Fernando Paganella Pires - Memória e Memorial

Transcrição

Fernando Paganella Pires - Memória e Memorial
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação
Departamento de Ciências da Informação
BIB03095 – Informação e Memória Social
Fernando Paganella Pires
Sobre a Memória
Porto Alegre
2008/1
1
Fernando Paganella Pires
Sobre a Memória
Trabalho apresentado como requisito parcial de
aprovação na disciplina BIB03095 – Informação
e Memória Social, ministrada pela Professora
Doutora Lizete Dias de Oliveira, na Universidade
Federal do Rio Grande do Sul para o curso de
Biblioteconomia.
Porto Alegre
2008/1
2
Indirecta, imperfeita, incerta, a subida no tempo praticada pela memória é, no entanto, a
única a que temos acesso.
Krystof Pomian
3
Resumo
Trata da memória como fenômeno construído socialmente, partindo de suas origens
neurológicas. Discute a volatibilidade da memória e as diferentes técnicas de preservá-la,
inclusive a motivação para tal. Ao final, apresenta uma autobiografia do autor.
Palavras-chave: Memória. Memória social. Biografias.
4
Sumário
1 Introdução ........................................................................................................................
2 A memória .......................................................................................................................
3 A biografia .......................................................................................................................
4 Considerações finais ........................................................................................................
Referências......................................................................................................................
05
06
09
12
13
5
1 Introdução
A memória é um fenômeno socialmente construído e por isso disputado – mesmo
sendo formada no interior de cada um, pelo cérebro. Essa origem biológica não impede que a
memória seja uma criação afetiva e política, variável de ocasião para ocasião.
A biografia escrita torna-se, então, uma forma de congelar no tempo a narrativa que
já passa de pessoa a pessoa dentro da família, sem, com isso, arrogar-se o posto de única e
verdadeira. A narrativa, mesmo quando escrita, ainda passou pelo viés ideológico do autor e
do narrador, e seu valor se dará a partir do momento em que poderá ser comparada com outras
narrativas.
O presente texto foi formado com recortes dos textos analisados em aula, junto à
professora Doutora Lizete Dias de Oliveira. Estes tratavam de uma gama de aspectos da
memória: desde a biologia, a memória social e a construção da identidade, a narrativa
autobiográfica, entre outros. Já a parte biográfica deste trabalho foi realizada consultando-se
diferentes fontes on-line, além, é claro, de uma entrevista com a mãe do autor.
6
2 A memória
A memória é um fenômeno intangível e é percebível, por exemplo, sob a forma de
ligações neuronais em nossos corpos. Sua evocação, muitas vezes, se dá por motivos
tangíveis: personagens ou locais de importância, exteriores ao dono da memória, assim como
artefatos, desengatilham a rede sináptica e as sensações do passado são recordadas. A
memória, como apresenta Pomian1, é de múltiplas apresentações – a memória da espécie; a
memória biológica, exemplificada pelo sistema de defesa inteligente do nosso organismo; a
memória individual; além das memórias coletivas e transgeracionais, que dão coesão às
sociedades.
Num indivíduo, a memória se apresentará como redes de células nervosas que mais
rápida e dinamicamente se ativarão quanto mais profundo for seu registro. Assim, de acordo
com Damásio2, a memória individual é um fenômeno eletroquímico que se dá devido à
reorganização anatômica do tecido nervoso. O peso dado aos fatos que se marcarão no
cérebro é afetivo – certos temas ou situações são de maior importância que outros – e por isso
pessoas diferentes recordam diferentemente dos mesmos fatos.
Recordar é reconstruir, no plano neuronal, as mesmas situações passadas,
modificando o fluxo sanguíneo nas redes de neurônios para que estas se ativem e trabalhem
como se fosse a primeira vez que se ligaram3. Contudo, segundo o mesmo autor, “Recordar é
reconstruir pouco mais ou menos.”4. Em outras palavras, a memória se faz através do
dinamismo entre recordar e esquecer, entre reconstruir e omitir. Essa omissão, portanto, é
parte essencial do que lembramos: a memória é seletiva justamente por ser afetiva. Ao mesmo
tempo em que é possível relembrar de ocasiões marcantes em detalhes, também é possível
“lembrar” de fatos que não vivenciamos, mas sobre os quais ouvimos falar – os
“acontecimentos vividos pela coletividade” de que Pollak5 fala.
Através dessa análise percebe-se que a memória não pertence apenas a quem lembra,
mas, sim, é construída socialmente. Segundo o autor,
“A construção da identidade é um fenômeno que se produz em referência
aos outros, em referência aos critérios de aceitabilidade, de admissibilidade,
de credibilidade, e que se faz por meio da negociação direta com outros.
Vale dizer que memória e identidade podem perfeitamente ser negociadas, e
1 POMIAN, Krystof. Memória. In: ENCICLOPÉDIA Einaudi. Lisboa: Imprensa Nacional, Casa da Moeda, 2000. v 42 (Sistemática). p. 507.
2 DAMÁSIO, António. [Memória]. In: MÓNICA, Maria Filomena et alii. Toda a memória do mundo. Lisboa: Esfera do caos, 2007. p. 137143. p. 139.
3 DAMÁSIO, António. Os sentimentos. In: _____. Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos sentimentos. São Paulo, Companhia
das Letras, 2004. Cap. 3, p. 89-145 p. 107
4 Idem, 2007. p. 139.
5 POLLAK, Michael. Memória e identidade social. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 5, n. 10, 1992, p. 200-212. p. 201
7
não são fenômenos que devam ser compreendidos como essências de uma
pessoa ou grupo.”66.
A memória, portanto, é uma construção política que surge de acordo com a necessidade.
Para Alberti7, “Ao contar suas experiências, o entrevistado transforma aquilo que foi
vivenciado em linguagem, selecionando e organizando os acontecimentos de acordo com
determinado sentido.” A memória se forma, então, baseada no banco de dados que é o
cérebro, mas cujas rotas e cadência surgem no momento em que são requisitadas e, por isso
mesmo, é volátil.
Esta volatibilidade é combatida com um arsenal de relatos escritos, gravados,
filmados, e, inclusive, através de ruínas, no seu sentido mais amplo – todos criações exteriores
a quem quer lembrar8. Essa tentativa de perenizar a memória é causada, antes de tudo, pela
vontade de transmiti-la. A motivação por trás dessa criação de ruínas é a descoberta de que a
memória, por ser cativa do cérebro, perecerá com ele, logo se faz mister que ela seja gravada
para a posteridade.
Na evolução dos métodos utilizados para se conseguir tal fim, surgiu,
primeiramente, a tradição oral, na qual os relatos eram maleáveis, modificáveis, e que
estavam nas mãos dos mesmos cérebros que um dia pereceriam. Surgiu, então, a escrita, que
gravou os relatos sem, contudo, gravar também as relações dialógicas que se formam durante
a criação destes mesmos relatos. Isto é: pelo fato da memória ser construída durante a
construção de seu relato, só é possível acessar – quando é possível acessar – e questionar suas
motivações políticas e afetivas no momento em que ela se forma, o que torna impossível essa
retomada para as gravações escritas.
Contudo, Pomian9 chama a atenção para outra diferença entre a tradição oral e a
escrita:
“Ao contrário da tradição oral, na qual a relação entre o passado e o presente é
imediata, porque o segundo é apenas um prolongamento do primeiro, o que no
limite permite a sua identificação, os documentos escritos oferecem a
possibilidade de perceber as diferenças entre passado e presente, supostos à
partida separados por um intervalo de tempo durante o qual aconteceu algo e
reunidos virtualmente numa série mais ou menos longa de intermediários.”
Isso significa que a solidificação da memória ajuda na análise da mesma já que as
diferentes variedades que surgiram durante o tempo podem ser comparadas, tanto entre si
quanto em relação a outras.
6
POLLAK, op. cit., p. 204.
ALBERTI, Verena. Narrativas na história oral. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, [22., João Pessoa]. Anais eletrônicos. João
Pessoa: ANPUH-PB, 2003. 10 f. p. 1
8
POMIAN, op. cit. p. 507.
9
Idem, p. 511.
7
8
A memória, que era um fenômeno individual, agora se mostra disputada pela
sociedade e comparável à memória de terceiros. Baseada em relações interiores e ruínas
exteriores, a memória é a única forma de acesso ao passado de que dispomos, mesmo ela
sendo indireta, imperfeita e incerta.10
10
POMIAN, op. cit. p. 509.
9
3 A biografia
Nasci pelado, sem dentes e careca, desprotegido, e, reza a lenda familiar, a única
coisa a me manter calado quando recém-nascido era o leite materno. Por nascer em novembro
de 1987, não pude acompanhar a observação da Supernova 1987A11, a primeira supernova a
ser vista a olho nu desde 1604. Também não fui o humano número 5 bilhões a aparecer no
mundo – este nasceu, segundo as Nações Unidas, em Zagreb, na Croácia12, quatro meses
antes. Mas nem tudo estava perdido: assisti, de dentro do meu berço, o avanço científico ser
anunciado – neste caso, o surgimento do milagroso Prozac em 29 de dezembro13.
Já em 1988, com quatro meses de idade, eu ia à creche Arco-íris Mágico, onde Tia
Eva me cuidava durante o tempo em que meus pais trabalhavam. Em 1989, enquanto o Brasil
elegia Fernando Collor de Mello presidente nas primeiras eleições livres em 25 anos14, eu
passeava, faceiramente, nas praias de Imbé, onde minha dedicada mãe se dividia em duas –
levava minha irmã mais velha pela mão andando pelo mar, e me levava com a outra mão
caminhando pela areia.
Em 1990, com três anos e meio, eu já falava. Falava errado, mas já falava. Não sei
sobre o quê falava, mas possivelmente ouvia os adultos falarem da reunificação alemã, de 3
de outubro15, e, se tivesse algum tio nerd, ouviria falar da primeira página escrita da Web, de
novembro16. Na mesma época houve o colapso da União Soviética e o primeiro McDonald’s
de Moscou foi inaugurado17.
Contudo, novamente, nem tudo estava perdido (e não me refiro aqui ao sonho
socialista). No ano de 1991 eu aprendera a falar corretamente! Graças à fonoaudióloga, que
me obrigava a assoprar apitos, a encher balões e falar frases sem sentido, eu aprendi que o
erre de “areia” deve ser bem pronunciado (o que me levava a dizer “arrrrreia”), por exemplo.
1992 é o ano que marca o início da minha vida acadêmica: entro no Jardim B de um
colégio marista próximo de casa, em Porto Alegre. Lá, eu cursaria todas as séries obrigatórias
11
INTERNATIONAL ASTRONOMICAL UNION. Supernova 1987A in the large Magellanic Cloud. Cambridge, Feb. 1987. Circular No.
4316. Disponível em: <http://cfa-www.harvard.edu/iauc/04300/04316.html>. Acesso em: 10 maio 2008.
12 AND baby makes five billion. The New York Times, New York City, 12 July 1987. World. Disponível em:
<http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9B0DE7DB123EF931A25754C0A961948260>. Acesso em 10 maio 2008
13 FOOD AND DRUG ADMINISTRATION. Electronic orange book: approved drug products with therapeutic equivalence vvaluations.
Current through March 2008. Disponível em:
<http://www.accessdata.fda.gov/scripts/cder/ob/docs/obdetail.cfm?Appl_No=018936&TABLE1=OB_Rx>. Acesso em 10 maio 2008.
14
BRASIL. Presidência da República. Fernando Afonso Collor de Mello. [S.l.], [200-?]. Disponível em
<http://www.presidencia.gov.br/info_historicas/galeria_pres/galcollor/galcollor/integrapresidente_view/>. Acesso em 10 maio 2008.
15
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1991, p. 71-91. Cópia digital do tratado de unificação. Disponível em <http://www.ena.lu/unification-treaty-frg-gdr-berlin-31-august1990-020300527.html>. Acesso em: 10 maio 2008.
16 EUROPEAN ORGANIZATION FOR NUCLEAR RESEARCH. Welcome to info.cern.ch: the website of the world's first-ever web
server. Genève, 2008. Disponível em: <http://info.cern.ch/>. Acesso em: 10 maio 2008.
17 CANADIAN BROADCASTING CORPORATION. Muscovites mad for McDonald's. Ottawa, Apr. 2007. Broadcast Date: Jan. 31, 1990.
Vídeo da reportagem original. Disponível em <http://archives.cbc.ca/economy_business/business/clip/12844/>. Acesso em 10 maio 2008.
10
– e onde aprenderia basicamente três coisas: que aquelas crianças eram demais, e por isso eu
tenho a maioria ainda como amigos; que eu não tinha aptidão para os esportes e que eu não
gostava de rezar.
Apesar deste terceiro aprendizado, em 1997, com 10 anos e cursando a 5ª série, fiz
minha Primeira Comunhão (e só. Neguei-me a ser crismado e só espero ter um pouco mais de
tempo para enviar minha declaração de apostasia à Arquidiocese de Porto Alegre). Antes
disso, porém, houve a Festa da Leitura, em 1993, onde fui declarado publicamente leitor;
também tentei ser ginasta, em 1994 – ano em que o Brasil ganhava a Copa do Mundo18 e a
banda Nirvana fazia seu último show antes da morte de Kurt Cobain19. Além disso, aprendi a
andar de bicicleta e a conjugar o verbo “to be” na escola Disney/Henry’s em 1995. Este ano,
também, marca o ano em que a Microsoft lança o sistema Windows 9520 e o ano no qual o
Flock, nosso cachorro, chegou a nossa casa.
De volta a 97, depois de tentar aprender vôlei (e não conseguir), parto para o piano,
que estudei sem muita dedicação, apesar do interesse. Ao que tudo indica, também passei
incólume à publicação do primeiro livro sobre Harry Potter, de junho daquele ano, e que até
hoje não me causa maior interesse.
Já em 1998, então com 11 anos, decido aprender inglês de forma mais robusta
através do Instituto Cultural Brasileiro Norte-americano – o Cultural. Por culpa dele pude
acompanhar ao vivo o nascimento de outras duas drogas milagrosas – o comprimido Viagra21,
em março, e a empresa Google, em setembro22. Os anos seguintes foram mais interessantes no
noticiário: o massacre da Columbine High School, no Colorado, em 199923; a explosão do
submarino russo Kursk, em 200024, e o ataque de 11 de setembro de 2001 nos Estados
Unidos25.
2002, no entanto, foi mais agitado na minha vida particular – raspei o cabelo à
máquina zero, para então deixar crescer o máximo possível; tornei-me vegetariano por causa
18 FÉDÉRATION INTERNATIONALE DE FOOTBALL ASSOCIATION. 1994 FIFA World Cup USA ™. Zürich; [200-?]. Disponível em:
<http://www.fifa.com/worldcup/archive/edition=84/index.html>. Acesso em: 10 maio 2008.
19 BRANIGAN, Tânia. Nirvana legacy erupts in Love and loathing. The Guardian, London, 14 Dec. 2001. World News. Diponível em:
<http://www.guardian.co.uk/world/2001/dec/14/taniabranigan>. Acesso em: 10 maio 2008.
20 SEGAL, David. With Windows 95's debut, Microsoft scales heights of hype. The Washington Post, 24 Aug. 1995. p. A14. Disponível em:
<http://www.washingtonpost.com/wp-srv/business/longterm/microsoft/stories/1995/debut082495.htm>. Acesso em: 10 maio 2008.
21
FOOD AND DRUG ADMINISTRATION. Electronic orange book: approved drug products with therapeutic equivalence vvaluations.
Current through March 2008. Disponível em:
<http://www.accessdata.fda.gov/scripts/cder/ob/docs/obdetail.cfm?Appl_No=020895&TABLE1=OB_Rx>. Acesso em: 10 maio 2008.
22
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<http://www.usatoday.com/money/industries/technology/2004-04-29-google-timeline_x.htm>. Acesso em: 10 maio 2008.
23
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<http://www.crimelibrary.com/notorious_murders/mass/littleton/index_1.html>. Acesso em: 10 maio 2008.
24
SUBMARINO Kursk. Folha Online, São Paulo, 2000. Mundo. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/kursknoticias.shtml>. Acesso em 10 maio 2008.
25 SEPTEMBER 11 Attacks. [S.l.]: Encarta, [200-?]. Conteúdo enciclopédico. Disponível em:
<http://encarta.msn.com/encyclopedia_701509060/September_11_Attacks.html>. Acesso em: 10 maio 2008.
11
da ética e dos Direitos Animais e, me formando no curso de inglês, parti para o estudo do
alemão. Secundariamente vi Luiz Inácio Lula da Silva ascender ao poder em outubro26.
Termino o ensino médio em 2003, com uma formatura mal organizada; decido fazer
cursinho pré-vestibular em 2004, pois tinha o sonho de estudar medicina; insisto no cursinho
em 2005, quando corto meu cabelo de uma forma terrível e da qual não me orgulho de ter
tirado fotos; e, por ser brasileiro e não desistir nunca, insisto novamente no cursinho em 2006
– contudo, por não gostar muito dos refrões populares, desisto da medicina e me inscrevo em
Biblioteconomia no vestibular da UFRGS de 2007, onde desde então estudo.
No ano de 2008, o Ano Internacional da Batata27, consigo um estágio numa editora
da cidade, onde aprendo que a vida de trabalhador não é das mais fáceis. Também assisti a
Fidel Castro deixar a presidência de Cuba depois de 49 anos28, a uma menina ser jogada pela
janela de sua casa29, e à erupção de raios gama GRB 080319B, a explosão cósmica mais
longínqua possível de ser vista a olho nu30.
26
BRASIL. Presidência da República. Luiz Inácio Lula da Silva. [S.l.], [200-?]. Disponível em
<http://www.presidencia.gov.br/info_historicas/galeria_pres/Lula/gallula/integrapresidente_view/>. Acesso em 10 maio 2008.
FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION. United Nations International Year of the Potato 2008. [Roma], 2008. Disponível em:
<http://www.potato2008.org>. Acesso em: 10 maio 2008.
28 FIDEL Castro sai de cena. Portugal Diário, Sociedade. 19 fev. 2008. Disponível em:
<http://diario.iol.pt/noticia.html?id=917325&div_id=4071>. Acesso em: 10 maio 2008.
29 ENTENDA o caso da morte da menina Isabella Oliveira Nardoni. Folha Online, São Paulo, 3 abr. 2008. Cotidiano. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u388505.shtml>. Acesso em: 10 maio 2008.
30 NATIONAL AERONAUTICS AND SPACE ADMINISTRATION. A stellar explosion you could see on Earth!. Washington, DC, 21
Mar. 2008. Disponível em: <http://www.nasa.gov/mission_pages/swift/bursts/brightest_grb.html>. Acesso em: 10 maio 2008..
27
12
4 Considerações finais
As narrativas históricas, inclusive as biografias, nunca são precisas e exatas, mas seu
valor reside na possibilidade de se compará-las com outras quando gravadas.
A construção da identidade e da memória individual não se dá unicamente através da
mescla do que a pessoa vivenciou propriamente, mas também grande parte do que ela é foi
gerada através de uma negociação com a sociedade, sua memória e identidade.
13
Referências
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