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10 JORNAL IMAGEM www.oimagem.com.br COLUNA DO ROGER São Miguel do Oeste - Quarta-feira, 09/12/2015 - Edição 788 Roger Brunetto [email protected] MÚSICA E CASAMENTO música ‘1979’ – Smaching Pumpkins’ nem tinha terminado e eu já pedia ao garçom para que a colocasse novamente. “Mas é a quinta vez”, reclamou o jovem vestido caracteristicamente de calça preta e camisa branca. Isso estava se tornando rotina. Toda noite, por volta das 19h, eu e o seu Favari nos encontrávamos no bar do hotel. Foi em maio de 1996, lá pelos meus 23 anos de idade, em Chapecó, quando era repórter da RBS TV. E sempre era o mesmo ritual: eu levava o CD e pedia para o garçom colocar o meu som preferido na época. Naquele horário, só eu e o Favari, um advogado aposentado bem sucedido, frequentávamos o local. Devia ser por isso que quase sempre era atendido. Pelo menos até às 20h30 - quando o movimento efetivamente começava. Certa vez o jurista de outrora comentou para não me entusiasmar com aquela canção americana - como ele a definia. Afirmava - como de fato ocorreu - que eu enjoaria. Retruquei. Afirmei que jamais deixaria de curtir aquela música. Então, com a sabedoria que só os acima dos 50 anos detém, sorriu e falou: “engana-se meu jovem repórter”. O senhor de cabelos grisalhos comparou minha voracidade em ouvir repetidamente aquela música com o casamento. Antes que abrisse minha boca, que naquele momento (e tempo) saboreava um longo gole de uísque 12 anos, disse-me: “No começo é assim. Não muito tempo depois vem à rotina e, com ela, o cansaço e a apatia”. Fingi não entender. Ele, então, explicou-me que o casamento não difere muito de uma canção de sucesso que, no começo, é executada várias vezes ao dia, porém, com o passar do tempo, sequer é selecionada na programação da madrugada - quando são poucos os ouvintes. “O tempo, quase sempre, transforma o entusiasmo em tédio”, filosofou o divorciado de três mulheres. Então, indaguei: “e o que dizer daqueles ‘grandes sucessos’ que depois de muito tempo reaparecem e sempre agradam?”, Estes, disse ele, são como as ex-esposas. Foi bom enquanto durou. Só que não deu mais certo, mas depois de um tempo, somente por alguns momentos, sem compromisso, nos fazem bem. Naquele momento tocou o aparelho celular dele. Ele, quase que sussurrando, apenas disse: “no mesmo lugar, no horário de sempre”. Era uma de suas ex-mulheres. A segunda, para ser mais exato. E ela não queria discutir pensão... A A VERDADE É ESSA oncordo com quem afirma que a política só está mal, porque os bons ficam de fora. Pura verdade. É só observar, em São Miguel mesmo, quanta gente boa, honesta e que conseguiu atingir o sucesso - sem apelar a falcatruas -, está fora da política. Além disso, são apartidários e não financiam campanhas. C DÁ VOLUME AÍ -‘Girl, I´ve Got News For You – Cherokee -‘Bulletproof Heart’ – The Silencers -‘One Headlight’ – The Wallflowers COMO USAR O SEU FGTS EM IMÓVEIS s beneficiários do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) podem utilizá-lo de várias maneiras: dar de entrada em um negócio imobiliário, abater ou quitar o saldo devedor de financiamento habitacional ou pagar até 80% do valor das prestações de um mútuo. Essas operações só valem para imóveis residenciais. Os interessados devem se enquadrar nas normas que regulam o FGTS. O LEIS (para quê?) Brasil conta com um dos melhores corpos de leis no mundo. Se todos seguissem à risca seus ditames viveríamos praticamente num paraíso. Temos leis para os mais possíveis comportamentos pessoais, porém, até parece mentira, é quase raro encontrar alguém com conduta absolutamente legal. Burlar a lei parece ser a regra. Alguns se comportam como se em competição estivessem, num permanente torneio de “espertezas”. O Rebeca Sampaio O DESABAFO DO DUTRA Paradise Circus’ - Massive Attack (Gui Boratto - remix -). Boa música; péssima letra. Apesar de que, para alguns e algumas, ‘chegados e chegadas’, quando dominados pela “substância”, letra e música se confundem. E quem não é do ‘ramo’ assiste ou cai fora. E aí vem a inevitável pergunta: o que estou fazendo aqui? E o jeito é sair à francesa, lamentando, novamente, que ela seja tão frágil perante o ‘pó’. No entanto, quando bate a depressão, a procura pelo consolo é inevitável. E aí outra canção entra em cena: ‘Dono de Nada’, do venezuelano José Luiz Rodrigues, já que, mesmo entre acalorados beijos e carícias, a ‘entrega’ é parcial, pois – inevitavelmente – tudo se repetirá. Nada tenho contra quem bebe demasiadamente, fuma, cheira e por aí vai. Cada um tem a sua maneira de se divertir. E, ademais, os incomodados que se retirem. Ou ‘aceitem’. Como os escravizados por uma mulher dividida entre o vício e o homem que afirma amar. ‘ AOS PRECONCEITUOSOS química não descobriu nenhuma diferença entre o sangue do “nobre” e do pobre. A MAIS UM pavilhão central do Parque de Exposições Rineu Gransotto lotou sábado passado no show do Lucas Lucco. O evento foi mais uma realização da BS Produções. A migueloestina Maria Eduarda Sangalli Silva, graduada em Direito e pós-graduada em Direito Civil e Processo Civil, além de Direito Constitucional, atualmente mora em Constantina. Ela é servidora do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul O É SÁBADO ábado tem a balada de dois anos da Four Club – entre as 33 melhores casas de show do Brasil. Mesas e camarotes esgotados. Restam, ainda, poucos ingressos antecipados. Apresse-se e garanta o seu. S