excessos de bagagem, de 2ª ou mais malas, de alocação de lugares ou embarque prioritário, ou mesmo de vendas de bilhetes), em que há uma relação directa entre o maior número de pax e o aumento da receita. Mas na verdade, como mais à frente se verificará, apesar de os principais indicadores operacionais estarem estáveis ou com ligeira quebra, foi possível melhorar significativamente os resultados económico e financeiro, ainda que também à custa de algumas receitas extraordinárias, melhor explicadas no capítulo financeiro deste Relatório. Na verdade, apesar de o volume de negócios ter crescido apenas 2%, o resultado líquido de 2012 cresceu 38% face a 2011, situando-se em 3,750 milhões de euros. A rentabilidade do capital próprio (ROE) aumentou um ponto percentual tendo atingido 24,5%, enquanto o valor acrescentado bruto (VAB) aumentou 3%. A portway continuou a beneficiar directamente da redução e suspensão de várias componentes salariais (redução de salários, congelamento das linhas de carreiras, de promoções), por se encontrar ao abrigo das regras excepcionalmente aplicadas às empresas pertencentes ou abrangidas pelo denominado Sector Empresarial do Estado (SEE). Para além disso beneficiou ainda da melhoria das condições de remuneração do factor trabalho, de que é exemplo a redução do valor hora do trabalho suplementar e do desaparecimento dos descansos compensatórios em várias situações, face às alterações legislativas que se aplicaram em 2012. 10 Esta sensação de bom resultado económico deve ser moderada por isso mesmo. Em breve, face à aquisição da empresa mãe ANA – Aeroportos de Portugal, S.A., pelo grupo francês VINCI, e a entrada no mercado privado, é consequência legal a perda automática de alguns dos “privilégios salariais legais” que tem beneficiado, e que obrigam a um controle das emoções pelos resultados obtidos. A manutenção da situação de Faro, em que continua como operador único nos últimos 2 anos, tem trazido, pelo menos ao nível financeiro, algum conforto, sendo no entanto desejável, a vários níveis, o rápido regresso de um 2º operador, o que se espera que venha a ocorrer rapidamente, com o anúncio da decisão do vencedor dos respectivos concursos internacionais (também Lisboa e Porto), por parte do Instituto Nacional de Aviação Civil. De referir, que na componente de pessoal/Recursos Humanos, muitas vezes não visível nos documentos oficiais, apesar do aumento generalizado de preços, há uma redução dos proveitos por trabalhador (1%) – por si só não preocupante (e.g. maior peso das empresas de low cost com menor preço por turnaround face a menor número de serviços), mas também de menos 3% no valor acrescentado bruto per capita (de 34779 para 33708 euros), de menos 4% nas Unidades de Tráfego por trabalhador (de 10556 para 10118), ou mesmo de menos 6% na produtividade (placa e passageiros, - 4% sem trabalho suplementar dos trabalhadores temporários), ou de menos 12% na produtividade da carga, em condições e critérios melhor descritos na parte dos Recursos Humanos. O efectivo médio de trabalhadores no activo aumentou 6%. A isto há a juntar aumento do número de acidentes de trabalho e do próprio absentismo, ainda que se tenha assistido a uma redução do número de horas de trabalho suplementar. Nesse sentido, e face aos dois grandes momentos de intervenção nos números de pessoal nas áreas operacionais – Inverno e Verão Iata, foram tomadas medidas no último trimestre de 2012 que se espera que venham a 11 produzir resultados - não necessariamente uniformes em todas as escalas, durante o 1º semestre de 2013 (fim do Inverno e Início do Verão). Ao nível das Unidades de Handling, os resultados operacionais foram os seguintes: a) Lisboa 12624 voos (mais 398 voos). 37419 tons. (menos 3485 tons). 3.022.226 pax (mais 235.278 pax) b) Porto 13705 voos (menos 326 voos). 19837 tons. (menos 3619 tons). 3.567.207 pax (mais 97.010 pax) c) Faro 20412 voos (menos 573 voos). 170 tons. (menos 5 tons). 4.967.972 pax (mais 41.292 pax) d) Funchal 2924 voos (menos 138 voos). 3437 tons. (menos 1142 tons). 757.569 pax (menos 46139 pax) e) Beja (*) 15 voos 0 tons 1749pax (*) números de 2011 considerados na DUH/LIS 12 De referir, que em Abril de 2012, a Easyjet consolidou a sua operação em Lisboa, com a abertura de uma base. Esta decisão foi acompanhada pela mudança integral da sua operação (apenas partidas), para o Terminal 2. Este facto veio a causar uma divisão da operação da portway, com a transferência de staff, equipamento e espaços para o T2, com consequente aumento de custos em staff (mais pessoas e mais horas de trabalho), combustível (equipamentos de placa) e ocupação de espaços (e.g. ticketing desk e novas instalações do Departamento de Operações). A portway manteve a sua certificação ambiental pela norma NP ISSO 144001:2004, assim como a certificação em Sistema de Qualidade, pela norma ISSO 9001:2008. Pelo nono ano consecutivo, a portway ganhou o prémio de Melhor Agente de Handling de Carga Aérea, atribuído pela Revista “Transportes e Negócios”, após votação dos profissionais do sector. Em 2012, já depois de uma sentença inicial positiva, a portway viu reconhecido pelo Tribunal da Relação de Lisboa, a não aplicação dos aumentos salariais em 2010, cujo respectivo Acórdão já transitou em julgado. Em conclusão, apesar de ter sido um ano e exercício com resultados económicos e financeiros bons, alguns indicadores, sobretudo na área das Operações/Recursos Humanos, mas também ligados ao regime legal e temporário de excepção laboral positivo para a empresa, obrigam a uma especial cautela e moderação, para a análise do ano e como preparação para o exercício de 2013. 13 1.O MERCADO No ano de 2012, a indústria aeronáutica registou, de acordo com a IATA (Associação Internacional do Transporte Aéreo) um aumento de 5,3% de passageiros, e uma queda de 1,5% nas toneladas de carga movimentadas, quando comparado com os registos de 2011. O aumento de 5,3% de passageiros foi ligeiramente inferior que em 2011 (5,9%). A queda de 1,5% no transporte aéreo de carga marcou o segundo ano consecutivo de declínio, após uma contracção de 0,6% em 2011. Estes registos estão naturalmente ligado à envolvente económica verificada em 2012. Como nota e porque a nossa indústria tem como principal valor a segurança, a IATA anunciou, que 2012 foi um ano excepcional para a segurança aérea. Em 30 Novembro de 2012, data das últimas estatísticas oficiais da IATA, houve um acidente para cada 5,3 milhões de voos comerciais, batendo todos os recordes quando comparados com os registos dos anos anteriores. Nos Aeroportos Portugueses (excluindo o Aeroporto do Funchal) e seguindo a tendência do mercado Europeu, registaram-se em 2012, de acordo com a ANA (Aeroportos de Portugal) e quando comparado com 2011, menos voos (1,2%), mais passageiros (1,9%), e menos carga (4,2%). No Aeroporto do Funchal os números reflectem menos 6,2% em voos, menos 4,6% passageiros e menos 4,1% em carga. A portway encerrou 2012 em consonância com a tendência do mercado Europeu e dos aeroportos nacionais. 14 Assim e analisando a tabela e quadro seguinte, a quota de mercado global manteve o registo de 2011, num valor global (dos quatro aeroportos onde a portway opera) de 38% da quota de mercado. Mercado Global Lisboa (LIS) 2011 PTW Voos QM Porto (OPO) 2012 OTHER PTW OTHER 2011 PTW OTHER Faro (FAO) 2012 PTW OTHER 2011 PTW 12.226 57.523 12.624 57.831 14.032 16.003 13.706 15.203 20.986 18% 82% 18% 82% 47% 53% 47% 53% 100% Funchal (FNC) 2012 2011 OTHER PTW OTHER 0 20.412 0 0% 100% 0% PTW OTHER 2012 Beja (BYJ) 2011 PTW OTHER PTW OTHER TOTAL 2012 2011 PTW OTHER 3.063 7.610 2.924 7.088 n/a n/a 15 0 29% n/a n/a 100% 0% 71% 29% 71% PTW OTHER 2012 PTW OTHER 50.306 80.449 49.681 79.428 38% 62% 38% 62% (fonte: estatística portway) Analisando a tabela e quadro seguinte, a quota de mercado livre (sem contabilizar a TAP e a SATA) registou uma evolução de 1%, quando comparado com 2011, num valor global (dos quatro aeroportos onde a portway opera) de 75% da quota de mercado livre. Este valor está naturalmente influenciado, pela quota de mercado em Faro de 100%. 15 Mercado Livre Lisboa (LIS) 2011 PTW Voos QM OTHER Porto (OPO) 2012 PTW OTHER 12.226 13.030 12.624 12.177 48% 52% 51% 49% 2011 PTW OTHER Faro (FAO) 2012 2011 PTW OTHER 14.032 3.451 13.706 3.181 80% 20% 81% 19% Funchal (FNC) 2012 2011 PTW OTHER PTW OTHER 20.986 0 20.412 0 100% 0% 100% 0% 2012 Beja (BYJ) 2011 PTW OTHER PTW OTHER PTW OTHER TOTAL 2012 PTW OTHER 3.063 1.477 2.924 1.617 n/a n/a 15 n/a 67% 33% n/a n/a 100% n/a 64% 36% 2011 PTW OTHER 2012 PTW 74% 26% 75% (fonte: estatística portway) A portway encerrou 2012 com uma redução, face a 2011, de um 1 % no número de voos assistidos (turnaround) num total de cerca de 50 mil voos. Fazendo uma análise por escala, podemos perceber que as escalas que contribuíram para este ligeiro aumento de voos, foi a escala de Lisboa com um aumento de 3% e a escala de Faro com um aumento de 4%. Porto e Funchal registaram uma quebra de voos de 2% e 5% respectivamente. Evolução de Voos/Turnarounds portway Lisboa Porto Faro Funchal Beja TOTAL 2011 2012 12.226 14.032 20.986 3.063 0 50.306 12.624 13.706 20.412 2.924 15 49.681 OTHER 50.306 17.958 49.681 16.975 16 25% Evolução Voos portway 50.000 45.000 40.000 35.000 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 Lisboa Porto Faro Funchal 2011 Beja TOTAL 2012 (fonte: estatística portway) Por outro lado, e contrariando à tendência de redução da variável anterior, 2012 registou um aumento de 6 % nos passageiros assistidos pela portway, um pouco menos de 13 milhões. Pode-se igualmente observar que o aumento dos passageiros assistidos ocorreu em todas as escalas, com excepção da escala do Funchal, que reduziu o número de passageiros em 5%, sendo que o Porto, apesar de ter registado menos voos, aumentou o número de passageiros assistidos em 3%. Evolução de Passageiros portway Lisboa Porto Faro Funchal Beja TOTAL 2011 2012 2.786.948 3.470.197 4.926.680 803.708 0 11.987.533 3.022.226 3.567.207 5.369.678 759.569 1.749 12.720.429 17 Evolução Passageiros portway 14.000.000 12.000.000 10.000.000 8.000.000 6.000.000 4.000.000 2.000.000 0 Lisboa Porto Faro 2011 Funchal Beja TOTAL 2012 (Fonte: estatística portway) Percebe-se que há semelhança dos valores registados ao nível Europeu e Nacional, o número de voos, quando comparado com 2011, reduziu, mas o número de passageiros voados aumentou. Para a correta análise destes números, importa perceber que com a conjuntura económica de 2012, as companhias aéreas e os passageiros, ajustaram o seu comportamento. Este ajuste, introduziu algumas alterações que se reflectiram na introdução de: Aeronaves maiores; Migração de passageiros da aviação privada e corporate para a aviação comercial; Aumento do load factor. 18 Outra área da nossa actividade que registou uma redução quando comparado com o ano de 2011 foi a carga aérea. A quota de mercado registou uma redução de 5%, quando comparado com 2011, num valor global (dos quatro aeroportos onde a portway opera) de 47% da quota de mercado. Quanto à carga movimentada, a redução foi mais acentuada, registando menos 12% na carga manuseada, num total de cerca 61 mil toneladas. Análise Mercado Carga 70.000 60.000 50.000 40.000 30.000 20.000 10.000 2011 2012 2011 Lisboa (LIS) 2012 Porto (OPO) 2011 2012 Faro (FAO) 2011 2012 Funchal (FNC) 2011 OTHER PTW PTW OTHER OTHER PTW PTW OTHER OTHER PTW OTHER PTW OTHER PTW OTHER PTW OTHER PTW OTHER PTW 0 2012 TOTAL (Fonte: estatística portway) Com esta redução e aumento de outro operador, a portway perdeu a liderança de mercado. Assim, o negócio da carga da portway, em 2012, caracterizou-se pela diminuição de 8282 toneladas manuseadas no total dos quatro aeroportos. Esta redução deveu-se fundamentalmente: 1. Diminuição da importação, resultado da presente conjuntura económica, em cerca de 30%; 19 2. Self handling da DHL no Aeroporto do Porto desde Abril de 2012 (responsável por 5329 toneladas em 2011 neste aeroporto, cerca de 62% do total de carga expresso manipulada); 3. Diminuição da capacidade de transporte de carga de, e para o Aeroporto do Funchal, em cerca de 25%; 4. Diminuição dos totais de carga expresso movimentada, devido ao impacto negativo da carga de importação expresso, em cerca de 24%. A carga de exportação, por outro lado, registou um aumento, quando comparado com 2011, de 2038 toneladas (8%). A carga em trânsito (contabilizada pela sua expressão, de forma autónoma pela 1ª vez) registou o total de 2399 toneladas. Evolução Carga portway Lisboa Porto Faro Funchal TOTAL 2011 2012 40.904 37.419 23.466 19.837 175 170 4.609 3.437 69.154 60.863 Carga portway 52% 70.000 47% 60.000 50.000 43% 41% 40.000 30.000 69% 57% 20.000 10.000 90% 78% 94% 70% 0 Lisboa Porto Faro 2011 Funchal TOTAL 2012 (Fonte: estatística portway) 20 De registar que em 2012 a acrescer ao valor das toneladas transportadas por avião, a carga por avião-camião manuseada em Lisboa e Porto foi de 9337 toneladas, representando no total de carga manipulada nestas duas unidades (LIS e OPO) cerca de 16%. O mercado do handling, em 2012, ficou marcado por um conjunto de factores que agora destacamos: A indefinição, do processo de atribuição, de uma segunda licença para exercer a actividade de assistência em escala no Aeroporto de Faro. A portway, fruto dessa indefinição, assistiu 100% do mercado de handling desse Aeroporto. Este facto originou um conjunto de investimentos, nomeadamente em equipamentos de assistência às aeronaves e na formação e contratação e de recursos humanos para actividades operacionais e actividades de apoio, aumentando o custo operacional nesta escala. A abertura de uma base operacional da Easyjet no Aeroporto de Lisboa, mais concretamente no terminal 2. Para responder de forma eficaz ao consequente aumento da operação e às condições do referido terminal, a portway desenvolveu um conjunto de alterações e medidas que se reflectiram na relação comercial com este cliente e nos diferentes modelos operacionais de prestação do serviço de assistência em escala. A alteração do modelo operacional da DHL que a partir de Abril de 2012 iniciou o self handling na sua operação. 21 Esta alteração implicou uma diminuição no número de voos mensais, assim como na redução das toneladas de carga manuseada na escala do Porto No aeroporto de Beja, a portway assistiu, em 2012, todas as operações (15 voos) deste aeroporto, tendo para tal disponibilizado todos os recursos necessários para a assistência em escala. Esta operação é gerida pela Direcção da Unidade de Lisboa, com deslocação de colaboradores a Beja para a prestação de serviços. Em Lisboa o início da operação da Fly Emirates cargo, que veio, pela grande e variada oferta de destinos, transformar radicalmente o mercado de carga. De realçar também o trânsito regular de mercadorias do Porto com embarque em Lisboa, retirando parte das mesmas ao canal de exportação estabelecido através de Espanha. Em 2013 espera-se que a carga de importação com destino ao Porto seja encaminhada através de Lisboa. 22 2. VENDAS & MARKETING A direcção comercial da portway, decorrente das duas grandes áreas de intervenção (Vendas & Marketing), desenvolveu, em 2012, um conjunto de actividades, devidamente alinhadas com a estratégia da portway. Nas vendas e marketing o enfoque esteve na retenção e na conquista de clientes visando, por um lado, a satisfação dos serviços que nos comprometemos a garantir e que vão de encontro às necessidades e objectivos de cada um dos nossos clientes, e por outro, rentabilidade na relação comercial. Estas acções, naturalmente, estão enquadradas num mercado, onde os recursos das diferentes organizações, são escassos e que deverão, por essa via, serem optimizados e rentabilizados. Estas limitações estiveram bem presentes nas diferentes negociações. O resultado final deste enquadramento, ainda assim, permitiu, que fossem celebrados um elevado número de contratos que, nos casos das renovações, se prolongaram, em muitos clientes, por períodos superiores aos contratos anteriores. A portway renovou contractos com: 23 Tendo assinado novos contractos com: A portway, com a exceção de um cliente que optou por Self Handling (DHL, Porto) conseguiu manter todos os seus clientes cujos vínculos se renovam. Como tem sido hábito, a equipa comercial da portway, em 2012, participou em três conferências (IATA em Praga, Carga em Paris e Ground handling em Milão). Nestas, participaram centenas de pessoas dos diversos ramos da indústria (Handlers, companhias aéreas, reguladores, etc.) onde o contacto comercial e a discussão de temas da Industria foram actividades principais. A portway aproveitou estes fóruns para reunir com os vários intervenientes da indústria tendo como intuito: Fortalecer a relação com os nossos clientes Conquistar novos clientes Estimular e incentivar as companhias áreas a operarem para Portugal Perceber as movimentações e tendências da Industria e dos diferentes mercados Na V Gala do Aeroporto de Lisboa, realizada no final de Fevereiro de 2012, e que consagrou as companhias aéreas e respectivos agentes de handling com melhor desempenho, a portway e os seus clientes, dos 7 prémios em disputa, ganharam 5: 1. Pontualidade – Swiss 2. Qualidade de Serviço – Turkish 3. Companhia de Passageiros – EasyJet 4. Crescimento de Passageiros – EasyJet 5. Ambiente – Turkish 24 O resultado representa também um trabalho muito próximo com os nossos clientes, desenvolvido diariamente em inúmeras áreas e raios de acção. Apesar da luta dispudissíma, pela 9ª vez consecutiva a portway, recebeu em 2012, o prémio de Melhor Agente de Handling de Carga, atribuído pela revista “Transportes e Negócios”. Este prémio é ainda mais valorizado pois é atribuído através da votação de empresas do sector, atestando desta forma a qualidade dos nossos serviços de carga. O marketing, tendo em conta as sucessivas alterações do meio envolvente, que se produzem a um ritmo cada vez mais acelerado, manteve uma abordagem e relação com os clientes orientada para as relações a longo prazo e suportadas em confiança. Esta filosofia vai no sentido de uma relação mais individualizada e personalizada e de aprendizagem com cada um dos nossos clientes, através de uma grande interactividade, que permite obter a informação necessária para 25 conseguir oferecer um serviço personalizado e ajustado às necessidades específicas de cada cliente. Em paralelo, o marketing, em 2012 desenvolveu um conjunto de acções centradas no cliente interno da nossa organização, com o objectivo de promover entre os nossos colaboradores os valores e objetivos da portway. Assim a portway, promoveu um conjunto de iniciativas, que se revelaram eficazes na persecução do acima indicado. Anúncios em publicações da especialidade Publicação de diversos anúncios em revistas e anuários de distribuição e visibilidade internacional, como: Airline Cargo Management; Air Cargo Yearbook; Airport Yearbook; Airline Yearbook. 26 Estivemos também presentes em publicações para revistas nacionais da especialidade. Nomeadamente na Turisver onde fizemos uma publicação na rubrica da aviação com distribuição na BTL (Feira Internacional do Turismo). Marcámos também presença no diretório anual da revista Take OFF e na revista Transportes & Negócios. 27 Em 2012, houve uma preocupação com a atualização e uniformização da imagem institucional da portway. Como reflexo, alterámos a imagem, em algumas das nossas instalações, em diferentes departamentos das diversas unidades de handling. Escala de Faro, reformulação da imagem gráfica dos três balcões de vendas Escala de Faro, alteração gráfica da sinalética existente no departamento de Carga 28 Escala Lisboa, Terminal 2, nova imagem gráfica da sanca do balcão de vendas Escala de Lisboa, novas instalações do departamento de OPS no Terminal 2 O departamento de Operações da portway (Lisboa) transitou de instalações para o Terminal 2; e foram trabalhadas a imagem e os conceitos, de forma a passar os valores da portway, centrados no trabalho de equipa, na confiança, transparência e qualidade de serviço de assistência em escala. 29 Formação Junto do departamento de formação, foi reformulada a imagem gráfica de apresentação de todos os manuais de formação, bem como no vestuário (polos) que os formadores usam quando estão a dar formação. Desta forma pretende-se criar uma rápida identificação à marca portway. 30 Protocolos Ao longo do ano e no âmbito do conceito de responsabilidade social da empresa a portway desenvolveu uma vasta rede de parcerias com diversas empresas/marcas. Estas parcerias entregam um vasto conjunto de benefícios, em inúmeras áreas, no sentido de facilitar e melhorar o bem-estar dos colaboradores. Responsabilidade Social No seguimento dos incêndios que devastaram a Madeira, a portway uniu-se ao pedido de auxílio, “Ajuda à Madeira”, numa campanha de angariação de fundos que envolveu donativos da companhia e dos colaboradores. 31 Patrocínios Apoiámos os nossos colaboradores na prática do desporto, seja dentro do contexto da empresa seja em modalidades que pratiquem fora do âmbito da portway. Foram vários os exemplos: Patrocínio da equipa de basquetebol de Machico, Funchal, onde a portway tem três colaboradores como jogadores. Patrocínio da equipa feminina de Voleibol do Dramático de Cascais, onde um dos treinadores é um colaborador da portway. 32 Patrocínio de uma festa convívio organizada pelos colaboradores da escala de Faro para todos os colaboradores, sob o tema “portway sunset party” Patrocínio da equipa de futebol da portway de Faro, no torneio de Futsal organizado pelo Clube ANA. 33 Patrocínio do jantar convívio do cliente Lufthansa Cargo, que decorreu em Lisboa, para comemoração da Oktoberfest, famoso festival alemão. Patrocínio da festa do 5º Aniversário do grupo TUI UK & Ireland que decorreu em Londres. A portway aderiu à campanha de solidariedade internacional Great Causes Big Hearts, promovida pelo nosso cliente Air Transat, para ajuda de Vilas de Crianças SOS. 34 Patrocínio do Seminário sobre Transporte Aéreo 2012 promovido pela revista Transportes & Negócios como aposta no sector. Relação com os clientes Durante a conferência Internacional de Ground Handling que decorreu em Milão a portway organizou um jantar convívio para os seus clientes. Um jantar cheio de tradição e comida típica milanesa. 35 Em 2012 o Lisbon Lounge registou um total de 50 mil passageiros e uma subida de 17% em relação a 2011. Este resultado ainda se torna mais revelante considerando o contexto económico difícil que atravessamos. A influenciar positivamente este aumento foi o contrato com a Air France e KLM (desde Setembro 2011) que contribui com 34% dos passageiros no Lisbon Lounge em 2012. O mesmo com a Priority Pass (32% do total dos passageiros do Lisbon lounge) e Airport Angel (8% do total de passageiros). Outro factor importante foram as vendas diretas no Lisbon Lounge (3% do total de passageiros) registando uma subida de 29% quando comparado com 2011. Do ponto de vista do resultado económico, 2012 foi um ano muito positivo para o Lisbon Lounge, cimentando e reforçando de forma significativa os resultados positivos de 2011. Depois de ouvidos os passageiros, estes destacam como pontos fortes do Lisbon Lounge, a tranquilidade da nossa sala, e o sentimento de estarem em casa num ambiente propício para relaxar, descansar e trabalhar. O jornal mensal interno, embarque de palavras, continuou a ser, em 2012, um veiculo de aproximação com os nossos colaboradores. Fê-lo divulgando e informando temas relevantes sobre a empresa, eventos, protocolos, entre outros. Foi também criada uma nova rubrica, palavras que voam, onde mensalmente os nossos colaboradores, participaram, escrevendo um tema da sua escolha. No campo da responsabilidade ambiental, e de forma a compensar as emissões de dióxido de carbono correspondente ao combustível consumido pelos seus equipamentos durante um ano a portway, manteve os vários protocolos com os municípios contíguos aos aeroportos e com a Quercus, prevendo a plantação de árvores. Assim em 2013, vão ser plantadas 928 árvores nos municípios que circundam os respetivos aeroportos, bem como em espaços destinados pela Quercus. 36 3. RECURSOS HUMANOS Em 2012, a gestão de Recursos Humanos na portway continuou a ser marcada pela quantidade e complexidade dos vários desafios com que a empresa e os sectores aeroportuários, em geral, e o da Assistência em Escala, em particular, foram confrontados. Assim, o ano de 2012 ficará marcado na história da empresa como um período de especiais desafios na gestão deste capítulo, considerando fundamentalmente duas circunstâncias essenciais: - A complexidade do contexto socioeconómico do país e da Europa com influência directa e inevitável na motivação, desempenho e gestão das equipas - O cenário de incerteza e imprevisibilidade associado à opção estratégica de privatização do grupo ANA, no qual se integra. As referidas circunstâncias tiveram uma influência directa e inevitável na gestão do Capital Humano, sobretudo numa organização caracterizada pelo forte pendor da mão-de-obra/ prestação de serviços (mais de 95% dos colaboradores são operacionais) e dispersa geograficamente em quatro unidades/estabelecimentos. Refira-se ainda que a estes factores se devem somar as medidas em vigor, particularmente, desde o exercício de 2011, decorrentes do disposto nas mais recentes Leis do Orçamento de Estado para as empresas do Sector Empresarial do Estado e das quais resultou a impossibilidade de actualização salarial, a realização de cortes salariais, o congelamento das linhas de carreira e progressões, a supressão do pagamento dos Subsídio de Férias e do Natal e a diminuição da retribuição do trabalho suplementar. 37 Em conjunto estes factores, de natureza económico-social, assumiu particular destaque e marcou o ritmo da gestão, a manutenção do exclusivo da actividade de assistência em escala na Unidade de Handling de Faro atento o encerramento/suspensão da actividade do outro operador de handling no início de 2011. O reconhecimento destas circunstâncias reforçou a importância da prossecução de uma estratégia de forte aposta no Activo Humano da portway, que assumiu, por isso, uma particular enfase em 2012 e se traduziu num esforço suplementar pela contínua qualificação dos seus recursos, do ponto de vista técnico e comportamental, procurando assegurar os patamares de Qualidade alcançados no passado e que constituem um factor distintivo da empresa. A este aspecto foi associado o reforço de intervenção de cariz social, nomeadamente pela associação a programas já existentes no grupo ANA, visando promover o bem-estar e a preservação da qualidade de vida dos trabalhadores num contexto de fortes constrangimentos económicos. Por fim, continuou a merecer especial relevância o facto de a portway ter reforçado o seu nível de recurso ao trabalho temporário no aeroporto de Faro, sobretudo quando comparado com os níveis anteriores. De facto, e desde que a operadora SpdH - Groundforce deixou de actuar naquele aeroporto, que a portway se preparou para a resolução da questão do exercício da actividade em regime temporário de operador único, e para que esta situação fosse resolvida no espaço estimado de um ano, o que na realidade não veio a acontecer. Esta situação não só se manteve em 2012 como aparentemente se irá manter em 2013, uma vez que continua por divulgar por parte do regulador, o resultado do concurso no referido aeroporto. Esta escala – Faro – foi assim prejudicada, não apenas pelo factor sazonalidade que lhe é característico, como também pelo factor indefinição relativamente à situação do mercado nomeadamente ao cumprimento de disposições legais de natureza laboral relacionadas com a duração máxima dos vínculos dos trabalhadores temporários (24 meses), uma vez que a operação anual 38 não será exequível mesmo com recurso a todos os efectivos da portway a tempo inteiro, durante um ano, mantendo-se a indispensabilidade dos vínculos precários. Neste contexto, face a 2011, deve assinalar-se uma visível quebra dos níveis de Produtividade Operacional (redução de 6% considerando áreas operacionais da placa e passageiros e sem o trabalho suplementar dos temporários, ou redução de cerca de 4% contabilizando o Trabalho suplementar dos trabalhadores temporários). Reunião mensal Operacional A portway continuou a apostar em distinguir-se pela qualidade e know-how dos seus recursos, dotando-os de competências capazes de promover a mais-valia da organização e a enfrentar os desafios da inovação associados à actividade da Assistência em Escala. 39 Esta preocupação principal foi acompanhada de um conjunto de iniciativas destinadas a contribuir para a preservação da qualidade de vida e do bem-estar dos seus colaboradores, numa lógica de promoção do equilíbrio entre a vida profissional e a vida familiar. Assim, destacar-se-iam os seguintes aspectos: a) Formação contínua: a empresa continuou a apostar na contínua qualificação dos recursos humanos, dotando-os do know-how e das ferramentas necessárias para poder fazer face à crise de mercado e à forte concorrência do sector, garantindo o emprego; registaram-se as 95220 horas de formação ministradas em 2012 a cerca de 4416 formandos, num universo diversificado de programas e conteúdos. Particular destaque merece em 2012 a concretização de um conjunto de acções de formação na área comportamental, orientado ao desenvolvimento das competências de liderança de todas as chefias orgânicas da empresa, já no final do ano. Esta acção envolveu 150 participantes dos diferentes estabelecimentos da empresa, organizados em 5 sessões e foi acompanhado de um diagnóstico personalizado e confidencial do perfil de cada um dos participantes (Relatório DISC elaborado a partir de inquérito individual respondido online) do qual resultou uma análise por unidade operacional do perfil dos respectivos trabalhadores; b) Sustentação da Qualidade do Serviço: a portway assegurou a manutenção do padrão de qualidade dos seus serviços, que constitui a sua “imagem de marca” assegurando, e até aumentando, o seu leque de clientes de serviços; c) Responsabilidade Social - Protocolos e outros Apoios Sociais: numa lógica de gestão concertada com a gestão de Recursos Humanos do grupo ANA, em 2012 a portway associou-se a algumas das iniciativas já vigentes, que visaram principalmente promover a qualidade de vida dos seus trabalhadores e respectivas famílias. Assim, são de referir, a 40 celebração de protocolos com um grupo de farmácias (desconto e possibilidade de entrega no local de trabalho), com estabelecimentos de ensino nas imediações dos aeroportos (Externato Champagnat, S. Miguel Arcanjo e Daniel Brottier), com a entidade fornecedora de refeições no refeitório do ALS (Aeroporto de Lisboa), com a gasolineira BP, com o BES através da possibilidade de pagamento do Subsídio de Refeição através do Cartão BES A La Card, com a CP, com ginásios, academias desportivas e campos de férias para os filhos dos colaboradores. Implementou ainda um conjunto de apoios e benefícios ao nascimento (Bebés a Bordo) e aos diferentes níveis de ensino, desde o pré-escolar ao universitário (Palmo e Meio, Cresce Contigo, Quadro de Honra e Doutores portway). Manteve também um Seguro de Saúde de grupo para os seus trabalhadores com possibilidade de extensão aos seus agregados familiares a expensas próprias; d) Quebra da Produtividade Operacional: sob o ponto de vista operacional, em 2012 verificou-se uma quebra dos níveis de Produtividade Operacional com principal origem na alocação de recursos à operação em função das suas necessidades, parte das quais decorrentes de situações novas (como exemplo, a abertura da base da Easyjet em Lisboa com actividade concentrada no Terminal 2). Efectivamente, conforme anteriormente referido, o desempenho da empresa foi negativo sob este ponto de vista, registando quebras na ordem dos 6 % (seis por cento) entre 2011 e 2012 no índice de produtividade operacional. Esta quebra de produtividade do efectivo portway comportou impactos significativos do ponto de vista económicofinanceiro (mais de um milhão de euros de perdas face a 2011, de acordo com o efectivo médio), a partir do último trimestre do ano, coincidentemente com o adequado planeamento da nova estação IATA do Inverno 2012/2013. De facto, no último trimestre do ano pode verificar-se a recuperação lenta dos níveis de produtividade operacional face aos mesmos índices dos meses homólogos de 2011, considerando que os momentos cruciais para produção de justes a este nível são as 41 mudanças de estações IATA (para além das variáveis, assuidadade, pontualidade e trabalho suplementar); e) Promoção de uma relação de diálogo e envolvimento com os colaboradores, procurando recuperar a motivação e a qualidade do trabalho, através da realização de reuniões periódicas operacionais com os colaboradores das quatro escalas e de todas as áreas, com o objectivo de partilhar informação sobre o desempenho da empresa, reflectir sobre prioridades futuras e celebrar sucessos alcançados; Neste contexto foram realizadas reuniões mensais operacionais no último trimestre de 2012, em todas as unidades de handling da portway com várias dezenas de colaboradores e por alteração ao anterior formato trimestral, com a deslocação dos trabalhadores sempre a Lisboa (até Setembro de 2012); Acresce que estas reuniões passaram pela primeira vez a envolver trabalhadores das designadas actividades secundárias (que representam 18% das receitas da empresa); f) Promoção do diálogo com representantes de companhias áreas assistidas pela portway, através da participação dos seus representantes no início das reuniões referidas na alínea anterior, iniciando um ciclo de debate alargado e directo entre os clientes e trabalhadores, com a presença da administração e da direcção respectiva; g) Aumento da conflitualidade laboral: em 2012, fruto do contexto económico-social e dos consequentes reflexos na clima motivacional dos trabalhadores entre outros, foi registado o maior número de convocatórias de greve da história da empresa, num total de 6, das quais 2 gerais, com níveis de adesão nunca antes verificados particularmente na Direção de Unidade de Handling do Porto. A estas paralisações “de dia inteiro” sucederam-se greves ao trabalho suplementar e ao trabalho em dia feriados. Esta realidade constituiu uma situação anómala na portway uma vez que, desde a sua fundação em 2000, apenas havia a registar a realização de uma greve cujo nível 42 de adesão e impacto foi nulo (zero voos cancelados, zero voos divergidos, zero minutos de atraso, zero horas extra); h) Incremento do diálogo com os sindicatos através da realização de reuniões periódicas trimestrais, a partir do último trimestre de 2012, com agendamento para 2013 do acompanhamento dos principais temas em agenda, nomeadamente no contexto do mais recente processo de privatização do grupo ANA no qual a portway se insere, tendo-se verificado no final do ano uma ausência de conflitualidade laboral colectiva; i) Promoção da polivalência e flexibilidade: o aumento da quantidade das especificidade das exigências das companhias áreas que assiste implicou uma forte aposta na versatilidade das tarefas a cumprir pelos seus colaboradores o que, associado à já referida aposta massiva na formação, implicou a implementação da polivalência associada aos descritivos funcionais; a estes factores deve somar-se o factor de flexibilização da própria força de trabalhos (ex.: horários em regime de trabalho parcial) desde sempre promovido na empresa; j) Rentabilização do Know-how dos recursos internos: o reforço da aposta da comercialização do seu know-how especializado ao mercado sob novos “formatos”, nomeadamente o da consultadoria técnica, fundamentalmente nos PALOP; k) Crescimento da competitividade da mão-de-obra: aos factores Formação, Flexibilidade, Motivação e Qualidade, aos quais acresceu uma política de ponderada contenção de custos com pessoal, pode associarse como principal consequência natural o crescimento da competitividade da mão-de-obra contratada; l) Ajustes da estrutura organizacional e de pessoas decorrente da extinção da Direção Central de Operações, que se encontrava na primeira linha de Direção, abaixo do Conselho de Administração e acima das Direções de Unidade de Handling, e da melhor definição das áreas de vendas e de marketing na Direção Comercial; 43 m) Crescimento do emprego e do efectivo médio: em matéria de Efectivo Médio, pode afirmar-se que, sobretudo face ao actual contexto socioeconómico e sectorial, é significativo o crescimento de 6% no número de colaboradores com vínculo à portway; n) Contudo, os proveitos por trabalhador, que tomando por referência apenas a actividade principal (handling), registaram um decréscimo de 1%; o) E o VAB per capita diminui 3 %, e considerando o já referido decréscimo da Produtividade Operacional, as Unidades de Tráfego por trabalhador decresceram 4% Prémio Não te Magoes 2012 Em relação ao Efectivo Médio, e tomando sempre como unidade de referência o designado Full Time Equivalent (FTE), a empresa viu aumentar este indicador de 1254 para 1332, mais 78 FTE por comparação com igual período do ano passado, representando um acréscimo de 6% (colaboradores com vínculo portway). 44 Evolução do Efectivo Médio portway Este aumento do efectivo médio, ficou a dever-se fundamentalmente ao crescimento do número de passageiros assistidos na actividade principal (mais 3%), ao prolongamento no tempo da situação de exclusividade operacional no aeroporto de Faro, e ao reforço da operação de algumas companhias aéreas, nomeadamente com a abertura da base da EasyJet em Lisboa a operar em terminal “dedicado”. Em termos de distribuição/alocação funcional, verifica-se, em termos médios e no conjunto das quatro escalas, a manutenção do número percentual de colaboradores afectos às várias as áreas operacionais. 45 Distribuição de FTE´s % 2012 2011 3 42 3 DIRECÇÕES UH 11 OPERAÇÕES 15 PAX DIRECÇÕES UH 43 14 OPERAÇÕES 10 PAX PLACA 29 36 29 CARGA MANUTENÇÃO SEDE PLACA CARGA 37 MANUTENÇÃO SEDE Genericamente pode afirmar-se que, em todas as Unidades de Handling se manteve a mesma lógica de alocação das equipas operacionais, facto tanto mais assinalável quando, fruto da suspensão parcial da actividade da Groundforce no Inverno IATA de 2010 em Faro, a portway teve que realizar “ajustes" necessários para poder assistir a totalidade dos voos do Verão IATA das companhias aéreas com actividade naquele aeroporto e, já em 2012, fazer face à abertura da base operacional no Terminal 2 pela Easyjet na Unidade de Handling de Lisboa. Relativamente à Produtividade, pode verificar-se uma quebra de 6% nos níveis globais da Produtividade Operacional da empresa (áreas de placa e de passageiros) que se traduziu pela evidente realização de menos voos por FTE (Full Time Equivalent) alocado: 8,38 em vez de 8,90. 46 FTE/s Voo 2011 8,90 2012 8,38 2011 2012 Este indicador resulta da divisão do número de voos por números de FTE´s (incluindo horas de trabalho dos trabalhadores portway incluindo trabalho suplementar dos trabalhadores portway; incluindo também trabalho suplementar dos trabalhadores temporários, a quebra de produtividade é de menos 4%). Esta quebra ilustra uma inversão no comportamento da empresa nesta matéria dos últimos três anos, comparando a mesma informação (força de trabalho alocada à operação sem incluir trabalho suplementar dos trabalhadores temporários): Evolução Produtividade % 12,00% 10,00% 8,00% 10% 10% 9% 10% 9% 8% 6,00% Valor Percenutal 4,00% 2,00% Placa 0,00% Pax 2009-2010 2010-2011 2011-2012 Total ( Placa + Pax) -2,00% -4,00% -3% -6,00% -6% -8,00% -10,00% -10% -12,00% 47 Placa Pax Total ( Placa + Pax) 2009-2010 2010-2011 2011-2012 10% 10% -3% 8% 9% -10% 9% 10% -6% Igualmente de registar ao nível da Carga uma quebra no índice de toneladas manuseadas por colaborador face ao ano anterior (em 2011, 430 toneladas por FTE e em 2012, 377 por FTE), o que representa uma quebra na produtividade de 12%. Esta circunstância, não alheia ao contexto socioeconómico vivido, apresentou porém alguma irregularidade de comportamento, o que dificultou o ajuste proporcional dos recursos alocados aos departamentos de Carga. Toneladas/FTE 500 450 400 350 300 250 200 150 100 50 0 Toneladas/FTE 430 377 2011 2012 Este indicador resulta da divisão do número de toneladas de carga manuseada pelo número médio de FTE´s alocados à área da Carga 48 Em 2012, face a 2011 e em termos médios, o número de horas de trabalho suplementar por FTE nas áreas operacionais desceu três pontos de 6,8 para 3,8 horas/mês, com particular destaque para o contributo positivo para este índice das Unidade de Handling de Faro e de Lisboa. Trabalho Suplementar/FTE (Média Mensal) 8,1 7,3 6,8 6,7 6,8 5,6 3,8 4,4 3,8 2,4 Lisboa Porto Faro 2011 Funchal Total 2012 Não obstante a significativa redução do trabalho suplementar dos efectivo da empresa, a produtividade continou a registar uma descida significativa, pelo que a relação mais FTES (Full Time Equivalent) e menor número de Horas de Trabalho Suplementar foi insuficiente para aumentar, ou manter, a produtividade. Em matéria de absentismo, em 2012 podemos verificar que este indicador se situou acima do nível médio anual dos últimos anos (situando-se em 4,8%, contra 4,5% em 2011). Contudo, devem assinalar-se que as ausências de natureza incontornável decorrentes dos mais recentes regimes legais que tutelam as licenças de maternidade, paternidade e amamentação vieram aumentados os dias de gozo nestas situações. 49 Absentismo % 7,4 6,3 6,3 4,5 4,3 4,4 4,2 4,5 4,8 3,6 2,6 2,6 2,1 1,1 DIR. UH. OPS. PAX PLACA 2011 CARGA MANUT. TOTAL 2012 A leitura dos indicadores relativos aos Acidentes de Trabalho (número de acidentes e número de dias de baixa aos mesmos afectos) reitera e completa o enquadramento de um 2012 marcado pela quebra de produtividade, e do aumento do absentismo. Na verdade as horas de absentismo provocadas por acidentes de trabalho subiram 1479 horas entre 2011 e 2012 (2443 em 2011 e 3922 em 2012), o que corresponde a uma subida superior a 40 % face a 2012. Relevante é igualmente o facto de o tipo de lesão associado às referidas ausências se caracterizar principalmente por lesões de natureza muscular ou afim, de gravidade menor e de aferição clinica mais dificil, evidenciando os já referidos aspectos de natureza motivacional das equipas. Acresce que não só o número absoluto de Acidentes de Trabalho subiu (mais 55 acidentes do que em 2011), como o respectivo índice por colaborador (número de acidentes de trabalho por colaborador também subiu: de 0,10 em 2011 passou para 0,12 em 2012), tal como o número de dias de baixa (total absoluto de mais 1479 dias do que em 2011). 50 Nº Acidentes de trabalho por colaborador 0,12 0,10 2011 2012 Acidentes de Trabalho em 2012 1% 5% PLACA 11% CARGA 3% Passageiros 4% Operações 55% 15% Manutenção Myway Informações 6% Carros de bagagem Formação Em 2012, o centro de formação da portway desenvolveu um conjunto de actividades na prestação de serviços de formação na área do Handling Aeroportuário por forma a responder as necessidades Internas e do Mercado. As actividades desenvolvidas foram enquadradas, na evolução que a referida área tem sentido ao longo dos últimos anos. O desafio que se enfrenta é atingir patamares de excelência ao nível de Safety e Security, criando com os diferentes stakeholders, um vínculo de confiança no serviço / produto apresentado pelo centro de formação e tão valorizado pelo mercado. 51 Assim foi possível elaborar um Plano de Formação que visou atingir três objectivos principais: 1. A satisfação das necessidades do mercado em termos de conteúdos, facultando cursos de formação ajustados às reais necessidades do seu público-alvo; 2. Atingir, dessa forma, um número superior de formandos por comparação com os anos anteriores. 3. Garantir que quase totalidade das recertificações obrigatórias dos nossos operacionais são efectuados no Inverno IATA, eliminando, desta forma, a hipótese de retirar operacionais da operação, para as recertificações obrigatórios no Verão IATA. Deste plano decorreu a realização de cerca de 95.220 horas de formação (interna e externa), dadas a mais de 4.416 formandos (internos e externos), o que representa um aumento de mais 5.928 horas e de mais 1.939 formandos em 2012 face a 2011. Nº HORAS FORMAÇÃO Nº FORMANDOS 6000 100000 95000 4000 95220 Nº HORAS FORMAÇÃO 89292 90000 4416 2477 Nº FORMANDOS 2000 0 85000 2011 2012 2011 2012 O aumento do número de horas de formação ficou a dever-se principalmente ao aumento do portfólio de cursos que este centro tem desenvolvido, apostando claramente em formações inovadoras, como as comportamentais, de Liderança e Gestão de Equipas, de Relacionamento Interpessoal e Gestão de Conflitos, de Factores Humanos, Saúde e Segurança no Trabalho, Primeiros Socorros, para além 52 do desenvolvimento anual de todos os cursos Técnicos (novos manuais), conforme as alterações existentes de ano para ano, pelas entidades oficiais. Também de realçar o número de recertificações no ano de 2012, a nível interno como externo, reforçando a manutenção e aumento de clientes. Este volume de formação originou naturalmente, uma manutenção dos meios do centro de formação. Essa manutenção situou-se ao nível dos recursos humanos internos, nomeadamente de formadores, mas também nas equipas de apoio, que tiveram a tarefa de preparar e registar documentação de formação, controlar caducidades das formações e gerir os recursos, como salas, formandos, formadores, manuais, entre outros. Apesar da evolução de horas de formação e formandos, foi importante verificar que a qualidade da formação manteve-se em patamares elevados. Esses patamares são controlados e registados individualmente por cada formando que participou nas respectivas acções de formação. Assim, de acordo com os resultados obtidos, concluiu-se que o grau de satisfação global, face às acções de formação ministradas pela portway é bastante positivo, tendo sido obtida percentagem de 62% no item Excelente e de 94% na soma dos itens mais positivos (Excelente e Muito Bom). 53 Média Global da avaliação do Impacto da formação 0,06% 0,90% 0,31% 4,63% 32% 62,10% Insuficiente Suficiente Bom Muito Bom Excelente NR Em termos globais, a actuação do centro de formação em 2012 evidenciou, entre outros: Um aumento do número de horas de formação, superando o valor previsto inicialmente para 2012 e garantindo, consequentemente, a execução total do plano de formação; A manutenção das relações comerceia já existentes assim como o aumento das mesmas, como exemplo a inclusão de dois novos clientes (ex: DGR SYSTEM – Angola e SAA – GUINÉ BISSAU) que começaram a nossa ligação oficial no decorrer do segundo semestre do ano de 2012, desta forma apostando claramente numa relação de venda cruzada com mais cursos e com maior diversidade aos mesmos clientes, assim como a novos, desta forma reforçando a nossa posição em Africa; Elaboração de um curso comportamental (Deep Diving) direccionado para todos os cargos de chefia da portway que visou dotar, melhorar e aperfeiçoar os nossos meios humanos em cargos de liderança e decisão; 54 Início de parceria com o SEF (Serviços de Estrangeiros e Fronteiras) no segundo semestre de 2012, para desta forma dotar os nossos (área de passageiros) de um curso assertivo sobre falsificação de documentos e legislação em vigor, desta forma retirando dúvidas que possam existir a nível nacional nos diversos temas nesta área. Cursos com certificação; O desenvolvimento do E-Learning da portway, para recertificações nos cursos de DGR CAT 7/8/9/10, Ramp Safety para Placa e Passageiros, Triple A e Lar, desta forma possibilitando uma ferramenta moderna para uso e consulta constantes das diversas áreas; Início do estudo e desenvolvimento do sistema Lync/Round Table (vídeo conferência), com vista à respectiva utilização para acções de formação com a presença de formandos em locais geograficamente distintos, devidamente monitorizada. Este sistema, em fase de teste, proporcionará uma redução importante dos custos associados à formação dedicada ao refrescamento de conhecimentos de determinadas temáticas, sobretudo custos de deslocação; Organização de tableau de board para controlo de certificações dos diferentes formandos internos e externos; Aumento do número de formações e de formandos, nos cursos de Operador de Assistência em Escala e de Técnico de Assistência em Escala, registando-se os seguintes níveis de satisfação. 55 4. ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA Apesar de se manter uma conjuntura económica difícil em 2012, com baixos índices de confiança dos agentes económicos, que conduziram a uma queda no crescimento das economias dos países ocidentais, face às incidências negativas do ano – crise do Euro, greve geral em Portugal, factos esses que influenciaram negativamente os prestadores de serviços de handling, o tráfego aéreo de passageiros manteve um crescimento significativo, tanto a nível mundial, como nacional. Não obstante o exposto e com uma ligeira queda no crescimento da operação, a portway registou em 2012 um resultado liquido positivo superior a 3,7 milhões de euros, o melhor de sempre nos 12 anos de actividade, ultrapassando a barreira dos 59 milhões de euros de rendimentos. O “Earning before interest, taxes, depreciations and amortizations” (EBITDA) cresceu 37% e o “Earning before interest and taxes” (EBIT) melhorou significativamente quando comparados com o ano de 2011. Com o aumento de actividade a ocorrer em algumas das suas Unidades de Handling, a portway investiu em 2012, 1.237 mil euros para continuar o processo de melhoramento e renovação do seu parque de equipamentos iniciado no ano anterior, mas também para responder ao imperativo associado ao aumento da necessidade / meios para a Unidade de Handling de Faro. Existe uma queda em cerca de 1,5 milhões de euros nos investimentos, de 2011 para 2012, principalmente devido a uma descida na rubrica de equipamentos básicos (cerca de 900 mil euros). 56 A nível financeiro, a portway emprestou à ANA Aeroportos de Portugal, SA mais 1,5 milhões de euros (ao todo estão 5,5 milhões de euros emprestados) registando rendimentos financeiros com o pagamento de juros semestrais. A utilização de 2 linhas de financiamento de apoio à tesouraria, no valor global de máximo permitido de 5 (cinco) milhões de euros foi praticamente inexistente em 2012, mantendo-se apenas os contractos de leasing financeiro já celebrados no passado, os únicos financiamentos activos. Assim, o Resultado Liquido do exercício de 2012 foi um lucro de EUR. 3.750.042 (três milhões setecentos e cinquenta mil e quarenta e dois euros), o qual, comparado com o do exercício anterior, corresponde a um acréscimo de 38%. No entanto este resultado continua a dever-se uma parte significativo a: a) Cortes salariais (redução salariais, subsídios e carreiras congeladas, redução do custo do trabalho suplementar e eliminação do descanso compensatório); b) Manutenção pelo segundo ano consecutivo do único agente de handling em Faro, enquanto não é decidida e atribuída a segunda licença em Faro; c) Importância das actividades secundárias, que representaram 18% do total de rendimentos em 2012; d) Diversas receitas extraordinárias (anulação da provisão de aumentos salariais, reversão de imparidades de clientes, etc) que totalizaram 1.020 milhares de euros em 2012. Rendimentos Operacionais Os Rendimentos Operacionais cresceram em relação a 2011 e reflectem o efeito conjugado da entrada de novos clientes (por exemplo em Faro), e do aumento de voos e novas rotas por parte dos actuais clientes, com o impacto importante das duas bases da Ryanair bem como a da Easyjet em Lisboa. Adicionalmente, verificou-se algum aumento nos preços dos contractos de handling (renovações em 2012), a melhoria das existentes (e.g. formulários de tráfego, cobrança de 57 cancelamentos de voos às companhias aéreas, emissão de novos bilhetes por efeito dos cancelamentos), o crescimento das receitas dos serviços de ticketing (comissionamento de venda de bilhetes e serviços ao passageiro e.g speedy boarding, Gate Bags, entre outros). Verificou-se uma melhoria, com um crescimento de 7,0% dos serviços suplementares prestados pela portway na área dos aeroportos, que continuam a corresponder a uma receita adicional significativa na área de assistência a passageiros nos Aeroportos (carrinhos de bagagem, lounges, balcões de informação, etc.) e formação. À semelhança do que foi a tendência no ano anterior, a redução no volume de negócio relacionado com a carga em 5% foi a única área de negócio que registou uma descida face ao ano 2011 (apesar do aumento de rendimentos por toneladas manuseadas), tendo o volume de carga movimentado descido 12% face ao ano anterior, conforme se evidencia no seguinte quadro e no respectivo gráfico: Rendimentos operacionais Serviços Prestados + Outros rendimentos e ganhos Assistência na placa e a passageiros Valor em Euros 2011 2012 D%1 2 / 1 1 58.320.091 59.714.732 2,4 51.012.159 52.770.443 3,4 Serviços Standard 35.912.053 36.614.667 2,0 Serviços Suplementares 15.100.107 16.155.776 7,0 Assistência na carga Serviços Standard Serviços Suplementares Outros rendimentos operacionais Rendimentos operacionais 7.307.931 6.944.290 7.307.931 6.944.290 0 0 0 0 58.320.091 59.714.732 (5,0) (5,0) n/a n/a 2,4 58 Evolução dos Rendimentos 70.000.000 Rendimentos 60.000.000 50.000.000 40.000.000 30.000.000 20.000.000 10.000.000 0 2011 Ramp & Pax Handling 2012 Anos Cargo Handling Proveitos Operacionais A área de assistência na placa e a passageiros cresceu 3,4%, impulsionado principalmente pelos serviços standard de handling prestados em todas as quatro Unidades de Handling. Os rendimentos provenientes de serviço suplementar prestado, que inclui serviços prestados à ANA, Aeroportos de Portugal S.A., registou uma subida ligeira de 7% em relação a 2011. Inclui-se nestes, igualmente os proveitos provenientes de prestação de serviços de Formação e Consultadoria, que foram realizados pelo Centro de Formação quer dentro quer fora do país, nomeadamente no Continente Africano e na Europa, tendo continuado os Cursos homologados pelo INAC na área de Assistência a Passageiros e Placa. Gastos Operacionais Em 2012, os gastos operacionais ascenderam a 54,5 milhões de euros, o que corresponde a um decréscimo de 1,7% face a 2011, reflectindo a política de ajustamento dos meios às necessidades, atendendo às sucessivas realidades com que a portway se foi deparando ao longo do corrente exercício económico, nomeadamente com a actividade em Faro. 59 GASTOS OPERACIONAIS Total gastos operacionais Gastos com o Pessoal Custo das Mercadorias Vendidas Fornecimentos e Serviços Externos Gastos de Depreciação e de Amortização Imparidade de Dívidas a Receber Outros Gastos e Perdas 2011 2012 55.436.612 54.489.054 38.390.859 37.704.586 52.924 78.823 11.385.512 12.190.872 1.823.498 1.828.453 330.355 (172.121) 3.453.464 2.858.441 D%1 2 / 1 1 -1,7% -1,8% 48,9% 7,1% 0,3% 152,1% -17,2% Em termos relativos, os Gastos com o Pessoal desceram (particularmente devido às medidas salariais legais aplicadas e/ou com a passagem de contratação temporária pela portway em vez de via trabalho temporário) e os Fornecimentos e Serviços Externos cresceram, respectivamente, cerca de -1,8% e 7,1%. De realçar que os gastos com Trabalho Temporário estão reflectidos na rubrica “Gastos com o Pessoal” em vez de serem contabilizados na rubrica dos “Fornecimentos e Serviços Externos”. Estes gastos representaram em 2012 EUR. 7.814.547 e em 2011 EUR. 8 526.611. Em 2011, face às medidas de austeridade anunciadas no Orçamento Geral de Estado para o ano 2012, a portway anulou a provisão para Férias constituída ao longo do exercício, e a pagar em 2012, no total de 1,5 milhões de euros. Embora tal medida tenha sido novamente prevista no Orçamento Geral de Estado para 2013, em 2012 a portway manteve a especialização da provisão para Férias a pagar em 2013 nas contas de 2012, conforme igualmente assumido pela ANAAeroportos de Portugal, SA (sua accionista) devido ao processo de privatização que o grupo ANA foi sujeito em finais de 2012. De igual modo, as medidas de redução salarial definidas no Orçamento Geral do Estado de 2012 foram de 210 mil euros. Os Gastos de Amortizações, quando comparado com o ano 2011, reflectem um acréscimo de 0,3% devido a que em 2011 o volume de aquisições de equipamentos operacionais ter sido superior a 1,5 milhões de euros face a 2011. Adicionalmente, em Agosto de 2012, terminou a depreciação do investimento efectuado em 2007 no Lisbon Lounge no Aeroporto de Lisboa. 60 Os gastos das mercadorias vendidas e consumidas referem-se aos produtos de alimentação fornecidos para o Lisbon Lounge que a portway explora no Aeroporto de Lisboa. Em Setembro 2011 a portway ganhou o contrato de lounge com a Air France-KLM sendo o principal motivo para o crescimento de 48,9% entre 2011 e 2012 (um ano de exploração completa com esta companhia aérea – aliança). O valor indicado em “Imparidade de Dividas a Receber” corresponde ao reforço/reversão da provisão de cobranças duvidosas dos valores em dívida de clientes que se encontram com processos de falência ou solicitaram protecção de credores, nos tribunais dos respectivos países, ou de atrasos atípicos na liquidação de valores facturados. A contabilização desta provisão já iniciada em anos anteriores, tendo em 2010, 2011 e 2012, e de acordo com os critérios fiscais, sido inscrito EUR. 187.364, EUR. 330.355 e EUR. 89.764 respetivamente, para fazer face a eventuais verbas de cobrança difícil. Em 2012, por ter sido registado uma melhoria significativa nas dívidas de clientes face à antiguidade apresentado em anos anteriores, a portway efectuou a reversão de EUR. 261.885 de imparidades. Nos gráficos abaixo expostos podem-se verificar que a estrutura de gastos operacionais, em termos relativos, mantém-se muito semelhante à do ano anterior, i.e., os Gastos com o pessoal e os Fornecimentos e Serviços Externos representam cerca de 90% dos gastos operacionais totais. 4% Estrutura Gastos Operacionais 2011 Estrutura Gastos Operacionais 2012 5% 0% 0% 21% 69% 69% 22% 1% 0% 3% 6% Gastos com o Pes soal Custo das Mercadorias Vendidas Fornecimentos e Serviços Externos Gastos de Depreciação e de Amortização Imparidade de Dívidas a Receber Outros Gastos e Perdas Gastos com o Pes soal Fornecimentos e Serviços Externos Imparidade de Dívidas a Receber Custo das Mercadorias Vendidas Gastos de Depreciação e de Amortização Outros Gastos e Perdas 61 Por outro lado, a desagregação dos gastos com os FSE (Fornecimentos e Serviços Externos), evidenciada no quadro seguinte, permite avaliar as variações registadas nesta componente dos gastos, bem como qual o peso relativo de cada uma. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS Total dos Fornecimentos e Serviços Externos 2011 Valor % 11.385.512 100,0 2012 Valor % 12.190.872 100,0 Rendas e alugueres 4.849.977 42,6 5.228.426 42,9 Conservação e reparação 1.318.180 11,6 1.318.228 10,8 Combustíveis 961.207 8,4 953.844 7,8 Trabalhos especializados (a) 750.904 6,6 874.908 7,2 Subcontratos 858.334 7,5 818.327 6,7 Comunicação 250.416 2,2 380.934 3,1 Vigilância e Segurança 353.572 3,1 376.466 3,1 Electricidade 318.527 2,8 321.699 2,6 Material de Escritório 272.364 2,4 313.174 2,6 251.641 1.200.390 2,2 10,5 243.365 1.361.501 2,0 11,2 Seguros Outros custos No peso percentual de 42,9% da rubrica, Rendas e Alugueres está incluído um acréscimo de cerca de EUR. 25.317 referente a aluguer de balcões de check-in nos vários aeroportos bem como o incremento de rendas, em cerca de 553 mil euros anuais, relativamente a novas instalações e outras regularizações a partir do segundo semestre de 2011. Com acréscimo da actividade no Aeroporto de Faro, e na ausência de meios próprios, nomeadamente autocarros, foi celebrado um contrato com a EVA – Transportes SA para o aluguer de autocarros. O impacto deste contrato foi de cerca de 78 mil euros (em 2011 tinha sido 261 mil euros). A rúbrica Conservação e Reparação continuam a ter um peso importante nos gastos (cerca de 10% dos FSEs) com os trabalhos de manutenção interna que cada Oficina de Manutenção nos diversos aeroportos realiza ao parque de equipamentos (inclui igualmente serviços de manutenção subcontratada). 62 O crescimento das restantes rubricas, geralmente associadas directamente com os gastos directos de exploração, reflectem o impacto do aumento ocorrido na actividade do handling face ao ano anterior. Resultados O apuramento do Resultado Liquido, no último triénio, teve a evolução mencionada no quadro abaixo indicado: Sintese dos Resultados Rendimentos Operacionais Serviços Prestados + Outros rendimentos e ganhos 2010 Valor Resultado Operacional Impostos Imposto corrente Resultado líquido D%1 2 / 1 1 58.320.091 59.714.732 2,4 50.984.962 58.320.091 59.714.732 2,4 7.165 0 0 0,0 (48.926.483) (55.436.612) (54.489.054) 1,7 2.065.643 2.883.479 5.225.679 81,2 (4.890) 69.522 28.254 (59,4) 2.060.753 2.953.001 5.253.932 77,9 (34.423) (241.265) (1.503.890) (523,3) (34.423) (241.265) (1.503.890) (523,3) 2.026.330 2.711.736 3.750.042 38,3 Resultado financeiro Resultado antes de impostos 2012 Valor 50.992.126 Outros proveitos operacionais Gastos Operacionais 2011 Valor O Resultado Operacional melhorou em cerca de 2,3 milhões de euros entre o ano de 2011 e 2012 devido a um crescimento de 1,4 milhões de euros dos rendimentos operacionais e uma diminuição dos gastos operacionais em 0,9 milhões de euros. Esta melhoria deve-se principalmente a impactos extraordinários nos rendimentos, nomeadamente: a) Reversão da provisão para aumentos salariais efectuada em 2011 (568 mil euros); b) Reversão de imparidades de clientes (262 mil euros) e anulação de valores de exercícios anteriores (229 mil euros). Na redução dos gastos operacionais, a melhoria está relacionada com impactos registados no exercício de 2011 que não se repetiram em 2012 (ou foram de menor impacto), nomeadamente: a) A queda nas Multas e Penalidades (400 mil euros); b) Queda na anulação de valores de exercícios anteriores (388 mil euros); 63 c) Não repetição da provisão para aumentos salariais (568 mil euros); d) Redução da imparidade de clientes (241 mil euros); e) Aumento com gastos com processos judiciais (235 mil euros); f) Quedas dos gastos com Descanso compensatório (230 mil euros). Quanto ao Resultado Financeiro este reduziu face a 2011 essencialmente pela redução dos juros recebidos pela não realização de aplicações financeiras que se venceram em 2011 (e não realizado em 2012), embora o empréstimo de 4 milhões de euros à ANA Aeroportos de Portugal SA tenha aumentado em 1,5 milhões de euros em 2012 mas com taxas de juro inferior à do contrato anterior e à da última aplicação financeira efectuada em 2011. Em 2012 o imposto IRC apurado já não beneficia de deduções de prejuízos acumulados anteriores, registando deste modo num encargo de 1,5 milhões de euros. Valor Acrescentado Bruto O Valor Acrescentado Bruto atingiu, em 2012, os EUR. 44.911.943, o que, em relação ao ano transacto, significou um acréscimo de 1,3 milhões de euros e em termos relativos a um aumento de 3,1%. No VAB per capita há uma descida, passando de EUR. 34.779 no ano de 2011, para EUR. 33.708 no ano corrente, a que corresponde, em termos relativos, um decréscimo de 3,1%, conforme se evidencia no quadro seguinte: Valor acrescentado bruto (VAB) Serviços prestados Custos de produção Fornecimentos e serviços externos Outros custos Valor acrescentado bruto Número médio de trabalhadores (média FTE) VAB per capita 2011 58.320.091 14.741.900 11.385.512 3.356.388 43.578.191 1.252,99 34.779 2012 59.714.732 14.802.790 12.190.872 2.611.918 44.911.943 1.332,39 33.708 64 Situação Patrimonial No final de 2012 o Activo Líquido da portway, Handling de Portugal, S.A. era de 29,5 milhões de euros, que corresponde a um acréscimo de 4,2 milhões de euros. - Pela redução dos ativos fixos tangíveis e intangíveis no valor de 0,6 milhões de euros; - Pela redução das Dívidas de Terceiros de Curto Prazo no valor de 0,2 milhões de euros; - Pelo redução do Estado e Outros Entes Públicos em 0,8 milhões de euros, uma vez que a portway é sempre credora de IVA; - Pelo aumento da rubrica de Accionistas/sócios em 1,5 milhões de euros pelo empréstimo efectuado à ANA Aeroportos de Portugal, SA; - Pela redução de Outras contas a Receber em 0,3 milhões de euros; - Pelo aumento de saldo de Caixa e Depósitos Bancários em 4,2 milhões de euros; Situação patrimonial Activo Líquido Activo fixo Activo circulante Capitais próprios e passivo Capitais próprios Passivo Passivo de M/L prazos Passivo de curto prazo 2011 25.233.429 4.899.829 20.333.599 25.233.429 11.540.726 2012 29.521.739 4.318.612 25.203.127 29.521.739 15.290.768 D%1 2 / 1 1 4.288.311 (581.217) 4.869.528 4.288.311 3.750.042 13.692.702 1.723.376 11.969.326 14.230.971 1.767.127 12.463.843 538.268 43.751 494.517 O Passivo do ano de 2012 aumentou em cerca de 0,5 milhões de euros, relativamente ao ano anterior, o qual é suportado por: - Decréscimo do saldo dos Fornecedores de Imobilizado e Financiamentos obtidos em 0,3 milhões de euros relacionados com os investimentos realizado em 2012 com financiamento com recurso a leasing reduzido; - Decréscimo do saldo de Fornecedores em 0,5 milhões de euros relacionados com aumento da actividade (principalmente com o trabalho temporário e rendas); 65 - Acréscimo de Passivo não Corrente no valor de 0,05 milhões de euros, principalmente devido a uma descida nos poucos contractos de leasing que ainda estão activos e cujo capital está a ser reduzido bem como o aumento com o reforço de provisões para diversos riscos já criada em 2010; A evolução verificada ao nível dos principais indicadores financeiros e dos de rendibilidade e de desempenho, sintetizando a evolução verificada no decurso deste exercício económico, por comparação com 2011 é mostrada nos quadros seguintes: Indicadores financeiros Capitais próprios/Activo liquido (Autonomia financeira) Passivo curto prazo/Total do passivo Activo circulante/Total do passivo Fundo de maneio liquido 2011 45,7 0,8 1,5 -604.211 2012 51,8 0,9 1,8 4.272.561 66 Indicadores Rendibilidade e de Desempenho Margem operacional Resultado operacional/ Serviços prestados Rotação do activo Serviços prestados/Total do activo liquido Rendibilidade do activo (ROA) Resultado operacional/Total do activo liquido Rendibilidade do Capital Próprio (ROE) Resultado líquido/Capital próprio Efeito da estrutura financeira Activo liquido/Capital próprio Efeito financeiro Resultados antes de impostos/Resultado operacional Efeito alavanca financeira Efeito da estrutura financeira*Efeito financeiro Rendibilidade de exploração Resultado antes\de impostos/Capital próprio ou Rendibilidade do activo * Efeito alavanca financeiro Efeito fiscal Resultado líquido/Resultados antes de impostos Rendibilidade dos capitais próprios Resultado líquido/Capitais próprios Rendibilidade de exploração * Efeito fiscal Em % 2011 2012 494% 875% 231% 202% 1143% 1770% 2350% 2452% 219% 193% 102% 101% 224% 194% 2559% 3436% 92% 71% 2350% 2452% 67 5. INFRA-ESTRUTURAS E EQUIPAMENTOS DE HANDLING Infra-estruturas O aumento moderado da atividade operacional que se verificou durante o ano de 2012, conjugado com o redimensionamento de algumas das infraestruturas de suporte às Unidades de Handling ocorridas nos dois anos anteriores, determinou contenção nas iniciativas mais onerosas, mantendo-se contudo a salvaguarda do interesse operacional e dos padrões de qualidade. Deu-se prioridade, á implementação de uma política a favor da melhoria contínua da qualidade dos serviços prestados e dos métodos de trabalho, sem que se tenha perdido de vista o sentido do controlo de custos, como instrumento fundamental para a competitividade da Empresa no mercado do handling aeroportuário. Ao nível das instalações, sistemas de comunicação e equipamentos de suporte à operação, foram introduzidos melhoramentos, decorrentes das necessidades específicas da atividade operacional das Unidades de Handling. Instalações No ano de 2012 realizaram-se algumas renovações de espaços e um conjunto de pequenas intervenções nas instalações em uso, nomeadamente obras de manutenção e ampliação ou adaptação, dando-se continuidade a uma política de racionalização e contenção dos espaços ocupados: 68 Enumeram-se seguidamente, algumas das intervenções mais significativas, desenvolvidas em 2012 nos espaços ocupados pela portway: Terminal de carga (ASC) Acompanhamento da obra de construção do novo Cais de Importação, do Terminal de Carga da Unidade de handling do Porto, realizado na sequência de Estudo Prévio portway; Instalações do Dep. PAX (Terminais 1 e 2 ALS) Instalação do Serviço de apoio à área de passageiros no Terminal 2 do aeroporto de Lisboa e apoio técnico aos estudos referentes à ampliação de instalações a efetuar no Terminal 1; Operações de Voo e “Load Control” (Terminal 2 ALS) Estudo prévio e projeto de novas instalações, com obra realizada pelo ALS. Acompanhamento da obra, aquisição de mobiliário e equipamentos; Manutenção e renovação de espaços (Unidades de Handling e Sede) Na Unidade de handling de Lisboa, foram intervencionadas a sala de descanso do Departamento de placa, a Oficina de Manutenção e os Vestiários da Carga Expresso. Na sede, a área de trabalho da Direção Comercial. Tecnologias de informação No que respeita aos sistemas de informação de suporte e meios de comunicação, destacam-se as seguintes iniciativas: Reforço e rejuvenescimento do parque informático, apostando em computadores ergonómicos, energeticamente eficientes, com monitores de dimensões superiores a 20” dando resposta aos requisitos gráficos das novas aplicações e multifunções de grande capacidade aumentando as 69 funcionalidades e reduzindo os custos associados com a impressão e respetiva manutenção; Reforço sobre a mobilidade de processos, investindo na aquisição de computadores portáteis, disponibilizando remotamente o acesso a aplicativos e à rede estruturada; Operacionalização nos aeroportos de Faro, Porto e Funchal do desenvolvimento interno para preenchimento automático dos formulários de tráfegos. Foi introduzida automatização e maior fiabilidade nos dados de trafego, aproveitando a informação centralizada e disponibilizada pelo sistema informático Clever Ops; Desenvolvimento interno de novas funcionalidades sobre o sistema informático Clever Ops, possibilitando maior integrabilidade da informação operacional com os processo de faturação. Foram também desenvolvidos e disponibilizados novos indicadores estatísticos e de gestão relevantes à gestão operacional e financeira; Migração do sistema informático Siccarga para nova plataforma tecnológica. O modelo de dados foi revisto por forma a garantir uma maior integrabilidade da informação e introduzidas novas funcionalidades no sistema, permitindo a automatização e inovação de processos operacionais. As necessidades tecnológicas e a capacidade de resposta relativamente a transferências eletrónicas de informação foram acauteladas; Consolidação da implementação do sistema de gestão da manutenção MAC, com extensão ao equipamento informático. A consolidação funcional será concluída em 2013 com a integração com o ERP Primavera; 70 Instalação de terminais de picagem biométricos na unidade de handling de Lisboa e sede, possibilitando estender o controlo eletrónico de assiduidade e pontualidade a estas duas unidades organizacionais. Foi também desenvolvido interface entre o sistema Tempus e o ERP Primavera para transferência automática de irregularidades sujeitas a serem refletidas no processamento de salários; Introdução de novas funcionalidades sobre o sistema de gestão da formação Forinsia, permitindo aumentar a eficiência na gestão dos processos de formação através de indicadores de gestão e inovando os processos tecnológicos existentes; Introdução de plataforma de e-learning garantindo uma maior interatividade entre o centro de formação, formandos e formadores. Foram configurados e disponibilizados alguns cursos on-line estando prevista a sua operacionalização e utilização regular, durante o ano de 2013; Desenvolvimento de sistema informático para gestão das cobranças efetuadas nos balcões de vendas. Este desenvolvimento com previsão de operacionalização para 2013, para além de permitir agilizar o trabalho burocrático e administrativo, permitirá também obter informação estatística e indicadores de gestão relevantes; Desenvolvimento interno de aplicativos que permitiram agilizar os processos administrativos em vigor. Entre outros destacam-se a troca de informações entre o ERP Primavera e o sistema de gestão de acessos ao refeitório; a troca de informação sobre os funcionários portway e o banco BES ao abrigo do projeto “a la card”; o cálculo automático do subsídio de turno de cada funcionário com base no esquema publicados pelo aplicativo de gestão de horários e turnos Scheduler Expert; 71 Migração para nova versão do ERP Primavera (na empresa) e da aplicação Sitatex (nas unidades de handling de Faro e Funchal) para a versão 8, última versão disponível. Para além da introdução de uma nova versão do ERP foi também migrada a plataforma tecnológica (hardware) que suporta a aplicação. Foram assim mitigados os riscos tecnológicos com estas duas aplicações; Disponibilização da plataforma de comunicações unificada Lync. Com a introdução desta plataforma os utilizadores podem manter-se informados acerca da disponibilidade dos seus interlocutores, enviar mensagens instantâneas, iniciar ou juntar-se a uma conferência áudio, vídeo ou web, ou ainda fazer uma chamada – tudo através dum interface consistente e familiar. Especificação e elaboração de caderno de encargos para aquisição de sistema de gestão documental a introduzir durante o ano de 2013. Equipamentos (GSE’S) Relativamente à gestão dos equipamentos de suporte da actividade operacional das Unidades de Handling, deu-se continuidade ao trabalho desenvolvido em anos anteriores quer ao nível da manutenção da frota existente, quer no que respeita à aquisição de novos equipamentos, sendo de realçar os seguintes resultados e iniciativas: Deu-se prioridade à consolidação da utilização do sistema MAC (Manutenção assistida por computador) no controlo efetivo dos processos de trabalho e registo de dados nas Oficinas de Manutenção de GSE’s (Ground Support Equipment) de todas as Unidades de Handling; 72 No que se refere aos armazéns de peças de reserva, foram inventariadas as existências, normalizadas as nomenclaturas e valorizados os stocks, em cada um dos armazéns das Unidades de Handling e criados procedimentos de gestão do respetivo imobilizado; Foram revistas as matrizes de execução da Manutenção Preventiva dos GSE’s e implementado um sistema de controlo sistemático das respetivas intervenções; Dada a proximidade a ambientes de elevada salinidade ambiental, como é o caso dos aeroportos que se encontram localizados perto do mar, são de referir as reparações gerais que foram efetuadas nos equipamentos mais antigos e sujeitos a processos de oxidação; O investimento total em GSE’s (Ground Support Equipment) destinados às quatro Unidades de Handling, foi de cerca de 1.200.000 euro tendo sido adquiridos os seguintes equipamentos operacionais: 73 Tapete transportador de bagagem …………………….....…….……. 5 Unidades Autocarro p/ transporte de passageiros ………….…...…………….... 1 Unidade Escada motorizada p/ embarque de avião ………………………...…. 2 Unidades Tractor diesel p/ reboque de bagagem (4 Ton.) ….……... ……..4 Unidades Tractor eléctrico p/ reboque de bagagem (3 Ton.) ….……... ……… 1 Unidade Gerador elétrico para alimentação de aviões (GPU) ………………… 4 Unidades Container Dollies p/ transporte de contentores………................... 40 Unidades Carros rebocáveis para transporte de bagagem …..….………........ 20 Unidades Veículo automóvel diesel p/ Transporte de Carga …………….…..….. 1 Unidade Carrinha furgão de carga (carro oficina) ……………………….…… 2 Unidades Lança Universal p/ reboque de aviões ……..... ………………………. 2 Unidades Lança dupla p/ reboque de aviões A320 / B737 …………………...…. 1 Unidade Adaptador para Lança Universal de reboque de avião …………….... 3 Unidades Empilhador elétrico (1,5 Ton) ……………………………………………1 Unidade Os custos totais associados à actividade de manutenção dos equipamentos de handling em serviço nos aeroportos de Lisboa, Sá Carneiro, Faro e Funchal foram da ordem dos 2,700.000 €, no ano de 2012; O custo total da actividade de manutenção nas quatro Unidades de Handling foi de cerca de 5,0% dos custos operacionais, situando-se assim, em níveis inferiores aos geralmente praticados neste sector de actividade; A adequação da disponibilidade dos equipamentos face às necessidades operacionais foi garantida, pese embora o investimento em novos equipamentos tenha sido reduzido face à previsão orçamental. 74 6. SISTEMAS DE GESTÃO (QUALIDADE E AMBIENTE) Objectivos estratégicos Em 2012 a portway viu definidos pelo acionista e adoptados pela Gestão como objectivos estratégicos os explicitados no quadro abaixo; ainda que tendo por base de comparação o ano de 2011 (manutenção da situação único em Faro): Objectivo Estratégico Indicadores Percentagem de atrasos responsabilidade portway <= 14 min Percentagem de atrasos responsabilidade Satisfação dos clientes portway >14 min Percentagem de processos de irregularidades de bagagem com responsabilidade atribuída à portway Percentagem das respostas N (No) nas Prevenção da auditorias internas de segurança e safety segurança e do safety Número de auditorias operacionais realizadas Crescimento acumulado do EBITDA Sucesso Económico do 2012/2011 negócio Crescimento da produtividade na actividade principal - Handling, face a 2011 Protecção ambiental Percentagem de GSE a Diesel alvo de controlo de emissões de gases de efeito de estufa Meta 2012 Resultado 2012 <=3% 2,03% <=1% 0,87% <=1% 0,17% <3% 1,03% 10 9 5% 37% 4% -6% * 100% 100% *aproximadamente -4% com trabalho suplementar dos trabalhadores temporários Estes objectivos, do ponto de vista da gestão, foram maioritariamente atingidos durante o ano de 2012. Qualidade e Ambiente Controle da Qualidade e da Satisfação dos nossos Clientes Em 2012, a Qualidade e a Satisfação dos nossos Clientes foi controlada através: 75 Dos indicadores operacionais de OTP (On Time Performance), apoiado na atribuição de códigos IATA de atraso, passível de análise detalhada das causas; Da atribuição de “Fault Station” aos processos de irregularidade de bagagem dos nossos passageiros, também passível de análise detalhada da causa; Da análise e discussão periódica do desempenho dos objetivos traçados e acordados em sede de contrato (Service Level Agreements) com os principais clientes Da gestão das reclamações e louvores recebidos. Esta informação foi diariamente analisada pelas equipas operacionais, e mensalmente analisada através dos mapas estatísticos resultantes em Reunião de Controle Operacional, à qual comparecem os Membros do Conselho de Administração, os Directores das Unidade de Handling, a Direcção Comercial e a Qualidade. Os valores de “OTP” e “FS” alcançados durante o ano de 2012 são inferiores às metas acima referidas, e claramente indicadores da continuação do esforço de “Melhoria Contínua”. De referir que apesar da medida objetiva demonstrar uma evolução menos favorável nos atrasos “longos” ≥15 minutos, uma análise que exclua as situações de responsabilidade partilhada com a própria companhia e/ou com outro agente relacionado com o handling teria uma evolução positiva. Também de nota a melhoria efectiva demonstrada pela diminuição de atrasos de duração “curta” duração ( ≤14 minutos). O feedback da nossa ação é um dos grandes indicadores da nossa performance, em análise por parte do sistema de reclamações. 76 Durante 2012 foram recebidas um total de 878 reclamações formais, cuja origem maioritária foi de Passageiros. Do total, após triagem, 864 foram reenviados aos verdadeiros responsáveis da insatisfação (maioritariamente, as Companhias Aéreas), tendo sido assumidas as remanescentes 14 reclamações. Estas foram submetidas a análise e ação internas com o objetivo de melhoria contínua dos serviços e conducentes à satisfação da globalidade dos nossos Clientes. Responsabilidade Interna 2012 0 0 1 1 0 2 3 3 1 2 0 14 1 Por outro lado, o sistema de recolha e gestão de reclamações gerou 74 agradecimentos e elogios pela qualidade dos nossos serviços, sendo a grande maioria com origem de Companhias Aéreas e também de alguns Passageiros. Agradecimentos 2012 9 3 7 0 6 5 3 11 2 4 74 11 13 77 Entidade Reguladora A entidade reguladora da atividade de assistência em escala (handling) em Portugal é o INAC, IP (Instituto Nacional de Aviação Civil), regulando e fiscalizando a gestão de reclamações perante o cumprimento das normas ICAO, da União Europeia e do Estado Português. Relação com o Ambiente A relação da portway com o Ambiente é uma relação de dever executado com empenho, preocupação e consciência da necessidade de um planeta sustentável. A Empresa A empresa assume que é necessário continuar a agir rumo a um ambiente mais sustentável no futuro. Para tal, continuamos focados na melhoria contínua do nosso Sistema de Gestão Ambiental, implementado e certificado desde Fevereiro de 2008. Política Ambiental da portway A Política Ambiental da portway está descrita no Manual da Qualidade e Ambiente, e visa: Cumprir os rigorosos requisitos legais aplicáveis; Criar sinergias compensatórias, nomeadamente com os nossos parceiros e Clientes; Utilizar correcta e racionalmente os recursos naturais; Encaminhar adequadamente os nossos resíduos; Promover medidas de redução de poluição, através da aquisição de veículos híbridos e/ou eléctricos; Renovar a nossa frota e equipamentos, optando sempre por soluções mais amigas do ambiente. 78 Descrição do Sistema de Gestão Ambiental da portway O Sistema de Gestão Ambiental da portway é um sistema integrado com o Sistema de Gestão da Qualidade e coordenado pela responsável da área do Ambiente, sob instrução da Administração. Com base na identificação dos Aspectos Ambientais Significativos e consequentes Impactes Ambientais em cada Unidade e por Departamento, foi criado um Programa de Gestão Ambiental que inclui uma rotina de encaminhamento de resíduos, conforme as determinações legais - em alguns itens suportada pela organização Ambiental dos Aeroportos, sendo que na maior parte dos artigos recorre-se á contratação directa dos serviços de operadores especializados e licenciados para o efeito. Objectivo e Meta Ambiental O Objectivo e respectiva Meta Ambiental estabelecido para 2012 está descrito na tabela abaixo: Controlo das emissões de Gases de Efeito Estufa dos GSE a Diesel 100% dos GSE As medições de opacidade dos nossos GSE foram levadas a cabo nas 4 Unidades de Handling e abrangeram todos os equipamentos diesel. 79 A análise estatística dos valores obtidos pelo equipamento de medição, permitenos concluir se os nossos GSE apresentam ou não valores de opacidade acima dos valores legais permitidos. Os valores estabelecidos pela legislação para a opacidade (k) são de 3 m-1 para motores turbo e de 2,5 m-1 para motores sem turbo. Qualquer valor acima destes pressupõe problemas ao nível do motor e da combustão do gasóleo. Os valores obtidos pelos nossos GSE ficaram todos abaixo dos valores legais permitidos e podem ser representados pelo gráfico abaixo, onde podemos verificar a ligação entre o aumento da rotação do motor e os valores da opacidade. De realçar que novamente 100% dos equipamentos foram monitorizados e controlados em termos das suas emissões, depois da dificuldade pontual observada em 2011. 80 Relativamente ao consumo de combustível, apresentamos a evolução do consumo de gasóleo/avião: LTS Consumo/avião 30 20 2010 2011 2012 10 0 LIS OPO FAO FNC Os consumos de gasóleo sofreram um ligeiro aumento em todas as unidades, com excepção da unidade de Handling do Funchal durante o ano de 2012, devido a alterações operacionais. O caso mais relevante, em Lisboa, está intrinsecamente ligado à deslocalização da operação de vários clientes do Terminal 1 para o Terminal 2, onde se incluem dois dos principais clientes, com as consequentes deslocações adicionais dos passageiros e bagagens (com “Partida” pelo Terminal 2,e chegada no Terminal 1). 81 Reporting Para cumprimento legal, a portway encontra-se registada no SIRAPA, para registo dos resíduos produzidos e encaminhados para operadores devidamente licenciados, tendo sido apresentados dentro dos prazos legais estabelecidos os inventários de resíduos respeitantes aos anos de 2007-2012. Prevenção e Segurança (Safety) A política de prevenção e segurança mostra-se fundamental para a portway, por razões inerentes à própria actividade, em aeroportos sempre congestionados de aeronaves e equipamentos à dimensão dos equipamentos que utilizamos, à circulação no mesmo espaço de inúmeras viaturas, ao contínuo contacto com combustíveis em grandes quantidades, e ao stress implícito à vontade de cumprir os requisitos do Cliente em espaços de tempo sempre muito curtos. A Cultura de Safety, que se inicia com a prevenção e se desenvolve metodologicamente em todos os momentos e áreas da Operação, assumiu um grande protagonismo, acumulando: a componente importante de Higiene e Segurança no Trabalho com a diminuição de riscos e custos materiais, de nossa propriedade, e, principalmente, da propriedade dos nossos Clientes, com a consciência do impacto da nossa condição humana no trabalho em equipe e na realização de tarefas, muitas envolvendo risco e executadas sob pressão. 82 Para esse efeito foram desenvolvidos esforços em diversas frentes, das quais relevamos: 1. Formação específica em Safety a todos os colaboradores que, directa ou indirectamente, se relacionam com a Operação, como também nos serviços de Armazém e Triagem de Bagagem, e finalmente, nas Equipas de Manutenção. 2. Formação específica em Human Factors transversal a toda a equipa operacional 3. Monitorização do cumprimento dessas regras, dia a dia, operação após operação, transformando a teoria em práticas sustentadas e universalmente utilizadas. De referir, com ênfase, a aderência generalizada em todos os sectores da Empresa a estas práticas e orientações, redundando no controle dos factores de risco, e consequente diminuição da componente perigo. A identificação dessas boas práticas e a monitorização do seu cumprimento são pilares do projecto de implementação de um Sistema de Gestão de Safety, no qual a portway te vindo a trabalhar em conjunto com Aeroportos e Clientes, e que se pretende venha a garantir níveis estáveis de Segurança (safety) em lugar de destaque corporativo. Security De acordo com a Autoridade Nacional de Segurança da Aviação Civil (ANSAC), a segurança não é um acto isolado da responsabilidade das Forças de Segurança, mas sim um acto partilhado que a todos nos envolve, pelo que a portway desenvolveu a sua política de segurança com base neste conceito. 83 Durante o ano de 2012, a actividade de security da empresa baseou-se em 10 áreas distintas: 1 - Manutenção e controlo de qualidade em âmbito "security" nas nossas DUHs mediante auditorias internas: •DUHF – Auditoria de rotina à Unidade de Handling •DUHL – Em virtude da coincidência de datas com a auditoria da ECAC, esta foi adiada para o primeiro trimestre de 2013. 2 - Manutenção e controlo de qualidade em âmbito "security" nas nossas Direções de Unidade de Handling mediante auditorias aos seus prestadores de serviço (limpeza de aeronaves),tendo sido efetuadas "full audits" a: •Unidade de Handling da Madeira: Auditoria de rotina ao prestador de serviço de Limpeza – Serlima; •Unidade de Handling do Porto: Auditoria de rotina ao prestador de serviço de Recursos Humanos – Multitempo; •Unidade de Handling de Faro: Auditoria de rotina ao prestador de serviço de Recursos Humanos – Adecco; •Unidade de Handling de Lisboa: Auditoria de rotina ao prestador de serviço de Recursos Humanos – Multitempo 3 – Um aumento substancial de cooperação operacional com todas as autoridades de segurança em especial no âmbito de prevenção e investigação de actos ilícitos ao nível da operação e relacionamento com companhias nossas clientes e em especial do mercado PALOP. 4 – Homologação pela ASAC das revisões ao plano de segurança da portway referentes a 2012. 84 5 – Entrega do novo PSAR (Plano de Segurança de Agente Reconhecido) para aprovação. 6 – Preparação do novo manual de formação de agente reconhecido para entrega e aprovação. 7 – A manutenção do projecto de formadores de segurança nas Direções de Unidade de Handling, com mais dois novos formadores em Lisboa de nível 6 adstritos ao centro de formação da portway. 8 – A portway foi sujeita a cinco auditorias em âmbito security durante o presente ano pelos seguintes parceiros: •Swiss - 100% •Air Lingus CGO – 100% •Lufthansa CGO – 100% •TAAG - 100& •EZY - 90% 9- A portway foi sujeita no universo da empresa a 23 inspecções da autoridade de Segurança da Aviação Civil com uma taxa de conformidade média acima dos 85% e ainda a duas grandes auditorias de âmbito internacional, nomeadamente a ECAC. 10 - Em matéria de formação de sensibilização de segurança da aviação civil, a portway realizou no ano de 2012, 117 acções de formação, num total de 6078 horas de trabalho e envolvendo 1565 colaboradores da empresa, garantindo desta forma a permanente garantia de actualização dos seus quadros no que concerne às exigências emanadas da ANSAC em matéria de formação security. 85 No que se refere a 2013, prevê-se como prioridades: 1 - A continuidade e aumento da manutenção e controlo de qualidade "security" nas nossas escalas e prestadores de serviços. 2 – A criação do conceito de gestor de segurança de carga aérea, devido a ao enorme potencial que esta área gera e dado ser uma área crítica em matéria de segurança que no futuro próximo passará a possuir um acompanhamento especial ao abrigo das alterações legais no âmbito do Security e impelindo este sector para uma posição de importância vital na própria sustentação comercial e relacionamento com vários operadores aéreos dentro do mercado da Aviação Civil. 3- Certificação da UH Madeira como agente reconhecido. 86 7. OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES De acordo com o disposto no art. 66º do Código das Sociedades Comerciais (CSC) são de salientar as seguintes informações relevantes: a) Factos relevantes após o fecho do exercício; Não se registaram factos relevantes após o fecho do exercício de 2012. b) Autorizações concedidas para negócios entre a Sociedade e os seus Administradores; Durante o exercício de 2012 não houve quaisquer negócios entre a Sociedade e nenhum dos seus Administradores, nos termos previstos no art. 397º do CSC. c) Existência de sucursais; A sociedade não tem sucursais. 87 8. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS De acordo com o presente relatório, e de acordo com o disposto no art. 295º do Código das Sociedades Comerciais (CSC), o Conselho de Administração da portway -handling de portugal, s.a. propõe que o Resultado Líquido apurado no exercício de 2012, lucro no montante de EUR. 3.750.042,21, seja transferido EUR. 187.502,11 para a conta de “Reserva Legal” e EUR. 3.562.540,10 para a conta de “Resultados Transitados”. 88 9. EVOLUÇÃO PREVISIVEL DA SOCIEDADE Já no final de Dezembro de 2012, a ANA – Aeroportos de Portugal, S.A. - acionista única da portway, foi adquirida pelo grupo francês Vinci. Assim, em 2013, com a assunção por parte deste importante grupo mundial do controle acionista da ANA, por via desta, terá também o controlo da portway. A portway vê entusiasmada esta aquisição, ciente de que poderá aportar ao grupo Vinci, no país e no estrangeiro, a sua experiência, conhecimento e know-how em diversas áreas (assistência em escala, formação, consultoria, serviços aeroportuários diversos), mas também os seus resultados económicos e financeiros, nomeadamente no retorno positivo para o accionista. A nível nacional, à data em que elaboramos este relatório (Fevereiro 2013), não há decisão conhecida do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC), para a atribuição de uma segunda licença, a um novo operador para Faro, cujo aeroporto, de há 2 anos a esta parte, ainda é servido exclusivamente pela portway. Não há indicações de que o Verão IATA 2013 seja diferente, pelo que, pelo 3º ano consecutivo esta empresa deverá assistir sozinha toda a aviação comercial e civil em Faro. Esta decisão trará diversas consequências, nem todas positivas, a começar pela ausência da concorrência que prezamos, e principalmente pelo impacto nos recursos humanos, face ás dificuldades legais (embora não impossibilidade), no prolongamento de algumas relações laborais. Por outro lado, também sem decisão do concurso da atribuição da licença pelo INAC, estão Lisboa e Porto, ainda que aqui continue a normal concorrência de mercado, desde que a portway entrou no mercado nacional há 13 anos atrás. 89 Num contexto económico nacional e europeu, a portway soube crescer em receitas (2,4 %). E se olharmos aos resultados económicos e financeiros de 2012, a empresa obteve um resultado de 3,750 milhões de euros já depois de impostos (crescimento de 38%), o que permitiu à mesma, recuperar e reforçar a sua autonomia financeira e o seu capital próprio. A rentabilidade do capital próprio (ROE) foi de 24,5%. Estes resultados permitem-nos olhar o futuro com mais tranquilidade e maior ambição. Para 2013, com a esperada saída da portway do Sector Empresarial do Estado e a sua entrada no mercado privado, nos termos da lei, é esperado a cessação dos cortes e suspensões salariais diversas, que têm permitido à portway poupar vários milhões de euros nos últimos 2 anos. As actividades secundárias da portway deverão manter a mesma performance em 2013 – em que foi responsável por 18% do negócio (receitas) em 2012. Em 2013, são esperadas pressões comerciais dos grandes clientes do Ground handling (Easyjet, Ryanair), face à contracção ou estagnação da actividade em 2012. A ameaça do self-handling, mesmo que em prejuízo económico destes operadores, é algo que não deverá ser negligenciado. A carga aérea tem tido resultados ambíguos, com menos carga, mas mais valor por tonelada manuseada - a que não é alheio o desenvolvimento deste negócio para fora dos países da EU, nomeadamente Angola (Taag) e Dubai (Emirates), deverá manter o seu comportamento. Na carga expresso é previsível o recurso ao self handling por parte de algum operador, nomeadamente em Lisboa, mas que não deverá ter qualquer impacto durante o corrente ano. 90 No ano de 2013 prosseguirá a avaliação de (re) licenciamento e de abertura de bases nos Açores, devido à previsível liberalização do mercado (cessação das obrigações de serviço público) com entrada de novos players, nomeadamente companhias de baixo custo (Transavia, Easyjet, Ryanair), quer pela necessidade de melhorar as ligações e os preços da carga aérea entre esta região autónoma e o continente, á semelhança do sucedido na Madeira. Como principal desafio para 2013, é a recuperação da motivação e dedicação dos nossos colaboradores e a melhoria dos principais indicadores que baixaram em 2012: Acidentes de trabalho, absentismo, produtividade, greves, estabilidade das relações sociais. Já no final de 2012 foi possível lançar algumas ações de correção e programas (novos números de staff para 2013 mais exigentes que 2012 e em alguns casos 2011, reuniões mensais com o staff e a administração para acompanhamento dos resultados/kpi’s - incluindo participação de clientes no inicio das reuniões, reuniões trimestrais com todos os sindicatos, continuo e maior acompanhamento das companhias aéreas, e melhoria do resultado final de cada contrato – onde muitas vezes com menor ou mesma receita tem sido possível obter melhor resultados. Estes consequências, normalmente não visíveis nas normais tabelas de controlo orçamental, ou em balanços ou demonstrações de resultados, são de uma importância fundamental para a boa gestão da sociedade e da organização, o que se espera conseguir para 2013, nomeadamente quando cerca de 95% do pessoal é operacional, e que os custos de pessoal representam 69% dos gastos operacionais da empresa. 91 10. CONSIDERAÇÕES FINAIS Apresentados os resultados das actividades desenvolvidas em 2012, deseja este Conselho de Administração manifestar o seu mais elevado apreço e reconhecimento a todos quantos, de uma forma ou de outra, contribuíram positivamente para os resultados obtidos, destacando: Os Trabalhadores da portway que, apesar das dificuldades e medidas de austeridade que continuaram a ser implementadas, mantiveram um espírito de empenho, dedicação e profissionalismo que merecem sempre o reconhecimento do Conselho de Administração; Os Clientes, pela sua exigência, parceria e colaboração, e pela sua capacidade de desafiar e ajudar a portway a encontrar novas e melhores formas de trabalhar e os servir; Os Fornecedores, pelo esforço posto na oportuna e correcta satisfação das necessidades da empresa a um preço justo; A Accionista Única ANA, Aeroportos de Portugal, S.A, pelo apoio prestado às actividades de suporte, bem como pelas auditorias e revisões de processos em que apoiam a melhoria contínua da portway; O Revisor Oficial de Contas e Fiscal Único, pela presença, espírito interessado e positivamente crítico de que deu provas no seguimento das actividades da empresa. 92 93 IV. RELATÓRIO DO GOVERNO SOCIETÁRIO Estrutura de Governação, Competência e Remuneração dos Órgãos Sociais Constituem órgãos sociais da portway handling de portugal, s.a.: A Assembleia-Geral O Conselho de Administração O Fiscal Único e Revisor Oficial de Contas Assembleia-Geral A Assembleia-Geral representa o órgão máximo de decisão da Sociedade e delibera sobre todos os assuntos para os quais a lei e os Estatutos da Sociedade lhe atribuam competência, sendo competências especiais deste órgão as estabelecidas no artigo 12º do capítulo quarto dos Estatutos. Nos termos da Deliberação Social Unânime por escrito de 24 de setembro de 2012, a Assembleia-Geral passou a ser remunerada e a sua composição passou a ser a seguinte: Presidente eleito pelos accionistas Vice-presidente eleito pelos accionistas Conselho de Administração Ao Conselho de Administração compete a gestão dos negócios da Sociedade, designadamente a definição dos objectivos e as políticas de gestão, a elaboração dos planos de actividade e financeiros, anuais e plurianuais e, de uma forma geral, a condução da actividade no âmbito das competências conferidas por lei, pelos Estatutos ou pela Assembleia Geral. 94 Ao nível do funcionamento do Órgão de Administração, durante o ano de 2012 o mesmo foi composto por três elementos (Presidente e dois Administradores) até à realização da Assembleia-geral em 29 de fevereiro de 2012, data em que a Administradora Dr.ª Joana Oliveira Freitas cessou funções por renúncia ao cargo em 25 de janeiro de 2012. Na referida Assembleia-geral não foi designado novo elemento para substituição do mencionada Administradora, pelo que a partir daquela data o Conselho de Administração passou a ser composto por apenas dois elementos, (Presidente e um Administrador). Com a Deliberação Social Unânime por escrito de 24 de setembro de 2012, o Conselho de Administração passou a ser composto por quatro elementos designados na mesma data (Presidente e três Administradores), na sequência da cessação de funções do Presidente Eng.º Carlos Odécio Nunes Madeira e da anterior renúncia da Administradora Dr.ª Joana Oliveira Freitas. De referir que a tomada de posse dos membros eleitos ocorreu apenas em 08 de Outubro de 2012, com a realização da primeira reunião de Conselho de Administração. Ao Presidente compete a representação do Conselho de Administração e a coordenação geral da sua actividade, presidindo às Reuniões do Conselho, bem como zelar pela correcta execução das suas deliberações. A duração do mandato dos membros do Conselho de Administração é de três anos. Na ausência ou impedimento do Presidente, a sua substituição é assegurada pelo Dr. Luís Ribeiro, e na ausência deste pelo Dr. José Manuel Santos, conforme deliberação daquele órgão de 8 de Outubro de 2012. 95 A gestão diária da actividade da sociedade foi assegurada por dois administradores em exclusividade de funções, em articulação com a política definida pelo Conselho de Administração até à realização da Assembleia-geral supramencionada, momento em que passou a ser assegurada por apenas um Administrador em exclusividade de funções. Com a Deliberação Social Unânime por escrito de 24 de setembro de 2012 e após a realização da mencionada primeira reunião de Conselho de Administração a 8 de Outubro de 2012, a gestão diária da atividade da sociedade passou a ser assegurada por dois Administradores em exclusividade de funções. O Conselho de Administração reúne quinzenalmente, ou, ainda, sempre que convocado pelo Presidente, a solicitação de qualquer um dos outros Administradores ou do Fiscal Único. Fiscal Único Ao Fiscal Único compete fiscalizar a sociedade e emitir pareceres sobre o relatório da gestão da Sociedade e respectivas contas. Além das competências decorrentes da lei são competências especiais deste órgão as estabelecidas no capítulo sexto dos Estatutos da Sociedade. A duração do mandato do Fiscal Único é de três anos, e é coincidente com a do Conselho de Administração. Remunerações dos Órgãos Sociais Mesa da Assembleia-Geral A partir da Deliberação Social Unânime por escrito, de 24 de setembro de 2012, os membros da Assembleia-geral passaram a auferir uma quantia a título de senhas de presença, sendo: 96 Presidente: senha de presença no valor de € 400,00 Vice-Presidente: Senha de presença no valor de € 200,00 Fiscal Único As remunerações atribuídas ao Fiscal Único (incluindo a respectiva Certificação Legal de Contas) foram as seguintes: - Pedro Roque & Carlos Teotónio, SROC (representado por Pedro Roque) – 9.720 euros Conselho de Administração Os rendimentos ilíquidos auferidos em 2012 pelos membros do Conselho de Administração, conforme deliberado em Assembleia Geral de 29 de Fevereiro de 2012, bem como na Deliberação Social Unânime por escrito de 24 de Setembro de 2012, foram os seguintes: O Presidente do Conselho de Administração, Carlos Odécio Nunes Madeira, em funções até 24/09/2012, por renúncia ao cargo em 13/08/2012, não auferiu qualquer tipo de remuneração na portway – handling de Portugal s.a. Administrador: Frederico Paias da Silva Torres Rangel – 80.028,00 euros; Administradora: Joana Oliveira Freitas, em funções até 29/02/2012 – 6.669,00 euros; Administrador: José Manuel Dias dos Santos, em funções desde 08/10/2012 – 18.539,54 euros; Administrador: Luís Miguel Silva Ribeiro, em funções desde 08/10/2012, não aufere qualquer tipo de remuneração na portway – handling de Portugal s.a. 97 O Presidente do Conselho de Administração, António José do Amaral Ferreira de Lemos, em funções desde 08/10/2012, não aufere qualquer tipo de remuneração na portway – handling de Portugal s.a.. Estrutura Acionista A 31 de Dezembro de 2012, o capital social da portway - handling de portugal, s.a. era totalmente detido pela ANA – Aeroportos de Portugal, S.A.. Modelo de Governo Corporativo A portway – handling de portugal, s.a. foi constituída por escritura pública em 2 de Maio de 2000 e opera desde 01 de Julho de 2000 nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e no Funchal desde 17 de Dezembro de 2006. Enquanto empresa de assistência em escala, licenciada pelo INAC (cuja licença é válida até 31 de Dezembro de 2018), a portway – handling de portugal, s.a., tem orientado a sua acção em linha com as recomendações referentes à boa governação das empresas, preservando uma relação de transparência total com o mercado e adoptando práticas de desenvolvimento sustentado. Concomitantemente, tem atribuído especial importância à adopção de melhores modelos organizativos, mediante o acompanhamento da evolução das tendências internacionais e dos resultados das reflexões internas através de reuniões de quadros. Igualmente, a Empresa tem continuado a aperfeiçoar o sistema de gestão da qualidade, que em 2003, permitiu a certificação pela ISO 9001:2000. Assim, mantiveram-se as rotinas conducentes à identificação dos melhoramentos organizacionais e operacionais necessários ao crescimento da portway – handling 98 de portugal, s.a. e ao cumprimento dos acordos de serviço - Service Level Agreement (SLA) - contratados com os Clientes e com os Aeroportos. Já em 2008, a portway obteve a sua certificação pela ISO 14001 – Ambiente, cultivando práticas reiteradas de zelo e cuidado nessa matéria. Estrutura Organizacional e Atribuição de Competências 99 Centro Corporativo e Funções Centralizadas Existe um conjunto de funções asseguradas no Centro Corporativo da empresa, que em seguida se descrevem (e que não têm paralelo inequívoco com o desenho organizacional): - Secretariado Assessoria ao Conselho de Administração e Direcções da Empresa; apoio geral e expediente. - DCS& WT Responsável pela coordenação, inserção e manutenção do Societé Internationale de Comunications Aeriéne / Departure Control System e coordenação do World Tracer (WTS). - Área Jurídica e de Contencioso Apoio jurídico geral à empresa, designadamente na contratação (comercial e geral) em matéria laboral e acompanhamento do contencioso da empresa. - Safety, Qualidade e Ambiente Coordenação, monitorização e avaliação das acções respeitantes à Qualidade e aos Sistemas de Gestão da Qualidade e aos processos e procedimentos de safety. - Segurança (Security) Coordenação, supervisão e implementação das medidas e regras relativas aos procedimentos de segurança, incluindo a criação e/ou supervisão do Plano de Segurança da empresa de acordo com a legislação em vigor. 100 - Direção Financeira e Administrativa Responsável pela estratégia e gestão financeira, no curto, médio e longo prazo; gestão do risco financeiro e operacional; relevação contabilística e patrimonial; e preparação das contas da Empresa e Auditoria. - Direção de Recursos Humanos Responsável pela política de gestão e desenvolvimento de recursos humanos e formação. - Direção Comercial Responsável pela estratégia e gestão comercial, marketing, publicidade, imagem e comunicação. - Direção de Engenharia e Manutenção Responsável pela gestão das infra-estruturas que a Empresa ocupa e pelo parque dos equipamentos (operacionais e não operacionais); comunicações, instalação de hardware e software. Unidades Operacionais (DUH) - Unidade de Handling de Lisboa Presta assistência em escala a aeronaves e passageiros no Aeroporto de Lisboa. - Unidade de Handling de Porto Presta assistência em escala a aeronaves e passageiros no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto. - Unidade de Handling de Faro Presta assistência em escala a aeronaves e passageiros no Aeroporto de Faro. 101 - Unidade de Handling de Funchal Presta assistência em escala a aeronaves e passageiros no Aeroporto do Funchal. Informação solicitada pelo Anexo I da Circular 653 de 25 de Janeiro de 2012 da Direção Geral do Tesouro 1. Missão, objetivos e políticas da empresa a) Indicação da missão e da forma como é prosseguida essa missão A portway – handling de portugal, s.a. identifica como a sua Missão, conforme descrito na sua Política da Qualidade e Ambiente: Prestar serviços de elevada qualidade no mercado de assistência em escala (handling); Prestar serviços de formação; Contribuir para o desenvolvimento económico, social, ambiental e cultural; Assegurar excecionais níveis de qualificação profissional para os seus colaboradores. A empresa procede, através do seu site na internet e através do seu relatório anual de contas, à divulgação pública da sua missão, objetivos e princípios gerais de atuação. Nos termos da regulamentação em vigor a empresa elabora e apresenta ao seu acionista único o plano anual das suas atividades e o correspondente orçamento, instrumentos essenciais para suportar a estratégia seguida e validar a garantia da sustentabilidade económica e financeira da empresa. Ao longo do exercício a empresa avalia o cumprimento das metas previsionais, nomeadamente em termos de execução orçamental aprovada, evolução da qual é dado conhecimento ao acionista único mensal e trimestralmente pelo Fiscal Único. 102 Anualmente, através do seu Relatório de Contas e Relatório de Governo Societário, a empresa informa o acionista único e o mercado em geral do modo como foi prosseguida a sua missão, do cumprimento dos objetivos fixado, dos resultados alcançados e das suas perspetivas futuras. b) Indicação dos objetivos e do grau de cumprimento dos mesmos Apesar de alvo de verificação externa, apresenta-se uma análise preliminar do cumprimento dos objetivos definidos pelo Accionista. Objectivo Estratégico Indicadores Percentagem de atrasos responsabilidade portway <= 14 min Percentagem de atrasos responsabilidade Satisfação dos clientes portway >14 min Percentagem de processos de irregularidades de bagagem com responsabilidade atribuída à portway Percentagem das respostas N (No) nas Prevenção da auditorias internas de segurança e safety segurança e do safety Número de auditorias operacionais realizadas Crescimento acumulado do EBITDA Sucesso Económico do 2012/2011 negócio Crescimento da produtividade na actividade principal - Handling, face a 2011 Protecção ambiental Percentagem de GSE a Diesel alvo de controlo de emissões de gases de efeito de estufa Meta 2012 Resultado 2012 <=3% 2,03% <=1% 0,87% <=1% 0,17% <3% 1,03% 10 9 5% 37% 4% -6% * 100% 100% *aproximadamente -4% com trabalho suplementar dos trabalhadores temporários 2. Regulamentos internos e externos a que a empresa está sujeita Dada a natureza da atividade que desenvolve – prestação de prestação de serviços de assistência em escala a companhias aéreas em Aeroportos portugueses – à portway aplica-se o Decreto-Lei n.º 275/99 de 23 de julho, na sua redação atual, o qual tem como objeto a regulação do acesso às atividades de assistência em escala 103 a entidades que efetuam transporte aéreo de passageiros, carga ou correio bem como o respetivo exercício. O seu âmbito de aplicação cinge-se às atividades de assistência em escala desenvolvidas nos aeródromos situados em território nacional e abertos ao tráfego comercial. No cumprimento do estabelecido naquele diploma, a portway é detentora da licença de acesso à atividade emitida pelo Instituto Nacional de Aviação Civil. Igualmente aplicável à empresa é a Diretiva 96/67/CE, de 15 de outubro, relativa ao acesso ao mercado de assistência em escala nos aeroportos da Comunidade Europeia, a qual foi transposta para a ordem jurídica portuguesa através do supramencionado diploma. Sendo uma empresa detida a 100% pela ANA, S.A., a portway está sujeita a legislação do Setor Empresarial do Estado, designadamente o Decreto-Lei n.º 300/2007 de 23 de agosto, o Decreto-Lei n.º 71/2007, de 27 de março, a RCM n.º 49/2007, de 28 de março, a RCM n.º 65/2007, de 7 de maio, a RCM n.º 34/2008, de 22 de fevereiro, a RCM n.º 70/2008, de 22 de abril, a RCM n.º 16/2012, de 14 de fevereiro e a RCM n.º 36/2012, de 26 de março. Em sede de matéria laboral, a empresa rege-se pelo Acordo de Empresa da ANA, S.A. assinado no ano de 2000, alterado por Protocolos celebrados com diversos Parceiros Sociais, bem como pelo Código do Trabalho. Relativamente aos regulamentos internos e de forma a uniformizar os seus procedimentos, a portway procedeu durante o ano de 2012, à revisão do Manual de Regras e Plafonds. 104 3. Informação sobre relacionadas as transações relevantes com entidades Durante o ano de 2012, foram efetuadas as seguintes transações com entidades relacionadas: ANA – Aeroportos de Portugal, S.A. Rédito – 10.402.834,14 euros Juros Obtidos – 89.719,24 ANAM – Aeroportos e Navegação Aérea da Madeira, S.A. Rédito – 491.054,92 euros NAER – Novo Aeroporto, S.A. Rédito – 0 euros 4. Informação sobre outras transações Em matéria de aquisição de bens e serviços, a portway, durante o ano de 2012 manteve a aplicação do Manual de Aquisição de Bens e Serviços tendo seguido os procedimentos nele inscritos, bem como do Código dos Contratos Públicos e da Diretiva 2005/18/CE relativa aos setores tradicionais, utilizando a plataforma eletrónica VortalGov. Todas as aquisições devem estar contempladas no respetivo Orçamento Anual da empresa, competindo a aprovação de cada aquisição, de acordo com o estabelecido no Manual de Aquisição, a quem detém poderes ao abrigo da Delegação de Poderes em vigor. Nos termos estabelecidos no Manual os ajustes diretos são efetuados através de consulta a pelo menos três fornecedores. Contudo, nas situações em que o montante da aquisição seja inferior a €5.000, ou nas situações que pela sua especificidade não possibilitam a consulta de mais entidades pode ser efetuada consulta a apenas uma entidade. 105 Em 2012 foram realizados setenta (70) ajustes diretos e um (1) concurso limitado por prévia qualificação, tendo existido setenta e uma (71) adjudicações. No quadro seguinte apresenta-se o resumo dos ajustes diretos com adjudicação: N.º Valor Quantidades Transações (euros) bens/serviços Viaturas 2 € 61.016 3 Mobiliário 17 € 17.258 25 Software 13 € 22.386 28 Hardware 4 € 9.879 12 Utilitários Atividade 3 € 11.817 226 Equipamentos da Atividade 23 € 636.926 224 Prestação de serviços 4 € 47.061 4 Fardamento 2 € 167.413 5584 Alimentação/cabazes natal 2 € 119.172 1819 Tipologia Além das transações supra indicadas foram efetuadas quatro (4) com consulta a apenas uma entidade, correspondendo a aquisições de veículos usados adequados à atividade desenvolvida pela portway, cujo valor representou uma diminuição de cerca de 45% face a veículos equivalentes. No quadro seguinte apresenta-se o resumo destas aquisições. N.º Quantidades Viaturas Transações Valor (Euros) bens/serviços Tractor 2 € 62.076 5 Autocarro 1 € 150.000 1 Empilhador 1 € 4.500 1 106 No ano de 2012, representam mais de 5% dos fornecimentos e serviços externos, ultrapassando 1M€, os seguintes fornecedores: NIF Denominação Valor (euros) % 500700834 ANA Aeroportos de Portugal S.A. 9.206.473,78 37,27% 502310685 Adecco Recursos Humanos, Lda 3.587.621,93 14,53% 503378666 Multitempo, Lda 3.170.307,85 12,84% 5. Indicação do modelo de governo e identificação dos membros dos órgãos sociais Conselho de Administração Competências Ao Conselho de Administração compete gerir e representar a Sociedade no âmbito das competências que lhe são conferidas por lei, pelos Estatutos da Sociedade ou pela Assembleia-Geral. A duração do mandato dos membros do Conselho de Administração é de três anos, renováveis até três vezes, contando-se como completo o ano civil em que foram eleitos. Uma vez terminado o mandato, os membros mantêm-se em funções até à realização de nova eleição. No ano de 2012 o Conselho de Administração foi composto por três elementos (Presidente e dois Administradores) até à realização da Assembleia-Geral em 29 de Fevereiro de 2012, data em que a Administradora Dr.ª Joana Oliveira Freitas cessou funções por renúncia ao cargo em 25 de janeiro de 2012. 107 Em Assembleia-Geral de 29 de fevereiro de 2012 foi deliberado não proceder à eleição de um Administrador para substituir a Sr.ª Dr.ª Joana Oliveira Freitas, pelo que a partir daquela data o Conselho de Administração passou a ser composto por apenas dois elementos, (Presidente e um Administrador). Na Deliberação Social Unânime por escrito de 24 de setembro de 2012, foram designados novos Administradores em virtude da renúncia ao cargo de Presidente pelo Sr. Eng.º Carlos Odécio Nunes Madeira e da anterior renúncia ao cargo de Vogal pela Sr.ª Dr.ª Joana Oliveira Freitas. Os Administradores designados foram: Presidente: Dr. António José Amaral Ferreira de Lemos Vogal: Dr. Luis Miguel Silva Ribeiro Vogal: Dr. José Manuel Dias dos Santos Vogal: Dr. Frederico Paias da Silva Torres Rangel O Conselho de Administração, de acordo com os estatutos da empresa, reúne sempre que for convocado pelo seu Presidente, e ainda, sempre que convocado pelo Presidente a solicitação dos Administradores ou do Fiscal Único. Em 2012, o Conselho de Administração reuniu em 25 sessões, estando as deliberações mais relevantes refletidas no Relatório de Gestão daquele exercício. 108 Mandatos e áreas de responsabilidade No quadro seguinte identificam-se os membros que compuseram o Conselho de Administração da Portway durante o ano de 2012, indicando-se os respetivos cargos, datas de eleição e duração dos mandatos: Cargos Presidente Presidente Administradora Administrador Administrador Administrador Conselho de Administração Dr. José António Amaral Ferreira de Lemos Eng.º Carlos Odécio Nunes Madeira b) Dra. Joana Oliveira Freitas c) Dr. Frederico Paias da Silva Torres Rangel Dr. José Manuel Dias dos Santos Dr. Luís Miguel Silva Ribeiro Eleição Mandato 24-09-2012 a) 01-03-2011 01-03-2011 17-03-2011 24-09-2012 a) 24-09-2012 a) 2011/2013 2011/2013 2011/2013 2011/2013 2011/2013 2011/2013 a) Exercicio efectivo de funções em 8/10/2012 b) Terminou mandato, por renúncia, na Deliberação Social Unânime de 24/09/2012 c) Terminou o mandato, por renúncia, em Assembleia-Geral de 29/02/2012. As áreas de responsabilidade estão detalhadas nos currículos dos Membros do Conselho de Administração na secção seguinte. b) Identificar o auditor externo, caso exista. Auditor Externo – Ernst & Young, desde 2004. 6. Remuneração e currícula dos membros dos órgãos sociais Constituem Órgãos sociais da Sociedade: a) A Assembleia-geral b) O Conselho de Administração c) O Fiscal Único 109 6.1 Assembleia-Geral Remunerações Os membros da Assembleia-Geral exercem funções remuneradas desde a Deliberação Social Unânime por escrito de 24 de setembro de 2012. Mandatos e Currículos No quadro abaixo identificam-se os membros que compõem actualmente a Assembleia-Geral da portway, indicando-se os respectivos cargos, datas de eleição e duração dos mandatos. Neste ponto deve ser feita uma nota adicional relacionada com a alteração da respectiva composição durante o mesmo ano e no decurso do mesmo mandato 2011/2013. Assim, e na sequência da renúncia da anterior Presidente, foi deliberado nomear até final do triénio 2011/2013 em curso, novos membros, passando a composição da Mesa da Assembleia-Geral da portway a ser a seguinte: Cargos Presidente Presidente Vice- Presidente Vice- Presidente Mesa da Assembleia Geral Eleição Mandato Dra. Alda Maria de Araújo Ribeiro Borges Coelho* Dr. Francisco José Lourenço Sebastian Dr. Francisco José Lourenço Sebastian ** Dr.ª Maria José Marreiros da Silva Viegas 01-03-2011 24-09-2012 01-03-2011 24-09-2012 2011/2013 2011/2013 2011/2013 2011/2013 * até 23-09-2012 ** até 23-09-2012 110 Presidente da Mesa da Assembleia-Geral (em funções até 23-09-2012) Dra. Alda Maria de Araújo Ribeiro Borges Coelho Idade: 45 anos Formação: - Licenciatura em Economia da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, 1985/1989; Atividade Profissional: - Vogal do Conselho de Administração da ANA Aeroportos de Portugal, SA com as seguintes áreas de responsabilidade: Direcção Financeira, Centro de Serviços Partilhados, Direcção de Serviços Jurídicos e Direcção de Auditoria e Organização (desde 2008); - Vogal do Conselho de Administração da ANAM, Aeroportos e Navegação Aérea da Madeira, S.A (desde 2008); - Directora Geral na Federação Portuguesa de Rugby (2007/2008); - Directora de Desenvolvimento no Grupo Jerónimo Martins (2002/2006); - Directora Sourcing na Gestiretalho (2001/2002); - Category Manager na Gestiretalho (2000/2001); - Coordenadora de projecto Feira Nova Hipermercados (1998/2000). 111 Presidente da Mesa da Assembleia-Geral desde Setembro de 2012, tendo sido Vice-presidente da Mesa da Assembleia-Geral até à mesma data) Dr. Francisco José Lourenço Sebastian Idade: 56 anos Formação: - Licenciatura em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa 1983; - Especialização e Pós-graduação Gestão de Empresas, pela Universidade Nova de Lisboa - 2007; - Frequência de Programa de Alta Direcção Empresarial (PADE) da Associação de Estudos Superiores de Empresa (AESE), em 1997; - Inscrição, como advogado, na Ordem dos Advogados, desde Agosto de 1984, com a Cédula Profissional Nº. 5883; Atividade Profissional: - Director dos Serviços Jurídicos e do Contencioso Geral (DJUCON), ANA, EP e ANA, SA, desde Maio/1996; - Responsável do Núcleo Jurídico dos Mercados Públicos (Public Procurement) da ANA, EP entre 1995 e Maio 1996; - Exerceu funções, como Jurista, nos Serviços Jurídicos e de Património e, depois, Direcção dos Serviços Jurídicos e do Contencioso da ANA, EP entre 1983 e 1995; Exerceu funções de assessoria à gestão na ANA, EP (entre 1978 e 1983), período durante o qual teve a seu cargo a negociação e gestão da carteira de seguros da empresa; - Exerceu, em regime de prestação de serviços, funções como advogado, jurista e consultor para grandes empresas do sector dos transportes e seguros, entre as quais o Metropolitano de Lisboa, EP, entre 1983 e 1995; - Participação, enquanto consultor e jurista, no processo legislativo de transposição para o direito interno de várias Directivas Comunitárias e na elaboração de projetos legislativos e regulamentares aprovados pelo Governo da República (entre 1997 e 2007); 112 - Participação nos trabalhos preparatórios e na redacção de vários diplomas, entre os quais o Código das Expropriações e Legislação Societária Comercial; Intervenção e condução de negociações, redacção e celebração de grande número de contratos internacionais de empreitada de grandes obras públicas, fornecimento e instalação de bens e equipamentos; - Intervenção em vários procedimentos aquisitivos, públicos e privados, de prestação de serviços; - Representação de interesses empresariais junto da Comissão Europeia em processos de infracção intentados por esta; - Colaboração pontual em actividade docente em áreas jurídicas na Universidade Nova de Lisboa e no ISEG; Exerce/exerceu ainda os seguintes cargos: - Membro da Comissão de Fiscalização da Corrupção da ANA, SA; - Representante da ANA, SA no Comité dos Assuntos Legais da ACI EUROPE desde 1996, integrando, desde 1997, por convite do Presidente do respectivo Board e indicação do Conselho de Administração da ANA, SA o Comité de Política, bem como vários comités e task forces especializados da mesma organização, na Europa e América do Norte e Sul (ACI-Europe, ACI-NA e ACILAC). - Membro fundador da World Airport Lawyers Association, integrando o Board da mesma Associação desde 2010; - Membro da Direcção do Instituto de Advogados de Empresa da Ordem dos Advogados entre 2005 e 2008 - Membro do Iberian Lawyer In-house Club integrando o respectivo júri que distingue os mais prestigiados advogados ibéricos (desde 2007); - Membro dos Órgãos Sociais da ANA, SA e ANAM, SA entre 1996 e 2001; 113 Vice-presidente da Mesa da Assembleia-Geral (desde Setembro de 2012) Dr.ª Maria José Marreiros da Silva Viegas Idade: 43 anos Formação: - LLM Advanced em Direito Aéreo e Espacial, Faculdade de Direito, Universidade de Leiden – Amesterdão, 2011 - Pós Graduação em Direito Comercial, Universidade Católica Portuguesa, 2004 - Licenciatura em Direito, Faculdade de Direito de Lisboa, 1993 Atividade Profissional: - Docente da disciplina “Regime Jurídico da Assistência em Escala” na Pósgraduação em Gestão Aeroportuária ISEC/ANA, Fevereiro 2009 - Advogada, Serviços Jurídicos, ANA – Aeroportos de Portugal, SA, Lisboa, Portugal e Chefe de Divisão, desde Maio 2009, Janeiro 1998 - Jurista no Instituto de Formação Turística de Macau, China, Janeiro 1996 a Dezembro 1997 - Advogada na Sociedade de Advogados, Ilime Portela & Associados-Sociedade de Advogados, Lisboa, Portugal. Janeiro 1994 a Dezembro 1995 114 6.2. Conselho de Administração Currículos e áreas de responsabilidade Presidente (Exerce funções desde Outubro de 2012) Dr. António José Amaral Ferreira de Lemos Idade: 63 anos Áreas de responsabilidade: Relações com o Acionista e Representação da Sociedade; Estratégia Formação: - Licenciatura em Finanças pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras – ISCEF – da Universidade Técnica de Lisboa - Curso de Política, Planeamento e Programação de Transportes do EDI – Economic Development Institute do World Bank – (Washington – E.U.A.) – 1977/78. Atividade profissional: - Administrador da ANAM – Aeroportos e Navegação Aérea da Madeira, SA – 2008-2012; - Administrador da ANA-Aeroportos de Portugal, SA – 2005-2008; - Vice-Presidente da ANA- Aeroportos de Portugal, SA- 2002-2005; - Administrador da CP – Caminhos de Ferro Portugueses, EP – 2000-2002; - Administrador do Instituto Marítimo Portuário – 1998-2000; - Presidente do Conselho Diretivo do Instituto Nacional de Pilotagem dos Portos – 1997-1998; - Administrador do Porto de Sines - 1996-1997; - Vereador da Câmara Municipal de Lisboa – 1990-1993; Administrador da SOPONATA – Sociedade Portuguesa de Navios Tanques, SA – 1991-1994; - Administrador dos CTT – Correios e Telecomunicações de Portugal e TLP – Telefones de Lisboa e Porto – 1986-1989; - Administrador da CARRIS – Companhia Carris de Ferro de Lisboa, SARL – 19841986; 115 - Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Habitação, Obras Públicas e Transportes (VIII Governo Constitucional) – 1981-1983. Administrador (Exerce funções desde Outubro de 2012) Dr. Luís Miguel Silva Ribeiro Idade: 42 anos Áreas de responsabilidade: Direção Financeira e Auditoria Formação: Licenciatura em Economia, pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa - 1994 Atividade profissional: - Vogal do Conselho de Administração, Metropolitano de Lisboa E.P.E. – 20102012; - Subdiretor-Geral do Tesouro e Finanças, Direção-Geral do Tesouro e Finanças – 2008-2010; - Adjunto do Gabinete do Secretário de Estado do Tesouro e Finanças, Secretaria de Estado do Tesouro e Finanças – 2005-2008; - Consultor do Gabinete para a Análise do Financiamento do Estado e das Empresas Públicas (GAFEEP), do Ministério das Finanças e, posteriormente, Técnico Superior da Direção-Geral do Tesouro e Finanças, do Ministério das Finanças e da Administração Pública - 1995-2005; - Vogal do Conselho Fiscal da Hidroelétrica de Cabora Bassa, S.A.R.L, em representação do Estado Português – 2004-2010; - Representante do Ministério das Finanças e da Administração Pública nos Conselhos Gerais das Autoridades Metropolitanas de Transportes do Porto e de Lisboa – 2009-2010. 116 Administrador (exerce funções desde Outubro de 2012) Dr. José Manuel Dias dos Santos Idade: 44 anos Áreas de responsabilidade: Comercial e Marketing (desde 20 de Novembro de 2012), Recursos Humanos, Formação, Direção de Engenharia e Manutenção, Direções de Unidades de Handling (Lisboa, Porto, Faro e Funchal.), Worldtracer/DCS. Formação: - Licenciatura em Direito (vertente económico/jurídicas), pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, 1991; Curso de Direito de Empresas, 1998; - Pós-Graduação de especialização em gestão Aeroportuária (2009/2010). - Frequência de Programa de Alta Direcção Empresarial (PADE) da Associação de Estudos Superiores de Empresa (AESE) – em curso (2012/2013) Actividade Profissional: - Administrador da portway s.a. desde Outubro de 2012; - Assessor do Conselho de Administração da ANA – Aeroportos de Portugal s.a. com o pelouro da Carga Aérea entre Março de 2011 e Outubro de 2012 - Administrador da portway, entre Março 2004 e Fevereiro de 2011; - Director de Recursos Humanos da portway, S.A., entre 2000 e 2004; - Sócio na Sociedade de Advogados MSM, Março de 2003. - Assessor da Direcção de Recursos Humanos da ANA, S.A., entre Abril de 1997 e 2000; - Assistência jurídica a empresas e particulares enquanto advogado inscrito no Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados, desde Fevereiro de 1994; - Administrador da Sociedade Geomáquina – Empreendimentos e Máquinas s.a. até Fevereiro de 2008; - Gerente da sociedade Primcom Lda (até Setembro de 2012). 117 Administrador Dr. Frederico Paias da Silva Torres Rangel Idade: 33 anos Áreas de responsabilidade: Direções das Unidades de Handling (Lisboa, Porto, Faro e Funchal), Engenharia e Manutenção, Recursos Humanos, Qualidade, Formação, Security, WT/DCS, Comercial e Secretariado (até a Deliberação Social Unânime por escrito de 24 de Setembro de 2012); Jurídico e Contencioso, Qualidade e Ambiente, Safety/Security e Secretariado e Administrativa (a partir da Deliberação Social Unânime por escrito referida.) Marketing (até 19 de Novembro de 2012). Formação: - Licenciatura em Gestão, pela Faculdade de Economia da Universidade de Porto, em 2002; - MBA pela Harvard Business School (Boston, EUA), em 2006 Actividade Profissional: - Administrador da portway, desde 17 de Março de 2011; - Consultor de gestão na MCKinsey & Company, desde 2002 e até Março 2011, participando em vários projetos nas áreas de transporte aéreo, retalho e sector bancário, em matéria de estratégia, operações, marketing e finanças. Área de atuação envolveu Portugal, Dubai, Angola, Brasil, Espanha e Luxemburgo. Foi igualmente membro da equipa de Recrutamento e Seleção da McKinsey em Lisboa, propulsor de formação de entrada aos novos consultores (em temas de ferramentas informáticas e de gestão/organização do tempo); - Membro da equipa de Planeamento e Controlo de Gestão do Metro do Porto, S.A., em 2001. 118 Presidente (Exerceu funções atéSsetembro de 2012) Eng.º Carlos Odécio Nunes Madeira Idade: 52 anos Áreas de responsabilidade: Relações com a Accionista e Representação da Sociedade Formação: - Licenciatura em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico - Mestre em Gestão de Empresas pela Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa. - Pós-graduação pela Universidade de Stanford em Palo Alto na Califórnia. Atividade profissional: - Vice-Presidente do Conselho de Administração da ANA – Aeroportos de Portugal, S.A; - Presidente da Comissão Executiva e Vogal do Conselho de Administração da NAER – Novo Aeroporto, S.A; - Presidente do Conselho Fiscal da ELO – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Económico; - Secretário da Mesa da Assembleia-geral da Próforum – Associação para o Desenvolvimento da Engenharia. Exerceu ainda os seguintes cargos: - Professor convidado, entre 1993 e 1995 no MBA da Universidade Católica de Lisboa e, entre 2003 e 2005, no Programa de Formação de Executivos da Universidade Nova de Lisboa; - Funções de alta direcção e de administração, na Nutrinveste, Águas de Portugal, EDP – Electricidade de Portugal e, actualmente, na ANA – Aeroportos de Portugal; - Consultor de gestão (The MAC GROUP Consultores) onde dirigiu projectos nas áreas de estratégia e organização em empresas de serviços financeiros, “utilities” e de transportes, em Lisboa, Chicago, Madrid e Barcelona; 119 - Director de Obra na Teixeira Duarte, onde conduziu trabalhos de obras públicas em barragens e minas e de fundações em obras especiais; - Engenheiro bolseiro do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, na área de geotecnia (estradas e aeródromos); Administradora (exerceu funções até Fevereiro de 2012) Dra. Joana Oliveira Freitas Idade: 35 anos Áreas de responsabilidade: Direções das Unidades de Handling (Lisboa, Porto, Faro e Funchal), Engenharia e Manutenção, Recursos Humanos e WT/DCS, Comercial e Marketing até 17 de Março de 2011. A partir de 17 de Março de 2011 – Direção Financeira e Administrativa e Direção Comercial. Formação: - Licenciatura em Economia, pela Faculdade de Economia da Universidade de Porto, 2000; - MBA pelo European Institute of Business Administration - INSEAD (campus França e Singapura), 2003. Actividade Profissional: - Administradora da portway, desde Março de 2010; - Directora Central de Operações da portway, entre Outubro de 2010 e Março de 2011; - Assessora do Secretário de Estado do Tesouro e Finanças do XVII Governo Constitucional, Ministério das Finanças, entre Janeiro de 2008 e Setembro de 2009; - Consultora de negócios voluntária na TechnoServe, Moçambique (ONG dedicado ao apoio ao sector privado), entre Agosto de 2006 e Janeiro de 2007; 120 - Consultora de gestão na MCKinsey&Company, participando em vários projectos na área das telecomunicações, banca e seguros, em matéria de estratégia, operações e marketing, desenvolvidos em território nacional, em Londres e no Rio de Janeiro, entre 2000 e 2007. 6.4 Remunerações e outras regalias (valores anuais em euros) Mesa Assembleia-Geral Unid: € Mandato I Presidente Vice-Presidente Secretário 2012 0 0 0 Unid: € Mandato II Presidente Vice-Presidente 2012 0 0 Fiscal Único (desempenhado pelo ROC) As remunerações atribuídas ao Fiscal Único (incluindo a respetiva Certificação Legal de Contas) foram as seguintes: - Pedro Roque & Carlos Teotónio, SROC (representado por Pedro Roque) – 9.720 euros 121 Conselho de Administração Remunerações 2012 CM AFL LMR JMS FR JOF 1. Remuneração 1.1. Remuneração base Anual/Fixa (€) 0,00 0,00 0,00 21.683,67 93.600,00 7.800,00 1.2. Redução decorrente da Lei 12-A/2010 (€) 0,00 0,00 0,00 1.084,18 4.680,00 390,00 1.3. Redução decorrente da Lei 55-A/2010 (€) 0,00 0,00 0,00 2.059,95 8.892,00 741,00 1.4. Remuneração Anual Efectiva (1.1.- 1.2.-1.3.) (€) 0,00 0,00 0,00 18.539,54 80.028,00 6.669,00 1.5. Senha de presença (€) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.6. Acumulação de funções de gestão (€) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.7. Remuneração variável (€) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.8. IHT (isenção de horário de trabalho) (€) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1.9. Outras (Proporc. Sub. Férias) (€) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 555,75 1.9. Outras (Proporc. Sub. Natal) (€) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 555,75 1.9. Outras (Férias não gozadas) (€) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 7.275,27 2.1. Plafond Anual em comunicações móveis (€) 0,00 0,00 0,00 600,00 2.400,00 200,00 2.2. Gastos na utilização de comunicações móveis (€) 0,00 0,00 0,00 0,00 981,98 32,85 2.3. Subsídio de deslocação (€) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 2.4. Subsídio de refeição (€) 0,00 0,00 0,00 306,18 1.341,36 123,93 2.5. Outras 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3.1. Regime de Proteção Social (€) 0,00 0,00 0,00 3.063,66 12.254,64 1.246,86 3.2. Seguros de saúde (€) 0,00 0,00 0,00 0,00 339,70 28,31 3.3. Seguros de vida (€) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3.4. Seguro de Acidentes Pessoais (€) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3.5. Outros (Fundo Pensão Compl. ANA) (€) 0,00 0,00 0,00 661,23 0,00 0,00 4.1. Marca - - - Audi Audi Audi 4.2. Modelo - - - A 5 2.0 A 4 2.0 A 5 2.0 4.3. Matrícula - - - 33-IT-99 02-LQ-83 33-IT-99 4.4. Modalidade de Utilização (Aquisição/ALD/Renting/Leasing) - - - Renting Renting Renting 0,00 0,00 0,00 51.880,85 48.192,52 51.880,85 4.6. Ano Inicio - - - 2009 2011 2009 4.7. Ano Termo - - - 2013 2015 2013 4.8. Nº Prestações (se aplicável) - - - 48 48 48 4.9. Valor Residual (€) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4.10. Valor de renda/prestação anual da viatura de serviço (€) 0,00 0,00 0,00 2.947,74 19.068,16 982,58 4.11. Combustível gasto com a viatura (€) 0,00 0,00 0,00 1.011,26 1.757,29 143,38 4.12. Plafond anual Combustivel atribuído (€) 0,00 0,00 0,00 3.375,00 13.500,00 1.125,00 4.13. Outros (identificar detalhadamente) (€) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 5.1.Opção pela remuneração do lugar de origem (s/n) - - - Não Não Não 5.2. Remuneração Iliquida Anual pelo lugar de origem (€) - - - - - - 5.3.1. Segurança social (s/n) - - - Não Não Não 5.3.2. Outro (indicar) - - - - - - 5.4. Exercício funções remuneradas fora grupo (s/n) - - - Não Não Não 5.5. Outras (identificar detalhadamente) - - - Não Não Não 2. Outras regalias e compensações 3. Encargos com benefícios sociais 4. Parque Automóvel 4.5. Valor de referência da viatura nova (€) 5. Informações Adicionais 5.3. Regime de Proteção social Legenda: CM – Carlos Madeira – Presidente (até 24/09/2012; AFL – António Ferreira de Lemos – Presidente (desde 08/10/2012; LMR – Luís Miguel Ribeiro – Vogal (desde 08/10/2012); JMS – José Manuel Santos – Vogal (desde 08/10/2012); FR – Frederico Rangel – Vogal; JOF - Joana Oliveira Freitas – Vogal (até 29/02/2012). a) Corresponde à remuneração anual bruta auferida, decorrente do estatuto remuneratório fixado ou do lugar de origem caso esta opção tenha sido autorizada. b) Caso a viatura tenha sido adquirida através de contratos Leasing, ALD, Renting, etc, deverá ser colocado o número de prestações contratualizadas. 122 Auditor Externo Auditor Externo - Ernst & Young Remuneração anual auferida (€) 2011 ** 2012 12.800,00 12.800,00 ** Em 2011 foi aplicado o artigo 22º da Lei 55-A/2011 (Lei OE/2011) SIM ___ Não_X_ 7. Análise de sustentabilidade da empresa nos domínios económicos, social e ambiental a) Estratégias adotadas; No desenvolvimento da sua atividade, a portway delineia os seus objetivos e estratégias premiando a inovação e a eficiência dos seus recursos, humanos e técnicos, com vista ao aumento da produtividade da empresa bem como ao seu desenvolvimento sustentável. Isto mesmo é detalhadamente enunciado nos pontos seguintes e antecedentes do presente capítulo. b) Grau de cumprimento das metas fixadas; Este ponto já foi abordado na secção 1 do presente capítulo. c) Políticas prosseguidas com vista a garantir a eficiência económica, financeira, social e ambiental e a salvaguardar normas de qualidade; As políticas prosseguidas com estes princípios é diversa e alargada. Sobre estas questões, entendemos que o exposto no relatório da Administração, bem como na alínea e) do presente capítulo, ao longo dos diferentes tópicos – Responsabilidade Social e Desenvolvimento Sustentável – permitem uma boa síntese destas políticas da empresa. Para evitar duplicações, não as repetimos aqui. 123 d) Identificação dos principais riscos para a atividade e para o futuro da empresa; Esta matéria encontra-se abordada especificamente no ponto 10 do presente capítulo ”Informação sobre a existência de um sistema de controlo compatível com a dimensão e complexidade da empresa, de modo a proteger os investimentos e os seus ativos, o qual deve abarcar todos os riscos relevantes pela empresa (ponto 19 da RCM nº 49/2007, de 28 de Março)”, para o qual se remete. e) Forma de cumprimento dos princípios inerentes a uma adequada gestão empresarial • Responsabilidade Social: A empresa adota uma política de responsabilidade social que se traduz na aplicação de diversas medidas, com destaque para as de valorização dos recursos humanos patentes em diversos pontos do presente relatório e do relatório de gestão, bem como na criação do Conselho para a Responsabilidade Social e Sustentabilidade, composto por três Diretores escolhidos entre os diretores do Centro Corporativo (Sede), a saber o Diretor Financeiro, como presidente, e os Diretores de Recursos Humanos e da Unidade de Handling de Lisboa, como vogais, tendo como principais atribuições: Recomendação de prioridades e identificação das melhores práticas em termos de Responsabilidade Social a aplicar na portway; Influenciar a adoção e a implementação das prioridades identificadas de forma integrada nos Processos Empresariais; Suportar a integração de objetivos e metas de Responsabilidade Social nos Planos Estratégicos e assegurar a sua comunicação e monitorização periódica. 124 • Garantia de promoção da igualdade de oportunidades, de respeito pelos direitos humanos e de não discriminação; A portway implementa políticas de recursos humanos baseadas na igualdade de oportunidades, de respeito pelos direitos humanos e de não discriminação, promovendo a valorização do seu capital humano e implementando sistemas para garantir o bem-estar dos seus trabalhadores e para premiar o mérito do desempenho. Respeita igualmente os princípios e as boas regras de procedimento nas relações interpessoais o interior da empresa, vertidos no Código de Ética e de Conduta. Expressão das políticas implementadas é a forte motivação individual e coletiva em torno do espírito de equipa mantêm o absentismo em valores comparativamente baixos, considerando a especificidade do serviço, maioritariamente exercido em regime de turnos, assinalando-se em 2012 um aumento para 4,8% no conjunto da atividade da empresa. A portway tem uma equipa de colaboradores que maioritariamente se enquadra nas faixas etárias entre os 25 e os 39 anos de idade. Decorrente da especificidade da atividade desenvolvida, a nível operacional, o grau de escolaridade situa-se no ensino secundário. - Gestão adequada do capital humano da empresa, com promoção da valorização individual dos recursos humanos, instituição de sistemas que garantam o bem-estar e premeiem o mérito dos colaboradores; Os Colaboradores representam a grande riqueza da portway. Depois do investimento na Formação, e do trâmite do “On-Job-Training”, estão preparados profissionais capazes de assumir níveis de responsabilidade mais exigentes nas suas áreas e de trabalhar em Equipa para um objetivo comum. 125 Em 2012 foi continuado e reforçado das políticas de promoção, valorização, motivação e estímulo do desempenho dos seus colaboradores, contribuindo para a sua maior qualificação e desenvolvimento (programas de incentivo à produtividade operacional/prémios periódicos ações de sensibilização/prevenção dos acidentes de trabalho). De facto, as políticas de Recursos Humanos da portway foram desde sempre orientadas para a promoção do capital humano. Esta orientação, e considerando que se encontra situada num mercado fortemente concorrencial, impõe a necessidade de se fazer destacar pela maior aptidão técnica dos seus recursos e pela consequente melhoria da qualidade do serviço prestado. A este aspecto foi associado o reforço de intervenção de cariz social, nomeadamente pela associação a programas já existentes no grupo ANA, visando promover o bem-estar e a preservação da qualidade de vida dos trabalhadores num contexto de fortes constrangimentos económicos. Em 2012, destacar-se-iam os seguintes aspectos: a) Formação contínua: a empresa continuou a apostar na contínua qualificação dos recursos humanos, dotando-os do know-how e das ferramentas necessárias para, sob o ponto de vista comercial, poder fazer face à crise de mercado e à forte concorrência do sector, garantindo o emprego, registe-se que em 2012 foram ministradas 95220 horas de formação a 4416 formandos, num universo diversificado de programas e conteúdos; b) Promoção de uma relação de diálogo e envolvimento com os colaboradores: realização de reuniões mensais operacionais com colaboradores das quatro escalas e de todos os departamentos, senioridade e tipos de função, com o objetivo de partilhar informação sobre o desempenho da empresa, refletir sobre prioridades futuras e celebrar sucessos alcançados; 126 c) Promoção da polivalência e flexibilidade: o crescendo da quantidade e especificidade das exigências das companhias áreas que assiste implicou uma forte aposta na versatilidade das tarefas a cumprir pelos seus colaboradores o que, associado à já referida aposta massiva na formação, implicou a implementação da polivalência associada aos descritivos funcionais; a estes fatores deve somar-se o fator de flexibilização da própria força de trabalhos (ex. horários em regime de trabalho parcial) desde sempre promovido na empresa; d) Iniciativas de melhoria do desempenho operacional: em 2012, em estreita articulação com as suas equipas, foram dinamizados diversos programas internos dedicados, por exemplo, ao combate à sinistralidade laboral e respetivo absentismo, bem como ao incremento da produtividade operacional; estes programas contaram com o envolvimento dos colaboradores, quer ao nível da participação quer ao nível da conceção e implementação (Melhoria da Performance Operacional, Programa “Não te Magoes” de combate aos Acidentes de Trabalho e Absentismo derivado, Prémios de Performance Operacional); e) Rentabilização do Know-how dos recursos internos: o reforço da aposta da comercialização do seu know-how especializado ao mercado sob novos “formatos”, nomeadamente o da consultadoria técnica; Desta forma, e como principais evidências /resultados podem destacar-se: - O Crescimento da competitividade da mão-de-obra: aos fatores Formação, Flexibilidade, Motivação e Qualidade, aos quais acresceu uma política de ponderada contenção de custos com pessoal, pode associar-se como consequência natural - efeito mas também resultado o crescimento da competitividade da mão-de-obra contratada; 127 - O crescimento dos níveis de emprego / efetivo médio: em matéria de Efetivo Médio, pode afirmar-se que, sobretudo comparando com o crescimento verificado nos últimos anos, este indicador releva idêntica tendência ainda que a um ritmo menos intenso (crescimento de 6%). Sendo a atividade de assistência em escala (handling) uma área com uma forte componente técnica, e considerando a evolução técnica e tecnológica do sector, os Colaboradores da portway são sujeitos a intensa formação em diversas áreas, algumas disciplinadas pela ICAO, e regulamentadas e fiscalizadas pelo INAC, como o Security, outras pela IATA, fiscalizadas pelos nossos Clientes, como Dangerous Goods, ou o Safety, assim como a formação nos diversos sistemas de aceitação de passageiros e bagagem, ou de balanceamento de aeronaves, DCS (Departure Control System). Acresce que a portway participa do Sistema Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho do grupo ANA. S.A. Da implementação desse sistema resulta a observância de práticas correntes relacionadas com a disponibilização de cuidados médicos permanentes, medicina preventiva, ergonomia, equipamentos de proteção individual, etc. Ao longo do ano assinala-se ainda a continua realização de diversas ações de sensibilização sobre segurança e prevenção de riscos, com contéudos actualizados, nomeadamente visando a alteração de práticas e ou de infraestruturas destinadas a prevenir o aparecimento de doenças profissionais e a reduzir perigos. A portway efetua ainda um acompanhamento corrente da realização das atividades dos seus colaboradores, com vista a garantir a respetiva observância. O programa “ Não Te Magoes” teve igualmente a sua continuação em 2012 cuja avaliação trimestral dos níveis de sinistralidade por departamento operacional das diferentes Unidades de Handling determina a atribuição de prémio ao coletivo dos colaboradores da área com melhor performance (ausência ou menor número de ocorrências) em matéria de acidentes de trabalho. 128 - Adoção de práticas ambientalmente corretas A relação da portway com o Ambiente é uma relação de dever executado com empenho, preocupação e consciência da necessidade de um planeta sustentável. A empresa assume que é necessário continuar a agir rumo a um ambiente mais sustentável no futuro. Para tal, continuamos focados na melhoria contínua do nosso Sistema de Gestão Ambiental, implementado e certificado desde Fevereiro de 2008. A Política Ambiental da portway está descrita no Manual da Qualidade e Ambiente, e visa: Cumprir os rigorosos requisitos legais aplicáveis; Criar sinergias compensatórias, nomeadamente com os nossos parceiros e Clientes; Utilizar correcta e racionalmente os recursos naturais; Encaminhar adequadamente os nossos resíduos; Promover medidas de redução de poluição, através da aquisição de veículos híbridos e/ou eléctricos; Renovar a nossa frota e equipamentos, optando sempre por soluções mais amigas do ambiente. O Sistema de Gestão Ambiental da portway é um sistema integrado com o Sistema de Gestão da Qualidade e coordenado pela responsável da área do Ambiente, sob instrução da Administração. Com base na identificação dos Aspectos Ambientais Significativos e consequentes Impactes Ambientais em cada Unidade e por Departamento, foi criado um Programa de Gestão Ambiental que inclui uma rotina de encaminhamento de resíduos, conforme as determinações legais - em alguns itens suportada pela organização Ambiental dos Aeroportos, sendo que na maior parte dos artigos recorre-se à contratação directa dos serviços de operadores especializados e licenciados para o efeito. 129 - Desenvolvimento sustentável - Criação de valor para o acionista (aumento da produtividade, orientação para o cliente, redução da exposição a riscos decorrentes dos impactes ambientais, económicos e sociais das atividades, etc); A portway prossegue o desenvolvimento da sua atividade com respeito pelo princípio da criação de valor para o seu acionista único, a ANA. Durante o ano de 2012, a portway apresentou o volume de negócios constante do quadro seguinte, o qual revela os valores repartidos pelas diferentes Unidades e pela Sede: Unidades de Handling Volume de Negócios Lisboa Porto Faro Funchal Sede Total 22.622.319 € 14.090.560 € 18.435.972 € 3.379.146 € 350.049 € 58.878.046 € Nas relações negociais, o cumprimento das normas e dos procedimentos internos em matéria de aquisição de bens e serviços, bem como da legislação em vigor é assegurada pela Direção Financeira e Administrativa em articulação com outras direções, nomeadamente a Direção de Engenharia e Manutenção e a Direção de Recursos Humanos. Neste âmbito e, conforme referido no ponto 2 do presente Relatório, no ano de 2011 foi elaborado e aprovado o Manual de Aquisição de Bens e Serviços. A atividade da portway é claramente orientada para o Cliente. A definição de “Cliente” extrapola a relação contratual com os Operadores (Companhias Aéreas), alargando o conceito aos “Clientes dos nossos Clientes”. 130 Deste modo, Passageiros, Agentes de Carga, e muitos outros, aumentam a nossa “família de Clientes”, aos quais servimos com dedicação, e de quem aceitamos elogios e críticas, fio condutor da identificação de medidas de melhoria dos nossos serviços. A satisfação dos nossos Clientes, sendo um dos Objetivos Estratégicos assumidos, é internamente aferida pela quantidade de erros provocados, nomeadamente identificados: Pela atribuição de códigos de atraso às aeronaves, conforme tabela publicada pela IATA (AHM 730); Pela atribuição de Fault Station no Sistema WTM (World Tracer Management) às bagagens que sofreram alguma irregularidade; Pela monitorização do cumprimento dos acordos (SLA’s), e das regras de Security e Safety, dividida nas áreas críticas de Assistência a Passageiros, Assistência a Aeronaves na Placa e Balanceamento e Documentação. Os Acordos de Níveis de Serviços (SLA – Service Level Agrement) definem os contornos da operação e são, em todos os casos, comunicados detalhadamente a cada um dos Colaboradores envolvidos no seu desempenho, de modo a garantir o seu cumprimento. A portway tem SLA assumidos com os Aeroportos em que opera e com a grande parte dos seus Clientes, as Companhias Aéreas. Os resultados da monitorização do cumprimento dos SLA´s com os Aeroportos são publicados semestralmente no portal da ANA na Internet (www.ana.pt). Externamente, a mesma é aferida por iniciativa e ação dos nossos Clientes (Companhias Aéreas), que realizam Auditorias aos nossos serviços, organização e documentação. 131 Em paralelo, mantemos um Sistema de Gestão de Reclamações, garantia de que todas as críticas e elogios são levados em consideração. O feedback da nossa ação é um dos grandes indicadores da nossa performance, em análise por parte do sistema de reclamações. Durante 2012 foi recebido um total de 878 reclamações formais, cuja origem maioritária foi de Passageiros. Do total, após triagem, 864 foram reenviados aos verdadeiros responsáveis da insatisfação (maioritariamente, as Companhias Aéreas), tendo sido assumidas as remanescentes 14 reclamações. Estas foram submetidas a análise e ação internas com o objetivo de melhoria contínua dos serviços e conducentes à satisfação da globalidade dos nossos Clientes. Por outro lado, o sistema de recolha e gestão de reclamações gerou 74 agradecimentos e elogios pela qualidade dos nossos serviços, sendo a grande maioria com origem de Companhias Aéreas e também de alguns Passageiros. - Promoção da proteção ambiental; O Objectivo e respectiva Meta Ambiental estabelecido para 2012 está descrito na tabela abaixo: Controlo das emissões de Gases de Efeito Estufa dos GSE a Diesel 100% dos GSE As medições de opacidade dos nossos GSE foram levadas a cabo nas 4 Unidades de Handling e abrangeram todos os equipamentos diesel. A análise estatística dos valores obtidos pelo equipamento de medição, permitenos concluir se os nossos GSE apresentam ou não valores de opacidade acima dos valores legais permitidos. 132 Os valores estabelecidos pela legislação para a opacidade (k) são de 3 m-1 para motores turbo e de 2,5 m-1 para motores sem turbo. Qualquer valor acima destes pressupõe problemas ao nível do motor e da combustão do gasóleo. Os valores obtidos pelos nossos GSE ficaram todos abaixo dos valores legais permitidos. De realçar que novamente 100% dos equipamentos foram monitorizados e controlados em termos das suas emissões, depois da dificuldade pontual observada em 2011. Os consumos de gasóleo sofreram um ligeiro aumento em todas as unidades, com excepção da unidade de Handling do Funchal durante o ano de 2012, devido a alterações operacionais. O caso mais relevante, em Lisboa, está intrinsecamente ligado à deslocalização da operação de vários clientes do Terminal 1 para o Terminal 2, onde se incluem dois dos principais clientes, com as consequentes deslocações adicionais dos passageiros e bagagens (que “chegam” pelo Terminal 1, apesar de partirem do Terminal 2). - Contribuição para a inclusão social (empregabilidade). A portway tem um volume de negócios oscilante entre o Verão/Inverno IATA pelo que a afetação de colaboradores necessita de alguma flexibilidade. Para responder a esta flutuação, os horários praticados por parte dos seus colaboradores podem variar entre o part-time no Inverno, e o full-time no Verão. Em simultâneo, recorre-se ao Trabalho Temporário sempre que a operação o justifica, abandonando-se o recurso ao mesmo quando deixa de fazer sentido operacional. 133 - Moldes em que foi salvaguardada a competitividade da empresa, designadamente, pela via de investigação, inovação, desenvolvimento e da integração de novas tecnologias no processo produtivo. As particularidades associadas à atividade de assistência em escala requerem, cada vez mais, um rigoroso controlo dos processos de trabalho e um forte investimento na otimização e inovação dos processos de trabalho. A portway reforçou a sua posição na área dos sistemas de informação, investindo no desenvolvimento e aquisição de ferramentas informáticas. Assim, durante o ano de 2012 a portway, estrategicamente definiu a mobilidade e o investimento na melhoria funcional dos sistemas em uso, como elementos chave e diferenciadores no suporte operacional e administrativo da empresa. Neste contexto, enumeram-se seguidamente alguns dos sistemas alvo de investimento por parte da portway: Instalação de terminais de picagem biométricos na unidade de handling de Lisboa e sede. O sistema eletrónico de assiduidade e pontualidade Tempus e o ERP Primavera foram integrados para automatizar o processo de validação de irregularidades e o processamento de vencimentos; Migração do ERP Primavera para a nova versão disponível. A plataforma tecnológica (hardware) foi também migrada aumentando a capacidade e disponibilidade de recursos tecnológicos; Migração e operacionalização da nova distribuição do sistema de gestão dos terminais de carga Siccarga. Foram introduzidas melhorias e novas funcionalidades. A revisão do modelo de dados permitiu uma maior integrabilidade da informação, salvaguardando desde já as necessidades tecnológicas e a capacidade de responder aos novos desafios de transferência eletrónica de informação; 134 Introdução da plataforma unificada de comunicações Lync, possibilitando obter informação relativa à disponibilidade dos interlocutores, enviar mensagens instantâneas e participar em conferência áudio, vídeo ou web, através dum interface consistente e familiar; Introdução de plataforma de e-learning possibilitando executar ações formativas on-line garantindo uma maior interatividade entre o centro de formação, formandos e formadores. (operacionalização a realizar em 2013); Reforço em novas funcionalidades sobre o sistema de gestão da formação Forinsia, apostando na inovação de processos e na obtenção de indicadores de gestão. Os desenvolvimentos realizados permitiram introduzir novas aplicações informáticas e melhorias evolutivas nos sistemas em uso. Assim, são de salientar, entre outros: Desenvolvimento de novas funcionalidades sobre o sistema operacional “Clever Ops”, possibilitando maior integrabilidade da informação operacional com os processo de faturação. Foram também desenvolvidos e disponibilizados novos indicadores estatísticos e de gestão relevantes à gestão operacional e financeira; Extensão aos aeroportos de Faro, Porto e Funchal do desenvolvimento sobre o sistema informático Clever Ops que permite preenchimento automático dos formulários de tráfegos. Foram desenvolvidas melhorias conduzindo a uma maior automatização e integrabilidade; Desenvolvimento de sistema informático centralizado para gestão das cobranças efetuadas nos balcões de vendas. Para além da inovação nos processos de trabalho será possível obter indicadores de gestão relevantes; Desenvolvimento de diversos aplicativos, em particular na aérea de recursos humanos, destacando-se entre outros a integração com o sistema de gestão de acessos ao refeitório; integração com os sistemas de processamento de subsídios de alimentação; o cálculo automático do subsídio de turno de cada funcionário tirando partido do esquema de 135 turnos publicados pelo aplicativo de gestão de horários e turnos Scheduler Expert; No que diz respeito a projetos de inovação, o ano de 2012 serviu para lançar as bases que permitirão apostar na introdução de processos otimizados recorrendo à mobilidade. Com particular relevância refere-se: Participação, em parceria com a ANA/aeroporto de Lisboa, no concurso ao projeto G-Airport ao abrigo do sétimo programa da comissão europeia na aérea de aviação e transporte aéreo. Este projeto de investigação e desenvolvimento visa encontrar e disponibilizar, em dispositivos móveis, soluções otimizadas para a mobilidade aeroportuária tendo em consideração os passageiros, a localização e as condições dos terminais aeroportuários; - Planos de ação para o futuro. O ano de 2013 vai ser fundamentalmente marcado pela alteração do estatuto da portway enquanto integrada no grupo ANA como pertencendo ao Sector Empresarial do Estado, consumada que seja a respectiva privatização. Do ponto operacional, e reportando-nos especialmente à Unidade de Handling de Faro, continuará a subsistir o factor incerteza relativamente à entrada de uma novo operador através da atribuição da respectiva licença pela entidade reguladora. 8 – Viabilidade do cumprimento dos Princípios de Bom Governo (RCM nº 49/2007, de 28 de Março) A Resolução do Conselho de Ministros n.º 49/2007, de 22 de abril, estabelece os Princípios de Bom Governo das empresas do Setor Empresarial do Estado. Estes Princípios assumem natureza de recomendações às empresas, porquanto a sua aplicação deve ser precedida de um juízo de valor sobre a respetiva adequação em 136 função da dimensão e demais características da empresa. Esta apreciação prévia poderá fundamentadamente justificar o eventual não cumprimento de algum dos Princípios quando se avalie a sua aplicação desajustada. A portway, no desenvolvimento da sua atividade, dá cumprimento aos Princípios de Bom Governo estabelecidos no capítulo II da Resolução do Conselho de Ministros nº 49/2007, os quais são diretamente dirigidos às empresas detidas pelo Estado. Todavia, relativamente ao Ponto 28 da Parte III da mencionada Resolução (Princípios relativos à divulgação de informação) que recomenda a nomeação, quando se justifique, de um Provedor de Cliente, verifica-se que dada a especificidade da atividade de assistência em escala a qual é desenvolvida em mercado concorrencial com uso da liberdade contratual dos clientes (companhias aéreas) que nele operam, em respeito pela regulamentação comunitária resultante da Diretiva 96/67/CE, de 15 de outubro, não foi ainda considerado ajustado proceder à mencionada nomeação. De forma a tornar mais explícita a conformidade do presente Relatório Anual com o preconizado pela RCM n.º49/2007, construiu-se o quadro seguinte, onde se refere, conforme os casos, a correspondência com o respetivo capítulo do Relatório. RCM 49/2007 Secção do Relatório 1. Missão, objectivos e políticas da empresa 2. Regulamentos Internos e externos a que a empresa se encontra sujeita 3. Informação sobre transacções relevantes com entidades relacionadas 4a) Procedimentos adoptados em matéria de aquisição de bens e serviços 4b) Lista dos principais fornecedores 5a) Membros dos órgãos sociais, funções e responsabilidades 5b) Auditor externo 6. Remunerações dos membros dos órgãos sociais 7. Análise da Sustentabilidade nos domínios económicos, social e ambiental 8. Cumprimento dos princípios de bom governo 9. Código de ética 10. Provedor do cliente Ponto 1 – Relatório do Governo Societário Ponto 2 – Relatório do Governo Societário Ponto 3 – Relatório do Governo Societário Ponto 4 – Relatório do Governo Societário Ponto 4 – Relatório do Governo Societário Ponto 5 – Relatório do Governo Societário Ponto 5 – Relatório do Governo Societário Ponto 6 – Relatório do Governo Societário Relatório de Sustentabilidade Ponto 8 – Relatório do Governo Societário Ponto 9 – Relatório do Governo Societário n.a. 137 Adicionalmente, e apesar de não ser uma sociedade aberta ao investimento do público e, por isso, não directamente abrangida pelas recomendações da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a portway, detida a 100% pela ANA, tem vindo a observar, na generalidade, as recomendações que lhe são aplicáveis, tendo em conta o seu estatuto de empresa de capitais públicos. Regulamento CMVM 0. Declaração de cumprimento I. Assembleia Geral Capítulo Relatório Gov. Societário n.a. 6.1. 1 Composição, mandato e remuneração. 2 Exercício do direito de voto e representação de accionistas. 3 Informação sobre a intervenção da assembleia-geral sobre a política de remuneração, sobre atribuição de acções e atribuição de benefícios de reforma dos órgãos de administração e respectiva avaliação de desempenho. II. 6.1. n.a. n.a. Órgãos de Administração e Fiscalização 6.1 Secção I - Temas Gerais n.a. Organogramas ou mapas funcionais relativos à repartição de competências entre os vários órgãos e departamentos da sociedade no quadro do processo de decisão empresarial da sociedade, incluindo informação sobre o âmbito das delegações de competências, em particular no que se refere à delegação da administração quotidiana da sociedade. Estrutura organizacional 2 Identificação e composição das comissões especializadas constituídas com competências em matéria de administração ou fiscalização da sociedade. Estrutura organizacional 3 Descrição do sistema de controlo de riscos implementado na sociedade. n.a. 4 Indicação sobra a existência de regulamentos de funcionamento dos órgãos da sociedade. n.a. 1 Secção II - Conselho de Administração 5 A caracterização do órgão de administração, designadamente a identidade de membros que compõem o órgão de administração, distinguindo-se os membros executivos dos não executivos, e os membros independentes dos não independentes. 5 – R.G.S. 5 – R.S.G. 138 6 Identificação dos principais riscos económicos, financeiros e jurídicos a que a sociedade se expõe no exercício da actividade. 7 Descrição do modo de funcionamento do órgão de administração, indicando-se nomeadamente: 10 a) Poderes do órgão de administração, designadamente no que respeita a deliberações de aumento de capital; n.a. b) Informação sobre a política de rotação dos pelouros no Conselho de Administração, nomeadamente do responsável pelo pelouro financeiro, bem como sobre as regras aplicáveis à designação e à substituição dos membros do órgão de administração e de fiscalização; n.a. c) Número de reuniões dos órgãos de administração e fiscalização, bem como referência à realização das respectivas actas; 5 d) Distinção dos membros executivos dos não executivos e, de entre estes, discriminação dos membros que cumpririam, se lhes fosse aplicável as regras de incompatibilidade previstas no n.º 1 do artigo 414º-A do Código das Sociedades Comerciais, com excepção da prevista na alínea b), e os critérios de independência previstos no n.º 5 do artigo 414º, ambos do Código das Sociedades Comerciais. n.a. 8 Indicação das regras do processo de selecção de candidatos a administradores não executivos e forma como asseguram a não interferência nesse processo dos administradores executivos bem como as funções que os membros do órgão de administração exercem em outras sociedades, discriminando-se as exercidas em outras sociedades do mesmo grupo. n.a. 9 Secção III - Conselho Geral e de Supervisão, Comissão para as Matérias Financeiras e Conselho Fiscal n.a Conselho Fiscal. n.a. Secção IV – Remuneração Indicação do montante anual da remuneração auferida individualmente pelos membros dos órgãos de administração e fiscalização da sociedade, incluindo remuneração fixa e variável e, relativamente a esta, menção às diferentes componentes que lhe deram origem, parcela que se encontra diferida e parcela que já foi paga. 6. Informação sobre o modo como a remuneração é estruturada de forma a permitir o alinhamento dos interesses dos membros do órgão de administração com os interesses de longo prazo da sociedade bem como sobre o modo como é baseada na avaliação do desempenho e desincentiva a assunção excessiva de riscos. n.a. 12 Informação relativa aos critérios e modos de pagamento da remuneração variável. n.a. III. Informação e Auditoria 1 Descrição da evolução da cotação das acções do emitente, tendo em conta, designadamente: 10 11 a) A emissão de acções ou de outros valores mobiliários que dêem direito à subscrição ou aquisição de acções; b) O anúncio de resultados; n.a. n.a. 139 2 3 4 c) O pagamento de dividendos efectuado por categoria de acções com indicação do valor líquido por acção. n.a. Descrição das principais características dos planos de atribuição de acções e dos planos de atribuição de opções de aquisição de acções adoptados ou vigentes no exercício em causa. n.a. Descrição dos elementos principais dos negócios e operações realizados entre, de um lado, a sociedade e, de outro, os membros dos seus órgãos de administração e fiscalização, titulares de participações qualificadas ou sociedades que se encontrem em relação de domínio ou de grupo, desde que sejam significativos em termos económicos para qualquer das partes envolvidas. n.a. Referência à existência de um Gabinete de Apoio ao Investidor ou a outro serviço similar, com alusão a: n.a. a) Funções do Gabinete; b) Tipo de informação disponibilizada pelo Gabinete; c) Vias de acesso ao Gabinete; d) Sítio da sociedade na Internet; n.a. e) Identificação do representante para as relações com o mercado. 5 Indicação do montante da remuneração anual paga ao auditor e a outras pessoas singulares ou colectivas pertencentes à mesma rede suportada pela sociedade e/ou por pessoas colectivas em relação de domínio ou de grupo e, bem assim, discriminação da percentagem respeitante aos seguintes serviços: a) Serviços de revisão legal de contas; 6 b) Outros serviços de garantia de fiabilidade; c) Serviços de consultoria fiscal; d) Outros serviços que não de revisão legal de contas. Se o auditor prestar algum dos serviços descritos nas alíneas c) e d), deve ser feita uma descrição dos meios de salvaguarda da independência do auditor. 140 9. Existência de Código de Ética Enquanto integralmente detida pela ANA, S.A, a portway optou pela adoção do Código de Ética e Conduta daquela sociedade. No ano de 2012 o Código de Ética foi alvo de uma alteração. O teor integral do Código encontra-se disponível no site da portway www.portway.pt tendo sido igualmente disponibilizado ou em formato digital a todos os colaboradores ou afixado em local visível pelas Direções de Unidade de Handling. O seu conteúdo abrange as seguintes matérias: propósitos do Código e enquadramento da sua aplicação através de uma Comissão de Ética; divulgação da Missão, Visão e Valores da empresa; princípios gerais de conduta; relações com stakeholders ou partes interessadas no desempenho da empresa e tipificação de comportamentos explicitamente interditos. Os objetivos desse Código podem ser sintetizados nos seguintes aspetos: Dar conhecimento a todos os colaboradores dos valores e princípios que norteiam a empresa e as normas de conduta que devem adotar no seu diaa-dia; Reforçar o sentimento de cultura partilhada; Estimular os colaboradores a questionarem se o que habitualmente fazem é conforme aos valores e princípios da empresa; Estabelecer critérios de hierarquização dos valores e das regras de conduta de forma a reduzir o risco de conflito de interesses na tomada de decisões 141 10. Informação sobre a existência de um sistema de controlo compatível com a dimensão e complexidade da empresa, de modo a proteger os investimentos e os seus ativos, o qual deve abarcar todos os riscos relevantes pela empresa (ponto 19 da RCM nº 49/2007, de 28 de Março) Exercendo a sua atividade de Assistência em Escala, e enquanto integralmente detida pela operadora aeroportuária ANA, a portway tem orientado a sua ação em linha com as recomendações referentes à boa governação corporativa, preservando uma relação de transparência com o mercado e adotando práticas de desenvolvimento sustentado, devendo ser assinalados os baixos níveis de litigância e o fraco impacto do contencioso jurídico. Em particular, a portway vem dando cumprimento aos comandos que traduzem os princípios do bom governo constantes da RCM nº 49/2007, de 28 de Março e da RCM nº 70/2008, de 22 de Abril. No plano normativo interno, tem vindo a continuada a implementação de praticas normativas processuais vertidas em nmanuais e regulamentos elaborados e revistos nos últimos dois anos e que abrangem as diferentes áreas funcionais da empresa. ( Código de Ética, Delegação de Poderes, Manual de Aquisição de Bens e Serviços, etc.). A portway, que não possui na sua orgânica, pela sua dimensão, uma estrutura de auditoria, promove a realização de auditorias do acionista (e também externas) principalmente direcionadas para a deteção de gestão de riscos de gestão, designadamente visando definir oportunidades de melhoria. Aliás, a empresa encontra-se sujeita ao plano de auditoria interna do acionista, que a desenvolve nas suas mais diversas vertentes, financeira, administrativa e operacional, observando também os ditames resultantes dessa fiscalização permanente. 142 Pode, por isso, afirmar-se que a portway está dotada de um sistema de controlo interno adequado à sua dimensão e complexidade: anualmente são fixados objetivos globais e departamentais mensalmente validados em sede informação de gestão mensal; possui um plano de controlo de execução orçamental mensal, em reunião dedicada com o Conselho de Administração e com responsáveis de primeira linha da empresa, além dos planos contabilísticos impostos por lei. O alinhamento com as políticas do acionista é garantido, em primeira instância, através da integração nos seus órgãos sociais de membros do conselho de administração da ANA com a responsabilidade da presidência. Dispõe ainda uma Comissão de Ética e de Conduta integrada por diretores de primeira linha da Empresa, pelo ROC e por dois administradores, sendo presidida pelo Administrador com o pelouro financeiro, cujas competências passam pela análise dos resultados das auditorias a que é sujeita, pelo acompanhamento permanente das respetivas oportunidades de melhoria e pela apresentação de medidas de melhoria na vertente de gestão de riscos, designadamente os de prevenção da corrupção e de infrações conexas. 143 Principais Riscos A portway, dada a natureza da sua atividade, não beneficia da existência de instrumentos para proteger todos os riscos à mesma inerente. Estes riscos para a atividade da empresa estão bem identificados e fazem parte da sua política prendendo-se essencialmente com as seguintes dimensões: mercado, economia, finanças, situação sociopolítica, regulação e operação. Acresce que o sector aeroportuário tem sofrido nos últimos anos grandes transformações que contribuíram decisivamente para acentuar a sua exposição ao risco, considerando nomeadamente a crescente importância das companhia aéreas de baixo custo, choques recentes sobre o tráfego e ainda a tendência para a saída da esfera exclusivamente pública, especialmente na Europa. Por isso, e em linha com a dimensão e complexidade da empresa, a portway dispõe de um sistema de acompanhamento dos principais riscos relevantes que lhe permite acompanhar e gerir as referidas tipologias de riscos: 1. Riscos de Mercado Os riscos decorrentes da evolução do volume de tráfego aéreo são analisados quinzenalmente pelo Conselho de Administração no contexto da revisão do desempenho da ação comercial da empresa e geridos através de ajustamentos nos principais custos controláveis (por exemplo, a mão de obra dentro dos limites que a legislação laboral permite) e em função do nível de atividade esperado. A um prazo mais longo, esses riscos são geridos no contexto das decisões estratégicas da empresa no que respeita a decisões de investimento (por exemplo, em equipamentos de handling) e capacidade instalada (por exemplo nas áreas arrendadas para instalações e espaços alugados). 144 2. Risco Económico-financeiro Os impactos decorrentes das variáveis macroeconómicas no potencial crescimento da empresa (evolução do PIB – nacional e nos países de origem de tráfego, demografia, potencial turístico, taxas de câmbio, taxas de juro, etc.) são apreciados pelo Conselho de Administração e pela Direção Financeira em reuniões mensais de avaliação do desempenho da empresa e de controlo orçamental, bem como, se apropriado, incorporados no processo de decisão com vista aos períodos relevantes seguintes, através de intervenções nas áreas financeiras (garantias prestadas pelos clientes, cash collection e tesouraria) ou nas operações (onde se procura o enforcement dos contratos no que respeita a clausulas de pagamento, entre outras). 3. Risco Sociopolítico Este tipo de risco é continuamente gerido pelos Diretores das Unidades de Handling e pelo gestor de segurança no contexto das atividades de Safety e Security pelas quais são responsáveis, conjuntamente com o Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC), as autoridades de segurança e as companhias aéreas. 4. Risco Ambiental Os riscos ambientais diretos são permanentemente identificados e geridos pela área da Qualidade e Ambiente da portway no âmbito do seu processo de certificação conforme a Norma ISO 14001. Os riscos ambientais induzidos no exterior (por exemplo, riscos de perda de tráfego ou outros decorrentes de nova regulação ambiental, alterações de horários de slots por imposições de ruídos ou poluição) são geridos através da mitigação dos seus impactos na procura da empresa, sendo adotadas as ações de política comercial e operacionais consentâneas. 145 5. Risco Regulatório Este tipo de risco assume uma menor importância para a empresa considerando que, na configuração legislativa atual, a portway é detentora de uma licença de acesso à atividade até 2018, licença atribuída pelo regulador INAC. Os riscos regulatórios indiretos são apreciados e incorporados no processo orçamental geral e geridos semestralmente no âmbito do controlo orçamental e de planeamento de médio prazo da empresa. 6. Risco Operacional Este tipo de risco é o que assume maior importância para portway. Por isso, a sua análise e gestão é feita mensalmente entre o Conselho de Administração, a Direção Central de Operações, os Diretores das Unidades de Negócio e as Direções de Recursos Humanos, Financeira, Comercial e pela área da Qualidade, através de uma análise da exposição da área das operações e a posição de custo (custos controláveis e custos não controláveis). Das referidas reuniões de avaliação de performance da empresa resultam medidas de mitigação a aplicar pelas Unidades de Handling com apoio dos serviços centrais. 7. Risco de Corrupção e Infrações Conexas - Plano de Prevenção A portway, consciente de que a corrupção é um sério obstáculo ao normal funcionamento das instituições e que constitui atualmente uma das grandes preocupação, não apenas dos vários Estados, mas também das organizações internacionais, revelando-se como uma ameaça aos Estados de Direito e um obstáculo ao normal funcionamento dos mercados, deu cumprimento à recomendação do Conselho de Prevenção da Corrupção procedendo à elaboração do seu Plano de Prevenção de Riscos e Infrações Conexas. 146 O Plano de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas da portway foi submetido ao Conselho de Prevenção da Corrupção e Infrações Conexas e ao Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, que tutela a empresa, e naturalmente o acionista – ANA – Aeroportos de Portugal s.a. 11. Identificação dos mecanismos adotados com vista à prevenção de conflitos de interesses (ponto 22 da RCM nº 49/2007, de 28 de Março) Os membros dos órgãos sociais da empresa designados no ano de 2012 apresentaram as respetivas declarações de inexistência de incompatibilidades e de impedimentos ao exercício de funções junto do Tribunal Constitucional bem como da Procuradoria-Geral da República, nos termos e para os efeitos do disposto no Decreto-Lei n.º 71/2007 de 27 de março na redação dada pelo Decreto-Lei n.º 8/2012, de 18 de janeiro, e na Lei n.º 64/93 de 26 de agosto, alterada pela Lei n.º 39-B/94, de 27 de dezembro, Declaração de Retificação n.º 2/95, de 15 de abril, Lei n.º 28/95, de 18 de agosto, Lei n.º 12/96, de 18 de abril, Lei n.º 42/96, de 31 de agosto, Lei n.º 12/98, de 24 de fevereiro, Decreto-Lei n.º 71/2007, de 27 de março, Lei n.º 30/2008, de 10 de julho, e Lei Orgânica n.º 1/2011, de 30 de novembro. 147 12. Explicitação fundamentada da divulgação de toda a informação atualizada prevista na RCM nº 49/2007, de 28 de Março: Informação a constar no Site do SEE S Estatutos actualizados (PDF) Historial, Visão, Missão e Estratégia Ficha sintese da empresa Identificação da Empresa: Missão, objectivos, politicas, obrig. serv. público e modelo de financiamento Modelo Governo / Ident. Orgãos Sociais: Modelo de Governo (identificação dos órgãos sociais) Estatuto remuneratório fixado Remunerações auferidas e demais regalias Regulamentos e Transacções: Regulamentos Internos e Externos Transações Relevantes c/ entidade(s) relacionada(s) Outras transacções Análise de sustentabilidade Económica, Social e Ambiental Avaliação do cumprimento dos PBG Código de Ética Informação Financeira histórica e actual Esforço Financeiro do Estado Informação a constar no Site da Empresa Existência de Site Historial, Visão, Missão e Estratégia Organigrama Orgãos Sociais e Modelo de Governo: Identifica dos orgãos sociais Identificação das áreas de responsabilidade do CA Identificação de comissões existentes na sociedade Identificar sistemas de controlo de riscos Remuneração dos órgãos sociais Regulamentos Internos e Externos Transacções fora das condições de mercado Transacções relevantes com entidades relacionadas Análise de sustentabilidade Económica, Social e Ambiental Código de Ética Relatório e Contas Provedor do cliente Divulgação N N.A. Comentários x x x x x x x x x x x x x x x S Divulgação N N.A. Comentários x x x x x x x x x x x x x x ver Relatório e contas ver Relatório e contas ver Relatório e contas ver Relatório e contas ver Relatório e contas ver Relatório e contas ver Relatório e contas ver Relatório de Sustentabilidade x Legenda: S - Sim N - Não N.A. - Não Aplicável 148 Gestão de Risco Financeiro - Despacho n.º 101/09-SETF, de 30-01 Preocedimentos adoptados em matéria de avaliação de risco e medidas de cobertura respectiva Diversificação de instrumentos de financiamento Diversificação das modalidades de taxa de juro disponíveis Diversificação de entidades credoras Contratação de instrumentos de gestão de cobertura de riscos em função das condições de mercado Adopção de politica activa de reforço de capitais permanentes Consolidação passivo remunerado: transformação passivo Curto em M/L prazo, em condições favoráveis Contratação da operação que minimiza o custo financeiro (all-in-cost) da operação Minimização da prestação de garantias reais Minimização de cláusulas restritivas (covenants) Medidas prosseguidas com vista à optimização da estrutura financeira da empresa Adopção de política que minimize afectação de capitais alheios à cobertura financeira dos investimentos Opção pelos investimentos com comprovada rendibilidade social/empresarial, beneficiam de FC e de CP Utilização de auto financiamento e de receitas de desinvestimento Inclusão nos R&C Descrição da evolução tx média anual de financiamento nos últimos 5 anos juros suportados anualmente com o passivo remunerado e outros encargos nos últimos 5 anos Análise de eficiência da política de financiamento e do uso de instrumentos de gestão de risco financeiro Reflexão nas DF 2011 do efeito das variações do justo valor dos contratos de swap em carteira S CUMPRIDO N N.A. Descrição x x x x x x x x x x x x x x x Legenda: FC - Fundos comunitários CP - Capital próprio S - Sim N - Não N.A. - Não Aplicável 149 Cumprimento S N N.A. Cumprimento das Orientações legais Objectivos de Gestão: Objetivo 1 - Satisfação dos clientes Objetivo 2 - Prevenção da Segurança e Safety Objetivo 3 - Sucesso Económico do negócio Objetivo 4 - Protecção Ambiental Gestão do Risco Financeiro Evolução do PMP a fornecedores Atrasos nos Pagamentos ("Arrears") Deveres Especiais de Informação Recomendações do acionista na aprovação de contas: Recomendação 1 Recomendação 2 Etc. Remunerações: Não atribuição de prémios de gestão Órgãos sociais - redução remuneratória nos termos do art.º 19º da Lei 55-A/2010 Órgãos Sociais - redução de 5% por aplicação artigo 12º da Lei n.º 12-A/2010 ROC - redução remuneratória nos termos do artº 22º da Lei 55-A/2010 x x x x Quantificação Justificação 100% 100% 94,40% 100% x x x x x x x x Restantes trabalhadores - redução remuneratórianos termos do art.º 19º da Lei 55-A/2010 x Contratação Pública Normas de contratação pública x Normas de contratação pública pelas participadas x Adesão ao Sistema Nacional de Compras Públicas Limites de Crescimento do Endividamento Plano de Redução de Custos Gastos com pessoal x Fornecimentos e Serviços Externos Princípio da Unidade de Tesouraria x Total redução: 10.951,95 euros Total redução: 5.764,18 euros Total redução: 1.080,00 euros Total redução: 193.545,09 euros x 3% x 150 151 152 PORTWAY HANDLING DE PORTUGAL, SA DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DOS RESULTADOS POR NATUREZAS PERIODO FINDO EM 31.Dezembro.2012 e 31.Dezembro.2011 (EUROS) PERÍODOS RENDIMENTOS E GASTOS NOTAS 2012 2011 43.558.956,36 43.219.984,12 Vendas e Serviços Prestados 5 Custo das merc. vendidas matérias consªs 7 -78.823,07 -52.924,09 Fornecimentos e serviços externos 8 -12.190.871,54 -11.385.511,70 Gastos com o pessoal 9 -37.704.586,29 -38.390.859,23 Imparidade de dívidas a Receber 19 172.120,91 -330.355,05 Provisões 25 -325.345,95 -150.000,00 6 16.155.776,13 15.100.106,71 Outros Gastos e Perdas Resultados antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 10 -2.533.095,20 -3.303.463,94 7.054.131,35 4.706.976,82 Gastos /Reversões depreciação e amortização Resultados Operacional ( antes de gastos de financiamento e impostos) 11 5.225.678,51 2.883.478,99 Juros e Rendimentos Similares Obtidos 12 107.768,37 154.305,82 Juros e Gastos Similares Suportados 12 -79.514,49 -84.783,42 5.253.932,39 2.953.001,39 13 -1.503.890,18 -241.264,98 3.750.042,21 2.711.736,41 Outros Rendimentos e Ganhos Resultados antes de impostos Imposto sobre rendimento do exercício Resultado líquido do Período -1.828.452,84 -1.823.497,83 Conselho de Administração O Técnico Oficial de Contas António José Ferreira de Lemos José Miguel Cordeiro da Rocha Luis Miguel Silva Ribeiro José Manuel Dias dos Santos Frederico Paias da Silva Torres Rangel 153 PORTWAY HANDLING DE PORTUGAL, SA BALANÇO INDIVIDUAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 (EUROS) RÚBRICAS NOTAS DATAS 2012 2011 ATIVO Ativo não corrente Ativos Fixos Tangíveis Ativos Intangíveis Ativo corrente Inventários Clientes Adiantamentos a Fornecedores Estado e Outros Entes Públicos Accionistas / Sócios Outras contas a Receber Diferimentos Caixa e Depósitos Bancários 14/16 15/16 4.280.925,22 37.686,85 4.318.612,07 4.867.649,08 32.180,36 4.899.829,44 16/17 16/18/19 16 16/20 16/21 16/18 16/22 16/23 1.978,69 7.167.494,16 0,00 726.799,93 5.500.000,00 237.985,76 1.462.264,74 10.106.603,85 25.203.127,13 29.521.739,20 2.350,41 7.405.777,32 81,51 1.478.457,58 4.000.000,00 528.266,90 1.084.622,30 5.834.043,05 20.333.599,07 25.233.428,51 17.000.000,00 1.200.000,00 259.705,35 27.658,98 -6.946.638,08 11.540.726,25 3.750.042,21 15.290.768,46 17.000.000,00 1.200.000,00 124.118,53 27.658,98 -9.522.787,67 8.828.989,84 2.711.736,41 11.540.726,25 TOTAL DO ATIVO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO CAPITAL PRÓPRIO Capital Realizado Outros Instrumentos de Capital Próprio Reservas Legais Outras reservas Resultados Transitados Resultado Liquido do Período TOTAL CAPITAL PRÓPRIO 24 PASSIVO Passivo não corrente Provisões Financiamentos Obtidos 16/25 16/26 852.487,22 914.640,09 1.767.127,31 200.460,42 1.522.915,44 1.723.375,86 Passivo corrente Fornecedores Estado e Outros Entes Públicos Financiamentos Obtidos Outras Contas a pagar Diferimentos 16 16/20 16/26 16/27 16/22 2.235.737,75 2.218.515,56 614.569,01 7.390.271,11 4.750,00 12.463.843,43 14.230.970,74 29.521.739,20 2.739.819,24 1.001.711,36 713.341,40 7.429.704,40 84.750,00 11.969.326,40 13.692.702,26 25.233.428,51 TOTAL DO PASSIVO TOTAL CAP.PRÓPRIO E DO PASSIVO Conselho de Administração António José Ferreira de Lemos Luis Miguel Silva Ribeiro José Manuel Dias dos Santos Frederico Paias da Silva Torres Rangel 0,00 0,00 O Técnico Oficial de Contas José Miguel Cordeiro da Rocha 154 PORTWAY - Handling de Portugal, S.A. DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES DOS CAPITAIS PRÓPRIOS (EUROS) Capital Posição no início de 2011 1 17.000.000,00 Outros Instrumentos de Capital Próprio 1.200.000,00 Reservas Legais 22.802,04 Reservas Livres Resultados Transitados Resultado Líquido do Exercício 27.658,98 -11.447.801,07 2.026.329,89 Total do Capital Próprio 8.828.989,84 Primeira adopção do referencial contabilístico 0,00 Alterações de políticas contabilísticas 0,00 Diferenças de conversão de Demonstrações Financeiras 0,00 Aplicação do resultado do ano anterior 101.316,49 1.925.013,40 -2.026.329,89 0,00 Realização do excedente de revalorização de activos fixos 0,00 Excedente de revalorização de activos fixos e respectivas variações 0,00 Aumentos de reservas por aplicação de resultados 0,00 Correcções relativas a períodos anteriores 0,00 Ajustamentos por impostos diferidos 0,00 Outras alterações reconhecidas no capital próprio 0,00 2 0,00 0,00 101.316,49 0,00 1.925.013,40 -2.026.329,89 0,00 Resultado Líquido do Período 3 2.711.736,41 2.711.736,41 Posição no fim de 2011 4=1+2+3 17.000.000,00 1.200.000,00 124.118,53 27.658,98 -9.522.787,67 2.711.736,41 11.540.726,25 Posição no início de 2012 5 17.000.000,00 1.200.000,00 124.118,53 27.658,98 -9.522.787,67 2.711.736,41 11.540.726,25 Primeira adopção do referencial contabilístico 0,00 Alterações de políticas contabilísticas 0,00 Diferenças de conversão de Demonstrações Financeiras 0,00 Aplicação do resultado do ano anterior 135.586,82 2.576.149,59 -2.711.736,41 0,00 Realização do excedente de revalorização de activos fixos 0,00 Excedente de revalorização de activos fixos e respectivas variações 0,00 Aumentos de reservas por aplicação de resultados 0,00 Correcções relativas a períodos anteriores 0,00 Ajustamentos por impostos diferidos 0,00 Outras alterações reconhecidas no capital próprio 0,00 6 Resultado Líquido do Período 7 Posição no fim de 2012 8=5+6+7 As notas fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras Conselho de Administração António José Ferreira de Lemos Luis Miguel Silva Ribeiro José Manuel Dias dos Santos Frederico Paias da Silva Torres Rangel 0,00 17.000.000,00 0,00 1.200.000,00 135.586,82 259.705,35 0,00 27.658,98 2.576.149,59 -6.946.638,08 -2.711.736,41 0,00 3.750.042,21 3.750.042,21 3.750.042,21 15.290.768,46 O Técnico Oficial de Contas José Miguel Cordeiro da Rocha 155 PORTWAY - Handling de Portugal, S.A. DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA PERIODO FINDO EM 31.Dezembro.2012 e 31.Dezembro.2011 RUBRICAS (EUROS) PERÍODOS NOTAS 2012 2011 Fluxos de caixa das actividades operacionais - método directo 59.245.222,49 € Recebimentos de clientes 59.339.689,85 € - 12.773.322,87 € - 10.408.971,80 € Pagamentos a fornecedores - 36.963.301,71 € - 38.769.030,96 € Pagamentos ao pessoal 9.508.597,91 € Caixa gerada pelas operações - Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento - Outros recebimentos/pagamentos € - € 1.581.929,76 € - 4.658.580,03 € 7.926.668,15 € Fluxos de caixa das actividades operacionais (1) 10.161.687,09 € 5.503.107,06 € Fluxos de caixa das actividades de investimento Pagamentos respeitantes a: - Activos fixos tangíveis 2.136.963,30 € - 2.190.032,48 € Activos intangíveis Investimentos financeiros Outros activos Recebimentos provenientes de: Activos fixos tangíveis 16.091,96 € 102.953,09 € 89.719,24 € 64.544,67 € Activos intangíveis Investimentos financeiros Outros activos Subsídios ao investimento Juros e rendimentos similares Dividendos - 2.031.152,10 € - 2.022.534,72 € Financiamentos obtidos/concedidos - 1.500.000,00 € - 4.000.000,00 € Juros e gastos similares - Fluxos de caixa das actividades de investimento (2) Fluxos de caixa das actividades de financiamento Recebimentos provenientes de: Financiamentos obtidos Realizações de capital e de outros instrumentos de capital próprio Cobertura de prejuízos Doações Outras operações de financiamento Pagamentos respeitantes a: 122.955,25 € - 84.783,42 € Dividendos Reduções de capital e de outros intrumentos de capital próprio Outras operações de financiamento Fluxos de caixa das actividades de financiamento (3) - 1.622.955,25 € - 4.084.783,42 € 4.272.560,80 € - Variação de caixa e seus equivalentes (1+2+3) 604.211,08 € Efeito das diferenças de câmbio Caixa e seus equivalentes no ínicio do período Caixa e seus equivalentes no fim do período 5.834.043,05 € 6.438.254,13 € 10.106.603,85 € 5.834.043,05 € Conselho de Administração O Técnico Oficial de Contas António José Ferreira de Lemos José Miguel Cordeiro da Rocha Luis Miguel Silva Ribeiro José Manuel Dias dos Santos Frederico Paias da Silva Torres Rangel Relatório e Contas 2012 156 PORTWAY HANDLING DE PORTUGAL, S.A. NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 31 DEZEMBRO 2012 ÍNDICE 1. NOTA INTRODUTÓRIA 2. REFERENCIAL CONTABILÍSTICO E PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 3. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 3.1 Transações em moeda estrangeira 3.2 Ativos fixos tangíveis 3.3 Ativos intangíveis 3.4 Ativos e Passivos Financeiros 3.5 Inventários 3.6 Caixa e equivalentes de caixa 3.7 Rúbricas do Capital Próprio 3.8 Provisões 3.9 Locação 3.10 Imposto sobre o rendimento 3.11 Responsabilidades por benefícios pós-emprego e gastos com o pessoal 3.12 Rédito 3.13 Ativos e Passivos Contingentes 3.14 Eventos Subsequentes 3.15 Julgamentos e estimativas 4. FLUXOS DE CAIXA 5. RÉDITO 6. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS 7. MERCADORIAS VENDIDAS E MATÉRIAS CONSUMIDAS 8. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS 9. GASTOS COM O PESSOAL 10. OUTROS GASTOS E PERDAS 11. DEPRECIAÇÕES 12. RESULTADO FINANCEIRO Relatório e Contas 2012 157 13. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO 14. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS 15. ATIVOS INTANGÍVEIS 16. ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS POR CATEGORIAS 17. INVENTÁRIOS 18. VALORES A RECEBER - CORRENTES 19. PERDAS POR IMPARIDADE DE ACTIVOS 20. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS 21. ACIONISTAS 22. DIFERIMENTOS 23. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 24. CAPITAL PRÓPRIO 25. PROVISÕES 26. FINANCIAMENTOS OBTIDOS 27. VALORES A PAGAR - CORRENTES 28. GARANTIAS PRESTADAS 29. COMPROMISSOS ASSUMIDOS 30. PROCESSOS JUDICIAIS EM CURSO 31. ENTIDADES RELACIONADAS 32. MATÉRIAS AMBIENTAIS 33. ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO Relatório e Contas 2012 158 1. NOTA INTRODUTÓRIA A portway – Handling de Portugal, S.A. é uma sociedade anónima, detida a 100 % pela ANA – Aeroportos de Portugal, S.A. Sede Social: Aeroporto de Lisboa, Rua C, Edifício 124, 1º piso, 1700-008 Lisboa Capital Social: 17.000.000 euros N.I.P.C.: 504 785 753 1.1 Objeto e enquadramento legal da atividade O objeto principal da atividade da portway – Handling de Portugal, S.A. é a assistência em Escala (vulgo “handling”) a aeronaves e passageiros nos Aeroportos de Lisboa, Francisco Sá Carneiro (Porto), de Faro e do Funchal, tal como esta se encontra definida no Decreto-lei nº. 275/99, de 23 de Julho, por licenciamento do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC), para as seguintes atividades: Assistência administrativa em terra e supervisão; Assistência a passageiros; Assistência a bagagem; Assistência a carga e correio; Assistência a operações de pista; Assistência de limpeza e serviço do avião; Assistência de operações aéreas e gestão de tripulações; Assistência de transporte em terra. Complementar à atividade de Assistência em Escala, efetua-se a gestão dos entrepostos aduaneiros nos citados Aeroportos, mediante licença atribuída pela Direção Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo. Desde Outubro de 2006 o objeto social foi alterado de forma a abranger expressamente a prestação de serviços de formação interna e externa. Em Setembro de 2007 acrescentou-se ao objeto da sociedade a prestação de serviços a terceiros. Relatório e Contas 2012 159 2. REFERENCIAL CONTABILÍSTICO E PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras anexas estão em conformidade com todas as normas que integram o Sistema de Normalização Contabilística (SNC). Devem entender-se como fazendo parte daquelas normas as Bases para a Apresentação de Demonstrações Financeiras, os Modelos de Demonstrações Financeiras, o Código de Contas e as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF), e as Normas Interpretativas. Sempre que o SNC não responda a aspetos particulares de transações ou situações são aplicadas supletivamente as Normas Internacionais de Contabilidade, adotadas ao abrigo do Regulamento (CE) nº 1606/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho; e as Normas Internacionais de Contabilidade (IAS) e Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), emitidas pelo IASB, e respetivas interpretações SIC-IFRIC. As políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adotados a 31 de Dezembro de 2012 são comparáveis com os utilizados na preparação das demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2011. As demonstrações financeiras, foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, tomando por base o custo histórico. A preparação das demonstrações financeiras exige a utilização de estimativas e julgamentos relevantes que afetam as quantias de ativos e passivos, assim como quantias de custos e proveitos durante o período de relato. Estas estimativas e pressupostos resultam do melhor conhecimento, em relação aos eventos e ações correntes, não se esperando, no entanto que daí possam resultar ajustamentos significativos aos valores dos ativos e passivos em exercícios futuros. Relatório e Contas 2012 160 3. RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS As principais políticas contabilísticas aplicadas na elaboração destas demonstrações financeiras estão descritas abaixo. 3.1 Transações em moeda estrangeira As transações em moeda estrangeira são convertidas para Euros à taxa de câmbio em vigor à data da transação. As diferenças de câmbio realizadas no exercício, existentes à data do balanço, aos câmbios vigentes nessa data, são reconhecidos na demonstração de resultados. 3.2 Ativos Fixos Tangíveis Os ativos fixos tangíveis adquiridos encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzidos das correspondentes depreciações. O custo de aquisição inclui todos os dispêndios diretamente atribuíveis à aquisição dos bens e sua disponibilização no local e condições de operacionalidade pretendidos. Os custos subsequentes são incluídos no custo de aquisição do bem ou reconhecidos como ativos separados, conforme apropriado, quando é provável que benefícios económicos futuros fluirão para a empresa por via da sua utilização e o respetivo custo possa ser mensurado com fiabilidade. Os custos com reparações e manutenção, que não aumentem a vida útil dos ativos nem resultem em melhorias significativas nos elementos dos ativos fixos tangíveis, são reconhecidos como um gasto no período em que são incursos. As depreciações são calculadas sobre o custo de aquisição, sendo utilizado essencialmente o método da linha reta, a partir da data em que o ativo se encontra em condições de funcionamento, utilizando-se as taxas que melhor refletem a sua vida útil estimada, como segue: Relatório e Contas 2012 161 Edifícios e outras construções Anos médios de vida útil 5 a 10 anos Equipamento básico 5 a 10 anos Equipamento de transporte 4 a 5 anos Ferramentas e utensílios 3 a 8 anos Equipamento administrativo 3 a 10 anos Existindo algum indício de que se verificou uma alteração significativa da vida útil ou da quantia residual de um ativo, é revista a depreciação desse ativo de forma prospetiva para refletir as novas expetativas. Os ganhos ou perdas provenientes do abate ou alienação de ativos fixos tangíveis são determinados pela diferença entre os recebimentos das alienações e a quantia escriturada do ativo, e são reconhecidos na demonstração de resultados, como outros proveitos ou outros gastos operacionais. Os Ativos Fixos Tangíveis em Curso dizem respeito a bens que ainda se encontram em fase de construção ou desenvolvimento e estão mensurados ao custo de aquisição sendo somente depreciados quando se encontram disponíveis para uso. Imparidade A empresa avalia se existe qualquer indicação de que um ativo possa estar com imparidade no final do ano. Se existir qualquer indicação, a empresa estima a quantia recuperável do ativo (que é a mais alta entre o justo valor do ativo ou de uma unidade geradora de caixa menos os custos de vender e o seu valor de uso) e reconhecem nos resultados do exercício a imparidade sempre que a quantia recuperável for inferior ao valor contabilístico. Relatório e Contas 2012 162 Ao avaliar se existe indicação de imparidade são tidas em conta as seguintes situações: • Durante o período, o valor de mercado de um ativo diminuiu significativamente mais do que seria esperado como resultado da passagem do tempo ou do uso normal; • Ocorreram, durante o período, ou irão ocorrer no futuro próximo, alterações significativas com um efeito adverso na entidade, relativas ao ambiente tecnológico, de mercado, económico ou legal em que a entidade opera ou no mercado ao qual o ativo está dedicado; • As taxas de juro de mercado ou outras taxas de mercado de retorno de investimentos aumentaram durante o período, e esses aumentos provavelmente afetarão a taxa de desconto usada no cálculo do valor de uso de um ativo e diminuirão materialmente a quantia recuperável do ativo; • A quantia escriturada dos ativos líquidos da entidade é superior à sua capitalização de mercado; • Está disponível evidência de obsolescência ou dano físico de um ativo; • Alterações significativas com um efeito adverso na entidade ocorreram durante o período, ou espera -se que ocorram num futuro próximo, até ao ponto em que, ou na forma em que, um ativo seja usado ou se espera que seja usado. Estas alterações incluem um ativo que se tornou ocioso, planos para descontinuar ou reestruturar a unidade operacional a que o ativo pertence e planos para alienar um ativo antes da data anteriormente esperada; • Existe evidência em relatórios internos que indica que o desempenho económico de um ativo é, ou será, pior do que o esperado. As reversões de imparidade são reconhecidas em resultados (a não ser que o cativo esteja escriturado pela quantia revalorizada, caso em que é tratado como acréscimo de revalorização) e não devem exceder a quantia escriturada do bem que teria sido determinada caso nenhuma perda por imparidade tivesse sido reconhecida anteriormente. Relatório e Contas 2012 163 3.3 Ativos Intangíveis Os ativos intangíveis, encontram-se registados ao custo de aquisição deduzido das correspondentes amortizações. As amortizações são calculadas, após a data em que os bens estejam disponíveis para serem utilizados, pelo método da linha reta em conformidade com o período de vida útil estimado entre 5 a 7 anos. Não é considerada qualquer quantia residual. O custo com os intangíveis gerados internamente, excluindo os custos de desenvolvimento em determinadas circunstâncias, são considerados como um gasto, sendo refletido na demonstração de resultados no ano em que o gasto é incorrido. Os ativos intangíveis são constituídos basicamente por licenças de serviço de assistência a terceiros emitidas pelo INAC (Instituto Nacional de Aviação Civil). 3.4 Ativos e Passivos Financeiros 3.4.1 Clientes A maioria das vendas é realizada em condições normais de crédito, e os correspondentes saldos de clientes não incluem juros debitados ao cliente. No final de cada período de relato são analisadas as contas de cliente de forma a avaliar se existe alguma evidência objetiva de que não são recuperáveis. Se assim for é reconhecida a respetiva perda por imparidade. As perdas por imparidade são registadas em sequência de eventos ocorridos que indiquem, objetivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, a portway tem em consideração informação de mercado que demonstre que o cliente está em incumprimento das suas responsabilidades, bem como informação histórica dos saldos vencidos e não recebidos. Relatório e Contas 2012 164 3.4.2 Empréstimos concedidos e contas a receber Os empréstimos concedidos e contas a receber são ativos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou determináveis. São originados quando a empresa fornece dinheiro, bens ou serviços diretamente a um devedor, sem intenção de negociar a dívida. São incluídos nos ativos correntes, exceto quando a maturidade é superior a 12 meses após a data da demonstração financeira, sendo nesse caso classificados como ativos não correntes. 3.4.3 Empréstimos obtidos e contas a pagar não correntes Os empréstimos obtidos e as contas a pagar não correntes, são registados no passivo pelo custo, apesar de a portway não deter, no período em causa, qualquer empréstimo bancário. 3.4.4 Fornecedores e outras contas a pagar São incluídos nos passivos correntes, exceto quando a maturidade é superior a 12 meses após a data da demonstração financeira, sendo nesse caso classificados como passivos não correntes. Esta situação, no caso da portway aplica-se somente para as locações. 3.4.5 Estado e outros entes públicos Os saldos ativos e passivos desta rubrica são apurados com base na legislação em vigor. No que respeita aos ativos não foi reconhecida qualquer imparidade por se considerar que tal não é aplicável dada a natureza específica do relacionamento. Relatório e Contas 2012 165 3.4.6 Diferimentos ativos e passivos Esta rubrica reflete as transações e outros acontecimentos relativamente aos quais não é adequado o seu integral reconhecimento nos resultados do período em que ocorrem, mas que devam ser reconhecidos nos resultados de períodos futuros. 3.5 Inventários Os inventários são valorizados ao custo de aquisição, deduzido do valor dos descontos de quantidade concedidos pelos fornecedores, o qual é inferior ao respetivo valor de mercado. O custo é determinado utilizando o método do custo médio ponderado. Os inventários referem-se essencialmente a produtos alimentares do Lisbon Lounge no aeroporto de Lisboa. 3.6 Caixa e equivalentes de caixa Os montantes incluídos nesta rubrica correspondem aos valores de caixa e outros depósitos, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor. Estes saldos estão mensurados da seguinte forma: • Caixa – ao custo; • Depósitos sem maturidade definida - ao custo; • Outros depósitos com maturidade definida – ao custo amortizado, determinado com base no método da taxa de juro efetiva. Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de ‘‘Caixa e equivalentes de caixa’’ compreende, além de caixa e depósitos bancários, também: • Os descobertos bancários incluídos na rubrica de “Financiamentos obtidos” e • Os saldos de Caixa e equivalentes de caixa incluídos na rubrica de “Ativos não correntes detidos para venda. Relatório e Contas 2012 166 3.7 Rúbricas do Capital Próprio Capital realizado Em cumprimento do disposto no artº 272 do Código das Sociedades Comerciais (CSC) o contrato de sociedade indica o prazo para realização do capital subscrito e não realizado à data da escritura. Outros instrumentos de capital próprio Esta rubrica inclui prestações acessórias que foram efectuadas pelos accionistas, na sequência de deliberação em Assembleia Geral, e que ficaram sujeitas ao regime das prestações suplementares De acordo com este regime, tais prestações não vencem juros (artº 210 do CSC), não têm prazo de reembolso definido (artº 211 do CSC) e só podem ser reembolsadas se após o seu reembolso o capital próprio não ficar inferior à soma do capital e da reserva legal (artº 213 do CSC). Reservas legais De acordo com o artº 295 do CSC, pelo menos 5% do resultado tem de ser destinado à constituição ou reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital social. A reserva legal não é distribuível a não ser em caso de liquidação e só pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, ou para incorporação no capital social (artº 296 do CSC). Resultados transitados Esta rubrica inclui os resultados realizados disponíveis para distribuição aos acionistas e os ganhos por aumentos de justo valor em instrumentos financeiros, investimentos financeiros e propriedades de investimento. que, de acordo com o nº 2 do artº 32 do CSC, só estarão disponíveis para distribuição quando os elementos ou direitos que lhes deram origem forem alienados, exercidos, extintos ou liquidados. Relatório e Contas 2012 167 Resultado líquido do período Esta rubrica inclui ganhos por aumentos de justo valor em instrumentos financeiros, investimentos financeiros e propriedades de investimento que, de acordo com o nº 2 do artº 32 do CSC, só estarão disponíveis para distribuição quando os elementos ou direitos que lhes deram origem forem alienados, exercidos, extintos ou liquidados. 3.8 Provisões Esta conta reflete as obrigações presentes (legais ou construtivas) da entidade provenientes de acontecimentos passados, cuja liquidação se espera que resulte num exfluxo de recursos da entidade que incorporem benefícios económicos e cuja tempestividade e quantia são incertas, mas cujo valor pode ser estimado com fiabilidade. As provisões são mensuradas pelo melhor estimativa do dispêndio exigido para liquidar a obrigação presente à data do balanço. Sempre que o efeito do valor temporal do dinheiro é material, a quantia de uma provisão é o valor presente dos dispêndios que se espera que sejam necessários para liquidar a obrigação usando uma taxa de desconto antes dos impostos que reflete as avaliações correntes de mercado do valor temporal do dinheiro e dos riscos específicos do passivo e que não reflete riscos relativamente aos quais as estimativas dos fluxos de caixa futuros tenham sido ajustados. 3.9 Locação Os ativos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira bem como as correspondentes responsabilidades são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método o custo do ativo é registado no ativo fixo tangível, a correspondente responsabilidade é registada no passivo, e os encargos financeiros incluídos na renda e a depreciação dos ativos locados são reconhecidos na Demonstração de Resultados no período a que dizem respeito. As locações em que uma parte significativa dos riscos e benefícios da propriedade é assumida pelo locador, são classificadas como locações operacionais. Os pagamentos Relatório e Contas 2012 168 efetuados nas locações operacionais, líquidos de quaisquer incentivos recebidos do locador, são registados na demonstração de resultados durante o período da locação. 3.10 Imposto sobre o rendimento O imposto sobre o rendimento inclui apenas imposto corrente, não tendo a portway até à data, imposto diferido. O imposto corrente sobre o rendimento é determinado com base nos resultados líquidos, ajustados em conformidade com a legislação fiscal vigente à data da demonstração da posição financeira. Os impostos sobre o rendimento são registados na demonstração de resultados. Com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2008, a ANA, S.A. efetuou a opção pelo Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades, tendo resultado uma dedução, no Grupo, dos prejuízos fiscais da portway, referente aos períodos de 2008, 2009, 2010 e 2011. 3.11 Responsabilidades por benefícios pós-emprego e gastos com o pessoal Os gastos com pessoal são reconhecidos quando o serviço é prestado pelos empregados independentemente da data do seu pagamento. Férias e subsídio de férias De acordo com a legislação laborar em vigor os empregados têm direito a férias e a subsídio de férias no ano seguinte àquele em que o serviço é prestado. Assim, foi reconhecido nos resultados do exercício um acréscimo do montante a pagar no ano seguinte o qual se encontra refletido na rubrica “Outras Contas a Pagar”. 3.12 Rédito As vendas e as prestações de serviço são mensuradas pelo justo valor da retribuição recebida ou a receber deduzido das quantias relativas a descontos comerciais e de quantidades concedidos. Relatório e Contas 2012 169 Quando é concedido crédito isento de juros aos compradores ou estes aceitam livranças com taxa de juro inferior à do mercado como retribuição pela venda dos bens, ou, de qualquer outra forma o influxo de dinheiro ou equivalentes de dinheiro é diferido, a diferença entre o justo valor da retribuição e a quantia nominal da retribuição é reconhecida como rédito de juros, durante o período que medeia entre a data do reconhecimento do rédito e a data efetiva do recebimento. Quando o preço da venda dos produtos/serviços inclui uma quantia identificável de serviços subsequentes, essa quantia é diferida e reconhecida como rédito durante o período em que o serviço é executado. Embora o rédito somente seja reconhecido quando for provável que os benefícios económicos associados à transação fluam para a empresa, quando surja uma incerteza acerca da cobrabilidade de uma quantia já incluída no rédito, a quantia incobrável, ou a quantia com respeito à qual a recuperação tenha cessado de ser provável, é reconhecida como uma imparidade, e não como um ajustamento da quantia de rédito originalmente reconhecido. 3.13 Ativos e passivos contingentes Um ativo contingente é um possível ativo proveniente de acontecimentos passados e cuja existência só será confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da entidade. Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras para não resultarem no reconhecimento de rendimentos que podem nunca ser realizados. Contudo, são divulgados quando for provável a existência de um influxo futuro. Um passivo contingente é: • Uma obrigação possível que provém de acontecimentos passados e cuja existência só será confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da entidade, ou • Uma obrigação presente que decorra de acontecimentos passados mas que não é reconhecida porque: Relatório e Contas 2012 170 Não é provável que uma saída de recursos seja exigida para liquidar a obrigação, ou A quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade. Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras para não resultarem no reconhecimento de gastos que podem nunca se tornar efetivos. Contudo, são divulgados sempre que existe uma probabilidade de exfluxos futuros que não seja remota. 3.14 Eventos subsequentes Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre as condições que existiam à data do balanço são refletidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras, se materiais. 3.15 Julgamentos e estimativas Na preparação das demonstrações financeiras, foram adotados certos pressupostos e estimativas que afetam os ativos e passivos, rendimentos e gastos relatados. Todas as estimativas e assunções efetuadas pelo órgão de gestão foram efetuadas com base no seu melhor conhecimento existente, à data de aprovação das demonstrações financeiras, dos eventos e transações passados e em curso. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras, serão corrigidas na demonstração de resultados de forma prospectiva. Relatório e Contas 2012 171 4. FLUXOS DE CAIXA Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, o detalhe da quantia constante em Caixa e em Depósitos Bancários, era o seguinte: Valores em Euros 2012 2011 26.175,00 25.445,32 10.080.428,85 5.808.597,73 10.106.603,85 5.834.043,05 Caixa Numerário Equivalentes de caixa Depósitos bancários - DO 5. RÉDITO Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, a rubrica Rédito decompõese como segue: Valores em Euros 2012 2011 Assistência a carga e correio 6.944.289,61 7.307.931,40 Assistência a operações em pista 2.884.674,91 3.165.413,42 33.729.991,84 32.746.639,30 43.558.956,36 43.219.984,12 Assistência Integrada Relatório e Contas 2012 172 6. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, a rubrica Outros Rendimentos e Ganhos decompõe-se como segue: Valores em Euros 2012 2011 15.319.298,25 15.020.865,42 0,55 0,00 5.275,77 3.034,87 Rendimentos e ganhos na alienação de activos correntes 15.042,72 55.111,46 Outros 816.158,84* 21.094,96 16.155.776,13 15.100.106,71 Rendimentos suplementares Desc. pronto pag. obtidos Diferenças de câmbio favoráveis *Este valor inclui correções de exercícios anteriores, onde se encontram cerca de 567 mil euros, relacionados com a reversão de um acréscimo de gastos de 2011, referente a aumentos salariais reclamados pelos sindicatos, e cuja decisão do Tribunal da Relação de Lisboa, decidiu a favor da empresa. Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, a rúbrica de Rendimentos Suplementares, decompõe-se como se segue: Relatório e Contas 2012 173 Valores em Euros 2012 2011 Comissões e taxas 2.070.864,89 2.446.027,86 10.702.650,77 10.129.793,15 Segurança Aeroportuária 716.993,60 771.211,59 Serviços Lounge 635.825,54 561.641,54 Formação 323.694,50 313.797,52 Outros 869.643,96 798.393,76 15.319.673,26 15.020.865,42 Serviços secundários 7. MERCADORIAS VENDIDAS E MATÉRIAS CONSUMIDAS O movimento ocorrido na rubrica Mercadorias Vendidas, foi conforme segue: Valores em Euros Inventários - saldo inicial Compras Inventários - saldo final Gasto do Exercício 2012 2011 2.350,41 2.464,21 78.451,35 52.810,29 1.978,69 2.350,41 78.823,07 52.924,09 Relatório e Contas 2012 174 8. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, a rubrica Fornecimentos e Serviços Externos decompõe-se como segue: Valores em Euros 2012 2011 818.326,80 858.334,26 2.667.260,74 2.430.683,26 620.867,26 672.126,50 1.393.846,17 1.363.161,86 224.016,90 227.016,55 Rendas e alugueres 5.228.425,74 4.849.977,35 Outros 1.238.127,93 984.211,92 12.190.871,54 11.385.511,70 Subcontratos Serviços Especializados Materiais Energia e fluídos Deslocações, estadas e transportes 9. GASTOS COM PESSOAL Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, a rubrica Gastos com o Pessoal decompõe-se como segue: Relatório e Contas 2012 175 Valores em Euros 2012 2011 23.266.636,69 23.462.303,38 4.936.890,30 4.811.992,87 6.189,99 7.150,46 73.117,29 254.814,28 Seguros 513.403,52 480.884,47 Gastos de Acção Social 357.666,70 194.800,49 7.814.574,38 8.526.611,09 736.107,42 652.302,19 37.704.586,29 38.390.859,23 Remunerações Encargos s/Remunerações Benefícios pós emprego Indemnizações Trabalho Temporário Outros As Remunerações do Pessoal Chave da Gestão, eram a 31 de dezembro de 2012 e 2011: Valores em Euros Conselho de Administração Fiscal Único* 2012 2011 143.304,58 144.629,83 9.720,00 9.720,00 *valor incluído na rubrica FSE Relatório e Contas 2012 176 10. OUTROS GASTOS E PERDAS Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica decompõe-se como segue: Valores em Euros 2012 2011 1.237.967,38 1.240.922,78 43.436,19 0,00 346,83 352.425,63 1.246,60 7.735,00 11.976,94 9.894,22 1.027.661,33 1.023.549,62 22.087,05 425.217,25 0,00 36.317,64 67.253,31 128.239,73 6.940,57 7.104,17 Gastos com serviços bancários 51.257,68 47.578,73 Outros 62.921,32 24.479,17 2.533.095,20 3.303.463,94 Impostos Dívidas incobráveis Correcções relativas a períodos anteriores Donativos Quotizações Fee exploração ANA, S.A. Multas e penalidades Insuficiência estimativa p/impostos Indemnizações com sinistros Diferenças de câmbio desfavoráveis Relatório e Contas 2012 177 11. DEPRECIAÇÕES Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, a rubrica Depreciações decompõe-se como segue: Valores em Euros 2012 2011 1.822.637,11 1.805.502,83 54.221,15 80.981,16 1.201.580,84 1.164.957,07 Equipamento de transporte 353.738,78 297.641,41 Equipamento administrativo 184.744,74 228.198,92 28.351,60 33.724,27 Depreciações de activos intangíveis 5.815,72 17.995,00 Propriedade Industrial 5.815,72 17.995,00 1.828.452,84 1.823.497,83 Depreciações de activos fixos tangíveis Edifícios e outras construções Equipamento básico Outros activos fixos tangíveis 12. RESULTADO FINANCEIRO Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, os Resultados Financeiros decompõem-se como segue: Valores em Euros 2012 2011 Juros obtidos em empréstimos a empresas do grupo 89.719,24 113.582,56 Outros juros e rendimentos 18.049,13 40.723,26 Juros de mora -1.093,32 0,00 -78.421,17 -84.783,42 28.253,88 69.522,40 Juros de locação financeira Relatório e Contas 2012 178 13. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO A portway encontra-se sujeita ao regime especial de tributação de grupos de sociedades (RETGS), desde 1 de Janeiro de 2008. As empresas que se englobam no perímetro do Grupo de sociedades sujeitas a este regime apuram e registam o imposto sobre o rendimento tal como se fossem tributadas numa ótica individual. Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a rubrica de imposto sobre o rendimento detalha-se como segue: Valores em Euros 2012 2011 1.271.775,80 97.741,76 76.306,55 51.140,14 107.613,10 35.233,57 48.194,73 57.149,52 1.503.890,18 241.264,99 2012 2011 5.253.932,39 2.953.001,39 -166.829,18 456.341,35 0,00 -3.012.125,71 5.087.103,21 397.217,03 0,00 1.562,50 Imposto esperado a 25% 1.271.775,80 96.179,26 Imposto s/rendimento esperado 1.271.775,80 97.741,76 Imposto s/rendimento Derrama Derrama Estadual Tributação Autónoma Valores em Euros Resultado antes de imposto Diferenças Dedução de prejuizos fiscais anos anteriores Matéria coletável Imposto esperado a 12,5% Relatório e Contas 2012 179 14. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS No decurso dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, o movimento ocorrido no valor dos Ativos Fixos Tangíveis, bem como nas respetivas Depreciações, foi conforme segue: Valores em Euros Edifícios e Equip. outras Equip. básico transporte construções Equip. Admin. Outros activos fixos tangíveis Imob. em curso Total Custo de aquisição Saldo em 1 de Janeiro de 2011 485.394,41 14.666.466,52 1.774.618,06 1.634.672,11 379.565,38 266.762,00 19.207.478,48 Aquisições 0,00 Alienações 0,00 Regularizações, transferências e abates 0,00 Saldo em 31 de Dezembro de 2011 1.777.109,60 668.176,51 66.902,49 0,00 -153.759,12 -16.044,69 0,00 0,00 -169.803,81 153.510,29 0,00 -264.017,49 -11.322,20 83.535,00 15.650,00 2.758.112,66 485.394,41 16.527.111,12 2.304.685,45 1.839.040,20 379.565,38 248.668,57 21.784.465,13 Aquisições 0,00 859.588,46 132.991,25 16.160,30 Alienações 0,00 0,00 -39.712,16 -2.098,28 Regularizações, transferências e abates 0,00 166.660,00 0,00 4.600,00 Saldo em 31 de Dezembro de 2012 0,00 245.924,06 19.920,00 208.302,50 0,00 1.236.962,51 0,00 -41.810,44 0,00 -171.260,00 0,00 485.394,41 17.553.359,58 2.397.964,54 1.857.702,22 399.485,38 285.711,07 22.979.617,20 Depreciações Saldo em 1 de Janeiro de 2011 Reforço 348.272,27 12.241.455,92 1.223.796,21 1.198.814,00 220.937,01 80.981,16 1.164.957,07 297.641,41 228.198,92 33.724,27 0,00 1.805.502,83 -13.776,29 0,00 0,00 -121.962,18 0,00 0,00 0,00 0,00 Alienações 0,00 0,00 -108.185,89 Regularizações, transferências e abates 0,00 0,00 Saldo em 31 de Dezembro de 2011 Reforço 0,00 15.233.275,41 0,00 429.253,43 13.406.412,99 1.413.251,73 1.413.236,63 254.661,28 0,00 16.916.816,06 54.221,15 1.201.580,76 353.738,77 184.744,84 28.351,60 0,00 1.822.637,12 Alienações 0,00 0,00 -39.712,16 -1.049,04 0,00 0,00 -40.761,20 Regularizações, transferências e abates 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 Saldo em 31 de Dezembro de 2012 483.474,58 14.607.993,75 1.727.278,34 1.596.932,43 283.012,88 Valor líquido 1 de Janeiro de 2011 0,00 18.698.691,98 137.122,14 2.425.010,60 550.821,85 435.858,11 158.628,37 266.762,00 3.974.203,07 Valor líquido 31 de Dezembro de 2011 56.140,98 3.120.698,13 891.433,72 425.803,57 124.904,10 248.668,57 4.867.649,07 Valor líquido 31 de Dezembro de 2012 1.919,83 2.945.365,83 670.686,20 260.769,79 116.472,50 285.711,07 4.280.925,22 Relatório e Contas 2012 180 15. ATIVOS INTANGÍVEIS No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, o movimento ocorrido na rubrica Ativos Intangíveis, foi conforme segue: Valores em Euros Propriedade industrial Total Custo de aquisição Saldo em 1 de Janeiro de 2011 76.561,88 76.561,88 Aquisições Alienações Regularizações, transferências e abates 32.170,92 32.170,92 11.322,20 11.322,20 Saldo em 31 de Dezembro de 2011 120.055,00 120.055,00 Aquisições Alienações Regularizações, transferências e abates 11.322,20 11.322,20 Saldo em 31 de Dezembro de 2012 131.377,20 131.377,20 Saldo em 1 de Janeiro de 2011 69.879,64 69.879,64 Reforço Alienações Regularizações, transferências e abates 17.995,00 17.995,00 Saldo em 31 de Dezembro de 2011 87.874,64 87.874,64 Reforço Alienações Regularizações, transferências e abates 5.815,72 5.815,72 Saldo em 31 de Dezembro de 2012 93.690,36 93.690,36 Valor líquido em 1 de Janeiro de 2011 Valor líquido em 31 de Dezembro de 2011 Valor líquido em 31 de Dezembro de 2012 6.682,24 32.180,36 37.686,84 6.682,24 32.180,36 37.686,84 Depreciações Relatório e Contas 2012 181 16. ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS POR CATEGORIAS A reconciliação da demonstração da posição financeira com as diversas categorias dos ativos e passivos financeiros nela incluída detalha-se como segue: Valores em Euros Activos Creditos e valores disponíveis para a receber venda Outros passivos financeiros Activos/Passivo s não financeiros - - - - - 10.106.603,85 - - 25.201.148,44 - - Total 2012 Activos Clientes e out. contas a receber Outros activos Caixa e equiv. de Caixa 15.094.544,59 - 4.320.590,76 4.320.590,76 15.094.544,59 4.320.590,76 10.106.603,85 29.521.739,20 Passivos Forn. e out. contas a pagar - - Outros passivos - - - - 13.378.483,52 13.378.483,52 - 13.378.483,52 852.487,22 852.487,22 852.487,22 14.230.970,74 2011 Activos Clientes e out. contas a receber Outros activos Caixa e equiv. de Caixa 14.497.205,61 - - - - 5.834.043,05 - - 20.331.248,66 - - - 4.902.179,85 4.902.179,85 14.497.205,61 4.902.179,85 5.834.043,05 25.233.428,51 Passivos Forn. e out. contas a pagar - - Outros passivos - - - - 13.492.241,84 13.492.241,84 - 13.492.241,84 200.460,42 200.460,42 200.460,42 13.692.702,26 Relatório e Contas 2012 182 As atividades da portway, encontram-se expostas a fatores de riscos financeiros: risco cambial, risco de taxa de juro, risco de crédito e risco de liquidez. A gestão de risco é conduzida pela Direção Financeira de acordo com políticas aprovadas pela Administração, concentrando-se na imprevisibilidade dos mercados financeiros e procurando minimizar os efeitos adversos dessa imprevisibilidade no desempenho financeiro da empresa. 16.1 Risco Cambial A variação da taxa de câmbio do euro face a outras divisas pode afetar os resultados da Empresa, no entanto até à data, a sua materialidade não tem constituído um risco para a portway. 16.2 Risco de Taxa de Juro Uma vez que a empresa não tem ativos significativos remunerados, assim como passivos com empréstimos bancários (recorrendo apenas e quando necessário, junto das instituições bancárias com que trabalha, ao descoberto bancário das contas caucionadas) encontra-se numa situação em que alterações e flutuações das taxas de juro de mercado, não tenham impactos nos seus resultados. Apenas em termos de locação financeira, poderá encontrar algum risco, uma vez que a taxa de juro dos contratos negociados é indexada à Euribor. No entanto consideramos materialmente irrelevante a exposição da empresa ao risco da taxa de juro. 16.3 Risco de crédito A Portway não tem concentrações de risco de crédito significativas, no que diz respeito a clientes e outros devedores. Por norma, as prestações de serviços estão sujeitas a regras que asseguram que estas são efetuadas a clientes com um histórico de crédito apropriado. Apesar de existirem atrasos na liquidação de alguns valores face, aos prazos estabelecidos, tal não resulta, de acordo com a informação que é do conhecimento da Relatório e Contas 2012 183 empresa, na identificação de situações de imparidade para além das consideradas através das correspondentes perdas. Estas são apuradas atendendo à informação regularmente reunida sobre o comportamento financeiro dos clientes, que permite definir o valor das perdas a reconhecer no período. 16.4 Risco de liquidez A empresa gere o risco de liquidez por duas vias. Em primeiro lugar garantindo que a sua dívida financeira (locações) tenha uma componente elevada de médio e longo prazo com maturidades adequadas às características do mercado em que exerce a sua atividade. Adicionalmente, a empresa tem contratado com instituições financeiras facilidades de crédito disponíveis a todo o momento, por um montante que garanta uma liquidez adequada. 17. INVENTÁRIOS Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, os Inventários tinham a seguinte composição: Valores em Euros Mercadorias (prod. alimentares Lisbon Lounge) 2012 2011 1.978,69 2.350,41 1.978,69 2.350,41 Relatório e Contas 2012 184 18. VALORES A RECEBER CORRENTES Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, a rubrica Valores a Receber Correntes decompõe-se como segue: Valores em Euros 2012 2011 Clientes 5.300.100,91 6.214.272,00 Clientes - empresas relacionadas 1.867.393,25 1.191.505,32 0,00 81,51 237.985,76 528.266,90 7.405.479,92 7.934.125,73 Adiantamento a fornecedores Outras contas a receber Os valores a receber apresentados encontram-se deduzidos das respetivas perdas por imparidade, cujo detalhe se apresenta na nota 19. Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, a rubrica Outras Contas a Receber detalha-se conforme segue: Valores em Euros Fornecedores Pessoal 2012 2011 8.336,58 112.793,50 54.839,17 84.745,42 0,00 6.199,34 147.791,99 117.233,83 27.018,02 207.294,81 237.985,76 528.266,90 Fornecedores de investimento Outros devedores Acréscimos de rendimento Relatório e Contas 2012 185 19. PERDAS POR IMPARIDADE DE ATIVOS O movimento ocorrido nesta rubrica no decurso dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, foi conforme segue: Valores em Euros Clientes Saldo em 1 de Janeiro de 2011 Reforço Reversões Transferências Saldo em 31 de Dezembro de 2011 Reforço Reversões Transferências Saldo em 31 de Dezembro de 2012 Total -1.721.341,61 -1.721.341,61 -330.355,05 -330.355,05 -2.051.696,66 -2.051.696,66 -89.763,91 261.884,82 -89.763,91 261.884,82 -1.879.575,75 -1.879.575,75 As perdas por imparidade apuradas no exercício foram reconhecidas como gastos na demonstração de resultados. 20. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, não existiam dívidas em situações de mora com o Estado e Outros Entes Públicos. Os saldos com estas entidades detalham-se como segue: Relatório e Contas 2012 186 Activos correntes Valores em Euros 2012 2011 530.818,38 1.292.963,48 70.000,00 140.621,89 100.749,01 0,00 25.232,54 44.872,21 726.799,93 1.478.457,58 2012 2011 170.928,28 181.679,14 4.983,59 0,00 1.503.890,18 312.005,83 536.983,51 507.926,39 1.730,00 100,00 2.218.515,56 1.001.711,36 Estado e outros entes públicos Imp. sobre o valor acrescentado -reembolsos pedidos Pagamento Especial por Conta Pagamento por Conta Retenções na fonte Passivos correntes Valores em Euros Estado e outros entes públicos Retenção Imp. sobre o rend. das pessoas singulares - IRS Retenção Imp. sobre o rend. prediais - IRC Imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas - IRC Contribuições para a Segurança Social Imposto do selo Relatório e Contas 2012 187 21. ACIONISTAS Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, a rubrica Acionistas, detalhase como segue: Acionistas Valores em Euros 2012 2011 5.500.000,00 4.000.000,00 5.500.000,00 4.000.000,00 Empréstimos concedidos Empresa-Mãe ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. No âmbito da sua atividade de assistência em escala a aeronaves nos aeroportos portugueses a portway tem vindo a registar excedentes de tesouraria cuja adequada gestão assume, naturalmente, particular importância. A aplicação destes excedentes na ANA apresenta-se como uma alternativa viável para ambas as empresas tendo em conta que, no exercício das suas competências, a ANA terá no período 2012-2013 necessidades de tesouraria que terá de financiar com recurso a financiamento bancário num contexto de crise de liquidez que carateriza os mercados financeiros. Assim a portway, concedeu e disponibilizou à sua acionista ANA – Aeroportos de Portugal, S.A. a 2 do mês de julho de 2012, um empréstimo no montante global de 1,5 milhões de euros (um milhão e quinhentos mil euros), vencendo juros anualmente à taxa Euribor a 12 meses, adicionada de spread de 150 pontos base. O valor desembolsado, será reembolsado ao fim de um ano, podendo ser renovável, por períodos a acordar entre a ANA, S.A. e a portway, depois de avaliado o interesse e as condições de novo empréstimo. Este empréstimo concedido em 2012 pela portway, veio reforçar o valor apresentado nesta rubrica, referente ao empréstimo de 4 milhões de euros (quatro milhões de euros), contratado em 2011, também com sua acionista ANA, S.A. Relatório e Contas 2012 188 Uma vez que este ano, se caracterizou, de um modo geral, por uma crise de liquidez no setor financeiro, esta apresentou-se como uma solução adequada para ambas as empresas. 22. DIFERIMENTOS Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, a rubrica Diferimentos, detalha-se como segue: Activos correntes Valores em Euros 2012 2011 Rendas e alugueres 536.213,59 472.289,06 Seguros 149.452,93 18.461,99 Fardas 662.346,67 576.977,10 Outros 114.251,55 16.894,15 1.462.264,74 1.084.622,30 2012 2011 4.750,00 4.750,00 0,00 80.000,00 4.750,00 84.750,00 Gastos a reconhecer Passivos correntes Valores em Euros Rendimentos a reconhecer Proveito antecipado Safeport Proveito antecipado Adecco Relatório e Contas 2012 189 23. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, a rubrica Caixa e Equivalentes de Caixa, detalha-se como segue: Valores em Euros 2012 2011 26.175,00 25.445,32 10.080.428,85 5.808.597,73 10.106.603,85 5.834.043,05 Caixa Numerário Equivalentes de caixa Depósitos bancários - DO 24. CAPITAL PRÓPRIO Em 31 de dezembro de 2012, o capital social da portway, encontrava-se totalmente subscrito e realizado, sendo representado por 17.000.000 acções com o valor nominal de 1Euro cada. A empresa é detida a 100% pela ANA – Aeroportos de Portugal, S.A. Desde novembro de 2004, que fazem parte dos Capitais Próprios da portway, 1.200.000 Euros (um milhão e duzentos mil euros), a que os acionistas atribuíram expressamente o regime de Prestações Acessórias. Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, a rubrica Capital Próprio decompõe-se como segue: Valores em Euros 2012 2011 17.000.000,00 17.000.000,00 1.200.000,00 1.200.000,00 Reservas legais 259.705,35 124.118,53 Reservas livres 27.658,98 27.658,98 -6.946.638,08 -9.522.787,67 3.750.042,21 2.711.736,41 15.290.768,46 11.540.726,25 Capital Prestações acessórias Resultados transitados Resultado líquido do exercício Relatório e Contas 2012 190 O Código das Sociedades Comerciais estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço de reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, ou incorporada no capital. Em 2012, e de acordo com a proposta de aplicação de resultados, do Resultado Líquido apurado no exercício de 2011 de EUR. 2.711.736,41, foram transferidos EUR. 135.586,82 para a conta de “Reserva Legal” e EUR. 2.576.149,59 para a conta de “Resultados Transitados”. 25. PROVISÕES As provisões constituídas em 2012 visam cobrir as responsabilidades que a portway poderá vir a assumir, respeitantes a processos em curso, com clientes (neste caso uma reclamação instaurada pelo antigo cliente AZZURRA), outros de natureza laboral, e ainda com outras entidades, tais como o SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) e a ACT (Autoridade para as Condições do Trabalho). Nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011, a rubrica Provisões decompõe-se como segue: Valores em Euros 2012 2011 Provisões fiscais 110.460,42 110.460,42 Provisões proc. judiciais clientes 175.000,00 90.000,00 Provisões proc. judiciais laborais 192.437,76 0,00 Provisões proc. judiciais outros 374.589,04 0,00 852.487,22 200.460,42 Relatório e Contas 2012 191 Valores em Euros Saldo Inicial 1 janeiro 2012 200.460,42 Reforço 325.345,95 Transferências 326.680,85 Saldo Final 31 dezembro 2012 852.487,22 26. FINANCIAMENTOS OBTIDOS Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, a rubrica Financiamentos Obtidos, decompõe-se como segue: Valores em Euros 2012 2011 914.640,09 1.522.915,44 614.569,01 713.341,40 1.449.856,29 2.106.683,00 79.352,81 129.573,84 1.529.209,10 2.236.256,84 Não corrente Locações Corrente Locações Tipo de equipamento locações Equipamento básico Equipamento de transporte Relatório e Contas 2012 192 Contratos Leasing V. Aquisição Cont. 349494 7 ground power unit (GPU) 262.000,00 Cont. 100045831 9 tractores eléctricos 270.122,00 Cont. 100048072 7 belt loaders 288.950,00 Cont. 100047666 2 tractores reboque avião 187.035,60 Cont. 100047478 1 maindeck pallet container loader 218.000,00 Cont. 100047092 3 container lifting transporter 174.000,00 27. VALORES A PAGAR CORRENTES Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, a rubrica Outras Dívidas a Pagar, decompõe-se como segue: Valores em Euros 2012 2011 Clientes 233.685,54 108.280,12 Pessoal 8.468,96 6.690,49 1.528.250,00 1.694.369,72 162.181,69 356.689,30 5.457.684,92 5.263.674,77 7.390.271,11 7.429.704,40 Outros credores Fornecedores Investimento Acréscimos de gastos Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, a rubrica Acréscimos de gastos, decompõe-se como segue: Relatório e Contas 2012 193 Valores em Euros 2012 2011 4.080.456,90 3.339.172,32 0,00 44.534,08 1.064.302,95 905.242,98 Crédito a clientes 188.890,45 103.770,18 Outros acréscimos de gastos 124.034,62 870.955,21 5.457.684,92 5.263.674,77 Remunerações a liquidar/periodificações Juros a liquidar Fornecimentos e serv. Externos A rubrica de Remunerações a liquidadar/periodificações no montante de 4.080.456,90 euros, tem incluído no seu valor total o acréscimo para Férias e Subsidio de Férias, em virtude de que a expectativa da empresa é que venha a ser pago aos colaboradores estes montantes em consequência da informação prestada pelo accionista ANAAeroportos de Portugal, SA e decorrente do processo de privatização que se espera que venha a ocorrer em breve. A variação ocorrida na rubrica Outros acréscimos de gastos, refere-se à transferência do montante de 326.680,85 euros, considerados nesta rúbrica para processos em contencioso que foram transferidos para a rúbrica de Provisões (nota 25) e ao fato de em 31 de dezembro de 2012 não se encontrarem especializados os valores referentes a boletins de deslocação, dado que os mesmos foram processados antes do final do exercício. Relatório e Contas 2012 194 28. GARANTIAS PRESTADAS Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, as Garantias Prestadas pela portway, eram as seguintes: Valores em Euros Petrogal 2012 2011 7.481,97 7.481,97 - 3.000,00 1.012.958,33 718.437,24 1.020.440,30 728.919,21 Repsol Direcção Geral das Alfândegas 29. COMPROMISSOS ASSUMIDOS As responsabilidades da portway, assumidas à data de 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011: Valores em Euros 2012 2011 34.000,00 34.000,00 - 119.990,00 34.000,00 153.990,00 Encomendas em curso Sistema Informático CLF (Com. Lang. Facility) Equipamento Operacional Relatório e Contas 2012 195 30. PROCESSOS JUDICIAIS EM CURSO Os Processos Judiciais em Curso, no final de dezembro de 2012 e 2011, em que a portway, é ré, resumem-se como segue: Valores em Euros 2012 2011 724.488,16 1.393,00 1.321.572,25 1.036.686,35 2.046.060,41 1.038.079,35 Processos de natureza laboral Processos de natureza cível É entendimento da Administração que o risco sobre todos estes processos se encontra devidamente salvaguardada, com o valor provisionado à data de 31 de dezembro de 2012, no montante total de 852mil euros (nota 25). 31. ENTIDADES RELACIONADAS Os saldos com partes relacionadas a 31 de dezembro de 2012 e 2011 são os seguintes: Relatório e Contas 2012 196 Valores em Euros 2012 2011 1.867.393,25 1.191.505,32 996.949,84 569.292,88 26.916,24 202.135,64 ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. Acréscimos de gastos 620.987,39 364.647,41 ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. Gastos a reconhecer 592.772,24 437.720,94 ANAM - Aeroportos da Madeira, S.A. Cliente 48.282,00 156.456,44 ANAM - Aeroportos da Madeira, S.A. Fornecedor 57.679,98 73.374,81 ANAM - Aeroportos da Madeira, S.A. Acréscimos de gastos 14.706,52 157.605,91 ANAM - Aeroportos da Madeira, S.A. Gastos a reconhecer 40.046,47 34.568,12 2012 2011 10.492.553,38 9.838.495,84 ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. FSE 6.500.198,11 5.654.107,04 ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. Outros gastos e perdas 2.207.157,00 2.196.906,88 ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. Gastos c/pessoal 222.389,41 359.636,39 ANAM - Aeroportos da Madeira, S.A. Outros rendimentos e ganhos 491.054,92 491.054,92 ANAM - Aeroportos da Madeira, S.A. FSE 596.680,17 579.545,84 66.431,56 65.543,70 Saldos ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. Cliente ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. Fornecedor ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. Acréscimos de rendimentos Valores em Euros Transações ANA - Aeroportos de Portugal, S.A. Outros rendimentos e ganhos ANAM - Aeroportos da Madeira, S.A. Outros gastos e perdas Relatório e Contas 2012 197 32. MATÉRIAS AMBIENTAIS Não existem matérias ambientais relevantes que possam afetar o desempenho e a posição financeira da portway, assim como não foram reconhecidos nas demonstrações financeiras quaisquer custos ou investimentos relevantes de carácter ambiental. Toda a informação que diga respeito a esta área, encontra-se divulgada no Relatório de Gestão e Sustentabilidade. 33. ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO Após a data do balanço e a data em que as demonstrações financeiras são autorizadas para emissão, pelo órgão de gestão, não existiram acontecimentos com impacto, que deem lugar a qualquer tipo de ajustamento, ou que devam ser divulgados. Relatório e Contas 2012 198 Relatório e Contas 2012 199 Relatório e Contas 2012 200 Relatório e Contas 2012 201 Relatório e Contas 2012 202 Relatório e Contas 2012 203 Relatório e Contas 2012 204 Relatório e Contas 2012 205