Gazeta - Brasil Imperial

Transcrição

Gazeta - Brasil Imperial
Imperial
Gazeta
Jornal editado pelo Instituto Brasil Imperial Dezembro de 2013 Ano XVIII Número 215 www.brasilimperial.org.br
Feliz
2014 !
02
Palavra do Presidente
Que 2014 seja um ano de
grandes conquistas para todos
nós, monarquistas, nesta busca
por um País melhor. Um 2014
excelente para todos!!!
Saudações monarquistas!!!
Antonyo da Cruz
Presidente do Instituto Brasil Imperial
Gazeta
Imperial
A Gazeta Imperial é uma publicação do Instituto Brasil
Imperial. Artigos, sugestões de reportagens, divulgação
de eventos monárquicos e imagens podem ser enviados
para [email protected]
Comendador Antonyo da Cruz
Presidente do Instituto Brasil Imperial
[email protected]
Alessandro Padin
Editor e jornalista responsável
[email protected]
Professor Celso Pereira
Revisão
03
Artigo
A QUE VEM
DOM RAFAEL
João Pedro de Saboia Bandeira de
Mello Filho
advogado e jornalista, agraciado por
Casas Reais estrangeiras com distinções várias
Tempo houve em que, como
não poderia deixar de ser, a
monarquia absolutista era a
única forma de governo, salvo
raras exceções. Contudo, a organização social é dinâmica, e
o que atende às necessidades
em um dado momento, pode
não mais atender no seguinte.
Neste caso, as instituições se
adaptam, ou sucumbem.
Foi a insistência no absolutismo, contrario à vontade do
povo, que levou à queda monarquias historicamente consolidadas, como em Por tugal, Rússia,
e França.
Nos países hoje democráticos
mantiveram-se aquelas onde o
rei foi excluído, ou muito limitado, quanto á ingerência nos
assuntos de governo, preser vado, entretanto, como Chefe de
Estado, símbolo de unidade nacional. Por isso, neles se diz que
“ o rei reina, mas não governa”
. Esta a finalidade precípua da
realeza: unir a nação em busca das melhores soluções para
seus problemas, respeitandose sempre o direito de divergir
e a vontade da maioria.
No Brasil a Coroa desempenhou
exemplarmente tal papel. Não
fosse por ela, ao invés de país
de dimensões continentais,
produtor de petróleo e de minérios, seríamos um mosaico de
pequenas repúblicas, às vezes
guerreando entre si por território, como aconteceu na América Espanhola.
Vamos convir, entretanto, que a
realidade social, cultural, religiosa, mudou muito desde 1889,
quando proclamada a Repúbli-
ca. Falar hoje em “religião oficial”, quando os Evangélicos
se aproximam dos Católicos
em percentual da população, e
uma larga faixa intermediária
é dividida pelas religiões afrobrasileiras, e mais Cristãos Ortodoxos, Kardecistas, etc., não
faz sentido .
Da mesma forma, as opções ideológicas. Tirando as doutrinas
extremistas, que adotam como
pressuposto a ditadura- incompatível com o Parlamentarismo,
seja republicano ou monárquico- não se entende que repre-
sentantes dinásticos “deitem
falação” sobre temas polêmicos, que, ao invés de unir, dividem, e que não tem relação
necessária com a forma de gov erno, tais como “casamento
gay”, divorcio, limitações ao
direito de propriedade. São temas a respeito do qual cada um
pode e deve ter a própria opinião- inclusive os príncipes e os
religiosos- mas nenhuma delas
convém ser adotada como “oficial”, para não excluir os que
pensam diferente.
Foi por incorrer no erro de se
identificar com uma corrente
de pensamento excludente ( e
impopular por seu ultraconservadorismo), que a Casa Imperial perdeu seu prestígio ante
o eleitorado , e hoje não tem
força para eleger um deputado
federal, que dirá uma bancada,
ainda que modesta .
É cer to que no Plebiscito de
93, apesar da antecipação, que
o deslegitimou para conter o
crescimento das intenções de
voto pró-monarquia, obtivemos
mais de 10% dos válidos. Mas
isto se deveu não à influência
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de qualquer doutrina de que
um príncipe fosse adepto, mas,
justamente ao fato da liderança do Movimento Parlamentarista Monárquico (MPM) ser de
um político, o Deputado Cunha
Bueno, autor da iniciativa da
proposta plebiscitária. Vimos,
então, o MPM defender a tese
de que caberia ao povo, independente de direitos históricos, escolher o novo rei (evitou-se, deliberadamente, falar
em “imperador”). Embora, por
motivo de conveniência, face
ao prestígio internacional, se
entendesse melhor ser um
Orleans e Bragança, ou um Bragança de ramo colateral pelo
menos, o povo, por escrutínio
direto ou indireto, poderia escolher “qualquer rei, inclusive
o Rei Pelé”.
Graças a isto, todos os que
estavam insatisfeitos com a
República, independente de votarem com “a direita”, “o centro”, “a esquerda”, puderam
acorrer ao MPM e somar forças.
Nas assembleias e reuniões os
Orleans e Bragança eram pouco
vistos, mas democraticamente
se manifestavam tanto Dom
Felipe Tasso de Sax-Coburgo
e Bragança, descendente da
Princesa Leopoldina, quanto a “
Black de Vila-Vintém”, que colocava sua liderança comunitária
a ser viço da captação de votos
. E das muitas “Black de VilaVintém” dependemos tanto, ou
mais, do que de nossos dinastas históricos, para manter acesa a chama da esperança em
uma futura vitória .
O que se viu após o plebiscito,
contudo, foi o desperdício do
patrimônio eleitoral que o MPM
reunira. Ao invés de se dar sequência á proposta abrangente,
a Casa Imperial retomou a anterior superada, de fundamentalismo religioso e direita ideológica “anatematizando” aqueles
que defendem as propostas de
reforma social retomadas após
o fim do ciclo de ditadura. Isto,
em um país que há três mandatos elege presidentes do PT, e
dá à Presidenta Dilma, mercê
do bom, ou no mínimo regular
governo que vem realizando,
aprovação popular superior a
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70% conforme as pesquisas de
opinião é suicídio político.
Uma vez que a geração mais velha do “Ramo de Vassouras” se
inviabilizou em termos de popularidade, aqueles que veem a
atividade em prol da monarquia
como militância, e não como
lazer
intelectual,
recebem
como auspiciosa promessa o
surgimento, na mídia, do jovem Dom Rafael de Orleans
e Bragança. Embora “de jure”
o quar to na linha sucessória,
pela ordem natural das coisas
é o herdeiro presuntivo, já que
seus tios não têm descendência, e seu pai com eles regula
em idade. Cogita-se, inclusive,
da possibilidade dos dinastas
com precedência renunciarem
em seu favor, transferindo-lhe a
Chefia da Casa.
Para que isto signifique um efe-
tivo alento para as esperanças
da militância, é necessário,
contudo, que D. Rafael se defina. E que o faça pela pluralidade ideológica, defendendo
a democracia se m p r e . V á S u a
Alteza ao encontro de seu
povo; coloque no rosto um
sorriso no lugar da expressão
de tristeza com que teimam
em fotografá-lo, e confraternize com todas as “Black de
Monarquista, anuncie o seu
produto ou serviço neste espaço
Vila-Vintém” que se dispõe a
contribuir com sua liderança local para a erradicação
da miséria através de ações
afirmativas .
Feito isto, poderemos ter esperança de que o Movimento
volte a ser uma corrente de
opinião influente, ao invés de
restar confinado a guetos de
discussões de baixa produt i v i dade.
06
MANDELA
Artigo
E SEU NÚMERO
Gastão Reis Rodrigues Pereira
Empresário e economista
[email protected]
www.smart30.com.br
Tão logo passei a conhecer
melhor esse gigante cristão
chamado Nelson Mandela,
fui tomado por um sentimento de profunda admiração e
reverência. A ele, como ao
nosso Pedro II, ambos de ele v a d a e s t a t u r a f í s i c a e m o ral, pode ser aplicada a frase
m e m o r á v e l d e S h a ke s p e a r e :
“Cada polegada de sua estatura daria para um homem”.
H av i a n o b r e z a , d e f a t o e d e
direito, no por te de Mandela.
O b v i a m e n t e , a m a i s i m p o rtante é aquela que vem da
alma, sem desmerecer os que
a têm por razões de família e
que sabem se por tar à altura
de seu legado. Mandela tinha
as duas. Príncipe, poderia ter
se tornado rei de sua etnia,
m a s p r e fe r i u i r à l u t a n a d e fe s a d a d i g n i d a d e d e t o d o o
povo negro de toda a África
do Sul. Nos quase 30 anos
em que esteve preso, jamais
se deixou tomar pela amargura e pelo ressentimento. Leu
muito, estudou muito e, como
ele mesmo afirmou, se burilou. Por anos a fio, em função
de sua condenação absurda à
prisão perpétua e a trabalhos
fo r ç a d o s , q u e b r o u p e d r a s s e m
s e d e i x a r j a m a i s q u e b r a r. O l h av a s e u s c a r c e r e i r o s o l h o n o
olho com a altivez redobrada
de príncipe que combate o
bom combate. Os brancos, do
andar de cima e do de baixo,
v i s l u m b r av a m d i a n t e d e l e a
a u r a d e u m s e r h u m a n o d i fe rente, mais livre dentro da cela
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d o q u e e l e s d o l a d o d e fo r a .
Em um dos filmes sobre sua vida e de seus
companheiros de prisão, tem
uma cena memorável em que
e l e c i t a I nv i c t u s , u m
belo
p o e m a d e W i l l i a m E . H e n l e y,
cujos versos finais retratam
sua filosofia de vida: “Eu
sou o mestre do meu destino
/ Eu sou o capitão de minha
alma.” Movido por tamanha
determinação, ele se tornou
uma figura lendária que granjeou o respeito e o apoio da
comunidade
internacional.
A África do Sul sofreu boicote econômico de diversos
p a í s e s e fo i a o s p o u c o s p e rdendo suas bases de sustentação. Até mesmo a poderosa
De Beers, maior fabricante de
diamantes do mundo, adotou
políticas de integração que
não seguia a car tilha do gov erno branco racista. O isolamento internacional da África
do Sul e a crescente resistênc i a d a p o p u l a ç ã o n e g r a t o rnaram inevitável a liber tação
de Mandela.
Livre das grades da prisão,
sua
primeira
atitude
fo i
t o m a r u m c a fe z i n h o c o m s e u
carcereiro que, a essa altura,
j á s e t o r n a r a s e u a d m i r a d o r.
N a q u e l e m o m e n t o , e l e e s t av a
pondo em prática uma de suas
diretrizes humanitárias. Segundo ele, “O perdão liber ta
a alma. Por isso é uma arma
tão poderosa”. Como primeiro
presidente negro de seu país
eleito
democratica-mente,
deu duas provas de maturidade política aliada a um profundo senso prático para não
paralisar a máquina administ r av a s u l - a f r i c a n a .
A p r i m e i r a fo i c o m o s f u n cionários brancos que trabalh av a m n o g a b i n e t e p r e s i d e n c i a l d e Fr e d e r i k W. d e K l e r k ,
seu antecessor branco, que
j á e s t av a m a r r u m a n d o s u a s
g av e t a s , a o v ê - l o c h e g a r, n a
cer teza de que seriam dispensados e substituídos por negros. Reuniu-os, dizendo-lhes
que, se quisessem ir embora,
poderiam fazê-lo, mas que a
contribuição deles seria bem
vinda na construção de um
país multirracial se optassem
por permanecer em suas funç õ e s . A s e g u n d a fo i u m a c a r t a
dele autorizando a incorporação à sua guarda pessoal
de um grupo de seguranças
b r a n c o s q u e h av i a m s e r v i d o
à de Klerk. “Mas esses caras
a t i r av a m n a g e n t e n a s r u a s ! ” ,
r e a g i u o c h e fe n e g r o d a r e fe r i da guarda. A resposta de Mand e l a fo i q u e e r a p r e c i s o c o n solidar um novo país de todos,
não só de negros ou apenas
de brancos.
Curiosamente, seu número
de prisioneiro era 46664.
Começa e termina como um
4, numeral cujo significado é,
sintomaticamente, muita energia, estabilidade, sentimento de comunidade e apego à
casa e à família. No meio de
sua vida em números, está
o 666, que é considerado o
símbolo da besta na Bíblia,
personificada pela política
racista que tanto mal causou
ao seu país. Justamente ele,
que dissera “Eu lutei contra
a dominação branca e lutei
contra a dominação negra”
diante do tribunal que o condenou à prisão perpétua em
1964. A África do Sul hoje não
é um mar de rosas, mas tamb é m n ã o s e t r a n s fo r m o u n u m
oceano vermelho de sangue,
como aconteceu com outros
países africanos após a indep e n d ê n c i a . D i z e r- s e c r i s t ã o é
f á c i l , d i f í c i l é p ô r- s e à p r o v a
e s ê - l o a o p é d a l e t r a c o m fe z
N e l s o n M a n d e l a . E s t e fo i o
seu legado.
Artigo
08
FORMATURAS
MESQUINHAS
Renzo Sansoni
Médico em Uberlândia
A verdade é que, repetin do
o l ug a r-comum , n ã o se fa z
m a i s form atur as como a n tiga m en te. O que esta mos forma n d o? Quem es tam os forma n do?
C om o d eve ser uma forma tura ?
O grotesco e o r i dículo fa zem
a d upla que ar r eba ta os form a ndos e seus amigos. 6 a n os
n a Faculdade não fa zem por
m erec er o b r ilh o, a ga la e o
gl a m o ur.
S en s o es tético? Nem pen sa r.
Tri s te constataçã o; ma s foi o
que s e viu, r ecen temen te, em
fo rm atur a de m édicos de uma
gr ande e p romissora Un ivers i da de Feder al. Isso mesmo.
Form atur a de m édicos. Ou de
c h arl atães ?
O u de inimig os d a socieda de
Mas s e ap lica, ta mbém, pa ra
a s demais p rof is s ões. Sem n en h um falso p urita n ismo, n em
c a ro l i ce e, menos a in da , sa ud os i s mo p ieg as, a multidã o de
par en tes es p er ava uma pompa
e um momento ímpa r n a v ida
d aqu el es jovens que estava m
rec ebendo o dip loma .
Foram anos e anos em que os
pai s , avôs e b isav ôs dera m
m ui to de si na torcida legítima
par a o jovem, que a den trou ,
i n oc en te e imb er be, n os ca min h o s di f íceis e sóbrios de uma
fa cul dade de m edicin a .
E s o nh ar am coroa r a a n gústi a da es p er a com o júbilo e a
s at i s fa ção no sor riso, sin a liza d or es de um tr iunfo muito bem
c on qui stado.
C om o es tam os no Bra sil, a fu z a rca j á co meçou pelo horá rio
i n s cri to no convite e o horá rio
rea l de i n i c i o dos t r ab al h os ,
deix a n do mui tos i d os os c om
a s cost as e n adegas d ol or i das
pelo reumat i s mo, n a l on ga es pera . 1 h or a e mei a d e at r as o!
A en tra d a d os for man dos parecia com as fan farron adas d os
progra m as d e c al ouros d a te l ev isã o: c or n et as , es tou ro d e
ba lões, gr i tos e ui vos d a gal er a
e a ssovi os s el vage n s , d e quem
en tra n um s h ow d e roc k pes ado. Vigar i s t as ? C h ar l at ãe s ? Desa justa d os ? Rob ôs ? P i c ar et as ?
Ma rion etes ?
O momen to c ar i mb ad or d a
pouca vergon h a, e da b ai x aria fen omen al , foi quan d o, ao
a n un cia r o n ome de um d os forma n dos, s eus ami gos l evan t ara m uma en or me fai x a par a s er
v ista por tod os os pr es en tes .
Na fa ix a o des en h o, em t aman ho giga n te, d o or gão s ex ual
mas c ul i n o.
Um pên i s t remul a n do e a ss omb ran d o. Foi a m a n ei r a que
es tes pob re s c oi t ado s, n a fa l t a
d e i n tel i gên c i a, i m a g i n a ç ã o e
d e r es pei to, en c on t r a r a m p a r a
h omen agear o fut uro do utor.
E es t a fai x a foi man t i da em f re n es i or gi ás t i c o d ura n te tod a a
c er i mon i a, para ent r eten i m en to/c on s t r an gi men to forçado dos
pais, esposas, namoradas, noivas
e crianças; sem direito à rubor e
nem furor.
Uma cena e uma perversão dignas
das melhores revistas pornográficas. O pênis gigante fez a festa e o
embalo para esta garotada que entra, doravante, em cena para servir a sociedade brasileira, como os
seguidores de Hipócrates.
E não houve, da parte organizadora da cerimonia e nem dos for-
mandos,
quem tivesse o topete de esconder
a faixa da mediocridade, para minorar a vergonha e o desencanto
dos que queriam ver uma solenidade bonita e inesquecível. A
cerimônia deveria ser suspensa
naquele momento.
O que deveria ser uma excelente
ocasião para se reafirmar os melhores valores da alma e do espírito, submergiu na lama de uma formatura sem luz, rasa e sem extase.
Formatura é momento impar, evanescente, sup e ri or, t r a n sc en d en t a l , m á g i c o, a l t i sson a n te,
r el i g i o so , esp i r i t ua l , qua se sobr ehum a n o.
C om o a tel evi sã o fez fa l t a p a r a
m ost ra r, a o vi vo, c om o a i n sa n i d a d e d a m oç a d a c or romp eu,
a n i qui l ou, m a i s um a for m a t ur a
d e un i ver si t á r i os n o B r a si l !
Artigo
09
O método para não
entender nada
Olavo de Carvalho
Publicado em midiasemmascara.org
R i ch a rd Ro r ty d iz que, n ã o
h aven d o nenh uma verda de a
s er en contr ada acima da s divergên cias de op iniã o, a f iloso f i a s e r eduz a um puro divert i m en to, no qual, em vez de
p rocurar sab er s e ta l ou qua l
f i l ós ofo tinh a r azã o, você deve
ten t a r ap enas “pen sa r como
el e” , como quem a ssiste a um
dra m a – ou o escreve -- e se
i den t i f ica com os pon tos de
vi s t a do s vár ios per son a gen s
s em c h e g ar a con clusã o n en h um a. Ele ia até ma is lon ge e
af i rm ava que a m esma tolerâ n ci a e a b s tinência de julga men to dever ia s er pra tica da com
os g randes ag en tes históricos , não h avendo ra z ã o n en h um a p ar a que algum escritor
não p roduza uma biogra f ia de
H i t l er desde o p on to de v ista do
p r óp ri o H itler, r epresen ta n do
m en t a lmente e sen tin do, sem
j ul g á - l o, o ódio an ti-semita que
o m ov ia.
O p r i m eiro dess es con selhos é
um b o m método pa ra começa r
a es t udar f ilos of ia , ma s n ã o
cons t i t ui um a f ilosof ia de ma nei ra alg um a, assim como o
s egun d o é um b om meio de in ici ar uma investiga çã o histórica, m as não de con cluí-la .
É evi dente que, qua n do você
es t uda as doutrin a s de um
f i l ós ofo,
deve
a bsor v ê-la s
com o se fos s em as sua s próprias a ntes de p ode r julgá -la s. Se
vo cê salta ess a eta pa , a s idéi as d el e p er m anecem um corpo
es t r anh o e ao jul gá -la s desde
fo r a você não as a tin ge, a pen a s de s liza sob re ela s. Ma s,
s e, a p ó s ter feito um esforço
p ar a p ensar como se fosse
D esca r tes ou N i et zs c h e voc ê
n ã o é c apaz d e vol t ar a s er
você mes mo e j ul gá- l os d es d e
o seu pr ópr i o pon to de v i s t a,
f ica ta m b ém i mpos s í vel j ul gar
D esca r tes d es d e o pon to d e
v ista de N i et zs c h e, ou v i c e- versa , isto é, tod a c ompar aç ão s e
revela i nv i áve l e a f i l os of i a s e
reduz a uma c ol eç ão de d i s c ursos separ ados e i n c on exos , um
diá logo e n t r e quem n ão ouve e
quem n ão fal a.
Em segun d o l ugar, par a “ pen sa r com o” ful an o ou b el t r an o,
você prec i s a s ab er o qu e el es
sa bem. Mas s er á pos s í vel e
n ecessár i o, t amb ém, i gn or ar
o que el es i gn or am? Por exemplo, a lgo que s e d es c ob r i u de pois que el es morr er am, e do
qua l voc ê es t á b em i n formad o.
Se o m apa d a s ua i gn or ân c i a
n ã o coi n c i d e ex at amen te c om
o de um out ro i n di v í d uo, voc ê
ja ma is pod er á pen s ar ex at amen te c omo el e. Voc ê pod e, é
cla ro, f i n gi r que i gn or a o que
ele ign or a, mas es s e f i n gi men to é a l go que n ão es t ava n o
pen sa m en to d el e e que voc ê
está in t rod uzi n do n el e d es d e
fora . S e, ao c on t r ár i o, voc ê
rea lmente i gn or a o que el e i gn ora , en t ão n ão é da i gn or ân cia dele que s e t rat a, e s i m d a
sua própr i a, que s ó por ac as o
coin cid e c om a del e. E é l ouc u ra ima g i n ar qu e a c oi n c i d ên c i a
for tuita d e d uas i gn or ân c i as
seja um b om métod o para c ompreen der o que qu er que s ej a.
Chega a s er i n ac r ed i t ável que
um f ilós ofo d e gr an de repu ta çã o c omo o prof. Ror t y n ão
percebes s e, d e i medi ato, a
complet a i nv i ab i l i d ad e d o mé todo que s uger i a.
O que c ab e fazer em f i l os of i a,
o que no fun do todo es t ud an te
ac ab a fazen d o s em n em m esm o
ter a i n ten ç ão c l ara de fa z ê- l o,
é ten t ar pen s ar c om o o f i l ósofo
que voc ê es t á es t ud a n do e d e poi s , c on fron t an d o o que el e
s ab i a c om o que vo c ê sa be,
c r i ar a s ua própr i a op i n i ã o sob r e as opi n i ões del e. ( É c l a ro
que ex i s tem maus est ud a n tes
- - mui tos d el es , dec er to, p ro fes s or es - - que j á c r i a m a sua
pr ópri a opi n i ão a r esp ei to a n tes d e d ei x ar o f i l ósofo ter m i n ar de fal ar, e al guns a t é a n tes
d e que el e c omec e a fa l a r. M a s
“ n on raggi on am d a l o r” . )
Q uan to
aos
p er son a g en s
h i s t ór i c os , é c l aro que devem
t amb ém s er es t ud a d os d esde
s uas pr ópr i as i n ten ç ões e va l or es , “ s i n e i r a et s t ud i o” , m a s
é i mpos s í vel fazê- l o sem l eva r
em c on t a que c omp et i a m c om
as i n ten ç ões e val or es d e out ros per s on agen s e que t a n to
as i n ten ç ões e val or es d e un s
quan to as d os out ros se r ec ort avam s ob r e um hor i z on te de
c on s c i ên c i a (e d e i n c on sc i ên c i a ) qu e n ã o é o d o h i s t o r i a dor que os está estudando.
Este, por tanto, nada compreenderá do drama histórico se, desde os dados à sua
disposição, não puder disting u i r, e n t r e o s p e r s o n a g e n s
históricos, quais viam a situação mais apropriadamente
que os outros. Posso, por exemplo, tentar me colocar no
lugar de Hitler e “sentir” imaginariamente o ódio que ele
sentia aos judeus, desde as
razões que ele se apresentava para tanto. Mas devo lev ar essa tolerância relativista
ao ponto de ter de ignorar o
que ele ignorava? Devo fazer
de conta que não sei que ele
acusava os judeus de crimes
que eles não haviam cometido e enxergava neles defeitos de constituição cerebral
que eles não têm de maneira alguma? Posso até fingir
isso, mas aí já não estarei
pensando como Hitler e sim
como um dramaturgo que inventa um personagem chamado “Hitler” sem ter em conta o Hitler da História. Pior
ainda, se após mergulhar no
horizonte de consciência de
Hitler não saio fora dele para
julgá-lo de cima, como posso
distinguir se Hitler acreditava mesmo naquelas coisas
ou apenas as fingia, por sua
vez, para tirar delas proveito
político?
Ta n t o e m f i l o s o f i a q u a n t o e m
historiografia, o método do
prof. Ror ty só pode levar a
um resultado: uma confusão
dos diabos. Não espanta que,
havendo-o praticado por anos
a fio, ele próprio chegasse a
concluir que nenhum problema tem solução e que a única coisa que o filósofo tem a
fazer é entregar-se ao divertido empreendimento de não
entender nada.
Muito menos espanta que um
seu discípulo local, um tipo
folclórico que se denomina
“o filósofo da cidade de São
Paulo” – como se não tivessem sido da capital paulista
os maiores filósofos que o
B r a s i l j á t eve, M á r i o Fer r ei r a
d os S a n tos, M i g uel Rea l e, Vi c en te Fer rei r a d a S i l va e Vi l ém
F l usser - - , a p ós ter a bsor vi d o
a s i déi a s do m est r e, a c a ba sse
a c r ed i t a n do que a p ed of i l i a é
um a c oi sa bo a e que, hi stor i c a m en te, a p r á t i c a g en er a l i z a da
d o c oi to a n a l a n tec ede u a d o
c oi to va g i n a l . . .
10
As mais belas declarações de parceria eterna, não seriam o suficiente para reconhecer o quão importante você é para o Instituto Brasil Imperial. Nossa cumplicidade monárquica
vai se tornando forte, e como Presidente do IBI me sinto comovido a homenagear os/as Confrades aniversariantes do mês. Feliz aniversário! E que você seja muito, muito feliz!
DEZEMBRO
Agustinho Macedo
Alex Sandro de Oliveira
Álvaro José de Almeida Neto
Bruno Cezar Pereira Soares
Carlos Henrique Mello
Douglas Ferreira Costino
Dr. Celso Amodio Mantovani
Edson Murilo Prazeres
Fernando Tavella
Flávio Lopes Coutinho
Francisco Tomasco de Albuquerque
Gastão Reis Rodrigues Pereira
Gilmar de Macedo
Guilherme França Prieto
Higor Porto Rodrigues
Hudson Alvarenga
Jaqueline Testoni
Jefferson Afonso Milatias
Jordan Wigor Sousa Palácio
Jorge Alves de Farias
Jorge Cely Ferreira Ribas
José Armando Silva
Kelton De Oliveira Monteiro
Luiz Antonio Vital Teixeira
Luiz Antonio Lontra
Marco Aurélio Barcelos Valente
Maria Aparecida Almeida Dias de Souza
Matheus Pereira Gonçalves
Miguel Saliby Neto
Nelson Gonçalves
Paulo Clemente
Reginaldo Pereira Duque
Rui Telmo Fontoura Ferreira
Samuel Caputo de Castro
Thiago Fernandes Costa
Thiago Henrique Avelino Cruz
Tito Barros Leal de Pontes Medeiros
Wilza Silveira
Winker Joffre French Turon Poubel
JANEIRO
Almir Gomes
Ana Bela Resende
28
23
16
1
20
31
27
5
12
10
25
8
15
29
28
11
23
16
12
29
30
7
31
6
17
16
8
23
28
3
5
14
21
20
2
12
2
20
25
Arcoverde - PE
Mauá - SP
Belém - PA
Brasília - DF
Ribeirão Claro - PR
Itapuranga - GO
São Bernardo do Campo - SP
São José - SC
São Paulo - SP
São Paulo - SP
Niterói - RJ
Petrópolis - RJ
Campo Bom - RS
Santos - SP
Campos dos Goytacazes - RJ
Rio de Janeiro - RJ
Brusque - SC
Santo André - SP
São Luis - MA
São Paulo - SP
Curitiba - PR
São Luis - MA
Fortaleza - CE
Juiz de Fora - MG
Cordeiro - RJ - RJ
Rio de Janeiro - RJ
Sorocaba - SP
Campos dos Goytacazes - RJ
São Paulo - SP
São José do Rio Preto - SP
Brasília - DF
Guaxupé - MG
Santa Maria - RS
Uberlândia - MG
Guarulhos - SP
Belo Horizonte - MG
Fortaleza - CE
Praia Grande - SP
Niterói - RJ
10
15
Barra de Santo Antonio - AL
Rio de Janeiro - RJ
Anderson Aurelio dos Santos
9
Bruno Simões da Silva
2
Camilo Augusato de Lelis Neto
17
Carlos Rogério de Brito
15
Daniel da Rocha Simões
15
Diego Albuquerque Ribeiro Pimentel
18
Douglas Bispo Peixoto
27
Edilamar Maria
6
Ermidio Ferreira de Melo Neto Ferreira
15
Felipe Martins de Lima
15
Felipe William Rodrigues Silva
7
Fernando Chiarelli
21
Fernando Antonio Saraiva de Souza
25
Fernando Antonio Pereira Simoes
18
Fernando Henrique Vital
1
Grover Ronald Pardo Holzwarth
16
Hélder Targino Pereira
5
Israel Azevedo Oliveira de Carvalho
19
Jackson Benete Ferreira
13
João da Silva Santos
1
João Gabriel Guimaraes Ribeiro
7
João Paulo Mesquita
15
José Monteiro Pessoa Neto
17
José Luiz Ribeiro da Silva
9
Josué da Silva Brito
6
Junio Afonso Menegussi
1
Luis Paulo Salvador Rosa
15
Luiz André Maciel Marques
19
Luiz Claudio de Souza
9
Luiz Fernando Costa Oliveira
16
Marcelo Stori Guerra
18
Marcio Etiene Nogueira Almendros de Oliveira
Marco Antonio Portella de Macêdo
17
Marcos Antonio Oliveira Campos
21
Michel Teles Egito
6
Paulo Oliveira Sousa
11
Paulo Fideles
27
Paulo Santos
10
Paulo Rene Lessa da Rosa
6
Paulo Roberto Costa Franco
6
Paulo Roberto da Silva
22
Rosinete Sousa Rodrigues
13
Sérgio Luiz Ferreira de Abreu
18
Victor Hugo Vasquez da Silva
8
Vinicius Feitosa
10
Monarquista, anuncie o seu
produto ou serviço neste espaço
Votorantim-SP
São Paulo - SP
Coração de Jesus
Araputanga - MT
São Paulo - SP
Maceio - AL
Rio de Janeiro - RJ
Guarulhos - SP
Maceió - AL
Brasilia - DF
Ribeirão Preto - SP
RIBEIRÃO PRETO - SP
Fortaleza - CE
Ilhéus - BA
Uberlandia - MG
Sao Miguel do Oeste - SC
Salvador - BA
Caçapava - SP
Rio De Janeiro - RJ
São Paulo - SP
Brasilia - DF
Caucaia - CE
Manaus - AM
Curitiba - PR
Paracatu - MG
Mimoso do Sul - ES
São Vicente - SP
Belo Horizonte - MG
Rio de Jjaneiro - RJ
São Paulo - SP
São Paulo - SP
22
Manaus - AM
Manaus - AM
São Paulo - SP
Goiânia - GO
Avaré - SP
Salto de Pirapora - SP
Belgica - Europa
Piratini - RS
Campos dos Goytacazes - RJ
Joinville - SC
Brejo - MA
Fortaleza - CE
São Paulo - SP
Nova Iguaçu - RJ
11
Notícia
Coleção de fotografias do
Museu Imperial é reconhecida
como patrimônio nacional
Museu Imperial
N a ú l t i m a s e x t a - fe i r a , 2 9 ,
o Museu Imperial/Ibram recebeu seu quinto Registro
do Programa Memória do
Mundo, da Organização das
Nações Unidaspara a Educação, a Ciência e a Cultura
( U n e s c o ) . O p r ê m i o fo i c o n c e dido à “Coleção Sanson”, que
r e ú n e 1 . 374 fo t o g r a f i a s e s t e reoscópicas de vidro do início
do século XX (entre 1900 e
1 9 3 0 ) , d e a u t o r i a d o fo t ó g r a fo
amador Octávio Mendes de Oliveira Castro.
A c o l e ç ã o fo i d o a d a a o M u seu Imperial pelo casal Luiz
Alber to de Sanson e Maria
L ú c i a D av i d d e S a n s o n , d e s c e n d e n t e s d o fo t ó g r a fo , e m
2005 e 2009. Além dos positivos em vidro, o Museu recebeu também um caderno
manuscrito de Oliveira Castro com o índice das imagens
produzidas. Identificado como
“Coleção Sanson”, o conjunto
recebeu tratamento técnico,
sendo catalogado, digitalizado e disponibilizado parcialmente no por tal da instituição. Desde então, passou a
ser considerado por pesquisadores como um dos mais significativos registros iconográficos do Arquivo Histórico do
Museu Imperial.
Imagens da vida doméstica e
privada de uma família aristocrática, com seus passeios,
viagens e eventos sociais,
juntam-se aos registros de
impor tantes eventos ocorridos no Rio de Janeiro, como a
grande exposição nacional de
1908 e a exposição internaci o n a l d e 1 9 2 2 , e d e t r a n s fo r-
mações econômicas, como a
construção de praças, edifícios e abertura de estradas de
fe r r o e d e r o d a g e m e m d i fe re n t e s p a r t e s d a fe d e r a ç ã o .
Como resultado, a “Coleção
Sanson” documenta a natureza exuberante do país e o
d e s e nv o l v i m e n t o a r q u i t e t ô n i co, urbanístico e paisagístico
de diversas cidades do Brasil
e do exterior sob o olhar sen-
s í v e l d e u m a p a i x o n a d o fo t ó g r a fo a m a d o r.
Octávio Mendes de Oliveira
Castro era filho do barão de
Oliveira Castro, industrial e
figura proeminente do Império do Brasil, e genro do ren o m a d o e n g e n h e i r o J o ã o Te i x eira Soares, responsável por
inúmeras construções de est r a d a s d e fe r r o . O fo t ó g r a fo
teve o privilégio de obser var
e documentar as realizações
de seu sogro, bem como as
propriedades da família com
s u a s e d i f i c a ç õ e s , fe s t e j o s ,
empregados e animais; as viagens no Brasil e no exterior;
os eventos cívicos, políticos e
r e l i g i o s o s ; o d e s e nv o l v i m e n t o
urbano e, principalmente, a
vida social com seus hábitos
e costumes no início do século XX.
12
A “Coleção Sanson” é constituída de chapas estereoscópicas de vidro do sist e m a Ve r a s c o p e , q u e e r a u m
sistema padronizado que int e g r av a o f i l m e e m c h a p a d e
vidro, a câmera e o visor estereoscópico, lançado em Paris,
em 1893, pela Maison Richard. As chapas estereoscópicas têm um valor excepcional
pelo pioneirismo técnico que
possibilitou a popularização
d a fo t o g r a f i a n o B r a s i l e n o
mundo, tornando-se um objeto de pesquisa.
Na estereoscopia, a mesma
cena
era
registrada
duas
vezes, com pequena variação
de posicionamento, de modo
que, ao inserir o positivo de
vidro com a imagem dupla em
um aparelho chamado estereoscópio, o espectador a visualiza em três dimensões (3D).
No Museu Imperial, os pesquisadores podem ter acesso
aos documentos no Arquivo
Histórico. As consultas devem
ser agendadas com, no mínimo, dois dias de antecedência
pelo e-mail mimp.arq.historic o @ m u s e u s . g o v. b r
ou
pelos
t e l e fo n e s ( 24 ) 2 2 3 3 - 0 3 27 e
2 2 3 3 - 0 31 5 . P a r t e d a c o l e ç ã o
também pode ser consultad a n o s i t e w w w. m u s e u i m p e r i a l . g o v. b r, n o l i n k d o P r o j e t o
DAMI (Digitalização do Acer vo
do Museu Imperial).
Programa Memória do Mundo
O Programa Memória do Mundo
fo i
criado
pela
Unesco,
em 1992, devido à consciência crescente do lamentável
estado
de
conser vação
do
patrimônio documental e do
d e f i c i e n t e a c e s s o e m d i fe rentes par tes do mundo. O objetivo é dar maior visibilidade
a esses documentos e desper tar a consciência coletiva
sobre a impor tância de sua
preser vação.
O programa é composto por
três
registros
regional
e
–
nacional,
internacional
–,
concedidos de acordo com a
abrangência
da
impor tância
d a d o c u m e n t a ç ã o . To d o s o s
registros
são
equivalentes,
para documentos, ao título de
Patrimônio, que é concedido
pela Unesco a monumentos
arquitetônicos.
E é a primeira vez que uma
instituição brasileira é agraciada
com
registros
nas
t r ê s d i m e n s õ e s d o P ro g r a m a
Memória do Mundo da UNESCO
em um mesmo ano:
“Coleção
S a n s o n ” , n o Re g i s t ro N a c i o n a l ;
“A G u e r r a d a Tr í p l i c e A l i a n ç a :
representações iconográficas
e c a r to g r á f i c a s ” , n o Re g i s t ro
Re g i o n a l ( A m é r i c a L a t i n a e
Caribe), em uma candidatura
c o n j u n t a c o m m a i s o i to i n s t i t u i ç õ e s ; e o “ C o n j u n to d o c u m e n t a l r e l a t i vo à s v i a g e n s d o i m p e r a d o r d . Pe d ro I I p e l o B r a s i l
e p e l o m u n d o ” , n o Re g i s t ro
I n te r n a c i o n a l , e q u i v a l e n t e a o
prêmio de Patrimônio da Humanidade.
13
www.brasilimperial.org.br