domingo - Diário do Minho
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WWW.DIARIODOMINHO.PT 0,85 € Diretor: DAMIÃO A. GONÇALVES PEREIRA Arquivo DM DOMINGO.03.JAN 2016 | Ano XCVI | n.º 30905 Sporting de Braga empatou em Setúbal DESPORTO O Sporting de Braga empatou, ontem, em Setúbal (1-1) e continua na quarta posição da I Liga, com quatro pontos de vantagem sobre o seu adversário de ontem e o Paços de Ferreira. P.17-18 Rui Minderico/Lusa Indústria e comércio de Braga otimistas para o novo ano BRAGA António Marques, presidente da Associação Industrial do Minho, e Domingos Macedo Barbosa, presidente da Associação Comercial de Braga, acreditam que 2016 poderá ser melhor que 2015. P.03 REGIÃO P.09 REGIÃO P.13 DESPORTO P.19-21 HOJE PATRIM ÓN IO BAIXO MINHO ENCERRA ANO DE 2015 COM FORTE AUMENTO DE FALÊNCIAS PAREDES DE COURA FECHOU 2015 COM EXECUÇÃO ORÇAMENTAL SUPERIOR A 90% VITÓRIA PERDEU EM CASA FRENTE AO BENFICA E MOREIRENSE VENCEU NO BESSA IGREJA DE Paredes de Coura DOMING O • 03 DE JANEIRO Diário do Minho DE 2016 Este suplemento de 03 de faz parte janeiro de da edição 2016, n.º não podendo do jornal Diário do 30905 Minho, ser vendido separadamente BICO PATRIMÓNIO | Igreja de Bico – Paredes de Coura 02 DIÁRIO DO MINHO / DOMINGO / 03.01.16 www.diariodominho.pt VÍTOR AGUIAR E SILVA Bom ano novo! esde há muito tempo que se difundiu o costume ou o ritual, como se lhe queira chamar, de no fim de cada ano civil, denominado significativamente como ano velho, e no dealbar do ano novo que lhe sucede, formular votos de boas festas e desejar que o ano novo seja próspero, feliz, venturoso, afortunado, etc. Os votos podem ser formulados oralmente, por via postal (cada vez mais raramente…), por telefone, por sms, por e-mail ou por outros canais do ciberespaço que as tecnologias da comunicação disponibilizam. Os votos de ano novo feliz e venturoso, quando não se confinam ao cumprimento de uma rotina ou de uma convenção social, exprimem o desejo utópico de um tempo futuro mais propício, mais favorável, mais benigno, no qual os homens possam usufruir de benefícios espirituais e materiais e D A esperança de um tempo novo, a esperança de um mundo mais justo, mais solidário e mais fraterno, são estrelas polares que têm de guiar os homens e as nações, sob pena de uns e de outras soçobrarem no desespero, no ódio e na violência. não serem vítimas da doença, da guerra, da fome e da violência física e moral. A utopia, enquanto expressão, numa perspectiva religiosa, da virtude teologal da esperança, ou na perspectiva marxista antidogmática e judaico-milenarista teorizada filosoficamente por Ernst Bloch na sua grande obra O princípio esperança (1954-1959), é a recusa do mundo como injustiça, como opressão e como carência e a crença no homem como possibilidade futurante, como ser que, graças ao sonho, à imaginação, à inteligência e à vontade, pode construir um mundo mais justo, mais solidário e mais fraterno. A utopia só é totalitária quando a virtude e o sonho da esperança, de matriz judaico-cristã, são confiscados pelo princípio revolucionário da «verdade» ideológica imposta pelos autos-de-fé, pela guilhotina, pelos campos de concentração nazis e pelos gulags soviéticos. O desejo utópico de um bom ano novo pode ser identificado com a crença num progresso linear e contínuo do homem e do mundo – uma das mais perniciosas ilusões da Revolução Francesa e dos seus múltiplos avatares. Todos os anos novos desta trimilenar Europa têm luzes e têm sombras, com inegáveis progressos em diversos domínios – desde os direitos humanos à saúde –, mas com terríveis manifestações de barbárie noutros campos. O homem e a sociedade têm a capacidade de mudar para melhor, mas têm também a fatalidade de não mudarem, persistindo no ódio, na injustiça, na vingança e na violência. Se, como disse acima, a crença no progresso linear e contínuo do homem e da civilização é uma perniciosa ilusão, não menos perniciosa é a condenação nostálgica dos anos novos que se vão sucedendo no calendário, como se fossem metástases de uma decadência inelutável. Nesta visão dos anos novos como degradação dos valores civilizacionais, em particular dos valores morais, a utopia situa-se num passado mais ou menos distante e é a partir dessa idade de ouro para sempre perdida que se condena o tempo presente e se recusa o horizonte do futuro. Na sua feição melancólica e elegíaca, o desafecto aos anos novos configura-se como um conservadorismo arcaizante. Na sua vertente exacerbadamente pessimista, agonística e apocalíptica, esse desafecto manifesta-se como um conflito profundo, como um dissídio inevitável, que levam os homens a exilarem-se do seu tempo e a assumirem atitudes e actos reaccionários de violência extrema, procurando construir um tempo futuro em ruptura com os anos novos que geraram as catástrofes e o caos. O princípio da reacção é o irmão gémeo do princípio da revolução. A esperança de um tempo novo, a esperança de um mundo mais justo, mais solidário e mais fraterno, são estrelas polares que têm de guiar os homens e as nações, sob pena de uns e de outras soçobrarem no desespero, no ódio e na violência. A sabedoria e a prudência ensinam, porém, que o desengano e a desilusão são companheiros de viagem da esperança e que por isso mesmo a jornada terrena do homem tem de ser iluminada pela fé redentora em Cristo. O autor não escreve segundo o chamado «acordo ortográfico» gonçalo s. de mello bandeira1 JUSTIÇA, CIÊNCIA&POLÍTICA, COM TEMPERO 2222+2015=110 2 222 é a Resolução que o Conselho de Segurança das Nações Unidas adoptou em 27/5/15. 7450.ª reunião. A Carta das Nações Unidas de 1945 visa a paz internacional, prevenção e resolução dos conflitos. A protecção dos jornalistas e colaboradores é um desiderato que vem sendo reafirmado desde a Resolução 1265, de 1999. Também as Convenções de Genebra. Os jornalistas e colaboradores correm especiais riscos, em especial, nos conflitos armados. E neste momento vive-se o chamado terrorismo global, pelo que qualquer um pode ser alvo. Trata-se de novo do direito de liberdade de expressão. Se analisarmos com pormenor a Carta Internacional dos Direitos Humanos, as suas partes – Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, Declaração Universal dos Direitos Humanos e Pacto Internacional dos Direitos Económicos Sociais e Culturais –, cedo vamos ver que os jornalistas e colaboradores são parte essencial na defesa destes direitos e deveres. Logo, devem ser protegidos na sua integridade e honestidade. A serem responsáveis do ponto de vista criminal e/ou contra-ordenacional, deverão ser no contexto de um julgamento justo e transparente por actos dolosos e/ou negligentes, de acordo com o princípio da legalidade. Noutras vertentes jurídicas, deverão ser aplicadas as regras respectivas – v.g. direito privado e/ou administrativo. Cada Estado deverá ser responsabilizado pela concretização dos Direitos Humanos no seu território. Como já afirmámos em outras publicações, a liberdade de expressão pode sofrer restrições por causa da honra das pessoas individuais ou colectivas. Mas só se isso for necessário, adequado e proporcional: art.18.º Constituição ou Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, art. 19.º/3. Só em 2015 foram mortos cerca de 110 jornalistas e colaboradores. Foram amiúde cobardes crimes de guerra. Os Estados não podem permitir a impunidade. Em muitos casos é o jornalista que, com a sua notícia, permite evitar crimes contra a Humanidade como um genocídio. O jornalista corrupto poderá incentivar o crime, mas esse não é o verdadeiro jornalista. E qualquer distinção deverá ser investigada com imparcialidade. Os Estados têm obrigação de prevenir e investigar os crimes contra os jornalistas e colaboradores. Não pode haver impunidade jurídica. A César o que é de César. O terrorismo assume-se agora como a nova besta anti-liberdade de expressão. Reconhecer isto é defender os Direitos Humanos. O Conselho de Segurança e o Secretário-Geral da ONU estão empenhados de alma e coração na proteção do jornalismo humanista. A ONU condena todos os abusos contra jornalistas. Um jornalista imparcial é um fundamento ímpar da democracia. Jornalistas podem inclusive ser considerados civis. Não pode haver impunidade perante abusos contra jornalistas incluindo a tortura e o homicídio. Perante este crime de guerra, tem que haver investigação séria. Os seus autores têm que ser trazidos à Justiça. Exorta-se à protecção. Todos os jornalistas reféns devem ser libertados. As partes armadas devem respeitar os jornalistas. Os jornalistas profissionais não devem ser confundidos com espiões ou jornalistas militares, ainda que profissionalizados. Conhecer cada vez mais a lei internacional é, em absoluto, essencial para prevenir tais crimes. A ONU deve estar atenta e as partes beligerantes também. Os jornalistas devem actuar com liberdade. É incentivada a cooperação internacional. É incentivada a implementação das leis humanitárias internacionais. Todos os países deverão subscrever as Convenções de Genebra. O papel dos jornalistas imparciais deve ser protegido nas zonas de guerra. Não esqueceremos estes 110. Eles estão vivos e andam entre nós. “Santíssima trindade”: Shalom, Salaam Aleikum ou Triângulo Universal pelas vítimas. Queremos um 2016 mais humano. 1 Prof. em Direito, Presidente da CFD/SNESup, [email protected] Twitter@gsdmelobandeira Facebook: Gonçalo De Mello Bandeira (N.C. Sopas). 03.01.16 / DOMINGO / DIÁRIO DO MINHO 03 www.diariodominho.pt Braga O país poderá ir para a frente mas estamos dependentes das políticas colocadas em prática pelo nosso Governo e pela Europa. ANTÓNIO MARQUES HOJE A igreja de S. Lázaro acolhe, às 18h15, o espetáculo "Santos reis, santos coroados", pela Associação Cultural e Festiva "Os Sinos da Sé". Empresários e comerciantes de Braga otimistas relativamente ao novo ano Arquivo DM economia Tanto António Marques como Domingos Macedo Barbosa, presidentes da Associação Industrial do Minho e da Associação Comercial de Braga, respetivamente, acreditam que 2016 poderá ser melhor que 2015. Rita cunha É com otimismo, embora também com alguma preocupação, que a generalidade dos empresários e comerciantes da região encara o ano que agora começa. Em declarações ao Diário do Minho, António Marques, presidente da Associação Industrial do Minho, referiu que as expetativas relativamente a 2016 «serão sempre muito condicionadas» por tudo aquilo que o país conseguir fazer, mas há boas possibilidades. «O país pode ir para a frente, mas estamos dependentes das políticas colocadas em prática não só pelo nosso Governo como pela Europa», salvaguardou o responsável, deixando uma mensagem «de preocupação e otimismo». De acordo com António Marques, no que respeita ao papel dos portugueses, este está a ser devidamente cumprido. «Os agentes industriais e Recorde-se que, recentemente, a Comissão Europeia antecipou que a inflação em Portugal se fixará em 1,1 por cento este ano, o que representa uma revisão em baixa face ao previsto em maio de 2015. Já o Banco de Portugal aponta para «a continuação da recuperação gradual da atividade económica» ao longo do período 2015-2017. Uma evolução que deverá traduzir-se num crescimento médio anual do PIB de 1,7 por cento em 2016 e de 1,8 em 2017. Destaque É com algum otimismo que responsáveis por associações do concelho de Braga encaram o ano que agora começa económicos estão a fazer a sua parte e estão muito otimistas para 2016. No caso concreto da indústria, nós continuaremos a fazer o país crescer independentemente das políticas melhores ou piores colocadas em prática», garantiu o presidente da Associação Industrial do Minho. António Marques foi mais longe e lembrou mesmo que «se não tivessem sido os empresários e os trabalhadores em geral, o país já teria fechado para obras» e «tudo teria sido muito pior». É também com algum otimismo, embora sempre contido, que Domingos Macedo Barbosa, presidente da Associação Comercial de Braga, encara 2016. Uma opinião que, segundo o responsável, se estende à generalidade dos comerciantes dos concelhos que a associação abarca. «Pelo que tem vindo a acontecer nos últimos tempos e devido à prospeção do comério de Braga, entre outros indicadores como o movimento não só na própria região como em todo o país, pensamos que este ano não será pior do que o que passou. Poderá até ser melhor, pelo menos é o que nós esperamos», afirmou, vincando que existe a expetativa de Se não tivesse sido o esforço dos empresários em particular e dos trabalhadores de um modo geral, o país já teria "fechado para obras" e tudo teria sido muito pior. ANTÓNIO MARQUES que a atual situação económica do país possa até mesmo vir a melhorar, «o que seria muito bom para a retoma das empresas e para a consequente criação de emprego». Segundo Domingos Macedo Barbosa, este é um sentimento que se estende a muitos comerciantes. «Através dos vários contactos que vamos fazendo, notamos que eles também estão mais otimistas e satisfeitos com os resultados alcançados», disse, dando como exemplo a época do Natal, que permitiu aumentar as vendas no comércio tradicional. «Através dos vários contactos que vamos fazendo junto dos comerciantes, notamos que eles também estão mais otimistas e satisfeitos com os resultados alcançados» explicou Domingos Macedo Barbosa, presidente da Associação Comercial de Braga, em declarações ao Diário do Minho. Como exemplo, referiu a época natalícia que agora findou e que correspondeu a um aumento das vendas em vários estabelecimentos situados em Braga. 04 DIÁRIO DO MINHO / Braga / DOMINGO / 03.01.16 www.diariodominho.pt Apesar de oito municípios minhotos terem contraído novos empréstimos, só um piorou as respetivas contas Braga entre as câmaras do país que mais cortaram dívida à banca Arquivo DM finanças A Câmara Municipal de Braga está entre os municípios do país que mais cortaram na dívida bancária de médio prazo. Entre os 24 municípios do Baixo e Alto Minho, a capital minhota foi a que amortizou o maior volume de empréstimos bancários. joaquim martins fernandes O s 14,44 milhões que pagou à banca garantiram-lhe o segundo lugar no ranking dos melhores pagadores dos 86 concelhios da região do Norte e correspondem ao quinto lugar do ranking dos 308 municípios do país que mais reduziram a exposição aos empréstimos bancários. Os números, que são ainda provisórios, foram avançados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e reportam-se ao exercício de 2014. Dão conta que, em toda a região Norte, apenas a superendividada Câmara Municipal de Vi- Destaque O conjunto dos 24 municípios minhotos acumularam, em 2014, uma receita total de 613,38 milhões de euros. No mesmo período, a totalidade das despesas atingiram cerca de 574 milhões de euros, revelam os números do INE, que são ainda provisórios. A contenção generalizada nas despesas libertou quase 40 milhões de euros para investimentos com fundos das poupanças municipais e para amortizar dívida. Município bracarense amortizou mais de 14,44 milhões num ano em que as poupanças rondaram os 6 milhões la Nova de Gaia procedeu a uma amortização superior à que foi feita pelo Município de Braga. Gaia amortizou 25,76 milhões de euros, montante que corresponde à segunda maior amortização registada ente os 308 municípios portugueses. O maior abate à dívida aos bancos foi protagonizado pela Câmara Municipal de Lisboa. Pagou 102 milhões de euros, em 2014, revela o relatório do INE, dando conta que as câmaras municipais de Autarquias minhotas abatem 60 milhões na dívida à banca As amortizações das dívidas de médio e longo prazo feitas pelas 24 câmaras municipais dos distritos de Braga e de Viana do Castelo cifrou nos 60,4 milhões de euros. Os números ainda provisórios do Instituto Nacional de Estatística fazem saber que a maior amortização foi feita pelas seis autarquias que integram a Comunidade Intermunicipal do Cávado: os municípios de Amares, Barcelos, Braga, Esposende, Terras de Bouro e Vila Verde Loulé e de Albufeira foram as outras que amortizaram mais dívida que a autarquia bracarense. Os números ainda por confirmar indicam que Albufeira amortizou um pou- Guimarães fechou 2014 com uma poupança de 9,5 milhões de euros, a maior de toda a região do Minho. co mais de 19 milhões de euros, enquanto que a edilidade de Loulé reduziu a respetiva dívida em cada 16 milhões de euros. À escala da região Minho, o Município de Barcelos foi o que protagonizou o segundo maior esforço para abater a dívida à banca, tendo amortizado um valor ligeiramente superior a 8 milhões de euros. Imediatamente atrás ficou a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, que amortizou 7 milhões de euros amortizaram 27,8 milhões de euros, sendo que 22,5 milhões saíram dos cofres dos municípios de Braga e Barcelos. No distrito de Viana do Castelo, o conjunto dos 10 municípios da sub-região do Minho-Lima acumularam amortizações de 13,54 milhões de euros, tendo a autarquia de Viana do Castelo contribuído com mais de um terço para a redução do endividamento global de médio e longo prazo. Já no Vale do Ave, o total das amortizações das dívídas bancárias ascendeu aos 19 milhões de euros. Os cofres das autarquias de Vila Nova de Famalicão e de Gui- à dívida de médio e longo prazo. Guimarães abateu cerca de 5,8 milhões de euros à dívida que vinha de 2013, ficando imediatamente acima da Câmara Municipal de Viana do Castelo, que amortizou menos 18 euros que a "cidade-berço". O Município de Ponte de Lima, que é o menos endividado do Minho, foi o que menos amortizou. Os encargos com o serviço da dívida não exigiram mais que 136 mil euros. marães contribuíram com quase 13 milhões de euros para uma redução que foi penalizada pelo empréstimos superior a 8,5 milhões de euros a que o município vizelense teve de recorrer. Em 2014, mais sete municípios (Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Barcelos, Braga, Fafe, e Vila Nova de Famalicão) também contraíram novos empréstimos. Depois de Vizela, os novos encargos assumidos pelos município de Braga (8 milhões de euros) e de Vila Nova de Famalicão (4,93 milhões de euros) foram os mais avultados. vizela desequilibra A Câmara Municipal de Vizela foi a única, entre as 24 autarquias do Minho, que agravou a situação financeira, durante o ano de 2014. Os números provisórios do INE revelam que a autarquia vizelense aumentou a dívida de médio e longo prazo em 8,119 milhões de euros. O desequilíbrio foi motivado pelo recurso a empréstimos de 8,565 milhões de euros, num ano em que apenas amortizou 446 mil euros. 03.01.16 / DOMINGO / Braga / DIÁRIO DO MINHO 05 www.diariodominho.pt ESCOLA DE CIÊNCIAS DA UNIVERSIDADE DO MINHO BREVES UM cria modelo para avaliar progressão do cancro da mama da Escola de Ciências da UM, «esta investigação contribui para o entendimento da progressão do cancro da mama, em particular na população nacional». O CA 15-3 é uma glicoproteína heterogénea, de elevado peso molecular, associada à carcinogénese, sendo frequentemente utilizada na deteção pré-clínica de recidivas de cancro da mama e no acompanhamento de tratamentos de doentes em estádios avançados. Pioneiro a nível mundial, este projeto valeu a Ana Borges o Prémio da Sociedade Portuguesa de Estatística 2015, atribuído anualmente para fomentar a investigação levada DIas 14 e 15 de janeiro A cidade de Braga DR U ma investigadora da Universidade do Minho (UM), Ana Borges, criou um modelo matemático que permite avaliar a probabilidade de sobrevivência de pacientes com cancro da mama baseado na progressão da proteína CA 15-3. Trata-se de um método que permite detetar simultaneamente fatores de risco que afetam a sobrevivência e a progressão do tumor. O modelo é inovador porque admite e quantifica a associação entre a probabilidade de sobrevivência e a progressão no tempo dos valores do CA 15-3, medidos regularmente. Segundo Ana Borges, também doutoranda SEMINÁRIO INTERNACIONAL EM BRAGA ABORDA EDUCAÇÃO PATRIMONIAL Ana Borges (à esquerda) foi distinguida com este projeto a cabo por jovens cientistas da área. «Esta distinção representa uma valorização do trabalho desenvolvido ao longo dos últimos anos. É um incentivo importante para a realização de projetos que assentem na multidisciplinaridade e no intercâmbio entre a Universidade do Minho e instituições externas, como é o caso do Hospital de Braga», salientou a investigadora. acolhe, nos dias 14 e 15 de janeiro, o III Seminário Internacional de Educação Patrimonial, subordinado ao tema “Contributos para a Divulgação do Património” Arqueológico”. O evento tem lugar no Museu D. Diogo de Sousa e resulta de uma parceria iniciada em 2013 entre o Instituto de Educação da Universidade do Minho e o Pelouro do Património da Câmara Municipal de Braga, através dos seus Serviços de Arqueologia. Segundo nota da organização, este seminário visa, essencialmente, difundir e aprofundar a compreensão sobre a investigação em Educação Patrimonial e o debate epistemológico em torno de Museologia, Museografia do Património Arqueológico, contribuindo, deste modo, para promover a reflexão e a divulgação da investigação nestas áreas, a nível nacional e internacional. Assim, serão apresentados e discutidos diversos estudos empíricos, problematizações teóricas, experiências inovadoras e de boas práticas em Educação Histórica/Patrimonial e da divulgação do Património Arqueológico. A ficha de inscrição e outras informações sobre o seminário podem ser encontradas no link: "http://goo.gl/xOHKWu". 06 DIÁRIO DO MINHO / Braga / DOMINGO / 03.01.16 www.diariodominho.pt SÃO LÁZARO E S. JOÃO DO SOUTO LOUVA MISERICÓRDIA DE BRAGA Palácio do raio A União de Freguesias de S. José de São Lázaro e de São João do Souto, reunida em Assembleia de Freguesia a 29 de dezembro, deliberou a apresentação de um voto de louvor à Santa Casa da Misericórdia de Braga, pela abertura do Centro Interpretativo Memórias da Misericórdia de Braga, solenemente inaugurado a 28 de dezembro, pelo ministro da Cultura João Soares, pelo presidente da Câmara Municipal de Braga Ricardo Rio, pelo Arcebispo Primaz D. Jorge Ortiga e pelo provedor da Misericórdia de Braga Bernardo Reis. Esta unidade cultural, instalada no território da União de Freguesias, implicou a reabilitação do Palácio do Raio, imóvel saído das mãos do notável arquitecto bracarense e natural de São José de São Lázaro, André Soares, que concebeu o imóvel em 1752, por encomenda de João Duarte Faria. Assembleia de Freguesia aprova votos de pesar e de louvor S. Victor lembra Jorge Coutinho e enaltece ação de Carlos Videira Arquivo DM BREVE Eleitos de São Victor unânimes no reconhecimento ao Cónego Jorge Coutinho A A abertura do Centro Interpretativo Memória da Misericórdia de Braga, com a consequente revitalização de um dos edifícios do antigo Hospital de Braga, representa «uma inequívoca mais-valia cultural, económica e turística para a cidade de Braga e, particularmente, para a União de Freguesias». Justifica-se, pois, «uma particular manifestação de regozijo por mais este contributo da Misericórdia à comunidade bracarense», refere o voto. O texto, que foi aprovado por unanimidade, acrescenta ainda: «Fazemos votos para que prossigam a sua brilhante missão em prol do desenvolvimento social e cultural das nossas freguesias, visível nomeadamente na procura de soluções para a revitalização do antigo Hospital de São Marcos». do um bracarense de coração, sendo de realçar o seu incansável contributo para elevar o prestígio desta cidade multisecular, não só dentro mas também além-fronteiras». «O salto qualitativo que, com ele, atingiram as cerimónias da Semana Santa de Braga fizeram destas uma atração turística nunca vista noutras cidades do país. Em consequência, e devido à sua culta e generosa ação, a economia da cidade cresceu e ficou mais enriquecida, pelo crescente número de turistas estrangeiros que em cada ano visitam Braga», re- Voto de pesar unânime pelo Cónego Jorge Coutinho, que se notabilizou como presidente da Comissão da Quaresma e Solenidades da Semana Santa de Braga. fere o voto de pesar, que mereceu a unanimidade dos eleitos victorianos, lembrando ainda o «acolhimento e aconse- DR última Assembleia de Freguesia de São Victor aprovou os três votos apresentados pela coligação “Juntos por Braga”: um de pesar, pelo falecimento do Cónego Jorge Coutinho; um voto de louvor pela atuação de Carlos Videira na aproximação da autarquia à academia; e um voto de reconhecimento à Câmara, pela atribuição do topónimo José Moreira – defensor do património em geral e das Sete Fontes em particular – a uma artéria da freguesia. O voto de pesar pelo desaparecimento do Cónego Jorge Coutinho foi aprovado por unanimidade, o de louvor por maioria, com a abstenção dos eleitos da CDU, e o de reconhecimento foi aprovado por maioria com abstenção de seis dos sete eleitos do PS. Jorge Coutinho notabilizou-se na cidade de Braga como presidente da Comissão da Quaresma e Solenidades da Semana Santa, onde se insere Procissão da Burrinha, organizada por São Victor. O ilustre capitular do Cabido Metropolitano e Primacial Bracarense faleceu no passado dia 9 de novembro, com 76 anos, «tendo sempre se mostra- lhamento que deu à realização do Cortejo Bíblico “Vós Sereis o Meu Povo”, popularmente designada “Procissão da Burrinha”». Na mesma sessão, a Assembleia aprovou um voto de louvor pela atuação de Carlos Videira, enquanto presidente da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), que «contribuiu para a aproximação da autarquia à academia». Parceiros de há longos anos, a Junta e a AAUM «têm estado de mãos dadas em várias ações sociais e pedagógicas», destacando o programa "Tampinha Amiga e Solidária" e as campanhas de recolha alimentar e de vestuário». «Esta dinâmica empreendedora deve-se não só à vocação da própria AAUM, como, sobretudo, de quem traça as suas linhas orientadoras e de quem se revê num projeto social que beneficie os alunos, em particular, e a comunidade, em geral» refere o louvor, considerando que Carlos Videira «sempre se mostrou disponível e colaborante com a autarquia, empenhando-se na dinâmica que aproximou ambas as entidades». Ação de Carlos Videira foi reconhecida pela Junta de S. Victor 03.01.16 / DOMINGO / Braga / DIÁRIO DO MINHO 07 www.diariodominho.pt Programação para janeiro de 2016 DM BREVES CAVALHEIRO APRESENTA ÁLBUM EM ESPETÁCULO NO THEATRO CIRCO música Cavalheiro prepara-se para apresen- DR tar o seu mais recente álbum, intitulado "Mar Morto", num espetáculo que decorre no Theatro Circo na próxima sexta-feira, dia 8, a partir das 22h00. De acordo com José Pedro Vinagre, trata-se de um trabalho que traz «a quinta-essência de Cavalheiro: o assumir do desconforto que é estar vivo e a forma que Tiago Ferreira tem de o traduzir para a sua música – o diálogo sincero, a voz áspera e despida e, sobretudo, a fé inabalável na amargura como arma de sedução». Para este novo projeto, Tiago Ferreira reuniu João Coutada (The Partisan Seed, Interm. ission, Ratere), Ricardo Cibrão (Dear Telephone, La La La Ressonance) e João Filipe (BEARS). Mas o Cavalheiro não vem sozinho e entregou a primeira parte do seu concerto a Máquina del Amor, uma banda que tem Braga a correr-lhe nas veias ou não fosse composta por Filipe Palas (Smix Smox Smux), José Figueiredo (Smix Smox Smux e peixe : avião), Ronaldo Fonseca (peixe : avião) e Miguel Macieira (Smix Smox Smux). O álbum de estreia que tem vindo a destacar-se nas listas dos melhores álbuns nacionais de 2015, herdou o nome do projeto e chegou ao público em novembro passado reunindo oito faixas que convidam a uma viagem por uma «reminiscência do post-rock». REFORMADOS DE FERREIROS REÚNEM EM ASSEMBLEIA ORDINÁRIA associação A Associação de Reformados da Freguesia de Ferreiros realiza uma assembleia ordinária no próximo dia 16, às 14h30. Da ordem de trabalhos faz parte a apresentação e aprovação do relatório de contas de 2015 e do plano de atividades e orçamento para 2016. PISTA DE GELO NO RETAIL CENTER ABERTA ATÉ AO DIA 10 DE JANEIRO gelo A pista de gelo do Braga Retail Center está aberta até ao dia 10 de janeiro, das 12h00 às 20h00. O custo é de 2,5 euros por 30 minutos de patinagem. Os interessados poderão ainda ajudar a associação "Make a Wish" comprando uma estrela de Natal por um euro. Com sede na Avenida Central, a Casa do Professor organiza ao longo de todo o ano ações dirigidas ao público em geral Casa do Professor começa ano com tertúlias, fado e mostras A "Clarabóia", a agenda de identidade e cultura da Casa do Professor, dá início ao ano de 2016 com um programa repleto de atividades abertas ao público em geral e com entrada livre. Tertúlias, exposições e fado fazem parte das propostas para o corrente mês. A primeira ação decorre na próxima quarta-feira, dia 6, pelas 18h15. Trata-se de uma tertúlia orientada pelo investigador e historiador Eduardo de Oliveira, também autor do livro "Braga by André Soares", entre outros sobre o património da cidade. No final da intervenção, tem lugar um passeio pela Avenida Central. Segue-se na sexta-feira, dia 8, às 21h15, a abertura de uma exposição no âmbito do workshop de criação artística "Trama Umbra", uma oficina orientada por Catarina Gouveia, Cláudia Gonçalves, Catarina Pinto, Diogo Monteiro e Julia Belyako- A Clarabóia é um projeto de programação cultural criado para posicionar a Casa do Professor no mapa cultural de Braga. vich que girou em torno do têxtil, tendo por base e dinâmica de trabalho a combinação de histórias de vida das pessoas, das suas competências e dos seus saberes. Com esta ação pretendeu-se criar dinâmicas participadas, articulando a realidade e o sonho de cada participante, projetando-se palavras ou imagens através da costura, do bordado e da pintura em peças têxteis como toalhas e colchas. A exposição das peças artísticas têxteis ficará patente na Casa do Professor ao longo dos próximos meses. Também no dia 8, mas às 21h40, é exibido o filme "Pelas Sombras", da autoria de Catarina Mourão. Trata-se de um documentário que aborda o universo de Lourdes Cas- tro, que recebeu vários prémios a nível nacional e internacional. A tertúlia "Velha Escrita" regressa no dia 13, às 21h30. Este projeto, com origem nos cursos de escrita criativa de Pedro Chagas Freitas, conta já com três anos de existência e centenas de textos publicados de mais de 50 autores de Portugal, Brasil e Estados Unidos da América. Em cada sessão, os participantes são convidados a escrever um texto à luz de um tema apenas divulgado no início de cada tertúlia e selecionado por um autor convidado. O ciclo de tertúlias sobre educação retoma no dia 14, às 21h15, com "A educação permanente como processo de humanização". A sessão, orientada por Licínio Lima, profes- sor do Instituto de Educação da Universidade do Minho e investigador da área, tem entrada livre mas sujeita a marcação através do e-mail "geral@ casadoprofessor.pt" ou do telefone "253609250". Esta tertúlia insere-se num ambicioso projeto da Casa do Professor, a conferência internacional "Escola, Aprendizagem e Sociedade do Conhecimento", que decorre em outubro deste ano, dando mote à reflexão sobre a escola, as políticas e os modelos educativos e a formação de professores. Para o dia 21, às 16h00, está agendada a apresentação do livro "É aqui que ela mora", na presença da autora Sílvia Mota Lopes. A programação de janeiro termina no dia 29 com uma sessão de "Há Fado na Casa", a partir das 20h30. A voz de Rosa Veloso será acompanhada pela guitarra portuguesa de Artur Caldeira e pela viola de fados de Daniel Paredes. 08 DIÁRIO DO MINHO / DOMINGO / 03.01.16 www.diariodominho.pt BOM JESUS: REQUALIFICAR COMISSÃO ARQUIDIOCESANA PARA OS BENS PATRIMONIAIS GERARDO MONTEIRO ESTEVES | ARQUITETO E PROJETISTA Projeto de Arquitetura: Intervenção nas capelas ou calvários (4.ª Parte) Mas, registaram-se, também, sujidades de vários géneros, como o pó e a fuligem (o considerável e pernicioso efeito do fumo das velas), cujas paredes e pinturas ficaram alteradas pela fumagem; o desgaste provocado pelas limpezas descuidadas; e, ainda, a nefasta e desgastante incidência dos raios solares, pela falta de proteção contra os ultravioletas. As Pinturas Murais Interiores As pinturas murais constituem um dos trabalhos mais complexos e difíceis, da intervenção nas capelas, logo à partida pela delicadeza de lhes tocar, atendendo a que algumas delas estavam em iminente derrocada. Depois, a sua consolidação, recuperação e fixação (tanto de rebocos, como policromias). Ainda, a dificuldade de limpeza ou remoção das diversas manifestações biológicas. E, por último, a colmatação de lacunas do suporte ou da pintura, com a reintegração cromática, em diálogo. Tivemos, ainda, o le- No que reporta às pinturas parietais, estas padeciam de vários e idênticos problemas: humidades resultantes do ambiente saturado com elevada humidade – levando à criação de bolores e germinação biológica; infiltrações que atravessavam os paramentos, entrando por capilaridade e destacando os rebocos e pinturas, consequentemente, destruindo-as por perda das suas propriedades, como seja a falta de coesão e agregação que leva ao destacamento do seu suporte. A complexidade do tratamento Gerardo Esteves vantamento de repintes, pontuais, quando necessário e justificável, com sondagens através da “abertura de janelas”, registando-se uma abordagem estratigráfica que apontou pinturas subjacentes, estudando-se a importância das mesmas, o seu valor histórico, bem como a qualidade delas. Este trabalho, além de ser importante para a preservação, permite conhecer o passado de alguns dos paramentos, particularmente, quanto às pinturas anteriores subjacentes, como foi possível descobrir o registo de algumas delas. Há dísticos ou letreiros, como legendagem de acompanhamento desta maravilhosa narrativa de Cristo, com inscrições sobrepostas nas pinturas ocultas ou, que estavam a perder presença. E, ainda, a possibilidade de conhecer (ou, confirmar) o nome do autor de uma das pinturas murais, como é o caso da Capela do Levantamento da Cruz, cujo nome é Vicente. (continua no próximo domingo) Gerardo Esteves S ão os percursos à volta das capelas, como continuidade de todo o percurso sagrado – o percurso promissório de pagamento de promessas. Denominados “deambulatórios”, por assim os começamos a chamar há anos, tendo por comparação os deambulatórios das absides góticas, estes percursos antigos, poligonais, com muro de delimitação paralelo às capelas, foram construídos em pedra e acabados a reboco e capeamento de granito. Alguns dos referidos deambulatórios, até ao momento, não existiam. Assim é o caso do que envolve e “solta” a Capela da Unção ou das Lágrimas e a Capela da Ressureição, na zona 1. Estes foram executados mais recentemente, numa outra intervenção anterior que a Confraria foi desenvolvendo mas, estavam ainda sem acabamentos. Todos apresentavam as suas patologias, semelhantes às das capelas, pelo que também foram tratados em ordem à requalificação, tanto ao nível dos paramentos (limpeza pétrea e pintura), como dos pavimentos (executados em pedra semelhante à existente, quando necessário, com desenho e geometria inspirada na envolvente). Para o tratamento, a metodologia da conservação e restauro aplicada, seguiu as normas para as caraterísticas específicas do tipo de construção. Gerardo Esteves Deambulatórios Rui Luzes Cabral Gerardo Esteves (artigo iniciado no domingo 13 de dez.) 03.01.16 / DOMINGO / DIÁRIO DO MINHO 09 www.diariodominho.pt Região contraciclo Baixo Minho tem agora um peso de 11,5 por cento nas falências do país. Balanço de 506 falências no distrito traduzem subida de 8,35% num ano em que caíram 3,65% no país. Baixo Minho encerra 2015 com forte aumento de falências António Freitas/CMVNF joaquim martins fernandes A economia do distrito de Braga refletiu os efeitos da crise económico-financeira e registou, em 2015, um aumento do número de falências empresariais face ao ano de 2014. O parque empresarial dos 14 concelhos do Baixo Minho, que é o terceiro maior do país, foi o que contabilizou os piores resultados, entre as cinco maiores economias sub-regionais. Chegou a 31 de dezembro de 2015 com a maior subida absoluta, em todo o país, do número de insolvências empresariais, tendo apenas sido ultrapassado em termos percentuais pelos agravamentos registados em distritos com um reduzido número de empresas. Foi o caso concreto do distrito de Beja: registou um agravamento das insolvências em 27,27 por cento, mas só contabilizou mais 3 insolvências que as 11 que foram confirmadas para 2014. Os números avançados pelo Instituto Informador Comercial (IIC) dão conta que o distrito de Braga fechou 2015 com 506 empresas declaradas insolventes. Foram mais 39 "falências" que as 467 registadas no ano anterior, o que corresponde a uma subida de 8,35 por cento. No ranking dos 18 distrito do território continental e das duas Regiões Autónomas dos Açores não houve nenhum outros aumento da mesma grandeza. A generalidade dos dis- Número de empresas declaradas insolventes durante 2015 subiram mais de 8% durante o ano de 2015 tritos do território continental e as Regiões Autónomas foram mesmo em sentido contrário ao de Braga, tendo encerrado 2015 com uma descida das insolvências. O aumento verificado entre as empresas dos 14 concelhos do Baixo Minho surge, assim, contraciclo com a tendên- cia nacional, que registou uma descida global de 3,65 por cento. Entre as cinco maiores economias sub-regionais – Aveiro, Braga, Lisboa, Porto e Setúbal – também o distrito de Aveiro assistiu uma subida das insolvências. Em 2015, somou 17 "falências" às 317 empresas insolventes que registou no ano Parque empresarial do distrito de Braga foi, em todo o país, o que mais empresas perdeu para as insolvências, durante 2015. Tecido empresarial de Viana do Castelo regista recuperação consistente A economia do distrito de Viana do Castelo sinalizou, no de 2015, uma melhoria significativa da resiliência das empresas dos 10 concelho do Alto Minho. A recuperação é expressa pela forte redução do número de insolvências empresariais, que caíram quase 14 pontos percentuais face ao ano de 2014. Mas os números avançados pelo Instituto Informador Comercial revelam ainda que a redução registada em 2015 é ainda mais acentuada na comparação com o ano de 2013. Depois de ter acumulado 102 insolvências empresariais há dois anos atrás, o tecido empresarial dos 10 concelhos do Alto Minho chegou ao final de 2014 com 81 empresas declaradas de 2014. O agravamento de 5,36 por cento traduziu-se em 334 insolvências empresariais. Em todo o país, o ano de 2015 ficou marcado por 4 385 empresas declaradas insolventes, valor que compara com as 4 551 insolvências registadas no ano anterior. No ranking dos 20 forma- do pelos 18 distritos do Continente e pelas duas Regiões Autónomas, sete distritos viram as insolvências aumentar e 13 registaram uma queda no volume de empresas que entraram em processos de insolvência. Os melhores resultados verificaram-se no distrito do Porto, que chegou ao final de novembro deste ano com menos 94 empresas insolventes que no ano anterior 2014. A descida de 1 019 para 925 insolvências traduziu-se numa diminuição de 9,22 por cento, ou seja, mais do dobro da redução verificada no distrito de Lisboa, onde as insolvências empresariais caíram 4,41%, com o número de falências a descer de 1 134 para 1 084. O distrito de Setúbal viu o número de empresas insolventes cair 24 unidades. Fechou 2015 com 281 empresas insolventes, ou seja, menos 7,87 por cento que as 305 insolvências confirmadas para 2014. insolventes. Mas no final do ano de 2015, as empresas declaradas insolventes foram apenas 70, ou seja, menos 11 que no ano anterior e menos 32 que em 31 de dezembro de há dois anos. Em termos percentuais, o parque empresarial do distrito de Viana do Castelo registou o quarto melhor resultado entre os 18 distritos do território continental e as duas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. A descida mais acentuada verificou-se em Bragança (menos 27,59 por cento), seguindo-se os Açores (menos 21,05 por cento), a Madeira (menos 25 por cento) e Viana (menos 13,58 por cento). No lado diametralmente oposto esteve o distrito de Beja, que registou o maior agravamento das insolvências, em termos percentuais. Fechou o ano de 2015 com uma subida das insolvências superior a 27 por cento, tendo o número de empresas insolventes passado de 11 para 14. 10 DIÁRIO DO MINHO / Região / DOMINGO / 03.01.16 www.diariodominho.pt Clínicos reforçam a componente assistencial da unidade vimaranense HOSPITAL DE GUIMARÃES MUDA REGRAS DE VISITAS A DOENTES 2016 O Hospital da Senhora da Oliveira (HSO) DM aprovou um novo Regulamento de Visitas, que irá implicar algumas alterações nos procedimentos e horários atuais. O regulamento entrará em vigor amanhã, com o objetivo de adequar os horários de visita a doentes internados às necessidades dos familiares dos mesmos e aos serviços hospitalares. A partir daquela data, o doente passa a ter apenas o acompanhamento de um familiar ou de pessoa significativa que pode contribuir para a preparação do doente para a alta, continuidade de cuidados no domicílio e parceiro dos cuidados no internamento. «Criamos a nova figura do acompanhante, que não existia. Será o doente internado a escolher ou designar a pessoa, familiar, amigo ou quem entender, para poder realizar o seu acompanhamento praticamente durante todo o período em que está internado», esclareceu Delfim Rodrigues, presidente do conselho de administração. As visitas e o acompanhamento familiar inserem-se na humanização dos cuidados de saúde e integram a componente assistencial sendo, por conseguinte, consideradas um direito do doente. Todos os doentes internados têm direito a receber ou a recusar visitas e a determinar por quem desejam ser visitados. «Nas visitas, vamos limitar um pouco o tempo de acesso aos doentes, fundamentalmente porque é um período em que as infeções geradas na comunidade aumentam e que, depois, são trazidas para dentro do hospital e passadas aos doentes. E está determinado, cientifica e tecnicamente, que as visitas ao doente devem ter um período de duração muito curto», suportou Delfim Rodrigues. Assim, o acompanhante poderá permanecer junto do doente no período das 11h00 até às 20h30, podendo ser substituído com o acordo do doente, e as visitas podem permanecer no período das 16h00 até às 20h00. Mas recomenda-se que a permanência das visitas deve ser a mais breve possível, sendo desejável que não ultrapasse os 30 minutos. O número máximo de pessoas junto do doente nunca deverá ultrapassar as duas pessoas, pois «não se trata de limitar as visitas, mas de proteger os doentes das infeções da comunidade». Hospital de Guimarães recebe 88 médicos internos DM BREVEs rui de lemos Hospital da Senhora da Oliveira (HSO), em Guimarães, recebe amanhã 71 médicos internos do ano comum e mais 17 internos de formação específica, no próximo dia 4 de janeiro. A integração daqueles 88 novos médicos vem reforçar a componente assistencial do Hospital de Guimarães, mas acima de tudo sublinhar uma estratégia de formação e ensino de cuidadores, quer sejam médicos quer outros grupos profissionais, traçada há vários anos e que é uma aposta constante para a sua afirmação de cuidados de qualidade. Vários serviços do HSO têm idoneidade formativa reconhecida, sendo que, por exemplo, o Serviço de Obstetrícia e Ginecologia é dos quatro únicos no país com idoneidade em todas as valências desta especialidade para formação de médicos. «A escolha do Hospital de Guimarães para o seu processo formativo, é em si um reco- O Hospital de Guimarães continua a apostar na formação de novos clínicos nhecimento da qualidade pedagógica procurada por estes futuros médicos e médicas», sublinha a administração. Todos os anos, o Hospital de Guimarães recebe quase uma centena de novos médicos internos, divididos pelas suas diversas especialidades. A par deste aspeto formativo, desde 2003 que, numa parceria pedagógica com a Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho, recebe os alunos do Curso de Medicina, logo a partir do terceiro ano, para lhes ensinar a arte de tratar doentes. Algo semelhante acontece com outros profissionais de saúde, como na área de enfermagem, onde o HSO recebe dezenas de alunos anualmente, vindos de diversas instituições de ensino. Só esta realidade permite ao HSO ter um Centro de Excelência Europeu de Hipertensão e Risco Cardiovascular e ser o Centro de Excelência de Doenças Lisossomais de Sobrecarga (doenças raras) no Norte do país. Ter ainda um Serviço de Gastrenterologia que é um centro de formação europeu. Assim como ter vários serviços clínicos frequentemente classificados de excelência por avaliações independentes, como o seja o projeto SINAS da Entidade Reguladora da Saúde. Daquela aposta em ser um centro de formação de cuidadores resulta o desígnio de cumprir a sua missão de providenciar «os melhores cuidados de saúde, com elevados níveis de competência, excelência e rigor, respeitando a humanização e promovendo o orgulho e sentido de pertença de todos os colaboradores». Remodelação da urgência em 2016 Serviço de Urgência Médico-Cirúrgico do Hospital Senhora da Oliveira, em Guimarães, vai receber obras de requalificação. Nos últimos meses, uma equipa de trabalho tem vindo a elaborar o plano funcional do futuro serviço, bem como os requisitos de qualidade a que a obra deverá obedecer. Em 2015, segundo a administração do Hospital de Guimarães, foi possí- O vel garantir os fundos necessários para concretização daquele projeto, não só por intermédio de resultados operacionais positivos obtidos, mas também através dos aumentos de capital realizados pelo Estado, em 1 de janeiro e 16 de setembro, respetivamente, em 9,9 milhões de euros e 1,3 milhões, bem como de uma dotação de fundos comunitários. Assim, na última reunião, o Conselho de Admi- nistração deliberou lançar, ao mercado, procedimento para a contratualização do projeto de arquitetura e especialidades, incluindo o levantamento de cadastro do Serviço de Urgência Médico-Cirúrgico. «Dá-se assim início à primeira fase de uma obra que pretende alterar de forma significativa a infraestrutura existente e projetá-la para um funcionamento moderno e eficiente, capaz de se ade- quar às exigências de uma nova era na prestação dos cuidados urgentes às populações que procuram o Hospital», suportam os responsáveis. A equipa de arquitetura, cuja contratação se espera concluir em breve, encetará de imediato a elaboração do projeto. Será finalmente encetada a reestruturação do espaço físico, esperando-se que o processo seja concluído de forma célere. 03.01.16 / DOMINGO / Região / DIÁRIO DO MINHO 11 www.diariodominho.pt Tradição celebra-se há 17 anos consecutivos, no dia 1 de janeiro Encontro pela Paz tem um propósito filosófico, educativo e cultural M tem deixado uma mensamais nos vários ambiengem de esperança e reutes sociais, seja na escola, nido tantas pessoas pelo no trabalho ou em casa. mesmo motivo: o desejo «Aquilo que me preode paz para o muncupa fundamentaldo», descreveu. mente é deixar Segundo esta mensaViceMário Fergem às no-presidente raz, o Envas gerada Câmara, Luís ções, fico contro peDiamantino, contenla Paz, que associa-se conta com te por ver sempre ao a colaboramuitos pais evento ção e apoio a levarem da Câmara Muconsigo as suas nicipal da Póvoa de crianças e não são Varzim, tem como propessoas da Póvoa de Varpósito tentar incutir nas zim que participam neste pessoas a educação para a evento, onde misturam-se paz, uma tarefa que devia emoções, desejos, dor...», ser incentivada cada vez acrescentou. No dia 19 de dezembro, no Pavilhão Municipal, teve lugar a “Cerimónia pela Paz”, com um concerto, ao que se seguiu a "Marcha da Paz", do Pavilhão até à Praça do Almada, onde se formou um cordão humano. Após um minuto de silêncio, as pessoas colocaram flores brancas na "Taça da Paz" que ficou no coreto até 1 de janeiro, dia em que foram lançadas ao mar. A tocha da paz exibida no primeiro dia do ano, Dia Mundial da Paz, havia percorrido, no dia 19 de dezembro, as 12 fregue- sias da Póvoa de Varzim, transportada por atletas e pessoas do concelho. O 17.ª Encontro pela Paz – que começou em meados de dezembro com a inauguração de uma exposição dedicada a Madre Teresa de Calcutá, a figura homenageada este ano – termina no dia 16 de janeiro com o encerramento desta mostra de desenhos e pinturas de alunos do concelho, às 21h30 no Diana Bar, numa sessão em que atuam Ana Gil, da Academia Sportdance, Francisco Cruz e Mara São Roque e o Coro Manuel Giesteira. José Carlos Marques ais de uma centena de pessoas participou na tradicional concentração pela paz, no primeiro dia do ano, na Póvoa de Varzim, um momento marcado pelo lançamento de flores brancas ao mar. Esta é uma das mais simbólicas ações do Encontro pela Paz, evento que se realiza naquela cidade costeira há 17 anos consecutivos e que já contou com a presença de figuras como a escritora Luísa Dacosta, o ator Luís Aleluia ou o pacifis- ta indiano Arun Gandhi, neto do lendário Mahatma Gandhi. Mário Ferraz, coordenador e mentor do evento, realçou o envolvimento de tantas pessoas nesta causa humanista, numa tarde em que as condições atmosféricas convidavam mais a ficar em casa. «O tempo estava de chuva, havia vento, mas as pessoas apareceram, estiveram ali ao frio. Foi extraordinário, ficámos impressionados com a mancha humana que se formou no "Cais da Paz". Este é que é o verdadeiro teste a um evento que Chama da Paz percorreu em dezembro as 12 freguesias do concelho Condições atmosféricas adversas não demoveram os poveiros José Carlos Marques Jorge Oliveira José Carlos Marques José Carlos Marques Póvoa de Varzim expressa gesto de paz com lançamento de flores ao mar Dia Mundial da Paz celebra-se na Póvoa com lançamento de flores brancas ao mar 12 DIÁRIO DO MINHO / Região / DOMINGO / 03.01.16 www.diariodominho.pt um investimento de 500 mil euros Associação Empresarial de Viana com casa nova a partir de amanhã DR A nova sede da Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC) vai abrir portas amanhã, na Praça 1.º de Maio, num investimento que ronda o meio milhão de euros. O presidente da AEVC, Luís Ceia, adiantou «tratar-se da requalificação de um espaço situado no centro da cidade que, em tempos, pertenceu a uma instituição bancária, e que foi agora adaptado para acolher as novas funções, num investimento de cerca de 15 mil euros». «É uma sede importante não só para a associação, como para a própria cidade. As novas instalações vão permitir a centralização de serviços, prestados com mais qualidade e respondendo às exigências dos tempos atuais», sublinhou. Empresários de Viana do Castelo vão agora poder concentrar serviços Luís Ceia afirmou que «o contributo da associação para a regeneração urbana vai dotar a instituição de condições físicas que permitem um trabalho, conjunto, com outros parceiros, como a Câma- ra Municipal». Em outubro passado, a autarquia aprovou em reunião ordinária um apoio de 120 mil euros para a aquisição da nova sede, com cerca de 900 metros quadrados, sendo que o município pagará «este ano cerca de 20 mil euros, e os restantes 100 mil em 2016». Na altura, a maioria socialista de José Maria Costa justificou o apoio com a necessidade de cumprir uma «promessa antiga», relacionada com um protocolo celebrado em 1993, em que município se comprometia a apoiar a associação na criação de novas instalações, e, por outro lado, para “promover a revitalização da Praça 1.º de Maio com ações destinadas à atividade económica, ao empreendedorismo e à incubação». Além do apoio à aquisição da nova sede, a autarquia aprovou ainda o pagamento à AEVC, de uma renda mensal de cerca de 1.500 euros, ao longo de dez anos, pelo arrendamento de 450 metros quadrados do novo espaço para lá instalar a sede da Viana Criativa, uma incubadora de empresas. Com 163 anos de existência, sendo considerada uma das mais antigas do país, a AEVC tem atual- mente a sua sede instalada no Largo João Tomás da Costa. O edifício sofreu obras de reabilitação mas “não dispunha de espaço suficiente para a formação e para os novos desafios instituição». Redação/Lusa A AEVC vai manter-se apenas no primeiro andar daquele edifício, junto ao jardim público da cidade, «estando a criar condições para rentabilizar o espaço, gerando receitas importantes para a atividade da associação». Ponte de lima Câmara aprova candidatura ao projeto "Terra Reabilitar" A Câmara de Ponte de Lima aprovou, recentemente, uma candidatura ao programa Terra-Reabilitar. O projeto "Terra-Reabilitar" constitui um incentivo à recuperação do edificado que esteja em mau estado de conservação sito no Centro Histórico e áreas classificadas. O "Terra-Reabilitar" apoia técnica e financeiramente os proprietários de edifícios em mau estado de conservação na elaboração de projetos, promovendo a reabilitação urbana através da re- cuperação dos edifícios para fins habitacionais/ /comerciais/múltiplos. Desta forma, entende o executivo municipal que a implementação desta iniciativa visa evitar a tendência de degradação dos edifícios do Centro Histórico, «pois quanto melhores forem as condições de habitabilidade e segurança, maior é a possibilidade de que este venha a ser ocupado». Este incentivo foi revisto em setembro de 2014, entre outras alterações foi alargado o âmbito do “Terra Reabilitar” à Área de Reabilitação Urbana de Ponte de Lima (ARU), de forma a continuar o processo de reabilitação e revitalização do tecido urbano e económico da área de reabilitação urbana. A candidatura aprovada pelo executivo municipal, refere-se a um edifício localizado na Rua Cardeal Saraiva, n.º 22, 24 e 26. O interessado solicita apoio ao nível dos projetos de arquitetura, especialidades e isenção de pagamento pela emissão das licenças municipais que sejam devidas conforme o disposto no Regulamento Municipal de Edificações do concelho. Os resultados obtidos ao longo da implementação do projeto "TerraReabilitar" «têm sido satisfatórios, com aprovação de cerca de uma dezena de candidaturas». 03.01.16 / DOMINGO / Região / DIÁRIO DO MINHO 13 www.diariodominho.pt 2016 vai trazer mais duas centenas de postos de trabalho a paredes de coura Município de Paredes de Coura fechou o ano de 2015 com uma execução orçamental superior a noventa por cento, foi ontem anunciado pela autarquia. Segundo a edilidade, este resultado «traduz o enorme esforço e rigor com que a autarquia desenvolve a sua atividade, tendo como principais linhas de força a captação de investimento e criação de emprego, sem nunca descurar a educação e a cultura». «No que diz respeito à execução orçamental, o ano de 2015 foi um ano de transição de quadro comunitário, facto que dificultou bastante a ta- O refa. Aliás, a percentagem de execução orçamental não foi mais alta porque, ao não terem sido atribuídos os fundos comunitários não foi possível fazer o encaixe financeiro e, consequentemente, realizar a despesa», explicou o presidente da Câmara, Vitor Paulo Pereira, que também não esconde a satisfação pelo facto do Município de Paredes de Coura ainda ter conseguido reduzir 2,4 milhões de euros à dívida, pagando a 7 dias e cotando-se como a autarquia melhor pagadora entre todos os municípios do Minho e Alto Minho, segundo dados da Direção-Geral das Autarquias Locais. Prémio Município do ano UM-Cidades e primeiro município com Plano de Paisagem No plano dos projetos imateriais, o Município de Paredes de Coura foi distinguido em 2015 com o Prémio “Município do ano UM-Cidades”, instituído pela Universidade do Minho, mas também se distinguiu por ser o primeiro município do país a apresentar um Projeto Piloto de Plano de Paisagem, o que mereceu os maiores elogios no “Fórum Internacional sobre a Paisagem do Sudoeste Europeu”. «Os números não nos deslumbram nem nos distraem. Apesar de considerarmos que eles refletem o rigor e o intenso trabalho de toda a estrutura da autarquia no ano de 2015, a verdade é que neste momento estamos focados apenas em tudo o que queremos fazer no futuro para que Paredes de Coura continue a melhorar e, sobretudo, para que melhoremos a vida dos courenses com modelos de desenvolvimento alternativos», referiu o presidente Paulo Pereira, comentando a generalidade dos trabalhos realizados e os números de 2015. Arquivo DM Paredes de Coura fechou 2015 com execução orçamental superior a 90% Vítor Paulo Pereira: «o emprego está no topo das prioridades» Com «a criação de emprego no topo das prioridades», o município procura agora alargar e dotar as suas zonas industrias de infraestruturas que tornem o concelho mais atrativo ao investimento. Neste plano, na senda do ano anterior, em 2015 garantiram-se duas novas unidades industriais – já em construção – que criarão mais de 200 postos de trabalho. Para 2016, as prioridades estão definidas. «Nunca seremos um território da moda, dos colóquios ou dos seminários empresariais, nem um território do famoso empreendedorismo que se esgota no glamour das palavras», defende Vitor Paulo Pereira, caracterizando Paredes de Coura como «um município que compreende o tempo e as necessidades dos empresários. A nossa única promessa é a de que vamos continuar a trabalhar muito e a defender os interesses de Paredes de Coura até às últimas consequências», sublinhou, não escondendo o orgulho pela autarquia que dirige ter conseguido, de acordo com os números provisórios apurados a 30 de dezembro de 2015, o nível de execução orçamental que ultrapassa os noventa por cento. «O ano de 2015 foi caracterizado pela execução de obras em importantes equipamentos municipais bem como na rede viária das freguesias. Aliás, o investimento na rede viária das freguesias será ainda mais visível nos próximos dois anos, uma vez que o município prevê investir 1,4 milhões de euros nes- se período, dos quais 700 mil euros já em 2016», refere a autarquia courense em comunicado. Além de uma parte significativa da rede viária das freguesias, em 2015 foram requalificados o Museu Municipal, bem como as Piscinas, o Pavilhão Municipal e a Escola Secundária. No último ano, também houve obras de regeneração e requalificação urbana do espaço central da vila, para além de terem sido concluídos equipamentos como a Loja do Turismo Interativa, Caixa de Brinquedos e a Caixa de Música – estas últimas ainda por inaugurar. 14 DIÁRIO DO MINHO / DOMINGO / 03.01.16 www.diariodominho.pt Religião O Ano Santo não seria muito eficaz, se a porta do nosso coração não deixasse passar Cristo, que nos impele a ir ao encontro dos outros, para lhes levar Ele e o seu amor. Como a Porta Santa permanece aberta […], assim também a porta do nosso coração, permaneça sempre aberta para não excluir ninguém. MISERICORDIOSOS COMO O PAI PAPA FRANCISCO Bispo Auxiliar de Braga abriu encontro anual no auditória vita Coordenadores paroquiais devem viver o seu ministério na comunhão e compromisso Avelino Lima O Bispo Auxiliar de Braga, D. Francisco Senra Coelho, presidiu ontem à abertura do Dia Arquidiocesano do Coordenador Paroquial, cujos trabalhos decorreram no Auditório Vita, em Braga, subordinados ao tema "Formar na Missão". Jorge Oliveira N a reflexão que fez, D. Francisco Senra Coelho exortou os agentes da pastoral a viverem o seu ministério, o seu serviço, na comunhão, no compromisso da Igreja de Braga. «Esta Diocese é uma só, tem um pastor, o nosso Arcebispo, que é o rosto de Cristo, por isso é uma Igreja que deve mostrar a sua unidade, a sua comunhão, através de critérios discernidos e assumidos por todos, através do mesmo abraço de acolhimento, da unidade que experimentámos e testemunhámos», realçou o Bispo Auxiliar. Lembrando que a tarefa à iniciação cristã nunca está concluída, o prelado incentivou os coordenadores paroquiais a parti- D. Francisco Senra Coelho lembrou que a tarefa da Igreja nunca está concluída lharem a «beleza da Fé», a «alegria do Evangelho», e a transmitirem a esperança aos seus irmãos ajudando-os a encontrar a sua vocação. «Sempre que bate à nossa porta alguém que quer fazer a peregrinação, encontra-se com o rosto de Deus, o abraço da sua Misericórdia, aí está o desafio e a tarefa, a primeira missão da Igreja, o anuncio, a Evangelização», disse. D. Francisco Coelho salientou o quão é «encantadora» a tarefa daquele que anuncia a Palavra de Deus e acrescentou que quando se tem tempo para «saborear a beleza da vocação, poderemos testemunhar, comparti- lhar, educar aqueles que são colocados no nosso caminho pelos pastores da Igreja». «Nós não formámos uma rua com muitas lojas que oferecem produtos aqui e além mais ba- Encontro para ajudar a viver «mais e melhor» compromisso eclesial O Dia Arquidiocesano do Coordenador é dedicado a todos aqueles que nas comunidades paroquiais exercem funções de liderança intermédia, e realiza-se todos os anos no primeiro sábado do mês de janeiro. Trata-se de um encontro de formação, organizado pela Comissão Arquidiocesana para a Educação Cristã, que visa ajudar aqueles que nas comunidades paroquiais têm tarefas de coordenação a «viverem mais e melhor» o seu compromisso eclesial e potenciar naqueles que coordenam o estilo de ser e fazer Igreja. «Não é uma formação para técnicos, é uma formação cristã, ou seja, assumir a forma de Jesus ratos ou a saldo, numa concorrência que quer fazer uma estatística numerosa, com êxito. Nós vivemos a verdade da comunhão, nós vivemos a experiência do trabalho em rede e de mãos dadas. Importa tanto termos esta consciência de termos um centro, um núcleo, Jesus Cristo, a sua Igreja, o nosso pastor», esclareceu. Organizado pela Comissão Arquidiocesana para a Educação Cristã, no Auditório Vita, o Dia Arquidiocesano do Coordenador contou com a participação de largas dezenas de agentes pastorais diocesanos com funções de coordenação, incluindo párocos. Os trabalhos decorreram subordinados ao te- ma "Formar na Missão", tendo presentes dois santos da Capadócia, S. Basílio Magno e S. Gregório Nazianzeno, bispos que a Igreja Católica celebrou ontem e que D. Francisco Senra Coelho apontou como «modelos de anuncio da Palavra de Deus que a Igreja guarda e proclama». O bispo abriu o encontro, após uma oração, com uma reflexão em torno de uma passagem da Segunda Carta de S. Pedro, em que se lê: «Irmãos, esforçai-vos cada vez mais por assegurar com boas obras a vossa vocação e eleição, porque deste modo não pecareis jamais. E assim vos será largamente oferecida a entrada no reino eterno de Nosso Senhor Jesus Cristo». Cristo», explicou o cónego Luís Miguel Rodrigues. O encontro começou com uma reflexão do Bispo Auxiliar, D. Francisco Senra Coelho, ao que se seguiu uma intervenção do cónego Luís Miguel Rodrigues que abordou o tema "Paróquia formadora, por isso missionária". «Se a paróquia não formar não é missionária, ou seja, não forma discípulos», frisou o sacerdote. No final, foi apresentado o documento "Convocados para a Missão", elaborado por aquela Comissão Arquidiocesana, que visa dar resposta ao problema de como recrutar agentes da pastoral. 03.01.16 / DOMINGO / Religião / DIÁRIO DO MINHO 15 www.diariodominho.pt o Cardeal -patriarca de lisboa alerta para o risco da indiferença D. Manuel Clemente apela a uma «cidadania ativa e altruísta» DR O Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa enaltece a figura do Papa go do último ano, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa realça a relevância que uma população participativa e empenhada pode ter para a mudança do atual paradigma da sociedade, on- de persistem realidades como a pobreza e a desigualdade social. «Sabemos como uma Vaticano anuncia DR O Texto foi assinado em junho de 2015 mento às duas partes». «Espero também que a muito desejada solução dos dois Estados se torne uma realidade o mais rapidamente possível», acrescentava o arcebis- po escocês. Riad Al-Malki, por sua vez, destacava o facto de «pela primeira vez», o acordo em causa incluir «um reconhecimento oficial» do Estado da Palesti- barreira do descaso. Refere-se ao que podemos fazer como pessoas, como participantes na vida política e como crentes de vários credos (…) Uma autêntica agenda para o ano que começa», frisa D. Manuel Clemente. Na Mensagem pontifícia deste ano, intitulada “Vence a indiferença e Conquista a Paz”, o Papa prossegue na peugada dos seus antecessores, oferecendo o seu contributo para a construção e solidificação da Paz entre todos os Homens, dom inestimável que possibilita o a justiça, o progresso e o desenvolvimento dos povos. Redação/Ecclesia Breve Entrada em vigor do acordo geral que reconhece Estado da Palestina Vaticano anunciou, ontem, a entrada em vigor de um «acordo global» com o Estado da Palestina, que regulará a atividade da Igreja Católica no território e que reafirma o apoio da Santa Sé a uma solução «negociada e pacífica» para a situação na região. O texto foi assinado em junho de 2015 por D. Paul Richard Gallagher, secretário do Vaticano para as relações com os Estados, e por Riad Al-Malki, ministro dos Negócios Estrangeiros da Palestina. Na altura, D. Paul Richard Gallagher, frisou a esperança da Santa Sé para que este acordo ajude a promover um «fim definitivo para o conflito israelo-palestino», que «continua a causar sofri- população ensimesmada e desistente é caldo de cultura para políticas pouco ou nada solidárias. Pelo contrário, cidadanias ativas e altruístas obrigam o poder político a acompanhá-las, nacional e internacionalmente», sublinha o cardeal-patriarca. Sobre a ação do Papa argentino em 2015, D. Manuel Clemente enaltece uma figura que «olha para o mundo e não desiste dele, a todos os níveis». O líder do episcopado português destaca a mensagem que Francisco deixou para o Dia Mundial da Paz, assinalado esta sexta-feira. «Palavras preenchidas, que podem ultrapassar a BISPO RECEBE CUMPRIMENTOS DO PSD DE VIANA ANo NOVO O presidente da Assembleia Dis- na, por parte da Santa Sé. Para o líder da diplomacia palestina, este acordo «consolida e melhora o atual estado de coisas, no qual a Igreja Católica Romana goza de direitos, privilégios, imunidades e livre acesso», reconhecendo o «importante» contributo da Igreja «para as vidas de muitos palestinos». O ministro aludiu no seu discurso ao «estatuto especial da Palestina» como «local de nascimento do Cristianismo e berço das religiões monoteístas». Este documento que entrou ontem em vigor veio na sequência de um primeiro "acordo básico" assinado entre as duas partes a 15 de fevereiro de 2000. Redação/Ecclesia trital do Partido Social Democrata de Viana do Castelo cumpriu, no último dia de 2015, a tradição de apresentar cumprimentos de Ano Novo ao Bispo da Diocese, D. Anacleto de Oliveira. Eduardo Teixeira, que se fez acompanhar do vice-presidente da Assembleia Distrital e do presidente da Secção de Ponte de Lima, Manuel Barros, e dos secretários, deu continuidade a uma tradição que leva a efeito desde 2011. Primeiro, como presidente da Comissão Política Distrital, depois como deputado à Assembleia da República e, desta vez, na qualidade de presidente da Assembleia Distrital do PSD . Um encontro que exprime a importância da proximidade, quer com a sociedade civil, quer com as autoridades religiosas. DR cardeal-patriarca de Lisboa incentiva os portugueses a uma intervenção social, cívica e política comprometida no sentido de ajudarem o país a enfrentar os desafios que vai ter pela frente. «Entramos em 2016 com indisfarçáveis preocupações, a qualquer nível que nos situemos. Mas o pior seria deixarmos que algum atordoamento redundasse em indiferença», escreve D. Manuel Clemente, numa mensagem disponível na página do Patriarcado de Lisboa. Numa reflexão que toca também o pontificado do Papa Francisco ao lon- 16 DIÁRIO DO MINHO / DOMINGO / 03.01.16 www.diariodominho.pt Espaço Aberto Nos artigos enviados para o Diário do Minho destinados a esta secção deve constar a identificação completa dos seus autores (nome, morada, n.º de B.I. e contacto). CIDADEiPESSOAS A cidade e a Utopia PAULO SOUSA cidadeipessoas.blogspot.com M Hitlodeu e a sua perspetiva da junturais, de ocasião, criando bilista, mas tão só a capacida- exemplo de cidade pujante no sociedade utopiana, para nos profundas desigualdades que de de resistência de um povo. país a ser seguido. Não se tire elucidar sobre a necessidade de afetam o bem comum. Os fatores negativos que impe- a conclusão de que não exis- termos uma perspetiva critica Os últimos dados do INE ram têm-se transformado em tem outras realidades e outras mos e o que queremos ser de sobre o modelo. Talvez por is- sobre o estado do país, evocan- oportunidades, por vezes de- práticas inteligentes, mas o es- diferentes. so, não acreditando em todas do 30 anos de integração eu- sequilibradas, mas manifesta- forço da Barcelona portugue- Gestos e políticas que de- as suas virtudes, tenha deixa- ropeia, são claros e dão razão mente, inovadoras. sa é evocado porque deve ser viam inspirar-se no testemu- do como legado a aceitação aos que evocam a ausência da A cidade do Porto tem sido nho de Thomas More relatado de que “…é fácil confessar que moral, dos princípios e da éti- um exemplo de como vale ape- O perigo de cópia não se na edição de ontem do jornal muitíssimas coisas há na terra ca na sociedade contemporâ- na gerir de forma inteligente, coloca, porque ninguém o po- Público sobre o seu feito de nos da Utopia que gostaria de ver nea, que são criticados por se- nem que isso implique muita de evocar quando a inovação tingir com a renovada vonta- implantadas nas nossas cidades, rem “utópicos” e “desfasados” paciência, muita persistência e é partilhada publicamente. Pa- de de “propor projetos alter- em toda a verdade não apenas da realidade. Uma população muita resistência. Numa visita ra outras dimensões, as feridas nativos para a sociedade”. 500 em expectativa”. que vive o segundo maior ci- recente, encontrei uma cidade económicas, sociais e ambien- contagiante. ais do que nunca, a anos depois, os seus textos são O legado continua atual, clo de emigração, com 25 por em processo de consolidação tais que persistem em cada ter- sociedade portugue- tanto ou mais atuais quanto a mas teima em deixar que o cento da sua população a viver da utopia construída por Rui ritório devem sobrepor-se à sa precisa de refun- teoria clássica em vigor nos acessório se sobreponha sobre no limiar ou abaixo do limiar Moreira e Paulo Cunha e Sil- visão mesquinha da ciumeira dar a sua “utopia”, de desloca a todos do centro, co- o essencial, negando a ideia de da pobreza, com uma perspe- va – uma cidade a fervilhar, a que persiste no poder local, e se encontrar com a sua moral locando o bem de uns como que “o ser humano encontra-se tiva negativa para encontrar viver de forma constante, hi- transformarem-se em oportu- e ser capaz de recolocar a es- manifestamente superior ao no centro do mundo e está nas o equilíbrio entre a oferta e a lariante, por vezes, e criativa nidades para a qualificação da tratégia em torno da ambição bem comum. suas mãos decidir o seu des- procura, tem, apear de tudo, de forma permanente, numa sociedade de forma equilibra- maior de transformar o poder More, como explica nas suas tino”. A evocação de Thomas dado sinais crescentes de que liquidez que não deixa nin- da, evoluindo nas boas práticas num instrumento equilibra- declarações ao jornal o profes- More coincide com um tem- não baixa os braços facilmente. guém indiferente. de gestão e na visão da organi- do, em que a primazia recaia sor de Cultura Renascentista da po em que o valor da Demo- Essa tem sido a maior ga- É tão óbvio o efeito que zação do território. Só assim, sobre a sociedade e os indiví- Faculdade de Letras da Univer- cracia, enquanto instrumento rantia de sobrevivência atual, custa ver a indiferença com cada município poderá cum- duos. Uma necessidade que se sidade de Lisboa, Manuel Frias fundador da Liberdade, se vai sem que isso implique neces- que outras cidades olham pa- prir a sua Utopia. Sem ela, não deve debater sobre o que so- Martins, utilizou o exemplo de moldando aos interesses con- sariamente uma visão misera- ra aquela que é atualmente um vale a pena. Autoconfiança e capacidade de adaptação (2) e professores do ensino primário que valorizem mais a obediência do que a criatividade. E é igualmente lamentável a falta de estranhar que ela seja posta adolescente e um adulto) tímida ção pessoal sendo delicado no e o tempo de evolução de ca- de selecção de pessoas do en- em causa pelo Governo e par- terá mais dificuldades de adap- trato. É uma questão de civili- da um é diferente. O que ca- sino a esse nível. Há dias, sou- tidos que o apoiam. Optar pe- tação no grupo e de ser capaz zação. Ser educado e civilizado da um espera dos educadores be de um caso em que o jar- la demagogia do facilitismo na de criar um espírito vencedor. é uma coisa, ser tímido de boas é que o ajudem a ser ele mes- dim infantil foi fazer queixas a aprendizagem e no ensino po- E esse espírito vencedor é ca- maneiras e sem se saber defen- mo, quer do ponto de vista da uma família por um miúdo de 3 de, no imediato, dar votos para da vez mais fundamental para der é outra. Sendo assim, pre- pessoa quer do ponto de vista anos, a brincar no recreio, pas- alguns; mas, amanhã, serão os aprender a superar as dificulda- tender hoje educar uma crian- da aprendizagem. Se quer que sar por uma empregada e lhe próprios alunos a reprovar es- des nesta sociedade. Não con- ça para ser submissa é um erro o seu filho cresça como um lí- dar uma palmadinha de afec- sa atitude, pois eles serão as ví- fundir espírito vencedor com perigoso que pode prejudicar der, ajude-o a ser líder. Use uma to: ela interpretou isso como o conceito de capaci- timas desse facilitismo, que os agressividade. Trata-se de ca- definitivamente o seu futuro, atitude positiva. Não o reprima se lhe fosse bater. Isso foi su- dade de adaptação já segregará socialmente. Do mes- pacidade de afirmação pessoal, porque dificilmente ela se sa- por tudo e por nada. O medo ficiente para desencadear re- está, de algum modo, mo modo do lado do ensino: se de confiar nas suas possibilida- berá defender. Nesta socieda- forma pessoas que se autolimi- preensões à criança sem que ela implícita a qualifica- não se selecionarem os melho- des e de não se deixar deprimir de de competição, os tímidos tam, enquanto o incentivo e o soubesse sequer do que estava ção de competências. Implíci- res professores, também não se quando as coisas correrem mal. e os agressivos serão relegados elogio formam pessoas que se a ser acusada. Assim se criam ta porque, se a qualificação de poderá esperar melhor apren- Da parte de quem ensina, para as margens do grupo. Não excedem, porque descobrem o conflitos estúpidos por gente competências não melhorar a dizagem dos alunos. este espírito vencedor trans- é por acaso que estas matérias prazer de crescer. Uma crian- que não está preparada para desempenhar essa profissão. M. RIBEIRO FERNANDES N capacidade de adaptação, en- 1. Recorrendo à linguagem mite-se mais com atitudes do têm mais o cunho americano ça a quem só se fala de amea- tão é porque foi inútil ou não da Psicologia Positiva, é funda- que com palavras. Um educa- do que da Europa, porque é ças e de castigos para a manter A capacidade de compreen- assimilada. As competências mental valorizar a capacidade dor/professor que não tenha um país que nasceu do esfor- submissa perde a sua capacida- são e de simpatia deviam ser não sobrevivem sem a capaci- de adaptação na educação. Os desenvolvido esta atitude de vi- ço e da audácia de emigrantes de de afirmação e de criativi- critérios para selecção de pes- dade de adaptação nem a ca- jovens de hoje têm de ser espe- da dificilmente a saberá trans- que foram para lá para vencer. dade. Obedecer por obedecer soal a esse nível. As pessoas que pacidade de adaptação sobre- cialmente educados para a resi- mitir aos outros, respeitando E os que não foram capazes de não tem valor nenhum numa vão trabalhar com crianças até vive sem competências para se liência. Não apenas para serem embora a sua capacidade de vencer ficaram pelo caminho. sociedade em que as hierar- aos 6 anos têm de ter consciên- impor num meio novo. Am- capazes de fazer frente aos pro- aprender e de mudar. 3. Isto não quer dizer que se quias contam cada vez menos cia que elas só começam a esta- bos os processos caminham blemas que vão surgindo na vi- 2. Esta capacidade de espí- preconize uma educação espar- e a cooperação conta cada vez belecer relações no plano ho- em simultâneo. Sabendo nós da, mas também para melho- rito vencedor não é incompa- tana. Em educação, a delicade- mais. O que conta acima de tu- rizontal a partir dos 5/6 anos. que a necessidade de adquirir rar a capacidade de adaptação tível com a urbanidade nem za e a compreensão são regras do é o valor pessoal. Até aí, têm um relacionamento competências é cada vez mais e de confiança em si mesmos. com o espírito de solidarieda- fundamentais. Há que respei- 4. Nesse sentido, é lamentá- exigente, não podemos deixar Uma criança (e mais tarde um de. Pode-se ser forte na afirma- tar a personalidade de cada um vel que ainda haja educadores praticamente vertical de criança/adulto, do tipo mãe/filho. 03.01.16 / DOMINGO / DIÁRIO DO MINHO 17 www.diariodominho.pt DESPORTO BENFICA VENCEU EM GUIMARÃES I LIGA TAÇA AF BRAGA: Moreirense esteve em destaque ao vencer por 3-0 no Estádio do Bessa. Merelinense joga hoje em Travassós e Pevidém visita Roriz. Sporting de Braga empatou em Setúbal Rui Minderico/Lusa Golo de Goiano evitou injustiça gerou protestos dos sadinos, mas a verdade é que a bola esteve sempre “fora” da linha de golo. Aos 54 minutos Alan tentou meter no buraco da agulha, mas o guarda-redes estava atento. O jogo estava mais vivo e de seguida foi Boly a aliviar pela cabeceira, evitando que a bola chegasse a Suk. Do canto nasceu mais um lance de perigo para a baliza arsenalistas, com William a cabecear ligeiramente ao lado. Goiano empatou Suk marcou aos 3 minutos e Goiano fez o mesmo aos 62 Marcelo Goiano fez, assim, o golo do empate JOsé eduardo O Sporting de Braga conquistou, ontem, um empate em Setúbal (1-1) e continua na quarta posição da I Liga, com quatro pontos de vantagem sobre este adversário, que divide o quinto posto com o Rio Ave, que só hoje joga com o Tondela. Um empate que pode considerar-se positivo uma vez que o Sporting de Braga entrou no jogo praticamente a perder, mas que pode considerar-se pouco pela boa reação que a equipa teve frente a um Vitória que, a partir do golo, tentou geri-lo, apostando apenas no contra-ataque. O Setúbal não poderia ter começado melhor o jogo, uma vez que aos quatro minutos, na cobrança direta de um livre à entrada da área, Suk fez passar a bola sobre a barreira e inaugurou o marcador. Estava traçada a “via” que cada uma das equipas iria seguir no encontro. O Braga com posse de bola, com procura sistemática da baliza contrária, e o Setúbal a fechar bem e apenas a sair em contra-ataque. Aos nove minutos, o Braga ameaçou mesmo, mas o remate “enrolado” de Wilson Eduardo bateu num defesa e saiu pela linha de cabeceira. Dois minutos depois foi Kritciuk a antecipar- -se bem a Suk, após cruzamento de Vasco Costa. Pouco depois, a situação inverteu-se com o guarda-redes do Setúbal, após cruzamento de Baiano, a defender com alguma dificuldade e com Rafa a não chegar à bola. A pressão do Braga era constante e aos 22 minutos, Alan meteu bem em Baiano que, na área, rematou cruzado, a bola ainda foi desviada por um defesa sadino, mas saiu junto ao poste. Foi a melhor situação de golo para o Braga. O jogo continuava a disputar-se, essencialmente, no meio-campo do Setúbal, mas sem grandes situações de apuro para a sua baliza. Assim, só aos 38 minutos Goiano, pela esquerda, teve uma boa inciativa e, após um bom movimento para dentro, rematou forte com o pé direito, para boa defesa do guarda-redes. Aos 41 minutos em zona frontal, Vukcevic rematou forte, mas sobre a barra, e aos 44, após uma saída, de cabeça, de Kritciuk, Suk rematou de primeira e a bola saiu ligeiramente ao lado. O Braga entrou na segunda parte da mesma forma, mas o primeiro sinal de perigo pertenceu ao Setúbal quando Suk, na área, rematou às malhas laterais. Depois, Kritciuk facilitou um pouco e recuou em demasia com a bola nas mãos, o lance O jogo estava mais vivo e o Braga acabaria por chegar ao empate aos 62 minutos com Goiano a ter alguma felicidade quando, na área, rematou, a bola tabelou num defesa sadino e entrou na baliza. Alcançado o empate, Paulo Fonseca desde logo trocou Wilson Eduardo por Rui Fonte e este, aos 71 minutos, rematou de fora da área, fazendo a bola sair junto ao poste da baliza. Pouco depois André Claro fez o mesmo, mas na baliza contrária, e logo de seguida Paulo Fonseca apostou em Pedro Santos para o lugar de Rafa. Aos 81 minutos Baiano ganhou o lance a Ruca, entrou na área, e de ângulo dificil, rematou sobre a barra, e aos 85, o árbitro enganou-se ao “tirar” um fora de jogo que não existiu a Rui Fonte, num lance em que o Braga poderia ter chegado à vitória. Aos 85 saiu Vukcevic e entrou Filipe Augusto que, cinco minutos depois, após passe de Alan, fuzilou de fora da área, mas a bola saiu um pouco ao lado. Terminava assim um encontro com o empate a ter “melhor sabor” para os sadinos, uma vez que os Guerreiros do Minho dominaram o encontro praticamente em todos os aspetos. Estádio do Bonfim, em Setúbal Setúbal 1 1 SC Braga Árbitro: Rui Costa (AF Porto) Lukas Raeder William Alves Rúben Semedo Fábio Pacheco Ruca Dani Costinha André Horta (Arnold, 76') Vasco Costa (Paulo Tavares, 65') André Claro (Hassan, 90+2') Suk. Quim Machado ao intervalo: 1-0 Treinador Kritciuk Baiano Boly Ricardo Ferreira Marcelo Goiano Luiz Carlos Alan Rafa (Pedro Santos, 78') Vukcevic (Filipe Augusto, 89') Wilson Eduardo (Rui Fonte, 63') Stojiljkovic Paulo Fonseca Golos: 1-0, por Suk (4'); 1-1, por Marcelo Goiano (62'). Disciplina: cartão cartão para Ruca (54), André Horta (60), Vukcevic (81) e Boly (87). Assistência: cerca de 3.000 espectadores 18 DIÁRIO DO MINHO / Desporto / DOMINGO / 03.01.16 www.diariodominho.pt Paulo Fonseca DM «Sporting de Braga seria um justo vencedor» josé eduardo No final do encontro, e em declarações à SporTV, o técnico do Sporting de Braga reconheceu que se houvesse um vencedor teria que ser o Sporting de Braga, porque foi a equipa que mais produziu ao lon- go dos 90 minutos. «Assistimos a um bom jogo de futebol. Duas equipas que criaram boas oportunididades. O Braga sempre por cima do jogo, mas não do resultado, porque no primeiro remate do Vitória o Suk fez um grande golo», disse Paulo Fonseca. Depois, prosseguiu, «empurrámos o adversário, criámos situações, tivemos o dobro dos remates, e a haver um vencedor deveria ter sido o Sporting de Braga». Apesar do empate, o técnico arsenalista reco- Mercado? Plantel está sempre aberto Marcelo Goiano DM «As coisas estão a correr bem» Marcelo Goiano tem sido aposta constante de Paulo Fonseca no onze arsenalista e tem justificado bem essa aposta. Ontem, foi o marcador do golo que valeu um ponto para o Braga. «Sabíamos que o jogo ia ser difícil e mais ficou porque eles fizeram golo no primeiro remate, mas o Braga insistiu e conseguiu ao empate. Foi pena não termos chegado à vitória», disse Marcelo Goiano. Mas, acrescentou, «há que levantar a cabeça e tentar chegar à vitória já no próximo jogo. Pensamos jogo a jogo, trabalhando dia a dia e as coisas acontecem naturalmente, e estão a correr bem para o Braga». Já quanto à época que está a realizar, o lateral mostrou-se satisfeito porque, felizmente, não tem acontecido lesões como na temporada passada. nheceu que «há sempre coisas a melhorarar. Era um jogo que queríamos vencer, trabalhamos para isso, mas nas últimas definições não estivemos ao nosso melhor nível porque se estivessem tínhamos a possibilidade de fazer mais golos». De resto, diz Paulo Fonseca, «foi o que nos faltou. Contruimos bem, o Vitória perigoso no contra-ataque, acabou por fechar, baixar as linhas, mas mesmo assim com este contexto difícil, criamos ocasiões para marcar mais golos». Por tudo isto, sintetizou Paulo Fonseca, «poderíamos ter levado daqui a vitória». O futebol nacional prepara-se para viver mais um mês de transferências, faltando saber se o Sporting de Braga vai registar mudanças. Ontem, Paulo Fonseca lembrou que o clube já contratou Ringstad e, quanto ao resto, afirmou: «Não está previsto mais nada, mas tudo pode acontecer. Os plantéis estão sempre abertos a bons negócios e bons valores, mas nada previsto, mas estavamos sempre abertos a melhor o plantel». Quim Machado, treinador do Setúbal «Um grande jogo com resultado justo» O treinador do Vitória de Setúbal, Quim Machado – um ex-futebolista do Sporting de Braga – reconheceu justiça no resultado daquele que considerou ter sido um grande jogo. «Queríamos entrar a vencer neste novo ano e porque temos muitos empates em casa, queríamos oferecer a vitória aos adeptos, mas o Braga é uma boa equipa, que cria grandes dificuldades, mas foi um grande jogo com muitas oportunidades de golo de um lado e outro. Demos a iniciativa ao Braga porque sabemos que é uma equipa que tem uma dinâmica boa, mas nós saímos sempre bem, chegamos com perigo à baliza», disse Quim Machado. De resto, acrescentou, «considero que foi um grande jogo, com um resultado justo. Foi pena não termos vencido. Queríamos vencer em casa, mas ainda não foi desta». Quanto aos objetivos da equipa, Quim Machado lembrou que, ainda neste jogo o Vitória «defrontou um adversário que vai receber 100 milhões da televisão...». Assim, acrescentou, «o nosso projecto é diferente, estamos a fazer um bom campeonato, mas não somos candidatos à Liga Europa. Há equipas melhor preparadas para isso. Nós temos é de fazer 30 pontos o mais rápido possível para conseguirmos o nosso objetivo». Terceiro golo sofrido fora de casa Depois de Estoril e Rio Ave, o Sporting de Braga sofreu, ontem, o terceiro golo fora de portas, mas aqui a diferença é que não perdeu. No Estoril e Vila do Conde perdeu por 1-0 e ontem empatou 1-1. Mesmo assim, os arsenalistas continuam a ter das melhores defesas da I Liga. Arghus na bancada Paulo Fonseca chamou 19 futebolistas para o jogo de Setúbal, pelo que um deles teria que ficar na bancada. A escolha recaiu no central Arghus. 03.01.16 / DOMINGO / Desporto / DIÁRIO DO MINHO 19 www.diariodominho.pt Benfica venceu em Guimarães Estúdios Lima/Vila Verde Tiro de Renato Sanches resolveu o jogo Júlio César trava ataque do Vitória O Benfica venceu ontem em Guimarães por 1-0, graças a um golo de Renato Sanches, num remate cruzado, aos 74 minutos, em jogo da 15.ª jornada da I Liga. Os 'encarnados' somaram o sétimo triunfo nos últimos oito jogos para o campeonato. Gaitán, que regressou ao 'onze' de Rui Vitória depois de ter jogado pela última vez a 8 de dezembro, contra o Atlético de Madrid, para a Liga dos Campeões, deu, nos primeiros minutos, conjuntamente com Pizzi, boa dinâmica às alas do Benfica, que não criou, porém, ocasiões claras para marcar. A formação vitoriana, que apareceu em campo Estádio D. Afonso Henriqres, em Guimarães Vitória 0 1 Benfica Árbitro: Carlos Xistra (AF Castelo Branco) Miguel Silva Bruno Gaspar Josué Pedro Henrique Luís Rocha Bouba Saré (Tomané, 83') Cafú Otávio Xande Silva Licá (Ricardo Valente, 71') Henrique Dourado Sérgio Conceição ao intervalo: 0-0 Treinador Júlio César André Almeida Jardel Lisandro López Eliseu Fejsa Renato Sanches Pizzi Nico Gaitan (Carcela, 68') Raul Jimenez (Cristante, 88') Jonas (Mitroglou, 90+1') Rui Vitória Golos: 0-1 por Renato Sanches (74'). Disciplina: cartão amarelo para Henrique Dourado (11'), Otávio (19'), Bouba Saré (28'), Lisandro López (38'), Fejsa (39') e Jardel (84'). Assistência: cerca de 20.000 espectadores com o defesa-central Pedro Henrique, pela primeira vez titular para o campeonato, apresentou-se organizada, procurando sair rapidamente para o ataque, e até criou o primeiro lance de algum perigo, por Otávio, num remate, de livre, que Júlio César afastou da baliza (8 minutos). As 'águias', que procuraram sempre circular a bola entre os flancos para penetrar na área vimaranense, ameaçaram pela primeira vez a baliza de Miguel Silva, num lance em que Bruno Gaspar cortou um cruzamento de Pizzi para a pequena área, aos 12 minutos, e, depois, num remate de Renato Sanches, que quase traiu o guardião vitoriano (14). A partida entrou depois numa fase de menor ritmo, com a equipa de Rui Vitória a ser incapaz de 'furar' o bloco vimaranense, e o perigo apenas voltou a surgir aos 35 minutos, quando Licá, após lance de Alexandre Silva no lado esquerdo, apare- ceu com espaço na área 'encarnada' e ultrapassou Eliseu, mas, perante Júlio César, atrasou a bola, perdendo-a para Renato Sanches. Os últimos dez minutos do primeiro tempo revelaram a mesma intensidade do início, com Otávio a colocar novamente à prova Júlio César, aos 38 minutos, e Jonas, na 'reta' final, a tentar, por duas vezes, bater Miguel Silva, que se opôs em ambos os remates, demonstrando bons reflexos no segundo (45+1). A equipa de Sérgio Conceição quase 'inaugurou' o marcador aos 52 minutos, quando Otávio, no lado esquerdo do ataque, ultrapassou André Almeida, chegou à linha final e assistiu Licá, que, junto à pequena área, rematou muito por cima. O encontro tornou-se mais partido com o decorrer do segundo tempo e, numa fase equilibrada da partida, foi o Benfica que dispôs de um lance flagrante de golo, com Pi- zzi, após combinação de Gaitán e Jonas, a aparecer isolado perante Miguel Silva, mas a permitir a defesa do guardião contrário (66 minutos). Sanchez decidiu A turma de Rui Vitória, após o lance, cresceu perante uma formação vimaranense que, aos poucos, perdeu a intensidade demonstrada no início e 'coroou' essa melhoria com o golo do triunfo por parte do melhor jogador das 'águias' no segundo tempo, Renato Sanches, aos 74 minutos. Na sequência de um livre lateral para a área vitoriana, a bola sobrou para o médio, que, depois de ver a primeira tentativa de remate bloqueada por Bruno Gaspar, desferiu, na segunda, um remate forte e cruzado, que entrou junto ao ângulo superior direito da baliza de Miguel Silva. Até ao apito final, os vimaranenses tentaram reagir, mas o Benfica até foi mais perigoso, em lances de contra-ataque. Lusa 20 DIÁRIO DO MINHO / Desporto / DOMINGO / 03.01.16 www.diariodominho.pt SÉRGIO CONCEIÇÃO, TREINADOR DO VITÓRIA «Faltou-nos rematar mais à baliza» Fui insultado pelo árbitro Comentando o trabalho da equipa de arbitragem, afirmou: «As pessoas entendem a minha desilusão, a minha frustração. Fui insultado pelo árbitro. Nas primei- cima da nossa área, mas em zonas bem adiantadas. Obviamente que existem momentos em que o adversário nos condiciona. O Vitória, como equipa, esteve muito mais acima do Benfica». Estúdios Lima/Vila Verde ras três faltas, tínhamos já três jogadores amarelados. Tivemos esta situação do Henrique Dourado a acabar. O golo nasce de uma falta que o Otávio, poucos segundos antes, sofre no meio-campo. Vivo muito o que é o jogo. Isso não é sinónimo de ansiedade e nervosismo. Sou uma pessoa competitiva, assim como é a minha equipa, à minha imagem, mas nunca insultei um árbitro e hoje fui insultado. Um jogador meu também foi insultado». Já quanto à alegada quebra física da equipa, disse: «Penso que, para quem viu o jogo, é exatamente o contrário. No segundo tempo, quando se pensava que a equipa pudesse baixar o seu bloco, não o fez. Entrou com a mesma estratégia do início do jogo. Em termos de atitude competitiva, os jogadores foram fantásticos do primeiro ao último minuto. Sempre que mexemos no jogo, tentámos dar mais peso ofensivo à equipa, suportado sempre na organização defensiva, porque sabemos que o Benfica tem alguns jogadores fortes e que fazem, num momento ou noutro, aquilo que o Renato fez. Tentámos precaver ao máximo, não em Agora é a minha era Falando do trabalho desenvolvido por Rui Vitória em Guimarães, Sérgio Conceição reconheceu que «ele fez um excelente trabalho, deixou uma marca importante, reconhecida por toda a gente. Ele teve mérito naquilo que conquistou, conseguiu lançar alguns jovens. Agora é a 'era' do Sérgio Conceição. No final, fazem-se as contas». Lusa Licá desperdiçou uma boa oportunidade para marcar Rui VITÓRIA, TREINADOR DO BENFICA «Uma vitória justa» O treinador do Benfica, Rui Vitória reconheceu ter sido «um jogo difícil, complicado, num campo que conheço bem e que sei quanto é difícil jogar aqui, contra uma equipa que vinha de três vitórias em quatro jogos, e, portanto, cheia de motivação. Acabámos por ter uma vitória justa». Falando do marcador do golo, Rui Vitória disse que «o Renato foi um jogador que ajudou. Noutro dia, são outros. Faz parte do nosso processo. Não quero individualizar. O Renato, quando tem de aproveitar as oportunidades, tem-no feito muito bem. Atirou para golo, porque é um jogador que tem essa capacidade de rematar à baliza. Quem arrisca, de vez em quando, é feliz. Acabámos por ser todos felizes, e isso é que é o mais importante. Sabíamos que era uma Estúdios Lima/Vila Verde S érgio Conceição, treinador do Vitória, disse que «o Benfica foi feliz». «Por aquilo que fizemos, o empate era mau para nós. As substituições do Benfica foram para 'queimar' tempo, e isso é elucidativo do que foi o jogo do Benfica, muito difícil, sem conseguir ligar, sem conseguir jogar, a não ser, de vez em quando, por um jogador que tem potencial e talento. Compensámos sempre com grande organização defensiva, sempre a sair de forma perigosa para o ataque. Faltou-nos chutar mais à baliza e definir melhor no último terço. Os jogadores estão de parabéns, tiveram uma atitude fantástica, e, a continuar assim, vamos ganhar muitas vezes. A minha tristeza é pela aplicação, pelo ambiente, pelos adeptos. Merecíamos, sem dúvida, não empatar, mas ganhar», disse. Miguel Silva não conseguiu evitar o golo de Renato Sanches jornada em que nos poderíamos aproximar dos lugares de cima. Era importante que os jogadores dessem uma resposta num campo difícil. Viemos cá para ganhar e conseguimos. Agora, vamos continuar o nosso trabalho. Importante era somar es- tes três pontos. Estamos dentro, como estávamos no início, e vamos continuar assim, porque o futuro vai ser risonho». 03.01.16 / DOMINGO / Desporto / DIÁRIO DO MINHO 21 www.diariodominho.pt Bateu o Boavista por 3-0 Com um bis de slimani DM Moreirense passeou no Bessa Golo de Iuri Medeiros abriu caminho para a vitória O Moreirense venceu ontem pela segunda vez fora de casa, ao impor-se ao Boavista, por 3-0, no Estádio do Bessa, no Porto, em jogo da 15.ª ronda da I Liga. Iuri Medeiros (16 minutos), Rafael Martins (50) e Vítor Gomes (77), este de grande penalidade, marcaram no Estádio do Bessa, no Porto, e deram ao Moreirense a sua quarta vitória nos últimos sete jogos do campeonato, nos quais perderam apenas com o Sporting, enquanto o Boavista não vence para o campeonato desde 20 de setembro, quando foi a Coimbra bater a Académica (2-0), na 5.ª jornada. O treinador boavisteiro, o boliviano Erwin Sanchez apostou num ‘onze’ inicial de claro pendor ofensivo, fazendo alinhar André Bukia, Douglas Abner, Luisinho, José Manuel e Renato Santos, e o certo é que o Boavista esteve bem nessa fase inicial e o Moreirense raramente saiu do seu meio-campo. Estádio do Bessa, Porto Boavista 0 3 Moreirense Árbitro: Artur Soares Dias (AF Porto) Gideão Samuel Inkoom Henrique Paulo Vinicius Afonso Figueiredo (Anderson Correia, 76') Idris Renato Santos (Rivaldinho, 57') André Bukia Luisinho Douglas Abner (Diego Lima, 46') José Manuel. Ervin Sanchez ao intervalo: 0-1 Treinador Stefanovic Sagna Marcelo Oliveira Danielson Evaldo Palhinha Vítor Gomes (Alan Schons, 87') Filipe Gonçalves Iuri Medeiros (Ernest, 82') Rafael Martins Fati (Luís Carlos, 6') Miguel Leal Golos: 0-1, por Iuri Medeiros (17'); 0-2, por Rafael Martins (50'); 0-3, por Vítor Gomes (77', gp). Disciplina: Cartão amarelo para Samuel Inkoom (32'), Danelson (41'), Sagna (49'), Vítor Gomes (59'), Evaldo (74') e Henrique (77'). Assistência: cerca de 3.000 espectadores O Boavista parecia ter o jogo controlado e o Moreirense mantinha-se vigilante, mas tudo mudou aos 16 minutos, quando Vitor Gomes intercetou um passe feito por Idris, assistiu Iuri Medeiros e este, isolado, picou a bola sobre Gideão e fez o 1-0. A partir daí, as coisas mudaram e o Moreirense tomou conta do jogo e, até ao intervalo, teve mais duas situações de golo, por Fati (38) e por Rafael Martins (40), sendo que, neste caso, o guarda-redes Gideão evitou males maiores para o Boavista. Na segunda parte, o Moreirense foi mais forte e o Boavista perdeu clarividência, desequilibrou-se e sofreu mais dois golos, um iniciado pelo guardião Stefanovic e outro devido a uma grande penalidade cometida por Henrique, que, com Samuel Inkoom, foram os elos fracos do setor defensivo boavisteiro. O Moreirense aplicou o ‘golpe de misericórdia’ no Boavista aos 50 minutos, num lance em que a defesa boavisteira foi apanhada desprevenida: Stefanovic pontapeou a bola com força, Iuri Medeiros conquistou-a, serviu Rafael Martins e este, à vontade, fez o segundo golo para a sua equipa. Com mais qualidade e muito mais perigosa nas saídas para o ataque, a equipa de Moreira de Cónegos esteve mais perto do terceiro golo, que conseguiu, do que o Boavista do primeiro. O terceiro tento surgiu de mais um ataque perigoso do Moreirense, com Henrique a derrubar Rafael Martins, quando este, na área boavisteira, seguia isolado ao encontro de Gideão. O capitão Vítor Gomes, um dos melhores homens em campo, cobrou a falta e fez o resultado final, que premiou um Moreirense confiante e forte nas ações ofensivas, graças a Rafa Martins e a Iuri Medeiros. Lusa Miguel Leal, treinador do Moreirense «Parabéns aos meus jogadores» O treinador do Moreirense, Miguel Leal deu os parabéns aos jogadores porque «cumpriram aquilo que lhes tinha pedido e a estratégia resultou plenamente contra um adversário difícil. Foi três-zero, mas o jogo nunca esteve definido. Houve sempre incerteza». De resto, acrescentou, «estamos perto do objetivo, que são os 30 pontos, e este jogo veio-nos dar mais confiança nesse sentido. Também é verdade que eu disse que esta equipa iria melhorar na segunda volta, mas começámos mais cedo e mais feliz estou por isso. Também fui dizendo, quando perdíamos, que a equipa iria encontrar-se, fazer bons resultados e ganhar com certeza muitas vezes. Mais importante agora é descansar, porque temos um jogo já na quarta-feira de dificuldade máxima (com o Guimarães, para a 16.ª jornada). Portanto, é festejar agora um bocadinho e rapidamente focar-nos no próximo jogo. Digo sempre aos meus jogadores que em todos os jogos temos de jogar para ganhar, mas também sou muito pragmático: para uma equipa que luta para não descer, um pontinho é sempre bom. Levar três pontos dá-nos conforto para outro jogo em que estejamos ao nosso nível. Esta equipa está altamente confiante». Sporting vence FC Porto e recupera liderança O argelino Islam Slimani foi fundamental ontem na vitória do Sporting sobre o FC Porto por 2-0, em jogo da 15.ª jornada da I Liga, que permitiu aos 'leões' recuperarem a liderança da prova. Em Alvalade, um bis do internacional argelino, aos 27 e 85 minutos, permitiu ao conjunto de Jorge Jesus superar o combinado do espanhol Julen Lopetegui, 'roubando-lhe' a liderança. Após este triunfo, o Sporting voltou para a frente da classificação, agora com 38 pontos, mais dois do que o FC Porto, que caiu para segundo, e quatro do que o Benfica, terceiro, que ontem venceu em Guimarães por 1-0. LIGA PORTUGUESA DE FUTEBOL PROFISSIONAL 15.ª JORNADA PRÓXIMA JORNADA Académica 3 - 1 Un. Madeira Arouca - Estoril Boavista 0 - 3 Moreirense Rio Ave Belenenses - Nacional Benfica - Marítimo - Tondela Nacional 2 - 2 Arouca Fc Porto - Rio Ave P. Ferreira 2 - 2 Belenenses Setúbal - Sporting Sp. Braga - Académica Guimarães 0 - 1 Benfica Un. Madeira - Boavista Setúbal 1 - 1 Sp. Braga Tondela - P. Ferreira Marítimo 1 - 1 Estoril Moreirense - Guimarães Sporting 2 - 0 FC Porto Classificação J V E D Golos Dif. Pts 1 Sporting 15 12 2 1 26 : 7 19 38 2 FC Porto 15 11 3 1 30 : 9 21 36 3 Benfica 15 11 1 3 35 : 10 25 34 4 Sp. Braga 15 7 5 3 20 : 8 12 26 5 Setúbal 15 5 7 3 27 : 22 5 22 6 P. Ferreira 15 6 4 5 21 : 17 4 22 7 Rio Ave 14 6 3 5 22 : 20 2 21 8 Arouca 15 4 8 3 19 : 17 2 20 9 Guimarães 15 5 4 6 16 : 21 -5 19 10 Marítimo 15 5 3 7 21 : 28 -7 18 11 Estoril 15 4 5 6 12 : 18 -6 17 12 Belenenses 15 4 5 6 18 : 32 -14 17 13 Moreirense 15 4 5 6 15 : 18 -3 17 14 Nacional 15 4 4 7 14 : 17 -3 16 15 U. Madeira 16 Académica 15 15 3 3 5 4 7 8 9 : 21 14 : 27 -12 -13 14 13 17 Boavista 15 2 4 9 9 : 21 -12 10 18 Tondela 14 1 2 11 6 : 21 -15 5 MELHORES MARCADORES Jonas (Benfica) ............................................................................................................. 13 Slimani (Sporting) ............................................................................. 10 Suk (Setúbal) .................................................................................................................... 9 Bruno Moreira (P. Ferreira) ..................................................................................... 8 L. Bonatini (Estoril) ............................................................................ 8 22 DIÁRIO DO MINHO / Desporto / DOMINGO / 03.01.16 www.diariodominho.pt FUTSAL: I DIVISÃO Fundão venceu no pavilhão do Benfica II LIgA Famalicão-Penafiel às 15h00 DR O Fundão impôs, ontem, a primeira derrota ao líder Benfica na presidente edição do campeonato de futsal da primeira divisão, ao vencer por 4-2 no pavilhão da Luz. Alan Brandi colocou as águias em vantagem ao minuto 14, mas no mesmo minuto Anilton repôs a igualdade. Teka, aos 18 minutos, colocou os visitantes em posição de vantagem e Jefferson, um minutos depois, apontou o tento com que as equipas foram empatadas para o intervalo. No segundo tempo, Tiago Soares, aos 23 minutos, e Anilton, que bisou aos 29’, fizeram os golos da formação da Beira Baixa. Com toda a 23.ª jornada agendada para hoje, destaque para o facto de Braga B, Vitória B e Gil Vicente jogarem fora de portas. Assim, a partir das 15h00, em Rio Maior, o Braga B defronta o Sporting B, e à mesma hora, no Olival, o Vitória B mede forças com o FC Porto B. Ainda às 15h00, o Gil Vicente joga em Faro. Sp. Braga e Gualtar em Lisboa O campeonato prossegue hoje, com o Sporting de Braga a visitar o Quinta dos Lombos (Carcavelos), a partir das 18h30, e o Gualtar a fazer o mesmo ao Belenenses, em jogo que se inicia às 15h00. Também hoje, pelas 15h00, o Sporting visita o Modicus, sabendo de antemão que, em caso de vitória, iguala o Benfica no topo da classificação. Completam a ronda os encontros: Boavista-Rio Ave, Burinhosa-Leões Porto Salvo e SL Olivais-São João. Braga B, Gil e Vitória B jogam fora Jogos para hoje Famalicão recebe Penafiel O Famalicão-Penafiel, da 23.ª jornada da II Liga, foi antecipado para as 15h00 de hoje, devido a uma avaria numa das torres de iluminação do estádio dos famalicenses. Inicialmente agendado para as 16h00, o encontro foi antecipado numa hora, dado que não foi possível resolver o problema em tempo útil. Para este encontro, frente a um dos “aflitos” da II Liga, o técnico Daniel Ramos chamou: Guarda redes: Murta e Chastre; Defesas: Joel, Daniel, Jorge Miguel, João Pedro, Luiz Alberto e Vilaça; Médios: Diogo Santos, Mauro, Vítor Lima, Mércio e Eder Diego; Avançados: Medeiros, Feliz, Mendes, Chico, Leandro e Correia 11h15: Feirense-Chaves. 15h00: Covilhã-Viseu, Famalicão-Penafiel, Farense-Gil Vicente, Leixões-Oliveirense, Port i m o n e n s e - Va r z i m , Sporting B-Braga B, FC Porto B-Vitória B, Oriental-Atlético, Mafra-Aves e Santa Clara-Olhanense. 19h15: Freamunde-Benfica B. 03.01.16 / DOMINGO / Desporto / DIÁRIO DO MINHO 23 www.diariodominho.pt TAÇA AF Braga DM Merelinense joga hoje em Travassós cional – visita na quarta eliminatória o Brito. Ainda para as 14h00 de hoje está agendado o Roriz-Pevidém, confronto entre duas equipas da Divisão de Honra, que será dirigido por Sérgio Rodrigues. O vencedor a visitar o Celoricense na ronda seguinte. I Divisão No campeonato da primeira divisão, realizam-se hoje, a partir das 15h00, o Adaúfe-Realense (André Gonçalves é o árbitro) e o Prozys-Cabanelas (Emanuel Leitão). Taça de Juniores Também para a Taça AF Braga em juniores há jogos agendados para hoje, com o Joane-Ceramistas ( José Augusto S. Pereira) a começar às 11h00, enquanto às 14h00 jogam Lousado-Oliveirense Jorge Barroso) e às 14h30, Pico de Regalados-Operário ( José Miguel Ribeiro). Travassós recebe hoje o Merelinense JOsé eduardo C om o futebol distrital (ainda) parado, o dia de hoje será “preenchido” apenas por dois jogos da ter- ceira eliminatória da Taça AF Braga e dois, em atraso, da primeira divisão. Assim, o Merelinense viaja hoje até Fafe onde, a partir das 14h00, mede forças com o Travassós, em partida em atraso da terceira eliminatória da Taça AF Braga, e que será dirigida pelo árbitro Bruno Moreira. O vencedor deste encontro – entre duas equipas da Pró-Na- Cumprida tradição com 40 anos DR Casados e solteiros brilharam em Palmeira Os participantes no jogo de futebol, em Palmeira N a freguesia de Palmeira, em Braga, cumpriu-se, no dia 1 de janeiro, uma tradição com mais de 40 anos de existência, com a realização de um jogo de futebol (casados contra e solteiros) entre antigos e atuais futebolistas. O ano de 2016 começou de igual forma numa iniciativa promovida por amigos e que envolveu mais de 40 pessoas. Ainda no ritmo dos festejos de mais um réveillon, a bola rolou no complexo desportivo do Palmeiras FC. Para Adolfo Sá, antigo atleta do Palmeiras FC, esta iniciativa é uma excelente oportunidade para iniciar 2016 entre amigos. «Mais do que juntar antigos e atuais jogadores do Palmeiras, juntamos a população que está ligada a esta freguesia. Lembro-me que esta tradição dura há mais de 40 anos. No fundo trata-se de um jogo entre solteiros e casados. Apesar de dar algum trabalho reunir tanta gente, queremos continuar a organizar este jogo», disse o antigo atleta. O troféu em disputa era a recordação de uma tarde bem passada e isso todos os participantes levaram para casa. Quanto ao resultado, os solteiros “vingaram-se” da derrota do ano passado (3-1), e venceram por 5-0. Campeonato de Portugal Vilaverdense visita Pedras Salgadas O Vilaverdense, um dos líderes da Série A do Campeonato de Portugal, viaja hoje até Pedras Salgadas onde, a partir das 15h00, defronta a equipa local, em partida da 15.ª jornada da competição. Outros jogos: Bragança-Neves, Vianense-Marítimo e Limianos-Camacha. Na Série B, o líder Fafe joga em S. Martinho, enquanto Vizela e Oliveirense, segundos, jogam entre si. Outros jogos Trofense-Arões, Felgueiras-Mondinense e Torcatense-Varzim B. AF Viana: I Divisão P. Barca em Correlhã A AD Ponte da Barca, líder destacada do campeonato da primeira divisão da AF Viana do Castelo, viaja hoje até Correlhã para defrontar o conjunto local, sexto classificado, em encontro da 16.ª jornada da prova. Os jogos para as 15h00: Chafé-Lanheses, Courense-Moreira Lima, Campos-Valenciano, Vila Franca-Vila Fria, Vitorino Piães-Cerveira, Correlhã-Ponte da Barca, Paçô-Castelense e Monção-Atlético dos Arcos. Na II Divisão, jogam: Âncora-Cardielense, Arcozelo-Vianense, Anais-Castanheira, Bertiandos-Moreira, Gandra-Melgacense, Lanhelas-Távora, Perre-Fachense, Darquense-Longos Vales e Raianos-Ancorense. 24 DIÁRIO DO MINHO / Desporto / DOMINGO / 03.01.16 www.diariodominho.pt DR Presidente António Pereira faz balanço de 2015 Clube de Ténis de Braga sempre a crescer JOsé Eduardo F tivemos assembleias gerais em que abordámos a questão do Padel, uma variante da modalidade que está sobre a alçada da Federação Portuguesa de Ténis, e que começa a estar muito divulgada no nosso país. Mas não temos hipóteses de fazer qualquer ampliação nas nossas instalações. A nível do que se fez nos últimos anos, acho que fizemos todas as obras possíveis. Estamos muito confinados às dimensões do terreno que ocupamos e não nos é possível fazer mais nada. Neste momento resta-nos manter a estrutura que possuímos e tentar, juntamente com a Câmara de Braga, a hipótese de ampliar, não aqui, mas possivelmente instalando um pólo do CTB noutro local. É isso que estamos a tentar resolver». Mais de 300 alunos nas escolas Com as instalações de que dispõe, o Clube de Ténis António Pereira (à direita) presidente do Clube de Ténis de Braga de Braga tem as suas escolas – com mais de 300 alunos – a funcionar no limite. «Não é que não pudéssemos ter mais alunos nas nossas escolas, mas o problema prende-se também com os horários escolares que fazem concentrar a maior procura sempre nas mesmas horas – no fim do dia e aos sábados. Estando nós limitados no número de campos, te- DR undado em 14 de abril de 1978, o Clube de Ténis de Braga (CTB) afirma-se como uma referência no panorama desportivo da região e uma instituição reconhecida e respeitada ao nível da modalidade de norte a sul do país. Ano após ano, o CTB tem crescido, as suas escolas conhecem uma elevada procura e, ao nível da competição, os resultados espelham este mesmo crescimento e qualidade. No final de mais um ano, António Pereira, presidente da direção que vai no seu quarto mandato, fez, para o Diário do Minho, não só um balanço de 2015, como também falou na evolução do clube. «Estou muito satisfeito porque o CTB, ao longo destes últimos anos, mesmo em anos anteriores às direções a que tive o gosto de presidir, atingiu um estatuto que lhe permi- te ser conhecido, não digo que em todo o Mundo mas em dezenas e dezenas de países», sublinha António Pereira. «O Clube de Ténis de Braga, tanto a nível nacional como internacional, atingiu um estatuto que lhe permite ser um clube de referência. E toda a gente gosta de vir ao CTB», referiu. O clube tem ampliado as suas instalações, tem crescido de ano para ano, mas António Pereira quer ainda mais. «A nossa maior ambição passa por conseguirmos aumentar as infraestruturas do clube. Isso era o mais necessário e reclamado, tanto pelos sócios como principalmente pelas escolas». Quando fala de infraestruturas, António Pereira refere-se essencialmente à necessidade de novos campos. «Também poderíamos diversificar um pouco mais a nossa oferta. Já Cereja no topo do bolo A realização do «Braga Open - Under 12» é considerada, também pelo presidente, a cereja no topo do bolo das diversas organizações do clube a que preside. Uma iniciativa que se vai manter em 2016. «Enquanto esta direção conduzir os destinos do clube é uma iniciativa para manter. Trata-se de um grande evento, com mais de 100 jogadores de qualidade, oriundos de 30 países e que trás um grande movimento à cidade e ao Clube de Ténis de Braga, elevando o nome do nosso clube. No final das edições que realizámos em anos anteriores, foram muitas as pessoas que nos disseram que, certamente, voltariam a Braga», disse António Pereira Já no que respeita a uma prova internacional, com algum peso no panorama do ténis, não parece estar, para já, nos horizontes da direção do clube bracarense. «Já tivemos aqui uma prova feminina com "prize-money" de 10 mil dólares mas hoje a conjetura económica não nos permite angariar patrocinadores e parceiros que nos permitam voltar a realizar essas provas. No entanto, já fizemos contactos com a Câmara mos esse problema. Não é possível termos muito mais alunos». Ainda no que respeita a infraestruturas, António Pereira revelou: «Estamos em contacto com a Câmara de Braga, e já tivemos a promessa do presidente Ricardo Rio, no sentido de nos ser cedido um dos campos que existem junto às Piscinas da Rodovia. Estamos à espera que essa promessa seja cumprida logo que possível, de modo a podermos colocar mais uma turma em funcionamento nesse campo». Pólo da Universidade do Minho O Clube de Ténis de Braga instalou um pólo na Universidade do Minho e o presidente do clube já tem ideias similares para aplicar em breve noutros estabelecimentos de ensino, de escalões inferiores. «Estamos a iniciar um trabalho nesse sentido. Trabalhar pela divulgação do Ténis nas escolas e fazer com diversas Associações de Pais protocolos nesse sentido, para podermos levar o ténis às escolas como atividade extracurricular». Clube de Ténis de Braga aberto às iniciativas da cidade António Pereira com a vencedora do Braga Open-Under 2015 de Braga no sentido de avaliar se, num intercâmbio com a própria CMB ou algum parceiro próximo, podermos um dia avançar para uma prova semelhante, com "prize-money", que trará a Braga muita gente». António Pereira deixou bem vincada uma ideia: o Clube de Ténis de Braga é um clube de portas abertas para a cidade. «As nossas instalações sociais, todo o nosso espaço, é cedido para exposições, tanto de fotografia como de pintura, sempre que nos é solicitado. Somos um clube aberto à cidade e às suas iniciativas, tanto no âmbito que referi atrás como de outros. As portas do clube estão abertas, a sua localização é apelativa, e temos todo o gosto em poder colaborar com iniciativas semelhantes disponibilizando este magnífico espaço onde, recorde-se, entra por dia um número muito significativo de pessoas». 03.01.16 / DOMINGO / Desporto / DIÁRIO DO MINHO 25 www.diariodominho.pt HÉLDEr Barbosa, diretor desportivo do clube de ténis de braga JOSÉ EDUARDO H élder Araújo é o coordenador técnico do Clube de Ténis de Braga e traçou os objetivos para o novo ano. «Em 2016, o clube vai continuar com o circuito de provas internas. Serão sete provas internas para os adultos e sócios do clube e três para os mais jovens, coincidentes com as férias da Páscoa, Verão e Natal», começou por referir Hélder Araújo. «Vamos também manter as seis provas oficiais da Federação Portuguesa de Ténis, provas de nível A, B e C, em diversos escalões, seniores e grupo juvenil. Organizaremos a prova internacional de sub-12, agendada para a semana entre 19 e 26 de março, denominada «Braga Open – Under 12», que vai já na sua 5.ª edição». Esta é a cereja no topo do bolo no que respeita a organizações do Clube de Ténis de Braga, pelo número e proveniência dos participantes. «Esse é o evento que reúne maior número de atletas em Braga, durante uma semana, um torneio com muita visibilidade em todo o país. Já tivemos a felicidade de ter cá atletas jovens de muito bom nível e que atingiram o número 1 dos rankings internacionais de sub-14 e sub-16 nos anos seguintes. Trata-se um torneio que obriga a uma grande logística, que passa pelas estadias, transportes, equipas oficiais, treinadores e que envolve um número grande de pessoas nessa semana da Páscoa. É, de facto, o torneio que tem maior impacto no Clube de Ténis de Braga». Torneio que permite, ao mesmo tempo, que alguns jogadores do CTB nele participem e todos os outros possam assistir a muitos jogos de nível elevado. «A perspetiva é sempre a de fazermos provas onde temos atletas a competir. Tivemos cerca de uma dezena de atletas a participar, tanto em masculinos como em femininos, nas últimas edições. A esses jogadores, é-lhes permitido, dentro do clube e na sua cidade, participar sem grandes custos num torneio internacional e, ao mesmo tempo, apro- Horários: muitos e diversificados É grande e variada a oferta do Clube de Ténis de Braga. O Centro de Treino, essencialmente vocacionado para a competição, funciona nos seus "courts" de segunda a sexta-feira, entre as 9 e as 20 h00, e destina-se a praticantes de todas as idades. Na Universidade do Minho (UM) está instalado um pólo, que não acolhe exclusivamente alunos da UM, e que funciona de segunda a sexta-feira, entre as 14 e as 21h00. Para além disso há as tradicionais escolas do clube. Para os mais jovens, dos 3 aos 18 anos, a funcionar de segunda a sábado, entre as 9 e as 20h00. A Escola de Adultos (a partir dos 18 anos) tem um horário bem mais alargado: das 7 às 23h00, de segunda a sexta-feira. DR «Braga Open - Under 12» continuará a ser a nossa prova de referência Hélder Araíujo com dois jovens alunos veitarem essa semana para treinarem com jogadores de todo o Mundo. É uma semana inesquecível para todos os miúdos da nossa competição», reforça o coordenador técnico do CTB. 300 alunos nas escolas As escolas do Clube de Ténis de Braga sempre tiveram uma boa imagem na população que reconhece o trabalho feito. Está satisfeito com os números que se atingiram? «Para além da atividade social de um clube, aberto à comunidade, temos a componente de escola, em todas as faixas etárias. Em parceria com a Universidade do Minho fazemos aulas de Ténis nas instalações da UM e essa componente do clube é muito importante. Ensinar as pessoas a jogar ténis, motivá-las a jogar cada vez melhor», refere Hélder Araújo. «Algumas crianças seguirão a vertente da competição, outras não, mas é sempre uma face que complementa a vida social do clube e faz com que as pessoas se sintam bem em cá estar e haja uma maior ligação com o CTB. Neste momento o clube tem mais de 300 alunos, alguns fazem as suas aulas na UM, a maioria – crianças e adultos – fazem as aulas nas nossas instalações e, portanto, apesar das nossas instalações em número de campos cobertos e de campos exteriores, conseguimos que a equipa de treinadores, constituída por seis treinadores, se desdobre em horários alargados e consiga lecionar aulas de ténis a mais de 300 pessoas». O Clube de Ténis de Braga tem a intenção de promover ações de divulgação da modalidade, em Escolas, no centro da cidade e outros locais, divulgando a modalidade a todas as faixas etárias da população; continuar com as aulas vocacionadas à população ativa, tentando criando bons hábitos na população em geral. «Teremos a parte de competição em que continuaremos com um grupo forte a disputar todos os campeonatos regionais e nacionais, tentando obter bons resultados para o clube e para a cidade de Braga». Satisfeito com 2015 Não sendo possível abor- dar a totalidade do que foi a época competitiva do Clube de Ténis de Braga, Hélder Araújo passou em revista o top dos resultados. «Em termos coletivos, o CTB foi vice-campeão nacional de femininos de sub-18 com uma equipa constituída por Joana Ferreira, Teresa Santos, e Margarida Coelho; atingiu bons resultados e apurou equipas para as várias fases nacionais em alguns escalões juvenis, sendo terceiros no nacional de sub-14 femininos (Matilde Mendes, Nuna Azevedo e Eduarda Fernandes). Em termos individuais, o Hugo Maia renovou o título de campeão nacional de Sub-14, e fecha o ano de 2015 em 22.º lugar do ranking internacional. Foi também campeão nacional de pares masculinos e pares mistos no escalão de sub-14. Quanto a campeonatos regionais – e devemos ter em linha de conta que, por não haver associação em Braga estamos filiados na Associação de Ténis do Porto, que abrange uma vasta área geográfica – tanto em individuais como em equipas, tivemos vários títulos, com equipas a discutirem os primeiros lugares em masculinos e femininos, nos mais diversos escalões». A fasquia está colocada muito alta mas Hélder Araújo não se assusta com a época que aí vem. «É uma fasquia que, tenho a certeza será alcançável em 2016, com o esforço de todos os atletas; com o esforço dos treinadores deste jovem e com a ambição do CTB que quer manter um nível alto em termos competitivos, sem descurar as outras áreas para que está vocacionado». 26 DIÁRIO DO MINHO / www.diariodominho.pt Concurso / DOMINGO / 03.01.16 03.01.16 / DOMINGO / DIÁRIO DO MINHO 27 www.diariodominho.pt FILME & A NOVA PROFESSORA VER OUVIR UMA ADOLESCENTE DESCOBRE QUE O NAMORADO ESTÁ ENVOLVIDO COM A PROFESSORA. QUANDO TENTA DENUNCIAR O CASO ACABA PRESA, INCRIMINADA PELO ASSASSINATO DO SEU NAMORADO. NA LUTA PARA PROVAR A SUA INOCÊNCIA, PODE TORNARSE A PRÓXIMA VÍTIMA… SIC, 00h00 TELEVISÃO CANAIS GENERALISTAS CANAIS POR CABO CINEMA CINEMAX - BRAGASHOPPING NOS - BRAGA PARQUE Sala 1 – HOTEL TRANSYLVANIA 2 – VP – 2D (M/6) Sala 1 – O PRINCIPEZINHO – dob. (M/6) Sala 1 – AMOR IMPOSSÍVEL – 2D (M/14) Sessões: 21h40* – 00h05*** Sala 1 – AMOR IMPOSSÍVEL (M/14) Sessões: 16h10*** – 19h00*** – 21h50*** – 00h40*** Sala 2 – AVIÕES: EQUIPA DE RESGATE – VP (M/6) Sala 2 – SÓ PODIAM SER IRMÃS (M/14) Sessões: 15h30* – 15h00** – 17h30** 21h07 21h12 21h19 00h01 07h00 08h00 11h13 13h00 13h26 14h49 14h58 16h45 18h18 20h18 20h31 21h00 21h37 22h25 23h25 00h29 Zig zag Bom dia Portugal fim de semana Eucaristia dominical Cuidado com a língua! BBC Terra: História da vida Animais anónimos Jornal da tarde Sociedade recreativa Gotham O cavaleiro das trevas Telejornal Debates presidenciais 2016: Edgar Silva e Paulo Morais The big picture Sorteio do Joker The Voice Portugal Adoro-te... À distância Euronews Zig zag Desalinhado Caminhos 70x7 RTP sempre: José Franco Futsal: Campeonato Nacional Futsal 2015/2016: Módicus x Sporting Lincoln - Um alvo a abater Memórias de ontem RTP sempre: Dulce Maria Cardoso Mares e oceanos Jornal 2 Maravilha das Maravilhas A família Krupp Dentu Bô Reinos escondidos 10h15 11h15 12h00 13h00 14h00 20h00 21h30 22h00 00h15 Violetta E-especial Vida selvagem: Frozen Planet Primeiro jornal Portugal em festa Jornal da noite Poderosas Peso pesado teen A nova professora 09h00 09h45 10h30 11h00 12h30 13h00 14h00 20h00 21h45 01h00 Campeões e detetives Querido, mudei a casa! Oitavo Dia Missa Câmara exclusiva Jornal da uma Somos Portugal Jornal das 8 Programa a designar Querido, mudei a casa! Sessões: 15h30* – 21h40* – 15h00** – 17h30** – 21h40** – 23h45*** Sessões: 13h10* – 16h00*** – 18h50*** – 21h40*** – 00h35*** Sala 3 – STAR WARS: O DESPERTAR DA FORÇA (M/12) Sala 3 – SNOOPY & CHARLIE BROWN – O FILME – VP – 2D (M/3) Sessões: 14h20* – 17h40** Sessões: 15h30* – 21h40* – 15h00** – 17h30** – 21h40** – 23h55*** Sala 3 – STAR WARS: O DESPERTAR DA FORÇA – 3D (M/12) Sala 4 – STAR WARS: O DESPERTAR DA FORÇA – 2D (M/12) Sala 4 – A ÚLTIMA NOITADA (M/16) Sessões: 21h10*** – 00h20*** Sessões: 15h30* – 21h35* – 15h00** – 21h35** – 00h15*** Sessões: 13h15* – 15h40*** – 18h10*** Sala 4 – NO CORAÇÃO DO MAR – 2D (M/12) Sessões: 20h40*** – 23h50*** Sala 4 – THE HUNGER GAMES: A REVOLTA PARTE 2 (M/12) Sessão: 17h40** Sala 5 – HOTEL TRANSYLVANIA 2 – dob. (M/6) Sessões: 10h35** – 13h00* – 15h30*** – 17h50*** Sala 5 – CREED: O LEGADO DE ROCKY – 2D (M/12) 11h00 Jornal de síntese; 11h30 The next big idea; 11h45 Contas poupança; 12h00 Jornal do meio dia; 13h00 Jornal de síntese; 13h15 Volante; 13h45 Boa cama boa mesa; 14h00 Jornal das 14; 15h00 Jornal de síntese; 15h15 Eixo do mal; 16h00 Jornal de síntese; 16h15 Grande reportagem; 17h00 Jornal de síntese; 17h30 Espaços & casas; 17h45 Golf report; 18h00 Jornal de síntese; 18h30 Contas poupança; 19h00 Jornal das 19; 20h00 Jornal Noite 2016; 21h30 Jornal das 21; 21h50 The next big idea; 22h00 The next big idea; 22h10 Play-off; 00h00 Jornal da meia noite 11h00 Nocias; 12h00 Nocias; 13h00 Jornal da uma; 14h00 Nocias; 15h00 Desporto 24; 15h45 Repórter TVI; 16h00 Nocias; 16h27 Pais e filhos; 17h00 Governo sombra; 18h00 Nocias; 19h00 Nocias; 20h00 Jornal das 8; 21h36 Nocias; 22h00 A caminho das presidenciais; 22h25 Campeonato nacional; 00h00 Nocias; 01h00 Ajuste de contas Sessões: 15h30* – 21h40* – 15h00** – 17h35** – 21h40** – 00h15*** Sala 5 – STAR WARS: O DESPERTAR DA FORÇA (M/12) Sessões: 20h30*** – 23h50*** *Diária **Sábado, Domingo e feriado ***Sexta, sábado e vésp. feriado Sala 6 – CREED (M/12) Sessões: 14h00* – 17h00*** – 21h20*** – 00h30*** Sala 7 – SNOOPY E CHARLIE BROWN: PEANUTS – O FILME – dob. 3D (M/3) CINEMAX - BARCELOS Sessões: 10h50** – 13h20* – 16h20*** – 18h30*** Sala 1 – STAR WARS: O DESPERTAR DA FORÇA – 2D (M/12) Sala 7 – NO CORAÇÃO DO MAR (M/12) Sessões: 15h30* – 21h40* – 15h00** – 21h40** – 00h15*** Sessões: 20h50*** – 23h40*** Sala 1 – A VIAGEM DE ARLO – VP – 2D (M/6) Sala 8 – MUITO À FRENTE – dob. (M/6) Sessão: 17h40** Sessões: 10h40** – 13h05* Sala 2 – GRU O MALDISPOSTO 2 – VP (M/6) Sessões: 15h20*** – 18h00*** – 21h00*** – 00h10*** Sala 8 – O LEÃO DA ESTRELA (M/12) Sessões: 15h30* – 21h45* – 15h00** – 17h30** – 21h45** – 23h50*** Sala 9 – A RAPARIGA DINAMARQUESA (M/14) Sessões: 12h50* – 15h50*** – 18h40*** – 21h30*** – 00h25*** *Diária **Sábado, domingo e feriado ***Sexta, sábado e vésp. feriado *Exceto sexta-feira **Quinta-feira, sábado e domingo ***Exceto quinta-feira FÓRUM - VIZELA CREED (M/12) Sessões: 15h20 – 17h50 – 21h20 – 23h50* A VIAGEM DE ARLO – VP (M/6) 11h15 Segunda Liga: Futebol: Feirense x Chaves; 13h20 Bundesliga: Futebol: Especial: O melhor de dezembro; 13h50 Liga Nos: Futebol: V. Guimarães x Benfica: Resumo; 14h20 Liga Nos: Futebol: Sporng x F.C. Porto; 16h20 Liga Nos: Futebol: Antevisão; 17h00 Liga Nos: Futebol: Rio Ave x Tondela; 19h10 Liga Espanhola: Futebol: Espanhol x Barcelona: Resumo; 19h30 Liga Espanhola: Futebol: Valência x Real Madrid (1.ª Parte); 20h20 Nocias: Informação; 20h30 Liga Espanhola: Futebol: Valência x Real Madrid (2.ª Parte) 11h00 Liga Espanhola: Futebol: Rayo Vallecano x Real Sociedad (1.ª parte); 11h50 Informação: Síntese; 12h00 Liga Espanhola: Futebol: Rayo Vallecano x Real Sociedad (2.ª parte); 13h00 Liga Espanhola: Futebol: Espanhol x Barcelona; 15h00 Liga Espanhola: Futebol: Bés x Eibar (1.ª parte); 15h50 Nocias: Informação; 16h00 Liga Espanhola: Futebol: Bés x Eibar (2.ª parte) 09h20 Toy story 2 - Em busca de Woody; 10h55 O diário da princesa: Noivado real; 12h50 Jovens pistoleiros; 14h45 Red - Perigosos; 16h40 O espião fantasma; 18h25 O úlmo Viking; 20h10 Assalto arriscado; 22h00 Coanan, o bárbaro; 00h00 Primivo; 01h40 Underworld: A revolta 14h41 Como defender um assassino; 14h43 Como defender um assassino; 15h25 Como defender um assassino; 16h20 Invasão mundial: Batalha los Angeles; 18h22 A verdade camuflada; 20h10 Resident Evil: Retaliação; 21h55 Veículo 19 A programação incluída nesta página é fornecida pelas estações de televisão. O Diário do Minho não se responsabiliza por eventuais alterações efetuadas pelos canais. Sessão: 13h00 MUITO À FRENTE – VP (M/6) Sessões: 15h10 – 17h10 STAR WARS: O DESPERTAR DA FORÇA (M/12) Sessão: 21h20* *Exceto quinta-feira, sexta e sábado SINOPSE 06h27 08h00 10h00 11h00 11h11 12h18 13h00 14h24 15h27 17h06 20h00 20h42 11h00 3 às 11; 11h10 GPS; 11h55 Donos disto tudo; 12h00 Jornal das 12; 12h50 Mundo automóvel; 13h00 A grandiosa enciclopédia do Ludopédio; 14h00 3 às 14; 14h15 A essência; 14h30 As horas extraordinárias; 15h00 3 às 15; 15h30 Ideias & Companhias; 15h50 Online 3; 16h00 3 às 16; 16h20 ARQ. 3; 16h30 Pela sua saúde; 17h00 3 às 17; 17h10 Documentário; 18h00 3 às 18; 18h10 O princípio da incerteza; 19h00 3 às 19; 19h10 GPS; 20h00 Documentário; 20h30 Debates presidenciais 2016: Edgar Silva e Paulo Morais; 21h00 3 às 21; 22h00 Trio d' Ataque; 23h45 Automobilismo: Rali Dakar 2016; 00h00 24 Horas Sessões: 11h00* – 13h40* STAR WARS: O DESPERTAR DA FORÇA – Trinta anos se passaram, Luke está desaparecido, mas o Lado Negro da Força mostra-se ainda mais surpreendente através de uma nova organização conhecida apenas como a Primeira Ordem. Agora, a Princesa Leia (Carrie Fisher), Han Solo (Harrison Ford), Chewbacca (Peter Mayhew), os robôs C-3PO (Anthony Daniels) e R2-D2 (Kenny Baker) vão unir forças a novas personagens para evitar que o vilão Kylo Ren acabe com a República e a Resistência. RÁDIO 00h00 Suave é a Noite, Aurélio Carlos Moreira; 03h00 As Músicas da Sim; 05h00 As Músicas da Sim; 07h00 Páteo das Cangas, Carlos Lopes; 10h00 A Barca de Pedro, Helena Almeida; 11h00 Missa; 12h00 Pés na Terra; 14h00 Lusofonias, José Manuel Monteiro; 15h00 Rádio Universidade; 16h00 A Sim ao Sábado, Helena Almeida; 18h30 Rosário; 19h00 Livre Trânsito Fim-de-Semana, Maria Marques Vidal; 22h00 Casa de Fados, Carlos Lopes 00h00 Breaks Lda; 02h00 Music Hal; 11h00 Rádio Aurora – A Outra Voz; 12h00 Campus Verbal, Daniel Vieira da Silva; 13h00 Top RUM (rep.); 15h00 Musicodependência, Elisabete Apresentação; 16h00 Meia-Dose, Sara Pereira; 17h00 Retrovisor, José Miguel Lopes; 18h00 Mil, Miluxa; 19h00 Livros com RUM (rep.); 20h00 Monitor, Isabel Leirós; 21h00 Quintessência; 22h00 O Baile dos Bombeiros RÁDIO SIM EM BRAGA 101.1FM E 576AM RÁDIO UNIVERSITÁRIA DO MINHO 97.5FM 28 DIÁRIO DO MINHO / DOMINGO / 03.01.16 www.diariodominho.pt VEJA SE SABE… «[...] devemos conservar dentro de nós o nosso medo como um porto sempre livre de gelos que nos ajude a passar o Inverno, e também como uma corrente submarina vibrando por baixo da supercie gelada dos rios.» Sg Dagerman Faz amanhã 17 anos que o ______ passou a ser a moeda de referência nos mercados financeiros e nas transações bancárias, cuja circulação teve início a 1 de janeiro de 2002. Escudo; Euro; Rublo. R: Euro. PAUSA QUEM FALA ASSIM… PUBLICIDADE PALAVRAS CRUZADAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 2 3 4 5 Horizontais: 1 – Primeiros frutos da terra em cada ciclo vegetavo. 2 – Pessoas que aplicam princípios muito severos. 3 – Inventar; Cidade citada na Bíblia como pátria de Abraão. 4 – Meda; Suspiros. 5 – Itália (abrev.); Anlope indiano bastante corpulento. 6 – Usado a coo ou quodianamente; Letra dupla. 7 – Pref. de introdução; Informados. 8 – Músculo triangular da face que repuxa a comissura labial (sorriso). 9 – Átomo ou grupo de átomos que captam ou perdem um ou mais eletrões, adquirindo uma carga elétrica negava ou posiva, respevamente; Enfeitar. 10 – Capital da Noruega; Personagem bíblica, irmão de Moisés. Vercais: 1 – Aquele que é o primeiro em qualquer dignidade ou ocio. 2 – Incisão cirúrgica na face, com o fim de drenar as fossas nasais (plu.). 3 – Nome masculino; Estrela que é o centro do nosso sistema planetário. 4 – Que se move facilmente. 5 – Forma do verbo irar; Ave palmípede, também conhecida por arau e papagaio-do-mar. 6 – Mulher que anda sempre de um lado para outro (pop.). 7 – Islândia (abrev.); Substância líquida amarela que é extraída de plantas e muito usada em perfumaria pelo seu aroma de violeta. 8 – Moderno; Atmosfera. 9 – Mamífero marsupial, do Brasil, noturno; Batráquio. 10 – É um apelido. 6 7 8 9 10 FARMÁCIAS n.º 166 Pinheiro - Rua do Caires, n.º 82 SUDOKU DIFICULDADE: FÁCIL 3 4 6 5 4 1 7 2 5 7 8 5 1 5 9 3 8 8 2 2 6 4 DIFICULDADE: DIFÍCIL 1 6 2 1 9 8 9 2 2 4 3 7 3 5 9 2 1 8 3 3 1 5 4 9 1 6 4 7 9 6 7 5 6 9 8 2 3 4 7 1 3 2 7 4 1 9 6 5 8 8 1 4 7 6 5 2 3 9 2 9 5 1 4 6 7 8 3 4 8 1 3 7 2 5 9 6 7 3 6 5 9 8 1 4 2 1 5 2 9 3 4 8 6 7 6 4 3 2 8 7 9 1 5 9 7 8 6 5 1 3 2 4 8 * Solução do número anterior 3 2 7 4 8 6 5 1 9 1 4 9 2 5 7 8 3 6 8 6 5 1 9 3 4 2 7 2 1 4 7 3 8 9 6 5 6 9 8 5 2 1 3 7 4 7 5 3 6 4 9 2 8 1 9 3 6 8 1 5 7 4 2 4 8 1 9 7 2 6 5 3 CALENDÁRIO DOMINGO DA EPIFANIA DO SENHOR SOLENIDADE Branco – Ofício da solenidade. Te Deum. Missa própria, Glória, Credo, pf. da Epifania. Leituras Is 60, 1-6; Sal 71 (72), 2. 7-8. 10-11. 12-13 Ef 3, 2-3a. 5-6 Mt 2, 1-12 * Na Arquidiocese de Braga – Aniversário da Ordenação episcopal de D. Jorge Ferreira da Costa Ortiga (1988). (Do Evangelho:) Entraram na casa, viram o Menino com Maria, sua Mãe, e, prostrando-se diante d’Ele, adoraram-n’O. 5 7 2 3 6 4 1 9 8 Medeiros VIANA DO CASTELO: Central ARCOS DE VALDEVEZ: Fáma CAMINHA: Beirão Rendeiro MONÇÃO: Codeço AMARES: Pinheiro Manso BARCELOS: Oliveira CABECEIRAS DE BASTO: Azevedo Carvalho CALDAS DE VIZELA: Campante PAREDES DE COURA: Calçada CELORICO DE BASTO: Alves Dias PONTE DA BARCA: Moderna ESPOSENDE: Gomes FAFE: Ferreira Leite PONTE DE LIMA: Dona Teresa VALENÇA: Central GUIMARÃES: Vitória PÓVOA DE LANHOSO: VILA PRAIA DE ÂNCORA: Brito Matos Vieira EMERGÊNCIA ................................................ 112 REGRAS SUDOKU: O Sudoku é um jogo de lógica muito simples e cavante. O objecvo é preencher uma grelha (9x9) com números de 1 a 9, sem reper números em cada linha e em cada coluna. Também não se pode reper números em cada quadrado de 3x3. Bom Jogo! * Solução do número anterior VILA VERDE: TELEFONES ÚTEIS 4 5 Bairro VILA NOVA DE FAMALICÃO: Central Ribeirão 9 2 8 4 2 3 Freitas Lima - Rua dos Chãos, BRAGA: Com o apoio da Porto Editora SOLUÇÕES DO NÚMERO ANTERIOR | Horizontais: 1 – Didáca. 2 – Tocomáco. 3 – Aromácos. 4 – Bi; Unir. 5 – Ufano; eo. 6 – Lotador; Ré. 7 – Arado; Acém. 8 – Gaforina. 9 – Aresto. 10 – malas; Esto. Vercais: 1 – Tabulagem. 2 – Dorífora. 3 – ico; Atafal. 4 – Dominadora. 5 – Amã; Odores. 6 – Tatu; IS. 7 – Inerante. 8 – Cicio; Caos. 9 – Açor; Ré. 10 – Os; Templo. VIEIRA DO MINHO: HUMOR Três rapazes bêbedos entram num táxi. O taxista ao aperceber-se do nível de embriaguez dos rapazes liga o motor, volta a desligar e diz: – Chegamos! Os três ébrios descem. O primeiro paga. O segundo agradece. E o terceiro tenta dar-lhe um murro na cara. O taxista convencido que tinha sido descoberto pergunta: – O que foi? E o bêbado diz: – Quase nos matava com tanta velocidade, seu bruto! CONFISSÕES CARMO – Das 8h30 às 9h00, das 9h30 às 11h00 e das 15h30 às 18h30 (de terça-feira a sábado). CONGREGA DOS – Todos os dias, exceto aos domingos e dias santos, conforme o horário afixado nas pautas de avisos da igreja. MENSAGEIRO – Das 10h00 às 12h00, exceto quartas-feiras, domingos e feriados. PÓPULO – Todos os dias, exceto terças-feiras e domingos, das 8h30 às 10h00. AMARES GNR .................................................. 253 900 070 Centro de Saúde................... 253 909 230 Bombeiros Voluntários ...253 993 162 BARCELOS PSP ..................................................... 253 802 570 Hospital .........................................253 809 200 Bombeiros Voluntários ...253 802 050 BRAGA Hospital de Braga ................ 253 027 000 GNR ................................................... 253 203 030 PSP ..................................................... 253 200 420 Polícia Municipal .................. 253 609 740 Cruz Vermelha ........................ 253 208 872 Bombeiros Sapadores ......253 264 077 Bombeiros Voluntários ...253 200 430 Ambubraga Ambulâncias ...253 257 257 Loja do Cidadão (Informações) .......................... 707 241 107 FAMALICÃO PSP ..................................................... 252 373 375 Hospital .........................................252 300 800 Bombeiros Voluntários ...252 301 110 GUIMARÃES PSP ..................................................... 253 540 660 Hospital .........................................253 540 330 Bombeiros Voluntários ...253 515 444 PÓVOA DE LANHOSO Bombeiros Voluntários ...253 639 240 Hospital António Lopes ..253 639 030 TERRAS DE BOURO Centro de Saúde................... 253 350 030 GNR ................................................... 253 391 137 Bombeiros Voluntários ...253 350 110 VIANA DO CASTELO PSP ..................................................... 258 809 880 Hospital .........................................258 802 100 Bombeiros Voluntários ...258 730 643 ESPOSENDE GNR ................................................... 253 989 110 Hospital .........................................253 965 115 Bombeiros Voluntários ...253 969 110 VILA VERDE GNR .................................................. 253 320 100 Hospital ........................................ 253 310 120 Bombeiros Voluntários ...253 310 390 FAFE GNR ................................................... 253 490 890 Hospital .........................................253 700 300 Bombeiros Voluntários ...253 598 111 VIZELA GNR .................................................. 253 481 261 Centro de Saúde.................. 253 589 040 Bombeiros Voluntários ...253 489 100 03.01.16 / DOMINGO / Necrologia / DIÁRIO DO MINHO 29 www.diariodominho.pt Este S. Pedro PARTICIPAÇÃO DE FALECIMENTO E MISSA DE 7.º DIA DE Teresa Maria da Costa Veiga Seu marido, filhos, nora, genro, netos e demais família cumprem o doloroso dever de participar a todas as pessoas das suas relações e amizade, o falecimento da Sra. D. TERESA MARIA DA COSTA VEIGA, de 79 anos, residente que era em Este S. Pedro – Braga. O corpo da saudosa falecida encontra-se em câmara-ardente na capela mortuária de Este S. Pedro. A missa de corpo presente será celebrada hoje, domingo, dia 3, pelas 16h00, na igreja paroquial de Este S. Pedro, finda a qual irá a inumar no cemitério local. Aproveitam o ensejo para comunicar que a missa de 7.º dia em sufrágio da sua alma será celebrada na próxima quinta-feira, dia 7 de janeiro, pelas 19h30, na igreja paroquial de Este S. Pedro. Antecipadamente a família agradece a todos aqueles que honrem com a sua presença as cerimónias fúnebres em memória da saudosa falecida. A FAMÍLIA Funerária Bracarense – S. Lázaro / Braga – Tel.: 968 225 005 / 253 200 240 PARTICIPAÇÃO DE FALECIMENTO DE Teresa Maria da Costa Veiga A gerência cumpre o dever de participar a todos os seus clientes, fornecedores e amigos o falecimento da Sra. D. TERESA MARIA DA COSTA VEIGA, mãe do sócio-gerente. O corpo da saudosa falecida encontra-se em câmara-ardente na capela mortuária de Este S. Pedro. A missa de corpo presente será celebrada hoje, domingo, dia 3, pelas 16h00, na igreja paroquial de Este S. Pedro, finda a qual irá a inumar no cemitério local. Antecipadamente agradece a todos quantos com a sua presença se dignem participar nas cerimónias fúnebres. Funerária Bracarense – S. Lázaro / Braga – Tel.: 968 225 005 / 253 200 240 A GERÊNCIA Esporões PARTICIPAÇÃO DE FALECIMENTO E MISSA DE 7.º DIA DE Joaquina Rodrigues da Silva Seu marido, filhos, noras, genros, netos e demais família cumprem o doloroso dever de participar a todas as pessoas das suas relações e amizade, o falecimento da Sra. D. JOAQUINA RODRIGUES DA SILVA, de 86 anos, residente que era em Esporões – Braga. O corpo da saudosa falecida encontra-se em câmara-ardente na sua residência. A missa de corpo presente será celebrada hoje, domingo, dia 3, pelas 12h00, na igreja paroquial de Esporões, finda a qual irá a inumar no cemitério local. Aproveitam o ensejo para comunicar que a missa de 7.º dia em sufrágio da sua alma será celebrada no próximo sábado, dia 9 de janeiro, pelas 19h30, na igreja paroquial de Esporões. Antecipadamente a família agradece a todos aqueles que honrem com a sua presença as cerimónias fúnebres em memória da saudosa falecida. Funerária Bracara Augusta – Tel.: 253 672 027 / 91 664 65 67 / Email: [email protected] A FAMÍLIA PARTICIPAÇÃO DE FALECIMENTO DE Teresa Maria da Costa Veiga A gerência cumpre o dever de participar a todos os seus clientes, fornecedores e amigos o falecimento da Sra. D. TERESA MARIA DA COSTA VEIGA, avó do sócio-gerente. O corpo da saudosa falecida encontra-se em câmara-ardente na capela mortuária de Este S. Pedro. A missa de corpo presente será celebrada hoje, domingo, dia 3, pelas 16h00, na igreja paroquial de Este S. Pedro, finda a qual irá a inumar no cemitério local. Antecipadamente agradece a todos quantos com a sua presença se dignem participar nas cerimónias fúnebres. Funerária Bracarense – S. Lázaro / Braga – Tel.: 968 225 005 / 253 200 240 A GERÊNCIA PARTICIPAÇÃO DE FALECIMENTO DE Teresa Maria da Costa Veiga A gerência cumpre o dever de participar a todos os seus clientes, fornecedores e amigos o falecimento da Sra. D. TERESA MARIA DA COSTA VEIGA, mãe do sócio-gerente. O corpo da saudosa falecida encontra-se em câmara-ardente na capela mortuária de Este S. Pedro. A missa de corpo presente será celebrada hoje, domingo, dia 3, pelas 16h00, na igreja paroquial de Este S. Pedro, finda a qual irá a inumar no cemitério local. Antecipadamente agradece a todos quantos com a sua presença se dignem participar nas cerimónias fúnebres. Funerária Bracarense – S. Lázaro / Braga – Tel.: 968 225 005 / 253 200 240 A GERÊNCIA PARTICIPAÇÃO DE FALECIMENTO E MISSA DE 7.º DIA DE Maria Eduarda Rodrigues Ferreira Azevedo Seus filhos, nora, netos e demais família cumprem o dever de participar a todas as pessoas de suas relações e amizade, o falecimento de D. MARIA EDUARDA RODRIGUES FERREIRA AZEVEDO, natural de Santa Maria Maior, Viana do Castelo, residente que era na rua Andrade Corvo – Braga. O seu corpo encontra-se em câmara-ardente na igreja do Pópulo e as cerimónias religiosas realizam-se amanhã, segunda-feira, dia 4 de janeiro, com início às 15h00, findas as quais irá ser sepultada em jazigo de família no cemitério de Monte d’Arcos. Aproveitam para comunicar que a missa de 7.º dia será celebrada no dia 8 de janeiro, pelas 19h15, na igreja da Cividade. Antecipadamente se confessam agradecidos a todos quantos se dignem honrar com a sua presença as cerimónias religiosas. Braga, 3 de janeiro de 2016 A FAMÍLIA AFM – Agência Maximinos – Tel.: 253 261 356 / 917 210 155 / 917 736 299 – Email: [email protected] 30 DIÁRIO DO MINHO / Publicidade / DOMINGO / 03.01.16 www.diariodominho.pt VENDE-SE LOTES P/ PAVILHÕES LOCALIZAÇÃO: SETE FONTES OPORTUNIDADE VENDO PRECISA-SE Contacto 253 215 321 VENDEDORES ÁREA IMOBILIÁRIA di do 759 m2 Oferecemos as melhores condições do mercado. 910 571 937 Insparedes Centro de Inspecções Ve n di do 815 m2 Ve n 1606 m2 938 m2 Apartamento T3 78.000 € Terreno c/ 2650 m2 para construção de pavilhão c/ 1400 m2 (Nogueira – junto à Auto Minho) Contacto: 968 015 522 VENDE-SE IMOBILIÁRIA NO CENTRO DE VILA VERDE RENAULT CLIO 1.5 DCI 2001 3.800 € 961 623 382 OPORTUNIDADE REAL Moradia gaveto T5 + sótão, quintal c/ anexos, alpendre, jardim. 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Nome do Centro de Emprego CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE BRAGA SERVIÇO DE EMPREGO DE BRAGA Rua Dr. Felicíssimo Campos, 127 4700-224 Braga Tel.:253 606 700 e-mail: [email protected] Nome da Profissão Nº Oferta Indicação do Regime de Trabalho ( a tempo parcial ou completo) e Informações Complementares Nome da Freguesia/Concelho a que respeita o Posto Trabalho a ser preenchido Operador Call Centre 588499048 A Tempo Completo, com fluência em Francês, Inglês ou Espanhol Braga Costureira 588484459 A Tempo Completo, com experiência Braga Costureira 588568758 A Tempo Completo, com experiência Braga Costureira 588575947 A Tempo Completo, com experiência Braga Costureira 588599796 A Tempo Completo, com experiência Vila Verde Costureira 588605317 A Tempo Completo, com experiência Braga Costureira 588614750 A Tempo Completo, com experiência Amares Cozinheiro(a) 588614568 A Tempo Completo, com experiência Braga Costureira 588615549 A Tempo Completo, com experiência Vila Verde Empregado(a) Mesa 588622526 A Tempo Completo, com experiência Braga Costureira 588623827 A Tempo Completo, com experiência Vila Verde Costureira 588625420 A Tempo Completo, com experiência Vila Verde Operador de Maquinas Agricolas 588625831 A Tempo Completo, com experiência Vila Verde Costureira 588629548 A Tempo Completo, com experiência Vila Verde Serralheiro Civil 588629803 A Tempo Completo, com experiência em Ferro e Inox Cabeleieriro(a) 588631099 A Tempo Completo, com experiência Vila Verde Cozinheiro(a) 588632006 A Tempo Completo, com experiência Braga Braga 32 DIÁRIO DO MINHO / www.diariodominho.pt Publicidade / DOMINGO / 03.01.16 03.01.16 / DOMINGO / Publicidade / DIÁRIO DO MINHO 33 www.diariodominho.pt www.imobraga.pt t. 253 220 913 Im ob iliá ria m. 915 592 731 AVENIDA 31 DE JANEIRO, 13 - BRAGA HÁ MAIS DE UMA DÉCADA A NEGOCIAR IMÓVEIS, A REALIZAR SONHOS E A TRANSMITIR CONFIANÇA € 55.000 APARTAMENTO T2 – S. 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Diretor Financeiro: Pedro Botelho. Diretor Comercial: Luís Carlos Fonseca. Impressão: Empresa do Diário do Minho, Lda. Telefone 253 303 170. Distribuição: Vasp e Vasp Premium DOMINGO 03.JANEIRO.2016 Assinaturas DM Inquérito DM online Paulo Portas faz bem em não se recandidatar à presidência do CDS-PP? BRAGA O Diário do Minho publica, diariamente, a edição impressa e digital do jornal. Qualquer uma delas requer uma assinatura independente. Faça a(s) sua(s) assinatura(s) através do nosso endereço eletrónico ou pelo telefone. Fique informado do que é, realmente, importante. 31 36 41 44 + 11 www.diariodominho.pt/assinatura Estas informações não dispensam a consulta da lista oficial. Melhorou índice de qualidade da infraestrutura ferroviária # educação DR Infraestruturas de Portugal (IP) informou ontem que melhorou o índice de qualidade da infraestrutura ferroviária em 2015, que ficou nos 93,6% no final do ano, acima dos 91,6% verificados em 2014. Este indicador, que é usado a nível internacional, «designa a percentagem de rede ferroviária que não necessita de reparação imediata especial além das ações manutenção», segundo explicou a IP. Em comunicado, a empresa justifica este desempenho com o investimento de cerca de 25 milhões A de euros em manutenção de longa duração em 2015, ou seja, «o dobro dos valores investidos nos anos anteriores, o que permitiu a melhoria significativa de diversas situações que penalizavam a circulação ferroviária regular». Em 2015, o índice médio de pontualidade da circulação serviços ferroviários urbanos de Lisboa, Porto e Coimbra é de cerca de 90% e os restantes 10% dos comboios urbanos circulam com um atraso médio de pouco mais de um minuto. A IP adianta que a melhoria mais relevante nesta matéria «regista-se na disponibilidade de servi- PRÉDIO EM EXCELENTE ESTADO Avenida da Liberdade, 195 [email protected] era.pt/braga-avliberdade t. 253 218 060 ço da infraestrutura ferroviária para a circulação dos comboios de longo curso». Nos intercidades, houve um aumento do indicador da pontualidade média, passou nos 68% em 2014 para os 77% em 2015, sendo que os restantes 23% dos comboios intercidades apresentam um atraso médio de quatro minutos e 42 segundos. Já nos comboios Alfa Pendulares, a pontualidade média passou dos 75% em 2014 para os 79% no ano passado e os restantes 21% dos comboios circularam com um atraso médio de dois minutos e 54 segundos. 5330 No centro histórico de Braga, em zona muito movimentada. 560.000 € QUINTA COM 10.470 M2 253 609 460 FENPROF MANTÉM GREVE NO ENSINO ARTÍSTICO A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) anunciou ontem que vai manter a greve no ensino artístico especializado, convocada para este mês de janeiro, tendo em conta que a maioria dos professores «ainda não recebeu os salários em atraso». A greve dos professores do ensino artístico especializado vai começar amanhã e está prevista para todo o mês de janeiro, mas a Fenprof vai fazer, no final da próxima semana, uma avaliação da situação para decidir se vai ou não manter a greve. Em comunicado, a Fenprof refere que a atual equipa do Ministério da Educação, em menos de um mês, desbloqueou o processo de financiamento das escolas de ensino artístico especializado. No entanto, adianta aquela federação, a maioria dos professores ainda não viu pagos os salários em atraso, alguns há meses, «problema que os impede de efetuar deslocações para o exercício da sua atividade profissional». 5304 No centro de Nogueira, ao lado da estrada nacional. Terreno urbanizável. 450.000 € CHUVA CHUVA FORTE. VENTO MODERADO DE SUDOESTE. 16 12 CHUVA CHUVA FORTE. VENTO MODERADO DE SUDOESTE. Idoso ferido em Barcelos após despiste de motociclo FORNELOS Um idoso com 78 anos de idade ficou ferido, na passada sexta-feira à tarde, na sequência de um acidente de viação ocorrido na rua de Quintães, em Fornelos, Barcelos. Após o despiste do motociclo em que seguia, a vítima foi encontrada em paragem cardiorrespiratória, desconhecendo-se se por doença súbi- T3 JUNTO À AV. 31 DE JANEIRO ta ou em resultado do acidente. A situação foi revertida após a intervenção dos Bombeiros Voluntários de Barcelinhos, que contaram com o apoio de uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) de Barcelos. Depois de efetuadas as manobras de reanimação, o idoso foi transportado para o Hospital de Braga. DR 3 17 11 Todas as semanas uma pergunta diferente. TOTOLOTO VIANA DO CASTELO 5418 C/ elevador e gar. individual. Amplo, c/ boas vistas. C/ ar cond., tetos falsos. 75.000 € T2+2 PERTO DA AV. DA LIBERDADE 5307 Com terraço coberto, localizado no centro da cidade. 65.000 € PATRIMÓNIO DOMINGO • 03 DE JANEIRO DE 2016 Diário do Minho Este suplemento faz parte da edição n.º 30905 de 03 de janeiro de 2016, do jornal Diário do Minho, não podendo ser vendido separadamente IGREJA DE BICO Paredes de Coura TEXTOS: EIRA LOSFERR JOSÉCAR FOTOS: OMINHO DIÁRIOD II PATRIMÓNIO DOMINGO, 03 de janeiro de 2016 Introdução Neste início do ano de 2016 continuamos a nossa viagem pelo concelho de Paredes de Coura, visitando a igreja paroquial de Bico. Segundo os relatos vindos desde o século XVIII, este é um território que guardou testemunhos da sua ocupação ancestral. As fontes históricas nem sempre são escritas e aquelas que encontramos muitas vezes graças a arqueologia também nos atestam a antiguidade da ocupação de um território. Mas, em termos de paróquia, temos aqui em Bico as fontes históricas escritas a testemmunharem que já existia aqui uma igreja desde, pelo menos, o século XIII. Naturalmente que o templo dessa época não é aquele que conhecemos hoje. A igreja atual de Bico é um templo com feições tipicamente barrocas. E a atestar esta possibilidade temos uma pedra epigrafada na sacristia com a data de 1748. No interior encontramos altares também eles barrocos de grande beleza e até um pouco invulgares por possuírem figuras de convite. Num futuro próximo, estes mesmos altares vão ser alvo de uma intervenção, por forma a promover a sua conservação. A arqueologia, ou mais concretamenta, os achados arqueológicos, têm ajudado a demonstrar a antiguidade da freguesia de Bico, ao trazer à luz do dia objetos e vestígios do passado, mas que, infelizmente, não foram datados ou enquadrados em cronologias, por estarmos a falar de algumas descobertas que aconteceram no século XVIII. O testemunho desses achados chega-nos pela pena de Narcizo C. Alves da Cunha, autor da monografia “Paredes de Coura — No Alto Minho”, editada em 1909. Segundo faz questão de referir, naquela altura era voz corrente na freguesia de Bico que se tinham achado «vestígios de importante povoação antiga, como tijolos, pedras lavradas, colunas, urnas de pedra, de tijolo, etc.; e a tra- Diário do Minho S. JOÃO BAPTISTA É O PADROEIRO DA PARÓQUIA Vestígios arqueológicos dão pistas sobre antiguidade de Bico dição confirma a existência de uma cidade, de que se perdeu o nome». É interessante ver que o investigador vai às Memórias Paroquiais de 1758 beber a informação para a sua monografia evidenciando os achados que foram descobertos nesta altura e que apenas deixaram a certeza de que se tratava de artefactos muito antigos embora não tenham sido devidamente datados e, muito provavelmente, não tenham chegado até aos nossos dias. «Acrescentava, ainda, o pároco, que aqueles inventos, bem como os nomes de “Telhado”, “Galdegai” e “Coroa de Rei”, inculcavam ter havido nesta freguesia alguma povoação antiga; e que, sendo assim, ele acreditava ter sido a cidade chamada “Cória”, que com pouca corrupção deu o nome ao rio Coura, pois é em Bico onde ele principia», afirma ainda o autor da monografia “Paredes de Coura – No Alto Minho”, editada em 1909, citando informações recolhidas no “Archeologo Portuguez”. REFERÊNCIA DOCUMENTAL Para além destes testemunhos importantes, que atestam a antiguidade da ocupação do homem neste território, é importante dizer-se que a primeira referência escrita à freguesia de Bico conhe- > O PADROEIRO DE BICO É S. JOÃO BAPTISTA cida em documentos históricos dat do século XIII, mas concretamente de 1258. Quem o afirma é Avelino de Jesus da Costa no seu trabalho intitulado “A Comarca Eclesiástica de Viana do Castelo”. Ora, avança este investigador que «no século XIII, a igreja de Bico pertencia ao Cabido de Tuim, segundo um documento existente na Torre do Tombo eleborado “para servir de lembrança às Inquirições de 1258”». Narcizo C. Alves da Cunha refere, por sua vez, que nestas Inquirições de D. Afonso III, «os moradores do casal da “Cavalleira” eram > VARANDIM EXISTENTE NA TORRE DA IGREJA PAROQUIAL obrigados a levar madeira para o Castelo de Fraião, ir à “entruviscada” ao rio Coura e correr monte com o Rico-Homem da terra». «Também pagavam “fossadeira” e, fogaças ou dinheiro, iam à “anuduva” e davam “vida” (de comer) ao Mordomo do Rei», acrescenta. O Arquivo Distrital de Viana do Castelo, que também sublinha esta referência documental de Bico na lista das igrejas situadas no Entre Lima e Minho elaborada por ocasião das Inquirições de 1258, salienta, por sua vez, a inclusão da igreja de Bico no catálogo das mesmas igrejas que o rei D. Dinis mandou organizar em 1320, para que fosse determinada a taxa a pagar. Neste documento, garante, a paróquia surge no arcediago de Cerveira com o nome de “Sancti Johanis de Bico”. Já no século XV, no ano de 1444, o rei D. João I conseguiu do Papa que este território onde se encontra a paróquia de Bico fosse desmembrado do bispado de Tui, para passar a pertencer a Ceuta. Em 1512, o Arcebispo de Braga, D. Diogo de Sousa deu a D. Henrique, Bispo de Ceuta, a comarca eclesiástica de Olivença, recebendo em troca a de Valença do Minho, ficando Bico sob alçada da Arquidiocese de Braga. > A IGREJA PAROQUIAL DE BICO TEM ALGUNS CORPOS NA SUA COMPOSIÇÃO Diário do Minho PATRIMÓNIO DOMINGO, 03 de janeiro de 2016 III Igreja Paroquial de Bico é das melhores do concelho de Paredes de Coura A igreja paroquial de Bico é, segundo o autor da monografia “Paredes de Coura — No Alto Minho”, editada em 1909, uma das melhores igrejas de todo o concelho. «A igreja paroquial é espaçosa, está bem cuidada, sendo uma das melhores do concelho», afirma textualmente Narcizo C. Alves da Cunha. Em termos arquitetónicos, percebe-se que este é um templo com feições e linhas tipicamente barrocas. Na sacristia encontramos das poucas pistas que nos mostram que esta igreja já estava construída, pelo menos, no século XVIII. Dividida a meio, na parte mais interior da sacristia encontra-se uma pedra epigrafada cuja leitura é fácil de perceber, querendo ela indicar que aquele espaço é “do reverendíssimo Abada”, estando datada de 1748. No outro lado da porta está outra pedra epigrafada que nos diz “a metade da confraria”. A primeira pedra epigrafada assume particular importância porque, para além de assinalar a divisão reservada ao pároco de Bico, onde devia paramentar-se e até receber as pessoas, temos a data de 1748. Ora, isso dá-nos a certeza que nesse ano da, ainda, primeira metade do século XVIII esta igreja de Bico, ou grande parte dela, já estava concluída, uma vez que a torre só foi edificada no século XIX. Por isso, será fácil de aceitar que a descrição que nos surge nas Memórias Paroquiais de 1758 seja já da atual igreja, o que nos permite traçar um linha evolutiva. Assim, propomos que se leia o testemunho deixado pelo pároco de Bico em 1758, o padre Antonio Thomé da Rocha Pimenta, que se encontra transcrito no livro “As Freguesias do Concelho de Paredes de Coura nas Memórias Paroquiais de 1758 — Alto Minho: Memória, História e Património”, da autoria de José Viriato Capela. Assim, o sacerdote começa por nos dizer que o orago de Bico «hé S. João Baptista que se festeja em > CONJUNTO DE ALTARES DA IGREJA DE BICO JÁ REFERENCIADOS NAS MEMÓRIAS PAROQUIAIS DE 1758 o dia do seu nascimento». Em relação à igreja de Bico, acrescenta o pároco de 1758, «tem coatro altares, o maior, dois cullatrais e hum na costão da parte esquerda». «No altar maior está a imagem do Santo padroeiro e juntamente o sacrário do Santissimo Sacramento, cuja collocação dizem os naturais ser a mais antigua de todas as mais deste concelho», acrescenta, dando-nos a entender que esta terá sido das primeiras paróquias no concelho de Paredes de Coura a ter autorização do Arcebispo de Braga para ter sacrário. «Os dous cullaterais são dedicados ao Nome de Deos e Nossa Senhora, o da costão às Almas Santas. Tem este Irmandade que o fábrica e ordena varios sufrágios pellos irmãos defuntos. Há mais nesta igreja a Irmandade do Santíssimo Sacramento, a que estão unidas as de Nossa Senhora e Nome de Deos», conclui o sacerdote a parte da descrição da igreja. IGREJA HOJE Perante isto e olhando para a igreja paroquial de Bico nos nossos dias, percebemos que ela pouco > ALTAR DAS ALMAS terá mudado e temos perceção que os seus altares, estando muito bem preservados, deverão ser os mesmos que existiam em 1758, embora hoje tenham devoções diferentes. Aquele que não terá mudado em nada é o altar das Almas do Purgatório onde, como é tradicional, encontramos as chamas que envolvem almas de pessoas do povo, de homens do clero e membros da realeza, mostrando que ninguém está livre do pecado. No meio do painel lá está o Arcanjo S. Miguel, pisando e dominando o diabo, tendo na mão a balança para pesar os pecados e as boas ações das almas. Depois, no cimo do altar lá está a Santíssima Trindade, Deus Pai, Deus Filho e Espírito Santo. Neste altar destacam-se ainda cartelas com insrições em latim. Os dois altares colaterais não escondem a sua antiguidade com as suas linhas barrocas, possuindo até figuras de convite, que nos indicam os santos em veneração. O altar-mor, com alguns elementos barrocos, é já de transição para o neoclássico Mais recente é a capela lateral com a devoção ao Sagrado Coração de Jesus. > PORMENOR DA TALHA DO ARCO CRUZEIRO DA IGREJA IV PATRIMÓNIO DOMINGO, 03 de janeiro de 2016 Diário do Minho ENTERRAMENTO FORA DA IGREJA CAUSOU INDIGNAÇÃO DA POPULAÇÃO “Guerra de Bico” tem semelhanças com a revolução da Maria da Fonte A freguesia de Bico viveu nos finais do século XIX um episódio que em tudo faz lembrar a revolução da Maria da Fonte, no concelho da Póvoa de Lanhoso. A história, que ficou conhecida pela “Guerra de Bico”, é contada por Narcizo C. Alves da Cunha, na sua monografia “Paredes de Coura — No Alto Minho”, públicada em 1909. Quando terá ocorrido este conflito? Não o sabemos, nem o historiador o referencia, dando-nos apenas algumas pistas que nos fazem pressupor que os acontecimentos tiveram lugar não muito longe de 1909, uma vez que o autor chega até a identificar algumas pessoas. Mas, começando pelo início, Narcizo C. Alves da Cunha inicia o relato dizendo-nos que «há anos houve nesta freguesia um conflito – “um levantamento popular” –, conhecido por “Guerra de Bico”». A sua origem, explica, esteve no «enterramento de um cadáver no adro da igreja paroquial contra a vontade do povo, que o deseterrou pouco depois da sua inhumação e foi-lhe dar sepultura dentro do templo». Ora, perante tamanha desobediência e, sobretudo, desobediência, «a autoridade administrativa, sabedora do desacato, reclamou força armada para restabelecer a ordem». «Veio, pois, uma força de 30 pra- ças, comandada por um tenente», afirma Narciso C. Alves da Cunha, que identifica este militar como sendo Francisco Pereira de Magalhães, que, em 1909 era coronel e comissário de polícia no Porto. A acompanhar a força de 30 praças até à freguesia de Bico esteve o administrador do concelho, Albano A. Barreiros de Oliveira. > ADRO DA IGREJA PAROQUIAL DE BICO > PORMENOR DO PÚLPITO DA IGREJA DE BICO MULHERES E CRIANÇAS RECEBERAM MILITARES Quando chegaram à ponte dos Cavaleiros, os militares foram recebidos com hostilidade pela população «que viera postar-se a um outeiro, em “ordem de Batalha”», ou seja, as crianças na primeira fila, as mulheres na segunda fila, e na retaguarda pedras de arremesso. «O comandante da força percebeu logo que a disposição popular, no seu entrincheiramento, visava inutilizar-lhes a ação repressiva, pois seria uma crueldade investir ou atirar sobre crianças e mulheres», conta Narcizo C. Alves da Cunha. Mesmo assim, ainda foram feitos tiros para o alto para intimidar, mas os amotinados responderam com «grande assuada e gritos subversivos». Os militares acabaram por retirar a conselho do administrador. As coisas acalmaram mas, por se recer novo conflito, foi enviada nova força de 200 praças que estiveram em Bico oito dias, atraindo a atenção dos jornais. > CORO ALTO DA IGREJA DE BICO