folheto 2013

Transcrição

folheto 2013
Plantas Exóticas
CAPA
Mimosa (Acacia sp.)
Proveniente da Austrália e Tasmânia, a Mimosa está
naturalizada em vastas áreas do país. Forma
povoamentos muito densos e produz muitas sementes
cuja germinação é estimulada pelo fogo, dificultando o
desenvolvimento das espécies nativas.
Chorão (Camprobotus edulis)
O Chorão veio da África do Sul principalmente com o
objectivo de estabilizar as dunas litorais. No entanto, é
uma planta que se multiplica rapidamente e provoca
acidificação dos solos, impedindo que outras espécies
cresçam. É por isso considerada uma grave ameaça para
a biodiversidade costeira.
Biodiversidade no
Cabo de Sardão
Pinheiro-bravo (Pinus pinaster)
Podem ver-se ao longo do percurso alguns pinheirosbravos a despontar no meio dos matos. O seu porte é
mais pequeno do que o habitual. É também uma
adaptação às duras condições que se fazem sentir junto à
falésia. Neste caso é o vento o principal factor a modelar
o tamanho da árvore.
Pare, escute e olhe! Para observar e identificar a
biodiversidade é indispensável ter calma. Há muito
mais para além do que se vê com um simples olhar.
O Cabo de Sardão encerra uma beleza única, com
bonitas paisagens e uma grande variedade de fauna e
flora. Descubra-a sem pressas…
Camarinha (Corema álbum)
Endemismo Ibérico. A Camarinha é um pequeno arbusto
que aparece em zonas litorais. Em dias de calor as suas
ramas libertam um odor semelhante ao do mel. A
imagem mostra as folhas parecidas a pequenas agulhas
de pinheiro, os frutos as bagas brancas comestíveis que
dão o nome à espécie.
Recomendações especiais
- É natural que se depare com muitas espécies não
referidas no folheto.
- Em relação às plantas, preste particular atenção às que
estão em flor, pois é mais fácil de identificar a espécie a
que pertence.
- Não tenha medo dos insectos! Vai ver que depois de
treinar o olhar, é muito gratificante encontrá-los entre a
vegetação.
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Bandeira Azul
dobra
Interior
A Fauna
O Cabo Sardão é um bom local para observar aves.
Algumas das aves marinhas, só se observam junto à
costa, outras são também comuns noutros habitats.
Aqui ficam algumas das mais comuns:
Libélula-escarlate (Crocothemis erythrea)
Aqui um verdadeiro representante da ordem Odonata
(ordem da classe Insecta que compreende estes insectos
conhecidos como libélulas). Na foto vê-se um macho,
cujo abdómen é totalmente vermelho.
Cegonha-branca (Ciconia ciconia)
O Cabo Sardão é o único local em Portugal onde a
cegonha-branca nidifica no litoral. Aproxime-se da falésia
e observe os ninhos no alto dos rochedos.
A Flora
Peneireiro (Falco tinnunculus)
Se vir uma ave a peneirar uma forma de voar no mesmo
lugar típica dos falcões - sobre a sua cabeça o mais
provável é que seja um Peneireiro a preparar-se para uma
investida de caça.
Melro-azul (Monticola solitarius)
Outra espécie que utiliza as reentrâncias das falésias do
Cabo Sardão para se reproduzir.
Os Insectos
Escaravelho-tigre (Cicindela sp.)
Estes escaravelhos são predadores ferozes, quer no
estado larvar, quer no estado adulto. São facilmente
reconhecíveis, tanto pelo tom metálico e desenhos das
asas, como pelo seu peculiar comportamento: pousamse ao sol nos caminhos e afastam-se dos possíveis
perigos (ou dos observadores) voando em frente curtas
distâncias ao nível do solo, até parece que saltam como
gafanhotos!
Escaravelho (Scarites cyclops)
Estes escaravelhos são também poderosos predadores,
tal como as fortes mandíbulas indicam. Têm o corpo
achatado e as riscas nos élitros (asas anteriores duras) são
muito características.
No que diz respeito à flora, este é um local de grande
variedade de espécies:
Alguns endemismos ameaçados
Esteva-Vicentina (Cistus palhinhae)
Esta espécie tem uma distribuição restrita à Costa
Sudoeste Portuguesa e tem o estatuto de conservação
de vulnerável. É uma espécie protegida por lei, assim
como os tapetes contínuos que forma ao longo das
arribas marinhas, considerados habitats prioritários. Entre
outras características a Esteva-Vicentina distingue-se da
Esteva pelo aspecto mais viscoso da folha.
Sargaço (Cistus salvifolius)
Devido à proximidade do mar as folhas do Sargaço
tornam-se carnudas, uma comum adaptação à forte
salinidade que se faz sentir.