sumário - Instituto Espaço Saúde

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sumário - Instituto Espaço Saúde
INFORMATIVO VOLUME 11 EDIÇÃO 04 – 14 DE OUTUBRO DE 2012
E S P A Ç O S A Ú D Efoi
SUMÁRIO
O
criado para congregar
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diversas instituições que possuem como missão a melhoria da qualidade
PROJETO SEMEAR
NOVOS RUMOS NA
PREVENÇÃO
de vida de seus assistidos e da comunidade em torno. O conceito é unir
forças e somar ações com a finalidade de proporcionar melhor
atendimento e acesso aos assistidos.
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Na busca por congregar opiniões diferenciadas e vivências em
FIQUE DE OLHO NA
AGENDA E MURAL
INFORMATIVO DO ESPAÇO
SAÚDE
políticas publicas de saúde e sociais diversificadas, o Espaço Saúde é
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crescimento institucional das associações envolvidas e também dos
uma experiência inovadora que vai além da soma de recursos humanos
e financeiros, mas sim da união de visões e ideologias que possibilitam o
assistidos individualmente e coletivamente por elas.
VACINA CONTRA CÂNCER
CERVICAL TEM
RESULTADOS INICIAIS
POSITIVOS
A ideia de criar o Espaço Saúde partiu da necessidade crescente
das associações em melhorar e ampliar as suas ações, em relação às
necessidades e conjunturas sociais de seus assistidos. Necessidade
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cada vez mais frequente no contexto neoliberal em que a sociedade
CARTILHA EM LÍNGUA
TIKUNA CONSCIENTIZA
INDÍGENAS SOBRE
PREVENÇÃO DE DSTs E
DIREITOS DA MULHER
brasileira e mundial está inserida.
Hoje participam do Espaço Saúde as seguintes associações:
Associação de Apoio aos Portadores de GIST, TNE E Tumores Raros –
AGIST;
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Associação Pró Falcêmicos – APROFE;
Associação de Apoio aos Portadores de Psoríase do Estado de São
ROBÔ AJUDARÁ
PACIENTES DE
FISIOTERAPIA
Paulo – AAPP;
Associação Brasileira SUPERANDO O LÚPUS;
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NOVA UTI DO SÍRIO –
LIBANÊS EM SP
ATENDERÁ TAMBÉM O
SUS
Novo modelo
Grupo de Pacientes Artríticos de São Paulo - GRUPASP;
Grupo Renascer de Incentivo à Vida – GRIV;
Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/AIDS – Espaço Girassol;
de perícia do
INSS
terá consulta
popular
Rede
Nacional
de Pessoas
Vivendo com HIV/AIDS – RNP+ Estado de
Paulo.
PAG.
08 "Essa foi uma exigênciaSão
técnica.
da Comissão
NOBEL DE MEDICINA VAI
PARA REVERSIBILIDADE
DAS CÉLULAS TRONCO
VENHA NOS CONHECER
E SEJA UM DE NOSSOS VOLUNTÁRIOS.
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INFORMATIVO VOLUME 11 EDIÇÃO 04 – 14 DE OUTUBRO DE 2012
PROJETO SEMEAR
NOVOS RUMOS NA
PREVENÇÃO
As primeiras sementes foram
plantadas durante treinamento no
Hotel Gran Roca, em Atibaia.
Por Higia Faetusa
O Grupo de Incentivo à Vida – GRIV, membro do
Espaço Saúde, representado legalmente por Maria
de Fátima dos Santos, iniciou neste feriado, entre os
dias 12 e 14 de outubro de 2012, o Projeto Semear,
Termo de Convênio nº 52/12 firmado com a
Prefeitura de Mauá e a Secretaria Municipal de
Saúde de Mauá.
O Projeto Semear fará parte das Campanhas de
Comunicação e Saúde para estímulo à Prevenção e
ao
diagnóstico
de
doenças
sexualmente
transmissíveis, HIV/AIDS e Hepatites Virais,
realizadas em 2012/2013, conforme ações e metas
descritas na Programação Anual de Metas, a PAM
em DST/AIDS.
O Projeto Semear tem como objetivo principal
trabalhar junto à comunidade a prevenção e a
educação em saúde, orientando ao sexo seguro os
adolescentes em fase escolar, homens, mulheres,
às populações vulneráveis, como os profissionais do
sexo, homens que fazem sexo com outros homens
(HSH), bissexuais, travestis, transexuais, gays e
lésbicas.
Neste primeiro encontro de treinamento, Elisa
Helena de Sousa Amorim, Coordenadora Municipal
em DST/AIDS e Hepatites Virais e Diretora do
Departamento de Prevenção e Assistência a
DST/AIDS e Hepatites Virais da Coordenadoria de
Vigilância à Saúde da SMS/Mauá, apresentou o
quadro epidemiológico do município de Mauá, e
contou com a experiência de Guaraciaba Oliveira
Pinto, Chefe de seção da Gestão
do Cuidado – Departamento de
Atenção Básica e Gestão do
Cuidado – São Bernardo do
Campo, Jean Carlos de Oliveira
Dantas, Diretor do Núcleo de
Articulação com as Organizações
da Sociedade Civil do Centro de
Referência e Treinamento em
DST/AIDS e José Marcos de
Oliveira, Conselheiro Nacional de
Saúde e Integrante da Rede
Nacional de Pessoas Vivendo com
HIV/AIDS, para auxiliarem os
agentes
de
prevenção
e
coordenadores de projeto na
abordagem do tema à população, tanto do setor
social e da educação, quanto ao público LGBTT e
profissionais do sexo.
Pode-se dizer que as primeiras sementes do Projeto
Semear foram plantadas durante o treinamento,
ocorrido em Atibaia. A conscientização da
prevenção, seguida pela estratégia de ação
construída pelos grupos de trabalho, apresentou
itens importantes, que esbarraram desde a
burocracia organizacional das instituições de ensino
e seus cronogramas de capacitação de funcionários
até a forma de abordagens dos públicos em
vulnerabilidade. Outro aspecto discutido e incluso, já
no próprio projeto, foi o geomapeamento das áreas
de ação preventiva e de como executá-las.
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Aproveitar a situação;
Passar confiança;
Acreditar na proposta;
Enfrentar empecilhos;
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INFORMATIVO VOLUME 11 EDIÇÃO 04 – 14 DE OUTUBRO DE 2012

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


Hierarquizar as abordagens, ou seja,
identificar os chefes dos pontos a serem
trabalhados (casas noturnas, prostíbulos, ou
mesmo, enquanto nas escolas, diretores e
coordenadores);
Esquecer os preconceitos;
Ter segurança no desempenho;
Não desistir da proposta;
Recomeçar se for preciso.
FIQUE DE OLHO NA AGENDA
E MURAL INFORMATIVO DO
ESPAÇO SAÚDE
http://www.espacosaude.org.br/site/agenda
http://www.espacosaude.org.br/site/mural
Programação do Dia Mundial e
Nacional da Psoríase – AAPP
Dia 24 de Outubro Programa Espaço Saúde em
Foco, Tema Dia Mundial da Psoríase na UPTV das
19h às 20h50, com a participação do internauta.
Assista ao vivo: www.uptv.com.br
Dia 25 e 26 de Outubro - Espaço Cultural da
CPTM Brás, das 9h às 16h - Distribuição de Folders
sobre a Psoríase e Camisetas.
As discussões passaram de Educação Sexual e o
conhecimento dos tipos de prazeres sexuais
praticados pela sociedade, sem pudores de ideias,
para a certeza de que o agente de prevenção é uma
das pessoas mais importantes na relação
comunidade x departamento de saúde. Pois, será
através dele que germinará a atenção e
conscientização dos perigos de um contágio de
DST/HIV/AIDS e Hepatites Virais, principalmente
entre os grupos mais expostos e reconhecidamente
vulneráveis.
Dia 29 de Outubro - Dia Mundial da PsoríaseTenda no Pátio do Colégio, Centro - São Paulo
com atendimento à população por médicos
dermatologistas, encaminhamentos e distribuição de
Folders e camisetas.
www.diamundialdapsoriase.com.br
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VACINA CONTRA CÂNCER
CERVICAL TEM
RESULTADOS INICIAIS
POSITIVOS
A nova substância, chamada de VGX-3100, trabalha
especificamente contra os tipos 16 e 18 do vírus.
Ela introduz um pedaço de DNA responsável pela
produção de um tipo específico de proteína nas
células dos pacientes. Esta produz outra proteína
que comanda as células CD8+ T, do sistema
imunológico, a atacar o HPV.
"Existem mais de 100 genótipos de HPV, destes os
tipos 16 e 18 são responsáveis por 75% dos casos
de câncer cervical, o que faz destes subtipos o foco
para o desenvolvimento de vacinas e potenciais
tratamentos", diz o artigo.
Pesquisadores dos Estados Unidos anunciaram
nesta semana que testes de uma vacina terapêutica
contra câncer cervical (do colo do útero) e lesões
pré-cancerosas (que dão origem à doença) tiveram
resultados positivos. Os cientistas apresentam o
estudo em artigo na Science Translational Medicine,
da Associação Americana para o Avanço da Ciência
(AAAS, na sigla em inglês).
A VGX-3100 foi testada em 18 mulheres que já
haviam passado por tratamento contra lesões précancerosas. As pacientes receberam através de
eletroporação - um pequeno estímulo elétrico que
acompanha a injeção. Os cientistas observaram que
a eletroporação induzia a uma resposta imunológica
mais robusta contra o HPV. Além disso, os efeitos
colaterais observados, em comparação aos testes
de outras vacinas com DNA, foram considerados
leves.
"O câncer cervical é a forma mais comum de câncer
entre mulheres em países em desenvolvimento e a
segunda em todo o mundo, com 493 mil novos
casos e 274 mil mortes anualmente", afirmam os
autores do artigo, pesquisadores da empresa Inovio,
laboratório Lyndhurst e da Universidade da
Pensilvânia, todos nos Estados Unidos.
Esse câncer é considerado, pela Organização
Mundial da Saúde (OMS), 100% atribuível à
infecção (sendo que 99,7% dos casos são causados
pelo vírus HPV). Apesar de existirem vacinas
profiláticas (preventivas) contra as formas mais
perigosas do HPV, os autores do artigo afirmam que
elas não conseguem tratar infecções pré-existentes
e outras lesões associadas ao micro-organismo, por
isso a necessidade da pesquisa de uma vacina
terapêutica, ou seja, que combata o tumor já
existente e lesões pré-cancerosas.
"Apesar de a eficácia precisar ser testada em uma
experiência de larga escada, o aprimoramento da
resposta imunológica eliciada pela VGX-3100 pode
atacar
as
células
infectadas
pelo
HPV,
potencialmente induzindo a regressão do câncer em
indivíduos já infectados com o HPV", afirmam os
editores da revista em comentário separado.
Fonte Terra
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O aumento da contaminação com o vírus HIV nas
comunidades indígenas fez com que pela primeira
vez uma campanha de conscientização fosse
lançada na língua tikuna, idioma falado por mais de
30 mil indígenas no Amazonas. A segunda edição
da campanha “Mulheres e Direitos no Brasil”, além
da língua tikuna também está disponível em
português, inglês e espanhol e tem como foco a
violência e a prevenção ao vírus da AIDS.
Um estudo realizado pela Amazonaids - grupo
gestor que inclui representantes dos governos
federal, estadual, municipais e sociedade civil do
Amazonas, incluindo parceiros como Unicef,
Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/
Aids (Uniaids), Fundação Alfredo da Mata,
Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas e
Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV, sob
coordenação da Secretaria de Estado do
Planejamento (Seplan) e com o apoio do Governo
do Estado do Amazonas - examinou mais de 20 mil
índios dessas regiões e constatou uma taxa de
prevalência de sífilis de 2,3% e de HIV de 0,13%
nas comunidades do Alto Solimões e do Vale do
Javari.
Atualmente, o Amazonaids realiza testes rápidos de
diagnósticos de sífilis e HIV nas Unidades Básicas
de Saúde. Além disso, promove cursos para
profissionais da saúde e do serviço social nos três
municípios do Alto Solimões, Tabatinga (a 1.105
quilômetros de Manaus), Benjamin Constant (a
1.118 quilômetros) e Atalaia do Norte (a 1.138
quilômetros), e, também, oficinas de sensibilização
a adolescentes indígenas nas áreas de saúde,
cidadania e prevenção de DST e HIV, que
complementam as intervenções junto a essas
populações.
Para Adele Benzaken, médica dermatologista da
Fundação Alfredo da Matta, a cartilha facilitará a
comunicação entre os agentes e as comunidades
indígenas.
"Os povos indígenas devem ser, cada vez mais,
objeto de respeito cultural e pleno exercício do
direito à informação em seu próprio idioma.
Materiais educativos sobre HIV também têm sido
elaborados pela Unesco em outros idiomas de
povos indígenas do Alto Solimões", explicou o
representante do Unaids no Brasil, Pedro Chequer.
Outro
ponto
importante
da
campanha
é
a
valorização
dos
direitos da mulher
em situação de
violência no Brasil,
uma das causas da
contaminação pelo
vírus
HIV.
Segundo os
organizadores
da
campanha, a cada cinco minutos uma mulher é
agredida no país; a cada duas horas, uma mulher é
assassinada. Em 80% dos casos, o agressor é o
marido, companheiro ou namorado.
E a
contribuição da Lei Maria da Penha e da rede de
serviços de atendimento às mulheres tem sido de
suma importância.
O material a ser distribuído em todo o país inclui
folders e cartazes com informações sobre os tipos
de violência contra a mulher e como denunciá-las.
Os vídeos para TV e spots para rádio foram
inspirados em depoimentos reais.
A embaixadora Ana Paula Zacarias, chefe da
delegação da União Europeia no Brasil, destacou
que, desta vez, a maior preocupação foi desenhar
uma campanha que tivesse impacto local, chegando
às comunidades mais afastadas e carentes,
ressaltando os aspetos da violência contra a mulher,
como as doenças sexualmente transmissíveis.
Segundo Eleonora Menicucci, ministra da Secretaria
de Política para as Mulheres, há dois meses foram
abertas as duas primeiras delegacias dos direitos
das mulheres em áreas de fronteiras e agora, o
governo tem como meta triplicar as linhas de
fronteiras de Norte a Sul do país e transformar
essas delegacias estaduais em federais.
Agência Brasil
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Um sistema desenvolvido pelo Instituto de Ciências
Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em
São Carlos (SP), permite que um robô reproduza
gestos humanos. A pesquisa visa auxiliar pacientes
no tratamento de fisioterapia. Outra ideia é
promover uma interação com crianças do ensino
fundamental e ajudar no aprendizado de
matemática.
Os testes são feitos no robô Nao, comprado de uma
empresa francesa em 2010 por meio de recursos da
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo (Fapesp). Com o uso do Kinect, um sensor de
movimentos desenvolvido para o videogame Xbox
360, o humanoide reconhece movimentos do corpo
humano para execução de duas tarefas principais.
A professora Roseli Aparecida Francelin Romero,
do ICMC, diz que um dos objetivos do sistema é
tornar a interação homem/robô mais amigável e
permitir a atuação da máquina em diversas
aplicações.
Muito
em
breve, afirma
ela, o robô
poderá
atuar
como
um
personal
trainer,
corrigindo
os
movimentos e
exercícios
desenvolvidos
pela pessoa. Com o avanço dos estudos, o objetivo
é que em até um ano o humanoide atue de forma
eficaz na fisioterapia de pacientes.
“O fisioterapeuta não teria a necessidade de estar
acompanhando os idosos ou os pacientes durante
as sessões. E estes não precisariam se deslocar. A
ideia é que o especialista grave o movimento em um
pen drive, e a pessoa tenha um robô em casa. Ele
ajudaria a fazer os movimentos, executaria até a
correção e incentivaria”, explica.
Uma
delas
é
a
realização
de
alguns
comportamentos pré-definidos, como caminhar
(para frente/trás, lateralmente e em rotação), sentar
e levantar e executar alguns gestos. A outra é uma
imitação direta em
tempo real (mímica)
reproduzindo o movimento humano da forma mais
semelhante possível.
O robô Nao realiza essas tarefas através da
percepção do estado de algumas junções do corpo,
como ombro, cotovelo, quadril e joelho – além do
pescoço e mãos.
“Futuramente, com apoio dessa tecnologia, será
possível fazer uso de robôs para realizar atividades
em que não se esteja presente. Poderá se controlar
o robô a distância para ele verificar algo simples,
por exemplo, se as chaves estão dentro do
armário”, explica Fernando Zuher, aluno de
doutorado responsável pelo estudo.
Segundo Romero, os próprios consultórios
poderiam adquirir os robôs. Um modelo semelhante
ao humanoide Nao custa em torno de R$ 30 mil,
mas a tendência é que esse valor diminua, diz a
professora.
“A longevidade está aumentando de um modo geral.
Hoje, nos Estados Unidos, a gente tem falta de
fisioterapeutas. Isso vai acabar ocorrendo no Brasil
também, onde há falta de mão de obra qualificada
em diversas áreas. Fisioterapia é só um exemplo,
mas a robótica está entrando em diversos setores”,
ressalta a professora.
Em ambientes educacionais, o uso do robô seria um
estímulo às crianças no aprendizado de conceitos,
como de matemática, com mais facilidade. De
acordo com Romero, já existem escolas no Estado
de São Paulo que utilizam essa prática para tornar o
estudo ainda mais agradável.
Fonte G1
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NOVA UTI DO SÍRIO –
LIBANÊS EM SP ATENDERÁ
TAMBÉM O SUS
o SUS. São pacientes que talvez não tivessem esse
tipo de suporte em outros hospitais", diz o médico
Roberto Kalil Filho, diretor do Centro de Cardiologia
do sírio-libanês.
O contrato do Sírio com o ministério prevê o
atendimento de 15 pacientes do SUS no primeiro
ano do projeto. Para Kalil, o número é significativo,
já que os procedimentos previstos são de alta
complexidade e envolvem tecnologia de ponta.
Para a capacitação dos profissionais do SUS, está
previsto que eles acompanhem os procedimentos
cirúrgicos na Uaic e a distância, por teleconferência.
O objetivo é que eles sejam capazes de levar as
técnicas aprendidas para seus hospitais de origem.
O Hospital Sírio-Libanês inaugurou nesta semana
uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) dedicada
exclusivamente ao tratamento da insuficiência
cardíaca. Por meio de uma parceria com o
Ministério da Saúde, pacientes do Sistema Único de
Saúde (SUS) poderão ter acesso à terapia
especializada. Além disso, no local será feito
treinamento de profissionais da saúde da rede
pública.
Para Ludhmila Abrahão Hajjar, chefe da UTI
cardiológica do Sírio, o projeto poderá ser o embrião
de ações semelhantes em todo o País. "Se um
hospital privado oferece tratamento para pacientes
do SUS e tem bons resultados, o ministério vai
querer multiplicar o projeto para todo o Brasil e
proporcionar um tratamento de ponta para a
população carente, reduzindo a mortalidade de uma
doença tão grave."
A Unidade Avançada de Insuficiência Cardíaca
(Uaic) firmou parceria com 14 hospitais do Estado
de São Paulo ligados ao SUS, entre eles o HospitalGeral do Grajaú, na zona sul da capital, e o Hospital
Estadual Mário Covas, em Santo André. Os
médicos
do
Sírio-Libanês
contribuirão
no
atendimento aos pacientes desses centros via
telemedicina - haverá um plantão de especialistas
atendendo ligações dos hospitais conveniados 24
horas por dia - e receberão na própria unidade os
casos mais graves.
Ludhmila exemplifica que mesmo em centros
públicos de ponta, como o Instituto do Coração
(Incor), os procedimentos, como o dispositivo de
assistência circulatória, não são pagos pelo SUS.
Lá, a instituição é quem banca o procedimento, com
recursos próprios. "Se o projeto funcionar e for custo
efetivo, vai ser um piloto para a padronização da
terapêutica no tratamento de pacientes do SUS", diz
Ludhmila.
A insuficiência cardíaca ocorre quando a
musculatura do coração fica fraca e incapaz de
manter a circulação em ordem. Hoje, é terceira
principal causa de morte por doenças no aparelho
circulatório, atrás de doenças cerebrovasculares e
coronarianas.
Entre os procedimentos que serão feitos pela Uaic
estão o transplante de coração e o suporte
circulatório mecânico, que funciona como um
coração
artificial.
"Além
de
promovermos
assistência para o paciente privado, vamos atender
O projeto também apresenta uma parceria com a
Universidade de Chicago e o Centro de Assistência
Circulatória
de
Ratisbona,
na
Alemanha.
Especialistas dos dois centros estiveram no Brasil
na semana passada para um simpósio internacional
sobre insuficiência cardíaca no Sírio-Libanês.
A Uaic adotará os protocolos de atendimento
dessas unidades e terá um canal direto com elas,
com a possibilidade de discussão de casos de
pacientes brasileiros com os estrangeiros via
telemedicina.
Fonte O Estado de São Paulo
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NOBEL DE MEDICINA VAI PARA
REVERSIBILIDADE DAS CÉLULAS
TRONCO
John Gurdon em seu laboratório
diagnóstico e terapia", resumiu o júri. "Shinya
Yamanaka descobriu, mais de 40 anos depois, em
2006, como as células-tronco adultas em ratos
poderiam ser reprogramadas para se tornar célulastronco imaturas", explicou o comitê do Nobel. Seu
trabalho permitiu programar células diferenciadas
adultas para que se tornassem versáteis, abrindo
um potencial infinito em terapia celular.
Elas substituem vantajosamente as células-tronco
embrionárias e eliminam o risco de rejeição. Mas
ainda há um longo caminho a percorrer antes de
assegurar a sua segurança completa: um dos riscos
é o de proliferação celular descontrolada. Também
são ferramentas na triagem farmacológica ou
toxicológica, ou em modelos de doenças humanas,
uma vez que esta descoberta permite reprogramar
células somáticas de pacientes com diversas
doenças.
O prêmio Nobel de Medicina 2012 foi concedido a
um japonês e um britânico graças aos seus
respectivos trabalhos sobre a reversibilidade das
células-tronco, que permitem criar todos os tipos de
tecidos do corpo humano. O biólogo John Gurdon,
nascido em 1933, e o médico e pesquisador Shinya
Yamanaka, 50 anos, conquistaram o prêmio por
suas descobertas sobre a reprogramação nuclear,
uma técnica que permite transformar células adultas
especializadas
em
células-tronco
não
especializadas.
Eles eram tidos pela imprensa como os grandes
favoritos. O comitê do Nobel indicou que os
pesquisadores foram recompensados por terem
descoberto que "as células adultas podem ser
reprogramadas para se tornar pluripotentes
(capacidade de se diferenciar em diversos tipos de
células)". "Suas descobertas revolucionaram nossa
compreensão de como as células e organismos
crescem", informou o comitê do Nobel.
Em 1962, Gurdon descobriu, com menos de 30
anos de idade e quando Yamanaka ainda nem era
nascido, que a especialização das células era
reversível. Ele trabalhava em girinos e rãs. "Os
livros tiveram que ser reescritos e novos campos de
pesquisa estabelecidos. Ao reprogramar células
humanas, os cientistas criaram novas oportunidades
para estudar doenças e desenvolver métodos de
Pesquisador Shinya Yamanaka
"Se a investigação com células-tronco embrionárias
é a única maneira de ajudar os doentes, acho que
temos que fazer isso. Mas, ao mesmo tempo, é um
sentimento natural, quero evitar a utilização de
embriões humanos", declarou certa vez o professor
Yamanaka. Gurdon trabalha na universidade de
Cambridge desde 1972.
Yamanaka também disse que quer intensificar seus
esforços para colocar suas descobertas ao alcance
da medicina prática. Eles seguem o americano
Bruce Beutler, o francês Jules Hoffmann e o
canadense Ralph Steinman, vencedores do Nobel
2011 pelos trabalhos sobre o sistema imunológico.
Agência France Press
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INFORMATIVO VOLUME 11 EDIÇÃO 04 – 14 DE OUTUBRO DE 2012
Sede São Paulo
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São Paulo telefone (11) 31011110
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Sede Mauá
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Mauá telefone (11) 34259257
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